Propriedade: Escola Secundária Martins Sarmento Alameda Prof. Abel Salazar - 4810-247 Guimarães Tel.: 253 513 240 | Fax: 253 511 163 Código da Escola: 402187 Director: José Manuel Teixeira Coordenação Geral: Glória Manuela Machado Grafismo e paginação: José Faria, Jorge Faria Email: esmsarmento@mail.telepac.pt nº 05 Jornal da Escola Secundária Martins Sarmento
Editorial Caros companheiros de viagem deste nosso pregão! Eis-nos aqui, perante uma nova etapa cumprida. Espera-nos um breve interregno, e o sabor da chegada é perfumado e fresco. Num momento em que pensamos que nada há já de novo para dizer, surgem catadupas de mensagens: O meu texto está a sair! A minha notícia quer espaço! A minha reportagem vai a tempo? Afinal, somos injustos quando pensamos que aos mais jovens nada interessa já. Exemplo vivo disso é o uso - que muitas vezes intitulamos de incontrolável e doentio abuso -, dos mais modernos meios de comunicação, como telefones (que crescem desmesuradamente, em nosso entender, em número e se reduplicam em utilizações banalíssimas; as crescentes e elaboradas redes sociais como o Facebook, o Twitter ou o Messenger vêem o número de navegadores multiplicar-se de hora a hora. Esse uso ou abuso terá, como tudo, uma explicação. E poderá ser essa explicação uma necessidade crescente de os mais jovens (aqueles sobre os quais recaem as nossas atenções, desculpem-me os menos e os muito mais jovens) porem ao alcance dos outros as suas experiências; suprirem, da forma possível, a ausência de diálogo familiar, forma de convívio mais espontânea, tradicional e natural, tão pouco em moda; em última instância, de “comunicarem”, e isto é porem em comum aquilo que têm e precisam de partilhar, ainda que seja um simples “tou a ir”! Efectivamente, todos sentimos, por mais voltas que dê a economia, a política ou as estruturas sociais, necessidade de comunicarmos. A precoce descoberta do filósofo grego, Aristóteles, continua imutável, inalterável, actualizada e cada vez mais confirmada: “Todo o homem é um animal social; aquele que for capaz de viver sozinho ou é um deus ou uma besta.” Quanto a nós, que acompanhamos o crescimento dos mais novos Homens e dos seus últimos e estimados inventos, vamo-nos sentindo felizes por ver que, também eles, vão sentindo um moscardo a impeli-los a “porem em comum” aquilo que têm para partilhar. Assim, vamos, lado a lado, construindo juntos a nossa passarola voadora, e acreditando que “se houver forças para levantar isto, então ao homem nada é impossível”. Perante este desabafo da alma, retorquiu no conhecido romance saramaguiano, o humilde sábio Sete-Sóis, que “basta ter forma de ave para voar”, respondendo o metediço narrador que “o segredo do voo não é nas asas que está.” Efectivamente, resta-nos desejar a todos os nossos alunos que partem, nesta fase, para uma nova aventura, que não criem a utopia de pretenderem asas perfeitas para começarem a voar; aos que ficam, que continuem a fabricar as suas asas, preparando connosco novas partidas nas viagens que brevemente retomaremos. Boas viagens, bons sonhos, boa ficagem… Profª Glória Manuela Machado
Junho a Agosto de 2011
redes sociais p. 4
Opinião dos alunos
Entrevista: Nadador João Abreu
Destaque: Jornadas Culturais 2011
p. 02
p. 31
Opinião: Direitos humanos
p. 8
Opinião: Área de Projecto: perda de tempo ou mais-valia?
p. 11
Colóquio: Que futuro para a escola pública?
p. 14
Notícias: Festival nacional de robótica 2011
p. 15
Investigação: Violência entre os jovens namorados
p. 20
Iniciativas: Rota das Praias Esposende
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Área de projecto: Viver o silêncio
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Universo ESMS: Sarau Cultural 2011
p. 30
Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão
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Entrevista
Mais um campeão! Entrevista ao nadador João Abreu, que representou a nossa Escola no Campeonato Nacional de Desporto Escolar na modalidade de natação, em que é especialista e conseguiu obter a participação nos Campeonatos Internacionais de Natação FISEC que se realizam entre 5 e 11 de Julho Profª Ana Campos
Como começaste a nadar? Tudo começou como uma experiência e depois nunca mais consegui parar, o gosto pela natação começou a ser cada vez mais intenso. Há quantos anos praticas natação? Pratico natação de competição cerca de 7 anos Porquê a escolha desta modalidade? Gosto desta modalidade, aprecio as modalidades individuais.No entanto, também sinto que pertenço a um grupo com quem treino todos os dias e me sinto bem. Na tua prática desportiva quais são as pessoas ou entidades (clube) que mais te apoiam no teu dia-a-dia? Os meus pais e a minha treinadora são quem mais me apoia no dia-a-dia. Conta-nos um dos teus dias de semana em que tenhas treino e escola, por exemplo? Vou contar por exemplo a minha 5ª feira que é um dos dias da semana mais cansativos. Levanto-me e tenho aulas às 8:25h; passo todo o dia na escola, mesmo a hora de almoço e termino as aulas pelas 18:20h. De seguida, vou para o treino que, começa às 18:30h. Tenho um treino físico, fora de água, de aproximadamente trinta minutos; depois treino dentro de água aproximadamente duas horas. O treino termina às 21:00h. Chego a casa por volta das 21:30h e estou exausto. Consegues conciliar a natação com os teus estudos? Sim, embora tenha momentos complicados, consigo. No início deste ano foi um pouco mais difícil, pois vim para esta Escola e para o décimo ano, em que senti um grau de exigência também superior. Para conseguir conciliar ambas as coisas, no final de jantar ainda estudo um pouco e tento estudar, também, nas tardes em que não tenho aulas.
No teu clube, para além do treino de natação, fazes mais algum treino específico, por exemplo musculação, ….? Sim faço treino de musculação entre uma a duas vezes por semana. Quais são os momentos mais importantes da época desportiva de Natação? Na natação, as competições estão divididas ao longo da época principalmente em três momentos mais importantes. Competições de Inverno em piscina curta (25 metros), competições de Inverno em piscina longa (50 metros) e competições de Verão em piscina longa (50 metros). Para além destas competições nacionais, tenho sempre competições regionais que se desenvolvem antes de cada uma das competições nacionais e outras provas de preparação e torneios. Outro momento muito importante é quando se aproxima o Campeonato de Clubes e outras Competições Internacionais. Na natação qual é a tua especialidade, velocidade ou fundo, e qual a tua técnica? A minha especialidade é a técnica de crol e as provas de fundo, ou seja distâncias mais longas. As minhas provas favoritas são as de 200m e 400m Livres. Como começaste a praticar desporto escolar aqui na Escola? Conta-nos, gostaste da experiência? Comecei a praticar desporto escolar por incentivo da minha treinadora e professora Ana Campos. Foi uma experiência bastante agradável e divertida onde pude conhecer muitas pessoas novas. E que espero poder repetir para o próximo ano. Qual foi a primeira prova no Desporto Escolar e como foi até chegar ao Campeonato Nacional de Desporto Escolar? Participei numa prova de âmbito regional nas
Piscinas de Celorico de Basto e depois em Vila Praia de Âncora. A minha primeira prova foi de 200m Livres e foi também essa a prova que me apurou para participar no Campeonato Nacional e também agora para o FISEC que decorrerá de 5 a 11 de Julho. Gostei muito da experiência que vivi nos Campeonatos Nacionais de Desporto Escolar, o ambiente e o convívio foram espectaculares. Qual foi a experiência mais marcante para ti na natação até hoje? A minha experiência mais marcante na natação foi a participação nos Campeonatos Nacionais de Clubes que ocorreram este ano. Foi uma experiencia única… No teu dia-a-dia de certeza que tens de fazer escolhas em função de alguns compromissos com o teu clube e com a natação. Isso é difícil? Por vezes sim, tenho de abdicar de algumas coisas, mas também sinto que vale a pena. És feliz como nadador? Sim… Tens algum sonho? Ser campeão Nacional. Tens algum ídolo na natação ou no desporto em geral? Gosto muito do Usain Bolt. Quais são os teus objectivos na natação? Um pódio no Campeonato Nacional de Verão. E na Escola, o futuro? Já pensaste numa profissão? Acho que ainda é um pouco cedo e ainda não decidi, nem pensei em nenhuma via profissional em concreto. Contudo, será certamente na área das ciências, visto estar a frequentar Ciências e Tecnologias. Felicidades e apanha o pódio, João!
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Nome: João Nuno Miranda de Abreu Naturalidade: Guimarães Data Nascimento: 23 de Julho de 1995 Clube: Vitória Sport Clube Escalão de competição: Juvenil Treinadora: Ana Campos Ano/ Turma 10º CT5 nº15 Maiores destaques e marcas na Natação: Campeão Regional e entre os dez melhores nadadores nacionais em distâncias mais longas na técnica de crol (Livres) Passatempos favoritos: Estar com os amigos, estar na Internet, praticar vários desportos e jogos de computador.
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Em destaque
Redes Sociais Numa fase em que os avanços tecnológicos disparam em gritos de modernidade numa velocidade atroz, as redes sociais são o exemplo mais vivo de algo que pode ser tão banal como inconscientemente utilizado; tão incontestável quanto polémico; “tão contrário a si” como desejado e imprescindível. Aumentam as formas de estar junto à distância, criam-se já para além do twitter, dos blogs e do Facebook, onde proliferam relacionamentos que até integram já redes de famílias – o Chattertree, o FamilyCrossing, o eFamily - entre outros, à medida que cresce também, de forma assustadora o ciberbullying. Para conhecermos mais de perto a opinião de quem lida de perto com estas reais formas de comunicação, ouvimos, de alguns alunos da escola, Testemunhos vivos... “Não há dúvida de que o aperfeiçoamento tecnológico tem contribuído para uma melhor vida humana. No âmbito das redes de comunicação, nomeadamente nas redes sociais, utilizando a internet ou os telemóveis, estas permitem-nos falar com pessoas que estão do outro lado do mundo, fazendo que a distância pareça diminuir, o que é óptimo, por exemplo, para pais que têm filhos no estrangeiro e vice-versa. No entanto, as tecnologias, como tudo na vida, não têm só aspectos positivos. É incontestável que esta tivesse surgido para melhorar a vida humana, mas também fez que muitas pessoas, maioritariamente jovens, se tornassem muito sedentários, ocupando os seus tempos livres em frente a um ecrã: de um computador ou de uma televisão. Fez que a juventude deixasse de valorizar os desportos ao ar livre, que são muito mais benéficos que estar sentado numa cadeira com os dedos no teclado; fez que a comunicação cara-a-cara quase desaparecesse; para não falar dos perigos que, por exemplo, a internet esconde, como é o caso de “miúdas” com 12 anos (e até menos!) que marcam encontros com pessoas que fingem ser rapazes da sua idade, para as poderem roubar ou até mesmo violar. Este é um drama que está cada vez a preocupar mais os pais e a sociedade em geral. Concluindo, o aperfeiçoamento tecnológico é sem dúvida algo muito importante que está a acontecer; no entanto, é preciso aprender a “lidar” bem com ela.” Vânia Leite, 12ºCT4
“Desde a Revolução Industrial que se verificou um significativo aumento populacional. Como tal, verifica-se também uma crescente necessidade de as pessoas se satisfazerem física e
psicologicamente. Desde então que se desenvolvem mais e melhores tecnologias. Todavia, nem sempre o desenvolvimento tecnológico contribui activamente para o bem populacional. Nestes últimos dias tem-se ouvido falar imenso de violência juvenil e das atrocidades que pessoas cometem contra outras da mesma idade. Ainda há pouco, foi de conhecimento público que uma jovem foi violentamente agredida por duas raparigas e que nada tinha feito contra estas. O vídeo, divulgado na internet, e que mais tarde apareceu nos meios de comunicação social, foi importante para que as pessoas identificassem todos os intervenientes e pudessem actuar, podendo até prestar o necessário apoio à jovem e à família. Assim, concluímos que o aperfeiçoamento tecnológico e a divulgação nos meios de comunicação contribuiu para a melhoria da qualidade de vida desta jovem. (…) A Humanidade ainda sofrerá muitas alterações, mas terá de aprender a viver com elas. Temos que aprender a servirmo-nos convenientemente do desenvolvimento tecnológico. As sociedades necessitam, portanto, de aplicar e investir neste, mas este terá de ser seguro e benéfico para os humanos e para a natureza. (…)” Filipa Mendes, 12ºCT4
“A sociedade contemporânea vive invadida pelas tecnologias e inovação. Nos países desenvolvidos, a corrida aos telemóveis, computadores e internet tornou-se uma autêntica necessidade. Todos os dias assistimos a anúncios publicitários de novos telemóveis, iPOD’s e “tablets” com tecnologia de ponta, que prometem resolver todos os problemas das pessoas. No entanto, tal não acontece, causando pelo contrário, novos problemas.
