motor 12-10-2012

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DIRECTOR: RUI ALAS PEREIRA |SÉRIE II ANO XI N.º 759

12-10-2012 | SEMANÁRIO | PREÇO: 1,50 EUROS IVA INCLUÍDO Taxa paga | Devesas - 4400 V.N. Gaia | Autorizado a circular em invólucro de plástico fechado | Autorização n.º 26 de 2026/00

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LOEB FESTEJA EM CASA NONO TÍTULO CONSECUTIVO NO WRC

MITO “UMA ÉPOCA PERFEITA”

À CAMPEÃO

CPM Pedro Salvador Campeão

FÓRMULA 1 – VETTEL VENCE NO JAPÃO E PRESSIONA ALONSO NA COREIA


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12 de Outubro de 2012

WRC – Rali de França

Loeb conquista em casa nono título mundial

O mito despede-se em beleza O francês Sébastien Loeb assegurou em “casa” a conquista do nono título mundial consecutivo de ralis, numa altura em que já fez saber que na próxima temporada não estará a tempo inteiro. Ao volante de um Citroën, Loeb acrescentou mais um ano ao seu recorde de títulos consecutivos (nove), afastando-se ainda mais dos quatro títulos conquistados pelos finlandeses Juha Kankkunen (de forma intercalada) e Tommi Makinen. O francês ampliou também o recorde de piloto mais vitorioso de sempre no desporto motorizado, depois de no ano passado ter ultrapassado o alemão Michael Schumacher (Fórmula 1) e o italiano Valentino Rossi (motociclismo), que venceram sete títulos mundiais.

Nónuplo Campeão do Mundo Data nascimento: 26 de fevereiro de 1974 (38 anos). Naturalidade: Haguenau (França). Carro: Citroen DS3. Equipas: Citroen Sport (2001-2005), Kronos-Citroen (2006), Citroen Racing (desde 2007). Estreia em WRC no Mundial de ralis: São Remo (2001). Primeira vitória em WRC no Mundial de ralis: Alemanha (2002). Primeiro pódio em WRC no Mundial de ralis: São Remo (2001). Total de ralis disputados no WRC: 161. Total de pódios em WRC no Mundial de ralis: 111 (75 no 1.º lugar, 27 no 2.º lugar, e nove no 3.º lugar).

No Rali de França, Loeb foi o mais rápido na antepenúltima prova do Mundial de 2012 e anulou as hipóteses do seu companheiro de equipa, o finlandês Mikko Hirvonen, o alcançar na liderança do mundial, quando faltam ainda disputar duas provas. Loeb, que celebrou o título em Haguenau – a sua cidade natal -, já tinha anunciado a intenção de não estar a tempo inteiro no Mundial 2013, mostrando-se disposto a “disputar quatro ou cinco provas”. Nascido a 26 de Fevereiro de 1974, em Haguenau, Loeb teve sempre o desporto presente na sua vida, quando aos três anos se iniciou na ginástica, por influência do pai, praticante, fazendo depois uma incursão no ciclismo e nas mini-motos. Conciliando a prática desportiva com os estudos, terminou o liceu e conseguiu o diploma de eletricista, mas começou logo a gastar os primeiros ordenados nos carros e comprou um Renault Super 5 GT Turbo, que foi “destruindo” durante a aprendizagem, até ver um anúncio de deteção de jovens talentos para ralis. Em 1995, com 21 anos, Loeb iniciou-se em competições oficiais, sendo finalista do “rali jovens”, resultado que repetiu no ano seguinte e que fez despertar a atenção de equipas como a “Ambition Sport Auto”. O proprietário (Remi Mammosser) convidou-o para disputar uma prova regional e depois ingressou no nacional “Volante 106”, onde

venceu quatro ralis na classe 1300, saltando para a de 1600. Em 1996, Loeb iniciou a dupla com Daniel Elena, seu co-piloto até os dias de hoje, e quatro anos depois sagrou-se campeão de França de ralis em terra na categoria de duas rodas motrizes, antes de dar o salto para a Citroën, com a qual conquistou em 2001 o título de campeão francês, ao volante de um Saxo 1600. Nesse ano, foi campeão do Mundo de ralis na categoria Super 1600, com o Saxo, e teve a sua primeira experiência no Mundial WRC, ao volante de um Citroën Xsara. O ano de 2002 marcou a passagem definitiva para o WRC e ficou marcado pela sua primeira vitória, no Rali da Alemanha, terminando na 10.ª posição o Mundial de pilotos, ganho pelo principal rival até 2007, o finlandês Marcus Gronholm. Um ano depois, venceu três provas, terminando o campeonato na segunda posição, atrás do norueguês Petter Solberg. Em 2004, começou a consagração de Sébastien Loeb, que venceu seis ralis e conquistou o primeiro título mundial com um Citroën Xsara, dando à marca o seu primeiro triunfo de construtores. O francês passou a dominar a especialidade e no ano seguinte repetiu o êxito, não dando hipóteses à concorrência, ao vencer 10 das 16 provas do calendário.


WRC – Rali de França

12 de Outubro de 2012 O ano de 2006 parecia levar o mesmo caminho, mas um acidente quando praticava BTT, em setembro, colocou em risco um título que acabou por conseguir mesmo sem disputar as derradeiras quatro provas. Depois do “tri”, Loeb iniciou a temporada de 2007 apostado em igualar o recorde de quatro títulos de Juha Kankkunen e Tommi Makinen, mas teve pela frente a época mais difícil, decidida na última prova, também na Grã-Bretanha, depois de uma renhida luta com Marcus Gronholm. Em 2008, Loeb voltou a dominar de forma incontes-

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tável, ganhando 11 dos 15 ralis, fixando o recorde de triunfos numa única temporada, a juntar a vários outros máximos que detém e ninguém deverá superar nos tempos mais próximos. O domínio prosseguiu nas duas temporadas seguintes, mas em 2011 o francês sentiu a oposição do finlandês Mikko Hirvonen, que entrou na derradeira prova ainda a discutir o cetro mundial. Esta temporada, Loeb, que venceu quatro dos 11 ralis já disputados, assegurou o título a duas provas do fim, com 71 pontos de vantagem sobre o finlandês.

”Nónuplo Campeão do Mundo” satisfeito com mais uma festa total da Citroën

”Fizemos uma época perfeita” O piloto francês Sebastien Loeb (Citroen) assegurou o nono título consecutivo de campeão mundial, ao triunfar no Rali de França, antepenúltima prova do Mundial, que terminou em Haguenau, a sua terra Natal.

