JA Setembro 2009

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de

jornal abrantes Sardoal Director JOSÉ ALVES JANA - MENSAL - Nº 5465 - ANO 109 - GRATUITO

em festa

ABRANTES

Antena Livre promove debates eleitorais Setembro e Outubro marcam a aposta da Rádio Antena Livre de Abrantes na grande informação, com os debates eleitorais. página 6

SAÚDE

ENTREVISTA - Fernando Moleirinho, presidente da Câmara Municipal do Sardoal I pág. 10 e 11

MÉDICA ALICE FERREIRA

Voluntariado na Guiné-Bissau

A pediatra, de Montalvo, aposentada, dedica o seu tempo e anergia a fazer trabalho médico em Cumura, perto de Bissau, ou a prestar apoio de rectaguarda, cá. I pág 3

Cuidados paliativos no “Outono” da vida O Centro Hospitalar do Médio Tejo tem a funcionar uma unidade de cuidados paliativos, apoiada pela equipa “Outonos da Vida”. páginas 4 e 5

MAÇÃO

Protecção Civil alerta para o risco de incêndio António Louro. Coordenador da protecção civil de Mação, falanos de um concelho ainda ferido pelo fogo. página 7


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ABERTURA

2 SUGESTÕES DE ...

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FOTO CRÍTICA

Marília Eufrásio

NOME Marília Gaspar Eufrásio

ARRIPIADO Crime ambiental, crime sanitário, crime estético, enfim, crime ético. Neste caso no Arripiado. É apenas um exemplo de tantos que há por aí.

PROFISSÃO Funcionária dos CTT (Técnica) em Constância IDADE 31 anos RESIDÊNCIA Montalvo UMA POVOAÇÃO A minha Montalvo UM CAFÉ O café da Vanda, na vila de Constância UM BAR Bar Emotion e o Vento dos Séculos, ambos em Torres Novas

VOX POP

Que gostava que corresse melhor neste ano lectivo?

UM PETISCO E ONDE APRECIÁ-LO Ameijoas à Bulhão Pato, na Nazaré UM RESTAURANTE Restaurante Veleiro, na Nazaré UM LUGAR PARA PASSEAR Parque Ambiental de Sta Margarida da Coutada e o Parque de Vila Nova da Barquinha UM RECANTO A DESCOBRIR As grutas de Mira D’Aire UM LIVRO Casamento em Veneza, de Elizabeth Adler UM DISCO Rita Guerra UM FILME Quem quer ser bilionário?, de Danny Boyle

Miguel ângelo Barroso

Octávio Almeida

José Alves Pina

Florinda Ramalho

Professor

Técnico Manutenção de Aeronaves

Empregado de Comércio

Funcionária Pública

Tendo em conta que estamos em ano de eleições, em principio haverá algumas melhorias em termos de carga horária para professores e possivelmente os alunos poderão melhorar os níveis em relação ao ano anterior.

Eu acho que não vai haver melhorias. A guerra com os professores não está terminada e isso é muito negativo. Conheço o caso de duas ou três pessoas que são professores e que para eles é um drama as colocações e isso torna-se muito negativo para os alunos.

Eu penso que o ano lectivo não vai correr melhor. É provável que seja muito idêntico ao que passou, época de 2008/2009. Pela simples razão de que as eleições não vão trazer nada de diferente porque em principio não haverá mudança de governo.

Eu penso este Ana lectivo é capaz de haver melhorias porque a história da avaliação dos professores é neste momento a maior guerra. Eu acho que os professores são capazes de reconsiderar um bocadinho porque a avaliação não é assim tão má. Eu também sou funcionária pública, também sou avaliada todos os anos.

UMA VIAGEM Aos Açores

EDITORIAL

Tempo de eleições Estamos num tempo de eleições. Em democracia, os cidadãos são chamados a decidir sobre o que deve ser feito e o que deve ser evitado. Mesmo que não seja tão simples como acender ou apagar uma lâmpada, essa é a essência do processo eleitoral, através da escolha de lideranças e de projectos de governação – nacional e municipal.

Não temos, aqui, espaço e periodicidade para dar às eleições um tratamento mínimo. Mas continuamos a trazer às nossas páginas a vida dos nossos concelhos, das nossas empresas, das várias organizações de natureza pública, social e privada. E é sobre esta vida que recai a acção – e a falta de acção – dos poderes central e local. É a nossa vida que

está em jogo. A presente e a das próximas décadas. Hoje decidese o nosso futuro. Basta olhar para o que eram estas terras há 30 ou 40 anos e o que são hoje. Estão irreconhecíveis. Não é verdade, por isso, que “nada se fez”, que “isto está cada vez pior”, que “eles não fazem nada, prometem e nunca cumprem”. O trabalho feito em três

décadas transformou mais estes concelhos que os cem anos anteriores. Há alguma dúvida disso? Mas o mais importante é o que está por fazer. O que é preciso que se faça. Porque queremos mais e porque o adquirido pode perder-se com muita facilidade. Esse é o desafio que colocamos tanto aos que forem eleitos como aos que ficarem na oposição.

Na certeza, também, de que o trabalho deles não dispensa o nosso. Na política não se fazem milagres. E num tempo de incerteza, o tecido social tem muito mais poder que o Poder. ALVES JANA


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ENTREVISTA

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ALICE FERREIRA - PEDIATRA E VOLUNTÁRIA NA GUINÉ

A vontade de ajudar o próximo O amor que sempre motivou a médica Maria Alice Ferreira para cuidar de bebés levou-a a abraçar um novo desafio: é voluntária numa missão em Bissau. A pediatra neonatologista, residente em Montalvo, está integrada numa missão na Guiné-Bissau, depois de ter exercido durante muito tempo a sua profissão no Hospital de Abrantes. Em 2000 Maria Alice disponibilizou-se para trabalhar como voluntária na missão que a AMI estava a colocar no terreno. Fez algumas visitas a Bissau mas de curta duração. A missão de Cumura, onde está, é católica, fundada há 54 anos por franciscanos italianos, e fica a 10 km de Bissau. O que encontrou nas suas primeiras visitas? Em 2001 visitei o Hospital Central de Bissau e os poucos médicos que estavam na pediatra não tinham qualquer formação. Nessa altura estive muito pouco tempo, mas depois passei a ir lá durante as minhas férias. No ano 2005, quando me aposentei, decidi dedicar mais tempo à missão e fui tirar o curso de Medicina Tropical. Em 2006 fiz o curso em Portugal e estive três meses na Guiné. No ano seguinte surge um episódio que a marcou. Sim, é verdade. Em Março desse ano estavam no Hospital de Bissau duas meninas, Safiato e Segunda, há mais de um ano à espera de virem para Portugal para uma cirurgia cardíaca. Algum tempo antes tinha vindo para Portugal uma menina para ser internada e trazia o contacto da pessoa que se iria responsabilizar por ela durante a sua estadia, mas essa pessoa não apareceu. Para que essa situação não voltasse a acontecer, eu decidi responsabilizar-me por estas duas meninas, para elas puderem vir para Portugal com garantias. E as-

sim estive com elas durante o período da cirurgia e da recuperação, de Março a Novembro de 2007. Este ano essas meninas estão em sua casa. A população de Montalvo já as “adoptou”, certo? É verdade, vieram fazer o controlo de cardiologia e passar aqui um tempo. As minhas meninas, como carinhosamente lhes chamo, foram bem acolhidas por todos os meus amigos e por alguns moradores de Montalvo, que as apadrinharam. Estas pessoas dão um montante todos os meses para as apoiarem na escola, na compra de material escolar, cuidados de saúde, e também para apoio alimentar. Junta-se cerca de 300 euros/ ano para cada uma. Estes amigos também ajudaram na compra do bilhete de avião. No ano passado esteve durante mais tempo na missão, no Hospital de Cumura. O que faz lá? Faço o apoio à pediatra e à maternidade, no âmbito do internamento. Na parte do ambulatório dou apoio aos meninos que não estão bem. Nos dias em que temos consulta de gravidez também dou o meu apoio. E nesses dias são filas e filas de grávidas que vêm de Bissau.

se, sida e alguns outras situações, como a fome. É importante salientar que morre-se mais de tuberculose que de sida. A tuberculose é mais fácil de transmitir. E no caso das crianças? Essas aparecem lá desnutridas, um autêntico esqueleto. No fundo são doentes com sida ou com tuberculose, que foram infectadas pela mãe. Por outro lado, a alimentação não é a mais correcta. Houve um empobrecimento do país e isso reflecte-se agora. Temos muitos órfãos.

E quais são as necessidades mais permentes desse Hospital? Melhorias na farmácia, com novos medicamentos. Quando eu comecei não tínhamos hipótese de fazer as análises precisas para certa doença. As crianças eram todas tratadas como se tivessem paludismo. Ao longo dos anos a missão tem-se desenvolvido e os profissionais de saúde têm aumentado.

Depois do tratamento no hospital é feito o rastreio aos doentes de tuberculose? Pois… infelizmente não. Um membro da família contagia todos os outros. E depois de sair do hospital volta para a sua tabanca (aldeia) e vai ficar novamente infectado, pois não houve rastreio junto das famílias. É importante que passem pelas várias tabancas unidades movéis para fazer o rastreio.

Quais são as doenças com mais casos? Actualmente muitos dos doentes têm tuberculo-

E nestas tabancas como se vive? As pessoas andam descalças, as crianças despi-

das, mas têm acesso a alguma alimentação, como a galinha, o porco, os produtos da sua horta. Em Bissau vive-se mal. A maioria das pessoas não tem poder económico para comprar comida. Daí as crianças estarem desnutridas. O preço do arroz estava muito elevado no ano passado. O saco de arroz de 50 quilos estava a 30 cêntimos o quilo. E os voluntários o que comem? O normal dos seus hábitos. Se eu for à casa dos franciscanos como sopa de nabiça, uma alface, etc. Onde eu estou, inserida numa missão italiana, como massas e outro género de comida italiana. Vivo num edifício com algumas Irmãs, junto ao hospital. Na maternidade onde trabalha quantos partos efectuam? No hospital geral, onde existe a maternidade, havia 50 partos por mês quando lá cheguei. Actualmente são feitos 150. Muito devido ao apoio que é dado às grávidas, durante a gestação, no parto e aos bebés. A UNICEF fez um protocolo com a missão, para fazermos a prevenção da

transmissão do vírus da Sida, da mãe para o filho. Estou muito empenhada neste projecto, que se vai prolongar por um ano.

zer uma vida normal. Mas se o resultado for positivo a criança vai ser acompanhada por nós, para toda a vida.