Um caso recente, surgido em Portugal, reflecte como o aperfeiçoamento tecnológico pode ser utilizado para fins menos correctos. Utilizando a câmara fotográfica de um telemóvel, dois jovens filmaram uma cena de extrema violência entre três adolescentes e, de seguida, publicaram-na num popular “site” das redes sociais, com o objectivo de denegrir e humilhar uma das raparigas envolvidas. Nesta situação, foi notória a forma inconsciente e perversa como foram aplicadas as tecnologias, utilizadas com o objectivo de magoar, de ridicularizar alguém. Este exemplo é apenas um dos muitos que poderiam ser aqui explorados, uma vez que a utilização dos meios de comunicação para estes fins são, infelizmente, comuns, principalmente nas camadas mais jovens. No entanto, as redes de comunicação forma criadas com o intuito de melhorar a qualidade de vida da Humanidade e, de facto, proporciona-lhe muitas vantagens. Um exemplo que poderá ser revelador de como as novas tecnologias são vantajosas para a comunidade humana prende-se com o seu carácter interventivo. Na altura das lutas liberais portuguesas, no 25 de Abril, a rádio assumiu um papel importantíssimo na sua realização e sucesso, ao divulgar música de intervenção e palavras de ordem. Hoje, tal como a rádio foi em tempos, a internet e a televisão são fundamentais para a denúncia da tirania e da ditadura a nível mundial, sendo capaz de “passar mensagens” a todo o mundo, para que assim se possa intervir. Temos como exemplo actual os casos dos países africanos, como a Líbia, que tentam libertar-se da situação de ditadura, gritando apelos de intervenção através das redes sociais. (…)” Carla Pinto, 12º CT4
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Os avanços tecnológicos permitem à Humanidade desfrutar de uma evolução “a passos largos” que os transformam num alvo de olhares positivos e negativos. A verdade é que ninguém pretende assumir a grande responsabilidade que advém dos perigos da “maneira errada e inconsciente como a Humanidade aplica as suas conquistas tecnológicas”. É necessário, portanto, conhecermos as duas perspectivas. Para começar, o aperfeiçoamento tecnológico no âmbito das redes de comunicação é fundamental para a dinâmica mundial. Segundo uma perspectiva evolucionista, o ser humano, para acompanhar esta dinâmica, seja a nível pessoal ou profissional, precisa de quebrar as barreiras
da informação e de fazer parte de uma “aldeia global”. Por exemplo, uma pessoa que resida numa determinada parte do globo e que esteja à procura de uma oportunidade de emprego fora do seu país, pode equacionar melhor todos os prós e contras, se estiver devidamente informado acerca da situação social, económica e política desse país. Para proporcionar isto, os jornais online, as chamadas de vídeo ou as newsletters que são enviadas por e-mail são a maneira mais rápida e acessível de o permitir. Por outro lado, a Humanidade, que constrói todos os acessos para acompanhar a tal dinâmica mundial, acaba por destruir o sonho de uma sociedade perfeita. Há o exemplo, bastante ac-
tual, do Facebook ou do Twitter que poderiam ser ferramentas fantásticas, não fosse a má utilização das mesmas. Contudo, sabemos que os perigos a que se está exposto são culpa de quem se expõe de mais. Da vulnerabilidade desta exposição resultam situações embaraçosas e trágicas que abrem, diariamente, telejornais com “novas” de violência e suicídios, “em directo” e observáveis a qualquer hora com um simples clique na Internet. Para concluir, não nos esqueçamos de que “quem semeia ventos, colhe tempestades”. É altura de se assumirem os erros da utilização imatura e irresponsável dos avanços tecnológicos para deles usufruirmos verdadeiramente. Joana Martins, CT4
encore un phénomène facebook: les apéros géants Qu’est ce que c’est ? Le principe est simple. Apéros géants relayés par Facebook permettent d’organiser ou de participer à des apéritifs conviviaux à la maison, dans un parc, à la montagne, à la plage ... ou le lieu de votre choix. Le but est de passer un moment agréable autour d’un verre et de faire de nouvelles rencontres. Attention à ces rassemblements Dans la nuit du 13 mai 2010, après l’apéro géant organisé sur la place Royale à Nantes, un jeune homme est tombé d’un pont qu’il avait escaladé à 3h15 du matin. Il est mort plus tard dans la matinée, à l’hôpital. Le rassemblement avait réuni plus de 9 000 participants. Une quarantaine d’entre eux ont été mis en garde à vue pour des motifs divers : trafic de stupéfiants, vols, ivresse manifeste, violences. Mais aucune dégradation sérieuse n’a eu lieu. Ces apéros géants sont un nouveau prétexte pour accuser la Toile, où les invitations sont lancées. Successeurs des « Raves » des années 90, ne sont ils pas des prolongements « IRL » [« in real life », dans la vraie vie] des échanges sur le Net, dans la veine des « flashmobs » [rassemblements d’internautes qui se figent à un instant T dans un lieu convenu d’avance]?
Apéro géant à Nantes (France)
Un peu d’humour
Grupo de Francês
Pour réfléchir
Renoir à l’heure de Facebook
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biblioteca escolar martins sarmento
semana da leitura Terminou, a vinte e quatro de Março deste ano lectivo, a comemoração de mais uma semana da leitura, este ano intitulada Múltiplas Leituras, precisamente porque abrangeu várias áreas curriculares, como era o propósito da equipa da biblioteca. Foram realizadas diversas actividades nos períodos da manhã, da tarde e de noite dos quatro dias seleccionados: a apresentação do livro “O Homem que Calculava”, de Malba Tahan, pela professora de Matemática, Helena Xavier, associando o tema a esta ciência, de forma muito interessante para alunos e professores presentes; a apresentação do livro do filósofo José Gil “Portugal hoje, o medo de existir”, pelo Professor de Filosofia, Carlos Félix, intencionalmente, dirigido a alunos de 12ºano, dada a actualidade e pertinência do assunto (que pode revelar-se útil nos exames nacionais de Português); a apresentação do livro do economista Camilo Lourenço “Como Esticar o Salário” pelo formando do CNO José Alexandre Novais a sugerir formas de poupança, foi pedagógico e extremamente actual; para fomentar a tolerância religiosa entre os jovens, porque nunca é de mais insistir em valores que devem estar presentes, realizou-se a leitura de textos sagrados da religião católica e Bahai’s, actividade que teve a colaboração dos professores de Educação Moral e Religiosa ; o Dia Mundial da Poesia, no dia vinte e um de Março, foi comemorado com a apresentação de poemas e poetas do século XX, por alunos de 10ºano, abrindo um espaço de múltiplas interpretações com outras turmas convidadas. Algumas alunas do 10ºano apresentaram um livro e partilharam a sua experiência de leitura com outros alunos dos cursos profissional e regular; a escritora Adélia Pires conversou com os nossos alunos sobre a sua experiência de escrita; com os alunos de Artes, o professor de Desenho, Vasco Carneiro, realizou uma sessão de ilustração, fazendo
As diversas actividades foram seguidas com interesse por alunos e professores
Prof. Vasco Carneiro dinamizou uma sessão de ilustração digital
Apresentação do livro “O Homem que calculava” pela Prof.ª Helena Xavier
uma leitura/interpretação artística de dois poemas de Sophia de Mello Breyner Andresen; a apresentação do livro “Chocolate” foi realizada pela professora de Português, Genoveva Lima, juntamente com os seus alunos de Restauração que nos presentearam com um saboroso “fondue” de chocolate e biscoitos,
feitos por eles. Enfim, um leque vasto e variado de actividades que visaram essencialmente estimular no aluno o prazer da leitura. Estas actividades, umas já desenvolvidas e outras a desenvolver no âmbito da promoção da leitura e da literacia, têm carácter durativo, sistemático e são essencialmente
delineadas para integrarem o plano de actividades, respeitando grande parte dos objectivos do Projecto Educativo da Escola. Com elas, apostamos no acto de ler como processo de ensino/ aprendizagem essencial na formação de cidadãos pensantes e críticos, porque se trata de um processo cognitivo e um processo de linguagem. Acreditamos que todas as competências desenvolvidas no âmbito da leitura tornam os alunos mais preparados para enfrentar as diversas circunstâncias da vida, para interpretar a profusão de informação que os actuais meios de comunicação e informação colocam ao seu dispor, sem qualquer espécie de filtro, e melhoram, ao mesmo tempo, as competências no âmbito da escrita. Com estas actividades, pretendemos desenvolver uma estratégia concertada, que envolva a generalidade dos professores e dos alunos, que esta temática seja objecto de reflexão nos vários órgãos de coordenação pedagógica, que implique o envolvimento das famílias e da comunidade na promoção da leitura e da literacia. As actividades desenvolvidas pela equipa da biblioteca têm como objectivo primordial propiciar e desenvolver os hábitos de leitura e de pesquisa de informação, mas pretendem também que o espaço seja um espaço activo e prazenteiro, de encontros e de descoberta, de serena coexistência de modernidade e de tradição. Acreditamos que um maior e melhor domínio das capacidades de leitura será seguramente a ajuda mais eficiente que a escola pode proporcionar aos alunos, para obterem sucesso escolar e profissional, para compreenderem e exercerem os seus direitos e deveres de cidadania e, sobretudo, para fruirem do prazer da Literatura em especial e do conhecimento em geral. Profª. Fátima Caldas (Equipa coordenadora da biblioteca escolar)
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a biblioteca escolar não é só livros… “Compete ao professor bibliotecário operar como âncora essencial no apoio ao desenvolvimento de níveis intelectuais e cognitivos que agilizem o uso eficaz da informação em qualquer formato (electrónico, impresso ou pertencente ao repertório intelectual de qualquer cultura) e facilitem a construção de sentido e de novo Ross Todd conhecimento.” “Para que o papel da biblioteca se efective é importante que determinadas condições se concretizem no ambiente escolar. Vários estudos internacionais têm identificado os factores que se podem considerar decisivos para o sucesso da missão que tanto o Manifesto da International Federation of Library Associations and Institutions (IFLA)/ UNESCO como a Declaração da International Association of School Librarianship (IASL) apontam há muito para a BE. Entre esses factores destacam-se os níveis de colaboração entre o professor bibliotecário e os restantes docentes na identificação de recursos e no desenvolvimento de actividades conjuntas orientadas para o sucesso do aluno; a acessibilidade e a qualidade dos serviços prestados; a adequação da colecção e dos recursos tecnológicos. Esses estudos mostram ainda, de forma inequívoca, que as bibliotecas escolares podem contribuir positivamente para o ensino e a aprendizagem, podendo estabelecer-se uma relação entre a qualidade do trabalho da e com a BE e os resultados escolares dos alunos”.i Dando cumprimento à sua missão, a equipa da biblioteca escolar tem desenvolvido desde há quatro anos um trabalho de colaboração e parceria com os docentes de Área de Projecto, articulando aprendizagens e definindo metodologias. Foram realizadas duas sessões em cada turma, previamente agendadas com os professores e que decorreram nos meses de Outubro e Novembro. Com base numa metodologia direccionada para o trabalho teórico-prático, os alunos foram iniciados na metodologia da investigação, de fori http://www.rbe.min-edu.pt/np4/ np4/?newsId=83&fileName=mabe.pdf [ acedido em 24 de Maio de 2011] ii http://www.slideshare.net/jcsastro/area-projectoinformaes [ acedido em 1 de Junho de 2011] iii Jacques Barzun e Henry F. Graff in COHEN, L. G. & Manion, L. (1990). Métodos de Investigação Educativa. Madrid: Editorial La Muralla S.A.
ma a poderem aplicar os procedimentos correctos ao nível do desenvolvimento do projecto que iriam implementar. Linha conceptual desenvolvida: Assunto: Tópicos para aprender a investigar Contexto e Justificação Objectivos: Aprender os procedimentos básicos que a comunidade académica em geral utiliza para: - Recolher - Tratar - Interpretar - Difundir informação científica considerada relevante Objectivos das sessões de trabalho: Desmistificar ideias pré-concebidas e mitos sobre o projecto de pesquisa; Entender a importância prática de alguns valores humanos no processo de produção científica; Definir estratégias de captura de um saber preliminar; Estabelecer critérios de selecção da informação; Listar, articular e calendarizar as diferentes fases e tarefas que integram uma investigação; Distinguir os diferentes tipos de informação; Desenhar um programa para o trabalho e respectivo cronograma. Ao desenvolver este trabalho, a equipa da BE e os docentes deram cumprimento ao estipulado nas orientações desta área não curricular, finalidades, competências e aprendizagens essenciais. Os alunos, ao longo do ano, e de acordo com as temáticas escolhidas, aplicaram a metodologia da investigação, questionando-se sobre o Porquê? Para quê? Como? O assunto, objecto de investigação, deveria ser adequadamente exposto, delimitando o campo de estudo, o âmbito e a população alvo do estudo. Consequentemente, os alunos teriam de se questionar sobre o objectivo da investigação, apontando os resultados esperados, assim como contributos novos, relevantes ou originais sobre o assunto estudado. O “Como” referia-se à exequibilidade da investigação, isto é, à articulação dos recursos humanos e materiais e à estratégia metodológica a desenvolver para se efectuar a investigação. A revisão bibliográfica mereceu uma atenção especial, pois como nativos digitais que são, os nossos alunos entendem, de uma forma geral, que a Internet é o meio privilegiado para a investigação, que se trata de uma gigantesca bibliote-
ca onde tudo está acessível à distância de um clique, e onde a questão da honestidade intelectual por vezes nem sequer é equacionada. Por outro lado, ao acentuar-se a importância e o valor da pesquisa bibliográfica, pretendia-se que os alunos compreendessem e reconhecessem o valor do pensamento científico e académico, base da construção do conhecimento, e que este é o resultado de um longo processo de pesquisa (ou a arte da investigação), de reflexão (ou arte de pensar) e de maturação iii. Todos os projectos de todas as turmas seguiram a mesma organização, resultando deste trabalho colaborativo uma uniformização de critérios e procedimentos: a) o Problema; b) as Hipóteses; c) a Selecção das Variáveis; d) a Selecção da amostra; e) a Metodologia; f) os Instrumentos; g) os Resultados que se esperam; h) a Calendarização e o Orçamento. Em conclusão, a mensagem transmitida aos alunos colocou a tónica no valor do trabalho e do esforço individual e colectivo, na importância dos métodos de trabalho e da disciplina pessoal, pois investigar não é fácil mas algumas pessoas parecem por vezes pensar que se podem obter resultados em pouco tempo e com pouco esforço, graças a brilhantes momentos de inspiração (…); é sempre necessário um árduo trabalho desenvolvido pelo investigador. Nota: Bibliografia utilizada nas sessões e recomendada aos alunos e disponível na BE. CARMO, Hermano & FERREIRA, Manuela Malheiro (1998). Metodologia da Investigação. Guia para a auto-aprendizagem. Lisboa: Universidade Aberta. CARRILHO, Fernanda(2005). Métodos e Técnicas de Estudo. Lisboa: Editorial Presença. ISBN 972-233337-2 ESTANQUEIRO, António(1995). Aprender a Estudar: Um Guia para o Sucesso na escola. Lisboa: Texto Editora. 7ª ed. ISBN 972-47-0009-7. ESTRELA, Albano, Ferreira, Júlia(2001). Investigação em Educação: Métodos e Técnicas. Lisboa: EDUCA. ISBN 972-8036-30-2. Profª. Cristiana Lopes - Professora bibliotecária
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Opinião
Ensaio Filosófico
Esfera Pública Perda de vitalidade ou revitalização? Beatriz Merouço, 11º AV1
As gerações mais novas das sociedades ocidentais vivem em regimes democráticos desde que nasceram, tendo-se habituado a conviver com os princípios de liberdade e igualdade, como se estes estivessem indiscutivelmente assegurados. Talvez por isso, nas últimas décadas, se tenha assistido a um adormecimento do exercício da cidadania e à falta do debate público. Este trabalho visa a reflexão sobre a perda de vitalidade da esfera pública e os sinais recentes de uma possível revitalização. Na sequência das lutas pelos direitos políticos, sociais e culturais, surgiram, na época moderna, os regimes políticos democráticos, que ficaram conhecidos como Estados de Bem–Estar Social. Mas nestes novos regimes, a opinião pública, antes formada pelo debate e consenso, passou a ser formada e manipulada pelas elites políticas dominantes, que estimularam o consumo de acordo com os seus interesses de desenvolvimento económico. Os cidadãos passaram a concentrar-se nas suas actividades profissionais e nas necessidades fictícias criadas pelo consumismo instalado, diminuindo o seu empenho na vida pública, inclusive na participação eleitoral, marcada por altas percentagens de abstenção. Há uma consciência alargada da quebra do contrato social nos ter-
mos em que John Locke o definiu, ou seja, os cidadãos vivem o sentimento generalizado de que o estado não cumpre as suas obrigações, não defende o bem comum, não representa os seus interesses, mas responde a interesses económicos e financeiros das elites poderosas. As decisões são tomadas fora dos órgãos de decisão legais com base em pressupostos tecnocráticos, económicos ou financeiros. Por exemplo, a situação de ajuda externa em curso no nosso país ilustra esta deslocação do poder para esferas alheias à representatividade do povo. O acordo assinado entre Portugal e o FMI não só refere as condições de pagamento do empréstimo, como também contém orientações para a privatização dos serviços públicos de educação e de saúde, a alteração às leis do trabalho e outras. E assim, estas organizações europeias quase ditam os programas de governo sem terem sido legitimadas pelo povo.
