Propriedade: Escola Secundária Martins Sarmento Alameda Prof. Abel Salazar - 4810-247 Guimarães Tel.: 253 513 240 | Fax: 253 511 163 Código da Escola: 402187 Director: José Manuel Teixeira Coordenação Geral: Glória Manuela Machado Grafismo e paginação: José Faria Email: o.pregao@esmsarmento.pt nº 09 Julho 2013
Jornal da Escola Secundária Martins Sarmento
Editorial Caros Leitores do nosso Pregão, Cá de novo. Há já algum tempo que não nos encontrávamos, mas não podíamos partir para banhos sem nos despedirmos! Olhamos para trás no tempo e, sem querer, damos connosco a avaliar. A avaliar o que fizemos, as edições que lançámos, também os Pregões que não saíram, os gritos que não demos. E, um pouco nostálgicos, também, sentimos que todos nós nos distraímos um pouco com coisas insignificantes. E o tempo passa (“Como o rio”, diria Ricardo Reis). E nós repetimos: como o rio. Passa e não se repete. Por isso, decidimos deixar estas palavras de alento aos que ficam, alunos já e aos que partem, olhos postos em voos mais altos. E a nossa mensagem passa aqui: não desistam de construir a vossa “passarola”, de sonhar, de acreditar, de aprender e, sem dúvida, voarão e alcançarão o “Além”, construirão o vosso mundo “a haver”. Que a Escola Martins Sarmento vos tenha ajudado a encontrar a cera para construirdes as vossas asas e, como Ícaro, as saibais abrir. Que o Padre sonhador seja o vosso guia, Baltasar o vosso lema e Blimunda a vossa inspiração. Ainda que não recordeis a estrutura externa da maior epopeia dos portugueses, não esqueçais nunca que dos indolentes e fracos não reza a história, muito menos uma epopeia. Por isso, sempre que vos surja um Adamastor, enfrentai-o altivos e amedrontai-o com a vossa ousadia. Enquanto isso, nós ficamos, observando o rio a passar. Confiantes, todavia. Crédulos que, brevemente, enlaçaremos de novo “as mãos” e ajudaremos outros jornaleiros a percorrer a jorna e a partirem para a construção da sua passarola. A todos: Boa viagem! Prof.ª Glória Machado
Jornadas Culturais
p. 02
Sarau Cultural
p. 06
Vem conhecer a nova Martins Sarmento
p. 10
Entrevista: Teresa Silva
Opinião: 'Educação Especial', Prof.ª Natália Marques
Universo ESMS: Grupo 'Teatro Não é Xarope', Profª. Sílvia Magalhães.
p. 22
Palestra: 'Novos caminhos para as artes visuais'
p. 14
p. 18
p. 24
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Destaque
IV Jornadas Culturais
• O desporto em ação: torneios de basquetebol e futebol de 5.
O Pregão Julho de 2013
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Destaque
• Os pequeninos num espaço gigantesco.
• As artes ao vivo com o 'traço' de um artista da escola.
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Destaque
Laboratórios abertos
• Experiências e curiosidades ao vivo.
O Pregão Julho de 2013
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Destaque
Sons do Liceu na Plataforma das Artes
• 25 de Abril - Palestra.
• Concurso Jovem Cozinheiro Martins Sarmento.
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Destaque
Sarau Cultural
• Como habitualmente, a sala do S. Mamede teve lotação esgotada.
O Pregão Julho de 2013
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Destaque
• Apresentadores: Marlene Cardoso (ex. aluna) e João Iliescu (Presidente da Associação de estudantes).
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Destaque
• Os assistentes operacionais com 'Gangnam Style'. • Os professores também 'piaram'.
• Homenagem à Dona Luísa Lima, coordenadora dos assistentes operacionais e ao Dr. Fernando Conceição, ex Reitor do Liceu de Guimarães.
O Pregão Julho de 2013
Destaque
• Ex alunos deram o ar da sua graça.
• Vencedores do concurso 'Liceu Got Talent'.
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Destaque
11 DE MAIO 2013
Vem Conhecer a Nova Martins Sarmento A Escola abriu as portas à comunidade
E foi assim! No sábado de 11 de maio, a Escola Secundária Martins Sarmento abriu as portas à comunidade vimaranense. Empenhados em divulgar o que de bom se faz e existe na sua escola, assim como as novas instalações, alunos, professores, técnicos de ação educativa e associação de pais organizaram-se para acompanhar os curiosos e interessados visitantes numa viagem de aventura pelas instalações da escola. Logo na entrada da escola, a partir das 10 horas e até ao fim do dia, os visitantes, que incluíram jovens estudantes, pais e outros familiares, antigos alunos daquele que foi o Liceu Nacional de Guimarães, entre outros curiosos, foram recebidos pelo Diretor da Escola e pelo Presidente da Associação de Pais, sendo de seguida acompanhados por professores na animada visita. Dispersos por vários espaços específicos, como os recreios, os laboratórios de Biologia e de Geologia, de Física e de Química, o ginásio, salas de Artes e de Multimédia, a cozinha Pedagógica, a Biblioteca, encontravam-se alunos e alguns professores dos vários cursos lecionados na escola a receber os visitantes, que os iam deliciando com algumas das atividades desenvolvidas e proporcionando-lhes oportunidade de alguma experimentação.
No jardim interior da escola, um espaço agradável de lazer e convívio, alunos que se estrearam no “Liceu Got Talent”, concurso habitual do Sarau das Jornadas Culturais, juntamente com uma mostra de vozes, de dança e de poesia de vários jovens desta escola, partilharam mais uma vez o seu talento, agora com aqueles que neste dia visitaram a Martins Sarmento. O intervalo para almoço foi um momento de partilha. Alunos, professores e técnicos juntaram-se na cantina, com vista para o jardim interior, e partilharam uma refeição leve, coroada com uma doce sobremesa preparada pelas alunas do 10ºCT2. Muitos alunos trouxeram amigos de manhã, fazendo-se acompanhar à tarde dos respetivos pais e irmãos para visitar a escola. E, no final da tarde, também os familiares dos nossos alunos, que os vinham buscar, entraram e conheceram as instalações. Para além do interesse e curiosidade demonstrados pelos visitantes, resta referir a disponibilidade, empenho e sorriso constantes de todos quantos se empenharam na dinamização e sucesso deste dia aberto da Escola Secundária Martins Sarmento. Prof.ª Frederica Sampaio
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Destaque
• Os músicos da escola animaram este dia.
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Destaque • Petiscos dos nossos "chefes".
• Professores em descompressão.
• A animação saiu à rua.
O Pregão Julho de 2013
Destaque • Alunos, professores e assistentes em interação.
• Famílias e amigos marcaram presença.
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Entrevista
"Quem lê enfrenta uma nova realidade e ponto de vista." Teresa Silva
Entrevista Profª. Fátima Caldas:
É com um orgulho enorme que apresento esta menina-escritora numa entrevista ao público em geral. Conheci-a nos seus tenros quinze anos, no 10º ano de escolaridade, acabada de chegar do Externato Delfim Ferreira, reservada mas não tímida, de olhar curioso e sorriso meigo. Logo nesse ano, empenhada e solícita, apresentou o seu primeiro livro “ Magia Louca” na biblioteca. Mudou de turma no ano seguinte, mas não lhe perdi o rasto, e foi sucessivamente celebrando connosco, na biblioteca, o prazer de ler. A intenção desta entrevista é de desvelar o que está mais do que revelado, mas ao mesmo tempo persiste na sua invisibilidade na nossa comunidade: a determinação desta menina-mulher em prosseguir com a sua paixão pela escrita, apesar de tudo e apesar de todos.
