F1 BUTTON VENCE NO BRASIL MAS A FESTA PRINCIPAL FOI DE VETTEL
DIRECTOR: RUI ALAS PEREIRA |SÉRIE II ANO XI N.º 802
30-11-2012 | SEMANÁRIO | PREÇO: 1,50 EUROS IVA INCLUÍDO Taxa paga | Devesas - 4400 V.N. Gaia | Autorizado a circular em invólucro de plástico fechado | Autorização n.º 26 de 2026/00
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TRI
O ALEMÃO DA RED BULL CONTINUA A BATER RECORDES, TORNANDO-SE AGORA NO MAIS JOVEM PILOTO A CONQUISTAR TRÊS CAMPEONATOS CONSECUTIVOS
CAMPEÃO
F1 ADEUS SENTIDO DE MICHAEL SCHUMACHER NA PISTA DE INTERLAGOS
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30 de Novembro de 2012
Vettel coleciona recordes e junta-se a nomes como Senna, Piquet e Stewart
O mais jovem Tricampeão do Mundo O alemão Sebastian Vettel tornou-se no mais jovem tricampeão mundial de Fórmula 1 e no terceiro piloto a conquistar três títulos consecutivos, após o Grande Prémio do Brasil, última prova do campeonato. Numa prova marcada por diversas incidências, entre as quais um quase comprometedor pião de Vettel (Red Bull) na primeira volta, o alemão conseguiu controlar a sua posição em relação ao espanhol Fernando Alonso (Ferrari) na fase final da corrida, disputada em condições muikto difíceis devido à chuva, tendo a prova, que foi ganha pelo britânico Jenson Button (McLaren), terminado mesmo com o ‘safety car’ em pista.
Aos 25 anos e 140 dias, Vettel segue assim na perseguição de recordes e imita agora o argentino Juan Manuel Fangio e o seu compatriota Michael Schumacher, os dois pilotos mais titulados da história, com Fangio a ter conquistado cinco cetros e o Schumacher sete. Depois de um primeiro e difícil título em 2010 e do «passeio» em
2011, em que conquistou o cetro a quatro provas do fim, Vettel voltou a precisar da última corrida para se sagrar campeão, chegando mesmo a ver o seu título perigar, mas no final da corrida acabou por festejar novo título, ao ser sexto, conseguindo terminar o campeonato com três pontos de vantagem para Alonso, segundo na prova brasileira.
CURRÍCULO Nome: Sebastian Vettel. Naturalidade: Heppenheim (Alemanha). Data de nascimento: 03 de Julho de 1987. Equipa na F1: Red Bull-Renault. Estreia na F1: GP Estados Unidos (2007). Primeira vitória na F1: GP Itália (2008). GP de F1 disputados: 101. Vitórias na F1: 26. Pole positions na F1: 36. Pódios na F1: 46. Vitórias no Mundial de F1 de 2012: GP Bahrein, GP Singapura, GP Japão, GP Coreia do Sul, GP Índia. Títulos: campeão Fórmula BMW ADAC (2004), campeão mundial F1 (2010, 2011, 2012). Shumi ainda domina Lista de campeões de Fórmula 1, depois de o alemão Sebastian Vettel (Red Bull) ter conquistado a edição de 2012:
Lista dos campeões do Mundo: 2012 - Sebastian Vettel, Ale 2011 - Sebastian Vettel, Ale 2010 - Sebastian Vettel, Ale 2009 - Jenson Button, GB 2008 - Lewis Hamilton, GB 2007 - Kimi Raikkonen, Fin 2006 - Fernando Alonso, Esp 2005 - Fernando Alonso, Esp 2004 - Michael Schumacher, Ale 2003 - Michael Schumacher, Ale 2002 - Michael Schumacher, Ale 2001 - Michael Schumacher, Ale 2000 - Michael Schumacher, Ale 1999 - Mika Hakkinen, Fin 1998 - Mika Hakkinen, Fin 1997 - Jacques Villeneuve, Can 1996 - Damon Hill, GB 1995 - Michael Schumacher, Ale 1994 - Michael Schumacher, Ale 1993 - Alain Prost, Fra