Por outro lado, a forte crise económica e social vivida nos dias de hoje e as dificuldades sentidas, principalmente pelos jovens, que vivem o flagelo do desemprego e a falta de perspectivas de futuro, parecem estar a originar um ponto de viragem que indicia uma revitalização da esfera pública. Muitos cidadãos anunciam o fim da apatia e tornam-se activos em manifestações contra o sistema. No dia 12 de Março de 2011, centenas de cidadãos juntaram-se no Protesto Geração à Rasca, convocado por quatro jovens, para reclamarem as bases de uma Democracia saudável. Nesta manifestação mostrou-se a vontade inequívoca de oposição à deterioração das condições de trabalho e ao desmantelamento dos direitos sociais. Pretendeu-se reforçar a democracia, através da dinamização do diálogo e da reflexão crítica focada no encontro de soluções. E, tal como na Época Moderna, voltou-se a exigir res-
(...) os cidadãos vivem o sentimento generalizado de que o estado não cumpre as suas obrigações, não defende o bem comum, não representa os seus interesses, mas responde a interesses económicos e financeiros das elites poderosas. As decisões são tomadas fora dos órgãos de decisão legais com base em pressupostos tecnocráticos, económicos ou financeiros.
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Opinião
“Anuncia-se uma revolta contra os mercados financeiros que estão a levar à ruína as economias dos vários países, em nome de uma lógica de lucro desmedido, para a qual não há qualquer regulação. De uma maneira geral, os cidadãos que se manifestam mostram-se contra a precariedade laboral, a perda de direitos e regalias, e propõem o estímulo da reflexão crítica; o direito à informação e à transparência das acções do estado; o apelo à formação de outros movimentos; e a promoção do reforço da Democracia no trabalho, na economia, na política, na cultura, na educação e nas consciências.” ponsabilização e transparência nos actos dos decisores públicos. Inspirados pela manifestação das gerações à rasca em Portugal, milhares de espanhóis protestaram em Madrid, num movimento que ficou conhecido pelo nome de 15M, referente à data de Maio. Esta manifestação surtiu também um efeito de contágio, levando à ocorrência de outras manifestações em várias cidades espanholas e cidades de outros países do mundo. Subjacente a todos estes movimentos, anuncia-se uma revolta contra os mercados financeiros que estão a levar à ruína as economias dos vários países, em nome de uma lógica de lucro desmedido, para a
qual não há qualquer regulação. De uma maneira geral, os cidadãos que se manifestam mostram-se contra a precariedade laboral, a perda de direitos e regalias, e propõem o estímulo da reflexão crítica; o direito à informação e à transparência das acções do estado; o apelo à formação de outros movimentos; e a promoção do reforço da Democracia no trabalho, na economia, na política, na cultura, na educação e nas consciências. Este prenúncio de vitalidade da esfera pública não se traduziu numa redução das taxas de abstenção nas eleições de 5 de Junho, no nosso país. Será este um sinal de alheamento político ou também uma forma de protesto? Ou ambos? Não votar é,
para muitos, uma forma de mostrar que não se iludem com um sistema democrático que na verdade não existe. O voto em branco é o manifesto de desacordo com todos os programas eleitorais apresentados, tendo tido uma expressão de acima de 2%. Podemos estar a assistir à procura de uma nova ordem mundial, à reformulação de prioridades, a novos sistemas organizacionais. Em conclusão, entre manifestações que arrastam milhares de pessoas para a rua, abstenções, votos em branco, surgimento de novos partidos, parece inegável a revitalização do espaço público. Os protestos, independentemente da forma que assumem, são uma prova
irrefutável de participação cívica democrática e comprovam a mudança de uma postura de passividade para uma atitude interventiva. A consciência dos cidadãos está a despertar para a necessidade de manter uma vigilância mais empenhada a respeito da vida pública, contra o poder abusivo. Esquecer a importância do papel de cada cidadão na manutenção do equilíbrio dos poderes pode pôr em perigo a democracia, o contrato social, os direitos adquiridos e deitar por terra um trabalho de gerações. É a consciência deste risco que está a emergir no seio das sociedades actuais e a fazer renascer um espaço público mais dinâmico.
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Opinião
Direitos Humanos Carlos Diogo, Jorge Macedo, José Silva, 12ºCT4
No âmbito do desenvolvimento de um projecto, decidimos, como grupo de trabalho, escolher o tema “Direitos Humanos”. Apesar de a sociedade ter evoluído muito, ao longo dos tempos, em muitos aspectos: políticos, sociais, financeiros, na qualidade de vida, parece-nos que nem sempre as pessoas respeitam ou vêem ser respeitados os principios a que têm direito, razão pela qual a nossa opção recaiu sobre este tema. Os Direitos Humanos são uma compilação de direitos, considerados básicos e que devem abranger todas as pessoas de igual forma sem que alguma delas, em qualquer situação, possa ser posta em causa; pelo menos é o fim para o qual os Direitos Humanos ou, mais concretamente, a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adoptada pelas Nações Unidas, foi instituída. Estes direitos não foram criados de um dia para o outro; foram surgindo gradualmente, acompanhando a evolução do ser humano enquanto animal social. Esta evolução não se deu ao mesmo ritmo em todas as partes do mundo, nem o respeito por eles é igual, variando esta evolução de país para país, de região para região, de continente para continente. Da mesma forma, os Direitos Humanos não são igualmente conhecidos nem respeitados por todos os cidadãos, o que levou a que o interesse do nosso grupo de trabalho fosse ao encontro da necessidade percepcionada de uma sensibilização e informação dos cidadãos acerca dos referidos direitos. Concluindo que grande parte da população portuguesa desconhece parcial ou integralmente esta Declaração, básica para a vida em sociedade, entendemos que a nossa acção
Os Direitos Humanos são uma compilação de direitos, considerados básicos e que devem abranger todas as pessoas de igual forma sem que alguma delas, em qualquer situação, possa ser posta em causa.”
deveria começar com um estudo mais minucioso sobre esta percepção para, então, avançarmos para a elaboração de um projecto que pudesse de alguma forma remediar este problema. Uma ilação que retiramos do nosso estudo é que o deficitário conhecimento que a população revelou acerca deste tema poderá levar a que, muitas vezes, estes mesmos direitos não sejam por isso respeitados; ou seja, os Direitos Humanos têm primeiro de ser conhecidos, para que possam depois ser cumpridos. Existe também uma ideia muito generalizada
de que alguns Direitos da Declaração possam ser redundantes, pois estão de tal modo enraizados na nossa cultura que é desnecessária a sua referência. No entanto, não nos podemos esquecer de que se trata de uma Declaração Universal, pelo que devem ser respeitados em todo o mundo para que possa ser considerada desnecessária a sua inclusão na Declaração. Esta questão, que parece banal, não pode ser vista assim: é necessário que todos os Direitos mencionados na Declaração sejam universal e diariamente respeitados, o que não se verifica. Sabemos todos que aquilo é respeitado numa parte do mundo nem sempre o é noutras ( por exemplo, o direito à vida, consagrado na Europa, não tem o mesmo estatuto na China, Sul de África ou até mesmo em alguns estados dos Estados Unidos), pelo que se insiste na necessidade de que estes direitos sejam efectivamente universais. Em suma, a luta pelos direitos, sejam eles humanos ou não, nunca pode ser posta de parte. É um dever que nos assiste: hoje, amanhã e sempre. Não é só no exterior do nosso país que estes direitos não são conhecidos nem respeitados; com o nosso trabalho demonstra-se que aqui, em Portugal, muito pouco se sabe sobre o assunto. Em contrapartida, muito podemos fazer para que cada um dos direito referidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos seja igualmente valorizado, conhecido e respeitado. E terminamos esta reflexão ousando instituir um XXXI direito: Todos os cidadãos estão a partir deste momento convidados a respeitar conhecer e igualmente os 31 Direitos constantes da nova Declaração Universal dos Direitos Humanos.
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Área de Projecto: perda de tempo ou mais-valia? Helena Silva, 12º CT4
Todos nós, alunos finalistas do ensino secundário, sabemos que a disciplina de Área de Projecto deste ano não é igual à que tivemos no 2º e 3ºciclos; é mais exigente e ensina a concretizar verdadeiramente um projecto: desde a escolha do tema à realização do produto final. Trata-se de uma disciplina em que não se devoram livros nem se partilham nervos com a esferográfica. Exige que sejamos nós mesmos e que exploremos todas as nossas capacidades: as que temos e sabemos; as que temos, mas não sabíamos que tínhamos. Implica também gastos elevados de tempo que poderia ser utilizado na preparação para os exames nacionais; faltas às aulas por causa da execução de determinadas actividades relacionadas com o projecto e menos horas de sono são alguns dos inconvenientes que afectaram todos aqueles que quiseram levar o seu projecto avante. Mas será que esta disciplina se resume a desvantagens como as que apresentei? Obviamente que não. Efectivamente, a A.P. contribui para o nosso crescimento enquanto alunos e enquanto pessoas. Trabalhar em grupo, planificar e dividir tarefas, coordenar distintas actividades são acções cuja concretização se torna, a partir da sua frequência, mais fácil e nos prepara para o que será o futuro da maioria de nós: o ensino superior. Saber gerir as divergências intragrupais, saber relacionarmo-nos com os outros é tão ou mais importante que acumular mais meia dúzia de conceitos. Com esta experiência aprendemos a ouvir mais os outros, a respeitar com maior facilidade as opiniões que não coincidem com as nossas e apercebemo-nos de que temos defeitos
Trata-se de uma disciplina em que não se devoram livros nem se partilham nervos com a esferográfica. Exige que sejamos nós mesmos e que exploremos todas as nossas capacidades: as que temos e sabemos; as que temos, mas não sabíamos que tínhamos.
que devemos tentar esbater e qualidades que, naturalmente, podem ser alentadas. Quem sabe, se foi graças à Área de Projecto que alguns de nós descobriram o seu talento?
O projecto do grupo ao qual pertenci: “Os Valores dos Pré-Jovens”, apoiado pela professora Shohreh Shaydyan, foi uma iniciativa que nos permitiu interagir com alunos do 6ºAno da Escola EB 2/3 João de Meira. Pretendemos com este projecto perpassar valores que constituem a negação de um mundo cruel e injusto, mantendo a esperança nos valores louváveis e lutando continuamente contra os mais indignos. As crianças de hoje são os homens de amanhã, pelo que nos parece importante este tipo de intervenção junto dos mais novos para evitar a passividade que tanto caracteriza a sociedade actual. Uma mudança só é conseguida com a contribuição de todos e de cada um. Todos os temas trabalhados em Área de Projecto, e não só o que o nosso grupo escolheu, são actuais, pretendem promover alguma mudança e ainda nos permitem ter um papel activo na nossa comunidade. Aproveitemos esta rampa de lançamento para movermos o mundo; melhor que ter desenvolvido um projecto no 12ºAno é saber transpô-lo para o nosso meio, em todos os dias da nossa vida. E, depois de todo o esforço ao longo deste ano lectivo, pensamos: afinal, “Valeu a pena? Tudo vale a pena se a alma não é pequena.” A estrada é íngreme, mas, por vezes, surpreende-nos e conduz-nos à planície: e a nossa planície é poder contribuir para uma sociedade atenta e informada. Área de Projecto deixará de fazer parte do leque de disciplinas do 12ºAno, o que é absolutamente lamentável, pois, por todos os motivos apresentados, constitui uma mais-valia que nenhuma outra disciplina poderá substituir!
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Opinião
Eutanásia
On/Off Podemos escolher o nosso fim? Rita, Diana, Vanessa e Victor, 12º CT5
A temática eutanásia, como qualquer outra contém uma história muito mais remota do que possamos imaginar. Apesar de se encontrar actualmente no seu apogeu de polémica, é motivo de controvérsiades de há muitos séculos. Pode afirmar-se que, o que começou por ser um acto natural, tornou-se numa discussão, passou mesmo a ser condenado e nos dias que correm é uma questão de nível ético. O termo eutanásia foi proposto pela primeira vez por Francis Bacon, em 1623, na sua obra “Historia vitae et mortis”, como sendo o “tratamento adequado às doenças incuráveis”. Esta palavra, deriva de duas outras palavras gregas: “eu” e “thanatos” e significa, etimologicamente, boa morte, morte fácil, sem dor, sem sofrimento. Este acto consiste na morte determinada e provocada pelo médico do doente, sendo este último portador de doença crónica, incurável, de prognóstico indiscutivelmente fatal e dolorosa, mas pressupondo sempre o consentimento do próprio doente ou da sua família. A eutanásia pode ser primeiramente dividida em dois tipos: eutanásia activa e eutanásia passiva. A eutanásia activa consiste na acção de interromper de maneira artifi-
cial a vida de um paciente que não morreria de maneira natural, ou seja, dá-se origem à morte fazendo algo (ex.: administrando uma injecção letal). A eutanásia passiva corresponde à morte pela não aplicação de tratamentos médicos perante uma patologia que, por não ser assistida, provocaria a morte do doente, ou seja, simplesmente permite-se que a morte ocorra quando seria possível evitá-la Distanásia Distanásia é o oposto de eutanásia. Enquanto a eutanásia é descrita como morte boa, sem sofrimento e sem dor, a distanásia é descrita como agonia prolongada, morte lenta, ansiosa e com sofrimento quer físico quer psicológico do indivíduo lúcido. Esta é a prática na qual se man-
tém um indivíduo com uma doença incurável vivo a todos os custos, sendo assim a sua vida sustida por de meios artificiais. Devido ao grande sofrimento provocado aos pacientes e seus familiares, a distanásia é eticamente inadequada. Testamento vital O testamento vital é um documento no qual consta uma declaração antecipada, que uma pessoa realiza numa situação de lucidez mental para que seja levado em conta quando, por causa de uma condição terminal, já não seja possível expressar a sua vontade. Nesta condição terminal inserem-se os pacientes que se encontram sob estado permanente de inconsciência ou com dano cerebral irreversível que, além da consciência, não possibilite que a pessoa
recupere a capacidade para tomar decisões e expressar os seus desejos futuros. Legislação da eutanásia em portugal Portugal faz parte do grupo de países da Europa em que a eutanásia e o suícido assistido são plenamente ilegais. Estes temas são referidos na constituição da República Portuguesa e em códigos que regem a actividade médica e o cidadão em geral. Na Constituição da República Portuguesa, exalta-se desde o inicio, a dignidade humana (art.º 1º ao 13º), em consonância com o articulado na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Especificamente nos Artigos 24º, 26º e 64º consagra-se o direito à vida, o dever de a defender e promover a sua
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Opinião
Notícias
doce património No dia 15 de Junho esteve na Biblioteca da nossa escola a Drª Isabel Fernandes, técnica superior do Museu de Alberto Sampaio, doutoranda no Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho e investigadora da gastronomia minhota, a convite da turma do 2º ano do curso profissional de Restauração que nos presenteou com uma palestra sobre “Doçaria Conventual Vimaranense”, muito enriquecedora para a nossa área Profissional. Estiveram presentes professores e alunos dos vários anos do curso de Restauração, a funcionar aqui na escola. 2º PR - Profª. Fátima Aguiar
A eutanásia pode ser primeiramente dividida em dois tipos: eutanásia activa e eutanásia passiva. A eutanásia activa consiste na acção de interromper de maneira artificial a vida de um paciente que não morreria de maneira natural, ou seja, dá-se origem à morte fazendo algo (ex.: administrando uma injecção letal). A eutanásia passiva corresponde à morte pela não aplicação de tratamentos médicos perante uma patologia que, por não ser assistida, provocaria a morte do doente, ou seja, simplesmente se permite que a morte ocorra quando seria possível evitá-la.
