Revista 100 Maiores

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Edição:

Esta revista é suplemento integrante da edição nº 1292 de 6 de Agosto de 2010 do semanário O Ribatejo e da edição nº 390 de 6 de Agosto de 2010 do diário i. Não pode ser vendida separadamente.


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ABERTURA

Joaquim Duarte Director do Jornal O RIBATEJO

As 100 maiores e melhores empresas do distrito de Santarém

100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Santarém vai já na sétima edição consecutiva. Um prestigiado trabalho editorial do jornal O Ribatejo, em parceria com a IF4 – empresa especializada nesta área de informação – que toma o pulso à economia regional e nos permite olhar com realismo para os retratos de 2009 que preenchem os vários indicadores económicos apresentados nesta revista. E esse retrato traz-nos as visíveis marcas da crise: 2,65 mil milhões de euros de vendas no total das 100 Maiores, menos 247 milhões de euros relativamente ao ano anterior, ou seja, uma diminuição de 8,5% no volume de negócios realizado em 2009. Temos de saber ler os números, mas também os tempos que vivemos, de um mercado ain-

da em coma profundo e onde, contudo, sobressaem alguns bons exemplos de resistência e vitalidade de algumas das nossas empresas. 100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Santarém é já um trabalho editorial indispensável, de grande utilidade e reconhecido valor na análise económica ao tecido empresarial da região. A colaboração especializada de economistas e de gestores, tal como as entrevistas a dirigentes empresariais e responsáveis das áreas da governação dão-nos leituras múltiplas sobre os constrangimentos que afectam as empresas, mas também do que é necessário fazer e das janelas de oportunidade que ainda espreitam no mundo globalizado dos negócios.

SUMÁRIO Entrevista – José Eduardo Carvalho Discurso Directo - Rui Barreiro Depoimento - Jorge Neves Discurso Directo - Victor Sobral Entrevista – Jorge Rocha de Matos Depoimento - Armando Rosa Discurso Directo – Orlando Ferreira Depoimento - Joaquim J. Louro Depoimento - Alexandre Alves Discurso Directo - Rui Pedro Brogueira Discurso Directo - Sónia Sanfona Entrevista - Carlos Zorrinho Entrevista - Mira Amaral Entrevista – Basílio Horta As 10 melhores empresas As 100 melhores empresas Maiores e melhores por indicador Entrevista – António Saraiva Maiores e melhores por sectores Discurso Directo - Francisco Jaime Quesado Discurso Directo - João César das Neves Maiores e melhores por Concelho O que revela cada termo Os códigos de cada sector

FICHA TÉCNICA

6a9 10 10 11 12 12 14 14 14 16 17 18 e 19 20 e 21 22 e 23 24 26 a 29 30 a 37 39 40 a 45 46 47 48 e 50 52 54

DIRECTOR Joaquim Duarte DIRECÇÃO COMERCIAL Rita Duarte PUBLICIDADE Luís Silva BASE DE DADOS IF-4 - Processamento de Informações Lda PROJECTO GRÁFICO foradoras.com PAGINAÇÃO António Vieira IMPRESSÃO Sogapal TIRAGEM 36.000 exemplares

Esta revista é suplemento integrante da edição nº 1292 de 6 de Agosto de 2010 do semanário O Ribatejo e da edição nº 390 de 6 de Agosto de 2010 do diário i. Não pode ser vendida separadamente.



