1ª Feira de Emprego de Santarém

Page 1

1 feirade ª

emprego O Jornal O Ribatejo e a PME Consult são os organizadores desta 1ª Feira de Emprego em Santarém, que tem lugar nos dias 18 e 19 de Junho, no Centro Nacional de Exposições (CNEMA). Um evento inédito na região, com a presença de mais de duas dezenas de expositores, entre instituições e empresas que nos trazem ofertas variadas, quase uma dezena de workshops, duas conferências, tudo a pensar na criação de emprego e na qualificação dos nossos jovens e desempregados à procura de novas oportunidades. As entradas na Feira e as inscrições para participação nos workshops são gratuitas. Façam o favor de entrar.

Vá à Feira do Emprego de transportes públicos A Rodoviária do Tejo disponibilizou seis carreiras de autocarro para esta 1ª Feira do Emprego em Santarém, com circulação entre a Gare da Rodoviária do Tejo e o CNEMA. Com os seguintes horários: Dia 18, Manhã – partidas da Gare da Rodoviária para o CNEMA às 10h30 e às 11h00. Tarde – partidas da Gare da Rodoviária para o CNEMA às 14h00 e às 15h00. Dia 19, Manhã – partidas da Gare da Rodoviária para o CNEMA às 10h30 e às 11h00. Nota importante: A carreira regular entre a cidade e o Retail Park, junto ao Cnema, serve também de apoio de transporte para a Feira, com carreiras de hora a hora, entre as 8h00 e as 23h00.

18 e 19 de Junho Santarém - Cnema

WORKSHOPS CONFERÊNCIAS OFERTAS DE EMPREGOS CONTACTOS PROFISSIONAIS

Quando o “Canudo” deixa de ser uma garantia… As mudanças nos sistemas económicos traduziram-se, na última década, em alterações significativas no mercado de trabalho. Enquanto no passado ter um diploma era sinónimo de ter um emprego, hoje, Portugal tem mais de quarenta mil licenciados desempregados, que perguntam para que serve o “canudo”, se ninguém o valoriza? Na verdade, muitas têm sido as tentativas de estabelecer uma relação entre o ensino, a empregabilidade e o impacto nas actividades económicas. São vários os estudos que revelam que a obtenção de um grau de ensino superior é factor determinante na entrada no mercado de trabalho. Por outro lado, sendo o principal empregador, o sector privado, verifica-se que, cada vez mais, este sector exerce influência sobre o perfil dos diplomados. São ainda bastante evidentes indicadores que relacionam as áreas de formação dos diplomados com as oportunidades de emprego. Existe uma convicção que cada vez mais os diplomados têm que ter atitudes flexíveis e conhecimentos em várias áreas de estudo, por isso se fala num ensino multidisciplinar, todavia também é certo que as empresas consideram que os diplomados, regra geral, não estão preparados para a resolução de problemas no contexto de trabalho. Diz-se que estes diplomados são demasiado formatados pela teoria, tendo pouca prática na resolução dos problemas organizacionais. Verifica-se assim que, muitas vezes, o foco nas competências cruzadas e na flexibilidade do diplomado, subvalorizam as competências profissionais, nomeadamente em áreas onde a especialização é menos determinante. Este panorama reflecte-se nas instituições de ensino superior. Embora oficialmente isso não seja reconhecido, é geralmente aceite que existem organizações com estatuto e prestígio mais acentuado que outras e o próprio mercado do emprego estimula as diferenças de qualidade e de reputação de algumas instituições ao preferir umas em detrimento das outras. As diferenças entre Politécnicos e Universidades, que têm gerado algumas quezílias no ensino superior nacional, não são bem evidentes em alguns países, por exemplo, os empresários ingleses têm preferência pelos diplomados do ensino Politécnico, mas já na Alemanha verifica-se uma maior preferência pelos diplomados das Universidades. Várias pesquisas apontam para o facto de os empre-

Florinda Matos (*) gadores valorizarem os seguintes aspectos: reputação das Instituições de ensino superior; experiência profissional, ainda que no decorrer do percurso académico; treino na capacidade de resolução de problemas; capacidade empreendedora; capacidade de comunicação; capacidade de cooperação e de trabalho em equipa, capacidade de trabalho em contextos de pressão. Neste ambiente, surgiu, o Processo de Bolonha que permitiu a abertura do sistema de ensino superior a novos públicos e ao desenvolvimento do ensino da educação pós secundária. Esta situação permitiu um aumento de cerca de 40% de novas inscrições no ensino superior, nos últimos cinco anos e o crescimento e a consolidação do sistema de ensino Politécnico. É neste cenário, altamente competitivo e cheio de incertezas que muitos dos nossos diplomados têm que procurar trabalho, será por isso importante que as instituições de ensino superior, para além de lhe darem competências profissionais os ensinem a competir neste novo paradigma, onde os negócios empresariais são completamente distintos dos de outrora. Hoje o mercado de trabalho é inserido num contexto de maior autonomia, onde as habilidades dos indivíduos, geridas como talentos, permitem a antecipação à mudança e portanto, a competitividade empresarial num mercado cada vez mais global. (*) Docente /Investigadora Consultora PMEConsult florinda.matos@pmeconsult.pt


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.