JUN/JUL 2013 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA PARA ASSINANTES VENDA AVULSA: R$ 1,70
SaÚDe ainda dá tempo
DeCORaçãO
luminárias dão charme especial aos ambientes
de ser pai
tRaDIçãO a grande Festa da Caridade
HIStÓRIa a discrição de Chico Pereira
COISaS velHaS geram segmento de mercado
vaRIeDaDeS l Especia
COnfORtO
a escolha do colchão ideal em nome da saúde e bem-estar
GaStROnOMIa
queijos: a riqueza de suas origens e sabores
ReCeItaS De InveRnO
opções saborosas para os dias frios
RODRIGO faRO o queridinho do Brasil
SUMáRIO
Viva os prazeres de uma relação amorosa saudável e deixe de lado o amor patológico
Moda Tendências Dicas de Beleza Danuza Leão Entrevista: Rodrigo Faro Relacionamento Saudável Bumbum Turbinado Sorriso Perfeito
Quer um sorriso branco, brilhante e saudável? Confira as ações preventivas e os tratamentos que garantem dentes perfeitos
Delicie-se com os Queijos Saborosas Receitas de Inverno Luminárias na Decoração Colchão Ideal Destinos Nacionais e Internacionais Dicas Motorizadas Curiosidades
Aqueça seu inverno com receitas deliciosas e quentinhas, perfeitas para os dias frios
O talentoso Rodrigo Faro fala do desafio de se reinventar à frente do programa “O Melhor do Brasil”, da vida em família e do carinho que recebe dos fãs Capa Rodrigo Faro Foto: Edu Moraes / Divulgação
C
om o objetivo inicial de dar sequência à comemoração de 90 anos de fundação do jornal O Progresso de Tatuí, ocorrida em julho de 2012, surgiu o projeto de renovação das tradicionais edições especiais de Dia das Mães e, por consequência, a edição de “O Progresso em Revista”, em abril deste ano. Até então, fora lançado, em agosto de 2012, o tabloide “90 Anos de Progresso”, seguido de exposição composta por parte significativa do acervo do jornal. Ambos tiveram em pauta, justamente, a junção de informações históricas do município com as raízes do periódico, relembradas em grande parte por meio da trajetória da família Ortiz de Camargo. Gratuitos, também ambos tiveram o objetivo de se configurar em verdadeiros presentes aos leitores e à própria cidade. Já neste ano, houve a renovação da edição especial, efetivada por meio do formato revista. Porém, mantendo-se o princípio de homenagem às mães e, por conseguinte, às mulheres em geral. Assim, a edição temática de O Progresso em Revista, além do próprio formato diferenciado do jornal standard, investiu em novidades dispostas na pauta, composta por assuntos pertinentes ao chamado “universo feminino”, todavia, não somente de interesse das mulheres. O resultado foi mais um presente gratuito aos leitores, marcado pelo cuidado com o conteúdo e a aparência, delineados para serem realmente atraentes. Como já acentuado nessa primeira edição, a publicação apostou no entendimento de que, antes, é preciso agregar e manter o maior número de leitores, o que somente se consegue com conteúdo de qualidade e quando não se põe no escopo a grade de anúncios. Claro, não por desprestígio aos patrocinadores – muito pelo contrário! Mas pelo fato de que os leitores – cada vez mais exigentes e menos ingênuos – percebem claramente quando são privilegiados. Desta maneira – e somente assim -, consegue-se fidelizar e, por conseguinte, multiplicar o público dos veículos de comunicação, a despeito de sua natureza – sejam os mais tradicionais, como o jornal e o rádio; sejam os mais recentes, como as redes sociais da internet. Afinal, como a nomenclatura já evidencia, “veículo” apenas leva, transporta, “veicula” – no caso, informação. Importa, de fato, o conteúdo dessa informação. Quando há conteúdo, todos ganham: veículos, público e patrocinadores. Até porque, é justamente este contingente de leitores conscientes – cada vez maior e mais criterioso – que garantirá o chamado “retorno” aos anunciantes. Fato ainda mais evidente quando se trata de veículo impresso, em muito ainda o mais visado pelo púbico entendido como “formador de opinião”. Apesar de fazer parte deste segmento e tampouco acreditando na inverdade de que suas nove décadas de existência já lhe bastam como lastro, O Progresso entende a inovação como fundamental à sobrevivência. Daí a concretização do novo projeto. Inovar e priorizar a satisfação do público é fundamental e garantia de bom investimento. Mostra disto é que a primeira publicação rendeu tamanho reconhecimento que acabou por justificar esta nova edição, agora pautada pelo universo masculino, em alusão ao Dia dos Pais. Que mais esta revista de O Progresso, tal como a primeira, tanto possa justificar o apoio e confiança dos patrocinadores quanto corresponder às expectativas dos leitores.
Boa leitura!
expediente
eDItORIal
O Progresso em Revista é uma publicação da Empresa Jornalística O Progresso de Tatuí. • Redação: Praça Adelaide Guedes, 145 - Centro Tatuí - SP - CEP: 18270-020 PABX: (15) 3251-3040 / 3251-4012 • E-mail geral: oprogresso@oprogressodetatui.com.br • Redação: redacao@oprogressodetatui.com.br • Publicidade: publicidade@oprogressodetatui.com.br • Editor e jornalista responsável: Ivan Camargo Gonçalves (MTB 25.104) • Reportagem: Cristiano Mota (MTB 57.455) Francis Jonas Limberger (MTB 62.646) • Revisão: Ana Maria de Camargo • Diagramação e arte-final (edição impressa): Altair Vieira de Camargo Erivelton de Morais • Website: Erivelton de Morai • Gerência de publicidade: Lívia Amara Rodrigues • Contatos publicitários: Alcy Ferrari Adilson Machado • Gerência financeira: Sérgio Luís Cardoso • Jurídico: Ivo Mendes (OAB 32.561) Ricardo Fernando Ribeiro (OAB 152.363)
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MODa elaS
MaQUIaGeM ROCK anD ROll
Quer parecer a Cinderela? Mas e se descobrisse que a Gata Borralheira é quem está na moda? Exatamente, aquele olhar “borrado do baile” está entre as tendências mais ousadas. Mas calma, nada de produções ultraelaboradas, certinhas e complexas. A proposta é uma maquiagem despretensiosamente desleixada, com ar de rock and roll.
SaIa COM eleGÂnC Ia
A saia-lápis é um dos hits mais comentados da estação. A peça se caracteriza por ser mais afunilada na cintura e nas pernas. Mas cuidado, quem não tem um manequim Gisele Bündchen deve recorrer a algumas estratégias para fazer com que o look esteja a favor e não contra a aparência. A opção é lançar mão da cinta na região abdominal, ela irá suavizar a barriga e, consequentemente, dar mais equilíbrio à silhueta. Porém, alguns cuidados são necessários para que seu uso não prejudique a saúde. Especialistas explicam que, quando a pressão no abdômen aumenta, a circulação fica prejudicada, fazendo com que o sangue se acumule nas pernas, gerando inchaço. Dica: use a cinta por períodos curtos e, ao chegar à sua casa, coloque as pernas para cima para facilitar o retorno do sangue.
aMaRRe-Se! O lenço amarrado no pescoço é um acessório clássico que fez história com divas como Grace Kelly e Audrey Hepburn. O item chamou a atenção de todos no desfile de Inverno 2014 da Miu Miu, mas a ideia é que seja adotado desde já! Eles aparecem com mais possibilidades de estampas e uso: punho, cintura e cabeça. Ficam ótimos com amarração, que faz todo sentido nos dias frios. As produções sóbrias da estação são um investimento certo, aproveite a dica e faça história também!
CaMISaS As camisas estampadas com toque étnico voltam com força total ao universo feminino! Os tecidos são variados, vão desde os naturais aos sintéticos mais encorpados. A proposta é confiar em cores e desenhos chamativos. Dica: combine com peças clássicas, lembre-se do equilíbrio do bordado delicado com saia de couro proposto pelo estilista Alexandre Herchcovitch. Inspire-se!
Divulgação - Gallerist Blog & Shop
Antigamente, a camisa xadrez era vista somente como uma opção para quem morava no campo. O conceito mudou bastante nos últimos tempos e ela se tornou um ícone da moda. Homens e mulheres se tornaram adeptos. O problema é que a ala masculina ainda não se sente segura em relação às combinações disponíveis! Versátil, a peça pode ser usada com calças e bermudas, mas é importante que ambas combinem corretamente. Quem busca um visual moderno deve apostar na camisa xadrez aliada a uma regata que deve seguir uma das cores da camisa. Dica: se a camisa for roxa e branca, por exemplo, prefira a regata branca. O inverno permite looks com camisa xadrez por baixo de jaquetas de couro ou jeans. Existem ótimas opções de flanela que costumam ser mais quentinhas e vestem bem. A escolha dos sapatos dependerá de todo o conjunto, mas a maioria combina com as camisas xadrez. É importante lembrar que elas são indicadas para looks informais (balada, jantar com amigos e namorada), mas não são recomentadas para trabalhos que pedem algo mais formal.
Foto: Bottega Veneta Men Milão Inverno 2013 - Imax TREE
aPOStaS De InveRnO
Divulgação Dolce & Gabbana
Neste inverno, os homens têm alguns truques especiais! Para quem gosta de ousar em sapatos, a dica é escolher os modelos com detalhes metálicos nas pontas. O material astracã deixa a estação ainda mais charmosa. Vale a pena investir em calçados nessa linha. Mais uma alternativa que promete: os sapatos do estilo derby shoes, com cadarço, que voltaram com tudo e estão entre as principais apostas. Outra tendência para eles são as calças com estrutura menos ajustadas, jaquetas de golas volumosas, sobretudo e paletós semelhantes aos quimonos. Tons de chumbo, azul, marrom, camelo e branco se destacaram na maioria dos desfiles. Para os mais ousados, a manga em cores diferentes e as figuras geométricas garantem contraste. O mix de influências orientais e francesas, com texturas diversas, também aparece como alternativa para o look masculino. Para complementar o visual, alie com bolsas de mão - as de estilo “sacola” foram bastante exploradas - cachecóis volumosos, cintos metálicos e bom inverno!
veRMelHO A Pantone dita e o mundo rebola para descolar tudo que há de mais ousado no tom sugerido, certo? Pois bem, a cor do inverno 2013 já está em pauta: vermelho-samba! Presente nas passarelas nacionais e internacionais, domina vitrines e red carpets com muita classe e elegância. O tom já foi associado à nobreza por Luís XIV, representou a insurreição durante a Revolução Francesa, tornou-se ícone do cinema nos pés de Judy Garland em “O Mágico de Oz” e deu uma “mãozinha” para Julia Roberts seduzir Richard Gere em “Uma Linda Mulher”. Promessa nos dias frios, é uma excelente alternativa para quem se identifica com um look expressivo e dramático, podendo ser usado por homens e mulheres.
Foto: Alexander McQueen MEN - Lond
XaDRez
Foto: Louis Vuitton Men Paris Inverno 2013 - Imax TREE
Foto: Burberry Prorsum MEN Mião Inverno 2013 - Imax TREE
MODa eleS
O terno casual é um dos destaques nas passarelas do Verão 2014 da São Paulo Fashion Week. Todo ano, o desafio é buscar novas ideias para atualizar a combinação mais tradicional do público masculino. Para as próximas estações, os recursos explorados serão a silhueta ajustada, o paletó mais curto, a estampa, inovação em materiais, texturas e cores fortes. João Pimenta trouxe tendências como o tratamento de alfaiataria para tecidos esportivos. Ajustou o paletó ao corpo e uniu com jeans e risca de giz. Já a Ellus encurtou o paletó (com abotoamento único) e as calças, e apostou na estampa floral. A Cavalera trouxe influências de pichação e a união de retalhos, conhecida como “patchwork”. A versão tropical ficou por conta da Osklen, que apresentou o linho na cor vermelha, com silhueta relaxada e combinação casual com camiseta e tênis. A Colcci também inovou ao substituir a calça pela bermuda.
SUMMeR PRevIeW Uma coisa ficou clara em relação às estações quentes brasileiras: não vai ter espaço para monotonia. Estampas gráficas, de flores e animal print vão enfeitar as coleções. As influências vão do tropicalismo à pop art. Unir a fauna e flora nacional com flores de outros países vai ser a cereja do bolo! No Fashion Rio, a Blue Man misturou barroco português, onças e pássaros com plantas e flores brasileiras, o resultado atrevido prova que o verão vai esbanjar alegria. A Maria Filó também divertiu as passarelas com as plantas da Tailândia, enquanto a Iódice trouxe flores desenhadas em peças leves.
PISe
fIRMe
tosite shi/Ag. Fo - Zé Takaha
Foto: Divulgação - Taquilla
lera Foto: Cava
Foto: Iódice - Zé Takahashi/Ag. Fotosite
Foto: Blue Man - Zé Takahashi/Ag. Fotosite
teRnO CaSUal
Foto: Maria Filó - Zé Takahashi/Ag. Fotosite
tenDÊnCIaS
Foto: Divulgação - Esdra
Foto: Maria Filó Fashion Marcelo Soubhia / Ag. Fotosite
Os calçados femininos aparecem com um apelo masculino. A ideia é parecer que foram roubados do closet deles. Creepers, oxfords e mocassins estiveram entre as principais propostas dos desfiles mostrados no Fashion Rio. As peças mais pesadas retornaram de outras temporadas e marcaram, inclusive, os desfiles internacionais. Por aqui, Helena Pontes apostou em oxfords pretos com solado baixo de borracha branca da Mr. Cat. Já a 2nd Floor apresentou suas enfermeiras inspiradas na pop art com creppers de solado de borracha super alto, estilo plataforma. As sandálias de tiras largas seguiram o mesmo conceito de salto. Outra que entrou na onda confortável foi a Maria Filó que, além de sandálias altas, trouxe creppers em tons dourados, com solado de borracha. O interessante foi que todas as combinações provaram que o conforto dos calçados casa muito bem com peças ultrafemininas e pode ser aderido em ocasiões variadas. Abuse!
Foto: Divulgação - Wallis
tenDÊnCIaS
Foto: TNG - Zé Takahashi / Ag. Fotosite
JeanS DeStOnaDO No Verão 2014 do Fashion Rio, o jeans masculino apareceu mais claro, com referências de tie-dye, délavé, destonado. O efeito irá pautar várias peças do guarda-roupa como calças, camisas, bermudas e até ternos. A tendência foi proposta nos desfiles da Coca-Cola Clothing, TNG e Reserva.
Foto: Haider Ackermann - Imax TREE
Foto: Emilio Pucci - Imax TREE
As bolinhas também provaram que vão reinar, afinal, um resgate de poás não faz mal a ninguém! Elas podem estar sozinhas, unidas com estampas e até listras. No Fashion Rio, a grife Filhas de Gaia apresentou bolas grandes em tons contrastantes, como o rosa e azul. A Ellus 2nd Floor trouxe bolinhas pequenas com vazado e sobre jeans délavé (lavado, clarinho). A Alessa apostou na versão delicada dos poás. Anote aí: vale repaginar uma peça clássica da vovó e desfilar em grande estilo.