e a dos outros, sustentando que a vida humana é inviolável, não sendo proscrita em nenhum caso a pena de morte. O Código Deontológico da Ordem dos Médicos, enquadrado no âmbito dos valores e da cultura identitária da sociedade portuguesa, refere em vários princípios, a necessidade de se respeitar a vida humana, desde o seu início, mais específicamente no título II, capítulo 1, artigos 47º, 48º,49º e 50º, onde constam os princípios sobre os problemas respeitantes à vida e à morte, nomeadamente à eutanásia. No Código Penal Português, os Artigos 131º, 132º, 133º, 134º, 135º e 136º referem respectivamente a legislação sobre homicídio, homicídio qualificado; homicídio privilegiado, homicídio a pedido da vítima, incitamento ou ajuda ao suicídio, homicídio por negligência, e, em todos
eles se inclui a eutanásia. É, portanto, expressamente proibido cometer qualquer tipo de Eutanásia em Portugal. Considerado homicídio, é punido por lei com muitos anos de prisão. Direitos humanos Tendo em conta que a nossa Constituição da República tem como base a Declaração Internacional dos Direitos Humanos, assim como a de todos os outros países, a decisão de tornar a eutanásia legal ou não pode advir daí. Essa declaração tem como objectivo delinear os princípios básicos de qualquer sociedade. É a partir dela que cada jurisdição escreve as suas leis, não podendo infringir essas regras básicas. É constituída por trinta artigos, os quais todos se convergem para: o direito à dignidade humana.
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Notícias
colóquio
regulação das políticas educativas - que futuro para a escola pública?
Com o tema seleccionado para este I Fórum, pretendeu a escola organizadora possibilitar um espaço privilegiado de debate em torno da regularização das políticas públicas de educação no nosso país, reproduzindo de certo modo influências a nível transnacional, traduzidas na transposição para o campo educativo de termos tradicionalmente associados a lógicas economicistas, tais como qualidade, eficiência, eficácia, modernização, indicadores de desempenho, empregabilidade, entre outros. Crê-se que este quadro, que pode configurar, no limite, uma desvalorização do compromisso com uma educação promotora do aprofundamento da democracia e da cidadania, com a igualdade de oportunidades e
a justiça, tendo mesmo repercussões na reconfiguração do papel do Estado, no âmbito das políticas educativas com reflexos no modelo de Escola Pública perfilhado. Assumindo este debate de forma descomprometida e apaixonada, a Direcção da ESMS decidiu consagrar este espaço de reflexão à análise de Políticas Educativas vigentes e pensadas no nosso país, aos seus discursos, às práticas que lhes estão associadas, não com o propósito de resolver qualquer contenda, mas de contribuir assumidamente para uma visão mais clara de alguns aspectos matizados de uma educação assumidamente contemporânea. Assim, a apresentação, moderada pelo docente da Escola, Dr. António João Castro, contou com a apre-
A apresentação foi moderada pelo docente da Escola, Dr. António João Castro, contou com a apresentação das perspectiva de dois ilustres oradores convidados: o Professor Doutor Joaquim Azevedo, docente da Universidade Católica Portuguesa e o Professor Doutor Licínio Lima, docente da Universidade do Minho
sentação das perspectiva de dois ilustres oradores convidados: o Professor Doutor Joaquim Azevedo, docente da Universidade Católica Portuguesa e o Professor Doutor Licínio Lima, docente da Universidade do Minho, com estudos desenvolvidos na área - relativamente à linha evolutiva desta problemática no nosso país, abriu este ciclo de sessões do “Fórum Escola Secundária Martins Sarmento”, que esta Escola pretende instituir . A sessão decorreu na Sociedade Martins Sarmento, no dia 13 de Maio, entre as 21:30 e as 23:30 horas, com a salão nobre repleto de professores, pais e outros convidados, um público que se revelou muito atento e interventivo. Prof. Luís Gonzaga
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uma nova escola
educação sexual
Eis um assunto que anda nas bocas do mundo, essencialmente nas dos alunos. O que, efectivamente, aconteceu foi que em 2010, segundo a portaria n.º 196-A/2010, que consta do Diário da República, 1.ª série — N.º 69 — 9 de Abril de 2010, as escolas básicas e secundárias passaram a introduzir nos seus planos curriculares “matérias respeitantes à educação para a saúde e educação sexual.” As escolas são consideradas as entidades competentes para “integrar estratégias de promoção da saúde sexual”, e em trabalho a ser desenvolvido em conjunto com os professores e os alunos pretendia-se “identificar comportamentos de risco, reconhecer os benefícios dos comportamentos adequados e suscitar comportamentos de prevenção.” Entenda-se aqui que a educação sexual é apenas uma das dimensões da educação para a saúde: temáticas como a educação alimentar, a actividade física, a prevenção de consumos nocivos e a prevenção da violência em meio escolar incluem as dimensões que compõem este projecto.
Voltando à educação sexual, esta passou a ser obrigatória nas escolas e aplicada nas turmas em horário adaptado, distribuído pelos diferentes períodos do ano lectivo. Os professores e o director da escola definem os temas a abordar no âmbito da área, nas áreas disciplinares não curriculares, ou seja, este projecto poderá ser trabalhado em disciplinas como Formação Cívica (disciplina não curricular do ensino básico). Quanto aos conteúdos curriculares, ao ensino secundário foram incumbidos assuntos como: • Compreensão ética da sexualidade humana. • Compreensão e determinação do ciclo menstrual em geral, com particular atenção na identificação, quando possível, do período ovulatório, em função das características dos ciclos menstruais. • Informação estatística, por exemplo sobre: idade de início das relações sexuais, em Portugal e na UE; Taxas de gravidez e aborto em Portugal; métodos contraceptivos disponíveis e utilizados; segurança proporcionada por diferentes méto-
dos; motivos que impedem o uso de métodos adequados; • Consequências físicas, psicológicas e sociais da maternidade e da paternidade de gravidez na adolescência e do aborto; • Doenças e infecções sexualmente transmissíveis (como infecção por VIH e HPV) e suas consequências; • Prevenção de doenças sexualmente transmissíveis; • Prevenção dos maus tratos e das aproximações abusivas. De entre estes temas, cada turma deverá escolher um, que deverá aprofundar a fim de desnvolver um trabalho adequado no âmbito deste projecto educativo, que conta sempre com o apoio dos professores, da comunidade escolar e das unidades de saúde pública a nível local. Ana Margarida Martins, 12º LH2
festival nacional de robótica 2011
esms conquistou 2º lugar em prova de dança robótica A equipa ESMS, constituída por um grupo de alunos do Projeto de Robótica desta escola, ficou classificada em 2º lugar na competição de Dança, decorrente da participação na 11ª edição do Festival Nacional de Robótica, que teve lugar no Instituto Superior Técnico, em Lisboa. Este evento realizou-se entre os dias 6 e 10 de Abril de 2011 e foi organizado pelo Instituto Superior Técnico. André Martins, Diogo Ribeiro e João Castro foram representar o Curso Profissional de Programação de Sistemas Informáticos da ESMS, através do projecto de Robótica em que participaram durante o presente ano lectivo. Este Festival, com a 1ª edição em 2001, tem como objetivo promover a Ciência e a Tecnologia junto dos jovens de todo o país, desde o ensino básico e secundário ao superior, bem como do público em geral, através de competições de robôs. O Festival, que decorre todos os anos numa cidade distinta, inclui ainda um Encontro Científico onde investigadores nacionais e estrangeiros da área da Robótica se reúnem para apresentar os mais recentes
André Martins, Diogo Ribeiro e João Castro foram representar o Curso Profissional de Programação de Sistemas Informáticos da ESMS resultados da sua atividade. Este evento tem revelado desde o início um enorme crescimento, quer em número de equipas e participantes, quer em termos de público assistente. O Festival Nacional de Robótica é, atualmente, uma iniciativa da Sociedade Portuguesa de Robótica. Inclui várias ligas de competição, nomeadamente a prova de Condução Autónoma e as provas que seguem as regras oficiais do RoboCup: Futebol Robótico Médio - prova sénior, Futebol Robótico Júnior, Busca
e Salvamento Júnior e Dança Júnior. A prova de Dança, à qual a nossa escola concorreu, consiste numa competição dinâmica e interactiva, onde cada equipa programa os respectivos robôs para dançarem ao som de uma música, seguindo uma coreografia criada pelos elementos das equipas. Trata-se por isso de uma competição capaz de proporcionar bons espectáculos artísticos, avaliados por júris especialistas quer em Robótica, nas componentes de eletrónica, mecânica e pro-
gramação, quer em Dança. De notar que os nossos alunos concorrem ao escalão etário dos 15 aos 19 anos, o qual inclui estudantes do ensino superior. Este ano foram também apresentadas pela primeira vez, ainda em regime de demonstração, duas novas ligas: Robot@Factory e FreeBots. Integradas no Festival, têm também lugar ateliers e demonstrações, quer por parte de empresas, quer por parte de entidades de investigação. Ao organizar este evento em Portugal, pretende-se não apenas motivar os alunos das escolas que participam na competição para uma área tecnologicamente avançada e altamente multidisciplinar, mas também contribuir positivamente para o desenvolvimento da investigação em Robótica e Automação e para uma maior divulgação da Ciência e Tecnologia no país. O Festival decorreu em simultâneo com as comemorações do Centenário do Instituto Superior Técnico, tendo sido realizados diversos eventos paralelos de índole cultural. Coordenadora Profª Luísa Vieira
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pgsi
roboparty 2011: mais um sucesso robótico! Entre os dias 10 e 12 de Março de 2011, decorreu, na Universidade do Minho, a quinta edição da Roboparty por iniciativa do departamento de Electrónica Industrial da cita Instituição Universitária, com os objectivos de criar e desenvolver o gosto pela electrónica, através de um convívio salutar e de partilha, entre os cerca de 400 jovens participantes, provenientes de todo o país. No primeiro dia, pelas 9h, cinco equipas da nossa escola, uma do 1º ano e quatro do 2º ano do curso PGSI (Curso Profissional Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos) reuniram-se com a Dra. Luísa Vieira, nas instalações referidas, para dar entrada no evento. Começou por se proceder à validação final das inscrições das nossas cinco equipas. Aos participantes foi entregue uma fita de pulso amarela de livre-trânsito, uma camisola do evento, um bloco de notas e um calendário com toda a programação do evento. Para os alunos do 1º ano tudo foi motivo de surpresa: o som, os equipamentos tecnológicos, a estrutura do edifício e até as equipas presentes. Os alunos do 2º ano já tinham participado na RoboParty do ano anterior; no entanto, apreciaram com grande entusiasmo a evolução verificada este ano. A organização foi tão pormenorizada que conseguiu superar a do ano anterior. Devido ao número considerável de equipas, as inscrições atrasaram um pouco o desenrolar dos trabalhos agendados e, consequentemente, a palestra de “Montagem do Kit / Soldar”, que estava marcada para as 11h foi protelada para perto do meio-dia. Esta palestra, além de informativa, serviu para “aguçar o apetite” e estimular a ansiedade para dar início aos nossos projectos. No fim da mesma, levantámos o kit robótico no balcão da SAR (Soluções de Automação e Robótica – uma empresa que tra-
balha na área da electrónica e robótica que estava presente no evento, principalmente para nos prestar ajuda na montagem do kit). Apesar de a cantina já se encontrar aberta, não resistimos à tentação de abrir a caixa e de “espreitar” os componentes electrónicos e mecânicos que iríamos manusear, sendo que, desde logo, ficámos entusiasmados com todas as pequenas peças que teríamos de soldar. Por volta das 14h, recomeçaram os trabalhos no pavilhão onde iniciámos a montagem das partes mecânicas; depois passámos para as partes electrónicas que eram um pouco mais complicadas - para tal auxiliámo-nos do manual digital que nos foi fornecido juntamente com o kit. Todo o trabalho se foi realizando: a soldagem das pequenas peças; a percepção da lógica do seu funcionamento; a delicadeza de todo o trabalho, uma vez que um pequeno descuido poderia danificar alguns componentes e, no pior dos casos, poderia queimar a placa electrónica principal (caso isso acontecesse seria o fim para a equipa). No dia seguinte, sexta-feira, começámos por receber uma formação sobre “Programar o Robô” e durante a tarde ainda assistimos no Auditório Nobre, a duas palestras: “Desafios de investigação e desenvolvimento nas fábricas do futuro”, proferida pelo Professor Norberto Pires, da Universidade de Coimbra; e “Robótica móvel e plataformas para iniciação”, pelo Engenheiro Nino Pereira, da Universidade do
Minho em Guimarães. Esta foi uma experiência maravilhosa e uma oportunidade que se voltará a repetir. Apesar de todos os problemas que tivemos de coordenação, de partilha e de autodisciplina, conseguimos superar os obstáculos e terminar, com êxito, os nossos projectos. Todos os robôs ficaram a funcionar devidamente e não se queimou nenhum componente. Participar num evento deste género permite aprender bastante, principalmente a respeitar o esforço alheio, a reforçar a nossa auto-estima e a valorizar o nosso próprio desempenho que, de outro modo, dificilmente conseguiríamos. Temos a agradecer ao Professor Doutor Fernando Ribeiro por esta valiosa iniciativa, a todos os que estiveram envolvidos na organização do evento, pelo modo como tudo foi planeado, para que pudéssemos aprender, de forma simples e divertida, bases da electrónica, mecânica e programação em robótica. Quero ainda enobrecer o esforço de todos os Professores, Encarregados de Educação e alunos que puseram um pouco de lado o conforto dos seus lares, em prol da nossa insaciável necessidade de crescer apreendendo. E, por último e não menos importante, estamos gratos a todos os colegas que nos auxiliaram de variadíssimas formas, pois sem eles nada teria sido possível. A todos eles um muito obrigado! Ivan Mendes, 2ºPGSI
visita de estudo
