motor 19-10-2012

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DIRECTOR: RUI ALAS PEREIRA |SÉRIE II ANO XI N.º 760

19-10-2012 | SEMANÁRIO | PREÇO: 1,50 EUROS IVA INCLUÍDO Taxa paga | Devesas - 4400 V.N. Gaia | Autorizado a circular em invólucro de plástico fechado | Autorização n.º 26 de 2026/00

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COREIA – PRIMEIRA DOBRADINHA DO ANO PARA A RED BULL

CAMPEÃO

Pedro Lamy festeja vitória em Fuji

IMPARÁVEL

DANI

AI N DA AC R E DI TA

MOTOGP – PEDROSA QUER REPETIR NA MALÁSIA TRIUNFO DO JAPÃO


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Portugueses NO ESTRANGEIRO

19 de Outubro de 2012

DTM em Hockenheim

Filipe Albuquerque na derradeira corrida Depois do pódio conseguido no passado fim-de-semana em Navarra na última corrida da temporada do Blancpain Endurance Series, Filipe Albuquerque está já de partida para a última prova da época do DTM que vai ter lugar em Hockenheim. O piloto português que este ano conseguiu o quarto lugar como melhor resultado está expectante quanto à possibilidade de conseguir fechar a época com um lugar no pódio.

O desempenho do piloto português tem sido notável, no entanto, alguns percalços têm-lhe roubado os resultados desejados. Ciente do seu profissionalismo e da performance do Audi A5 DTM, Filipe vai continuar na luta: “A motivação e determinação mantêm-se inalteráveis. Quero chegar ao pódio e vou lutar por isso. Terminar o ano com um bom resultado é o meu objetivo e nunca desistir, o lema”, referiu o piloto português.

Filipe Albuquerque ocupa a 10ª posição da tabela classificativa, pontuou em sete das nove corridas e por três vezes chegou, durante os cronometrados, à qualificação 4, onde só é permitida a entrada aos quatro mais rápidos: “E nesta corrida temos de nos focar uma vez mais nos treinos cronometrados. Sair na frente para a corrida é a melhor forma de assegurar um bom resultado. Temos sido rápidos e constantes e espero que assim se mantenha. Vou à luta”, rematou.

Amanhã, a qualificação terá lugar às 12h40, com transmissão em direto na Sporttv3, e no domingo a corrida está marcada para as 13h00, também em direto na Sporttv3. Pódio em Navarra Filipe Albuquerque cumpriu na íntegra a tarefa que lhe foi incumbida pela WRT quando o convidou para disputar a última corrida da temporada do Blancpain Endur-

ance Series. O piloto português e os seus companheiros e equipa, Olivier Jarvis e Frank Stippler tinham a missão de ajudar a WRT Audi a sagrar-se Campeã de 2012 por equipas mas também ajudar os pilotos do Audi R8 Nº 1, Stephane Ortelli, Christophe Haase e Christophe Mies a alcançar o ceptro por pilotos, um objectivo totalmente alcançado muito devido ao terceiro lugar assegurado por Filipe e os seus companheiros. As três horas de corrida foram tudo menos monótonas, especialmente quando a chuva decidiu aparecer de forma abrupta obrigando a várias intervenções do ‘safety-car’. Filipe fez o primeiro turno da prova e no final não escondia: “O sentimento de dever cumprido. Sou piloto oficial da Audi e tenho a missão de ajudar a marca a conseguir os seus objectivos e isso foi plenamente alcançado este fim-de-semana. Não há compensação melhor. Para além disso, conseguimos ainda chegar ao terceiro lugar do pódio que penso foi um resultado bastante justo tendo em conta tudo o que fizemos em pista”, começou por explicar. De salientar que no pódio desta corrida, estiveram dois portugueses, Filipe Albuquerque no terceiro lugar e Álvaro Parente que em conjunto com Stef Dusseldorp e Frédérick Makowiecki venceram a prova. Resultados da Corrida: 1º Parente/Dusseldorp/Makowiecki – McLaren; 2º Ortelli/Haase/Christophe Mies – Audi; 3º Albuquerque/ Stippler/Jarvis – Audi.

World Endurance Cup – 6 Horas de Fuji

Pedro Lamy vence no Japão Pedro Lamy foi o grande vencedor da categoria LM GTE AM das 6 Horas de Fuji que se disputaram no fim-de-semana no Japão. O piloto português esteve imparável na prova pontuável para o Campeonato do Mundo de Resistência terminando a corrida com uma volta de avanço sobre os seus mais diretos adversários.

A aposta da Larbre Competition em convocar Pedro Lamy para a ajudar na luta pela conquista de mais este título Mundial, acabou por ser certeira. Pedro Lamy dividiu os comandos do Corvette C6 ZR1 nº 50 com Patrick Bomhauser e Julien Canal que não tiveram concorrência à altura durante toda a prova, acabando por conquistar à tão desejada vitória e mantiveram a liderança do campeonato, restando apenas uma prova para o final do mesmo. “Foi mais uma grande vitória para a

equipa. Na parte inicial atacámos forte até chegar à liderança da corrida e depois foi necessário apenas muita concentração para nos mantermos na liderança. A equipa voltou a demonstrar grande profissionalismo e os meus companheiros estiveram em grande plano ao longo de todo o fim-de-semana. Estou bastante satisfeito com o resultado alcançado em Fuji e ansioso pela próxima prova”, referiu Pedro Lamy, no final da prova japonesa. A próxima prova do WEC disputase a 28 de Outubro em Xangai, na China.


Fórmula 1 - Grande Prémio da Coreia do Sul

19 de Outubro de 2012

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Vettel vence e já é líder do Mundial de Pilotos

Recuperação à Bicampeão O alemão Sebastian Vettel, bicampeão do mundo e que partiu do segundo lugar da grelha, venceu o Grande Prémio da Coreia do Sul, 16.ª prova do Campeonato do Mundo de Fórmula 1, disputada no circuito de Yeongam. Alonso, que não foi além do último lugar do pódio, atrás de Mark Webber, deixou assim fugir a liderança no Mundial de Pilotos para o piloto germânico da Red Bull, agora com 215 pontos, mais seis do que o espanhol da Ferrari. Este foi o quarto triunfo da temporada para Vettel, terceiro consecutivo, o que diz bem da fantástica recuperação do Bicampeão.