Como funciona exactamente o projecto? Faz-se o apoio a estas crianças desde o parto até aos 18 meses. Nessa altura fazemos exames para sabermos quais as crianças que ficaram positivas ou não. Em África as crianças mamam apenas durante seis meses. As probabilidades de se transmitir o vírus é muito elevada, mas as crianças têm de mamar caso contrário morrem de gastroenterite. Depois da interrupção da mama começam na papinha. É uma altura muito crítica para a criança. Algumas mães não podem dar de mamar e têm que comprar leite artificial, que é muito caro. A missão dá algum apoio na compra do leite, em 50%.

E conseguem medicamentos para este novo programa? O custo dos medicamentos é algo que nos preocupa. A tuberculose tem medicamentos baratos, mas mesmo assim já tivemos uma situação de 300 doentes em ambulatório que não tinham medicamentos. O stock esgotou e não chegaram medicamentos a tempo. Mas tudo se resolveu. Em termos da sida a situação é mais preocupante. O doente com sida tem que ser tratado toda a vida. Facilmente apanha uma pneumonia ou tuberculose e depois são situações mais difíceis de tratar.

Conseguem manter contacto com todas estas mulheres e crianças? Perdem-se muitas mães, é verdade. Temos algumas activistas que mantêm esse contacto. É importante sabermos os resultados da criança aos 18 meses. Se dá negativo irá fa-

Esses medicamentos não podem ser subsidiados? Neste momento existe um projecto para serem subsidiados certos medicamentos. A missão não consegue sobreviver se não tiver ajuda. Os internamentos são prolongados e temos medicação endovenosa muito cara. Maria João Ricardo


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SAÚDE

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“OUTONOS DA VIDA” ATÉ AO ÚLTIMO MOMENTO

Apoiar o doente e a família quando Há casos de doença em que a medicina já não tem resposta curativa: pessoas em fase terminal com cancro, sida, esclerose múltipla e outras. É então que a Unidade de Cuidados Paliativos tem um lugar insubstituível.

• A equipa da “Outonos da Vida” durante uma visita de estudo a Itália.

Os profissionais e os voluntários que actuam nesta unidade apoiam o doente até ao momento final. Dá-se o apoio na dor total: física, mental, espiritual e emocional. A “Outonos da Vida” é uma associação sem fins lucrativos, formada em Janeiro de 2009, sob o impulso da Dra. Manuela Furtado. Maria João Oliveira é a presidente da associação e tem sido a alma deste projecto, não só a recrutar voluntários, como a fazer a divulgação. Dedica o seu tempo a apoiar doentes, no hos-

pital ou nas suas casas. O objectivo é cuidar de doentes que precisam de cuidados ou que tenham dor crónica. A “Outonos da Vida” acompanha também a família ou as pessoas que cuidam desses doentes, os chamados cuidadores informais. Existe consulta de dor crónica no Hospital de Tomar, orientada pela Dra. Manuela Furtado, e também existem medicamentos para tirar a dor crónica, para assim melhorar a vida dos doentes. Há portanto trabalho médico a fazer. Mas há muito mais que isso. E é nesse “mais” que a “Outonos da Vida” trabalha. Actualmente existem 20 elementos nesta associação entre médicos, psicólogos, enfermeiros, auxiliares de acção médica e voluntários de várias idades.

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SAÚDE

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mais precisam Os profissionais de saúde são de várias zonas de Portugal, alguns até são militares e dedicam algumas horas a esta associação. Os voluntários têm uma formação inicial de cuidados paliativos e ficam aptos a preparar os cuidadores informais ou a família para melhor cuidarem do doente. Os doentes são referenciados pela “Outonos da Vida” e depois os voluntários vão a casa das pessoas falar e cuidar delas. O principal objectivo é humanizar os últimos momentos de vida dos doentes. Muitas vezes o apoio espiritual, através dos voluntários da associação, de um padre, um rabino ou outra pessoa, é muito importante para acalmar a pessoa. Os próprios voluntários também têm psicólogos para os apoiar no seu

serviço diário, devido a algumas situações delicadas. Na delegação em Abrantes, Teresa Lopes, de Tramagal, é uma das voluntárias da “Outonos da Vida”, juntamente com Cátia Louro, de Montalvo. Maria João Oliveira, presidente da “Outonos da Vida”, salienta que “as pessoas têm que ter qualidade de vida até ao último momento. Assim que a pessoa recebe a notícia que tem determinada doença, começa um processo de negação, de revolta. Muitas pessoas “agarram-se” à sua fé, outras revoltam-se com a sua situação. Nós estamos lá desde essa altura, não apenas para apoiar a pessoa na sua agonia, mas também para lhe proporcionar momentos de alguma tranquilidade e “prepará-las” para o seu último momento. Para além do doen-

te, prestarmos apoio à família é de igual modo fundamental, pois os familiares também passam por momentos muito difíceis, por vezes de revolta com o mundo”. Antes de trabalhar com os doentes, os voluntários precisam de preparação. O próximo curso inicial de cuidados paliativos da “Outonos da Vida” vai iniciar-se em Tomar a 15 de Setembro, e decorre todas as terças-feiras, até 27 de Outubro, das 19:30 às 22:30. A parte teórica decorre na Escola Jacome Ratton e a parte prática no Regimento de Manutenção do Entroncamento. Mais informações em www. outonosdavida.pt ou pelos telefones 960 330 073, 937 301 546 ou ainda 915 475 639, a qualquer hora do dia ou da noite. Maria João Ricardo

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A UNIDADE DE CUIDADOS PALIATIVOS foi criada no Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), por iniciativa da Dra. Manuela Furtado. Segundo Maria João Oliveira, “esta Unidade só tem 10 camas e está integrada na Rede Nacional dos Cuidados Continuados Integrados. Em breve deve ter mais quatro camas”. Todos os quartos são individuais, para a privacidade do doente e seus familiares. A “OUTONOS DA VIDA” - Associação para os Cuidados Paliativos e Dor Crónica do Médio Tejo” foi fundada em Tomar para dar apoio de voluntariado a esta Unidade e tem como lema “Viver até Morrer. “Inicialmente falámos com a administração do CHMT, que aceitou a nossa associação, e agora fazemos trabalho voluntário dentro do hospital, na Unidade de Cuidados Paliativos, mas também no exterior”, reforça Maria João Oliveira, formada em engenharia, mas que decidiu abraçar este projecto que lhe foi proposto pela Dra. Manuela Furtado.

O DIA 9 DE OUTUBRO é, todos os anos, o Dia Mundial de Cuidados Paliativos e Casas do Cuidar. A 10 de Outubro é comemorado de dois em dois anos, e tem como finalidade dar Voz aos Cuidados Paliativos. Esses dias são promovidos pela Organização Mundial de Saúde. A “Outonos da Vida” em parceria com “A Árvore do Saber “ do CHMT vai organizar no dia 9, pelas

16h, uma conferência destinada aos profissionais de saúde e público em geral, interessados neste tema. A 10 de Outubro a associação vai colocar Tomar no Wordl Hospice and Paliative Care Day, realizando um concerto. Esse concerto, para além de outros músicos, tem como cabeça de cartaz a banda “Quinta do Bill”, padrinhos desta Associação desde o início.


REGIÃO

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DEBATES COM CANDIDATOS

Antena livre investe na informação eleitoral A rádio Antena Livre reajustou a sua grelha de programas, no início de Setembro, fazendo regressar um programa de conversa e apostando claramente nas eleições. Se antes já se havia verificado um reforço dos conteúdos informativos, Setembro e Outubro marcam claramente uma aposta na grande informação regional. Desde logo o regresso do Radiografia, agora às quartas-feiras, entre as 22h e as 00h, (regresso a partir de 23 de Setembro) com a moderação do jornalista Jerónimo Belo Jorge e a presença assídua de um painel de três

comentadores: José Alves Jana, Pedro Marques e Sónia Pedro. Este programa de duas horas pretende ser um espaço de comentário e análise dos temas que marcam a actualidade, locais e regionais, mas sem perder de vista as linhas actuais do País e do mundo. Para as eleições, legislativas (27 de Setembro) e autárquicas (11 de Outubro), a estação emissora de Abrantes, que pode ser escutada em 89.7 fm e em www.antenalivre. pt, está a preparar a cobertura com divulgação de resultados, comentários e entrevistas aos principais protagonistas. Para as au-

tárquicas, está mesmo a ser preparado um modelo nunca antes feito na região e que será divulgado em tempo oportuno, mas que desde já podemos adiantar que vai envolver muitos meios técnicos e humanos, podendo mesmo esta emissão especial vir a ser produzida totalmente fora dos estúdios. Ao nível das autárquicas, o Jornal de Abrantes pode já confirmar a realização de um debate público com os seis cabeças de lista das candidaturas à Câmara Municipal de Abrantes. Este debate será realizado no cine-teatro S. Pedro, no dia 6 se Outubro, terçafeira, com início às 21.30

horas. Com transmissão em directo, o director de informação da estação, Je-rónimo Belo Jorge, que assume a moderação do confronto, sublinhou que o mesmo vai dar a possibilidade de meio milhar de abrantinos poderem assistir ao vivo ao mesmo. Já no que diz respeito à cobertura geral das eleições, estão a ser realizadas entrevistas individuais de duas horas aos candidatos à Câmara Municipal de Abrantes. Quanto aos candidatos às autarquias limítrofes a Abrantes, vão ser realizadas entrevistas individuais no jornal alargado da estação.

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ABRANTES

CARTÓRIO NOTARIAL DE GAVIÃO

FESTA DA IRMANDADE PROGRAMA

(DE 13 A 19 DE SETEMBRO) DIA 13/09/09 - DIA DA IRMANDADE 11h00 - Celebração da Santa Missa na Igreja da Misericórdia 13h00 - Almoço de Confraternização - Quinta do Lago DIA 14/09/09 - VISITA DE SUA EX.ª REV.ª O BISPO DE PORTALEGRE E CASTELO BRANCO, D. Antonino Dias 10h00 - Recepção - Sala do Definitório 10h45 - Celebração da Santa Missa na Igreja da Misericórdia 12h00 - Almoço no Lar Hospital 14h00 - Visita às instalações das valências DIA 15/09/09 - DIA DA MÚSICA (Auditório) Tarde musical – 16h30 às 18h30 Com Fernando Fortes DIA 16/09/09 - PEREGRINAÇÃO A FÁTIMA - Residentes, Utentes e Irmãos DIA 17/09/09 - DIA DO CINEMA (Auditório) Projecção de Filmes – 16h30 às 18h30 DIA 18/09/09 - DIA DA CARIDADE (Auditório) 16h30 Comunicação do Rev.º Cónego Dr. José da Graça Sessão de Fados com Francisco Inês Cordeiro e Dora Acompanhamento por Alfredo Gomes e Eng.º Mário Moura DIA 19/09/09 - Encerramento das actividades (Igreja da Misericórdia) Com celebração da Santa Missa às 17h00

A Participação da Comunidade e Irmandade nestas actividades é um Testemunho de SOLIDARIEDADE A MESA ADMINISTRATIVA

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SARDOAL EDITAL N.º 09 / 2009 AMÉRICO CORDA FALCÃO PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE SARDOAL FAZ PÚBLICO que, para efeitos do art.º 91.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro e, dando cumprimento ao art.º 16.º do Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 de Novembro, com As alterações introduzidas pela Lei n.º 6/96, de 31 de Janeiro, se realiza no próximo dia 15 de Setembro de 2009, pelas 21 horas, no Centro Cultural Gil Vicente, em Sardoal, uma sessão ordinária da Assembleia Municipal, com a seguinte ordem de trabalhos: PERÍODO ANTES DA ORDEM DE TRABALHOS ORDEM DE TRABALHOS 1. Informação do Presidente da Câmara, em cumprimento da alínea e) do n.º 1 do art.º 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a nova redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro; E para constar se lavrou o presente Edital e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos de estilo.