Loeb, que na próxima época não vai estar a tempo inteiro no Mundial, impôs-se à concorrência, relegando J a r i - M a t t i L a t v a l a ( Fo r d ) p a r a a s e g u n d a p o s i ç ã o, e M i k k o Hir vonen para o terceiro lugar d a g e r a l . H i r v o n e n, c o m p a n h e i r o d e e q u i p a d e Lo e b n a Citroen, era o único que à partida para o rali francês poderia impedir o nono título do francês. Loeb terminou a prova na liderança e conquistou os pontos necessários para anular o finlandês, quando ainda faltam disputar os ralis de Itália e Espanha. “O último dia foi muito complicado, de manhã fiz ‘aquaplaning’, mas depois as coisas foram melhorando”, afirmou Loeb, que juntamente com Hir vonen assegurou a conquista do título de construtores para a C i t r o ë n. O piloto francês, que à chegada foi saudado por

centenas de pessoas, admitiu ter ‘dificuldade’ em contabilizar o número de títulos já conseguidos. “Sou ‘nónuplo’ campeão do mundo… ‘nónuplo’, acho que a palavra existe, mas é complicada”, afirmou o francês, de 38 anos. N a s e m a n a p a s s a d a , Lo e b anunciou a intenção de disputar apenas quatro ou cinco ralis na próxima época, e a possibilidade de competir n o M u n d i a l d e Tu r i s m o e m 2014. “Daniel Elena, o meu copiloto, agarrou-me a mão e d i s s e : ‘ Va m o s l á é o n o s s o último título’. Agora está c o n q u i s t a d o, q u e r o s a b o r e a r o momento”, referiu. E s t a t e m p o r a d a , Lo e b v e n ceu quatro dos 11 ralis disputados e registou apenas um abandono, precisamente no r a l i d e Po r t u g a l , d i s p u t a d o n o início de abril. “Com exceção d o r a l i d e Po r t u g a l , e u e o Daniel fizemos uma temporada per feita”, assegurou.


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12 de Outubro de 2012

WRC – Rali de França

Classificação final

Pos. Pilotos Nac. Carro 1. S Loeb/D Elena FRA Citroen DS3 2. J-M Latvala/M Anttila FIN Ford Fiesta RS 3. M Hirvonen/J Lehtinen FIN Citroen DS3 4. T Neuville/N Gilsoul BEL Citroen DS3 5. M Østberg/J Andersson NOR Ford Fiesta RS 6. O Tänak/K Sikk EST Ford Fiesta RS 7. E Novikov/I Minor RUS Ford Fiesta RS 8. C Atkinson/G MacNeall AUS Mini John Cooper 9. M Prokop/Z Hrůza CZE Ford Fiesta RS

Tempo 3hr 32min 53.0sec 3hr 33min 08.5sec 3hr 33min 37.1sec 3hr 34min 00.3sec 3hr 34min 09.4sec 3hr 35min 20.9sec 3hr 38min 44.6sec 3hr 39min 35.4sec 3hr 41min 39.8sec

10 S Chardonnet/T De La Haye FRA

3hr 41min 52.7sec

Citroen DS3

Mundial de Pilotos

Pos. Piloto 1. S Loeb 2. M Hirvonen 3. J-M Latvala 4. M Østberg 5. P Solberg 6.

E Novikov

Mundial de Construtores

Pos. Equipa 1. Citroen Total WRT 2. Ford WRT 3. M-Sport Ford WRT 4. Citroen Junior WRT 5. Adapta WRT 6. Qatar WRT

Pontos 244 173 131 125 119 69

Pontos 388 259 137 72 71 63

Tempos nas etapas Etapa 1: 1. Neuville 2min 44.7sec; 2. Latvala + 0.8; 3= P Solberg, Sordo, Hir vonen + 1.3; 6. Chardonnet + 1.4. Etapa Etapa 10.0. Etapa Etapa Etapa Etapa Etapa Etapa Etapa Etapa Etapa Etapa Etapa Etapa Etapa

2: 1. Loeb 14min 36.1sec; 2. Hir vonen + 3.5; 3. Latvala + 7.6; 4. Sordo + 8.4; 5. Østberg + 12.1; 6. P Solberg + 12.8. 3: 1. Loeb 11min 18.8sec; 2. Latvala + 0.8; 3. Neuville + 2.9; 4. Sordo + 6.0; 5. Hir vonen + 7.8; 6. Østberg + 8.9; 7. P Solberg + 4: 1. Latvala 9min 49.2sec; 2. Loeb + 0.1; 3. P Solberg + 3.7; 4. Neuville + 4.0; 5. Hir vonen + 8.2; 6. Sordo + 9.2. 5: 1. Loeb 14min 28.9sec; 2. P Solberg + 3.4; 3. Hir vonen + 3.9; 4. Latvala + 6.3; 5. Sordo + 10.4; 6. Østberg + 11.4. 6: 1. Latvala 11min 07.0sec; 2. Loeb + 1.4; 4. P Solberg + 4.3; 4. Hir vonen + 6.2; 5. Østberg + 7.0; 6. Neuville + 7.4. 7: 1. Loeb 9min 44.6sec; 2. P Solberg + 3.1; 3. Latvala + 3.2; 4. Hir vonen + 5.6; 5. Sordo + 6.8; 6. Neuville + 6.9. 8: 1. Latvala 3min 37.7sec; 2. P Solberg + 0.3; 3. Hir vonen + 1.7; 4. Loeb + 2,5; 5. Tänak + 2.6; 6. Sordo + 3.8. 9: 1. Loeb 10min 58.0sec; 2. Hir vonen + 1.9; 3. Latvala + 2.1; 4. Neuville + 4.6; 5. Østberg + 7.1; 6= Tänak, Sordo + 9.1. 10: 1. Loeb 23min 20.0sec; 2. Hir vonen + 9.5; 3. Østberg + 11.9; 4. Sordo + 16.8; 5. Neuville + 17.8; 6. Latvala + 18.0. 11: 1. Latvala 11min 13.1sec; 2. Loeb + 3.2; 3. Hir vonen + 8.2; 4. Neuville + 8.9; 5. Novikov + 9.3; 6. Østberg + 9.5. 12: Cancelada. 13: 1= Latvala, Hir vonen 10min 53.8sec; 3. Neuville + 0.4; 4. Novikov + 1.0; 5. Loeb + 3.0; 6. Østberg + 3.7. 14: 1. Loeb 23min 09.9sec; 2. Hir vonen + 0.7; 3. Latvala + 1.9; 4. Østberg + 7.1; 5. Tänak + 7.2; 6. Neuville + 9.0. 15: 1. Loeb 11min 10.8sec; 2. Latvala + 1.4; 3. Neuville + 3.7; 4. Novikov + 5.0; 5. Hir vonen + 5.8; 6. Tänak + 11.1. 16: 1. Latvala 6min 08.4sec; 2. Novikov + 0.3; 3. Loeb + 0.6; 4. Neuville + 1.4; 5. Østberg + 1.6; 6. Hir vonen + 2.1.


fórmula 1

12 de Outubro de 2012

Vitória de Vettel e abandono de Alonso em Suzuka relança Campeonato

”Passo importante” rumo ao Tri Sebastian Vettel (Red Bull) partiu da pole position e conquistou o Grande Prémio do Japão, 15.ª prova do Campeonato do Mundo de Fórmula 1, no circuito de Suzuka. Vettel venceu a corrida, seguido ficando à frente do brasileiro Felipe Massa (Ferrari) e do japonês Kamui Kobayashi (Sauber), que subiu ao pódio pela primeira vez na sua carreira na F1. Esta terceira vitória da temporada para Vettel, e a segunda de seguida depois de Singapura, permite ao Bicampeão do Mundo ficar a quatro pontos do espanhol Fernando Alonso (Ferrari), que lidera o campeonato, mas que abandonou na primeira volta de Suzuka devido a um problema à partida com o Lotus do finlandês Kimi Raikkonen.

