JA Março 2011

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MARÇO2011 · Tel. 241 360 170 · Fax 241 360 179 · Av. General Humberto Delgado - Ed.

Mira Rio · Apartado 65 · 2204-909 Abrantes · jornaldeabrantes@lenacomunicacao.pt

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jornal abrantes

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Director ALVES JANA - MENSAL - Nº 5482 - ANO 111 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

CONTRA O CANCRO A LUTA CONTINUA páginas 4 e 5

Inov.Point, a incubadora do Vale do Tejo No Tecnopolo do Vale do Tejo, ou TagusValley, em Abrantes, o Inov.Point é uma incubadora de empresas. Ali se ajudam a nascer e a crescer as empresas que hão de salvar a nossa economia. Fomos ver como é, para sabermos como pode ser. Especial nas páginas 17 a 24

À conversa com Mira Godinho No Ano Europeu do Voluntariado, fomos conhecer a decana das nossas voluntárias. Tem quase 91 anos, e mantém a alma jovem que sempre teve. E dá-nos uma lição exemplar. página 3

Especial Casamentos páginas 9 a 16

O cancro tem sempre o rosto humano de quem o sofre. As taxas de sobrevivência são já elevadas. Mas os tratamentos (quimioterapia na foto) são devastadores. Tanto no bem-estar físico, como na imagem corporal que a pessoa tem de si. E prevê-se que uma em cada quatro de nós vai ter de enfrentá-lo. Por isso, em Abrantes, em Torres Novas e por todo o país, o lema continua. “Não paramos enquanto não encontrarmos a cura.”


2 ABERTURA FOTO DO MÊS S

EDITORIAL

de

jornal abrantes

MARÇO2011

FICHA TÉCNICA Director Geral Joaquim Duarte

Director Alves Jana (TE.756) alves.jana@lenacomunicacao.pt

Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 E-mail: info@lenacomunicacao.pt

Redacção Jerónimo Belo Jorge (CP.1907 jeronimo.jorge@lenacomunicacao.pt

Joana Margarida Carvalho joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

André Lopes

Publicidade Rita Duarte (directora comercial)

Abrantes, 2011 Ao meio-dia, marca pouuco mais que 10 horas. Era ra um relógio de sol, o úni-co a nível nacional com tabela de conversão. Era um instrumento de precisão, o, embora da precisão necescessária e possível nesse temempo de outras exigências. s. E estava ainda funcional. al. Hoje, neste tempo tecnoológico e da precisão nanonométrica, foi tratado como mo uma estátua, convertido o em objecto decorativo. Hoje é um fóssil técnico. Inutilizado. Testemu-nho de um certo modo de fazer as coisas.

Dois anos

rita.duarte@lenacomunicacao.pt

Miguel Ângelo miguel.angelo@lenacomunicacao.pt

Andreia Almeida andreia.almeida@lenacomunicacao.pt

Design gráfico e paginação António Vieira

Impressão Imprejornal, S.A. Rua Rodrigues Faria 103, 1300-501 Lisboa

INQUÉRITO

Nesta época de crise está mais atento aos seus direitos de consumidor?

Editora e proprietária Jortejo, Lda. Apartado 355 2002 SANTARÉM Codex

GERÊNCIA Francisco Santos, Ângela Gil, Albertino Antunes

Departamento Financeiro Ângela Gil (Direcção) Catarina Branquinho, Celeste Pereira, Gabriela Alves e João Machado info@lenacomunicacao.pt

Samuel Neto

Mário Lopes

Márcia Santos

Abrantes

Sardoal

Constância

É normal que esteja mais atento. Mas é complicado recorrer às instituições que defendem os nossos direitos como consumidores, pois o país é feito de burocracias. Reclamar pode ser uma solução, mas os estabelecimentos dificultam a reclamação e na maioria das vezes não há resultados práticos.

Já fui associado da DECO, que me ajudou a resolver alguns problemas de habitação. Os portugueses não conhecem os seus direitos de consumidores e várias vezes são enganados sem que se percebam. No supermercado, Já me aconteceu algumas vezes o preço a pagar ser mais elevado do que o da prateleira.

Nunca fiz nenhuma reclamação. Contudo, costumo aceder ao site da Deco, gosto de me manter informada. Muitas vezes não existe transparência na informação prestada ao consumidor e a Deco revela a “verdade escondida” em diversas áreas.

Marketing

“A experiência é uma lanterna dependurada nas costas que apenas ilumina o caminho já percorrido”, diz Confúcio há mais de 2.500 anos. Com esta edição, o Jornal de Abrantes cumpre o segundo ano desta nova fase. Dá para ver o caminho percorrido. Em Abril de 2009 dissemos ser nossa opção estratécia fazer “uma informação que privilegia sobretudo o acontecer de média e longa duração”, por nos ser “impossível cobrir a actualidade fina”, que deixávamos aos semanários e às rádios. Ao mesmo tempo, tivemos de procurar garantir a sobrevivência económica. Porque um jornal só pode existir se conseguir sobreviver do ponto de vista económico. E nem todos temos isso bem claro na cabeça. Passados dois anos, satisfaz-nos ver como o nosso trabalho tem sido apreciado e requisitado de vários modos, e agradecemos os reparos e as insatisfações que também nos têm chegado. Também no jornalismo, o mais importante não é o que já se fez, mas o que ainda agora surge como desafio. Em cada mês. Assumimonos claramente como parceiros do desenvolvimento desta nossa zona de implantação. A nossa forma de participar é o jornalismo, o dar conta das linhas de vida que nos alimentam, com os seus êxitos e os nossos problemas. Os desafios são muitos. Também para nós. Cá estamos, com as mãos na massa. Hoje, com a marca do nosso tempo, como há 111 anos. Obrigado a todos os que nos ajudam a fazer o nosso caminho. ALVES JANA

Patricia Duarte (Direcção), Catarina Fonseca e Catarina Silva. marketing@enacomunicacao.pt

Recursos Humanos Nuno Silva (Direcção) Sónia Vieira drh@lenacomunicacao.pt

Sistemas Informação Tiago Fidalgo (Direcção) Hugo Monteiro dsi@enacomunicacao.pt Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 501636110 Sócios com mais de 10% de capital Sojormedia 83%

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SUGESTÕES DANIEL MARTINS, presidente da associação Quatro Cantos do Cisne IDADE 30 RESIDÊNCIA Santa Margarida PROFISSÃO Coordenador/Gestor de Projectos e formador freelancer UMA POVOAÇÃO Constância, Santa Margarida! Onde vivo e me sinto bem. UM BAR Naturalmente o MJBAR, em Santa Margarida é a “loucura controlada”, é a prova que se consegue fazer grande em locais pequenos.

UM PETISCO Pimentos recheados com soja e 4 queijos, embora não seja o mais saudável... PRATO PREFERIDO Os que cozinho! Não pelo resultado, mas porque adoro o processo “cozinhar”! UM LUGAR PARA PASSEAR Muito difícil definir um... mas preferencialmente junto ao mar (talvez por agora viver longe) UM RECANTO PARA DESCOBRIR Caminhar junto à Ribeira da Foz... e chegar à Pereira! É uma dádiva que

a natureza deixou em Constância. UM DISCO Dois. “AENIMA” dos TOOL, “Mellon Collie and the infinite Sadness” (dos Smashing Pumpkins, técnicamente perfeitos!) UM FILME Perfume… UMA VIAGEM Aquelas que ainda não fiz! UM LEMA DE VIDA Não tenho um lema, tenho valores que me vão guiando no dia-a-dia e me dão o “caminho” - verdade, seriedade, respeito e honestidade.


ENTREVISTA 3

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MIRA GODINHO

A decana do voluntariado ALVES JANA

Maria Ramiro Godinho Nascimento: 1920 Idade: (quase) 91 anos Residência: Abrantes Filhos: 2 Netos: 6 Bisnetos: 6

Estamos, em 2011, no Ano Europeu do Voluntariado. Mira Godinho, ou Maria Ramiro Godinho, tem quase 91 anos e continua uma vida inteira de doação voluntária a quem precisa. Hoje, sobretudo no serviço de Oncologia do Hospital de Abrantes, mas desde há muito nas Conferências Vicentinas também de Abrantes. A sua vida é um exemplo e um grito a todos quantos podem em nome de todos quantos precisam. Não queria falar de si, mas acabou por aceitar pela causa do voluntariado. Como começou o seu trabalho de voluntária? Quando eu tinha 17 ou 18 anos, fundei aqui a Juventude Católica. Houve então uma epidemia de tuberculose e muitos jovens contribuíram a doença, alguns morreram mesmo. Eu nunca me afastei deles. Desde esses 18 anos que eu tenho “isto”. Nasceu comigo. Não posso ver ninguém a sofrer. Cada um de nós foi colocado no seu lugar, o meu é este – dar-me. Admiro-me como há pessoas que não têm nada que fazer e não se preocupam em ser úteis aos outros. E à noite conseguem dormir descansadas. Há pessoas a sofrer, há mães de família que têm de sair de manhã e voltam ao fim do dia e não têm ninguém que as ajude, nem dinheiro para pagar.

Uma das suas linhas de trabalho voluntário vem das Conferências

de S. Vicente de Paulo. Tenho 17 camas articuladas em movimento pelas aldeias. Um dia, numa reunião das Conferências, foi referido o caso de um homem que passava o dia a gritar. Quando saí, fui logo bater-lhe à porta. Porque eu bato à porta das pessoas. Se me receberem mal, isso é lá com elas, eu faço a minha parte. Bati à porta e vi um sofrimento horrível. Disse logo para mim mesma: “Tenho de comprar uma cama articulada para este homem”. Hoje, a Conferência já acabou, mas as camas continuam a circular por quem precisa. E no Hospital de Abrantes? Quando foi criado o voluntariado no Hospital e a minha filha [enfermeira] me perguntou se eu não queria ir, eu disse logo que sim

[apesar de ter mais de 80 anos], disse que queria ir trabalhar com os cancerosos. Porque porque o meu marido morreu com um cancro. Eu estou a olhar para eles e estou a lembrar-me do que passei. [Emociona-se.] É ali, com eles, que quero estar. Não é nas enfermarias, porque ali as pessoas passam e não sabemos mais delas, ao passo que em oncologia acompanhamo-las durante meses e mesmo anos. E nós sentimo-nos afectuosamente ligadas a essas pessoas.

colegas fazem o mesmo. Servimoslhe chá ou um refresco no verão, umas bolachas, e sobretudo convivemos com eles falando. Porque há momentos muito difíceis para as pessoas, em que precisam de muita ajuda. Procuramos que a vida dos doentes, ali, seja o mais suave possível para eles. Converso com eles, rio, conto-lhes anedotas se vejo que o momento é adequado. Vejo que eles sentem muito a minha falta, sinal de que a minha presença é importante.

O que faz como voluntária no hospital? A minha vivência lá é integrar-me completamente naquilo que os doentes estão a passar. Eles perceberem que está ali uma amiga a viver aquelas horas com eles. E as minhas

E continua com um espírito jovem. A vontade é a mesma. Mas o corpo começa a dizer que já não pode ser. Eu a pedir, e o corpo… é como um motor cansado. Isto é que dói um bocadinho. Os médicos dizem que

eu preciso de descansar, “está bem, eu tenho tempo de descansar depois”. O desgosto que tenho de ser velha não é por morrer, é por querer fazer e já não poder. Mas ainda faço. [Risos] Mas queria fazer mais. Quero dizer que somos uma equipa extraordinária. Voluntários, enfermeiros, auxiliares, cada um com o seu trabalho, somos todos uma família que trabalha toda para o mesmo. Nisso temos tido muita sorte. E eu quero agradecer, em nome de todas as voluntárias, a maneira como fomos recebidas. Sinto-me muito honrada por isso. Mensagem final. Eu faço um apelo às pessoas. Tirem um bocadinho, uma ou duas horas por semana que seja. Nem digo que vão para o voluntariado do hospital. Sejam voluntárias das suas vizinhas. Batam às portas, não se envergonhem. Eu, o primeiro doente que fui ver, fui mal recebida, mas não me importei. E não me venham cá dizer que não são capazes, que não podem. Todos podem e todos são capazes. Basta querer. E ninguém pense que vai dar alguma coisa. Nós recebemos. Eu tenho recebido ali lições extraordinárias, de aceitação, de força. Há uma frase na Bíblia que diz “Podem rezar muito, mas se não tiverem caridade, não vale de nada”. E o amor ao próximo não é escolher este ou aquele. Não, é para todos, porque todos somos filhos de Deus e irmãos uns dos outros. Ser voluntário é isto. É dar-se a quem precisa, seja lá quem for.

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4 DESTAQUE

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Oncologia vai entrar em crise no Médio Tejo O Hospital de Abrantes esteve dois anos sem primeiras consultas em Oncologia, por se ter reformado o médico que assegurava o trabalho neste sector, num processo que o JA foi acompanhando.

Entretanto, foi contratado um oncologista reformado, José Albano, que vem ao Hospital uma vez por semana, normalmente às sextas-feiras. E foi ainda encontrado um médico de medicina interna, Pedro Pires, para ser o “braço direito” do oncologista e dar o apoio continuado neste sector ao longo da semana. É este o esquema de trabalho que está a ser seguido. Mais ou menos o mesmo que nos outros hospitais do Médio Tejo. Contudo, a situação caminha para uma grave crise. Os médicos reformados

estão na perspectiva, por razões de contenção da crise, de poderem continuar a exercer. Ora o oncologista que presta serviço no Hospital de Abrantes está nestas condições. Além disso, o mesmo se passa com o oncologista de Torres Novas. E em Tomar vai reformarse o “braço direito” do oncologista, o que assegura o trabalho continuado. Este talvez seja o problema de mais fácil resolução, pelo menos para quem vê de fora, basta encontrar outro médico de medicina interna disposto a aceitar o desafio. Mas, quanto aos casos de Abrantes e Torres Novas, continua a não haver oncologistas disponíveis, pois se os houvesse já teriam sido contratados. Aguardam-se os próximos capítulos.