Certifico, para efeitos de publicação que neste Cartório e no livro de Notas para Escrituras Diversas n.º 52-B, a folhas noventa e quatro e seguintes, se encontra exarada uma escritura de Justificação Notarial, outorgada no dia 06 de Agosto de 2009 na qual JOÃO MACHADO DE MATOS e mulher CARMINDA MARQUES NETO DE MATOS, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais ele da freguesia Belver, concelho de Gavião, e ela da freguesia e concelho de Mação, residentes na Rua da Eira, n.º 4, lugar de Torre Cimeira, Belver, Gavião, se declaram donos, com exclusão de outrem, do seguinte imóvel: Prédio urbano, sito em Torre Cimeira, freguesia de Belver, concelho de Gavião, composto por casa de rés-do-chão destinada palheiro com a área coberta de vinte e quatro metros quadrados, a confrontar do Norte e Sul com José Lourenço, de Nascente com João Machado e de Poente com Largo público, inscrito na respectiva matriz, em nome do justificante marido, sob o artigo 639, com o valor patrimonial e atribuido de cento e vinte e dois euros e quarenta e nove cêntimos, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Gavião. Que o prédio adveio à sua posse em data que não podem precisar do ano de mil novecentos e setenta e um, por compra verbal a Maria da Conceição Machado, a mesma que Maria Gertrudes Machado ou Maria Machado Heitor, viúva e residente que foi na Rua dos Lavadouros, n.º 2, lugar de Torre Cimeira, Belver, Gavião, já falecida, acto este que nunca chegou a ser formalizado. Que, desde aquela data, entraram os justificantes na posse e fruição do dito prédio, em nome próprio, posse que assim detêm há mais de vinte anos, sem interrupção ou ocultação de quem quer que seja, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade. Que esta posse foi adquirida e mantida sem violência e sem oposição, ostensivamente, traduzida na defesa e conservação da propriedade, usando o prédio como palheiro e arrecadação de fenos e palhas, beneficiando-o, procedendo às necessárias obras de reparação e pintura, dele retirando todos os proveitos inerentes à sua natureza e pagando pontualmente as contribuições e impostos por ele devidos, de forma contínua, pacífica, pública e de boa fé, sem oposição de quem quer que seja. Tais factos integram a figura jurídica de usucapião, que invocam na impossibilidade de comprovar o referido domínio e posse pelos meios extrajudiciais normais. Está conforme o original. Cartório Notarial de Gavião, 25 de Agosto de 2009.

Paços do Município de Sardoal, 03 de Setembro de 2009 O Presidente da Assembleia Municipal, Américo Corda Falcão

A Notária, (Ana Rute Ribeiro Nunes) (em Jornal de Abrantes, edição 5465 - Setembro de 2009)

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PROTECÇÃO CIVIL DEIXA AVISO

“Mação continua em risco” Mação é ainda um concelho ferido pelo fogo. António Louro, Coordenador da Protecção Civil no concelho de Mação, fala-nos do trabalho feito e de preocupações em aberto. O concelho de Mação está preparado para prevenir incêndios? Foi com grande preocupação que vimos chegar mais uma época de fogos. Porque o concelho de Mação continua em grande risco. Mesmo as áreas que foram atingidas em 2003 já apresentam risco muito elevado. Os grandes incêndios têm a ver com a enorme continuidade das áreas

florestais e, infelizmente, apesar do enorme esforço feito em Mação, no sentido de inverter este cenário, os resultados no terreno são muito baixos. Apesar de termos uma rede de excelência de combate aos incêndios florestais, caminhos florestais, pontos de água, vigilância..., apesar de sermos o único município do distrito que tem um sistema próprio de vigilância e primeira intervenção, o grande inimigo são os grandes fogos florestais e estes estão intimamente ligados à continuidade do combustível e ao estado em que se encontra.

Então e o papel das ZIF’s? Fizemos um grande trabalho, desde 2005, com as ZIF’s, Zonas de Intervenção Florestal. Somos o concelho do país com mais ZIF’s. Mas lamentavelmente não foi possível fazer trabalho no terreno porque as ajudas disponíveis são insuficientes. As ZIF’s existem na lei, mas não há uma única medida de apoio direccionada para a implementação das ZIF’s no terreno. Os apoios são no mesmo montante para um proprietário individual e para 500 proprietários associados numa ZIF. Não pode funcionar assim.

sucesso. Quantas vezes é preciso isto arder para vermos que o mais importante continua por fazer?

O que é que falta fazer? Tarda em aparecer um quadro coerente de apoio que permita inverter o cenário existente e combater os incêndios aí, no estado da floresta. É preciso reor-

ganizar a floresta, retirar o excesso de combustível, modificar a paisagem tornando-a menos perigosa e mais defensável pelos sistemas de vigilância e intervenção, que só assim terão

Que mensagem deixaria às pessoas de Mação? Não podemos, por enquanto, mudar o cenário da floresta no concelho. Mas há uma coisa que todos podemos fazer: um uso muito cuidadoso do fogo. Continuamos a ter demasiados incêndios por uso negligente do fogo e de equipamentos em dias em que, pelas condições atmosféricas, nem deviam ser usados. É preciso termos muito cuidado.


ASSOCIAÇÃO RECREATIVA DA PRESA

Presa, possuindo um espaço amplo de 450m2. Está equipado para a prática desportiva e festas variadas. No exterior do pavilhão encontra-se um palco e um pequeno ringue também para a prática desportiva. Actualmente a ARP tem 270 sócios. José Gaspar, Presidente da Associação refere que a “ARP deixou de pertencer exclusivamente à Presa, crescendo e passando a ter sócios de toda a freguesia de Alcaravela, de outras freguesias do concelho e até de fora do concelho”. Estas pessoas têm inúmeras vantagens em esta-

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Era uma vez em Alcaravela

Promoção cultural e qualidade de vida Sedeada na freguesia de Alcaravela, a Associação Recreativa da Presa (ARP) tem um papel preponderante no concelho de Sardoal. Actualmente são várias as actividades que são fomentadas ao longo do ano, desde feiras mostra, peregrinações, noites de fados, entre muitas outras. O número de actividades anuais rondam as 12. A última foi a 119º Festa da Presa. A Associação foi criada em 12 de Maio de 1976, mas nessa altura as suas actividades resumiam-se às festas anuais. O pavilhão onde a ARP tem a sua sede situa-se na aldeia da

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ASSOCIATIVISMO

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rem ligadas à Associação, entre elas descontos nas actividades organizadas pela Associação. Os principais objectivos da ARP são a “promoção cultural dos seus associados. Contribuir activamente para a melhoria da qualidade de vida de Alcaravela, do concelho e até da região, numa tentativa de contrariar os inconvenientes da sua interioridade geográfica”, conclui José Gaspar. Com esse objectivo, por exemplo, a ARP organiza o VII Festival Hípico das actuais Festas do Sardoal, no dia 20 de Setembro.

Um grupo de mulheres - sete – percebeu que não basta contribuir. É preciso tomar a iniciativa. Sabiam que o Centro de Dia precisa de uma carrinha nova. Sabiam que as festas da freguesia eram em proveito da compra da carrinha. Mas sobretudo sabiam – ou sentiram? – que podiam fazer mais qualquer coisa. E puseram mãos à obra. Tomaram conta de um stand nas Festas e puseram-se a imaginar formas de fazer dinheiro. As habituais, venda de objectos de artesanato feminino, de bolos e licores caseiros, de pequenos objectos a sair em rifas... Mas fizeram mais que isso. Fizeram uma edição artesanal com receitas locais: A matança: Receitas e tradições de Alcaravela. E recuperaram a argola-

da, a atracção: um método de sortear em que se puxa uma argola e sair um número que dá direito a um prémio. No final das Festas, escreveram ao Centro de Dia. Assim: «A equipa da Barraquinha dos Amigos do Centro de Dia de Alcaravela vem, por este meio, fazer a entrega do cheque no valor de 2.109,19 euros (dois mil cento e nove euros e dezanove cêntimos) obtido com a venda de rifas e do livro da “Matança”, com o jogo da Argolada, bem como com outras iniciativas levadas a cabo, na nossa barraquinha, durante a festa de Santa Clara.» É claro que não vão agora parar. Desde logo porque querem corrigir e voltar a publicar as receitas da matança.


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jornal abrantes especial

Sardoal, Vila Jardim em festa O Sardoal vai estar em festa entre 18 e 22 de Setembro. Um cartaz variado, a prometer grande animação na vila florida.

Árvores de interesse histórico O Sardoal tem duas árvores de interesse histórico na vila: um sobreiro e um eucalipto. Avistam-se a grande distância na sua imponência de árvores seculares.

Sobreiro da D. Maria Há uma árvore de interesse público no Sardoal. É um sobreiro (Quercus suber L.) com 200 anos, 24 metros de altura e fuste grosso. O “sobreiro da D. Maria”, como é conhecido na vila encontra-se na tapada da Fonte velha. Deste bicentenário levantam-se várias pernadas que formam uma ampla copa de 30 metros.

Eucalipto Gigante A vila de Sardoal possui um Eucalipto (Eucalytus Globulus Labillardière) com uma altura de 64 metros. A sua plantação data aproximadamente de 1850 e é conhecido pelo “Eucalipto Gigante”. Esta árvore ocupa 16 metros de circunferência da base e de 25 metros de diâmetro de copa.