O alemão Sebastian Vettel (Red Bull) assumiu a liderança do mundial de pilotos de Fórmula 1, destronando o espanhol Fernando Alonso (Ferrari), ao vencer o Grande Prémio da Coreia do Sul, 16.ª prova da temporada. Vettel partiu da segunda posição da grelha e ultrapassou o australiano Mark Webber (Red Bull) na primeira volta ao circuito de Yeongam, concluindo a corrida em 1:36.28,651 horas, menos 8,2 segundos que o companheiro de equipa, enquanto Alonso , campeão em 2005 e 2006, foi terceiro, a 13,9 segundos do alemão. O campeão do Mundo em 2010 e 2011 lidera agora o Mundial, com 215 pontos, mais seis do que o Alonso, que liderava a classificação desde a oitava corrida da temporada, enquanto o finlandês Kimi Rainkkonen, hoje quinto na Coreia do Sul, surge no terceiro posto, a 48 pontos do topo.

Após a corrida, Vettel, que persegue o terceiro título mundial consecutivo, tal como conseguiram Juan-Manuel Fangio e Michael Schumacher, justificou o sucesso com o bom início da corrida. “O arranque foi decisivo. Não estava muito seguro com a partida, porque estava no pior lado da grelha, mas fui capaz de conseguir boa aderência e entrar por dentro na primeira curva”, explicou Vettel, depois de ter conquistado o quarto triunfo da época, o terceiro consecutivo. Apesar da segunda posição na corrida, Webber, que ocupa o quinto lugar no mundial, disse ter ficado desiludido com o seu arranque, depois de ter conseguido a “pole position”. “O arranque inicial não foi bom. Houve alguma rotação nas rodas e eu percebi que ia ter problemas aí. Foi muito medíocre”, referiu o australiano. Além da luta pelos primeiros lu-

gares, a corrida coreana ficou ainda marcada pela manobra de Kamui Kobayashi (Sauber) que, logo na volta inaugural, retirou de prova o britânico Jenson Button (McLaren) e o alemão Nico Rosberg (Mercedes) e levou ainda ao abandono do japonês, durante a sua 16.ª volta. Kobayashi, a quem Button chamou de “idiota” numa comunicação com a sua equipa após ter sido atingido pelo monolugar do japonês, acabou

por lamentar a situação. “Foi um erro meu na partida. Peço desculpa ao Jenson, ao Nico e também à minha equipa”, escreveu Kobayashi na rede social Twitter na Internet. Após a corrida, Button, atualmente sexto no mundial, admitiu que as suas aspirações a reconquistar o título terminaram, tendo ainda lamentado a atitude de Kobayashi. “É extremamente dece-

cionante. Esta é uma corrida longa, com muitas oportunidades de ultrapassagem para todos, por isso foi surpreendente este comportamento logo na primeira volta”, sublinhou o campeão do Mundo em 2009. Quando faltam quarto corridas para o final da temporada, o Mundial de construtores continua a ser liderado pela Red Bull, com 367 pontos, à frente da Ferrari, que conta 290, e da McLaren, com 284.


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Fórmula 1 - Grande Prémio da Coreia do Sul

19 de Outubro de 2012

Classificações GP dA COREIRA DO SUL Pos. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Nº Piloto Carro 1 Sebastian Vettel Red Bull-Renault 2 Mark Webber Red Bull-Renault 5 Fernando Alonso Ferrari 6 Felipe Massa Ferrari 9 Kimi Raikkonen Lotus-Renault 12 Nico Hulkenberg Force India-Mercedes 10 Romain Grosjean Lotus-Renault 17 Jean-Eric Vergne Toro Rosso-Ferrari 16 Daniel Ricciardo Toro Rosso-Ferrari 4 Lewis Hamilton McLaren-Mercedes 15 Sergio Perez Sauber-Ferrari 11 Paul di Resta Force India-Mercedes 7 Michael Schumacher Mercedes 18 Pastor Maldonado Williams-Renault 19 Bruno Senna Williams-Renault 21 Vitaly Petrov Caterham-Renault 20 Heikki Kovalainen Caterham-Renault 24 Timo Glock Marussia-Cosworth 25 Charles Pic Marussia-Cosworth 23 Narain Karthikeyan HRT-Cosworth

Não classificados - 22 - 14 - 8 - 3

Voltas Tempo/dif. 55 1h36m28,651 55 8.231 55 13.944 55 20.168 55 36.739 55 45.301 55 54.812 55 69.589 55 71.787 55 79.692 55 80.062 55 84.448 55 89.241 55 94.924 55 96.902 54 1v 54 1v 54 1v 53 2v 53 2v

Pedro de la Rosa HRT-Cosworth Kamui Kobayashi Sauber-Ferrari Nico Rosberg Mercedes Jenson Button McLaren-Mercedes

Mundial de Pilotos Pos Piloto Equip 1 Sebastian Vettel Red Bull 2 Fernando Alonso Ferrari 3 Kimi Raikkonen Lotus 4 Lewis Hamilton McLaren 5 Mark Webber Red Bull 6 Jenson Button McLaren 7 Nico Rosberg Mercedes 8 Romain Grosjean Lotus 9 Felipe Massa Ferrari 10 Sergio Pérez Sauber 11 Kamui Kobayashi Sauber 12 Nico Hülkenberg Force India 13 Paul di Resta Force India 14 Michael Schumacher Mercedes 15 Pastor Maldonado Williams 16 Bruno Senna Williams 17 Jean-Eric Vergne Toro Rosso 18 Daniel Ricciardo Toro Rosso 19 Timo Glock Marussia 20 Heikki Kovalainen Caterham 21 Vitaly Petrov Caterham 22 Jérôme D`Ambrosio Lotus 23 Charles Pic Marussia 24 Narain Karthikeyan HRT 25 Pedro de la Rosa HRT

Pontos 215 209 167 153 152 131 93 88 81 66 50 45 44 43 33 25 12 9 0 0 0 0 0 0 0

Mundial de Construtores Pos. Equipa Motor 1 Red Bull Renault 2 Ferrari Ferrari 3 McLaren Mercedes 4 Lotus Renault 5 Mercedes Mercedes 6 Sauber Ferrari 7 Force India Mercedes 8 Williams Renault 9 Toro Rosso Ferrari 10 Marussia Cosworth 11 Caterham Renault 12 HRT Cosworth

Pontos 367 290 284 255 136 116 89 58 21 0 0 0


Fórmula 1 – Grande Prémio da Coreia do Sul

19 de Outubro de 2012

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Vettel com boa gestão de pneus na primeira dobradinha da Red Bull

