Jornal O Ribatejo

Page 1

especial CASA DOS BEIRÕES NO RIBATEJO

Os 12 elementos que constituem os corpos sociais da Casa dos Beirões no Ribatejo. Da esquerda para a direita e a começar por baixo: José Martins, Francisco Martinho, Carlos Belo, José Barata, Arlindo Santos e Domingos Leitão. Em cima e no mesmo sentido: Luís Reis, Luís melo e Castro, Abreu de Campos, António Monteiro, António Alves e Arnaldo Vasques.

Beirões no Ribatejo uma associação de raiz regionalista em Santarém O sonho de uma sede A Casa dos Beirões no Ribatejo tem a desdita de ter “casa” só no nome. Uma adversidade contra a qual esta associação, com intensa atividade cultural e recreativa, luta há perto de uma dúzia de anos, aguardando pela promessa sempre adiada da autarquia de Santarém em lhe facilitar um edifício para sede.

Dionísio Abreu de Campos carrega desde a primeira hora esta obra que é a Casa dos Beirões no Ribatejo. É na sua própria casa, de resto, que as reuniões da direção a que preside desde a fundação continuam a ter lugar, uma vez que a Câmara de Santarém, malgrado as promessas dos sucessivos executivos, continua sem disponibilizar um espaço para sede da associação. Inconformado com o que considera ser uma incompreensão da autarquia, e até uma injustiça relativa face aos apoios que esta já concedeu a outras associações do concelho, Abreu de Campos faz questão em afirmar que a Casa dos Beirões no Ribatejo, enquanto associação de cariz regionalista, representa 88 municípios das beiras mais 21 do distrito da capital do Ribatejo. Além disso, é sem saudosismos que salienta a importância do apelo às raízes: “Temos

manifestado a preocupação de mantermos vivas as tradições das Beiras, fomentando ligações às autarquias beirãs, assim como possibilitarmos aos nossos associados idas a espetáculos de cariz variado e o conhecimento de destinos turísticos de elevado interesse”. E conclui que “efetivamente, além de um processo de coesão em que atendemos às origens, é do interesse das várias direções proporcionarem eventos de lazer e apreciado valor cultural”. Lamenta, contudo, que “todos os esforços das várias Direções em conseguirem uma Sede Social se tenham tornado infrutíferos por manifesta falta de solidariedade da Câmara Municipal de Santarém”, e conclui serem “já são muitas as promessas caídas em saco roto”. O sonho que tem para a sede social é vasto. “Temos o projeto de uma sede da Casa dos Beirões que seja ao mesmo tempo um espaço de encontro e de promoção e venda de produtos regionais das Beiras”, diz Abreu de Campos, lembrando porém que há muitos associados idosos e que por isso esta Associação que dirige desde a sua fundação também sonha com a criação de um espaço destinado a Centro de Dia, com apoio domiciliário aos mais necessitados. A finalizar, lembra que “tem sido constante o esforço em trazer mais associados e conseguirlhes vantagens mediante acordos firmados com instituições e empresas locais, traduzidos em protocolos celebrados, que lhes permitem acesso aos produtos e serviços com descontos apreciáveis”. Efetivamente, a Casa dos Beirões no Ribatejo estabeleceu já protocolos com 35 empresas e casas comerciais de Santarém – desde clínicas a farmácias e até casas de pneus – onde os seus associados têm descontos em serviços e compras que vão desde os 10% até 40%, conforme os acordos estabelecidos. São as vantagens diretas com que a direção procura recompensar os 15 euros de cota anual dos seus associados, que os estatutos da associação alargam também aos amigos dos beirões para lá, naturalmente, dos naturais. 09 Fevereiro 2012 O RIBATEJO 21


especial CASA DOS BEIRÕES NO RIBATEJO

Receção na Câmara Municipal de Gouveia em 2004 aos sócios da Casa dos Beirões no Ribatejo

Cronologia da Casa dos Beirões O projeto da Casa regional dos Beirões em Santarém começou a germinar em finais dos anos noventa. E como não podia deixar de ser, foi à mesa de um restaurante que a ideia cresceu e se materializou em associação, com escritura lavrada a 3 de outubro do ano 2000. Daí para cá, a atividade cultural e recreativa desta associação de âmbito regional tem vindo sempre em crescendo, contando atualmente com mais de quatro centenas de associados, na sua maioria residentes em Santarém.

