DIRECTOR: RUI ALAS PEREIRA |SÉRIE II ANO XI N.º 1152
10-01-2014 | SEMANÁRIO | PREÇO: 1,50 EUROS IVA INCLUÍDO Taxa paga | Devesas - 4400 V.N. Gaia | Autorizado a circular em invólucro de plástico fechado | Autorização n.º 26 de 2026/00
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DAKAR PILOTOS ESPANHÓIS TENTAM AGUENTAR PRESSÃO
GANAS NANI ROMA E CARLOS SAINZ EM DUELO PELO COMANDO
Ruben Faria já está em Portugal e Paulo Gonçalves também abandonou
MOTOS
SEMPRE A SUBIR
AFRICA ECO ELISABETE JACINTO JÁ VENCEU DUAS ETAPAS RACE
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3 de janeiro de 2014
DAKAR2014 e africa eco race
Paulo Gonçalves (Honda) obrigado a desistir após a conclusão da quinta etapa
Hélder Rodrigues termina no quarto lugar O português Hélder Rodrigues (Honda) terminou ontem (quinta-feira) na quarta posição a quinta etapa do rali Dakar, no dia da desistência do compatriota Paulo Gonçalves (Honda), campeão do Mundo de todo-o-terreno. O grande vencedor do dia foi o espanhol Marc Coma (KTM), que venceu a etapa e subiu ao primeiro lugar, com mais de 40 minutos de vantagem sobre o segundo classificado, que é agora Joan Barreda, anterior líder e um dos vários pilotos que se perderam, tal como o chileno Francisco 'Chaleco' López (KTM) ou o francês Cyril Despres (Yamaha). Com um tempo de 3:02.08 horas, Coma foi o mais rápido nos primeiros 211 quilómetros da tirada, entre Chilecito e Tucumán, antes de a segunda secção ser anulada por motivos de segurança, quando vários “motards” já apresentavam sinais de fadiga extrema e desidratação. O espanhol Jordi Villadoms (KTM) foi segundo, a 12.54 minutos do compatriota e o polaco Kuba Przygonski (KTM) foi terceiro, a 22.45, enquanto
Rodrigues foi quarto a 25.53. Pedro Oliveira foi o segundo melhor português, na 19.ª posição, a 5.51 minutos do vencedor, seguido de Bianchi Prata (21.º, a 46.17) e de Mário Patrão (31.º, a 1:04.21 horas), estando já a mais de cinco horas da liderança na geral. Paulo Gonçalves abandonou ontem o Dakar2014, depois de a Honda CRF 450 que conduzia se ter incendiado, numa altura em que liderava a tirada, juntando-se a Ruben Faria, que tinha tido um acidente na terça-feira. Na geral, Coma tem agora 41.10 minutos de avanço sobre Barreda e 53.41 sobre “Chaleco” Lopez, enquanto Hélder Rodrigues é o melhor português, depois de subir ao 12.º posto, a 1:58.18. Hoje, corre-se a sexta etapa, uma ligação de 437 quilómetros para as motos, 400 dos quais cronometrados, entre Tucuman e Salta. Nos carros, Nani Roma, em Mini, recuperou o comando, após ter vencido a quinta etapa.
Classificação de camiões do África Eco Race
Elisabete jacinto recupera segunda posição Elisabete Jacinto, num camião MAN TGS, recuperou ontem (quinta-feira) a segunda posição na classificação de camiões do rali todo-o-terreno Africa Eco Race, ao ser segunda da categoria na nona e penúltima etapa da prova. A piloto lusa cumpriu os 289 quilómetros cronometrados que ligaram Akjoujt a Toueila em 3:44.26 horas, apenas mais 54 segundos do que o camião vencedor e líder da prova, o checo Tomas Tomecek (Tatra). Além do segundo posto nos camiões, Elisabete Jacinto voltou a subir na classificação geral conjunta automóveis/camiões, ocu-
pando agora a sexta posição. "Esta especial não era tão difícil como estava à espera. As dunas eram bastante complicadas, mas o restante percurso era rápido. Quando chegámos aos cordões de dunas encontram os muitos concorrentes presos, nomeadamente o Tomecek e o Kovacs e foi onde começámos a recuperar, porque, felizmente, hoje atravessámos as dunas sem problemas", afirmou a piloto lusa. Elisabete Jacinto acrescentou ainda que apenas parou por uma vez na etapa. "Só parámos uma vez porque a roda saiu da jante e aqui perdemos o tempo que nos podia ter dado a vitória na etapa. Mas
estamos contentes com o trabalho que temos feito até agora”, disse Elisabete Jacinto. Hoje (sexta-feira) realiza-se a 10.º etapa da sexta edição do Africa Eco Race. A especial será inteiramente cumprida na Mauritânia, antes de a caravana avançar para o Senegal, onde, amanhã (sábado), se realiza a tirada de consagração dos pilotos nas margens do Lago Rosa, em Dacar. Na tirada de hoje, o setor seletivo terá 202 quilómetros cumpridos ao cronómetro, rumando a comitiva depois para uma ligação de 286 quilómetros até à cidade senegalesa de Saint Louis.