Terceira vitória consecutiva Uma terceira vitória consecutiva do piloto da Red Bull Sebastian Vettel, na sequência dos seus sucessos em Singapura e no Japão, tornou ainda mais renhida a luta pelo título de campeão dos pilotos da Fórmula 1 quando faltam quatro provas para o final do campeonato. O bicampeão da Red Bull está agora à frente do Mundial de Pilotos, tendo ultrapassado o seu mais direto rival, Fernando Alonso (Ferrari), que não foi além do último lugar do pódio na Coreia do Sul. Sebastian Vettel começou a corrida da segunda posição da grelha de partida, usando os pneus supermacios Pirelli P Zero Vermelhos e depois fez mais duas tiradas com os pneus macios P Zero Amarelos, para vencer à frente do seu companheiro de equipa Mark Webber, colocando-se na liderança da corrida logo desde o seu início. A quarta vitória de Vettel nesta temporada fez com que subisse ao primeiro lugar do campeonato, ao passo que os terceiro e quarto lugares no GP da Coreia de F1 obtidos pela Ferrari, graças, respetivamente, a Fernando Alonso e Felipe Massa colocam a equipa italiana na segunda posição do campeonato de construtores. O piloto da McLaren Lewis Hamilton foi o primeiro dos homens da frente a parar, na volta 13, num circuito em que o pneu direito da frente é especialmente

posto à prova. Não obstante, com um baixo índice de desgaste, ambos os compostos mostraram durabilidade e performance no circuito de Yeongam. Duas voltas mais tarde, o líder da corrida, Vettel, também parou pela primeira vez, trocando para um jogo de pneus macios, à semelhança de Hamilton. Uma estratégia diferente foi adotada por Sergio Perez da Sauber, que começou com pneus macios e depois mudou para os supermacios na volta 18, fazendo depois as últimas 22 voltas com um jogo de pneus macios. Weber também tentou usar a estratégia de pneus em seu benefício, ao parar nas boxes mais cedo que o seu companheiro de equipa, numa tentativa de eliminar a vantagem do piloto alemão, mas Vettel ainda conseguiu parar pela segunda vez na volta 35, para montar outro jogo de pneus ma-

Vettel e webber festejaram a primeira dobradinha do ano para a red bull

cios e reentrar em prova ainda no comando, depois de uma paragem nas boxes de 2,9 segundos. O seu jogo final de pneus macios durou 20 voltas, ao passo que Webber fez com que o seu último jogo de pneus durasse 23 voltas – tendo também feito o tempo de volta mais rápido da corrida a uma volta do fim.

Todos os 10 primeiros na grelha de partida começaram a corrida com pneus supermacios, que mostraram ser entre 0,2 e 0,6 segundos mais rápidos que os macios. O piloto melhor colocado na grelha de partida a iniciar a prova com pneus macios foi Jenson Button da McLaren, que partiu da 11.ª posição, mas Button foi eliminado logo na volta inicial na sequência de um incidente à partida. Isso fez com que Perez se tornasse o piloto melhor posicionado a começar a prova com pneus macios, com o mexicano a terminar o GP da Coreia no 11.º lugar, usando uma estratégia de duas paragens nas boxes. Hamilton adotou uma estratégia de três paragens, tendo terminado em 10.º, depois de ter acabado a corrida com os rápidos pneus supermacios, após a sua última paragem na volta 42. O piloto inglês tentou ganhar lugares no decurso da sua última tirada, explorando a performance extra oferecida pelo composto mais macio da Pirelli, mas sofreu a pressão de Perez, com o seu McLaren a arrastar um pedaço de relva sintética, pegada do lado da pista, que se prendeu ao carro. Em contraste, o piloto da Williams Pastor Maldonado adotou uma estratégia de apenas uma paragem nas boxes, mudando de pneus supermacios para macios na volta 21 e fazendo com que o seu jogo final de pneus durasse 34

voltas. O venezuelano acabou no 14.º lugar. Paul Hembery, diretor da Pirelli Motorsport, comentou assim o GP da Coreia do Sul: “No final, vimos que a maioria dos competidores adotaram aqui uma estratégia de duas paragens tal como no ano passado, apesar do facto de o nosso atual pneu macio ser mais macio do que era em 2011 – embora se provasse que uma estratégia de apenas uma paragem também seria possível. Estamos satisfeitos com ambos os compostos, que apresentaram menor granulação do que a que se tinha verificado nos treinos livres e na qualificação, graças a um elevado grau de evolução da superfície da pista. Parabéns à Red Bull e a Sebastian Vettel, que já venceu mais corridas que qualquer outro piloto nesta época, devido também à sua gestão dos pneus, que lhe permitiu controlar a sua vantagem na liderança aqui na Coreia e alcandorar-se ao primeiro lugar do campeonato de pilotos pela primeira vez desde Barcelona. Assistimos também a muitas lutas interessantes por todos os lugares da classificação, com uma vasta gama de estratégias diferentes adotadas pelos diversos pilotos para obterem uma vantagem competitiva. Com as exigências particulares que este circuito colocou ao pneu direito da frente, a fase final da corrida provou ser crucial, mas Vettel geriu perfeitamente a situação”.


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19 de Outubro de 2012

noticiário

Rally Portugal Histórico

Mundial de Ralis de 2013

Latvala troca Ford pela Volkswagen

Lareppe primeiro a bisar

O finlandês Jari-Matti Latvala, vice-campeão mundial de ralis em 2010, vai ser piloto oficial da Volksawagen, conduzindo o novo Polo-R WRC no Campeonato do Mundo de 2013, anunciou a marca alemã em comunicado. Latvala, que vai ter como colega na Volkswagen o francês Sébastien Ogier, já anunciou o abandono no fim do campeonato de 2012 da equipa oficial da Ford, pela qual competiu nos últimos cincos anos. No mesmo dia, a Ford também anunciou que abandonava o Mundial, por dificuldades económicas. “Estou muito contente por pilotar este carro no próximo campeonato. O empenho demonstrado pela Volkswagen convenceu-me a optar por esta mudança”, explicou Latvala, de 27 anos, que tem no currículo sete vitórias no Mundial de Ralis.

Jose Lareppe/Joseph Lambert (Opel Kadett GTE de 1978) venceram a sétima edição do Rally de Portugal Histórico, depois de uma clara manifestação de superioridade face às restantes 78 equipas que participaram na prova e que se foi concretizando a partir da segunda etapa.

Devido à crise

Ford desiste

A Ford anunciou, através da sua página do Facebook, que abandona o Campeonato do Mundo de Ralis (WRC) a partir do fim da época em curso, por dificuldades económicas. “É melhor para a empresa e para a marca Ford reduzir o nosso empenhamento no Campeonato do Mundo”, assumiu o vice-presidente para o marketing e vendas da Ford Europa, Roland de Waard, em declarações divulgadas pela agência alemã SID. “A decisão não foi fácil de tomar”, ressalvou. Os constrangimentos económicos do construtor norte-americano levam ao fim de uma equipa oficial, mas a Ford continuará a apoiar a M-Sport, sua parceira no WRC, através do fornecimento de veículos e motores, noticiou a SID. Os pilotos da Ford, o finlandês Jari-Matti Latvala, que já anunciou a sua saída para a VW, e o norueguês Petter Solberg, são atualmente terceiro e quinto no Mundial, que já foi virtualmente conquistado pelo francês Sebastien Loeb (Citroën).

