Motor 24 01 2014

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DIRECTOR: RUI ALAS PEREIRA |SÉRIE II ANO XI N.º 1159

24-01-2014 | SEMANÁRIO | PREÇO: 1,50 EUROS IVA INCLUÍDO Taxa paga | Devesas - 4400 V.N. Gaia | Autorizado a circular em invólucro de plástico fechado | Autorização n.º 26 de 2026/00

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WRC CAMPEÃO ENTRA A GANHAR EM MONTE CARLO Francês da Volkswagen domina primeira prova do Mundial de Ralis

OG!ER SOZINHO EM CASA Nani Roma (MINI) festeja primeiro título

CARROS

DUROS DE ROER

DAKAR MOTARD HÉLDER RODRIGUES MELHOR PORTUGUÊS 2014


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FÓRMULA 1

24 de janeiro de 2014

Terceira prova do Mundial a disputar-se integralmente sob luz artificial

Grande Prémio do Bahrein realiza-se à noite O Grande Prémio do Bahrein em Fórmula 1 vai realizar-se este ano à noite, como forma de celebrar o seu 10.º aniversário, revelou o sítio oficial do campeonato do mundo da modalidade. A corrida, que se realizará a 06 de abril no circuito de Sakhir, começará às 18h00 locais (16h00 em Lisboa). O circuito será integralmente iluminado por luz artificial, tal como acontece já com o Grande Prémio de Singapura. O Grande Prémio do Bahrein torna-se na terceira prova do Mundial de Fórmula 1 a disputarse integralmente sob luz artificial, depois de Singapura (desde 2008) e Abu Dhabi (desde 2009). Kobayashi e Ericsson na Caterham O japonês Kamui Kobayashi e o sueco Marcus Ericsson vão ser os pilotos principais da Caterham F1 para a temporada de 2014, anunciou a escuderia de Fórmula 1 no seu sítio oficial na Internet. Kobayashi regressa assim à Fórmula 1 depois de um ano de ausência (correu na Sauber entre 2010 e 2012), enquanto o sueco Marcus Ericsson é um estreante na categoria. Robin Frijns e Alexander Rossi (que tam-

bém será piloto da Caterham Racing na categoria GP2) vão ser os pilotos de reserva. “É uma sensação ótima estar de volta como piloto de Fórmula 1 e fico muito contente por ser com a Caterham F1. Desde o ano passado que tinha vindo a falar com o Cyril Abiteboul [chefe de equipa e diretor executivo da Caterham] e com o Tony Fernandes [Chairman] acerca de pilotar um carro da equipa e em todas as nossas conversas fiquei impressionado com o que eles querem fazer e com o investimento já realizado para que a equipa atinja os resultados”, afirmou Kobayashi. Já o “rookie” Marcus Ericsson mostrou-se entusiasmado com a chegada à Fórmula 1. “Este é um dia de grande orgulho para mim e para toda a gente que me ajudou a concretizar o meu sonho de chegar à Fórmula 1. (...) Já estou entusiasmado com a época que se aproxima, especialmente com a primeira corrida na Austrália”, disse o sueco,

referindo que a equipa poderá aproveitar as novas regras de 2014 para “encurtar distâncias”. A Caterham F1, que usa motores Renault, não conseguiu qualquer ponto na temporada de 2013. Com a definição da Caterham F1 fica completo o alinhamento dos 22 pilotos para a temporada deste ano. Além de Ericsson, da Caterham, estreiam-se na categoria o russo Daniil Kvyat (Super Toro Rosso) e o dinamarquês Kevin Magnussen (McLaren Mercedes). Paul Di Resta regressa ao DTM O escocês Paul Di Resta, que perdeu o lugar na equipa de Fórmula 1 Force India, vai voltar ao Campeonato Alemão de Carros de Turismo

(DTM), que venceu em 2010, ao volante de um Mercedes. Paul Di Resta, que já testou o novo Mercedes AMG Coupé no circuito português de Portimão, vai ter como companheiro de equipa o inglês Gary Paffett, vencedor do DTM em 2005. Em três temporadas na Fórmula 1, Paul Di Resta disputou 58 corridas, tendo somado como melhores resultados dois quartos lugares, no Grande Prémio de Singapura, em 2012, e no Grande Prémio do Bahrein, em 2013, e um total de 121 pontos. O piloto escocês, que manteve sempre o contacto com a Mercedes, dado ser esta a marca que equipava os monolugares da Force India, regressa ao DTM algo dececionado com a Fórmula 1,

apesar de ter brilhado em algumas corridas. De 2007 a 2010, Di Resta venceu seis corridas para a Mercedes no DTM, além de ter conquistado seis “pole positions” e sete voltas mais rápidas, tudo em 42 corridas. Durante a sua estreia na Fórmula 3, com um motor Mercedes, o piloto escocês foi muitas vezes mais rápido do que o hoje campeão do Mundo quatro vezes consecutivas Sebastian Vettel. Em 2014, os carros da Force India serão pilotados pelo alemão Nico Hulkenberg e pelo mexicano Sérgio Perez, que se juntaram à equipa na pré-temporada. A Force India é uma escuderia do meio da tabela financiada pelo bilionário indiano Vijay Mallya.

“Patrão” da Fórmula 1 vai ser julgado em Munique por corrupção

Bernie Ecclestone abandona grupo que gere direitos comerciais O britânico Bernie Ecclestone, que será julgado por corrupção na Alemanha em finais de abril, vai abandonar o conselho de administração do grupo que gere os direitos comerciais da Fórmula 1.

O “patrão” da Fórmula 1 vai continuar a assegurar a gestão diária, mas com poderes limitados e sob maior escrutínio da administração, impondo-se a obrigatoriedade de os contratos mais importantes passarem pelo presidente, Peter BrabeckLetmathe, e o adjunto, Donald Mackenzie. Ecclestone, de 83 anos, é acusado de ter subornado com 35 milhões

de euros um ex-banqueiro alemão, Gerhard Gribkowsky, no decorrer da venda dos direitos de exploração comercial da Fórmula 1 ao fundo de investimento britânico CVC. Gribkowsky foi encarregado em 2006 pelo banco público BayernLB, a cujo conselho de administração pertencia, de vender a participação que a instituição tinha na Fórmula 1, operação em que teve de trabalhar diretamente

com Ecclestonne. Ecclestone recebeu do banco uma comissão de 66 milhões de euros pela venda da participação à CVC, mas entregou 35 milhões de euros a Gribkowski. Gribkowski, que não declarou esta soma, foi condenado a oito anos e meio de prisão por corrupção e fraude fiscal. No decorrer do processo, Gribkowski disse que o montante tinha sido um suborno de Ecclestone, que negou sempre as acusações e assegura que não fez nada de ilegal. O caso do tribunal de Munique gira em torno de conseguir provar que Ecclestone sabia que Gribkowsky era empregado de banco público e que, por isso mesmo, não poderia receber comissões. O fundo de investimento CVC comprou os direitos da F1 por 640,5 milhões de euros ao banco público bávaro Bayern LB, que os detinha após a falência do grupo de media Leo Kirch.


