1 feirade ª
emprego O Jornal O Ribatejo e a PME Consult são os organizadores desta 1ª Feira de Emprego em Santarém, que tem lugar nos dias 18 e 19 de Junho, no Centro Nacional de Exposições (CNEMA). Um evento inédito na região, com a presença de mais de duas dezenas de expositores, entre instituições e empresas que nos trazem ofertas variadas, quase uma dezena de workshops, duas conferências, tudo a pensar na criação de emprego e na qualificação dos nossos jovens e desempregados à procura de novas oportunidades. As entradas na Feira e as inscrições para participação nos workshops são gratuitas. Façam o favor de entrar.
Vá à Feira do Emprego de transportes públicos A Rodoviária do Tejo disponibilizou seis carreiras de autocarro para esta 1ª Feira do Emprego em Santarém, com circulação entre a Gare da Rodoviária do Tejo e o CNEMA. Com os seguintes horários: Dia 18, Manhã – partidas da Gare da Rodoviária para o CNEMA às 10h30 e às 11h00. Tarde – partidas da Gare da Rodoviária para o CNEMA às 14h00 e às 15h00. Dia 19, Manhã – partidas da Gare da Rodoviária para o CNEMA às 10h30 e às 11h00. Nota importante: A carreira regular entre a cidade e o Retail Park, junto ao Cnema, serve também de apoio de transporte para a Feira, com carreiras de hora a hora, entre as 8h00 e as 23h00.
18 e 19 de Junho Santarém - Cnema
WORKSHOPS CONFERÊNCIAS OFERTAS DE EMPREGOS CONTACTOS PROFISSIONAIS
Quando o “Canudo” deixa de ser uma garantia… As mudanças nos sistemas económicos traduziram-se, na última década, em alterações significativas no mercado de trabalho. Enquanto no passado ter um diploma era sinónimo de ter um emprego, hoje, Portugal tem mais de quarenta mil licenciados desempregados, que perguntam para que serve o “canudo”, se ninguém o valoriza? Na verdade, muitas têm sido as tentativas de estabelecer uma relação entre o ensino, a empregabilidade e o impacto nas actividades económicas. São vários os estudos que revelam que a obtenção de um grau de ensino superior é factor determinante na entrada no mercado de trabalho. Por outro lado, sendo o principal empregador, o sector privado, verifica-se que, cada vez mais, este sector exerce influência sobre o perfil dos diplomados. São ainda bastante evidentes indicadores que relacionam as áreas de formação dos diplomados com as oportunidades de emprego. Existe uma convicção que cada vez mais os diplomados têm que ter atitudes flexíveis e conhecimentos em várias áreas de estudo, por isso se fala num ensino multidisciplinar, todavia também é certo que as empresas consideram que os diplomados, regra geral, não estão preparados para a resolução de problemas no contexto de trabalho. Diz-se que estes diplomados são demasiado formatados pela teoria, tendo pouca prática na resolução dos problemas organizacionais. Verifica-se assim que, muitas vezes, o foco nas competências cruzadas e na flexibilidade do diplomado, subvalorizam as competências profissionais, nomeadamente em áreas onde a especialização é menos determinante. Este panorama reflecte-se nas instituições de ensino superior. Embora oficialmente isso não seja reconhecido, é geralmente aceite que existem organizações com estatuto e prestígio mais acentuado que outras e o próprio mercado do emprego estimula as diferenças de qualidade e de reputação de algumas instituições ao preferir umas em detrimento das outras. As diferenças entre Politécnicos e Universidades, que têm gerado algumas quezílias no ensino superior nacional, não são bem evidentes em alguns países, por exemplo, os empresários ingleses têm preferência pelos diplomados do ensino Politécnico, mas já na Alemanha verifica-se uma maior preferência pelos diplomados das Universidades. Várias pesquisas apontam para o facto de os empre-