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ESPECIAL SARDOAL

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FERNANDO MOLEIRINHO, PRESIDENTE DA CÂMARA DO SARDOAL

“Somos um povo acolhedor, que sabe receber, muito rico em tradições” Que são estas Festas do Sardoal? Este ano, são aquilo que é possível fazer, com imaginação e redução de custos. Não é apenas gastando muito que se fazem festas dignas e do agrado das pessoas. Por isso, este ano vão ter a dignidade dos anos anteriores e, do mesmo modo, marcadas pela diversidade. Sim, sobretudo a diversidade. Qual o cartão de apresentação do Sardoal? Temos todo um património arquitectónico, e não só, riquíssimo. Mas acima de tudo temos as melhores pessoas do mundo. O Povo do Sardoal tem uma característica muito especial, porque tem influências marcantes de três regiões. Somos muito beirões, muito alentejanos e muito ribatejanos. Mas sobretudo somos um povo acolhedor, que sabe receber, muito rico em tradições, e que gosta de mostrar às pessoas o que é a sua alma. Qual é a melhor forma de encontrar a alma do Sardoal? O contacto com as pessoas. Temos as aldeias mais bonitas da região, embora eu seja suspeito. Mas, se quem nos visita falar com as pessoas, fica agarrado, com vontade de voltar. Muitos com vontade de voltar definitivamente, e compram aqui casa, como se tem verificado. Temos o exemplo da Aldeia do Codes. Estava a ficar completamente desertificada. Aproveitámos o edifício da escola do primeiro ciclo, desactivada, e fizemos lá um centro de férias. Todas as semanas estão lá grupos de jovens e as casas estão já a ser recuperadas. Estão ali a fazerse coisas lindíssimas. É um exemplo da dinâmica que imprimimos nas nossas terras, aproveitar todas as

potencialidades. Mas acima de tudo, jogamos muito com as pessoas, que são o maior património do Sardoal. Quais são as principais apostas da Câmara? Temos tido a preocupação de dar prioridade à afirmação do Sardoal na Região Centro e à valorização cultural. O Centro de Férias do Codes, que referi, é um exemplo. É uma obra pequenina, mas muito grande em significado, tanto cultural como de visibilidade para a localidade. E com fácil acesso. Tivemos a preocupação de dotar todas as aldeias de bons acessos e de torná-las muito urbanas no seu interior mas sem as subverter. Temos apostado muito forte na valorização das aldeias em todos os aspectos. Temos uma cobertura de água potável a 100%, em todas as casas do concelho. No saneamento já temos uma cobertura de 85%, e não temos mais porque o PDM não permite. Através do apoio bem visível às associações, criamos condições para as pessoas não só praticarem desporto como conviverem. A nossa preocupação é não só em termos de obra, construção, mas também em termos de valorização cultural das pessoas nas localidades. Somos capazes de dar às pessoas não só um bom espectáculo no Centro Cultural como a possibilidade de se divertirem na sua festa de aldeia, no que é mais tradicional e ao pé da porta. Quais são os principais desafios que o Sardoal vai ter de enfrentar? Nestes mandatos apostámos nas acessibilidades. Todos os lugares têm hoje bons acessos e condições de boa qualidade de vida. Eu fiquei muito feliz quando o estudo da Universida-

• Fernando Moleirinho, um autarca com uma visão aberta do seu Concelho. de da Beira Interior nos colocou entre os 50 melhores concelhos em termos de qualidade de vida. O Sardoal começa a marcar pela diferença, e isso vê-se no aumento da população escolar e do número de famílias, o que é um bom sinal. Nos próximos mandatos, o desafio é diferente: as pessoas. Falar com as pessoas, viver com as pessoas. Vamos apostar no serviço social, no apoio aos que mais precisam, que esta crise tornou mais visíveis. Ainda haverá coisas para fazer, mas já não com a urgência dos primeiros tempos. Podemos, por isso, dedicarnos a outro tipo de trabalho. Além da grande aposta na acção social, teremos as do turismo e do emprego. Temos necessidade de criar outras zonas industriais. Herdámos uma zona industrial muito pequenina, que se esgotou muito facilmente. Precisamos de outras. Para isso é urgente a revisão do PDM, que não está a ser factor de desenvolvimento, mas de atrofiamento. Há cinco anos que

batalhamos nisso, mas os serviços do poder central não dão a resposta necessária. Contudo, o emprego, a saúde e a mobilidade das populações não podem ser resolvidos a nível de um concelho. No mínimo, tem de haver um projecto de desenvolvimento regional. Para isso é preciso uma liderança e uma dinâmica regional, não pode ser com os grupinhos que nós fazemos, cada um a olhar mais para o seu umbigo. Se formos, por exemplo, a criar zonas industriais em cada concelho, os concelhos mais pequenos estão sempre em prejuízo, porque não têm território que possa dar resposta. Que faltas mais imediatas se fazem sentir no concelho? É claro que o Sardoal não tem ainda tudo. Faltam, por exemplo, serviços de apoio directo às pessoas. Um dos projectos para o próximo mandato, já objecto de candidatura, é um centro de formação e apoio aos

produtores florestais. Dois terços do concelho são floresta. Precisamos ainda de serviços de apoio aos jovens, e aos empresários. Vamos criar um gabinete de apoio ao empresário, e não é a Câmara que vai ter a liderança, são alguns jovens empresários, que sabem aquilo que querem. Temos que criar o Conselho Municipal de Juventude. Qual é a política externa do concelho? Nós estamos inseridos em associações de municípios que não podemos ignorar. Há quatro vertentes em que temos de nos associar: o emprego, a saúde, a educação e a mobilidade. Não podemos querer uma universidade para o Sardoal, mas é importante ter uma universidade na região. Não podemos querer um hospital no Sardoal, mas temos ter um hospital na região. Esta divisão um hospital em três não resolve nada. Foi das maiores aberrações políticas que se fizeram, um erro tremendo. Podíamos ter um

único hospital, servido de bons acessos. Porque uma pessoa que adoece no Codes, para chegar ao hospital de Abrantes e depois ser transferido para Torres Novas ou Tomar, corre o risco de nascer pelo caminho, ou morrer. Não é a solução. Era importante que déssemos as mãos e lutássemos por uma solução capaz. O mesmo se passa no problema da mobilidade. As povoações mais isoladas deixam de ter transporte quando os estudantes entram de férias. Porquê? Porque a política seguida está errada. Não pode ser a de ver apenas se dá lucro ou prejuízo. Tem de se ter em conta o serviço público, servir as pessoas de transportes. E, para sair menos caro, é necessário que isso se faça a um nível regional. Nestes problemas, é preciso que os concelhos todos se unam e façam força para o mesmo lado. Mas, se calhar, ainda olhamos todos muito para os nossos umbigos. Temos de pensar e decidir em termos de região.


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O concelho de Sardoal Área Cerca de 92 km2 População 4.100 hab. (2001) Sede: 2.300 hab. Feriado municipal 22 Setembro Freguesias: 4 Sardoal Alcaravela Santiago de Montalegre Valhascos

O turismo já está a andar? Nós temos projectos com privados a andar. A Câmara, só por si, não pode fazer tudo. É importante a força e a criatividade dos privados. É o caso das adegas. Hoje temos três adegas, cada uma a poder ser uma referência. Há meia dúzia de anos, era impensável. Uma delas tem mesmo um projecto para um hotel com 25 quartos. Houve um projecto para um hotel com 100 quartos e um campo de golfe, mas não foi possível comprar a propriedade. São projectos que, a concretizarem, e creio que o serão no próximo mandato, afirmam a força dos privados e vai atrair outros investidores. O Sardoal tem, por exemplo, vales lindíssimos, que é importante que sejam mostrados às pessoas e que estas possam aí saborear as suas férias ou mesmo viverem lá. São zonas que podem dar às pessoas a tranquilidade que começa a faltar no país. O Sardoal é um lugar muito seguro, com lugares aprazíveis para uma vida de qualidade para as crianças, os jovens e mesmo os idosos. Falou na necessidade de um trabalho inter ou supra municipal. Quer dizer que não está a acontecer? Até ao presente, sempre tem havido um grande entendimento entre as câmaras da região. Porque ninguém consegue viver sozinho. Posso até dar um

exemplo. Como é que esta região resolveu o problema do aterro sanitário? Cada uma por si, nem Abrantes, era capaz de fazê-lo sozinho. Fizemo-lo em conjunto. Depois, os quatro demos ainda um passo para um patamar superior, com a Valnor. É um exemplo da cooperação que existe entre as câmaras, que é de todos os dias. Nas câmaras, depois das eleições, que é um tempo de combate, as pes-

soas esquecem a cor partidária e dão as mãos. Sem pôr em causa a defesa intransigente dos interesses de cada concelho. E é isto que torna a vida autárquica bonita. O concelho sofreu um duro golpe com os incêndios. Está a ultrapassar esse trauma, se a palavra não é excessiva? Não é excessiva. Porque a maior riqueza do concelho

era a floresta. Não tivemos apoios, ao contrário do que se verifica agora. As câmaras e os bombeiros passaram a ter um apoio que nós não tivemos. E tivemos que dar a volta por cima. Não só fazer algumas reflorestações, mas sobretudo criar condições para os bombeiros poderem ser eficazes. Seguramente somos dos concelhos que mais investimos em protecção civil, mas também o que menos recebe, e isso é injusto. Parece que mais vale deixar arder, que se é apoiado. Se não se deixa arder, que é o caso do Sardoal, não se recebe apoio. Ora nós temos de evoluir para uma protecção civil com uma base profissionalizada e, depois, com o apoio de voluntários. Porque uma pessoa que durante o dia é cantoneiro ou varredor, à noite não está nas melhores condições para ser parteiro... enfim, para nas suas mãos estar dependente as nossas vidas. A boa vontade não chega. E aí, o Sardoal é o que menos recebe e o que mais investe. E quanto às pessoas, ao tecido social? As pessoas tiveram que dar a volta. O pinhal era um mealheiro, uma segurança para uma necessidade. Desapareceu. As pessoas, associaram-se, foram trabalhar para fora, mas nunca esqueceram a sua terra. E o pinhal que ardeu, hoje são bonitas manchas verdes. Porque as pessoas