Quem é Teresa Silva? O meu nome é Teresa Silva, sou natural de Guimarães e frequento esta escola, Martins Sarmento, no curso Científico-Humanístico. Sempre gostei de escrever e, por isso, aos treze anos tinha já editado o meu primeiro livro. Na tua infância gostavas de ler? Desde muito pequenina que os livros me despertam interesse. Antes de saber ler e escrever, folheava os livros, até como brincadeira, e gostava de sentir o cheirinho tão inerente à leitura. Além disso, uma série de oportunidades me surgiram desde cedo, o que com certeza também contribuiu para complementar esta paixão: os meus pais gostam imenso de ler, o que me fez crescer rodeada de livros. E a escrita sempre foi a tua paixão? Lembras-te da primeira produção que puseste num papel? Sobre o que era? A ideia do meu primeiro livro ("Magia Louca") surgiu numa conversa entre primos, quando nos perguntámos uns aos outros "O que farias se tivesses magia?".
A primeira expressão que me ocorreu foi logo "Magia Louca" e, desde então, comecei a escrever uma aventura de uma adolescente que descobre que tem poderes mágicos e usufrui deles numa escola de Magia, quando, de repente, pára trezentos anos à frente no tempo e enfrenta uma população que a queria matar por um ato que ela não sabia que havia cometido. Toda a história desta rapariga se centra na tentativa de fuga à morte e nos esforços para voltar atrás no tempo e entender o que se tinha passado. Claro que, com apenas oito anos, não fazia ideia de que aquilo que escrevia por gosto se iria tornar, na verdade, parte da minha carreira. Fico contente por uma situação tão vulgar, como um dia na praia com os meus primos, ter despoletado um gosto invulgar pelas Letras. Fala um pouco sobre o teu livro “Inimigo Natural”. O tema principal é a execução de uma vingança que teve início em conflitos antigos entre os pais. A vingança seria um rapto. O jovem, juntamente com o pai, iria ma-
tar aquela que desde sempre considerou a sua inimiga natural. Para a vingança ser perfeita, tudo teria de ocorrer em frente ao pai da refém. Contudo, o efeito de uma paixão profunda atirou-o para a confusão. O ódio natural tinha-se convertido numa paixão, e ele tinha de tomar uma decisão. É um romance, uma história de ação, com uma estranha sucessão de homicídios e momentos agressivos, mas também retrata vários outros temas. O tema principal é a vingança, seguindo normas da psicologia humana sobre como este sentimento influencia a nossa conduta, aborda também temas de imaturidade, gravidez precoce, preconceitos, exclusão social, mentiras, falhas, felicidade... O que te levou a escrever “Inimigo Natural”? Algum objetivo em especial? Esta história surgiu numa altura em que os meus gostos pela leitura eram muito rigorosos. Nada me agradava, portanto, nessa altura, pensei: "Porque não escrever o que gostava de ler?". Então, optei por enfrentar esse desafio em vez de me afastar das Letras, uma coisa que eu sempre gostei.
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Entrevista
Um livro é uma escola, e uma escola é um leque formador de novas mentes. E esta abertura é a evolução! Teresa Silva
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Entrevista
Como foi o processo de criação do livro? Não foi difícil, pois estava habituada a escrever desde os oito anos. Não sentia pressão e escrevia com gosto, melhorava cada vez que aprendia uma nova técnica, pedia a opinião de professores, tinha ideias consoante os momentos que vivia com a família e os amigos e, com o tempo, acabei por concluir este livro. Encontraste dificuldades em algum momento da produção? Penso que as dificuldades e os "bloqueios" são comuns a toda a gente. Contudo, quando isso acontece comigo, sei que, nesse dia, não estou com a máxima concentração ou disponibilidade para escrever, por isso, espero alguns dias até me sentir novamente pronta. É uma questão de dar tempo ao tempo... Existem autores que dizem que começam a escrever e não sabem o que acontecerá no final da história. Como é no teu caso? A mesma coisa. Quando começo com um projeto, traço alguns pontos fulcrais para o tema não se distanciar. Curiosamente, o final da história nunca sou eu a decidir. É o próprio desenrolar da história que o faz. Um livro não se escreve num só dia, restringido a um só estado de espírito, mas sim em muitos, onde as ideias, inovações e diferentes perspetivas acabam por alterar o rumo inicial e fazer uma nova e imprevisível história. Isso é uma das coisas de que mais gosto na escrita: a liberdade. Hoje posso trabalhar numa determinada história, mas nunca saberei como essa mesma ficará dentro de meio ano. Essa curiosidade conquista-me e incentiva-me, porque todos os dias aprendo, portanto todos os dias mudo e a escrita acaba por ser o reflexo de um panorama que está sempre em constante alteração: sabedoria, preocupações e vivências. O escritor aprende a escrever, escrevendo. Na tua opinião é possível escrever uma grande obra na juventude? Ou o tempo faz com as palavras o mesmo que com os vinhos? Não acredito totalmente que o tempo tem sobre as pessoas o mesmo efeito que
Vivo o momento, não fico agarrada ao passado. Esforço-me para que tudo à minha volta me torne uma mulher livre, determinada e independente, porque só assim me sinto totalmente capaz de escrever. Penso que esses são os meus ingredientes-chave, técnicas que aprendi a controlar no meu dia-a-dia.
tem sobre o vinho, porque, por um lado, a curiosidade e determinação de cada um é que pode levar a um empenhamento capaz de trazer à pessoa uma vasta aprendizagem e experiência e, portanto, maturidade. Na maioria dos casos, o agente responsável é o tempo, sim, mas, por exemplo, nos casos dos escritores, que, à partida, sabem já o que querem, é a determinação que os leva à maturidade, pois é a vontade que os leva à procura de respostas e soluções e os obrigam, de imediato, a olharem as coisas sobre um outro ponto de vista. Os melhores escritores são sempre os mais maduros? Talvez não, por exemplo, para crianças. Escrevi o "Magia Louca" a partir dos oito anos, por isso, maturidade era algo que, compreensivelmente, ainda não tinha. Apesar disso, posso dizer com segurança que o facto de o feedback ter sido mui-
to positivo por parte das crianças se deveu principalmente à aproximação com a mentalidade deles, com as expetativas que tinham enquanto liam. Por vezes, a melhor forma de atingir a admiração de certo público-alvo é colocando-nos na pele deles e perceber os gostos e tendências, uma coisa que, sem querer, consegui por estar inserida precisamente no grupo ao qual o "Magia Louca" se vocacionava. O hábito de ler é um estimulante para a "fome" do conhecimento? Quem lê enfrenta uma nova realidade e ponto de vista. Eventualmente, aprende-se muito sobre um determinado tema. Às vezes, basta isso para se descobrir uma vocação ou uma nova paixão. Basta isso para inserir em nós aquele entusiasmo sobre um dado tema, por isso, acho realmente que o hábito de ler pode ser aquele motor de arranque para um novo mundo de descoberta e conhecimento.