1998 - 2000 Os beirões Dionísio Abreu de Campos e José Gabriel decidiram, em 1998, organizar um almoço que juntasse o maior número de conterrâneos, no que foram ajudados por António Alves, pela professora Prazeres e pelo advogado José Martins Carreto. Esse almoço decorreu no restaurante Ponto de Encontro, na Póvoa de Santarém, e surpreendeu pelo elevado número de participantes. Num segundo encontro, já no PUBLICIDADE

22 O RIBATEJO 09 Fevereiro 2012

ano seguinte e perante cerca de duzentos convivas beirões, o Dr. José Martins Carreto colocou a hipótese de se formar uma associação, no que todos concordaram. Assim, feitos os estatutos pelo citado advogado, a escritura realizou-se em 03 de outubro de 2000. Assinaram esta escritura de constituição os sócios fundadores: Dr. Martins Carreto, José Gabriel da Fonseca, Dionísio Abreu de Campos, Luís Melo e Castro, António Pereira Alves, José Esteves Cunha, José Lopes Barata, José Abílio Martins, Car-

los Belo, Manuel Tomé e António Ramos Goulão. Surgiu deste modo a Casa dos Beirões no Ribatejo, cujo objeto social promove a atividade recreativa e cultural, o estudo dos recursos e potencialidades das Beiras, fomentando o seu desenvolvimento económico e social, defendendo e valorizando o património natural, histórico, monumental, cultural, artístico e regional, sem interesses lucrativos. Os corpos sociais da nova associação ficaram assim constituídos: Assembleia Geral - presiden-

Dionísio Abreu de Campos, natural do concelho de Penamacor, é o fundador e presidente da direção da Casa dos Beirões no Ribatejo

te: José Abílio Pires Alves Martins; e secretários: António do Nascimento Almeida Batista e António Ramos Goulão. Direção – presidente: Dionísio Abreu de Campos; vice-Presidente: José Gabriel da Fonseca; secretário: Luís António Melo Castro; tesoureiro: José Lopes Barata; e vogais: António Pereira Alves e José Martins Carreto Concelho Fiscal – presidente: José Esteves da Cunha; secretário: Manuel Ribeiro Tomé; relator: Carlos Alberto Gonçalves Carmona Belo; suplente: Mário Filipe Madeira Gama.

O primeiro ato da direção foi o de dar conhecimento da existência da associação e o de enviar os seus estatutos à Câmara de Santarém e a todas as autarquias das Beiras. No mesmo ano, o associado José Esteves Cunha ofereceu o filme “Castelo Branco-cidade antiga”. O primeiro evento foi o Magusto Beirão, realizado na quinta do Goulão, no Cartaxo, que juntou centena e meia de sócios e familiares. Na reunião de 15 de Novembro, o sócio António Ramos Goulão, fez oferta de 35.000 escudos à associação.


2001 Foi um ano de grande atividade associativa o de 2001, que se regista aqui em discurso direto: Em março, ida ao Parque Mayer para ver a Revista à Portuguesa; em maio, passeio às Beiras; em junho, a sardinhada, e em setembro o convívio anual, para voltarmos ao magusto em novembro. Foi com agrado que recebemos a presença numa reunião do sócio e ator Joaquim Nicolau. Neste ano, numa viagem de fim-de-semana, visitámos Idanha-a-Nova, Penamacor e Manteigas, onde cinquenta sócios foram recebidos na Câmara de Penamacor pelo vereador Dr. Francisco Abreu e em Manteigas pelo presidente Dr. José Biscaia. O primeiro aniversário festejou-se em 30 de setembro de 2001 na Quinta da Feteira, em Fazendas de Almeirim, onde estiveram presentes cento e sessenta sócios e familiares; animou o convívio o conjunto “Segunda Geração” da freguesia de Aranhas de Penamacor. Neste ano realizou-se a primeira Assembleia Geral onde se