O alemão Sebastien Vettel, que relançou a corrida ao título mundial de Fórmula 1 com a vitória no Grande Prémio do Japão, admitiu ter dado “um passo importante” para o terceiro troféu consecutivo. O atual bicampeão do Mundo venceu a terceira corrida do ano, na 15.ª prova do Mundial, colocando-se a apenas quatro pontos do espanhol Fernando Alonso (Ferrari), que abandonou logo na primeira volta no circuito de Suzuka. Quando faltam cinco etapas para a final do Mundial, com a próxima a realizar-se já entre 12 e 14 de outubro na Coreia do Sul, Alonso e Vettel estão praticamente lado a lado na corrida ao “tri” (o espanhol sagrou-se campeão em 2005 e 2006). “Dei um importante passo, mas ainda há um caminho longo a percorrer. Não sei muito bem o que se passou atrás de mim, mas Alonso foi um pouco infeliz. Nunca sabemos o que sucederá na próxima corrida, mas foi muito importante conquistar pontos aqui”, admitiu, no final, o piloto da Red Bull, que partiu para esta corrida da pole position.

Bem menos feliz estava Alonso, forçado a abandonar logo na primeira volta, depois de um ligeiro toque no Lotus do finlandês Kimi Raikkonen, um infortúnio que lança agora, segundo o espanhol, a dupla que lidera o Mundial para um “míni campeonato”. “Não me preocupa esta situação. Antes, por esta altura, já estáva a 50 pontos do primeiro. Agora ainda tenho quatro pontos de vantagem. Vamos passar a disputar um ‘míni campeonato’”, comentou o espanhol, pouco depois de abandonar o circuito nipónico. Um dos pilotos mais eufóricos após esta corrida era o piloto da casa Kamui Kobayashi (Sauber), que terminou em terceiro e subiu pela primeira vez na sua carreira ao pódio, tornando-se apenas no terceiro japonês, em 60 anos de Fórmula 1, a integrar o trio da frente. “Foi uma corrida muito dura. Tive uma boa partida, mas tive de lutar muito para segurar o terceiro lugar. Dei tudo o que tinha e foi fantástico subir ao pódio perante todos estes adeptos japoneses”, confessou o piloto nipónico.

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12 de Outubro de 2012

fórmula 1

Classificações

GP do Japão Pos. Nº Piloto Carro 1 1 Sebastian Vettel Red Bull-Renault 2 6 Felipe Massa Ferrari 20.639 3 14 Kamui Kobayashi Sauber-Ferrari 4 3 Jenson Button McLaren-Mercedes 5 4 Lewis Hamilton McLaren-Mercedes 6 9 Kimi Raikkonen Lotus-Renault 7 12 Nico Hulkenberg Force India-Mercedes 8 18 Pastor Maldonado Williams-Renault 9 2 Mark Webber Red Bull-Renault 10 16 Daniel Ricciardo Toro Rosso-Ferrari 11 7 Michael Schumacher Mercedes 12 11 Paul di Resta Force India-Mercedes 13 17 Jean-Eric Vergne Toro Rosso-Ferrari 14 19 Bruno Senna Williams-Renault 15 20 Heikki Kovalainen Caterham-Renault 16 24 Timo Glock Marussia-Cosworth 17 21 Vitaly Petrov Caterham-Renault 18 22 Pedro de la Rosa HRT-Cosworth 19 10 Romain Grosjean Lotus-Renault Não classificados - 25 Charles Pic Marussia-Cosworth - 23 Narain Karthikeyan HRT-Cosworth - 15 Sergio Perez Sauber-Ferrari - 5 Fernando Alonso Ferrari - 8 Nico Rosberg Mercedes

Tempo/Dif. 1h 24.538 25.098 46.490 50.424 51.159 52.364 54.675 66.919 67.769 83.460 88.645 88.709 1 volta 1 volta 1 volta 1 volta 2 voltas

motor motor acidente acidente acidente

Mundial de Pilotos Pos. Piloto Equipa 1 Fernando Alonso Ferrari 2 Sebastian Vettel Red Bull 3 Kimi Raikkonen Lotus 4 Lewis Hamilton McLaren 5 Mark Webber Red Bull 6 Jenson Button McLaren 7 Nico Rosberg Mercedes 8 Romain Grosjean Lotus 9 Felipe Massa Ferrari 10 Sergio Pérez Sauber 11 Kamui Kobayashi Sauber 12 Paul di Resta Force India 13 Michael Schumacher Mercedes 14 Nico Hülkenberg Force India 15 Pastor Maldonado Williams 16 Bruno Senna Williams 17 Jean-Eric Vergne Toro Rosso 18 Daniel Ricciardo Toro Rosso 19 Timo Glock Marussia 20 Heikki Kovalainen Caterham 21 Vitaly Petrov Caterham 22 Jérôme D`Ambrosio Lotus 23 Charles Pic Marussia 24 Narain Karthikeyan HRT 25 Pedro de la Rosa HRT

Pontos 194 190 157 152 134 131 93 82 69 66 50 44 43 37 33 25 8 7 0 0 0 0 0 0 0

Mundial de Construtores Pos. Equipa Motor 1 Red Bull Renault 2 McLaren Mercedes 3 Ferrari Ferrari 4 Lotus Renault 5 Mercedes Mercedes 6 Sauber Ferrari 7 Force India Mercedes 8 Williams Renault 9 Toro Rosso Ferrari 10 Marussia Cosworth 11 Caterham Renault 12 HRT Cosworth

Pontos 324 283 263 239 136 116 81 58 15 0 0 0


GP da Coreia - Antevisão

12 de Outubro de 2012

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Desafio duro no circuito de Yeongam

Mais um duelo para o título Após duas vitórias consecutivas, e com o líder do Mundial de Pilotos a abandonar pela primeira vez esta época um grande prémio, Vettel vai manter a pressão e tentar, no duro circuito de Yeongam, levar a melhor sobre Alonso. É mais um duelo para o título entre o Bicampeão da Red Bull e o principal pretendente ao trono da Ferrari. Lewis Hamilton, que nunca ganhou na Coreia, também quer entrar na corrida pela vitória e explica os pormenores de “uma excelente pista”.

O circuito de Yeongam apresenta uma muito ampla variedade de velocidades e curvas, com a Pirelli a levar para lá os pneus P Zero Amarelo macio e P Zero Vermelho supermacio. Esta é uma das pistas mais duras que o pneu mais macio da gama para a F1 tem de enfrentar: para além de algumas curvas que são tão rápidas como as do circuito de Suzuka, há outras secções que lembram mais o Mónaco, o que significa que todos os aspetos da performance de um pneu são testados profundamente. O circuito é muito pouco utilizado, o que quer dizer que há um alto grau de evolução das condições da pista no decurso do fim-de-semana, à medida que se vai depositando mais borracha no piso, apesar de uma superfície relativamente abrasiva. Na realidade, Yeongam é uma instalação semipermanente, com secções da pista, que se desenrola ao longo do porto, a usar estradas normais – e isso significa que o desafio que os pneus enfrentam é acrescido por níveis de tração variáveis. Como condições meteorológicas instáveis são frequentemente uma caraterística do fim-de-semana coreano, os pneus intermédio Cinturato Verde e de chuva Cinturato Azul poderão também ser usados. Travagens fortes são uma das caraterísticas que definem o circuito coreano, com os carros a serem sujeitos a forças de desaceleração de 5,2 G durante a travagem na volta 3. Com a transferência de pesos