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Entrevista
Que qualidade consideras fundamental num escritor? Principalmente, a paixão com que se dedica à escrita. Como valorizo imenso essa virtude, não tenho em mente seguir a profissão de escritora, a tempo inteiro, porque sei que esse compromisso e pressão podiam ser o suficiente para me afastar desta paixão. Longe disso, aliás, num curso científico, sei que, se escrevo, é porque adoro. É porque me cativa. Utilizas algum artifício que te induza a um estado de espírito favorável à escrita? Viver o momento, não ficar agarrada ao passado. Esforçar-me para que tudo à minha volta me torne uma mulher livre, determinada e independente, porque só assim me sinto totalmente capaz de escrever. Penso que esses são os meus ingredientes-chave, técnicas que aprendi a controlar no meu dia-a-dia. Como é tua rotina para escrever? Não tenho uma rotina fixa, porque isso constituiria um compromisso. Já passei por alturas em que sentia a necessidade de escrever todos os dias, outras que, devido a vários motivos, não pensava sequer nas letras. Escrevo quando sinto vontade, não obstante os compromissos. Quais foram os desafios desde a publicação do primeiro livro? Que proveito retiraste? O que marcou a minha experiência foi, sem dúvida, habituar-me à palavra escritora, ter de aprender a lidar com uma plateia de variadas faixas etárias, falar com à-vontade nas entrevistas ou em direto na rádio, entender a confusão que as pessoas tinham em relação à forma de tratamento (“Por um lado, estou a falar com uma menina de treze anos, por outro, estou a falar com uma escritora… Posso tratá-la por tu ou por você?”), encarar com mais compreensão o facto de alguns alunos, às vezes mais velhos do que eu, virem ter comigo a tremer de nervosismo. Nada do que se passou estava à espera. Ter de transformar, sozinha, um nervosismo que me atormentava, num exercício minimamente natural, não foi fácil,
principalmente numa altura em que a minha autoestima, inicialmente, não era a melhor. Ter de superar aquele medo de fazer a diferença, o que chegou até a parecer-me impossível. Contudo, agora com uns enriquecedores cinco anos de diferença, olho para trás e até me rio quando penso no meu estado de pânico. Via numa plateia de meia dúzia de pessoas uns rigorosos júris a avaliarem-me com um intimidador ar de reprovação... Tudo imaginação minha! Enfim, não estou livre de ficar nervosa, aliás como fiquei este último dezembro, no programa da RTP em direto, mas sei que, devido a tudo o que passei nestes anos, consigo lidar com o nervosismo e desenvolver o discurso de uma forma diferente do que o que certamente seria, se neste momento não tivesse editado nenhum livro. Mas penso que tudo isto faz parte da minha escolha. Para encerrar: quais teus planos daqui para a frente? Já tens outro livro na manga, projetos, publicações? Tenho já o meu terceiro livro em processo de edição, história que comecei a escrever quando vim para esta escola, no décimo ano. A "Mudança", como não poderia deixar de ser, vem de encontro às minhas necessidades de leitura dessa altura. Nesta fase, todos os jovens (e, claro, eu) confrontam-se com uma realidade diferente, desafios muito aliciantes. A curiosidade, pressão e muitos outros fatores levam ao vício. Penso que já se sabe ao que me refiro. Por ter passado por isso, sei que, muitas vezes, é preciso dar a conhecer o outro lado desse mundo de uma forma diferente. Daí ter escrito este livro, algo que exigiu de mim muito empenho e, principalmente, pesquisa. Retrata a história de um rapaz, que se considerava com um aspeto miseravelmente intelectual, que muda de cidade, no décimo ano, determinado, também, a mudar de vida, estilo e personalidade. Foi com os olhos postos numa vida boémia e de diversão que encarou essa nova etapa, numa altura em que várias situações, entre elas, lamentáveis tentativas de se integrar num grupo que não era o seu, levaram a que, rapidamente, se tornasse um modelo valorizado, enfrentando o tabaco, todo o tipo de drogas, rebeldia, fama,
entre outros. Os momentos cómicos, sensuais e atrevidos acompanham toda a história porque sentia, enquanto escrevia, que era precisamente aquilo que as pessoas do ensino secundário queriam ver num livro. Aborda todos os tipos de drogas de uma forma muito singular, dando ao leitor todas as informações e curiosidades que gostaria de ter sabido no décimo ano. Em princípio, estará para breve. Como podemos contactar-te caso queiramos adquirir alguma das tuas obras ou conhecer mais o teu trabalho? Tenho o meu site, www.teresasilva.pt, onde, de uma forma formal, estão apresentadas mais curiosidades sobre mim e sobre os meus livros. Na minha página de facebook, Teresa Silva Livro, a relação já é mais próxima e informal, com todas as novidades e eventos. Em qualquer uma destas plataformas poderão contactar-me. Os livros estão à venda na Fnac, Papelaria Milénio I e II e Livraria Ideal, mas ambos podem ser pedidos através do site. Fica à vontade para deixar um pensamento para nós leitores: Um livro é uma escola, e uma escola é um leque formador de novas mentes. E esta abertura é a evolução!
É com um profundo agradecimento a esta menina que nos vai deixar este ano, mas com uma promessa de regresso, sempre que a leitura e a escrita sejam o motivo, que encerro esta entrevista. Fica aqui um cheirinho deste seu último livro editado. “ (…) Os dias foram-se passando e eu tentava, para não ser demasiado evidente, ser minimamente educado com o idiota que namorava a minha filha. À medida que o tempo ia passando, eu fui-lhe dando a entender que naquela casa a segurança era algo que, pelo menos durante as semanas seguintes, não escassearia. Contudo, eu sabia que não teria por onde o controlar. Por muito que os tivesse proibido de saírem à noite, depois do jantar, inventando uma desculpa qualquer que justificasse a minha decisão, Joey, se realmente tivesse a intenção de a assaltar, fá-lo-ia sem quaisquer problemas. (…) ” Teresa Silva, Inimigo Natural (p. 319)
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Opinião
Educação Especial Educação Inclusiva Prof.ª Natália Marques
A Educação Especial tem por finalidade a inclusão educativa e social, a autonomia, a estabilidade emocional, bem como a promoção da igualdade de oportunidades; a preparação para o prosseguimento de estudos ou para uma adequada preparação para a vida profissional e para a transição da escola para o emprego de crianças e jovens com necessidades educativas especiais (NEE) de caráter permanente (Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro). As crianças e jovens integrados no grupo (NEE) têm necessidades múltiplas, quer de desenvolvimento, sociais, educativas ou emocionais. Neste contexto, há na sociedade uma intervenção de diferentes profissionais que trabalham diretamente com as crianças/jovens e suas famílias, de modo a criar condições facilitadoras do desenvolvimento global e minimizar os seus problemas. Convém, contudo, entender que a educação inclusiva é uma ação educacional humanística, democrática, amorosa mas não piedosa, que percebe o sujeito na sua singularidade e que tem como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos. A Escola Secundária Martins Sarmento tem vindo a tornar-se uma escola cada
vez mais inclusiva, atendendo às diferenças individuais de cada aluno, contando com a colaboração de duas docentes especializadas em Educação Especial, Natália Marques e Magda Silva, que procuram dar um atendimento individualizado aos alunos com este tipo de necessidades educativas especiais. A intervenção do professor de Educação Especial passa por promover uma interação conjunta de toda a comunidade escolar, educativa e outras instituições, melhorando o processo de inclusão dos alunos com NEE. No presente ano letivo, estão matriculados na nossa escola 18 alunos com necessidades educativas especiais, dos quais dois beneficiam de um Currículo Específico Individual. Estes currículos apresentam alterações significativas no currículo comum, correspondendo às necessidades mais específicas de cada aluno. O princípio inclusivo que atua neste domínio é o da conjugação do desenvolvimento das capacidades dos alunos para a participação social, política, cultural e económica, com a promoção do desenvolvimento das organizações, de modo a oferecer as oportunidades de que os alunos carecem.
