FÓRMULA 1 ENTRA NA FASE DECISIVA DO CAMPEONATO
LUZ DO TÍTULO PASSA PELO FORNO INDIANO
DIRECTOR: RUI ALAS PEREIRA |SÉRIE II ANO XI N.º 767
26-10-2012 | SEMANÁRIO | PREÇO: 1,50 EUROS IVA INCLUÍDO Taxa paga | Devesas - 4400 V.N. Gaia | Autorizado a circular em invólucro de plástico fechado | Autorização n.º 26 de 2026/00
www.motor.online.pt
Vettel quer derreter aspirações de Alonso e companhia
WTCC Boa estreia de Tiago pela Honda
FELIZ DA COSTA Português vai testar pela Red Bull no Dubai
DANI PEDROSA VENCE NA MALÁSIA E ADIA DECISÃO DO MOTOGP
2
fórmula 1
26 de Outubro de 2012
Alonso e Ferrari têm de responder à altura de Vettel e Red Bull
Calor pode derreter algumas aspirações Com o campeão já na frente do campeonato, é de esperar que a concorrência que ainda pode aspirar ao título mundial de F1 possa parar a marcha triunfadora de Vettel, que já dura há três jornadas seguidas. O piloto alemão da Red Bull parece decidido, nesta ponta final, a não dar margem para o erro, mas na Índia o calor abrasador, tanto na pista como fora dela, pode atrapalhar algumas aspirações… Veremos quem resistirá melhor à pressão do tempo e dos pontos, num circuito feito para as ultrapassagens, com Alonso obrigado a responder à altura se não quiser ficar mais para trás. O Mundial de Fórmula 1 está de volta este fim-de-semana à Índia para a realização do 17º Grande Prémio do campeonato. Tal como na época anterior, a Pirelli traz pneus macios (P Zero Prata duro e P Zero Amarelo), mas estes compostos são mais macios em relação aos seus equivalentes no ano passado. Com um melhor conhecimento do circuito de Buddh, a que se juntaram mais alguns dados reais, a Pirelli pode dar-se ao luxo de ser menos conservadora desta vez, o que deixa antever uma competição ainda mais apertada pelos primeiros lugares. Em comparação com o último Grande Prémio na Coreia do Sul, onde a Pirelli levou os seus dois compostos mais macios, a prova indiana coloca grandes exigências sobre os pneus. Isto é devido a uma série de factores, começando com as altas temperaturas ambiente superiores a 30 graus centígrados. A pista tem também várias curvas rápidas, que colocam muita energia de passagem lateral dos pneus: em particular, a curva 10, a
qual é semelhante à famosa curva 8 na Turquia. O pneu dianteiro esquerdo é submetido a uma aceleração de 4g na saída da curva, em que a máxima aderência é necessária para manter a linha de corrida, mas os pneus ficam, na verdade, sob carga lateral completa durante seis segundos, em plena curva, o que aumenta o desgaste. Neste circuito indiano, existem também algumas alterações de altitude que exercem forças verticais sobre os pneus, assim como obrigam a forças de travagem na ordem dos 3,6 g. A reta principal, que tem mais de um quilómetro de comprimento, é uma das mais longas do campeonato, enquanto os picos de temperatura dos pneus podem atingir mais de 100 graus centígrados durante o percurso da volta, tende a arrefecer consideravelmente até o final da reta . À medida que o asfalto não é usado extensivamente durante o decorrer do ano, um alto grau de evolução é esperado ao longo do fim-de-semana. Uma pista suja causa «wheelspin» excessiva,
como a luta de carros para «grip», o que também aumenta o desgaste dos pneus. Porém, geralmente a superfície do circuito Buddh é completamente lisa, o que significa que a degradação será mais contida. Paul Hembery, diretor da Pirelli, faz a sua habitual antevisão da prova: “No ano passado a atmosfera foi incrível, tivemos uma calorosa recepção no Grande Prémio da Índia, por isso estamos todos ansiosos por estar de volta. Este ano já sabemos um pouco mais sobre a pista e, assim, nós optámos por uma escolha menos conservadora, com os pneus duros e macios a atingirem exatamente o equilíbrio perfeito entre desempenho e durabilidade. O ‘layout’ do circuito é um dos mais difíceis que os nossos pneus terão de enfrentar durante a segunda metade da temporada e é também a última vez que vamos ver a combinação de duro e macio este ano, que foi usado anteriormente em Barcelona, Grã-Bretanha e Japão, o que dá uma ideia sobre as exigências deste circuito. O circuito de Buddh foi especialmente concebido para incentivar as ultrapassagens, que é também um dos objectivos subjacentes a filosofia de design dos nossos pneus. Nesse sentido, deve ser definida para uma corrida cheia de ação numa
altura crucial do campeonato”. Por trás do volante Narain Karthikeyan é o piloto indiano da HRT e por isso corre em casa, perante o seu público. “No ano passado, a escolha de pneus foi, compreensivelmente, um pouco conservadora, mas com todos os compostos ligeiramente mais suaves para 2012 e a pista numa forma fantástica, podemos ter uma história diferente desta vez. O ‘layout’ é uma grande mistura, que torna tudo mais difícil para os pneus, pois há poucas curvas convencionais, sem contar a final. A saída de primeira velocidade na curva 3 pune as traseiras se estamos muito impacientes com o acelerador. Nas passagens de quinta para sexta temos de ter atenção porque é muito fácil atingir uma velocidade que nos faça sair dos limites da pista. Em geral, é uma volta bastante exigente, mas, como a superfície não é abrasiva, o desgaste não deve ser problema. Nós vamos ter que esperar até que as sessões de sexta-feira (hoje) para descobrir o que podemos esperar em longas voltas com ambos os compostos. O objetivo seria ver como os macios se comportam com muito combustível. Obviamente, para mim, esta é a corrida mais esperada do calendário, e já existe um grande burburinho em torno do evento. Considerando que o campeonato
ainda está em aberto, espero que todos os pilotos e toda a gente ligada à Fórmula 1 possa saborear esta experiência indiana”, destacou Karthikeyan. Jaime Alguersuari, piloto de testes da Pirelli, também fala sobre o circuito indiano: “Penso que o ‘layout’ de Buddh é um dos melhores da Fórmula Um, e que também é um dos mais difíceis para os pneus. Tenho boas lembranças desta pista, já que no ano passado terminei em oitavo, depois de ter feito também uma boa qualificação. Temos uma combinação interessante de curvas de baixa velocidade, média e alta, bem como longas retas. As curvas são bastante incomuns. Por exemplo, temos uma ‘chicane? Que é feita em quinta velocidade, o que não acontece muitas vezes! O que coloca o maior stress sobre os pneus na Índia é o facto de muitas das curvas serem algo longas, o que origina uma carga sustentada lateral com algumas mudanças rápidas de direção também. Precisamos de toda a aderência para chegar ao fim sem risco de granulação e ao mesmo tempo fazer a melhor gestão dos pneus. A escolha entre duros e macios tem de ser bem pensada aqui, mas penso que os duros serão perfeitos para a estratégia de apenas uma paragem, que julgo ser possível se cuidarmos dos pneus da forma mais correta”.
