O Progresso em Revista (Jorge Rizek Noivas)

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Julho de 2015 – Encarte do jornal O Progresso de Tatuí – Não pode ser vendido separadamente

JORGE RI ZEK

Especial reúne os melhores do

‘GRANDE DIA’


EXPEDIENTE

ÍNDICE

Julho de 2015 – Encarte do jornal O Progresso de Tatuí – Não pode ser vendido separadamente

A cereja do bolo JORGE RIZE K

Especial reúne os melhores do

‘GRANDE DIA’

FOTO DE CAPA Créditos: Josué Mota Registro do casamento de Aniz Eduardo Boneder Amadei e Yasmin Muhamed Jamoul O Progresso em Revista – Edição Jorge Rizek . Noivas é uma publicação da Empresa Jornalística O Progresso de Tatuí. . Redação: Praça Adelaide Guedes, 145 – Centro Tatuí-SP – CEP: 18270-020 PABX: (15) 3251-3040 / 3251-4012

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Moda x gosto

Preparação para o casamento Casamento civil: oficialização da união Casamento comunitário: possibilidade para casais

. E-mail geral: oprogresso@oprogressodetatui.com.br

Lua de mel: festa prolongada

. Publicidade: publicidade@oprogressodetatui.com.br

Viajar até dois meses após o casamento é tendência atual

. Editor e jornalista responsável: Ivan Camargo Gonçalves (MTB 25.104) . Reportagem: Deise Juliana de Oliveira Voigt (MTB 30.803) . Revisão: Ana Maria de Camargo Del Fiol . Diagramação e projeto gráfico: Erivelton de Morais . Anúncios (arte-final): Altair Vieira de Camargo . Gerência de publicidade: Lívia Amara Rodrigues . Contatos publicitários: Alcy Ferrari Edson Batista de Oliveira . Gerência financeira: Sérgio Luís Cardoso . Jurídico: Ivo Mendes (OAB 32.561) Ricardo Fernando Ribeiro (OAB 152.363) . Fotos: Du Arantes, Josué Mota, Deise Voigt e Arquivo Pessoal de Camerata Les Ensembles, Jorge Rizek e Lilian Leme . Impressão: Atlântica Gráfica e Editora Ltda. A reprodução total ou parcial do conteúdo desta publicação é expressamente proibida sem prévia autorização

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Plugado no contemporâneo, Jorge Rizek assina as mais sofisticadas produções de casamentos há mais de três décadas

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Lá vem a noiva, toda de branco...

Registro impecável Imagens que eternizam o momento mais feliz da nova vida de um casal

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‘Busco extrair o sentimento das pessoas O toque de emoção no “grande dia” Decoração, bufê, doces e bolo: o quarteto fantástico

Lojas especializadas oferecem serviços de listas de casamento

A estrela da festa Cuidados com a beleza são diferenciais da noiva

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editorial

Josué Mota

Casamento: sonho realizável e mercado milionário

Da primeira troca de olhares apaixonados ao “sim” do grande dia, o casamento sempre foi respeitado como uma instituição. A união de duas famílias, o início de uma terceira. O comprometimento pessoal em qualquer situação: na alegr ia e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza. A celebração familiar, um dos sacramentos religiosos, passou por diversas e diferentes fases. Mas, ao longo dos anos, em especial na última década, cresceu e multiplicou-se. Não são mais longos churrascos, casamentos em casas regados a bolo e champanhe, nem papel de presente debaixo da cama que enchem os olhos dos noivos e

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convidados. Atualmente, o casamento tornou-se um evento milionário. É o mercado mais lucrativo no setor de eventos. Segundo pesquisa divulgada no mês de maio de 2015 pela Abrafesta (Associação Brasileira de Eventos Sociais) e Instituto Data Popular, o mercado de festas e cerimônias cresceu nos últimos anos e estima-se que tenha atingido R$ 16,8 bilhões no ano passado. Esse número corresponde a casamentos, formaturas, aniversários, celebrações de debutantes e eventos corporativos. Em 2014, a região Sudeste foi responsável por metade dos gastos com festas e cerimônias – cifras

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editorial que chegam a R$ 8,6 bilhões. Só casamentos – um subitem do mercado de “eventos” – são realizados mais de um milhão por ano no Brasil. A grande maioria a integrar o número estrondoso é composta por jovens entre 20 e 39 anos de idade: 75% dos casamentos ocorrem nessa faixa etária no Brasil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). E são esses jovens que movimentam as cifras bilionárias. Com mais renda e maior acesso a serviço, os novos pombinhos aquecem o mercado brasileiro, principalmente nas regiões Sudeste e Sul. Os casamentos civil e religioso chegam a 70% no Sudeste e a união consensual, a 30%. No Sul, 66% e 34%, respectivamente. Segundo Ricardo Dias, presidente da Abrafesta, o mercado de eventos sociais no Brasil é altamente maduro e registra demanda em crescente. “As empresas prestadoras de serviços estão cada vez mais atentas às necessidades do mercado e em busca de novas tendências e produtos diferenciados”, disse ele. E haja criatividade para atender a tantos noivos exigentes. Em busca da realização do sonho, eles fazem do casamento uma festa que pode durar mais de um ano. “O casamento não é somente a cerimônia religiosa e a festa, é toda a preparação”, diz Eduardo Amadei, que, ao lado da hoje esposa Yasmin Muhamed Jamoul, celebrou seu casamento ao longo de quase um ano e meio. Para a concretização do sonho – ou deleite da preparação -, há todo um mercado de fornecedores e serviços. E que se expande cada vez mais. Seja uma cerimônia simples ou uma celebração reservada, um vasto leque de opções abre-se diante de olhos brilhantes de amor e perdidos de dúvidas. Independentemente da profundidade do bolso ou do tamanho do amor, celebrar um casamento é uma tarefa árdua, que exige não apenas bom gosto, mas muita ginástica para realizar escolhas acertadas, receber bem os convidados e concretizar o “grande dia” como o dia dos sonhos. Para a realização da cerimônia religiosa e da celebração em família e

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amigos, estima-se que existam mais de 30 itens – com incontáveis subitens – a serem analisados, testados e escolhidos. “A escolha dos doces, por exemplo. Não basta escolher quais tipos e quantidades. É preciso saber quais tipos e cores das forminhas, como e onde serão montados, onde serão acondicionados, em que local serão disponibilizados...”, destaca o experiente assessor de casamentos Jorge Rizek, responsável por colocar a festa em pé e fazer da cerimônia um momento impecável. Em Tatuí, os setores de serviços e comércio (aos quais estão relacionada a realização de eventos) são os que mais empregam, conforme o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). São estimados que, pelo menos, três centenas de empresas, microempresas, lojas e profissionais autônomos atuem exclusivamente, ou inclusive, na área de matrimônios. Mas, se por um lado o mercado oferece espaço para briga tão ferrenha quanto a das convidadas pelo buquê da noiva, por outro, os noivos estão mais exigentes a cada dia. Com a proliferação de informações nos mais diferentes veículos de comunicação, os pombinhos são ávidos por novidades e esperam dos fornecedores a mesma determinação que eles mesmos têm para que nada – nadinha – dê errado no grande dia. E a lista de cuidados é grande. Não apenas o vestido da noiva ou a bebida da festa, o casamento da atualidade traz uma gama de detalhes para fazer qualquer pai se debulhar em lágrimas e sentir saudades do tempo em que a festa era armada com um (ou alguns) barris de chope.

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história

Casamento: elemento de

profundas mudanças sociais

Esparta antiga

Roma antiga

Mongóls

Pérsia (Idade Média)

Japão medieval

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Foi a partir da proclamação do cristianismo como religião oficial que surgiu o casamento. A união indissolúvel, celebrada por um sacramento, substituiu antigos costumes de poligamia e provocou grandes mudanças nos hábitos europeus. A origem do casamento situa-se entre os anos de 392 – quando o cristianismo foi proclamado como religião oficial – e 965 e 1008, quando foram batizados os reis da Dinamarca, Polônia, Hungria, Rússia, Noruega e Suécia. Tais eventos resultaram no surgimento do casamento como um elemento responsável por profundas mudanças sociais. Durante o Sacro Império Romano Germânico – que sucedeu ao Império Romano –, ocorreu grande transformação das sociedades urbanas romanas e das rurais germânicas e eslavas. As uniões entre homens e mulheres eram, então, o resultado de renitências pagãs, de interesses políticos e de uma poderosa evangelização. O conflito entre as concepções pagã e cristã do casamento era tanto no século 11 que um exercício escolar costumava citar: “amor: desejo que tudo tenta monopolizar; caridade: terna unidade; ódio: desprezo pelas vaidades deste mundo.” Para os pagãos, o amor era visto como subversivo e destruidor da sociedade. Para os cristãos, o termo caridade exprimia, com o qualificativo “conjugal”, um amor privilegiado e de ternura. Esse otimismo aparecia em decretos

pontificais, por meio de termos como afeto marital ou amor conjugal. Mas, evidente, o ideal cristão era abrir mão dos bens deste mundo, desprezando-os, o que constituía um convite ao celibato convencional. Por volta dos anos 1000, a Europa pagã tinha, portanto, uma concepção do casamento totalmente contrária à cristã. Na Normandia, os vikings praticavam um casamento poligâmico, com uma esposa de primeiro escalão, que tinha todos os direitos, e com esposas ou concubinas de segundo escalão, cujos filhos não tinham nenhum direito. As cerimônias de noivado organizavam a transmissão de bens, mas não havia casamento verdadeiro a não ser que tivesse havido união carnal. Na manhã do casamento, o esposo oferecia à mulher bens móveis – era o presente matinal (morgengabe), que os juristas romanos batizaram de dote. A esposa era vista apenas como procriadora e as uniões – essencialmente políticas e sociais – eram decididas pelos pais. O casamento tinha objetivo de manter a paz entre famílias, tanto que, se o marido se tornasse viúvo, ele deveria se casar com a irmã da esposa. Com isso, aos poucos, as grandes famílias tornavam-se cada vez mais chegadas por laços de sangue (consanguinidade), aliança (afinidade) e, finalmente, totalmente incestuosas. Não havia nenhum espaço livre O Progresso em Revista - Especial Noivas


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história

Itália (Renascença)

Norte da Europa (Renascença)

Mugal (Índia)

Vestido branco (original)

estilo americano

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para o sentimento. Nesse cenário, quando o amor manifestava-se, ele só podia ser adúltero, ou assumir a forma de um estupro – maneira de tornar o casamento irreversível – ou, ainda, de um rapto “combinado” entre raptor e raptada. O amor era, efetivamente, subversivo, e se tornava sinônimo de morte e de ruína política, como prova o romance, de fundo histórico verdadeiro, “Tristão e Isolda”. O mundo ocidental oficialmente cristão, mas ainda pagão, não permitia que velhos países como a Espanha e Itália integrassem a doutrina do casamento. Mesmo que ela tivesse sido claramente afirmada e repetida desde que Ambrósio declarara, em 390, que “o consentimento faz as bodas” e Concílio de Ver acrescentara, em 755, “que todas as bodas sejam públicas” e “uma única lei para os homens e mulheres”. Reclamar a liberdade do consentimento das esposas e a condição de igualdade do homem e da mulher eram utópicos, sobretudo numa sociedade romana patriarcal. Mas, progressos foram vistos no século 10, graças à repetição da apologia do casamento, símbolo da união indissolúvel entre Cristo e a Igreja. O casamento não se baseava somente na procriação. A aliança era mais importante do que um filho. O ideal de monogamia, fidelidade e indissolubilidade tornou-se mais possível porque, no final do século 10, desapareceu a escravidão de tipo antigo, nos países mediterrâneos. Um novo espaço abria-se para o casamento cristão, graças ao surgimento do concubinato com

as escravas, que não tinham nenhuma liberdade. Foi nessa época que as determinações dos concílios tornaram obrigatória a validade do casamento dos não libertos. No ano 1000, outro acontecimento fortalecia o casamento: a proibição do incesto. Iniciada a partir do século 6 e quase bem-sucedida na Itália, Espanha e França, a interdição enfrentou forte oposição na Germânia, Boêmia e Polônia. Com isso, todos foram obrigados a procurar um cônjuge longe de sua aldeia e de seu castelo. Acabou-se por destruir as grandes famílias que viviam sob o mesmo teto e por favorecer-se a formação de um grupo nuclear, do tipo conjugal. A partir de então, a concepção do amor como subversivo e criador de morte dá lugar a um amor construtivo, promotor de vida. A procriação tornou-se um bem do casamento, entre outros. A poligamia desapareceu. A publicidade do casamento instalou-se. Embora a história do casamento cristão seja feita de alternâncias entre sucessos e crises, a celebração firmou-se e colocou-se como elemento de transformação social – àquela época e na atual.

Eu prometo... Um dos momentos mais emocionantes do casamento é quando os noivos pronunciam os votos. Qualquer forma de dizer publicamente que aceitou se casar com a pessoa com quem vai passar o resto da vida é, sempre, repleta de emoção. Em vários países, é muito comum que os próprios noivos escrevam os votos que serão proferidos. No Brasil, há três protocolos comumente utilizados. O mais conhecido deles é: Noivo (a): “Eu (nome do noivo ou da noiva), recebo-te por meu (minha) esposo (esposa) a ti (nome), e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida”.