Homenagem a Eugénia Lima em 2008, na festa de aniversário da Casa dos Beirões que decorreu no “Gato Preto”, em Rio Maior. elegeram os corpos sociais para o triénio 2002/2004, compostos pelos seguintes elementos: Assembleia Geral – Presidente: Manuel Guterres Nogueira; Secretários: Luís António Melo e Castro e Joaquim Candeias Rodrigues. Direção – Presidente: Dionísio Abreu de Campos; VicePresidente: Maria Conceição Pero Mato; Tesoureiro: Manuel Fernandes Alcobaça; Secretário: Carlos Alberto Carmona Belo; e Vogais: Lourenço Leitão Lopes e António Marçal Matos. Concelho Fiscal – Presidente: Francisco José Morais Ferreira; Secretário: Ana Maria

Nicolau Moreira; Relator: António Ramos Goulão; Suplente: Manuel Ribeiro Tomé.

2002 Em abril houve excursão ao Minho; nesse mesmo mês tivemos sessão de fados. Em junho foi a sardinhada. E em setembro, o segundo aniversário da Casa dos Beirões contou com a presença do presidente da Câmara de Penamacor, Dr. Domingos Torrão e do Dr. Pinto da Rocha, em representação da autarquia escalabitana; deu um colorido diferente à confrater-

nização a consagrada acordeonista Eugénia Lima. Neste mesmo ano há salientar a audiência, em Maio, com a vereadora da Câmara de Santarém, Idália Moniz, onde foi solicitada pela primeira vez a cedência de um espaço para a sede, tendo sido prometido que, logo que houvesse um espaço disponível, a Câmara tomaria o pedido em conta.

2003 O ano começou com uma ida ao teatro a Lisboa, ver “My Fair Lady” de Filipe La Féria. Em

maio houve viagem às aldeias históricas da Beira Interior e de Trás-os-Montes, onde se ficou a conhecer: Castelo Novo, Monsanto, Idanha-a-Velha, Penha Garcia, Sortelha e Castelo Mendo. O terceiro aniversário foi comemorado no restaurante “O Gato Preto”, em Rio Maior, e continuando a ação de intercâmbio com os municípios beirões, teve a presença da Tuna da Zebreira do concelho de Idanha-a-Nova. Neste mesmo ano, a sócia professora Prazeres Marçal Lopes musicou o Hino da Casa dos Beirões, e Ivone Carrolo fez a letra (ver destaque). PUBLICIDADE

09 Fevereiro 2012 O RIBATEJO 23


especial CASA DOS BEIRÕES NO RIBATEJO

Hino da Casa dos Beirões no Ribatejo És vontade, bravura, minha terra És aquilo que vejo e adivinho Revestida de Neve lá na serra Tens beleza em cada caminho (Refrão) És Beira interior tão alta de encanto Pois, por amor, eu sei que és um génio Os valores que enfeitam, o teu lindo manto São minha força, no novo Milénio. Ouço o cuco, saltando nos ramos Do arvoredo, que enternece a gente Acredita, sempre que aí vamos Teu ar tão puro, ainda se sente Vê-se a glória em teus monumentos Confirmando nobres tradições Se pressente, em teus movimentos A saudade que há nos corações Nunca deixes, de ter tal candura Mesmo crendo, que irás mudar Te entregamos a nossa ternura E esperamos um dia voltar

02

Hino da Casa dos Beirões (ano 2003), com letra de Ivone Carrolo e música da professora Prazeres.

Trova Nova, Velha Cena Eu canto a minha terra Dou melodia ao poema Trova nova, nova vida Trova velha, velha cena

Grande rio que vens lento Vens da riba para o mar Redobras o meu intento Doce Tejo, de te amar

Ranchos dobrados ao meio Ondulam entre vinhedos E cantigas de permeio Encerram velhos segredos

Eu canto a minha terra Dou melodia ao poema Trova nova, nova vida Trova velha, velha cena

A névoa esconde tesouros Goteja dos bagos de uva Voam melros e besouros Sobra sol e falta chuva Ao lagar arriba a esperança Que ano bom, é grau melhor Outono de Mil andanças Perfume a mosto ao redor Claro ou tinto encorpado Sangue de gente por dentro E um rosto bem queimado São do vinho o seu fermento

24 O RIBATEJO 09 Fevereiro 2012

A canção “Trova nova, velha cena”, interpretada por Susana Alves, com letra e música de Arnaldo Vasques, que conquistou o primeiro lugar do concurso musical “Cantar a Terra” da Rainha das Vindimas, com desfile de Liliana Leitão, realizado em 2008.