Florinda Matos (*) gadores valorizarem os seguintes aspectos: reputação das Instituições de ensino superior; experiência profissional, ainda que no decorrer do percurso académico; treino na capacidade de resolução de problemas; capacidade empreendedora; capacidade de comunicação; capacidade de cooperação e de trabalho em equipa, capacidade de trabalho em contextos de pressão. Neste ambiente, surgiu, o Processo de Bolonha que permitiu a abertura do sistema de ensino superior a novos públicos e ao desenvolvimento do ensino da educação pós secundária. Esta situação permitiu um aumento de cerca de 40% de novas inscrições no ensino superior, nos últimos cinco anos e o crescimento e a consolidação do sistema de ensino Politécnico. É neste cenário, altamente competitivo e cheio de incertezas que muitos dos nossos diplomados têm que procurar trabalho, será por isso importante que as instituições de ensino superior, para além de lhe darem competências profissionais os ensinem a competir neste novo paradigma, onde os negócios empresariais são completamente distintos dos de outrora. Hoje o mercado de trabalho é inserido num contexto de maior autonomia, onde as habilidades dos indivíduos, geridas como talentos, permitem a antecipação à mudança e portanto, a competitividade empresarial num mercado cada vez mais global. (*) Docente /Investigadora Consultora PMEConsult florinda.matos@pmeconsult.pt
7
O Ribatejo 18 | Junho | 2010
CONFERÊNCIAS Dia 18 de Junho 11h00 – “Ensino, Emprego e Empreendedorismo”
Dia 18 de Junho 15h30 – “Gestão de Talentos e CompeƟƟvidade Empresarial”
Oradores: Dr. José Eduardo Carvalho – Presidente da Nersant Dr.ª Maria Salomé Rafael – Presidente Administração Esc. Prof. Vale do Tejo Prof. Hélder Pereira – Escola Sup. de Gestão do InsƟtuto Politécnico de Santarém Prof. Valter Vairinhos – Director do ISLA de Santarém Dr. Miguel Pinto dos Santos – Director da Escola Sup. de Tecnologia de Abrantes Moderadora: Dr.ª Florinda Matos - Doc. Universitária, InvesƟgadora e Consultora PMEConsult.
Oradores: Dr. Alexandre Rosa – Vice-Presidente do IEFP Prof. Albino Lopes – Professor Universitário Dr. Joaquim Paulo Conceição – CEO do Grupo Lena Dr. António Bob dos Santos – em representação do Secr. Est. da Energia e Inovação Moderadora: Dr.ª Florinda Matos - Doc. Universitária, InvesƟgadora e Consultora PMEConsult
WORKSHOPS Dia 18: 11h00 - 17h00 Dia 19: 12h00
Dia 18: 12h00 - 16h00 Dia 19: 13h00
Dia 18: 11h00
Dia 18: 15h00
Dia 18: 12h00 14h00
Dia 18: 15h00
Dia 19: 11h00
Dia 18: 17h00 Dia 19: 11h00
WORKSHOP I O CV perfeito para o anúncio certo Rosa Silva – EGOR Duração: 45 minutos WORKSHOP II Como preparar uma entrevista de Emprego Helena Ribeiro – Go Work Duração: 45 minutos WORKSHOP III Como criar o seu próprio emprego – as opções disponíveis Pedro Félix - NERSANT Duração: 45 minutos WORKSHOP IV Voluntariado Nacional e Europeu - Oportunidades Ana CrisƟna Garcia – Direcção Regional de Lisboa e Vale do Tejo do IPJ, I.P. Duração: 30 minutos WORKSHOP V Como planear a carreira para garanƟr emprego GeorgeƩe Devillet Lima – Escola Superior de Saúde de Santarém Duração: 45 minutos WORKSHOP VI Aprendizagem ao longo da Vida Filipa MarƟnho – ISLA Duração: 45 minutos WORKSHOP VII Divulgação Exército Português Exército Português Duração: 30 minutos WORKSHOP VIII Os Centros Novas Oportunidades – Portas de Entrada para a Qualificação Maria Manuel Asseiro Durão – CNOISLA Duração: 45 minutos
Dia 18:
WORKSHOP IX Genes do empreendedor para a inovação! Atreva-se!
16h00
Apresentando e debatendo a Inovação na ópƟca empresarial e do seu criador – o empresário!