Foto: Dries Van Noten - Imax TREE
POáS
InflUÊnCIa JaPOneSa Faixas na cintura, quimonos e elementos florais resgataram o japonismo! A tendência foi disseminada pelos estilistas Yohji Yamamoto, Issey Miyake e Rei Kawakubo em 1980. Em 1990 ela voltou à moda na temporada de primavera-verão internacional. Agora, para provar que no universo fashionista nenhum adeus é para sempre, o hit renasce com força total, ou melhor, com a força dos samurais! As cinturas marcadas com obi (faixa usada nas roupas japonesas) e muito – mas muito – transpassado foram destaques nas passarelas. A influência foi um prato cheio para os estilistas. Paris marcou presença com Haider Ackermann, que abusou da imagem dos samurais para desenvolver seus looks. Outra irreverência ficou por conta da Hermès que apostou nas estampas geométricas aliadas à leveza dos florais. Em Milão, o que chamou a atenção foram os quimonos. Emilio Pucci, por sua vez, acreditou no traje oriental pontuado no matelassê; enquanto a Etro deixou que as flores invadissem suas peças. Mas quem mais investiu suas fichas na tendência foi, sem dúvida, a Prada: a grife apresentou flats com meia, influência dos chinelos das gueixas, detalhe especial que conquistou!
beleza
BARRIGA
SARADA
As amantes do bom e velho creminho já devem estar por dentro da novidade. Seguindo o sucesso dos cremes anticelulite, o universo dos cosméticos agora encontrou um novo astro: o “creme seca barriga”! Seu objetivo principal é tratar a gordura localizada do abdômen, tendo como diferencial o alcance das camadas mais profundas da pele. Os especialistas apontam que o principal problema de aplicar o creme anticelulite na barriga é que ele tem ação superficial. Portanto, para combater a gordura abdominal e atingir as camadas menos superficiais, a evolução da tecnologia cosmética apresenta-se de forma eficaz. Mas vale ressaltar que os produtos são coadjuvantes de uma vida saudável que inclui alimentação equilibrada e exercícios físicos. Conheça alguns segredos para garantir a correta utilização do novo produto: • Antes de aplicá-lo, certifique-se de que a pele está limpa e seca. Nunca faça o procedimento por cima de qualquer outro cosmético; • Para atingir resultados, uma vez por semana, esfolie a pele e aplique o creme logo em seguida; • Dica: após o banho, a pele fica mais receptível à penetração de ativos, sendo esse o melhor momento para o cuidado; •A pesar dos novos cosméticos dispensarem massagens, a aplicação aliada à movimentos circulares ajuda o intestino a funcionar melhor, o que, consequentemente, diminui o inchaço na barriga.
PELE
BEM CUIDADA Basta cair a temperatura que a pele começa a dar sinais de ressecamento, não é mesmo? Isso ocorre porque o frio ocasiona a perda da oleosidade na epiderme, que resulta em secura, aspereza e irritação. Banhos quentes, sabonetes abrasivos, ar-condicionado e baixa umidade do ar são alguns dos fatores que também levam à desidratação. Para manter a cútis bonita e saudável, alguns cuidados são necessários, principalmente durante as baixas temperaturas. Os hábitos que devem ser incorporados à rotina diária incluem: investir na hidratação, consumindo, no mínimo, dois litros de água por dia e utilizando cremes e protetores solares - isso mesmo, estes não devem ser abandonados no inverno! Lembre-se: antes de escolher um produto, verifique a sua composição e os princípios ativos, o ideal é consultar um especialista, que irá orientar o tipo certo para sua pele. Evite ainda o uso de buchas e prefira os banhos na água morna. A alimentação pode ser outra forte aliada: linhaça, castanha do Pará, quinoa e chia contêm ômega e facilitam a concentração de ácido linoleico na pele. Verduras e legumes também carregam vitaminas indispensáveis. Cuide-se!
BB, CC E DD cREAM Novos produtos estão chegando no mercado com promessas tentadoras, saiba como diferenciá-los: BB Cream: o bálsamo para imperfeições. Une primer, iluminador, filtro solar, hidratante e base em um único produto. A vasta união o torna pouco indicado para quem tem tendência à acne. CC Cream: o produto é caracterizado como o color corrector que acompanha ingredientes antioxidantes e pigmentos mais consistentes, que prometem encobrir até rugas e linhas finas, além de dar acabamento matificado, sem brilho, ao rosto. Sua formulação mais densa pode não se adaptar às peles mistas ou oleosas. DD Cream: O recém-chegado daily defense cream promove defesa diária, conforme o nome indica. Diferente dos demais, destinados apenas para o rosto, pode ser utilizado também no corpo e pés. Rico em ativos emolientes, como aloe vera, o objetivo inclui, ainda, suavizar manchas, cicatrizes e até garantir um leve bronzeado instantâneo.
SaÚDe
nOvO PIPOCa É SaÚDe! ÂnIMO Alguns alimentos têm o poder de aumentar a disposição, ajudando-nos a driblar o cansaço. Está precisando de um “up” no ânimo, então confira o que não pode faltar em seu cardápio:
Peixes e frutos do mar: possuem quantidades significativas de zinco e selênio, ideais para diminuir o cansaço e a ansiedade. Além disso, possuem ômega 3, um óleo essencial para o bom funcionamento do cérebro e do coração.
Banana: famosa por ser fonte de potássio e proteínas, contém aminoácido triptofano, substância ligada à produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar.
Um estouro de benefícios à saúde foi descoberto na composição deste surpreendente alimento. Isso mesmo, a pipoca pode ser uma ótima aliada para quem busca um corpo bonito e saudável, pois contém considerável número de antioxidantes e fibras. Um estudo recente da Universidade de Scranton, nos Estados Unidos, mostrou que ela reúne mais antioxidantes do que uma porção de frutas e verduras. Os benefícios comprovam sua eficácia na luta contra os radicais livres, aquelas moléculas instáveis e perigosas que atacam as células e provocam males que vão de envelhecimento precoce a câncer.
efeItO PlatÔ Conhece? O efeito platô é o maior vilão de quem vive uma vida contornada por dietas. Ele se caracteriza pelo momento em que todos os esforços para emagrecer são em vão. Você venceu desafios, perdeu peso, alcançou uma significante mudança de hábito e quando estava a alguns passos de seu objetivo o seu corpo lança essa arma tinhosa. Sacanagem! Os estudos mostram que o platô pode acontecer em vários momentos durante o processo de emagrecimento. E quando ele aparece não adianta diminuir ainda mais o prato e nem malhar em dobro, pois o organismo aprendeu a viver bem com as calorias fornecidas no período da dieta e armazenou gordura suficiente para mantê-lo funcionando. A saída para enfrentá-lo é criar uma nova estratégia orientada por um especialista no assunto.
SeM MaRCaS Chocolate: fornece antioxidantes e estimulantes do sistema nervoso central, elementos que auxiliam na concentração e no alerta, além de ajudar na energia e disposição.
Quer ficar longe das estrias? Então anote as dicas de como evitá-las. Hábitos simples afastam o aparecimento desse incômodo. Boa hidratação diária é fundamental. Por isso, beba muito líquido. Outra dica: use cremes e óleos para nutrir adequadamente a sua pele. Ela merece cuidado especial! Ficar longe dos banhos muito quentes também é uma boa opção. Sem falar no cuidado com o peso, pois o tradicional efeito sanfona – que é o constante engorda e emagrece – afeta a pele e estimula o ganho de estrias. Por isso, cuide-se!
DanUza leãO te que a coisa mais imãpoortetamnch eiro, existe na vida n cor, e não se nem forma, nemheiro nenhum compra com din Qual a coisa mais preciosa do mundo? Não é dinheiro, nem amor, nem poder, e vou dar uma pista: não tem forma, nem cheiro, nem cor, não pode ser emprestada, nem dada, nem comprada. Não se vive sem, mas muitos fazem bobagens, um dia precisam dela para viver, mas aí pode ser um pouco - ou muito - tarde. Adivinhou? As pessoas começam a fumar cedo: porque é moda, para mostrar que não seguem as modas, ou por qualquer coisa tão boba quanto. Aconteceu comigo. Fumei todos os cigarros a que tive direito, e houve um momento em que escadas e ladeiras viraram um verdadeiro suplício. O curioso - e trágico - é que nunca nenhum amigo (e foram muitos), ao me ver assim, me disse que o problema era o cigarro. E como eu não sabia, quando parava para descansar, num café ou num banco de rua, relaxava fumando mais um cigarro, ai, ai. Há alguns anos fiquei mais ou menos e parei, claro. Quando voltei a me sentir bem, achei que fumar um cigarrinho ou dois não me faria nenhum mal, e tive pequenas recaídas. Como sou ansiosa, e se puserem uma caixa de chocolates perto de mim vou comer até o último, com os cigarros é a mesma coisa - sem comentários. Comecei, então, a inventar pequenos truques: comprava dois cigarros no varejo, na banca de jornais; à noite, se fosse preciso, comprava mais dois. Dessa forma,
É colunista do Jornal Folha de São Paulo, autora de vários livros, entre os quais Na Sala com Danuza 2 (ARX) e Quase Tudo (Cia. das Letras)
PenSe MelHOR
eu achava que havia vencido o vício, mas, se algum amigo tirava um maço do bolso, eu me atirava como se fosse a mais miserável viciada em crack. Houve vezes em que, num restaurante - no tempo em que ainda se fumava em restaurantes - eu via alguém fumando, chegava perto e dizia, na maior simplicidade, “eu deixei de fumar, será que posso filar um cigarrinho?” Não há maior solidariedade do que entre viciados, sejam eles em cocaína, heroína, ou nicotina. As pessoas a quem eu pedia um cigarro eram todas simpáticas, nunca nenhuma delas me disse não; sempre sorrindo, cúmplices, compreensivas. A vida foi correndo solta, até que em uma viagem a um país onde cigarros não são vendidos no varejo, comprei um maço. Foi o primeiro de muitos; voltei péssima, as coisas tinham ido além do limite. Tive medo, parei no tranco, mais uma vez, e entendi que com vícios não dá para brincar. Hoje, quando vejo uma pessoa fumando na rua tenho vontade de parar, sacudi-la pelos ombros e contar o que foi o cigarro na
minha vida. Mas lembro que quando ouvia um discurso contra o fumo, acendia um, só para provocar; como se pode ser tão idiota? O cigarro é um vício traiçoeiro: custa barato, pode ser comprado em qualquer botequim, e não é crime. Além disso, é aparentemente - o companheiro na hora do estresse, da solidão, da festa, da tristeza, enfim, de todas as horas. Eu me convenceria de que o cigarro não faz mal se visse, numa reunião de diretoria de um Marlboro da vida, quando são discutidas as novas técnicas de marketing para aumentar as vendas, todos fumando. Aliás, se fosse um só diretor, já me convenceria. Dá para acreditar que alguém ponha um tubinho na boca, acenda e aspire, várias vezes por dia, sabendo que - é inevitável um dia vai sofrer de falta de ar? Como eu dizia, a coisa mais importante que existe na vida não tem cheiro, nem forma, nem cor, e não se compra com dinheiro nenhum: é o ar que se respira. PS: quanto mais cedo você parar, melhor, mas é sempre tempo. Para mim, foi.
PAI COM SAÚDE
Ainda dá tempo de
ser pai
O mundo moderno traz consigo facilidades e prejuízos. Temos tudo à mão e muito conforto, porém, estamos cada vez mais sedentários e virtuais. Durante as 24 horas de um dia, tínhamos, por divisão, oito horas para trabalhar, oito horas para descansar e oito horas para lazer – coincidência isso? Não, pura sabedoria em administrar as prioridades e necessidades. Atualmente, trabalha-se em torno de 12 horas, dorme-se, no máximo, seis. E o lazer? Não dá mais tempo. O lazer inclui, inclusive, brincar com os fi-
Paternidade em idade avançada pode dificultar convivência com os filhos devido a limitações físicas
lhos, jogar bola, ensinar a andar de bicicleta. Os pais modernos preparam-se financeiramente para ter filhos, mas não se preparam fisicamente. Afinal, a idade que escolhem para ter seus rebentos inicia-se aos 30, quando, na verdade, suas estruturas corporais, devido ao sedentarismo, excessos profissionais e degeneração decorrentes da idade, colocam o “pai moderno” em situação desfavorável junto à prole. Quando o pai encontra tempo para brincar com os filhos, ele começa a perceber que seus joelhos não suportam mais se agachar ao nível das crianças; que sua coluna, sua lombar, não conseguem suportar o peso da criança quando tem que carregá-la. Correr atrás do filhote parece mais ser uma maratona e não um prazer. Consequência disso é presentear os filhos com muita TV, videogame e outras coisas que irão manter as crianças ocupadas e gradativamente mais tempo sentadas. Sedentários cada vez mais jovens, obesos mais precoces, os futuros pais terão condições piores que os seus de hoje! Solução para isso? O que todo mundo já está cansado de ouvir e ler: atividade física moderada, regularmente. Quando bem orientados, os exercícios promovem condições para se ter aproveitamento em todas as situações do dia, inclusive, a de ser um pai mais participativo. As principais queixas de dores crônicas dos pais modernos são na lombar e joelhos. Nosso corpo foi feito para se articu-
lar equilibradamente e, quando isto não ocorre, ele se adapta, porque entende que não precisa de certos movimentos! O corpo entende que deve ser econômico e prático, mas quando se vê solicitado em algumas ocasiões, está fraco, limitado e começa a dar sintomas, primeiramente, de desconforto, seja muscular ou articular. Posteriormente, a dor instala-se e o indivíduo passa a conviver com ela, limitando-se cada vez mais em alguns movimentos que podem provocar esse desconforto! Passa-se a evitar o agachamento - movimento este extremamente funcional – a retirada de uma sobrecarga do chão (neste caso, o próprio filho) e a tarefa quase que impossível de manter o filho no colo. A falta de condicionamento físico, consequência das facilidades da vida moderna, provoca fraqueza muscular e má postura, causas mais comuns da lombalgia. “O sedentarismo ou, paradoxalmente, o ritmo intenso de atividades pode detonar a dor. Idem para o estresse emocional, responsável pela tensão muscular”, explica o ortopedista Marco Antonio Ambrósio, especializado em ortopedia e traumatologia pelo Instituto de Ortopedia Clínica da USP e médico da área de esporte no Hospital Samaritano. Vale lembrar que os homens são mais afetados com dores lombares, mas que as mulheres são mais afetadas quanto aos joelhos, já em decorrência de sua condição corporal.