Lareppe, que foi o primeiro piloto a bisar no palmarés da competição, ascendeu à liderança na primeira chegada a Viseu e a partir daí nunca mais deixou de imprimir uma regularidade impressionante, demonstrando uma vez mais tratar-se de um maiores especialistas europeus neste tipo de competição. Para o piloto belga, “este é claramente o melhor rali de regularidade da Europa”. “Ganhei duas vezes Monte Carlo, mas em nada se compara com Portugal. Este ano comecei mal, no primeiro dia tive problemas de motor que me atrasaram, mas consegui descobrir a causa e depois foi sempre rolar. Cheguei ao primeiro lugar antes do que queria, pois preferia tê-lo feito mais tarde. Depois, acabou por ser muito duro, pois fazer tantos quilómetros com tanta concentração e com tanta navegação exige muito dos dois elementos da equipa”, acrescentou Lareppe. Na segunda posição terminou outro piloto belga, Daniel Reuter, aos comandos de um Porsche 914/6 de 1970 que, depois de ter sido quarto na edição do ano passado, conseguiu agora o seu melhor resultado de sempre entre nós. Reuter esteve sempre atento a um deslize de Lareppe para poder aspirar à vitória, mas isso não viria a suceder, pelo que o segundo lugar acabou por ser um justo prémio para uma atuação quase isenta de erros. A fechar os lugares do pódio ficou o espanhol Jose Otegui, em Audi quattro de 1981, que beneficiou dos problemas que afetaram na última fase da prova o seu compatriota Marcos Adan (Porsche 911 T de 1969) e o belga Johnny Delhez (Ford Escort de 1976). João Mexia Leitão (Porsche 911 de 1973) acabou por ser o melhor piloto nacional numa edição que voltou a ser dominada pelos estrangeiros, terminando na quarta posição da geral, mas é caso para dizer que, com um pouco mais de sorte, os nossos representantes poderiam ter ocupado posições bem mais cimeiras, como aconteceu com o próprio Leitão e Cipriano Antunes (Audi quattro de 1981). Classificação final: 1º Lareppe/Lambert (Opel Kadett GTE), 475,9 pontos; 2º Reuter/Vandervorst (Porsche 914/6), a 174,9 pt; 3º Otegui/Otegui (Audi quattro), a 328,9 pt; 4º Leitão/Machado (Porsche 911), a 353,9 pt; 5º Adan/Osorio (Porsche 911), a 380,4 pt; 6º Fuchey/Cancel (Porsche 911), a 558,6 pt; 7º Antunes/Caldeira (Audi quattro), a 770,4 pt; 8º Cosin/Huarte (Alfa Romeo 2000 GTV), a 804,9 pt; 9º Martin/Reketa (Mercedes Benz 450 SLC), a 924,4 pt; 10º Borges/Serôdio (BMW 635 CSI), a 1013,9 pt. Classificaram-se mais 40 equipas.

«Troika» portuguesa brilha no Endurance Trophy IBER GT

Beirão da Veiga, Gião e Vieira vencem em Espanha Lourenço Beirão da Veiga, Manuel Gião e Carlos Vieira foram os grandes vencedores da derradeira jornada do Endurance Trophy IBER GT, disputada no fim-de-semana no traçado espanhol de Jerez de La Frontera. O trio luso esteve imparável durante toda a corrida e cumpriu na íntegra o objetivo traçado pela equipa que encerrou com chave de ouro a temporada de 2012. Nem mesmo uma qualificação menos positiva, onde registaram apenas o sétimo melhor tempo, abalou a estratégia e o objetivo da equipa lusa da Novadriver. “O nosso objetivo era vencer e conseguimos. Foi uma corrida muito dura e tivemos que arriscar bastante para ganhar posições até chegar à liderança da prova. Demos o nosso melhor e no final fomos recompensados com mais este grande triunfo. Queria ainda dar

os parabéns à equipa que esteve incansável durante todo o fim-de-semana”, referiu Lourenço Beirão da Veiga, que foi o primeiro piloto a assumir os comandos do Audi R8 da formação lusa. Manuel Gião conquistou a sua 23ª vitória no Campeonato Espanhol de Velocidade, duas abaixo do recorde estabelecido pelo espanhol Miguel Castro. “Foi fantástico regressar às vitórias. Durante toda a temporada tivemos um excelente carro, mas vários incidentes de corrida impediram-nos de lutar pelas primeiras posições. Foi uma excelente forma de terminar o Endurance Trophy IBER GT”, concluiu Manuel Gião, que poderá sagrar-se ainda vice-campeão de Espanha de Gts de 2012 na derradeira prova da competição a disputar-se a 4 de Novembro em Navarra, Espanha.


CPR - Rali de Mortágua

19 de Outubro de 2012

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ARC Sport presente com quatro equipas

Campeão Ricardo Moura quer vencer O Rali de Mortágua vai hoje para a estrada e o já Campeão Ricardo Moura pretende continuar a subir ao mais alto lugar do pódio no Campeonato de Portugal de Ralis. Esta prova, organizada pelo Clube Automóvel do Centro, foi durante anos um talismã para a ARC Sport, pois foi precisamente aqui que se conquistaram nos anos anteriores os principais títulos conquistados pela Casa de Aguiar da Beira.

Este ano, já com Ricardo Moura Campeão de Portugal Absoluto e de Produção, pois renovou os títulos no Rali do Centro, a aposta continua a ser total. Ricardo Moura vai estar em Mortágua para tentar vencer a prova do Clube Automóvel do Centro. “Este é um rali que nunca venci e tenho grande vontade de o fazer. Vai ser completamente diferente, pois estou liberto de qualquer tipo de pressões. É uma prova que gosto bastante e que tudo farei para tentar vencer, dignificando uma vez mais a imagem dos Açores”, afirmou Ricardo Moura, Campeão de Portugal de Ralis de 2011 e 2012, que terá a seu lado António Costa, ele sim, na busca do segundo título absoluto de navegadores. A tripular também um carro ganhador, vai estar Pedro Meireles, que assim regressa a uma equipa que lhe deixou boas recordações. O piloto de Guimarães vai estar ao volante do Subaru Impreza da ARC Sport, agora evoluído para R4. “Esta oportunidade surgiu porque vendi o meu Mitsubishi Lancer Evo X. Como tenho compromissos com os meus patrocinadores, a única hipótese era alugar um carro. Devido à credibilidade e elevado grau de profissionalismo da ARC