Tiago Nascimento – C4G_Consultores de Gestão, Lda. Duração: 45 minutos
EXPOSITORES Ensino Superior: • InsƟtuto Politécnico de Santarém • InsƟtuto Politécnico de Tomar • InsƟtuto Politécnico de Leiria • ISLA Santarém InsƟtuƟções: • EFP • Nersant • Município de Santarém • Município do Cartaxo • Exército Português • Força Aérea Portuguesa • PSP • Fajudis Escolas Profissionais: • Escola Prof. Rural de Abrantes • Escola Prof. de Hotelaria e Turismo de Santarém • Escola Profissional Vale Tejo • Escola Profissional de Salvaterra de Magos • Escola Profissional de Coruche • CENFIM Empresas: • E-Leclerc • Império Bonança • Fidelidade Mundial • Bonduelle • Temperiribatejo Empresas Trabalho Temporário • Go Work • Talenter • EGOR
8
O Ribatejo 18 | Junho | 2010
Recuperação vai ser lenta Francisco Madelino ∑ Desemprego só tem solução com o crescimento económico “A variável desemprego é justificada sobretudo pela falta de crescimento económico”, diznos Francisco Madelino, presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). E adianta: “É importante que o país e a Europa se concentrem nisso. Desde o início da crise há mais de 15 milhões de desempregados na OCDE, 4 milhões na Europa. O que justifica os 560 mil desempregados em Portugal é a redução do crescimento económico.” Sobre como estão a reagir hoje as empresas à crise, Francisco Madelino faz-nos a seguinte análise: “Os vários segmentos de mercado reagiram de forma diferente. Houve empresas de trabalho intensivo que fecharam. Houve empresas que, face à incerteza, absorveram menos jovens e despediram mais pessoas acima dos 45 anos e com baixas qualificações, contratos a
prazo. São essas as duas variáveis principais de reacção do mercado: entrarem menos jovens e despedirem os mais velhos e menos qualificados. Mas a grande novidade desta crise foi no conjunto de empresas com boa produtividade e que vendiam a sectores competitivos, sobretudo no sector automóvel. Essas sofreram um impacto significativo. Despediram mas recorreram também ao layoff com qualificação profissional.” O presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional é peremptório: “A Europa não consegue reduzir o desemprego com um crescimento abaixo dos 2%. Portugal, como é mais de trabalho intensivo, estava a conseguir fazê-lo com 1% e tinha boas hipóteses de evoluir. Os estudos recentes – ainda de antes desta
A
Francisco Madelino, presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) crise da dívida – apontavam para que o regresso dos níveis de emprego só aconteça em 2015 para os mais optimistas ou 2020, para os mais pessimistas. A recuperação
do emprego vai ser lenta, e se esta situação não se resolver será ainda mais lenta. As políticas públicas não conseguirão aguentar isto indefinidamente.”
No ano passado, o IEFP garantiu 120 mil empregos a jovens. Francisco Madelino garante em 2010 o número de estágios não será inferior, até porque o principal apoio é o Fundo Social Europeu. “O objectivo é chegar ao final do ano – e estou apenas a falar de políticas activas de emprego, não do subsídio de desempregado – abaixo das 150 mil pessoas, qualquer coisa como 250 milhões de euros. Não é de esperar um corte nestas medidas, até porque há um efeito de alavancagem extremamente forte. Todos os anos entram 100 mil jovens no mercado de trabalho e estamos com números de estágios acima dos 40 mil. E isso é extremamente importante.” Destes jovens, diz-nos o presidente do IEFP que cerca de 75% acabam por ficar onde estão a fazer estágio.
O Ribatejo 18 | Junho | 2010
9
10
O Ribatejo 18 | Junho | 2010
Colocámos a mesma questão a alguns dos maiores empregadores da região
O que procura num candidato a emprego?