Por Luciana Maria Gonçalves *
Os “modernos” preparam-se financeiramente para ter filhos, mas não se preparam fisicamente Portanto, os pais que se preparam financeiramente para constituir família também podem se preparar fisicamente para a tarefa mais agradável, que é tê-los em condição de brincar com eles. Em menos de uma hora por dia, qualquer pessoa consegue fortalecer os músculos posturais, beneficiar-se com alongamentos que relaxam músculos tensos e, o principal do nosso tema, livrar-se das limitações e das dores!
Pais sedentários procuram realizar atividades que demandam pouco esforço físico
* Coordenadora da Academia Coração, Pós-graduada em atividade física adaptada (FMU), curso de especialização para “grupos especiais” – Método Mais Vida SP
PaI COM SaÚDe
Foto: Edu Moraes / Divulgação
entRevISta
RODRIGO faRO
Um artista dedicado à reinvenção
entRevISta
Por Ester Jacopetti
a
ssim como em seu programa, ele transparece sempre um menino sapeca, risonho, brincalhão e talentoso. Durante nossa entrevista, pontuada por gargalhadas, o apresentador do programa “O Melhor do Brasil” falou sobre carreira, família, sua necessidade por constante renovação
e sucesso. “Sou um cara normal. Trabalhar na televisão não me faz diferente das outras pessoas. Não sou
melhor do que ninguém”, pontua ele que não se incomoda em falar da família. “As pessoas que gostam do meu trabalho, querem saber da minha família, dos meus filhos. Elas só mandam coisas boas, positivas. Não tenho essa preocupação, muito pelo contrário. Quero mostrar que dá sim, pra ter uma família, ser feliz em família, sem precisar ficar trocando de marido e mulher. A família ainda é uma instituição válida na sociedade atual.”
Após alguns anos de programa, você ainda sente o desafio de apresentar “O Melhor do Brasil”? Sim! Observando tudo que aconteceu com a minha carreira, com a minha vida, a maneira como as pessoas me receberam como apresentador... O meu grande objetivo, agora, é trabalhar, aprender mais, crescer sempre e estar me reinventado, fazendo coisas novas. As pessoas acostumaram a ver o Rodrigo como um cara leve, ousado, que faz as coisas diferentes... Chega uma hora em que é preciso buscar novas ideias. Para isso precisamos estar em constante renovação. Essa é minha preocupação, não ficar na mesmice. Buscar novos objetivos, inovar com novos quadros para o programa, para a gente poder crescer. O programa fará cinco anos. Vocês pretendem fazer festa pra comemorar? Pretendemos fazer uma grande festa! Principalmente para agradecer à audiência e aos patrocinadores, e a todas as empresas que acreditam em mim como embaixador. E também haverá minha festa de 40 anos. Ou seja, tudo ao mesmo tempo. São cinco anos de “O Melhor do Brasil” e 40 de idade.
Como é chegar aos 40 anos? Não sei ainda... (risos). Engraçado porque me olho no espelho e ainda não fiz botox, preenchimento e nem coloquei cabelo... (risos). Mas não me sinto assim, me sinto um moleque. Quando estou com microfone na mão, estou brincando. É difícil seguir um roteiro. Acho que isso é o que me mantém moleque. E você pretende comemorar com uma festa? Estão querendo fazer, mas tenho preguiça, porque na festa você é o que menos se diverte né?! No meu casamento, cheguei em casa com o ombro doendo, de tanto tapa que eu levei... (risos). E com o maxilar doendo de ficar sorrindo a noite inteira. Mas 40 anos não é todo dia que se faz, por isso acho que tenho que comemorar.
Você pensa em fazer uma festa temática, algo com fantasia? Não, fantasia não! Já chega de fantasia na minha vida. Tudo que não quero na minha vida, fora da televisão, é me fantasiar... (risos). De alguma forma você passou a ter mais cuidados com a sua saúde? De maneira nenhuma! Evito comer muito doce, até porque não gosto muito. Mas não tenho essas coisas. Mas daqui a pouco vou ter de começar a fazer esteira, passar uns cremes... (risos). Por enquanto ainda está longe. Mas a pergunta é: até quando vai ter esse rostinho bonito? (risos). É verdade que você fará a próxima novela da Record? O Carlos Lombardi me convidou durante
“O meu grande objetivo, agora, é trabalhar, aprender mais, crescer sempre e estar me reinventado, fazendo coisas novas”
entrevista
Antônio Chahestian / Record
Haverá algum quadro novo no “Dança Gatinho”? A grande inovação deste quadro são os artistas que estão sendo convidados. É muito legal porque alguns até pedem para participar, como foi o caso do Durval Lelys do “Asa de Águia”. Ele mesmo entrou em contato com a nossa produção e pediu para participar. Ele veio, vestimos as mesmas roupas, e ficou muito legal. Ele comentou que esse era um desejo da filha dele. O Durval é um amigo querido. E é legal ver os artistas querendo vir ao programa. Esse ano, a gente tem ideia de trazer uma nova artista do nível da Jennifer Lopes. O Alejandro Sanz também já participou do programa. Estamos sempre buscando coisas novas.
a festa da Record. A ideia é fazer um personagem bacana, que aparecerá durante 20 capítulos. Mas não sei se vou dar conta, por causa da minha agenda. Eu quero. Mas o problema é como vou colocar isso, com a quantidade de coisas que tenho para fazer. Tem a nova temporada do “Faça e Disfarça”, que é de quinta a domingo, o dia inteiro dentro de um restaurante... “A Fazenda” você não vai fazer esse ano? Não! Pelo amor de Deus! Na verdade, esse boato de que eu faria “A Fazenda” nunca existiu na emissora. Celebridade é o Britto Junior, e “Fazenda de Verão” sou eu. O programa só volta no ano que vem, porque senão fica muito em cima para fazer duas no mesmo ano.
E quais são as opções que você tem para trazer no nível da Jennifer? Meu sonho de consumo é a Lady Gaga. Eu queria trazer o Michael Jackson, mas agora não dá mais... Infelizmente esse é um sonho de fã. Depois que a Jennifer me viu fazendo o “Dança Gatinho”, a Beyoncé também falou que tinha visto o vídeo, e me fez um desafio, que eu até cumpri. Acho que os fãs mandaram para ela. Eu cantei “Wonder World Girl”. Gostaria de encontrar a Beyoncé novamente para ver se ela realmente assistiu ao vídeo. Estou vivendo uma fase profissional e pessoal incrível. É um dos melhores momentos da minha vida. Com certeza! Você e a sua mulher Vera sempre mostram fotos da família e nunca se preocupam em esconder essa intimidade... Adoro os meus fãs, e as pessoas que gostam do meu trabalho querem saber da minha família, dos meus filhos. Elas só me mandam coisas boas, positivas.
Não tenho essa preocupação, muito pelo contrário. Quero mostrar que dá, sim, para ter uma família, ser feliz em família, sem precisar ficar trocando de marido e mulher. E mostrar que a família ainda é uma instituição válida na sociedade atual. Tenho a minha e adoro. Nós estamos apenas protegendo um pouco a Helena (a terceira filha, que nasceu em dezembro de 2012), porque a Vera está naquela fase de emagrecer... Ela já perdeu 20 quilos e quer chegar aos 58, que foi o peso dela quando tinha 18 anos. Para isso, ela está ralando. Por isso, estamos segurando um pouco. A gente sabe que existe expectativa. A Helena é o bebê mais lindo que já vi. Parece bebê de comercial. Ela está naquela fase de mamar e dormir. Quando acorda, abre os olhos e já reconhece a minha voz. Quando eu a pego no colo, ela vem querer mamar no meu peito, mas digo que infelizmente não sai nada... (risos). Nem parece que tem bebê em casa, porque ela é muito tranquila. As meninas já se acostumaram com a Helena ou sentem ciúme? Elas estão adorando. Não sentem nenhum ciúme. Carregam a Helena para cima e para baixo, colocam no carrinho. A relação delas está superlegal e não está rolando ciúme. Está muito gostoso. A primeira coisa que faço, quando chego à minha casa, é lavar as mãos, trocar a camiseta e pegar a Helena no colo. É muito gostoso, uma sensação muito boa. Tirei várias fotos dela deitada no meu colo. Ela adora ficar deitada porque é quentinho. Sensacional. É impressionante o que um filho traz para nossa vida. Não para de vir coisas boas. Até tinha vontade de ter um menino, mas
“Trabalhar na televisão não me faz diferente das outras pessoas. Não sou melhor que ninguém”
entrevista não tem como. A Vera não vai aguentar mais e ela quer continuar linda. Com a chegada de um menino, o que você faria de diferente do que fez com as meninas? Já não sou pai de primeira viagem, e já conheço um pouco o universo feminino. Acredito que não saberia ser pai de um menino. Foi ótimo que veio mais uma menina. Até pensei que talvez pudesse ter um menino, mas depois comecei a pensar: se viesse menino, só tem um quarto de brinquedos de menina, todos são rosa. A gente ia ter que mudar tudo por causa dele. Estou muito feliz.
Foto: Edu Moraes / Divulgação
Como suas filhas lidam com o assédio dos seus fãs? Elas me abraçam e ficam agarradas, não querem mais largar. As minhas filhas ficam com ciúme e falam: “mas você é só meu pai”. Eu tento ser um pai o mais presente possível. Adoro fazer lições com as minhas filhas. Adoro brincar! Eu sou o cara da bagunça extrema, mas também da disciplina. O meio é a Vera quem toca. Mas quando é bagunça geral é comigo mesmo. E quando é a hora de baixar a bola, de estudar, de fazer as coisas acontecerem, também é comigo. A família é meu porto seguro e minha base de tudo. É onde recarrego minhas baterias. Troco qualquer coisa para ficar de short brincando com as minhas filhas e pulando na cama.
“Estou vivendo uma fase profissional e pessoal incrível. É um dos melhores momentos da minha vida” Como você se preocupa em relação à segurança da sua família? Você tem medo de que aconteça algo? Não tenho problema com isso. Deus sempre nos guarda. É óbvio que a gente vive numa sociedade complicada, mas não é um problema meu. É um problema do Brasil, social. Infelizmente, a gente tem que andar com segurança. Tem que andar de carro blindado, infelizmente. Adoraria morar num país onde pudéssemos deixar o carro aberto, com a carteira dentro, como é em alguns lugares fora do país. Mas não posso evitar mostrar minha família por causa disso. As pessoas querem mais é saber da minha vida. Toda vez que compartilho a felicidade da minha família, só recebo carinho e as coisas dobram. Você fez um comercial com uma das suas filhas. Se elas escolherem seguir a carreira artística, você irá incentivar? A Clara adorou fazer o comercial comigo. Foi um comercial de Vick Vaporub e ago-
ra fiz um recente com a Fernanda Torres que são várias marcas da P&G. O da Oral B, do carnaval, esperava um milhão de acesso, deu 25 milhões. Minha sorte é que nem todos os comerciais passam ao mesmo tempo. Porque são muitas campanhas. Campanhas de produtos que eu tenho em casa. Não dá pra falar de um produto que não uso. Já aconteceu de você recusar propostas de ser garoto-propaganda de alguma marca? Na verdade, nós damos uma filtrada pelo volume de propostas que surgem. A gente termina filtrando para também não desgastar a imagem. Mas tem que dar uma segurada. São muitos convites que surgem, pelo menos dois, três por dia. É muita coisa. Mas é legal saber que as pessoas pensam na minha imagem para associar seus produtos. É sinal de que estou com uma imagem bacana. Ainda mais quando isso tudo é natural, não é forçado. Essa é a minha maneira de ser. Algumas pessoas dizem que você conquista por sua simplicidade. Como é para você saber disso? Sou um cara normal, e trabalhar na televisão é o que sei fazer na minha vida. É o que gosto de fazer! Trabalhar na televisão não me faz diferente das outras pessoas. Não sou melhor que ninguém. É o meu emprego e vejo desta forma. É claro que existe todo o glamour, o carinho das pessoas, o respeito da mídia, a crítica positiva. Mas isso tem que partir das pessoas. Isso não pode vir de mim. Quando isso acontece, a gente passa a se achar melhor que os outros e se torna um babaca.
