FINLANDÊS VOADOR VENCE EM GALES E ADIA FESTA DE LOEB/CITROËN
D E S MANCHA
38 PONTOS
LORENZO TRIUNFA EM SAN MARINO E ESTÁ MAIS PERTO DO TÍTULO
21-09-2012 | SEMANÁRIO | PREÇO: 1,50 EUROS IVA INCLUÍDO Taxa paga | Devesas - 4400 V.N. Gaia | Autorizado a circular em invólucro de plástico fechado | Autorização n.º 26 de 2026/00
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LATVALA
GT ESPANHA Irmãos Ramos vencem em Valência
FÓRMULA 1 DISPUTA-SE EM MARINA BAY A FANTÁSTICA CORRIDA NOTURNA
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noticiário
21 de Setembro de 2012
Campeonato de Espanha GT
Irmãos Miguel e João Ramos vencem em Valência A dupla portuguesa formada pelos irmãos Miguel e João Ramos, ao volante de um Porsche 911 GT3, venceram a quarta prova do Campeonato de Espanha GT, em automobilismo, disputada em Valência. Os irmãos Ramos, que no sábado tinham assegurado a “pole position”, garantiram o primeiro lugar ao fim das duas horas e dez minutos de prova, disputada debaixo de intenso calor, depois de terem sido também os primeiros a cruzar a linha da hora de corrida. Após uma longa paragem de três meses, os irmão Ramos retomaram o Campeonato de Espanha GT da melhor forma, tendo conseguido confirmar em prova a “pole position” alcançada no sábado.
Miguel fez um excelente primeiro turno tendo liderado até sensivelmente metade, altura em que começou a sentir dificuldades com os travões do Porsche 911. “Comecei a sentir alguma fadiga na travagem e preocupei-me em gerir os travões, porque para além da pista ser muito exigente, o calor que se fazia sentir não ajudava nada”, disse. João Ramos fez o segundo turno e conseguiu então retomar a liderança da corrida até muito perto do
final da sua prestação. “Fui ultrapassado por um Audi já muito perto do final do meu turno, sensivelmente a três voltas, numa luta que foi muito intensa, mas o importante era manter forte pressão mas não cometer erros”,
afirmou João Ramos. Miguel Ramos entrou para o terceiro e ultimo turno, tendo então retomado novamente a liderança, que manteve até final. A próxima prova do Espanha
GT terá lugar entre 13 e 14 de outubro, em Jerez de la Frontera. Entretanto Miguel Ramos terá a 7ª prova do International GT Open em Monza (Itália) entre 28 e 30 de setembro.
ridas e conseguir o lugar no pódio que tanto ambicionamos”, rematou Albuquerque. De salientar, que o piloto português o ano passado em Valência conseguiu o seu melhor resultado no Campeonato e o melhor resultado de sempre de um português no DTM
ao subir ao segundo lugar do pódio. Feito que espera afincadamente voltar a repetir. Resultados da Corrida - Oschersleben: 1º Bruno Spengler – BMW; 2º Gary Paffett – Mercedes; 3º Jamie Green – Mercedes; (...); 9º Filipe Albuquerque - Audi com 1.21.280.
DTM em Oschersleben
Filipe Albuquerque nos pontos A antepenúltima corrida do DTM decorreu no traçado alemão de Oschersleben. Filipe Albuquerque acabou por conseguir aquilo a que se propôs, pontuar, ao terminar a corrida no nono posto. É 15º classificado porém com o mesmos pontos do 12º, David Coulthard.
O piloto português fez uma brilhante primeira parte da prova recuperando de 14º até ao oitavo lugar com lutas renhidas e ultrapassagens espe-
taculares chegando até bem perto do final nessa posição: “Arranquei bem e subi vários lugares logo na primeira volta. Consegui evitar todos os inci-
dentes à minha frente, o que é sempre bom quando se arranca do meio do pelotão. Optámos pelos ‘pit-stops’ mais cedo que o normal para conseguir segurar a oitava posição, mas no final isso viria a ser penalizador pois não consegui aguentar as investidas do Ekstrom que tinha os pneus melhores e que acabou por me ultrapassar”, começou por dizer. Este é um resultado muito positivo quando se sai de uma posição menos boa na grelha: “Num Campeonato onde tudo é discutido ao milésimo para conseguirmos chegar mais à frente temos que obrigatoriamente sair da frente. Temos consciência disso e como tal, esperamos em Valência, regressar ao nível das últimas cor-
World Series by Renault
Félix da Costa ganha segunda corrida em Budapeste O piloto português António Félix da Costa estreou-se a ganhar no campeonato World Series by Reanult 3.5, ao vencer a segunda corrida da prova húngara, realizada no circuito de Hungaroring.