JOÃO FONSECA, director fabril da Unicer em Santarém Iniciativa; Trabalho de equipa e Cooperação; Orientação para gerar e produzir resultados; Flexibilidade; e um grande focus no cliente são 5 competências que consideramos essenciais para um novo quadro que integra a equipa Unicer. Os processos de recrutamento na Unicer são compostos por diversas fases, que vão desde a identificação das exigências da função e do perfil do candidato até à análise da equipa onde o futuro colaborador irá ser
inserido, passando pela definição do tipo de metodologia a aplicar. Os processos podem ser desenvolvidos através de recrutamento interno ou externo. De referir que procuramos sempre privilegiar o recrutamento interno pois consideramos que na Empresa temos colaboradores com elevado conhecimento técnico e da organização, assim como expectativas em termos de desenvolvimento de carreira. Relativamente à metodologia, podemos recorrer a uma avaliação mais tradicional dos candidatos, através da utilização de testes de avaliação de perfil, opção esta utilizada na grande maioria dos casos, ou recorrer a empresas de executive search, no caso de recrutamento de colaboradores com um nível de senioridade elevada ou que poderão vir a desempenhar funções de responsabilidade ao nível da gestão da empresa. Neste caso, os candidatos são sujeitos a um teste de personalidade e a uma entrevista, havendo em simultâneo todo um trabalho de verificação do percurso profissional do candidato e de referências. Em ambos os casos os processos são conduzidos pela Direcção de Pessoas e Comunicação, existindo simultaneamente um envolvimento por parte da Direcção que irá acolher o futuro colaborador.
JOSÉ EDUARDO CARVALHO, Presidente da Nersant O processo de recrutamento e selecção de colaboradores é um dos aspectos de gestão a que a Nersant dá maior atenção. Um processo rigoroso de selecção é um factor determinante para a eficácia e eficiência de uma organização. A Nersant, há já muito tempo, definiu um perfil de personalidade e de competências para os seus colaboradores. São esses atributos e características que determinam o processo de selecção. A sua tramitação é a seguinte: análise curricular; avaliação psicotécnica (testes e prova de situação); entrevista de selecção com psicólogas; e entrevista final de selecção, efectuada pela Direcção, com os três melhores candidatos. Na Nersant não há “cunhas” nem tráfico de influências, nem se questiona a filiação partidária ou religiosa do colaborador. Este processo rigoroso de selecção tem estado na base dos bons resultados do trabalho da Associação.
LUÍS SARAMAGO, Director de marketing da Renova Para além da formação específica na área de trabalho à qual se candidata, procuramos pessoas com formação abrangente. Queremos pessoas com mundo, com conhecimentos que não estejam confinados ao território português. Procuramos também pessoas com sentido de responsabilidade, com capacidade de trabalho em grupo, com disponibilidade, com ambição para superar objectivos e com dedicação à empresa. Temos estado a admitir pessoas na área da engenharia e de chefias intermédias.
ORLANDO FERREIRA, Rodoviária do Tejo Quando procuramos pessoas para fazer parte da nossa empresa, valorizamos em primeiro lugar pessoas motivadas e empenhadas, com facilidade no relacionamento interpessoal, com bom carácter, íntegras e com valores de respeito pelo próximo e pela sociedade. Estas características são fulcrais para qualquer função, e é com elas que mais facilmente se podem desenvolver competências e alcançar o espírito de qualidade no serviço ao cliente que desejamos. Satisfeitos estes requisitos estratégicos, procuramos então pessoas com competências técnicas específicas para cada função. Por exemplo, para a função Motorista, para a qual efectuamos anualmente o maior número de admissões (40 a 50 homens e mulheres) procuramos pessoas habilitadas e com todas as competências técnicas e comportamentais para conduzir veículos pesados de passageiros onde se inclui a formação específica para o Transporte Colectivo de Crianças. Sendo esta uma função muito específica, a maioria das competências técnicas são proporcionadas pela empresa, através da formação que leva a cabo na admissão e ao longo da sua permanência na empresa. No que se refere aos Quadros e Técnicos, a empresa tem vindo a proceder a um forte rejuvenescimento do seu efectivo com a admissão de vários jovens para as diversas áreas da empresa, independentemente da crise. Destas admissões, destacamos os jovens provenientes do Curso Técnico de Gestão de Transportes, da Escola Profissional de Rio Maior, ministrado em parceria com a Rodoviária do Tejo. Podemos ainda adiantar que na nossa empresa, tem vindo a desenvolver o seu processo de admissões, enquadrado num plano estratégico de gestão de Recursos Humanos com o objectivo de, a este nível, dotar-se das capacidades e competências necessárias à criação de valor e aos desafios e profundas mudanças que irão ocorrer no sector a médio prazo. “ Mudança é a lei da vida. Aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente, seguramente que irão passar ao lado do futuro.”