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produção

A cereja do bolo

Plugado no contemporâneo, Jorge Rizek assina as mais sofisticadas produções de casamentos há mais de três décadas A rotina do produtor, assessor e cerimonialista de casamentos Jorge Rizek é tão concorrida quanto a da atividade principal dele, que é, também, diretor de cultura e turismo. Na “Jorge Rizek Eventos”, empresa particular de produção de eventos, os casamentos são o carro-chefe e nunca estiveram tão em alta. Para realizar o sonho de todos os noivos – o de ter o melhor casamento do mundo, coisa que só os apaixonados concebem e que acaba sendo, mesmo, o momento mais inesquecível de um casal -, Rizek desdobra-se em pesquisas, reuniões, seleção de fornecedores, degustações e provas, montagem, conferição... até e, inclusive, depois do “sim”. Profissional reconhecido da área, não somente no interior de São Paulo, mas em outras localidades do país, Rizek atua em todos os momentos do enlace. Da preparação à prestação de contas. É a cereja do bolo, a peça-chave que deixa os noivos tranquilos na organização e orgulhosos na realização do casamento. O início da atuação de Rizek nessa área foi, como ele define, “por acaso”. Ele ainda morava em São Paulo e visitava Tatuí esporadicamente quando passou a organizar eventos particulares. Eram festas de aniversário, recepções. E, coordenando a casa noturna “Tro-lo-ló”, lançou o ritmo dos casamentos pela primeira vez. “Comecei na década de 70, não era algo profissional. Algumas pessoas alugavam o clube para casamentos, e eu comecei a organizar essas festas lá, ajudando a coordenar lá dentro”, iniciou ele. “Em outro momento, já na década de 80, passei a atuar de forma profissional. Já não organizava casamentos apenas dentro do Tro-lo-ló. O Progresso em Revista - Especial Noivas


produção Foto: Josué Mota A procura por esse serviço foi aumentando, iniciei um processo natural de profissionalização e, hoje, os casamentos superam os demais eventos em minha empresa. É meu carro-chefe, atualmente”. A atuação de Rizek envolve todas as escolhas possíveis de um casamento, tanto da cerimônia religiosa quanto da festa. Quanto maior a festa, mais trabalho. Rizek assume para si todos os detalhes do grande dia, orientando sobre procedimentos e oferecendo o melhor custo-benefício entre fornecedores – todos eles, desde convites até as flores do buquê. E seu trabalho não termina na balada da festa. “Felicidade dos noivos é o fundamental na cerimônia”, diz Rizek “Acompanho todas as contraFoto: Du Arantes tações, faço sugestões de contratações, às vezes com três ou mais fornecedores de cada área. Depois, de comum acordo com os noivos, fazemos as escolhas. Tudo é feito conforme o perfil dos noivos. Reúno-me com eles para verificar o perfil do casamento Cerimônias podem ser realizadas em qualque lugar ou cenário; antes de começar criatividade da produção torna-se diferencial

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a trabalhar. Cada casamento é um casamento novo”, afirmou. Ao longo de três décadas, Rizek já organizou o casamento de diferentes gerações. Não raro, dos pais e dos filhos de um casal. Devido à profissionalização de serviços na área, no entanto, a diferença entre os eventos são gritantes. Se, antigamente, o que fazia a cabeça dos noivos, familiares e amigos era um delicioso churrasco num espaço confortável, onde eram instaladas mesas e cadeiras desmontáveis, passando, depois, para a famosa festa do bolo com champanhe, atualmente, o evento está muito mais sofisticado. “Hoje, vivemos um momento totalmente diferente do que vivíamos há 30 anos, em quantidade e em qualidade. Neste ano, o mercado de casamento vai movimentar R$ 890 milhões só na grande São Paulo, onde mais de 134 mil casais vão dizer ‘sim’. Este é um mercado que está crescendo a cada

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Foto: Du Arantes

produção dia, virou uma indústria que, cada vez mais, abre novas empresas. Ao mesmo tempo, novas ideias surgem”, conta. Para acompanhar o ritmo da criatividade do mercado, Rizek investe em atualização pessoal. Arma-se de informações em revistas, livros, guias, sites e participa de todas as feiras e eventos relacionados ao setor. “Assim como em qualquer profissão, é preciso estarmos sempre plugados no que está acontecendo no mundo. E não somente no Brasil. Eu invisto em inf ormação, pesquiso, troco ideias... Hoje, principalmente, com as redes sociais. Os noivos conversam muito e têm acesso a tudo. Eu preciso estar à frente deles e acompanhar a linguagem que estão utilizando”. Conforme o cerimonialista, o período que antecede o casamento é vivido com grande intensidade pelos noivos – às vezes, até mais que o próprio enlace. A fase em que as opções saltam aos olhos é o momento da concepção do evento, o início da gestação que pode durar, em alguns casos, até 18 meses. “De fato, é um momento muito especial para eles. Em muitos casos, o noivo também participa ativamente dessa pré-produção. Nesse momento, eles ficam muito ansiosos. É o medo de que tudo aconteça como planejado, que não

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O cerimonialista Jorge Rizek assina cerimônias de diferentes gerações


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produção Foto: Josué Mota

Tendências de decoração e estilos variam anualmente

haja nenhum percalço pelo caminho. Vive-se um tempo de fabricação, de confecção quase que artesanal”, ressalta. É esse detalhamento antecipado que faz toda a diferença no casamento. Em suma, é o que faz do evento realmente diferente e exclusivo. Os clientes de Rizek são noivos ocupados e exigentes – não necessariamente nessa ordem. Embora ele próprio não admita, também se inserem, na lista de clientes, os noivos que buscam requinte exclusivo, um “quê” de personalizado na celebração, a etiqueta da grife que se tornou o nome de Rizek nessa área de atuação. Noivos que buscam por trabalho de assessoria não têm tempo disponível para administrar os detalhes da celebração, administração que pode se tornar bastante exaustiva. “Muitos noivos trabalham muito, estudam muito, simplesmente não têm tempo para administrar fornecedores, planejar um cerimonial, organizar os detalhes”, observa. Com base em Tatuí e atuando em várias 14

outras cidades, Rizek diz que há, sim, vantagens para os noivos que se casam na Cidade Ternura. Entre elas, a possibilidade de prepararem-se com menor antecedência, já que o prazo para reservas de espaços para locação é bem pequeno, se comparado ao tempo exigido em São Paulo, por exemplo. Ainda assim, há quem comemore aniversário de produção de casamento. “É natural. A data está marcada, os amigos já estão falando, eles veem casamentos sendo realizados. Existe uma troca entre eles, e até para iniciar a produção há expectativas. Eu já fiz casamentos com mais de um ano de preparação, como já fiz outros com dois meses de antecedência, com nomes grifados, inclusive. Já fiz casamentos para dez convidados, como já fiz festa para 2.000 pessoas”. Para iniciar um trabalho de organização de casamentos, o primeiro passo de Rizek é reunir-se com os noivos. É uma espécie de reconhecimento de campo, na qual afloram os estilos, os gostos, a personalidade do casal e, consequenO Progresso em Revista - Especial Noivas


Foto: Josué Mota

Personalidade dos noivos está presente em todos os detalhes da cerimônia

temente, do casamento. A primeira e as várias reuniões subsequentes dão vida ao evento, conforme o estilo dos maiores interessados, os noivos. Não raro, noivos tornam-se amigos. E menos raro ainda, estes ficam deslumbrados com o resultado montado no dia da festa. A proximidade com os noivos é ferramenta fundamental na personalização do evento, auxilia as escolhas e tomadas de decisões e alivia as tensões. “O casamento é um evento, uma representação pública do amor, do início da família. Por ser tão importante, precisa ser pensado, organizado. E, na organização, cumprir etapas e ter um ‘check-list’ na ponta da língua é essencial. Eu faço ‘check-lists’ diários, e, quanto mais próximo o casamento, maior a atenção”, conta. Com cronogramas detalhados de cada evento, Rizek roteiriza as situações e coloca a mão na massa em todos os detalhes, inclusive, nas entregas e montagens. “Eu alinho os fornecedores, e este é o meu trabalho de assessoria”, relata. O Progresso em Revista - Especial Noivas

Na missão de transformar sonhos em realidade, tranquilizar o casal é a etapa mais difícil. Segundo Rizek, muitas vezes, a ansiedade é mais rápida que as etapas a serem cumpridas. “No meu trabalho, há etapas bem definidas e incontáveis detalhes. Muitos não são nem imaginados pelo casal. Ao contratarmos uma banda, por exemplo, eu verifico o espaço, o sistema de som, o horário da passagem de som, se haverá camarim, que horas vai começar, que horas vai terminar, o repertório... Tudo isso é definido junto com os noivos”. A segunda etapa mais difícil é precificar o sonho. “Muito noivos não têm informação de quanto custa este sonho, e eu preciso enquadrar o sonho na realidade. Para isso, oferecemos três propostas.” Ao identificar o perfil e a possibilidade financeira, Rizek também auxilia o casal na melhor sensação de todas: a de que eles estão consumando o momento mais esperado do início de uma nova família. 15


produção Tradições Nunca parou para pensar por qual motivo se corta a gravata (além do óbvio, de se presentear os noivos com um dinheiro extra)? Assim como no Brasil, os casamentos ao redor do mundo são cercados de tradições. Algumas, claro, caíram em desuso, mas são lembradas como características marcantes das cerimônias em seus países. Alemanha - Antes da cerimônia, há um ritual em que os convidados quebram porcelanas para trazer boa sorte. Cada convidado deve levar sua própria cerâmica, ou porcelana, nunca de cristal. O ritual acontece em frente à casa da noiva, na sexta anterior ao casamento. Austrália - Há casamentos bem teatrais, com rituais quase orquestrados, seguindo disciplinadamente todas as pompas e atenção a cada detalhe. Os discursos são bastante comuns, nos quais algum convidado assume o papel de mestre de cerimônia e coordena os demais que falarão. Outra tradição é a noiva dar de presente ao noivo uma Bíblia, pois esta representa esperança e alegria. Romênia – Há proliferada tradição de se “raptar” a noiva. Os amigos do noivo são responsáveis por fazer este trabalho, que deve ser muito marcante e terminar em local onde o noivo negocia a libertação, quase sempre com álcool ou qualquer confissão constrangedora. Quando a menina é liberada, a noiva e o noivo estão prontos para a cerimônia na Igreja Ortodoxa romena. China – O costume da noiva chinesa é de ter ao menos três vestidos para serem usados durante a festa. Essa tradição, que, atualmente, acontece também no Brasil, faz parte das versões modernas dos casamentos chineses. Primeiro, há o tradicional “qipao” ou “cheongsam”, geralmente vermelho, pois a cor simboliza sorte na cultura chinesa. Em seguida, a noiva pode trocar pelo vestido branco, usual de noivas ocidentais. No final, a noiva usa um vestido de outra cor, à escolha dela, ou um vestido curto. Nas cerimônias mais conservadoras, uma banda de músicos, tocando gongos e flautas, acompanha o caminho da noiva para a casa do noivo. Colômbia - as noivas prendem uma moeda na bainha do vestido para atrair fortuna. E não usam nenhum acessório com pérolas, pois simbolizam lágrimas. Coreia - O noivo presenteia a mãe da noiva com um ganso selvagem, vivo ou em madeira. Esses animais são companheiros para a vida. Simbolizam uma promessa de que ele vai cuidar da filha dela por toda a vida. Estados Unidos – O país tem a tradição do “something old, something new, something borrowed, something blue” (“algo velho, algo novo, algo emprestado e algo azul”). As noivas usam algo velho para simbolizar a continuidade, o algo novo traz esperança, o objeto emprestado simboliza a felicidade compartilhada entre amigos e o azul, para simbolizar a pureza. Equador - É considerado azar ter o vestido pronto antes da cerimônia, ou seja, ele precisa ser comprado no dia do casamento. >...

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“Na verdade, quem faz o casamento são os noivos, eu vou apenas orientando, alinhando, moldando o formato do evento conforme o que eles querem e desejam. O casamento só vai ser um sucesso se tiver a cara dos noivos. Por isso, não existe fórmula pronta. É um trabalho diário. Fazemos um ‘briefing’ logo na primeira reunião e começamos a busca pelos fornecedores, que são muitos. Cada item do ‘check-list’ se desdobra em muitos outros. É um trabalho diário”. Incapaz de apontar um número aproximado de casamentos já assinados por ele, Rizek vale-se da profissionalização do mercado para oferecer diversificação. Em 30 anos, já organizou casamentos de todos os estilos: clássicos, românticos, simples, os de alta grife (aqueles que têm nomes reconhecidos em todos os serviços oferecidos). Para o sucesso, no entanto, sem importar o tamanho ou preço, a dica básica é uma só: ter boa comida, boa bebida e boa trilha sonora. É por esses três itens que Rizek começa a pensar o evento. “Meu objetivo é fazer com que as pessoas gastem com o que é estritamente necessário. É preciso garantir os itens básicos para, depois, pensar no que eu penso ser algo acessório, opcional. Mas, claro, há quem queira investir nos acessórios, pois estamos falando de sonhos. As noivas sonham, os noivos sonham. Às vezes, um item pode ser algo opcional, mas é aquele item que, para eles, vai fazer toda a diferença,

é aquele detalhe que estava presente no sonho do casal. E ele será, claro, realizado.” Além da seleção de fornecedores e avaliação de serviços, Rizek agrega ao evento o que seu talento e determinação naturais oferecem: um “toque pessoal” de absoluto bom gosto e requinte, que faz, sim, muita diferença no casamento. A grife Jorge Rizek está presente na montagem, na decoração, na festa. Além disso, a presença dele garante que a engrenagem deslanche sem atritos, e a finalização do casamento faz com que ele siga trabalhando enquanto os noivos descansam em lua de mel. Perfeccionista que é, Rizek segue avaliando o evento após o término, pois “sempre acha que poderia ter sido melhor do que foi” e, entre uma paleta de cores e outra, aprimora-se na área. “Meu trabalho é assessoria, coordenação, acompanhamento. Eu estou me aperfeiçoando E sinto que este mercado está se aperfeiçoando também. Casamento é o negócio do momento. Eu trabalho com muitos fornecedores de outras cidades também e vejo que, aqui em Tatuí, estão sendo oferecidos excelentes serviços, com pessoas buscando se aprimorar cada vez mais”. “E o acesso à informação auxilia muito. Hoje, temos livros, revistas, redes sociais, internet... Antigamente, não havia nada disso. Não existia referência. Hoje, qualquer casamento é contado detalhadamente, e os noivos seguintes farão ainda melhor”. O Progresso em Revista - Especial Noivas