continuam a acreditar que é possível. E defendem-se, até com a plantação de alternativas ao pinheiro bravo, por exemplo o eucalipto. Voltámos a ter no Sardoal pessoas alegres, que gostam da vida quer fazem e contribuem para o desenvolvimento da sua terra. O que é o projecto do Centro Cultural? Foi seguramente a obra mais importante no campo da cultural. Só quem vive no Sardoal pode dar valor àquela obra. Se se tem teatro e cinema ao pé da porta, não se percebe a importância deste equipamento. Sardoal foi sempre terra de artistas. Sempre teve grupos de teatro, músicos, artistas de toda a ordem. Quando se destruiu a sala que eles tinham, o velhinho cine teatro, ficou um vazio cultural tremendo. Não se deixou de fazer arte, mas faltava uma sala condigna. Hoje, os sardoalenses têm muito orgulho na casa de teatro que têm. Porque, para eles, aquilo não é um centro cultural, é a casa de teatro e do cinema. Além disso, marca uma nova centralidade, entre a parte velha e a parte nova da vila. A viagem à Europa Nós fazemos todos os anos, desde há 16 anos, com os nossos jovens uma “viagem de estudo”. É um dos projectos mais bonitos que se podem imaginar em termos de apoio à juventude. Os nossos jovens pude-

ram ver e perceber aquilo a que muito poucos jovens têm acesso. Só para dar um exemplo, o Parlamento Europeu. Por isso têm uma consciência maior do que é ser europeu. E sobretudo, os nossos jovens adquiriram o gosto de viajar. E perceberam que é fácil viajar. É um projecto que tem de continuar. E eu já desafiei a nova direcção da escola a assumir este projecto. O professor e o presidente de câmara Eu fui professor por devoção durante 30 anos e gostei. Mas hoje não me via no papel de professor. Porque é uma profissão de risco e porque abracei uma outra função também muito aliciante. Eu entendo o presidente de câmara com muito de professor. Com muito de confidente, mas sobretudo que se preocupa em realizar coisas para que os outros possam usufruir, uma função de serviço. Como o professor. Quando fazemos a “viagem de estudo” com os jovens, eu vou ali mais como professor. Além disso, desde muito cedo que todos os alunos têm direito a uma refeição quente. Desde que sou presidente que todas as crianças têm pré-primária. Antes de serem um programa nacional, já os alunos do Sardoal aprendiam Inglês no primeiro ciclo e tinham o que hoje se chama actividades de complemento curricular. Isto é o benefício de ter sido professor.


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12 VINHOS DO SARDOAL

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QUINTA DO VALLE DO ARMO

Quinta do Côro começou primeiro É o próprio Presidente da Câmara, Fernando Moleirinho, que nos chama a atenção. “Ainda não há muitos anos, era impensável o Sardoal produzir vinhos de qualidade reconhecida. Hoje, temos três casas a produzir vinhos de qualidade.” Falava da Quinta do Vale do Armo, já no mercado, e da Quinta do vale da Louza, esta ainda á procura do seu vinho. (Ver trabalhos nesta edição.) Mas falava também da Quinta do Côro, aquela que primeiro avançou neste campo e que tem no mercado uma marca já reconhecida. Trata-se de uma propriedade familiar, que passou de pais para filho e que actualmente é gerida por Paulo Graça sob o olhar atento de sua mãe, D. Florinda, e a orientação técnica de António Anacleto. São 20 ha existe vinha, com várias castas. Para lá da comercialização de proximidade, a Quinta do Côro tem um parceiro a trabalhar no mercado de vinhos nos EUA, Escandinávia e também Europa. Será para

breve uma nova aposta, com as novas vinhas que agora compõem a Quinta. De momento existem no mercado apenas vinhos tintos: Quinta do Côro Reserva 2005; Quinta do Côro Cabernet 2005; Quinta do Côro Syrah 2006; Quinta do Côro Syrah/Touriga Nacional 2006; Quinta do Côro Trincadeira 2006; D. Florinda - topo de gama - 2005; Encruzado 2008 , a sair em breve. Um novo vinho branco irá para o mercado dentro de dois anos. Vai ser fermentado em barricas novas de carvalho francês. Em breve sairá o Encruzado 2008, mas em reduzida quantidade. António Anacleto acrescenta: “O vinho branco de alta qualidade, que haverá apenas em alguns anos, terá o nome de D. Florinda, classificação que a Quinta do Côro atribui aos seus melhores vinhos. Quando for apenas um vinho de qualidade, terá o nome de Quinta do Côro Branco Encruzado. Isto serve para diferenciar o vinho branco D. Florinda, que será o topo de gama. De momento existe apenas no mercado o D. Florinda mas tinto”.

Um novo vinho de excelência A primeira produção de vinhos da Quinta Vale do Armo, que se situa a quatro quilómetros de Sardoal, surge em 2007. Quando se passa o portão da entrada desta quinta, rodeada de vinhas, somos recebidos com simpatia, boa disposição e vontade de trabalhar. A imagem desta casa é Tiago Alves, o enólogo de serviço, chamamos-lhe assim. A equipa que acompanha diariamente este enólogo trabalha com gosto. Assim nasceu o vinho “Vila Jardim”. O proprietário da Quinta Vale do Armo, Américo Vermelho, apostou em Sardoal, criando muito mais que uma vinha. Ao dispor do visitante existe uma adega, um laboratório, uma sala de provas oficial, um escri-

tório e uma loja de venda de vinho ao público. Vai ser construído um hotel nas imediações da adega, no interior da quinta. Este deverá ter no mínimo 25 quartos, segundo avançou o presidente da Câmara Municipal de Sardoal. O projecto está a avançar com cuidado. No interior da adega existem seis cubas onde é colocada a casta respectiva à produção de cada vinho. São feitas análises diárias, através de equipamentos computorizados, para controlar a evolução do mosto e a temperatura da fermentação. Após uma intervenção nos solos, em 2005, cerca de nove hectares recebem a plantação da vinha, com castas tintas e brancas. A primeira produção é no ano 2007 e a sua comercialização acon-

tece no ano seguinte. Entre 2005 e 2008 foram adquiridos mais onze hectares, com várias castas – Síria, Touriga Nacional e Aragonês. Actualmente existem no mercado os vinhos branco, tinto e rosé “Vila Jardim” de 2007 e 2008, e também o tinto Escolha. No final do próximo ano irá aparecer o Reserva, branco e tinto, com denominação Vale do Armo. Para o ano 2010 prevê-se que a Quinta já tenha a sua própria linha de engarrafamento. Por enquanto essa etapa é feita através de prestação de serviço. No início do corrente ano foi alugada uma vinha, com sete hectares, e com uma idade de 30 anos onde predomina a casta Fernão Pires (branca) e as castas tintas Touriga Nacional e Alicante Bouchet. É da

casta Fernão Pires que irá sair para o mercado, em Dezembro de 2010, um espumante, uma novidade da Quinta Vale do Armo. O vinho rosé é obtido através de uma sangria do mosto tinto, a uma temperatura de 14 graus. A Quinta do Vale do Armo é propriedade do grupo hoteleiro Miralagos. Por isso, a produção de vinho seria inicialmente para consumo nas cadeias de hóteis e empreendimentos deste grupo. Mas a necessidade de rentabilizar os investimentos levou a colocá-lo no mercado. Depois, o sucesso foi de tal forma notório que o vinho Vila Jardim extravazou para o mercado com forte afirmação e está já à conquista do estranjeiro. Maria João Ricardo



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QUINTA DO VALLE DA LOUZA - PROJECTO DE VIDA

História e natureza cúmplices do mesmo espaço A Quinta do Valle da Louza foi fundada pelo pai da cirurgia científica em Portugal, o Dr. Manoel Constâncio, há cerca de 250 anos. Situada no concelho de Sardoal, junto à aldeia de Sentieiras, esta Quinta constitui um património histórico e natural único e foi comprada em 2007 por Alexandra e Carlos Lopes de Sousa. Desde a compra da quinta que os seus proprietários estão a trabalhar num importante projecto com dois grandes objectivos: lembrar a figura extraordinária de Manoel Constâncio, através da preservação desta sua obra e do que ela representa e garantir a sustentabilidade da quinta. “Desde sempre, excepto no período de reforma de Manoel Constâncio, a função lúdica da quinta sobrepôs-se à dimensão agrícola”, explica Carlos Sousa. “Não é sustentável pela função agrícola. Por isso, a sua sustentabilidade só pode ser garantida conjugando de forma equilibrada a função agrícola com a função lúdica.” Alexandra e Carlos Sousa querem não só preservar as memórias como

também o património ambiental. Serão revitalizadas as veredas, os bosques, a flora e a fauna autóctones. A vinha terá que produzir vinho de qualidade. As áreas hortícolas serão ocupadas com plantas ornamentais e aromáticas para extracção de essências. “Uma das vertentes deste projecto é o cultivo e aproveitamento dos frutos e bagas da vegetação autóctone, ou seja, tudo o que diga respeito à floresta primitiva, e que dê para aproveitar para essências e estratos naturais. O loureiro, o rosmaninho, a esteva e o alecrim são apenas exemplos. Mas este projecto inclui ainda uma área reservada a fruteiras selvagens nacionais onde estarão incluídos medronhos primitivos, pereiras primitivas, maçãs bravas e laranjas bravas. Vamos buscar a biodiversidade perdida.” Alexandra e Carlos Sousa consideram que o núcleo construído nos séculos XVIII e XIX poderá ser alugado em regime semi-prolongado para quem busque a tranquilidade e isolamento. “Não é nossa intenção vender noites, mas criar condições para receber pessoas que es-

tejam aqui, se sintam bem e convivam com o espaço. Não estamos a falar de um turismo rural mas de um turismo vocacionado para a cultura e para a história. Este tipo de turismo tem que passar pela nossa capacidade de criar condições de alojamento muito boas. Tem de ser um turismo para a pessoa permanecer e isso inclui também a envolvência imediata e a da região.” Para um público mais vasto projecta-se ainda a criação de uma área de hospedagem na eira e provavelmente um campo de férias no espaço vizinho. “Trata-se de alojar pessoas num patamar menos exigente em termos de qualidade, por exemplo grupos ligados ao turismo de aventura, natureza, observação de pássaros e

contacto com a quinta. Temos como projecto final a criação de um campo de férias, que funcionará de Verão. Este turismo será associado à nossa ligação ao Sardoal, ao sagrado e a todo este Vale que gostávamos de inserir nos nossos circuitos.” Neste momento os proprietários estão a integrar o seu projecto tanto no cluster agro-alimentar do Ribatejo como nos Mercados do Tejo, o que lhes permite obter apoios para o projecto e participar nas dinâmicas que estão a transformar a economia rural desta região. Para Carlos Sousa o trabalho está apenas no início. Prevê-se que este projecto se estenda por cerca de 15 anos até que estejam concluídos os seus planos para a Quinta da Louza.