Sport, foi com alegria que optei por regressar à equipa e tripular um carro competitivo como o Subaru Impreza R4. Em relação a objectivos para a prova, tudo vai depender da minha adaptação ao carro, mas vou tentar andar nos lugares da frente, e se possível, lutar pela vitória. Conduzir um R4 é diferente de andar com um Grupo N, mas desejo essencialmente efetuar um rali completo. Em termos futuros, o Subaru Impreza R4 até pode ser um carro que interesse”, afirmou Pedro Meireles. que terá a seu lado Mário Castro. Luta pelo CRR2 Depois do azar do Rali do Centro, o Campeão de Portugal de 2L/2RM está preparado para lutar pela vitória nesta especialidade. João Silva e Hugo Magalhães são apontados como os grandes favoritos. “O nosso Renault Clio R3 está de novo operacional e por isso queremos aproveitar esta prova para rodar com o carro e manter o ritmo competitivo. Infelizmente não estamos a discutir o campeonato, pelas razões conhecidas, mas ainda assim, queremos lutar pela vitória no CPR2 em Mortágua, repetindo o triunfo do ano passado”, declarou João Silva.

Renato Pita e Alberto Silva vão estar ao volante de outro Renault Clio R3. O piloto de Viana do Castelo quer manter o segundo lugar que ocupa no CPR2, sentindo-se incentivado. “Este é um dos ralis que mais gosto, pois é uma prova muito técnica e rápida. Vou tentar evoluir o mais possível e esperar que os testes recentemente realizados em Aguiar da Beira consigam dar os seus frutos já em Mortágua. Vou continuar a

minha adaptação ao carro, tentando manter a posição que tenho no campeonato”, afirmou Renato Pita. A ARC Sport está confiante para um desafio alargado a quatro excelentes pilotos. “Espero que o Ricardo Moura consiga desfrutar o rali e lutar pela vitória sem qualquer tipo de pressões. Em relação ao Pedro Meireles, é com grande satisfação que o voltamos a receber na nossa equipa, esperando que se divirta

e tire o melhor partido do carro. Para as duas rodas motrizes, confiamos totalmente nas capacidades do João Silva e do Renato Pita, esperando também aí, lutar pela vitória”, disse Augusto Ramiro, responsável pela equipa de Aguiar da Beira. O Rali de Mortágua começa hoje com uma Super Especial noturna, e mais seis troços cronometrados agendados para amanhã.


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motociclismo

19 de Outubro de 2012

Pedrosa bate Lorenzo no GP do Japão de MotoGP

“Uma corrida difícil” Lorenzo saiu da pole (com novo recorde do circuito de Motegi), mas não resistiu ao ataque de Dani Pedrosa que assim, com a vitória no Grande Prémio do Japão, volta a ganhar novo ânimo na luta pelo título de MotoGP. O espanhol da Honda tem agora menos 28 pontos que o seu compatriota da Yamaha, quando faltam disputar apenas três provas para o fim do Campeonato.

O espanhol Dani Pedrosa (Honda) venceu o Grande Prémio do Japão e aumentou a pressão sobre o compatriota Jorge Lorenzo (Yamaha), na luta pelo título mundial de MotoGP, após a 15.ª prova. Pedrosa foi o mais rápido a concluir as 24 voltas ao circuito nipónico de Motegi e conquistou a sua quinta vitória na temporada, com o tempo de 42.31,569 minutos, deixando os compatriotas Lorenzo, a 4,275, e Alvaro Bautista (Honda), a 6,752, nas restantes posições do pódio. Apesar de ter conseguido o melhor tempo na qualificação, com um novo recorde do circuito, Lorenzo acabou por se conformar com o segundo lugar na prova e ceder apenas cinco pontos a Pedrosa, o seu principal rival na luta pelo título mundial, após ter sido ultrapassado pelo catalão a 13 voltas do final. “Foi uma corrida difícil, porque o ritmo foi muito rápido desde o início. Tentei seguir sempre com o Jorge [Lorenzo] e, quando encontrei um buraco, sai melhor de uma curva e passei-o. Depois tive de fazer umas boas voltas para controlar a vantagem até ao final”, explicou Pedrosa. Já Lorenzo revelou ter “tentado dar o máximo para acompanhar Pedrosa”, destacando que o “rival” esteve imbatível. “Eu tentei acompanhá-lo, mas foi impossível”, reconheceu Lorenzo, que já venceu seis corridas em 2012.

Quando faltam três corridas, e 75 pontos para distribuir, Lorenzo detém agora 28 pontos de vantagem sobre Pedrosa, enquanto o australiano Casey Stoner (Honda), campeão do Mundo em 2007 e 2011 e que em Motegi não foi além do quinto lugar, surge a uns longínquos 113 pontos da liderança. “É uma pena que não haja nenhum outro piloto capaz de andar connosco, porque em cada corrida que ganhei, ele [Jorge Lorenzo] foi segundo. No entanto, de qualquer forma, sinto-me muito bem a ganhar corridas e é isso que estamos a fazer”, frisou Pedrosa. Lorenzo espera que o resultado seja diferente nas próximas corridas, a disputar na Malásia e na Austrália antes do final em Valência em 11 de novembro. “Talvez da próxima vez seja diferente. Tenho a certeza que o campeonato está mais renhido, mas continuamos muito competitivos e com hipóteses de ganhar”, concluiu Lorenzo. O espanhol Marc Márquez (Suter) e o britânico Danny Kent (KTM) venceram as corridas de Moto2 e Moto3, respetivamente. Sistema de pontuação vai mudar no MotoGP A Federação Internacional de Motociclismo anunciou a mudança

do sistema de qualificação para as provas de MotoGP, em vigor a partir de 01 de janeiro de 2013. As três sessões de treinos livres vão manterse, mas as duas sessões oficiais de qualificação passam a obedecer aos registos médios dos pilotos nas

provas livres. Assim, os 10 pilotos mais rápidos nos treinos livres passam logo para a segunda sessão de qualificação (Q2), enquanto os restantes são sujeitos à primeira (Q1). Os dois que obtiverem os melhores tempos na primeira sessão de

qualificação (Q1) passam também ao segundo teste (Q2) para definir os 12 primeiros lugares na grelha de partida. Os restantes pilotos serão ordenados a partir do 13.º posto mediante os tempos realizados na primeira sessão de qualificação.