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França - A noiva arrecada dinheiro leiloando sua cinta-liga entre os convidados. O nome disso é “le jeu de la jarretière” (o jogo da cinta-liga). Grécia – A alegria dos gregos com a união do casal já começa dois ou três dias antes do casamento, quando os noivos organizam uma festa, chamada “krevati” (“cama”, em grego), em sua nova casa. Nesse dia, amigos e parentes do casal colocam dinheiro e crianças na nova cama dos noivos, para trazer prosperidade e fertilidade na vida deles. Após esse ritual, eles partem para a celebração com muita comida e música. No dia do casamento, o noivo não pode ver a noiva até o momento esperado da união. Depois de trocarem buquês de flores, eles têm a cerimônia de casamento, na qual o padrinho entrega as alianças e coloca coroas sobre o casal. No final da cerimônia, os convidados especiais, como amigos íntimos e familiares, recebem amêndoas açucaradas (tradicionalmente, em número ímpar), como um presente do casal. Após a cerimônia, geralmente, o casal realiza uma festa grande, com muita comida, bebidas, música e dança, até a manhã seguinte. Como símbolo de sorte e prosperidade, os gregos realizam a famosa quebra de pratos, ao som de uma música folclórica tradicional. Holanda - Um pinheiro é plantado perto da casa dos recém-casados. A árvore simboliza fertilidade e sorte. Índia – Antes de a noiva se casar, suas amigas e parentes decoram suas mãos e pés com desenhos elaborados com henna, chamados “menhdi”. Os desenhos são incrivelmente detalhados e demoram horas para ficarem prontos. Outra tradição indiana é de a noiva estar adornada com muitas joias. Itália – Os italianos são bastante supersticiosos. Casar na terça ou sexta traz má sorte. A noiva deve usar um véu usado por outra noiva, para ter sorte. O noivo leva no bolso, durante a cerimônia, um objeto de ferro. Assim, ele espanta os maus espíritos. E chuva durante o casamento é sinal de boa sorte. Japão - Para selar a união, os noivos bebem nove goles de saquê. O número nove significa sorte e prosperidade. Marrocos – Lá, os casamentos não duram um, mas sete dias. Nos três primeiros, são realizados os preparativos; nos três dias seguintes, ocorrem as celebrações conjuntas até que, no sétimo, o casamento é consumado. México - Os noivos fazem a famosa “dança do dólar”, quando os convidados pagam para dançar com o noivo ou a noiva. E o buquê é deixado aos pés de uma imagem da Virgem Maria. Bélgica - As noivas bordam o nome delas em um lenço para usar no dia do casamento. Depois, esse lenço é emoldurado até que uma nova noiva da família se case, sendo passado para essa próxima. Paquistão – Os homens paquistaneses têm de pagar se quiserem manter os seus sapatos. Depois de um casamento paquistanês, o casal regressa à casa para uma cerimônia chamada “mostrando o rosto”. O ritual consiste em que a família e os amigos segurem um xale verde sobre a cabeça do casal e um espelho. Então, a noiva remove o véu que ela usa durante toda a cerimônia para revelar o rosto ao noivo. Enquanto isso, as mulheres da família da noiva somem com sapatos do noivo e pedem resgate para devolvê-los. Polônia – Quem nunca ouviu a expressão “casamento de polonês”, para festas que duram vários dias? A frase não ficou conhecida à toa, pois os poloneses fazem mesmo comemorações que podem durar dois, três dias ou até mais, entre a cerimônia principal, a festa com rituais, comidas, bebidas, danças e brincadeiras, além de outras celebrações. Portugal - As noivas passam os sapatos entre os convidados para arrecadar dinheiro (como acontece aqui). Ao sair da igreja, os amigos e familiares jogam arroz, confetes e flores para o casal. Rússia – O casamento costuma durar dois dias. Os noivos precisam realizar diversas tarefas como mostra de dignidade da bênção de seus pais para a união.


Foto: Josué Mota

tendências

Estilo pessoal dos noivos é a marca registrada e o que ditará o sucesso da cerimônia

Moda x gosto Assim como corte de cabelo, estilo de jeans ou tênis, casamento também segue moda

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A moda nos casamentos está presente no estilo dos vestidos – quem se esquece, afinal, das mangas bufantes e dos casquetes dos anos 80? -, mas também em detalhes como as cores predominantes. A tendência de 2015 é, conforme Rizek, as cores branco, rosa e pink, e todas as suas variações possíveis. A moda nos casamentos surge mais da observação. O que faz sucesso em um determinado casamento, certamente, será desejado por noivos que estão organizando os próprios enlaces. Mas há quem fuja à regra. E esses são, conta Rizek, os grandes desafios. “Eu acho muito legal

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O buquê

A tradição do buquê de noiva está ligada à simbologia da vida, já que as flores são os órgãos reprodutores das plantas. Acredita-se que o buquê teria surgido na Grécia, como uma espécie de amuleto contra o mau-olhado. Era feito com uma mistura de alho, ervas e grãos. Esperava-se que o alho afastasse maus espíritos e as ervas ou grãos garantissem uma união frutífera. Na Idade Média, era comum a noiva fazer o trajeto a pé para a igreja, e, no caminho, recebia flores ou ervas e temperos, para trazer felicidade e boa sorte. Ao fim do trajeto, tinha já formado um buquê, e cada um desses presentes tinha um significado referente. Assim, os antigos romanos costumavam atirar flores no trajeto da noiva, pois acreditavam que as pétalas lhe dariam sorte e carinho ao marido. Na Europa, durante a Idade Média, os arranjos começaram a tornar-se mais sofisticados, devido à chegada de flores exóticas. Atualmente, o buquê é essencial para que o traje da noiva esteja completo. Nos casamentos realizados na parte da manhã ou à tarde, é aconselhável que o buquê seja de pequeno ou médio porte e com flores do campo, ou flores coloridas; já para as cerimônias à noite, recomenda-se buquê maior, com flores mais nobres e chamativas. Os formatos dos buquês podem ser: pequeno e redondo, cheio e redondo, tipo cascata ou tipo braçada. Ele deve acompanhar o modelo do vestido e respeitar o estilo da noiva. Muitas noivas, que não querem se desfazer do buquê – há, inclusive, serviço de desidratação e emolduramento de flores – preparam uma versão dele para jogar às convidadas. Essa tradição já era praticada na Antiguidade, e, por isso, confeccionavam-se dois buquês: o primeiro, abençoado pelo sacerdote era guardado; o segundo, lançado em direção às mulheres solteiras. Aquela que conseguir pegá-lo, teria a sorte de ser a próxima a casar.

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tendências

Naturalidade e momentos leves e sinceros são inesquecíveis

quando alguém vem com algo diferente. Eu já fiz casamentos na praia, em hípicas, fazendas, clubes, ginásios. Qualquer lugar, aliás, pode se tornar um cenário para casamento. Num gramado, é possível fazer um castelo. Mas, de todos os que organizei entre os inusitados, está o de dois atores. O casamento deles teve a participação do grupo de teatro no qual atuavam, a todo o momento: as alianças foram trazidas por um ator em perna de pau, por exemplo. Foi uma linda interação”. Conforme Rizek, não é a cifra que determina a beleza ou o sucesso de um casamento. Em todos, há aquele sentimento inominável que inunda os convidados. Uma emoção impagável. “Eu gosto do que é natural, gosto desse momento envolvente. Tanto que não faço ensaios. A atuação natural é muito mais bonita.” “A receita de uma festa de Para Rizek, participar desse momento – e numa posição tão imporcasamento de sucesso está tante – é um elixir de qualidade de vida. “Quando eu era DJ, organizabaseada em três pontos: va festas, eu tinha sempre o objetivo de fazer as pessoas felizes. Agora, boa comida, boa bebida é a mesma coisa: é gratificante fazer parte de um momento tão impore boa música.” tante, tão especial para as pessoas, como é o casamento. Esse é o meu objetivo. Tenho grande prazer em fazer o que faço.” O Progresso em Revista - Especial Noivas

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Foto: Josué Mota

rumo ao altar

Eduardo Amadei e Yasmin Muhamed: “a gente faria tudo de novo”

Preparação para o casamento Namorados por dez anos, casal é uníssono: “preparar casamento dá muito, mas muito trabalho” A vida de Aniz Eduardo Boneder Amadei, o Dudu, e Yasmin Muhamed Jamoul nunca foi tão ocupada quanto nos 17 meses que antecederam o dia 20 de setembro de 2014. Na data, o casal oficializou nove anos ininterruptos de namoro com uma cerimônia emocionante e uma festa impecável, com produção assinada por Jorge Rizek. Dos buquês de gipsófilas aos copos-de-leite e callas que decoraram a igreja ao espumante servido na festa, cada detalhe foi pensado e construído com aval (e teste) do casal de noivos. A história de amor que começou no ano de 2005, num baile de Carnaval (o famoso Vermelho e Preto, também produzido por Jorge Rizek), teve um final mais que feliz. “Tudo foi exatamente 22

como sonhávamos”, comenta o casal. O namoro longevo e ininterrupto já dava mostra de que ia terminar em casamento. “Sempre cogitamos a ideia, mas, no início do namoro, eu morava em São Paulo e ela, em Tatuí. Depois, voltei para Tatuí, mas ela começou a trabalhar em Salto. Em seguida, foi minha vez de voltar a São Paulo para especialização e mestrado... Essa rotina impedia que fizéssemos planos em caráter definitivo antes. Até que combinamos a data, marcamos na igreja no mesmo dia em que decidimos e, a partir daí, começou a correria”, conta Eduardo. Entre a data de agendamento, em abril de 2013, e o dia do casamento, em setembro de O Progresso em Revista - Especial Noivas


rumo ao altar 2014, Eduardo e Yasmin vivenciaram cada momento da preparação. “Dá muito trabalho, nunca imaginei...”, diz ele. “É muito detalhe, muita coisa”, acrescenta ela. Para aliviar a tensão e orientar as decisões, o casal decidiu trabalhar com Rizek. “Quando você tem uma pessoa como o Jorge para orientá-lo nas escolhas, o processo é mais fácil. Se, antes, pensávamos em 15 opções, ele já reduz para três, de acordo com o nosso estilo. É muito importante ter alguém que conheça do assunto para ajudar, para dar um norte. Ficamos muito tranquilos em saber que o Rizek estava por trás de tudo, e sabíamos que ele não ia deixar nada sair errado”, comentam. Um dos pontos críticos da preparação do casamento, na opinião dos noivos, foi a elaboração da lista de convidados. Ambos tatuianos, com muitos parentes e amigos, temiam não ser possível convidar todas as pessoas que gostariam. Por outro lado, o conforto dos convidados era outra preocupação. “Quando você se propõe a fazer uma festa, ou evento, é para que os convidados se sintam à vontade. A primeira

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preocupação é não magoar as pessoas que não poderiam ser convidadas. No nosso caso, adoraríamos convidar todos os conhecidos, mas tivemos que nos limitar aos familiares e pessoas que nos acompanhavam diuturnamente. Outra preocupação era fazer com que os convidados se sentissem à vontade. E, ainda, me preocupava em realizar tudo exatamente como a Yasmin queria”, diz Eduardo. E a preocupação foi recompensada. A hoje esposa ainda lembra-se com entusiasmo de todos os detalhes do grande dia: “Foi tudo exatamente como sempre sonhei, não mudaria nada: vestido, buffet, decoração, tudo do jeito que eu queria!”. Para que o sonho se transformasse em realidade, os noivos pesquisaram muito, avaliaram opções e visitaram fornecedores, sempre acompanhados do cerimonialista. Foram dois bufês diferentes, além de degustação de bebidas, doces, bolos. “A gente engorda muito na preparação do casamento”, brincam eles. Criterioso, o noivo Eduardo levou bastante tempo até decidir-se pelos detalhes do casamento, sempre pensando em agradar a todos os


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rumo ao altar

Trilha sonora do casamento teve “Beatles” como tema principal

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rumo ao altar convidados. “Sempre achamos que outras pessoas gostam do que gostamos. Levamos um bom tempo para escolher os detalhes e, felizmente, todos aprovaram”, destaca. Por terem optado por cerimônia e festa, os noivos Eduardo e Yasmin tiveram de fazer duplas escolhas em vários dos itens a serem planejados. A trilha sonora, por exemplo, foi um dos momentos pensados. Originais, optaram por composições da banda inglesa The Beatles em toda a cerimônia. Nem a marcha nupcial foi preservada. A entrada triunfal da noiva foi ao som de “Pepperland”, música orquestral composta por George Martin (produtor musical do grupo). Durante a cerimônia também foram ouvidas “Penny Lane” e “I need You”. Até quem não esteve na cerimônia consegue imaginar o casal deixando a igreja ao som de “My Sweet Lord”. “Assistimos a um tributo a George Harrison e adoramos as músicas. Acabamos incluindo várias no casamento e, quando notamos, todo o repertório era Beatles”, diz ele, que cresceu ouvindo a banda de rock inglês. “Eu não queria a marcha nupcial e ‘Pepperland’ era bem propícia”, comenta ela.

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Para a festa, o casal escolheu um trio de jazz para a abertura e, em seguida, DJ. O set do profissional foi mantido, com exceções enfatizadas pelos noivos – nada de sertanejo, axé ou pagode. A escolha do vestido e do terno também tiveram histórias à parte. O vestido de noiva foi resultado de várias pesquisas on-line até a descoberta de uma modista em Campinas. Acompanhada pela sogra, Tais, que também participou ativamente da escolha de vários outros itens do casamento do primeiro filho, a noiva Yasmin visitou o local antes de fechar o negócio. “Vi um modelo que gostei muito. Fomos até lá e gostei da modista, do atendimento, de tudo, foi uma ótima escolha”, conta ela, que não escolheu modelos ou cores para a roupa das madrinhas, que se vestiram à vontade para a data. Eduardo optou por vestir-se igual aos padrinhos, com exceção da gravata, o diferencial. A opção rendeu bons encontros e risadas com o pai, sogro e amigos. “A vida é sempre tão corrida que o tempo passa e a gente nem percebe. O casamento não é só a cerimônia e a festa, mas


toda a diferença o trabalho do Rizek. Ele já sabe o que vai funcionar e o que não vai. Ele é um diferencial. A mesa de doces e a entrada da festa que ele montou foram inacreditáveis”, dizem. Embora tenham organizado o casamento durante um ano e cinco meses, Eduardo e Yasmin são categóricos: o ideal seriam dois anos. Isso porque, em alguns casos, mobiliário e objetos já estavam locados. “As pessoas se antecipam tanto que alguns itens já estavam alugados. Mas, ao final, o que vale é que tudo foi perfeito. Foi melhor do que pensávamos. Quando vi os convidados felizes, a Yasmin contente, me senti aliviado”, diz ele. “A festa foi incrível, nossos pais, emocionados, eu me casaria de novo”, acrescenta ela. E como cada casamento tem sua história exclusiva, ela não poderia faltar no grande dia de Eduardo e Yasmin. Ao sair da igreja, a caminho da festa, a noiva decide tomar um energético. E que noivo apaixonado não iria, com traje e noiva a tiracolo, até um posto de gasolina para satisfazer a vontade dela?