WRC – Rali de Monte Carlo

24 de janeiro de 2014

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Ogier confirma favoritismo e abre campeonato com uma vitória incontestada

Campeão sozinho em casa Sebastien Ogier (Volkswagen), atual campeão mundial, venceu o Rali de Monte Carlo, prova inaugural do Mundial de ralis (WRC), com mais de um minuto de vantagem sobre o segundo classificado, Bryan Bouffier (Ford). O piloto francês ainda chegou a ter alguns problemas, mas depois de encontrar o ritmo certo nunca mais deu hipóteses à concorrência que ficou logo diminuída na primeira etapa com o acidente e respetivo abandono do vice-campeão mundial Thierry Neuville (Hyundai).

Ogier, que na primeira etapa era apenas quar to, foi o mais rápido na terceira etapa e terminou a prova com 1.18 minutos de vantagem sobre o seu compatriota Bryan Bouffier (Ford), segundo, e 1.54 sobre o britânico Kris Meeke (Citroën), que foi terceiro, numa edição do Rali de Monte Carlo que ficou marcada pela muita chuva e neve. O piloto gaulês inicia assim a nova temporada e a defesa do título com um triunfo, resultado que o coloca já na liderança do Mundial, com 27 pontos, mais

nove do que Bouffier e 11 do que Meeke. O Rali da Suécia, segunda ronda do WRC, irá decorrer de 5 a 8 de fevereiro. Campeão salta para o comando Sebastien Ogier, ao volante do Pólo WRC, acabaria por assumir a liderança do Rali após a segunda etapa, dia em que Robert Kubica (Ford) teve um aparatoso despiste e foi obrigado a abandonar a primeira prova do Mundial. O campeão mundial em título pas-

sou então a liderar a prova com 51 segundos de vantagem para o seu compatriota Bryan Bouffier, anterior líder, depois de na quinta-feira ter surpreendido ao levar pneus para neve, ao contrário dos seus principais opositores. O dia de sábado ficou marcado pela desistência do polaco Robert Kubica (Ford), após um despiste, enquanto o nor te-irlandês Kris Meeke (Citroën) fechava esta segunda etapa no terceiro lugar. Na quarta posição seguia o norueguês Mads Ostberg (Citroën), já a 2.48 minutos do comando, enquanto,

ainda mais distante, vinha o finlandês Jari-Matti Latvala (Volkswagen), já a 6.04 do líder. Despiste aparatoso de Kubica O piloto polaco Robert Kubica (Ford Fiesta RS) não conseguiu evitar um aparatoso despiste e foi obrigado a abandonar o rali, quando ocupava o quarto lugar da geral. O ex-piloto de Fórmula 1 teve um bom arranque na 82.ª edição de Monte Carlo, vencendo as duas primeiras especiais de quinta-feira, apesar da muita neve na estrada e de não ter montados os pneus mais apropriados. No entanto, Kubica foi perdendo “energia” e posições no primeiro dia para o francês Bryan Bouffier (Ford Fiesta RS) e para o inglês Kris Meeke (Citroën DS3 WRC). Nas etapas de sexta-feira, Kubica foi ultrapassado na geral pelo campeão do Mundo, Sebastien Ogier (Volkswagen Polo-R WRC). Mais de 20 pilotos abandonaram prematuramente o Rali de Monte Carlo deste ano, entre eles o belga Thierry Neuville e o espanhol Dani Sordo (ambos em Hyundai i20), Robert Kubica (Ford Fiesta RS WRC), François Delecour t (Ford Fiesta WRC) e Mar tin Prokop (Ford Fiesta RS WRC), estes cinco da categoria principal. Abandono do vice-campeão Uma das grandes desilusões

de Monte Carlo foi, sem dúvida, o belga Thierry Neuville (Hyundai), vice-campeão mundial de ralis, que abandonou Monte Carlo após um despiste na primeira especial, perto de Gap (França). Neuville estreava em competição o novo Hyundai i20 WRC, naquele que é um regresso oficial da marca sulcoreana ao Mundial de Ralis. “Seria uma grande perda para nós não terminar este rali e não fazer bastantes quilómetros, porque ainda não temos informação suficiente sobre o comportamento do carro e não aprenderíamos nada com a prova”, afirmava Neuville na terça-feira, no Mónaco, 48 horas antes do arranque da 82.ª edição do Rali de Monte Carlo. O belga partiu em segundo, l o g o a s e g u i r a O g i e r, n u m a estrada entre Orpierre e SaintAndré-de-Rosans, e despistou-se ao 10.º de 25 quilómetros de especial, quando apanhou neve no troço. O piloto da Huyndai chocou com um poste telefónico e capotou, mas, felizmente, nem ele nem o co-piloto ficaram feridos. Na altura em que se despistou, Neuville estava a rodar 4,5 segundos mais rápido do que o resto dos pilotos, e a usar pneus “super-macios”, tal como a maioria dos pilotos. Nesta primeira especial, Ogier, que par tiu em primeiro, também deu um toque com o seu VW Polo-R WRC, mas sem gravidade.


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dakar2014

24 de janeiro de 2014

Domínio avassalador e esperado da “armada” Mini

Nani Roma estreia-se a vencer nos automóveis No “duelo” particular da Mini, que o mesmo é dizer da geral do Dakar2014, o espanhol “Nani” Roma levou a melhor sobre Stéphane Peterhansel, ao ser quarto na última etapa, enquanto o francês se ficava pela 13,ª posição, obedecendo assim às “ordens” da equipa que já tinha determinado a ordem do pódio: Roma (1.º), Peterhansel (2.º) e Al Attiiyah (3.º).

O domínio em automóveis foi avassalador por parte dos Mini, com o triunfo final a sorrir ao espanhol “Nani” Roma, dez anos depois da sua única vitória, ainda alcançada quanto competia em motos. O piloto catalão entra assim para o muito reduzido grupo dos que ganharam em automóveis e motos, em que já estavam o francês Hubert Auriol e Stephane Peterhansel. Nos 157 quilómetros cronometrados da última etapa, entre La Serena e Valparaiso, anulou os 26 segundos de atraso em relação ao francês Stéphane Peterhansel, seu companheiro de equipa e detentor de um recorde de 11 vitórias no Dakar, das quais

seis em motas. O catari Nasser AlAttiyah, também em Mini, fechou o pódio. A derradeira etapa foi ganha pelo sul-africano Giniel de Villiers (Toyota), em 1:57.07 horas, à frente de mais dois pilotos da “armada” Mini, o polaco Krzysztof Holowxzy e o russo Vladimir Vasilyev. “Nani” Roma foi quarto, a 1.40 minutos, e Peterhansel foi 13.º, a 7.44, com a equipa a “corrigir” assim a classificação de há três dias, quando o coletivo da Mini X-Raid, de Sven Quandt, decidiu que a ordem Roma/Peterhansel/Al Attiiyah era para manter – situação que o gaulês desrespeitou, ao ganhar e passar para primeiro na