Os transportes Outro problema resulta

da alteração do sistema de apoio aos transportes dos doentes para tratamento. Agora, o apoio financeiro depende do cruzamento de dados entre as Finanças e a Segurança Social, ou seja, ninguém sabe se um dado doente vai ser apoiado ou não. Isto cria, segundo Jorge Laíns, enfermeiro responsável pelo Hospital de Dia do Hospital de Abrantes, “algum receio de estar a fazer pedidos de transporte que depois as pessoas não possam pagar”. ´´E verdade que “as orientações internas são para se continuar a proceder do mesmo modo, mas não sabemos os efeitos que esse procedimento vai ter. Os nossos doentes têm de fazer muitos movimentos entre casa-hospital e hospital-casa e em muitos casos o ordenado mínimo não chega para o transporte”.

O cancro no hospital de Abrantes Cerca de 50 pessoas por mês são atendidas em consultas de oncologia no Hospital de Abrantes e cerca de 60 pessoas estão em tratamento de quimioterapia às quais são ministradas uma média de 15 sessões por semana no “hospital de dia” do mesmo hospital. Isto no que respeita aos chamados cancros sólidos. Estes valores estão em baixo pelo facto de o Hospital de Abrantes ter estado durante dois anos sem primeiras consultas, o que fez com que muitos doentes tivessem de dirigir-se para outros centros de atendimento, onde

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agora são acompanhados. Para lá daqueles, há ainda os cancros da bexiga e da próstata, que são atendidos e acompanhados pelo serviço de Urologia, que são cerca de 500, e os cancros no sangue, os líquidos, que são atendidos em Lisboa ou Coimbra, por falta de especialista nesta zona. Não temos também tratamento de radioterapia. Para além do serviço médico, há ainda um serviço específico de apoio social em próteses mamárias e capilares para as doentes que precisarem deste apoio.

• Maria Emilia Silva, de Vila de Rei.


DESTAQUE 5

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Torres Novas Pela Vida já conta com 52 equipas O concelho de Torres Novas aderiu ao projecto Um Dia Pela Vida, que será a 4 de Junho no Palácio de Desportos daquela cidade. No passado dia 29 de janeiro decorreu a sessão de lançamento e a 23 de fevereiro cerca de 90 pessoas participaram na primeira reunião de capitães, isto é, dos líderes das já então 40 equipas já registadas. O prazo de inscrição de novas equipas decorre até 29 de Abril, segunda reunião de capitães. Isabel Correia, da organização, faz o balanço do momento dizendo que a Câmara mostrou “uma receptividade muito boa” e a população “está a aderir muito bem”, embora seja necessário “um trabalho muito grande no terreno” até ao dia 4 de Junho.

• Marcha de encerramento de Um Dia Pela Vida, em 2010

Abrantes continua caminhar contra o Cancro No dia 20 de março vai ser inaugurado o Grupo de Apoio de Abrantes da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

Nesse dia celebra-se o 1º aniversário da realização em Abrantes do Um Dia Pela Vida, um projecto da Liga Portuguesa Contra o Cancro. Há um ano, a 20 de março, milhares de pessoas fizeram no Tecnopolo, em Alferrarede, uma caminhada simbólica pela vida e contra o cancro. Era o

resultado de quatro meses de sementeira por todo o concelho de Abrantes e pelos concelhos vizinhos, sobretudo Constância que também participou de modo formal. Este ano, a semente então lançada germina novos frutos. A sede do Grupo de Apoio de Abrantes (GAA) fica na Rua D. Afonso Henriques, num dos espaços do antigo quartel de bombeiros, hoje cedido pela Câmara Municipal à Cruz Vermelha de Abrantes. Inicialmente, o GAA

funciona duas vezes por semana, para prestar apoio ao doente oncológico e sua família. Todo o trabalho será assegurado por um grupo de voluntários que vão receber formação específica para essa função. A educação para a saúde e prevenção do cancro é novamente um dos objectivos a atingir. Para isso o GAA vai dispor de folhetos informativos sobre vários tipos de cancro, editados pela LPCC, e vai ser prestado apoio psicológico ao doente

oncológico. A inauguração deste Gabinete está prevista para as 11 horas da manhã do dia 20 de Março, e contará com a presença da Presidente do Núcleo Regional Sul da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Manuela Rilvas. Segue-se uma Caminhada até ao Parque de S. Lourenço, onde se fará um piquenique de convívio. O lema desta jornada continua a ser “só paramos quando encontrarmos a cura”. Alves Jana

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ESPECIAL CASAMENTOS

O casamento é um mundo... para mais tarde recordar O dia do casamento é singular. Marca uma opção de vida. Por vezes uma mudança de vida. Todos, noivos e amigos, queremos que seja um “dia feliz”. Para mais tarde recordar. Mas, para isso, é preciso que seja marcado pela qualidade – que não quer dizer luxo – tanto na preparação como no acontecimento. Além de um acontecimento pessoal e familiar, é um marco social importante e tem uma clara dimensão económica. Basta ver uma “feira do casamento” para perceber que é já significativa a actividade empresarial que vive do casamento e que trabalha para que o casamento seja de qualidade. Da qualidade que os noivos e a família desejam dar-lhe. Porque, se há expectativas sociais, é importante afirmar que cada um sabe de si, isto é, cada um é que sabe até onde quer ir… e gastar. Sim, o casamento é um mundo… tão grande que nele cabem todos os sonhos.

Casar um momento que não se esquece O dia do casamento é um dos mais importantes na vida de um casal, está sempre revestido de um simbolismo que reflecte sentimentos profundos, emoções e um sentido de partilha único. Ao longo das próximas 4 páginas o JA descreve os preparativos para este momento especial. Estivemos à conversa com um casal, que casou no ano passado e que nos contou como foi casar… Joana Margarida Carvalho

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Para casar é necessário “tirar um curso” Para casar é necessário tratar de uma serie de situações como o local, a florista, o fotógrafo, os fatos, os convites, as alianças, as lembranças, enfim… uma infinidade de situações. Para quem não tem o acompanhamento dos pais, padrinhos, familiares e amigos, não é tarefa fácil. Todo o processo tem um início. Primeiro é necessário saber onde é local que vai realizar a festa do casamento. Apesar da crise económica que está aí, esta é uma situação em que noivos não deixam verdadeiramente de apostar. Para “a festa” de casamento, 70 euros é o pre-

ço que algumas quintas da região pedem por cada convidado. A tendência para proporcionar um casamento com muito glamour e de qualidade passa hoje pela redução do número de convidados. Com o casal com quem estivemos à conversa a Herdade dos Cadouços foi palco de toda festa. “Foi amor à primeira vista. Um lugar que é magnífico pela natureza que o envolve, pelo lago que o banha e pela paz que transmite”. Se pretende casar deverá tratar do local onde idealiza realizar a festa com um ano de antecedência.


ESPECIAL CASAMENTOS 7

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O fotógrafo é um orientador no dia do casamento

Aliança símbolo da união A aliança é um elemento muito importante no dia do casamento, é esta que fecha o contrato, a união entre o casal. As alianças lisas, finas e em ouro amarelo têm caído em desuso. A maioria dos casais opta por modelos mais largos, anatómicos e arredondados por dentro para garantir um maior conforto. Há ainda quem opte por colocar diamantes na aliança da noiva, por misturar acabamentos (polido e fosco), por colocar gravações externas, e misture o ouro amarelo e branco. Hoje, os noivos têm tendência a personalizar esta peça essencial.

O JA descobriu junto do casal que no início do casamento ambos os noivos se encontram nervosos e ansiosos com momento da união e sobretudo gostam de dar atenção a todos os convidados. O fotógrafo assume um papel de organizador e orientador dos próprios noivos. O fotógrafo é uma peça fundamental, pois é ele que nos alerta para as horas, que nos acalma, que nos canaliza para os locais, entre outras tarefas que deve assumir no dia. Ele está a assistir de fora a tudo o que se está a passar, logo tem uma maior facilidade para alertar. A sensação de ser fotografada é um pouco aborrecida, sobretudo no que diz respeito às típicas fotografias com os pais, os padrinhos, os amigos, etc... Uma pessoa quase acaba por esboçar um sorriso mecânico, porque são muitas fotografias. Mas são estas fotografias que ficam para um dia mais tarde recordar. Sendo assim, é um momento a que devemos dar especial atenção”.

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Ainda que o amor seja um dia de festa, há dias em que o amor se veste de gala Esta pode ser a frase que compõe o convite de casamento. Este tem tendência a perder o modelo clássico e tradicional para passar a ser uma peça que transmite uma mensagem e quanto casal está feliz. Existem convites de vários estilos, padrões diferentes, arrojados, divertidos, com um tipo de letra diferente, enfim… Se pretende casar,

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tem muito por onde escolher. Mas segundo o casal entrevistado, “esta peça que deve ter alguma coerência com a decoração da festa, com o tema, os marcadores das mesas, o menu, o placard, as lembranças, entre outros pormenores. Mas, mais importante, os convites devem estar inteiramente ligados ao gosto e à personalidade do casal.”

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Este ano, as tendências dos vestidos de noiva incidem nas cores claras, na aplicação de rendas e no formato do vestido único. Ou seja, não deve optar pela separação do corpete e da saia. Segundo a nossa entrevistada, “hoje em dia, o vestido de noiva ainda assume aquela importância que todas as mulheres lhe conferem. É principalmente no dia do casamento que qualquer mulher deve-se sentir bela, concretizada, segura e, o mais difícil, calma! (risos) A própria cor clara do vestido transmite essa serenidade. Daí eu ter optado por um vestido com uma cor pérola. As tendências da moda acabam sempre por influenciar a noiva. Eu segui as tendências do ano e senti-me verdadeiramente

O vestido de noiva, a peça chave

especial com o que tinha vestido, e isso também é muito importante para que o dia corra bem”. Relativamente ao fato do noivo, o preto está sempre na moda. Este ano as tendências passam pela cor prata, o castanho e o cinzento.


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Maquilhagem e penteado da noiva O estilo de uma noiva não está completo sem uma maquilhagem adequada. O dia do casamento é normalmente sempre longo e se a maquilhagem não for feita com os cuidados necessários, pode nã o”aguentar” até ao final da festa. Sendo assim, opte por uma maquilhagem com tons claros, o mais natural possível. Muitas noivas caem no erro de optar por uma maquilhagem pesada, com tons mais escuros, o que no final do dia pode resultar num rosto completamente borrado. Peça conselhos ao seu cabeleireiro ou ao seu centro de estética e teste a maquilhagem antes do dia da festa. Para o ano de 2011, os penteados para noivas incidem sobretudo nas tranças a cair de lado, de preferência com fios de cabelo soltos. Para quem sempre pretendeu levar o cabelo apanhado, opte por um estilo mais arrojado, com madeixas e fios de cabelo soltos. Se tem uma franja curta pode prendê-la com acessórios.

Ramo elaborado pelo florista “O Canteiro”

O que tratar junto da Conservatória

Flores, um elemento essencial As flores assumem um valor muito importante no dia do seu casamento. São estas que dão a vida à decoração que vai optar por colocar na igreja ou no local onde se celebra o casamento. As flores devem estar ligadas ao estilo e à personalidade dos noivos. No caso do casal com quem o JA falou, a noiva deu especial atenção ao seu ramo. “Era constituído por uma orquídea roxa, um conjunto de pequenos jarros, uma verdura e um arame que juntava todas as flores. Na imensidão da cor pérola do vestido,

o ramo destacava-se bastante. Penso que é assim que deve ser, o ramo é um elemento que não deve passar despercebido, mas algo que chame atenção de todos os convidados. As cores e o formato foram inspirados nas tendências do ano e a opinião do florista também foi importante”. Sendo assim, escolha as suas flores preferidas e associe as mesmas à temática do casamento e à decoração envolvente. O ramo deve estar em harmonia com o vestido da noiva. Trate de uma florista com quatro meses de antecedência.

Os noivos devem dirigir-se juntos à Conservatória do Registo Civil com os seus respectivos bilhetes de identidade ou cartão de cidadão. O casamento civil propriamente dito pode ser realizado em qualquer lugar, desde que os noivos encontrem um representante do Registo Civil que se disponha a deslocar-se ao local escolhido. Quando se dirigirem à Conservatória os noivos não devem esquecer dos seguintes documentos: Documento de identificação (Bilhete de identidade ou cartão de cidadão) ou sendo estrangeiros, certificado de nacionalidade e de capacidade matrimonial, autorização de residência, passaporte ou documento equivalente. Se um dos noivos tiver menos de 18 anos, terá de apresentar uma declaração assinada pelos pais com o consentimento para proceder à união. Se um dos noivos já tiver sido casado, terá de apresentar um documento que prove que está divorciado ou viúvo. Convenção antenupcial, quando quiserem optar por um outro regime que não o da comunhão de bens adquiridos.

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SE VAI CASAR SAIBA O QUE TEM A FAZER!

Planeie o seu casamento Estas são algumas das tarefas e dos tempos sugeridos para uma boa organização do seu casamento. Use a lista de forma inteligente, pois pode ser necessário fazer ajustamentos. Por exemplo, há restaurantes que exigem marcações com anos de antecedência. E seja feliz.

ATÉ 12 MESES ANTES Definam a data em que pretendem casar. Definam que tipo de cerimónia e de festa querem ter: civil ou religiosa, formal ou informal, almoço ou jantar, grande ou pequena? Reservem o local para boda. Marquem uma reunião com a equipa de fotógrafos e reserve o serviço. Solicitem um orçamento detalhado e contrato por escrito. Definam a lista inicial de convidados. Pensem no tipo de convites e lembranças que pretendem para o vosso casamento. OITO MESES ANTES No caso de o casamento ser religioso, falem com o padre da paróquia onde pretendem casar. Convidem os padrinhos. Convidem os meninos das alianças. Marquem as férias do casamento e comecem a seleccionar potenciais destinos para a vossa lua-de-mel. A noiva deve iniciar a procura do vestido de noiva. SEIS MESES ANTES Pensem no ramo da noiva e nas flores

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para a decoração da igreja e do local do copo-d´água. Definam a lista final de convidados e recolham os seus contactos. Encomendem ou comecem a fazer todo o material gráfico, nomeadamente os convites, livros de igreja, menus e cartões de agradecimento. Encomendem ou comecem a fazer as lembranças. A noiva deve escolher o vestido de noiva e todos os acessórios.