Depois de ter terminado a corrida de sábado no quarto lugar, Félix da Costa ascendeu ao segundo posto logo após o arranque e manteve sempre a pressão sobre o líder Kevin Magnussen, beneficiando da desistência do dinamarquês, devido a problemas mecânicos. Pouco tempo depois de ter conquistado a primeira vitória na competição, o piloto português,
de 21 anos, teve como “prémio” sentar-se ao volante do monolugar com que a equipa Red Bull Racing participa no Campeonato do Mundo de Fórmula 1. “Mas que dia verdadeiramente memorável. Vencer a corrida da World Series e três horas depois estar sentado ao volante de um Fórmula 1 e logo o monolugar da Red Bull. É um sonho tornado realidade”, disse Félix da Costa.
Fórmula 1
21 de Setembro de 2012
Antevisão do Grande Prémio de Singapura – Circuito de Marina Bay
Corrida noturna tem outro brilho O Grande Prémio de Singapura, que se realiza este fim-de-semana, é sempre uma corrida muito especial, um pouco como Monte Carlo, mas mais divertido para os pilotos, já que, na verdade, há mais oportunidades de ultrapassagem. A estratégia e a gestão dos pneus serão fundamentais para o êxito, sendo que para ganhar em Marina Bay, a única prova noturna, é preciso ter olhos de lince e não se deixar assustar com tantos holofotes…
Os pneus macios P Zero Amarelo e supermacios P Zero Red foram os escolhidos pela Pirelli para a corrida noturna no circuito de Marina Bay, em Singapura, a única corrida do ano que acontece à noite. Este facto encerra algumas variáveis diferentes, como o ambiente, as altas temperaturas da pista tendem a cair durante o decorrer da prova. Uma constante é a humidade, que tende a manterse dentro de 75% a 90% ao longo do fim-de-semana. Marina Bay é um circuito de rua, onde a tração é fundamental, uma vez que contém o segundo maior número de curvas (23). O asfalto tende a ser irregular e escorregadio, e o espaço é ainda mais comprometido por mobiliário urbano, tais como tampas de buracos e linhas brancas pintadas. Com 5,073 km (61 voltas), que são executadas antihorário, a corrida tende a aproximar-se do limite de tempo integral de duas horas, de forma combinada com o calor, humidade e choques constantes, o que torna uma experiência muito física para os pilotos, bem como muito dura para os carros e pneus. Paul Hembery, diretor da Pirelli, faz a sua habitual antevisão: “Pessoalmente, gosto muito do Grande Prémio de Singapura. É sempre um espetáculo incrível à noite, com uma grande atmosfera e um desafio fantástico para os nossos pneus. Devido às circunstâncias incomuns em que a corrida é realizada, sob mais de um milhar de holofotes, as equipas e os pilotos têm que pensar muito sobre a estratégia, já que as condições da pista e a evolução são um pouco diferentes do que é costume encontrar numa corrida normal durante o dia. Um fator que, certamente, pode entrar em jogo são os carros de segurança: durante todos os GP de Singapura, realizados até agora desde 2008, o carro de segurança entrou sempre em pista. Isto significa que as estratégias têm de ser flexíveis, bem como eficazes, a fim de rapidamente tirar vantagem de qualquer potencial de
neutralização. Enquanto a humidade é constantemente alta, ainda não choveu em nenhum Grande Prémio de Singapura, de modo que este deve acontecer o mesmo, por isso iremos ver o melhor desempenho oferecido pelos dois compostos mais macios lisos da nossa gama da Fórmula Um. A corrida do ano passado foi vencida com uma estratégia de três paragens por Sebastian Vettel, mas Lewis Hamilton terminou em quinto depois de parar por quatro vezes e ter sofrido também uma penalidade de drivethrough. Como as velocidades médias não são muito elevadas, a degradação não deve ser um problema”. Quanto a pilotos, Heikki Kovalainen, da Caterham, analisa assim o Circuito de Marina Bay: “Singapura é uma corrida muito interessante. É um lugar incrível para ter um grande prémio e deve ser incrível para os fãs, observando os carros que funcionam a todo vapor pelas ruas à noite. No cockpit, é realmente diferente de uma corrida de rua normal: as luzes são tão boas que não há qualquer problema com a visibilidade. Mas já vi imagens da TV, tiradas de cima da pista e as tomadas aéreas dos helicópteros, com todo o circuito iluminado, são fantásticas! Do ponto de vista técnico, uma das chaves para o set-up na pista de Singapura é encontrar estabilidade de travagem e boa tração máxima. É uma pista de alta pressão aerodinâmica que é difícil de temperatura dos travões e ainda bastante instável, especialmente nas curvas 13 e 14, mesmo depois do circuito ter sido renovado em 2010. Teremos pneus macios e supermacios Pirelli P Zero em Singapura, assim como tivemos no Mónaco, mas penso que eles vão aquecer mais em Singapura do que em Monte Carlo. É provável que seja semelhante em termos de degradação. A gestão dos pneus tem sido fundamental para o desempenho e, na minha opinião, as temperaturas mais quentes da pista podem surprender”.