PatRIMÔnIO
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PROGReSSO e PatRIMÔnIO
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erroviário que vivenciou o período de auge da Sorocabana, Jardel
Pegoretti relembra a importância dos trens para o desenvolvimento As meninas levam um grande susto ao ver, pela primeira vez, a grande locomotiva a vapor. Elas, que sequer conheciam uma estação ferroviária, surpreendem-se diante da máquina barulhenta e não entendem o que pode haver de tão importante no fato de ainda estar funcionando, depois de décadas. Aos 84 anos, o ex-ferroviário Jardel Pegoretti compreende as netas e sabe por que elas reagem dessa forma. Símbolo de prosperidade no passado e promessa de soluções eficientes no futuro, o transporte ferroviário tornou-se desconhecido das novas gerações. Pegoretti entende que um dos motivos do “esquecimento” é a falta de pessoas
capazes de falar com propriedade sobre o período áureo da Estrada de Ferro Sorocabana, na qual ele começou a trabalhar quando tinha 14 anos. O ex-ferroviário também vê pouco interesse das autoridades em preservar o patrimônio histórico, como estações ferroviárias e antigas máquinas a vapor. Por conta disso, depois de se aposentar, Pegoretti tornou-se pesquisador. Atuando junto ao Gabinete de Leitura Sorocabano, ele esforça-se para manter viva a memória do segmento, que, por décadas, impulsionou a economia da região. Pegoretti recebeu a reportagem de O Progresso e compartilhou um pouco das lembranças da época em que máquinas a vapor não espantavam crianças. O Progresso - Como é a sensação de ver suas netas se assustando com uma máquina que esteve no centro de praticamente toda a sua vida profissional? Jardel Pegoretti - Meu filho não conheceu fogão a lenha; meus netos, nem se
Na década de 1950, um único pavilhão da Estrada de Ferro Sorocabana reunia 350 funcionários, sendo o maior parque ferroviário da América Latina
fala. E o trem nunca ninguém viu. Já faz tempo, eu peguei minhas netas e entrei na estação. Nós não vimos o trem vindo, e o maquinista apitou. Hoje, as duas dão risada, mas elas se assustaram e correram ao ver o trem. Para mim, ficou gravado o susto que elas levaram, pois parecia que tinham visto um fantasma ou bicho. Então, se eu, que sou um entusiasta do assunto, não me mexer, não fazer nada, essa juventude que vem vindo não vai saber o que é isso. O Progresso - Por que é importante preservar a história ferroviária? Pegoretti - Eu acho que é importante preservar a história da ferrovia, principalmente, por conta do progresso que ela promoveu. Se não existisse a ferrovia, nós não teríamos as indústrias. Sorocaba, na década de 1940, tinha muitas indústrias têxteis. Do trilho principal saia o ramal que entrava nas indústrias para carregar vagões de tecidos. A ferrovia dava essa facilidade. O Progresso – Certamente, a Sorocabana gerava muitos empregos diretos. Pegoretti - Na época de 1950, a Sorocabana era o maior parque ferroviário da América do Sul. Tinha mais de 2.500 empregados, e, só no pavilhão em que eu ficava, trabalhavam 350 pessoas. Na cidade, o ferroviário era muito importan-
PatRIMÔnIO Logomarca da Sorocabana ainda pode ser encontrada em locomotivas e estações antigas
te, porque, todo dia 10, o pagamento estava lá. Não falhava nunca. Era dinheiro garantido, e o comércio se expandia. Como ferroviário, eu não precisava de carnê. Só precisava falar que trabalhava na Sorocabana. O Progresso - A Sorocabana chegou a sofrer os efeitos da Segunda Guerra Mundial? Pegoretti - Não chegamos a perceber falta de materiais ou problemas do tipo. Na verdade, eu senti que houve mais trabalho de transporte de alimentos da região Sul e do Mato Grosso do Sul. O que chamava a atenção era o transporte de gado, porque os frigoríficos ficavam todos em São Paulo. Então, nós tínhamos as composições com gado, com suínos e com madeira, muita madeira. O Progresso - Também nessa época, o trem era muito utilizado por passageiros. Era um meio de transporte acessível a todos? Pegoretti - O trem não era restrito às elites, mas havia distinção entre primeira e segunda classe. E o chefe do trem era muito rigoroso. Se você tivesse bilhete da segunda classe e estivesse na primeira, você era expulso. Na primeira classe, as poltronas eram estofadas e o passageiro tinha o direito de almoçar ou jantar no restaurante. Enfim, o tratamento era melhor. Na segunda classe, ficava o povão, que acabava comendo uma marmita. Mas, todos tinham condições de fazer uma viagem de trem, que era o principal meio de transporte na época. O Progresso - Muitos municípios surgiram ou cresceram por conta da presença da linha de trem. O senhor chegou a perceber esse fenômeno? Pegoretti - Quando eu ingressei na Sorocabana, isso já não acontecia mais. Foi um fenômeno mais forte na segunda metade do século 19, mas ainda percebia-se que as cidades eram construídas
em torno das estações ferroviárias. Como as igrejas tinham fiéis morando em volta, as estações eram cercadas de serrarias, oficinas mecânicas, tudo por conta da passagem do trem. Isso aconteceu em municípios como Tatuí, Itapetininga, São Roque e Mairinque. Nesse sentido, Tatuí sempre foi uma cidade de projeção, com status, e a passagem do ramal ferroviário (de Itararé) por lá era algo muito significativo. O Progresso - O senhor ainda presenciou períodos de crescimento da Sorocabana? Pegoretti - Sim. Em 1945, entrou a eletrificação. Foi um dos maiores progressos das ferrovias, o trem eletrificado. Com isso, a Sorocabana começou a fazer treinamentos com os ferroviários, e eu recebi uma bolsa de estudos no Senai. Mais tarde, surgiram os carros movidos a diesel, e novas especializações aconteceram. Com a ferrovia modernizada, novos setores foram surgindo na Sorocabana. Eu acabei indo para o setor de equipamentos pneumáticos, no qual fiquei até me aposentar. Lá, ficava todo o mecanismo de freio e a parte que movia a eletricidade, que era o pantógrafo. Era uma grande novidade na época, e não foi fácil aprender. Eu apanhei, como eu apanhei! O Progresso - Como o setor reagiu quando o transporte ferroviário começou a ser substituído pelo rodoviário? Pegoretti - Politicamente, os governantes contribuíram para que acabassem com as nossas ferrovias. Até hoje eu digo: se for matéria de asfaltamento, de abrir rodovias, é com a Camargo Correa, é um império, ninguém pode com eles; se for fabricação de veículos, nós temos a Ford, a Volvo, a Mercedes-Benz... Todos eles contribuíram para que acabasse com a ferrovia e entrasse no sistema automotivo. E, aí, muita gente ficou rica. O Progresso - Em sua avaliação, o patrimônio predial das antigas ferrovias está sendo devidamente preservado? Pegoretti - Existe falta da preservação do patrimônio predial da Sorocabana e é por desinteresse dos políticos. Se você pres-
tar atenção nos senadores e deputados federais, temos um bando de ladrões. A ferrovia é um estorvo para muita gente. Se as prefeituras não encamparem as estações, que estão caindo aos pedaços, todo esse patrimônio será degradado. Por isso que eu falo de ferrovia, escrevo notas nos jornais, cito nomes de pessoas. Para que não se esqueçam da história. Eu vejo que, na população, há interesse em preservar, porque faz parte da história local. Mas, não há entusiasmo. O Progresso - O senhor concorda com aqueles que apontam as ferrovias como uma das soluções para o transporte? Pegoretti - Concordo. O trem é uma solução atual. Em primeiro lugar, a ferrovia para transporte de cargas; em segundo, para passageiros. O custo é muito mais barato. As autoridades já se perceberam isso, sem dúvida. Mas, os interesses políticos não deixam que a ferrovia volte. Ainda vai demorar esse tal de trem-bala. E eu pergunto: por que, em vez de fazer um trem-bala, você não cria um percurso mais rápido com um trem mais popular? O Progresso - O que o senhor acha desse círculo: o transporte ferroviário já esteve no auge, entrou em decadência e, agora, parece que voltará a ser importante? Pegoretti - Tudo isso interessa aos políticos. Você já imaginou quanta gente vai ganhar dinheiro com o famoso trem-bala? É interesse político e financeiro, que nunca acabará. Sempre tivemos os sanguessugas.
Pegoretti afirma que ferrovias são a solução para o transporte: “as autoridades já perceberam, mas há outros interesses”
RelaCIOnaMentO
Alguns elementos são necessários para construir um relacionamento saudável. O importante é reconhecer e afastar o comportamento doentio
beM Me QUeR OU Mal Me QUeR?
Ela começa camuflando meninices e escondendo cada gesto que possa remeter a uma aproximação mais profunda. Depois, passados alguns anos, a evolução permite um olho no olho confidente, respeito mútuo e muita dedicação. Por fim, seus cabelos grisalhos encostam o mesmo travesseiro sem pudor ou malícia – apenas amor e nada mais. Esta é a tradicional descrição da relação a dois, certo? Porém, a vida, por mais bela e harmoniosa que seja, passa longe de um conto de fadas. O início e o fim de um relacionamento podem, sim, ser dignos de roteiro de cinema, entretanto, episódios difíceis aparecem no dia a dia de cada relação. Airane Rethondin é prova disso. A jovem
de 25 anos acaba de comprar seu primeiro apartamento em conjunto com o namorado, Juliano Mazola, 27. Juntos há sete anos, ela confessa que, embora os momentos bons prevaleçam, foi preciso muito diálogo para alcançar a empatia de hoje. “Às vezes, eu me lembro de todos esses anos juntos e penso: ufa! Nós brigamos, terminamos e dialogamos muito para nos adaptarmos um ao outro. Hoje percebo que muitas pessoas não estão dispostas a esse desgaste e por isso não evoluem em nenhum
relacionamento.” Em sintonia, ambos concordam que paciência e respeito são ingredientes fundamentais para o amadurecimento e que hoje estão completamente afinados e no ritmo certo.
amor patológico Aparar as arestas, embora fundamental, nem sempre é simples. A situação se complica quando um dos lados apresenta o
RelaCIOnaMentO chamado amor patológico, incapacidade de se relacionar de maneira saudável. Especialistas apontam que o amor doentio é cada vez mais frequente nos últimos tempos. A codependência, a depressão afetiva e o ciúme exagerado são sintomas da doença, que pode chegar a agressões físicas e verbais. Para Frinéa Brandão, psicóloga e psicoterapeuta, coordenadora da Neurofocus Psicoterapias, do Rio de Janeiro, o amor patológico sempre esteve presente na sociedade. “Quanto a sua frequência, não existe ainda um estudo epidemiológico consistente, mas sim uma estimativa de que atinge quase 1% da população em geral, sendo que mais da metade é mulher.” A especialista reconhece a dificuldade de se adaptar ao outro, mas aconselha “nunca perder o respeito e a dignidade”. Esses dois elementos podem servir de bússola para não se envolver em atitudes patológicas. Ela destaca ainda que controle, desconfiança e desrespeito são os principais erros cometidos em uma relação.
na literatura Desde que o homem escreve, tem-se notícia de histórias reais ou ficcionais baseadas em amores que chamamos hoje de patológicos. Mania, para os gregos, é o nome desse amor altamente instável, o estereótipo de amor romântico ou apaixonado. Já na China, para expressar esse tipo de amor, usa-se a palavra Zaolian.
Respeito e a dignidade são elementos que servem de bússola para o não envolvimento em atitudes patológicas Podemos citar Shiva e Pavarti, deuses hindus, a história de Nefertiti, e outras que datam mais de 33 séculos atrás. Tristão e Isolda, Romeu e Julieta, enfim, todos tiveram um destino trágico. Esses e outros enredos exibem lástimas não apenas para o casal, mas também para um terceiro que viveu obcecado por esse amor, perdendo sua vida. Muitos são os exemplos de pessoas que descrevem esse amor como maior que a própria vida, que a morte, que os deuses. “Para nós, as pessoas sempre tenderam a essa doença. A obsessão por alguém é
avalIe SeU aMOR
Responda às perguntas com SIM e NÃO e saiba como é definida a sua forma de amar: 1. Você sente vontade de estar perto dele(a) o tempo todo? 2. Já abandonou pessoas e atividades para privilegiar a relação com essa pessoa em especial? 3. Na ausência do(a) companheiro(a), sente insônia, taquicardia ou tensão muscular alternando com períodos de desânimo? 4. O seu(sua) namorado(a) se queixa de que você é muito pegajoso(a)? Caso responda “sim” três ou quatro vezes, busque tratamento adequado com psicólogo ou procure um grupo especializado de ajuda.
de longa data. Hoje é que percebemos que há um exagero nessa história. Talvez por ser muito próximo dos sintomas de abstinência de drogas psicoativas é que se percebe o quanto é patológico, porque nada pode ser maior que a vida”, explica a psicóloga.
Sintomas do amor doentio Angústia intensa quando o parceiro está distante (física ou emocionalmente). Insônia, taquicardia, tensão muscular, alternando-se períodos de letargia e intensa atividade são comuns quando o paciente se sente abandonado. Direcionar muito tempo para controlar as atividades do parceiro. Neste caso, a maior parte da energia e do tempo é gasto com atitudes e pensamentos para manter o outro “sob controle”. Outra situação comum é abandonar atividades que antes eram valorizadas e passar a viver em função dos interesses do companheiro.
a CaRIDaDe
Foto: Giorge de Santi
HIStÓRIa
SIlenCIOSa De
CHICO PeReIRa
Registros históricos de Tatuí associam imagem de Chico Pereira a gestos de caridade e vida simples
O “homem mais rico” da terra de Paulo Setúbal era um professor simples, bondoso e extremamente discreto Francisco Evangelista Pereira de Almeida entrou para a história como “o homem mais rico” da terra de Paulo Setúbal. Em homenagem a ele, há uma escola, uma rua, um monumento, um verso de hino municipal e um capítulo de livro – este dedicado pelo consagrado escritor, que ainda cunhou o apelido de “São Vicente de Tatuí”. No entanto, há sinais de que o reconhecimento por parte da população não era preocupação de “Chico Pereira”, como o chamavam. O “homem simples” e “exemplo de cristão” sempre trabalhou de forma discreta. Nos arquivos históricos do jornal O Progresso, não há dificuldade em se encontrarem notícias do trabalho promovido por ele. A instalação da Sociedade São Vicente de Paulo, que originou o asilo ainda existente, é um exemplo. Em geral, as obras são
noticiadas, mas não aparece a figura de um autor envaidecido a reclamar os créditos. Apesar de optar pela discrição, Chico Pereira teve o reconhecimento da opinião pública. Em seu livro de memórias (“Confiteor” – 1937), Paulo Setúbal dedicou um capítulo a ele e encarregou-se de eternizá-lo como “o homem mais rico da minha terra”. “Todos na cidade reverenciavam-no”, registrou o acadêmico. O capítulo equivale a uma biografia completa. Na época da publicação, Chico Pereira já estava internado no asilo que ajudara a fundar. E, mais uma vez, rejeitou o posto de celebridade. “Ele não se importa com esta minha página. Ele se importa, isso sim, com os seus velhos”, antecipou Setúbal. A conclusão do escritor é fundamentada em relatos citados no livro. “Sim, amigo, seu Chico deu o seu dinheiro aos pobres.
Deu-o sem rumor. Sem que os jornais trouxessem a notícia”. O dinheiro distribuído aos pobres somou em torno de seis contos de réis, valor obtido com a venda da casa modesta em que morou com as três irmãs. Ele decidiu vendê-la depois da morte delas. A partir daí, o professor assumiu uma vida de peregrino, antes de decidir internar-se no Lar São Vicente. “Seu Chico andou pelos casebres e pelos ranchos da minha terra. Viu aí os desgraçados. Os que tinham a panela vazia sobre o fogão apagado. Os que não sabiam onde se abrigar nos dias de chuvarada. Os que não possuíam um pano sequer para se abrigar nas noites de geada”, narrou Setúbal. Outro fato destacado em “Confiteor” é o fato de Chico Pereira ter conseguido ficar
Foto: Arquivo
neutro entre as intensas disputas políticas ocorridas em Tatuí no início do século 20. Conforme Setúbal, ele foi o único que não teve “malquerenças”. “Tatuí foi lugar de tremendas lutas partidárias, lutas assanhadíssimas, em que se disputava o mando a tiro de trabuco. Somente aquele sereno e incontagiável professor de primeiras letras não soube nunca o que foi esbravejar daquelas iras”. Na parte em que esteve diretamente envolvido com o personagem, Setúbal preferiu ser breve: “Foi o meu primeiro professor”. O escritor teria muito mais para contar, mas, talvez, tenha aprendido algumas lições sobre evitar a autopromoção. Ocorre que Chico teve participação decisiva na formação intelectual de Paulo Setúbal. Depois de se encarregar dos ensinamentos básicos, incentivou a mãe do menino a permitir que ele continuasse os estudos. O gesto representa uma das principais passagens da peça teatral “Paulo Setúbal Re-Verso”, produzida pelo Núcleo Experimental Cênico Falsa Modéstia. “Ele se anulava para educar os inocentes. Como professor, não utilizava nenhum método especial de ensino, sendo
Reprodução de umas das únicas fotografias de Chico Pereira
Foto: Giorge de Santi
HISTÓRIA
Escola situada na rua Santo Antonio é uma das diversas homenagens prestadas a Chico Pereira
apenas correto e eficiente”, resume o produtor cultural Rogério Vianna, diretor do NEC Falsa Modéstia. Um dos atos caridosos mais marcantes da vida de Chico Pereira era repetido todos os dias. Rigorosamente às 17h, ele ia ao Lar São Vicente para confortar os idosos. Por isso, é homenageado com o nome da rua em frente à entidade e com um monumento próximo ao portão de entrada. “Chico Pereira foi uma personalidade que dedicou toda a sua existência à prática do bem, da caridade e da religião, e que sensibilizou a todos que o conheceram”, destacam Renato Ferreira de Camargo e Christian Pereira de Camargo, autores do livro “Ilustres Cidadãos”. A caridade do professor também chamou a atenção de Paulo Cerqueira Luz, que compôs a letra do Hino a Tatuí, em 1961, e de autoridades, que denominaram a escola estadual situada na rua Santo Antonio. Em O Progresso, a notícia mais significativa, em que o nome do professor é citado, data de 13 de agosto de 1944 e traz a informação da morte dele, ocorrida um dia antes, logo após a comemoração do aniversário do município, dia 11. Na edição seguinte, o jornal publicou o capitulo de “Confiteor” na integra e uma nota dedicatória na capa. “Verdadeiramente amado pela população local, sua morte abalou Tatuí. E Tatuí compareceu em massa ao sepultamento, com gente de todas as camadas sociais”.