QUATRO TALHAS

Uma experiência gastronómica Experiência gastronómica, está bom de ver. Ou estética, porque há por ali sempre uma exposição. Agora, de Pedro Sousa, fotografia. Ou só para dois dedos de conversa e um petisco, à luz da tarde. Ou um café à noite. O Quatro Talhas fica numa casa com 500 anos de história. «Conta-se que foi mandada fazer para D. Manuel I recuperar de uma doença», diz Joaquim Ramos. Que há seis anos nos faz “reais” tratamentos do corpo e da alma com a sua cozinha. A aposta primeira é na cozinha dos

Templários. Destaque para a carne de vaca com molho de bruxa e a cozinha fervida com bacalhau assado, todos os dias. Depois, por encomenda, bacalhau com carne ou couves à D. Prior. O porco preto, a vitela arouquesa e a picanha são aqui matéria prima para a arte da mesa. Para um petisco, convidam-nos a picanha ao alho e a amêijoa, o mexilhão meia concha e os enchidos da região, entre outras vias do paladar. Ah, e para além da moura, a moira, uma receita de Trancoso.


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FESTAS DO SARDOAL APOSTAM NA DIVERSIDADE

“Mundo Cão” e Conjunto António Mafra à frente de um grande elenco “Mundo Cão”, os vencedores dos Globos de Ouro 2007, que recentemente actuaram em Lisboa ao lado dos “AC/DC”, são os cabeça de cartaz das Festas do Concelho de Sardoal 2009, no próximo Sábado, 19 de Setembro, no palco do Pelourinho (23 horas). Esta banda oriunda de Braga, que integra o conhecido actor Pedro Laginha, existe desde 2001 e já possui um enorme currículo de participações nos mais importantes festivais portugueses de rock. O seu último disco chama-se “A Geração da Matilha” e tem Adolfo Luxúria Canibal e Valter Hugo Mãe, como autores das letras. Numa outra onda, o Conjunto António Mafra vai fa-

entre outros. Este espectáculo será levado a efeito no palco principal, no Domingo, dia 20 de Setembro (21h45m). Outro espectáculo que está a criar grande expectativa será a apresentação do GETAS – Centro Cultural, dia 18, com uma romagem romântica e musical às origens destes festejos.

Diversidade zer “saltar o pé” das pessoas com mais idade. Este grupo tem quase 50 anos de vida e é responsável por alguns dos temas mais populares da música portuguesa: “Carteiro que chega das 9 para as 10”, ”7 e picos, 8 e coisa, 9 e tal”, “O baile da D.ª Ester”, “Cachopa que para ser bonita, arrebita, arrebita”. O

Conjunto António Mafra vai também actuar no palco principal, encerrando as Festas na terça-feira, 22 de Setembro -(feriado concelhio), às 21h30m. Outro ponto alto da animação musical e com “Patrícia Belém e Amigos – Uma Canção para nós” que vai juntar alguns dos pequenos/grandes talentos

que há poucas semanas atrás brilharam no concurso da TVI, “Uma Canção para Ti”. Para além da anfitriã Patrícia Belém (natural de Sardoal e vencedora de uma semi-final), estão previstas as presenças de Ana Rita Coelho, Bruno Sousa, Daniela Geadas, João Couto, João Maria carvalho e Miguel Moura,

Aposta no Festival Hípico O VII Festival Hípico, no dia 20 de Setembro, é um dos cartazes das Festas do Sardoal. Organizado pela Associação Recreativa da Presa, o evento começa às 10h30 com o volteio e iniciação aos andamentos a cavalo, onde os presentes podem experimentar montar a cavalo. De seguida têm lugar as provas

de obstáculos com três níveis de dificuldade. A encerrar o Festival, a “Reprise a Cavalo” da Unidade de Segurança e Honras de Estado (Lisboa) da Guarda Nacional Republicana assegura o espectáculo equestre. No local está ainda patente uma exposição da Escola Prática de Cavalaria. Jorge Gaspar, Presidente da

Associação refere que este ano o Festival Hípico não tem a ajuda da Tagus sendo por isso “uma actividade de elevado risco e de futuro muito incerto”. E explica: “ O equilíbrio financeiro do evento é condição para a sua continuidade futura e depende muito das receitas geradas no dia-adia do Festival”.

Mas as Festas de Sardoal caracterizam-se pela diversidade do seu programa de animação. Assim, entre 18 e 22 de Setembro os visitantes poderão desfrutar de um Encontro de Filarmónicas, com a Filarmónica União Sardoalense e a Banda Filarmónica Verdi Cambrense, dia 19, e um Recital de Piano, com Sa-

vka Konjikusic, dia 19. Uma Noite de Rock, dia 21, vai juntar três bandasrevelação: “The Grim Reaper Society”, “Kwantta” e “Vulture”. O folclore vai estar representado pel’ “Os Resineiros” de Alcaravela e o velho jazz dos anos 30 desce à festa com os “Xaral’s Dixie”, ambos no dia 19. O virtuosismo dos acordeões faz-se ouvir dia 20 com Rodrigo e Patrícia Maurício e os bailaricos serão animados pelos “Piano Vox”, dia 21, e “Toc’Abrir”, dia 18. A criançada vai rir com os palhaços “Pimpolho e Marreta”, dia 22. E a Escola de Danças de Salão de Sardoal irá realizar uma apresentação no dia 20. Motivos não faltam. Portanto... Vamos à Festa.



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NEGÓCIOS

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CASA FALCÃO - A FAMÍLIA E OS NEGÓCIOS DE MÃOS DADAS

Um comércio diferente que acompanha a mudança Simpatia, boa disposição e atendimento personalizado, são adjectivos que o cliente da Casa Falcão sabe que pode encontrar quando entra à porta. Arnaldo Silva Cardoso, 73 anos, é desde 1980 sóciogerente da firma Cardoso e Falcão Lda, a casa de comércio mais antiga da vila de Sardoal, que continua no activo. Arnaldo, com o seu olho para o negócio, tem vindo ao longo dos anos a permitir que este espaço continue a satisfazer o cliente. “Temos grandes superfícies comerciais

à nossa volta, em Abrantes, Tomar, Entroncamento, estou ciente disso. Mas as pessoas sabem o que podem encontrar aqui, para além do atendimento personalizado. Temos calçado, roupa, tecidos a metro, chapéus, malhas interiores e exteriores, loiças, material plástico, alguns produtos de mercearia e também drogaria”. Vários destes artigos nem sempre estão disponíveis nas grandes superfícies, daí a Casa Falcão continuar sempre com um comércio diferente, apesar de haver momentos

mais baixos. A escassez de transportes públicos de e para Sardoal também ajuda. O sócio-gerente salienta a necessidade de passar a “obra” para alguém de confiança, tarefa que tem sido algo difícil. “A minha ideia é passar a casa a um funcionário que está connosco há muitos anos. É necessário haver uma remodelação na Casa, um ‘lavar de cara’”. Arnaldo Cardoso recorda: “Comecei a trabalhar muito novo, em Dezembro de 1948, na Casa Falcão. Tudo o que hoje existe aqui

já nessa altura se podia comprar na anterior Casa Falcão. Até 1971 o meu sogro era o proprietário da Casa. Comprei o edifício a ele, e desde essa altura que eu a minha esposa e três funcionários, muito dedicados, temos as portas abertas todos os dias”. Quisemos saber se este foi um projecto de vida desejado, o que Arnaldo Silva Cardoso confirmou com emoção. “Sim, é verdade. Já desde menino e moço eu brincava às lojinhas. Já nessa altura eu sentia esta vocação. Faço um balanço positivo, com satisfação”.

o jornal de abrantes on line em www.oribatejo.pt

Arnaldo Silva Cardoso, sócio-gerente da Cardoso e Falcão Lda.


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CULTURA

18 LUGARES COM HISTÓRIA

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RETRATO TIPO PASE

Célia Belém

Ponte de S. Francisco, no Sardoal À esquerda da estrada que liga Abrantes a Sardoal, num plano inferior ao da ponte que hoje atravessamos para entrar nesta vila, fica a Ponte de S. Francisco ou do Chafariz das Três Bicas, nome que lhe vem da fonte que corre um pouco acima. A denominação de “Ponte dos Mouros” ou até de “Ponte Romana” como também é conhecida, atesta a sua antiguidade, desconhecendo-se, no entanto, a época segura da sua construção. Nela ainda se podem ver pedras com vestígios de inscrições, possivelmente retiradas de uma outra construção anterior, mas que numa reconstrução posterior foram colocadas sem qualquer nexo, o que as impede de serem descodificas. Há notícia de que em 1750 já esta situação se verificava, segundo testemunho de Serrão da Mota. Um desses fragmentos de inscrição pude vê-lo numa pedra de granito que atravessa transversalmente o paredão a jusante. Não consegui lê-la, mas não me pareceu romana e pen-

so que realmente foi ali colocada num dos vários arranjos que esta ponte deve ter sofrido. É uma ponte com três arcos de volta inteira, o do centro maior e os outros dois um pouco mais pequenos. São todos forrados no interior e também rematados com pedra granítica e as paredes restantes são construídas de blocos de xisto. É atravessada por uma calçada de calhau rolado que continua pela encosta acima e que, disseram-nos, continuava na direcção da Quinta do Pouchão. Esta era, antigamente, a principal entrada do Sardoal e, segundo a tradição popular, era por aqui que passavam as carruagens dos fidalgos do Pouchão, quando vinham ao Sardoal assistir à missa ou a outras cerimónias religiosas. Esta tradição tem o seu fundamento, pois as importantes famílias dos Cordes Brandão e Moura Mendonça estiveram ligadas tanto ao Pouchão como ao Sardoal. Sabemos que, no início do século XVIII, a família Moura Mendonça era proprietária do Pouchão e também da “ Casa

Grande” do Sardoal, imponente edifício onde hoje se encontra instalada a Câmara Municipal. Um dos seus membros, Bento de Moura e Mendonça, que nasceu em 1769 e faleceu em 1843, encontra-se sepultado à entrada do Convento da Caridade. Numa elevação sobranceira à margem esquerda da ribeira, existiu outrora a pequena capela de S. Francisco, hoje reduzida a um monte de ruínas, mas perto ainda se podem ver os restos de uma calçada feita de lajes e que deve ser mais antiga do que aquela que passa sobre a ponte. A imagem do santo parece que veio para o Sardoal mas não se sabe bem onde se encontra. Na pequena capela do Espírito Santo está uma imagem de madeira, bastante danificada que parece ser de um santo franciscano. Teria a imagem de S. Francisco vindo para aqui? Bibliografia: Gonçalves, Luís Manuel, “Sardoal do Passado ao Presente”, ed. C.M.S. 1992 Teresa Aparício