1992 - Nigel Mansell, GB 1991 - Ayrton Senna, Bra 1990 - Ayrton Senna, Bra 1989 - Alain Prost, Fra 1988 - Ayrton Senna, Bra 1987 - Nelson Piquet, Bra 1986 - Alain Prost, Fra 1985 - Alain Prost, Fra 1984 - Nikki Lauda, Aut 1983 - Nelson Piquet, Bra 1982 - Keke Rosberg, Fin 1981 - Nelson Piquet, Bra 1980 - Alan Jones, Aus 1979 - Jody Scheckter, AfS 1978 - Mario Andretti, EUA 1977 - Niki Lauda, Aut 1976 - James Hunt, GB 1975 - Niki Lauda, Aut 1974 - Emerson Fittipaldi, Bra 1973 - Jackie Stewart, GB 1972 - Emerson Fittipaldi, Bra 1971 - Jackie Stewart, GB
1970 - Jochen Rindt, Aut 1969 - Jackie Stewart, GB 1968 - Graham Hill, GB 1967 - Denny Hulme, Nzl 1966 - Jack Brabham, Aus 1965 - Jim Clark, GB 1964 - John Surtees, GB 1963 - Jim Clark, GB 1962 - Graham Hill, GB 1961 - Phil Hill, EUA 1960 - Jack Brabham, Aus 1959 - Jack Brabham, Aus 1958 - Mike Hawthorn, GB 1957 - Juan Manuel Fangio, Arg 1956 - Juan Manuel Fangio, Arg 1955 - Juan Manuel Fangio, Arg 1954 - Juan Manuel Fangio, Arg 1953 - Alberto Ascari, Ita 1952 - Alberto Ascari, Ita 1951 - Juan Manuel Fangio, Arg 1950 - Giuseppe Farina, Ita Pilotos com mais títulos: Michael Schumacher (sete), Juan Manuel Fangio (cinco) e Alain Prost (quatro).
FÓRMULA 1 Aos 25 anos e 140 dias, Vettel segue assim na perseguição de recordes e imita agora o argentino Juan Manuel Fangio e o seu compatriota Michael Schumacher, os dois pilotos mais titulados da história, com Fangio a ter conquistado cinco cetros e o Schumacher sete. Depois de um primeiro e difícil título em 2010 e do «passeio» em 2011, em que conquistou o cetro a quatro provas do fim, Vettel voltou a precisar da última corrida para se sagrar campeão, chegando mesmo a ver o seu título perigar, mas no final da corrida acabou por festejar novo título, ao ser sexto, conseguindo terminar o campeonato com três pontos de vantagem para Alonso, segundo na prova brasileira. Depois de uma primeira fase da época complicada, com apenas um triunfo (Bahrein) até à pausa de verão, em agosto, Vettel teve um mês de outubro perfeito, com três conquistas em outros tantos grandes prémios (Japão, Coreia do Sul e Índia), antecedidos por uma vitória em Singapura. Esta série de triunfos permitiu-lhe ascender à liderança, que não voltou a largar, confirmando agora o tricampeonato no circuito de Interlagos. Na última temporada, Vettel já tinha batido o recorde de precocidade de Fernando Alonso, ao tornar-se, aos 24 anos e 98 dias, o mais novo bicampeão do Mundo, tirando quase um ano ao máximo do espanhol, que, em 2006, tinha bisado aos 25 anos e 85 dias, e mais de dois ao de Schumacher, que conquistou o segundo título com 26 anos e 292 dias, em 1995. Em 2010, o piloto da Red Bull já tinha sido coroado o mais jovem campeão mundial da história da Fórmula 1, retirando quase meio ano à idade com que o britânico Lewis Hamilton arrebatou o cetro em 2008 e dando continuidade ao
desempenho em 2009, quando se sagrou o mais precoce vicecampeão do Mundo. Schumacher, Alonso e Hamilton estão a ser varridos por Vettel dos livros dos recordes da Fórmula 1: em 2007, tornou-se o piloto mais jovem a pontuar, na primeira prova em que participou, ao levar o BMW Sauber ao oitavo lugar no Grande Prémio dos Estados Unidos, e, alguns meses mais tarde, foi o mais jovem a liderar uma corrida, no Japão, já ao volante de um Toro Rosso. Os espetadores do Grande Prémio de Itália de 2008 as-