Lewis Hamilton (McLaren) vem de uma saborosa vitória em Monza e agora, em Singapura, quer voltar a surpreender a forte concorrência, com destaque para Vettel (Red Bull), o vencedor do ano passado no Circuito de Marina Bay
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21 de Setembro de 2012
wrc – rali da grã-bretanha
Latvala trava domínio de Loeb e adia festa da Citroën
O regresso do finlandês voador Latvala estragou a festa a Loeb e à Citröen
Jari-Matti Latvala (Ford) venceu o Rali da Grã-Bretanha, 10.ª prova do Campeonato do Mundo, reeditando o triunfo do ano passado e quebrando uma série de cinco triunfos consecutivos do francês Sébastien Loeb (Citroën).
O piloto finlandês conquistou o sétimo rali da carreira, o segundo em 2012, depois do êxito na Suécia, e impediu a Citroën de arrebatar já hoje o título mundial de construtores, mas que deverá acontecer na próxima prova, o Rali de França, no qual Loeb pode também sagrar-se campeão do Mundo de pilotos pelo nono ano consecutivo. Latvala parece dar-se bem nas estradas de terra da região de Cardiff: o piloto finlandês dominou por completo os três dias que durou a prova britânica e acabou com 27,8 segundos de vantagem sobre Loeb, enquanto o norueguês Petter Solberg, colega na Ford, terminou
no terceiro lugar, a 28,7. Solberg não resistiu à pressão final do octocampeão mundial, que partiu para a última etapa no terceiro posto, com seis segundos de atraso para o norueguês, mas conseguiu ultrapassar o rival da Ford, ainda que por menos de um segundo de vantagem. O norueguês manteve-se no terceiro lugar do Campeonato do Mundo, mas ficou matematicamente impossibilitado de chegar ao título, que ficará para um dos pilotos da Citroën, com clara vantagem de Loeb, que tem mais 61 pontos do que o colega finlandês Mikko Hirvonen, quinto classificado em
Cardiff, a 1.29,5 de Latvala. O Rali de França, 11.ª prova do Mundial, realiza-se entre 04 e 07 de outubro, nas estradas de asfalto da região da Alsácia, no qual a Citroën costuma ser intratável e que constitui o cenário ideal para Loeb e a marca francesa conquistarem em casa os títulos mundiais de pilotos e construtores.
Domínio finlandês Jari-Matti Latvala começou ao ataque logo na primeira etapa, assumindo a liderança da prova para nunca mais a largar. O piloto da Ford venceu as quatro últimas especiais do primeiro dia e já tinha 12,1 segundos de avanço sobre o seu companheiro de equipa, Petter Solberg, que tinha triunfado nos outros dois troços cronometrados. Loeb não conseguiu aproximar o seu Citroën do duo da Ford na escorregadia gravilha galesa, terminando a primeira etapa a 21,3 segundos de Latvala. Mikko Hirvonen
(Citroen) ocupava então apenas a quinta posição, a 53,8 segundos do seu compatriota. No segundo dia, Latvala reforçou a liderança do rali e voltou a ser o mais rápido nas sete especiais, num total de 95,36 quilómetros, e aumentou para 24,5 segundos a diferença sobre o seu colega de equipa. No terceiro posto seguia Loeb, mas agora já a 30,9 segundos do piloto finlandês da Ford. Hirvonen continuava apenas na quinta posição, com mais de um minuto e 20 segundos de diferença para Latvala.