QUATRO MESES ANTES Contratem a animação para o copo d’ água. Caso optem por uma cerimónia religiosa, definam se vão ter coro ou acompanhamento musical. Escolham a florista para o ramo e para os arranjos florais. Escolham a(s) loja(s) onde vão colocar a vossa lista de casamento e comecem a definir o que querem que contenha. Pensem onde vão passar a noite de núpcias. Marquem a lua-de-mel. Obtenham as certidões de nascimento no registo Civil, loja do cidadão ou internet. O noivo deve procurar o seu fato e os respectivos acessórios.

A noiva deve escolher o penteado e a maquilhagem com a ajuda da sua cabeleireira e esteticista. A noiva deve comprar meias e lingerie de acordo com o vestido de noiva. TRÊS MESES ANTES A entrega dos convites já deve estar concluída. Encomendem o bolo de noiva. Definam a viatura a utilizar. Comprem as alianças. Iniciem o processo no Registo Civil. Ajudem os vossos pais a escolher os respectivos vestidos e fatos. A noiva deve fazer uma prova do vestido e acessórios. DOIS MESES ANTES Organizem a distribuição dos convidados pelas mesas. Escolham o menu e discutam todos os pormenores com a quinta. Confirmem: animação, florista, convidados, reservas, lua-de-mel, cabeleireiro e esteticista. Escolham as músicas pretendidas . Confirmem se todos os documentos para a viagem estão prontos. Caso optem por uma cerimónia religiosa, conversem com o pároco que irá celebrar a cerimónia e escolham as leituras. Marquem, se necessário, o ensaio da cerimónia. Escolham os respectivos fatos do dia seguinte ao casamento. UM MÊS ANTES Planeiem as respectivas festas de sol-

teiros. Marquem uma limpeza de pele ou outros tratamentos de beleza. Confirmem tudo: local do copo-deágua, catering, fotógrafo, animação, florista, convidados que ainda estejam em dúvida, reservas, lua-de-mel, cabeleireiro e esteticista. Comecem a comprar o que vão precisar de levar para a lua-de-mel (nomeadamente malas, roupa apropriada ao clima, lingerie e roupa de dormir e protectores solares), fazendo uma lista do que vão precisar de levar convosco. A noiva deve ensaiar o penteado e a maquilhagem. QUINZE DIAS ANTES Reconfirmem tudo o que foi anteriormente referido. Confirmem número de convidados com o local do copo d´ água. Preparem a casa onde vão viver depois do casamento: comece a arrumar os presentes de casamento que já foram entregues e comecem a levar os vossos objectos pessoais para a vossa nova casa preparando-a para quando chegarem de lua-de-mel. Façam a marcação dos locais para as despedidas de solteiros. A noiva deve fazer a prova final do vestido, com os sapatos, lingerie e todos os acessórios que pretende usar. A noiva deve começar a andar com os sapatos em casa, para se ir habituando a eles. Se o noivo também vai usar sapatos que nunca usou, poderá fazer o mesmo.

UMA SEMANA ANTES Façam as despedidas de solteiros. Façam as malas para a lua-de-mel. Confirmem o transporte para a igreja e cerimónia. A noiva deve ir buscar o vestido de noiva. A noiva deve fazer a depilação, a manicura e a pedicure. A noiva deve confirmar a hora com o cabeleireiro para o dia do casamento, tendo em atenção os horários, para que o fotógrafo disponha do tempo previamente acordado para realizar as fotografias da noiva em casa. Façam uma revisão geral de todos os aspectos e acertem os últimos pormenores que possam ter escapado. NO PRÓPRIO DIA Relaxem e aproveitem ao máximo este é o vosso dia!


ESPECIAL CASAMENTOS 11

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FLOREANA GOMES CONTA COMO ERAM OS CASAMENTOS NO PEGO

Naquele tempo, e o casamento... Antes, começávamos por arranjar a casa para onde íamos com os poucos tarimbecos que tínhamos. Agora, na noite de casamento põem o melhor que têm. Mas nós, não. Púnhamos o mais ruim que tínhamos, por mor de usarmos. As coisas melhores, as mais bem feitas, ficavam, eram só para vista.

Na véspera do casamento, os cachopos iam levar os pratos de arroz doce e um bolozito comprido [aos vizinhos e amigos que não iam ao casamento], e as mulheres davam algum dinheirito, ou um litro de azeite, um bocado de feijão, coisas que tinham das hortas. O casamento eram quatro dias, sexta, sábado, domingo e segunda. Era a boda. Eu casei num sábado do mês do Natal, ao sol-posto, era quase de

noite. O meu vestido era muito lindo. Foi a ti Mari’ Gaiata que mo fez. Era creme. E já levei véu. Os véus eram emprestados. As pessoas que tinham é que emprestavam. Ou então eram alugados em Abrantes, no Manelzinho. No dia do casamento, a noiva saía de casa com os seus convidados e juntava-se ao noivo na igreja. Casavam-se e depois iam comer. Os convidados da noiva iam comer para casa da noiva e os do noivo para casa do noivo. Não havia copo-de-água, ninguém sabia o que era isso. Os noivos, depois de casados, comiam uma refeição na casa do noivo e outra na casa da noiva. Antes de casarem, o noivo comia em casa dele com os seus convidados e a noiva em casa dela com os seus. A ti Isaltina Clementina era a cozinheira. A comida era arroz com tripas. E “carne

fresca”, carne de borrego: quem podia matava um borrego, quem não podia comprava um pouco de carne. Na segunda-feira, ao almoço, era já para comer os restos. Nos dias a seguir ao casamento, à tarde, íamos correr as casas. Os noivos e os convidados todos passavam pelas casas de cada um dos convidados. As pessoas tinham na sala de fora a mesa posta com pão, queijo, azeitonas, tremoços, laranjas cortadas aos quartos com sal, o que as pessoas tinham, e vinho… Aqui comia-se um meguelho de pão com queijo, além três tremoços… dançava-se um bocado… e íamos para casa doutro convidado. Era “correr as casas”. E o meu tio Soutenho é que tocava concertina. O baile era à noite. Na sexta-feira já havia baile. E era em casa, dançava-se na casa de fora.

Floreana Gomes, 88 anos, conta como, no seu tempo, eram os •casamentos no Pego.

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12 ESPECIAL CASAMENTOS

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Tudo muda... e o casamento também 1. O casamento é como tudo o mais, está a mudar a grande velocidade. Não se sabe para onde, mas sabe-se de onde vem.

cil encontrar casamentos em que cada um vive na sua casa e em que há um relacionamento aberto ou liberdade de relacionamentos sexuais.

2. Até há pouco, era fácil responder à pergunta “o que é o casamento?”. O casamento é o contrato, sagrado ou raramente profano, de um homem e uma mulher que constituem família até que a morte os separe. Assim era e assim devia ser.

5. Mas sobretudo, depois de ser praticamente não admitido, o divórcio tem vindo a aumentar e é já hoje a “solução” para mais de metade dos casamentos. Além disso e ao mesmo tempo, aumenta o número de casais que vive em união de facto, sem pensar sequer em casar-se. E multiplicam-se os homens e mulheres que optam por viver sozinhos, o que não significa que não tenham vários “amigos coloridos”.

3. Mas apenas entre nós. Sempre houve povos com outras modalidades de casamento. Entre os muçulmanos, talvez o caso mais conhecido, um homem pode casar-se com até quatro mulheres. Mas há povos em que uma mulher pode casar com vários homens e outros, embora mais raros, em que mais que duas pessoas casam com outras formando um grupo fechado. E ultimamente, vários países, incluindo Portugal, reconhecem o casamento entre dois homens ou duas mulheres. 4. No nosso modelo tradicional, a coabitação e a exclusividade da relação sexual entre os membros do casal era a norma. Mas também aí há mudanças. Hoje, é fá-

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6. A um tempo em que “nenhum rapaz queria uma rapariga em segunda mão” ou, como cantava Paco Bandeira, “A mulher é como um livro (…) depois do livro lido / o livro não presta mais”, sucedese um tempo de maior liberdade sexual tanto para as mulheres como para os homens. 7. O que não admira mesmo é que tantas pessoas sintam que “o casamento está em crise”. Alves Jana


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14 ABRANTES

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ABRANTES, MAÇÃO E SARDOAL

Oito empresas são PME Excelência 2010 Foram seis as empresas de Abrantes, uma de Mação e outra de Sardoal que conquistaram o galardão PME Excelência, relativo ao ano 2010. Ao todo, foram 42 distinguidas do distrito de Santarém e 1.105 no País.

Abranfrio (Comércio), Abranlimpa (serviços), Cremilcar (Comércio), F. do Vale (Construção), Isabel Pinhão (Comércio), J C Bartolomeu (Construção), foram as empresas do concelho de Abrantes distinguidas. Em Mação a Distrimação (Comércio), e em Sardoal a Rodrigues e Vermelho (Construção) também receberam o diploma do IAPMEI. Os galardões PME Excelência são um estatuto de qualificação empresarial criado pelo IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento), numa parceria com o Turismo de Portugal, o Barclays, o Banco Espírito Santo, o Banco Espírito Santo dos Açores, o Banco BPI, a Caixa Geral de Depósitos, o Millenium bcp e o Santander Totta. As PME Excelência são o subconjunto das PME Líder, que manifestaram interesse junto do seu banco e que cumprem adicionalmente vários critérios. Um desses critérios é pertencerem aos dois primeiros níveis de rating, baseado no relatório de contas de 2009 para além do cumprimento critérios financeiros, suportados nas demonstrações financeiras também do ano de 2009. O IAPMEI entendeu flexibilizar os critérios de acesso ao Estatuto PME Excelência, podendo ser incumprido apenas um dos indicadores, de acordo com: crescimento do volume de negócios, autonomia financeira, rendibilidade dos capitais próprios, rendibilidade do activo. Resta dizer que o estatuto PME Excelência tem a validade de um ano. Os empresários consideram que este estatuto conseguido revela o bom desempenho das suas empresas, apesar da crise económica e financeira internacional, e pode constituir uma mais valia para as mesas, quer no marketing associado quer do ponto de vista da gestão. José Eduardo Carvalho, à altura presidente da direcção do Nersant, considerou curioso que 20% das PME Excelência de 2010 sejam do sector da construção civil, um dos mais afectados pela crise, mas sublinha não saber o que acontecerá em 2011, já que pode haver uma retracção na economia. No País o IAPMEI distinguiu empresas que se evidenciaram pelos melhores desempenhos do universo das PME Líder nacionais. Em conjunto, as 1.105 PME Excelência geram mais de 37 mil postos de trabalho directos e foram responsáveis por um volume de negócios superior a 4,5 mil milhões de euros no último ano, com uma taxa média de crescimento de 11%. Jerónimo Belo Jorge

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ABES POUSADA - ASSISTÊNCIA E BEM-ESTAR DE SERVIÇOS A SENIORES

Um “hotel para seniores” num recanto do céu Rodeada de uma beleza natural, com uma vista panorâmica sobre a barragem do Castelo de Bode e em plena harmonia com a água, o ar puro e as árvores encontra-se a ABES Pousada.

António Lourenço dos Santos e Ana Vian Costa, naturais de Abrantes e Tomar respectivamente, são os proprietários do equipamento inovador. Até ao ano de 2004, este espaço dava vida à antiga estalagem de São Pedro, que era então propriedade da ENATUR. Quatro anos mais tarde, no dia 8 de Agosto de 2008, o equipamento abre ao público com uma nova identidade, um lar para seniores. Pessoas que a partir dos seus 65 anos de idade, pretendam viver onde apenas imaginaram passar umas férias. A ABES Pousada surge devido à falta de espaços para alojar idosos que necessitam de cuidados permanentes, conforme conta ao JA António Lourenço dos Santos. Quando senti a necessidade de alojar a minha mãe num lar, a oferta aqui na região era muito reduzida e as poucas casas que visitei não me agradaram, devido a uma serie

• Os proprietários António dos Santos e Ana Costa de carências que detectei ao nível de condições básicas. Foi neste sentido que decidimos comprar este espaço, e tornálo num estabelecimento onde o envelhecimento é vivido com a máxima qualidade”.

Uma aposta na qualidade Conhecida como um “hotel para seniores”, este espaço é destinado a quem necessita de cuidados continuados e terapêuticos e de muito repouso. A ABES Pousada beneficia de uma série de serviços, como enumera Ana Vian Costa. “Tem

um serviço de assistência de enfermagem permanente, cuidados médicos duas vezes por semana e fisioterapia. Promove terapia ocupacional, actividades ao ar livre, programas individualizados de recuperação, hidroginástica e hidroterapia, e por último, beneficia ainda de um serviço de estética e massagem. Animação e ocupação de tempos livres, com jogos de mesa, sessões de leitura e convívio são também outras actividades promovidas”. Relativamente ao alojamento, a Pousada dispõe de 18 quar-

tos. Todos estes climatizados, com WC individual, amplos e soalheiros, e uma capacidade para 30 pessoas. O edifício oferece ainda salas de estar, salas de refeições, biblioteca, acesso a internet, ginásio, jardim interior e exterior e um terraço sobre a albufeira do Castelo de Bode. A cerca de dez minutos da cidade de Tomar e de Abrantes este equipamento tem actualmente instalado 16 idosos. Segundo os proprietários a adesão por parte dos clientes tem sido razoável e a procura incide sobretudo no concelho de Tomar e nos concelhos limítrofes.