2004 Em fevereiro, houve excursão ao espetáculo de revista “In Love”, no Tivoli; e novamente fados em março. Em abril, participámos na Romaria da Senhora de Mércoles, em Castelo Branco. O mês de maio

trouxe-nos um agradável convívio na subida do Rio Douro, com mais de cento e sessenta sócios e familiares, culminando com uma receção na Câmara de Gouveia e almoço no “Albertino” de Folgozinho. No dia seguinte, já em Viseu, uma vereadora da autarquia

local acompanhou a comitiva de “beirões ribatejanos” numa visita guiada à cidade. A Direção continuava, entretanto, a pugnar por uma Sede própria para a associação, não obtendo resposta satisfatória por parte da autarquia escalabitana à época.


03 01

01 I Encontro Cultural Beirão realizado em Santarém. Espetáculo no Largo do Seminário aberto a toda a população e que contou com a participação da Orquestra Típica Albicastrense. 02 Eugénia Lima com o diretor da Orquestra Típica Scalabitana, António Nogueira, no mesmo Encontro Cultural Beirão. 03 O acordeonista Tino Costa no mangusto beirão.

04 Passeio pedestre e ao concelho de Proença-a-Nova ença-a-Nova

05 Concurso da Rainha nha das Vindimas, com desfi esfile de Liliana Leitão, realizado lizado em Março de 2008 08 e que também teve o concurso oncurso musical “Cantar a Terra”.

04

2005 Em fevereiro nova Noite de Fados; e em março ida à revista “Arre Potter que é Demais”, no Parque Mayer. Em abril, foi a oportunidade de participar na Romaria de Nossa Senhora do Almortão, em Idanha-a-Nova, com visita às aldeias históricas da região, e um degustar especial de javali em Penha Garcia. Já em maio, destaque especial para a viagem à Madeira e Porto Santo, com a participação de 98 Sócios e familiares. Chegado o quinto aniversário, houve festa com a presença de trinta acordeonistas da Associação de Acordeonistas do Fundão, numa comovente homenagem à acordeonista Eugénia Lima. O ano fechou com a reunião da Assembleia Geral, onde as contas apresentadas e o trabalho da Direção foram alvo do apreço dos sócios presentes. Para o triénio 2005/2007, foram eleitos e tomaram posse os seguintes elementos: Assembleia Geral – Presidente: Luís Melo e Castro; Secretários: Nelson Joaquim Duarte da Costa e Joaquim Candeias Rodrigues.

Direção – Presidente: Abreu de Campos; Vice-presidente: Maria Conceição Pero de Mato; Secretário: Luís Manuel Fazenda Reis; Tesoureiro: Carlos Alberto Carmona Belo; Vogais: Lourenço Leitão Lopes e António Pereira Monteiro. Conselho Fiscal – Presidente: Domingos do Nascimento Leitão; Secretário: Ana Maria Nicolau Moreira; Relator: Francisco José Morais Ferreira; Suplente: António Ramos Goulão.

2006 Os grandes destaques deste ano foram o “I Encontro Cultural Beirão”, em que as Orquestras Albicastrense e Scalabitana foram aplaudidas, por cerca de 800 pessoas, no Largo do Seminário em Santarém, e a conferência: “Gentes da Beira por terras do Ribatejo - uma presença multisecular”, no Teatro Sá da Bandeira, pelo Prof. Martinho Vicente Rodrigues, e que contou com a presença da vereadora Dra. Cristina Granada, do Município de Castelo Branco e da Banda Filarmónica de Tinalhas que, além de ter animado o centro

histórico da cidade, interpretou ainda alguns trechos musicais no final da palestra. Mas o ano abriu logo, em janeiro, com a ida ao espetáculo a “Canção de Lisboa”, no teatro Politeama; e em Março, a Noite Ribatejana. Já nos dias 29 e 30 de abril participámos na romaria de Nª Senhora do Bom Sucesso, em Penamacor, onde fomos recebidos pela vereadora da cultura e convidados a participar na festa do Bodo de Aranhas, refeição comunitária realizada por altura da Páscoa. Em Maio, repetimos o passeio de barco no rio Douro; e em julho realizámos o passeio anual, desta vez às ilhas Terceira, Faial, Pico e S. Miguel, nos Açores. Em Setembro comemorámos o 6º aniversário, com a participação do grupo “Raízes da Terra” de Aguiar da Beira e as Adufeiras de Idanha-a-Nova; em Novembro, novo Magusto e, em 31 de Dezembro, festejámos o fim de ano no “Gato Preto”.