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toda a preparação também. A prova das roupas dos padrinhos foi muito divertida e engraçada. Em um período tão tenso quanto a preparação do casamento, é sempre muito bom encontrar formas de se divertir”, diz Eduardo. A escolha dos locais da cerimônia e da festa tiveram histórias distintas. A cerimônia foi agendada no mesmo dia da escolha da data, na Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição, com celebração do diácono Luis Carlos. Já a festa precisou de uma verdadeira escavação para ter o local definido. E, ao escolherem o espaço, os noivos foram muito, muito audaciosos: acabaram por inaugurar um novo espaço de eventos no município, agendando a festa antes mesmo do início da construção. “O lugar nem existia. Fomos ao local, havia apenas demarcação. Mesmo assim, assinei o contrato. Inauguramos o Via Blanc, e, sinceramente, o dono parecia mais feliz que a gente no dia do casamento”, brinca Eduardo. No espaço da festa, prevaleceram as cores verde e branco. Somente o salão exigiu análise de vários itens, como mesas, cadeiras... “Aí é que faz

Noivos se divertiram em todos os momentos do casamento

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rumo ao altar


“Queria ver a Yasmin feliz�, diz Dudu

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no papel

Casamento civil: oficialização da união Uniões oficiais acompanham estatística estadual e têm crescimento no município

Fernando Sueji, oficial de registro civil há mais de sete anos em Tatuí

O Cartório de Registro Civil de Tatuí, que fica em frente ao Lar São Vicente de Paulo, recebe mais de oito centenas de casais todos os anos. Ali, diante de um juiz de paz e em cerimônia rápida e simples, os noivos dizem “sim” e assinam documentos que oficializam o início de uma nova vida. Os meses de maior movimento são maio, o mês dos casamentos no país, e o quadrimestre que vai de setembro a dezembro. A alta procura por esses meses para a celebração de casamentos acompanha tendência nacional. Maio, tradicionalmente, é conhecido como “mês das noivas” por influência da Igreja Católica. A escolha está ligada à festa de consagração de Maria, mãe de Jesus. A comemoração do Dia das Mães, no segundo domingo do mês, também contribuiu para a associação com as noivas, apesar de não haver passagens ou citações bíblicas específicas sobre o assunto. Já o período de setembro a dezembro é, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o campeão de casamentos. Ele estaria relacionado ao início da primavera e das temperaturas mais altas, colocando dezembro como o mais procurado pelos noivos, seguido de 28

setembro e, em terceiro, maio. A explicação seria simples: em dezembro, o trabalhador recebe o 13o salário, férias e outros benefícios. Conforme o oficial de registro civil Fernando Sueji, os números locais refletem estatística do Estado de São Paulo. “O perfil dos noivos não difere. O que ocorre com maior frequência no interior é que as pessoas ainda se casam mais cedo que nos grandes centros. É uma impressão minha, a partir de observações do dia a dia”, diz ele, que atua no município há sete anos. Segundo Sueji, o cotidiano no cartório é, em geral, marcado por momentos felizes. “Aqui, trabalhamos com três pontos da vida: nascimento, casamento e o óbito. Nos nascimentos e casamentos, todos estão sempre felizes. Pelo menos, até hoje, nunca vi ninguém se casando forçado. Os noivos estão felizes, trazem muitos convidados. E um detalhe interessante é que, para muitos casais, a celebração aqui no cartório é a única. Eles não fazem festa ou outra cerimônia. Então, é um momento muito importante, eles vêm bem arrumados, com muitos convidados, as pessoas se emocionam de verdade – inclusive, o noivo”, diz ele. “Gosto do que faço, principalmente, por O Progresso em Revista - Especial Noivas


no papel conta da emoção na vida das pessoas. E sinto que é algo absolutamente sincero.” Após responder às perguntas do juiz de paz, os noivos só precisam assinar documentos para estarem casados oficialmente. A grande maioria opta pela mudança de nome, mantendo a tradição de a noiva adicionar ao nome dela o sobrenome do noivo. Mas, há casos em que o próprio noivo também adiciona o nome da noiva, como permite a legislação. Em mais de sete anos de trabalho, Sueji já presenciou casamentos diferentes. O principal deles ocorreu no início deste ano e teve repercussão na imprensa nacional e internacional (veja quadro). “Foi o casamento de um senhor de 103 anos com a noiva de 90, após 70 anos de noivado. Teve muita repercussão e foi o mais marcante dos casamentos. Eles poderiam ter se acomodado, mas fizeram questão de oficializar a união, o que foi muito bonito”, observou Sueji. “Mas, também, fizemos três casamentos de casais surdos e mudos, com a presença de um intérprete, que foi emocionante. E, ainda, o casamento de um holandês com uma brasileira. Ele havia outorgado uma procuração, pois o casamento deve ser presencial. Mas, como ele queria participar de alguma forma, liguei meu notebook e ele acompanhou o casamento via internet”, contou. Etapas A primeira etapa do casamento civil é o

“pedido de habilitação”. Nessa etapa, os noivos devem ir até o cartório e provar que estão desimpedidos para casarem-se. O prazo indicado pelo cartório em Tatuí é de, no mínimo, 30 a 40 dias. “Esse prazo é por conta da disponibilidade de vagas. O trâmite pode até demorar menos, mas, como em alguns períodos a procura é muito grande, esse é o prazo indicado”, explica o oficial. Se os noivos forem solteiros, é necessário apresentar certidões de nascimento, RG e estar acompanhado de duas testemunhas maiores de 18 anos (munidas de RG e CPF). As testemunhas não precisam ser as mesmas que assinarão a documentação no dia do casamento. Se um dos noivos for divorciado, pede-se, além dos documentos citados, a certidão de casamento com averbação de divórcio. E, em caso de viuvez, é preciso acrescentar a certidão de casamento com anotação de falecimento do cônjuge anterior e certidão de óbito. Além de apresentar a documentação, é preciso efetuar pagamento de R$ 325,39 de taxa, mais R$ 30 referentes a edital de proclamas obrigatório. Para quem desejar realizar o casamento civil em outro endereço que não o cartório, o denominado “casamento em diligência”, é preciso, além do documento, efetuar o pagamento de taxa no valor de R$ 1.084,63, mais R$ 30 da publicação. O casamento em diligência – que pode ocorrer em igrejas, salões ou outros locais – depende de disponibilidade de agenda. Estando os documentos em ordem, o oficial afixa os proclamas do casamento no cartório e

Evolução dos casamentos civis em Tatuí

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no papel envia para publicação na imprensa, para conhecimento público. Se num prazo de 15 dias ninguém apresentar impedimento para o casamento, os noivos recebem a habilitação e estão aptos a casarem-se. A habilitação é válida por 90 dias. É também no cartório que os noivos optam por um regime de bens. São quatro opções possíveis: comunhão parcial (todo patrimônio adquirido após o casamento é comum ao casal e será dividido em caso de separação); comunhão universal (todos os bens adquiridos antes e depois do casamento serão de propriedade conjunta – se os noivos optarem por este regime, necessitam comparecer a um tabelionato de notas para solicitar uma escritura de pacto antenupcial); participação final nos aquestos (todo o patrimônio adquirido após o casamento, será dividido na separação, mas, até lá, pertence ao cônjuge que o adquiriu); e separação total/separação universal de bens (todos os bens adquiridos antes ou depois do casamento são de propriedade individual). Caso optem por este regime ou pela participação final nos aquestros, é preciso que se dirijam a um tabelionato de notas e façam escritura de pacto antenupcial.

Casamentos homoafetivos Em maio de 2011, a partir de decisão unânime do Supremo Tribunal Federal, ficou reconhecida a união estável homoafetiva, ou seja, os ministros entenderam que casais do mesmo sexo formam uma família. Desde então, companheiros em relação homoafetiva duradoura e pública passaram a ter os mesmos direitos e deveres das famílias formadas por homens e mulheres. Estima-se que, no Brasil, haja mais de 60 mil casais homossexuais. Com a decisão, eles passaram a ter direitos como herança, inscrição do parceiro na Previdência Social e em planos de saúde, impenhorabilidade da residência do casal, pensão alimentícia e divisão de bens em caso de separação e autorização de cirurgia de risco. Na ocasião da decisão, o ministro Celso de Mello, tatuiano, afirmou que o julgamento fora um “marco histórico na caminhada da comunidade homossexual no país”. Mello destacou, ainda, que o reconhecimento da união também representou um “avanço significativo contra o preconceito no Brasil” e que “ninguém, muito menos os juízes, poderiam fechar os olhos para essa nova realidade”. Em Tatuí, a partir da decisão do reconhecimento da união e da decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo em permitir a união, foram realizados sete casamentos homoafetivos até o mês de maio. Igreja Para os que desejam celebrar o casamento em igreja, além da união registrada em cartório, é necessário atentar para as regras de cada uma delas, que variam conforme a paróquia ou a religião. Em geral, as paróquias solicitam pagamento de uma taxa e apresentação de documentos com dois meses de antecedência à data do casamento. Se o noivo ou noiva não pertencer à comunidade da paróquia onde será celebrado o casamento, é preciso apresentar pedido à comunidade paroquial. Também são solicitados, no caso da Igreja Católica, certidão de batismo ou óbito, se um dos noivos for viúvo, além de cópias das identidades do casal e padrinhos. A Igreja Católica não permite que o casamento religioso seja feito fora da igreja. Em outras religiões, é possível organizar uma benção ecumênica diretamente com o pastor. O Progresso em Revista - Especial Noivas


Evandro Ananias

no papel

Casamento Comunitário une média de 50 casais todos os anos, na Concha Acústica de Tatuí

Casamento comunitário: possibilidade para casais Desde 2007, cerca de 50 casais unem-se anualmente por iniciativa do Fundo Social de Solidariedade Para casais de baixa renda, uma bela opção de realizar o sonho do casamento é a ação organizada pelo Fundo Social de Solidariedade, órgão da Prefeitura de Tatuí. Desde o ano de 2007, uma média de 50 casais une-se anualmente por meio da iniciativa denominada “Casamento Comunitário”. A ação, organizada sempre no mês de maio - o tradicional “mês das noivas” -, ocorre na Concha Acústica “Spartaco Rossi”, que recebe decoração especial, assinada, desde a primeira edição por Jorge Rizek, tal como o cerimonial. No Casamento Comunitário, uma cerimônia ecumênica marca a união dos casais na presença de centenas de amigos e familiares. Embora o casamento ocorra no período noturno, os preparativos têm início à tarde, quando as noivas se reúnem em uma das unidades dos centros de capacitação do Fundo Social para o “Dia O Progresso em Revista - Especial Noivas

da Noiva”. A partir de ações de outros projetos, como o “Tesoura e Companhia”, as noivas recebem, gratuitamente, os trabalhos de maquiagem e manicure. Também é servido café da tarde. Os noivos têm pagos os custos do cartório civil e, ainda, recebem convites, alianças e vestido de noiva, além de um bolo confeitado, saboreado junto à família. Todos os casais também concorrem em um sorteio de brindes. Para participar do Casamento Comunitário, os casais devem ficar atentos ao prazo de inscrições, anunciado previamente pela Prefeitura – em geral, no início do ano. Devem procurar o Fundo Social de Solidariedade e apresentar a documentação necessária: carteira de identidade, CPF, certidão de nascimento, comprovante de renda e uma foto 3 x 4. Os primeiros a candidatarem-se e que se adequarem aos critérios sociais têm prioridade. 31


no papel Carência comprovada Casais que desejam realizar o casamento civil mas não têm condições de arcar com os custos também podem solicitar o pedido junto ao cartório de Tatuí. Conforme Fernando Sueji, quem busca esse benefício deve apresentar declaração de pobreza. “Não existe um valor de rendimento familiar como referência. Basta apresentar essa declaração, sob as penas da lei, dizendo que não tem condições de arcar com os emolumentos”, afirma ele. Mais informações devem ser verificadas pessoalmente junto ao cartório, à rua Professor Francisco Pereira de Almeida, 400.