11
O Ribatejo 18 | Junho | 2010
ALEXANDRE ALVES, RPP Solar No processo de selecção de futuros colaboradores, a RPP Solar vai dar preferência a candidatos com as seguintes características pessoais e profissionais: elevado sentido de responsabilidade; aptidão para o trabalho em equipa; interesse na aprendizagem ao logo da vida; espírito de colaboração e entreajuda; percepção que, além de ter direitos, o colaborador irá ter deveres e regras a cumprir; foco na qualidade e na produtividade; sensibilidade para as questões da melhoria contínua; utilização dos equipamentos de segurança exigidos; disponibilidade para trabalhar em turnos rotativos diurnos ou nocturnos (funções industriais). Vamos criar cerca de 1900 postos de trabalho e já em Julho, irão ser recrutados 670 colaboradores, sendo que os restantes serão contratados ao longo das restantes fases, duas em 2010, outras duas em 2011 e em 2012. Estamos com alguma dificuldade em re-
crutar engenheiros e vamos articular estratégias de formação com instituições de ensino superior. Assinámos também um protocolo de colaboração com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) para o recrutamento e formação dos potenciais trabalhadores a serem contratados.
MIGUEL KREISELER, Administrador W Shopping Santarém A par das competências técnicas e profissionais, procuramos pessoas que tenham uma atitude profissional, que queiram dar o máximo e procurem fazer o melhor possível pela organização, numa lógica de trabalho voltada para os clientes. Queremos também pessoas que tenham prazer naquilo que fazem e que não se preocupem apenas com a carreira. O W Shopping tem uma bolsa de emprego com algumas centenas de inscritos e que pode ser usada pelos nossos lojistas para recrutar funcionários. Esta bolsa foi aliás, no inicio da nossa actividade, muito importante para o arranque na contratação de pessoas.
12
O Ribatejo 18 | Junho | 2010
Genes do empreendedor para a inovação! Atreva-se!
Aprendizagem a0 longo da vida
A Inovação na óptica empresarial e do seu criador: o empresário!
Ao longo dos últimos anos a abordagem dos problemas da formação, do emprego e do desemprego, tem ocupado um lugar de destaque na agenda internacional, em particular na União Europeia. A promoção e o alargamento do acesso às oportunidades educativas - tanto ao nível da formação inicial como da educação e formação ao longo da vida - é um factor essencial (na perspectiva do desenvolvimento económico e como garantia da coesão social). Neste contexto, a aprendizagem ao longo da vida deverá ser tida com o objectivo de melhorar os conhecimentos, as aptidões e competências, no quadro de uma perspectiva pessoal, cívica, social e/ou relacionada com o emprego. Nesta lógica de potenciar a aprendizagem ao longo da vida, e aumentar a qualificação da população portuguesa, foi criado o Sistema Nacional de Qualificações. O Sistema Nacional de Qualifi-
O empreendedorismo e a inovação tem sido uma temática que a C4G – Consultores de Gestão tem desenvolvido, quer em termos de consultoria quer em termos de formação nos últimos anos nas organizações. Muitas das vezes sou questionado se existem genes específicos do empreendedor para a Inovação? A capacidade de empreender e inovar é uma característica dos seres humanos que ao longo dos séculos tem sido um factor fundamental do desenvolvimento das sociedades. Nas organizações esta característica tem sempre um rosto e a maioria das vezes encontrase associada a um conjunto de pessoas. Essas organizações são fundamentalmente reconhecidas
como empresas inovadoras e compostas por pessoas criativas. Muitas das vezes essas pessoas não possuem qualquer tipo de qualificação, não sendo mestres nem doutores. Possuem características muito específicas, sendo de salientar a capacidade de olhar para as necessidades e oportunidades de mercado, estabelecer a visão, assumir a decisão e o risco. É graças a estas que a sociedade evolui, desde os tempos mais remotos da invenção da roda, passando pelas invenções e a arte de Leonardo Da Vinci no séc. XV e, muito recentemente, a inovação presente nos produtos tecnológicos de Steve Jobs da empresa Apple. Independente de ser ou não uma questão genética, as vivências e práticas dos grandes empreendedores que conhecemos permitem desenvolver aspectos que melhoram a