sistiram a uma série de máximos de precocidade estabelecidos pelo prodígio alemão, ainda na equipa satélite da Red Bull. Em apenas um fim-de-semana, Vettel tornou-se o mais jovem a obter a ‘pole position’, a ganhar uma corrida e, consequentemente, a subir ao pódio e conquistar uma dobradinha. Em 2009, no Grande Prémio da Grã-Bretanha, fixou um novo marco de precocidade, ao conquistar a ‘pole’, ganhar a corrida e estabelecer a volta mais rápida na mesma prova. No ano seguinte, Vettel partiu para a última prova na terceira
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posição do campeonato, a 15 pontos do líder Alonso, mas conseguiu sair de Abu Dhabi com o título mundial, num ano em que ajudou a Red Bull a vencer o seu primeiro campeonato de construtores e foi o piloto mais jovem a repetir a vitória na mesma corrida, no Grande Prémio do Japão. Em 2011, Vettel igualou o máximo de Alonso de 2006, com nove corridas consecutivas concluídas nos dois primeiros lugares no mesmo ano e bateu, com 15, o recorde de ‘poles’ na mesma temporada, que Nigel Mansell fixara em 14 em 1992. Vettel começou a reescrever a
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história da Fórmula 1 a partir do momento em que se sentou num monolugar. Em 2006, assumiuse como o piloto mais jovem a participar num Grande Prémio, na Turquia, ainda que como terceiro piloto, tendo mesmo estabelecido a volta mais rápida da sessão. Tal como a maioria dos atuais pilotos da Fórmula 1, começou muito novo a competir no karting, mas o único grande título fora da modalidade rainha surgiu em 2004, ao sagrar-se campeão da Fórmula BMW ADAC, numa carreira que passou também pela Fórmula 3 e pela Fórmula Renault.
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Button regressou às vitórias no Circuito de Interlagos
Vettel é o mais jovem Tricampeão de sempre O alemão Sebastian Vettel (Red Bull) sagrou-se campeão do Mundo de Fórmula 1 pela terceira vez consecutiva, ao terminar em sexto o Grande Prémio do Brasil, 20.ª e última prova da temporada de 2012, ganha pelo britânico Jenson Button (McLaren). Vettel, que aos 25 anos se torna o mais jovem tricampeão de sempre, concluiu o campeonato com três pontos de vantagem sobre o espanhol Fernando Alonso (Ferrari), segundo classificado no circuito de Interlagos, em São Paulo, à frente do brasileiro e companheiro de equipa Felipe Massa. A derradeira corrida do título, marcada por um pião de Vettel logo na primeira volta e por inúmeros incidentes motivados pela chuva intermitente, terminou com o ‘safety car’ em pista e com Button a concluir as 71 voltas em 1:45.22,656 horas.
Sebastian Vettel terminou o Grande Prémio do Brasil, em Interlagos, a festejar o seu terceiro triunfo no Mundial de pilotos de fórmula 1, mas não teve a vida facilitada, já que, logo na primeira volta, sofreu um acidente. O piloto alemão da Red Bull, que partia para o autódromo José Carlos Pace com 13 pontos de avanço sobre Fernando Alonso, estava então virtualmente ultrapassado, mas ainda havia muito para acontecer nas 71 voltas ao circuito paulista - chuvadas, acidentes, trocas de pneus e entradas do carro de segurança na pista. Vettel foi recuperando lugares e, no final, cor tou a meta no sexto lugar (a 9,453 segundos do vencedor), numa prova ganha pelo ex-campeão do Mundo Jenson Button. Bastava-lhe ser oitavo para ganhar ao espanhol da Ferrari, que conseguiu ser segundo, a 2,734 segundos do inglês da McLaren. Alonso recuperou 10 pontos no Mundial, que é ganho por Vettel com 281 pontos contra 278 do espanhol, ficando o terceiro lugar para outro antigo campeão do Mundo, o finlandês da Lotus, Kimmi Raikkonen (207).
