JA agosto - 2010

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AGOSTO2010·Telefone241360170·Fax241360179·AvenidaGeneralHumbertoDelgado-EdifícioMiraRio·Apartado65·2204-909Abrantes·jornaldeabrantes@lenacomunicacao.pt ·www.oribatejo.pt

de

jornal abrantes Director ALVES JANA - MENSAL - Nº 5475 - ANO 111 - GRATUITO

Para quem tem de ficar ou prefere ficar, a praia fluvial é uma boa opção. Água limpa, ar puro, sossego, verde natural… e bons preços. Ficar não é uma condenação. É uma alternativa. Uma boa alternativa.

E a praia aqui tão perto... páginas 12 e 13

PROTECÇÃO CIVIL

ASSOCIATIVISMO

ENTREVISTA

ECONOMIA REGIONAL

Na prevenção é que está o ganho. Mas não chega

Dadores de Sangue salvam vidas há 20 anos

Os kaviar estão a subir para o palco nacional

Campo da Morgada investe no romantismo

O tempo está quente. Os fogos andam aí. A Protecção Civil minimiza os estragos. Mas os principais problemas persistem e os incêndios continuam. página 4

São 50 dádivas “gratuitas e anónimas” por mês. Mas é muito mais que isso, numa associação do Tramagal, com 1.500 sócios. página 16

Esta banda de Abrantes, já “abriu” os Xutos e Pontapés e foi seleccionado para o Optimus Alive 2010. Humberto Felício explica o sucesso. página 3

Em Constância, está a nascer um “resort rural” de qualidade e “boa vizinhança”. É uma aposta de 8 milhões na cultura e na qualidade. página 11


2 abertura

AGOSTO2010

SUGESTÕES

FOTO DO MÊS de

jornal abrantes FICHA TÉCNICA Director Geral Joaquim Duarte

Director Alves Jana (TE.756) alves.jana@lenacomunicacao.pt

Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 E-mail: info@lenacomunicacao.pt

LUIZ OOSTERBEEK

Redacção Jerónimo Belo Jorge (CP.1907

IDADE 49 anos

jeronimo.jorge@lenacomunicacao.pt

Joana Margarida Carvalho

RESIDÊNCIA Massamá

joana.carvalho@lenacomunicacao.pt

PROFISSÃO Professor Coordenador do IPT

André Lopes

Publicidade Rita Duarte (directora comercial) rita.duarte@lenacomunicacao.pt

Miguel Ângelo miguel.angelo@lenacomunicacao.pt

CARGO Director do Gabinete de Relações Internacionais e dos Cursos de Mestrado e Doutoramento em Arqueologia (IPT-UTAD)

A foto mostra o que ficou do acidente na A23. Mas diz sobretudo o que pode ficar do nosso carro, e sobretudo de nós, se não tivermos todo o cuidado necessário para umas Boas Férias.

Andreia P. Almeida

UMA POVOAÇÃO Mação

andreia.almeida@lenacomunicacao.pt

Design gráfico e paginação

INQUÉRITO

UM CAFÉ Riviera (Albufeira)

António Vieira

Impressão Imprejornal, S.A. Rua Rodrigues Faria 103, 1300-501 Lisboa

O que é que pensa da prestação da selecção portuguesa no Mundial?

UM PETISCO Queijos UM RESTAURANTE tenho um amigo italiano que sabe responder melhor a esta

Editora e proprietária Jortejo, Lda. Apartado 355 2002 SANTARÉM Codex

PRATO PREFERIDO churrasco (no Brasil)

GERÊNCIA Francisco Santos, Ângela Gil, Albertino Antunes

Departamento Financeiro Ângela Gil (Direcção) Catarina Branquinho, Celeste Pereira, Gabriela Alves e João Machado info@lenacomunicacao.pt

UM BAR 21 (Vila Nova da Barquinha)

UM LUGAR PARA PASSEAR Paris

Filipe Gomes

Patricia Seixas

Luís Fonte

David Quinas

Abrantes

Pego

Abrantes

Abrantes

ANós queremos sempre ser campeões do mundo. É normal. Mas a prestação foi normalíssima. Ficámos em segundo lugar no grupo atrás do Brasil, que é o número um do mundo, e perdemos com a Espanha que é o número dois.

Fez-se o que se podia. Eu não sou uma crítica de Carlos Queirós, mas do Cristiano Ronaldo. Ganhávamos muito mais se ele não fosse o capitão da equipa e se no jogo contra Espanha este não tivesse entrado em jogo. CR foi um mal necessário para o treinador.

Não estava à espera de muito mais. As expectativas é que estavam muito elevadas. A selecção é fraca. Não eram um grupo coeso como as da Alemanha e da Holanda. Havia um grupo de jogadores, mas isso não é uma equipa.

Na fase de grupos cumprimos o nosso objectivo, nos oitavos final não tivemos a mesma sorte, calhounos um adversário muito forte. Para o meio campo, Queirós falhou em não ter chamado o João Moutinho.

UM RECANTO PARA DESCOBRIR Toda a América do Sul UM DISCO A Flauta Mágica UM FILME Ivan o Terrível UMA VIAGEM onde se encontrem pessoas UM LEMA DE VIDA Fé, razão e sentir o que pode ser bom para os que nos cercam.

Marketing Patricia Duarte (Direcção), Catarina Fonseca e Catarina Silva. marketing@enacomunicacao.pt

Recursos Humanos Nuno Silva (Direcção) Sónia Vieira drh@lenacomunicacao.pt

Sistemas Informação Tiago Fidalgo (Direcção) Hugo Monteiro dsi@enacomunicacao.pt Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 501636110

Sócios com mais de 10% de capital Sojormedia 83%

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EDITORIAL

ALVES JANA

O princípio da realidade A Espanha parou para ver o golo decisivo que lhe deu a Taça. E voltou a parar, pouco depois, para vitoriar com justiça os seus novos heróis. Portugal, entretanto, estava de férias futebolísticas a ver os jogos do Mundial em que já não participava. Discutiu-se muito sobre se fizemos boa ou má figura. De facto, temos todo o direito a desejar a Taça do Mundo, mas o princípio da realidade é mais forte que o princípio do desejo e acaba por se impor. Talvez tenhamos ficado no nosso lugar, no que corresponde ao nível da nossa realidade económica e fute-

bolística. Eis apenas uma série de números comparativos das selecções. Inglaterra: dos 23 convocados, 23 jogam em Inglaterra; Alemanha: dos 23 convocados, 23 jogam na Alemanha; Itália: dos 23 convocados, 23 jogam na Itália; Espanha: dos 23 convocados, 20 jogam na Espanha e os outros jogam em Inglaterra; Portugal: dos 23 convocados, 10 jogam em Portugal e numa liga, em comparação, pouco competitiva. Quando fazemos comparações, o princípio da realidade começa logo a saltar à vista. Também a COTEC, Associação Em-

presarial para a Inovação, divulgou há pouco um estudo comparativo e diznos que se todas as empresas portuguesas fossem tão eficientes e inovadoras como as suas filiadas, o nosso deficit estaria agora nos 3% do PIB. Ou seja, não seriam necessárias as medidas dolorosas de que tanto se fala. Portanto, se queremos ganhar o Mundial ou passar por cima da crise, a verdadeira mudança a fazer é na realidade a partir da qual se vão construindo os efeitos que conduzem ao resultado final. Os resultados são construídos sobre a realidade e não sobre o sonho.

Este é tempo de descanso. Mas pode também ser tempo para pensarmos nisto, não?. E pensarmos que o desejo de chegar depressa tem de confrontarse com a realidade das estradas e dos outros condutores. E o melhor resultado final é o regresso triunfal a casa, renovados, com um sorriso no rosto e os lábios a cantarem “vamos fazer o que ainda não foi feito”.