A Escola Secundária Martins Sarmento tem vindo a tornar-se uma escola cada vez mais inclusiva, atendendo às diferenças individuais de cada aluno, contando com a colaboração de duas docentes especializadas em Educação Especial, Natália Marques e Magda Silva, que procuram dar um atendimento individualizado aos alunos com este tipo de necessidades educativas especiais. A intervenção do professor de Educação Especial passa por promover uma interação conjunta de toda a comunidade escolar, educativa e outras instituições, melhorando o processo de inclusão dos alunos com NEE.
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Opinião
"É apenas com o coração que se pode ver d ireit o; o essencial é invisível aos olhos."
Antoine de Saint Exupéry
O contacto e o convívio, formal e informal, entre os diversos alunos, com e sem deficiências, é um meio para que os comportamentos, típicos de cada um e/ou de cada deficiência se normalizem. É uma oportunidade para a construção de relações afetivas, que podem vir a revelar-se, ao longo dos anos, como um suporte emocional fundamental na construção da personalidade dos alunos com deficiência. Faz com que ganhem forças para superar modificações sociais, geralmente mais autónomas e diversificadas. Por sua vez, os alunos ditos “normais” poderão desenvolver uma maior capacidade de aceitação da diferença. Os alunos com NEE precisam de um apoio adicional, quer por parte dos professores, quer por parte da família e da escola em geral. E é nesse sentido que, em conjunto, se tem construído uma escola cada vez mais cooperante, reflexiva e inteligente, que escuta, examina, discute e problematiza, projeta, reavalia e reajusta, de forma contínua, o seu ensino, visando o sucesso de cada um, independentemente das suas diferenças. •
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Opinião
Quem não sente, não é inteligente… Inês Alves, 12º CT3
Ser emotivo é ser irracional e, para se ser racional têm de se deixar de parte as emoções. Desta forma, para muitos pensadores da psicologia, razão e emoção nem sempre caminham de mãos dadas, apresentando-se como conceitos opostos. Ou, melhor, nem sempre caminhavam . A tese contrária, todavia, tem sido adotada e defendida por nomes internacionais da ciência como Jonah Lehrer e o português António Damásio, segundo os quais, emoção e razão são, na realidade, conceitos mais próximos do que parecem. Neste sentido, o nosso pensamento tem necessidade de emoções para ser eficaz. Adotar um ponto de vista, desenvolver uma ideia ou avaliar uma situação tem sempre como parte do processo a componente afetiva. Vejamos, por exemplo, que uma determinada medida da responsabilidade de um partido político, ao causar em nós um sentimento de desagrado, é o que nos leva a deduzir como um facto a incompetência ou insensibilidade desse partido. Mais especificamente, podemos analisar o impacto dos processos emocionais numa dimensão muito importante, e sempre presente nas nossas vidas – a tomada de decisões. Quer demos conta quer não, a emoção é indispensável ao ato de decidir, estando presente desde as escolhas mais pequenas, como na cor das meias que usamos sob os ténis, até às mais complexas, como a carreira a seguirmos, ou o nosso futuro. Ou seja, a emoção está por detrás da “razão”. É necessário, contudo, a este respeito, referir que estas duas dimensões do psí-
quico humano necessitam de uma gestão com um certo equilíbrio – o excesso de emoção pode ser criador de raciocínios errados. Deste modo, em todas as opções que fazemos, estão presentes a emoção e a razão ; pesando embora, por vezes, a lógica e o raciocínio mais que as emoções (como acontece normalmente numa mudança de emprego) e vice-versa (situação comum perante a escolha de uma obra de arte). Concluindo, perante uma situação que implique tomada de decisão, procedemos antes de mais à sua análise, ao cálculo de possibilidades, à ponderação do que devemos ou não fazer. É nesta fase do processo que pesam fatores como os conhecimentos sobre o assunto; o treino (quantas mais decisões fazemos, mais fáceis elas se tornam) e a rotina (podemos criar respostas automáticas em relação a uma certa situação à qual estamos habituados). No entanto, uma reflexão meramente racional não possibilita a decisão: há um conjunto infinito de possibilidades ou pares de resposta/consequência para se poder fazer uma opção. Aqui, entra o conceito de marcador somático: situações anteriores àquela que estamos a analisar, que apresentem similaridades, são evocadas e, segundo as sensações de agrado/desagrado que as decisões anteriores provocaram, o número de possibilidades diminui. Os marcadores somáticos, as emoções consequentes de escolhas anteriores armazenadas na nossa memória, orientam as possíveis respostas e consequências, tornando as decisões mais fáceis, rápidas e eficazes. Se há um
mês pedimos, num certo restaurante, uma refeição que nos provocou uma indigestão (marcador somático), quando lá voltarmos e ao sermos confrontados com a necessidade de escolher a comida, lembrar-nos-emos daquela que nos causou desagrado e descartá-la das possibilidades. Todo este elaborado processo é resultado de uma área do cérebro, significativamente maior nos humanos que noutros primatas, responsável por integrar as emoções no processo da tomada de decisão – o córtex orbitofrontal. Lesões nesta área do cérebro causam invariavelmente problemas no campo da decisão, ao afetar a nossa capacidade emotiva. Estas lesões são uma das principais provas científicas que apoiam esta teoria: Damásio realizou a experiência de pedir a um paciente com este tipo de lesão para decidir entre duas datas, com apenas alguns dias de intervalo, para uma ida ao laboratório. Trinta minutos a recitar as vantagens e desvantagens, a análise e reflexão do indivíduo, baseadas unicamente na lógica pura, não lhe permitiram selecionar uma data. Assim, dois conceitos previamente imiscíveis tornam-se não só interligados, mas indispensáveis em processos como a decisão. Embora tenhamos aqui documentado o peso da emoção em todas estas situações, há que ter sempre em mente que sem conhecimentos objetivos e um pouco de raciocínio, também não é possível agir. O neurocirurgião luso fundamenta-o: “Se se puser uma pessoa que não sabe pilotar a tomar decisões emocionais, o avião cai.”. •
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Opinião
Incógnitas de hoje em dia Ana Luísa Gonçalves, 12º LH3
Cresci a ouvir Beatles, a ler bandas desenhadas, a brincar na rua. Cresci a combinar brincadeiras sem telemóveis, a entreter-me sem playstations. Cresci a saber coisas da Natureza, como crescem os alimentos, quando florescem as flores, como os animais sobrevivem. Tive uma infância onde a única coisa que precisava era da imaginação. Tudo era possível e eu era livre. Cresci a aprender as responsabilidades, a saber que tinha de estudar para um futuro. Fiz trabalhos para a escola sem computador e Internet. Já passei horas na biblioteca com os meus amigos a estudar com brincadeiras pelo meio. Eu soube o que foi esmurrar os joelhos por brincadeiras mais “loucas” ao invés da “loucura” ser ter um filho na flor da juventude. Eu senti o sabor da aventura de ir para a escola por caminhos térreos, campos e monte com os amigos ao invés de ir na camioneta. Cresci a saber o valor do trabalho, a ajudar a mãe e a juntar trocos. Aprendi a entender que não podemos ter tudo o que queremos, mas se o desejarmos muito temos de trabalhar para isso. Cresci e fiz crescer a minha cultura. Abri a minha mente, os meus horizontes. Formei uma opinião. Hoje ainda estou a crescer. Aliás, vou crescer até morrer. Mas hoje vejo gerações demasiado diferentes da minha, gerações demasiado rápidas. As crianças crescem sem saber o que é a verdadeira liberdade. As crianças hoje crescem em frente ao televisor, conversam com um telemóvel e estudam através das teclas. Já deixaram de imaginar, de brincar na rua e cair. Deixaram de fazer aventuras como os “3 mos-
queteiros”. Muitas não aprendem a saborear as histórias de um livro. Se calhar quando chegarem à minha idade não saberão quem foi Mozart, Salvador Dali ou Shakespeare. Irão dizer que Camões só os velhos gostam e que Pessoa é demasiado “out” para a “onda deles”. Agora não interessa esforçar-se na escola, pois o mais importante é ter “pseudo fama virtual”. Já não amam a Natureza nem a respeitam. São uma geração de rótulos, sem pensamento próprio. São uma geração cinzenta, triste, só, fechada e rodeada por betão. Se calhar nada é tão bom quanto nós nos lembramos. Mas eu lembro-me que todas as minhas vivências me prepararam para o Mundo real. Prepararam-me a mim e à minha geração para enfrentarmos os problemas lutando por eles. Eu sei que pequenas coisas que vi, senti e vivi me preparam para as incógnitas de hoje em dia. Se isso não tivesse acontecido, hoje nada disto estaria escrito. •
Tive uma infância onde a única coisa que precisava era da imaginação. Tudo era possível e eu era livre. Cresci a aprender as responsabilidades, a saber que tinha de estudar para um futuro. Fiz trabalhos para a escola sem computador e Internet. Já passei horas na biblioteca com os meus amigos a estudar com brincadeiras pelo meio.