As posições de Interlagos ficaram bem definidas a 10 voltas do fim, quando se percebeu como ficava a sequência de pilotos após as idas às boxes. Vettel em sexto sabia que rodava para ser campeão, já que era evidente que Alonso não conseguia destronar Button. Aos 25 anos, Sebastien Vettel confirma-se como o melhor piloto da nova geração, digno sucessor no estrelato alemão do heptacampeão Michael Schumacher, que se despediu no Brasil das pistas pela segunda vez na sua carreira. O germânico deu uma volta à pista, antes do Grande Prémio, com uma bandeira de agradecimento. Mais titulado de sempre na modalidade, com sete campeonatos, volta a parar seis anos depois de ter deixado pela primeira vez o grande ‘circo’. Detentor de inúmeros recordes, como vitórias e ‘pole positions’, Schumacher teve uma fraca segunda “vida” na Fórmula 1, acrescentando apenas um pódio ao seu vasto currículo. Quanto a Vettel, que já era nomeadamente o mais jovem vencedor de Grande Prémio, mais jovem
Campeão, Bicampeão e, agora, Tricampeão, chega ao patamar de títulos em que estão Ayrton Senna, Nelson Piquet, Jackie Stewar t, Jack Brabham e Niki Lauda. Melhor, só os lendários Schumacher (sete), Juan Manuel Fangio (cinco) e Alain Prost (quatro). Um ceptro que chegou a parecer perdido, a meio da época, mas na reta final do campeonato o alemão embalou de forma imparável, triunfando por quatro vezes seguidas em provas asiáticas e invertendo a tendência que então pendia mais para Alonso (Ferrari) e Lewis Hamilton (McLaren). A belíssima época de Vettel é determinante também para a vitória de construtores da Red Bull, com 460 pontos contra 400 da Ferrari. Os outros pontos da escuderia austríaca foram assegurados pelo australiano Mark Webber, que nas contas finais do Campeonato acabaria num modesto sexto lugar. Apesar deste resultado menos conseguido pelo piloto australiano, a equipa de Dietrich Mateschitz acabou também por fazer a festa do Tri, que aliás já tinha sido assegurada no GP dos Estados Unidos.
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Vettel conquista título com quatro paragens nas boxes
…E tudo o Tricampeão levou! O Mundial de Fórmula 1 não poderia ter melhor prova para terminar em beleza, no que se refere a emoção e indecisão quanto ao vencedor final. Vettel, que durante a corrida esteve sem o título, conseguiu dar a volta por cima da “tempestade” e sagrar-se, com um suficiente sexto lugar no Brasil, o mais jovem Tricampeão do Mundo. Alonso, com Massa em bom plano no último lugar do pódio caseiro, acabou por dar o vice-campeonato de construtores à Ferrari, terminando em segundo no Circuito de Interlagos e no Mundial de Pilotos. Quanto ao derradeiro “samba”, Button e a McLaren estiveram irrepreensíveis, com o piloto britânico a somar o seu terceiro triunfo da temporada. Uma palavra de reconhecimento para a última corrida de Schumi, o piloto com mais títulos da F1, que se despediu nos pontos…
O piloto da Red Bull Sebastian Vettel conquistou o seu terceiro título mundial consecutivo – o que faz dele o mais jovem tricampeão mundial de F1 – depois de um dramático GP do Brasil, onde Jenson Button da McLaren obteve a sua terceira vitória da época. Vettel parou quatro vezes na sua rota para um sexto lugar final, tendo perdido tempo com uma derrapagem e danos sofridos na sequência de um toque com outro piloto na volta inicial. Os pneus duros P Zero Prata e médios P Zero Brancos foram os escolhidos para a corrida, mas os intermédios Cinturato Verdes e de chuva Cinturato Azul também foram usados. Quase todos os pilotos começaram com os pneus médios, excetuando Michael Schumacher (Mercedes), Kamui Kobayashi (Sauber) e Romain Grosjean (Lotus), que iniciaram a corrida com os pneus duros. A corrida começou com uma temperatura ambiente de 19º C e c h u v i s c o l i g e i r o, m a s a precipitação intensificou-se durante as primeiras 10 voltas. O piloto da Lotus Kimi Raikkonen foi o primeiro a ir às boxes para montar os pneus intermédios C i n t u r a t o Ve r d e s , n a q u i n t a volta, seguido progressivamente por muitos outros pilotos. Button, que assumiu uma liderança inicial depois de partir da segunda posição da grelha,