05

09 Fevereiro 2012 O RIBATEJO 25


especial CASA DOS BEIRÕES NO RIBATEJO

2007 Logo em fevereiro, ida ao Parque Mayer à revista “Já viram isto”; em março Serão Ribatejano; em abril nova ida à revista para ver “Música no Coração”, de Filipe La Féria. E em maio chegou o passeio anual, desta vez pelo norte de Espanha onde visitámos Santiago de Compostela e navegámos no rio Arosa, rumando mais PUBLICIDADE

26 O RIBATEJO 09 Fevereiro 2012

para norte em visita às cidades de Leon, Santander, Burgos e a sua catedral magnífica, depois da passagem pelas grutas de Covadonga. Momento alto foi a realização do “II Encontro Cultural”, com a participação da Orquestra de Alcains, do Grupo Coral de Proença-a-Nova e da Orquestra Típica Scalabitana. Finalizámos o ano com a realização do “I Encontro de Coros”, na Igreja de Marvila,

com a participação dos Corais de Proença-a-Nova e do Círculo Cultural Scalabitano.

2008 O ano começou com a ida ao Teatro Maria Vitória, em fevereiro, para ver o espetáculo “Hip-Hop arquel”. Em março teve lugar o concurso da Rainha das Vindimas, com desfile

de Liliana Leitão, e concurso musical “Cantar a Terra”, com a canção “Trova nova, velha cena”, interpretada por Susana Alves, com letra e música de Arnaldo Vasques, que conquistou o primeiro lugar (ver destaque). Em abril, nova ida a Lisboa para ver o musical “Jesus Cristo Super Star” de Filipe La Féria. Em maio voltámos à Beira, para visitar o Jardim do Paço e o Museu Tavares Proença,

em Castelo Branco, seguindo depois para Sortelha, Sabugal e Piódão. Julho ficou marcado pelo “III Encontro Cultural Beirão”, que contou com as Bandas Filarmónicas da Sertã e da Gançaria, esta em representação de Santarém; culminado com uma excursão ao Santuário de Lourdes, em França. Na festa do oitavo aniversário tivemos a representação do concelho de Castro Daire, e a participação do grupo musical “Os Alegres da Encosta de Montemuro“, além dos acordeonistas Tino Costa, Andreia Sofia e Eugénia Lima. Em dezembro, novo encontro de coros, desta vez na Igreja da Sé, em Santarém, com a atuação do Grupo Coral da Beira Interior, regido pelo maestro Luís Cipriano, e do Grupo Coral de Almeirim, pelo maestro Abílio de Almeida Figueiredo, realizado.


2009 Foi mais um ano recheado de iniciativas: em fevereiro ida à revista “Amor sem Barreiras”; em março foi a noite Ribatejana, no Clube da Ribeira de Santarém; em abril tivemos a visita a Vila Velha de Ródão, com passeio de barco no rio Tejo. O “IV Encontro Cultural Beirão” contou com a presença das Tunas Estudantina Académica e Tuna Académica do Instituto Politécnico “Castra Leuca”, ambas de Castelo Branco, além da Tuna Académica da Escola Superior Agrária de Santarém. Em julho tivemos o passeio a Itália, com visitas a Roma, Veneza, Pompeia, ilha de Capri, Pádua e Florença. Em setembro, realizou-se a festa do nono aniversário, onde contámos com uma

representação da autarquia de Trancoso, que nos trouxe uma mostra de produtos regionais e a animação por acordeonistas daquela cidade da Beira Alta A finalizar o ano, tivemos em dezembro novo encontro de “Coros de Natal”, com os Grupos Corais de Seia e da Golegã; o fim-de-ano festejou-se como habitualmente no restaurante “Gato Preto”, em Rio Maior.