Pirelli já trabalha no Circuito das Américas
Texas preparada para receber GP dos Estados Unidos O trabalho de simulação da Pirelli usando dados obtidos numa visita à pista durante a sua construção significa que a empresa italiana está bem preparada para a primeira corrida de F1 no Circuito das Américas, Texas, Estados Unidos. O circuito do Texas irá acolher o Grande Prémio dos Estados Unidos entre 16 e 18 de Novembro deste ano. Na época passada, praticamente todos os circuitos eram novos para a Pirelli, mas este ano só havia dois: Hockenheim na Alemanha e o Circuito das Américas. O Bahrain também foi uma nova experiência de competição para a Pirelli, mas a empresa italiana fez vários testes no circuito no passado e tinha muita informação em que se basear. O Circuito das Américas em Austin
é a nova pista mais complexa do ano para a Pirelli, pois nunca foi corrida. Compreender a natureza de uma nova superfície é sempre complicado, particularmente quando não há dados prévios. Para se preparar para o Grande Prémio inaugural, dois dos engenheiros da Pirelli inspecionaram o Circuito das Américas durante a sua construção durante o Verão, analisando detalhadamente a superfície e o desenho da pista. Trouxeram com eles equipamento de laser sofisticado de modo a medir
a abrasividade do circuito examinando de perto o espaçamento e a forma das rochas que compõe o agregado. Várias leituras foram feitas com esse aparelho, de modo a assegurar uma representação precisa. Usando estas leituras foi feita uma representação virtual da pista do ponto de vista do pneu que pode ser criada em computador. Juntamente com algumas amostras do asfalto da nova pista, isto permitiu à Pirelli calcular a taxa de desgaste provável e o efeito do asfalto e das temperaturas ambientes nos pneus em diferentes pontos do circuito. O diretor da Pirelli de Motorsport, Paul Hembery, disse: “Não há dúvida que preparar para um circuito completamente novo é mais difícil do que para uma pista já estabelecida. No entanto, sentimo-nos já totalmente prontos para esta pista magnífica, para onde traremos o pneu duro P Zero Silver e o médio P Zero White. A tecnologia e o know-how que temos à nossa disposição significam que hoje podemos fazer algumas previsões
precisas sem termos de facto corrido num circuito, graças ao trabalho de preparação dos nossos engenheiros”. O presidente do Circuito das Américas Steve Sexton concluiu: “A tecnologia sofisticada pela qual a Pirelli é conhecida permitiu-lhe ser um líder de mercado. A
sua análise da nossa pista totalmente nova pode ajudar a fornecer previsões de estratégia de corrida que podem ajudar os pilotos e equipas a alcançarem o sucesso no nosso circuito. Ficamos à espera do seu trabalho continuado no Circuito das Américas”.
portugueses
Fórmula 1 em Abu Dabi
Félix da Costa vai testar carro da Red Bull O português Féliz da Costa vai conduzir, entre 6 e 8 de novembro, o monolugar da equipa de Fórmula 1 Red Bull, no Dubai.
O piloto que este ano está presente na World Series by Renault vai testar o monolugar da Red Bull, entre 6 e 8 de novembro, no circuito Yas Marina, em Abu Dabi, revelou a equipa britânica de Fórmula 1. Nos próximos testes, Félix da Costa vai pilotar o monolugar nos dois primeiros dias, enquanto o holandês Robin Frijns, campeão do World Series by Renault 3.5, estará ao volante a 08 de novembro. Félix da Costa, de 21 anos,
terminou esta temporada no terceiro lugar do campeonato de GP3 Series. Além disso, venceu quatro das 12 corridas em que participou da World Series by Renault 3.5 e concluiu a época na quarta posição. Triunfo em Barcelona António Félix da Costa (Red Bull Junior Team) voltou a vencer no domingo na etapa de Barcelona da World Series by Renault 3.5, depois de já ter
26 de Outubro de 2012
3
Boa estreia do piloto português com o Honda em Suzuka
Tiago Monteiro repete top ten O piloto português Tiago Monteiro teve uma boa estreia ao volante do novo Civic no WTCC, no fim-desemana no Circuito de Suzuka, no Japão, tendo terminado ambas as corridas no top ten e dessa forma, em posições pontuáveis.
vencido a corrida de sábado. O título foi para Robin Frijns (Fortec Motorsports), que deixou de fora o rival, Jules Bianchi, após uma polémica ultrapassagem. O piloto português dominou do princípio até ao fim e cruzou a linha de chegada com quase trinta segundos de vantagem para Mikhail Aleshin. Aaro Vaino conquistou o último lugar do pódio. Félix da Costa terminou a temporada no 4.º posto, com 166 pontos, a apenas 29 do campeão, apesar de ter realizado menos 5 corridas.
Bruno Spengler (BMW) Campeão do DTM
Filipe Albuquerque no 11º lugar A última corrida da época 2012 do DTM não correu conforme esperado por Filipe Albuquerque. Um toque de um adversário logo após a partida fez o piloto português perder várias posições acabando por ficar com o seu Audi A5 DTM danificado. Condicionada que estava a sua participação, o piloto português fez o que pode e viria a terminar na 11ª posição.
A corrida que definia os Campeões viu Bruno Spengler (BMW) levar a melhor sobre Gary Paffett (Mercedes) com o primeiro a conquistar o cetro depois de o segundo ter liderado o Campeonato toda
a época. A BMW viria ainda suplantar a Audi nesta corrida na luta pelo título de construtores. No final da prova Filipe não escondia alguma frustração: “Foi uma corrida difícil. O arranque não foi fantástico mas o toque acabou com as aspirações de ir mais além. O meu carro ficou com a frente danificada e bastante complicado de pilotar. Acabei por fazer o que pude com as condições que tinha”, começou por explicar. Os objetivos traçados para esta última prova ficariam gorados, exceção feita: “Ao Team Rosberg que conseguiu ser a melhor equipa da Audi esta época no DTM. Foi gratificante para mim para o Edoardo Mortara. Lamento não ter conseguido ajudar a Audi a conseguir o título de construtores. Foi um ano difícil para todos. Vamos trabalhar até ao início
da próxima época para estarmos mais competitivos. Fica a certeza e o conforto que aprendemos bastante e sabemos que caminho seguir”, concluiu. De notar que Spengler conseguiu esta época o primeiro título no DTM depois de oito temporadas no Campeonato. Filipe Albuquerque concluiu a época na 11ª posição somando pontos em 7 das 10 corridas disputadas. Resultados da Corrida: 1º Bruno Spengler – BMW; 2º Gary Paffett – Mercedes; 3º Augusto Farfus – BMW; (...); 11º Filipe Albuquerque – Audi. Campeonato de Pilotos: 1º Bruno Spengler – BMW, 149 pontos; 2º Gary Paffett – Mercedes, 145; 3º Jamie Green – Mercedes, 121; (...); 11º Filipe Albuquerque, 26. Campeonato de Construtores: 1º BMW, 346 pontos; 2º Audi, 335; 3º Mercedes, 329.
Na primeira corrida, Tiago Monteiro partiu da 11ª posição. Após um bom arranque o piloto português conseguiu manter a posição do seu Civic no início da prova. Apesar de bons confrontos com carros à sua frente e atrás de si, Tiago Monteiro manteve a sua posição até à 22ª volta, altura em que subiria um lugar na sequência de uma saída de pista do veículo à sua frente. No final, subiria ainda uma posição em resultado de uma penalização atribuída a um outro concorrente. Na segunda corrida, os primeiros 10 carros da qualificação foram colocados nas posições inversas da grelha de partida. Tiago partiu da 11ª posição novamente e manteve a sua posição após uma longa batalha com o BMW à sua frente. Após 10 voltas de combate, o piloto português conseguiu ultrapassar o seu rival na volta 23, subindo um lugar e entrando outra vez no top ten. “Estamos muito satisfeitos com a obtenção dos nossos primeiros pontos em competição. Há algumas semanas atrás referimos que seria muito positivo se, na estreia, conseguíssemos um lugar no top ten, e isso foi atingido. O carro esteve bem, bastante melhor que na qualificação. Mas ainda estamos em fase de aprendizagem, descobrindo novas afinações e equilíbrios a cada momento tendo conseguido, especialmente na Corrida 2, um carro muito bom. Foi extremamente importante para nós, como primeiro passo, ter terminado ambas as corridas em boas condições. Iremos continuar a trabalhar arduamente em Shanghai e Macau para aprender ainda mais”, referiu Tiago Monteiro. “Estou bastante satisfeito porque conseguimos mostrar a nossa velocidade em competição real. Os nossos tempos por volta foram muito bons e consistentes. Infelizmente, e uma vez que é difícil de ultrapassar num circuito tão pequeno como Suzuka, o resultado da qualificação acabou por afectar o nosso resultado final. No entanto, terminar ambas as corridas no top ten, e não muito distante dos vencedores, é um bom resultado. Gostaria de agradecer aos engenheiros da Honda que criaram um motor fantástico e a toda a equipa que trabalhou arduamente, noite e dia para atingir este resultado. Foi um grande esforço que acabou por valer a pena”, disse Alessandro Mariani, director principal da Honda Racing Team JAS. “Estou satisfeito por ter terminado ambas as corridas na nossa prova de estreia. O carro, incluindo o motor, esteve bem. No entanto, ainda existe um longo caminho a percorrer e muito trabalho a fazer. Apesar de não termos tido muito tempo para a preparação, conseguimos preparar tudo a tempo de Suzuka, a um nível bastante satisfatório. Iremos continuar o nosso trabalho para termos o carro mais evoluído para as próximas corridas e queremos agradecer o apoio concedido por todos”, destacou Daisuke Horiuchi, líder do Projecto WTCC na Divisão de Pesquisa e Desenvolvimento Honda. A próxima prova será disputada no Circuito Internacional de Shanghai, na China, nos dias 3 e 4 de Novembro.