sexta-feira. Portugal ficou cedo sem portugueses a pilotar nos automóveis: Carlos Sousa (Haval) e Francisco Pitta (Buggy) não terminaram a terceira etapa. Peterhansel e o golpe de teatro Quando ficava a faltar apenas uma etapa para o final do rali, Peterhansel saltava para a liderança, com uma vantagem de somente 26 segundos para o seu colega de equipa “Nani” Roma, que tinha ordens para ganhar o rali. Assim, a 12.ª e penúltima etapa da prova provocou uma reviravolta inesperada na frente da classificação de automóveis, enquanto que

em motas tudo estava a postos para consagrar o espanhol Marc Coma (KTM), com o português Hélder Rodrigues (Honda) firme no quinto lugar. Peterhansel, o mais laureado de todos os pilotos em ralis Dakar, com 11 vitórias (juntando palmarés de motas e carros), foi o primeiro em El Salvador-La Serena, uma especial de 330 quilómetros e anulou o atraso que tinha, de 5.32 minutos, a que juntou um avanço de 26 segundos, que poderia manter na etapa final, a mais curta e mais fácil, caso a equipa não tivesse imposto a ordem de classificação entre a “armada” Mini. Em mais um “festival” dos

Mini, Peterhansel ganhou 3.38 minutos a Nasser Al Attiyah e 5.58 a “Nani” Roma, segundos e terceiros no dia. A única surpresa da penúltima etapa do Dakar foi mesmo a recuperação de Peterhansel, já que a equipa Mini X-Raid tinha pedido aos três pilotos de topo que abrandassem o ritmo e terminassem o rali com a classificação geral com que chegaram a El Salvador, ou seja, com a vitória de Roma, à frente de Peterhansel e Al Attiyah. Peterhansel entrava assim na derradeira etapa no comando, com 48:45.45, tendo Roma a 26 segundos e Al Attiyah a 54.07 minutos. O quarto e primeiro “não Mini” era o sul-africano Giniel de Villiers, em Toyota, a 1:21.13 horas.


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24 de janeiro de 2014

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Hélder Rodrigues chegou satisfeito com o lugar de melhor português

“Este foi o Dakar mais duro de sempre” Hélder Rodrigues já chegou a Portugal depois do quinto lugar no Dakar2014. O motard português da Honda falou de uma prova que está cada vez mais dura e de algum desalento por não ter conseguido um lugar no pódio. “Este foi o Dakar mais duro de sempre”, referiu o piloto, destacando: “Acreditei sempre que poderias chegar onde queria”. Quanto ao próximo, Hélder já tem uma certeza: “Lutar por um lugar melhor e, quem sabe, mesmo pela vitória nas motos”. “Foi um resultado duro para mim. Lutei muito desde o início e consegui chegar à quinta posição porque acreditei sempre que poderia chegar onde queria. Mas tudo se complicou depois de uma primeira semana muito difícil, embora nos dois últimos dias acreditasse que podia chegar ao pódio”, começou por explicar Hélder Rodrigues, à chegada ao aeroporto de Lisboa, confirmando a dureza da prova: “Não só por alguns problemas que tive, mas para quase todos os participantes profissionais e amadores, este foi de longe o Dakar

mais duro de sempre. Muito mais duro do que os outros, física e tecnicamente. O percurso era muito difícil. Se para nós profissionais era muito difícil, para os amadores foi quase impossível”. Apesar de uma entrada complicada na prova, o piloto da Honda teve sempre presente o objetivo principal: “Nunca mudei nada, mas claro que a determinada altura percebi que a vitória estava mais longe. Fiquei a 20 minutos do segundo lugar, o que não é nada depois daquilo que se passou”, referiu, destacando os percalços

dos outros pilotos portugueses, nomeadamente Ruben Faria e Paulo Gonçalves, que viveram momentos muito complicados. “Ficámos tristes com o que se passou com o Ruben. Quando alguém tem uma queda e tem de voltar a casa é sempre triste. Com o Paulo foi uma situação horrível

ver mota a arder. Foi duro para ele e para nós, que enquanto equipa perdemos um elemento”, continuou Hélder Rodrigues, sublinhando que, apesar de todas as vicissitudes, não vai baixar os braços e já pensa em fazer melhor na próxima edição do Dakar: “Espero voltar no próximo ano com

maiores ambições. Vou fazer o próximo campeonato do mundo, até porque a Honda já tem tudo organizado para começar no Dubai. Esperamos fazer uma boa preparação para chegar ao Dakar com uma mota mais competitiva e, assim, poder lutar pelos lugares do pódio e pela vitória nas motos”.

Quinto lugar não retira brilho à prova de Hélder Rodrigues

Recorde de finalizações no top-five Hélder Rodrigues terminou pela sexta vez o rali de todo-o-terreno Dakar no top-5, num dia em que a Espanha festejou duplamente em Valparaíso, com as vitórias de Marc Coma, nas motos, e Nani Roma, nos automóveis.

O piloto luso da Honda não repetiu os terceiros lugares das participações de 2011 e 2012, mas, ao ser quinto no final do Dakar2014, alargou para seis o seu recorde de finalizações em top-5, e passou para seis vezes o total de edições em que chegou nos dez primeiros. Chegou a acalentar a esperança de subir até terceiro, na segunda metade da competição, mas acabou por não conseguir recuperar tempo suficiente, ao mesmo tempo que era passado por um fulgurante Cyril Despres, o francês da Yamaha que hoje só não selou com nova vitória uma magnífica prestação, após o

“desastre” que foi a quinta etapa (quando caiu para 33.º), porque foi penalizado com cinco minutos. O pentacampeão e campeão do ano passado há dez edições que ficava no pódio, mas agora contenta-se com um quarto lugar - de qualquer forma, brilhante pela recuperação feita. Pela quarta vez, o campeão do Dakar é o espanhol Marc Coma (KTM), aquele que é com Despres o grande dominador da última década - nas 10 mais recentes edições, ganharam um total de nove ralis. O pódio de Valparaíso foi completado com o catalão Jordi Vila-

domns (KTM) e com o francês Olivier Pain (Yamaha). A escassos 5.35 minutos do piloto gaulês ficam Després e a 11.06 Hélder Rodrigues, primeiro piloto da Honda no final da competição. O segundo melhor piloto da marca foi o espanhol Joan Barreda, em sétimo. Após a penalização de Despres, foi ele quem festejou a vitória na 13.ª etapa, em que Hélder Rodrigues foi terceiro, beneficiando do abrandamento das KTM. Depois dos abandonos de Ruben Faria (KTM), o segundo da edição de 2013, logo na terceira etapa, e de Paulo Gonçalves (Honda), na quinta, o único “motard”

português de elite que continuou em prova foi Hélder Rodrigues, que desta vez não conseguiu ganhar qualquer etapa e registou como melhor um segundo, na 10.ª. Quanto aos outros portugueses, destaque para o 24.º lugar de Pedro Oliveira (Speedbrain), o seu melhor registo de sempre, após ser 26.º há dois anos. Bianchi Prata (Husqvarna) encerrou em 29.º, após já ter sido por três vezes 30.º. Mário Patrão (Suzuki) em 30.º repete o seu lugar do ano passado, ainda na primeira metade da tabela - terminaram 78 “motards”. Vítor Oliveira (Husqvarna) teve uma estreia infeliz e desistiu na penúltima etapa.