Casal diz ‘sim’ após 70 anos de ‘noivado’ Davi, 103 anos, e Maria, 90, casaram-se no Cartório Civil Um dos casamentos com maior repercussão já realizado no Cartório de Registro Civil de Tatuí foi o de Davi Bitencourt e Maria Poutrole, em 25 de janeiro deste ano. Depois de sete décadas esperando pelo casamento, o noivo, de 103 anos, e a noiva, de 90, disseram “sim”. A união oficial de um casal tão longevo chamou a atenção da cidade, região e, até, da imprensa internacional. Moradores e familiares saudaram os recém-casados na saída da repartição. Os noivos estavam vestidos de branco - ela, muito elegante, usava um colar de pérolas -, e chegaram com a cuidadora do casal, a aposentada Ana Alice Soares, de 73 anos. Nos últimos dois anos, ela própria dedicou-se a preparar a documentação para o enlace. Apesar da idade, Davi e Maria não precisaram de ajuda para descer do carro, entrar no cartório e realizar um sonho. No momento crucial, até que ele hesitou, mas, por conta da baixa audição. Sem entender o que o juiz havia dito, precisou de um assopro da mulher para responder o “sim”. O casal, que mora numa pequena casa cedida por Ana Alice, no bairro Boqueirão, não quis festa, embora dias depois tenha participado de um evento organizado por um programa de televisão. Segundo a madrinha, ela havia ficado viúva quando conheceu a paulistana Maria, que procurava um lugar para morar no interior. Coincidiu que um filho de Ana Alice tinha se mudado para uma cidade vizinha e a casa dele ficara vaga. A partir daí, ela passou a cuidar dos idosos voluntariamente. Foi quando eles revelaram o interesse de se casarem. Davi já havia sido casado em São Paulo, teve um filho e ficou viúvo muito jovem. Quando conheceu Maria, era advogado do sindicato dos cafeicultores da época. Os dois passaram a morar juntos na capital e tiveram um filho, Maurício, hoje com 58 anos. Em viagem à Bahia, o filho não compareceu ao casamento. O casal vive do salário mínimo que Maria recebe de aposentadoria. O casamento desejado por eles só aconteceu graças ao empenho de Ana Alice. “Eles não tinham os documentos nem dinheiro, e precisei correr atrás. A certidão de óbito da ex-mulher dele estava em Curitiba.” A madrinha explica porque se dedica ao casal de idosos: “Em um Natal, perdi uma irmã muito querida, e eles preenchem esse vazio.”

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Foto:Josué Mota

Casamento civil é momento importante do início da vida familiar

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na trilha dos recém-casados

Lua de mel: festa prolongada Viajar até dois meses após o casamento é tendência atual

Dubai, um dos destinos mais exóticos escolhidos pelos recém casados

Aquela cena dos noivos saindo da festa, despedindo-se dos amigos e familiares e seguindo diretamente para o aeroporto é, decididamente, coisa de cinema. Na vida real, é quase impossível o casal encarar horas de voo ou estrada imediatamente após a maratona da celebração e festa. Uma das tendências atuais é, inclusive, viajar algum tempo após o casamento. A noite de núpcias é reservada a um momento a dois, ocasião que pode ser também especial se escolhidos bons serviços locais – caso do Hotel Del Fiol, que oferece suíte exclusiva, decoração com direito a arranjo de flores e pétalas de rosas na cama e um kit que inclui champanhe, frutas e outros mimos. Depois disso, com as baterias recarregadas e a rotina a dois iniciada, é o momento de preparar-se para a viagem de lua de mel. A tendência é confirmada por Bruno Motta Pereira e Rafael Maciel, sócios da Foco Viagens, agência que está se especializando em destinos de lua de mel. Jovens, eles conhecem os destinos prediletos dos casais e estão preparados para garimpar novas opções. Segundo Pereira, nos últimos quatro anos, dezenas de casais – principalmente, com idades entre 25 e 35 anos – buscam a agência com diferentes sonhos para a viagem de lua de mel. Além dos “hits” Caribe, Paris e Nova Iorque, há quem busque destinos mais exóticos. “Já fechamos Tahi34

ti, por exemplo, e Ilhas Maldivas com Dubai, que são bem diferentes do habitual”, diz ele. Os destinos internacionais preferidos pelos casais passam pelo Caribe, com hotéis específicos para lua de mel em Punta Cana e Cancún. A alta do dólar impulsiona viagens também pela América do Sul. “Santiago é um lugar lindo para lua de mel e uma boa opção para quem não quer gastar muito. Buenos Aires é outra boa saída, que oferece custo baixo e é um lugar diferente, exatamente o que pede uma lua de mel”, destaca Pereira. Para quem não quer sair do Brasil, ainda há excelentes opções em terras tupiniquins, onde são encontradas algumas das mais belas praias do mundo. A Bahia é o destino preferido nessa situação. Cheia de resorts, ela oferece estrutura segura e a tranquilidade para o casal, que, nesse período, não quer se preocupar com nada. Outra boa opção é Porto de Galinhas, em Pernambuco. Seja qual for a distância ou destino escolhidos, a lua de mel impulsiona o mercado de viagens. O segmento cresceu à medida que a situação econômica de muitas famílias esteve em ascendência nos últimos anos. E, mesmo diante da incontestável crise econômica atual, a facilidade de parcelamento torna qualquer sonho possível. “Os noivos de hoje fazem da lua de mel um item essencial. Antigamente, não havia nada O Progresso em Revista - Especial Noivas


na trilha dos recém-casados disso. Geralmente, o casal ia para o litoral de São Paulo, ou ficava por alguns dias num hotel da região. Hoje, tudo está mais fácil. Há dez anos, era quase impossível conceber uma viagem de dez dias no exterior. Hoje, não”, diz Pereira. “Os casais se preocupam em planejar a viagem, e eles, em geral, não seguem para o destino logo após o casamento, mas uns dois meses depois.” Planejamento O planejamento é o caminho certo para casais que pretendem viajar em lua de mel. Procurar uma agência de viagens ajuda bastante: os profissionais conhecem todos os destinos, podem negociar facilidades e, claro, oferecem tranquilidade ao casal. Além disso, quanto maior a antecedência, maior a chance de tarifas acessíveis. Segundo Pereira, o planejamento da viagem deve estar focado no estilo dos clientes. “É preciso saber, inicialmente, o que eles querem e gostam: se praia, montanha, resort. Alguns já vêm decididos, mas filtramos as melhores opções dentro do que eles sonham e, às vezes, até ofe-

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recemos outras opções que eles não imaginavam ser possível”, comenta. Dentro do planejamento da viagem, também é necessário saber o quanto se pretende gastar com a lua de mel. Dentro de um valor limite, é possível encontrar os mais variados destinos nacionais ou internacionais. “E o atendimento também deve fazer diferença. Afinal, lua de mel acontece uma vez só na vida. Sempre buscamos um bom hotel, um bom serviço, atendimento especial. Enviamos o convite de casamento para o hotel, pedindo decoração específica, champanhe, chocolate... Estamos sempre buscando um atendimento personalizado, estando à disposição o tempo todo. Isso transmite segurança ao casal, que não precisa se preocupar com gastos extras ou ter de pesquisar sobre passeios. Eles têm tudo à mão, e nós nos preocupamos que esse sonho seja realizado de forma impecável”, destaca Pereira. Para os casais que buscam investir em viagens mais caras, os destinos mais procurados são, além de Tahiti e Ilhas Maldivas com Dubai, Moçambi-


na trilha dos recém-casados que e Paris – a Cidade Luz continua sendo o mais charmoso e romântico dos destinos. Para aqueles que querem viajar, mas buscam economia, os destinos brasileiros como o Nordeste ou países da América do Sul oferecem opções confortáveis e inesquecíveis. Já os casais que querem viagens mais curtas, podem passar incríveis três ou quatro dias nas praias do Rio de Janeiro, ou em locais românticos no sul do país, como Gramado. No entanto, mesmo quem não pretende gastar muito com lua de mel consegue fazer uma viagem dos sonhos. Conforme Pereira, a agência organiza viagens românticas para a cidade paulista de Campos do Jordão, por exemplo, ou Lins, que abriga um resort urbano “incrível”.

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“Temos excelentes opções em cidades próximas, até Cesário Lange, por exemplo. Conhecemos os serviços e fazemos as reservas, sempre com um diferencial. O casal pode dirigir até esses locais, gastando bem pouco”, diz Pereira. Para facilitar ainda mais a viagem, a agência oferece um sistema exclusivo. As “cotas de casamento”, que não estão vinculadas a nenhuma operadora, permite que os amigos, parentes ou padrinhos presenteiem os noivos com cotas para a viagem. “Eles podem dar valores mínimos, como R$ 50 ou R$ 100. Depois, o casal utiliza para pagar a viagem, ou mesmo como complemento no passeio. É um serviço gratuito que disponibilizamos aos casais”, complementa Pereira.

New York

Caribe

Ilhas Maldivas

Gramado O Progresso em Revista - Especial Noivas


na trilha dos recém-casados A origem da expressão lua de mel é bastante curiosa. Na época, não se tratava de uma noite linda de amor após a união do casal como acontece atualmente, mas, sim, da captura de uma mulher por um homem “apaixonado” - muitas vezes, contra a vontade da futura noiva. Depois de capturar a moça, o noivo a escondia por um mês, sob a semana da lua cheia. Durante esse período, bebiam uma mistura afrodisíaca, adocicada com muito mel, até que ela se rendesse aos braços do futuro noivo. Por isso, o nome: “lua de mel”.

Destinos mais procurados:

Nacionais Bahia e Pernambuco

Porto de Galinhas (Pernambuco)

internacionais caribe, paris e nova iorque

Paris (França)

exóticos tahiti e ilhas maldivas com dubai

Tahiti (na Polinésia francesa)

Sonhos possíveis: Nordeste a R$ 2.800 - R$ 3.000 o casal; sul do país, a R$ 2.500 – R$ 2.600 o casal (fora de temporada). Parcelamento em até dez vezes.

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Foto: JosuĂŠ Mota

na trilha dos recĂŠm-casados

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vestido dos sonhos

Lá vem a noiva, toda de branco...

Foto: Arquivo pessoal Lilian Leme

Vestido é o foco principal do imaginário das noivas, sem importar o estilo

Vestido para o grande dia é um dos itens mais importantes

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Não importa o estilo da noiva, todas têm em comum a ansiedade pela escolha do vestido para o grande dia. Culpa da rainha Vitória, que, no século 17, na Inglaterra, casou-se com um primo, o príncipe Albert, toda de branco. Foi ela quem lançou a cor mais famosa na moda do casamento: o branco. Antes disso, principalmente na Idade Média, não havia cor específica para a cerimônia, mas a cor mais usada era o vermelho. O branco acabou sendo a cor preferida por simbolizar a castidade e a pureza. Na Grécia e em Roma, existem relatos de que as pessoas usavam roupas brancas em celebrações importantes, como o nascimento e o casamento. O vestido branco é o foco das preocupações de 99,9% das noivas. Da rainha Vitória à duquesa Kate Middleton, que protagonizou casamento digno das badalações reais, o vestido de noiva é o grande momento do casamento. Ou quem não espera a noiva desfilar pela nave da igreja, ou salão, para conferir os detalhes? A maioria das mulheres, desde criança, sonha em vestir-se com um lindo vestido de noiva no dia do casamento. O rosto do noivo até pode ter mudado ao longo dos anos, mas o ideal de se casar de branco, com um modelo perfeito de vestido, continua sendo o mesmo. E escolher um modelo de vestido, apesar de ser tarefa fascinante, não é nada fácil. Afinal, são diversos estilos e cores no mercado de casamento. Por isso, é importante que a noiva corra atrás do modelo perfeito com antecedência, para que possa escolher tudo com muito cuidado, carinho e, também, fazer os ajustes necessários. Mesmo com a ajuda de revistas de moda, sites especializados e auxílio de amigas, madrinhas, mãe e sogra para sugerir os melhores modelos, muitas têm dúvidas de como comO Progresso em Revista - Especial Noivas


vestido dos sonhos

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vestido dos sonhos prar um vestido de noiva. Há alguns pontos que precisam ser avaliados. Um deles é se, além de bonito, o vestido é confortável. A noiva ficará com ele durante algumas horas do dia e precisa estar confortável com o traje. Outro, é escolher um estilo que harmonize com a estação do ano na qual o casamento ocorrerá. Ainda outra decisão importante é com relação à compra ou aluguel da peça. Depois de tomada essa decisão, será mais fácil realizar as demais escolhas. Em Tatuí, o mercado de vestido de noivas é bastante amplo. Encontra-se basicamente de tudo: aluguel, primeiro aluguel, compra. E nos mais diversos estilos e opções. A estilista Lilian Leme atua no ramo da moda há dez anos, e especificamente no mercado de alta costura (e noivas), há quatro. Ela conta que migrou para a área por um processo natural do mercado, que, cada vez mais, “busca coisas boas”. “Partir para a alta costura foi um processo natural. Trabalho com exclusividade, com tendências que mudam a todo o momento. É um mercado que requer muita atenção”, diz ela. A estilista trabalha com peças sob medida,

lembrando que o processo de produção de um vestido de noiva exige muita conversa e criação. “Trabalhamos com o que a pessoa busca, mas também crio, sempre dentro do estilo da noiva. Sigo todas as tendências, sempre respeitando o perfil do cliente. Aqui, 80% das noivas já chegam com uma ideia a ser desenvolvida”. A partir do vestido idealizado pela noiva, é Lilian quem verifica se o modelo irá favorecer a silhueta, o perfil, o estilo. Os detalhes são levantados por meio de entrevista com a noiva. “Uma coisa é ver o produto, outra é ele ficar bem na pessoa que o deseja. Oferecemos essa consultoria antes de colocar em prática o desenvolvimento do croqui”, conta. O tempo necessário para a confecção de um vestido sob medida é de três meses – 90 dias antes do casamento. Embora a confecção seja rápida, a estilista detalha que 80% do vestido são feitos à mão e requerem tempo para bordados e ajustes. “O casamento exige cuidado personalizado. E o vestido sob medida é um diferencial”, destaca. Segundo Lilian, a tendência em vestidos para o próximo ano é o “off-white”, aquele branco não tão branco, e pedrarias em dourado. “É bem contemporâneo, remetendo à época das rainhas, princesas. Essa é uma tendência bem forte nas passarelas. Vamos ver se as noivas vão se adaptar, pois, em geral, elas ainda têm uma visão bastante tradicional”. Nos últimos quatro anos, Lilian já desenvolveu mais de 50 vestidos “dos sonhos”. Além da noiva, também veste mães, irmãs, madrinhas e qualquer mulher que queira ter uma peça exclusiva, de alta costura, moda noite. Para a consolidação no mercado estadual – Lilian assina modelos para noivas das mais diferentes cidades -, foi necessária muita dedicação. “As noivas, em si, são bem exigentes. Afinal, estamos lidando com um sonho. Isso requer mais de mim, mais dedicação na escolha dos tecidos, devo fazer jus à confiança das noivas. Amo o que eu faço, tenho noivas exigentes, que saem sempre satisfeitas com o trabalho”, relata. A própria estilista é exigente. E ela já tem guardado o croqui de seu próprio vestido de casamento. “Imagina se eu não ia desenvolver um pra mim?”, brinca ela, que também se prepara para o grande dia. O Progresso em Revista - Especial Noivas