Pessoa
elevada “Era uma pessoa elevada”, diz intérprete de Chico Pereira
Na peça “Paulo Setúbal Re-Verso”, produzida pelo Núcleo Experimental Cênico Falsa Modéstia, o papel de Chico Pereira coube ao ator Pedro Couto. Para fazer a interpretação, ele realizou estudos sobre a vida do personagem. “Fica claro que ‘seu’ Chico Pereira era uma pessoa elevada espiritualmente, desligada dos valores materiais. Sua grande preocupação era ajudar a todos os necessitados”, resume Couto. De acordo com ele, as ações do professor chamam a atenção pelo fato de que ele não media esforços para sanar dificuldades e levar conforto a todos. “Fez de sua vida um ato de servir, e sua própria casa se tornou posto de assistência aos desfavorecidos”.
beleza
Depois da procura pelo implante de silicone nos seios, mulheres buscam pr贸teses para dar novos e melhores contornos aos gl煤teos
bUMbUM
tURbInaDO
beleza Um notável crescimento na procura pela cirurgia que dá um “up” no bumbum tem chamado a atenção de muitos especialistas. Ao que parece, inicia-se uma inversão do foco feminino e o aumento dos seios já não é mais o único alvo das brasileiras. De acordo com o cirurgião plástico Rubem Bottas, a cirurgia de prótese de glúteo foi uma das que mais aumentou nos últimos tempos. “Acredito que a procura tenha aumentado em torno de 30%”, completa o cirurgião. O número de implantes de prótese de glúteo ainda não se iguala à quantidade de lipoaspirações e implantes de silicone nos seios feitos no país, mas o cirurgião aponta a difusão das técnicas da gluteoplastia como o principal fator de popularização desse procedimento. Ele lembra que recentemente participou do “Curso Avançado de Gluteoplastia”, em que especialistas de renome debateram as novidades das próteses de glúteo e panturrilha, e também realizaram curso prático com a demonstração de técnicas mais avançadas. Bottas conta que o público que procura a técnica engloba mulheres de todas as idades. “As pacientes que procuram esta cirurgia se queixam de pouca projeção na região glútea, elas buscam harmonizar o contorno corporal e aumentar a região.”
estilos de próteses O especialista explica que existem dois formatos, o redondo e o de quartzo, que tem um formato próximo ao triangular. “A indicação de cada uma delas depende principalmente do formato de cada corpo. A redonda, por exemplo, é recomendada para aquelas mulheres cujo diâmetro transversal do bumbum é maior que longitudinal”, acrescenta.
Cuidados no pós-operatório Segundo o cirurgião plástico, especialista pela Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica, Rodrigo Antoniassi, o pós-operatório para quem passa pelo implante de silicone no bumbum requer cuidados, assim como todos os outros procedimentos cirúrgicos. “O tempo de internação geralmente é de 24 a 48 horas e o dreno normalmente é retirado já no segundo ou terceiro dia após a operação, podendo estender esse tempo em até 15 dias.” Antoniassi explica que, nas primeiras três semanas, o paciente deve evitar deitar-se de barriga pra cima e fazer pressão nas costas, dando preferência por deitar-se de bruços ou de lado. Por aproximadamente duas semanas, o paciente também deve evitar ficar sentado - a exceção são os momentos das refeições ou quando necessitar ir ao banheiro. “Vale ressaltar que, durante o pós-operatório, o paciente precisa tomar cuidado com a postura, mantendo sempre a coluna reta para evitar o risco de abrir os pontos.” A partir de dois meses após a cirurgia, o paciente está liberado para realizar atividades físicas, com exceção daquelas que necessitam de mais tempo de recuperação, como cavalgar e pedalar.
De olho no procedimento cirúrgico O nome técnico da cirurgia de implante de prótese de bumbum é gluteoplastia de aumento. Nessa técnica, o especialista faz dois cortes, de 5 centímetros cada, nas dobras das nádegas. O corte atinge o músculo glúteo maior, que fica abaixo da pele e de uma camada de gordura. A operação deixa marcas muito pequenas e tem duração que pode variar de duas a quatro horas. E, como toda cirurgia, o procedimento para o implante de prótese de glúteo tem riscos, como infecção e rejeição, e o ideal é procurar um bom especialista e seguir as indicações do pós-operatório.
“faRIa tUDO OUtRa vez...”
Sidinéia da Silva, 42 anos, passou pela gluteoplastia há poucos meses e já pode adiantar sua satisfação com o resultado. “Eu não gostava nem do formato, nem do tamanho do meu bumbum. Agora, sinto melhora na minha autoestima e uma diferença significativa nas minhas roupas, é gratificante.” Ela lembra que antes da cirurgia só usava roupas soltas e que só depois do procedimento soube o quanto é bom usar peças mais ajustadas. Casada, conta que o marido foi o maior incentivador quando disse que estava disposta a turbinar o bumbum. A paciente ressalta a importância de se respeitar o pós-operatório. “As posições liberadas são de pé e de barriga para baixo. Eu só pude sentar com apoio nas pernas após 20 dias.” Independentemente dos cuidados, ela não se arrepende e aconselha procurar um bom profissional que saiba orientar os prós e contras e transmitir confiança. “É essencial fazer todos os exames pré-operatórios e seguir todas as orientações do médico. Sou da área da saúde, realizei o procedimento confiante e agora estou muito feliz!”
Dois meses após a cirurgia, o paciente está liberado para realizar atividades físicas
saúde
SORRISO
perfeito Conheça as ações preventivas e os
tratamentos que garantem dentes brancos, bonitos e saudáveis
Um estudo comprovou o óbvio: um sorriso bonito faz as pessoas parecerem mais atraentes! Pesquisadores das universidades britânicas de Leeds e Central Lancashire disseram que os dentes são o “equivalente humano à cauda de um pavão”. Sim, a saúde e boa aparência da dentição são fatores levados em consideração no momento de avaliar a beleza do outro. Mas como garantir dentes brancos, saudáveis e um belo sorriso? De acordo com o ortodontista e professor de Odontologia da Universidade Federal Fluminense (UFF) Júlio Pedra e Cal, é comum que algumas pessoas tenham dentes mais amarelados que outras. Pois em geral, todas têm variações na estrutura do esmalte. Ele explica que, quando o esmalte dentário já se encontra mais desgastado,
SaÚDe surgem microporos que permitem a deposição de pigmentos sobre os dentes. A presença de placa bacteriana também tende a facilitar ainda mais o depósito de tais agentes. Outros podem ainda ter dentes mais amarelados devido ao uso de medicamentos como a tetraciclina (um tipo de antibiótico), por exemplo.
Inimigos do sorriso Os alimentos que contribuem para o escurecimento dos dentes são: bebidas como café, diferentes tipos de chá e vinho tinto, assim como sucos e refrescos coloridos artificialmente. Alimentos muito pigmentados como amora, beterraba, cerejas, uvas ou molho de soja também podem produzir colorações escurecidas. Refrigerantes e bebidas ácidas, além de possuírem agentes nocivos, podem promover erosão ácida do esmalte, tornando-o mais poroso e, consequentemente, ainda mais suscetível à pigmentação. “Portanto, a gravidade do escurecimento em um curto ou longo prazo estará intimamente relacionada aos hábitos alimentares e de higiene de cada paciente, e até do efeito cumulativo de um grupo de produtos.” Com o tempo, os dentes poderão ficar amarelados, e em casos severos essa coloração pode ser alaranjada ou castanha.
Prevenção Cal alerta que, felizmente, as manchas provocadas por alimentos geralmente são superficiais ou extrínsecas. Desta forma, uma prática relativamente simples pode minimizar o problema. “O estabelecimento de padrões elevados de higiene
Clareamento em consultório
bucal passa a ser um requisito para aqueles que desejam evitar que seus dentes fiquem amarelados. Tal protocolo deve incluir escovação eficaz três vezes ao dia, associado ao uso de diário de fio dental e enxaguatórios bucais com flúor.”
Clareamento dental O dentista Joel Mauri dos Santos explica que o clareamento é indicado para quem deseja um sorriso com dentes mais claros e quer ficar com a expressão facial mais jovem, sendo que a partir da pré-adolescência já é permitido o procedimento. Segundo a cirurgiã-dentista, especialista em implantes, Lilian Meneguetti, a procura é mista, unindo homens e mulheres de idades variadas. Mas revela uma curiosidade: “atualmente, as adolescentes têm procurado bastante as clínicas para suas festas de 15 anos”. Em geral, o tratamento é indicado para resultados estéticos. A especialista não recomenda para manchas dentais castanhas ou marrons escuras associadas ao cinza, coloração típica de pacientes que tomaram o antibiótico tetraciclina durante a infância, pois as técnicas de clareamento não são suficientes para eliminar completamente este tipo de mancha. “Neste caso, para resultados estéticos de excelência, é ideal lançar mão das facetas laminadas de porcelana”, completa. Para pacientes que possuem escurecimento dos dentes devido a tratamento de canal, é indicado o clareamento interno.
tipos de clareamento A cirurgiã explica que, para a maioria dos
Clareamento com moldeira
pacientes, os dentes podem ser clareados de três maneiras: • Em consultório: mínimo de duas a três sessões de 60 minutos cada, com géis clareadores à base de peróxido de hidrogênio a 35%, ativados ou não por Laser ou Led; • Em casa, através do uso de uma moldeira pré-fabricada: coloca-se um gel clareador à base de peróxido de carbamida por um período mínimo de 15 dias ou noites, dependendo do grau das manchas dos dentes; • Associação das duas técnicas acima citadas: varia de uma a três sessões em consultório, mais 7 a 15 dias usando moldeira e gel à base de peróxido de carbamida. Lilian frisa que, das três técnicas citadas, esta é a que apresenta os melhores efeitos, pois envolve o acompanhamento do profissional e os recursos necessários para bons resultados.
Duração Nos pacientes fumantes, que fazem uso de alimentos que contribuem para o escurecimento, o clareamento dental dura pouco, tendo de ser repetido uma vez por ano. Já os pacientes que não têm esses hábitos podem repetir o tratamento a cada dois ou três anos.
aleRta! Não é indicado utilizar produtos de farmácias e drogarias, pois estes não têm a mesma eficiência daqueles usados pelos profissionais e podem provocar efeitos indesejados, como a sensibilidade com frio e quente, além de mínimo resultado aparente. Também podem ocorrer fraturas se não houver um exame clínico detalhado para a realização do tratamento, por isso a importância de um acompanhamento com um cirurgião-dentista especializado.
GaStROnOMIa
DelICIe-Se
COM QUeIJOS
e os sabores especiais desse alimento que é preferência de muitos brasileiros
UM POUQUInHO
De HIStÓRIa... Não há qualquer evidência conclusiva indicando onde a produção de queijo teve origem. Alguns estudiosos acreditam que foi produzido quando alguém, no Oriente Médio, descobriu que, ao transportar leite no estômago de um bovino por um longo período, o líquido se dividia em coalho e soro. Mais tarde, vestígios de queijos foram encontrados em uma tumba egípcia datada de 3.200 a.C.; depois, viajantes levaram o queijo para a Europa. Durante o período medieval, ele foi aperfeiçoado por monges em monastérios, abrindo possibilidades diversas para que fosse apresentado ao mundo. No Brasil, o queijo chegou com os portugueses, que apreciavam a variedade produzida com leite de cabra.
Fonte: Minas Faz Ciência
As características
O item mágico do universo gastronômico é sinônimo de satisfação e predileção mundial. Independente do tipo, do valor nutricional, ou do preço, o ingrediente vai bem com quase tudo. No Brasil, o preferido é a muçarela, cuja popularização se deve à imigração italiana no país. O aspecto cultural e a facilidade de acesso também fizeram com que esse tipo de queijo estivesse sempre presente à mesa. De acordo com a nutricionista Ana Carolina São Bento, “os queijos magros, pobres em gordura, podem ser consumidos diariamente”. O chef mestre-queijeiro Bruno Cabral explica que, quanto mais maturado for o queijo, mais gorduroso ele é. “O queijo de búfala, a muçarela de búfala e os queijos de ovelha, como o queijo manchego e
GaStROnOMIa
queijo pecorino, contêm muita gordura. Os menos gordurosos são os queijos frescos de leite de cabra, como o boursin, e os de vaca, como o frescal.”
Mais cálcio Segundo a Organização Mundial de Saúde, é ideal ingerir, no mínimo, um litro de leite por dia, o que equivale a 1000mg de cálcio. Os queijos podem ser uma ótima alternativa para diversificar o consumo. O provolone, por exemplo, é o queijo com quantidade significativa do nutriente – 100g deste tipo de queijo conta com mais de 1000mg de cálcio. Vale lembrar que uma dieta rica em cálcio é extremamente importante para fortalecer a estrutura óssea e evitar a osteoporose.
Mais proteína O queijo é bastante rico em proteínas. E a razão é a seguinte: para cada quilo de queijo são utilizados muitos litros de leite. E é preciso lembrar que, quanto mais maturado o queijo, mais rico em proteína – mas também há um alto teor de gordura e, por isso, seu consumo deve ser feito com moderação.
tipos de queijos
• Frescos: são os de massa crua que não sofrem processo de maturação, por isso são chamados de “frescos”. Exemplos: minas frescal, ricota, cottage, mascarpone. • Curados suaves: é bastante extensa a relação de queijos nesta categoria. Destacam-se: prato, gouda, edam, prato esférico. • Curados frutados: de origem europeia, ricos em fermento propiônico e se
Emental
apresentam com massa aberta (com buraquinhos, chamados tecnicamente de olhaduras). Exemplos: gruyère, emental, estepe. • Queijos fúngicos: apresentam massa crua e neles são agregados fungos específicos. Devem ser consumidos bem maturados, para que não apresentem defeitos típicos. Por exemplo: o brie e o camembert quando “verdes”, oferecem massa adstringente. O gorgonzola, por sua vez, provoca retrogosto (“aftertaste”) ligeiramente amargo. • Queijos de casca lavada: a maioria dos queijos “malcheirosos”, como o limburger, gruyère suiço, Saint Paulin, etc são de casca lavada. Seu odor é resultante desse processo de lavagem que provoca o crescimento de bactérias e bolor. • Queijos de massa filada: estes queijos tiveram início na Itália Meridional. Após sua coagulação e prensagem, a massa
Gorgonzola
era cortada em mantas e deixada sobre a mesa para fermentar. A operação seguinte consistia de repetidos esticamentos e junções da massa, que formava fios ao ser esticada. Assim nasceu a muçarela, por exemplo. Algumas alternativas dessa prática: provolone e caccio cavalo. • Queijos cozidos de sabor intenso: picantes e muito aromáticos, possuem maturação longa, geralmente acima de 6 a 12 meses. Exemplos: parmesão, queijo grana, pecorino, manchego, queijo reino. • Queijos processados: são produtos que levam como base massa láctica (leite coagulado prensado), outros queijos adicionados e creme de leite, ingredientes que lhe propiciam uma textura cremosa. São eles: cream cheese, requeijão, cremes de queijo e queijo pasteurizado em porções.