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noticiário

24 de janeiro de 2014

Diretor do Rali dos Açores não tem dúvidas

“Este vai ser o nosso Sata dos Satas” O diretor de prova da 49.ª edição do Sata Rallye Açores, António Andrade, diz que a organização do evento está ao nível de uma prova do campeonato do Mundo. “Este vai ser o nosso Sata dos Satas e já estamos a trabalhar para 2015”, destaca o mesmo responsável, sublinhando: “É com grande prazer e orgulho que lidero uma equipa que é fantástica e que, apesar de amadora, tem conseguido ombrear com os grandes do Mundo”. “Nós para chegarmos à fasquia que chegámos foi sempre considerar todos os anos o ano em que tinha de ser o Sata dos Satas. Por isso, este vai ser o nosso Sata dos Satas e já estamos a trabalhar para 2015, porque estamos numa fasquia a nível global, a nível mundial”, afirmou António Andrade, na apresentação da prova, que decorreu em Ponta Delgada. O diretor da prova açoriana, a sexta entre as 12 do calendário do Europeu de ralis e que está agendada para 15, 16 e 17 de maio, admite que a sua organização está ao nível de uma prova do campeonato do Mundo de ralis. “É com grande prazer e orgulho que lidero uma equipa que é fantástica e que, apesar de amadora, tem conseguido ombrear com os grandes do Mundo. Um dia, se o WRC quiser continuar a ter uma prova em Portugal e inviabilizar por qualquer motivo a prova no Continente, temos condições já para acolher uma prova dessas”, assegurou. A 49.ª edição do Sata Rallye Açores, organizada pelo Grupo Despor tivo Comercial, vai ter menos uma PEC (Prova Especial de Classificação) em relação à edição anterior. “Temos cerca de 240 quilómetros de Provas Especiais de Classificação, vamos ter 18 provas Especiais, menos uma

do que no ano anterior”, disse o diretor de prova, adiantando que, por motivos financeiros, a tendência será sempre “menos t r o ç o s c o m m a i s qui lo m e tr a gem”. C o m u m n o v o t r a ç a d o, o primeiro dia vai contar com três PECS, Coroa da Mata, São BrásVila - Franca do Campo e Super

Especial Grupo Marques, e no segundo dia quatro PECS percorridas duas vezes, Batalha - Golfe, Feteiras, Sete Cidades e Lagoa Vila Franca do Campo. No terceiro e último dia, os pilotos terão de percorrer sete classificativas, duas passagens por Graminhas e Tronqueira, uma por São Brás-Vila Franca, Super

O nove vezes campeão mundial de ralis revela intenção de disputar o “mais duro do mundo”

Loeb no Dakar mas só depois de 2015 O piloto francês Sebastien Loeb, nove vezes campeão do mundo de ralis, revelou a sua vontade de disputar um Dakar, mas descartou que o faça em 2015. Em Salta, na Argentina, Loeb recordou que este ano vai disputar o campeonato do mundo de turismos (WTCC) e que, por isso, pretende preparar atempadamente as competições. “Não vou correr o Dakar no próximo ano. Vou estar no WTCC, para mim vai ser um novo desafio e preciso de dedicar-lhe todas as minhas energias. Não posso começar duas coisas ao mesmo tempo. Gostava de alguma vez correr um Dakar, é uma grande aventura e quero fazê-la, mas agora quero concentrar-me no WTCC”, afirmou o francês, de 39 anos.

Especial Grupo Marques e Coroa da Mata. O Sata Rallye Açores, à semelhança do Rali do Chipre e da Córsega, vai ter quatro horas de emissão no Eurospor t, em que vão ser transmitidas em direto as duas passagens pelas Sete Cidades e a última Prova Especial de Classificação, a segunda pas-

sagem pela Tronqueira. A habitual apresentação das equipas está agendada para 14 de maio, nas Portas da Cidade, antes da Super Especial Citadina, que não conta para efeitos de classificação e que, à semelhança de anos anteriores, decorre na zona litoral da cidade de Ponta Delgada.

Adolescente português de apenas 13 anos

Pedro Nunes vai disputar superbikes O piloto de motas português Pedro Nuno, de 13 anos, vai disputar a partir de maio o campeonato alemão de superbikes de Moto 3. Na quarta-feira, o jovem piloto experimentou pela primeira vez, no circuito espanhol de Almería, uma moto da categoria de Moto 3 (250 cc), no caso uma Mahindra MPG30, em antecipação ao início do campeonato alemão de superbikes IDM, marcado para 04 de maio. “A moto é bastante diferente da que utilizava. Trava muito e é muito precisa”, referiu Pedro Nuno, no final do dia de testes com a equipa oficial da Mahindra, ressalvando, no entanto, que ainda tem “muito que aprender para poder ser mais rápido”. Em 2013, Pedro Nuno participou na Copa de Espanha de Velocidade e na Copa Moriwaki, tendo iniciado um plano de treino físico integrado para melhorar a sua performance, que partilha com o seu mentor, o piloto Miguel Oliveira. “O Pedro Nuno divertiu-se imenso e fez bons registos para a sua estreia e, sobretudo, demonstrou a sua qualidade enquanto piloto. É preciso continuar nesta linha evolutiva e preparar-se para a temporada”, declarou Miguel Oliveira no final do dia de testes de Pedro Nuno no circuito espanhol. O campeão de 2013 na categoria Moto 3 do IDM foi o alemão Max Kappler (Honda), um jovem de 16 anos.


noticiário

24 de janeiro de 2014

Equipas de Fórmula 1 já revelaram algumas “novidades”

McLaren apresenta novo MP4-29 A McLaren já fez a apresentação do novo MP4-29, tornandose na primeira equipa a mostrar um monolugar de 2014 ao vivo. Enquanto a Force India e a Williams já deram algumas indicações de como vão ser os seus carros para a próxima época, através de imagens geradas por computador, a McLaren mostrou o seu novo bólide, que apresenta um design muito estranho no que diz respeito ao nariz. Com Jenson Button, Kevin Magnussen e Stoffel Vandoorne presentes, a equipa de Woking revelou um monolugar ainda sem um patrocinador principal, mas com uma decoração prateada e alguns retoques de preto. No que respeita ao nariz segue a tendência vista no Williams-Mercedes FW36, uma moda que pode pegar este ano na Fórmula 1.