Ruben Faria tenta encontrar uma explicação para o acidente sofrido
“Não fiz nenhum treino em altitude” O piloto Ruben Faria (KTM) considera que a falta de habituação à altitude pode ter contribuído para a queda que o obrigou a desistir do Rali Dakar2014, uma vez que caiu numa zona a 4200 metros. “Uma das coisas que pensei é que não fiz nenhum treino em altitude devido à lesão que tinha [num pulso, na sequência de uma queda no Rali dos Sertões] e na zona onde caí estava a 4200 metros de altitude. Também pode ter sido uma das razões. Caí a primeira vez, bati com a cabeça, quando caí a segunda vez é possível que tenha sofrido um pouco com a altitude, porque tinha a pul-
sação muito baixa e a tensão baixa. Pode ter tido a ver com isso”, disse Ruben Faria, na chegada a Lisboa. Ruben Faria sofreu um acidente na terça-feira, durante a terceira etapa da mítica competição de todo-o-terreno e foi transportado de helicóptero para o hospital do acampamento da competição. “Não é um caso raro: caí. O mais raro é que aparentemente não dei uma grande queda, mas perdi os sentidos. Caí uma primeira vez e depois uma segunda vez e não me lembro de mais nada. Vi ontem imagens, do Paulo Gonçalves parado ao pé de mim – desde já lhe agradeço por ter es-
perado por mim até vir o helicóptero. Não estou muito contente, mas as corridas são assim”, afirmou. O piloto diz que nem poderá colher experiência acumulada do acidente, por não se recordar das circunstâncias da queda. “O problema é que eu não sei o que me aconteceu, para tirar ilações da queda. Não faço ideia. Agora quero é esquecer e encarar a prova do próximo ano”, disse Ruben Faria, acrescentando que vai querer reforçar a preparação física, afetada este ano pela lesão sofrida no verão passado no Rali dos Sertões (Brasil). O “motard” de Olhão reitera que
esta edição do Dakar é mais dura, tal como os organizadores da prova tinham previsto, mas recusa que a organização tenha dificultado excessivamente as etapas da primeira semana. “Não sei qual foi a intenção da organização da prova em fazer o Dakar desta maneira, mas o objetivo era ser bastante duro. O Dakar é difícil e não podemos encarar a prova de outra maneira, mas de facto eles este ano forçaram um bocadinho”, disse o piloto português. Segundo Ruben Faria, o acidente de terça-feira não terá provocado lesões, mas vai fazer exames complementares porque poderá ter
agravado lesões antigas provocadas por outras quedas. “Uma TAC à coluna mostra que a L1 está um pouco espalmada. Mas eu também fraturei a L1 e a L2 no Dubai, em 2008, e eles não sabem precisar se está mais espalmada ou se ainda é dessa altura. Vou fazer agora exames para ver”, explicou. O abandono do “motard” natural de Olhão, de 39 anos, segue-se à desclassificação da prova de Carlos Sousa e de Francisco Pita, nos carros. O Dakar, o rali mais duro e mais importante de todo-o-terreno, termina a 18 de janeiro na cidade chilena de Valparaiso.