à conversa

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HUMBERTO FELÍCIO E OS KAVIAR

“A actuação no Optimus Alive foi a prova do nosso trabalho” JOANA MARGARIDA CARVALHO

Como surgiu a oportunidade de os Kaviar irem actuar ao Optimus Alive 2010? Surgiu porque o patrocinador do evento promoveu um concurso de bandas nacionais. O júri era composto pelo Álvaro Covões da produtora Everything is New, o Henrique Amaro da Antena 3, o Zé Pedro dos Xutos e Pontapés, o Pacman dos Da Weasel e o Pedro Ribeiro da Rádio Comercial. O prémio passava pela actuação no dia 10 de Julho no evento, e a oportunidade de gravar um EP pela Optimus Discos. O concurso era composto por duas fases, onde havia quinze bandas concorrentes. A primeira etapa, era composta por uma votação online e logo nesta fase ficámos em primeiro lugar. Penso que a nossa prestação na abertura do concerto dos Xutos e Pontapés nas festas da cidade de Abrantes foi uma grande ajuda na votação online do concurso. Na segunda fase, o júri tinha de fazer uma selecção das quinze bandas e nós fomos escolhidos para o casting final, onde acabámos por sair vitoriosos. O que é que significou para os Kaviar a vitória do concurso de bandas no Optimus Alive? Primeiro que tudo algum reconhecimento, pois temos trabalhado imenso neste projecto e estávamos algo ansiosos pelo feedback do público. Depois, foi uma grande conquista uma vez que não contávamos tocar no maior festival de música e arte feito em Portugal. A partir desta actuação no Optimus Alive que portas podem ser abertas? Desde já, temos a garantia que vamos ter a nossa música editada, o que sempre foi o nosso principal objectivo. Porque, sempre foi muito difícil entrar no mercado discográfico. Esta primeira edição vai ser o nosso cartão-de-visita para o mundo da música. Vamos lutar para que corra tudo bem e que consigamos editar mais e melhor. Como é que surge a possibili-

HUMBERTO FELÍCIO Naturalidade: Abrantes Idade: 32 Profissão: Delegado de Informação Médica Actividade musical: Vocalista e guitarrista Grupo: The Kaviar Primeira musica criada pela banda: Mary

dade de actuar nos Mourões nas Festas da Cidade de Abrantes? Quando me apercebi que vinham os Xutos e Pontapés falei de imediato com a Câmara Municipal. Por sua vez, a Câmara tinha conhecimento que nós tínhamos o nosso disco pronto e que pretendíamos ter uma oportunidade de o mostrar num espectáculo. Não foi a primeira vez que fomos convidados pelo nosso Município. O facto é que nós actuamos nos Mourões e que este foi o caminho para chegar ao Alive. Estamos muito agradecidos por esta oportunidade. Como se iniciou o ingresso no mundo da música? Eu comecei por tocar baixo com os meus primos, com apenas quinze anos. Nesta altura, tive logo a oportunidade de começar a tocar ao vivo. Mais tarde criei com o meu primo Hélder Martins, agora também baterista dos Kaviar, com a Rita Colaço e o João Colaço, os Petals. Gravámos algumas músicas no teatro do Tramagal com a ajuda do nosso grande amigo Carlos Azevedo. Foi a nossa primeira experiência mais séria, gravámos ainda em fita, aprendemos imensas coisas.

Tocávamos muito no Bar Del Rey em Tramagal onde sempre existiu uma grande cultura Rock’n’roll.

apenas na garagem (risos) ou seguir em frente para um projecto sério de modo a editar um disco. Foi importante compreender que precisávamos de muito dinheiro, organização e de dedicação, ou seja, tempo para criar e ensaiar. Os resultados começaram a aparecer e a actuação no Optimus Alive foi a prova de que valeu a pena trabalhar!

A passagem para os Kaviar…. Quando os Petals terminaram, fui convidado para vocalista dos Cosa Nostra. Era uma banda de rock progressivo, conheci alguns dos melhores músicos da nossa cidade, foi uma aprendizagem constante. Nos Cosa Nostra conheci o João Damas, um dos guitarristas da banda. No final dos ensaios começámos a sair juntos e a conversar sobre a criação de um projecto nosso. Passámos imenso tempo a experimentar músicas, a escrever letras, até que chegámos à conclusão de que deveríamos formar uma banda. Procurámos um baterista e um baixista, encontrámos o Afonso Alberty, agora baixista dos Kaviar, que andava à procura de membros para criar uma banda, e daí foi um pequeno salto para criar os Kaviar. Fizemos a nossa primeira actuação no final do ano de 2003.

Como gere a sua vida profissional com o projecto dos Kaviar? Não é fácil! Temos a notável ajuda de amigos e familiares, tivemos de construir uma estrutura para a banda que continua a evoluir, ou seja, responsáveis pela parte técnica, agenciamento, produção de espectáculos. Devido à vida profissional, temos que conseguir fazer tudo ao fim-de-semana, nomeadamente os ensaios. Contudo, todos os dias tiro um tempo para ver emails, efectuar telefonemas e tratar de assuntos internos dos Kaviar.

A responsabilidade de ter um banda… A etapa seguinte foi perceber se queríamos ser amadores e tocar

Se a banda tomar outro rumo com notoriedade e sucesso, deixaria a sua vida profissional para se dedicar apenas à música?

Sim, mas é difícil. Eu conheço imensos músicos que têm bastante visibilidade e que não têm uma vida nada fácil financeiramente. Há alturas em que ganham imenso dinheiro com os espectáculos musicais, e há outras em que não ganham nada. É uma vida muito incerta. Quanto aos Kaviar penso que, vamos conseguir alcançar algum destaque, pelo menos estamos a trabalhar para isso. Mas daí a viver da música, a cantar em inglês e em Portugal… é muito complicado. Porém, há outros sonhos, como a criação de outros projectos musicais. Estou sempre disponível para me juntar com quem gosta de criar e desenvolver conteúdos e eventos culturais. Eu vivo para a criação, o que me dá mais alegria é sentir a vibração de uma música construída por nós em cima de um palco. Isso, sim, é gratificante e recompensador. Qual foi a actuação que já lhe deu mais gozo realizar até aos dias de hoje? Foi sem dúvida a actuação dos Kaviar nos Mourões nas festas da cidade. A presença dos Xutos e Pontapés, a quantidade de pessoas que ali estavam, a vontade de mostrar o nosso trabalho, as condições oferecidas ao nível do palco, tudo ajudou para que fosse o delírio para todos os elementos da banda. Precisávamos disto para continuar a acreditar no nosso trabalho. O que era bom para os Kaviar futuramente? Será sempre imprescindível fortalecer a nossa cumplicidade. Somos muito unidos e amigos, adoramos sair juntos e fazer a festa. As nossas ambições passam por conseguir alcançar o mercado da música a nível internacional, nem que seja o circuito mais pequeno e menos conhecido. Mas para nós é importantíssimo partilhar o nosso trabalho com o maior número de pessoas e também conhecer novas culturas e novas dinâmicas. Se apenas ficarmos pelo concelho de Abrantes a fazer concertos para os amigos, nunca vamos atingir essa dimensão e a visão crítica e criativa de outras pessoas.

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4 actualidade

AGOSTO2010

PROTECÇÃO CIVIL

O melhor combate é a prevenção JERÓNIMO BELO JORGE

Todos os anos várias entidades entram no Verão com planos de prevenção e combate a incêndios florestais. Os incêndios são, pela dimensão e prejuízos causados ao longo das últimas duas décadas, um alvo de entidades públicas e privadas.

Até há meia dúzia de anos a grande aposta era o combate ao flagelo que anualmente atinge o país. Mas agora a prevenção é assumida como principal arma de combater os fogos, ou evitar que eles aconteçam ou ainda, a existirem ignições, que estas não assumam proporções assustadoras. Cada vez mais há uma preocupação na prevenção durante a época fria, através do trabalho dos Sapadores Florestais, equipas de cinco homens preparados para trabalhos de desmatação e limpeza de floresta, no Inverno, e combate aos fogos, como primeira intervenção, no Verão. Mesmo assim, o concelho de Abrantes, tal como os outros da região, ainda têm muitos problemas nestes trabalhos. A propriedade é pequena. Os proprietários desligaram-se da floresta e não se associam para limpar os matos. Logo, a floresta cresce desordenada, cheia de matos, estevas e outros arbustos autóctones que no tempo muito quente e com humidades relativas muito baixas (como o verificado a semana passada) são matérias combustíveis difíceis de controlar no caso de surgirem fogos florestais. A criação de Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) poderia ajudar a ordenar a floresta, mas as ZIF ainda não estão a funcionar a 100%. Luís Damas, da Associação de Agricultores, acredita que muito do trabalho na floresta poderá passar por estas estruturas ou outras semelhantes, nomeadamente na associação dos pequenos proprietários. Luis Damas dá como exemplo as empresas de produtores de pasta de papel que têm as matas limpas e equipas de pre-

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venção e combate que ajudam nos incêndios. Já António Louro, vereador responsável pela Protecção Civil de Mação, defende a introdução de “tampões” na floresta com zonas de carvalho, espécie folhosa menos propicia a incêndios florestais. Ainda na prevenção, João Pombo, coordenador da protecção civil municipal de Abrantes revela que a saída de meios para o terreno, para acções de circulação na mata, é fundamental. Viaturas dos Bombeiros de Abrantes circulam no Norte do concelho e constituem o ataque inicial, caso aconteça alguma ocorrência. O Sul do concelho é patrulhado pelos sapadores florestais, mas o objectivo é o mesmo: ataque rápido a um fogo nascente.