Foto: Du Arantes

Noivas tendem a escolher vestido dos sonhos

Se não há limites para sonhar, que tal dar uma olhada nas peças produzidas por Oscar de la Renta? Ele é um dos nomes mais festejados da moda para noivas. Em sua coleção atual, ele trabalha com modelos inspirados na natureza, valorizando o corpo da noiva, deixando não só as costas à mostra, mas também o colo e as pernas. Os modelos “tomara que caia” foram um dos cortes mais usados na coleção. Predominam vários tipos de decotes: coração, canoa com ombros de fora, retos ou com tecidos em tule que cobrem delicadamente os ombros. Os vestidos de noiva “crop tops”, também marcam presença. Cortes clássicos e materiais de luxo, como seda, organza, pedraria e renda, aportam o toque sofisticado. O Progresso em Revista - Especial Noivas

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Foto: Du Arantes

vestido dos sonhos

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Casamento, momento inesquecĂ­vel O Progresso em Revista - Especial Noivas

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fotos e filmagem

Registro impecável Imagens que eternizam o momento mais feliz da nova vida de um casal Foto: Josué Mota

Fotos incríveis, recordações inesquecíveis

É indiscutível: as fotos e filmagens são registros eternos da comemoração do casamento. De olho na importância, o mercado de foto e filmagem é um dos mais concorridos no segmento. Afinal, muitos ainda pensam que “basta ter uma câmera na mão” para sair registrando tudo por aí. A máxima pode até ser levada em conta quando o futuro profissional está apenas ensaiando ou em processo de aprendizagem. Na realidade, a escolha dos profissionais de foto e vídeo é uma das mais importantes do casamento. Afinal, eles vão, sob o ponto de vista deles, eternizar o momento – e, por meio desses registros, os noivos o reviverão para sempre. Em síntese, nada pode dar errado quando o assunto é registrar um casamento, um momento único. 46

As opções de profissionais no mercado tatuiano são muitas. É importante que os noivos conheçam e escolham os estilos que lhes convém. Depois, também é interessante visitar os estúdios e conversar com os profissionais antes de fechar contrato. Atualmente, os profissionais oferecem vários serviços além do registro da cerimônia e da festa. Os ensaios pré-casamentos são quase obrigatórios. A preparação dos noivos também embeleza os álbuns. Para as noivas mais contemporâneas (e corajosas), uma tendência atual é o “trash the dress” (expressão em inglês que significa algo como “jogue o vestido no lixo”). No “trash the dress”, feito após o casamento, as noivas são fotografadas em cenários inesperados, à vontade, e sem nenhum medo de sujar o vestido. Já os registros das cerimônias e festas, variam O Progresso em Revista - Especial Noivas


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fotos e filmagem vida de duas pessoas. Eu busco esse lado mais sentimental, uma linguagem mais espontânea, mostrar as pessoas como elas são, através dessa espontaneidade e naturalidade. Esse tem sido nosso objetivo, desde o início, e, também, nosso diferencial”. “O mercado de casamentos sempre foi e sempre será concorrido, como todo negócio. Mas, para se profissionalizar de verdade e permanecer neste mercado, é preciso estar 100% preparado, se estruturar para atender ao cliente e ter em mente que o seu crescimento precisa ser consolidado de forma realista. Nisso, os pontos chaves têm a ver com a qualidade, o atendimento, o diferencial e o valor agregado”, afirma ele. Além de estudos permanentes – “fotografia é uma arte, estudamos a vida inteira e não vamos aprender tudo” -, Mota enfatiza a importância de se ter estilo próprio. Outro detalhe essencial é a seriedade no trabalho. “Casamento acontece uma única vez. Não há como haver erros. É preciso se estruturar para atender ao cliente. Isso envolve os equipamentos eletrônicos, máquinas que não podem dar defeito no dia do evento. Por isso, sempre levamos ‘backups’, equipamentos reservas, cartões, baterias, Foto: Josué Mota

entre o tradicional e o fotojornalístico. Mas, é importante destacar que cada profissional possui um estilo próprio, característica de artistas das imagens. Cabe, então, ao casal, decidir qual é o mais adequado a seu estilo. Entre os vários profissionais do mercado local que despontam no Estado de São Paulo e até em outros Estados, está Josué Mota, que atua há sete anos. Ele, que trabalha juntamente com a esposa, migrou para a área de fotografia por puro prazer. “Por um período de um ano e meio, ainda permaneci em transição entre as profissões, mas fotografar é o que realmente compensa. Há um reconhecimento, um envolvimento. É emocionante quando mostramos os álbuns prontos. Isso me dá muita motivação”, destaca ele, que, por causa do envolvimento com os noivos, acaba fazendo outros trabalhos derivados do casamento, como sessão gestante, nascimento, batizados e aniversários infantis. O estilo de Josué Mota passa pela narrativa da história do casal e de todos os personagens do casamento: pais, amigos, parentes, convidados. “O contar da história inclui a captura da emoção sentida e vivida naquele dia. O casamento, em si, é um dos momentos mais especiais na

Ensaio fotográfico é indispensável

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Anel de noivado O primeiro anel de noivado de que se tem notícia foi dado pelo rei da Alemanha Maximiliano 1º a Maria de Burgundy, em 1477. Até o século 13 não havia aliança de noivado ou compromisso. O papa Inocente 3º declarou que deveria haver um período de espera a ser observado entre o pedido de casamento e a realização da cerimônia matrimonial. É por isso que, atualmente, se tem o costume de usar um anel de noivado e, depois, a aliança de casamento.

Aliança de casamento “Aliança” significa compromisso, pacto, união. Na Bíblia, o relacionamento de Deus com os homens aparece repetidamente em termos de aliança. Acredita-se que o uso de aliança no terceiro dedo da mão esquerda, no casamento, servia para selar o matrimônio, vindo de tradição cristã do século 11, pela qual acreditava-se que, nesse dedo, havia uma veia que ia direto ao coração.

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Foto: Du Arantes

Criatividade deve ser a marca registrada das fotos do grande dia

flashes. Sempre atuamos em, no mínimo, dois fotógrafos, para que nada de errado aconteça”. Do primeiro contato com o cliente no estúdio à entrega do álbum, Mota estima vários dias de trabalho. Para ele, o primeiro contato é fundamental, é o início de uma relação de confiança e o momento que vai indicar se o trabalho será contratado ou não. “Confiar a um profissional o que vai ficar eternizado através das imagens é uma grande responsabilidade. E essa relação de confiança começa no primeiro atendimento. Depois, temos outras reuniões até o fechamento do contrato. Oferecemos serviços opcionais, como ensaio pré-casamento, que entra num pacote que inclui, além da cobertura do grande dia, os preparativos dos noivos”, diz Mota. Um dia cobrindo um casamento pode durar até 16 horas. Depois, ainda serão alguns dias de edição, confecção de álbuns e finalização do trabalho. “É uma jornada bem cansativa, mas que vale a pena. Temos nossas próprias regras e tentamos fazer de cada casamento único, porque O Progresso em Revista - Especial Noivas

acreditamos que cada casamento é uma única história. Estabelecemos um padrão de trabalho e, nesse padrão, buscamos sempre o que é diferente. Isso que tem gerado grandes expectativas das nossas noivas, pois elas sabem que, no casamento delas, vai ter foto diferente... Por consequência, isso também traz mais pressão sobre nós. Temos ferramentas para oferecer um diferencial”. No processo de profissionalização e na busca de oferecer sempre o melhor, Mota conta que acabou reduzindo o número de trabalhos. Se, antes, eram de 80 a 120 casamentos num único ano; agora, o número varia entre 30 e 40. “Atendemos o cliente certo, oferecemos nosso trabalho, linguagem, estilo. Há um valor intelectual agregado nesse trabalho. Somos, claro, flexíveis, pois não nos damos ao luxo de dispensar trabalho. Não me preocupo em atender a uma classe social específica. Hoje, atendemos a casais com os quais temos conexão, aqueles que se identificam com o nosso trabalho. Quando há essa conexão, essa sintonia, o resultado será especial”, conclui. 49


Foto: Du Arantes

fotos e filmagem

‘Busco extrair o sentimento das pessoas’

Emoção do casal é registrada nas fotos

Du Arantes conta ter escolhido a profissão pela “emoção” Outro profissional celebrado no mercado de casamentos em Tatuí é Du Arantes, que atua especificamente na área há oito anos. Ele, que transformou o hobby em profissão, diz ter experimentado todas as áreas da fotografia até que escolheu o casamento. “Me identifiquei com essa área e escolhi ser fotógrafo de casamentos, principalmente, porque uma das coisas que mais me tocam são os laços de família reunidos nesse momento. No dia a dia, as pessoas não têm tempo de se ver. Mas, o dia do casamento é fantástico, porque todos os seus melhores amigos, sua família e pessoas especiais estão juntas, e tudo por um motivo: para celebrar a união do casal. Quando notei isso, decidi que queria fazer parte desse momento e optei pela área”, conta ele. “E é muito gratificante entregar um trabalho e ver noivas chorarem na sua frente.” Num mercado crescente e marcado pela velocidade das informações, Du Arantes afirma 50

que, a cada ano, novas técnicas são lançadas na fotografia e na filmagem. “Eu procuro seguir meu estilo, sou fiel a ele, e acredito que ele é o meu caminho. Incorporo novas tendências, mas nunca deixo este estilo”, relata. Para o fotógrafo, o ramo exige muita dedicação. A leitura contínua, e estudos práticos devem, obrigatoriamente, fazer parte da rotina de quem trabalha profissionalmente com casamentos. “Leio muitos tutoriais, livros de fotografias, e vejo outras coisas também, como filmes ‘cult’. Tento trazer tudo para o meu trabalho, pois é preciso haver uma preparação antes, durante e depois”. O trabalho de registro inicia-se logo no atendimento ao casal. “É uma conversa íntima, para definir se eu devo ser o fotógrafo deles. Depois, há a questão burocrática, de fechamento de contrato. E há a cobertura em si: os fotógrafos são, praticamente, os primeiros a chegar e os últimos a sair. As jornadas chegam a 13, 14 horas. A seguir, há todo o trabalho de processamento, O Progresso em Revista - Especial Noivas


Foto: Du Arantes

Casal apaixonado transforma qualquer cenรกrio

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edição, backup. Calculo que seria uma semana ininterrupta de trabalho, do início ao fim de um casamento”, conta. A linguagem de Du Arantes envolve detalhes. “Imagino um casamento como se fosse um filme. Mas, a diferença é que as pessoas não estão atuando, estão vivendo aquele momento de verdade. Procuro extrair esses sentimentos”, observa. “Eu vejo o amor presente em cada casamento, independente do valor investido. Sempre me emociono, pois tenho essa ligação sentimental com a fotografia. Meu pai, fotógrafo amador, morreu quando eu tinha sete anos de idade. Quando ganhei a minha primeira câmera, aos nove anos, de minha mãe, vivi o primeiro encontro com essa arte. Aos 11, encontrei fotos que haviam sido feitas pelo meu pai, e me senti muito conectado a ele. A partir daí, não larguei mais as fotos. Não é apenas um trabalho, tem a questão emocional. Quando o pai entrega a noiva, eu sempre choro, porque me lembro de meu próprio pai”... Nas longas jornadas de casamento – que incluem o “trash the dress”, quando a noiva deseja, e, também, ensaios pré-casamentos -, Du Arantes encontra espaço para cenas inusitadas. Em um deles, fotografou um cachorro que, tranquilamente, dormia no altar no momento da cerimônia. “Foi algo inesperado. No final, foi a foto mais comentada. O padre adorou e a família escolheu a foto para incorporar o álbum”, relembra. Foto: Du Arantes

O fotógrafo Du Arantes O Progresso em Revista - Especial Noivas


trilha sonora

O toque de emoção no ‘grande dia’ Escolha das músicas (e dos músicos) exige atenção e personalidade Já imaginou a entrada triunfal da noiva no dia do casamento sem trilha sonora? Ou uma festa sem música? Impossível, não? A escolha da trilha sonora – e dos responsáveis por ela – é uma das decisões cruciais para o sucesso de um casamento, segundo o cerimonialista Jorge Rizek. E em uma cidade como Tatuí, conhecida nacionalmente como Capital da Música, não faltam opções. Elas, no entanto, devem ser observadas criteriosamente, já que um evento como casamento não deixa espaço para improvisos. A contratação dos músicos deve ser uma das primeiras medidas do casal. Afinal, eles dedicam um dia inteiro de trabalho a apenas um evento e, em geral, têm agendas muito concorridas. A Camerata Les Ensembles, de Tatuí, por exemplo, tinha toda a agenda do ano de 2015 completamente fechada já no mês de abril! A música faz com que o casamento seja ainda mais especial. Mesmo que o casal opte por uma pequena cerimônia entre parentes e amigos (os denominados “miniweddings”, febre na atualidade), ou uma mega festa, a música fará toda a diferença. O primeiro passo é adequar a trilha sonora ao estilo dos noivos, formato do casamento, local e horário. Se o casal opta por um “miniwedding”, ou cerimônia mais intimista, formações instrumentais de violão e voz (ou harpa e voz) são ótimas opções. Também é possível acrescentar violino, violoncelo ou percussão. Se o casamento tiver cerimônia e festa, é O Progresso em Revista - Especial Noivas