História O edifício nasceu nos anos 50, como residência dos engenheiros que trabalhavam na barragem do Castelo de Bode. Mais tarde, até aos anos 70, o espaço foi transformado em estalagem, que foi depois adquirida por uma família que a manteve por 5 anos. Em 1992, a ENATUR fica responsável pelo equipamento e transforma-o numa pousada. Em 2004, fecha ao público e reabre em 2008 como uma pousada para seniores, a actual ABES Pousada. Joana Margarida Carvalho


ABRANTES 15

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ROSÉ 2010

Casal da Coelheira ganha medalha de ouro em Paris

MARIA DA PIEDADE DE JESUS

Comemorar 100 anos Comemorou no dia 16 de fevereiro o seu 100º aniversário, a resistente de cinco irmãs. E está para ficar. Depois do falecimento de suas irmãs, Laura Paulo, Aurora Marques, Júlia Damião e Maria Guilhermina Velez, Maria da Piedade de Jesus, cega de uma vista desde muito cedo, e agora com um elevado grau de surdez, continua a não dispensar umas horinhas diárias em sua casa,

onde lê o jornal, faz malha e panos de cozinha. Diariamente, o seu filho ou a sua nora vão deixá-la em casa pelas 10 da manhã, e depois vão buscá-la pelas 17h00 para passar a noite em casa deles, e ver um pouco de televisão. Já é vulgar chegar-se aos 100 anos, mas Maria da Piedade é um exemplo de gosto pela vida, pois mesmo cega de uma vista, muito sur-

da, e já a andar bem devagar, cá continua com uma lucidez digna de relevo, e a fazer a sua vidinha como gosta. E pelo que observamos diariamente, atrevemo-nos a dizer: até para o ano, Ti Maria. Estamos certos de que com a sua vida pausada, ainda nos fará companhia. O Jornal de Abrantes regista e associa-se ao aniversário desta resistente centenária. Fernando Velez

Depois de no ano passo o Rosé Casal da Coelheira ter sido considerado o melhor rosé do mundo, a colheita de 2010 conquistou este mês a medalha de ouro no Vinales Internatonales, um salão que se realiza em Paris. Nuno Falcão, enólogo do Casal da Coelheira, revelou que a colheita de 2010 não repetiu o feito de 2009 mas estava a contar com isso, porque aquele prémio só foi conquistado por três vezes por vinhos portugueses, sendo um deles o Rosé Casal da Coelheira. Por outro lado, há sempre uma expectativa, depois do galardão de 2009, saber o que aconteceria com a colheita de 2010, e esta deu medalha de ouro. Nuno Falcão sublinhou que esta nova medalha vem dar reconhecimento “pelo trabalho que foi feito não só na vinha mas também na adega”. Estes prémios do Rosé têm

constituído para o Centro Agrícola de Tramagal um mediatismo que nunca tinha sido conseguido com os outros vinhos e o Casal da Coelheira já tem no seu portfólio uma grande quantidade de medalhas de ouro. Ainda segundo o enólogo, estes prémios podem constituir uma nova forma dos portugueses olharem para os rosés, já que têm mais consumo na Europa Central e do Norte. Apesar de ter conquistado nova medalha de ouro, o Casal da Coelheira Rosé 2010 já está esgotado no produtor, podendo ser apenas encontrado em três distribuidores, um no Algarve, outro na zona de Fátima e outro em Lisboa. Nuno Falcão revelou ainda que há capacidade para no próximo ano aumentar a produção do vinho rosé. Jerónimo Belo Jorge

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16 ACTUALIDADE

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José Eduardo Carvalho eleito presidente da AIP O até há pouco e durante 17 anos presidente da direcção da Nersant, José Eduardo Carvalho, foi eleito no passado dia 3 presidente da AIP, onde já era vice-presidente. Como sempre, este dirigente associativo do sector empresarial não pretende ser apenas figura decora-

tiva. Por isso, iniciou a sua actividade com a afirmação de que são necessárias medidas que compensem a impossibilidade da descida dos salários. Entretanto, a nova presidente eleita do Nersant, Salomé Rafael, toma posse no próximo dia 22 deste mês.

Técnicos de comunicação autárquica criam associação de âmbito nacional

157 MILITARES NO CASTELO DE ABRANTES

A caminho do Kosovo No dia 25 de Fevereiro, os 157 militares que entretanto já partiram para o Kosovo receberam a Bandeira Nacional no castelo de Abrantes. Estes militares, que são comandados pelo abrantino tenente-coronel Amaral Lopes, vão integrar as forças da Kfor durante cerca de meio ano.

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A Associação Portuguesa de Técnicos de Comunicação Autárquica, APTECA, foi constituída no dia 9 de Fevereiro e tem a sua sede nacional em Mação. O objectivo é promover a profissão e os profissionais de comunicação autárquica. Vera Dias, técnica de comunicação na Câmara de Mação, é a presidente. À Antena Livre, Vera Dias destacou algumas iniciativas que a Associação vai promover já este ano, como o En-

contro (nacional) de Comunicação Autárquica, a realizar no Entroncamento, a criação de um Fórum para os técnicos de comunicação autárquica, a criação de manuais de comunicação autárquica e iniciar o serviço de assessoria a câmaras municipais, e criar o prémio anual “autarca pela comunicação”, que visa premiar um autarca que se tenha distinguido “pela sua atenção ao problema da comunicação nas autarquias”.


ESPECIAL

Centro de Inovação Incubação e Desenvolvimento de Empresas Uma das estruturas decisivas do Tagus Valley, ou Tecnopolo do Vale do Tejo, é o Centro de Inovação Incubação e Desenvolvimento de Empresas. Ali se joga muito do futuro tecnológico das nossas empresas e da sustentabilidade da nossa economia. E também da inserção do nosso ensino superior politécnico no mundo empresarial que ele deve servir. O JA foi ver como é, num trabalho de Joana Margarida Carvalho e Alves Jana.

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18 ESPECIAL iNOV.POINT

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INOV.POINT

Semear ideias, colher empresas e construir um futuro sustentável O Inov.Point é uma incubadora do Médio Tejo, ou seja, uma estrutura, associada a uma equipa de pessoas, que presta serviços a empreendedores empresariais do Médio Tejo.

Esses serviços são de apoio à estruturação de um negócio a partir de uma ideia, à constituição de uma empresa, e depois, no máximo durante os primeiros quatro anos, ao desenvolvimento dessa empresa. A ideia é que a empresa, ao fim desses quatro anos, possa sair para o mercado e competir autonomamente e em pé de igualdade com as outras. O período de quatro anos é, actualmente, um pouco alargado, segundo Homero Cardoso, responsável pelo departamento de incubaçlão de novos projectos, “porque há ainda espaço disponível e porque não temos ainda criada a infraestrutura de aceleração de empresas, e porque há interesse mútuo nesta situação. Mas em 2012, quando tivermos o acelerador de empresas construído, as empresas, ao fim de quatro anos vão ter de mudar-se para o outro edifício”.

Os serviços São essencialmente três os serviços do Inov.Point aos empreendedores e às empresas nele sediadas. Um serviço aos empreendedores que ainda não constituíram a empresa, ou seja, a pré-incubação, que tem um custo de 30€ por mês. Depois da constituição da empresa, há duas opções. Uma com a incubação física, em que a empresa se instala num espaço dentro do edifício, usufruindo da electricidade, limpeza, internet, telefone, das salas de reuniões do auditório e dos espaços comuns e do apoio da equipa. Esta opção tem um custo dependente da dimensão do espaço que a empresa ocupa, com um pagamento que tem um desconto inicial que vai sendo reduzido até ao pagamento total no final do prazo de incubação. Se não tiver incubação fí-

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sica, por a empresa não necessitar de ocupar um espaço físico de escritório, o Inov.Point disponibiliza o serviço de domiciliação onde, por um valor de 50€ por mês, a empresa tem o apoio de acompanhamento pela equipa do Inov. Point e o acesso aos espaços comuns, mas não tem um espaço físico da empresa. Durante este ano, vamos lançar uma opção que é ter, não um espaço físico exclusivo, mas ter acesso a um posto de trabalho, um espaço que será dividido com outras pessoas. Para além da cedência do espaço, o Inov.Point há ainda o apoio dado às empresas pelos técnicos do Inov.Point. Pode dizer-se que, no essencial, a equipa está de posse de conhcimento que pode ser muito útil à empresa. Esta, muitas vezes não suspeita de que tal conhecimento exista ou lhe será útil ou então tem dificuldade de acesso a ele. Por exemplo, o “gabinete de inserção profissional” dá informação sobre programas de estágio, e fá-lo não apenas às empresas instaladas no Inov. Point. Ou o apoio à procura de financiamento. Ou mediação no contacto com outras empresas ou instituições. O que o Inov.Point não faz é contabilidade, nem dá formação específica. Para isso há outras instituições.

A inovação Um dos requisitos para uma empresa se poder instalar no Inov.Point é ter uma dimensão de inovação naquilo que a empresa faz, sejam produtos ou serviços. “ A inovação é um conceito relativo”, explica Homero Cardoso, “pois o que hoje e aqui é inovador já não o é amanhã e pode não o ser no concelho ao lado, mas, mesmo assim, procuramos que sejam empresas inovadoras”. Não são admitidas, porém, “empresas que não acrescentam nada ao produto, por exemplo que façam apenas armazenagem, ou seja, compra e venda”, explica. Posto isto, importa dizer que

o Tagus Valley, de que o Inov. Point faz parte, tem quatro áreas preferenciais, a metalomecânica, o agro-alimentar, as TIC ou tecnologias de informação e comunicação, e a energia. E todas estas áreas estão já representadas através de empresas sedeadas no Inov.Point.

Algumas actividades O núcleo duro da actividade do Inov.Point é a captação de empresas e o apoio a projectos empresariais. Mas tem desenvolvido outras actividades complementares, como laboratórios de ideias para possíveis projectos, dinamização do projecto do empreendedorismo nas escolas de vários concelhos do Médio Tejo e apoio a outras incubadoras noutros territórios (Caldas da Rainha, Marinha Grande e Aveiro). É também dinamizado o Concurso de Projectos Empresariais Inov.Point, que terá a segunda edição este ano. Entretanto, o Inov.Point submeteu-se já a uma auditoria a fim de ser certificado como BIC – Business Innovation Center pela European BIC Network, encontrando-se na fase final do processo de reconhecimento.

Alguma história O actual edifício do Inov.Point foi inaugurado em Outubro de 2009 e arrancou a actividade em Abril de 2010. Mas já existia, em instalações mais modestas desde 2006, onde hoje se encontra sedeada o núcleo de Abrantes da Nersant.

Associados O Inov.Point assenta numa estrutura associativa, a do Tagus Valley, culos associados são o Município de Abrantes, o Instituto Politécnico de Tomar, o Instituto Politécnico de Santarém, o Nersant e a Tejo Energia.

Utilizadores Presentemente, o Inov.Point abriga oito empresas e três instituições não empresariais, que dão trabalho a cerca de quarenta pessoas.

O que é o Inov.Point O Inov.Point é um Centro de Inovação e Incubação com capacidade para 28 empresas, que inclui uma área para o alojamento de laboratórios e oferece meios logísticos e humanos a empresas de base tecnológica e/ou inovadoras que pretendam instalar-se.

presas; • Promover o desenvolvimento integrado da região; • Promover a cooperação com universidades, enquanto parceiros geradores de projectos spin-off e start-ups inovadores; • Contribuir para a fixação na região de investimento nacional e estrangeiro.

Objectivos • Tornar ideias de projectos tecnológicos em sucessos de mercado, em empresas de base tecnológica bem sucedidas no mercado; • Incentivar o empreendedorismo; • Promover o aparecimento de novas em-

Critérios para a entrada de empresas na incubadora 1 – A base tecnológica do projecto; 2 – A viabilidade económico-financeira ; 3 – O potencial de impacto na economia regional.


ESPECIAL iNOV.POINT 19

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LEDCOM NEGÓCIOS

A Agência Optimus de Negócios com garantia de bom acompanhamento A Agência Oficial Optimus Negócios de Abrantes surgiu no mês de maio de 2010, numa parceria com a empresa Sonae com.

Instalada no Inov.Point, em Alferrarede, esta empresa foi criada devido a uma carência de agências da rede Optimus Negócios na região. Por isso, Edgar Ferreira lançou a LedCom Negócios na qualidade de representação local da Optimus Negócios. Laetitia Fernandes, parceira do projecto, explicou ao JA que “antes da nossa existência, alguns agentes da Optimus Negócios provenientes de Lisboa e outras zonas do país tinham de se dirigir à nossa região para resolver problemas e dar assistência aos nossos clientes. Desde a entrada da LedCom Negócios no mercado, essa necessidade desapareceu. Nós agora garantimos os serviços que uma agência de negócios Optimus garante”. A Agência Oficial Optimus Negócios de Abrantes tem como objec-

tivo estabelecer contractos de telecomunicações, prestar um serviço permanente, acompanhar a carteira de cliente, desde o inicio do contracto ao final, ou seja, não só no momento decisivo da venda. Elabora as melhores propostas tendo em atenção os diferentes serviços que cada pessoa pode usufruir, apresenta planos de telecomunicações, completamente moldáveis, e estuda o perfil do cliente de forma ajustar-lhe o melhor tarifário. Ainda, apresenta uma solução de tarifários de roaming e tarifários internacionais, mediante a área de actuação do cliente e por último, expõe novas campanhas empresariais. Estes serviços são destinados a empresários em nome individual, pequenas e médias empresas e entidades públicas. Com seis funcionários, a Agência Oficial Optimus Negócios de Abrantes pretende ser o rosto do cliente promovendo um acompanhamento permanente. Laetitia Fernandes explica. Habitualmente,

• Edgar Ferreira e Laetitia Fernandes quando um agente de telecomunicações se dirige às empresas, o empresário sente que o intuito é apenas a venda do serviço. A nossa missão é muito mais que isso. Nós garantimos todo acompanhamento. Se o empresário tiver um problema técnico, não tem necessidade de

contactar Lisboa ou o Porto. Nós estamos sempre em contacto durante os anos de contrato. Vamos à empresa e reunimos frequentemente com o cliente. Devido a este acompanhamento, bastante presente, já criámos laços e já temos uma carteira de clientes, apesar da nossa curta

existência”. Além disso, alguns dos nossos clientes já trouxeram empresários amigos para se tornarem nossos clientes. Isto é sinal que estamos a fazer um bom trabalho e estamos no caminho certo”. A LedCom Negócios é agora a Agência Oficial da Optimus Negócios em Abrantes.

CLASSE A+, PROJECTOS E CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICA

Um serviço especializado em Arquitectura, Engenharia e Certificação Energética A Classe A+ é uma empresa que presta serviços na área da arquitectura, engenharia e certificação energética de edifícios.

Jovem, com uma forte dinâmica e com um crescimento considerável desde a sua criação, actua principalmente na zona do Médio Tejo. Quando se instalou no Inov. Point, em 2008, centrava o seu

trabalho essencialmente no domínio da certificação energética. Aproveitando esse impulso, sem nunca descurar as suas valências na área da arquitectura e engenharia. A Classe A+ consolida a sua posição no mercado, procurando distinguir-se da concorrência através da qualidade, do rigor e da proximidade com o seu cliente. Actualmente, com cerca de 1800 certificados energéticos emitidos e diversos processos de licenciamento de edifícios, oferece um serviço integrado e com acompanhamento.