Rali da Grã-Bretanha continua em Gales
O Rali da Grã-Bretanha de 2013 vai realizar-se pela 14.ª vez consecutiva no País de Gales, anunciaram em conjunto a organização e responsáveis políticos do país, a margem do arranque da prova do Mundial de 2012. “Além de termos chegado a um acordo de princípio para 2013, decidimos também pensar a longo prazo, no sentido de prolongar o acordo por mais dois anos”, anunciou a ministra da Economia do País de Gales, Edwina Hart. O diretor executivo da prova, Andrew Coe, manifestou-se “satisfeito” pelo acordo conseguido, lembrando que o País de Gales “é um lugar fantástico para a realização do evento, que tem sido um sucesso ao longo de mais de uma década”.
velocidade em braga
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21 de Setembro de 2012
Campeonato de Portugal de Circuitos no Circuito Vasco Sameiro
Campaniço e Vieira vencem primeira corrida Foi com uma temperatura superior a 30 graus que a caravana do Campeonato de Portugal de Circuitos esteve no Circuito Vasco Sameiro em Braga para disputar a quarta jornada do campeonato, sendo ainda pontuável para o Iberian Supercars Trophy. Treinos e uma corrida animaram o programa de sábado, com as ‘poles’ a serem repartidas pelo Ferrari de Alessandro Pier Guidi/João Figueiredo (corrida de Sábado) e o Audi César Campaniço/Carlos Vieira (corrida de Domingo). A ‘pole’ do piloto da Ray para a corrida revestiu-se de especial significado, pois Alessandro Pier Guidi teve no fim-de-semana a sua estreia no traçado minhoto. Na primeira corrida o calor obrigava a preparar estratégias menos agressivas em relação aos pneus, para aguentar os 50 minutos de corrida. Na partida Pier Guidi Alessandro fez um bom arranque ao defender-se bem da maior potência do Lamborghini de Patrick Cunha. O italiano estabilizou a sua vantagem em redor dos cinco segundos sobre o carro da Goodsense e também sobre o Audi conduzido por Carlos Vieira que lutava pelo segundo posto. Este último rodava atento à desvantagem para o líder, graças à ausência de ‘handicap’ que lhe daria vantagem na troca de piloto. O Mercedes de Miguel Barbosa rodava atrás dos lugares do pódio, mas
já distante, tendo sido um dos primeiros a efetuar a paragem obrigatória. Atrás de si António Nogueira perdia tempo com um escape que rebentou e sobreaquecia um dos pneus traseiros, mas conservava o quinto lugar na frente do melhor carro da GT Cup, o Ferrari F430 de Luís Reis. Nesta categoria José Cabral seguia em perseguição do homem do carro transalpino. Com as paragens para troca de piloto a cabeça da corrida inverteu-se. O Audi R8 da Nova Driver fez valer o facto de não ter ‘handicap’ para assumir a liderança, ficando João Figueiredo com a tarefa de tentar chegar à traseira do carro germânico. José Carlos Ramos que rendeu Patrick Cunha no Lamborghini desceu também ele uma posição enquanto José Pedro Fontes mantinha o Mercedes no quarto lugar. António Nogueira continuava a sua caminhada solitária no quinto lugar mas a perder bastante tempo para os homens da frente. Na categoria GT Cup a paragem para troca de pilotos deixou patente uma fuga de fluidos no Ferrari de Luís Reis, obrigando a uma presença mais
prolongada nas boxes até que Carina Lima retomasse a pista. O Porsche de José e de António Cabral acabou por não aproveitar essa oportunidade para assumir a liderança, sendo surpreendido na paragem pelo Porsche de Pedro Marreiros e Peter Peters. Nos GT4, Nuno Batista entregou o Ginetta a Carlos Alonso na liderança do grupo, mas isto depois de Fábio Mota e Joffrey Didier terem passado por essa posição. Até ao final César Campaniço rodou num ritmo de gestão para garantir o triunfo nesta primeira corrida do fimde-semana. “Tentei manter a liderança da corrida, mas sempre com muita atenção às dobragens e especialmente ao desgaste do carro, porque a corrida foi bastante exigente para mecânica e pneus. Foi um excelente resultado que gostaria de repetir amanhã (domingo) que partimos da ‘pole’”. João Figueiredo percebeu que não conseguia chegar ao Audi: “Ainda tentei nas primeiras voltas ir em perseguição do Audi, mas cedo percebi que iria desgastar imenso o carro”, explicava Figueiredo, que rodou também ele especialmente atento ao tráfego nas dobragens. José Carlos Ramos conservou o terceiro lugar até ao final e sempre com vantagem significativa para José Pedro Fontes que foi quarto. Com os problemas de pneus a agravar-se, António Nogueira perdeu o quinto lugar na derradeira volta para o Lamborghini Gallardo que Pedro Lopes partilha com Jorge Queiroz. Na categoria GT Cup a dupla Pedro Marreiros/Peter Peters viu terminar da melhor forma uma sucessão de azares que começou com a entrega tardia do
carro. “Nos treinos livres partiu-se uma bobine e nos cronometrados foi a bomba de gasolina a impedir que fizéssemos sequer uma volta,” referiu Marreiros, cujo Porsche partiu de último e na troca de piloto estava já na liderança que manteve até ao final. Nos GT4, Carlos Alonso recebeu
de Nuno Batista o carro na liderança e manteve-a até ao final. “A nossa estratégia apostava na menor degradação do carro em relação aos Aston Martin, e resultou. Consegui chegar à liderança a meio do meu turno, entreguei o carro ao Carlos que levou o Ginetta até ao triunfo”, explicou Nuno Batista.