4
nacional de ralis
26 de Outubro de 2012
Rali de Mortágua
Ricardo Moura vence pela primeira vez “Conquistámos mais um objetivo. Foi um ano excelente onde eu, o Ricardo e a ARC Sport demonstrámos uma perfeita sintonia. Este triunfo significa muito para mim, acabando por ser o realizar de muitos sonhos. Quero agradecer ao Ricardo Moura e à ARC Sport pelo excelente trabalho que fizeram. Venham os próximos ralis”, começou por dizer o navegador António Costa.
Ricardo Moura, que obteve a pontuação máxima possível para o Campeonato de Por tugal de Ralis 2012 (cinco vitórias), também estava naturalmente satisfeito, uma vez que acabava por conseguir um triunfo inédito na sua carreira. “Fechámos o campeonato com chave de ouro. Este foi um rali imaculado. Fo-
mos rápidos, não cometemos erros e gerimos o andamento conforme o estado dos pisos. Esta foi uma prova excelente, até porque o António Costa alcançou também o título de navegador que tanto desejava. Nós e a ARC Spor t estamos muito satisfeitos e felizes por termos alcançado a pontuação máxima
no Campeonato de Por tugal de Ralis”, referiu o campeão madeirense. A ARC Spor t, que festejou mais uma vitória de Ricardo Moura, não estava totalmente satisfeita. “Não foi o rali que desejávamos, pois os objectivos não foram totalmente alcançados. Ficamos muito felizes por
mais uma vitória do Ricardo Moura, que alcançou a pontuação máxima no Campeonato de Por tugal de Ralis deste ano. Ele está, sem dúvida alguma, ao nível dos melhores pilotos de sempre. Em relação ao João Silva, se não fosse o problema com os travões do Renault, o resultado seria por cer to outro.
Pr o v o u n o e n t a n t o, q u e c o n segue ser o mais rápido nas duas rodas motrizes, mostrando uma excelente evolução como piloto. O Renato Pita mantém o objectivo a que se propôs e no Rali do Algar ve tudo faremos para que seja possível manter o segundo lugar no CPR2“, afirmou Augusto Ramiro.
Segundo lugar em Mortágua dá igual resultado no CPR
Miguel Barbosa e Justino Reis vice-campões A dupla Miguel Barbosa/Justino Reis terminou o Rali de Mortágua na segunda posição da geral e confirmou assim igual posição final no Campeonato de Portugal de Ralis 2012. O jovem piloto de Vila Nova de Famalicão, que este ano realizou pela primeira vez uma temporada completa no escalão máximo dos ralis nacionais, conseguiu assegurar o objectivo a que se propôs no inicio da prova, encerrando o ano de estreia com um excelente resultado.
Com a necessidade de garantir uma posição que lhe permitisse carimbar o estatuto de vice-campeão 2012, Miguel Barbosa acabou por realizar uma prova bastante tranquila em Mortágua. “Atacamos um pouco no início do rali para procurar criar uma distância confortável para os nossos adversários. Sabíamos que seria muito difícil chegar ao Ricardo e, por isso, focamos as atenções simplesmente no objectivo de segurar a segunda posição na prova que nos valia a conquista de igual posição final no campeonato. Da parte
da tarde fizemos uma prova tranquila e gerimos muito bem o esforço. Estamos obviamente muito satisfeitos com mais um pódio, o quinto em seis provas, e terminamos a temporada de estreia da melhor forma”, começou por referir o piloto do Mitsubishi Lancer Evo IX. Num ano que pretendia ser de aprendizagem e onde não foi apontada nenhuma meta em termos de classificação final, Miguel Barbosa acabou por garantir um excelente resultado para a sua carreira. “Quando iniciamos este projecto tínhamos a clara noção
que a nossa experiência e rapidez não seria igual à dos nossos adversários. Preparamos todas as provas de forma muito cuidada, tentado sempre alcançar o melhor resultado possível. Começamos o ano com dois segundos lugares em provas tão difíceis como Açores e Rali de Portugal e logicamente que isso permitiu que pensássemos
num resultado final bem interessante. Ainda assim tivemos sempre consciência daquilo que poderíamos fazer e isso foi, na minha opinião, o nosso grande trunfo. Em seis provas subimos cinco vezes ao pódio, quatro na segunda posição e só mesmo a desistência em Vieira do Minho fez com que a temporada não fosse quase perfeita”, acres-
centou, destacando ainda: “Tenho que agradecer obviamente a todos os que estiveram comigo, pois só uma equipa pode conseguir alcançar o sucesso. A todos os patrocinadores, equipa de assistência, ao meu navegador, com o qual aprendi muito, e em particular à minha família, só lhes posso deixar o meu muito obrigado”.
nacional de ralis
26 de Outubro de 2012
5
Duas rodas motrizes em Mortágua
Ivo Nogueira Campeão Naconal Ivo Nogueira sagrou-se Campeão de Portugal de Ralis 2L/2RM, ao vencer o Rali de Mortágua. Aos comandos do Citroën DS3 R3T e com Nuno Rodrigues da Silva como navegador, o piloto nortenho voltou a estar em evidência, ao vencer nas duas rodas motrizes e conseguindo o terceiro lugar da geral.
Ivo Nogueira começou logo na super especial noturna a mostrar ao que vinha fazer em Mortágua, arrancando o segundo lugar da geral, logo atrás do campeão Ricardo Moura, vencedor da prova. Na primeira passagem pelas três especiais da prova, o piloto da Maia foi sempre o mais rápido na sua categoria, passando a deter uma vantagem confortável para o segundo classificado, facto que lhe permitiu gerir o andamento até ao final da prova. “O rali correu de forma perfeita. Procurámos ganhar vantagem de manhã, numa altura em que as especiais estavam mais escor-
regadias, para podermos gerir a vantagem da parte da tarde. Foi isso que fizemos com total eficácia. Evitámos também correr riscos desnecessários e saímos daqui com o principal objectivo da temporada cumprido, que era conquistar o título das duas rodas motrizes”, referiu Ivo Nogueira, após ter subido ao pódio em Mortágua. “Sabíamos que não dependiamos só de nós para fechar já as contas do título, mas a conjugação de resultados foi-nos favorável. Mais uma vez o carro esteve impecável, tal como aconteceu ao longo da temporada. Quero ainda agradecer a toda a equipa e aos
meus patrocinadores, e em especial ao Vítor Hugo e ao Nuno Rodrigues da silva que foram os meus navegadores este ano ”, finalizou o jovem maiato. A última ronda do Nacional de 2L/2RM, Rali Casinos do Algarve, realiza-se nos próximos dias 17 e
18 de novembro. Classificação Final (Campeonato 2L/2RM): 1. Ivo Nogueira/ Nuno R. Silva (Citroen DS3 R3T), 58m52,8s; 2. João Silva/Hugo Magalhães (Renault Clio R3), a 5,0s; 3. Paulo Neto/Vitor Hugo (Citroën DS3 R3), a 2m25,5s;
4. Renato Pita/Alberto Silva (Renault Clio R3) a 2m34,4s; 5.Ricardo Marques/Paulo Marques (Citroen C2 R2 Max) a 4m18,4s. Classificação Campeonato 2L/2RM: 1. Ivo Nogueira - 75 pontos; 2. Renato Pita, 49; 3. Pedro Leal – 41.