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ENTREVISTA

José Eduardo Carvalho Presidente da Nersant

Crise está a ter efeitos devastadores na região e no país

Qual é a leitura que faz dos efeitos da crise no nosso distrito? Os efeitos da crise são devastadores, não só no distrito, como no país. No ano anterior, 12 empresas por dia estiveram envolvidas em processos de insolvência e faliram. O crescimento do desemprego na região reflecte este drama. Eu não acredito que este ano possa evoluir favoravelmente. A restrição no acesso ao crédito é a estocada final. Numa primeira fase faliram empresas que já evidenciavam debilidades antes da crise. Sobreviveram as melhores geridas, as mais sólidas, ou aquelas que não estavam inseridas nos sectores mais afectados directamente pela crise. Com falta de crédito, não só para investimento, como também, e principalmente para financiar exportações para mercados com maior risco, processos de internacionalização, concessão de crédito a clientes, exigências e garantias de fornecimentos, acabam por condicionar e comprometer o tecido empresarial mais resistente. É de extrema gravidade o que se passa. Se os bancos não se conseguem financiar no mercado interbancário, se estão limitados no desempenho da função económica para que foram criados, então o Banco Central Europeu tem de permitir que os governos possam criar mecanismos e instrumentos para assegurar esta função vital de uma economia de mercado que é o financiamento e a concessão de crédito. Os Estados Unidos fizeram-no e a Europa terá de o fazer para evitar o descalabro total. Há também necessidade de outras medidas. Ainda não percebi como é que uma proposta como aquela que foi defendida pelo Prof. Ricardo Reis e pelo Presidente do Fórum da Competitividade, Dr. Ferraz da Costa, não foi atendida. Baseava-se na descida significativa da taxa social única paga pelas empresas, e da subida de um aumento semelhante no IVA no regime geral e especial. Era uma desvalorização da moeda pela via fiscal. Permitia reduzir custos das empresas, sem reduzir salários. O IVA é um imposto sobre bens consumidos. A taxa social única é um imposto sobre bens produzidos. A diferença entre o que consumimos e o que produzimos são as importações. O aumento de impostos sobre aquilo que importamos equivale a uma desvalorização da moeda sem

sair do euro. Lamentavelmente, iniciou-se a discussão mas depois fugiu-se, aliás, como sempre se foge das grandes decisões. Por outro lado, estamos na iminência de nos confrontarmos com um processo de refundação do euro. Acredito que a solução passe por se acentuar os factores que irão conduzir ao federalismo económico, fiscal e orçamental, única forma de os estados laxistas, como o nosso, entrarem nos eixos. Quais os sectores ou empresas que melhor têm resistido à crise na nossa região? Neste momento, não há sectores que não sofram os efeitos da recessão. Os empresários que dizem o contrário, é para impressionarem

algum membro do governo, o Presidente da República nas suas visitas, ou os bancos com quem trabalham. Uns conhecem contracção no mercado e vendas, outros vendem com margens operacionais esmagadas, o que vai provocar futuros problemas de tesouraria, outros não conseguem cobrar e a banca não lhes concede financiamentos à tesouraria, etc. Todos sofrem com estas situações. Os sectores a montante e a jusante da construção civil, as empresas do sector transaccionável da nossa economia, ou o pequeno comércio a retalho, foram os mais atingidos na primeira fase da crise. Já expliquei as razões pelas quais houve empresas, independentemente dos sectores, que resistiram melhor. Contudo,


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neste momento, se não houvesse as actuais restrições de acesso ao crédito, creio que estaríamos numa fase de desaceleração das taxas de insolvência. Há alguma “receita” ou exemplo a retirar do conjunto das empresas que melhor têm resistido à crise? Se há, qual é essa receita? Não há “receitas” em gestão. Contudo, há um conjunto de prioridades cuja implementação é comum para assegurar a viabilidade de uma empresa durante uma situação de crise económica: reduzir custos, reduzir custos salariais, adiar investimento, renegociar e consolidar dívidas. Mas nenhuma empresa será viável apenas a reduzir despesas. Será necessário re-

generar activos, repensar o modelo de negócio, corrigir prioridades, melhorar a qualidade do produto, procurar novos mercados. É espantoso o esforço que se está a fazer nesta região, por parte de empresas de bens transaccionáveis, e mesmo de outros sectores, na procura de novos mercados e na tentativa de aumentar a sua capacidade exportadora. Será a agro-indústria o sector com maior potencial do distrito, tendo em conta que muitas das maiores empresas do distrito pertencem a este sector? O sector agro-industrial, logístico, do papel, e da energia afiguram-se como os sectores onde se concentrará o maior volume de investimento

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na região nos próximos anos. Estamos a fazer um grande esforço na dinamização do sector agro-industrial, com a implementação de um cluster. Vamos ver o que se conseguirá fazer. É uma tarefa com grande responsabilidade, mas que não será fácil. Qual é o ponto da situação dos vários parques de negócio do distrito, nos quais a Nersant teve intervenção e promoveu? A tramitação dos processos de licenciamento foi um factor complexo. O processo dos Parques de Negócios serviu como instrumento, e em certa parte como cobaia, para ajudar a modificar a lei do licenciamento e da alteração do uso do solo.


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O Parque de Negócios de Rio Maior demorou cinco anos a ver publicado um Plano de Pormenor. O de Torres Novas vai em sete. O do Cartaxo, já beneficiando da nova lei, demorou três. O Parque de Negócios de Rio Maior está a concluir a primeira fase de infraestruturação. Mesmo antes destas obras estarem concluídas, as Carnes Nobre iniciaram o seu grande projecto de investimento. O Parque de Negócios de Torres Novas tem o Plano de Pormenor em discussão pública e os projectos de execução e de especialidades em elaboração. As obras arrancarão no início do próximo ano, apesar da Digidelta iniciar já em Outubro o investimento de um entreposto logístico de 8.260m2.