Nasci no convento de Sardoal. A minha mãe conta que veio de Valhascos ao mercado de Janeiro a pé e já não conseguiu regressar a casa. Devo ter sido das últimas pessoas a nascer no convento de Santa Maria da Caridade, que na altura era o hospital. Tenho muitos irmãos. Como sou a mais nova, a minha irmã levoume para Lisboa para viver com ela. Passei a minha infância em Alhandra, concelho de Vila Franca de Xira. Fiz lá a escola primária e o ciclo. Com 12 anos comecei a questionar porque não estaria a viver com os meus pais. Em Lisboa andei no teatro e na música e cá não havia estas actividades. Tenho três filhos. O Mauro é o mais velho. Digo sempre a eles para lutarem pelos seus sonhos. Sou uma pessoa que defende o interior. Por onde tenho andado, procuro dizer que sou do Sardoal. Infelizmente o fosso entre litoral e interior é muito grande. As crianças do interior não têm as mesmas oportunidades das do litoral. Depois de algum tempo no Sardoal voltei para Lisboa para trabalhar e estudar. Fiz o 11º e o 12º. Entretanto comecei a namorar e engravidei. Ainda vivi em Lisboa com o Mauro, mas quando ele completou um ano pensei que o estilo de vida da capital não era o melhor, entregava-o na ama de manhã e só o via à noite. Decidimos então ir morar para os Valhascos com os meus pais. Na altura larguei o meu emprego e o José recusou algumas propostas de trabalho para vir comigo. Trabalhei numa pastelaria em Abrantes e depois fui para o Vítor Guedes, no azeite. O meu marido conseguiu encontrar trabalho na área dele e começamos a reconstruir a nossa vida. Tive a minha segunda filha, a Patrícia. Em 1997 trabalhei na Biblioteca de Sardoal. Adorei trabalhar com crianças e estar em contacto com os livros. Mais tarde o José conseguiu vir trabalhar

para a Câmara de Sardoal. Engravidei do Duarte e mais uma vez estive sem trabalhar por ser uma gravidez de alto risco. Como não consigo estar em casa sem fazer nada, comecei a ler muito sobre a história do Sardoal. Foi nesta altura que surgiu o interesse pelos leques tradicionais. Aprendi esta arte sozinha. O primeiro leque que fiz foi de junco. Costumo dizer que os leques são o meu quarto filho. Tenho lutado pelo futuro da tradição. O Sardoal tem um artesanato genuíno que não se pode deixar perder. Em 2002 tive um problema de saúde. Estava numa feira de artesanato e sofri um AVC. Passei por fases muito complicadas. Mas não podemos entrar numa lógica de pensamentos negativos, senão é pior. Nessa altura deixei de fazer os leques porque perdi a coordenação motora. Felizmente hoje é uma batalha ganha. Foi o reconstruir da minha vida. Tive de voltar a aprender a pegar num jornal, a dizer adeus. Tiro da doença uma experiência positiva. Fui convidada pela comissão das 7 maravilhas do Mundo para representar o Convento de Cristo de Tomar. Fiz uma peça de artesanato que anda em exposição pelo país e pelo mundo. Actualmente estou a trabalhar com o meu marido no agenciamento de espectáculos. Comecei a ganhar experiência e agora já estou mais à vontade dentro desta área. Sou mais feliz agora do que era antes da doença. André Lopes


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CULTURA

SETEMBRO2009

INAUGURAÇÃO EM MAÇÃO

Monumento ao Padre António Figueiredo A homenagem de Mação a um dos seus filhos mais ilustres tem lugar no dia 12 de Setembro. A inauguração de um monumento em homenagem ao Pe. António Pereira de Figueiredo (1725-1797) vem fazer memória daquele que foi “um dos homens mais cultos dos eu tempo” ou, na palavra de Alexandre Herculano, “um nome ilustre da nossa literatura... uma das mais fortes inteligências que Portugal tem gerado”.

Iluminista, pedagogo, latinista célebre, teólogo e canonista, historiador e ensaísta, filólogo e gramático, compositor musical e polemista, António Pereira de Figueiredo deixou um vasto legado literário. Foi também colaborador do Marquês de Pombal e adversário dos jesuítas. O Pe. Figueiredo fica na História portuguesa por duas principais razões. Em primeiro lugar, a tradução da Bíblia para português, num trabalho que lhe demorou 18 anos e foi editado em 23 volumes. De-

PARTIDO SOCIALISTA

AUTÁRQUICAS - 2009 O Partido Socialista vem, nos termos estatutários e para efeitos do artigo 21.º, da Lei n.º 19/2003, de 20 de Junho, comunicar que constitui Mandatário Financeiro Local para o Município de Abrantes da campanha autárquica de 2009 António Lucas Gomes Mor

ABRANTES VENDO PRÉDIO COM LOJA OU ALUGO LOJA Contacto 217 930 100

ALUGA-SE R/c c/ 4 divisões, cozinha, despensa e terraço c/ cerca de 70m2 Calçada de S. José, 37 – Abrantes

Contactar 936 641 425

pois, um pensamento teológico-político que podemos hoje colocar a caminho da separação entre a Igreja e o Estado. A sua obra e o seu pensamento têm de ser entendidos tanto no contexto do iluminismo português como do absolutismo pombalino. O pensamento do Pe. António Pereira de Figueiredo situa-se na linha do chamado regalismo que, contra as pretensões da Igreja, defendia a supremacia do poder real ou temporal sobre o poder eclesiástico. Não admira. por isso, que o Pe.

Figueiredo fosse, então, uma figura controversa e situado no meio dos furacões políticos e intelectuais do seu tempo. A presente homenagem vem também colocar-se na tendência de as comunidades locais se apropriarem das figuras ilustres de outros tempos que podem dar maior densidade às várias dimensões, culturais, turísticas e identitárias, dos dias de hoje. O monumento ao Pe. Pereira de Figueiredo fica situado na rua que tem o seu nome, a rua principal de Mação.

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NECROLOGIA

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SETEMBRO2009

SANTA MARGARIDA DA COUTADA

FLOR DA ROSA - CRATO

TRAMAGAL - ABRANTES

Faleceu

Faleceu

Faleceu

Maria Catarina Ribeiro

Genoveva da Esperança Tavares Baptista

João Joaquim de Sousa Valério

03-07-1915 • 01-09-2009

10- 02-1934 • 06-08-2009

20-03-1932 • 01-09-2009

Sua filha, genro, neta e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

Sua filha, genro, netos, bisnetos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

Seus filhos, nora, genros, netos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

ALFERRAREDE - ABRANTES Faleceu

Vítor Manuel do Rosário Moura

BICAS - SÃO MIGUEL DO RIO TORTO - ABRANTES

TRAMAGAL - ABRANTES

Faleceu

Faleceu

Gabriel António Bispo

Manuel Ferreira Félix

30-03-1925 • 19-08-2009

26-02-1956 • 13-08-2009

21-01-1936 • 22-08-2009

Sua esposa, filhos, neta e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

Sua filha, genro, neto e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

Seus irmãos, cunhados, sobrinhos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

TRAMAGAL - ABRANTES

ROSSIO AO SUL DO TEJO - ABRANTES

TRAMAGAL - ABRANTES

Faleceu

Faleceu

Faleceu

Gracinda da Silva Marques

Marco António Brás Madeira

João Augusto Marques Carreiro

23-07-1929 • 28-08-2009

09-05-1931 • 27-08-2009

07-05-1993 • 23-08-2009

Sua filha, genro, netos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

Seus pais, avós, tios, padrinhos, primos e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

Sua esposa, irmã, cunhado e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada.

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal

Falecimento

Falecimento

ROSSIO AO SUL DO TEJO

ROSSIO AO SUL DO TEJO

Maria João Pinelas Frade Rijo Marques Morgado

Maria João Pinelas Frade Rijo Marques Morgado

N 18/06/1964

N 18/06/1964

F 24/08/2009

A Família vem por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada

F 24/08/2009

Seu marido e filhos vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se interessaram pelo seu estado de saúde, como os que acompanharam o seu velório. Agradecem ainda a todo o pessoal do Hospital de Abrantes e da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital de Tomar. A todos o nosso obrigado.

de

jornal abrantes NOVO TELEFONE

241 360 170

Maria Filomena Castanho Soares Fernandes Nasceu - 15/08/1941 • Faleceu - 29/07/2009

Sua Mãe, Marido, Filho, Nora e Netas, Agradecem a todas as pessoas das suas relações e amizades, que acompanharam a nossa ente querida até á sua última morada, bem como aos que de uma forma ou outra manifestaram o seu pesar. Ela estará sempre em nossos corações e o seu lugar será inesquecivel. Que Deus a tenha na Sua Glória para sempre. A todos um muito obrigado.

ARRECIADAS - ABRANTES Faleceu

Laurentina de Jesus Ferreira 15-04-1922 • 30-08-2009

Seu esposo, filhos, genro, noras, neto e restantes familiares, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à sua última morada. A cargo de: Funerária José Grilo Lda. Telf.: 241 890 615 – 962 773 327 • Tramagal


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PROFISSÕES LIBERAIS

SETEMBRO2009

CENTRO MÉDICO E DE ENFERMAGEM DE ABRANTES Largo de S. João, N.º 1 - Telefones 241 371 566 - 241 371 690

C O N S U LTA S ACUPUNCTURA Dr.ª Elisabete Alexandra Duarte Serra ALERGOLOGIA Dr. Mário de Almeida; Dr.ª Cristina Santa Marta CARDIOLOGIA Dr.ª Maria João Carvalho CIRURGIA Dr. Francisco Rufino CLÍNICA GERAL Dr. Pereira Ambrósio - Dr. António Prôa DERMATOLOGIA Dr.ª Maria João Silva GASTROENTERELOGIA E ENDOSCOPIA DIGESTIVA Dr. Rui Mesquita; Dr.ª Cláudia Sequeira MEDICINA INTERNA Dr. Matoso Ferreira NEFROLOGIA Dr. Mário Silva NEUROCIRURGIA Dr. Armando Lopes NEUROLOGIA Dr.ª Isabel Luzeiro; Dr.ª Amélia Guilherme

POR

MARCAÇÃO

OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA Dr.ª Lígia Ribeiro, Dr. João Pinhel OFTALMOLOGIA Dr. Luís Cardiga ORTOPEDIA Dr. Matos Melo OTORRINOLARINGOLOGIA Dr. João Eloi PNEUMOLOGIA Dr. Carlos Luís Lousada PROV. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Patricia Gerra PSICOLOGIA Dr.ª Odete Vieira; Dr. Michael Knoch; Dr.ª Maria Conceição Calado PSIQUIATRIA Dr. Carlos Roldão Vieira; Dr.ª Fátima Palma UROLOGIA Dr. Rafael Passarinho NUTRICIONISTA Dr.ª Carla Louro SERVIÇO DE ENFERMAGEM Maria João TERAPEUTA DA FALA Dr.ª Susana Martins