Dupla do Baião Rally Team liderou troféu desde o início da temporada
Vítor Pascoal e Luís Ramalho levam a Taça Vítor Pascoal e Luís Ramalho asseguraram em Mortágua a vitória da Taça de Portugal de Ralis 2012, competição que e dupla do Baião Rally Team liderou desde o início da temporada. Depois de garantir 3 vitórias nas 3 provas realizadas até ao momento, a 3ª posição conquistada em Mortágua permitiu que a dupla do Mitsubishi antecipasse a decisão relativa ao título. No final da prova organizada pelo Clube Automóvel do Centro, Pascoal não escondia a sua satisfação: “Estamos, obviamente, muito satisfeitos por ter alcançado a vitória da Taça de Portugal de Ralis 2012. Penso que fizemos um bom trabalho ao longo de toda a temporada e, mais do que um título, é um justo prémio para toda a equipa. Sem dúvida que só foi possível com o apoio de todos que, de uma forma ou de outra, deram um contributo essencial para que saíssemos vencedores”.
Em hora de agradecimentos e dedicatórias, Pascoal não quis deixar de lembrar que “além de a todos os patrocinadores que, com grande esforço, permitiram viabilizar este projecto em época de crise, gostaria de dedicar este título a dois amigos muito especiais: ao Martim Azevedo, a quem devo um enorme empenho em grande parte da minha carreira; e ao “Peixotinho” que, há longos anos, também se tem dedicado como um verdadeiro amigo! Terei também de referir o excelente trabalho desenvolvido pela Sports & You, que me preparou um carro que esteve exemplar ao longo de toda a temporada, e do Luís Ramalho, que encara cada prova com um grande profissionalismo”.
6
mundial de ralis
26 de Outubro de 2012
Concorrência desiste e Hirvonen garante primeiro triunfo do ano e primeira vitória pela Citroën
Que grande Mikko na Sardenha! Com o já nove vezes campeão de fora, bem como os seus principais rivais da Ford Latvala e Solberg, Hirvonen limitouse a controlar o andamento na frente do rali, acabando por conseguir na Sardenha o seu primeiro triunfo pela Citroën e a primeira vitória deste ano. Mikko Hirvonen garantiu a sua primeira vitória pela Citroën e o única triunfo deste ano, limitando-se a gerir a vantagem de um minuto e meio para Novikov no Rali da Sardenha, penúltima prova do Mundial de Ralis. Após os abandonos de Loeb, Latvala e Solberg, logo na segunda etapa da prova (sexta-feira), o piloto finlandês ficou praticamente sozinho na luta pelo primeiro lugar, sendo que Novikov e Tanak, ambos em Ford Fiesta e respetivamente os segundo e terceiro classificados, nunca chegaram a pôr o seu comando em causa. Depois de Loeb ter sido o mais rápido na primeira etapa, o seu companheiro de equipa finlandês dominou as três seguintes, o que lhe permitiu passar para a liderança, que nunca mais largou até ao final da prova. Ford domina Power Stage A Ford World Rally Team teve de se contentar com os dois primeiros lugares na Power Stage. Petter Solberg e Chris Patterson superaram Jari-Matti Latvala e Miikka Anttila por apenas 0.2sec numa batalha pela liderança, que viu a dupla da Ford ser quase cinco segundos mais rápida do que os seus rivais mais próximos. Os resultados desta Super Especial trouxeram assim um pouco de felicidade para a equipa oficial da Ford depois de um fim de semana decepcionante. Solberg terminou em 12 º e Latvala em nono, após ambos terem sido penalizados quando abandonaram logo na segunda etapa desta 12 ª e penúltima jornada do Mundial de Ralis. Solberg, que deixou o segundo depois de bater numa rocha na sextafeira, e Latvala, que também bateu num muro no mesmo dia, concentraram as suas atenções na Power
Stage. Num duelo Ford, Latvala foi o mais rápido nos dois primeiros setores do estádio, com vantagem de de 0.2s para Solberg, só que o norueguês, de 37 anos de idade, dobrou a diferença no último setor e acabou por vencer a Super Especial com 0,2s de vantagem para o ainda seu companheiro de equipa. “Depois de abandonar na sextafeira, só havia uma coisa a fazer, ou seja, ganhar a Power Stage”, disse Solberg. “Ontem (sábado), dirigi com cuidado, porque não tinha nada a ganhar, mas hoje (domingo) estava determinado a tirar o máximo de pontos na Power Stage. Sabia que ia ser apertado entre mim e JariMatti, porque ele também queria ganhar. Estou feliz por ainda ter conseguido fzer algo de bom neste fim de semana”. “Era possível ganhar este rali, mas cometi um erro na sexta-feira e por isso fiquei muito desapontado com a minha prestação. É hora de esquecer este rali e pensar na última jornada em Espanha”, concluiu Solberg. Latvala está focado em terminar a sua carreira na Ford em alta na Espanha. “Estou satisfeito, pois tive oportunidade de conseguir recuperar a minha confiança nos últimos dois dias após meu acidente. Isso foi importante, porque quero estar pronto para a Espanha. Sardenha é um dos meus ralis favoritos e, por isso, tinha todas as hipóteses de lutar pela vitória, mas deu tudo errado. Agora, vou colocar isso de parte, e tentar fazer o melhor na última prova”. disse o piloto finlandês de 27 anos. A jornada final do WRC leva os pilotos até Espanha, um rali de asfalto com cascalho misturado, que se realiza em Salou, entre 8 e 11 de novembro.
CLASSIFICAÇÕES CLASSIFICAÇÃO FINAL Pos. Pilotos Nac. 1. M Hirvonen / J Lehtinen FIN Citroen DS3 2. E Novikov / I Menor RUS 3. O Tanak / K Sikk EST 4. M Ostberg / J Andersson NOR 5. S Ogier / J Ingrassia FRA 6. C Atkinson / S Prévot AUS 7. A Floene Mikkelsen / O NOR 8. M Prokop / Z Hrůza CZE 9. P Solberg / Patterson C NOR 10 L Pedersoli / M Romano ITA
Carro 3h 23m 54.9s Ford Fiesta RS Ford Fiesta RS Ford Fiesta RS Skoda Fabia S2000 Mini John Cooper Skoda Fabia S2000 Ford Fiesta RS Ford Fiesta RS Citroen DS3
Mundial de Pilotos Pos. Piloto 1. S Loeb 2. M Hirvonen 3. M Ostberg 4. J-M Latvala 5. P Solberg 6. E Novikov
Tempo 3h 3h 3h 3h 3h 3h 3h 3h 3h
25m 26m 27m 28m 29m 30m 33m 33m 44m
15.5s 16.0s 37.8s 22.4s 17.1s 07.4s 24.2s 47.2s 30.5s Pontos 244 198 137 133 124 87
Mundial de Construtores 1. Citroen WRT total 2. Ford WRT 3. M-Sport Ford WRT 4. Citroen Junior WRT 5. Adapta WRT 6. Qatar WRT
413 281 170 72 71
TEMPOS NAS PEC Etapa 1: 1. Loeb 19min 09.4sec; 2. Hirvonen + 1.4; 3. P Solberg + 10.1; 4. Østberg + 11.3; 5. Latvala + 15.3; 6. Neuville + 17.0. Etapa 2: 1. Hir vonen 18min 49.7sec; 2. Loeb + 0.3; 3. P Solberg + 4.1; 4. Neuville + 9.5; 5. Novikov + 19.4; 6. Østberg + 22.5; 7. Latvala + 27.1. Etapa 3: 1. Hir vonen 18min 16.2sec; 2. P Solberg + 2.8; 3. Latvala + 3.6; 4. Østberg + 4.1; 5. Tänak + 24.8; 6. Novikov + 25.8.