envolvida, os pneus da frente são sujeitos a uma carga equivalente a 900 kg ou mais. A parte mais exigente do circuito para os pneus é o troço entre as curvas 10 e 17, que é uma sequência contínua de curvas com rápidas mudanças de direção. Sendo um dos poucos circuitos do calendário disputados no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio, o pneu direito da frente é o que está sujeito a mais esforços, na medida em que tem que fornecer toda a aderência mecânica necessária para negociar as curvas, com o composto supermacio a provar ser particularmente eficiente por proporcionar altos níveis de aderência. Paul Hembery, diretor da Pirelli Motorsport, faz a sua antevisão da prova: “Vamos levar para a Coreia os mesmos tipos de pneus que levámos no ano passado, o que foi então considerado uma escolha bastante ousada porque a pista coreana origina as cargas laterais mais elevadas de todos os circuitos em que usamos os pneus supermacios. No final, vimos que os pneus supermacios duraram 10 ou mais voltas e os macios para cima de 20 voltas, o que possibilitou uma estratégia de duas paragens nas boxes para a maioria dos pilotos. Contudo, este ano, todos os nossos pneus para a Fórmula 1 são mais macios, à exceção do supermacio, que permaneceu o mesmo. Deveremos ver outra corrida com duas paragens este ano, que, em teoria,

deverá ser ainda mais rápida. No entanto, este ano houve algumas alterações nos regulamentos sobre a aerodinâmica que, no geral, tornaram os tempos de volta mais lentos no decurso da temporada. A estratégia teve um papel-chave na corrida do ano passado mas também houve uma entrada em pista do safety car e alguma chuva no começo do fim-desemana. Por isso, a Coreia é o tipo de circuito onde tudo pode acontecer e, como sempre, as equipas que tiverem mais informação e a capacidade de adaptar essa informação às circunstâncias que se alteram rapidamente serão as que terão maior êxito”. Ao volante com… Lewis Hamilton (McLaren): “O primeiro setor na Coreia é bastante pára-arranca: as entradas para as Curvas 1, 3 e 4 são todas zonas de travagens fortes, no final de longas retas e entrando em curvas em gancho que requerem boa tracção à saída

delas. Depois, os segundo e terceiros setores são bastante diferentes: são mais técnicos e em sequência, o que significa que os travões e os pneus são sujeitos a condições de operação muito distintas, pelo que pode ser um desafio considerável gerir as alterações das temperaturas de funcionamento. Como foi o caso no ano passado, a Pirelli irá levar os sues compostos macio e supermacios para esta corrida. A superfície lisa da pista significa que se poderá ser capaz de fazer durar os pneus, mas continua a ser um desafio para os pilotos. Contudo, penso que será possível uma estratégia de duas paragens nas boxes tal como no ano passado. O Circuito Internacional da Coreia é uma excelente pista. É uma corrida que ainda não ganhei, por isso espero poder corrigir essa situação este ano”. Jaime Alguersuari (pilot de testes da Pirelli): “A Coreia é uma das minhas pistas favoritas, em especial

porque tive ali um dos meus melhores resultados no ano passado, quando ultrapassei Nico Rosberg na última volta e acabei em sétimo. Gosto verdadeiramente dessa pista: o layout é fantástico – na verdade, penso que é um dos melhores traçados do calendário de provas da F1. É uma mistura de curvas de alta e média rapidez e o nível de força descendente sobre os carros não é muito elevado. Tem também um piso muito liso e alguns bons lugares para fazer ultrapassagens. Sob o ponto de vista dos pneus, o circuito é fácil, na medida em que o tempo é geralmente bastante frio e húmido. Tivemos duas paragens no ano passado e a degradação dos pneus será baixa, pelo que penso que a estratégia será a mesma este ano. Há três zonas de travagens fortes neste circuito e será uma corrida fantástica para assistir: o circuito sul-coreano tem o potencial para proporcionar um perfeito show de Fórmula 1”.


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velocidade

12 de Outubro de 2012

Campeonato de Portugal de Circuitos/Iberian supercars Trophy

Patrick Cunha/José Ramos vencem primeira corrida A penúltima jornada do Campeonato de Portugal de Circuitos/Iberian supercars Trophy, que se disputou no Autódromo do Estoril, começou com uma primeira corrida muito animada. Patrick Cunha/ José Ramos no Lamborghini Gallardo foram os grandes vencedores, depois de terem conseguido evitar os incidentes iniciais. Num brilhante segundo lugar ficou a dupla da Ray Racing Team, João Figueiredo/Álvaro Fontes no Ferrari 430, que saiu da cauda do pelotão devido a problemas de injetor durante a qualificação. A fechar o pódio ficou José Pedro Fontes/Miguel Barbosa no Mercedes SLS. A prova teve um início promissor com uma série de troca de posições entre os líderes, mas também nas classes GT4 e GT Cup. O entusiasmo era de tal ordem que deu lugar a uma série de toques, um deles protagonizado por Carlos Vieira, que resultou na saída de pista de José Pedro Fontes que ocupava a primeira posição. Vieira e o seu Audi R8 seriam penalizados com um ‘stop and go’ de 15 segundos, não inviabilizando porém que Fontes, e mais tarde, Barbosa tivessem de encetar uma recuperação que os levou

de último até ao terceiro lugar do pódio. Toques à parte, ficou nas mãos de João Pedro Figueiredo/Álvaro Fontes no Ferrari 430 e Patrick Cunha/José Ramos no Lamborghini Gallardo discutirem a vitória. Figueiredo largou da cauda do pelotão depois de um problema de injetor na sua máquina mas logo após a primeira volta já estava na segunda posição e mais tarde, no comando, e só não se manteve neste lugar até ao final devido ao ‘handicap’ que trazia da jornada anterior. Patrick Cunha/José Ramos aproveitaram assim

para subir ao primeiro lugar e fazer uma corrida tranquilamente onde se limitaram a gerir o andamento. César Campaniço/ Carlos Vieira viriam ainda a ser novamente penalizados com um ‘stop and go’ de 30 segundos por terem excedido os limites da pista numa luta desenfreada para ir mais além. Cruzariam a linha de meta no quarto lugar seguidos do Porsche 997 de António Nogueira. Na classe GT Cup a luta foi acesa entre os irmãos Cabral no Porsche GT3 e Paulo Moreno/Pedro Moleiro também num Porsche GT3 com o primeiro a segurar a vitória após a troca de pilotos. De salientar ainda a prestação de Luís Reis que partilha o Ferrari 430 Cup com Carina Lima, que teve um início de prova notável envolvido em grandes lutas e a terminar depois no terceiro posto da classe. Nos GT4 vitória para Fábio Mota/Mauro Marques no Aston Martin seguido de Francisco Carvalho/ Miguel Ferreira também num Aston Martin. A fechar o terceiro lugar na categoria ficou o Porsche Cayman de André Pinto/ Filipe Matias. Os vencedores da prova, Patrick Cunha e José Ramos, comentavam o triunfo: “Acabou por ser uma vitória fácil. No início foi evitar os toques e impor um ritmo forte. Mas depois da troca de pilotos entrámos em pista com uma vantagem considerável para o segundo classificado e limitámo-nos a gerir o andamento para não estragar nada e não termos surpresas. Estamos por isso satisfeitos”. José Pedro Fontes e Miguel Barbosa não escondiam a sua insatisfação, não face ao resultado, que esse viria até a

revelar-se bastante bom dadas as circunstâncias, mas à atitude em pista de Carlos Vieira: “Lamentamos este tipo de postura que nos estragou a corrida logo na terceira volta. Depois de nos ter colocado fora, não nos restava mais nada do que procurar recuperar o maior número de posições possível mesmo com o carro desalinhado”, disseram. Feitas as contas do Campeonato de Portugal de Circuitos, Campaniço/Vieira mantém-se na frente com 187 pontos, seguidos de Cunha/Ramos com 163 e Fontes/Barbosa com 131. No Iberian Supercars Trophy Campaniço/Vieira têm igualmente 187 pontos, Cunha/Ramos 166 e Fontes/Barbosa 131. Resultados da Primeira Corrida: 1º