DAKAR2014
10 de janeiro de 2014
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Novo líder nos carros na (quarta) etapa mais longa do rali
Sainz vence e assume comando O espanhol Carlos Sainz (SMG) venceu a quarta etapa do Dakar2014, a mais longa desta edição para os carros, e assumiu a liderança do mítico rali de todo-o-terreno, que continua a disputar-se em solo argentino. Nas motos, o também espanhol Juan Pedrero venceu a etapa, com Paulo Gonçalves a ser o melhor português na sétima posição. O piloto madrileno completou os 657 quilómetros que ligaram San Juan a Chilecito em 5:20.32 horas, com 6.04 minutos de vantagem sobre o francês Stéphane Peterhansel (Mini), segundo mais rápido, e 8.58 sobre o catari Nasser Al-Attiyah, igualmente com um Mini, que foi terceiro. Sainz, vencedor do Dakar em 2010, “roubou” assim a liderança ao seu compatriota Nani Roma (Mini), que foi quinto na etapa, a 14.08 minutos do primeiro lugar. Na geral, Sainz liderava com 2.06
minutos de diferença para Roma, enquanto Al Attiyah mantinha o terceiro posto, a 6.56 do espanhol. O argentino Orlando Terranova (Mini), que tem como copiloto o português Paulo Fiúza, desceu para o quarto lugar da classificação geral e segue a 13.08 minutos da liderança. Juan Pedrero vence nas motos O espanhol Juan Pedrero (Sherco) venceu a quarta etapa de motos do rali todo-o-terreno Dakar2014, disputada na Argentina, enquanto Paulo
Gonçalves (Honda) foi o melhor português ao terminar na sétima posição. Pedrero completou a especial de 352 quilómetros, disputada entre San Juan e Chilecito, em 5:29.13 horas, com apenas 29 segundos de vantagem sobre o chileno Francisco Lopez (KTM), segundo classificado, e 3.10 minutos sobre o seu compatriota Marc Coma (KTM), terceiro. Na liderança da geral continua o espanhol Joan Barreda (Honda), apesar de na quarta etapa ter perdido mais de 13 minutos devido a um problema na navegação, tendo chegado ao final apenas na sexta posição. O “motard” espanhol está agora 3.10 minutos à frente de Coma, que continua em segundo, e com 5.12 de vantagem sobre Francisco Lopez, que para já completa o pódio. Bem mais longe da terceira vitória consecutiva no Dakar ficou o francês Cyril Despres, que foi o 16.º da etapa, depois de ter tido problemas elétricos na sua Yamaha, e segue na sexta posição da geral, a mais de 40 minutos de Barreda. Depois de uma atribulada terceira etapa, que resultou num “trambolhão” na geral, Paulo Gonçalves (Honda) terminou a tirada de hoje na sétima posição, a 18.38 minutos do vence-
dor, e voltou a entrar no “top 20”, ocupando agora o 19.º posto, a mais de duas horas do líder. Apesar da recuperação do seu colega de equipa, Hélder Rodrigues
continua a ser o melhor português na geral, apesar de ter caído para a 15.ª posição, a 1:35.35 horas de Barreda, isto depois de ter sido 17.º na quarta etapa.
Piloto português da KTM sofreu grave acidente e foi obrigado a abandonar a prova
Ruben Faria não se lembra da queda O “motard” português Ruben Faria (KTM), que recebeu quarta-feira alta hospitalar depois de ter sido submetido a exames na sequência de um acidente na terceira etapa do Rali Dakar2014, confessou não se recordar da sua queda. “Não me lembro do que aconteceu porque dei uma forte pancada com a cabeça. Felizmente nada de grave se passou, mas fica a mágoa do abandono”, disse o português. De acordo com o segundo classificado da edição 2013 desta competição de todo-o-terreno, a prova estava a correr como a tinha desenhado em termos pessoais. “Acima de tudo lamento pela equipa
ter abandonado, mas as corridas são mesmo assim. Não sei bem como caí nem onde, mas quero agradecer ao Paulo Gonçalves a preocupação que teve comigo. O espírito do Dakar é isso mesmo e o Paulo mostrou-o”, completou o “motard”, que recebeu a alta hospitalar depois de ter sido submetido a uma bateria de exames. Ruben Faria sofreu um acidente na terça-feira, durante a
terceira etapa da mítica competição de todo-o-terreno e foi transportado de helicóptero para o hospital do acampamento da competição. Na etapa que ligava San Rafael a San Juan, na Argentina, Ruben Faria, segundo classificado na edição de 2013, já estava perto da chegada quando seguiu por um caminho errado, tal como Paulo Gonçalves, e sofreu uma queda violenta. Segundo informações iniciais, o piloto de Olhão esteve na terça-feira, noite dentro, em observação no hospital de campanha do Rali Dakar2014, em San Juan, onde chegou com suspeitas de traumatismo craniano, possibilidade que foi desde logo afastada. A queda de Ruben Faria motivou o seu abandono da prova – na qual era o melhor português após a segunda etapa, ocupando então a sexta posição da geral das motas - e custou mais de duas horas a Paulo Gonçalves, que ficou a ajudar o piloto caído.