Fonte: Disney Criscione, queijólogo e gerente de relações institucionais da Tirolez
Cottage
tRaDIçãO
a GRanDe feSta De
CaRIDaDe A cada nova edição, a Festa da Caridade consolida-se como um dos maiores e mais tradicionais eventos da região. Promovida pelo Lar São Vicente de Paulo, no feriado de Corpus Christi, a festa une celebrações religiosas, manifestações culturais e diversas atrações recreativas e gastronômicas, todas com o objetivo de colaborar com as finanças da instituição. A tradição da festa teve início na década de 1920, quando um grupo de agricultores passou a realizar romarias com donativos para o asilo. A grande participação popular e engajamento de colaboradores marcam a Festa da Caridade desde então. Em Tatuí, nenhum outro evento reúne tantas pessoas em um único dia. Na edição deste ano, a reportagem de O Progresso convidou o fotógrafo Giorge de Santi para registrar imagens que mostram algumas das características da festa, como a procissão do Santíssimo Sacramento e a participação de centenas de voluntários.
Missa O dia de festividades começa com a tradicional missa de Corpus Christi, rezada pelo bispo da diocese de Itapetininga. Celebrada na igreja Santuário Nossa Senhora da Conceição, ou no coreto da Praça da Matriz, a missa reúne centenas de fiéis de todas as paróquias de Tatuí.
tRaDIçãO Procissão A religiosidade une-se aos demais segmentos da festa, por meio da procissão do Santíssimo Sacramento. A caminhada dos fiéis, pelas ruas do centro, é acompanhada pelo principal símbolo do feriado católico: o “corpo” de Jesus Cristo ressuscitado. Tradicionalmente, as ruas percorridas na procissão são enfeitadas pelo “tapete vermelho”. No entanto, para serem confeccionadas, as imagens sacras dependem das condições climáticas e, em alguns anos, acabam não sendo concretizadas.
voluntários
IDOSOS
O feriado de Corpus Christi é festivo para os tatuianos e ainda mais para os assistidos do Lar São Vicente de Paulo. Durante a Festa da Caridade, os idosos recebem muitas visitas e aproveitam para provar algumas guloseimas da praça de alimentação.
Fotos: Giorge de Santi
Desde que teve início, a Festa da Caridade depende fundamentalmente da participação de voluntários, que se encarregam de praticamente todos os trabalhos relacionados ao evento. Em edições recentes, a festa chegou a registrar a participação de 500 voluntários, além de colaboradores indiretos.
Multidão A presença maciça de pessoas nos pátios do asilo e nas ruas do entorno é a melhor forma de compreender a grandeza da Festa da Caridade. Mesmo em edições com tempo instável, o evento atrai em torno de 35 mil pessoas. Em alguns anos, o público da festa chegou a quase 50 mil, praticamente a metade da população de Tatuí.
ReCeItaS
Fonte: Cozinha Nestlé/Sheila Oliveira
CaRDáPIO De InveRnO Temperaturas amenas pedem comidinhas quentes. Confira receitas deliciosas e superpráticas para esquentar os dias frios.
PICaDInHO
SOPa CReMOSa
de milho com frango Ingredientes: • Meia lata de milho-verde em conserva • 3 xícaras (chá) de Leite Líquido Molico • 1 colher (sopa) de azeite ou óleo • 1 cebola média ralada • 1 dente de alho amassado • Meia xícara (chá) de peito de frango cozido e desfiado • 1 pacote de Maggi sopa de galinha com arroz • 2 colheres (sopa) de salsa picada Preparo: Em um liquidificador, bata o milho com metade do Leite Molico. Coe e misture o
restante do leite ao suco coado. Aqueça o azeite em uma panela e doure a cebola e o alho. Despeje o frango, a mistura de milho e leite e cozinhe por cerca de 10 minutos. Adicione o conteúdo do envelope de Sopa Maggi e 2 xícaras (chá) de água. Mexa até ferver e cozinhe por cerca de 10 minutos. Polvilhe a salsa e sirva a seguir. Dica: Se desejar, você pode substituir a meia lata de milho em conserva por uma espiga de milho-verde.
Fonte: Cozinha Nestlé/Peter Michel
de carne
Ingredientes: • Meio quilo de coxão mole em cubos pequenos • 4 colheres (sopa) de Caldo Líquido Maggi Carne • 1 colher (sopa) de farinha de trigo • 1 colher (sopa) de óleo • 5 tomates maduros picados, sem pele e sem sementes • 2 batatas em cubos pequenos • 2 cenouras em cubos pequenos Preparo: Em um recipiente, coloque a carne, o Caldo Líquido Maggi e a farinha de trigo. Misture bem até ficar homogêneo. Cubra com filme plástico e leve à geladeira, por cerca de 20 minutos, para tomar gosto. Em uma panela, aqueça o óleo e doure a carne. Adicione os tomates e 1 e meia xícara (chá) de água fervente. Cozinhe, com a panela tampada, em fogo médio, por cerca de 20 minutos, mexendo sempre. Junte as batatas e as cenouras e cozinhe por cerca de 20 minutos ou até que estejam macias. Sirva. Rendimento: 4 porções
Rendimento: 4 porções
ReCeItaS
bebIDa QUente
de leite moça e banana
em formato mini Ingredientes: Massa • 3 tabletes de fermento biológico (45g) • 1 xícara (chá) de Leite Líquido Ninho Integral morno • Meia xícara (chá) de açúcar • 1 xícara (chá) de manteiga (cerca de 200g) • 3 gemas • 1 pitada de sal • 5 xícaras (chá) de farinha de trigo Recheio: • 1 lata de Leite Moça • 1 medida (lata) de Leite Líquido Ninho Integral • 1 colher (sopa) de amido de milho • 1 gema • 1 caixinha de Creme de Leite Nestlé • Meia xícara (chá) de açúcar • 1 colher (chá) de canela em pó
Preparo: Massa - em um recipiente, dissolva o fermento no Leite Ninho e misture bem o açúcar, a manteiga, as gemas e o sal. Junte a farinha de trigo, aos poucos, mexendo até obter uma massa lisa que solte das mãos. Modele os sonhos e disponha-os em assadeiras. Deixe crescer por cerca de uma hora ou até dobrar de volume. Leve ao forno médio (180OC), preaquecido por cerca de 30 minutos, até dourar. Recheio - em uma panela, misture o Leite Moça com o Leite Ninho, o amido de milho e a gema. Leve ao fogo baixo, mexendo sempre, por cerca de 10 minutos, até obter um creme. Retire do fogo, misture o Creme de Leite Nestlé e deixe esfriar. Recheie os sonhos, já mornos, com o creme. Polvilhe o açúcar misturado com a canela em pó e sirva. Rendimento: 60 unidades (20g cada)
Preparo: Em uma panela, coloque as bananas e a canela e deixe em fogo baixo, mexendo de vez em quando, até a banana amolecer. Retire do fogo e transfira para um liquidificador, junte o Leite Moça e o Leite Ninho e bata até que esteja homogêneo. Volte para a panela e aqueça até iniciar fervura. Sirva a seguir. Dica: se desejar, polvilhe canela em pó, a gosto, no momento de servir. Rendimento: 12 porções
Fonte: Cozinha Nestlé/Sheila Oliveira
SOnHO aSSaDO
Fonte: Cozinha Nestlé/Sheila Oliveira
Ingredientes: • 2 bananas nanicas maduras cortadas em rodelas • 1 colher (chá) de canela em pó • 1 lata de Leite Moça • 6 xícaras (chá) de Leite Líquido Ninho Integral
COtIDIanO
O valOR De UMa
ReCORDaçãO Empresários de diferentes áreas “resgatam” antiguidades e criam
Foto: Fernanda Fee Bubblegum
novo segmento comercial
Comum até a década de 1990, aparelho telefônico com teclado de disco é uma das atrações do acervo da “fanpage” “Coisa Velha”
Em escala crescente, a inovação transforma o útil em ultrapassado e obsoleto, fazendo com que pessoas se apeguem cada vez menos a objetos e conteúdos que as cercam. O que é descartado pelo mercado tende a desaparecer logo, a menos que seja “resgatado” pelos nostálgicos, segmento que ganha cada vez mais visibilidade e começa a despontar como ramo comercial. A lógica que fortalece os nostálgicos é justamente a escala crescente das inovações na atualidade. Recuperando itens do passado, é possível chamar a atenção de um perfil de usuário que utilizou um mesmo produto por muito tempo. Para estes, um objeto em desuso pode estar carregado de recordações, o que amplia o apego e abre espaço para o “comércio de recordações”. “O envelhecimento das ‘coisas’ está se tornando mais rápido, sem muito apego. Nos últimos dez anos, tivemos quatro modelos de Playstation. Na década de 1980, tivemos só o Atari e, nos anos 90, o Super Nintendo e o Mega Drive”, comenta o publicitário Marcel Agarie, idealizador da “fanpage” “Coisa Velha”, na rede social Facebook. Criada em 2012, a “Coisa Velha” vem registrando altos números de acesso, chegando a ter 12 milhões de visualizações em uma semana. Com crescimento médio de 400 novos seguidores por dia, a página já acumula 388 mil internautas vinculados. A “fanpage” reúne imagens, objetos, games, filmes, seriados, desenhos
animados e qualquer “coisa velha” que remeta às décadas de 1960 a 1990. A postagem com maior repercussão foi do seriado “Jeannie é um Gênio”, com 15 mil compartilhamentos, 93 mil “curtidas” e 28 mil comentários. Uma única fotografia, de um pote utilizado para armazenar filmes fotográficos, resultou em 3.918.144 visualizações. A ideia da “fanpage” surgiu quando o publicitário passou por cirurgia no pé. No período de repouso, para passar o tempo, montou uma página com imagens de objetos que fizeram parte da infância dele. “Inicialmente, o objetivo era compartilhar as imagens com amigos. Mas a Coisa Velha cresceu e chegou a pessoas de toda a rede”, relata o publicitário. Com o crescimento, ele passou a comercializar espaços publicitários na página. As campanhas já incluíram uma grande montadora de automóveis. Para Agaire, o tema nostálgico é atraente porque as pessoas sentem dificuldade em encontrar elementos que remetam a bons momentos do passado, principalmente por conta das cada vez mais constantes mudanças de hábitos. “Pessoas que viveram as décadas de 1960 e 1970 puderam repassar suas brincadeiras favoritas para os filhos nascidos nas décadas de 1980 e 1990. Ver o filho fazendo as mesmas coisas que você fazia era uma forma de suprir essa necessidade nostálgica. O sentimento inverso acontece quando as pessoas veem que esses joguinhos antigos estão desaparecendo”, afirma o publicitário. A prova de que as “coisas” estão se tornando “velhas” com uma velocidade cada vez maior está em algumas brincadeiras que já começaram a surgir na “fanpage”. Segundo Agarie, itens como Orkut já são candidatos a “coisas velhas” nos próximos anos. Por conta dessa possibilidade, ele estabeleceu alguns critérios. Por enquanto, aceita apenas itens que remetam até ao ano 2000. O objetivo é criar a sensação de nostalgia e, por isto, há conceitos diferentes para “coisas velhas” e objetos realmente antigos.
Foto: Giorge de Santi
COTIDIANO
Vitrola restaurada pelo “Barão das Relíquias” é disponibilizada para decoração de estabelecimentos
“Às vezes, recebo objetos que foram da época de dom Pedro II. Sim, é uma peça rara, um objeto velho, mas que não traz nenhum sentimento nostálgico para os nossos seguidores, pois ninguém conviveu com esse objeto”.
Mais velho Se não se enquadra no perfil da Coisa Velha, uma peça histórica da época de dom Pedro II, certamente chamaria a atenção de Marcos Paulo Silva Gomes, o “Barão das Relíquias”, comerciante e locador de peças antigas com mais de 15 anos de atuação em Tatuí. “Tenho alguns móveis e objetos da época do Império, que apenas os barões tinham condições de comprar. Eles mandavam trazer muita coisa interessante da Europa e, hoje, isso chama muito a atenção das pessoas”, comenta Gomes. Os itens selecionados e adquiridos geralmente precisam ser submetidos a um processo de restauro, também a cargo de Gomes. Em seguida, as peças são encaminhadas para venda ou locação. O aluguel é voltado a comerciantes, principalmente, de roupas, calçados e acessórios. “Tem antiguidades que são colocadas nas vitrines, junto aos produtos, para atrair o público. Alguns clientes entram na loja só por causa
dessa curiosidade”. Já no caso das peças encaminhadas à venda, Gomes vale-se do recurso da nostalgia. Ele afirma que ocorrem muitas situações em que as pessoas reencontram itens comuns na infância e acabam fazendo a compra. “A pessoa vem para conhecer a coleção e encontra um relógio ou rádio igual ao que o avô tinha. Assim, relembrando os familiares e a época de infância, são atingidos em cheio pela vontade de comprar”, afirma. Experiente em analisar e recuperar peças centenárias, Gomes entende que há contraste entre mercadorias da atualidade e do passado. As de hoje, segundo ele, nem sempre duram dois anos. “Antigamente, uma empresa fabricava 200 ou 300 peças em toda a sua existência, mas eram artigos feitos para durar. Hoje, são dezenas de milhares, mas não duram por muito tempo”, compara. De acordo com Gomes, o mercado de antiguidades encontra-se aquecido porque os consumidores começaram a perceber o valor dos produtos do passado. No entanto, ele não tem certeza sobre o futuro da própria atividade. “Não sei se, no futuro, alguém vai se interessar pelos produtos que são fabricados atualmente”.
DECORAÇÃO
LUZ NA DECORAÇÃO
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As luminárias são elementos que deixam os ambientes mais charmosos. O design escolhido pode tanto deixar a casa mais requintada, quanto mais divertida. Existem propostas para todos os gostos, pesquise e encontre a que mais combina com você!