Ataque em triângulo No distrito de Santarém existe o sistema de “triangulação” que muitas

vezes leva a que viaturas dos bombeiros de concelhos vizinhos cheguem mais rapidamente a um fogo do que os do próprio concelho. Dois exemplos práticos. Se deflagrar um fogo florestal em Mouriscas, são accionados na mesma altura os bombeiros de Abrantes, Sardoal e Mação. Se o fogo for em Bemposta são accionadas as corporações de Abrantes, Ponte de Sor e a unidade de Santa Margarida, pertencente aos Voluntários de Constância. Situações idênticas ocorrem nos restantes concelhos do distrito, porque há um objectivo concreto “tentar chegar a uma ocorrência nos primeiros dez minutos”. Se há uns anos os meios aéreos saíam apenas quando os incêndios assumiam proporções complicadas, hoje em dia é o inverso. Sempre que é detectada uma ignição, na região do Médio Tejo, levanta de imediato o helicóptero sedeado em Sardoal

com uma equipa da força especial de bombeiros “Canarinhos”. Mas existem situações que são muito difíceis de explicar, no que diz respeito à ignição de incêndios florestais ou agrícolas. Suspeita-se que uma grande maioria destas ocorrências resulta de actos criminosos. Quarta-feira, dia 4 de Agosto. 17 horas. Os bombeiros de Abrantes são chamados a um incêndio em Tubaral, freguesia de Alvega. Depois de resolverem rapidamente este fogo no Sul do concelho de Abrantes surge o alerta de fogo em Abrançalha. Cinco minutos depois alerta de fogo em Aldeinha, freguesia de Rio de Moinhos. Mais cinco minutos, alerta de fogo na aldeia da Pucariça. Todos os incêndios começaram junto à estrada. A pronta intervenção de três helicópteros, dois aviões ligeiros e meios terrestres do Médio Tejo, Canarinhos, sapadores florestais, Associação dos Produtores de Pasta de

Papel (AFOCELCA) e Junta de Freguesia de Rio de Moinhos evitaram sustos maiores. Mas três incêndios quase em simultâneo em três locais distintos causa muita estranheza aos bombeiros. As causas, essas ficaram por apurar, porque no terreno não conseguiram localizar os focos de ignição destes fogos. Neste caso, a situação, apesar de complicada, acabou por ser resolvida rapidamente. Ficou o susto para a população. Algumas imagens para os turistas de catástrofes. Uma tarde de trabalho para os bombeiros e uns metros quadrados de floresta a menos. Mesmo assim, na quarta-feira, dia 4 de Agosto, registaram-se 396 incêndios florestais em Portugal. As causas, umas conhecem-se, outras não. Mas fica o alerta, sempre que detecte uma coluna de fumo ligue 117, número de emergência para os incêndios florestais em Portugal.


actualidade 5

AGOSTO2010

ENVENDOS

Missão do Brasil cuida dos idosos As bandeiras de Portugal e Brasil, na fachada do edifício, são o primeiro anúncio. Ali dentro, à cabeça do lar da Fundação Antero Gonçalves, estão três irmãs brasileiras que cuidam de 30 idosos. Freiras brasileiras, em Envendos? Como?

Há cerca de 25 anos, o lar ficou pronto e Antero Gonçalves queria que fosse dirigido por freiras disponíveis 24 horas por dia. Mas durante dois anos não encontrou resposta. Numa ocasião, um encontro de antigos estudantes em Envendos estabeleceu uma ligação longínqua com as Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, do Brasil, que vieram tomar conta do lar há 22 anos. E continuam. Através de três irmãs, Adriana, a superio-

• As três missionárias brasileiras a trabalhar no lar de Envendos. ra da casa, de Santa Catarina, Marília, de Minas, e Andreia, a mais nova, de S. Paulo. A irmã Marília, que está nos Envendos há 22 anos, portanto desde o início e hoje nos recebe, conta como foi. “A esse

encontro veio do Brasil uma senhora, D. Lucília, que por motivos de saúde conheceu as irmãs e as recomendou.” Dito e feito. A 11 de Junho de 1988, o lar começou a funcionar, depois de quatro irmãs

terem chegado em Abril desse ano. As Pequenas Missionárias de Maria Imaculada é uma congregação brasileira, fundada em 1936 pela madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico

(1901-1972), em São José dos Campos, São Paulo. A fundadora pretendia ser carmelita descalça, mas uma tuberculose obrigou-a a abandonar o projecto. Foi tratar-se a São José dos Campos, onde começou a dedicar-se aos doentes. O bispo da diocese acabou por desafiá-la a fundar uma congregação e assim nasceu aquela que hoje cuida dos idosos no lar de Envendos e participa do trabalho pastoral na paróquia, e ainda colabora com a Fundação Antero Gonçalves em Lisboa, também a cuidar de idosos. “Nós somos as Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, portanto somos missionárias. Aceitámos isto como uma missão, sair do nosso país para cuidar de idosos no país irmão.” Primeiro foram os missionários de Por-

tugal que foram para o Brasil, agora, em movimento contrário, são missionárias brasileiras que vêm para Portugal. “Viemos retribuir aquilo que recebemos”, explica com um sorriso a irmã Marília, encarregue dos cuidados de enfermagem aos idosos. A presença missionária desta congregação em Portugal é a única fora do Brasil, para lá da inevitável casa que também têm em Roma, onde se trabalha no processo de beatificação da fundadora. De resto, o seu trabalho é nos vários estados do seu enorme país de origem. Como mensagem final, diz a irmã Marília que “é bonito a gente poder se doar, se entregar, e não só como religiosa, a favor do próximo, daquele que precisa. Sermos solidários uns com os outros.”

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6 região

AGOSTO2010

CASA DA TEJADA

“Uma casa pequena mas arranjada” Foi assim que João Carvalho caracterizou a sua casa de “turismo rural” instalada junto ao rio Tejo, em harmonia com a natureza e sediada na Estação da Ortiga.

Tudo começou há oito anos atrás. O espaço hoje conhecido como A Tejada era uma taberna que se tinha destinado à venda de cereais, azeite entre outros produtos agrícolas. Abastecia as gentes que viviam na zona, bem como as pessoas que utilizavam a

estação de comboios da Ortiga. Nos dias de hoje, a estação funciona apenas como um local de partida e de chegada, “um apeadeiroó, acrescentou João Carvalho. Por incentivo da Câmara Municipal de Mação, o proprietário juntamente com a sua esposa, Josefina Carvalho, decidiu recuperar a antiga taberna e transformá-la numa casa de campo, de turismo rural. Presentemente, a Tejada é um espaço com cinco quar-

tos, dois deles com casa de banho privativa, uma sala de estar, um bar, uma piscina e um jardim. No espaço envolvente os turistas podem realizar algumas actividades ligadas à natureza e ao rio Tejo. Desde as caminhadas, os passeios de bicicleta e de burro, às descidas de rio, aos passeios de barco e à pesca. João Carvalho explica que, hoje em dia, a procura não é a melhor e aponta como motivo a crise instalada no país.

Contudo, refere que “muitos turistas que ainda se instalam na Tejada são pessoas que vêm para conhecer o concelho de Mação, sobretudo o Museu municipal”. O nome escolhido, A Tejada, segundo João Carvalho, surge devido à regularidade das cheias daquele tempo que chegavam à antiga taberna. Quando o Tejo levava muita água, dizia-se: vai ali uma Tejada!”. Joana Margarida Carvalho

RESTAURANTE CRISTINA

Há 35 anos a servir bons sabores

Esta gruta fresca do Ali Babá guarda jóias sagradas do saber dos sabores. Há 35 anos que é, em Rio de Moinhos, um templo gastronómico de referência. Agora, está de férias, mas vai abrir no dia 18 de Agosto. Entretanto, com o calor que tem feito, podemos ir pensando numa salada fria de maionese de camarão e peixe ou uma salada russa com camarões panados, na companhia de um bom vinho

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branco gelado. Mas se for um polvo à lagareiro, não se faz sacrifício nenhum. Ou, sem falar em calor, uns lombinhos de porto preto ou mesmo um prato de cabrito, que parece mais de Inverno mas está a sair todos os domingos. Mas Cristina Mota, que preside a esta gruta de sabores, promete “grandes alterações” para quando reabrir, mas sempre com a aposta na cozinha regional. Vamos a isso.


economia 7

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ABRANTES

O que tem de melhor ser empresário? JOANA MARGARIDA CARVALHO

Há hoje uma relativa unanimidade de que Portugal, para sair da crise, precisa de empreendedores. Mas o empreendedorismo já conheceu dias melhores. Apesar da sedução que tem o estatuto do empresário. O JA foi ouvir alguns dos empresários presentes na região.

seguir atingir os objectivos a que nos propomos. Consequentemente, ser empresário dá-nos a possibilidade do contacto da comercialização e divulgação da nossa imagem, a imagem Allianz.

sólidas e estáveis e que têm oferta e que permitem dizer sempre que sim ao cliente são empresas onde dá gozo trabalhar.

trabalho que desenvolvemos na empresa, pela interacção que temos com o meio, com os nossos colaboradores. Saber que temos de nos manter vivos todos os dias, com espírito de sacrifício nos momentos difíceis, mas sempre com um sentimento de positivismo e prosseguir com a camisola da empresa.