Qualidade para o seu bem-estar Desde a concepção ao licen-

ciamento dos edifícios, com uma compatibilização das diferentes especialidades, a empresa consegue a optimização das soluções. Ao nível da utilização, a Classe A+ procura o conforto térmico e acústico e privilegia o bem-estar dos utilizadores com menores custos, para uma melhor qualidade de vida no seu dia-a-dia. A equipa da Classe A+ é composta por quatro engenheiros, um arquitecto e uma administrativa. Indirectamente possui uma rede multidisciplinar de parceiros que permite dar resposta às várias solicitações do mercado de uma forma coerente e coordenada.

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20 ESPECIAL iNOV.POINT

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MÉDIO TEJO 21

A sua agência de energia A Médio Tejo 21 é uma agência regional de energia e ambiente do Médio Tejo e do Pinhal Interior Sul. Tem como missão contribuir para a sustentabilidade energética da região.

Fundada no dia 29 de maio de 2009, dia em que se celebra a Energia, a associação nasceu da vontade de empresas e de municípios. Os municípios que hoje são associados são Abrantes, Alcanena, Ferreira do Zêzere, Mação, Oleiros, Proença-aNova, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha, Vila de Rei e o Entroncamento. A presidência da associação cabe à Câmara Municipal de Abrantes. Em Fevereiro de 2010 foi quando a Médio Tejo 21 arrancou a sua activi-

dade. Instalada no Inov.Point, a Associação marca uma presença regular em cada um dos municípios associados.

“A nossa preocupação final é a eficiência energética” Mónica Martins, técnica da agência, referiu ao JA que a principal tarefa da Médio Tejo 21 é garantir a eficiência energética do meio doméstico, empresarial e municipal. Em janeiro passado, a Associação lançou o Gabinete de Energia, que garante uma análise da factura energética pessoal, aconselha o munícipe em técnicas para racionalização de energia e propõe alternativas para o contracto que a pessoa estabelece com a empresa fornecedora de energia. Por exemplo, a Médio Tejo 21 pode aconselhar-lhe a optar por um ciclo bi-horário. “Este ciclo baliza o dia em vários preços, ou seja, numa parte do dia o preço da energia eléctrica é mais caro, noutra parte é mais barato. Com isto, tentamos que o munícipe pague menos pela energia eléctrica e opte por um ciclo que melhor se

• “Acção de divulgação do GABENERGIA em Ferreira do Zêzere, promovida pela Médio Tejo 21” adapte à sua habitação”, explicou Mónica Martins. Estes serviços que o Gabinete de Energia promove são assegurados por telefone ou, caso a pessoa necessite, pode deslocar-se ao gabinete da Médio Tejo 21. Na prática a pessoa envia a sua factura electrónica para a Agência, que depois será analisada de forma pormenorizada.

INCENTEA

Líder na implementação de sistemas de informação e gestão O Grupo Incentea presta serviços no sector das Tecnologias de Informação e Comunicação. Fundado em 2010, o grupo conta com 201 colaboradores, formados, certificados e com experiência.

Um serviço em áreas de negócio distintas Consultadoria e Gestão. A inCentea implementa sistemas de informação para a gestão (Gexor, PHC, Primavera e SAP), incluindo na reengenharia e digitalização de processos. Desenvolve módulos específicos, autónomos ou integrados com as soluções implementadas nas plataformas: Microsoft SharePoint, OutSytems Agile, entre outras. Integra soluções de recolha de dados, mobilidade, gestão documental, Business Intelligence e portais empresariais. Por último, apresenta

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soluções Web empresariais, incluídos webdesign e alojamento. Redes e Comunicações. O grupo desenvolve projectos de consultadoria, implementação e suporte a redes informáticas, de comunicação e segurança. Faz ainda um trabalho de consultadoria e gestão de comunicações fixas e móveis, voz e dados e interface na relação com operadores, incluindo o acompanhamento na implementação. Sistemas e Segurança. A inCentea garante um serviço de consultadoria, implementação e suporte de redes informáticas, nomeadamente em servidores e soluções de protecção e segurança interna. Engenharia e Desenvolvimento do Produto. O grupo desenvolve um trabalho na área da consultadoria e implementação de soluções para o desenvolvi-

mento e gestão de produto CAD/ CAM/CAE e PLM, bem como de criação de desenhos em moldes 3D e estudos reológicos de peças de plástico injectadas. Promove ainda, soluções para a criação de modelos e pequenas séries de peças plásticas e de soluções de engenharia inversa, (scanners 3D).

Inovação, Satisfação, Sustentabilidade Estas são as linhas que definem a estratégia do grupo. Para além de Abrantes, a incentea tem delegações, Lisboa e Porto, e sede em Leiria, apostando ainda no mercado internacional, nomeadamente, em Angola, em Moçambique e Cabo Verde. Com uma forte aposta na inovação e na satisfação do cliente, o grupo inCentea é um parceiro qualificado para as tecnologias de gestão.

A responsabilidade social é uma das outras valências da Agência, que desenvolve campanhas de sensibilização energética junto da população e de Instituições Particulares de Solidariedade Social. A Médio Tejo 21 é uma associação sem fins lucrativos que pretende promover tecnologias mais eficientes de conversão e utilização de

energia, melhorar o desempenho do tecido económico, social e institucional. Além disso, procura reduzir custos para consumidores empresariais, públicos, sociais e domésticos, apoiar e aconselhar os agentes económicos sobre temáticas do ambiente e optimização do consumo energético, entre outros objectivos energéticos.

António Poças, presidente do Conselho de Aministração do Grupo inCentea.


ESPECIAL iNOV.POINT 21

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INFORUJE

Pioneira na informática de gestão autárquica A Inforuje foi pioneira no país, ao desenvolver e instalar uma primeira versão da aplicação informática de gestão de autarquias locais (GAL), baseada no POCAL. Foi devido a este serviço que, desde o dia 1 de Janeiro de 2000, a empresa começou a garantir o cumprimento, em tempo real, do Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais no município de Abrantes.

“Temos um enorme orgulho por ter contribuído com as nossas aplicações informáticas, de forma a melhorarmos a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos abrantinos”, afirmou José Leitão. Acrescentando que “para melhorar a qualidade do serviço prestado, resolvemos instalar-nos no concelho de Abrantes”. O primeiro projecto desenvolvido a partir do Inov.Point, a aplicação informática de Gestão de Águas do Gal.Net, foi instalado nos Serviços Mu-

nicipalizados de Abrantes em setembro de 2010, coroado de êxito, prevendo-se para os próximos dias a instalação do portal SMA online. O GAL.Net é um dos software concebidos pela empresa que tem como finalidade, promover uma solução global de gestão autárquica personalizada. Rui Dias, disse que “com estas eficazes ferramentas e soluções informáticas interactivas, permitimos ao cliente um aumento da sua produtividade e uma resposta mais rápida ao seu público-alvo”. Para além do trabalho com autarquias a Inforuje trabalha com empresas de várias áreas de negócio, provenientes de diversas zonas do país. Na prática a empresa descola-se à organização em questão, faz uma análise da necessidade do cliente, desenvolve e instala-lhe o software mais indicado para o seu negócio e por fim, garante-lhe um acompanhamento e manu-

tenção do serviço. “Para cada organização apostamos na personalização e adaptamos projectos com todas as particularidades que o cliente necessita. Pois, cada empresa ou entidade tem a sua própria identidade e objectivo”, referiu José Leitão. A equipa é composta por seis elementos e acredita que personalização é “a chave para o sucesso, marca que pretende deixar na história da informática”. Com objectivos bem definidos, os proprietários afirmaram ao JA que pretendem dar continuidade ao serviço de gestão do município de Abrantes e garantir o mesmo serviço a outros municípios do Médio Tejo. Têm também como missão desenvolver software para outras empresas do país. A Inforuje foi fundada em 1995 com sede em Lisboa. Em 2008, no mês de fevereiro, José Leitão e Rui Dias, proprietários da empresa, aceitando o convite de responsáveis do

município de Abrantes com vista à criação em conjunto de vários projectos de gestão, instalaram o seu centro de desenvolvimento no Inov. point, em Alferrarede. A empresa desenvolve, a partir daqui, software para qualquer género de empresa e entidade, e garante toda a manutenção e evolução do serviço informático.

BIOQUAL ABRANTES

A prevenção é o caminho para o sucesso A Bioqual, empresa especializada em Qualidade, Higiene e Segurança Alimentar abriu um escritório no InovPoint em Agosto de 2009.

A empresa disponibiliza vários serviços, nomeadamente a implementação de Sistemas de Segurança alimentar, HACCP, NP EN ISO 22000:2005, ISO 9001:2008; ERS 3002:2006; Auditorias, Sistema de Gestão da Qualidade nas Respostas Sociais, análises laboratoriais, Segurança e Higiene no Trabalho, controlo de pragas e a comercialização de produtos de higienização e equipamentos consumíveis de apoio ao HACCP, Hazard Analysis Critical Control Point.

A aposta na qualidade do seu serviço Presente em todo o país através de uma rede de escritórios, a Bioqual promove um serviço com consultores especializados e de larga experiência no ramo da Segurança Alimentar. No Inovpoint, a Bioqual é representada por Nuno Duarte que assegura o trabalho de consultoria em qualidade, higiene e segurança alimentar em todo o distrito de Santarém.A consultadoria neste sector que tem sido feita no concelho de Abrantes “tem sido muito fraca”, na opinião de Nuno Duarte, justificando, “as empresas que prestam o serviço de consultadoria só disponibilizam o HACCP. Ao contrário da Bioqual que faz um acompanhamento ao cliente e está a atenta às necessidades do mesmo. Porque, para a nossa empresa, cada cliente é um cliente. Assim, adequamos o nosso sistema de qualidade à realidade do estabelecimento

em questão”. No concelho de Abrantes, ao nível da qualidade e segurança alimentar, o sector da restauração é o que ainda está a necessitar de uma maior sensibilização, admitiu Nuno Duarte. “As pessoas que trabalham na restauração têm de ter consciência que devem ter tempo para nós. Pois somos nós que tentamos garantir a máxima qualidade do produto final. A falta de tempo, de formação e de conhecimento das exigências actuais para o controlo da segurança alimentar, são carências que constatamos com alguma frequência”. A Bioqual tem como objectivo garantir que o cliente aumente a qualidade do seu serviço, que trabalhe com maior eficiência e que melhore a relação entre o preço e a qualidade do produto. Em Abrantes, a empresa pretende ser uma referência no mercado, nas suas áreas de negócio, pela excelência de soluções que apresenta.

• Nuno Duarte, da Bioqual. jornaldeabrantes


22 ESPECIAL iNOV.POINT

MARÇO2011

OTIC.IPT

Promover a tecnologia e o conhecimento A OTIC.ipt é a entidade mediadora nas relações entre o IPT, Instituto Politécnico de Tomar, as instituições parceiras, o mundo empresarial e a sociedade em geral.

A oficina é coordenada por Clara Amaro, directora executiva, que referiu ao JA que “a OTIC.ipt tem como objectivo promover a transferência e o desenvolvimento de ideias e projectos inovadores, contribuindo para a competitividade e o desenvolvimento económico, social e empresarial da região e do país”. É através da OTIC.ipt que são definidos e contratualizados os pressupostos dos projectos e parcerias e é da sua responsabilidade a gestão dos projectos e o relacionamento entre as empresas e o IPT. Um exemplo é o caso do Laboratório de Inovação, Industrial e Empresarial, Line.ipt. A OTIC.ipt gere os projectos e o relacionamento com o tecido empresarial, deixando aos investigadores a resolução dos problemas técni-

Clara Amaro, directora executiva da Otic.ipt

co-científicos. A OTIC.ipt assumese também como uma rede de contactos, garantindo um serviço de procura dos parceiros adequados para o desenvolvimento de projectos, tanto para a comunidade académica do IPT como para outras entidades ou empresas. Clara Amaro dá um exemplo. “Uma empresa na área da bioquímica tem um problema e vem falar com a OTIC. Nós en-

caminhamos a empresa para a área tecnológica ou investigador específicos, que consigam a resolver situação”. A OTIC.ipt trabalha com empresas de diversas áreas, desde as engenharias informática e mecânica até às tecnologias de informação e comunicação, por exemplo. Empresas localizadas, na sua maioria, na região do Médio Tejo, mas que vêm

LINE.IPT

“Criamos tecnologia” O Line.ipt é um laboratório de inovação industrial que está inteiramente direccionado para o trabalho com o sector empresarial. Nasceu de uma parceria entre o IPT, a Tagus Valley e a Câmara Municipal de Abrantes, com a colaboração da Nersant.

O laboratório assume-se como catalisador da inovação e do desenvolvimento tecnológico da região. Promove o desenvolvimento de novos produtos tecnológicos e melhora e adapta produtos já existentes ou processos industriais. Além disso, procura fomentar a incorporação de tecnologia e a inovação nas empresas, desenvolver as competências nas áreas das engenharias e promover a criação de empresas de base tecnológica. O Line.ipt desenvolve a sua actividade maioritariamente nas áreas de mecânica e electrotecnia, recorrendo às outras competências disponíveis no IPT (Engenharia Informática, Design Industrial, por exemplo) sempre que necessário. Segundo Bruno Chaparro, um dos coordenadores do laboratório, “a ideia de construir o laboratório passou pela necessidade de juntar diferentes áreas tecnológicas, por exemplo mecâ-

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nica e electrónica, permitindo desenvolver os mais diferentes projectos, destinados ao sector industrial”. Na prática, o Line.ipt é um laboratório do IPT que desenvolve projectos para as empresas. A procura pelo sector empresarial tem sido satisfatória, “chega ao Line.ipt em média uma solicitação por semana”, afirmou Pedro Granchinho, outro coordenador do laboratório. Instalado no Inov.Point há cerca de cinco meses, o Line.ipt já foi solicitado por empresas da região do Médio Tejo, empresas espalhadas pelo país e mesmo empresas internacionais.

“O objectivo é aumentar a competitividade das empresas, através da inovação tecnológica” Este é objectivo principal do laboratório, referido por Bruno Chaparro ao JA. O Line.ipt, entre outros objectivos, pretende fortalecer as competências científicas e tecnológicas regionais, promovendo a formação e requalificação profissional dos quadros técnicos das empresas. Os projectos desenvolvidos no Line.ipt, de carácter científico e tecnológico, poderão ser de origem académica, empresarial ou resultantes

também um pouco de todo o país.