Patrick Cunha/José Carlos Ramos - Lamborghini Gallardo; 2º João Figueiredo/ Álvaro Fontes - Ferrari 430; 3º José Pedro Fontes/Miguel Barbosa - Mercedes SLS; 4º César Campaniço/Carlos Vieira - Audi R8 LMS; 5º António Nogueira - Porsche 997; 6º António Cabral/José Cabral - Porsche GT3; 7º Paulo Moreno/ Pedro Moleiro - Porsche GT3; 8º Fábio Mota/Mauro Marques - Aston Martin; 9º Francisco Carvalho/Miguel Ferreira Aston Martin; 10º Nuno Batista/Carlos Alonso - Ginetta G50; 11º Luís Reis/ Carina Lima - Ferrari 430; 12º Filipe Matias/André Pinto - Porsche Cayman; 13º Pedro Marreiros/Michael Munemann - Porsche 911; 14º António Ricciardi/ Gonçalo Gomes - Porsche 996.

Vitória merecida do Vodafone BP Ultimate Team na 2ª corrida

José Pedro Fontes e Miguel Barbosa também brilharam José Pedro Fontes e Miguel Barbosa e o Vodafone BP Ultimate Team venceram a última corrida do programa do Circuito ACDME2, que se disputou no Estoril. Partindo do terceiro lugar da grelha, a dupla do Mercedes SLS AMG GT3, adoptou como táctica a troca de pilotos logo na abertura da janela, fator que se revelou decisivo para esta excelente e meritória vitória. Partindo da segunda linha da grelha, Miguel Barbosa conseguiu ascender ao segundo lugar logo na primeira volta ao traçado, para nas duas voltas seguintes regressar ao terceiro posto. Para o piloto, “a vitória foi um cumprir de objectivos. Sabíamos que estávamos competitivos e que a vitória estava ao nosso alcance. Ontem era o dia de jogar tudo com os ‘handicaps’, mas não fomos felizes. Hoje andámos sempre bem e

obtivemos uma vitória justa, que se traduziu num prémio para toda a equipa que esteve muito bem durante o fim-de-semana”. No segundo turno, José Pedro Fontes conseguiu entrar em pista no terceiro lugar, para já perto do final ascender à liderança, posição que não mais deixou. “Entrei em pista a pressionar ao máximo para reduzir o tempo de ‘handicap’ e, no final, contribui com uma vitória saborosa para toda a

equipa. As alterações que fizemos ao carro surtiram efeito e o Mercedes SLS AMG GT3 foi uma preciosa ajuda,” referiu. “Foi um justo prémio para o trabalho que fizemos ao longo deste fim-de-semana. As corridas são um trabalho de equipa, não só dos pilotos, e a nossa equipa de boxe esteve irrepreensível e não falhou. Esta vitória foi também deles, pelo excelente trabalho efectuado e como sempre fizeram a diferença”. O Campeonato de Portugal de Circuitos e o Iberian Supercars Trophy rumam no final do mês ao Circuito de Jarama, nos arredores de Madrid (27 e 28 de Outubro), programa que contará com a presença do Vodafone BP Ultimate Team, na luta por novas vitórias. Classificação – 2ª Corrida: 1º Vodafone BP Ultimate Team - José Pedro Fontes/Miguel Barbosa (Mercedes); 2º César Campaniço / Carlos Vieira – Audi; 3º Patrick Cunha/José Ramos - Lamborghini Gallardo.

RAY Racing Team supera fim-de-semana exigente

Segundo e quarto lugares no Estoril A RAY Racing Team protagonizou uma prestação muito positiva na ronda ACDME 2 do Campeonato de Portugal de Circuitos/Iberian Supercars Trophy, tendo garantido um excelente segundo posto na primeira corrida e um sólido quarto lugar na segunda. O fim-de-semana não começou da melhor forma para a equipa algarvia, tendo problemas com o motor impedido que João Figueiredo e Álvaro Fontes, o novo recruta da estrutura, pudessem realizar as sessões de qualificação em condições óptimas, o que os obrigou a

arrancar do décimo segundo lugar da grelha de partida na primeira corrida e do último posto para a segunda. Na prova de sábado, João Figueiredo realizou um arranque arrebatador que o levou até ao quarto lugar, chegando ao comando na segunda volta de prova. No entanto, seria

difícil aos homens do Ferrari manterem a liderança devido ao handicap que a equipa carregava depois do sucesso de Braga. Ainda assim, com uma corrida inteligente e consistente, o piloto de Coimbra e Álvaro Fontes conseguiram terminar na segunda posição, o que constitui um resultado notável. Na prova de domingo as boas performances prosseguiram, tendo o espanhol realizando uma partida que o levou desde o último lugar até ao quarto posto. Sem possibilidades de se chegarem aos lugares do pódio, os homens da RAY Racing Team mantiveram o quarto lugar, afirmando, uma vez mais, a equipa algarvia como uma das estruturas de topo das

pistas ibéricas. “Foi um fim-de-semana complicado e com um início difícil. Tivemos problemas de motor logo no sábado de manhã, o que nos impediu de realizar as qualificações na máxima força. No entanto, a equipa conseguiu resolver essas questões técnicas e pudemos realizar uma boa corrida. Efectuei um bom arranque e, também beneficiando dos muitos toques entre os meus adversários, conseguimos terminar no segundo posto, no que foi um excelente resultado, sobretudo se tivermos em consideração que tínhamos o handicap máximo. Na prova de hoje era impossível fazer melhor que o quarto lugar, mas mostrámos que somos competitivos”, afir-

mou João Figueiredo. Por seu lado, Álvaro Fontes salientou o excelente trabalho da RAY Racing Team e a competitividade do Campeonato de Portugal de Circuitos/Iberian Supercars Trophy. “Gostei muito deste fim-de-semana no Estoril, foi a minha prova de estreia na competição, que é extremamente selectiva, e na equipa, que tem um enorme profissionalismo, conseguindo fazer do Ferrari F430 GT2 uma máquina competitiva. As qualificações não correram bem, mas as dificuldades técnicas foram superadas e pudemos realizar duas corridas fantásticas, tendo numa delas alcançado um merecido pódio”, sublinhou o piloto espanhol.


velocidade

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Nacional de Montanha

Pedro Salvador Campeão Já ninguém consegue alcançar Pedro Salvador na tabela classificativa. O condutor do Juno Sse CN09 da MartinsSpeed sagrou-se Campeão de Portugal de Montanha ao vencer a Rampa da Penha, realizada em Guimarães. O piloto continua, assim, invencível: seis vitórias em seis provas.

Pedro Salvador bateu o recorde do traçado da Penha. “A Rampa da Penha dificilmente poderia ter corrido melhor”, comentava Pedro Salvador após a segunda subida de prova. “Voltei a bater o recorde do traçado e encontrei o Juno em plena forma, graças ao trabalho

dos homens da Martinsspeed. Nesta altura, em que já posso comemorar o título, que é virtualmente meu, quero agradecer a todos quantos me apoiam e claro ao público, que está sempre presente em grande número neste campeonato”, acrescentou.