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AFRICA ECO RACE
10 de janeiro de 2014
Dia a dia de uma piloto portuguesa por terras da Mauritânia
Elisabete Jacinto sobe ao sétimo lugar da geral A piloto portuguesa gastou na quarta-feira 6:37.06 horas nos 338 quilómetros cronometrados que começaram a terminaram em Akjoujt, na Mauritânia, terminando como a sétima melhor do dia, oitava etapa da prova. Elisabete Jacinto, num camião MAN TGS, ascendeu ao sétimo lugar na classificação geral do Rali todo-oterreno Africa Eco Race, mas perdeu o segundo lugar da sua categoria para o húngaro Miklos Kovacs, após disputada a oitava etapa. Na geral, Jacinto subia para a sétima posição, mas deixava fugir o checo Tomas Tomacek (Tatra) na liderança dos camiões, estando por isso a 1:54.01 horas, e sendo mesmo ultrapassada por Kovacs, que ficava com 5.03 minutos de vantagem sobre a única representante lusa nesta prova. “A especial de hoje [quarta-feira] foi extremamente difícil e técnica. A mudança de piso era muito frequente e tanto estávamos a rolar na areia mole, com a pressão dos pneus muito baixa, como de repente entrávamos em pistas de pedra e tínhamos que subir a pressão para não furar. Estamos a fazer um bom trabalho e as etapas na Mauritânia estão a correr muito melhor do que no passado”, afirmava Elisabete Jacinto, no final do dia. Apesar de uma etapa problemática (foi apenas sexto), a liderança da classificação absoluta continuava a pertencer ao francês Jean-Louis Schlesser (Schlesser), que passava a ter pouco mais de uma hora de avanço sobre o segundo, o belga Jacques Loomans (Toyota). Sempre a subir Na terça-feira, Elisabete Jacinto subiu um lugar na classificação geral
absoluta do Africa Eco Race após a realização da sétima etapa, saltando para nono e mantendo-se em segundo na listagem dos camiões. Ao volante do seu camião MAN TGS, a piloto portuguesa gastava 6:07.56 horas nos 466 quilómetros cronometrados entre Chami e Akjoujt, sempre na Mauritânia, e terminava como a 10.ª melhor do dia. Na geral, subia um “furo”, de décimo para nono, mas perdia mais tempo para o líder dos camiões (categoria T4), o checo Tomas Tomacek (Tatra). O atraso passava a ser de 1:15.31 horas. Na classificação absoluta, o comando mantinha-se na posse do francês Jean-Louis Schlesser (Schlesser), com mais de uma hora de avanço face ao segundo da geral. Reforço do segundo lugar Na segunda-feira, Elisabete Jacinto reforçava o segundo lugar da catogoria de camiões do Africa Eco Race, ao ser segunda classificada na sexta etapa, a primeira em solo da Mauritânia. A piloto portuguesa do camião MAN TGS cumpriu os 174 quilómetros do setor seletivo da etapa em 1:41.17 horas, gastando mais sete minutos do que o vencedor da tirada e líder da categoria, o checo Tomas Tomecek (Tatra). Em equipa com José Marques e Marco Cochinho, Elisabete Jacinto superou bem esta primeira etapa em solo mauritano, constituída quase
na sua totalidade por areia mole, umas das principais dificuldades que esperam a equipa lusa, que, no final, manteve o 10.º posto da classificação geral conjunta automóveis/camiões. Vitória na quinta etapa Elisabete Jacinto destacou-se ao ganhar tempo ao checo Tomas Tomecek na luta pelo primeiro lugar da categoria de camiões na Africa Eco Race, depois de ganhar a quinta etapa da prova. A portuguesa foi a mais rápida no troço cronometrado da etapa entre As Sakn e Dakhla (Marrocos) e mantinha
assim o segundo lugar na categoria, recuperando dois minutos para o primeiro, Tomecek (Tatra), que ainda dispunha de 14 de vantagem. Esta foi a segunda vitória da piloto portuguesa nos camiões nas cinco primeiras tiradas da prova africana (todas disputadas em Marrocos). “A especial foi muito rápida e feita em pisos que nos permitiam andar muito depressa. Viemos sempre certinhos, em termos de navegação, e felizmente hoje não tivemos problemas. Como o piso era bom, conseguimos andar rápido e ganhámos tempo aos nossos adversários, o que para nós
é excelente. Foi uma boa etapa e estamos muito felizes com mais uma vitória”, explicava Elisabete Jacinto, no final da quinta etapa do África Eco Race. O trio da equipa MAN Portugal, composto por Elisabete Jacinto, José Marques e Marco Cochinho, completava a especial de 204 quilómetros o primeiro troço dos 782 quilómetros entre As Sakn e Dakhla - em 2:06.42 horas, o que lhe valia o primeiro lugar nos camiões e o 12.º na geral. Na tabela conjunta carros/camiões, Elisabete Jacinto ocupava na altura o 10.º lugar da geral.