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CARTAZ

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de

jornal abrantes FICHA TÉCNICA Director Geral Joaquim Duarte Director Alves Jana alves.jana@jornaldeabrantes.pt Sede: Av. General Humberto Delgado – Edf. Mira Rio, Apartado 65 2204-909 Abrantes Tel: 241 360 170 Fax: 241 360 179 E-mail: info@jornaldeabrantes.pt Redacção Maria João Ricardo (CP. 6383) maria.ricardo@jornaldeabrantes.pt Jerónimo Belo Jorge André Lopes Publicidade publicidade@jornaldeabrantes.pt Rita Duarte (directora comercial) rita.duarte@jornaldeabrantes. pt Miguel Ângelo miguel.angelo@jornaldeabrantes.pt Impressão Imprejornal, S.A. Rua Rodrigues Faria 103, 1300-501 Lisboa Editora e proprietária Jortejo, Lda. Apartado 355 2002 SANTARÉM Codex GERÊNCIA Francisco Santos, Ângela Gil, Albertino Antunes

Departamento Financeiro Ângela Gil (Direcção) Catarina Branquinho, Celeste Pereira, Gabriela Alves e João Machado info@lenacomunicacao.pt Departamento de Marketing Patricia Duarte (Direcção), Catarina Fonseca e Catarina Silva. marketing@sojormedia.pt Departamento Recursos Humanos Sónia Vieira (Direcção) drh@sojormedia.pt Departamento Sistemas Informação Tiago Fidalgo (Direcção) Hugo Monteiro dsi@sojormedia.pt Tiragem 15.000 exemplares Distribuição gratuita Dep. Legal 219397/04 Nº Registo no ICS: 124617 Nº Contribuinte: 501636110 Sócios com mais de 10% de capital Sojormedia 83%

SETEMBRO2009

ABRANTES Até 30 de Setembro – Exposição – “Morfismos” – Pintura de Pedro Rosa – Livraria “Ao pé das Letras”, das 10h00 à 13h00 e 15h00 às 19h00. Até 25 de Setembro – Exposição – “Que nem uma árvore…” Fotografias de Arnaldo Carvalho – Biblioteca António Botto, das 9h20 às 12h30 e das 14h00 às 18h00.

José Cid em Concerto de Solidariedade 17 de Setembro – Concerto de solidariedade – José Cid, Zé Perdigão, André Teixeira, entre outros – Lucros reverte a favor do banco social de Abrantes – CineTeatro São Pedro, às 21h30.

Até 2 de Outubro – Exposição – “Once upon a time…”Escultura de Óscar Guimarães – Galeria Municipal de Arte, de terça-feira a sábado das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h30. Até 25 de Outubro – Exposição – Antevisão do Museu Ibérico de Museu Arqueologia e Arte D. Lopo de Almeida, no interior do castelo. 11 de Setembro - Acção de Formação “Com o dedo na página” - Auditório do Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha. Das 9h00 às 17h00. 12 de Setembro – Festival Hípico – provas de saltos de obstáculos e baptismos a cavalo para o público em geral - Centro Hípico da Quinta do Cabrito, às 10h00. 17 de Setembro – Concerto de solidariedade – José Cid, Zé Perdigão, André Teixeira, entre outros – Lucros reverte a favor do banco social de Abrantes – Cine-Teatro São Pedro, às 21h30. 26 de Setembro – Teatro - “O gato preto e a Gaivota cor de Prata” – Grupo de Tratro Marionetas de Mandrágona – Cine-Teatro São Pedro, às 21h30. 6 de Outubro – Debate público com os candidatos à Presidência da Câmara Municipal de Abrantes – Cine- Teatro São Pedro.

Desporto Verão Aquapolis: 12 e 13 de Setembro – Futvolei, entre as 16h00 e as 21h00.

Cinema Centro Comercial Millenium: De 10 a 16 de Setembro – “U. P. Altamente”, de Peter Docter De 17 a 23 – “Hannah Montana”, de Peter Chelson De 24 a 30 de Setembro – “ABC da sedução”, de Robert Luketic Espalhafitas - Cine-Teatro São Pedro, às 21h30: 16 de Setembro - “Cada um com o

seu cinema” 23 de Setembro – “Fome”, de Steve Mcqueen 30 de Setembro – Home – O mundo é a nossa casa”, de Yan ArthusBertrand

SARDOAL Até Setembro – “Férias na Biblioteca” de Segunda a Sexta-feira. 13 de Setembro – Cinema - “Idade do gelo” – Centro Cultural de Sardoal, às 16h00. De 18 a 22 de Setembro – Festas do Concelho de Sardoal – Festival Hípico, artesanato, exposições, música com Mundo Cão, Conjunto António Mafra. Patrícia Belém e amigos, entre outros.

BARQUINHA Até 27 de Setembro – Pilates - Todos os Domingos – Barquinha Parque, das 10h00 às 11h00. Verão com Sorrisos 2009, no Barquinha Parque: 11 de Setembro - 18h30 - Ginástica para idosos - fitness grupo 12 de Setembro - 16h30 - Aerobics Kids - Dança - Fitness 13 de Setembro - 10h00 – Pilates; 16h00 - jogos Pré-Desportivos; 17h30 - Concerto Space Ensemble - Spy Quintet (Jazz) 19 de Setembro - 14h00 - Hora do Conto (centro cultural); 15h30 Oficina de Teatro (centro cultural); 17h/23h – Insufláveis 20 de Setembro - 10h00 – Pilates; 10h00 – Step / Aeróbica / fitness grupo; 16h00 – Pinturas Faciais / Modelagem de Balões

26 de Setembro -15h30 - Oficina de Teatro (centro cultural) 27 de Setembro - 10h00 – Pilates; 16h00 – Caça ao Tesouro / Jogos Pré-Desportivos Até 4 de Outubro – Exposição – “Cores o Tejo” – Fotografia de Álvaro Carvalheiro – Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha, das 14h às 17h30 e Sábados das 15h às 18h.

COSTÂNCIA Até 30 de Setembro – Mostra Biobibliográfica de Stephenie Meyer – Biblioteca Alexandre O’Neill, das 10h00 ao às 12h30 e das 14h00 às 18h30. 13 de Setembro – Jornadas Europeias do Património - Passeio pedestre de Observação e interpretação da natureza – Entre a Lezíria e a Charneca – às 9h00. 26 de Setembro – Ateliê - Museu dos Rios e das Artes Marítimas, às 14h00. 27 de Setembro – Caminhada – Ponto de encontro no Museu dos Rios, às 10h00. Cinema no Cine-Teatro, às 21h30: 19 de Setembro À noite no Museu 2 20 de Setembro – “A idade do gelo 3 : despertar dos dinossauros” 26 de Setembro – “Harry Potter e o Príncipe Misterioso” 3 de Outubro – “Transformers: Retaliação” 10 de Outubro – “Ligações perigosas”17 de Outubro – “Star Trek”

DVDteca à Sexta, às 15h00 na Biblioteca Alexandre O’Neill: 18 de Setembro – “Baiilley um Cão que Valle Miillhões” 25 de Setembro - “Bollt” 2 de Outubro – “Pinóquio” 9 de Outubro – “Ressalto” 16 de Outubro – “Barbie apresenta Polegarzinha” 1 de Outubro – Dia do Idoso – Várias actividades, às 14h30. De 1 a 30 de Outubro – Mostra Bio-bibliográfica de Hans Cristian Andersen – Biblioteca Alexandre O’Neill, das 10h00 ao às 12h30 e das 14h00 às 18h30. 10 de Outubro – Constância passo a passo – Parque ambiental de Santa Margarida, às 10h00. De 10 a 25 de Outubro – Exposição de pintura – “Fontes…que segredos guardais?” pelo Centro de Recuperação Infantil de Abrantes – Posto de Turismo, das 9h30 às 13h00 e das 14h30 às 17h30.

MAÇÃO Até 30 de Setembro – Exposição de Manuel Casimiro – Galeria dos Paços do Concelho – Núcleo de Arte Contemporânea do Museu Municipal João de Castilho – De quarta-feira a domingo, das 10h00 às 19h00.

TOMAR 17 e 24 de Setembro – Ciclo de Conferências “Surrealismo Porquê” – Casa dos Cubos, às 18h00.


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NOVO SITE

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www.oribatejo.pt + www.tvtejo.com O Ribatejo apresenta um site totalmente renovado e com novas funcionalidades. No mesmo endereço electrónico passamos a somar a informação de um diário on-line com os conteúdos da web-tv. Ou seja, jornal O Ribatejo mais TvTejo no mesmo site; e ainda esta mesma edição do “Jornal de Abrantes” em papel virtual. Um novo produto que quer ser mais do que a soma dos nossos projectos editoriais. É naturalmente um site ainda em evolução, mas com novas funcionalidades já activadas e outras a criar; que pretendemos seja essencial à região e interactivo com os utilizadores. Visite-nos no endereço do costume e dê-nos a sua opinião: www.oribatejo.pt, ou www.tvtejo.com. Cinco notícias em destaque. Para as conhecer em detalhe clique nos números ou nas setas.

As últimas notícias do dia.

Sugestões e destaque de cultura e lazer na região que lhe sugerimos diariamente.

Os últimos 15 vídeos da TV Ribatejo. Para escolher o vídeo que quer ver basta carregar nas setas laterais e fazer deslizar a barra com os vídeos.

O cartoon de António Maia. Uma visão humorada da política e da sociedade.

A blogosfera na região. Destaques e razões da escolha.

Receba as últimas notícias de O Ribatejo no seu leitor de RSS ou directamente no seu correio electrónico. Aqui pode aceder às notícias nacionais e internacionais de última hora do diário “i”.

A TV Ribatejo agora na home page do Jornal O Ribatejo. Clique no vídeo para ver em ecrã inteiro. Pode partilhar o vídeo no seu blogue ou página da Internet, ou enviá-lo através de e-mail aos seus amigos. Veja como no Menu.

Folheie aqui a edição em papel do jornal: acesso ao PDF inteligente dos jornais O Ribatejo, Jornal de Abrantes e Negócios&Notícias.

A pergunta da semana: a sua opinião é importante, partilhe-a connosco no desafio semanal que aqui lançamos.

Cidadão-repórter: este é o espaço que destinamos às histórias, fotos e vídeos que os leitores nos enviarem.

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Os blogues dos nossos colaboradores: O jornalismo visto pelo Prof. Carlos Chaparro; e o mundo poético de Daniel Abrunheiro.



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