Foto: Arquivo Pessoal Les Ensembles

trilha sonora

Músicas escolhidas devem retratar história dos noivos

preciso roteirizar ambos os eventos. “Eu costumo cuidar de todos os detalhes, faço roteiro de tudo, se haverá banda, DJ, quando devem começar ou terminar”, destaca Rizek. Outra dica é escolher músicas pensando nas letras e significados e no sentimento que os noivos querem transmitir em cada momento. É bom pensar nas músicas internacionais, pois nem sempre a mensagem é positiva ou romântica. Também é necessário levar em consideração os instrumentos escolhidos para a cerimônia, pois existem músicas que ficam muito bonitas quando tocadas por uma orquestra ou banda, mas não têm o mesmo impacto com violões ou violinos. Em Tatuí e região, não faltam grupos especializados em casamentos. Um dos mais tradicionais é a Camerata Les Ensembles, prestes a completar uma década e que traz, no portfólio, a assinatura de trilhas sonoras de mais de 1.000 casamentos. Originado dentro do Conservatório de Tatuí, reconhecido internacionalmente, o grupo oferece consultoria completa tanto na seleção de repertó54

rio quanto na apresentação nos casamentos. “Nossa equipe é formada por 40 músicos, todos profissionais, que se revezam conforme o estilo do repertório escolhido pelos noivos. Atuamos em recepções e ‘miniweddings’, mas, também, em casamentos que exigem 17 instrumentistas e um coral de oito vozes, como realizamos neste mês de maio”, comenta Wilson Mendes, administrador da Camerata Les Ensembles. “Procuramos orientar os noivos sobre a seleção de músicas, tanto que, em uma de nossas primeiras reuniões, damos uma aula de educação musical, mostrando a eles a beleza dos instrumentos. Também mostramos a beleza do clássico e a graça de misturá-lo com o popular. Essa é a diferença de trabalharmos com músicos profissionais, pois todas as músicas são arranjadas e ensaiadas especialmente para a ocasião”, destaca. A procura pelo serviço é tanta que a Camerata Les Ensembles chegou a realizar até 14 casamentos no mês de maio, um dos mais procurados – o último, enquanto esta reportagem era escrita, havia sido o Casamento Comunitário, organizado pela Prefeitura de Tatuí, com a participação de 50 O Progresso em Revista - Especial Noivas


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trilha sonora Fotos: Arquivo Pessoal Les Ensembles

Trilha sonora pode reunir os mais variados instrumentos

casais e uma equipe de duas dezenas de músicos. Segundo Mendes, a música ao vivo é indispensável num evento como o casamento. “Temos opções para quem quer gastar pouco e para quem não tem limite para sonhar. Hoje, temos uma estrutura completa de arranjadores, instrumentistas e cantores, que são escolhidos com rigor para cada estilo de casamento. Além disso, contamos com estrutura completa de som, que é operado por um técnico especializado. Temos a consciência de que não podemos falhar, e isso é essencial na parceria que desenvolvemos com os noivos que nos contrataram e confiaram em nosso trabalho”.

Com o título de tradicional numa cidade musical, a Camerata Les Ensembles reconhece a responsabilidade que tem e acredita que sua permanência entre os melhores no mercado está, principalmente, ligada à seriedade. “Temos uma relação de afetividade entre os músicos, pagamos um cachê que valoriza o trabalho deles, oferecemos roupas e acessórios que trazem a nossa marca. Como retorno, temos o comprometimento dos músicos e a confiança dos noivos e de profissionais reconhecidos no mercado”, afirma Mendes. Conforme o administrador, a Camerata Les Ensembles auxilia os noivos na seleção das músicas,

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trilha sonora dentro do estilo musical que eles mais apreciam. “Existe, claro, uma tendência atual de se optar por música pop. Mas damos uma nova roupagem, oferecemos um pop orquestrado, com arranjos exclusivos. Temos vozes diferenciadas em nosso portfolio e, inclusive, orientamos os noivos sobre a seleção de músicas para determinados momentos religiosos, os quais requerem peças mais formais. Em um de nossos casamentos,

trouxemos peças italianas, usualmente apresentadas no Vaticano”, conta. “Para os noivos, que investem muito num evento como o casamento, é imperdoável inserir ‘playback’, ou qualquer outro recurso eletrônico. O resultado é muito melhor”, diz ele, que divide a coordenação da Camerata Les Ensembles com Fernando Pires (diretor musical), Tiago Almeida (diretor artístico) e Alisson Ribeiro (produtor de eventos).

MA SOM E LUZ

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Foto: Josué Mota

beleza e sabores

Organização do casamento exige dedicação e paciência dos noivos

Decoração, bufê, doces e bolo: o quarteto fantástico Itens encontram-se entre os detalhes mais lembrados pelos convidados (e noivos) Organizar um casamento atualmente pode ser quase tão complicado quanto encontrar a pessoa ideal. De acordo com a Abrafesta, 85% dos noivos acham muito complicado organizar a cerimônia e a comemoração. E as dificuldades a serem superadas é missão a ser cumprida pelos jovens. De acordo com o IBGE, há 34 milhões de solteiros no Brasil com idade entre 20 e 40 anos. Eles nasceram nas décadas de 80 e 90 e formam a maior geração de todos os tempos. Cerca de 40% deles - 14 milhões de pessoas querem casar nos próximos dois anos. Se apenas a metade concretizar o desejo, o resultado será algo em torno de R$ 70 milhões movimentados, em média, por dia. Quanto mais alto o poder aquisitivo de uma camada da população, maior é a proporção O Progresso em Revista - Especial Noivas

de casamentos. Por enquanto, na classe C, há 40% de pessoas casadas. Na classe E, apenas um terço. “Como a renda está crescendo, o potencial é enorme”, afirma José Luiz de Carvalho César, organizador da Expo Noivas & Festas, uma das maiores feiras do setor. E nas contas dos noivos recaem o quarteto fantástico que faz qualquer convidado vibrar: decoração, bufê, doces e bolos. A decoração deve conter, assim como todo o resto do casamento, a personalidade do casal e o toque pessoal do organizador do evento. A personalização, conforto e elegância contam quando o assunto é a decoração para o grande dia. Atualmente, os “miniweddings” e “destination weddings” (casamento que ocorre em outra localidade, com todos os convidados sendo trans59


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beleza e sabores

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Foto: Du Arantes

Doces são itens chamativos e deliciosos

Fotos: Josué Mota

portados para lá) estão em alta e devem seguir com força no próximo ano. Nesses eventos, opções como mesas comunitárias, nas quais os convidados compartilham o momento único e inesquecível, são opções. Junto a elas, conforto e mescla de cores, móveis, estilos e texturas são adotados. A união de móveis, flores em tons e cores distintas e muitas velas busca acolher aos convidados de maneira encantadora. O espaço perfeito pede uma comida perfeita. Em Tatuí e região, há grande variedade de serviços de bufê. Em comum, eles têm a flexibilidade no cardápio. Os noivos podem inserir ou excluir itens, escolher comidinhas especiais, personalizar o que será servido. O valor, em geral, é cobrado por convidado e pode incluir, ou não, as bebidas. A escolha do bufê é um dos itens mais trabalhosos, e é aconselhável que os noivos estejam dispostos a provar (“sacrifício” delicioso) o que será servido. E a boa notícia é que, com criatividade, é possível surpreender convidados e gastar pouco, sem deixar de realizar o sonho da festa de casamento. Segundo Claudia Rauscher, que atua há 20 anos no ramo, os valores dos serviços de bufê variam de acordo com o cardápio, sugestões mais requintadas ou simples, a escolha de peças em prataria e cristais, guardanapos de linho e suplats. “Sugestões mais criativas são, por exemplo, o casamento com o


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Foto: Du Arantes

beleza e sabores

tema ´boteco´, com opções e porções de boteco, ‘petit menu’ com minicomidinhas, ou coquetel com canapés, salgados e ‘petit menu’. Uma boa para quem não quer gastar muito”, destaca. Com anos de experiência no ramo, Claudia destaca que, embora cada casamento seja único, há pontos em comum entre os casais. “Em geral, eles se sentem estressados, têm medo que alguma coisa corra mal, desejam surpreender os convidados e ter uma festa magnífica. As noivinhas têm uma lista de preocupações em comum: querem dar-se bem com os futuros sogros; fazer uma lista de convidados justa, sem ofender ninguém; não ultrapassar o orçamento previsível e poupar o máximo; manter os convidados animados e envolvidos na festa de casamento; conseguir que todos os detalhes da festa tenham ligação aos noivos e que surpreendam os convidados; manter a magia e o clima de amor e paixão com o noivo, apesar do estresse de última hora; estar radiante, linda e bem disposta”, diz ela.

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Dentre as preocupações do bufê, está a de auxiliar o casal na escolha do menu e demais serviços que envolvem a festa. Segundo Claudia, um bom menu, com cardápio adequado ao gosto dos noivos e bons vinhos, dá valor à qualidade do cardápio escolhido. “Há outros detalhes que buscamos auxiliar, como a música de abertura, que deve ser uma valsa ou outra música romântica, que faça muito sentido para os noivos; e a animação durante o casamento, com música durante a refeição e boa


Bodas

Bodas é o nome da celebração das festas de casamento, sejam elas no civil ou religioso. As bodas são comemoradas todos os anos, e a cada ano ela recebe um significado e uma denominação diferente. O termo bodas é oriundo do latim e significa “promessa”. Bodas foi escolhido pois refere-se aos votos matrimoniais, feitos no dia do casamento. Para cada ano de bodas existe um material que representa a nova etapa, e já é uma celebração tradicional na cultura ocidental comemorar o aniversário de bodas. A tradição das bodas surgiu na Alemanha, onde era costume, em pequenos povoados, oferecer uma coroa de prata aos casais que fizessem 25 anos de casados, e uma de ouro aos que chegassem aos 50. Com o passar dos séculos, foram criadas outras simbologias para os anos que ficam entre os 25 e os 50, e quanto mais tempo de casado, maior é a importância do material, do mais frágil ao mais fraco.

1 ano bodas de papel 2 anos bodas de algodão 3 anos bodas de trigo ou couro 4 anos bodas de flores ou frutas ou cera 5 anos bodas de madeira ou ferro 10 anos bodas de estanho ou zinco 15 anos bodas de cristal 20 anos bodas de porcelana 25 anos bodas de prata 30 anos bodas de pérola 35 anos bodas de coral 40 anos bodas de rubi ou esmeralda 50 anos bodas de ouro

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beleza e sabores animação, seguida de um DJ e uma banda”. Entre os demais itens para uma festa perfeita, ela enumera: toalhas bonitas e centros originais na decoração; uma ideia surpreendente (como a entrada do bolo de noiva com animação especial); a escolha de um tema para o casamento (uma cor, uma época, um estilo); a seleção de flores especiais (rosas, tulipas ou orquídeas); a escolha de mesas (quadradas ou redondas para 10 ou 12 pessoas) e o número de convidados ideal, entre 200 e 300. “E há as fotografias, que não podem faltar, com os pais e irmãos – fundamental, padrinhos e amigos de sempre! Além do momento do bolo, com os noivos, brinde com os pais e convidados”. Para finalizar as dicas, ela destaca que a escolha da lembrança para os convidados deve ser algo diferente, “que perdure e tenha utilidade”. “E mesmo para aquelas noivas que gostam de providenciar tudo sozinhas é importante que, nos momentos finais, seja contratado o serviço de cerimonialista, ou conte com a ajuda de algum

familiar ou amigo para se responsabilizar pelos detalhes finais. As noivas que querem tomar conta de tudo acabam ficando sobrecarregadas e, por isso, se tornam mais estressadas e ansiosas. No dia do casamento, a noiva deve se preocupar apenas em se aprontar e ficar bonita para o seu dia. Os preparativos finais, como detalhes da festa e alguns imprevistos de última hora, devem ficar a cargo do cerimonial, que, com certeza, irá tomar as decisões certas”, finaliza ela. Terra do doce caseiro Docinhos e o tradicional bolo não podem faltar numa festa de casamento. Ainda mais em Tatuí, terra do doce caseiro. Dois clássicos nas festas, os doces e bolos têm presença marcada nas cerimônias – inclusive, no papel de lembrancinhas. Um bom exemplo é o bem-casado, doce servido ao final das festas de casamento para trazer sorte e prosperidade aos noivos, simbolizando a união e o compromisso mútuo entre os pares. O bem-casado é um doce lusitano, que se

Foto: Josué Mota

“Noivos devem se preocupar em estarem bonitos para o casamento”, diz coordenadora de buffet

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beleza e sabores Se o cálculo for feito por peso, considerando que cada fatia tem em média 90 gramas, um bolo de nove quilos é suficiente para cem convidados, em média. Depois disso definido, é hora de escolher o formato, se terá andares ou não, a decoração, entre outros detalhes de acabamento. Na escolha dos doces, a conta média é de quatro por convidado, mas isso varia conforme o tamanho da mesa e conforme a vontade dos noivos. Em Tatuí, estão sediadas algumas das principais doceiras para casamentos do interior do Estado de São Paulo. Todas oferecem os doces mais procurados para a ocasião, como o clássico camafeu, os doces de copinho (brigadeiro de copo, bicho de pé, entre outros) e os docinhos com frutas. No caso dos bem-casados, não economize, afinal, esse é o doce preferido dos casamentos. Uma média de três por convidado é o ideal.

Foto: Du Arantes

espalhou também para o Brasil com a colonização e é comum nos dois países até na atualidade. A diferença básica entre o casadinho português e o bem-casado brasileiro é a textura da receita portuguesa, mais densa. Ambos são descendentes indiretos do multicentenário alfajor árabe. Sua aparência lembra muito o macarons, um bolinho recheado francês. Na hora de fazer a escolha, com tantas lindas opções de coberturas, decorações e formatos, pode parecer uma tarefa praticamente impossível eleger um (único) bolo ou tipo de doce. No caso do bolo, antes de escolher a decoração e o formato, é essencial pensar no tamanho. Se o bufê for servir almoço ou jantar, na hora do bolo, os convidados já estarão satisfeitos. Então, o cálculo ideal é de que o número de fatias tenha metade do número total de convidados (por exemplo, cem convidados = 50 fatias).