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1. Luminária Anos 60, da Teo. Por R$1.800,00, www.lojateo.com.br 2. Cogumelo, da Imaginarium. Por R$ 119,90 3. Abajur Petit Lyon, de tecido laminado, da Art Maison. Por R$ 680,00 4. Vaso de Flores, da Imaginarium. Por R$ 89,90 5. Sorvete, da Imaginarium. Por R$ 89,90, www.imaginarium.com.br 6. Amanita de rattan natural, da Benedixt. Por R$ 3.765,00, www.benedixt.com.br 7. Árvore Flor de Luz, da Imaginarium. Por R$ 196,90 8. Anel Preto, da Art Maison. Por R$ 1050,00, www.artmaison.com.br
CaSa
O SOnO DOS
DeUSeS
Saiba como escolher o colchão ideal para ter um repouso reparador Diversos fatores, que causam reflexos em nosso bem-estar, estão diretamente relacionados a uma boa noite de sono, por isso a necessidade de darmos a devida atenção ao tempo e à forma como dormimos. Há estimativas que mostram que uma pessoa de 71 anos, por exemplo, passou pelo menos 23 anos dormindo. Porém, dormir muito nem sempre significa sono de qualidade. Um colchão vencido ou inadequado para o tipo físico pode transformar benefícios em malefícios. Portanto, cuidar para que a escolha do colchão seja feita da melhor maneira é ideal para evitar noites mal dormidas, dores no corpo, problemas de coluna e,
consequentemente, viver melhor! Questionado sobre quais aspectos levar em consideração no momento da compra, Saulo Araújo, especialista em colchões, indica que alguns pontos são fundamentais. “No caso de adquirir um produto de espuma, é preciso avaliar o peso e altura da pessoa e consultar a tabela de densidade. Para as outras opções, costumo dizer que gosto é uma questão individual, por isso, a preferência de conforto também é importante. Garantia e produto de qualidade são exigências indispensáveis, além de tratamento hipoalergênico nas espumas”, explica o especialista.
COlCHãO nãO É HeRança Os colchões têm prazo de validade. Cada modelo determina seu prazo de vencimento de acordo com as especificações apresentadas. Vencido, seu uso pode provocar riscos à saúde. No decorrer dos anos, umidade, calor, suor e descamação natural da pele contribuem para a proliferação de ácaros e fungos.
CaSa
GaRanta a
DURabIlIDaDe
DO COlCHãO • Ele não deve ser dobrado em nenhuma circunstância. • Evite que as crianças brinquem de pular sobre ele. • Proteja-o com um protetor apropriado. • Não o apoie em base inadequada ou em mau estado. • Não o utilize com embalagem plástica, nem permita que ela fique entre o estrado e o colchão. • Não apoie objetos pesados, elétricos (ferro, chapinha) ou pontiagudos sobre sua superfície. • Sempre que possível, gire-o horizontalmente, invertendo o lado dos pés e da cabeça.
dade, fornecida pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), que relaciona altura e peso dos futuros usuários. “Mas também é importante ressaltar que a decisão deve levar em consideração o gosto da pessoa. Alguém que prefira um colchão mais duro pode escolher uma densidade maior que a indicada pela tabela, por exemplo.” A troca dos colchões de espuma deve ser feita em um tempo máximo de três anos, devido ao acúmulo de micro-organismos no interior do produto.
Ortopédicos Ideais para quem prefere alternativas mais firmes, os ortopédicos apresentam uma tábua de madeira por dentro e uma camada de espuma por fora, ficando menos mole. São indicados para pacientes que apresentam algum problema na coluna, como hérnia de disco, por exemplo.
látex Feito com o material extraído da seringueira, esta é uma alternativa paralela à mola e à espuma. Famoso por repelir poeira e ácaros e ser ecologicamente correto, sua característica promove firmeza e também não deforma. Porém, é recomendado que as pessoas alérgicas ao látex fiquem longe desta opção.
Magnéticos Com pequenos ímãs (magnetos) na parte interna, promete ter funções terapêuticas. Porém, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o produto só pode ser divulgado como tendo propriedades terapêuticas se o fabricante comprovar suas características através de pesquisas, relatórios, laudos técnicos, entre outros.
naSa Mola e espuma Existem dois tipos principais de colchões: os de mola e os de espuma. Os de mola compõem estrutura interna formada por molas de aço, que podem ser ensacadas individualmente (pocket) ou interligadas (bonnel). A diferença é que, no modelo pocket, o movimento fica restrito às peças acionadas na região exata, sendo indicado para casais cujos pesos diferem em mais de 30 quilos. Já os de espuma, possuem menor flexibilidade e maior limitação quanto ao peso aplicado. Para esse tipo, há uma tabela indicativa de densi-
Molas
Estes são compostos por espuma viscoelástica, conhecida como a espuma da Nasa, pois foi desenvolvida pela agência espacial americana. O material foi criado com o objetivo de absorver o impacto do lançamento das naves e também promover conforto no espaço. Sua espuma, com construção celular diferente, não exerce pressão contrária. Sua capacidade de adaptação se torna uma excelente opção para casais com grande diferença de peso. Outra vantagem: quando a pressão é retirada, ou seja, após a pessoa se levantar, a espuma volta ao normal, sem manter o formato do corpo e, consequentemente, sem deformar.
Espuma
DURMa COM alOe veRa Uma novidade envolvendo a rainha das plantas medicinais está fazendo sucesso. Trata-se de um tratamento que utiliza aloe vera no tecido dos colchões, proporcionando melhoras de higiene e saúde. O gel da planta, rico em enzimas, minerais, aminoácidos e vitaminas, tem papel anti-inflamatório, antisséptico, refrescante e regenerador do tecido celular.
tURISMO naCIOnal
PetRÓPOlIS Sem dúvidas, Petrópolis é uma das principais atrações turísticas do Estado do Rio de Janeiro. Localizada a apenas uma hora da capital fluminense, a cidade imperial e republicana permite um agradável passeio pela história do Brasil. Os visitantes contemplaram-na de diferentes maneiras. A arquitetura neoclássica do Museu Imperial, o neogótico da Catedral
São Pedro de Alcântara e a estrutura detalhada do Palácio de Cristal dão show de cenários e embutem a rica história do país. O contato com a natureza fica por conta dos Parques Municipal e Nacional onde é possível realizar caminhadas, nadar sob cachoeiras e praticar esportes. A gastronomia também atrai, porém, no caminho da cidade está situada Itaipava,
que carrega a reputação de centro gastronômico, por concentrar alguns dos melhores restaurantes do estado. Uma esticadinha no roteiro que vale a pena para os amantes da boa comida. Petrópolis é um destino capaz de muitas conquistas: a baixa temperatura, as belezas naturais e os cenários históricos enriquecem seus visitantes.
Canela O clima subtropical, com média anual de 18°C, faz de Canela um destino ideal para quem busca um tour aconchegante. Situada em plena Serra Gaúcha, a apenas 120 quilômetros de Porto Alegre e 850 metros acima do mar, a bela exerce grande fascínio sobre os visitantes, tornando-se uma das cidades mais importantes no contexto turístico da Região das Hortênsias. No local é possível encontrar muitas opções de passeios e ecoturismo. Parques atrativos, beleza natural, mata nativa e ar puro são algumas das atrações responsáveis pela paz, diversão e lazer sugeridas. A Catedral de Pedra, o Alpen Park e a Praça João Corrêa compõem cenários que não podem faltar no leque de programação dos visitantes. A gastronomia também conquista. Com pratos que contemplam várias culturas, destacam-se o tradicional churrasco, o romântico fondue e o doce de chocolate caseiro. As festividades ficam por conta dos eventos culturais que ocorrem durante o ano. Comércio diversificado com malhas, artesanato, couro e grifes concentram grande parte da programação nas férias. Belezas naturais, atendimento de qualidade e estruturas aconchegantes chamam a atenção de seus visitantes. Friozinho e natureza privilegiada são destaques que tornam a viagem inesquecível, comprove!
turismo internacional
lisboa São poucos os lugares que agregam tamanha beleza e personalidade. A capital lusitana, construída às margens do rio Tejo, não é apenas o celeiro das grandes navegações, mas um misto de cultura, história e muito entretenimento. O fado, música de tom melancólico e grande poesia, enfeita as tavernas na companhia do tradicional vinho verde. A boa culinária é um deleite à parte para os visitantes que podem saboreá-la a qualquer hora, seja numa antiga padaria, na fábrica de pastéis de Belém ou num requintado bistrô. Bairros como Alfama, Chiado, Baixa Pombalina e Bairro Alto são contornados por edifícios históricos, bondes antigos e praças centenárias. As caminhadas contemplativas passam por vielas, mirantes e monumentos dedicados a antigos reis. Mas a capital, que abriga cerca de 600 mil habitantes, não é composta apenas de tradições! Desde a Expo 98, boa parte da cidade foi modernizada e o movimento deu origem ao espetacular Parque das Nações, que se destaca como um dos principais polos de arquitetura de vanguarda e arte moderna da Europa. Visitar edifícios e centros culturais e atravessar noites em bares e discotecas, que funcionam até o nascer do dia, são detalhes que fazem deste destino um encantador paradoxo de sensações.
ushuaia Intitulada como “Fim do Mundo”, Ushuaia recebeu o apelido por ser a cidade mais ao sul (austral) do planeta que se pode chegar por estradas. Mais bonita do que se possa imaginar, a pequena cidade, com pouco mais de 20 mil habitantes, está situada na Terra do Fogo, no extremo sul da Argentina. A apenas 700 quilômetros da Península Antártica, ela permite cenários cinematográficos,
cercados de altas montanhas coroadas de neve, lagos e bosques nativos. O destino paisagístico espetacular permite percorrer e descobrir lugares únicos. Navegar no Canal de Beagle, visitar o Farol do Fim do Mundo, percorrer o Parque Nacional mais austral da Terra são atrativos que conquistam aventureiros do mundo inteiro. As opções de lazer são variadas, possíveis
em qualquer época do ano: canoísmo, trekking, pesca, ciclismo, visitação de estâncias e observação de flora e fauna são algumas das alternativas. Outra grande vantagem para os visitantes é a estrutura hoteleira de nível internacional da cidade. A elogiada gastronomia, famosa por delícias como a centolla, a merluza negra e o cordeiro patagônico, promete muitos apaixonados.
MOtOR
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Foto: Macau500
Foto: marcelometal
Conheça dez aplicativos gratuitos capazes de facilitar a vida de qualquer motorista!
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1 Crianças e Diversão
Cadê o carro?
Prevenção contra enchente
O “Backseat Driver Toyota” é um aplicativo desenvolvido para Iphone. Ele tem a função de distrair as crianças entediadas durante a viagem. Através de um dispositivo, permite controlar o celular como se fosse o volante do veículo, na mesma rota do carro, seguindo informações via GPS.
Excelente para quem se esquece onde estacionou! O “Take Me To My Car” traz um sistema que funciona como navegador e leva o motorista até o seu veículo. Para que isso aconteça, ao estacionar deve-se apenas apertar um botão para marcar a localização do carro.
O “Alaga São Paulo” é uma ferramenta de auxílio para quem mora ou está na capital e não quer ser pego desprevenido em um local alagado. Ele monitora 34 pontos de São Paulo e alerta os locais que devem ser desviados.
2 Para batidas O “iWrecked” auxilia os motoristas que se envolvem em algum acidente de trânsito (sem vítimas). Através de um formulário oferecido pelo sistema, o condutor pode anotar as informações necessárias (danos no carro, nome, documento, placa, inserir fotos) para gerar um relatório em formato PDF.
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Performance
O “Dynolicious” mostra o desempenho do seu carro. O aplicativo calcula quanto tempo o veículo leva de 0 a 100 km/h, cavalos de potência, força G e também permite comparar o resultado com o de outros modelos.
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antes de viajar
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O “Olho na estrada” é um aplicativo que permite visualizar, por meio das câmeras, o trânsito em tempo real na maioria das estradas. Nele estão cadastradas rodovias dos estados de São Paulo, Espírito Santo e Paraná. Dentre elas: Anchieta, Imigrantes, Anhanguera, Bandeirantes, Raposo Tavares e Tamoios.
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Por meio do “BrasilFLEX 2.0” é possível saber qual combustível está mais em conta para abastecer. O aplicativo também mostra informações sobre manutenção, o consumo médio e todos os gastos com o veículo.
encontre-se!
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ajudinha extra O “SOS Motors” é um sistema útil que localiza as oficinas e serviços de auxílio mais próximos, ideal para quando o motorista está em um local desconhecido e o carro quebra. O aplicativo funciona com rede 3G e GPS.
álcool ou gasolina?
“O Google Maps” funciona como navegador e sua versão atualizada indica caminhos alternativos, o trânsito atual da via e o tempo de duração da rota até o destino.
fuja do radar O “Radar Droid Lide” é um aplicativo que ajuda motoristas distraídos a escaparem de multas. 10 Nele o sistema avisa, através de sinal sonoro, os locais onde estão posicionados os radares e qual o limite de velocidade da via em que ele se encontra.
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SeGURança SObRe DUaS
RODaS tRanSPORte
O Pet COM PROteçãO Bichos de estimação fazem parte da família e, portanto, participam de vários passeios com seus donos. Mas é preciso tomar cuidado ao transportá-los no veículo. O Código Nacional de Trânsito proíbe o motorista de levar animais à sua esquerda, no colo ou em partes externas do carro. E viajar com a cabeça para fora pode causar problemas de saúde, pois o vento predispõe o bicho a otites, conjuntivites e infecções respiratórias. Veja algumas opções que podem ser adotadas: • Cinta: com uma fivela acoplada ao cinto de segurança do carro, acompanha uma guia que prende o bicho pelo peito. A cinta ocupa pouco espaço e o pet não fica confinado. Barata, é usada até para cães de grande porte; • Caixa de contenção: acompanha trava de segurança, alça para transporte e grades internas para separar o bicho do assoalho, evitando que ele se molhe ao urinar. A caixa ocupa muito espaço e não é indicada para animais grandes; • Bolsa de tecido: a bolsa tem dupla função: basta abrir o zíper e dobrar a aba para dentro que ela vira uma casinha. Por ser difícil de limpar, é pouco indicada para levar os animais que enjoam. Ideal para gatos e espaços menores; • Cadeirinha: parecida com um cercadinho de lona, é prendida a um suporte semelhante aos das cadeiras de bebês. Indicada para cães de pequeno e médio portes, que pesem até 12 quilos.