Tiago Nascimento sua apetência para a inovação, através de atitudes críticas, proactivas e visionárias para questionar a forma e o conteúdo das coisas, situações e eventos ao seu redor. Assim, olham para o mundo e conseguem perceber necessidades, perspectivar soluções e atrevem-se a empreender! Se tiver algum destes genes não hesite em contactar-me. Atreva-se! tfnascimento@c4g.pt - www.c4g.pt
Filipa Martinho (*) cações visa estruturar uma oferta relevante de formação inicial e contínua, ajustada às necessidades das empresas e do mercado de trabalho, tendo por base as necessidades actuais e emergentes das empresas e a integração socioprofissional de grupos com particulares dificuldades de inserção. Deste modo, destaca-se a aposta na qualificação de dupla certificação, quer através do aumento e generalização da oferta de cursos de educação e formação profissional (jovens e adultos), quer através do reconhecimento, certificação
13
O Ribatejo 18 | Junho | 2010
Como preparar uma entrevista de emprego (jovens e adultos), quer através do reconhecimento, certificação e validação de competências de aprendizagens formais, informais e não formais. Nesta perspectiva de aprendizagem ao longo da vida, o ISLA apresenta uma vasta oferta formativa destinada a diferentes públicos: o RVCC Escolar e Profissional, Formações Modulares, Cursos de Educação e Formação de Adultos, Cursos de Especialização Tecnológica, Licenciaturas, Pós Graduações, Mestrados e Doutoramentos. Assim, o ISLA com esta oferta diversificada de novas oportunidades de educação/formação ao longo da vida revela-se atento a esta nova realidade, motivando a população para uma nova etapa que lhes faculte o que hoje é fundamental para o desenvolvimento da sociedade e do país, ou seja, a aprendizagem ao longo da vida. (*) ISLA
Todos nós já estivemos na situação de entrevistado e, em alguns casos, mais do que uma vez. Várias são as experiências que podemos partilhar e que nos são reportadas, podendo umas ser mais positivas e outras nem tanto. Apesar das inúmeros técnicas que possam ser usadas num processo de escolha e de selecção para um posto de trabalho, as quais, têm evoluído bastante com o decorrer dos tempos, a entrevista presencial continua a ser, na minha opinião, o momento de excelência para conseguir cativar o entrevistador e para demonstrar todas as nossas competências e Know-how à função. Face a isto, preparar convenientemente a situação de entrevista deverá ser um momento importante a ter em conta por parte de cada candidato, pois dessa forma conseguirá reduzir os níveis de ansiedade, aumentar os seus níveis de confiança
e, consequentemente, aumentar a probabilidade de êxito. Conseguir obter o máximo de informação sobre a Organização, planear a atitude a adoptar, as perguntas a realizar, as respostas a dar perante potenciais situações mais constrangedoras são, entre outros, aspectos fundamentais a prevenir e a antecipar. Demonstrar sempre confiança e credibilidade nas respostas sendo objectivo e sincero nas mesmas, são na minha opinião, factores de sucesso, pois apesar de querermos o posto de trabalho em causa, devemos estar conscientes que queremos o posto de trabalho mais adequado às nossas características Profissionais e Pessoais em cada momento da nossa vida. Somente dessa forma conseguiremos obter o sucesso desejado e, consequentemente, contribuir com os resultados pretendidos junto da Organização. Com uma postura positiva e
Helena Ribeiro(*) optimista, conseguiremos aumentar os níveis de credibilidade junto do entrevistador, transmitindo a este último, uma maior confiança face aos pontos fortes realçados e, por outro lado, atenuando os pontos menos positivos. Resumindo, deverá Planear para Controlar, Enfatizar o POSITIVO e Desvalorizar o negativo, Perguntar para Conhecer e efectuar FOLLOW-UP após a concretização da entrevista. (*) Responsável de Search da Go Work helena.ribeiro@gowork.pt
14
O Ribatejo 18 | Junho | 2010
Câmara de Santarém tem Bolsa de Emprego A Câmara de Santarém criou uma base de dados com informação sobre oportunidades de emprego e formação. Este canal resulta de várias parcerias com entidades empregadores, instituições de ensino e órgãos de comunicação social, entre os quais o Jornal O Ribatejo. O portal, disponível em http://www.bolsaempregosantarem.pt, tem acesso gratuito
com registo prévio, e disponibiliza ofertas e procuras de emprego, assim como outras informações relevantes relacionadas com estágios, planos de formação, apoios e incentivos, benefícios fiscais, ou até como criar um Curriculum Vitae. A par da Bolsa de Emprego, a Câmara de Santarém e a PMEConsult vão continuar com a iniciativa “Tar-
des do Emprego”.