Carlos Sousa - STI António Gonçalves - Click Viagens

Alfredo Lopes – Profiforma

Os dias de hoje são muitos difíceis para ser empresário. Mas é nestas horas que se vê a diferença entre os bons e os maus empresários. Estamos a viver um momento de mudança de página. Aqueles que são bons empresários estão a ter sucesso, e se calhar nunca teriam tanto sucesso como estão a ter hoje. Às vezes basta abrir um olhar, um caminho, abrir uma porta para criar estratégia e inovação.

O melhor é a nossa satisfação pessoal em nos conseguirmos realizar em termos profissionais e conquistar novos mercados. Conseguir bons resultados financeiros e pessoais. Dar estabilidade às nossas famílias e a quem trabalha connosco é muito importante.

Nada na vida é bom nem mau. Nós temos o nosso percurso, as nossas condições de vida, a nossa envolvência. Eu nunca pus na vida as coisas em termos de bom ou mau. Eu aceito por prazer e por gosto o que faço e isso é o mais importante - o prazer de estar e de fazer. Essa relação com aquilo que se faz, penso que é a mais correcta. Porque andar nesta vida, uma série de anos, por desprazer não vale a pena. Faço um balanço positivo da minha experiência enquanto empresário na medida em que me revejo naquilo que faço. A questão não se põe em termos mercantilistas, mas em termos de realização pessoal.

Claudino Costa – Abranfrio

Eu já sou empresário há vinte e oito anos, passei por épocas boas e menos boas e neste momento posso dizer que estamos a passar uma época má. A nossa empresa nasceu em 1983, dedica-se à venda de produtos hoteleiros. Temos 40 funcionários e é um desafio que tenho mantido. Temos cumprido com tudo o que nos é proposto, temos tentado levar o barco em frente através da conjuntura nacional em que nos encontramos.

João Nogueira - JN Materiais Construção

João Garrafão - Allianz

É uma aposta, é o querer e a vontade de con-

Ser empresário em Portugal é um desafio. Eu já sou empresário desde 1992, na área de materiais de construção e já tenho alguma experiência e também algumas bases que me permitem estar à vontade. É nestas alturas de crise que muitas vezes nós conseguimos servir bem o cliente e dá-nos gosto trabalhar com o cliente. As empresas que estão

Delfina Baptista - Reciclagem de Sucatas Abrantina

Vítor Esteves -Medicina Higiene e Segurança no Trabalho – Grupo Medisigma

É acordar todos os dias com um sentido muito grande de responsabilidade para com o

Aceitar desafios e pô-los em prática e ter uma concessão própria.

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AGOSTO2010

EM ABRANTES, CONSTÂNCIA E SARDOAL

Prove arranca em Setembro JERÓNIMO BELO JORGE

O programa Prove arranca em Setembro nos concelhos de Abrantes, Constância e Sardoal. O Prove está a ser desenvolvido pela TAGUS, Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, e tem como objectivo dinamizar o comércio entre agricultores e consumidores.

A fórmula é simples, os agricultores criam cabazes com oito ou nove quilos de produtos, entre tubérculos, legumes e fruta, que vão vender directamente ao consumidor final. Em cada semana o cabaz pode ser diferente mas terá uma base de produtos frescos para a semana de uma família. Neste momento, aderiram ao programa sete pequenos agricultores dos três concelhos, um número considerado razoável por Pedro Saraiva, técnico coordenador da Tagus que admite, mesmo assim, um aumento depois de o programa estar

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em funcionamento. Com o primeiro passo já confirmado, agora é a vez dos consumidores poderem fazer as inscrições na Tagus, para que recebam semanalmente o seu cabaz de produtos hortícolas frescos. Também é muito simples o processo, basta contactar a Tagus e, a partir de Setembro, no

local das entregas ir buscar os produtos adquiridos. Esta pode ser uma fórmula de estimular a economia local e, por outro lado, voltar a colocar nos cidadãos o conceito dos produtos da época. É que, com a proliferação das grandes superfícies comerciais, perdeu-se esse conceito. Os sectores de fres-

cos dos hipermercados têm todos os produtos todo o ano. Luis Damas, da Associação de Agricultores de Abrantes, Constância, Mação e Sardoal, revela uma nova disponibilidade dos cidadãos para o cultivo de alguns produtos de época, nomeadamente para quem tem pequenos terrenos junto

às moradias. Até para muitos que vivem em apartamentos, o cultivo de ervas aromáticas em vasos começa a ser frequente. O dirigente da Associação dos Agricultores revelou ao JA que este programa pode dinamizar a pequena agricultura e, por outro lado, colocar no mercado os produtos de época, para que não se perca essa noção: morangos são em Maio e Junho e agora surgem, por exemplo, as ameixas. Este produto, pelas experiências realizadas noutras regiões, mais urbanas, é muito procurado por casais jovens já que não representa a compra de legumes ou produtos hortícolas em grandes quantidades. Pedro Saraiva revelou ainda que os cabazes não são constituídos por produtos biológicos, uma vez que neste caso seriam necessários vários passos para a certificação. O Prove, em Abrantes, Constância e Sardoal começa em Setembro, mas se o leitor quiser pode, desde já, garantir o seu cabaz. Basta contactar a Tagus.


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10 região

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ESTALAGEM DE VALE MANSO

Vida nova por um milhão de euros “Um milhão de euros. Quem dá mais? Um milhão de euros. Arrematado à empresa Segredos da Aldeia”. O valor base de licitação da Estalagem Vale Manso era de 1,535 milhões de euros mas por este valor nenhum dos presentes apresentou propostas.

O leiloeiro da empresa Onefix passou à segunda fase a começar do zero, o que motivou a primeira licitação de 500 mil euros. De cem em cem, chegou ao milhão de euros, sendo arrematado à empresa Segredos da Aldeia. Mas o processo não encerrou aqui. Como o valor é inferior à proposta base, a comissão de credores da Estalagem tem que se pronunciar se aceita ou não, e só posteriormente, com decisão favorável, será agen-

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dada a escritura de compra e venda da unidade hoteleira. Em leilão estava o imóvel, uma unidade hoteleira com 22 quartos, duas suites, restaurante, salas de reuniões, sala de estar, piscina exterior, restaurante grill, entre outras áreas de serviço, e todo o mobiliário, desde os talheres a lençóis e cortinados.

Isabel Coimbra, gerente da Segredos da Aldeia, manifestou a satisfação pelo leilão, esperando agora que o processo corra normalmente para que possam relançar a unidade com a garantia de que “apresentámos a proposta para exploração e não para especulação imobiliária”. A empresa Segredos da Aldeia

opera já a concessão da praia fluvial da Aldeia do Mato, em Abrantes, e tem o processo concluído para a construção de um hotel rural em Carreira do Mato, também no Norte do concelho de Abrantes. Garantindo que quer iniciar o mais rapidamente a exploração, com a unidade a deixar de ser cinco estrelas para passar a turismo de qualidade mas “low-cost”. É este o mercado em que pretendem entrar, já que sentem a necessidade de camas no concelho por via das actividades turísticas que já desenvolvem. Quanto ao processo da Estalagem Vale Manso, preconizam uma remodelação do interior ao nível da decoração e arranjos exteriores junto à piscina mas com a certeza que a época do Verão 2010 já está para trás. Quando assumir a gestão

da Estalagem, para além dos custos operacionais do hotel e restaurante, que pretende abrir com regularidade, a nova proprietária terá um custo trimestral de mais de seis mil euros em condomínio, já que a estalagem integra um complexo turístico situado junto à Albufeira do Castelo do Bode, em que tem espaços comuns com os proprietários das moradias, como os cais de acesso à água. A Estalagem Vale Manso situa-se na margem esquerda da Albufeira do Castelo do Bode, foi construída como única unidade hoteleira cinco estrelas, na altura, na Região de Turismo dos Templários. Entre os credores encontram-se os 15 funcionários que em Fevereiro de 2009 decidiram suspender os contratos de trabalho por te-

rem vários salários em atraso. Aliás, foram estes funcionários que durante quase um ano, em auto-gestão, garantiram o normalfuncionamentodaunidade, quer nos alojamentos quer na área da restauração. Nunca tiveram apoio da administração mas garantiram, em Fevereiro do ano passado, que até tinham uma carteira de clientes considerável, mas não podiam mais trabalhar sem receber os ordenados. Em Fevereiro decidiram suspender os contratos de trabalhoeaunidadepassouparaum gestor de insolvência, tendo terminado agora num leilão. Para o Sindicato da Hotelaria do Sul, a estalagem, inaugurada em 1998, faliu por “erros acumulados de gestão”, tendo funcionado em autogestão ao longo de todo o ano de 2008. Jerónimo Belo Jorge


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CULTURA, ROMANTISMO, PAISAGEM, SEGURANÇA, QUALIDADE, BOA VIZINHANÇA

Clube de Campo da Morgada A promessa é vasta, como se vê, mas os promotores garantem que a aposta é para cumprir. O Clube de Campo da Morgada é um empreendimento inovador, de qualidade, associado à Quinta de Santa Bárbara e, por tudo isso, vai ter sucesso. Garantem os promotores.