Pedro Salvador nasceu no Porto em 1977 e ainda muito jovem desenvolveu “uma forte paixão pela velocidade e assim nascia o sonho de um dia correr”. Assim, em 1994, com 16 anos estreou-se no Campeonato Nacional de Fórmula Ford e os resultados não tard-

aram em aparecer. Conseguiu o quinto posto final em 1995 e no ano seguinte foi sexto classificado no Campeonato da Europa de Fórmula Ford. Em 1996, Pedro Salvador afirmava-se como um piloto a bater nas pistas nacionais e não só.

APPAM diz que Rampa da Penha decorreu “dentro da normalidade”

Número de Clássicos surpreendeu Todas as atenções estão agora voltadas para a Rampa de Vila Nova de Cerveira, sétima prova do Campeonato de Portugal de Montanha (CPM), que acontece já este fimde-semana. Na Rampa da Penha a surpresa, pela positiva, foi mesmo o número de Clássicos em prova, enquanto Pedro Salvador (Juno SSe CN09) dominou a categoria 2, com Joaquim Teixeira (Seat leon SuperCopa) a vencer na categoria 1. A Rampa da Penha, prova que decorreu em Guimarães, “decorreu dentro da normalidade, quer a nível organizativo, quer desportivo”, analisa o presidente da Associação Portuguesa dos Pilotos de Automóveis de Montanha (APPAM), Nuno Guimarães. Relativamente à organização, a cargo da DEMOPorto, “notou-se que houve um esforço para que tudo corresse bem”. Apesar disso, “nem tudo foi perfeito, nomeadamente no que respeita à cronometragem, realizada pelo próprio clube organizador, visto que ocorreram uns lapsos, que depois foram prontamente corrigidos”, constata

o líder da associação de pilotos. Além disso, “não houve tempos online, como acontece noutras provas, e mesmo a afixação dos tempos no quadro não foi eficaz, o que levou a que fossem entregues em mão, em papel, no parque de assistência”, conta também Nuno Guimarães. No entanto, “o balanço é positivo, uma vez que sabemos que a organização deu o seu melhor e nada disso afetou realmente o normal funcionamento da prova”, refere, acrescentando: “A organização esteve atenta e em contacto com os pilotos, sobretudo quando surgiram pequenos percalços, como quando foi detetado um derrame

de óleo, contratempo rapidamente comunicado aos participantes”. Quanto à competição, Nuno Guimarães começa por abordar o que se passou na categoria 2: “Pedro Salvador [Juno SSe CN09) foi primeiro, seguido de Tiago Reis (Norma M20F], como se esperava, pelo que mais normalidade era difícil. João Fonseca [SilverCar S2] foi 3º e mais normal do que isto é impossível, já que alcançou esta posição em todas as provas em que correu. Paulo Ramalho [Juno CN09] ficou em 4º, o que também era de alguma forma já esperado porque esta Rampa é o seu “calcanhar de Aquiles”, como o próprio reconhece”. Na categoria 1, “a vitória de Joaquim Teixeira [Seat leon SuperCopa] não foi surpresa, até porque o seu carro é superior aos dos outros”. Depois, “assistiu-se à habitual luta entre Luís Silva [BMW 320 IS], Luís Nunes [Renault Clio RS] e Martine Pereira [também Renault clio RS]”, em que se intrometeu Joaquim Santos [Opel Astra OPC], constata o presidente da APPAM, para depois fazer referência ao “segundo pelotão”, em que entram o próprio Nuno Guimarães [Mazda MX5], João Guimarães [Peugeot 206 RC] e Jorge Meira [Citroen Saxo Cup]. Na TNM 1300, na categoria 3, ganha por Aníbal Rolo (Datsun 1200), o líder da associação destaca as prestações dos associados João Pedro Peixoto (Austin Cooper S), que foi 2ª

classificado, e de Domingos Fernandes (Autobianchi A112), que terminou em 6º lugar. Também na TNM 1300, mas na categoria 1, nomeia o sócio Rui Amorim (Citroen Ax Sport), que foi quem saiu vencedor. “A anormalidade nesta prova foi mesmo o número de participantes nos Clássicos, obviamente pela positiva”, congratula-se Nuno Guimarães. “Silvino Pires, ao volante do seu Ford Escort RS, foi o vencedor, como se previa, mas também é de salientar novamente a prestação de João Pedro Peixoto aqui, que foi 3º”, afirma este responsável. Nos Clássicos, Nuno Guimarães diz que “foi pena que Francisco Marrão [Ford Escort], sempre muito forte, tenha sido forçado a abandonar a prova devido a um problema na caixa de velocidades”. Ainda nos Clássicos, na categoria 3, Nuno Guimarães fala de Rui Mendonça (também Ford Escort), associado que terminou em 6º. Domingos Fernandes foi 8º classificado. Já na categoria 4, em que Abel Marques venceu, destaque pela negativa ao abandono por parte de José Artur Teixeira (Austin Cooper), também devido a avaria. “Esperemos que na próxima Penha e também em Cerveira, que acontece já no fim-de-semana, apareça número idêntico de participantes nos Clássicos”, sublinha o responsável máximo da associação. Segundo antevê, Vila Nova de Cerveira “será um bom espe-

táculo, numa Rampa em que volta a entrar o Desafio Único, o que é sempre positivo porque atrai mais carros e mais público”. O CAMI – Clube Aventura do Minho e a APPAM acordaram “colaborar o máximo possível durante a prova para que seja um sucesso, o que demonstra que existe um boa “sintonia””, afirma. Em Vila Nova de Cerveira, o parque de assistência deverá ser pequeno para “tantos carros”, diz Nuno Guimarães. Daí que a organização e a APPAM tenham conversado sobre o funcionamento do próprio parque de assistência: “Está localizado na vila e é pequeno. Chegou-se então à conclusão que o melhor será os atrelados ficarem noutro local, por forma a ganhar espaço dentro do parque de assistência e a facilitar as manobras. Além disso, haverá regras de circulação lá dentro”. Na vertente desportiva, Nuno Guimarães considera que o cenário deverá ser idêntico ao das últimas provas. Isto significa que “Pedro Salvador será 1º e Tiago Reis 2º”. Ainda na categoria 2, “deverá acontecer uma luta interessante entre João Fonseca e Paulo Ramalho pelo 3º lugar”, afirma. Já na 1, “Joaquim Teixeira alinhará certamente para vencer e depois teremos o trio do costume [Luís Silva, Luís Nunes e Martine Pereira], seguido do tal segundo pelotão”, remata o presidente da APPAM.


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noticiário

12 de Outubro de 2012

Rampa de Cerveira – Desafio Único

Objetivo é lutar pela vitória O Desafio Único, na Categoria FEUP 1 regressa à atividade este fim-desemana com a disputa da Rampa de Cerveira, onde Tiago Vilela e Hugo Negrais querem lutar pela vitória. Trata-se da terceira prova da época que a competição com os Fiat Uno tem em Montanha e nas outras duas a equipa de Braga esteve sempre em evidência ao ser segunda classificada. Numa altura em que lideram a classificação geral, e sendo esta a penúltima prova do ano, é natural que o objetivo seja vencer, alicerçando cada vez mais a candidatura à vitória final: “Vamos para esta última prova com um desejo enorme de vencer, mas o mais importante é ficar a frente do nosso principal adversário na luta pelo título”, começa por adiantar Tiago Vilela, prosseguindo: “Se nesta prova conseguirmos alcançar este objetivo, será um passo muito importante no nosso percurso até ao triunfo final.