Lamy também presente O piloto português Pedro Lamy também vai competir na 52.ª edição das 24 horas de Daytona, na qual considera ter uma boa equipa “para lutar pela vitória”. Lamy entrará em prova, a qual terá mais de 60 carros na grelha de partida, com um Aston Martin Vantage V8, e dividirá o volante com Stefan Mucke, Darren Turner, Richie Stanaway e Paul Dalla Lana. “Em pista, estarão mais de 60 carros, o que torna as coisas mais complicadas, principalmente na hora das ultrapassagens. Tal como ficou comprovado no ano passado, o nosso carro é bastante competitivo, mas temos que ter atenção aos nossos adversários”, referiu o piloto luso.

52.ª edição das 24 Horas de Daytona

Filipe Albuquerque larga da 23.ª posição O piloto português Filipe Albuquerque (Audi R8 LMS, versão GTD) vai sair na 23ª posição da sua classe na grelha de partida para as 24 Horas de Daytona, prova do circuito norteamericano de resistência, mas promete lutar pela vitória. Nas primeiras sessões de treinos realizadas, Filipe Albuquerque e os seus companheiros de equipa Seth Neimann, Alessandro Latif e Dion von Moltke classificaram-se na 23.ª posição da classe e na 56.ª da geral para a corrida que começa amanhã (sábado). “A equipa decidiu que seria o Dion a fazer a qualificação mas ele infelizmente não conseguiu fazer melhor. Problemas na pressão dos pneus acabaram por ditar o resultado. No entanto, todos sabemos que numa corrida de 24 horas a posição na grelha acaba por ter uma importância relativa. O andamento na prova é outro e mantenho as mesmas ambições, de lutar pela vitória”, declarou o piloto português, citado pela sua assessoria de imprensa.

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24 de janeiro de 2014

comércio & indústria

Citroën apresenta resultados comerciais de 2013

Início da retoma A Citroën deu continuidade à estratégia de internacionalização, em 2013, e, melhor do que isso, deu início sua recuperação económica com um aumento de 2,1% das vendas mundiais no segundo semestre e uma aceleração de 4,9% no quarto trimestre. As vendas da Citroën fora da Europa aumentaram 14%, o que permitiu à marca compensar a quebra no Velho Continente e estabilizar os volumes globais anuais com um total de 1.266.000 veículos vendidos. Este desempenho é o resultado de uma ofensiva de produto bemsucedida, particularmente através dos lançamentos internacionais do C-Elysée e do C4 L, duas berlinas de três volumes que vão de encontro às expectativas dos mercados de elevado potencial de crescimento. Outro ponto forte foi a linha DS, reforçada, em 2013, com o DS3 Cabrio e comercializada como marca Premium na China. Esta linha confirma o sucesso mundial com 410.000 unidades vendidas desde o lançamento. O ano de 2013 ficou ainda marcado pela comercialização dos novos C4 Picasso e Grand C4 Picasso que, em poucos meses, já ultrapassaram os objectivos, com 58.000 encomendas colocadas. Feitos marcantes A Citroën cresceu mais de 14% fora da Europa, o que representou 41% das vendas a nível mundial. Na China, o crescimento foi superior ao do mercado (+26,3%, num mercado que evoluiu +19,1%), sendo o primeiro mercado para a marca em facturações. Na América Latina (Argentina, Brasil e Chile), houve também uma progressão mais rápida do que a do mercado (+3,5%, num mercado a crescer +1,9%). Já na Argélia e na Turquia, o C-Elysée teve grande sucesso, fazendo com que na Argélia a Citroën tenha ganho 1 ponto em quota de mercado. A marca tem produções locais estratégicas, em zonas prioritárias como Rússia e América Latina. Após a China (Wuhan), em 2012, o C4 L passou também a ser produzido em Kaluga, na Rússia, e em Palomar, na Argentina. Na China, continua a

produção do C-Elysée, em Wuhan, e do DS5, em Shenzhen. Subida em gama A Linha DS está a conformar a subida em gama da Citroën. No Reino Unido, representa 35% das vendas de VP, que cresceu 5 pontos, e regista um crescimento das encomendas de 23%; em Espanha, a quota de mercado VP duplicou e o DS3 Cabrio totaliza 11.000 encomendas. Quanto ao DS5, uma em cada três unidades vendidas na Europa está equipada com a tecnologia híbrida diesel Hybrid4 (85 g/km de CO2 e 3,3 l/100 km). Em Novembro, foi inaugurado em Paris um espaço DS World, depois de idêntica abertura em Xangai, ocorrida em Março. E o sucesso dos novos C4 Picasso (lançado em Junho) e Grand C4 Picasso (lançado em Setembro) também contribui para a retoma. Os modelos marcam um salto de geração e ilustram o crescimento em gama (70% das encomendas com os dois níveis de acabamento mais elevados). Oito lançamentos em 2014 Esta dinâmica vai continuar em

2014, nomeadamente através de oito lançamentos, entre eles o C4 Cactus, o primeiro modelo a encarnar o novo coração da gama, e dois modelos DS na China: o DS 5LS, apresentado em Dezembro último, em Paris, e um SUV inspirado no «concept» Wild Rubis. Há também uma ofensiva tecnológica, com os motores BlueHDi Euro 6 a equipar novos modelos, como o CITROËN DS5 a partir de Fevereiro. Há também o alargamento da gama de motores a gasolina PureTech com uma versão Turbo e-THP 130 que, a partir da Primavera, irá equipar o C4. Permite uma redução média de 18% dos consumos e dos níveis de CO2, cumprindo igualmente a norma Euro 6. E a inscrição no WTCC com o CITROËN C-Elysée e com os pilotos Sébastien Loeb, Yvan Muller e José-Maria López é um forte vector de imagem. Resultados de 2013 Quanto a resultados, 1.266.000 de veículos vendidos estabilizaram os volumes de 2012 (+0,1%). Na Europa, num mercado com uma quebra de 1,6%, a marca caiu 8,6%: mercados francês (-5,5 %) e italiano (-7,6 %), historicamente fortes para

a marca; perturbações, no início do ano, na fábrica de Aulnay-sous-Bois, que implicaram uma forte quebra na produção do C3, o modelo mais vendido; e escolha de uma política destinada a favorecer os canais de distribuição mais rentáveis. Por outro lado, a Citroën registou um crescimento no Reino Unido (mais de 100 000 unidades vendidas), melhorou a penetração em Veículos Comerciais Ligeiros (VCL) na Europa (+0,1 ponto, para 10,2%), reforçou as vendas no 4º trimestre (+0,2 pntos vs. 4º trimestre de 2012) e teve encomendas em alta de 21%. A nível internacional, a China, o mais importante mercado automóvel mundial, tornou-se em 2013 no primeiro mercado da Citroën em termos de facturações, com 55% das vendas fora da Europa e 23% absolutos. Registou mais de 285.000 facturações. Na América Latina (Argentina, Brasil e Chile), o ano ficou marcado pela comercialização do C4 L (sob o nome de C4 Lounge). Produzido na fábrica de Palomar (Argentina), foi lançado em Setembro e totaliza já 7.000 encomendas no Brasil e na Argentina. Aqui, a marca distingue-