O conceito é inovador, um “resort rural”, e representa um investimento de 8 milhões de euros, três dos quais já realizados. Em termos gerais, pode dizer-se que se trata de um projecto imobiliário, mais um conjunto de serviços de qualidade para quem aderir ao empreendimento. São 91 lotes, que incluem a pequena Aldeia da Torre, já parcialmente construída e um conjunto de habitações que vão do T0, de cerca de 48 mil euros, ao palacete, de 800 mil

euros. Isto a preços finais, mas o comprador pode optar por comprar em bruto e acabar a seu gosto. Além destas construções de iniciativa dos promotores, há ainda um significativo conjunto de lotes para construção própria. Segundo Manuel Faria, o rosto dos promotores, “é uma

óptima opção como primeira moradia para quem vive na zona ou como segunda moradia para quem quiser desfrutar de um lugar exclusivo e distinto, apoiado por um conjunto de serviços de qualidade, num ambiente de segurança e beleza, e com fácil acesso a uma zona cultural-

mente riquíssima” de que destaca Constância e Abrantes ou Tomar, Golegã e Fátima, entre muitos outros lugares de interesse, sem esquecer Castelo de Bode. Quanto aos serviços, os que escolherem o Clube de Campo da Morgada terão campo de golfe “Pitch and Putt”, pisci-

na, centro hípico, fitness room, ténis, bar e sala de jogos, e ainda um Club House que oferece o belo refeitório quinhentista da Quinta de Santa Bárbara e a “dispensa do refeitório”, bem como um conjunto de pequenos serviços desde o pão quente ao pequeno almoço até operações de reparação

das habitações. Este apoio é, no essencial, proporcionado pela Quinta de Santa Bárbara, que já ali opera com reconhecido sucesso. A Quinta de Santa Bárbara surge no Sec. XVI, portanto há 500 anos. No Sec. XVIII era propriedade dos jesuítas, que lhe deram a forma actual. Propriedade de amigos de Camões, impõe-se a convicção de que o poeta terá frequentado o lugar. Nos finais da década de 70 do século passado é adquirida pelos actuais proprietários, que a recuperam e a transformam num “hotel de charme” bem conhecido. É a partir deste êxito e com base na experiência adquirida que surge agora o Clube de Campo da Morgada. Segundo os promotores, “No abraço do Zêzere com o Tejo”, esta é “a morada que Camões gostaria de partilhar consigo”.

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12 destaque

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CASTELO DE BODE

Praia Aldeia do Mato

FÉRIAS DE VERÃO

E a praia aqui tão

O Verão chegou e com e espaços que pode aprov de crise, as praias fluvia veitar o sol, os passeios e o que tem melhor nos Gavião e Constância.

A praia fluvial de Aldeia do Mato é um espaço ideal para as suas férias ou apenas para passar um dia em família. As águas da barragem de Castelo de Bode são uma atracção para as práticas aquáticas, como os passeios de canoa, Kayaks, remo, jangada e gaivota. Os percursos de BTT, pedestres ou de orientação, também podem ser uma aposta no espaço envolvente. A presença de bungalows oferece a possibilidade de fazer uma estada pela região. Estes têm a capacidade para quatro pessoas, estão totalmente equipados e proporcionam uma vista magnífica sobre a Barragem de Castelo Bode. Para mais informações visite www.segredosdealdeia.pt

MAÇÃO

Praia do Carvoeiro

ABRANTES

Aquapolis, Parque U O Aquapolis, Parque Urbano Ribeirinho de Abrantes é um espaço de lazer e ideal para actividades desportivas aquáticas não motorizadas, desde windsurf, vela, remo, canoagem e passeios de kayak. No vasto areal do Aquapolis há campos para a prática de voleibol, futebol e râguebi de praia, além de outros espaços na sua envolvência onde se pode andar de patins e skate. Este Parque Urbano Ribeirinho de Abrantes tem ainda um ponto de apoio ao auto-caravanismo. Para mais in-

Localizada em plena localidade de Carvoeiro, a cerca de 25 minutos de Mação, a praia do Carvoeiro é uma das jóias do concelho. A beleza e a qualidade das águas ajudam a compor este espaço que tem sido referência pelas autoridades regionais. Este local dispõe ainda de um parque de merendas, ideal para churrascos e de um bar de apoio com balneários. Segundo os macaenses, é “um dos sítios mais agradáveis do Pinhal Interior”.

de

jornal abrantes

Novo e-mail: jornaldeabrantes@lenacomunicacao.pt jornaldeabrantes


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Textos: JOANA MARGARIDA CARVALHO

o perto ...

ele o sol e o calor! Na região, são muitos os veitar para se pôr a banhos. Nesta época ais são uma verdadeira aposta para aproem famílias, os desportos náuticos e tudo concelhos de Abrantes, Mação, Sardoal,

GAVIÃO

Praia do Alamal

Integrada no complexo da quinta do Alamal, esta praia oferece um vasto areal junto à água, uma agradável zona verde com o castelo de Belver como imagem de fundo e um passadiço ideal para passeios pedestres. Mais uma vez, a praia fluvial do Alamal recebeu o galardão “Bandeira Azul” atribuído pela Associação Portuguesa da Bandeira Azul. Qualidade da água, gestão ambiental, infra-estruturas de apoio, segurança e acessibilidade foram as características apontadas para o reconhecimento com a Bandeira Azul. Localizada na margem esquerda do rio Tejo, é classificada como “praia acessível a todos”.

MAÇÃO

Praia de Ortiga

Urbano Ribeirinho formações consulte www.aquapolis.com.pt/pagina.html. Zona ribeirinha de Constância - rio Zêzere O rio Zêzere é dos lugares mais visitados pelos canonistas portugueses. A beleza da paisagem envolvente e as águas calmas são os factores ideais para os grupos que procuram o rio, de forma a realizarem as descidas de canoa e kayak. Perto da foz do Zêzere, a praia chama para um bom banho. O Parque de Campismo, situado junto ao rio, com muitas sombras, é ideal para passar umas férias em família.

A praia fluvial da Ortiga fica situada na região sul do concelho de Mação. Com a albufeira da Barragem de Ortiga como pano de fundo, este espaço é muito requisitado por turistas e pelos próprios maçaenses. O local reúne infra-estruturas de qualidade, um bar e restaurante, uma piscina flutuante, balneários, posto médico e estacionamento. Os interessados que pretendem passar alguns dias junto a um espaço agradável poderão ficar instalados ali ao lado, no Parque de Campismo de Ortiga.

FÉRIAS POR CÁ

É preciso é imaginação Entre a miséria e a sorte no Euromilhões, há um enorme território onde mais dinheiro ou menos dinheiro não faz grande diferença quanto ao estado de felicidade das pessoas. Isto é o que dizem os estudos científicos. E acrescentam: o que faz a diferença são as experiências. Boas experiências trazem felicidade e más experiências tornamnos infelizes. E não é isso mesmo que nos vai dizendo a nossa vida? Sendo assim, se a crise nos obriga a ficar por cá, não há nisso grande mal. O importante é “programar boas experiências” que nos façam valer a pena as férias que temos oportunidade de viver. O importante é a imaginação. Passar um fim de tarde numa das nossas praias é uma boa aposta. Um pic-nic com os seus filhos. Ou uma tarde passada com eles à volta de um daqueles jogos de antigamente. Uma tarde no fresco da biblioteca municipal a ver um livro de belas paisagens. Ouvir um ou dois daqueles discos que se guardaram para quando houvesse tempo. Um passeio à noite à beira de água, por exemplo no Aquapolis, em Abrantes, ou no Parque Ribeirinho, na Barquinha. Uma daquelas refeições frescas, por exemplo uma salada criativa, que fuja da rotina. Um filme erótico, uma garrafa de vinho fresco, de preferência de espumante?, e uma noite especial de amor. Ou uma sessão doméstica de massagens, daquelas que tornam uma noite memorável. Ler um daqueles clássicos que andam à espera de tempo há anos. Visitar um amigo que há tempos andamos para ver com tempo. Uma visita nocturna ao Observatório Astronómico de Constância. Ou uma visita, diurna, com os miúdos ao Parque Ambiental de Sta. Margarida. Para quem gosta, escrever nestas férias as memórias de infância é torná-las memoráveis. Ou aprender a tocar viola. Ou a cozinhar. Há na nossa zona lugares de interesse que não conhecemos, mas que é pena. E vários museus, que bem merecem uma visita. O Convento de Cristo em Tomar atrai gente de todo o mundo, mas muitos de nós nunca lá foram e outros já lá não vão há anos. E ao castelo de Abrantes? E ao de Belver? Fazer uma caldeirada, depois saboreá-la acompanhada de um bom vinho e por fim dormir uma valente sesta. Ah, e aquelas outras ideias que já aqui não cabem mas que cabem perfeitamente nos seus dias de férias?