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Universo ESMS Teatro Não é Xarope
O melhor do mundo são as crianças O Teatro não é Xarope é um projeto informal de teatro na Escola Secundária Martins Sarmento, significando isto, na prática, que só fazemos o que nos apetece. O Teatro é muito lindo, faz muito bem aos meninos, principalmente na adolescência (que é aquela altura da vida em que as hormonas e tal). Estes adolescentes do Teatro não é Xarope são na verdade adultos em crise de meia-idade, que procuram no teatro a possibilidade de experimentar a rebeldia e extravagância próprias da juventude que nunca tiveram oportunidade de desfrutar. Estão muito bem amestrados e, além de muito obedientes, representam, cantam, dançam e falam francês, quase como se fossem pessoas. Na qualidade de coordenadora deste projeto informal, cabe-me amansá-los, manipulá-los e pervertê-los, num
exercício de equilibrismo entre a tentativa de fazer o menos possível e, ao mesmo tempo, de garantir a máxima auto-promoção. No entanto, apresento todos os trabalhos sempre como produtos de criação colectiva, porque assim salvaguardo-me da responsabilidade sobre o resultado final e fica-me bem a insinuação de humildade e modéstia. Somos todos artistas, mas o que produzimos não é Arte. Não porque não sejamos talentosos e capazes de a conceber, mas porque não gostamos. E quando falo de nós, quero também dizer eu. Maldizemos tudo o que não é nosso e temo-nos em demasiada boa conta, mas merecemos ser felizes, porque amamos a vida, as plantas, os animais e os pobres. • Profª. Sílvia Magalhães, coordenação do projeto 'Teatro Não é Xarope'
Um outro olhar sobre a Matemática
“Um outro olhar sobre a Matemática” foi o tema da atividade preparada para os cerca de 268 alunos das escolas EB 2/3 do concelho, que visitaram a nossa escola aquando das jornadas culturais a 14 de março. Pretendia-se que os alunos se confrontassem com quebras cabeças e jogassem os variadíssimos jogos, em particular jogos de tabuleiro, tendo por base temáticas e conteúdos programáticos da disciplina de Matemática. Assim, a partir destes passatempos, visou-se estimular os processos mentais equivalentes aos da prática Matemática, enquanto disciplina curricular, favorecendo o seu melhor desempenho académico. Este tipo de atividades privilegia o convívio e ajuda a aprender a pensar com calma, sofisticação e prazer. Alguns professores do grupo disciplinares de Matemática puderam contar com a prestigiosa colaboração da antiga profissional desta escola, Vitorina Alves. Cooperaram, também, alguns alunos do 1º PRP, 11º CT3 e 11º CT4. • Profª Ana Paula Mesquita, delegada de Matemática
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IV Jornadas Culturais
A Ciência e a Hipótese de Deus A polémica e inconclusiva discussão sobre a Ciência e a Hipótese de Deus foi alvo de reflexão no decurso das IV Jornadas Culturais da Escola Martins Sarmento. A sessão aconteceu no dia 14 de março, na sala Martins Sarmento, e foi orientada pelo professor da Faculdade de Ciências do Porto, João Paiva, que, muito profunda e tranquilamente, partilhou dúvidas e certezas num dos momentos infindáveis de busca de caminhos para a existência humana, em resposta ao convite de uma docente de Filosofia da escola, professora Fátima Brochado em colaboração com a ex docente de E.M.R.C, professora Alzira Fernandes. Depois de uma breve referência histórica sobre a origem do Cristianismo, o orador contextualizou o nascimento da ciência moderna, fazendo referência a Galileu e ao confronto com
os defensores da tradição geocêntrica, desafiando a autoridade religiosa, vendo-se, assim, submetido a processos movidos pela Inquisição. Também foi abordada a questão da teoria evolucionista e, mais uma vez, o orador sustentou que esta explicação não é de todo incompatível com a criação por um Deus teísta. Nesta sua interpretação, foi mostrando que quer a religião, quer a ciência, procuram dar resposta às inquietações, dúvidas do ser humano, embora com soluções diferenciadas mas, nem por isso, inconciliáveis. Ao longo da sua análise, o orador mostrou uma convicção forte na defesa da sua tese que concilia o conhecimento científico e a crença em Deus, argumentando que as crenças religiosas não se resumem à aceitação dos dogmas de uma
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religião, mas funcionam como um ponto de partida para a procura do sentido da existência humana. No final, o público, constituído por alunos da escola e outros mais jovens, visitantes provenientes do Colégio Nossa Sr.ª da Conceição, revelaram o seu entusiasmo e curiosidade, colocando questões e expondo, assim, as suas dúvidas e interrogações acerca de um assunto tão complexo como o que se explorava. Obviamente, muito mais haveria para dizer. No entanto, consideramos que a sessão foi muito proveitosa, dada a pertinência do tema desenvolvido, pelo clima de forte empatia que se estabeleceu entre orador e auditório e, essencialmente, pelas questões que se revelaram, ali, ainda não solucionadas. • Profª. Fátima Brochado
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Palestra
Novos caminhos para as artes visuais É comum ouvir-se que as artes são importantes para o bem-estar económico das sociedades contemporâneas. Nesta perspetiva os governos ocidentais sempre procuraram promover as artes através de políticas públicas e programas educativos. Por causa da crise económica, contudo, a capacidade dos governos e das autoridades locais para continuar o seu apoio foi colocada sob uma enorme pressão. A redução nos programas de apoio e desinvestimento nas áreas artísticas é real e a educação, claramente, não foi exceção. O desaparecimento de várias disciplinas, o encerramento de cursos e a redução de horas letivas são apenas alguns exemplos que o demonstram. Por outro lado, deparamos com um mercado de trabalho completamente esgotado, especialmente nas profissões relacionadas com as artes visuais, onde a taxa de desemprego está em níveis nunca vistos. Não se pense que os alunos estão alheios a esta realidade. Constatamos um cenário pautado por alguma desmotivação, descrença e incerteza quanto ao futuro profissional dos nossos alunos que não descortinam perspetivas ou metas pessoais para o seu futuro. Estes jovens encontram-se confusos em relação à escolha que terão de fazer no final do 12º ano, neste que é um ano determinante, de transição para o ensino superior ou para a sua entrada no mercado profissional. Foi este o ambiente com que nos deparámos nas turmas de artes e que constituiu o mote para a palestra 'Novos Caminhos para as Artes Visuais'. O evento, promovido pelo núcleo de estágio do Mestrado em Ensino das Artes Visuais da Universidade Católica Portuguesa, teve lugar no dia 14 de março de 2013 no pequeno auditório da Escola. Foi pedido aos palestrantes, que têm em comum o passado na arte visual, para partilharem o seu trabalho e experiências