bom dia, serra da estrela! Nos dias vinte e quatro e vinte e cinco de Fevereiro, a serra mais alta de Portugal recebeu as turmas 11º CT4 e 12º CT2 desta escola, no âmbito das disciplinas de Biologia e Geologia, Educação Física e Área de Projecto. Éramos 41 alunos, acompanhados dos professores Filipe Freitas, Ricardo Lopes, Joaquim Magalhães, Ana Paula Martinho e Adelino Carvalho. Partindo de Guimarães, chegámos a Seia onde nos esperava um guia do Parque Natural que nos acompanhou e, de um modo muito agradável, nos informou sobre alguns aspectos da fauna, da flora e dos aspectos geológicos da Serra. Com paragem para um almoço volante, chegámos finalmente à pista de esqui, dando-se então início à divertida actividade na neve que se prolongou até às dezassete horas. Para finalizar o dia, as turmas chegaram à Pousada da Juventude, onde se acomodaram, jantaram e desenvolveram actividades lúdicas. No dia seguinte, após o pequeno-almoço e acompanhados de dois guias do Parque Natural da Serra da Estrela, realizámos um percurso a pé pelo vale do Zêzere em direcção a Manteigas. Durante este percurso, de aproximadamente nove quilómetros, no início dificultado pela presença de neve, fizemos paragens para descanso, assim como observámos alguns aspectos geológicos e biológicos de interesse. Já muito cansados, recuperámos forças num almoço, na cantina da Escola Secundária de Manteigas. Por fim, iniciámos o regresso a Guimarães, deixando para trás, com muita saudade, a grande Serra da Estrela. Joana Ribeiro, 11º CT4
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iniciativa
eco-escola
reciclagem da pastilha elástica - um mito? A higienização dos espaços não deveria ser uma preocupação de todos os indivíduos enquanto cidadãos assíduos de espaços públicos? Se bem te lembras, foi um dos motes do trabalho de projecto que apresentámos na edição anterior deste jornal. Então, com o nosso trabalho de campo, pudemos todos reflectir acerca deste flagelo pegagoso e cuja estética colorida deixa muito a desejar. Deixamos-vos, de uma foma muito sintética, algumas conclusões: Face aos dados obtidos, podemos afirmar que grande parte da população vimaranense consome pastilhas elásticas. Consideramos incongruente que, apenas 4% da população reconheça largar as pastilhas elásticas no chão e 30% no lixo ou no chão, uma vez que o panorama com que deparamos no dia-a-dia – pisos repletos de pastilhas elásticas - nos mostra precisamente o contrário. Outro dado que achamos pertinente realçar, é o facto de que somente
ambiente e sustentabilidade
22% da população inquirida tenha conhecimento da existência de técnicas de reciclagem da pastilha elástica. Em compensação, 89% crê de suma importância a reciclagem da mesma. De bom grado observámos que as sugestões dadas, apesar de poucas, evidenciam alguma reflexão, por parte dos inquiridos, acerca da necessidade de preservação do meio ambiente. Efectivamente, começam a surgir cada vez mais novas e inovadoras soluções para o problema em questão. Em jeito de conclusão, a população, de uma forma geral, começa a interessar-se por estas temáticas, o que nos deixa esperançosos de um futuro mais limpo e agradável, e, quiçá, um dia, veremos um recipiente destinado à pastilha elástica nas ruas de Guimarães. O lema do nosso projecto mantém-se: A pastilha elástica no pastilhão e não no chão! Cátia, Flávia, Liliana e Paula - 12º CT3
visita de estudo
parque biológico - gaia
À hora marcada do dia 30 de Abril de 2011, os formandos do grupo EFA4 deram cumprimento à sua Actividade Integradora Ambiente vs Homem e rumaram ao Parque Biológico de Gaia. Com eles foram o grupo EFA NS1 e formadores das duas turmas. Às 9 horas da manhã, saiu da Escola Secundária Martins Sarmento o autocarro que iria levar o seu destino os participantes desta actividade, que aconteceu no âmbito do Núcleo Gerador Ambiente e Sustentabilidade e tinha como objectivo conhecer a biodiversidade da nossa região e os trabalhos de conservação e tratamento de espécies animais em vias de extinção ou em perigo. No Parque biológico, passadas as apresentações com a guia que nos acompanhou, iniciámos uma aventura que demorou cerca de 2:30 horas (e 2800 metros!). Ávidos de saber, absorvemos todas as informações e conhecimentos que nos fo-
ram transmitidos, nomeadamente a alimentação de cada espécie animal; a interacção dos tratadores com os respectivos animais; as rotinas de cada espécie, das aves aos répteis; a dinâmica do parque; a recriação de ecossistemas existentes no planeta Terra, passados e presentes e o restauro e preservação do património rural na zona abrangente do parque, assim como os seus usos e costumes. A questão do financiamento deste espaço foi levantada e foi informado que 60% das verbas são suportados pela autarquia, sendo os restantes 40% são oriundos da bilheteira. Após a pausa para o almoço, o grupo deslocou-se até à Fundação de Serralves, onde pôde visitar o museu e o tão afamado jardim, que prima pela beleza e simplicidade. Depois de cumprido programado, o grupo rumou em direcção à linda e bela cidade de Guimarães. EFA4
Dia 2 de Junho, 10.10h Biblioteca Municipal Raul Brandão. Palestra “Ambiente e Sustentabilidade”. Cinco turmas de 12ºano de Biologia estiveram presentes para mais uma actividade promotora de educação ambiental. Após a abertura da responsabilidade do Sr. Director da Escola, Dr. José Teixeira, e da Coordenadora do Projecto Eco-Escola Drª Ernestina Morais, deu-se início à sessão, passando o moderador da palestra, Sr. Arq. Miguel Frazão, à apresentação dos vários convidados da mesa. As diferentes intervenções foram consideradas da maior pertinência, pois todas elas abordaram temáticas ambientais de grande importância. O representante da ADEA chamou a atenção para o valor da energia, apelando ao uso das energias alternativas, numa mensagem de esperança perante o facto consumado do esgotamento dos combustíveis fósseis como fonte de energia. Mudança de atitudes, de comportamentos, de pequenos gestos diários por parte de todos nós, foram as mensagens de oradores como a conferencista convidada, Drª Marta Chantal Ribeiro, que falou com emoção e assertividade da problemática dos Oceanos. O alargamento da plataforma continental foi assunto abordado. Da
Resinorte chegou a Srª. Eng. Célia Almeida, que apelou à reciclagem, à reutilização e à redução dos resíduos diariamente produzidos. A Vimágua apelou à importante questão da gestão sustentada da água. A Drª Susana Balsas referiu a problemática das Florestas num Ano Internacional das Florestas, apelando à preservação das mesmas e à sua gestão sustentada . Chamou a atenção dos presentes para o risco dos incêndios que delapidam sobremaneira o nosso património natural. Um grupo de alunos do 12º CT5, que na disciplina de Área de Projecto escolheu o tema “Ecosustentabilidade em Guimarães”, apresentou de modo simples e muito claro as principais conclusões a que chegou, assim como as dificuldades sentidas ao longo do processo. Foram todos os intervenientes muito aplaudidos e houve debate que partiu dos alunos, como se pretendia. O vereador do Ambiente da CMG, Amadeu Portilha, que elogiou a qualidade e o dinamismo das iniciativas deste nosso projecto, encerrou a sessão e agradeceu a todos a presença e participação na palestra. Profª. Ernestina Morais - Coordenadora
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Notícias
actividade integradora
csi - extracção de adn Como sabemos, todos os organismos vivos são compostos de células. O ADN, ácido desoxirribonucleico, é uma molécula formada por duas cadeias em dupla hélice ligadas entre si por ligações de hidrogénio entre as bases azotadas. Podemos encontrar o ADN no interior do núcleo de cada célula. O ADN foi isolado, pela primeira vez, pelo físico suíço Friedrich Miescher que, em 1869, descobriu uma substância no pus de ligaduras descartadas. Como residia no núcleo da célula chamou-lhe nucleína. Mais tarde, em 1919, Phoebus Levene identificou a base, o açúcar e o fosfato no nucleótido. Levene sugeriu que o ADN era composto por uma cadeia de nucleótidos ligados pelos grupos de fosfatos, mas pensava que a cadeia era curta e que
as bases se repetiam numa dada ordem. Em 1953, baseando-se em imagens de difracções de raios-X criadas por Rosalind Franklin e no facto de que as bases azotadas se emparelhavam, James D. Watson e Francis Crick sugeriram aquilo que é agora aceite como sendo a estrutu-
ra do ADN. Em 1962, após a morte de Franklin, Watson, Crick e Wilkins receberam em conjunto o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina. No dia 22 de Fevereiro, realizámos (EFA NS1) a nossa experiência de extracção de ADN, convidámos a turma EFA4 a assistir e depois
a fazer o mesmo procedimento. A actividade decorreu com uma pequena apresentação do tema que iríamos abordar e, de seguida, passamos à parte prática, ou seja, a turma EFA NS1, dividida em três grupos, fez uma demonstração sobre como retirar o ADN de um kiwi, de um morango e de uma banana. O objectivo do nosso trabalho foi remover e observar o ADN das células vegetais dos frutos, obtendo com sucesso a extracção do ADN e observação do mesmo. Se quiseres fazer esta experiência em casa, é muito fácil. Basta consultar o nosso blog. Para mais informações: efans1.blogspot.com. Experimenta e deixa o teu comentário. EFA NS1
tertúlia
efa b3 t1 procura soluções para enfrentar a crise A palavra do dia é “crise”. Com ela instalada, rapidamente vêm as consequências que lhe estão associadas. O desemprego crescente parece ser o mais preocupante. Muitas famílias vêem-se obrigadas a mudar estilos de vida, porque lhes tocou a elas este flagelo. Como é sabido, nos cursos EFA, estudam adultos muitas vezes atingidos por este problema do desemprego, tanto mais grave quando afecta pessoas mais jovens, frequentemente na faixa etária entre os quarenta e os cinquenta e cinco anos. É essencialmente a estes que se fecham as oportunidades: porque são “velhos de mais” para um novo emprego ou porque são “novos de mais” para a reforma. Desta feita, uma vez mais, o Tema de Vida a ser trabalhado, foi escolhido em função das maiores preocupações que afectam os formandos, recaindo sobre “O Mundo do Trabalho, em tempos de crise”. Urgia fazer o levantamento das empresas que mais empregam pessoas na região do Vale do Ave e do número de desempregados nesta mesma região. Organizou-se uma palestra com a Doutora Helena Chaves, do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Braga, com o intuito de encontrar algumas respostas. O panorama pouco animador estava traçado. Se já tínhamos formandos imbuídos na crise, ficámos com formandos à beira da depressão, porque viram confirmado que as hipóteses de vencer após o desemprego são mesmo escassas. Há, contudo, que enfrentar a situação e
Todos os participantes ouviram atentamente as experiências e conselhos de Fortunato Frederico, proprietário do grupo Kyaia, Filipe Vitorino, o gerente do grupo “Papa Boa” e do restaurante “Histórico” e Carlos Teixeira, presidente da Associação Comercial e Industrial de Guimarães.
encontrar soluções. Os tempos foram-se encarregando de mostrar que ficar de braços cruzados, não traz vencedores, mas vencidos. Mudar está na mão de cada um de nós e para o provar surgiu a ideia da Tertúlia “Empresários de Sucesso, em
tempos de crise”, realizada na nossa escola no dia 30 de Maio. Fez-se o convite a alguns dos empresários mais empreendedores do concelho de Guimarães, a saber: ao Sr. Fortunato Frederico, proprietário do grupo Kyaia; ao Sr. Filipe Vitorino, gerente do grupo “Papa Boa” e do restaurante “Histórico” e, finalmente, ao Engenheiro Carlos Teixeira, presidente da Associação Comercial e Industrial de Guimarães (ACIG). Estes empresários de sucesso contaram um pouco do seu percurso de vida profissional, desvendaram alguns dos segredos, que estão na base desse sucesso, e deixaram a receita para todos aqueles que sentem que as portas se fecharam para o futuro: inovação, respeito pelo cliente e aposta na qualidade. À luz das questões colocadas pelos formandos das turmas EFA presentes e pelos alunos da turma do segundo ano, do ensino profissional, do curso técnico de restauração (convidada não só porque ficou encarregue de confeccionar o pequeno lanche para os convidados, mas também por uma questão de interdisciplinaridade e intercâmbio de saberes), foi claro que a boa disposição reinava. Foi aberta a porta da esperança em dias melhores, que só depende de cada um de nós e na nossa capacidade em enfrentar os dissabores que a vida nos apresenta. Mas quem disse que a vida era fácil? É da dificuldade e da adversidade que nasce a força e o sabor da conquista! EFA B3 T1
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jornadas culturais
efa b3 t1 promove o dia da alimentação saudável Numa época em que se fala numa taxa crescente imparável de obesidade, especialmente da infantil, em que se fala do descuido crescente com a alimentação, eis que surge a temática “Alimentação: saber comer, saber viver”, trabalhada durante alguns meses, na turma EFA B3 T1. Esta temática abriu o caminho para variadas investigações, resultou num Jornal sobre a alimentação saudável e num Blogue, a que toda a comunidade pode aceder para reflectir um pouco e quiçá mudar os seus hábitos alimentares. No entanto, cedo nos apercebemos de que mudar a mentalidade das pessoas não é fácil. Tínhamos de pensar numa actividade que tivesse um maior impacto sobre a nossa população escolar. Foi assim que surgiu a ideia de participarmos nas Jornadas Culturais, que sabíamos ser um dos momentos auge do ano lectivo e, certamente, um período em que todos iam estar mais atentos. Assim, surgiu o “Dia da Alimentação Saudável”, realizado no dia 6 de Abril, no Bar da escola. Em intercâmbio de saberes com as turmas diurnas, do ensino profissional, dos primeiro e segundo anos de restauração, o 1º e 2º PR, decidimos expor produtos com adi-
Com o desígnio de promover hábitos de alimentação saudável, alunos de Restauração deram a provar produtos que deixaram todos com ‘água na boca’.
tivos, com o intuito de demonstrar que alguns são nocivos, se consumidos de forma regular, e que outros não apresentam nenhum
perigo. Contudo, o alerta que ficava era que o melhor era consumir alimentos sem aditivos. Para que as turmas do ensino profissional
convidadas pudessem contribuir com os seus saberes, pensámos que o melhor seria apresentar vários pratos confeccionados de forma saudável, tudo com a preciosa ajuda dos nossos Chefes Pereira e Armando. O resultado foi bastante positivo, pois os pratos estavam com uma óptima apresentação e a vontade geral dos visitantes foi visivelmente degustar um pouco de cada. Ainda assim, para todos aqueles que ficaram com a “água na boca”, havia para oferta uns pequenos snacks saudáveis: shots de fruta; espetadas de fruta, que podiam ser embebidas em chocolate negro, num fondue à disposição, e crepes com recheios a gosto, também eles saudáveis, claro! No final, todos os participantes ficaram com a sensação de que actividades como estas, de intercâmbio e de sensibilização da população, se devem repetir, não só porque nos podemos sentir úteis ensinando algo a alguém, como também porque aprendemos a melhorar as nossas atitudes perante a vida e a comunidade. Não se esqueçam de mimar cada um de vocês com uma alimentação saudável!