Flores trazem identidade à cerimônia

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Foto: Josué Mota

presentes

Listas de presentes: facilidade para convidados e noivos

Lojas especializadas oferecem serviços de listas de casamento Serviço prevê consultoria na escolha de itens, facilidade na compra e entrega em domicílio Foi-se o tempo em que os noivos ganhavam vários presentes repetidos. Atualmente, Tatuí oferece algumas lojas especializadas em presentes para a ocasião. As lojas “casamenteiras” ajudam na organização da lista, orientam os clientes e ainda evitam a compra de itens repetidos, fazendo um controle do que já foi adquirido. As listas podem ser físicas, quando os convidados vão pessoalmente até os locais para a aquisição, ou mesmo virtuais. Há uma infinidade de opções na internet. Mas, bom lembrar: as listas virtuais não oferecem o mesmo prazer aos noivos e convidados que as lojas físicas. Afinal, nada 70

melhor que escolher o presente pessoalmente, não é mesmo? E é apostando na escolha pessoal das noivas e futuras donas de casa que se baseia o serviço oferecido pela Park Shop Casa e Decoração, de Lucia Bonini Favorito. A loja foi fundada há 12 anos e acaba de especializar-se em presentes para a casa inteira, incluindo, claro, listas de casamento. Na loja, há uma infinidade de itens para cozinhas, salas, banheiros. A decoração não perde ponto com plantas artificiais escolhidas a dedo e peças exclusivas e garimpadas pessoalmente pela dona. “Amo decoração e montei a loja como um objetivo O Progresso em Revista - Especial Noivas


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chás e despedidas presentes Foto: Josué Mota

Variedade é opção em lojas especializadas

de vida. Temos peças diferenciadas para a mesa de jantar, para a sala, para a cozinha...”, destaca. No caso de listas de casamento, o diferencial, segundo Lucia, é o atendimento aos noivos e aos convidados que irão presentear. “Gosto muito de ajudar as noivas. Muitas delas tiram fotos da casa e trazem no momento da escolha das peças para compor a lista. Eu indico as peças que mais combinam, ajudo mesmo, orientando sobre o que escolher. No momento de elaborar a lista, dou total consultoria para que ela fique perfeita e personalizada”. Segundo Lucia, as peças para decoração são as que mais chamam a atenção das noivas no momento de elaborar a lista. “Elas gostam muito da decoração, mas eu também oriento sobre a importância de se escolher peças básicas e fundamentais, como dois jogos de jantar – um de 20 peças para o dia a dia e um outro, de 45 peças, por exemplo, para um momento mais especial”, comenta. “É possível escolher peças especiais para vários cômodos, como o banheiro, por exemplo, para os quais temos saboneteiras com cristais e madrepérolas. A lista é montada com absoluto bom gosto, e a noiva fica muito satisfeita. O importante, sempre afirmo, é que a casa tenha a cara de quem 72

vai morar nela. Temos muitas coisas diferentes, que agradam as mais variadas personalidades e estilos”, diz ela. Segundo Lucia, uma lista básica comporta até 80 itens. E ela pode ser montada com até pouco tempo de antecedência. “Em geral, os noivos nos procuram com dois ou três meses de antecedência. Mas, não há um prazo indicado. É preciso que nos procurem um pouco antes de distribuir os convites, pois montamos a lista, e a noiva recebe um convitinho para anexar ao convite principal, indicando a loja”, diz ela. A empresa também se preocupa em oferecer um presente especial ao casal após o casamento, e as entregas são feitas semanalmente. “Conforme os presentes são comprados, nós já fazemos a entrega”, diz ela. Para escolher as peças da loja, Lucia frequenta quatro das maiores feiras de presentes do país, onde pesquisa novas tendências. “O mercado de presentes e casamentos vale a pena, principalmente, pela satisfação em ver a realização das pessoas no momento da compra. Meu ideal de vida é que tudo o que fazemos precisa ser feito de coração. Sou apaixonada por decoração e realizo meu sonho pessoal ao realizar o sonho O Progresso em Revista - Especial Noivas


presentes das noivas. Cada item é escolhido com muito amor”, destaca ela. Variedade Outra loja que trabalha com listas de presentes para casamentos é o Magazine Metrópoles. A loja, administrada por André Luiz Campos Camargo, atua no ramo há 11 anos e tem na variedade de opções o principal trunfo. “Sempre atuamos no ramo de presentes e, ao longo dos anos, fomos aumentando os produtos. Hoje, são três andares”, comenta. Segundo Camargo, o mercado de presentes é forte, não somente por conta de casamentos, mas pelas datas comerciais clássicas, como Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia dos Pais. “Todo mundo gosta de ganhar ou de dar presentes, não importa a ocasião”, lembra ele. A loja oferece os mais variados tipos de presentes: perfumes, chocolates, peças para decoração – e, neste último quesito, uma infinidade de itens, como cristais (taças e vasos), porcelana (jogos de jantar, xícaras), além de inox, vidros e os mais variados utensílios. “Recebemos muitos representantes e procuramos o que se encaixa ao estilo da loja. Entre nossos produtos diferenciados, estão os arranjos de flores artificiais importados, e, agora, também oferecemos móveis, como nichos, aparadores, mesas e cadeiras. Acredito que a variedade é um diferencial da loja, e muitos clientes, até de outras cidades, como Sorocaba e Cerquilho, comentam que a loja é completa e diferenciada”. Especificamente para casamentos, a empresa também oferece o serviço de listas. Os produtos são escolhidos pelos noivos, com apoio das vendedoras, e os itens são armazenados num tablet. “Isso facilita para quem vai dar o presente. A pessoa vem, procura no tablet, efetua a compra e nós efetuamos a entrega, com a facilidade de troca, se for o caso”, explica. Segundo ele, não há limite de itens para compor uma lista de casamento. “A média varia muito. Temos listas de 30, 40 e, até, 130 itens. Alguns gostam de oferecer mais opções, outros são mais objetivos. Mas, temos muitas opções para todos que desejarem”, afirmou. O Progresso em Revista - Especial Noivas


chás e despedidas

Mantendo a tradição Costumes “antigos” atravessam o tempo e mantêm-se firmes mesmo entre as novas gerações Sim, o chá de panela ainda existe! Momento no qual madrinhas e amigas da noiva são as grandes responsáveis por organizar uma série de brincadeiras recheadas por presentes úteis para a futura casa dos noivos. Atualmente, o chá de panela também tem uma versão mais sofisticada, denominado “chá de lingerie”. Nele, as noivas têm a oportunidade de realizar uma despedida com as amigas, bem

como complementar o enxoval com lingeries. Na ocasião, é comum a realização de brincadeiras descontraídas entre a noiva e as convidadas. Para eles, a despedida de solteiro continua na moda – sempre. A festa é realizada antes do casamento, mas, ao contrário do que se afirma, é melhor que seja uma semana antes da grande data. Assim, há tempo suficiente para o noivo se “recuperar” antes do grande dia.

Véu da noiva

Na Grécia Antiga, o véu protegia a noiva do mau-olhado. Já na Idade Média, representava status, nobreza e era usado como peça do vestuário feminino, para o dia a dia. Quanto maior o véu mais riqueza a mulher possuía, além de proteger do sol a pele das nobres. Para os católicos, o véu está ligado à figura de Maria, símbolo de pureza e virgindade. Atualmente, também representa pureza, mas é usado, principalmente, para deixar a noiva com um ar mais angelical e misterioso.

Curiosidades

- Muitas noivas usam dois buquês: um para usar e outro para jogar às amigas. - A aliança é usada no terceiro dedo da mão esquerda, fortalecendo a lenda de que, nesse dedo, havia uma veia que ia direto para o coração. - O arroz atirado nos noivos na saída da cerimônia é uma tradição antiga da China, usada há 2.000 anos. A atitude simboliza a fartura para a vida do casal (os grãos simbolizam a fertilidade). - Os faraós foram os primeiros a usar um círculo que simbolizava a eternidade. As primeiras alianças foram de ferro. Na época medieval, surgiram as de ouro e pedras preciosas. - A escolha dos padrinhos sempre era de um bom amigo, para proteger a noiva de um possível rapto. - Por que o noivo não pode ver a noiva antes do casamento? Os ritos primitivos diziam que ninguém podia ver a noiva antes de ela passar completamente para o grupo de mulheres casadas.

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vestido, cabelo e maquiagem

A estrela da festa Cuidados com a beleza são diferenciais da noiva Não há dúvida que um belo penteado é o arremate perfeito para o visual da noiva no dia do casamento. Destacado pelo véu, pela grinalda ou enfeitado com flores e adereços, os cabelos complementam a beleza do vestido e dão charme ao “look” final, produzido pelas mãos hábeis e bom gosto refinado do maquiador. Dá para perceber que cabelo e maquiagem são tão fundamentais quanto o vestido, certo? Em Tatuí, a A. Fatto, de André Phattobene e Adilson Nascimento, especializou-se nesse tríplice que é o tormento e a glória de qualquer noiva: vestido, cabelo e maquiagem. A A. Fatto oferece trabalhos de salão e ateliê de alta costura. No primeiro, o visual da noiva é produzido de forma personalizada; no segundo, o vestido de noiva (madrinhas ou convidadas) é desenvolvido sob medida. “Os vestidos, sejam

para casamentos ou festas, são feitos exclusivamente para nossas clientes”, conta a gerente Daniela Serafim. A produção do vestido exige agendamento de quatro a seis meses de antecedência. O modelo é desenvolvido com exclusividade por Adilson, que conversa e desenha os modelos até que seja ideal ao estilo da cliente. “Eu olho e já imagino. Acompanho tendências, sigo o estilo da noiva e utilizo criatividade para um resultado exclusivo”, afirma. Com esse trabalho, um modelo nunca será igual a outro. Dentre os mais diferentes já produzidos, está o “vestido de princesa”, pedido especial de uma cliente, que exigiu vários e vários metros de tule. “É a realização de um sonho, e estamos extremamente satisfeitos em fazer parte desse momento”, comentam eles. Fundada há 18 anos, a A. Fatto foi iniciada por Arquivo Pessoal

Todos os vestidos da foto são criaçoes da A. Fatto

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vestido, cabelo e maquiagem Arquivo Pessoal

na região para atender a clientes que já buscam o endereço em Tatuí, a partir de Cerquilho, Tietê, Laranjal Paulista, Itapetininga e outras cidades. “O trabalho que eles oferecem é exclusivo. Uma cliente, por exemplo, casou-se em Porto de Galinhas e o Adilson foi até lá para atendê-la. Outra, casou-se em Minas Gerais, e o André também foi até lá para dar suporte e assistência”, conta a gerente Daniela. “Não se trata apenas da produção do vestido, ele acompanha a noiva até a igreja, na festa, dá total assistência e acompanhamento”, conta. O trabalho desenvolvido pela A. Fatto é a prova André e Adilson: de que, quando se trata de casamento, não há crimarcas registradas se. “Casamento é único, uma vez na vida. As noiAdilson Nascimento, que se mudou do município vas buscam o vestido dos sonhos, a maquiagem perfeita, o cabelo irretocável. E o negócio está de Dracena para Tatuí, ainda menino. Cerca de indo tão bem que já temos agendamento para o nove meses depois, André Phattobene uniu-se salão para o ano de 2017”, destaca a gerente. ao negócio, e, juntos, trilharam um caminho de Para agendar a produção de cabelo e maquiaexpansão. gem, não é preciso muita antecedência – mas, No salão e ateliê, André e Adilson somam-se e claro, para quem quer garantir a vaga, é sempre completam-se na oferta de serviços especializados bom marcar com até três meses. e cuidados – e tão detalhados quanto merecem No dia, a noiva deve comparecer ao salão com ser os serviços do grande dia. quatro horas de antecedência. Na A. Fatto, há “Comecei a desenvolver vestidos porque serviço de minicoquetel para a noiva e convidada, sempre gostei e, a partir de pedidos de clientes, que são recebidas com conforto num jardim de minha atuação no ramo cresceu. As clientes queriam modelos exclusivos, e, em fevereiro de 2014, inverno. No salão, a noiva recebe cuidados com o cabepassei a atuar oficialmente na área, incluindo lo e maquiagem. Para o cabelo, orienta Adilson, vestidos de noiva”, conta Adilson. é recomendado teste prévio. Nele, o cabeleireiro O negócio está indo tão bem que um novo ateliê será inaugurado em Sorocaba, somando-se estuda as diferentes possibilidades, segundo os acessórios escolhidos, para melhor visualização. Para a maquiagem, não é necessário teste anCasamento ostentação: tecipado. André conta com marcas registradas em luxos para quem pode seu trabalho: “olho marcado e pele perfeita”. “As No mês de maio deste ano, uma feira de casamentos em São Paulo trouxe novidades para quem sonha com um “casamento ostentação”. Convite para colorir clientes gostam muito, tanto que é minha marca reigual ao livro que faz sucesso entre adultos? Tem. Convite com vídeo e drone? Tem, também. gistrada. Busco sempre uma maquiagem que traga Para bancar luxos como os que fazem um casamento ostentação é preciso abrir a conforto e que siga o estilo da noiva”, conta. carteira. Para quem está disposto a tornar a data inesquecível a qualquer preço, o

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Arquivo Pessoal

caminho é o luxo. Entre as opções, havia convite com uma tela de led e fotos ou vídeo personalizado com os dois noivos. R$ 250 cada. O falado convite para colorir, a mais nova terapia antiestresse para adultos, que vem até com lápis de cor, também não sai por menos. Para quem quer ostentar na festa, é possível encontrar bolo de até R$ 2.000. E o bem-casado também é oferecido em versão sem glúten e sem lactose. Para fazer com que as alianças cheguem num drone, é preciso desembolsar entre R$ 3.000 e R$ 9.000. E as que sonham com um vestido cheio de glamour, eles não saem por menos de R$ 20 mil. Um “casamento ostentação”, conforme Camilia Piccini, diretora da feira “Casar”, custa em média de R$ 1.500 a R$ 2.000 por convidado. No entanto, parece que o preço não assusta os noivos. Segundo os organizadores da feira, a expectativa é de que o mercado brasileiro de casamentos movimente R$ 20 bilhões até 2017.

Fachada da A. Fatto

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cabelo e maquiagem Foto: JosuĂŠ Mota

Noivas buscam agendamentos antecipados para prepativos pessoais

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Foto: JosuĂŠ Mota

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