continuou com pneus médios enquanto a chuva caía. As diferentes estratégias mexeram com a ordem estabelecida: o Caterham de Heikki Kovalainen subiu ao sexto lugar, à frente do Marussia de Timo Glock, em sétimo – ambos também continuando com os pneus slick até, respetivamente, às voltas 15 e 14. Quanto o ‘safety car ’ entrou durante 10 voltas, Button foi às boxes na volta 23 para montar pneus duros enquanto a pista ainda permanecia húmida à medida que a chuva abrandava. Na parte final da corrida, a chuva regressou vingativa, o que fez com que não fosse possível continuar com os pneus slick. Na volta 50, o piloto da Mercedes Nico Rosberg mudou para os pneus intermédios, enquanto Vettel parou na volta 52 para montar pneus médios e voltou a parar duas voltas depois para trocar para pneus intermédios, devido à chuva que caía com mais intensidade. Na volta 57, Button fez a sua segunda e última paragem nas boxes, trocando para os pneus intermédios sem perder a liderança. Os pilotos da Toro Rosso Daniel Ricciardo e Kovalainen terminaram a corrida com os pneus de chuva Cinturato Azuis. A estratégia de pneus de Ve t t e l c o n s i s t i u e m c o m e ç a r com pneus médios, trocar para intermédios, depois para duros
e finalmente tornar a montar pneus intermédios. O seu rival na disputa pelo campeonato de pilotos, Fernando Alonso, que precisava de, pelo menos, acabar em terceiro com Vettel no décimo lugar ou numa posição abaixo, fez menos uma paragem: começou com pneus médios, depois trocou para intermédios, voltou aos médios e tornou a montar pneus intermédios. Os regulamentos estipulam que os pilotos têm de usar ambos os compostos slick durante a corrida, a não ser que tenham utilizado os pneus intermédios ou de chuva. Button foi o único piloto a terminar a corrida que parou apenas duas vezes: todos os outros pararam pelo menos mais uma vez. Pa u l H e m b e r y, d i r e t o r d a Pi r e l l i M o t o r s p o r t , c o m e n t o u assim o GP do Brasil: “Neste mesmo dia, há 11 anos, ganhámos o Campeonato Mundial de Ralis com Richard Burns, por isso é bastante a propósito que hoje tenhamos assistido a uma luta verdadeiramente dramática pela decisão do título, aqui em Interlagos. O tempo teve um imenso papel nos acontecimentos, forçando as equipas a alterar as suas estratégias para reagirem às variações das condições meteorológicas. As equipas enfrentaram uma tarefa particularmente difícil, na medida em que o tempo durante os treinos
livres e a qualificação esteve bastante mais quente e seco, por isso hoje foi um passo para o desconhecido. Com o tempo tão imprevisível, algumas equipas usaram uma estratégia de equipar um piloto com ‘slicks’ e o outro com pneus intermédios, de forma a ter dados em tempo real sobre a performance relativa dos pneus. Uma variável adicional que afetou a estratégia de pneus foi o longo período de permanência em pista do ‘safety car’ na primeira metade da corrida, com reduzida quantidade de desgaste dos pneus e os carros ainda com os tanques cheios. Mesmo quando a chuva caía com força na primeira metade da corrida, os pneus médios ainda geravam calor suficiente e aderência para permitir a Jenson Button manter o controlo sem ter de montar os pneus intermédios. Parabéns à Red Bull e a Sebastian Vettel, que adaptaram a sua estratégia de forma brilhante às circunstâncias variáveis, bem como a Fernando Alonso e à Ferrari, que lhes deram luta até ao fim. Também gostaríamos de felicitar Jenson Button, que utilizou da melhor forma tanto os pneus slick como os intermédios, e também aproveito esta oportunidade para prestar um tributo a Michael Schumacher: um grande campeão e um fantástico embaixador da modalidade, que terminou o seu último Grande Prémio de F1 nos pontos”.