Moto 3 – Grande Prémio da Malásia

19 de Outubro de 2012

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Miguel Oliveira sente-se cada vez mais motivado…

“Quero fazer um bom trabalho em Sepang

Rali de Marrocos

Portugueses em forma

O português Miguel Oliveira quer fazer “um bom trabalho” na categoria Moto3 do Grande Prémio da Malásia de motociclismo, 15.ª prova do Campeonato do Mundo de velocidade, que se realiza este domingo no circuito de Sepang. “Já estamos na Malásia e com enorme vontade de conhecer este circuito. Sinto-me motivado e com

muita vontade de fazer um bom trabalho”, indicou Miguel Oliveira, oitavo classificado no campeonato. Apesar de ter conquistado o sétimo lugar na última prova do Mundial, o piloto português considerou que “o resultado no Japão não foi o esperado”, advertindo: “Temos de nos concentrar nesta segunda

corrida na Ásia para conseguirmos um bom resultado na fase final do campeonato”. Miguel Oliveira, que terminou entre os 10 primeiros nas cinco últimas provas, foi o único piloto português a subir ao pódio no Mundial de motociclismo de velocidade, ao terminar no terceiro lugar no Grande Prémio da Catalunha deste ano.

Os motociclistas portugueses Hélder Rodrigues (Honda) e Paulo Gonçalves (Husqvarna) dominaram quarta-feira a terceira etapa do Rali de Marrocos, com o primeiro a reconquistar a liderança e o segundo a vencer a tirada, que terminou em Nesrat. Hélder Rodrigues cumpriu os 291 quilómetros da etapa em 2.52:27 horas, com mais três segundos que o vencedor e compatriota Paulo Gonçalves, o mais rápido do dia, que se encontra agora no quarto posto da geral, em motas, a 17:35 do líder. O espanhol Marc Coma (KTM), que ocupava o segundo lugar, abandonou a prova após um acidente que lhe provocou uma luxação no ombro esquerdo. O piloto catalão, cinco vezes campeão do mundo de todo-o-terreno e vencedor de três edições do Dakar, encontra-se hospitalizado e à espera de ser transferido para Barcelona, segundo a agência espanhola EFE. Na categoria de automóveis, o português Paulo Ferreira (Nissan) terminou a tirada em 10.º e subiu ao 14.º lugar da geral, a 03.11:38 do líder, o francês Eric Vigouroux (Chevrolet), que hoje voltou a fazer o melhor tempo. Nos camiões, a portuguesa Elisabete Jacinto (MAN) recuperou o quarto posto da “geral”, ao fazer o 12.º melhor tempo do dia (2.º na categoria), mas permanecendo a mais de duas horas do líder, o holandês Gérard De-Rooij (IVECO).

Moto 3 - GP do Japão

Miguel Oliveira em sétimo Apesar do sétimo lugar conquistado na corrida de Moto 3 do GP do Japão de motociclismo, o piloto português não ficou muito satisfeito com a prestação da sua Suter Honda. “As coisas na corrida não correram mal, mas não correram como eu queria”, explicou Miguel Oliveira. O português Miguel Oliveira (Suter Honda) revelou ter ficado insatisfeito com a prestação da sua moto no Grande Prémio do Japão de Moto3, 15.ª prova do Campeonato do Mundo de velocidade, que terminou no sétimo lugar. “As coisas na corrida não correram mal, mas não correram como eu queria. Nós tentámos seguir no grupo da frente, mas não foi possível desde o princípio, porque nas retas não

conseguia acompanhar nenhuma das motas e inclusivamente perdi o contacto por causa disso”, explicou o português. no final da prova. Oliveira concluiu a corrida no sétimo posto, a 15,523 do britânico Danny Kent (KTM), vencedor no circuito de Montegi, mas prometeu empenho para melhorar os seus resultados até ao final da temporada. “Acho que temos de melhorar bastante, porque estamos a comprometer muito os resultados das corridas. Quanto ao resto, sabemos que esta a mota que teremos até ao final da temporada, temos de continuar a trabalhar e tentar estar chegar mais à frente com o que temos”, concluiu o piloto português da Suter Honda.

Kent relegou o espanhol Maverick Viñales (FTR Honda) e o Alessandro Tonucci (FTR Honda) para a segunda e terceira posições do pódio, a 0,260 e 2,352 segundos, respetivamente, enquanto o alemão Sandro Cortese (KTM), que lidera o mundial de Moto3, concluiu a prova na sexta posição, a 13,394 do vencedor. Cortese mantém a liderança do campeonato, com 255 pontos, à frente dos espanhóis Viñales, com 199, e Luís Salom (KTM), com 194, enquanto Oliveira ocupa o oitavo posto, com 83. A próxima e antepenúltima corrida do mundial de Moto3, o Grande Prémio da Malásia, está agendada para este domingo, no circuito internacional de Sepang.


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19 de Outubro de 2012

Portugueses

Novo Classe A da Mercedes veio para ficar e convencer a malta toda...

É prá menina e... pró menino! É verdade, a Mercedes com o novo Classe A coloca um ponto final naquele estigma discriminatório de que o mais pequeno da marca era um carro essencialmente para as mulheres. Agora, com uma imagem completamente diferente para melhor, mais Arrojada, mais Atrevida, mais Agradável, a nova pequena grande máquina da Mercedes tem tudo para convencer no feminino mas também... no masculino! Dos mais jovens aos mais graúdos, ninguém fica indiferente ao toque desportivo do «two-box» design. __Rui Alas Pereira Quem o viu e quem o vê... totalmente diferente, mais Aprumado, mais Animado e mais Abrangente, três A que tornam o novo Classe A uma pérola muito preciosa entre a concorrência do segmento. Com um design transfigurado, a máquina mais jovem da Mercedes quebra totalmente com a geração anterior. Os seus criadores optaram por uma interpretação renovada do «twobox», com o objetivo, conseguido, de explorar um automóvel de linhas mais emotivas e apelativas, com um toque desportivo qb, que leva toga a gente a não tirar os olhos do carro. Realmente, e tendo em conta o modelo ensaiado – branco por fora, com interior sóbrio mas requintado, com jantes especiais pretas e teto de abrir panorâmico – o Classe A não fica a perder, em termos de espreitadelas estéticas, para os irmãos mais crescidos da marca germânica. Sinceramente, até os mais habituados e experimentados

FICHA TÉCNICA – A 180 CDI BlueEFFICIENCY (6V MANUAL) Tipo de veículo passageiros Direção dianteira/assistida Caixa de veocidades 6V Manual Cilindrada 1461 cm3 Potência (cv/rtm) 109/4000 Binário (nm) 260/1750 Aceleração (0 a 100 km/h) 11,3 seg Velocidade máxima 190 km/h Pneus (frente e traseiros) 195/65 R 15 91 T Travões Discos Ventilados/Discos ABS Combustível Diesel Consumos Urbano 4,7-4,5 l/100 km Extra-urbano 3,6-3,3 l/100 km Combinado 4,0-3,8 l/100 km