noticiário
10 de janeiro de 2014
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Inquérito ao acidente de Michael Schumacher
Normas de delimitação das pistas foram integralmente respeitadas Em conferência de imprensa, o comandante do pelotão de Gendarmes de Alta Montanha de Bourg-Saint-Maurice, Stéphane Bozon, acrescentou que os esquis usados pelo ex-piloto alemão “não foram a causa do acidente”. As normas de delimitação das pistas e o correto funcionamento dos esquis são duas questões importantes no apuramento de eventuais responsabilidades. O procurador Patrick Quincy disse que Michael Schumacher “escolheu deliberadamente” ir esquiar numa zona fora de pista situadas entre duas pistas devidamente balizadas. O ex-piloto esquiava a um ritmo “normal para este tipo de terreno por parte de um esquiador experiente”, indicou o comandante dos gendarmes. A velocidade a que Schumacher esquiava “não é um
elemento particularmente impor tante” para o inquérito, acrescentou Patrick Quincy. Por outro lado, no vídeo recuperado da câmara que ia presa ao capacete do piloto quando este teve o acidente “não se vê [Schumacher] a socorrer quem quer que seja”, explicou o magistrado, acrescentando que não existem outros elementos que permitam comprovar essa hipótese. De acordo com alguma imprensa, Michael Schumacher saiu de pista para socorrer uma amiga que tinha caído. O ex-piloto alemão continua hospitalizado, em estado muito grave mas “estável”, depois de ter batido com a cabeça numa rocha quando caiu ao esquiar fora de pista na estância de Méribel, Alpes franceses, a 29 de dezembro.
Carlos Sousa desclassificado depois de uma “entrada à campeão” no Dakar
“Decisão demasiado radical” O piloto português, que foi desclassificado do rali todo-o-terreno Dakar, depois de ter falhado vários pontos de passagem na segunda etapa, classificou o seu afastamento de “demasiado radical”.
Durante a etapa de segundafeira, Carlos Sousa, que tinha entrado à campeão, vencendo a especial de abertura, falhou 10 “way points” (pontos de passagem obrigatória), ao ter optado por encontrar um caminho alternativo, pois nem com ajuda do camião de apoio da equipa Great Wall conseguia ultrapassar as dunas. “Acho que é uma decisão demasiado radical e que contraria aquilo que é o espírito do Dakar. Se abandonámos a pista foi porque esgotámos to-
das as alternativas para chegar ao fim da especial pelos nossos próprios meios. Aceitaria toda e qualquer penalização, mas gostaria de ter continuado em prova. É um desfecho inglório após tantas e tantas horas de esforço”, explicou o piloto, após tomar conhecimento oficial da sua desclassificação. Em 15 participações na prova, esta é a segunda vez que Carlos Sousa é forçado a abandonar, sendo que a primeira foi no Dakar de 2000, numa
edição em que também venceu a etapa inaugural.”Saio daqui triste, muito triste mesmo. Em apenas 48 horas, fomos do céu ao inferno! Estava muito confiante que poderíamos lutar por um bom resultado este ano. O carro melhorou bastante e acho que poderíamos manter o anda-
mento que evidenciámos logo na primeira etapa”, desabafou Carlos Sousa. Abandono prematuro Depois de ter vencido a primeira etapa, Carlos Sousa demorou na segunda-feira cerca de 14 horas e meia para cumprir
a especial, acabando por ser excluído pela organização. Carlos Sousa partiu na liderança para os 799 quilómetros da segunda etapa, dos quais 433 cronometrados, entre as localidades argentinas de San Luis e San Rafael, mas acabou por ficar parado ao quilómetro 33 depois de o turbo do seu Haval se ter partido. Carlos Sousa falhou 10 “way points” (pontos de passagem obrigatória) ao longo da tirada, por ter optado por encontrar um caminho alternativo, pois nem com ajuda do camião de apoio da equipa Great Wall conseguia ultrapassar as dunas. Depois de percorrer grande par te do percurso a velocidades reduzidas (40 a 80 km/hora), o português apenas chegou ao acampamento por volta das 5h30 de Lisboa (02h30 na Argentina). Esta foi apenas a segunda desistência de Carlos Sousa em 15 participações no rali mais duro do mundo e a mais importante prova de todo-o-terreno mundial, no qual conseguiu um quarto lugar em 2003 e dois quintos em 2005 e 2006, tendo sido sexto no último ano.
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comércio & indústria
10 de janeiro de 2014
Nova Peugeot 308 SW revelada
Novo tiro na mosca A Peugeot voltou a acertar na gama 308, agora com a nova SW, que ostenta a bela frente da berlina ladeada de uma silhueta elegante e com uma traseira mais uma vez muito bem conseguida. Um conjunto muito elegante, que representa novo tiro certeiro da marca de Sochaux.