Etapa 4: 1. Hir vonen 10min 45.9sec; 2. P Solberg + 0.2; 3. Novikov + 2.5; 4. Østberg + 6.9; 5. Tänak + 7.1; 6. Ogier + 8.6. Etapa 5: 1. Ogier 10min 16.1sec; 2. Novikov + 7.0; 3. Kruuda + 11.2; 4. Hirvonen + 12.5; 5. Atkinson + 15.5; 6. Prokop + 16.5; 8. P Solberg + 22.5. Etapa 6: 1. Novikov 10min 27.6sec; 2. P Solberg + 2.3; 3. Østberg + 2.5; 4. Tänak + 4.3; 5. Hirvonen + 4.7; 6. Atkinson + 12.9. Etapa 7: 1. Novikov 9min 41.8sec;
2. Tänak + 7.0; 3. Hirvonen + 7.7; 4. Ogier + 12.6; 5. Mikkelsen + 23.3; 6. Kruuda + 25.1. Etapa 8: 1. Hirvonen 18min 32.8sec; 2. Novikov + 9.1; 3. Tänak + 11.5; 4. Ogier + 23.8; 5. Atkinson + 29.6; 6. Mikkelsen + 32.8. Etapa 9: 1. Østberg 17min 39.4sec; 2. Latvala + 2.3; 3. Tänak + 5.4; 4. Hirvonen + 14.1; 5. Atkinson + 18.3; 6. Novikov + 21.7; 8. Solberg + 28.1. Etapa 10: 1. Novikov 9min 12.9sec; 2. Østberg + 1.2; 3. Latvala + 4.0; 4.
Tänak + 5.1; 5. Hirvonen + 6.6; 6. Mikkelsen + 9.9; 7. Solberg + 10.3. Etapa 11: 1. Østberg 10min 18.2sec; 2. Latvala + 3.7; 3. Hirvonen + 5.5; 4. Tänak + 6.0; 5. Mikkelsen + 8.1; 6. Atkinson + 11.8; 9. Solberg + 13.9. Etapa 12: 1. Østberg 17min 12.6sec; 2. Latvala + 1.9; 3. Solberg + 6.4; 4. Hirvonen + 16.6; 5. Neuville + 17.2; 6. Novikov + 17.6. Etapa 13: 1. Latvala 8min 57.4sec; 2. Solberg + 1.4; 3. Østberg + 4.2; 4. Neuville + 5.7; 5. Novikov + 8.0; 6.
Hirvonen + 9.4. Etapa 14: 1. Østberg 10min 02.6sec; 2. Latvala + 1.3; 3. Solberg + 2.3; 4. Neuville + 6.9; 5. Hirvonen + 10.9; 6. Ogier + 13.5. Etapa 15: 1. Østberg 6min 25.0sec; 2. Solberg + 2.1; 3. Latvala + 4.5; 4. Ogier + 4.9; 5. Atkinson + 6.3; 6. Novikov + 10.1. Erapa 16: 1. Solberg 6min 13.4sec; 2. Latvala + 0.2; 3. Neuville + 4.7; 4. Novikov + 7.1; 5. Hirvonen + 11.7; 6. Tänak + 14.1.
NOTICIÁRIO
26 de Outubro de 2012
7
Grande despedida do CPM em Guimarães
Martine Pereira Campeão na categoria 1 O traçado da Penha, em Guimarães, voltou a ser visitado pela comitiva do Campeonato de Portugal de Montanha (CPM), no passado domingo, naquela que foi a derradeira prova da temporada. Martine Pereira fez a festa do título nacional na categoria 1.
O clube organizador, o DEMOPORTO – Clube de Desportos Motorizados do Porto, “fez uma boa Rampa e correspondeu às expetativas”, afirma o líder da APPAM. “Só esteve menos bem na entrega dos tempos em papel, em que desta vez não foram tão rápidos como seria desejável”, refere. Os tempos foram disponibilizados ao longo da prova num quadro escrito à mão, onde os participantes puderam acompanhar o desenrolar dos acontecimentos, sendo que depois eram entregues em papel. “É completamente diferente passar pelo quadro para ver os tempos e tê-los nas mãos, o que é melhor para fazer comparações”, explica Nuno Guimarães. “Tirando esse aspeto dos tempos, que no fundo é uma pequena falha, correu tudo bem e sem atrasos, o que é muito positivo”, sublinha o
mesmo responsável, para quem “nesta última passagem pela Penha houve melhorias relativamente à primeira”. Na ver tente despor tiva, o destaque desta última jornada vai para a categoria 1, em que se conheceu o vencedor da época. Trata-se de Martine Pereira, que tripulou o Porsche GT4. O outro candidato ao título era Luís Silva (BMW 320 IS) e terminou esta prova em 4º. Luís Nunes (Renault Clio RS), outro concorrente muito forte nesta temporada, foi 2º na DEMOPORTO/Expoclásscios. “Deram, sem dúvida, um grande espetáculo em que Martine Pereira foi superior”, congratula-se Nuno Guimarães, para depois constatar que “Luís Nunes andou sempre “coladinho” a ele e Luís Silva teve uma saída de estrada que certamente influenciou o seu desempenho”.
Nesta categoria, Nuno Guimarães faz ainda referência aos associados Ferreira da Silva (Mitsubishi Lancer EVO IX), que foi 5º, Joaquim Teixeira (Renault Clio RS), que terminou em 7º, Jorge Meira (Citroen Saco Cup), 8º classificado, João Guimarães (Peugeot 206 RC), que fechou o TOP 10, e ainda Rui Amorim (Citroen AX Sport), o 11º. Na categoria 2, o presidente da associação refere que “Tiago Reis venceu ao volante do Norma M20 F, tal como se esperava, é vice-campeão nacional”, e Paulo
Ramalho, em Juno CN09, “bateu o seu recorde pessoal nesta Rampa em mais de 1,5 segundos, afastando os seus fantasmas da Penha”, traçado que o próprio assume ser o seu ‘calcanhar de Aquiles’. Seguiuse o próprio Nuno Guimarães, que tirou o seu BRC da garagem e cumpriu assim a “tradição”. Todos os anos realiza a última prova da temporada com este carro. Na Categoria 3, “Francisco Marrão foi o vencedor e está de parabéns, até porque é também vice-campeão nacional”, afirma,
Rali Cidade de Gondomar Três provas especiais de classificação (PEC), além da Super Especial noturna, tudo num total de 57,88 quilómetros contra o cronómetro, completam o “7.º Rali Cidade de Gondomar/Sistelmar”, prova a contar para o Campeonato Open de Ralis, que se disputa este fim de semana. A sétima edição do Rali Cidade de Gondomar arranca hoje, pouco depois das 21 horas, com a primeira PEC – a Super Especial de Gondomar, com 1600 metros de extensão. No dia seguinte, pela manhã, os concorrentes cumprirão três provas especiais – Gens/Covelo (6,93 quilómetros), Medas (8,97 quilómetros) e Vilarinho (12,24 quilómetros), esta última a repetir, à tarde, e que estabelecerá, em definitivo, a tabela classificativa. Organizado pelo Gondomar Automóvel Sport, o Rali conta com o apoio do Pelouro do Desporto da Câmara Municipal de Gondomar.
destacando ainda “a prestação do sócio Domingues Fernandes (Autobianchi A112), que ficou em 4º”, e lamenta que João Pedro Peixoto (Austin Cooper S) “se tenha deparado com um problema mecânico que o impediu de pontuar”. Na 4, Abel Marques foi concorrente único. Recorde-se que o grande vencedor do CPM 2012 é Pedro Salvador (Juno Sse CN09). O piloto garantiu o título na Rampa da Penha, em setembro, e não alinhou nas últimas duas provas.
8
todo-o-terreno
26 de Outubro de 2012
Rali de Marrocos
Hélder Rodrigues vence última etapa Apesar dos contratempos registados na quarta etapa do Rali de Marrocos, Paulo Gonçalves e Hélder Rodrigues voltaram a estar em destaque na segunda metade da prova. Gonçalves concluiu a acção fechando o “top 5”, enquanto Rodrigues foi o mais rápido na derradeira etapa.