Tanque (capacidade/reserva) Autonomia Emissões de CO2 Pesos/Carroçaria Tipo de carroçaria N.º Portas Comprimento (mm) Largura (mm) Altura (mm) Dist. entre eixos (mm) Peso em vazio (kg) Peso máx. autorizado (kg) Preço Garantia

50/6,0 l 1316 km 105-98 (g/km)2 Berlina 5 4292 1780 1433 2699 1395 1960 35,859.00€ 2 anos

nestas andanças dos contactos automóveis ficam de boca aberta com as novas e diversas virtudes do A. E que melhor elogio se pode fazer a um carro do aquela simples mas objectiva expressão: “Se tivesse dinheiro, este já não saia daqui”. Por isso, é óbvio que este novo Classe A é daqueles «brinquedos» que depois de experimentarmos nunca mais queremos largar da mão. E razões não faltam para que o mais jovem da Mercedes possa deleitar-se na passerelle dos mais apetecíveis do seu segmento. A (forte) concorrência tem agora um adversário de peso, mesmo tendo em conta o preço da diferença...


comércio & indústria Em termos de motorizações e performances, o modelo ensaiado – A 180 CDI com 109 cv – não é o mais atrevido da gama, mas ainda assim serve perfeitamente para as encomendas, tanto na cidade como na estrada, apenas revelando um senão nas transmissões a baixas rotações, com a segunda e a terceira a morrerem um pouco. Nada que um puxão de «orelhas» não resolva e então ficamos novamente nas nossas quintas, principalmente para quem gosta de uma condução atrevida e animada, e não olha ao arreliador mostrador de mudança de velocidade no computador de bordo (condução económica). Fora isso, registe-se mais um pequeno embaraço, este sim obrigando a uma atenção especial e redobrada. É que, face ao formato dos bancos dianteiros, é preciso cuidado quando queremos ver se num cruzamento ou entroncamento vem alguém da direita, ou seja, a visão não é

a melhor e pode criar problemas, facilmente ultrapassáveis se levarmos alguém ao lado confiável ou, caso contrário, teremos de fazer um pouco mais de ginástica ao pescoço para obter o melhor ângulo... Resta dizer que a função Eco Start/Stop dá imenso jeito para quem quer poupar combustível, neste caso diesel, e que no interior não falta espaço e conforto, motivados por suspensão ao nível do melhor com que a Mercedes vem privilegiando os seus clientes. Quanto à nova caixa manual de seis velocidades já foi tudo dito, mas tem sempre como opção uma transmissão automática 7G-DCT de dupla-embraiagem. O novo compacto alemão, com um centro de gravidade mais baixo e diversas configurações da suspensão selecionáveis, tal como a suspensão desportiva opcional com sistema Direct-Steer, permite uma condução dinâmica, confortável e

muito agradável. Nota ainda para o completo equipamento de série, onde se pode destacar um sistema de alerta de colisão baseado em radar com Brake Assist, reduzindo o risco de colisões na traseira do veículo. O sistema Collision Prevention Assist emite um sinal visual e acústico de forma a alertar o condutor para a existência de obstáculos identificados, preparando o Brake Assist para a aplicação de travagem mais precisa possível. Por último, referência para o sistema de proteção de ocupantes Pre-Safe, que está disponível pela primeira vez no Classe A. Entre as principais características deste sistema destacam-se os tensores reversíveis dos cintos de segurança, o fecho automático das janelas e do teto de abrir e o ajuste dos bancos dianteiros de forma a posicionar os passageiros de forma ideal para a máxima eficácia dos sistemas de retenção.

CLASSE A – TABELA DE PREÇOS (COM IVA) MOTOR A 180 CDI BlueEFFICIENCY A 200 CDI BlueEFFICIENCY A 200 CDI BlueEFFICIENCY A 250 BlueEFFICIENCY

CAIXA OM607 Manual OM651 Manual OM651 Auto M270 Auto

JANTE 15” 16” 16” 17”

CC 1461 1796 1796 1991

CO2 99 111 109 143

CV 109 136 136 211

PREÇO BASE 20 758,16 € 23 036,22 € 24 865,49 € 29 493,49 €

ISV 1919,97 € 4113,45 € 4002,47 € 4973,25 €

SGPU 4,80 € 4,80 € 4,80 € 4,80 €

P. PÚBLICO 27 900 € 33 400 € 35 513 € 42 400 €

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VIATURA DE ENSAIO – A 180 CDI BlueEFFICIENCY Preço base Extras Imposto sobre veículos IVA (23%) Preço final

20 758.16€ 6138.21€ 2252.91€ 6705.34€ 35,859.00€

PINTURA 2650 Branco Cirrus ESTOFOS 4451 Estofos Despor tivos Tecido/Alpaca preto SÉRIE 0209 Literatura em Por tuguês 0252 COLLISION PREVENTION ASSIST 0290 Windowbag 0294 Airbag de joelho 0411 Cx. Manual de 6 Velocidades 0442 Volante Multi-funções em pele 0474 Filtro de par tículas diesel 0477 Aviso da pressão dos pneus 0485 Suspensão Comfor t 0538 ATTENTION ASSIST 0580 Ar Condicionado 0803 Código Técnico 0928 Depuração de emissão gases escape 0966 COC Paper 0B03 Sistema ECO star t/stop 0K11 Luzes de travão Adaptativas 0U01 Indicador de status de cinto traseiro 0U60 Capot motor ativo 9000 Código Técnico S003 Compar timento por ta- objetos S009 Coluna de dir. reg. altura e prof. S010 Vidros elétricos com função confor to S020 Kit de primeiros socorros S039 Apoio de cabeça com regulação S056 Sistema de antibloqueio de travões, ABS S057 Detector ocupação banco do acomp. S062 Antena de Rádio integrado S068 Indicador dos inter valos de manutenção A S069 Espelhos exteriores em vidro esférico S077 Intermitentes nos retrovisores S111 6 Colunas S128 Vidros térmicos S164 ADAPTIVE BRAKE S165 Indicador de temperatura exterior S180 Puxadores das por tas à cor S185 Faróis de halogéneo S291 Airbag S292 Sidebag - condutor e passageiro S471 Sist.Anti-Resvala. na Aceleração(ASR) S472 Sistema Electrónico Estabilidade, ESP S503 Avisador de desgaste das pastilhas S509 Vidro frontal laminado S570 Apoio Braços Dianteiro S573 ISOFIX S589 Assento Traseiro Rebatível rel.1/3:2/3 S630 Triângulo de pré-sinalização ECE S817 Limpa pára-brisas vidro tras. aut. S863 Faróis de nevoeiro traseiros SS12 Terceira luz de travão LED SS26 Limpa para-brisas com função confor to EXTRAS A PAGAR 0235 Sistema de estacionamento ativo 691.06€ 0249 Retrovisores c/função anti-encadeamento 0280 Volante e alavanca de caixa de velocidad 203.25€ 0345 Sensor de chuva 0413 Teto de abrir panorâmico em vidro 894.31€ 0500 Retrovisores exteriores rebatíveis elect 0510 Audio 20 CD com carregador 528.46€ 0518 Media Inter face (UCI) 243.90€ 051U Forro do tejadilho em tecido preto 0543 Palas para o sol com espelho de cor tesia 0600 Sistema de Lavagem dos faróis 0614 Faróis Bi-xenon 772.36€ 0840 Vidros laterais/traseiros escurecidos 0P27 Linha Style 772.36€ 0P49 Pack Espelhos 325.20€ 0P55 Pack Night 934.96€ 0R01 Pneus de verão 0R10 Jantes liga leve 5 raios duplos preto 18 0R66 Pneus MOExtended (Run-flat) 162.60€ 0U12 Tapetes em veludo 81.30€ 0U25 Embaladeiras iluminadas 0U59 Pack Bancos Confor to 0U62 Pack Visibilidade 365.85€ DIVERSOS 9R38 Jantes 38R 162.60€