Classificação final da primeira corrida:
1º César Campaniço / Carlos Vieira - Audi R8 LMS GT3 – 37v. em 51,12,763s 2º João Figueiredo / Alessandro Pier Guidi - Ferrari 430 GT2 – a 10,059s 3º Patrick Cunha / José Carlos Ramos - Lamborghini Gallardo LP600 – a 12,974s 4º José Pedro Fontes / Miguel Barbosa - Mercedes SLS AMG GT3 – a 15,758s 5º Jorge Queiroz / Pedro Lopes - Lamborghini Gallardo LP600 – a 1 volta 6º António Nogueira - Porsche 997 GT3R – a 1 volta 7º Pedro Marreiros / Peter Petters - Porsche 911 – a 2 voltas 8º António Cabral / José Cabral - Porsche GT3 Cup – a 2 voltas 9º Carlos Alonso / Nuno Batista - Ginetta G50 GT4 – a 2 voltas 10º Fábio Mota / Mauro Marques - Aston Martin Vantage V8 GT4 – a 2 voltas 11º Filipe Matias - Porsche Cayman – a 4 voltas 12º Angela Negrão / Joffrey Didier - Lotus Evora - a 4 voltas 13º Luis Reis / Carina Lima - Ferrari F430 Challenge Cup – a 10 voltas NC Miguel Ferreira / Francisco Carvalho - Aston Martin Vantage V8 GT4 – a 31 voltas
Segunda corrida ganha pelo Ferrari de João Figueiredo e Alessandro Pier Guidi
Transmissão tira vitória a Fontes/Barbosa Terminou ao início da tarde de domingo a quarta etapa do Campeonato de Portugal de Circuitos e Iberian Supercars Trophy, com a Vodafone BP Ultimate Team a ser, quando lideravam destacados, traída por um problema de transmissão, que a impediu de alcançar a vitória final. Um um fimde-semana aziago para as cores da equipa. Imprimindo um ritmo muito forte desde inicio, José Pedro Fontes aos comandos do Mercedes SLS AMG GT3, assumiu a liderança à segunda volta. “Comecei muito bem com um ritmo muito forte e á segunda volta liderava e ganhava
vantagem para os perseguidores. Ao fim da sexta volta comecei a sentir problemas na transmissão e fui obrigado a entrar na boxe onde ficámos parados muito tempo. Penso que com a vantagem que dispúnhamos e como não
tínhamos nenhum handicap fruto do resultado de ontem (sábado), a vitória não nos iria escapar,” afirmou o piloto portuense. Miguel Barbosa ainda entrou em pista na parte final da corrida e “já nada podia fazer”. “A longa paragem para resolver o problema da transmissão hipotecou-nos quaisquer hipóteses de fazer melhor. O Zé Pedro esteve impecável no início de corrida e não fosse este azar com certeza sairíamos de Braga com a vitória. Mas as corridas são assim, agora há que pensar já na próxima prova no Estoril”. O Vodafone BP Ultimate Team regressa à competição a 6 e 7 de Outubro no Circuito do Estoril, prova pontuável para o Campeonato de Portugal de Circuitos e Iberian Supercars Trophy.