palestra
o álcool, inimigo dos jovens estudantes! No âmbito da disciplina de Área de Projecto, no passado dia 13 de Maio de 2011, teve lugar, na sala de estudo, uma palestra alusiva ao tema do álcool e aos seus possíveis efeitos negativos na camada juvenil. Para dar credibilidade ao assunto em questão, foram convidados quatro elementos da associação Alcoólicos Anónimos (AA) que, desde cedo, se prontificaram em colaborar com o nosso grupo de trabalho. A palestra começou às 17:00h com a apresentação de um powerpoint que ilustrava a origem da AA, no mundo e em Portugal. De seguida, foram apresentados os testemunhos reais, com o objectivo de sensibilizar os jovens estudantes presentes. Apraz-nos registar que toda a plateia convidada se mostrou comovida com o testemunho emocionado de todos os membros da AA. Terminada a apresentação dos nossos con-
vidados, foi dado tempo à plateia para colocar perguntas relativamente ao tema tratado, criando-se, deste modo, um debate, durante o qual foi perceptível a existência desta realidade no quotidiano dos jovens da nossa escola. Regozijamo-nos pelo êxito da palestra, pois os alunos mostraram-se interessados e atitudinalmente exemplares, criando, como tal, um óptimo ambiente. Percebemos ainda que a comunidade escolar carece de mais iniciativas desta natureza, para compreender que o álcool, além de não constituir uma solução para tudo, pode destruir os sonhos e a liberdade de muitos de nós. Anabela, Francisco, João, Sofia e Tânia – 12º CT3
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estudo em visita
pelo douro... rumo às caves do porto A turma B3 do curso EFA da Escola Secundária Martins Sarmento deliciou-se, no dia 28 de Maio de 2011, com o aroma das caves do Vinho do Porto. Depois de ter passeado de barco pelo rio Douro, atravessando as pontes do Freixo, de São João, D. Maria Pia, do Infante, D. Luís I e da Arrábida, a turma visitou as caves da «Offley», firma fundada em 1753. Na visita guiada, os formandos tomaram conhecimento de que um dos pioneiros do vinho do Porto foi o ilustre Joseph James Forrester,
mais conhecido por «Barão de Forrester», sócio da «Offley». Além disso, a turma não só ficou inteirada de todo o processo de transporte, armazenagem e fermentação do vinho, como também das diferenças que distinguem os tipos «Ruby», «Tawny» e «Vintage». No termo da visita, um «Ruby» da «Offley» foi servido a todos os formandos, que tiveram assim a oportunidade de apreciar o seu sabor doce, intenso e também inconfundível. EFA B3 T 1
área de projecto
violência em tempos de amor Declarações como: “o meu namorado deu-me pontapés porque não concordei com ele”, ou “ o meu namorado já me pôs um olho negro porque vesti um vestido muito curto” (frases retiradas do livro “ O Amor na Adolescência” de Maria Gabriela de Sousa Silva) podem ser cada vez mais frequentes e estão a preocupar entidades por todo o país. Quando numa relação amorosa um dos parceiros usa comportamentos que visam assumir o poder na relação, magoar /ou controlar podendo tomar a forma física (bater, empurrar), psicológica (insultar, humilhar), sexual (beijar contra a vontade do outro, forçar práticas sexuais) ou stalking (perseguir, vigiar contactos), estamos perante um caso de violência entre jovens namorados. Existem muitos mitos referentes a esta temática que é necessário abolir nos jovens, nomeadamente: o ciúme é uma prova de amor, uma agressão ou insulto não é violência e o amor ultrapassa todos os obstáculos. Sabemos que não é assim! Ainda perdura em muitas mentes a ideia que o ciúme é uma prova de amor. Controlar os horários do companheiro/a, pedir justificações constantemente, controlar o vestuário, são alguns exemplos de ciúme obsessivo.
Quando numa relação amorosa um dos parceiros usa comportamentos que visam assumir o poder na relação, magoar /ou controlar podendo tomar a forma física (bater, empurrar), psicológica (insultar, humilhar), sexual (beijar contra a vontade do outro, forçar práticas sexuais) ou stalking (perseguir, vigiar contactos), estamos perante em caso de violência entre jovens namorados. Sendo difícil quebrar o silêncio para as pessoas que vivem uma situação de violência, colegas e amigos passam a ter um papel importante. Estes devem estar atentos a possíveis sinais e devem falar sobre a situação sem emitir juízos de valor; devem, aconselhar a falar com um adulto de confiança, professores, profissionais de saúde, psicólogos ou associações de apoio. É a centros que as vítimas se devem dirigir, como a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), a CIG (Comissão de Igualdade de Género); a AMCV (Associação de Mulheres Contra a Violência); a CIDM (Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres) e UMAR (União Mulheres Alternativa e Resposta), por exemplo. Há, também, linhas de apoio como: Linha Azul (707203030); Linha Jovem (800208020), SOS Adolescente (800202484) e Linha SOS Mulher (808200175), entre outras. Adriana, Francisco, Filipe e Susana – Sinopse do trabalho de investigação 12º CT5
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desporto
rota das praias - esposende Data: 13 de Maio de 2011 Professores organizadores: Professores da ERDAL: Ricardo Lopes, Orlando Lemos, Pedro Castro Mendes, Natália Castro Mendes, Ismael Participantes: ESMS: Ricardo Lopes, André Lopes, André Oliveira, Carlos Faria Alunos e professores das escolas da ERDAL Descrição da actividade: A iniciativa contou com uma logística complexa, havendo a necessidade de acomodar 60 alunos e respectivas bicicletas provenientes das cinco escolas da ERDAL e cumprir o plano da viagem até Esposende para dar início à Rota das Praias às 10h00 em ponto. Os alunos foram distribuídos pelos vários guias para cumprir um fantástico percurso de 25 kms junto ao litoral de Esposende e foz do rio Neiva. Depois de alguns contratempos mecânicos, lindas paisagens e respectivas fotos, lamentos pelas dificuldades do percurso, um sol abrasador e um reconfortante banho no oceano atlântico, chegámos ao nosso destino – Escola de Esposende. Aí, fomos prendados com um magnífico almoço e lembranças pela nos-
sa participação. Foi, uma vez mais, um dia para mais tarde recordar! Pontos fortes: - Reforço das relações pessoais e profissionais do corpo docente; - Partilha de experiência com outros colegas de profissão de outras escolas (João de Meira, Santos Simões, Fernando Távora e Gil Vic - Conhecer e aplicar as medidas de prevenção e segurança necessárias ao desenvolvimento da prática do BTT. Observações: A ERDAL agradece a todas as pessoas, nomeadamente aos professores, que directa ou indirectamente contribuíram para o sucesso desta actividade, especialmente aos professores da ERDAL e aos patrocinadores, que constituíram mais um incentivo à continuação desta prática desportiva. Um agradecimento especial à escola organizadora pela qualidade da actividade e recepção calorosa. Para eventuais esclarecimentos consultar a página da ERDAL: http://www.erdalgmr. ning.com
certificação
falas francês? delf - exames de certificação No passado dia 13 de Maio ocorreram os exames de Francês DELF, na Escola Básica João de Meira, das 9 às 14 horas, organizados pela Alliance Française, nos quais 4 alunos da nossa escola participaram. Este exame, que tem equivalência europeia, reconhece e certifica os conhecimentos da língua francesa. Alunos de escolas de várias cidades – Marco de Canavezes, Ponte de Lima, Cabeceiras de Basto, para além de Guimarães, – também fizeram o exame na referida escola, candidatando-se deste modo à certificação das suas competências orais e escritas em língua francesa. Espera-se, agora, pela entrega dos certificados, prevista para este mês de Junho. André Martins - 10º LH3
visita de estudo
grupo guimapress A turma B3 do curso EFA da Escola Secundária Martins Sarmento visitou, no dia 17 de Maio de 2011, as modernas instalações do grupo «Guimapress», empresa de sucesso e com um notável índice de audiências a nível nacional. A visita foi guiada pelo jornalista Joaquim Fernandes, o qual explicou que a «Rádio Santiago» foi fundada, em 7 de Novembro de 1986, por um punhado de jovens oriundos de outras rádios locais. A «Rádio Santiago» surgiu então no espectro radiofónico local com a criatividade, a inovação e a frescura fruto da jovialidade dos seus elementos. A falta de meios materiais foi suplantada graças ao apoio da gráfica do jornal «O Comércio de Guimarães», que, entretanto, tinha sido adquirida pela «Sociedade Santiago». No decurso da visita, os formandos depararam-se com algumas relíquias usadas na «Rádio Santiago», entre outras, o telemóvel para as reportagens em directo, de dimensões avantajadas. Conduzidos à sala de som, presenciaram o desenrolar de um programa em directo e contaram com as explicações do respectivo locutor. Depois, na sala das pré-programações, tomaram conhecimento de todo o trabalho prévio a qualquer programa em directo. Na sala da redacção do jornal «O Comércio de Guimarães», todos os elementos foram apresentados aos formandos, que foram convidados a tirar uma fotografia de grupo para ser publicada na edição do jornal do dia seguinte. EFA B3 T1
jornal ‘o pregão’ online em http://issuu.com/opregao
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Universo ESMS
área de projecto
viver o silêncio “Sabemos que os surdos podem fazer tudo o que os ouvintes fazem, excepto ouvir.” I.King Jordan citado por Sacks, 1998:171 Como pode uma pessoa viver sem ouvir, não conseguindo ter uma simples conversa? Como podem estar alertas aos perigos? Como pedir socorro ou ligar o 112? Usa telemóvel? Como se pode integrar numa sociedade egoísta, onde a lei do mais forte vence sempre? Um surdo é um guerreiro. Senão, como explicar que uma pessoa que não ouve possa dançar? Ironia do destino? Não, força de vontade! A deficiência auditiva causa alteração na condição mais importante na vida humana que é a comunicação. Em Portugal, a 27 de Abril de 2001, aquando do III Congresso Nacional de Surdos, na cidade de Beja, foram aprovados os Direitos da Pessoa Surda, cuja leitura se recomenda. Dançar o silêncio A possibilidade de alguém que não consegue ouvir, parcial ou mesmo totalmente, dançar musicalmente é algo que deixa muitas pessoas perplexas. Mas a verdade é que isto é possível, pois apesar de grande parte das vezes não conseguirem ouvir a música, os surdos sentem a sua vibração, principalmente das notas agudas. Estes têm até mais facilidade em alguns tipos de dança pois já estão habituados a utilizar a expressão corporal e facial para se expressarem. Esta aprendizagem pode ajudar a aperfeiçoar o reconhecimento dos sons e a vocalização torna-se espontânea. Os ouvintes nunca poderão imaginar como é não conhecer o som, o silêncio permanente.
Como os surdos, em regra, não possuem memória auditiva, têm mais facilidade em dançar e expressar o silêncio. Para facilitar esta aprendizagem, as salas devem ter um piso de madeira e as colunas necessitam de ter muita potência, o que lhes permite entrar no ritmo da música. Também a presença de vários espelhos é importante pois a observação dos movimentos dos professores e colegas é essencial. O ensino da dança deve ser introduzido com elementos da natureza (água, mar, vento, …), a fim de estimular o movimento no espaço, expressando esses elementos. A utilização de imagens e experiências corporais são essenciais para a criação do contacto do corpo com o meio. O convívio com a música pode ajudar aperfeiçoar o reconhecimento dos sons e a vocalização torna-se espontânea. A dança contribui ainda para a criação de melhores noções de equilíbrio estático e dinâmico. Deve-se encorajar os jovens surdos a organizarem a sua expressão. Dançar o Silêncio: É o nome de um Projecto do Chapitô, orientado por Cláudia Nóvoa e Pedro Ribeiro em que tivemos a oportunidade excepcional de participar, no Centro Cultural Vila Flor. Aprendemos pequenos gestos de Linguagem Gestual Portuguesa e fizemos experiências de dança com diferentes géneros musicais, acabando também por dançando o silêncio. Este é apenas um cheirinho (ou sussurro) do Trabalho de Projecto que elaborámos e consideramos urgente divulgar.
A dança contribui ainda na criação de melhores noções de equilíbrio estático e dinâmico.”