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CONSTÂNCIA

Ano internacional da Biodiversidade Entre 60 mil e 100 mil espécies de plantas estão ameaçadas em todo o mundo, o que representa ¼ das espécies conhecidas. Portugal consta da lista vermelha das espécies ameaçadas com 159 animais em risco de extinção entre eles o lince ibérico. São 38 espécies de peixes, 67 de caracóis das ilhas e 11 mamíferos condenados a desaparecer. Também várias espécies de plantas estão ameaçadas entre nós. Cada espécie ameaçada avisa o homem de que também pode vir a extinguir-se.

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Ponte fechada ao trânsito A ponte rodoviária sobre o Tejo, em Constância, foi encerrada a todo o tipo de viaturas no dia 21 de Julho. A ponte foi encerrada pela Refer com base numa inspecção segundo a qual não existiam condições de segurança na estrutura do tabuleiro que permitisse a circulação rodoviária. A inspecção da Refer proibiu até a circulação de veículos de emergência médica o que criou um problema acrescido para as populações, já que as alternativas são as travessias de Abrantes ou da Chamusca. No dia seguinte ao encerramento o presidente da Câmara de Constância, Máximo Ferreira, teve uma reunião de emergência com o ministro das Obras Públicas, António Mendonça, juntamente com o autarca de Vila Nova da Barquinha e a Governadora Civil de Santarém, Sónia Sanfona. Nesta reunião o governante

prometeu ser célere numa reavaliação das condições da ponte e até equacionou a montagem de uma ponte militar em Montalvo, uma ideia que viria a ser abortada uma semana depois. Até ao fecho desta edição o trânsito está ainda encerrado apesar das duas manifestações da população que defendem a

abertura imediata da ponte. A única certeza das autarquias é que a Estradas de Portugal esteve a fazer uma reavaliação da inspecção da Refer e pode comunicar rapidamente a reabertura da ponte. Por outro lado, a autarquia de Constância, reivindica que o processo de reabilitação do tabuleiro rodoviário, uma

empreitada que deveria ser lançada pelo Governo e com uma participação financeira das duas autarquias, seja retomado com a máxima urgência, perante a situação de “retrocesso” nas estruturas viárias que servem o concelho de Constância e limítrofes. Jerónimo Belo Jorge


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JOÃO ANTÓNIO CARMO

O barqueiro do Castelo de Almourol Eu nasci na primeira aldeia da Beira Baixa, em Gardete. O meu pai era funcionário na Barragem da Ocreza e foi nessa região que eu vivi a minha juventude.

Sempre gostei muito de comércio e foi esta actividade que escolhi para a minha vida profissional, no Entroncamento. Frequentei um curso de contabilidade à noite. Entretanto surgiu-me a oportunidade de explorar um bar na estação de Almourol, concorri e fiquei com o bar. Isto antes do 25 de Abril. Mais tarde surgiu-me a oportunidade de concorrer para observador de Serviços Hidráulicos, ali mesmo em frente à estação de Almourol, onde há um posto de hidrometria. Mais tarde, havia falta de funcionários para sair para o campo, fizeram-me a proposta, aceitei e aí tive de deixar o bar. Uns anos mais tarde, um senhor chamado Bragança tinha um barco que fazia o transporte dos turistas para o castelo de Almourol. O meu filho gostava muito de es-

tar na companhia do barqueiro e foi ele que me convenceu a comprar o barco ao senhor Bragança, pois este já estava envelhecido e queria passar o serviço a outra pessoa. Antes de comprar o barco, tinha de pedir ao comandante da Escola Prática de Engenharia autorização para fazer o serviço. Na altura, o barco custou-me trinta contos [150 euros] e foi com os meus quarenta anos que iniciei a actividade de barqueiro. O comandante de Engenharia passou-me a chave do castelo e eu fiquei com a responsabilidade de fazer o transporte dos visitantes e toda a manutenção do castelo, ou seja, as limpezas. Fui barqueiro durante quinze anos. Tinha quatro barcos e passava uma média de duzentas pessoas por ano para o castelo. Quem atura um povo atura muita coisa. Mas eu sempre soube lidar com as pessoas, gostava de estabelecer contacto. Mas por vezes passei por situações de gozo. Os visitantes não sabiam o que eu era e chega-

vam a perguntar-me se eu dormia dentro do barco ou debaixo de uma árvore. Eu não ficava chateado e deixava-os pensar o que eles quisessem (risos). Esta região foi aproveitada para algumas telenovelas portuguesas como os “Morangos com Açúcar” e a série televisiva “Os Cinco” e eu fazia o transporte dos artistas. Tam-

bém cheguei a transportar o nosso Presidente da República, Cavaco Silva, e o Ministro das Finanças Sousa Franco, e vários artistas entre muitas outras entidades. Larguei a actividade há cerca de três anos, devido a um problema de saúde. Acabei por passar os barcos à Junta de Freguesia de Tancos,

que nos dias de hoje, é quem garante o transporte dos turistas [cerca de 50.000 por ano]. Sempre gostei muito de estar em contacto com o rio e esta actividade dava-me essa possibilidade. Sinto saudades! Joana Margarida Carvalho a partir da conversa com J.A.C.

JOÃO LUÍS DA SILVA INÁCIO “JOLY” 1979 - 2010 …A todos quantos estiveram presentes, directa ou indirectamente, na vida do meu menino… …A todos quantos privaram com ele, nas suas alegrias, nas tristezas, nas brincadeiras, nos momentos de lazer, nos estudos, nas escolas, nos desportos, no trabalho, em casa, em família… …A toda a família, aos colegas, aos vizinhos, aos professores, aos treinadores, aos chefes, às instituições, às entidades e muito em especial aos tantos e bons amigos … …A todos quantos o conheceram na sua essência, na sua amizade, na sua capacidade de se dar …no seu carácter genuíno … A todos, eu quero expressar o meu agradecimento que não tem tamanho … Nunca vos esquecerei …Tudo o que fostes para ele, terá retorno nas vossas vidas …OBRIGADO ! E aos que me acompanham agora, todos os dias , em presença ou à distância, nesta «dor maior», não sei como agradecer… É indescritível o sentimento gerado pelo vosso apoio… Um agradecimento especial para todos os técnicos do INEM de Coimbra, em particular, à Sr.ª Dr.ª Jacinta, Psicóloga, melhor, meu Anjo da Guarda, que sofreu comigo o primeiro embate de desespero e impotência e que até hoje, mesmo à distância; me tem acompanhado! Outro agradecimento, muito particular à empresa «ERA», na pessoa de todos os seus colegas de trabalho e amigos e também do seu chefe, Sr. Engenheiro João Esteves que tão bem o souberam orientar e valorizar, na sua formação profissional e que lhe deram o seu apoio, como se dá a um irmão, a um filho! OBRIGADO! Bem hajam todos! Vou continuar convosco enquanto me for permitido…tentando “fazer pela vida”, ganhando forças com a minha outra das principais razões de viver…a minha menina! A Mãe

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DADORES DE SANGUE DO TRAMAGAL

Há vinte anos a salvar vidas Se quem salva uma vida pode ser chamado de herói, que nome damos a quem todos o s meses, desde há 20 anos está a salvar vidas? As coisas têm de ser postas assim.