Cultura de inovação tecnológica A OTIC.ipt é uma entidade promotora da cultura de inovação tecnológica e da sociedade de informação, promovendo a transferência do conhecimento gerado nos laboratórios do IPT para as empresas. Das áreas tecnológicas do IPT, podem destacar-se Design e Desenvolvimento do Produto, Engenha-

ria Civil, Engenharia Electrotécnica, Engenharia Mecânica, Gestão Turística e Território, Instrumentação e Automação Industrial, Engenharia Informática, Marketing e Comunicação, Tecnologias de Informação e Comunicação, entre outras. Outro dos seus objectivos é promover o empreendedorismo e apoiar a criação de novas empresas de serviços ou produtos inovadores, que venham a acrescentar valor ao panorama económico regional.


ESPECIAL iNOV.POINT 23

MARÇO2011

NOW WHAT? CONSULTADORIA, LDA

A criação de softwares à medida das suas necessidades A Now What? é uma empresa que desenvolve software para o sector empresarial. Iniciou a sua actividade em 2005 e instalou-se um ano depois no Inov.Point.

A partir da ideia de dois colegas, Alves Vieira e Nuno Abreu, que juntaram as suas competências nas áreas de gestão empresarial e no desenvolvimento de sistemas informáticos, surgiu a Now What?. A ideia deu lugar a um projecto coeso e, hoje em dia, a empresa dedica-se, fundamentalmente ao desenvolvimento e fornecimento de “software” de suporte à gestão operacional das empresas. Com várias aplicações já desenvolvidos e com valências diferentes, “a empresa tem sido bastante solicitada, em particular no que diz respeito

às aplicações disponibilizadas através da internet”, afirmou Alves Vieira. O “software” denominado “Legislação What” tem como função dar todo o suporte à gestão da conformidade legal das organizações, fornecendo não só a legislação aplicável em cada caso particular, como também campos estruturados para análise da aplicabilidade e da conformidade, entre outras funcionalidades. “Provas What” é outro software, que se destina à gestão de salas de prova organoléptica de azeites. Vítor Guedes é uma das empresas utilizadoras deste serviço. Por último, “HACCP What” que se destina a empresas do sector alimentar, tem como objectivo a gestão de sistemas de segurança alimentar. O acesso a estas três aplicações informáticas, é

disponibilizado pela a Now What? através da internet mediante um aluguer que, além do serviço, assegura toda a correspondente assistência técnica. Segundo, Alves Vieira, “qualquer tipo de problema que o nosso cliente tenha, é por nós rapidamente resolvido pelo telefone, uma vez que o software está instalado no nosso servidor, isto sem prejuízo de uma assistência local sempre que necessário”.

A aposta na formação A Now What? pretende fixar-se em outros segmentos de mercado e aumentar a sua posição no mercado nacional. Ambiciona, ainda, manter a fidelização dos clientes já reunidos, através de uma relação sólida e estável e perspectiva aumentar o número de colaboradores da empresa. Com clientes espalhados

pelo país e sobretudo aqui na região do Médio Tejo, esta empresa desenvolve softwares “à medida” para as empresas, no estrito cumprimento dos princípios éticos e dos requisitos legais aplicáveis às actividades desenvolvidas.

HIPERMED - REPRESENTAÇÃO DE MATERIAL MÉDICO, LDA

Equipamentos de qualidade A Hipermerd é uma empresa que disponibiliza ao sector da saúde produtos de elevada qualidade, cientificamente testados e com garantia internacional de fabrico.

Fundada em 2005, a Hipermed distribui produtos e equipamentos para todas as especialidades de medicina, bem como também para a área da estética corporal. Iniciou o seu ciclo de distribuição comercial com a área de medicina dentária. Passados cinco anos, desenvolveu o seu sector administrativo, de produção, logística e formação, e assim, submeteu toda actividade

ao processo de certificação de qualidade. Além disso, alargou a distribuição para outras áreas de negócio, como a estética corporal, medicina veterinária e urologia. Para além da mediação comercial, a Hipermed tem a sua própria linha de produção de equipamento para medicina dentária e garante formação na mesma área. Formação que promove para todos os especialistas dessa área da saúde, como médicos, assistentes e técnicos de laboratório. Idalécio Sousa de Jesus é o proprietário da empresa e referiu ao JA que as pessoas ainda não apostam o suficiente na

saúde dentária sobretudo, na prevenção. “Só vão ao dentista quando já não há muito a fazer. Cada vez mais devemos ter especial atenção com a nossa saúde oral”, afirmou o empresário.

“Queremos estar perto de si, sempre e quando precisa” Este é um dos lemas da Hipermed para os profissionais aos quais se dirige. A empresa reúne nove funcionários e trabalha com mais de 19 fabricantes internacionais. Os clientes são cerca de dois mil e estão espalhados do norte a sul do país. A Hipermerd representa todo o tipo de material médico.

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24 ESPECIAL iNOV.POINT

MARÇO2011

TAGUS

Ao serviço do desenvolvimento rural A Tagus é uma associação resultante de uma parceria de vinte e seis entidades, públicas e privadas, que representam as principais forças vivas da região, que vão dos municípios e associações dos vários sectores de actividade até estabelecimentos de ensino e algumas empresas privadas. São entidades colectivas que têm algum papel e alguma preponderância no desenvolvimento da região.

E a Tagus é a associação destas entidades que tem como principal objectivo promover o desenvolvimento integrado do Ribatejo Interior, no caso os concelhos de Abrantes, Constância, Sardoal, Mação e Vila Nova da Barquinha. Para os concelhos de Abrantes, Constância, Sardoal, a Tagus é gestora de uma linha de financiamento do PRODER que é a abordagem LEADER, destinada ao desenvolvimento rural. Mas noutros projectos, a Tagus trabalha também com os concelhos de Mação e Vila Nova da Barquinha, por exemplo, no âmbito do QREN e em conjunto com outros parceiros, está a desenvolver uma estratégia de eficiência colectiva.

As actividades As actividades dividem-se em três linhas de trabalho, o apoio às pequenas empresas e pequenas iniciativas empresariais, o apoio

à preservação do património e à identidade da região, e a promoção da qualidade de vida das populações rurais. Uma outra área de trabalho é a promoção dos produtos e dos produtores locais, tal como das potencialidades turísticas. Neste trabalho contam-se iniciativas como os projectos na área do vinho e do azeite ou as feiras de doçaria e do fumeiro. Outra linha de acção consiste em organizar e estruturar rotas e assim captar mais visitantes para a região. Aqui, por exemplo, a Tagus está a promover a definição de um percurso pedestre e de BTT com os municípios de Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha, que deverá ir desta última vila até Belver. Além disso, organiza eventos, como o AQUA-

paper, uma prova que visa a promoção das potencialidades da albufeira do castelo de Bode e dos outros recursos turísticos da região. Pedro Saraiva, técnico superior da Tagus, resume o trabalho da associação. “O nosso trabalho é o de organizar e promover, por um lado, e, por outro, o de apoiar os agentes que estão no terreno.”

A Tagus e o Inov.Point A Tagus assinou um “protocolo de articulação funcional” em que a associação presta alguns serviços e cede algum pessoal à Tagus Valley com vista ao bom funcionamento do Inov.Point. A partir da experiência adquirida pela Tagus no domínio da organização de eventos e dos processos de comunicação, bem como da experiência já de-

monstrada na realização de candidaturas a fundos de financiamento, e ainda pelo facto de Pedro Saraiva ter funções de coordenação ao nível da Tagus Valley, “considerou-se que não fazia sentido duplicar serviços e competências, pelo que se decidiu utilizar os da Tagus, rentabilizando os recursos existentes”, explica o próprio Pedro Saraiva. Além disso, “a presença da Tagus no Inov.Point é para nós importante, por um lado, por estarmos associados a local de promoção do empreendedorismo e da inovação, e, por outro, por através do Centro de Transferência da Tecnologia Agro-Alimentar podermos fazer uma aproximação do conhecimento às nossas empresas, pois nós lidamos muito com os produtos tradicionais”, explica ainda Pedro Saraiva.

Os desafios Pedro Saraiva faz a síntese, em poucas palavras. “Temos uma estratégia local de desenvolvimento rural até 2013 aprovada, temos um plano estratégico para os Mercados do Tejo também aprovado e e somos promotores de um projecto de animação dos portos fluviais de Abrantes, Constância e Vila Nova da Barquinha em articulação com a promoção dos produtos locais. São estes os próximos grandes desafios que se colocam à Tagus.”

TAGUS Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior Contactos: Tel. 241 372 180 Web: www.tagus-ri.pt ASSOCIADOS Câmara Municipal de Abrantes Câmara Municipal de Constância Câmara Municipal de Mação Câmara Municipal de Sardoal Câmara Municipal da Barquinha Ass. Comercial de Abrantes, Constância, Mação e Sardoal Ass. de Agricultores de Abrantes, Constancia, Mação e Sardoal NERSANT – Ass. Empresarial - Núcleo de Abrantes ADIMO – Ass. de Desenv. Integrado das Mouriscas Associação “Os Quatro Cantos do Cisne” Montepio Abrantino “Soares Mendes” Palha de Abrantes EPDRA – Esc. Prof. de Desenv. Rural de Abrantes Instituto Politécnico de Tomar Turismo de Lisboa e Vale do Tejo ABRANFLÔR – Gestão de Espaços Verdes ALFGAB – Cont. Gestão, Lda Caixa de Credito Agrícola Mútuo de Tramagal Casario Ribatejano Centro Agrícola de Tramagal Gabinete de Advogados - J. C. Rufino Ribeiro Mendes Transportes e Construções, Lda Soc. Agro Almada e Melo Furtunato Mendonça, Lda. Sociedade Agrícola da Mascata, Lda STI - Sist. Técnicas Ind. Victor Guedes S.A

Edifício Inov´Point ENTIDADE

PESSOA RESPONSÁVEL

Tagusvalley

Dr. Pedro Saraiva

Tagus

CONTACTO

E-MAIL

241 330 330 / 914 909 819

geral@tagusvalley.pt

Dr. Pedro Saraiva

241 372 180 / 914 909 819

tagus@tagus-ri.pt

Classe A +

Eng.º Filipe Rodrigues Eng.º Pedro Rito

241 330 336 / 962 885 242 241 330 336 / 963 007 002

geral.amais@gmail.com

ND Consultores - Bioqual

Nuno Duarte

241 330 330 / 938 242 906

abrantes@bioqual.net

Inforuje

Rui Dias José Leitão

241 330 333 / 919 667 463 241 330 333 / 919 667 463

radias@inforuje.com

OTIC

Dr.ª Clara Amaro

241 330 330 / 916 164 197

otic@ipt.pt/c.amaro@ipt.pt

Line

Eng.º Bruno Chaparro

241 330 330 / 962 782 447

bruno.chaparro@sapo.pt

Incentea

Flávio Pereira

241 330 330 / 925 660 095

Hipermed

Dr. Idalécio

241 362 369 / 962 051 984

hipermed@gmail.com

Optimus Negócio

Edgar Ferreira

241 330 330 / 938 040 711

edgarferreira@ledcomnegocios.pt

Priconsulting

Dr. Paulo Gomes

241 330 330 / 938 413 125

geral@priconsulting.pt

Now What

Eng.º Alves Vieira

241 330 334 / 938 045 789

geral@now-what.pt

Agência Médio Tejo 21

Dr.ª Maria Do Céu Albuquerque Eng.ª Mónica Martins

jornaldeabrantes

241 330 330 914 408 842

monica.martins@mediotejo21.net


OPINIÃO 25

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QUERIDOS CONTERRÂNEOS

From Czech Republic whit love Neste momento encontro-me a escrever a mais de 3000km de distância da nossa cidade florida, mas a escrever-vos com o coração e saudade.

Já se passaram três anos desde a minha despedida da cidade e, como tal, penso ser uma boa altura para vos enviar uma carta a partilhar esta experiência pessoal de deixar (e vê-la bem de longe) a cidade que me viu nascer e crescer. Dizem que o sonho comanda a vida e eu sou um desses exemplos até porque penso mesmo que uma vida sem sonhos não faz sentido e não pode ser recompensadora. Guiada pelo sonho e pela força do destino, a minha vida deu uma volta de 180º graus em Setembro de 2007. Para trás tive de deixar o conforto do status quo: família, amigos e escuteiros, bem como todos os locais, cheiros e comidas que até aí eram a minha vida. Parti, então, rumo a Brno e à Universidade de Masaryk, com uma grande desarrumação interior de sentimentos. Mas, pouco a pouco, fui organizando-os; assim, com muito para fazer e com a ajuda dos novos amigos e colegas mais experientes, a caminhada foi feita a pas-

sos de gigante. Avaliando o meu percurso nestes três anos e meio como estudante de Medicina em Brno (República Checa), não mudaria nada. Entre momentos de alegria, saudade, sucesso e fraqueza, hoje sei que foi “o melhor” que me aconteceu na vida. Para além de uma grande experiência académica, com óptima qualidade de ensino e de infra-estruturas disponíveis, não posso esquecer o bom sistema de saúde em

vigor neste país e a autonomia que os nossos professores nos confiam apesar da barreira linguística. Esta experiência ensinou-me a ser emigrante e cidadã do mundo, mas principalmente portuguesa - é bem verdade que só na ausência damos valor às coisas boas da vida e portanto é com sotaque de emigrante que hoje em dia dou mais valor a tudo o que tinha em Portugal, principalmente em Abrantes. Cada fachada tipicamente abrantina, a pa-

lha de Abrantes, as lojas, os cafés, os cheiros, mas principalmente as pessoas, são agora mais bonitas. Com as fronteiras resumidas a praticamente nada, hoje sou uma cidadã com mente e espírito abertos a novas culturas e pessoas. Em três anos conheci mais de 30 nacionalidades, tornei-me vice-presidente da Associação de Estudantes de Medicina da Universidade de Masaryk (MIMSA) e, muito sinceramente, posso referir que sair do nosso habitat natural e da nossa zona de conforto nem sempre é mau ou prejudicial… de facto, pode abrir-nos muitas portas e horizontes, não só para outras culturas, mas também para nos conhecermos melhor a nós próprios. Como todos sabemos, quem faz o lugar são as pessoas, portanto não podia terminar esta carta sem referir a força da união e da amizade que existem na comunidade portuguesa, a qual encarnou o papel do emigrante no seu todo, defendendo o nosso país e os nossos com todas as forças, quer mantendo inalteradas algumas das tradições portuguesas, quer adaptando-as à cultura checa. (Por exemplo, a tradicional praxe que todos os anos em Setembro recriamos e melhoramos

RITA MATOS

como forma de recepção ao caloiro masaryko que, assim como eu cheguei, vem numa confusão de sentimentos e de dúvidas.) At last but not the least (Por último mas não menos importante) o meu grupo de amigos. Amigos que estiveram presentes em cada momento, como canta Mariza: gente que fica na história da história da gente. Partilhámos alegrias e tristezas, sucessos e derrotas, foram e são a minha família nesta minha nova cidade. Na esperança de um reencontro para breve, despeço-me agradecendo a todos os abrantinos que me recebem sempre com tanto carinho a cada regresso e que partilham com a minha família e amigos a dor da saudade. Mas principalmente um especial agradecimento aos meus pais, irmã e amigos, pois sem o vosso apoio nada disto seria possível.