Falando da rampa em si, é uma prova nova para o Desafio Único, pois nunca fizemos uma passagem por Cerveira a nível do nosso calendário e assim, partimos todos do zero. Novidade para este final de época são os novos pneus que utilizamos, pois foi feita uma mudança da marca utilizada. Vamos tentar nos adaptar rapidamente e tirar partido de um pneu mais rápido à partida. Quero ainda salientar o excelente trabalho da Vettra Motorsport e do seu responsável técnico Artur Bastos pelo trabalho fantástico em cada prova e no desenvolvimento do carro”. Por seu lado, Hugo Negrais concorda com as intenções do seu colega de equipa, reforçando a ideia de: “Atacar o campeonato e dar tudo

por tudo neste final de campeonato quando faltam apenas duas provas. A disputa está fantástica e é com esta vontade enorme de vencer que vamos encarar a prova desde a primeira subida. Nesta Rampa de

Cerveira, por se tratar de uma estreia no Desafio, os resultados em provas são «desconhecidos». No entanto, eu e o Tiago costumamos ser muito fortes, e é com esse pensamento que iremos atacar este fim-de-semana.

Quero agradecer a todos os nossos patrocinadores e à Vettra Motorsport, pelo apoio a 100% em todas as provas, treinos e desenvolvimentos que temos realizado ao longo da época”.

Desafio Modelstand - Rali de Loulé/Casino de Vilamoura

Gago volta à liderança Diogo Gago obteve o seu primeiro triunfo em ralis de terra no Desafio Modelstand, regressando dessa forma ao comando desta competição, depois do duríssimo Rali de Loulé.

O Rali de Loulé/Casino de Vilamoura prometia muita emoção entre os dois principais candidatos à vitória entre os concorrentes do Desafio Modelstand: Diogo Gago e Gil Antunes. Se Gil Antunes abriu as hostilidades comandando após as duas primeiras especiais, Diogo Gago atacou forte no terceiro troço e passou para a liderança do Desafio Modelstand, quando o rali ia a meio. Na segunda sequência de troços, Gil Antunes acabava por abdicar à luta quando um tubo de água se rompeu (fruto de um toque dado com o carter da parte da manhã), deixando Gago sozinho na liderança. Depois foi só gerir a mecânica e vencer, passando ainda para a liderança desta com-

petição em termos absolutos. Num rali muito duro para as mecânicas, apenas três dos sete concorrentes chegaram ao fim. Pedro Fins ficou no segundo lugar, obtendo o seu melhor resultado da época, mesmo tendo uma ligeira saída de estrada, enquanto Sérgio Vaz ficava no 3º lugar depois de um prova em que conseguiu superar as dificuldades dos troços. Agora quando faltam duas provas para terminar o Desafio Moldestand, Diogo Gago está a uma vitória de poder vencer esta competição no seu ano de estreia, mas Gil Antunes ainda tem muitas hipóteses de chegar ao título. “A dureza dos pisos neste rali faz-nos pensar sobre a presença

neste tipo de prova. Apenas três concorrentes chegaram ao fim, mas os restantes tiveram muitos problemas derivados à dureza dos pisos. Dessa forma a componente desportiva não sai realçada, o que não é bom para esta competição”, refere José Costa, da Exporacing,

entidade responsável pela organização do Desafio Modelstand, acrescentando: “Ainda está tudo em aberto nas contas do campeonato, embora a próxima prova possa ser já decisiva. Esperamos que os próximos ralis sejam menos duros para que a competitividade

do Desafio Modelstand venha ao de cima com tem acontecido esta temporada”. Classificação final: 1º Diogo Gago / Jorge Carvalho, 48m39,1s; 2º Pedro Fins / Sérgio Rocha, a 3m56,7s; 3º Sérgio Vaz / Ilberino Santos, a 5m53,6s.


motociclismo

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Supermoto das Nações

Itália brilha no Algarve A Itália ganhou o Supermoto das Nações, competição disputada em Portimão e que constitui o Campeonato do Mundo por países nessa modalidade. A equipa transalpina alcançou o êxito após cerrado despique com as suas congéneres da França e Rep. Checa, enquanto a selecção portuguesa obteve o 12.º lugar.

Um belo dia de Sol favoreceu os participantes nas três corridas finais do Supermoto das Nações, disputadas no complexo do AIA, num circuito de piso misto, em terra e asfalto – este última parte utilizando a pista do Kartódromo local. Em Portimão compareceram 14 selecções nacionais, representativas de 12 países – pois França e Grã-Bretanha alinharam duas equipas cada, sénior e júnior. A acção começou no Sábado, com treinos e qualificações, e nesse dia a Espanha ficou sem hipóteses de bom resultado, ao perder um piloto por lesão. No Supermoto das Nações os pilotos são repartidos por três grupos, e a final consiste em três corridas, cada

uma das quais reúne dois dos referidos grupos. Apesar do campeão do mundo individual, Thomas Chareyne, ter ganho a primeira e a terceira corridas, tal foi insuficiente para levar a França à vitória. Em termos colectivos a Itália esteve mais consistente, com Ivan Lazzarini a bisar o 2.º posto atrás de Chareyne, e outro transalpino, Massimo Beltrami, também a alcançar um 2.º posto na corrida intermédia, ganha pelo checo Pavel Kejmar. A classificação colectiva é estabelecida por pontos, correspondentes às posições obtidas por cada piloto, sendo descontado o pior resultado individual. Em Portimão, a luta foi frenética, perdurando o suspense quanto ao vencedor até final da

prova. A Itália triunfou, apenas com menos 2 pontos que a França, e 3 face à Rep. Checa. Portugal conseguiu o 12.º lugar, mas com curta desvantagem para as duas selecções que a antecederam na tabela – apenas 5 pontos para o Luxemburgo, e 3 face à Estónia – ficando assim perto do “top 10”. Um desempenho razoável, considerando que na presente época o trio lusitano não teve incursões internacionais ao mais alto nível, e estranhou também os pneus utilizados, de marca diferente à usada

no Campeonato Nacional. Na primeira manga André Leite obteve o 20.º lugar, enquanto André Carvalho foi 24.º, mas este caiu logo na volta inaugural, à entrada do sector de terra. O piloto ficou dorido e com problemas na mão esquerda. Na segunda corrida, Nuno Pinto a partir da terceira volta rodou quase sempre no 22.º lugar em que terminaria. Já André Leite começou por aparecer em 19.º, mas a partir da quinta volta fixou-se no definitivo 23.º posto. Quanto à terceira manga, Nuno Pinto foi melhorando o posicionamento

até alcançar a 21.ª posição a quatro voltas do fim. Já André Carvalho rodou a maior parte do tempo no 23.º lugar em que concluiu a função, a contas com falta de forças na mão esquerda. Classificação: 1.º Itália, 15 pontos; 2.º França, 17; 3.º Rep. Checa, 18; 4.º Áustria, 42; 5.º Holanda, 51; 6.º Grã-Bretanha, 54; 7.º Finlândia, 68; 8.º França júnior, 70; 9.º Grã-Bretanha júnior, 71; 10.º Luxemburgo, 104; 11.º Estónia, 106; 12.º Portugal, 109; 13.º Letónia, 122; Espanha, 55 (menos um piloto).