Classificação Final – Corrida 2:
1º João Figueiredo/Alessandro Pier Guidi - Ferrari 430 GT2, 2º César Campaniço/Carlos Vieira - Audi R8 LMS GT3, 3º António Nogueira - Porsche 997 GT3R, 4º Jorge Queiroz/Pépé - Lamborghini Gallardo LP600+, … 7º Mauro Marques/Fábio Mota – Aston Martin Vantage V8, 8º Nuno Batista/Carlos Alonso – Ginetta G50, … 10º Angela Negrão/Joffrey Didier - Lotus Evora, … NC - Patrick Cunha / José Carlos Ramos - Lamborghini Gallardo LP600+, NC - Francisco Carvalho/Miguel Ferreira – Aston Martin Vantage V8,
34 voltas em 50:17s253 a 11s842 a 1:04s366 a 1:25s227 (3º Cat. GT3) a 2 voltas (1º Cat. GT4) a 3 voltas (2º Cat. GT4) a 11 voltas (4º Cat. GT4) a 21 voltas a 32 voltas
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MotoGP – GP São Marino
Espanhol da Yamaha ganha em dia de pesadelo para Pedrosa
Jorge Lorenzo mais perto do título O espanhol Jorge Lorenzo (Yamaha) venceu o Grande Prémio de São Marino de motociclismo, 13.ª prova do Campeonato do Mundo de velocidade, num dia de muito azar para Dani Pedrosa (Honda).
Lorenzo, líder do campeonato, aumentou para 38 pontos a vantagem sobre Pedrosa, que saía da pole position, mas teve uma série de azares que o atiraram para fora da corrida logo na primeira volta. Logo na primeira partida, a moto de Pedrosa, assim como a do checo Karel Abraham (Ducati), não pegou, o que
obrigou a uma nova colocação na grelha de partida, com os mecânicos a recolocarem as proteções nos pneus. Com a moto já a funcionar, Pedrosa ficou com a proteção do pneu dianteiro presa, o que levou a que a sua Honda fosse retirada da formação, passando para o último lugar da grelha. Já em prova, Pedrosa acabaria por não
terminar na primeira volta, pois viu o seu compatriota Héctor Barberá (Ducati) chocar contra ele, sendo obrigado a desistir. Esta situação deixou Lorenzo completamente só na frente da
corrida, que dominou do princípio ao fim, terminando a prova em 42.49,836 minutos, com uma vantagem de 4,398 segundos sobre o italiano Valentino Rossi (Ducati), que repetiu o seu segundo melhor resultado na temporada. Na terceira posição ficou o espanhol Alvaro Bautista (Honda). “Para ser honesto, não conseguiu ver bem a placa e pensei que fosse o Bautista que tinha saído e não Pedrosa. Foi azar para a Honda, mas foi um grande resultado para nós. Estou muito feliz por finalmente a sorte estar do nosso lado”, disse Lorenzo. Nas Moto2, o espanhol Marc Marquez (Suter) também aumentou a vantagem no frente do campeonato, ao vencer em São Marino, numa corrida encurtada para 14 voltas, devido à quebra do motor do britânico Gino Rea (Suter), que deixou óleo na pista. Marquez gastou 23.11,278 minutos, menos
0,359 segundos que o compatriota Pol Espargaro (Kalex) e 1,634 sobre o italiano Andrea Iannone (Speed Up). No Mundial, Marquez, que somou o sexto triunfo da temporada, tem 238 pontos, mais 53 do que Espargaro e mais 73 do que Iannone. Nas Moto3, o alemão Sandro Cortese (KTM) foi o mais rápido, em 40.22,100 minutos, à frente do espanhol Luis Salom (Kalex KTM), a 0,467 segundos, e do italiano Romano Fenati (FTR Honda), a 0,937. O piloto português (ver peça à parte) Miguel Oliveira (Suter Honda) foi nono, a 4,376 do vencedor, subindo ao nono posto do Mundial, liderado por Cortese, com 225 pontos, mais 46 pontos do que o espanhol Maverick Viñales (FTR Honda) e 56 do que Salom. A próxima prova do Mundial disputa-se no próximo dia 30 de setembro, no circuito de Aragão, em Espanha.
motociclismo
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Mundial de Velocidade – Moto 3
Miguel Oliveira novamente em nono Miguel Oliveira repetiu em Misano a mesma classificação que tinha alcançado na jornada anterior do Mundial de Velocidade, ou seja, conquistou o 9.º lugar no Grande Prémio de Marino, subindo também para essa posição no Campeonato da classe Moto3. O nove foi o número marcante para Miguel Oliveira no fim-desemana passado. Na qualificação conseguiu o 9.º melhor tempo e, consequentemente, essa posição na grelha de partida. Domingo, acabou a corrida no 9.º posto, e também ocupa agora esse lugar no Campeonato. Dado o arranque, Oliveira começou por surgir em oitavo, e depois foi melhorando – após sete voltas era 4.º colocado, num grupo composto por dez pilotos. Na décima volta passou fugazmente pelo 3.º lugar,
dando a sensação que na segunda metade da corrida poderia estar na luta pelo pódio. Tal não aconteceu, ao invés Oliveira começou a baixar gradualmente na classificação, até se fixar em 9.º a cinco voltas do fim. O jovem da Charneca da Caparica terminou a 4,3s do vencedor, Sandro Cortese, o alemão que assim reforçou a liderança do Campeonato. “A meio da corrida apanhei um susto,” afirmou Miguel Oliveira, recordando um momento em que a moto quase fugiu ao seu controlo.