A gama de veículo da Peugeot é alargada com a silhueta SW do modelo 308, apenas dois meses após a comercialização da nova berlina. Tal como esta, a nova Peugeot 308 SW foi totalmente repensada e a única característica que recuperou da antecessora foi o nome. Com estreia mundial no Salão de Genebra 2014, em Março próximo, a nova 308 SW será comercializada em França e, seguidamente, nos outros países da Europa, já na Primavera. Os Designers da Peugeot conceberam uma carrinha dinâmica, com uma aparência forte, distinta e despor tiva, com um comprimento de 4,58 metros e uma altura de 1,47. As dimensões generosas permitem dar resposta ao cliente que valoriza as principais características de uma carrinha: volume, habitabilidade, modularidade e comodidade. Com um volume de 660 litros, a bagageira da nova Peugeot 308 SW posiciona-se ao nível das melhores do segmento. As suas formas simples criam um espaço prático e desimpedido. A modu-
laridade é de uma simplicidade de referência, com o rebatimento dos bancos num simples gesto a partir da bagageira, e muito eficaz (superfície inferior perfeitamente plana). Os acabamentos são dignos de um segmento superior. Tal como a berlina, a nova Peugeot 308 SW beneficia da nova plataforma modular EMP2, condição de maior leveza e de uma eficácia dinâmica. No global, é 140 kg mais leve do que a antecessora. Disponíveis desde o lançamento, as motorizações Euro 6 a gasolina e Diesel garantem desempenhos notáveis. Uma versão BlueHDi, que emite apenas
85g de CO2 por km, posiciona-a como a nova referência do segmento. No interior, o Peugeot i-Cockpit, moderno, aperfeiçoado e inovador, proporciona ao condutor e passageiros um ambiente e sensações inéditos. A qualidade da nova 308 SW é revelada no cuidado atribuído a cada pormenor, tendo como objectivo coloca-la ao nível das melhores e confirmar a subida de gama da marca, o que parece que será facilmente conseguido. Produzido em Sochaux, a nova Peugeot 308 SW estará equipada com motores produzidos nas instalações francesas de Trémery e de Douvrin.
comércio & indústria
3 de janeiro de 2014
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Novo Opel Astra GTC 1.6 Turbo 200 cv a partir de 30 800 euros
Potente e eficiente O Astra GTC vai ter a gama reforçada com uma versão equipada com o novo motor 1.6 Turbo de 200 cavalos, o mais potente da nova geração de motorizações com que a Opel vai renovar a maior parte da sua linha até ao final de 2014.
A nova variante de 200 cavalos do motor Opel 1.6 Turbo de injecção directa vai entrar na gama Astra GTC já a partir deste mês de Janeiro, constituindo-se como alternativa mais acessível ao Astra OPC de 280 cavalos. Além da mais recente tecnologia instalada sob o capô e da suspensão dianteira de alta performance HiPerStrut, o Astra GTC 1.6 Turbo
tem um visual exclusivo Black OPC Line e estreia ainda o novo sistema de informação e entretenimento IntelliLink, que fica disponível em toda a gama GTC. O preço do novo GTC 1.6 Turbo é de 30.800 euros.
7,9s dos 0 aos 100 km/h Com a nova motorização, o Astra GTC atinge a velocidade máxima de 230 km/h e acelera dos zero aos 100 km/h em apenas 7,9 segundos. A recuperação de 80 a 120 km/h em 5ª velocidade é cumprida também em 7,9 segundos, numa demonstração de grande elasticidade graças ao elevado débito de 300 Nm de binário com overboost. A potência específica de 125 cv/litro é referência em motores desta cilindrada. Com uma construção cuidada para obter os melhores resultados numa variedade de parâmetros, entre os quais a performance e o consumo - onde joga um papel fundamental o sistema de injecção directa -, este novo motor no GTC consome apenas uma média de 6,6 l/100 km em ciclo misto, a que correspondem emissões de 154 g/km. O Astra GTC 1.6 Turbo vem alargar o leque de opções na faixa de elevada performance da gama GTC, juntando-se ao 2.0 BiTurbo CDTI de 195 cv e 400 Nm. O único motor que ultrapassa estes dois em desempenho é o 2.0 Turbo do OPC, que debita 280 cv de potência. Quanto ao novo sistema de infoentretenimento da Opel, passa a estar disponível em toda a gama GTC. Simplifica todos os comandos, mostrando-os num grande ecrã policromático de alta definição de
sete polegadas, que também exibe as imagens captadas pela câmara traseira de ajuda ao estacionamento. O sistema pode ser comandado por voz, permitindo simultaneamente ligações Bluetooth para telemóveis inteligentes e streaming de audio. O modelo topo de gama Navi 950 IntelliLink tem mapas detalhados de toda a Europa, podendo as atualizações ser descarregadas via Internet. Consegue verbalizar mensagens de texto,
já que, para além do próprio reconhecimento de voz, integra também as funções de voz dos smartphones que lhe estão ligados. Visual exclusivo Por fora, o novo GTC 1.6 Turbo distingue-se através de duas saídas de escape e de uma série de elementos provenientes das versões mais desportivas das linhas Astra e OPC, formando uma combinação exclusiva.