Catarina, Flávia, Joaquim, Maria e Sofia – 12ª CT5
curiosidades
química na lavandaria A química dos métodos de limpeza e dos detergentes e sabões justifica uma paragem para conversar sobre a química da limpeza. A remoção de nódoas tanto pode basear-se na dissolução das partículas de sujidade como em reacções químicas. Por exemplo, as nódoas de gordura podem ser removidas (por dissolução), usando solventes orgânicos como o tetracloroetileno1. Por outro lado a remoção de nódoas de ferro pode ser realizada com ácido oxálico, o qual complexa o ferro (reacção química). Outras nódoas podem ser removidas com branqueadores como o hipoclorito (lixívia), perborato, ou o
peróxido de oxigénio (água oxigenada, conhecida nestas coisas da limpeza como lixívia gentil). A expressão limpeza a seco está ligada ao uso de solventes orgânicos em vez de água. Mas, mesmo assim, é usada alguma água neste processo de forma a remover sujidades solúveis em água. Em pequena quantidade para que a humidade não estrague as roupas. Os sabões são sais de sódio ou potássio de ácidos gordos (de origem vegetal ou animal) que, embora sejam biodegradáveis, são inactivados pelas águas duras. Os detergentes sintéticos são muito mais solúveis que os sabões, apresentando várias formas químicas (detergentes aniónicos,
catiónicos, ou não iónicos, conforme as suas cargas) que os tornam específicos para os diferentes materiais a limpar. Em qualquer dos casos, tanto os sabões como os detergentes baixam a tensão superficial da água (são por isso também designados como agentes tensioactivos), o que permite molhar com mais eficiência os materiais e descolar as sujidades, ao mesmo tempo que o detergente forma estruturas denominadas micelas nas quais as sujidades são incorporadas e removidas junto com a água e o detergente no processo de enxaguamento. Andreia - 11º CT4
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voluntariado no infantário nunos simões
”a galinha dos ovos misteriosos” No âmbito da disciplina de Área de Projecto, um grupo de trabalho resolveu desenvolver uma experiência de voluntariado. A verdadeira paixão do grupo sempre fora as crianças e, dessa mesma paixão, surgiu a ideia de trabalhar em parceria com o Infantário Nuno Simões. Após ultrapassadas todas as questões burocráticas, com sucesso e graças à amabilidade e compreensão de todos quantos abraçaram este nosso empreendimento, pudemos finalmente conhecer o nosso grupo de crianças, da sala 4A, com as quais passaríamos a reunir-nos semanalmente (de Janeiro a Junho do presente ano lectivo). A autora, cuja obra fora seleccionada pelo infantário, era Luísa Ducla Soares. Num projecto aglutinador dessa Instituição, os contos infantis da escritora seriam o alvo de leitura e de interpretação pelas crianças. Perante isso, decidimos inserir-nos também nesse projecto, trabalhando com elas e a educadora Fernanda o conto intitulado “A Galinha dos Ovos Misteriosos”. Numa primeira fase, procedemos à leitura e exploração do conto, mas, com o entusiasmo, o sonho e a ambição de quem pode alcançar mais e ir mais longe, num espírito cooperativo com a Coordenadora do Infantário, Dr.ª Daniela, da Educadora Fernanda e, evidentemente, das crianças, acordamos idealizar uma peça de teatro que seria, posterior e oportunamente, exibida ao público: pais, amigos e educadores. Na realidade, nenhum de nós estava verdadeiramente preparado para a responsabilidade de lidar com crianças de 4 anos. Porém, aprendemos
Gabriela, Margarida e Tiago, do 12º CT3, animaram com muito sucesso as crianças do infantário Nuno Simões
e crescemos com elas, algo que não achávamos ser possível, uma vez que se tratava de pequenos seres com metade do nosso tamanho e um quarto da nossa idade. Toda a experiência foi enriquecedora a inúmeros níveis e as relações de afectividade que estabelecemos com todos os envolvidos no processo marcar-nos-ão, inegavelmente, pela positiva, para o resto das nossas vidas. É algo que recomendamos a qualquer um que partilhe esta mes-
ciclo de cinema
“en claquette” Foi com agrado, mas com alguma apreensão que iniciamos o Ciclo de Cinema Martins Sarmento, no passado mês de Janeiro. É evidente que, quando se fala de curtas e longas-metragens, de romance de acção e de comédia (…), os olhos brilham, o ouvido apura-se e o entusiasmo cresce. Em contrapartida, para satisfazer um público, que se quer exigente e conhecedor, deparámo-nos com uma tarefa gigantesca, uma vez que, para além de vivências tão esparsas, os gostos nem sempre se harmonizam na selecção mais assertiva e adequada à procura do possível espectador. Assim, procurámos ir ao encontro das temáticas leccionadas e das áreas multidisciplinares mais diversas, abordando o tema do amor em tempo de guerra, a problemática do trabalho e da inserção no mundo do trabalho, o multiculturalismo, os valores, os direitos…. Nem sempre foi fácil, nem sempre colhemos apreciações unânimes de apreço, nem sempre convidámos os
alunos mais predispostos a percorrer connosco as sinuosas dimensões estéticas e artísticas do cinema. No cômputo geral, acreditamos que o esforço não se limitou ao fazer por fazer, pois houve quem chorasse, quem risse e quem partilhasse a cumplicidade da tela mágica. A esses alunos e professores, o nosso sincero obrigado pela preciosa colaboração. Para aqueles que não conseguimos cativar, resta-nos um apelo – tragam sugestões, lufadas de ar fresco e no próximo ciclo… façam-nos sonhar. Deste modo, e no fecho desta última edição d’O Pregão, as responsáveis pelo Ciclo de Cinema Martins Sarmento desejam a todos os cinéfilos bons e variados filmes, para que, no próximo ano lectivo, haja mais magia e enriquecimento nas nossas sessões cinematográficas. Grupo de Francês
ma paixão, e garantimos que aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de o fazer, até à presente data, após os primeiros contactos, ficarão logo com o coração derretido. A todos os que permitiram este nosso crescer e esta partilha - Direcção da nossa Escola, Direcção do Infantário Nuno Simões, Dr.ª Shorheh, Dr.ª Daniela e Educadora Fernanda, um sentido abraço de agradecimento. Gabriela, Margarida e Tiago – 12º CT3
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Escola Secundária Martins Sarmento O Pregão
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curso profissional técnico de análise laboratorial
qualidade, segurança e ambiente - química aplicada Treze jovens raparigas, uma professora e duas disciplinas foram os ingredientes necessários para cozinhar actividades fantásticas, durante este ano lectivo que está prestes a terminar, e criar um laço afectivo entre as personagens desta história. As treze jovens pertencem à turma do Curso Profissional Técnico de Análise Laboratorial – 2º PAL e a professora, eu, que lecciono as disciplinas de Química Aplicada e de Qualidade, Segurança e Ambiente. A aventura escolar começou logo em Setembro e durante todo o ano lectivo surgiram várias actividades que foram desenvolvidas pelas alunas. Não irei falar de todas elas (são muitas!!), mas é importante destacar três visitas de estudo e dois trabalhos de grupo. Bioindicadores – os líquenes
líquenes que aí cresciam. Cada grupo registou os seus resultados e até tirou fotografias do sector que estudaram. Na fase final, os resultados foram discutidos e analisados em sala de aula: concluiu-se que, no geral, as ruas mais movimentadas e as zonas de paragem ou diminuição de velocidade dos automóveis (semáforos, paragens de autocarros), são áreas de maior concentração do poluente SO2. Depois, as alunas analisam formas de redução dos níveis de dióxido de enxofre nesses sectores, como por exemplo: sensibilizar a população a deixar o carro em casa e a utilizar transportes públicos, ou irem a pé ou de bicicleta para os locais para onde necessitam de se deslocar; promover a compra e utilização de veículos eléctricos, entre outras. Os trabalhos foram expostos à comunidade escolar durante a Semana do Ambiente.
Dos trabalhos de grupo, o mais trabalhoso e cansativo foi o projecto com os líquenes. Com o material de campo às costas, debaixo de sol ou de chuva, as alunas percorreram as ruas da cidade de Guimarães procurando e usando os líquenes como bioindicadores da qualidade do ar. Basearam-se no facto de diferentes espécies de líquenes possuírem graus distintos de sensibilidade aos poluentes, nomeadamente ao dióxido de enxofre (SO2). Sabendo quais as espécies que são mais sensíveis à poluição atmosférica e determinando a sua presença ou ausência, foi possível avaliar a qualidade do ar que envolvia os líquenes e daí a sua importância neste estudo. Durante a concepção e realização do projecto, as alunas tiveram que localizar e analisar os líquenes que cresciam nos troncos das árvores até uma altura de 2m, nas principais artérias da cidade de Guimarães (previamente definidas). Posteriormente, as alunas identificaram as várias espécies de líquenes recorrendo a uma carta de identificação. A presença / ausência de líquenes e a respectiva classificação da qualidade do ar foi determinada com base numa escala qualitativa. A cada grupo foi atribuído um sector da cidade onde tiveram de contar as árvores existentes, identificando os
Para o lixo, não! Entretanto, e de forma a sensibilizar a comunidade educativa sobre os desperdícios e a importância da reciclagem para o meio ambiente, a turma construiu quatro trabalhos fabulosos e ilustrativos sobre o tempo de decomposição do lixo. Foi uma actividade muito profícua pois, antes de iniciar os trabalhos, tinha-se perguntado se sabiam quanto tempo certos objectos demoravam para se decompor na natureza e a turma não sabia. Mas, após a realização desta actividade já comentavam que não se deveria deitar para o lixo normal vários objectos pois demoram muito tempo para degradar e que o melhor é mesmo reciclar!
Curiosas foram as reacções da comunidade educativa quando exploravam com o olhar os quatro trabalhos, pois ouviam-se comentários maravilhosos e estou certa de que todos aprenderam com estes trabalhos uma vez que a informação transmitida tentou incutir nas pessoas responsabilidade ambiental ao dar a conhecer os efeitos que o lixo pode causar no meio ambiente. Investigação científica na UM - Braga Quanto às visitas de estudo, a primeira foi em Novembro do ano passado. Fomos até à Universidade do Minho em Gualtar – Braga, particularmente ao Departamento de Biologia onde fomos recebidas pela Dra. Teresa Almeida e Dra. Judite Almeida. A Dra. Judite guiou-nos pelos vários laboratórios do departamento, onde as alunas tiveram contacto directo com os investigadores e os trabalhos por estes desenvolvidos. Além dos laboratórios, as alunas tiveram acesso às salas de apoios às investigações, como por exemplo a sala de culturas de plantas in vitro, sala de frio 4ºC, etc. Esta visita guiada foi benéfica para as alunas, pois possibilitou o despertar da curiosidade pelos temas científicos, além de lhes possibilitar um contacto real com laboratórios de investigação científica. Posteriormente, fomos conduzidas até ao Champimóvel onde visualizamos um filme animado e interactivo em 3D. Consistiu numa viagem pelo corpo humano apresentada pela figura animada “Champi”. As alunas ficaram muito satisfeitas com a actividade querendo repetir a experiência, pois foi uma apresentação dinâmica e muito divertida que permitiu adquirir conhecimentos actuais como por exemplo: a acção dos vírus no corpo humano, a utilização de células estaminas, a recente nanotecnologia, etc. Esta visita terminou com uma palestra da Dra. Alexandra Nobre sobre Biotecnologia. Esta palestra foi profícua na medida em que as alunas enquadraram alguns dos conhecimentos adquiridos, proporcionando-lhes uma consolidação dos mesmos, promovendo assim uma aprendizagem significativa, além de despertar curiosidade para os temas que foram abordados nos módulos da disciplina de Química Aplicada. Fomos ao mundo dos dinossauros… A segunda visita de estudo foi à exposição “Mundo dos Dinossauros” onde fomos recebidas por uma guia que nos conduziu durante toda a exposição. O desfecho da visita foi feito com a visualização de um filme alusivo ao modo de vida dos Dinossauros durante a época em que viveram no nosso planeta.
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Após o almoço, dirigimo-nos ao Centro de Ciência Viva onde fomos recebidas pelas monitoras do centro. Fomos conduzidas a uma sala onde vimos o filme “Nós e o Sangue” e posteriormente fizemos uma visita guiada ao laboratório do centro onde se realizou uma experiência relativa ao sangue; depois visitámos a exposição interactiva sobre o mesmo assunto. Após um intervalo de 15 minutos, dirigimo-nos novamente à sala cinematográfica e observámos o filme “A Gotinha de Água”. Seguidamente as alunas visitaram o Aquário do centro, que possui mais de 1000 l de água salgada, onde habitam várias espécies animais presentes na nossa costa portuguesa. Posteriormente, dirigimo-nos ao “Espaço Aqua”, um espaço de promoção da cultura científica e tecnológica e que alberga um conjunto de módulos interactivos sobre a água. Não ficaria cansada por descrever outras mais actividades como a “Cultura de Bactérias” ou “Separação de pigmentos fotossintéticos” ou até “A acção da amilase salivar”, mas isso fica para uma próxima. Quero, também, com este artigo homenagear as treze jovens raparigas que participaram em todas estas actividades: Catarina, Andreia, Celina, Marisa, Sofia, Lara, Liliana, Marta, Nádia, Sara, Soraia, Susana e Vera por terem sido alunas dedicadas, trabalhadoras, responsáveis e muito afáveis! Gostei muito de trabalhar com todas elas e desejo-lhes um futuro sempre risonho! Parabéns meninas!
Na ETAR de Vila do Conde, as alunas ficaram a conhecer o processo de tratamento de águas residuais
… À ETAR e ao centro de ciência viva em Vila do Conde… Na terceira visita de estudo fomos até à ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) do Ave e ao Centro de Ciência Viva, ambas em Vila do Conde. De manhã cedo, a técnica responsável da ETAR, a Eng. Bárbara, que nos recebeu e fez a visita guiada, descreveu todos os passos, desde a chegada das águas residuais provenientes de zonas industriais e domésticas ao seu tratamento e
posterior devolução ao meio ambiente. As alunas tomaram conhecimento in locu sobre o processo de tratamento de águas residuais, conhecendo as várias etapas através das explicações da engenheira e da observação das máquinas, colocando muitas questões. As alunas ficaram mais sensibilizadas para a temática do curso, relacionado com análises laboratoriais, e para a protecção do ambiente. Duas das meninas ficaram tão sensibilizadas que não aguentaram o cheiro da ETAR e tiveram de andar de máscara… ai ai!
2º PAL e Profª Elisabete Pacheco
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química fotográfica O papel fotográfico a preto e branco tem uma cobertura de brometo de prata sobre uma tira de celulose. Quando estamos a revelar uma fotografia e a expomos à luz solar, os iões de prata sofrem uma redução, ou seja, estes iões captam electrões do bromo que os perdeu durante uma reacção de oxidação. Os iões de prata transformam-se assim em prata metálica, após esta semi-reacção de redução, que vai conferir a cor negra às fotografias. No papel ainda não são visíveis os resultados deste processo, falta o banho de revelação. É durante este que a prata vai reagir com as substâncias do banho, e aí vamos realmente conseguir ver a cor preta. Quanto mais luz ataca os cristais, mais prata se vai formar e mais preto é o resultado. Depois destes processos há ainda muito brometo de prata que sobrou por não ter reagido. Este tem de ser eliminado antes de expormos a fotografia a mais luz, porque corremos o risco de ficar toda preta. É uma solução denominada fixativo que vai ser responsável por este processo, através de uma nova reacção de oxidação-redução com tiosulfato de amónio. Após a secagem, a fotografia está, então, pronta a ser manuseada com toda a segurança.