A quarta etapa foi nefasta para as ambições dos dois participantes lusitanos no Rali de Marrocos. Após meia centena de quilómetros na “especial” desse dia, Rodrigues ficou parado com problema de motor. Uma penalização de 14 horas atirou Hélder para as profundezas da classificação, mas o piloto continuou até ao fim, para poder testar o mais possível a sua moto em ambiente de competição, com vista ao próximo “Dakar”. Também no quarto dia de prova, e poucos quilómetros andados depois do arranque, um problema na jante traseira obrigou Paulo Gonçalves a voltar ao início da “especial” para
trocar de roda. Então, nessa etapa Gonçalves foi apenas 21.º, perdeu 43m para o mais rápido e baixou ao 7.º posto absoluto. Nos últimos dois dias os portugueses voltaram aos bons resultados. Hélder Rodrigues foi 2.º na penúltima etapa e acabou por ganhar a de encerramento, evidenciando o potencial competitivo da nova Honda 450 Rally. O piloto concluiu o Rali com duas etapas ganhas, ele que liderava a prova antes do problema mecânico: “naveguei muito bem, consegui andar sempre muito forte e rápido e os resultados apareceram,” afirmou Rodrigues. “Até ao Dakar ainda há muito para evoluir, mas
estou confiante que todos sabemos o que há a fazer, e a participação nesta prova foi muito importante para o afinar deste projeto”. Por sua vez, Paulo Gonçalves foi 4.º e 5.º classificado nestas últimas etapas, regressando em definitivo ao 5.º lugar da “geral” que também tinha ocupado no início do Rali. O piloto de Esposende deixou claro
que sem o percalço descrito poderia ter subido ao pódio: “Optei por não arriscar demasiado,” declarou Gonçalves, acrescentando: “Ainda assim, terminei o Rali em quinto e penso que o balanço final é bastante positivo, uma vez que em termos de afinações desta nova moto saímos daqui com quase tudo definido para o Dakar”.
Classificação das motos: 1.º Cyril Despres (KTM) 17h58m36s; 2.º Joan Barreda (Husqvarna) a 6.52; 3.º Francisco Lopez (KTM) a 34.28; 4.º Frans Verhoeven (Yamaha) a 40.42; 5.º Paulo Gonçalves (Husqvarna) a 43.52; 6.º Olivier Pain (Yamaha) a 48.10; 7.º Felipe Zanol (Honda) a 49.23; (…) 41.º Hélder Rodrigues (Honda) a 16h36m11s; etc.
Equipa portuguesa chegou ao terceiro lugar a meio da corrida
Elisabete Jacinto no pódio Aos comandos de uma MAN TGS Elisabete Jacinto, a piloto do Team Oleoban/ MAN Portugal, acompanhada de José Marques e e Marco Cochinho, conquistou o terceiro lugar da classificação geral de camião do Rali de Marrocos e concluiu de forma exemplar mais uma participação em competições internacionais de todo-o-terreno. Neste Rali de Marrocos, a equipa da MAN foi apenas superada pelos pilotos do Team De Rooy. No entanto, Elisabete Jacinto foi, por duas vezes, mais rápida que Miki Biasion, ex-campeão do mundo de ralis, alcançando nessas etapas o segundo lugar entre os camiões. A equipa portuguesa ascendeu ao terceiro lugar após a quarta etapa. No quinto dia de corrida confir-
mou essa posição ao ganhar mais de duas horas ao seu direto perseguidor, o italiano Cláudio Bellina. Na última etapa a equipa registou o terceiro tempo na sua categoria e, com este resultado, reforçou o lugar de pódio que era o seu grande objetivo. A piloto mostrou, nesta corrida, a sua perseverança e alcançou o objetivo principal de chegar ao tão ambicionado lugar no pódio: “Estou
orgulhosa por ter terminado mais uma corrida e, muito particularmente, por ter posicionado o nosso MAN no terceiro lugar à frente de todos estes protótipos. Se é verdade que em termos de categoria camião não podíamos ter feito melhor, é um facto que tenho pena de não ter entrado nos dez primeiros classificados da categoria camião auto. Mas para isso precisava de ter sido um bocadinho mais rápida na areia. Esta
boa classificação também se deve ao excelente trabalho da minha equipa e por isso aqui fica uma palavra também para eles pelo excelente trabalho que têm feito”, revelou Elisabete Jacinto, após terminar a corrida. Para Jorge Gil, coordenador da equipa, o balanço deste Rali de Marrocos é, também, positivo: “Atingimos o nosso principal objetivo e, contando com este, fizemos o terceiro pódio
deste ano. Foi uma corrida difícil e foi preciso uma grande gestão da nossa parte. Mas, a equipa esteve ao seu melhor nível e não podíamos estar mais satisfeitos com este resultado” adiantou. Elisabete Jacinto e o Team Oleoban/MAN Portugal regressam à competições em finais de dezembro, altura em que arranca o Africa Eco Race 2013.
noticiário
26 de Outubro de 2012
9
MotoGP
Dani Pedrosa ganha na Malásia e adia decisão do título O espanhol Dani Pedrosa (Honda) venceu o Grande Prémio da Malásia, 16.ª e antepenúltima prova do calendário de MotoGP, marcada pela realização de apenas 15 das 20 voltas previstas ao circuito de Sepang.
A forte chuva que se fez sentir, com várias quedas, levou a organização a ordenar a amostragem das bandeiras vermelhas, levando à interrupção da prova quando faltavam cumprir cinco voltas ao traçado.
Dani Pedrosa estava na frente na altura da interrupção e foi declarado vencedor. O corredor da Honda, que arrecadou a sexta vitória da temporada, adiou assim a definição do título, recuperando cinco pontos ao líder Jorge Lorenzo.
Classificação 1. Dani Pedrosa (Espanha), Honda, 2. Jorge Lorenzo (Espanha), Yamaha, 3. Casey Stoner (Austrália), Honda, 4. Nicky Hayden (Estados Unidos), Ducati, 5. Valentino Rossi (Itália), Ducati, 6. Alvaro Bautista (Espanha), Honda, 7. Hector Barbera (Espamnha), Ducati, 8. Aleix Espargaro (Espanha), Aprilia, 9. James Ellison (Grã-Bretanha), Aprilia, 10. Karel Abraham (República Checa), Ducati, 11. Danilo Petrucci (Itália), Ioda, 12. Michele Pirro (Itália), Honda, 13. Andrea Dovizioso (Itália), Yamaha,
29:29.049 29:32.823 29:36.193 29:39.567 29:45.808 29:46.325 30:19.331 30:20.634 30:25.725 30:26.671 30:31.854 30:31.940 30:58.038
Mundial de Pilotos 1. Jorge Lorenzo (Espanha), Yamaha, 2. Daniel Pedrosa (espanha), Honda, 3. Casey Stoner (Austrália), Honda, 4. Andrea Dovizioso (Itália), Yamaha, 5. Alvaro Bautista (Espanha), Honda, 6. Valentino Rossi (Itália), Ducati, 7. Cal Crutchlow (Grã-Bretanha), Yamaha, 8. Stefan Bradl (Alemanha), Honda, 9. Nicky Hayden (Estados Unidos), Ducati, 10. Ben Spies (Estados Unidos), Yamaha,
330 pontos 307 213 195 154 148 135 125 114 88
Corrida também marcada pela chuva
Alex Angelis vence em Moto2 Alex de Angelis (FTR) venceu em Sepang em Moto2, numa corrida marcada pela chuva intensa, que obrigou mesmo à interrupção da mesma a quatro voltas do final. Como já haviam decorrido mais de dois terços da prova, a mesma foi dada como terminada, caindo a vitória assim para De Angelis com 36:57.793 minutos. O piloto de San Marino ficou à frente de Anthony West [QMMF, a 0.710 segundos] e de Gino Rea [Gresini, a 1.363 segundos]. O espanhol Marc Márquez, que se poderia sagrar campeão na Malásia, sofreu uma queda e terá de esperar pelo próximo GP na Austrália para poder confirmar o seu título mundial.