No volumoso pára-choques dianteiro sobressaem grandes entradas de ar, ao mesmo tempo que as saias laterais e o pára-choques traseiro prolongado contribuem para uma estética especialmente dinâmica, que é acentuada pela pintura negra do tejadilho, das jantes em liga leve, e das capas dos retrovisores exteriores. No habitáculo, destacam-se bancos desportivos, volante OPC e forros dos pilares e tejadilho em tecido preto.
BMW Economics for Life 2014
Ano arranca com nova campanha O novo ano arranca com uma nova campanha BMW, já em vigor e válida até 31 de Março, aplicada a todos os modelos Série 1, Série 3, Série 5, X1 e X3. BMW Economics for Life faz referência à associação de vários conceitos que, no final, se traduzem numa economia diária muito significativa para os clientes da marca: menores consumos de combustível; menores emissões de CO2; soluções de manutenção incluídas; e mais equipamento pelo mesmo valor base. No que respeita ao último ponto, as vantagens directas para o cliente variam, conforme o modelo, entre um mínimo de 2.898 euros (Série 1) e um máximo de 5.795 (Série 5). A vantagem cliente para o Série 3 é de 5.130 euros, para o X3, de 5.305, e para o X1, de 5.560. A todos estes valores há ainda a acrescentar o IVA. Os equipamentos oferecidos são os seguintes: para o BMW Série 1, Pack Conforto Condução (Servotronic, Cruise Control com Função de Travagem, Rádio BMW Profes-
sional e Kit mãos-livres com interface USB); BMW Line Sport (bancos dianteiros desportivos, apoio de braços frontal deslizante, frisos interiores em preto brilhante e acabamentos dos frisos em preto brilhante); e Faróis de Xénon. Para o BMW Série 3, Pack Iluminação com Faróis de Xénon; Transmissão Automática de 8 Velocidades; Sistema de Navegação Professional; Pack Conforto Condução (apoio de braços frontal deslizante, sensores de estacionamento traseiros, sensor de chuva e controlo automático de luzes de condução e Cruise control com função de travagem); e kit mãoslivres com interface USB. O BMW Série 5 oferece bancos em Pele; transmissão automática de 8 velocidades e sistema de navegação professional. Quanto ao BMW X1, traz faróis de Xénon; sistema de navegação professional; conectividade para aparelhos móveis, aparelhos Bluetooth e USB; Pack Conforto Condução (vol-
ante desportivo em pele, sensores de estacionamento traseiros e cruise control com função de travagem); e Serviços ConnectedDrive (Informação de transito, Internet, BMW Apps, Serviços Remote e Serviços ConnectedDrive com BMW Online). Por último, o BMW X3 oferece Pack Active (volante desportivo em pele, barras de tejadilho em alumínio Satinated, X Line, rede de separação na bagageira, cortinas laterais traseiras mecânicas, sistema de carregamento entre os bancos e Pack de arrumação); Pack Innovation (direção desportiva variável, câmara traseira, espelho retrovisor interior anti-encandeamento, sistema de lavagem dos faróis, faróis de xénon e kit mãos-livres com interface USB); e transmissão automática de 8 velocidades. Toda a gama BMW tem, de série, contrato de manutenção BSI – BMW Service Inclusive, que contempla manutenção por cinco anos ou 100 mil km.