vivo Grito, choro e escondo-me… Tento fugir do medo, do medo que me persegue. Quero que ele fuja, que desapareça, mas não consigo. Não tenho força suficiente para o fazer sair de dentro de mim com um simples “Vai-te embora!”. Tenho medo da morte, sim é da morte que tenho medo. Não é de cobras, lagartos, aranhas nem da falta de amor, é a morte que temo. Tenho medo de morrer sem ter tempo de me despedir daqueles que amo. Não sei há quanto tempo a conheço; gostava de conseguir viver um dia sem a encontrar, chego por vezes mesmo a pensar que a morte me persegue. Será mesmo esse o destino de todos nós? Quero fugir desse destino, quero ser imortal, sabendo que poderia repetir tudo, apreciar cada momento, cada segundo da minha vida sabendo que a mesma nunca acabaria. Sinto que tenho de vencer esse medo, pois ninguém consegue fugir à morte. Todos nascemos, vivemos, morremos, é esta, afinal, a única Lei infalível da Natureza. Vanessa Cristina – 12º
curiosidades da química
por que razão quando deixas cair gordura na roupa a tua mãe antes de a meter na máquina lhe adiciona líquido da loiça? A tua mãe, antes de meter tua a roupa com nódoas na máquina, adiciona-lhe líquido da loiça porque a água é uma substância polar e a gordura é apolar. Ora se a puser a lavar só com a água, a gordura não se irá remover, substâncias que não sejam iguais não se removem uma à outra (apolar com polar); só substâncias iguais é que se removem (ambas polares ou apolares). Logo, quando adicionado o líquido da loiça directamente na gordura, a nódoa irá ser removida porque são ambas substâncias apolares. Anedota: Por que é que o urso polar não se dissolve na água? - Dah…! Porque são ambos polares…. =) Ana Fernandes e Filipa Martins, 11ºCT4
vá lá, respondam!!! 1- Ordem ou desordem? 5-2-9-8-4-6-7-3-1-0. São os dez números de 0 a 9, aparentemente escritos em desordem. Saberás dizer em que ordem se encontram? 2- A palavra de ordem Um espião procura compreender qual a palavra de ordem para entrar num local secreto. Esconde-se cuidadosamente e observa. Chega um homem com um impermeável, bate à porta e de dentro uma voz diz: ‘catorze’. O homem responde: ‘sete’ e abrem-lhe a porta. Pouco depois chega uma senhora elegante, bate à porta e dizem-lhe: ‘oito’, ela responde: ‘quatro’ e entra. Um terceiro homem, com uma longa barba entra depois de ter respondido igualmente ‘sete’ à palavra ‘catorze’. Então, o espião esfrega as mãos de contente: está certo de que compreendeu tudo! Aproxima-se tranquilamente do local, bate à porta e ouve uma voz que diz ‘quatro!’ Responde com segurança: ‘dois’, mas expulsam-no de imediato. Por que razão? 3- Questão de Parentesco Um homem olha com atenção uma fotografia, depois exclama: ‘’eu não tenho irmãs ou irmãos, mas o pai deste homem é o filho do meu pai’’. Quem está na fotografia? Grupo de Informática
Respostas: 1- Resposta: Encontram-se por ordem alfabética. 2- A questão concreta não é a metade do número que a pessoa diz do interior, mas a contagem das letras que cada número tem. Por exemplo: ‘catorze’ tem sete letras. A resposta certa do espião deveria ser seis. 3- É ele mesmo que se na encontra na fotografia.
curiosidades
SOLUÇÕES DAS PALAVRAS CRUZADAS N.º 5 ALAPAR; MEDULA; L; CONE; ELEI; R; HÁ; PEV; DAI; PA; ELO; LI; IR; DOM; AVIO; TAC; CUME; ROTURA; APARAS; ROSAL; MENOR; R; SARI; ERAS;A; EL; MAS; NUS; SM; VER; SA; TA; RUA; IRIA; R; A; PIOR; S; ROLA; RAIO; R; TA; SOM; IRA; IA; AIA; AO; AI; RAD; ROSA; S; M; MIMO.
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NOVAS TECNOLOGIAS
escolas americanas utilizam gps para controlar alunos Um grupo de escolas no estado norte-americano da Califórnia está a testar um programa que visa controlar os alunos que faltam às aulas através de equipamento GPS. Estudantes com quatro ou mais faltas injustificadas vão receber equipamento GPS para monitorizar o seu percurso em vez de qualquer outro castigo. Os alunos devem efectuar registos no GPS em cinco momentos do dia: quando saem de casa para a escola, quando chegam à escola, durante o almoço, quando saem da escola e às 20 horas de cada dia. Os estudantes inseridos no programa vão ainda receber, diariamente, chamadas telefónicas
com o objectivo de indicar que se devem dirigir à escola. É também necessário que o aluno realize três reuniões semanais com um responsável do estabelecimento de ensino para analisar e discutir o seu comportamento. O programa, que tem a duração de seis semanas, vai custar 18 mil dólares (cerca de 13 mil euros) o que representa um valor de 8 dólares por dia por cada aluno afectado. O resultado de testes de programas semelhantes anteriores revelou que a taxa de presença na escola subiu de 77% para 95% durante as seis semanas em que o projecto teve lugar. Grupo de Informática
ÁREA DE PROJECTO
krav-maga: uma arma contra a criminalidade Segundo o Comando Distrital de Braga da PSP, durante os primeiros quatro meses deste ano houve uma diminuição de 18,9% da criminalidade denunciada. Guimarães, contudo, não acompanha a descida dos valores. O concelho é, neste momento, o caso mais preocupante, no distrito, no que toca à criminalidade, segundo a Polícia de Segurança Pública. “Guimarães não está a descer como efectivamente está a acontecer em Braga, Famalicão e Barcelos”, disse o intendente António Fraga na apresentação dos dados, acrescentando: “Estamos a fazer um esforço para que Guimarães consiga chegar ao patamar dos outros concelhos”. Que razões explicam o “caso Guimarães”? O concelho apresenta, também, uma das taxas de desemprego mais elevadas do país - em Abril, estavam inscritos no Centro de Emprego 12099 pessoas. Haverá ligação entre os dois fenómenos? “Não é lícito fazer essa ligação”, afirma António Magalhães. O presidente da Câmara lembra que o município tem das “medidas sociais mais generosas do país” destinadas a famílias flageladas pelo desemprego, embora admita que a “instabilidade social” desencadeada pelo desemprego possa, quando muito, despoletar “brigas domésticas”. Trata-se mais, adianta o autar-
ca, de “um fenómeno conjuntural”, muitas vezes relacionado com o “crime importado”. “A cidade é apelativa e, além de turistas, atrai também a pequena marginalidade”, argumenta. De resto, salienta que a subida de casos reporta aos dois primeiros meses do ano. “Os meses de Março e Abril registaram descidas”, contrapõe o edil, que até aventa explicações: “A criação, na PSP local, de um grupo de fiscalização e intervenção, e a detenção de um célebre grupo marginal, podem ser explicações para a descida. Aproveitamos para divulgar o Krav-Maga, que é uma arma bastante eficaz contra a criminalidade, porque, as várias técnicas deste desporto oferecem aos praticantes uma protecção extra contra diferentes tipos de crime. O Krav-Maga, (“combate de contacto”) é um sistema de combate corpo a corpo, desenvolvido em Israel, que envolve técnicas de luta, agarro e golpe. A sua filosofia enfatiza a neutralização de ameaças, manobras de defesa e ataques simultâneos, e agressão. Todos os golpes são permitidos e treinados de forma a ultrapassar todo e qualquer tipo de violência do modo mais rápido e eficaz possível. Alfredo, Cláudia e Tiago – Sinopse do trabalho de investigação -12ª CT5
Princípios básicos - Prevenir em situações perigosas, como por exemplo, apanhar boleia de estranhos; - Desenvolver os reflexos naturais do corpo humano; - Favorecer métodos que envolvam um risco pessoal mínimo. - Tentar sempre desencorajar o atacante através do diálogo antes de entrar em confronto. - Atacar sempre as zonas mais frágeis do corpo humano (os olhos, a garganta, genitais) para controlar um adversário; - Aproveitar os objectos dentro de alcance bem como as armas naturais do corpo; - Neutralizar o alvo. Claro que, ao praticar este ou outro desporto de auto-defesa além de se ganhar saúde, ganha-se segurança, o que nos dias (e noites!) de hoje é muito importante.
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ii jornadas culturais: espectáculo prévio O inigualável vimaranense, Manuel d’Oliveira, ex-aluno da E.S. Martins Sarmento, - um dos melhores intérpretes e compositores do panteão musical internacional presenteou a cidade, a convite da Escola.
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Todo o projecto nasce de um sonho e para todo o bom português, o caminho mais certo para vencer é tentar mais uma vez!
Ainda mais pequenos em tamanho, mas grandes em talento, vieram os craques do xadrez pôr as peças em movimento!
Este lema comandou a preparação das Jornadas depois do sucesso das primeiras a fasquia era elevada!
Mas houve mais!
Se é verdade que é mais fácil obter sucesso que mantê-lo nada como o empenho de todos que sonharam promovê-lo! E se o sonho nos faz acordar todos os dias era necessário torná-lo realidade Nem as obras na escola nos impediram havia que abrir a Escola à cidade! Pudemos ver todos aos pulos numa extasiante euforia, com a Escola em Movimento que levou à cidade a alegria! Quem queria agitar os músculos nos torneios pode participar, quem queria agitar os neurónios em várias palestras participar! Da “Violência no namoro” ao “Grafeno”, da sessão “ Dura lex, Sed lex” ao “Empreendedorismo e criação de emprego”, Um desfilar de individualidades, Nem um dia de agenda com sossego! Alunos das escolas básicas Coloriram os Workshops de química, desenho, física e biologia, atentos à escola que poderá ser sua um dia!
Exposições variadas , visitas ao centro histórico orientadas; sessões do CNO, concursos de Fotografia, conhecemos de Guimarães Órgãos de Tubos, das universidades a oferta educativa… um leque variado de ofertas, revelámos à comunidade uma escola de portas abertas! As Jornadas encerraram em grande com o Sarau no S. Mamede, Foi enorme a adesão de participantes num brio que não se mede! Do canto a solo às bandas de música, do teatro à dança, alunos e professores expressaram a animação, o recinto repleto aplaudiu a talentosa revelação! O futebolista Flávio Meireles, a aluna Patrícia Ribeiro, a Juliana Barros e o Marcelo, todos belos estreantes, salpicaram com brilho o espectáculo apresentando também o especial Manuel d’Oliveira. Assim durante quatro dias de Abril decorreram as II Jornadas Culturais. Aqui ficam agradecimentos a todos que tudo fizeram para as tornar fenomenais!
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o caminho mais certo para vencer é tentar mais uma vez “Dizem que o talento cria suas próprias oportunidades. Mas às vezes, parece que o desejo intenso cria não apenas suas próprias oportunidades, mas seus próprios talentos.” Eric Hoffer
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emprestando a voz às palavras Por vezes vagueio entre ruas e vielas, mas rápido me canso. Farto-me desta ludibriada gente surda que fisga o olhar de entre a escuridão dos becos, mas não vê. Farto-me desta delinquência, desta dissimulação, desta…tirania marcada nas enrugadas pedras que piso ao caminhar. Farto-me deste mundo frio e distante que me renega. Farto-me. Um dia, neste meu caminhar incessante em busca de uma luz que nunca avisto, encontrei o Destino, que outrora alguém disse ser incerto. E de facto é. Desafiou-me. Desafiou-me a sentir. Sentir o que muitos não sentem, a arte da palavra. Sentir Pessoa. Naquele dia decidi parar por um instante. Debrucei-me ali mesmo, sobre um campo plano e ermo, batido pelo sol quente. Curiosamente, sentia o meu corpo frio, como se estivesse morto. Com ele, ficaram memórias de uma infância irremediavelmente perdida. O meu olhar, esse, esmorecia à medida que me recordava de um nome que nunca tivera. Porém para lembrar é preciso ter esquecido e eu nunca esqueci que para minha mãe sempre fui e serei “o menino”, “o menino de sua mãe”. Por momentos dou por mim mergulhado num sono profundo, aprisionado entre a surdez e a cegueira até que, vindo do acaso, o Destino decide, novamente, tropeçar no meu caminho. Desta vez marcara presença para que fossem honrados compromissos. Agora, vejo-me aqui, em cima de um palco, emprestando a voz às palavras e percebo o quanto um aplauso nos preenche. Victor Cunha - 12.º CT5
Queremos enaltecer o trabalho e colaboração de todos os que tornaram possíveis estas II Jornadas que primaram pela qualidade e diversidade – de alunos, da equipa organizadora, de professores promotores e participantes, de patrocinadores e entidades locais. A todos eles o nosso muito obrigado! Prof.ª Rosa Manuela Machado (Equipa organizadora II Jornadas Culturais)
P.S.: Qualquer semelhança com a cerimónia dos Óscares é pura coincidência! Mas, bem vistas as coisas, os nossos talentos bem mereciam ter ganho um! Bem hajam!
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Jornal ‘O Pregão’ online em http://issuu.com/opregao
Equipa de ‘O Pregão’ Dulce Nogueira Fátima Lopes Genoveva Lima Glória M. Machado Joaquim Magalhães Jorge C. Faria José L. Faria José M. Teixeira Leonor Costa
Se pretendes ver publicado o teu artigo ou trabalho no jornal da escola, envia o material para o email: o.pregao@esmsarmento.pt
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Palavras Cruzadas 5
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“Sei que pareço um ladrão... mas há muitos que eu conheço que, sem parecer o que são, são aquilo que eu pareço.” António Aleixo
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Prof. António Costa antonio.costa@esmsarmento.pt
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15: Afixação dos resultados da 1.ª fase 18: Início inscrição para a 2.ª fase de exames 22: Início da 2.ª fase de exames D
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9: Afixação dos resultados da 2.ª fase de exames
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Sítios e Blogs http://www.dges.mctes.pt Sítio da Direcção Geral do Ensino Superior
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Instalar-se confortavelmente (popular); designação de órgãos ou estruturas que ocupam uma posição central relativamente ao órgão ou à estrutura em que se encontram (Anatomia). Nome de um sólido, de base redonda e com um vértice; prendi. Existe; “Partido Ecologista os Verdes”; concedei; rapaz. Gavinha; soletrei; passear; qualidade. Despacho; “Tomografia Axial Computadorizada”; cimo de uma elevação de terreno. Quebra de relações sociais; maravalhas. Plantação de roseiras; antónimo de maior. Traje típico das mulheres indianas, constituído por uma peça de tecido comprida que é enrolada à volta do corpo, formando uma das pontas a saia e a outra atravessando o tronco e pendendo sobre o ombro ou a cabeça; épocas históricas. Artigo que precedia o rei; antiga unidade de peso de Malaca, na Malásia; despidos; “Saúde Mental”. Observar; apelido; Tântalo (s.q.); via ladeada de casas ou árvores, dentro de uma povoação. Passaria; [superlativo de mau] que, em relação a determinada qualidade, é inferior a todos os outros. Ave de migração, columbina, abundante em Portugal de Abril a Setembro, após o que emigra para a África (Ornitologia); distância do centro ao limite da circunferência (Geometria). “Tradução automática”; sensação audível; fúria; vagueava. Dama de companhia; contração de preposição “a” e artigo definido “o”; momento; unidade de irradiação absorvida, de símbolo rd, que corresponde à absorção de 0,01 joules por quilograma (Física). Flor que é nome de mulher; presente delicado, geralmente inesperado. Transferir a posse ou a propriedade de (algo) para outrem; inspeccionar. Luz da aurora; decifrar; encarregado particular da educação doméstica de crianças nobres. Actínio (s.q.); carta de jogar, peça de dominó ou face de dado com oito pintas (pl.); ridicularizar; aquelas. Relativo a formas de representação em que o tema central é a sociedade de consumo (Artes Plásticas); atrevem-se; contracção da preposição “a” e artigo definido “o” (pl.). Espiral de cabelo frisado ou encaracolado; invulgares; prólogo de uma composição dramática. Revigoráramos. Determinariam a medicação de. Prender com gavinhas; bebedeira; nome masculino. Concedi; utensílios de pesca; carlinga do navio.
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Interjeição que exprime dor, espanto, surpresa ou repugnância; rijos; curso de água natural; graceja.
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Terreno plantado de árvores frutíferas; transpiro; caminhavam.
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Fio de qualquer metal puxado à fieira (pl.); apaixonado (Brasil, popular).
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