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FORTALEZA-CE, AGOSTO DE 2020
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Plástico: MENOS CONSUMO PELO MEIO AMBIENTE
UM DOS PRINCIPAIS INCENTIVOS PARA MUDANÇAS EM PROL DO MEIO AMBIENTE, A SUBSTITUIÇÃO DO PLÁSTICO POR ALTERNATIVAS PASSA POR DIVERSAS ESFERAS. ENTENDA
Hamlet Oliveira
hamlet.oliveira@opovo.com.br
Talheres reutilizáveis, ecobags e copos de silicone para o dia a dia são opções para reduzir o consumo de plástico
Na estrada para que se reduza o impacto da poluição no planeta, um dos principais desafios é diminuir o consumo de um dos materiais que revolucionou o século XX. Criado como uma solução acessível para embalagens e uma infinidade de outros itens, o plástico ganhou o mundo. O excesso de seu uso, contudo, resultou em uma das principais fontes de resíduos sólidos no planeta, com um tempo de degradação que ultrapassa séculos. Em 2019, um relatório do Fundo Mundial pela Natureza (WWF, na sigla em inglês), mostrou que o Brasil é o 4º país no ranking de geradores de lixo plástico. No mesmo estudo, foi identificado que, todos os anos, 10 milhões de toneladas do material são vazados para os oceanos. A mudança de hábitos é uma das chaves para frear os males que o plástico causa ao meio ambiente. A consciência ambiental chegou há cinco anos para Lorena Delfino, 36, ativista e pesquisadora. Para além do plástico, um dos objetivos de Lorena é reduzir seu consumo em todas as esferas. Um dos primeiros passos, conta, foi buscar um apartamento menor. “Para limpeza, opto por materiais que sejam biodegradáveis ou naturais”, diz. Outro cuidado da ativista está na compra de rou-
pas. Ela escolhe opções em fibra natural, pois peças feitas em poliéster - fibra sintética - liberam microplásticos ao serem lavadas. A pandemia de coronavírus potencializou a visão ecológica de Lorena. “Minha consciência sobre consumo foi melhorada e adaptada nessa época. Momentos difíceis como esse, nos fazem repensar muito nossa forma de viver e agir. E para mim, assim como para muitas outras pessoas, ressignificar e repensar consumo são belas formas de se voltar para o que realmente importa em nossas vidas: o essencial.” Dentro de sua área de pesquisa, Lorena também advoga para que se reduza o número de roupas adquiridas na sociedade, responsável por uma parcela expressiva do descarte. Estudante de biologia, Raiane Machado, 20, se identificou logo cedo com a causa ambiental. Em 2018, ano que entrou na universidade, conheceu a ONG Verdeluz, entidade que atua em diferentes projetos