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Classificações
GP do Brasil Pos. Nº Piloto Carro 1 3 Jenson Button McLaren-Mercedes 2 5 Fernando Alonso Ferrari 3 6 Felipe Massa Ferrari 4 2 Mark Webber Red Bull-Renault 5 12 Nico Hulkenberg Force India-Mercedes 6 1 Sebastian Vettel Red Bull-Renault 7 7 Michael Schumacher Mercedes 8 17 Jean-Eric Vergne Toro Rosso-Ferrari 9 14 Kamui Kobayashi Sauber-Ferrari 10 9 Kimi Raikkonen Lotus-Renault 11 21 Vitaly Petrov Caterham-Renault 12 25 Charles Pic Marussia-Cosworth 13 16 Daniel Ricciardo Toro Rosso-Ferrari 14 20 Heikki Kovalainen Caterham-Renault 15 8 Nico Rosberg Mercedes 16 24 Timo Glock Marussia-Cosworth 17 22 Pedro de la Rosa HRT-Cosworth 18 23 Narain Karthikeyan HRT-Cosworth 19 11 Paul di Resta Force India-Mercedes
Voltas 71 71 71 71 71 71 71 71 71 70 70 70 70 70 70 70 69 69 68
Pilotos não classificados 4 Lewis Hamilton McLaren-Mercedes - 10 Romain Grosjean Lotus-Renault - 18 Pastor Maldonado Williams-Renault - 15 Sergio Perez Sauber-Ferrari - 19 Bruno Senna Williams-Renault
54 5 1 0 0
Mundial de Pilotos Pos. Piloto 1. Sebastian Vettel 2. Fernando Alonso 3. Kimi Raikkonen 4. Lewis Hamilton 5. Jenson Button 6. Mark Webber 7. Felipe Massa 8. Romain Grosjean 9. Nico Rosberg 10. Sergio Perez 11 .Nico Hulkenberg 12. Kamui Kobayashi 13. Michael Schumacher 14. Paul di Resta 15. Pastor Maldonado 16. Bruno Senna 17. Jean-Eric Vergne 18. Daniel Ricciardo 19. Vitaly Petrov 20. Timo Glock 21. Charles Pic 22. Heikki Kovalainen 23. Jerome D’Ambrosio 24. Narain Karthikeyan 25. Pedro de la Rosa
Pontos AUS 281 18 278 10 207 6 190 15 188 25 179 12 122 0 96 0 93 0 66 4 63 0 60 8 49 0 46 1 45 0 31 0 16 0 10 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Mundial de Construtores 1. Red Bull 460 30 2. Ferrari 400 10 3. McLaren 378 40 4. Lotus 303 6 5. Mercedes 142 0 6. Sauber 126 12 7. Force India 109 1 8. Williams 76 0 9. Toro Rosso 26 2 10. Caterham 0 0 11. Marussia 0 0 12. HRT 0 0
12 25 15 10 1 18 8 8 4 0 0 0
Tempo Dif. 1:45.22,656 2.754 2.754 3.615 0.861 4.936 1.321 5.708 0.772 9.453 3.745 11.907 2.454 28.653 16.746 31.250 2.597 1v 1v 1v 6.286 1v 1.698 1v 1.381 1v 24.558 1v 6.807 1v 1.832 2v 1v 2v 32.325 3v 1v
17v 66v 70v 71v 71v
14v 49v 4v 1v 1v
acidente acidente acidente acidente acidente
MAL 0 25 10 15 0 12 0 0 0 18 2 0 1 6 0 8 4 0 0 0 0 0
CHI 10 2 0 15 18 12 0 8 25 0 0 1 0 0 4 6 0 0 0 0 0 0
BAH ESP 25 8 6 18 18 15 4 4 0 2 12 0 2 0 15 12 10 6 0 0 0 1 0 10 1 0 8 0 0 25 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
MON 12 15 2 10 0 25 8 0 18 0 4 0 0 6 0 1 0 0 0 0 0 0
CAN EUR 12 0 10 25 4 18 25 0 0 4 6 12 1 0 18 0 8 8 15 2 0 10 2 0 0 15 0 6 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
BRI ALE 15 10 18 25 10 15 4 0 1 18 25 4 12 0 8 0 0 1 0 8 0 2 0 12 6 6 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
HUN 12 10 18 25 8 4 2 15 1 0 0 0 0 0 0 6 0 0 0 0 0 0
BEL ITA SIN 18 0 25 0 15 15 15 10 8 0 25 0 25 0 18 8 0 0 10 12 4 0 6 0 0 6 10 0 18 1 12 0 0 0 2 0 6 8 0 1 4 12 0 0 0 0 1 0 4 0 0 2 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
JAP 25 0 8 10 12 2 18 6 0 0 6 15 0 0 4 0 0 1 0 0 0 0