2010 Iniciámos o ano com a ida aos espetáculos “Gaiola das Loucas” e “Agarra que é honesto”; em março visitámos a quinta dos Loridos, no Bombarral; em abril tivemos o passeio ao Alqueva, Marvão, Portalegre, Vila Viçosa e Évora; em maio retribuímos a visita a Trancoso, e retornámos ao rio Douro, para a

descida do Pocinho à Régua. Já o “V Encontro Cultural Beirão”, realizado no Jardim da República, teve a participação dos grupos “Cantares de Penamacor” e “Os Catorzes”, de Alverca do Ribatejo. Em Julho, o passeio anual levou-nos a Praga, Budapeste, Salzburgo e Viena. O “X Aniversário” comemorou-se em setembro, com a participação do grupo “Segunda Geração de Aranhas”, do concelho de Penamacor, conjuntamente com os acordeonistas Tino Costa, Andreia Sofia e Eugénia Lima. No “VI Encontro de Coros”, realizado em dezembro, na Igreja de Marvila, tivemos a presença do Grupo de Canto D’Alma da Santa Casa da Misericórdia de Trancoso e do Grupo Coral do Círculo Cultural Scalabitano, culminando com mais uma festa de final de ano.

Passeio dos sócios a Itália , com visita a Veneza PUBLICIDADE

09 Fevereiro 2012 O RIBATEJO 27


especial CASA DOS BEIRÕES NO RIBATEJO

2011 Finalmente, o ano de 2011 iniciou-se também com idas ao teatro a Lisboa para ver as revistas “Vai de Email a Pior” e “Um Violino no Telhado”. Em abril tivemos o passeio à Ilha da Madeira; em maio uma incursão pelo norte do país, com visitas às cidades de Viana do Castelo, Guimarães e Braga, e ainda ao Parque Nacional do Gerês. Já o passeio anual levou-nos à Croácia, onde percorremos cidades como Dubrovnik, dez anos depois de uma guerra destruidora, e visitámos o Parque Nacional de Plitvice, em Opatija, e ainda um salto à Eslovénia, onde nos deslumbrámos com as grutas de Postojna. Em outubro comemorámos “XI Aniversário”; em novembro organizámos mais um Magusto, desta vez no “Retiro do caçador”, em Achete; e o fimde-ano, como foi sendo hábito, PUBLICIDADE

28 O RIBATEJO 09 Fevereiro 2012

no “Gato Preto”, em Rio Maior. Já os habituais eventos do Encontro Cultural Beirão e do Encontro de Coros não se realizaram neste ano por falta de apoio da Câmara de Santarém. Ainda neste ano foram eleitos os novos corpos gerentes para o triénio 2011/2013, que focaram assim constituídos: Assembleia Geral – presidente: Arnaldo António Rodrigues Rios Vasques; secretários: Carlos Alberto Carmona Belo e José Lopes Barata. Direção – presidente: Dionísio Abreu de Campos; vice-presidente: Luís António Lourenço Óscar Melo e Castro; tesoureiro: António Pereira Monteiro; secretário: José Carlos Lopes Martins; vogais: António Matos Alves e Francisco dos Santos Martinho. Conselho Fiscal – presidente: Domingos do Nascimento Leitão; secretário: José Manuel Emídio da Conceição; relator: Luís Manuel de Matos Fazen-

da dos Reis; suplente: Arlindo Gomes dos Santos. A finalizar, tem sido constante o esforço em trazer mais associados e conseguir-lhes vantagens mediante acordos firmados com instituições e empresas locais, traduzidos em protocolos celebrados, que lhes permitem acesso aos produtos e serviços com descontos apreciáveis.

Além disso, temos manifestado a preocupação de mantermos vivas as tradições das Beiras, fomentando ligações às autarquias beirãs, assim como possibilitamos aos nossos associados idas a espetáculos de cariz variado e o conhecimento de destinos turísticos de elevado interesse. Efetivamente, além de um processo de coesão em que atendemos às origens, é do

interesse das várias direções proporcionarem eventos de lazer e apreciado valor cultural. Lamentavelmente, todos os esforços das várias Direções em conseguirem uma Sede Social, têm-se tornado infrutíferos por manifesta falta de solidariedade da Câmara Municipal de Santarém, apesar das muitas promessas “caídas em saco roto”:


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.