Tardes do Emprego regressam em Setembro No dia 29 de Setembro, última quarta-feira do mês, a Sala de Leitura Bernardo Santareno volta a estar de portas abertas, das 14h00 às 17h30, para servir de espaço de diálogo e de relação directa entre
candidatos a um emprego e entidades empregadoras. Esta sessão vai ter a presença de responsáveis da Go Work, TempriRibatejo, Adecco, Centro de Emprego de Santarém, Centro de Formação Profissional de Santarém, CNO – Centro de Novas Oportunidades do ISLA, GIP – Gabinete de Inserção Profissional, entre outras.
Empresa especializada em “HOTELARIA E EVENTOS”, pretende admiƟr para os seus quadros:
GESTOR HOTELEIRO (M/F)
REQUISITOS: – Idade: 25/45 anos; – Experiência profissional mínima de 5 anos, em unidades hoteleiras; – Conhecimentos informáticos na óptica de utilizador, (New Hotel); – Conhecimentos de inglês falado e escrito; – Espírito empreendedor, de liderança, organizado e gosto por trabalho em equipa; – Capacidade de ensino; – Grande senƟdo de responsabilidade; – Candidatos devem apresentar CV, cópia do cerƟficado de curso e documentação relevante comprovando experiência profissional; – Dá-se preferência aos candidatos com vasta experiência profissional nas áreas de Turismo Rural, Resorts e Pousadas. OFERECE-SE: – Alojamento e alimentação; – Remuneração muito atracƟva e ajustada à experiencia e perfil dos candidatos; – Oportunidade de carreira numa empresa sólida, conceituada e em expansão; RESPOSTA POR ESCRITO PARA A SEGUINTE MORADA: Sglux – Comércio Internacional, Lda. Rua Poeta Ruy Belo, n.º 26 A r/c Esq.º 2040-323 Rio Maior
15
O Ribatejo 18 | Junho | 2010
Centros de Novas Oportunidades Os Centros de Novas Oportunidades são “Porta de entrada” para todos os cidadãos maiores de 18 anos que não tenham o 12ºano concluído. É desígnio dos Centros identificar, a nível nacional, todos esses cidadãos e acompanhá-los para que possam ser encaminhados para percursos de qualificação ao longo da sua vida. Os Centros Novas Oportunidades têm como missão encaminhar os candidatos e assegurar que esses são integrados em percursos de formação ou reconhecimento que lhes conceda a certificação escolar e profissional, de nível básico e/ou secundário. Neste sentido, no ponto de vista do ISLA, a estratégia dos Centros tem de passar por quatro pontos: 1) Assegurarmos um trabalho contínuo com os candidatos/ adultos. Através: a) do acompanhamento do percurso de qualificação definidos e seguidos por
Maria Manuel Durão(*) cada candidato, assente no princípio da capitalização das formações realizadas; b) da gestão deste projecto através do Sistema de Informação e Gestão da Oferta Educativa e Formativa (SIGO); c) da disponibilização de um horário de atendimento prolongado, com atendimento pessoal, telefónico e virtual; e d) do desenvolvimento de um processo de Auto-avaliação e de Avaliação Externa. 2) Aumentarmos a relação com entidades externas. Através: a) da promoção de parce-
rias inter-CNO, com entidades formadoras e com empresas; b) do trabalho com diversos nichos populacionais. 3) Constituirmos uma teamwork altamente eficaz. Através: a) da maturidade organizacional; b) sinergias no trabalho; c) de fluxos de comunicação interna; d) da participação em formação interna e externa 4) Encontrar caminhos inovadores e visionários no percurso da Aprendizagem ao Longo da Vida. E é com base neste último desafio que se perspectiva o futuro da fase Pós-Novas Oportunidades, ou seja, o futuro da Qualificação. Dever-se-á canalizar os esforços para um trabalho de acompanhamento/ orientação e encaminhamento para os percursos de aprendizagem ao longo da vida, nomeadamente percursos de nível básico, secundário, póssecundário e profissional. (*) Coordenadora do CNO ISLA maria.durao@unisla.pt