tre os dois primeiros nas classes 1 e 2. Por conseguinte, Henrique Oliveira e Nuno Oliveira resolvem o assunto a seu favor sendo 4.º classificados no Domingo, e só com pior desempenho darão hipóteses de sucesso a Bruno Santos e Luis Cesar Morais, respectivamente. No Troféu Verdes, na classe 1 Bernardo Megre e Filipe Saúde estão em igualdade pontual, logo o seu duelo será de tudo ou nada – o que ficar diante do outro garante o título. Já na classe 2, um 9.º lugar basta para Arturo Iglesias dar “xeque mate” a Bruno Rocha. Só na classe de Veteranos já existe vencedor global antecipado, Paulo Miranda.

seniores, e como tal irá definir alguns campeões regionais. A pista do Vale Maçodes recebeu algumas benfeitorias para esta jornada. Além da implantação de um sistema de rega, mudou a zona de arranque e localização do parque de pilotos, bem como o traçado será percorrido em sentido contrário, comparativamente ao visto na época passada, o que deve conferir maior espectacularidade. Esta será a sexta jornada do “Regional” Centro-Sul, com sessões de treinos durante a manhã, enquanto as corridas ocupam a tarde de Domingo a partir das 13h30, com um total de dez corridas em agenda. Como ficou dito, este será o último confronto para a categoria Elite e classes MX1, MX2 e Novatos. Para as restantes classes encontram-se agendadas mais duas provas deste “Regional”, a 4 de Novembro na região de Alenquer e a 18 do mesmo mês em Glória do Ribatejo, nas quais estarão também em pista as designadas classes de “amadores”.

Nacional de Enduro

Ourém vai definir campeões Os campeões nacionais de Enduro nas várias classes vão ser conhecidos este domingo, em Ourém, no final da derradeira jornada do Campeonato. Luís Oliveira e Diogo Ventura estão bem posicionados para conquistarem as suas primeiras coroas Elite, mas precisam de confirmar no terreno o favoritismo. No domingo, os enduristas vão trilhar um percurso com 40 Km de extensão, em quatro voltas consecutivas para as categorias Elite e Open. Quanto a troços cronometrados em cada passagem, as “especiais” de Enduro e Cross têm cerca de 3,5 Km e situam-se no Carregal, a 1 Km de Ourém. Já a “Extreme” será traçada em Arboritel, a meia-dúzia de quilómetros da cidade. O Centro de Negócios de Ourém será ponto de partidas e chegadas, parque fechado e verificações. A cinco dias da prova, as previsões me-

teorológicas apontam para a ausência de chuva, o que a confirmar-se tornará mais agradável esta 13.ª edição do Enduro de Ourém. Esta sexta e última jornada do Campeonato é decisiva para apurar os vencedores de seis classes – quatro delas rendem títulos de campeão, e as restantes duas têm estatuto de Troféu – pelo que existem diversos pólos de interesse competitivo. Numa competição em que os pilotos retêm integralmente para o cálculo final todas as pontuações conquistadas, as contas são mais fáceis de fazer. Naturalmente, qualquer

dos actuais líderes só precisa de terminar esta prova à frente dos outros candidatos para assegurar o respectivo título. Depois, existem muitas outras combinações de resultados possíveis. Em qualquer circunstância, um 2.º lugar é suficiente para Luís Oliveira ser campeão na classe Elite 1, e para o mesmo objectivo na Elite 2 basta a Diogo Ventura ser 12.º nesta prova – atendendo ao habitual volume de participantes, na prática apenas será necessário acabar o dia classificado. Na categoria Open, existe a mesma diferença de 7 pontos en-

Regional Centro-Sul Motocross/Rómoto Após três meses de interregno, está de regresso o Campeonato Regional Centro-Sul/ Rómoto. A prova a disputar no domingo em Arruda dos Pisões, perto de Rio Maior, será a última pontuável para as classes


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motociclismo

12 de Outubro de 2012

Salão Internacional do Automóvel e Motociclo Clássico e de Época recebeu a visita de mais de 30 mil pessoas

AutoClássico celebra em grande 10º aniversário A magnífica exposição de modelos Ferrari (comemorando os 65 anos da empresa do cavalinho rompante) foi apenas uma das iniciativas que abrilhantou o Salão Internacional do Automóvel e Motociclo Clássico e de Época, que decorreu na Exponor e que contou com a presença de mais de 30 mil visitantes, sendo um êxito absoluto em matéria de público e consolidação de actividades como o leilão de clássicos, cada vez com mais participação e volume de negócio. Quanto ao «Melhor Carro do Salão» o prémio foi para o Packard 533 Roadster de 1928.

É evidente que a fórmula do AutoClássico Porto continua a funcionar na perfeição, ao ter fechado no domingo a sua décima edição com uns espectaculares números em termos de assistência. Tal como em anos anteriores, não só amantes do veículo clássico de Portugal como também milhares de visitantes da vizinha Espanha se deslocaram a este evento. A vastíssima mostra presente nos pavilhões da Exponor (com mais de 300 expositores, procedentes de nove países diferentes) não deixou ninguém indiferente, chamando especialmente à atenção a exposição da Ferrari, com vinte exclusivos modelos entre os quais o 195 Inter do princípio dos anos cinquenta, com um exemplar que era de facto o mais antigo dos Ferrari presentes em Portugal, e um dos onze que foram carroçados pelo especialista Vignale. Não era esta a única surpresa que aguardava o visitante, que pôde ver de perto uma infinidade de modelos e encontrar de tudo pelos pavilhões do Salão: conhecer a história das míticas motos Harley-Davidson, descobrir modelos como o Renault Alpine, admirar os veículos que participaram nas várias concentrações e passeios com saída e chegada à Exponor, encontrar todo o tipo de peças para veículos clássicos, “lutar” para adquirir um clássico ao melhor preço ou inclusivamente recordar a tecnologia de outros tempos através de

câmaras fotográficas ou rádios antigos. Tudo isto e muito mais foi possível durante um fim-de-semana em que a Exponor revisitou tempos passados. Outro dos pontos de interesse deste Autoclássico Porto prendeu-se com o factor de se saber qual dos 11 modelos a concurso seria eleito, este ano, Melhor Carro do Salão. Após luta renhida, o jurado elegeu o Packard 533 Roadster de 1928 vencedor absoluto deste concurso de elegância, o qual se realiza pelo segundo ano consecutivo. O segundo lugar foi para um precioso Chrysler Plymouth de 1939 e o terceiro para um Fiat 500 de 1954. Não faltaram outras actividades paralelas onde as crianças (e também os mais crescidos) desfrutaram em cheio, com um impressionante circuito para os veículos telecomandados, uma pista gigante de slot, simuladores de condução e, neste sentido, o espectacular “Motorshow” no qual um fantástico painel de pilotos e máquinas competiram em contra-relógio ao longo de três dias cheios de emoções fortes, com vitória para Adruzilo Lopes, segundo para Pedro Leal e o último lugar do pódio para o Campeão do Mundo Stig Blomqvist. Graças à unanimidade de opiniões favoráveis, a organização rotula de absoluto êxito esta décima edição do AutoClássico Porto, que terá continuidade já no próximo ano.


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