se em particular pelo aumento de 35,6% de matrículas, num mercado que cresceu 13,8%, o que permitiu um ganho de 0,7 pontos em penetração (para 4,6%). Na Rússia, em Dezembro, quando o mercado iniciou a recuperação (+4%), a marca cresceu 10%.No resto do mundo, o C-Elysée é um modelo chave na ofensiva comercial fora da Europa, ultrapassando já em 33% o objectivo de vendas inicial e registando 45.000 encomendas (sem a China). Na Turquia, é o terceiro modelo mais vendido do segmento (15,5% de quota no segmento) e representa mais de 35% das vendas da marca. Na Argélia, o C-Elysée representou cerca de 45% das vendas Citroën (+39,8% e +1 ponto em termos de penetração, para 3,4%). De destacar, igualmente, as performances da marca na Ucrânia (+19,7% e +0,5 pontos de penetração, para 2%) e nos países do Báltico (+8% e +0,2 pontos de penetração, para 3,8%). Outro comprovativo da dinâmica internacional é o facto de a Citroën ter assinado cinco novos contratos de importação, nomeadamente no Sudeste Asiático, em África e no Médio Oriente.


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24 de janeiro de 2014

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Mercedes GLA desde 40 350 euros

Concorrência de peso O GLA reinterpreta o segmento dos SUV compactos e leva a Mercedes-Benz a um segmento em que não estava representada, concorrendo com outros Premium com o Audi Q3 ou o BMW X1. Já está disponível em Portugal. O primeiro Mercedes-Benz no crescente segmento dos SUV compactos é manobrável em cidade (comprimento, 4417mm; largura, 1804mm; altura, 1494 mm), ágil fora de estrada, dinâmico e eficiente aerodinamicamente (Cd: 0,29). O GLA é o primeiro SUV da Mercedes-Benz equipado opcionalmente com a nova geração do sistema de tracção integral permanente 4MATIC e, nesta fase de lançamento, estará disponível com duas motorizações Diesel e uma a gasolina. Os dois motores Diesel distinguem-se pelo binário e pela eficiência: o GLA 200 CDI debita 136cv e apresenta um binário máximo de

300 Nm, com uma cilindrada de 2.2 litros. As emissões de CO2 situamse nas 114g/km. O GLA 220 CDI apresenta igualmente uma cilindrada de 2.2 litros, com uma potência de 170cv e 350 Nm de binário. Qualidade e requinte Clareza e elegância como expressão do luxo moderno – este é o foco dos designers e é a filosofia de design da Mercedes-Benz. O objetivo é criar contornos claros e superfícies suaves que transmitam tecnologia avançada e, em simultâneo, apelo emocional de nível superior. A clareza elegante é reflectida nos

valores nucleares de design defendidos pela marca: tradição, emoção e progressão. São a estrela guia e são acentuados de modo diferente de acordo com o modelo. A MercedesBenz cria uma ponte entre modernidade e vanguardismo, entre tradição e progressão. Cada série de modelos tem uma função e um carácter muito específicos, dependendo dos atributos em que o design se concentra. A aparência musculada e imponente do exterior é sistematicamente prolongada para o interior, que revela uma qualidade particularmente elevada conseguida pelos contornos, selecção e combinações de materiais de alto nível. Todas as superfícies dos painéis são galvanizadas em prateado sombra para se conseguir a autenticidade do material, resultando num acabamento metalizado com efeito fresco ao toque. A impressão é um dos detalhes perfeitos. O forte realce dos planos horizontais, o design dinâmico e as características de design atractivas são outros atributos de alta qualidade. O mesmo é aplicado à grande precisão das junções e às dimensões dos espaços livres.

Preços (euros) GLA 200 CDI (2143cc; 136cv; cx man 6 vel) GLA 200 CDI (2143cc; 136cv; cx auto 7G-DCT) GLA 220 CDI (2143cc; 170cv; cx auto 7G-DCT) GLA 250 4MATIC (1991cc; 21c; cx auto 7G-DCT)

40.350 42.600 49.950 46.800

Estudo independente revela

Hyundai ajuda economia europeia Um estudo independente publicado por uma das principais consultoras económicas da Europa, a London Economics, comprovou a crescente contribuição da Hyundai Motor para a economia europeia. A edição actualizada de “Os benefícios económicos e sociais resultantes da presença da Hyundai na Europa” baseia-se em dados recentes relativos ao ano civil de 2012 e em relatórios onde consta que mais de 152.000 pessoas devem os seus postos de trabalho à presença da Hyundai na Europa. Este número sofreu um incremento de quase 18% face a 2011. Incluindo os impostos aduaneiros sobre as vendas e lucros, a Hyundai

Global Training Experience 2014 no Algarve

Mercedes-Benz investe em Portugal A Mercedes-Benz vai realizar o Global Training Experience 2014 na Herdade dos Salgados, no Algarve, entre Janeiro e Abril deste ano. É a maior formação a nível internacional levada a cabo pela marca para equipas comerciais. No total, cerca de 15.000 participantes, oriundos de todos os continentes, vêm a Portugal para receberem formação dos novos produtos da marca, entre eles os novos Classe C, GLA, Classe S Coupé e Classe V. O evento contará com quatro chegadas internacionais semanais,

cada uma com 384 participantes a serem distribuídos por 16 grupos de formação num total de aproximadamente 1540 participantes por semana. Ao longo de dois dias, todas as equipas comerciais vão conhecer em primeira mão os novos produtos através de ensaios dinâmicos e receber formação teórica ao nível de produto. Em termos logísticos, a Daimler AG contará com cerca de 100 Colaboradores para preparar e receber as equipas comerciais de cada país, incluindo uma frota de 350 unidades

para testes estáticos e dinâmicos. Para além destes números, teremos de adicionar aproximadamente 120 formadores oriundos dos vários países que assegurarão toda a formação. O evento trará certamente um enorme retorno para região, superior a 8 milhões de euros, dada a sua dimensão e necessidades de alojamento, fornecimento de materiais, combustíveis, refeições e toda a logística para manter os cerca de 15.000 participantes ao longo de 3 meses e meio em Portugal. Boas notícias para a região e para o País.

contribuiu com 1,3 mil milhões de euros em impostos para os governos europeus durante 2012. Isto representa um aumento de 38% sobre o montante de impostos pagos em 2011, constituindo assim um valor adicional significativo para as economias da região. O estudo revela igualmente que a Hyundai é responsável pelo valor adicional de 2,3 mil milhões de euros em todas as áreas de produção, fornecimentos, pesquisa e desenvolvimento, vendas e distribuição. Este valor adicional é estimado ao gerar mais 7 mil milhões de euros em receitas e 115.000 novos postos de trabalho na região. Allan Rushforth, Vice-Presidente

Senior e COO da Hyundai Motor na Europa, afirmou a propósito: “Este relatório actualizado vem confirmar o compromisso contínuo da Hyundai para com o sucesso da Europa e das pessoas. Toda a nossa cadeia de valor está na Europa e a expansão das nossas infra-estruturas na região está a criar oportunidades significativas de emprego, gerando igualmente receitas aos fornecedores”. A fábrica da Hyundai em Nošovice, República Checa, alcança anualmente provisões no valor de 3,1 mil milhões de euros, dos quais 2 mil milhões (o que equivale a 65%) são provenientes da Europa.