Foi em 1990 que foi fundada a Associação Humanitária de Dadores de Sangue da Freguesia de Tramagal. O seu objectivo é simples: a dádiva benévola e anónima de sangue”. E, de então para cá, tem mantido uma actividade continuada e reconhecida, que se estende por várias localidades dos concelhos de Abrantes, Constância, Gavião e Sardoal. Conseguem uma média de 50 dádivas de sangue por mês, em duas ou três recolhas. Estas são calendarizadas pela associação e feitas pelo Instituto Português do Sangue com o apoio da associação no terreno. Para dar sangue, basta estar atento à informação que circula, ser saudável, ter entre 18 e 65 anos e não pesar menos de 50 quilos. Na primeira dádiva, há um inquérito à pessoa para ver se é saudável e se pode dar sangue. Mesmo assim, o sangue é sempre analisado, em cada dádiva, para não haver riscos para quem

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• António José Contente, vice-presidente da Associação de Dadores de Sangue. o vai receber. O que significa que quem dá sangue “recebe” uma vigilância por parte do Instituto: se este detecta algum problema, a pessoa é logo avisada e acaba por ser acompanhada. Dar sangue é fácil. O que é necessário é haver disponibilidade. António José Contente, vice-presidentedadirecção,lamenta que “muitas vezes deslocamo-nos a uma localidade,

a unidade do Instituto Português do Sangue vem para fazer a colheita, com todos os custos que isso representa, e depois aparecem poucas pessoas. E já tem acontecido não aparecer ninguém.” Por isso, é da maior importância que as pessoas estejam atentas e, se disponíveis, que aproveitem a oportunidade. Mas a associação não faz apenas recolhas de sangue.

Nas suas instalações há um conjunto de serviços, sobretudo médicos, que beneficiam, com descontos, os cerca de 1.500 sócios. Por isso, a sede dos Dadores de Sangue é um centro de prestações com particular significado na freguesia.

No princípio foi uma aflição e hoje continua a ser António José Contente, hoje

vice-presidente da direcção, conta como foi. “A minha mulher precisava de ser operada e não lhe faziam a operação porque não havia sangue compatível. Eu corri tudo e mais alguma coisa, incluindo os quartéis para arranjar sangue do tipo do dela, e não conseguia.” Até que quatro ou cinco pessoas do Tramagal se disponibilizaram para dar sangue. E o problema ficou resolvido. “Mais tarde aparecemme a pedir se eu os ajudava para se formar um grupo. E assim começou.” Tão simples como isso. Simples, mas só no princípio. “Começou de tal ordem que eu hoje tenho medo de estar à frente disto. Porque a evolução foi tão grande que eu começo a não ter capacidade para segurar a alma disto. Hoje são necessários muito mais requisitos e mais meios financeiros, que nós não temos, para acompanhar. O Instituto da Sangue ajuda-nos, mas não chega.” Para organizar núcleos locais de dadores e para organizar as sessões de colheita de sangue há despesas que são cada vez maiores. E não há como esconder. Esses custos saem-lhe do bolso.

O que mais o preocupa não é isso. Sente sobretudo que “os que vierem depois de mim não têm o dever de suportar” estes custos de funcionamento da associação. Há receitas, é claro, as quotas dos associados, os contributos dos médicos e outros que utilizam as instalações dos Dadores de Sangue. Mas isso esvaise com o pagamento da funcionária e com o encargo da dívida contraída para a compra das instalações. O orçamento anual é da ordem dos 20.000 euros. Por enquanto, a situação está sob controlo. Mas o que preocupa António José Contente é que o peso das “pequenas” despesas no bolso dos actuais dirigentes funciona como factor de afastamento de futuros possíveis dirigentes. “Esses custos deviam ser suportados por alguém.” Está a referir-se ao facto de os Dadores de Sangue não contarem com apoios do Município, porque as suas actividades, por serem na área da saúde, não se enquadram dentro dos respectivos regulamentos. Então, conclui, “que haja um regulamento que abranja quem trabalha na área da saúde”.


associativismo 17

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O Encontro Nacional de Dadores O passado dia 13 de Junho, foi uma jornada de grande trabalho, mas um dia de glória. Pela terceira vez, depois dos anos de 1996 e 2000, os Dadores de Sangue do Tramagal tiveram a responsabilidade de organizar o Encontro Nacional de Associações de Dadores de Sangue. A tarefa foilhes confiada pelo Instituto

Português de Sangue e recebida como uma responsabilidade e como uma honra. Na hora da avaliação, “todos ficaram muito contentes”, o Instituto, as outras associações participantes e os organizadores. “Correu tudo muito bem. Nós fizemos aquilo que não temos visto em lado nenhum nos outros encontros.”

A Associação do Tramagal

Associação Humanitária de Dadores de Sangue da Freguesia de Tramagal R. Dr. António F Bairrão 149 Tramagal 2205-655 TRAMAGAL Tel: 241897254

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ASSIM SE ESCREVIA NO JORNAL DE ABRANTES, NO…

Domingo, 1 de Janeiro de 1905 AO COMEÇAR O ANNO DE 1905… que concre-

O “Jornal de Abrantes”, tiza na Republica todas as suas esperanças e todas as suas aspirações; que confia na Republica como sendo o unico regime capaz de redimir o velho Portugal; que almeja, finalmente, pela Republica, porque só esta poderá moralizar e cortar cerce em esbanjamentos e em abusos criminosos; o “Jornal de Abrantes”, repetimos, saúda com entusiasmo e alvoroto [sic] o anno de 1905 – sem duvida alguma o anno em que a ideia republicana, pela união e dedicação dos s4eus homens, há de contar os triunfos e os dias de gloria pelo numero de batalhas que travar contra as oligarquias dominantes!

DR. SOLANO DE ABREU

Na passada terça feira, a direcção da Associação Soares Mendes, desta villa, representada pelos srs: Francisco Egídio Salgueiro, José Alves da Silva Coelho, João Lopes Gueifão e António Corrêa, foi á Villa Maria Amélia depôr nas mãos do sr. dr. Solano de Abreu o diploma de presidente honorario daquella collectividade, distinção que ha meses fôra conferida unanimamente pela assembleia geral ao illustre publicita. Firmavam o diploma os nossos amigos srs: José de Souza Carvalho, Francisco da Silva Nogueira e Artur Jorge da Silva. O sr. Dr. Solano de Abreu, ficou altamente penhorado com a oferta, afi rmando continuar ao dispor da sociedade, que tantas provas de gratidão lhe tem dispensado, pela muita simpatia que lhe merece o principio associativo e o futuro das classes trabalhadoras do nosso concelho.

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cultura&espectáculos AGENDA DO MÊS

Paulo Passos mostra trabalhos de design na Barquinha O Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha acolhe, entre 12 de Agosto e 5 de Setembro, a exposição “Paulo Passos: Obra Gráfica”, com inauguração agendada para o dia 12, às 18 horas. Natural de Vila Nova da Barquinha, 36 anos, Paulo Passos é um designer reconhecido e premiado, como tivemos oportunidade de ver no JA de Junho e na exposição na Biblioteca António Botto. É esta mesma exposição que agora inicia uma itinerância de divulgação da obra gráfica deste criativo da nossa região, mas com obra viva um pouco por todo o país e mesmo em Espanha.

Cinema ao ar livre em São Lourenço O Parque Urbano de São Lourenço, em Abrantes, recebe a 1ª edição do Cineverão. A partir das 21h30 muitos são os filmes que podem ser vistos e apreciados ao ar livre em comunhão com a natureza. Esta é uma iniciativa do Espalhafitas (Palha de Abrantes) e do Parque São Lourenço. Lista

de filmes e respectivos dias. 14 de agosto: O Mar da Palha, Verde às Cinzas, A Forma do Tempo, Tempo Reflectido, O Meu Querido Mês de Agosto 21 de agosto: Bolos a Mais, Bola a Menos, O Coelho que deixou de Comer, Pouco Barulho, As Mãos na Ora.

Crato em festa Vai acontecer entre os dias 25 a 28 de Agosto a vigésima sexta Feira de Artesanato e Gastronomia no concelho do Crato. Os espectáculos musicais vão contar com a presença de Amália Hoje, Nouvelle Vague, Orquestrada, Tim, Virgem Suta, UB40, Orelha Negra e muito mais. Promover o concelho a nível regional e nacional, ressaltando as suas valências como a gastronomia, o artesanato e os espectáculos musicais é o objectivo principal da autarquia.

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Até 31 de outubro - Exposição - Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes - Antevisão II - Museu D. Lopo de Almeida - Castelo de Abrantes 2 a 30 agosto - Exposição Bernardo Santareno - Pseudónimo de António Martinho do Rosário Vida e Obra - Biblioteca António Botto 14 de agosto - Visita guiada à praia fluvial de Aldeia do Mato - Inscrições na Junta de Freguesia de Aldeia do Mato e na Câmara Municipal de Abrantes até 12 de agosto 14 e 21 de agosto – Cinema ao ar livre - Cine Verão - Parque Urbano de São Lourenço , a partir das 21h30 Tardes de Verão - Parque Urbano de São Lourenço, às 18h00: 7 de agosto – Grupo de Hip Hop 21 de agosto Grupo de Dança de Alferrarede

Constância

Artistas do CRIA em exposição Os Quatro Cantos da Freguesia é o tema da exposição de pintura, da autoria do grupo de artes plásticas do Centro de Recuperação e Integração de Abrantes, que estará patente ao público, nos dias 27, 28 e 29 de Agosto, na “Festa Rural 2010”, na Pereira, uma localidade da freguesia de Santa Margarida,. São treze as obras, em óleo sobre tela, que irão integrar esta exposição e que poderão ser adquiridas durante estes dois dias e promovida pela Associação Os Quatro Cantos do Cisne. Os artistas que integram esta colectiva de pintura são jovens e adultos com deficiência que, pela arte, mostram a sua visão do mundo e as suas capacidades artísticas. Esta é uma exposição marcada por um número significativo de trabalhos colectivos. Cada tela retrata um local, que encerra em si um significado forte e que integra o património da freguesia, as memórias e a tradições das gentes locais. As obras que constituem esta colectiva de artes plásticas são da autoria de Cristina Ambrósio, Zé Tó, Luís José, Nuno Heitor e Ricardo Pedro.