O piloto sentiu também problemas de pressão num braço, afectando o desempenho na segunda metade da prova: “Não consegui acompanhar muito o ritmo da frente. Mas foi positivo este resultado, porque a moto está a melhorar de corrida para corrida”, concluiu.
Esta foi a décima segunda jornada da classe Moto3, e com cinco em falta o português surge agora no 9.º lugar, tendo margem para subir mais uns degraus nas próximas saídas – a seguinte será em Aragón, em fins de Setembro. Campeonato: 1.º Sandro Cortese
(KTM), 225 pontos; 2.º Maverick Viñales (FTR Honda), 179; 3.º Luís Salom (Kalex KTM), 169; 4.º Romano Fenati (FTR Honda), 120; 5.º Alex Rins (Suter Honda), 96; 6.º Alexis Masbou (Honda), 81; (…) 9.º Miguel Oliveira (Suter Honda), 66; (…).
Red Bull Rookies Cup
Ivo Lopes desiste em Misano Ivo Lopes não conseguiu terminar a corrida do Troféu Red Bull Rookies Cup, disputada no circuito de Misano. O piloto português desistiu pouco depois do meio da prova, baixando dois lugares na tabela do Troféu.
Ao contrário das outras jornadas da “Rookies Cup”, esta de Misano apenas integrou uma corrida, realizada no sábado. Na pista transalpina que acolheu o Grande Prémio de S. Marino, treinos e qualificações foram marcados pela chuva, com Ivo Lopes a conseguir um bom 7.º melhor tempo para a grelha de partida. A corrida disputou-se em piso seco. O arranque de Ivo Lopes não
foi especialmente produtivo, iniciando a refrega na parte baixa do pelotão. Bem cedo definiu-se um grupo de dez pilotos na dianteira, seguido por outro de cinco unidades onde vinha o português, a oscilar entre os 14.º e 15.º lugares durante meia dúzia de voltas. Depois de dez passagens à pista, Lopes acabou por abandonar a prova, ganha ao sprint pelo checo Karel Hanika – aliás, os seis primeiros passaram a meta
em menos de 1 segundo, e os nove primeiros em menos de 2,5s! Sem marcar pontos nesta penúltima jornada do Troféu, Ivo Lopes baixou do 6.º para o 8.º lugar na
tabela classificativa. A “Rookies Cup” 2012 chega ao fim a 29 e 30 de Setembro, na pista espanhola de Aragón. Troféu: 1.º Florian Alt, 197
pontos; 2.º Scott Deroue, 168; 3.º Philipp Oettl, 148; 4.º Karel Hanika, 137; 5.º Marcos Ramirez, 120; 6.º Lukas Trautmann, 112; 7.º Bradley Ray, 103; 8.º Ivo Lopes, 98; (…).
cultura e espetáculos
Sexta-feira, 21 de Setembro de 2012
O Primeiro de Janeiro | 11
Residência artística dos Sonic Youth abre Galeria Zé dos Bois
Fundador na abertura Maria do Céu Guerra
“D. Maria, a louca” em digressão brasileira
A peça “D. Maria, a louca”, de Antônio Cunha, uma criação artística de Maria do Céu Guerra, inicia hoje uma digressão por palcos brasileiros. A peça, uma produção da companhia portuguesa A Barraca, estreou em julho do ano passado no Cinearte em Lisboa, e conta uma noite de insónia da Rainha D. Maria I, entre a loucura e lucidez, refletindo sobre a sua vida e o reinado. Partilha o palco com Maria do Céu Guerra Adérito Lopes, no papel da escrava D. Joana Rita, uma negra anã.
Carlos do Carmo
Concerto de solidariedade em Espinho
O fadista Carlos do Carmo protagoniza um concerto solidário hoje, às 21h30, no Casino de Espinho, anunciou esta entidade. Em comunicado, o casino esclarece que “o preço dos bilhetes é de 20 euros que revertem na totalidade para a Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo da Região Norte”. Carlos do Carmo tem uma carreira de cerca de 50 anos tendo sido criador de êxitos como “Por morrer uma andorinha”, “Os Putos”, “Fado dos Cheirinhos”, “Cacilheiro” ou “Canoas do Tejo”.