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24 de janeiro de 2014

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Novo Porsche 911 Targa estreou em Detroit

Tecto tecnológico O novo 911 Targa foi revelado pela primeira vez ao público, esta semana, no Salão Internacional Norte Americano de Detroit (NAIAS). Esta última geração é a primeiro a combinar o conceito clássico do Targa com o tecto elaborado com tecnologia de ponta.

Tal como o icónico modelo original, o novo Porsche 911 Targa tem a famosa e característica barra no lugar dos pilares B, uma secção de tecto amovível que cobre os bancos dianteiros e uma janela traseira envolvente sem pilar C. Mas, ao contrário da versão clássica, a secção do tecto pode ser aberta ou fechada apenas com o pressionar de um botão de forma totalmente automática: armazena a capota atrás dos bancos traseiros num espectáculo de engenharia. A tracção integral (PTM) de série é outra característica típica da Porsche e garante que esta última geração também ofereça uma dinâmica excelente em todas as condições climatéricas e de aderência. Com estes recursos, o novo 911 Targa apresenta-se como uma reedição inovadora e com uma qualidade de topo do clássico modelo de 1965. E partilha muitos pontos em comum com o 911 Carrera 4 Cabriolet: até à linha das janelas, a tecnologia e a carroçaria são idênticas. A combinação da traseira mais larga, típica das versões com tracção integral, a barra Targa e a janela traseira em forma de cúpula dão-lhe uma aparência extremamente desportiva e um perfil muito baixo. Duas versões com tracção integral Tal como com o antecessor, a nova geração Targa chega em duas versões, exclusivamente com tracção integral. O 911 Targa 4 tem um motor boxer de seis cilindros com 3.4 litros a debitar 350 cv. Equipado com a caixa Porsche Doppelkupplung (PDK) e o pacote Sport Chrono, consegue acelerar

dos zero aos 100 km/h em apenas 4,8 segundos e atingir uma velocidade máxima de 282 km/h. O consumo de combustível no circuito combinado (NEDC) é de 9,5 e 8,7 litros/100 km, dependendo da transmissão utilizada, o que corresponde a emissões de CO2 entre as 223 e as 204 g/km. A versão de topo é o 911 Targa 4S, debitando 400 cv do motor de 3.8 litros, que consegue uma velocidade máxima de 296 km/h. Com a caixa PDK e o pacote Sport Chrono, acelera em apenas 4,4 segundos dos zero aos 100 km/h. O consumo de combustível varia entre os 10,0 e os 9,2 litros por cada 100

km no percurso combinado (NEDC), dependendo da transmissão escolhida, o que corresponde a emissões de CO2 de 237 e 214 g/km. Com estes valores, o 911 Targa está a par das elevadas capacidades do 911 Carrera 4 Cabriolet em termos de motor e performance na estrada, bem como de eficiência. Ambos os desportivos estão certificados para cumprir a norma de emissões Euro 6. Em Portugal, o Porsche 911 Targa 4 vai custar 137.646 euros (137.923 euros com a caixa PDK) e o 911 Targa 4S 157.409 euros (156.981 euros com a caixa PDK).


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24 de janeiro de 2014

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Nova Peugeot Partner Office por 19.175 euros

Mais pelo mesmo preço A Peugeot Portugal enriqueceu a oferta na gama de veículos comerciais com a série especial Partner Office, sem precedentes no segmento. “É uma aposta forte na inovação e na tecnologia que podemos fazer chegar aos nossos clientes profissionais, com um ganho significativo de produtividade”, afirma Nuno Marques, Director de Marketing da Peugeot. Um touch-screen de 6,2 polegadas (sistema Android) que integra funcionalidades como rádio, navegação, bluetooth, agenda, acesso Internet/email, câmara de marcha-atrás entre outras aplicações, permite transportar as principais funcionalidades de um escritório para o furgão. Esta série especial traz a inovação que a marca tem vindo a integrar em todos os veículos, gerando valor acrescentado em termos de produtividade, segurança e conforto. Para a produtividade, a utilização do sistema de navegação permite ganhar eficácia na chegada a qualquer destino, poupando tempo e combustível; a consulta do e-mail e acesso à Internet garante a resposta atempada a qualquer solicitação. Quanto à segurança, a câmara de marcha atrás permite realizar tranquilamente manobras com reduzida visibilidade traseira, garantindo assim a integridade do veículo. E o sistema Bluetooth permite a utilização de telemóveis em total comodidade. Relativamente ao conforto, funcionalidades como rádio, agenda, entradas auxiliares diversas, leitura de SD Card, entre outras, completam as características deste equipamento que elevam o patamar na utilização da Partner, aproximando-se assim do nível de conforto de uma viatura de passageiros.

comanda à distância. A inclusão de um kit multimédia 100% integrado é também um concentrado de argumentos: touch screen de grandes dimensões, bem posicionado e com excelente sensibilidade ao toque. Há igualmente a protecção contra roubo - um pequeno painel destacável que ao ser retirado inviabiliza por completo a sua utilização. Com apenas uma única configuração disponível (L1 1.6 HDi 75 cv) o preço da Peugeot Partner Office não sofre qualquer aumento face à versão base, mantendo os 19.175 euros. Ou seja, o equipamento extra não tem qualquer custo adicional. Um argumento adicional é o facto de a produção desta série especial ser nacional, na fábrica de Mangualde, com o natural contributo para o produto interno e incremento das exportações. Esta unidade produziu mais de 56.700 unidades em 2013, mais 29% face a 2012, com uma criação de 300 postos de trabalho, em Abril, para um total de 1.130 colaboradores.

Os principais equipamentos da Peugeot Partner Office L1 1.6 HDi 75 cv são ABS, REF e airbag de condutor, direcção assistida, ar condicionado, banco modulável de 3 lugares, carga máxima aumentada, cruise control, kit multimédia (rádio, bluetooth, navegação, câmara de marcha atrás, etc), luz no compartimento de carga, porta lateral direita chapeada, retrovisores exteriores eléctricos, sistema followme-home, tapete em PVC no compartimento de carga, vidros dianteiros eléctricos e fecho centralizado com

Hyundai adere à EUCAR

Reforço do compromisso europeu A Hyundai Motor passou a integrar o Conselho Europeu para a Investigação e Desenvolvimento Automóvel (EUCAR), num reforço da contribuição na indústria automóvel europeia, comprometendo-se a colaborar em diversos programas de investigação e desenvolvimento na Europa a partir do Centro Técnico em Rüsselsheim, Alemanha. Nevio di Giusto, Presidente do EUCAR e Director do Centro de Investigação da FIAT, comentou: “Os associados do EUCAR estão ansiosos para cooperar directamente com a Hyundai Motor Europe e estão convencidos de que a experiência da marca e o compromisso com a investigação e desenvolvimento que tem manifestado ao longo dos anos vão constituir um valioso contributo para o trabalho da nossa associa-