COR IND ABU EUA BRA 25 25 15 18 8 15 18 18 15 18 10 6 25 8 1 1 12 0 25 0 0 10 12 10 25 18 15 0 0 12 12 8 6 12 15 2 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 4 0 4 10 0 0 8 0 2 0 0 0 0 6 0 0 2 0 0 0 0 10 2 0 0 1 4 1 0 4 0 0 0 4 2 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
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22 2 33 8 25 1 0 10 0 0 0 0
37 8 4 33 11 0 8 0 0 0 0 0
8 18 6 27 6 10 1 25 0 0 0 0
37 23 10 2 18 0 10 1 0 0 0 0
0 0
18 11 25 22 8 17 0 0 0 0 0 0
12 25 4 18 23 2 16 1 0 0 0 0
40 30 5 18 6 0 0 2 0 0 0 0
0 0
14 25 18 15 7 20 2 0 0 0 0 0
0 0
16 12 33 33 1 0 0 6 0 0 0 0
26 10 25 15 6 0 13 0 6 0 0 0
0 27 25 10 14 20 4 1 0 0 0 0
0 0
25 19 18 14 10 1 12 0 2 0 0 0
0 0
27 18 22 8 0 15 6 4 1 0 0 0
43 27 1 16 0 0 8 0 6 0 0 0
0 0
40 26 22 8 0 0 4 1 0 0 0 0
0 0
0 0
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15 24 12 25 0 8 2 14 1 0 0 0
18 27 35 14 0 0 4 3 0 0 0 0
20 33 25 1 6 2 10 0 4 0 0 0
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ALONSO BEM TENTOU CHEGAR AO PRIMEIRO LUGAR, MAS A PARTE FINAL DO CAMPEONATO NÃO CORREU MUITO BEM PARA A FERRARI
COM UMA PONTA FINAL DE CAMPEONATO MUITO FORTE, vettel CONSEGUIU BATER MAIS UM RECORDE
HAMILTON ACABOU POR FALHAR O ASSALTO AO ÚLTIMO LUGAR DO PÓDIO NO MUNDIAL DE PILOTOS
KIMI RAIKKONEN TEVE UM REGRESSO FELIZ À FÓRMULA 1 CONSEGUINDO UM EXCELENTE RESULTADO PARA A LOTUS
mARK wEBBER FICOU AQUÉM DAS EXPECTATIVAS, NO SEXTO LUGAR, MAS FOI SUFICIENTE PARA A RED BULL FESTEJAR
jENSON bUTTON FECHOU DA MELHOR FORMA UM MUNDIAL ALGO IRREGULAR, VENCENDO O GRANDE PRÉMIO DO BRASIL
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comércio & indústria
XFR-S apresentando no Salão de Los Angeles
Jaguar mais potente e ágil de sempre O segundo modelo da gama Jaguar R-S de prestações ultra elevadas, o XFR-S juntase ao seu irmão XKR-S no clube exclusivo dos 300 km/h e é a expressão viva da lendária e antiga linhagem das berlinas desportivas Jaguar. O XFR-S incorpora características técnicas tanto do XKR-S como do novo desportivo F-TYPE de dois lugares, para criar a versão mais ágil, com a resposta mais rápida e mais orientada para o condutor da galardoada gama de berlinas Jaguar XF. O XFR-S foi desenvolvido pela ETO (Engineered To Order), a divisão especializada da Jaguar Land Rover - o motor, transmissão e chassis especificamente desenvolvidos e as melhorias na carroçaria permitiram aumentar os limites da sua performance. As suas prestações electrizantes são proporcionadas pelo motor V8 de 5 litros Supercharged a gasolina, que agora desenvolve 550 CV de potência e 680 Nm de binário, mais 40 CV e 55 Nm, respectivamente, que no XFR. Este aumento foi conseguido através de uma importante revisão no sistema de gestão electrónica, que proporcionou uma optimização notável dos fluxos de admissão de ar e escape. Acoplado a uma caixa de oito velocidades que incorpora a tecnologia ‘Quickshift’ da Jaguar (desenvolvida para o F-TYPE), o aumento de potência do motor permite ao XFR acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 4,6 segundos, e atingir uma velocidade máxima electronicamente limitada a 300 km/h. O fluxo aerodinâmico foi também cuidadosamente revisto, para permitir que o motor funcione ao seu nível máximo de