profissionais em áreas como a arquitetura, design, fotografia e artes plásticas. A plateia, na sua grande maioria constituída por alunos dos cursos de artes da escola, testemunhou percursos e recebeu conselhos sobre o modo como enfrentar o mercado de trabalho. Foi explicado que “lá fora” o nível de exigência, velocidade e responsabilidade são muito maiores, foram propostos processos e métodos de criação artística, mostrados exemplos de projetos reais e, no momento de abertura aos ouvintes, foi explicado como se podem contornar os bloqueios artísticos. Na parte final da sessão foram aclaradas as características exigidas a um profissional do universo das artes visuais. A sala esteve praticamente cheia e o balanço final não poderia ter sido mais positivo. Alunos e professores presentes fo-
ram unânimes em considerar esta uma experiência a repetir. Desmistificou-se o preconceito de que as opções de emprego nas áreas artísticas são reduzidas, despertaram-se na plateia novas vocações artísticas e técnicas e conseguiu-se ampliar o leque de referências artísticas, variantes profissionais e percursos de vida. Concluímos assim o ano, com a nossa convicção de que, neste clima de descrença que afeta os alunos de hoje, cabe aos professores – principais agentes na difusão do conhecimento e promoção da aprendizagem – contestar este pessimismo e mostrarem-se firmes no combate à desmotivação e à falta de vontade em exercer uma profissão e um modus vivendi que passa por ser uma arte. • Prof. Jorge Faria
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Os palestrantes, que têm em comum o passado na arte visual, partilharam o seu trabalho e experiências profissionais em áreas como a arquitetura, design, fotografia e artes plásticas. A plateia, na sua grande maioria constituída por alunos dos cursos de artes da escola, testemunhou percursos e recebeu conselhos sobre o modo como enfrentar o mercado de trabalho
• A organização do evento trouxe à escola diversos profissionais de áreas ligadas às artes visuais que partilharam experiências pessoais e profissionais.
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Semana da Leitura
Na Rota das Palavras A Semana da Leitura 2013 realizou-se entre os dias 8 e 12 de Abril e foi, este ano, subordinada ao tema Leitura e Mar. Nesta edição, destacou-se a alargada participação direta dos alunos, através da apresentação de livros, de leituras encenadas, de declamações e de performances variadas. Este ano, contámos com a inscrição por iniciativa própria de alunos de nove turmas diferentes para a dinamização das atividades. Contagiaram, com a sua dedicação e entusiasmo, os cerca de 500 alunos e 25 professores (19 turmas) que estiveram presentes nas diferentes sessões da Semana da Leitura. Salientou-se o contributo, aliás já habitual, do grupo de teatro “Não é Xarope”, com a leitura encenada de dois poemas: o Cântico Negro, de José Régio e Portugal, de Jorge Sousa Braga. E como este nos parece tristemente atual, no contexto em que o país se encontra, de profunda crise material mas também social, moral e cultural, aqui fica a transcrição deste Portugal (pág. 28) de Jorge Sousa Braga, uma pátria de heróis e poetas, de navegadores e aventureiros… o país das maravilhas!
• O grupo de teatro "Não é Xarope!" dramatizou, de forma humorística, alguns textos poéticos relacionados com a nossa nacionalidade.
O escritor Paulo César Gonçalves, antigo aluno da nossa escola, apresentou a sua mais recente obra, Guimarães 2012, que apenas está editada em formato e-book, e integra a colecção digital da nossa biblioteca. A escritora e aluna do 12º ano, da turma CT2, Teresa Silva cativou a assistência durante a apresentação do seu mais recente livro, Inimigo Mortal, editado pela Papiro e já disponível para leitura na coleção da biblioteca escolar. A biblioteca escolar apresentou uma nova personagem, inspirada no patrono da escola e que passará a representar este espaço de saber e descoberta. A aluna Ana Bessa, criadora do Licelino, foi também a autora da mascote da Biblioteca Escolar.
• "Ler Noutras Línguas" - Alunas de 11ºano de diversas áreas leram em Inglês, Francês, Alemão, Espanhol e Mandarim, poemas e excertos de textos narrativos.
Obrigada a todos os que, uma vez mais, connosco celebraram a leitura e o prazer de ler, a magia das palavras e dos livros. A equipa da Biblioteca Escolar
• Hugo Iliescu, aluno de 12ºLH1, apresentou o Mito de Teseu, de uma forma informal e cativante, um verdadeiro contador de histórias!
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• A mascote da biblioteca Um pouco de protagonismo! Bem merece!
• Miguel Medeiros, aluno do 12º LH1, apresentou de forma muito interessante o livro "O Homem Que Queria Ser Hitler" de Tiago Rebelo.
• Sempre expressiva! Contando como e quando surgiu • José Pedro Lopes, 11ºLH1, apresentou " 21.12" de Dustin Thomason. «Nesta narrativa vertiginosa, Thomason revela uma impressionante pro- esta necessidade de escrever! (andava ela no 6ºano!) fundidade de conhecimentos, tanto no domínio científico quanto sobre a antiquíssima civilização Maia. Um livro soberbo.» Kirkus Reviews
• Semelhanças, diferenças, expetativas... entre o filme e o livro que o • Um painel de "oradores" bem dispostos sempre em interação com inspirou. "O Diário da Nossa Paixão", de Nicholas Sparks. o público, colegas de 10ºano, que, certamente, muito aprenderam com eles.