Miguel Oliveira quinto em Moto 3
Classificação 1. Sandro Cortese (ALE/KTM), 2. Zulfahmi Khairuddin (MAL/KTM), 3. Jonas Folger (ALE/Kalex KTM), 4. Luis Salom (ESP/Kalex KTM), 5. Miguel Oliveira (POR/Suter Honda), 6. Danny Kent (GBR/KTM), 7. Alex Rins (ESP/Suter Honda), 8. Efren Vazquez (ESP/FTR Honda), 9. Niklas Ajo (FIN/KTM), 10. Adrian Martin (ESP/FTR-Honda),
40:54.123 minutos a 0.028 segundos a 0.247 s a 8.503 s a 8.674 s a 9.335 s a 18.973 s a 25.419 s a 30.714 s a 30.763 s
Mundial de Pilotos 1. Sandro Cortese (GER/KTM), 280 pontos (Campeão do Mundo) 2. Luis Salom (ESP/Kalex KTM), 207 3. Maverick Vinales (ESP/FTR Honda), 199 4. Alex Rins (ESP/Suter Honda), 128 5. Romano Fenati (ITA/FTR Honda), 126 6. Danny Kent (GBR/KTM), 118 7. Zulfahmi Khairuddin (MAS/KTM), 112 8. Miguel Oliveira (POR/Suter Honda), 94 9. Jonas Folger (GER/Kalex KTM), 88 10. Efren Vazquez (ESP/FTR Honda), 85
Sandro Cortese campeão mundial O alemão Sandro Cortese (KTM) venceu o Grande Prémio da Malásia em Moto 3, sagrando-se campeão mundial da categoria. O português Miguel Oliveira terminou a corrida em quinto. Este é o primeiro título de Cortese em Moto 3. O alemão sagra-se campeão mundial ao fim de 15 provas, com 280 pontos. Miguel Oliveira (Suter Honda), depois da quinta posição na Malásia, subiu à oitava posição no campeonato, com 94 pontos.
10
motociclismo
26 de Outubro de 2012
Campeonato Nacional de Supermoto
André Carvalho sobe ao comando . Em Braga, na quarta jornada do Campeonato, Carvalho foi o mais pontuado, pois obteve uma vitória e um segundo lugar nas corridas disputadas na pista minhota.
Os pilotos de Supermoto retomaram o seu Campeonato com mais uma incursão a Braga. Apenas 11 concorrentes fizeram a deslocação, mas apesar disso as corridas foram interessantes, com peripécias
na discussão dos lugares cimeiros. Na primeira manga, André Carvalho arrancou da “pole position” para liderar na primeira metade da corrida. Depois, seria ultrapassado por André Leite, este o vencedor
com 5s de avanço sobre Carvalho. No aceso despique pelo 3.º lugar, Ricardo Teixeira impôs-se a Luís Ferreira e Ricardo Silva. Entretanto, este Sábado foi pouco produtivo para o actual campeão, Nuno Pinto, pois nesta manga desistiu logo à segunda volta, após aparatosa queda. André Carvalho foi o único comandante na segunda corrida, mas à sua retaguarda registaram-se diversas ocorrências. Nuno Pinto voltou a cair à segunda volta e atrasou-se, o mesmo sucedendo agora com André Leite. Este último baixou para oitavo e recuperaria até terceiro, atrás de Luís Ferreira. Nessa ordem passaram a meta, mas depois Ferreira e Leite foram penalizados em 20 segundos por manobras irregulares, mais concretamente atalho de percurso. Por esse motivo, Ferreira e Leite ficaram
classificados em 5.º e 6.º, respectivamente. Assim, enquanto André Carvalho venceu esta segunda manga com 9,2s de avanço sobre Nuno Pinto. Já Ricardo Teixeira acabou por bisar a conquista do 3.º posto, fican-
do Hélder Batista na 4.ª posição. Quanto ao Troféu Supermoto Cup, apenas um piloto esteve em Braga, tendo Vasco Monteiro integrado então o pelotão nas corridas de Campeonato.
Motosport Vodafone - Superbike
Filipe Costa Campeão invicto Filipe Costa terminou invicto o Campeonato Nacional de Velocidade na classe de Superbike. A sua sétima vitória da época foi obtida em Braga, na derradeira jornada do Motosport Vodafone, onde André Pires garantiu a coroa na classe de Superstock 600, David Ferreira a de 125cc e Mário Alves assegurou o triunfo global no Troféu Promomoto. O Circuito Braga III constituiu assim um momento de consagração de novos campeões, a fechar a temporada de 2012.
Filipe Costa dominou com mão de ferro a classe de Superbike, saindo vitorioso em todas as corridas. O piloto nortenho já era virtual campeão desde a jornada anterior, e agora foi ao Circuito Vasco Sameiro garantir a invencibilidade no Campeonato. Filipe Costa voltou a estar imparável, liderando durante toda a prova que reuniu 19 pilotos das classes Superbike e Superstock 600. O novo campeão cruzou a meta 10,8s mais cedo que André Pires, o qual também já tinha a certeza de ser campeão de 600cc antes de iniciar esta corrida final. Na verdade, o outro piloto ainda com hipóteses aritméticas de obter o título de Superstock 600, o espanhol Hugo Martinez, não pôde participar em Braga devido a problemas de saúde. Em consequência,
André Pires comemorou o êxito no Campeonato, terminando destacado dos opositores na sua classe. No confronto pelo último lugar do pódio absoluto, a meio da corrida Mário Alves ultrapassou Romeu Leite, acabando separados por 5,5s, enquanto Hélder Bessa garantiu o 5.º lugar. Azar teve Nélson Rosa, que não disputou esta prova porque nos treinos partiu a caixa de velocidades da sua máquina. Inesperada foi a forma como David Ferreira se sagrou campeão de 125cc. Na grelha de partida a sua moto teimou em não pegar, deixando o piloto apeado, mas o outro pretendente à coroa, João Vieira, não conseguiu obter os pontos necessários para ultrapassar Ferreira na tabela. Apesar do escasso número de participantes
– apenas sete – a corrida das 125 e 85cc proporcionou um intenso duelo entre Fábio Lopes e João Vieira, que foram alternando na liderança. No sprint final, Fábio Lopes bateu o opositor apenas por 66 milésimos de segundo. O campeão de 85cc, Pedro Nuno, não esteve na pista minhota, aproveitando para participar em Espanha numa prova do Campeonato Motodes. Assim, desta vez houve vencedor diferente na referida classe, com Alex Costa a levar a melhor sobre Paulo Leite. No Troféu Promomoto competiram 13 pilotos, com Mário Alves a confirmar o favoritismo e a conquistar o Troféu. Após meiadúzia de voltas, Alves ascendeu ao comando por troca com Ricardo Lopes, e venceu destacado. Entretanto, na antepenúltima volta, Lopes sofreu uma queda ligeira, mas ainda assim acabou no 3.º lugar, ao passo que Tony Costa aproveitou aquele deslize para alcançar o 2.º posto. Referência ainda para Monteiro, que a aproximar-se de Costa saiu em frente na primeira curva do circuito, baixando para 5.º, atrás de Pedro Saro – e este último garantiu os pontos suficientes para arrebatar o Troféu Promomoto Evo, essencialmente destinado a novos praticantes.
SUPERBIKE / SUPERSTOCK 600 1.º 2.º 3.º 4.º 5.º 6.º 7.º 8.º
Filipe Costa André Pires Mário Alves Romeu Leite Hélder Bessa Ruben Nogueira Nuno Caetano Ricardo Lopes
Ducati 1199 SP Suzuki GSXR 600 BMW S 1000 RR Yamaha R6 Triumph Daytona 675 Yamaha R6 Suzuki GSXR 1000 BMW S 1000 RR
No Troféu de Motos Clássicas/ Fuchs Silkolene, Hermano Sobral já tinha certa a vitória global na competição, e desta vez não tripulou a habitual Yamaha TZ 350, alinhando com uma Honda CB 900. Realizada no fim da tarde de sábado, esta cor-
SBK 22 voltas em 29m58,677s STK a 10,877 SBK a 22,231 STK a 27,755 STK a 43,489 STK a 52,593 SBK a 52,616 SBK a 1.14,456
rida só teve um comandante, Paulo Sotero, que venceu destacado com 43,1s sobre André Caetano e 58,3s para Hermano Sobral, enquanto João Leandro se superiorizou a três adversários directos na discussão pelo 4.º posto.
comércio & indústria
26 de Outubro de 2012
11
Opel Mokka chega em Janeiro a partir de 21.720 euros
Um falso pequeno Com o Mokka, produzido numa plataforma inteiramente nova, a Opel estreia um SUV (Sport Utility Vehicle) no segmento B, dos subcompactos. Mas graças às suas generosas dimensões para a classe, não deixa de piscar o olho à concorrência do segmento compacto, onde pontifica como líder o Nissan Qashqai.