Abrantes

Bernardo Santareno em exposição em Abrantes De 2 a 31 de Agosto, a Biblioteca Municipal António Botto vai ter patente ao público a exposição “Bernardo Santareno, pseudónimo de António Martinho do Rosário – Vida e Obra”. Trata-se de uma mostra evocativa dos 90 anos de Bernardo Santareno, escritor e um dos maiores dramaturgos portugueses, nascido em Santarém, a 19 de Novembro de 1920, onde fez a instrução primária e o liceu. Médico de formação, foi sobretudo como autor de peças de teatro que se afirmou na literatura. É considerado um dos importantes dramaturgos portugueses do Sec. XX, com peças como “A Promessa”, “O Bailarino”, “A Excomungada”,O Lugre”, “O Crime da Aldeia Velha”, “O Duelo” e “O Pecado de João Agonia”, “O Judeu”, “Português, Escritor, 45 Anos de Idade” A exposição é organizada pela Biblioteca Municipal António Botto, com produção do Instituto Bernardo Santareno e da Câmara Municipal de Santarém. Pode ser vista de segunda a sexta-feira, no horário das 09h30 às 12h30 e das 14 às 18h00.

Animação de Verão - Anfiteatro dos Rios, às 22h00 7 de agosto - Música - De Sbundixie 20 de agosto - Há Noite no Museu Contos ao luar - Jardim do Museu dos Rios e das Artes Marítimas, às 21h30 21 de agosto - Música - concerto com Lena D´Àgua & Tahina Até 31 de agosto - Exposição de antigas máquinas de projectar filmes (1940 até 1977) – Centro Cultural Gil Vicente

Vila de Rei Até 8 de agosto - XXI Feira de Enchidos, Queijo e Mel - artesanato, exposição, desporto, conferências e concertos.

Barquinha 3 a 11 de julho - Feira do Livro - Hora do Conto às 17h00 - Encontro com escritores - Barquinha Parque

Crato 25 a 28 de agosto – Festival do Crato – Artesanato, gastronomia e concertos com Amália Hoje, Oquestrada, Virgem Suta, Tim, Mariza, Vitorino, Orelha Negra e os internacionais Novelle Vague e UB40


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LUGARES COM HISTÓRIA

A Ermida da Senhora da Guia TERESA APARÍCIO

Situa-se este pequeno templo, sobre um terraço sobranceiro à margem esquerda do rio Tejo, entre Concavada e Alvega. É de planta circular, o que é uma característica rara na arquitectura religiosa portuguesa e remata-o uma cúpula em forma de meia laranja. O portal da entrada é rectangular e sobre ele está colocado o brasão da família construtora. Lateralmente, em plano superior à porta, estão colocados, simetricamente, dois pequenos cruzeiros, e o púlpito encontra-se no exterior, do lado direito da capela, característica também rara neste tipo de construção, mas explica-se perfeitamente pelo facto de a capela ser muito pequena e quase todos os romeiros se encontrarem na rua, quando o padre se lhes dirigia nos sermões dos dias de festa. Inserida na própria capela, uma lápide informa-nos: “Esta ermida de Nossa Senhora da Guia, mandaram fazer L. C. Godinho e sua mulher Isabel Freire, à sua custa para eles e seus sucessores. Acabou-se na era de 1626 anos.” Sabe-se também que integrava uma grande quinta, cujas casas fi-

cavam distantes da ermida “cousa de um tiro de espingarda.” A imagem de Nossa Senhora da Guia, colocada no único altar existente no interior, segundo o “Santuário Mariano” (1711) era “perfeitissimamente obrada de escultura de madeira, primorosamente estofada e também o Menino que levava pela mão…” Foi roubada há uns anos atrás, sendo substituída pela imagem da Senhora dos Navegantes, trazida de uma capela que existiu em tempos na Concavada e que tinha o mesmo nome da imagem. O culto de Nossa Senhora da Guia esteve desde sempre relacionado com os barqueiros do Tejo, de “água acima” e de “água abaixo”, que faziam o transporte de mercadorias entre Lisboa e Alvega. Eram viagens arriscadas sobretudo no Inverno, quando as correntes do rio eram fortes e viravam os barcos com facilidade, conduzindo muitos homens à morte. A devoção à Senhora da Guia era pois a âncora a que se agarravam nos momentos difíceis e, todos os anos, em segunda-feira de Páscoa, faziam a grande romaria de agradecimento, por terem chegado sãos e salvos à Primavera. Da parte religio-

sa constavam a missa, a procissão e o cumprimento de promessas feitas em momentos de aflição e havia também a componente profana com os animados piqueniques à sombra fresca das árvores, os bailes e os descantes onde brilhava a mocidade que procurava par para o resto da vida. É interessante constatar que em Constância, terra que também foi de barqueiros, a festa da Senhora da Boa Viagem tem lugar no mesmo dia. Até meados do século XX, enquanto no Tejo houve gran-

de movimento de barcos, a romaria da Senhora da Guia era importante e congregava muita gente, depois, quando o transporte de mercadorias passou a ser feito por caminhode-ferro ou por via rodoviária, desaparecendo assim, do Tejo, os barcos e os barqueiros, a festa foi perdendo o brilho até aos nossos dias, em que já quase nada resta do seu antigo esplendor. O culto dos barqueiros deve ter antecedido no local, a construção da própria capela. A antiga e interessante lenda da Senhora da Guia,

também ela relacionada com a água, reza assim: a imagem da Virgem foi achada nas proximidades, dentro de um poço cheio de água e os que a retiraram constataram, espantados, que tanto a imagem como as vestes se encontravam completamente secas, pois o elemento líquido em nada as afectara. Daí, que os barqueiros se tivessem habituado a rezar à Senhora da Guia, para que os livrasse dos perigos que as águas representavam para eles. E sempre que passavam nos seus barcos, junto à capela, descobriam-se e rezavam, o que é lembrado na seguinte quadra popular: Nossa Senhora da Guia Que está pertinho do Tejo Cada vez que por lá passo Tiro o meu barrete e rezo E também noutras alturas pediam a sua protecção: Nossa Senhora da Guia Tem uma guia na mão Guia bem o meu amor Quando for à inspecção Bibliografia: Candeias da Silva, Joaquim, “O Canal Filipino de Alfanzira”, revista Zahara nº6, Novembro 2005, edição CEHLA – Palha de Abrantes.

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Saúde Ocupacional A Saúde Ocupacional é uma das áreas de intervenção dos Serviços de Saúde Pública, sendo fundamental para a Promoção da Saúde e Prevenção da Doença dos trabalhadores. Todos os trabalhadores estão expostos no seu dia-a-dia a uma multiplicidade de riscos laborais, principalmente biológicos (bactérias, vírus, fungos), químicos (poeiras, gases, vapores, fumos), físicos (ruído, vibrações, radiação, temperatura) e ergonómicos (levantamento e transporte de cargas, má concepção do posto de trabalho). Estes e outros factores poderão contribuir para um aumento dos incidentes, acidentes de trabalho e doenças profissionais. De acordo com a Lei n.º 102/2009 de 10 de Setembro (regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho), o empregador deve organizar os serviços de segurança, higiene e saúde. Desta forma estará a assegurar as condições de trabalho que salvaguardem a segurança e a saúde física e mental dos trabalhadores. Em matéria de Higiene, Segurança e Saúde, tanto o empregador como o tra-

balhador têm direitos e obrigações que devem ser respeitados. Todos os trabalhadores devem utilizar de forma correcta, máquinas, aparelhos, instrumentos, substâncias perigosas, equipamentos de protecção colectiva e individual. É essencial a participação em acções de formação e informação pois ambas são um dos princípios mais importantes ao nível da prevenção. É fundamental o cumprimento da legislação e normas assim como das regras internas de segurança e higiene. Em relação às causas dos acidentes apenas 4% resultam de condições de trabalho inseguras (instalação não protegi-

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