eficiência e, ao mesmo tempo, conseguir que o veículo corte o ar de forma limpa e eficiente. Como resultado, as alterações realizadas na carroçaria proporcionaram uma presença em estrada mais assertiva, começando num pára-choques dianteiro mais baixo, com entradas de ar inferiores de grandes dimensões e alhetas verticais, complementado por uma moldura dianteira em fibra de carbono. As embaladeiras de maiores dimensões e alhetas aerodinâmicas exclusivas, asseguram uma passagem de ar sem turbulência nas secções laterais do veículo e no pára-choques traseiro. Também mais baixo, o difusor traseiro em fibra de carbono incorporado entre as ponteiras de escape quádruplas exclusivas, prolonga-se para baixo da secção inferior do XFR-S para redução da força Especificações técnicas (*)
de sustentação. Este é complementado por spoiler de pequenas dimensões instalado na tampa da bagageira, que se encontra disponível em dois designs. No total, todos estes elementos proporcionam uma redução de 68% na força de sustentação aerodinâmica. As jantes em liga leve forjadas exclusivas ‘Varuna’ de 20 polegadas no XFR-S são mais largas em ambos os eixos e encontram-se equipadas com pneus Pirelli especialmente desenvolvidos para a ocasião, proporcionando ao XFR-S uma aparência mais musculada, maior tracção e estabilidade. Em complemento, as revisões profundas no sistema de suspensão contribuíram para o aumento de 30% na rigidez lateral, para proporcionar maior precisão de direcção e uma resposta mais rápida às solicitações no volante. As alterações na taragem das molas e na calibração dos amortecedores adaptativos aumentam a sensação de ligação à estrada, proporcionando um comportamento que inspira segurança e uma condução suave e controlada. A recalibração do diferencial electrónico activo e das configurações do Controlo Dinâmico de Estabilidade permite ao condutor mais entusiasta tirar o máximo partido do enorme potencial do XFR-S. A intenção do veículo é realçada pela gama de materiais técnicos utilizados no interior. Nestes incluem-se couro carbono nos apoios laterais e apoios de braços, bem como um tablier em Dark Aluminium, ambos exclusivos na gama R-S. A gama de opções de costuras e micro-debruados em cores contrastantes, que podem se combinadas com a cor exterior, proporcionam um toque ainda mais distinto. “Durante o desenvolvimento do XFR-S, o desafio de engenharia foi aumentar as consideráveis qualidades dinâmicas típicas de toda a gama XF. As melhorias específicas incorporadas no chassis, no sistema de propulsão e na carroçaria foram ao encontro do desafio e proporcionam ao XFR-S uma vantagem exclusiva em termos de prestações”, explica Andrew Whyman, engenheiro-chefe do Jaguar XF.
XFR-S Motor 5,0 litros V8 Supercharged a gasolina Cilindrada (cc) 5.000 Diâmetro / curso (mm) 92,5/93 Potencia máxima (CV@rpm) 550 @ 5.500 Potência máxima (kW@rpm) 405 @ 6.500 Binário máximo (Nm@rpm) 680 @ 2.500-5.500 Transmissão Caixa automática de oito velocidades ‘Quickshift’ Sistema Stop/Start Inteligente da Jaguar Sim 0-100 km/h (seg.) 4,6 Velocidade máxima (km/h) 300 (electronicamente limitada) Consumo combinado (l/100 km) 11,6 Emissões de CO2 (g/km) 270