DR
Residência artística de Thurston Moore culminará com concerto a 04 de outubro com os portugueses Gabriel Ferrandini e Pedro Sousa. Uma residência artística do guitarrista norte-americano Thurston Moore, fundador dos Sonic Youth, abrirá, em outubro, a programação da Galeria Zé dos Bois, para comemorar 18 anos de existência, no Bairro Alto, em Lisboa, informou a associação cultural. A residência artística de Thurston Moore, músico que esteve em março em Portugal, culminará com um concerto a 04 de outubro com os portugueses Gabriel Ferrandini e Pedro Sousa. “A programação resume o trabalho que temos vindo a fazer, e apresenta as diferentes atividades que refletem sobre música, artes visuais, artes performativas, cinema”, disse Marta Furtado, uma das programadoras da ZDB. Na área da música, a programação incluirá o saxofonista alemão Peter Brotzmann, com a formação Full Blast, no dia 15, o coletivo norte-americano experimental Negativland, no dia 21, ou o rapper Le1f, um dos nomes com destaque no seio da “cultura queer”.
Thurston Moore. Residência artística dá o mote em outubro
Nas artes visuais, no dia 19, é apresentada a exposição coletiva “Tem calma o teu país que está a desaparecer”, com as presenças de João Maria Gusmão e Pedro Paiva, Gabriel Abrantes ou Filipe Felizardo, juntando artistas com quem a ZDB tem uma relação próxima de criação e reflexão cultural. Nas artes performativas, a associação estreará “Um espectáculo para os meus compatriotas”, de Rui Pina Coelho, com encenação de Gonçalo Amorim. Na área do cinema, estará em
destaque o trabalho do realizador e artista plástico Gabriel Abrantes, com a exibição de várias curtasmetragens. No dia 26, acontecerá “Isto até podia ser nada, mas não é qualquer coisa”, desafio da Zé dos Bois a vários artistas, ainda não anunciados, para refletir sobre os 18 anos. Para Marta Furtado, a data da maioridade da ZDB significa “teimosia, determinação, resistência e vontade”, porque, para a associação cultural, o contexto onde se inseriu “sempre foi difícil”.
Em 1994, ano em que Lisboa foi Capital Europeia da Cultura, surgiu no Bairro Alto um espaço cultural no antigo Palácio Baronesa de Almeida, vocacionado para a pesquisa, criação e promoção da arte contemporânea, da música às artes plásticas. Nestes 18 anos, a ZDB acolheu residências artísticas, alargou-se ao teatro e à dança e marcou a agenda cultural do Bairro Alto, introduzindo uma programação regular numa área urbana onde quase só predominavam espaços noturnos.
Festival de Cinema de San Sebastián
Richard Gere e Susan Sarandon na abertura DR
José Mário Bastos, em San Sebastián
Começa hoje na cidade basca de San Sebastián a 60ª edição do Festival Internacional de Cinema. Poucos dias após o termo da Mostra de Veneza a atenção do mundo do cinema converge agora para o mais importante dos certames da Península Ibérica. Catorze filmes competirão pela Concha de Ouro até ao próximo dia 29. A chinesa Emily Tang será a única representante do cinema asiático e em grande destaque estará o cinema francês presente através de três grandes nomes: o histórico Costa-
San Sebastian. 14 filmes competirão pela Concha de Ouro
Gavras e os igualmente renomados e premiados Laurent Cantet e François Ozon. O cinema espanhol vai estar presente através do vencedor de um Oscar, Fernando Trueba, e de Javier Rebollo e Pablo Berger. Para além do italiano Sergio Castellitto, do sueco Lasse Hallstrom, da austríaca Barbara Albert e do libanês Zaid Doueiri participam ainda no concurso dois premiados em anteriores edições do certame: o argentino Carlos Sorin e o turco Bahman Ghobadi. A primeira obra em competição, a exibir na sessão inaugural do Festival é norteamericana. Protagonizada por Richard Gere e Susan Sarandon, “Arbitrage” (A Fraude) marca a estreia na
longa-metragem do escritor Nicholas Jarecki. É uma história de fraudes nos negócios, intriga familiar e crime, no meio da alta finança novaiorquina. Este conjunto de filmes confirma a habitual tendência da programação do festival basco – a presença de cinematografias diversificadas, e de nomes de autores consagrados e a par de outros menos conhecidos. Os milhares de espetadores que certamente acorrerão ao certame poderão ainda dirigir as suas atenções para a secção “Zabaltegi” (Zona Aberta), que apresentará um conjunto de obras de novos realizadores, e outras premiadas ou exibidas em outros festivais.