Obrigatório pelo Código de Trânsito Brasileiro, o capacete se tornou um item de segurança indispensável, mas a questão é: o que levar em consideração no momento da compra? Primeiramente é ideal buscar lojas especializadas e produtos que tenham o selo do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Portanto, evite ao máximo comprar capacetes importados com preços muito baixos, pois certamente não possuem um controle de qualidade rígido. Outro cuidado é em relação ao tamanho. O ideal é que, a princípio, ele fique levemente apertado, mas sem exagero, pois após algum tempo de uso o material interno tende a se alargar. Dica: para saber a medida correta, utilize uma fita métrica e meça a circunferência que sai acima da nuca, passa pela testa e volta para parte de trás da cabeça. Após encontrar a medida, as especializadas saberão como instruir o tamanho indicado. Viseiras ou óculos de proteção também devem ser levados em consideração, pois são responsáveis por evitar que detritos como insetos, areia, chuva entre outros corpos estranhos machuquem os olhos e o rosto dos motociclistas.
aRtIGO
MeU PaI GRanDe,
InDa Me leMbRO QUe SaUDaDe De vOCÊ
HenRIQUe aUtRan DOURaDO Diretor-executivo do Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos”, de Tatuí
dizendo: ‘eu já criei seu pai, hoje vou criar você’ Meu pai volta e meia repetia uma frase do escritor Mark Twain, coisa que fixei na memória e do mesmo jeito vou repicar: “Quando pequeno, lembrava-me de tudo: do que havia e do que nunca havia acontecido. Hoje, infelizmente, só me lembro do que realmente acontecera”. Pode ser, mas as coisas que realmente aconteceram, a mim parece terem sido gravadas pelos meus ouvidos e olhos de outrora, e não pelos olhos e ouvidos de hoje. Melhor assim: a bruma da memória é pura poesia da alma sobre o real. Do pai de meu pai, meu avô, lembro-me muito pouco; foi-se cedo, e a lembrança que resta é a da janela de seu apartamento, de onde eu jogava aviõezinhos de papel, a cadeira do tipo “lazy boy”, onde ele se sentava, e um enorme papagaio no poleiro, de onde o bicho gritava: “Ministro”! Minha percepção do mundo, da vida, da nossa família e dele mesmo, meu pai, era um pouco distante das agruras por que ele deve ter passado, desde os relatos de quando – ah, desculpem-me, ele é o escritor Autran Dourado, permitam-me apresentá-lo – chegou a vender cortinas, máquinas de escrever, se não me engano (aqui, Mark Twain de novo me concede a inexatidão da prosa, então às favas o rigor científico acadêmico), e se não me engano, como já dizia, as imagens remanescentes estão no álbum de minha memória. Bem jovem, meu
pai apresentou-se ao Serviço Militar, e, segundo seus relatos, foi encaminhado à faxina; mais precisamente, à limpeza de sanitários, em uma divisão não muito benquista de nossas Forças Armadas em Minas Gerais. Um dia, formado junto ao pelotão, ouviu o capitão gritar: “Alguém aqui sabe aplicar injeção?” Como ninguém se adiantava, rapidamente meu pai levantou a mão e logo foi promovido da limpeza dos banheiros sujos para a assepsia da vacinação – prática que, é claro, aprendeu com a experiência, ali mesmo, desde o primeiro furo, que fazia com a delicadeza de quem joga um dardo no alvo. Cada acerto, um ponto no jogo, devia pensar. Anos depois, essa técnica foi de grande valia em casa, toda vez que precisava aplicar alguma coisa no músculo de alguém. Do estojo de aço inox, devidamente fervido na panela, era dali que retirava a terrível injeção; com todo o respeito ao Mark Twain, não me lembro de mim mesmo na cena de vítima da agulha, portanto não deve ter acontecido. Porém, com certeza, a obesa e nigérrima dona Efigênia, que serviu à família durante muitos anos, foi vítima. Se guardei essa imagem, foi talvez porque tivesse ficado impressionado com uma gravura de Ifigênia, Santa católica da Etiópia, que tinha visto em um livro. Alguns anos depois,
até esculpi em um pedaço de parafina a imagem da negra Santa, e a pintei, com o devido preto, o rosto e as mãos, deixando o colorido aos paramentos. “Inda tenho muita vida pra viver... Meu pai grande, quem dera eu ter sua raça pra contar a história dos guerreiros, trazidos lá do longe, sem sua paz.” Mais tarde, revelaram-se tempos passados que só fariam sentido depois de adquirirmos idade e certo amadurecimento. Jovem, mas desde sempre leitor inveterado e escritor que já havia publicado aos 19 anos, meu pai ingressou em um curso de taquigrafia – a espanhola, gabava-se ele, mais rápida e eficiente -, o que logo lhe abriu uma posição de taquígrafo oficial na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Na Casa de Leis, resumiu, em hieroglíficos garranchos, as falas de deputados, entre eles Luís Carlos Prestes, “o Cavaleiro da Esperança”, durante o tempo em que o Partidão esteve na legalidade. As portas se abriram de vez para meu pai (aos tenros 29 anos), que foi para o Palácio do Catete com Juscelino Kubitschek, mas a sombra do PCB o perseguiu de longe, mesmo depois de rompido com o comitê, por lhe tolherem a liberdade de escrever (Stalin havia imposto um período de ampla censura, crítica e autocrítica que foram reproduzi-
aRtIGO dos nos PCs do mundo inteiro). Em 1955, então, JK assumiu a presidência, levando meu pai na garupa, entre seus guerreiros, e com ele minha mãe e três filhos, a tiracolo. O último dos quatro filhos nasceu carioca, mas o sotaque na mesa de jantar era mineiro mesmo. “De minha saudade vem você contar... de onde eu vim, é bom lembrar, todo homem de verdade era forte e sem maldade... podia amar, podia ver, todo filho seu seguindo os passos e um cantinho pra morrer.”
“Pra onde eu vim, não vou chorar, já não quero ir mais embora, minha gente é essa agora.” Retomo meu lugar, aqui pra onde eu vim, Tatuí, Médio Tietê, tentando sempre espelhar meu exemplo paterno em meus filhos. Não, educar é muito mais do que simples discursos, punições, perdões: nada disso, é a presença da imagem que os filhos conseguem no pai no dia a dia. Ao mostrar essa imagem para meus filhos, geralmente não o faço com palavras que podem facilmente fazer-me cair em contradição: meus pecadilhos visíveis podem não ter ressonância perfeita em alguma palavra dita de mau jeito. Prefiro ser o espelho que reflete a luz, é o que tento, e penso ter logrado bom êxito até aqui exatamente por apenas deixá-los ver que, mais do que ser honesto consigo e com o mundo, é preciso correção em tudo na vida, e aprender com a mulher de César: “Não basta ser honesta, ela tem que parecer honesta”. A capacidade intelectual ou profissional do pai, seja ele empreendedor, operário ou artesão, não pode ser aquela
da vaidade juvenil ou da demonstração de força. Ele tem de ser a janela por onde os filhos vislumbrem o caminho da luta pelo destino, para se chegar lá, até onde é possível cada um chegar – sem nunca, nunca, abrir mão de ser um cidadão comum. Com todas as glórias e prêmios, toda experiência e saber, meu pai não trocava por nada a tranquilidade de ler Machado de Assis dezenas de vezes, ou um dos milhares de livros espalhados pela casa, sentado na cadeira de balanço e entregando-se cada vez mais a uma vida contemplativa, quase franciscana, nos horários de descanso – e, depois de aposentado, isolando-se de forma cada vez mais introspectiva. Dali, no balanço da cadeira, cavalgava os sonhos de Dom Quixote, divagava nos segredos da Madame Bovary ou compartilhava as dúvidas de Bentinho sobre a dissimulação oblíqua dos olhos da Capitu. Como filho e como pai, encerro esses rasgos de minha memória mais antiga, que cuidei de entremear nessa letra linda da música do Milton Nascimento: “Pai Grande”. (Por mim distribuída entre aspas aqui e ali, tendo como endereço alguém que não sei onde quer que esteja. Apenas sei que há quase um ano está vivo de um jeito diferente de nós). “Se estou aqui, eu trouxe de lá um amor tão longe de mentiras, quero a quem quiser me amar.”
Caricatura: Bruno Venâncio
Depois do período que terminou em 1960 e culminou com a fundação de Brasília, meu pai deixou JK, certamente porque a vida de secretário de imprensa da Presidência já lhe tinha causado estresse, insônia e danos à saúde. (Lembro-me de um médico com um aparelho de ECG em casa, meu pai deitado, não me dei muita conta, mas seguramente não poderia lá ser coisa muito boa. Quando pequenos, somos imortais, e sendo assim não muito suscetíveis ao medo da morte, que é uma doença que creio ser privativa de adultos). Armava-se o início da campanha para JK voltar a Brasília em 1965, mas meu pai já havia se excluído do convívio com políticos. E um ano antes da campanha de JK, veio o golpe militar, de início aparentemente não muito violento (claro, tirando a censura, os tanques nas ruas, o medo, as prisões, essas coisas...). Ao golpe seguiram-se Atos Institucionais: o nº 1, o nº 2... e, a cada nova edição, mais endurecimento até a degola final, do que se chama direitos e garantias individuais (o de nº 5 trouxe o período de trevas, da violência institucionalizada e das instituições cerceadas ou paralisadas). Sem que tivesse antevisto o perigo, meu pai havia se emancipado da política anos antes e saiu ileso do golpe. Melhor: parecia. Já morando em Botafogo, no Rio (antes estávamos no Jardim Botânico, no terceiro andar de um predinho sem elevador), recebeu um aviso da portaria de que havia um senhor esperando, era da polícia. Claro que meu pai foi tremendo, e ali mesmo,
andando pela calçada, os dois travaram um diálogo meio surreal. Disse o sujeito: lembra-se de quando eu lhe implorei um emprego para minha filha, era um caso urgente, e isso foi quando o senhor estava no governo? Meu pai ainda acenou que não se lembrava muito bem. O sujeito continuou, dizendo que não fazia mal, só queria retribuir. A filha do policial continuava até então trabalhando no hoje extinto Iapetec; mas a missão dele ali, o agente, era mesmo a prisão de meu pai. Contudo, em gratidão, disse que voltaria ao chefe de mãos vazias, inventando uma história (e a partir daí não sei mais como tudo terminou). Amigos, parentes, artistas conhecidos, políticos, a turma de JK... muitos foram presos, e aquela ironia do destino salvou meu pai da cadeia ou pior. Mas não das sequelas.
bRIGaDeIRO À bRaSIleIRa Não existe comemoração completa sem um delicioso brigadeiro, certo? Mas o que poucos sabem, é que o doce é típico da culinária brasileira. Uma história popularizada afirma que o nome foi uma homenagem ao brigadeiro Eduardo Gomes. Pois, nos anos de 1945 e 1950, o militar se candidatou à presidência da República e a guloseima teria sido criada durante a sua primeira campanha. De acordo com a história, a criação tanto agradou que, em uma das festas de campanha, foi usada para arrecadar fundos. Há também outras versões similares: uma diz que mulheres engajadas na candidatura de Gomes vendiam “negrinhos” para custear os gastos; outra conta que Heloísa Nabuco, de tradicional família carioca que apoiava o brigadeiro, criou e denominou o doce com a patente do candidato preferido. Apesar do apoio, a eleição foi vencida pelo candidato oposto, Eurico Gaspar Dutra, mas – verdade seja dita – a criação já valeu como conquista, afinal, tem coisa melhor do que brigadeiro?
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KanI KaMa
Foto: Natto
alManaQUe
Quem aprecia o kani kama já deve ter se perguntado por que nunca viu essa espécie em nenhum documentário de TV. Não viu e nunca vai ver, pois o alimento não é uma espécie de animal marinho, mas uma carne de peixe processada, que se transforma em massa após a industrialização. O “kani” apresenta sabor semelhante ao siri e faz sucesso no Brasil. O país consome cerca de duas mil toneladas do alimento por ano!
CHOCOlate CaCHORROS Quem tem cachorros deve ficar atento, o cacau apresenta um composto químico chamado teobromina, semelhante à cafeína, que é extremamente tóxico aos cães quando ingerido em determinada quantidade - 100 a 150 ml por quilo do animal. Portanto, neste caso, é melhor deixar o bichinho com vontade.
ELES CRESCEM SEM PARAR Você sabia que nariz e orelhas nunca param de crescer? Exatamente, o tecido cartilaginoso de ambos não deixa de crescer nem mesmo quando o indivíduo torna-se adulto. Isso explica porque o nariz e orelhas de um idoso são maiores do que quando era jovem. Para contribuir ainda mais com a discrepância, a face encolhe ao envelhecer, pois os músculos da mastigação se atrofiam com a perda dos dentes.
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CafÉ IDeal “Coffee lovers” fiquem atentos à novidade: o café não deve ser preparado com água fervente! Apesar de ser, geralmente, feito desse modo, estudos químicos provaram que a maneira está errada. A temperatura ideal para a infusão de café é de 95 a 98oC, ou seja, alguns instantes antes da fervura. A descoberta indica que água fria não extrai óleos essenciais e cafeína suficiente dos grãos, porém, a água fervente provoca um elevado aumento do índice de acidez da bebida, prejudicando seu sabor.
DITO POPULAR Quando alguém faz um trabalho incompleto, mal executado, é natural dizermos “foi feito nas coxas”, não é mesmo? Mas de onde surgiu essa relação, você sabe dizer? Estudos apontam para a cidade de Porto Seguro, Bahia, local do descobrimento do Brasil. Na época, os colonizadores obrigavam escravos a utilizar as próprias coxas para moldar telhas. Devido à anatomia humana, o trabalho final ficava bastante irregular. Por este motivo, hoje, quando um trabalho está malfeito diz-se que “foi feito nas coxas”.
CalORIaS
neGatIvaS Sim, existem alimentos com calorias negativas, que, em vez de fornecer, retiram calorias do organismo. A inversão ocorre porque eles exigem mais trabalho do corpo e, consequentemente, maior gasto calórico. Além de reduzirem a contagem calórica, também são ricos em fibras que saciam e aceleram o trânsito intestinal. Outro fator que acumula benefícios é o de fornecerem maior aporte de vitaminas e minerais, ideais para manutenção do equilíbrio metabólico. Saiba quem são estes aliados! Frutas: ameixa, amora, abacaxi, framboesa, goiaba, jabuticaba, limão, laranja, maçã, manga, melancia, melão, morango, nectarina, pêssego e tangerina. Outros vegetais: abobrinha, agrião, alface, aspargo, beterraba, berinjela, brócolis, cebola, cenoura, chicória, couve, couve-flor, espinafre, feijão verde, nabo, pepino, pimenta-vermelha, pimentão, quiabo, repolho, salsão, tomate e vagem.
ROManCe
e MUlHeR É comum ouvirmos dizer que “romance é coisa de mulher”, mas o que poucos sabem é que esta afirmação faz mais sentido do que se imagina. Isso porque o primeiro romance do mundo foi escrito por uma mulher. Em 1007, Murasaki Shikibu, uma japonesa da classe nobre, escreveu o livro “A história de Genji”, retratando um príncipe em busca de amor e sabedoria. Outro fator que reforça a citação é que a pessoa que mais escreveu romances na história também é mulher, Barbara Cartland, autora de 723 romances, que venderam mais de um bilhão de cópias em 36 idiomas. Ufa, é muito amor!