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Poesia
ESMS
Portugal Eu tenho vinte e dois anos e tu às vezes fazes-me sentir como se tivesse oitocentos Que culpa tive eu que D. Sebastião fosse combater os infiéis ao norte de África só porque não podia combater a doença que lhe atacava os órgãos genitais e nunca mais voltasse Quase chego a pensar que é tudo uma mentira que o Infante D. Henrique foi uma invenção do Walt Disney e o Nuno Álvares Pereira uma reles imitação do Príncipe Valente Portugal Não imaginas o tesão que sinto quando ouço o hino nacional (que os meus egrégios avós me perdoem) Ontem estive a jogar póker com o velho do Restelo Anda na consulta externa do Júlio de Matos Deram-lhe uns electro-choques e está a recuperar àparte o facto de agora me tentar convencer que nos espera um futuro de rosas Portugal Um dia fechei-me no Mosteiro dos Jerónimos a ver se contraía a febre do Império mas a única coisa que consegui apanhar foi um resfriado Virei a Torre do Tombo do avesso sem lograr uma pérola que fosse das rosas que Gil Eanes trouxe do Bojador Portugal Vou contar-te uma coisa que nunca contei a ninguém Sabes Estou loucamente apaixonado por ti Pergunto a mim mesmo Como me pude apaixonar por um velho decrépito e idiota como tu mas que tem o coração doce ainda mais doce que os pastéis de Tentugal e o corpo cheio de pontos negros para poder espremer à minha vontade Portugal estás a ouvir-me? Eu nasci em mil novecentos e cinquenta e sete Salazar estava no poder nada de ressentimentos um dia bebi vinagre nada de ressentimentos Portugal Sabes de que cor são os meus olhos? São castanhos como os da minha mãe Portugal gostava de te beijar muito apaixonadamente na boca Jorge Sousa Braga
Avaliação Interna CAF A Escola Secundária Martins Sarmento tem, ao longo dos últimos anos, manifestado uma persistente preocupação com a avaliação interna dos seus múltiplos aspetos enquanto organização educativa. Em 2011, a Escola decidiu aderir a um novo Modelo de Avaliação Interna, denominado Modelo CAF (Common Assessment Framework), considerado como mais um elemento para um melhor conhecimento da nossa realidade escolar. Esta avaliação envolveu o acompanhamento do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, em estreita colaboração com uma equipa que autoavaliação que foi constituída na escola. É um processo de avaliação com várias fases, que ainda decorrem, que começou pela realização de ações de sensibilização sobre a importância do Modelo, momentos em que foi necessário planear a aplicação, recolher informações sobre a forma como a escola desenvolve o seu trabalho, a partir de inquéritos de satisfação aplicados aos professores e professoras, ao pessoal não docente, aos alunos e alunas e aos pais e encarregados de educação. A par deste processo de auscultação dos principais intervenientes da Comunidade Escolar, a Equipa de Autoavaliação dedicou-se à recolha de evidências para fundamentar a sua apreciação avaliativa. Após este trabalho de tratamento e análise de questionários, discussão de resultados, elaboração do relatório de diagnóstico organizacional, identificação e priorização das ações a levar a cabo, procedeu-se à elaboração de um Plano de Melhorias que está em curso, bem como de uma monitorização, isto é, de um acompanhamento para verificar a execução, o nível de execução ou não execução do que se encontra estabelecido no Plano de Melhorias. Em suma, o Modelo CAF é um procedimento de avaliação interna que pretende contribuir para a concretização de medidas organizacionais, mormente pedagógicas, que deverão promover a prestação de um serviço de educativo de maior qualidade. • Prof. Domingos Machadoorge Sousa Braga
SOLUÇÕES DAS PALAVRAS CRUZADAS N.º 9 AMOLAR; PALETA; APURE; AMORA; B; ANEL; DATA; T; AR; AIA; ARA; TO; LEU; ATURA; ARU; ESSE; A; I; FIAR; ITA; FINAL; OVO; AA; UE; EA; AS; REVITALIZAR; X; SARO; ATAI; F; AM; LAN; SOR; RU; VOO; ST; CA; TAC; IRRA; U; A; MUDO; EMALAR; ITALOS; ROLETA; SOLENE.
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Conferência
Jornadas Culturais
Peddy paper
25 de Abril e a Liberdade
No último dia das Jornadas Culturais ( 16 de março), os alunos do 10º Ano, das turmas de Línguas e Humanidades (LH1, 2 e 3) e da turma de Ciências Socioeconómicas (SE), participaram entusiasticamente no Peddy-paper "À Descoberta do Património Local". Durante a manhã, os alunos, divididos em pequenos grupos, percorreram as ruas da cidade de Guimarães, orientados por um guião e preparados pelos professores de História que lecionam este ano de escolaridade, descobrindo assim as particularidades da sua cidade e do seu património local. Profªs Ana Maria Ferreira e Maria de Fátima Aguiar
• Eduardo Amândio Rodrigues Magalhães, ex militante do Partido Cumunista, partilhou com a escola as experiências vividas no período revolucionário de 1974 O grupo disciplinar de História promoveu uma palestra subordinada ao tema “25 de Abril e a Liberdade”, no âmbito das jornadas culturais 2013. Para o efeito, foi convidado Eduardo Amândio Rodrigues Magalhães que viveu intensamente este período da nossa história. Cumpriu o serviço militar na Guiné onde esteve de 1971 a 1973. Envolveu-se no apoio aos presos políticos. Militou no Partido Comunista, onde acabou por exercer funções como funcionário político. Conheceu e falou com personalidades que viveram anos nas prisões e, um deles, regressado até da prisão cabo-verdiana do Tarrafal. Assistiu presencialmente à destruição de Centros do PCP e da Intersindical pelos movimentos da extrema-direita ELP e MDLP.
Esta atividade, que se realizou no dia 14 de março, pelas 12 horas, dirigiu-se a toda a comunidade escolar e, em particular, aos alunos do 12º ano do curso Línguas e Humanidades. Estes revelaram grande interesse pelas “histórias”, contadas na primeira pessoa, relativas a este importante período histórico que integra o programa da disciplina. O palestrante soube cativar a audiência com grande honestidade e humor, ilustrando os casos vividos com fotografias pessoais. Esta será uma atividade que, certamente, será repetida no próximo ano letivo. • Grupo disciplinar de História
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Conferência
ESMS bem representada na National Public Speaking Competition 2013 A National Public Speaking Competition é uma atividade organizada anualmente pela English - Speaking Union Portugal. A Escola Secundária Martins Sarmento participou no concurso este ano, 2013, pela 3ª vez consecutiva, demonstrando cada vez maior qualidade no seu desempenho. As nossas representantes nesta competição foram as alunas Ângela Miranda (10º AV2) e Mariana Pacheco (11º CT3). Parabéns a ambas pelo seu belíssimo desempenho nesta competição que decorreu no British Council, em Lisboa. Uma felicitação muito especial à Ângela Miranda, pela sua passagem à final da competição.