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26 ABRANTES

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35 MIL EUROS PARA DESENVOLVER PROJECTOS

FimSocial apoia projectos de associações São oito projectos de seis associações do concelho de Abrantes que vão receber da autarquia uma subvenção de 35 mil euros para desenvolverem projectos de âmbito social. É a primeira vez que a autarquia abrantina desenvolve estes apoios para projectos sociais, tendo já outros programas para apoio ao desporto, à cultura e a eventos.

Neste primeiro ano, o FinSocial apoia projectos de associações que vão desde o apoio aos jovens,

idosos ou à inclusão étnica. Um dos projectos, da associação Cres. Ser, pretende ter uma intervenção “dirigido à comunidade cigana existente no concelho”. Ana Rita Santos, vice-presidente da associação, revelou que a ideia está muito no início mas pretende trabalhar com as mulheres e mães da comunidade de etnia cigana de Abrantes no sentido de aumentar o conhecimento sobre esta etnia por forma a poder criar uma melhor integração com a restante

comunidade. É um trabalho, segundo Ana Rita Santos, que trará resultados a médio e longo prazo e para o qual deverá existir uma parceria forte com outras instituições da cidade. Por outro lado, esta associação vai continuar a desenvolver o Viver.Sénior, um programa de apoio e trabalho cultural com a população mais idosa de diversas freguesias do concelho. A Associação Cultural Os Amigos de Martinchel pretende criar condições para o desenvolvimento

de acções de mobilidade dos seus idosos. Para isso pretende criar acções que minimizem a solidão de muitos dos idosos da freguesia, segundo Hélder Ramos, presidente da colectividade. Já em Barreiras do Tejo, o Centro Recreativo e Cultural pretende criar um ponto de internet para ocupar os mais jovens com formação nas novas tecnologias. Paulo Almeida, presidente do Centro, explicou que as acções de formação do ano passado foram muito positivas e por isso avan-

çam agora com este projecto. Já a Universidade da Terceira Idade de Abrantes (UTIA) pretende criar acções de combate ao isaolamento social da população sénior através da etnografia e dança. A Palha de Abrantes continua com as filmArtes infantil e juvenil, com actividades de artes plásticas e recolhas antropológicas. O Clube Desportivo Os Patos quer trabalhar a inclusão pela arte com actividades destinadas aos mais novos. Jerónimo Belo Jorge

CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DO A.D.S.A.C - AGRUPAMENTO DE DEFESA SANITÁRIA DE ABRANTES E CONSTANCIA Ao abrigo do art. 12º dos Estatutos do seu nº5, convoco os produtores associados que se encontrem em pleno gozo dos seus direitos, a reunirem em Assembleia Geral a realizar no dia 29 de Março de 2011, pelas 14:30 horas, na sede do A.D.S.A.C, sita na Av. Dr. Solano de Abreu, n.º 38 em Abrantes, com a seguinte ordem de trabalhos: 1. – Apresentação para apreciação e votação do Relatório e Contas da Direcção e Parecer do Concelho Fiscal; 2. – Proceder à eleição dos novos Corpos Sociais da A.D.S.A.C. para o triénio 2011/2013. Não havendo número suficiente de produtores associados para a Assembleia funcionar à hora indicada, a mesma funcionará uma hora depois, com qualquer número de produtores associados presentes. Abrantes, 3 de Março de 2011 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Victor Manuel Bastos Silva

CARTÓRIO NOTARIAL DE VILA DE REI JUSTIFICAÇÃO - Nos termos do artigo 100º do Código do Notariado, certifico que por escritura de 17 de Fevereiro de 2011, lavrada a folhas 101 do Livro de notas para escrituras diversas n.º 62 – E, deste CARTÓRIO PÚBLICO, na qual, CUSTÓDIO LOPES PEREIRA e mulher, MARIA CRISTINA DO CARMO SEABRA, casados sob o regime da comunhão geral, naturais, ele da freguesia de Alcaravela, concelho de Sardoal, ela da freguesia de Rio de Moinhos, concelho de Abrantes, residentes no lugar de Aldeinha, freguesia de Rio de Moinhos, concelho de Abrantes, declararam que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico, sito em “VALADARES” freguesia de Rio de Moinhos, concelho de Abrantes, composto de terra de mato, pinhal, construção rural, terreno estéril e cultura arvense, com área de setenta e quatro mil oitocentos e vinte e nove metros quadrados, que confronta pelo norte com Maria Fernanda Pereira Gonçalves e outro, pelo sul com Herdeiros de Serafim Álvaro Pereira, pelo nascente com a Estrada Municipal e outros e pelo poente com Maria Teresa Cordeiro Moura Neves, inscrito na matriz sob o artigo 43 Secção L. - Que o mencionado prédio, com a indicada composições, veio à sua posse, por volta do ano de mil novecentos e oitenta, por compra verbal a José da Costa Oliveira Falcão, solteiro, maior, residente na Rua Capitão Renato Batista, 94, cave Esquerda, em Lisboa, não tendo sido reduzida a escritura pública a referida compra. - Que desde essa data, em que se operou a tradição material do prédio, passaram a cortar o mato e os pinheiros, a cultivá-lo, a limpá-lo, a usufruir de todos os seus frutos e rendimentos, a suportar os seus encargos, agindo com a convicção de serem proprietários daquele imóvel e como tal sempre por todos foram reputados. - Que nos termos expostos, vêm exercendo a posse sobre o mencionado prédio, com a indicada composição, ostensivamente, à vista de todos, sem oposição de quem quer que seja, em paz, continuamente, há mais de vinte anos. - Que tais factos integram a figura jurídica da USUCAPIÃO, que invocam, para efeitos da primeira inscrição no registo predial, por não poderem provar a alegada aquisição pelos meios extrajudiciais normais. Está conforme o seu original. Vila de Rei, 17 de Fevereiro de 2011 O Escriturário Superior - Manuel Rosa Dias (em Jornal de Abrantes, edição 5482 – Março de 2011)

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ABRANTES 27

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Escola primária de Bioucas vai ser capela A escola primária de Bioucas, freguesia do Souto, no Norte do concelho de Abrantes, é uma das muitas que fechou portas devido à falta de alunos. Entre portas fechadas, as escolas propriedade da Câmara de Abrantes têm vindo, na maior parte, a ser cedidas para o funcionamento de associações. No caso de Bioucas, a antiga escola primária vai ser uma capela e casa mortuária. A Câmara de Abrantes e a Fábrica da Igreja Paroquial do Souto assinaram, no dia 11 de Fevereiro, a escritura de constituição e doação de direito de superfície relativa à cedência do edifício da antiga escola primária de Bioucas. O documento foi outorgado pela Presidente da Câmara, Maria do Céu Albuquerque e pelo pároco do Souto, na

qualidade de representante da Fábrica da Igreja Paroquial da freguesia, padre Pedro Tropa. Maria do Céu Albuquerque sublinhou a importância do acto, por se tratar de “devolver a escola à comunidade para uma função social. É um fim muito digno que permite ao edifício continuar a ter uma função social”, sublinhou Maria do Céu

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Albuquerque adiantando que existe um projecto novo para ocupar algumas escolas, mas tem de ser dado um passo de cada vez. O pároco Pedro Tropa revelou que este acordo permite dar às pessoas de Bioucas um espaço “que sentem seu e próprio para a oração, para a sua fé”. O pároco disse que agora há que pôr mãos à obra, elaborar o projecto que permita introduzir no edifício as alterações necessárias a torná-lo num espaço para a oração. A ocupação de escolas primárias devolutas no concelho de Abrantes não é novidade. Neste momento existem 35 edifícios que foram escolas do primeiro ciclo que estão cedidos a associações. Muitos dos edifícios são colocados ao serviço das comunidades locais e ganham novas funcionalidades.

NOTARIADO PORTUGUÊS CARTÓRIO NOTARIAL DE SÓNIA ONOFRE EM ABRANTES A CARGO DA NOTÁRIA SÓNIA MARIA ALCARAVELA ONOFRE. - Certifico para efeitos de publicação que por escritura lavrada no dia dezasseis de Fevereiro de dois mil e onze, exarada de folhas cento e sete a folhas cento e dez, do Livro de Notas para Escrituras Diversas OITENTA E SETE – A, deste Cartório Notarial, foi lavrada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO na qual os Senhores MANUEL AMARO e mulher ILDA DIOGO SOUSA, casados no regime da comunhão geral, ambos naturais da freguesia de Pego do concelho de Abrantes, residentes na Rua da Alagoa, número 47, primeiro andar esquerdo, em Almeirim, DECLARARAM que, com exclusão de outrém, são donos e legítimos possuidores dos seguintes prédios: UM) Prédio Rústico, sito em Tendeiros, na freguesia de Pego, do concelho de Abrantes, composto de figueiras, olival e solo subjacente de cultura arvense com olival, com a área de mil setecentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar de Norte e Nascente com Constâncio da Silva Amaro, de Sul com Joaquim Vicente Serrano Moedas e de Poente com Caminho Público, omisso na Conservatória do Registo Predial de Abrantes, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 10 da secção A. - DOIS) UM SEXTO do Prédio Rústico, sito em Concelhos, na freguesia de Pego do concelho de Abrantes, composto de oliveiras, figueiras, pinhal, sobreiros e solo subjacente de cultura arvense com olival, descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes sob o número SEISCENTOS E TRÊS/PEGO, sem inscrição quanto ao sexto que ora se justifica, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 11 da secção O. - TRÊS) UM SEXTO do Prédio rústico, sito em Concelhos, na freguesia de Pego, do concelho de Abrantes, composto de olival e figueiras, descrito na Conservatória do Registo Predial de Abrantes sob o número SEISCENTOS E DOIS/PEGO, sem inscrição quanto ao sexto que ora se justifica, inscrito na respectiva matriz o artigo 220 da secção C. Que os prédios ora justificados estão inscritos na matriz, em nome dele justificante marido e que são possuidores dos prédios acima identificados por lhes terem sido doados, verbalmente, por sua mãe e sogra Emília Joaquina, viúva de Daniel Dias Amaro, residentes que foi em Pego, Abrantes, antes do ano de mil novecentos e sessenta, logo há mais de vinte anos. - Que, desde a referida data, vêm exercendo continuamente a sua posse, à vista de toda a gente, usufruindo de todas as utilidades dos prédios, amanhando-os, na convicção de exercer direito próprio, ignorando lesar direito alheio, sendo reconhecidos como seus donos por toda a gente da freguesia e de freguesias limítrofes, pacificamente, porque sem violência, continua e publicamente, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sem a menor oposição de quem quer que seja e pagando os respectivos impostos, verificando-se assim todos os requisitos legais para que a aquisição dos citados imóveis seja por usucapião. Está conforme ao original e certifico que na parte omitida nada há em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve. Abrantes, 16 de Fevereiro de 2011 A Notária Sónia Maria Alcaravela Onofre

E-mail: geral@pauloniza.com

Telf.: 243 579 296

Telm. 938 879 678

(em Jornal de Abrantes , edição 5482 – Março de 2011)

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SARDOAL EDITAL N.º 03/2011 MIGUEL JORGE ANDRADE PITA MORA ALVES PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SARDOAL FAZ PÚBLICO que, para efeitos do art.º 91º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, se publica as deliberações da Assembleia Municipal, tomadas em sessão ordinária, realizada no dia 28 de Fevereiro de 2011: - Proposta de Regulamento do Arquivo Municipal; (Deliberado por unanimidade aprovar a Proposta de Regulamento do Arquivo Municipal). - Centro de Associativismo; (Deliberado por maioria, com treze votos a favor e seis abstenções, aprovar a Proposta para transformar o edifício municipal, em Centro do Associativismo.) E para constar se lavrou o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos de estilo. Paços do Município de Sardoal, 09 de Março de 2011 O Presidente da Assembleia Municipal Miguel Jorge Andrade Pita Mora Alves

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28 CULTURA

Semana da Cultura Cigana, em Abrantes De 6 a 9 de Abril, a Palha de Abrantes leva a efeito uma Semana de Cultura Cigana com o objectivo de promover “um ponto de encontro multifacetado, um espaço de diálogo e coesão social” e “promover o conhecimento desta minoria étnica”. A Semana pretende assumir uma dimensão de “festa” e trazer a Abrantes “figuras importantes e relevantes na área do cinema e da cultura cigana”. Destaques. Dias 6 e 7 de Abril, cinema com a presença dos realizadores no dia 6. Dia 8, teatro. Dia 9, espectáculo musical. Às 21h30, no cine-teatro de S. Pedro. Esta iniciativa assume um particular significado face aos conflitos resultantes da presença de várias comunidades ciganas entre nós. Promover o conhecimento é o primeiro passo para a compreensão.