A Opel apresentou o novo SUV de dimensões compactas na pequena cidade alemã de St. Peter Ording, a norte de Hamburgo, na costa do Mar do Norte. Trata-se de um automóvel com design moderno e desportivo, caracterizado pela grande versatilidade e pelo baixo consumo de combustível. Tem uma gama alargada de motores, todos com Stop & Start, e disponibiliza versões com tracção dianteira ou às quatro rodas, num pacote com uma atitude ousada e de pequenas dimensões. As linhas do novo Opel são vincadamente SUV, num misto
Gama em Portugal A gama portuguesa do Opel Mokka contempla os dois motores a gasolina 1.6 (tracção dianteira-FWD) e 1.4 Turbo (tracção integral-AWD) e o turbodiesel 1.7 CDTI (FWD e AWD), em dois níveis de equipamento, Cosmo e Cosmo Plus. Do equipamento de série fazem parte ar condicionado, quatro vidros elétricos, espelhos elétricos, computador de bordo, rádio-leitor de CD com sistema de telefone mãos-livres Bluetooth, ESP (com HSA e HDC), pro-
gramador de velocidade, airbags frontais/laterais/cortina, sistema Isofix para fixação de cadeiras de criança, alarme e jantes de liga leve 18 polegadas. O Cosmo Plus acrescenta, de série, ar condicionado electrónico, sensores de luz e chuva, comutação automática médios/máximos e sensores de estacionamento. Em opção há, por exemplo, a câmara Opel Eye (700 euros), o AFL+ (1100 euros), o FlexFix (850 euros) e a câmara traseira (270 euros). Os preços começam nos 21.720
euros da versão 1.6 Cosmo, passam aos 24.320 euros do 1.4 Turbo Cosmo e aos 25.470 euros do 1.7 CDTI Cosmo FWD. A versão AWD do 1.7 CDTI Cosmo começa nos 28.170 euros. O lançamento do Mokka em Portugal está agendado para Janeiro de 2013. A Opel está a promover uma campanha de lançamento para encomendas feitas até Janeiro, que contempla, com cada Mokka, a oferta de uma bicicleta de montanha GT Karakoram de quadro em alumínio (29”).
de visual despor tivo e musculado, sem perder a elegância e incorporando a nova filosofia da marca estreada no Insignia: arte escultural e precisão alemã. O Capô denuncia logo a génese SUV, com o aspecto desportivo da lateral e o dinamismo global. Este carácter estende-se ao perfil, onde as jantes de 18 polegadas (mais tarde chegarão as de 19) contribuem também para o «músculo». No interior, estamos perante a mesma filosofia, com um tablier esculpido e mostradores marcantes, para além das generosas
dimensões. O Opel Mokka é de facto pequeno por fora e grande por dentro, com espaço confortável atrás para três passageiros, mesmo quando os ocupantes da frente são de grande estatura. Tem 19 espaços para arrumação e dois por ta-luvas, enquanto a bagageira tem capacidade para uns generosos 362 litros, que podem chegar aos 1372. Para se ter uma ideia, o Nissan Juke, que é um dos concorrentes naturais, tem uma capacidade de 271 a 830 litros, enquanto o Qashqai, do segmento superior, de 400 a 1513…
12
26 de Outubro de 2012
comércio & indústria
Estilo e substância É isto que a Opel se propõe a fornecer aos clientes com o Mokka, pelo seu carácter ousado e pelas linhas elegantes, aliados à grande versatilidade de um SUV. Para além disso, prossegue a estratégia de democratização de equipamento que é tanto seu apanágio, disponibilizando de série, em todas as versões, oito airbags, Isofix, Hill Star t Assit e Hill Descent Control e ABS de última geração. Isto associado ainda a um excelente desempenho nos crash tests EuroNCAP – embora a marca ainda não possa revelar os valores. Em opção, traz ainda tecnologias inovadoras ao segmento como os faróis direcionais adaptativos AFL+ e a câmara dianteira Opel Eye. O Opel Mokka está pronto para iniciar vendas, mas conta já com mais de 40.000 encomendas de toda a Europa, desde junho. É, como referido, a primeira entrada da marca alemã num segmento que tem registado rápido crescimento: 7% relativamente a 2011. A gama é composta por um motor 1.6 com 115 cv e um 1.4 Turbo com 140 cv, ambos a gasolina, e um turbodiesel 1.7 CDTI com 130 cv. Destina-se a um públicoalvo mais masculino, com cerca de 42 anos e um estilo de vida activo e com vocação para a tecnologia. A marca apresenta-o com o claro objectivo de conquista de clientes e estima essa incidência em 70%. Tracção integral AWD E para além das versões com tração dianteira, o Mokka tem variantes com tracção integral AWD. Um dos principais componentes do sistema (que pesa no total apenas 65 kg) é o módulo de comando eletrónico e a embraiagem multidiscos eletromagnética. Os sensores d o s i s t e m a a v a l i a m e m p e rmanência dados como a taxa de guinada, as acelerações lateral e longitudinal, o ângulo de viragem, a velocidade das rodas, a posição do pedal do acelerador, as rotações do motor e o binário. Quando se circula numa estrada normal em piso seco, a potência é aplicada apenas às rodas dianteiras, garantindo um consumo de combustível reduzido. Consoante as condições da estrada e do tipo de condução adotado, a tracção pode variar até uma distribuição máxima de binário de 50-50. Sempre que o sistema detecta situações de aderência precária, o módulo de transferência de binário (TTD) actua automaticamente, de forma impercetível para o condutor.
Pedro Lazarino lidera marketing
Bandeira de um projecto global Todos sentimos orgulho na excelência portuguesa, ainda mais quando ela é assinalada além-fronteiras. Felizmente, há cada vez mais exemplos do nosso bem-fazer por esse mundo fora e os automóveis não são excepção. Não foi por isso com espanto que soubemos que o Marketing Product Manager do Opel Mokka é um português, de seu nome Pedro Lazarino. Sem espanto mas com grande satisfação por um português cuja história na General Motors (GM) remonta já ao século passado. “Entrei em 1998, para o projecto de novos sistemas de distribuição”, começa por dizer Pedro Lazarino, que nos 12 anos seguintes se manteve na GM Portugal. Entretanto, “há dois anos”, conta ainda, foi convidado para “ser a bandeira da Opel para um projecto global”, o Mokka. Desde então, divide a vida entre a Alemanha, onde se desenvolveu o design e a engenharia do Opel Mokka, e a Coreia, país onde é feita a produção. Encontrou naturalmente formas diferentes de trabalhar. “Os alemães não deixam nada ao acaso, o que funciona. Tenho um colega brasileiro, na Coreia, que diz que ‘esses daí não dão um jeitinho’”, graceja. Já os coreanos “são muito diferentes, com o escrupuloso respeito pelas hierarquias”, prossegue. “Mas tive lá muitas surpresas boas, porque a preocupação com o atingir dos objectivos é tão grande, com a fasquia tão elevada, que o resultado normalmente supera a expectativas. Por exemplo, a primeira simulação de CO2 para o motor 1.7 CDTI apontava lá para 129 g/km, na Europa, para 124, e ficou pelos 120”, remata Pedro Lazarino, que trabalha já em futuros projectos na GM, que o segredo profissional impede de revelar.
Ficha técnica Motores 1.6 1.4 Turbo 1.7 CDTI Classe emissões Euro5 Euro5 Euro5 Combustível Gasolina Gasolina Gasóleo Nº cilindros 4 4 4 Cilindrada (cm3) 1598 1364 1686 Potência máxima (cv/rpm) 115/6000 140/6000 130/4000 Binário máximo (Nm/rpm) 155/4000 200/1850-4900 300/2000-2500 Depósito combustível (l) 53 53 52 Dimensões (mm) Comprimento: 4278; largura total: 2038; altura: 1646; distância entre eixos: 2555 Diâmetro de viragem entre passeios (m): 10,9 Capacidade bagageira (l): 356 a 1372 Desempenhos, consumos e emissões Vel. máx. (km/h) 1.6 (cx. man. 5) 170 1.7 CDTI (cx man 6) 187 1.4 Turbo (cx man 6 AWD) 190 1.7 CDTI (cx man 6 AWD) 184 1.7 CDTI (cx aut 6 184
0-100 km/h Consumo misto CO2 (s) (l/100km) (g/km) 12,5 6,5 153 10,5 4,5 119 9,9 6,4 149 10,9 4,9 129 11,5 5,3 139