ção. O estatuto da Hyundai como grande construtor automóvel e com forte presença na Europa representa uma oportunidade para fortalecer os esforços de investigação e inovação desenvolvidos pelo EUCAR. Já Seungwook Yang, Presidente do Centro Técnico da Hyundai Motor Europe, acrescentou: “Estamos bastante ansiosos por trabalhar com outros construtores automóveis da Europa e estamos certos de que esta colaboração em termos de investigação ajudará a indústria automóvel a enfrentar os desafios futuros. A adesão ao EUCAR reafirma o nosso compromisso com a indústria automóvel europeia, onde temos incrementado significativamente a nossa presença nos últimos anos. Dos modelos Hyundai vendidos na Europa, 95% são projectados e desenvolvidos aqui, incluindo no nosso recente Centro de Testes em

Nürburgring. E 90% são fabricados na região”. A missão do EUCAR é fortalecer a competitividade dos construtores automóveis europeus através da colaboração conjunta em programas de investigação, desenvolvimento e inovação. A adesão da Hyundai assenta em três pilares estratégicos: Propulsores Sustentáveis, Segurança & Mobilidade Integrada e Acessibilidade & Competitividade de Preços. Os programas incluem a criação e gestão de uma estratégia e avaliação dos desafios comuns no que respeita à investigação, desenvolvimento e inovação, e respectiva comunicação destes desafios para as instituições da União Europeia, stakeholders e outras partes interessadas na criação de projectos industriais conjuntos.


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24 de janeiro de 2014

Estreia no Salão de Bruxelas

Revisto e modernizado A nova série do Meriva foi ontem apresentada ao público no Salão Automóvel de Bruxelas. Para além do design atualizado e das linhas mais marcadas, destaque para novas tecnologias que visam aumentar o conforto e a eficiência.

A primeira geração do Opel Meriva, lançada em 2003, criou o segmento dos monovolumes utilitários e massificou a versatilidade. Em 2010, a segunda geração elevou a fasquia, melhorando a versatilidade e a ergonomia ao introduzir as portas FlexDoors de abertura antagónica, o sistema de disposição dos bancos traseiros FlexSpace, os bancos dianteiros ergonómicos e o sistema FlexFix para transporte de bicicletas. Isto fez com que especialistas em ergonomia da associação independente AGR elegessem o actual Meriva como o expoente máximo da ergonomia. O modelo afirma-se igualmente na satisfação dos clientes e utilizadores. O novo relatório da TÜV para 2014 (publicado em Dezembro último), baseado em inspeções a cerca de 8 milhões de veículos usados de todos os tipos e marcas, revela que o Meriva é o automóvel com a menor taxa de avarias e defeitos, destacando-se ainda como o veículo “de melhor qualidade” de entre todos os automóveis de passageiros inspecionados na Alemanha. Mas também os utilizadores elogiam o Meriva num inquérito à satisfação do cliente realizado pela JD Power, colocando-o no primeiro lugar da tabela com uma taxa de

aprovação de 80,6 por cento. Os estudos de mercado da JD Power mede a satisfação dos proprietários que conduziram um modelo durante um período médio de dois anos. Design actualizado O Opel Meriva surge agora retocado. A secção dianteira é definida por uma nova grelha com mais detalhes cromados e pelos contornos cromados em torno das luzes de nevoeiro. Os faróis têm um novo desenho interno em formato de olho de águia e as luzes diurnas são agora em LED. De perfil, o friso cromado destaca o desenho ondulado da linha de cintura e o respectivo efeito que realça o vidro traseiro e aumenta a visibilidade das crianças pequenas sentadas nos bancos traseiros. A traseira tem grupos ópticos com luzes LED. Há também novas jantes de 17 e 18 polegadas - o Meriva continua a ser o único monovolume utilitário com jantes de 18 polegadas – e estão disponíveis doze cores, entre as quais um novo verde‑esmeralda com efeito pérola e um novo amarelo. Novo turbodiesel 1.6 CDTI O novo Meriva estreia também o motor turbodiesel 1.6 CDTI da nova

geração da Opel, certificado, tal como todas as motorizações a gasolina e GPL, com a norma Euro 6. O bloco 1.6 CDTI surge em duas versões no Meriva, com 136 cv e 110 cv de potência, a última (que não equipa logo de início o modelo, mas surge em breve) com um consumo médio de combustível de 3,8 l/100 km para 99 g/km de emissões de CO2, o que faz dele o primeiro monovolume com emissões abaixo dos 100 g. A versão com 136 cv consome uma média de 4,4 l de gasóleo a cada 100 km e emite 116 g/km de CO2, conseguindo um ganho de eficiência de 10 por cento face ao anterior motor 1.7 CDTI de 130 cv. As caixas de velocidades recebem também novas optimizações, fruto de um investimento de 50 milhões de euros da Opel. As múltiplas alterações e a integração no veículo garantem melhorias em termos de suavidade e precisão. As novas caixas manuais de baixo atrito que equipam de série todos os motores proporcionam maior conforto e precisão e a Opel disponibiliza ainda uma caixa automática de seis velocidades de baixo atrito para acompanhar as versões de 120 cv e 140 cv do motor 1.4 Turbo a gasolina, bem como da variante menos potente do novo 1.6 CDTI. As novas caixas de velocidades

permitem mudanças mais suaves e precisas, e a nova geração de informação e entretenimento IntelliLink, mais rápida e funcional, permite integrar diversas funções de telefones inteligentes, respondendo através dos comandos do automóvel. Mais segurança e conforto No que respeita à segurança activa, o sistema AFL de luzes de halogénio dá ao novo Meriva luzes de cruzamento a 90º e feixes direcionais que se ajustam automaticamente de acordo com a velocidade do automóvel. Vários outros sistemas auxiliares reforçam a segurança e reduzem a pressão sobre o condutor, que vão desde o sensor de chuva até ao espelho retrovisor interior com função antiencandeamento automática. Os sistemas de segurança passiva, todos de série, incluem seis airbags, um sistema de libertação dos pedais (PRS) que liberta os pedais dos travões e da embraiagem da sua

posição fixa, reduzindo assim o risco de lesões no espaço para as pernas e cintos de segurança dianteiros com tensores duplos, com limitação de esforço. No capítulo do conforto, destaque para parcialmente renovado sistema de arrumação FlexRail, que consiste em três níveis de arrumação reguláveis, com tabuleiros e compartimentos colocados mesmo à mão dos passageiros da frente. Por outro lado, o travão de estacionamento eléctrico é de série e único na classe. O conforto pode ainda ser complementado pelos sensores de esrtacionamento e o novo Meriva tem agora uma câmara retrovisora. Entre o equipamento opcional está ainda um enorme tecto panorâmico e bancos dianteiros e volante aquecidos.


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