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Rodrigo Leão em Abrantes Rodrigo Leão anda a percorrer o país com uma nova série de espectáculos, num registo diferente daquele com que tem brindado o público. A digressão “Instrumental” que começou no dia 20 de Janeiro vai passar por Abrantes a 18 de Março. Desta vez o compositor será acompanhado pelo grupo Ensemble, de dimensões mais reduzidas - um quinteto com o próprio Rodrigo Leão em teclados e ainda um trio de cordas e um acordeão. Os concertos vão ser apenas instrumentais, sem voz. Contudo o músico quer, posteriormente, desenvolver estes temas em versões vocais e lançar um novo disco. O concerto tem lugar no Cine-teatro São Pedro, às 21h30. Os bilhetes já se encontram à venda no Posto de Turismo (15€).

Luís Caramelo na Biblioteca António Botto Luís Carmelo vai estar na Biblioteca António Botto, em Abrantes para a iniciativa “Entre nós e as palavras”. Romancista, ensaística, dramaturgo, poeta e autor multifacetado, o escritor de “Entre o eco do espelho”, “O inventor de lágrimas” e “ E Deus pegou-me na cintura” vai estar

em destaque no dia 24 de Março. A apresentação estará a cargo de José Alves Jana. Luís Carmelo doutorou-se em Línguas e Literaturas Modernas na Holanda, é também bloguer e cronista do Expresso Online. O encontro com o autor acontece às 21h30.

Verdade e consequências O encontro está marcado, na primeira quinta-feira de cada mês, na Biblioteca António Botto. A Universidade Popular de Abrantes, numa parceria da Galena, Associação Cultural, e da própria Biblioteca, leva ali a efeito uma conferência “sobre as grandes questões do nosso tempo”. O “conferencista residente” é Alves Jana e a organização pretende que, depois de uma exposição inicial, se

abra a conversa ao modo de tertúlia. Na primeira sessão, neste mês de Março, o tema foi “Portugal 2011: como é que chegámos a isto?”. Para Abril o tema já anunciado para o dia 7, às 21h30, será “Isto é o caos! Viva a liberdade”. Não vai ser uma abordagem libertária, mas uma análise que vai da física contemporânea à discussão do estatuto da liberdade.

Sável e lampreia na Barquinha Vila Nova da Barquinha recebe, até ao dia 3 de Abril, mais uma edição do Mês do Sável e da Lampreia. Realizada pelo 17º ano consecutivo, esta mostra gastronómica tem como objectivo “promover o concelho e acarinhar a cozinha típica da região, que vai buscar os seus recursos aos três rios que banham o concelho, o Tejo, o Zêzere e o Nabão”. Conforme referiu ao JA Fernando Freire, vereador na Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha. Pratos típicos como a açorda de sável e o arroz de lampreia vão a ser

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servidos à mesa de sete restaurantes daquele concelho. O Almourol, o Chico, a Palmeira, a Platina, o Soltejo, o Stop e a Tasquinha da Adélia são os restaurantes que aderiram à iniciativa. Para além desta mostra do Sável e da Lampreia, pode ainda aproveitar para visitar o Castelo de Almourol. Pois, ao sentar-se num dos restaurantes aderentes, ganha bilhetes para os passeios de barco que o transportam até ao monumento histórico, uma das 21 maravilhas de Portugal.

AGENDA DO MÊS

Abrantes Até 18 de março – Exposição – “Enciclopédia, um projecto de Desenho”, de Engrácia Cardoso – Galeria Municipal de Arte Até 29 de abril – Exposição “A I República na Génese da BD e no olhar do século XXI” – Biblioteca António Botto 18 de março – Concerto de Rodrigo Leão “Instrumental” – Cine-teatro São Pedro, às 21h30 24 de março – “Entre nós e as palavras” com o escritor Luís Carmelo - Biblioteca António Botto, às 21h30 26 de março a 6 de maio – Exposição de cerâmica de Ilda Bragança – Galeria Municipal de Arte 6 a 9 de Abril – Djelem, Djelem - Semana da Cultura Cigana CINEMA 16 de março – “Norte” 23 de março – “Canino” 30 de março – “China, China”, “Rapace” e “Canção de Amor e Saúde” 6 e 7 de Abril – Djelem, Djelem - Semana da Cultura Cigana

Barquinha Até 31 de março - 1 mês, 1 escritor, exposição bibliográfica de José Jorge Letria - Biblioteca Municipal, das 9h às 12h30 e das 14h às 18h Até 22 de abril - Exposição de pintura da Associação Pint´arte - Centro Cultural da Barquinha

Constância Até 31 de março - Mostra Bio-bibliográfica sobre Ana de Castro Osório – Biblioteca Alexandre O’Neill Até 31 de março - Exposição de ves dos de Noiva do século XX - An ga Cadeia de Constância

Sardoal 26 de março - Teatro “Um Casal Moderno”, pela TEIA - Alvarim - Centro Cultural Gil Vicente, às 21h30 Cinema - Centro Cultural Gil Vicente, às 16h00 13 de março – “Megamaind” 3 de abril - Entrelaçados.


CULTURA 29

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LUGARES COM HISTÓRIA

O Convento de Santo António Situou-se este Convento na zona onde hoje fica a torre das telecomunicações, entre o Hotel de Turismo e o Edifício Pirâmide e foi o terceiro da Ordem de S. Francisco, construído na região de Abrantes.

O primeiro foi fundado em 1526, na Ribeira da Abrançalha, junto à capela de Nossa Senhora da Luz. Reinava então D. João III e os gastos estiveram a cargo de D. Lopo de Almeida, 3º Conde de Abrantes. Enquanto decorreram as obras, os frades fundadores recolheram-se nas dependências da ermida de Nossa Senhora da Ribeira, em Alferrarede, onde também viveram as freiras, que foram depois para o Convento de Nossa Senhora da Esperança. Os frades estiveram na Ribeira da Abrançalha durante quarenta e cinco anos, mas “obrigados por muitas doenças”, acabaram por pedir licença a D. Duarte de Almeida, filho de D. Lopo, para vender o convento e suas terras e, com o dinheiro daí resultante, poderiam contribuir para

a construção de um segundo, este agora situado em Vale de Rãs, sítio onde havia água em abundância. Deste mosteiro já falámos mais detalhadamente, num Jornal de Abrantes anterior e dele ainda se encontram alguns vestígios visíveis, num edifício bastante degradado, hoje pertencente à Câmara Municipal de Abrantes. Os frades viveram ali apenas durante vinte cinco anos, pois o lugar era húmido e os frades continua-

vam “atacados de morrinha”. Então, em 1953, pediram autorização a Filipe I, para construírem um terceiro convento, sendo a primeira pedra lançada em 15 de Maio de 1601. O sítio, conhecido por Fonte do Ouro, agora já bem próximo da vila, era seco e muito arejado, pelo que os frades se mantinham bem mais saudáveis que nos anteriores. O dinheiro para a sua construção proveio da venda do de Vale de Rãs, das esmolas do povo e o rei Filipe II contri-

buiu também, revertendo a favor do convento alguns impostos que lhe eram devidos. D. António de Almeida, neto do conde fundador, D. Lopo, ofereceu o produto da venda de alguns imóveis. A igreja da Ordem Terceira de S. Francisco ficava quase anexa ao mosteiro, mas foi construída mais tarde, tendo sido iniciada apenas em 1717 e a primeira missa foi ali rezada em 14 de Abril de 1721. Segundo testemunhos da época, “embora pe-

quena, era muito bonita e asseada”. O convento e a igrejas fecharam em 1834, quando da extinção das ordens religiosas. Em 1859 já estava tudo em ruínas que foram, por essa data, compradas pela Câmara Municipal. Passado pouco tempo, foi tudo arrasado, tendo a Câmara, no local da igreja, construído, em 1860, o Matadouro Municipal e é onde se encontra hoje o Edifício Pirâmide. As duas colunas, que podemos ver na parte central do edifício, pertenceram a esse matadouro. Em consequência de tudo isto, deste património antigo nada resta, a não ser uma cisterna que as crianças coloriram e que está junto ao eléctrico da Telepizza. Continua, no entanto, vivo na memória da toponímia, pois o local ainda se chama Largo de Santo António, mas já poucos sabem porquê. Bibliografia: Morato, António Manuel, Memória Histórica da Notável Vila de Abrantes” , edição da Câmara Municipal de Abrantes, 1981 Teresa Aparício

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Manuel de Jesus Beirão 21/03/1933 – 08-02-2011

Agradecimento Esposa, filhos, netos, genro e nora na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vem por este meio agradecer a todos quantos manifestaram a sua solidariedade e amizade, durante a sua doença e no seu funeral. Agradecem também a todos os profissionais do Serviço de Cirurgia 2 do Hospital de Abrantes, especialmente às Drªs Cristina Duarte e Luiza Gonzales, bem como a todos os profissionais do Hospital de Dia da mesma Unidade Hospitalar. A Todos o nosso Bem Hajam.

Carmina da Cruz N. 15-05-1921 F. 20-02-2011

POR

ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Alexandra Duarte Serra ALERGOLOGIA Dr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa Marta CARDIOLOGIA Dr.ª Maria João Carvalho CIRURGIA Dr. Francisco Rufino CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio - Dr. António Prôa DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira MEDICINA INTERNA Dr. Matoso Ferreira NEFROLOGIA Dr. Mário Silva NEUROCIRURGIA Dr. Armando Lopes NEUROLOGIA Dr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

MARCAÇÃO

OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA Dr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga ORTOPEDIA Dr. Matos Melo OTORRINOLARINGOLOGIA Dr. João Eloi PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Patricia Gerra PSICOLOGIA Dr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch; Dr.ª Maria Conceição Calado PSIQUIATRIA Dr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro SERVIÇO DE ENFERMAGEM Maria João TERAPEUTA DA FALA Dr.ª Susana Martins

CARVALHAL – ABRANTES

António Batista da Silva N. 03-07-1932 • F. 14-02-2011

Agradecimento Seu filho, nora e netos vem por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada. A todos um Bem Haja. A cargo de: Funerária Momentos Solenes Rua 5 de Outubro, 54 A-2230 Sardoal • Telem. 964 589 223 - 968 887 137

VALHASCOS – SARDOAL

GAVIÃO

Francisco da Costa

Francisco Lopes Rodrigues

N. 15-06-1924 • F. 19-02-2011

N. 30-05-1941 • F. 01-02-2011

Agradecimento Seus familiares, vêem por este meio agradecer, a todas as pessoas que lhe manifestaram solidariedade nos momentos dolorosos que viveram e a todas as que acompanharam a sua ente querida até à sua última morada. A todos um muito obrigado.

António Alves N. 23-04-1931 F. 04-02-2011

AGRADECIMENTO A sua família agradece a todas as pessoas que o acompanharam até à sua última morada ou que por qualquer forma manifestaram o seu pesar. Um agradecimento especial a todos quantos o apoiaram e se interessaram pela sua doença. A todos o seu bem haja.

Agradecimento

Agradecimento

Sua esposa, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada. A todos um Bem Haja.

Maria Adélia Dias Lopes Carreira vem por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada. A todos um Bem Haja.

A cargo de: Funerária Momentos Solenes Rua 5 de Outubro, 54 A-2230 Sardoal • Telem. 964 589 223 - 968 887 137

A cargo de: Funerária Momentos Solenes Rua 5 de Outubro, 54 A-2230 Sardoal • Telem. 964 589 223 - 968 887 137

RIO DE MOINHOS – ABRANTES

SARDOAL

Ana Luísa Campos N. 01-08-1930 • F. 21-02-2011

Agradecimento Seu marido e filhos vem por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada. A todos um Bem Haja. A cargo de: Funerária Momentos Solenes Rua 5 de Outubro, 54 A-2230 Sardoal • Telem. 964 589 223 - 968 887 137

Rui Dias N. 05-03-1937 • F. 14-02-2011

Agradecimento Sua esposa, filhos, genro e netos vem por este meio agradecer a todas as pessoas que se interessaram pelo estado de saúde de seu marido, pai, sogro e avô e acompanharam o seu ente querido à sua última morada. Agradecem muito em especial ao médicos/as, enfermeiros/as, auxiliares dos Hospitais de St.ª Marta, Hospital Universitário de Coimbra, Hospital de Abrantes, ao Dr. Valério que demonstraram o seu carinho e profissionalismo, durante a sua doença. A todos um Bem Haja. A cargo de: Funerária Momentos Solenes Rua 5 de Outubro, 54 A-2230 Sardoal • Telem. 964 589 223 - 968 887 137

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SAÚDE 31

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SAÚDE É ...

Secção da responsabilidade da Unidade de Saúde Publica do ACES do Zêzere

Cancro do colo do útero, prevenir é o melhor remédio O cancro do colo do útero é uma doença evitável e uma das mais frequentes nas mulheres entre os 35-50 anos. A vacinação contra o HPV – Papilomavirus Humano – preferencialmente, antes do início das relações sexuais, constitui um eficaz meio de prevenção primária. A realização de uma Citologia Cervical/Teste Papanicolau, é a melhor forma de detecção precoce (fase inicial) de células alteradas do colo do útero e por isso, de prevenir este cancro. Comparativamente com a Europa, Portugal apresenta um número elevado de novos casos de cancro de colo do útero (CCU). A infecção por HPV é uma infecção sexualmente transmissível muito frequente. Existe uma forte relação entre esta infecção e o cancro do colo do útero. Alguns tipos deste vírus, chamados papilomavirus de alto risco, infectam as células do colo do útero e transformam-nas, causando lesões que, após um longo período de tempo, podem progredir para le-

sões cancerígenas. O início da actividade sexual em idades muito jovens, um maior número de parceiros sexuais, o tabagismo (baixa imunidade celular), a imunodeficiência, a contracepção hormonal e a presença de outras infecções sexuais anteriores, aumentam o risco de evolução desta infecção. A maioria das vezes, o cancro não dá sintomas. A mortalidade está fortemente associada ao diagnóstico tardio e às fases avançadas da doença. A vacinação contra HPV, introduzida no Programa Nacional de Vacinação e efectuada gratuitamente às raparigas com 13 anos, permite a prevenção de infecções pelo papilomavirus humano e a longo prazo, do cancro do colo do útero. Hábitos de vida saudáveis como a alimentação equilibrada (rica em fruta), a ausência de tabagismo e evitar comportamentos sexuais de risco, são outras “armas” que cada um dispõe para prevenir a doença. A realização de citologia cervical, é a melhor forma de

detectar precocemente alterações das células do colo útero e prevenir este cancro. Zelar pela saúde está nas suas mãos lembre-se que mais vale prevenir que remediar! Paula Gil Enfermeira

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