A house divided against itself cannot stand
Prof.ª Ana Brandão
We’ve got what it takes to make a change Ladies and gentlemen, I wish to say that I am truly happy to be here today, amongst you, amongst all these teenagers, willing to do something to make a different, to make a change. Isn´t that what we all want? A change. We all wish we could change our past. But we can´t. However, we can change the future. The future. That’s what we have to focus on. Young people are often called “the future” and the truth is we are the future. We, the youth of today will be the leaders of tomorrow. So it’s our responsibility to be aware of the problems of society and, more importantly, join efforts with the older generations andbe proactive in the process of problem solving. Winston Churchill once said: “Courage is what it takes to stand up and speak; courage is also what it takes to sit down and listen”. It takes courage to speak our minds, but it also takes courage to listen to other people’s opinions and admit that we are not always right. The thing is that most of the times we are not willing to listen. So, instead of working together to solve our problems, we find ourselves divided and, because of that, we don’t reach any resolution. So the problem just keeps growing to a point where we won’t be able to control it anymore. And when that time comes, who are we going to blame for our lack of effectiveness? Careless, irresponsible, lazy… are words that some people would use to describe youth. I can’t say I don’t see where this co-
mes from.I disagree with it, but I understand people’s reasons for saying it. The main reason is the way that media describe youth. We are often presented as a bunch of people that are party in gall the time, and drinking all the time… But that’s not true! There are some boys and girls that are like that, but they are the exception, not the rule. Another reason for this stereotype may be teenagers’lack of goals, dreams and expectations. And the cause of it is the state of our society. For example, here in Portugal we are facing a terrible financial crisis; consequently, there are lessjobs and less opportunities… and if that wasn’t enough, instead of solving the problem, our government tells us we should emigrate. So here we stand, lost and with no clue of where to go and what to fight for. With such an uncertain future, we find ourselves divided between what we want and dream about and what we think will give us a more comfortable future. This cannot continue; our leaders can’t let this happen any longer; we can’t afford to lose the creative mind and energy of youth because these are the characteristics that push human race to wards evolution. So here we are today, a group of young people who care and have something to say. We, ladies and gentlemen, are those who don’t want to give up, don’t want to sit down and wait for the world to change one day. We want to make a change and we want it now; not in ten years, but in this
exact moment. How? By sharing our thoughts, our ideas, our goals, our motivations and, most of all, by showing older generations that we are not careless, irresponsible or lazy. We just need an opportunity to share our ideas, to be heard, to be able to learn and show what we are capable of. And that opportunity has been given to us today. Recently, the world has gone mad and some of the biggest changes that are happening are the result of the fearless spirit and faith of youth that made people realize that together we stand, and divided we fall. I’m going to give the example of the Arab Spring, which is the revolutionary wave occurring in the Arab world. In many countries people – young people included – joined efforts, got into the streets and fought for their rights, bringing a bout real changes in their countries. This is an example of how bold and brave youth can be and how togetherness can change our future. We are facing some difficult times in the world and that’s why all human race needs to realize that we have to work together. We have to join forces, join youth’s fearless spirit and older people’s knowledge and experience. We, ladies and gentlemen, can have a brighter future, but we are blowing our chances because we don’t consider young people’s ideas to solve problems and we are selfish and individualistic.So I hope that by now you’ve realized that youth does careand is here to make a change. Mariana Pacheco, 11º CT3
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A house divided against itself cannot stand
For a greater Good Ladies and gentlemen, first I’d like to wish you all a very pleasant afternoon! It’s truly an honor to be here today representing my school andsharing this wonderfulplace with brilliant young minds like the ones we’ve had the chance to hear! I also want to congratulate the other students on their amazing speeches! I’m going to tell you what a 17 year old gets from this speech’s theme and what Ibelieve I can do with the knowledge it has given me! “A house divided against itself cannot stand!” well, when I started looking at it,I realized that I could find a meaning for that sentence everywhere: in my house, using the literal meaning of the word, but also in my school, in my country, in our world! Because, to me,this sentence calls for cooperation! I used to believe that cooperation was working on the same thing. It’s not! That’s a misguided concept! Cooperation is working for the same thing! I think that’s what this sentence conveys: that we have to work together as one with a common goal in our minds!!! These are dark times we’re living! Our economy is in such a bad shape and everybody is losing hope... there is so much pover-
ty, starvation and suffering! And if there’s something that living the consequences of aEuropeancrisishas taughtme is that alone we don’t stand a chance!!! As Jane Austen would say “selfishness must always be forgiven you know, because there is no hope of a cure!” And I think she’s right! It’s time to change! To take chances and to care for each other! Hello,ladies and gentlemen! We cannot all be like Cristiano Ronaldo or Messi, but maybe together we can shine brighter than them! I’m not saying we shouldn’t value individual work. We have to! I’m saying that we should make use of everyone’s individual abilities into group work and contribute with each other’s individual skills! Basically looking towards society as if it was a giant enterprise! That would make us reach new heights, for sure! But it would also take task delegation, sacrifices and effort that I believe most people are not willing to take! Despite that,when good intentions exist, so does success! To quote my favorite writer,Oscar Wilde, “success is a science! If you have the conditions, you get the results!” I’m sure you’re thinking that sometimes
luck helps! Maybe it does! However, I like to believe that wemake our own luck and so we create our own fate!!! Now I realize that life, as we know it,is like a puzzle;you take a few pieces and everything falls apart! So I say: don’t take them! Use all the pieces in it! Everyone has a role to play and everyone’s role is importantto maintain the balance of society and we cannot take that for granted! The thing is: the only way we can be heard is if we all sing the same song! That’s my dream! To be heard! To have an active voice! To play my role! To change something and to help make this world a better place to live in! This beingsaid,I want to thank you for listening to me! My name is Ângela Miranda, I’m from Guimarães, and I’m asking you: will you sing the song with me? Ângela Miranda, 10º AV2
• Ângela Miranda (10º AV2) e Mariana Pacheco (11º CT3), nossas representantes na edição deste ano da National Public Speaking Competition.
Jornal ‘O Pregão’ online em http://issuu.com/opregao
Equipa de ‘O Pregão’ Dulce Nogueira Fátima Lopes Glória M. Machado Jorge C. Faria José L. Faria José M. Teixeira Joana Silva
Se pretendes ver publicado o teu artigo ou trabalho no jornal da escola, envia-o para o email: o.pregao@esmsarmento.pt
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Palavras Cruzadas 9 1
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D S T 1 2 7 8 9 14 15 16 21 22 23 28 29 30
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E S M S S A
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Post it
"Porque eu sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura" F. Pessoa
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Prof. António Costa antonio.costa@esmsarmento.pt Q Q 4 5 11 12 18 19 26 27
S S 6 7 13 14 20 21 28 29
1
Ficar enganado; tabuinha em que o pintor dispõe e combina as tintas.
2 3
Deixe ferver até se concentrar; fruto silvestre.
4
Fisionomia; criada de quarto; pedra de altar; reco.
5
Soletrou; aguenta; espécie de sapo das regiões amazónicas.
6 7 8
Nome de uma letra; fazer arame a partir de.
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Revivificar.
12
Espaço percorrido no ar sem pousar; “estere”; neste lugar; tradução assistida por computador.
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Chiça; que não tem uso da palavra oral ou da capacidade de falar.
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Colocar em mala; natural, habitante ou cidadão da Itália (pl.).
15 V 1
setembro
D S T 1 2 3 8 9 10 15 16 17 23 24 25 30 31
H
12-16: Início ano letivo
Sítios e Blogs http://www.forum.pt/ Sítio da conhecida revista Fórum Estudante. Aqui, poderás consultar todas as informações que precisas sobre o acesso ao ensino superior. http://fernandopessoa.labs.sapo.pt/ Este projeto revela os versos de Fernando Pessoa mais citados nas redes sociais. Foi criado pelo SAPO Labs e a Universidade de Lisboa.
Argola; indicação de ano, mês e dia em que se realizou algum facto.
Rochedo; última parte; zigoto. “Autores”; “União Europeia”; “Estudo Acompanhado”; campeão. Recobro a saúde; embaraçai. Amerício (s.q.); rede de comunicação local geralmente utilizada dentro de uma organização para ligar os seus computadores; “Senhor”; Ruténio (s.q.).
Jogo de azar; feito com aparato e pompa. Mamífero marinho, o maior dos animais atuais; apelido.
2
Madrasta; ficar a dever; espécie de catarro contagioso que ataca principalmente a raça cavalar e asinina.
3
Balandrau; utiliza; pertences; exame ou prova em que as perguntas e as respostas são faladas e não colocadas por escrito.
4
Tipo de argola para as orelhas (antigo); relativo à uva; eleve.
5
Substância mineral pulverulenta ou granulosa; balbúrdias; Ástato (s.q.).
6
Descrevei; sensação ilusória de movimento do corpo ou movimento à volta do corpo.
8
Lugar onde se fabrica ou vende pão; rachais em lascas.
9
Pousa no mar o hidroavião; fêmea do leitão; “teatro de operações”.
10
Lugar onde se junta o peixe para se vender aos revendedores; infelicidade; antónimo de bem.
11
Época histórica; escudeiro; momento; tecido leve e transparente de seda ou algodão.
12
Tântalo (s.q.); impedir o movimento de; elemento químico gasoso radioativo (símbolo Rn), de número atómico 86.
13
Boi que não é castrado e que se utiliza como reprodutor (pl.); açúcar extraído de algumas algas.