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comércio & indústria
10 de janeiro de 2014
Grupo BMW com quota de mercado recorde
Liderança Premium
Depois de uma queda por dois anos consecutivos, com um mínimo histórico atingido em 2012, em 2013 houve um crescimento do mercado automóvel, com 105.898 unidades vendidas, o que corresponde a um aumento de 11,1%. Contrariamente, o mercado de motociclos teve quebra de 16%. O Grupo BMW vendeu 9.578 unidades, entre automóveis (BMW e MINI) e motociclos, num aumento de 20% relativamente a 2012. A BMW atingiu melhor quota de mercado de sempre e mantém a liderança do segmento Premium pelo nono ano consecutivo. Em 2013, a BMW vendeu 7.629 unidades, o que se traduziu também num aumento de 20% face a 2012. Com a melhor quota de mercado de sempre em Portugal (7.2%), a marca mantém-se na quarta posição
do ranking dos ligeiros de passageiros. Para este resultado, contribuíram principalmente as gamas BMW Série 3, BMW Série 1 e BMW Série 5. Em 2013, a gama mais comercializada em Por tugal foi o BMW Série 3, com 2.640 unidades Sedan, Touring, Gran Turismo, Coupé e Cabrio. Nesta gama, o modelo mais vendido foi o BMW 318d Touring, com 834 unidades. A gama BMW Série 1 representa a segunda maior fatia para o mercado português, tendo vendido 2.518 unidades nas variantes 3 e 5 portas, Coupé e Cabrio. Destaque para o BMW 116d EfficientDynamics de 5 portas, que, com 1.626 unidades, foi o mais vendido em Portugal entre todas os concorrentes. Segue-se a gama BMW Série 5, com 1.334 unidades vendidas
dos modelos Sedan, Touring e Gran Turismo, dos quais, o modelo mais vendido foi o BMW 520d Touring, com 477 unidades. MINI também no melhor Em 2013, apesar de ser o último ano de produção da actual geração do MINI Hatchback (a gama mais vendida da marca), foram vendidas 1.240 unidades em Portugal, o que corresponde a um crescimento superior a 18%, bem superior ao aumento global de 11% do mercado, o que permitiu à marca atingir uma quota de 1.2%, a maior de sempre. A marca reforçou a posição no mercado português, estando já a preparar o lançamento do novo MINI Hatchback. Em 2013, o Hatchback vendeu 473 unidades, seguido do Countryman e do Paceman, com 465 e 118 unidades, respectivamente.
Motorrad crescimento 21% Nos motociclos, apesar da quebra de 1%, a BMW Motorrad vendeu 709 unidades, num crescimento de cerca de 21%. A principal contribuição vem da R 1200 GS, lançada no início de 2013, que continua a ser a bestseller da marca. A BMW Motorrad registou uma quota de mercado na ordem dos 5%, mas, no segmento em que está representada (>500cc), detém cerca de 27%, reforçando a posição no mercado português Há agora neste início de 2014 o lançamento das novas R 1200 GS Adventure e R 1200 RT e, em Março, há o das R nineT e S 1000 R. Com 199 unidades vendidas, a R 1200 GS continua a ser o motociclo mais vendido da marca, tendo contribuído para que a gama R (com 329 unidades) tenha sido a mais vendida em Portugal.
Quanto à gama F, com 208 unidades vendidas, destaca-se, mais uma vez, a F 800 GS, com 104 unidades vendidas e mantendo a liderança na gama. Quanto ao BMW Financial Services, aumentou também o número de contratos de financiamento, em 2013, para um total de 5.787 novos contratos, num aumento de 16% face ao ano anterior. Os contratos de financiamento de viaturas novas aumentaram 17% e, no total, o BMW Financial Services financiou 46% das vendas de automóveis BMW e MINI e 51% das vendas de motociclos BMW. No que respeita à totalidade da carteira de contratos ativos no final de 2013, registou um crescimento de 9% - 16.956 contratos activos. Também o sector dos seguros registou um crescimento de 21%, com 2.167 novos contratos.
Nova fábrica da Mazda produz no México A Mazda Motor Corporation anunciou o arranque da produção na sua nova fábrica, no México. A Mazda de Mexico Vehicle Operation (MMVO) está localizada em Salamanca, no estado de Guanajuato, e a primeira unidade ali produzida foi um Mazda3 Sedan para o mercado norte-americano. Keishi Egawa, Director Executivo da Mazda, responsável pelas Operações dos Novos Mercados Emergentes (América Latina) e Presidente e CEO da Mazda Motor Manufacturing de Mexico, SA de CV (Mazda de Mexico Vehicle Operation), afirmou: “Levámos mais de 150 engenheiros
e supervisores para as fábricas da Mazda de Hiroshima e Hofu e envidámos todos os esforços para assegurar que estamos a fabricar produtos de elevada qualidade aqui na MMVO. Com o início da produção em massa, contamos agora com um sistema capaz de oferecer veículos com a mesma elevada qualidade dos construídos no Japão, a uma escala global, e isso é extremamente gratificante. Estamos empenhados em continuar os nossos esforços para contribuir para o crescimento da economia do México, através da produção de veículos e do desenvolvimento
dos excelentes recursos humanos que apoiam e lideram a indústria automóvel no país”. Desde a entrada no mercado mexicano, em 2005, a Mazda já comercializou cerca de 180 mil veículos. A marca vendeu um valor recorde de 33 mil unidades em 2013. Para além de o fazer para os EUA, a MMVO vai produzir o Mazda3 para outros países da América e para a Europa. A Mazda pretende também fortalecer o sistema de produção no México e expandir a produção do seu line-up, para incluir o Mazda2.