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19 de Outubro de 2012

comércio & indústria

Opel Cascada: descapotável com quatro lugares

Estilo e sedução O novo Cascada assinala o regresso da Opel ao segmento dos descapotáveis. Trata-se de um automóvel para todas as estações do ano, com quatro lugares, silhueta alongada e capota em tecido de alta qualidade. Após várias gerações recentes de descapotáveis compactos baseados nos modelos Kadett e Astra, a Opel retoma uma antiga tradição das décadas de 1950 a 1960, produzindo um automóvel descapotável exclusivo e de prestígio, com quatro lugares e soft top, tal como os modelos Kapitan e Rekord. O novo modelo integra-se no segmento dos automóveis médios não somente pelas dimensões (comprimento: 4697 mm; largura: 1840 mm) mas também pela aparência sedutora e pelas tecnologias e funcionalidades de topo que oferece. Assim, o Cascada tem um excelente comportamento dinâmico, graças, entre outros factores, à carroçaria extremamente rígida (por comparação com o Astra TwinTop, da anterior geração, a estrutura é 43% mais rígida em torsão e 10% em flexão), à suspensão dianteira HiPerStrut e ao sistema eletrónico de chassis adaptativo FlexRide. As operações de abertura e fecho da capota são feitas em 17 segundos, graças a um sistema electrohidráulico que pode ser acionado em andamento a velocidades até 50 km/h. Para reforçar o conforto a bordo, tem mecanismos elétricos de aproximação dos cintos de segurança aos passageiros e bancos ergonómicos ventilados forrados a couro. A linguagem de design da Opel, que dá ênfase a carroçarias largas com formas esculturais e linhas fluidas, está presente no Cascada, que evoca também a elegância clássica e intemporal dos «grandes estradistas» das eras mais glamorosas. Com a capota aberta, o Cascada exibe um perfil límpido, para o qual contribuem a inclinação acentuada do pilar A e a cobertura do compartimento para onde recolhe a capota, bem como a ausência de roll bar. A subtil forma de lâmina embutida no desenho dos flancos da carroçaria está espelhada na linha de cintura por um vinco que flui em direcção ascendente para a secção traseira, até aos contornos

envolventes dos faróis traseiros. Esta linha é salientada por uma barra cromada horizontal que envolve o habitáculo de forma elegante, definindo a separação entre a capota e a carroçaria. Na secção dianteira, as linhas do capô foram esculpidas para produzir uma saliência pronunciada, no seguimento de uma grelha destacada por inserções cromadas. Os faróis de nevoeiro surgem integrados em elementos em forma de barbatana de turbarão invertida, sendo rematados por frisos cromados. As luzes diurnas e os farolins traseiros são de LED e têm a tradicional assinatura da Opel em forma de asa. Os dois grupos óticos traseiros estão ligados por uma barra cromada integrada na tampa da bagageira, em sintonia com os cromados que se encontram

na secção dianteira. Capota de alta qualidade O soft top do Opel Cascada é fabricado com materiais têxteis especiais de alta qualidade, provenientes de fornecedores dos mais prestigiados cabriolets de topo, que garantem isolamento térmico e acústico superior graças à inclusão de uma camada em fibras de poliéster entre os revestimentos exterior e interior. O mecanismo de abertura e fecho é electro-hidráulico, comandado a partir de uma tecla na consola central ou através de comandos remotos na chave de ignição. Estará disponível em três cores de capota, combinadas com dez pinturas de carroçaria. O habitáculo do novo Cascada destaca-se com pormenores fabricados artesanalmente e montados com

extrema precisão. O tabliê, revestido com materiais de toque muito suave, tem um formato harmonioso que envolve os ocupantes dos bancos da frente. Os bancos oferecem uma escolha alargada de tecidos e couros e o acesso aos bancos traseiros é facilitado por um sistema Easy Entry com comando elétrico. O Cascada oferece ainda uma bagageira com grande capacidade (280 litros com capota aberta e 350 litros com capota fechada) e diversos compartimentos de arrumação no habitáculo. O novo Opel Cascada disporá de uma gama ampla de motores: 1.4 Turbo a gasolina, com caixa de 6 velocidades manual, com 120 cv ou 140 cv, ambos capazes de debitar 220 Nm de binário com overboost; 2.0 CDTI com 165 cv, com caixa de 6 velocidades manual ou automática

(380 Nm com overboost); e o novo bloco a gasolina 1.6 SIDI Turbo ECOTEC, que estreará no início de 2013, com 170 cv e binário máximo de 280 Nm logo às 1650 rpm até às 3200 rpm - pode ter acoplada uma caixa manual de 6 velocidades ou uma nova automática de baixo atrito, também com 6 relações. Numa fase posterior, a gama receberá unidades mais potentes quer a gasolina quer a diesel. A célula de habitáculo do Cascada é extremamente rígida, as portas têm barras e reforços interiores em aço de muito alta resistência, os pilares “A” são fabricados em aço prensado endurecido e, em caso de capotamento, são acionadas automaticamente, por meio de molas e cargas pirotécnicas, barras de alta resistência que se elevam atrás dos lugares traseiros.


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