Parques de Negócios do distrito estão com atraso de 4 anos O do Cartaxo tem o Plano de Pormenor aprovado e os projectos de execução e de especialidades em elaboração. Como se sabe, a YDreams vai instalar a empresa Interactive Surfaces, com a qual pretende entrar no mercado americano, e a Tagusgás já deveria ter arrancado com as obras da sua sede. Também terá condições para que as obras de infraestruturação da primeira fase arranquem no início do ano de 2011. O de Fátima, após grandes vicissitudes, acabou por passar por uma redução significativa da área de loteamento, reiniciando-se todo o processo com a elaboração da quinta versão do Plano de Pormenor. Contudo, a Fatiparques vai arrancar com os projectos de execução e de especialidades para construir pavilhões em banda, num terreno de 100.000m2, detido pela Fatiparques e que já possuía um pedido de informação prévia, aprovado antes da publicação do actual PDM. Sobre o Parque de Negócios de Santarém, ainda não gostaria de abordar publicamente a sua situação. Assim, os processos de licenciamento estão a chegar ao fim com quatro anos de atraso. Perderam-se oportunidades e negócios, e a conjuntura actual não é a mesma de há dez anos, tanto no que diz respeito ao investimento, como ao financiamento. Todos aqueles que não respeitam PDM’s para construírem, que constroem sem declarações de impacto ambiental e que não as respeitam, que ultrapassam os bloqueios e os obstáculos da tramitação da alteração do uso do solo, de uma forma informal e não respeitando a legislação, que alimentam um sistema pouco transparente nas relações com as administra-

ções públicas e locais, consideram este período excessivo e até revelador de incompetência. O país tem estado feito à medida para esta gente. O projecto dos Parques de Negócios revelou que é possível, em Portugal, trabalhar de outra forma. A alteração da legislação, que neste momento beneficiou o país e o seu desenvolvimento, foi o melhor contributo que os Parques de Negócios deram. Os seus accionistas saíram parcialmente prejudicados, mas o país ganhou. E o grande objectivo agora é recuperar o tempo e o investimento perdido. E vamos consegui-lo. A equipa técnica é competente. Os accionistas acreditam no projecto e é gratificante demonstrar que se consegue trabalhar em Portugal de forma limpa. Existem ainda dois aspectos que não foram totalmente ultrapassados. O primeiro, é o processo de acreditação das Áreas de Localização Empresarial pelo IPAC. Passados sete anos da publicação do Decreto-Lei, ainda falta regulamentar este processo que habilita as sociedades gestoras de capacidade de licenciamento. Apesar dos entraves por parte do Ministério do Ambiente, estou convencido de que também estará para breve. O segundo, é o evidente conflito de interesses da participação da AICEP na Parquinvest. Não faz sentido que a entidade que atrai investimento estrangeiro, e que autoriza e concede sistemas de incentivos ao grande investimento, tenha depois que gerir activos de parques industriais e participações em sociedades gestoras de parques industriais. O Dr. Miguel Cadilhe estava sensibilizado para este problema. Não sei se o Dr. Basílio Horta o estará tanto. É um problema que tem de ser resolvido. Qual é a posição da Nersant na questão das eventuais portagens nas SCUT, nomeadamente na A23? A Nersant acha que as empresas estão saturadas de impostos e de acréscimo de custos. Defende o critério de utilizador-pagador e acha que o modelo das SCUT revelou-se um desastre. Mas se os utilizadores não corrigirem estes erros, serão mais uma vez as empresas e os contribuintes a fazê-lo, através dos impostos. (…) O troço da A23, entre Torres Novas e Abrantes não está concessionado a privados, nem faz parte da concessão da ScutVias. Não há razão para o portajar. Havia alternativa à A23 neste troço, implicando a passagem por dentro de Torres Novas e Entroncamento, o que não se afigura possível, nomeadamente no tráfego de pesados. Não nos passa pela cabeça o governo ceder à linguagem desbragada e populista dos autarcas do Porto, e depois compensar as receitas, portajando-se troços que não fazem parte

do modelo das SCUT. Qual o papel do associativismo empresarial neste contexto de crise? Poderia ter um papel importantíssimo, mas temos de admitir que não tem. Existem 738 associações, confederações, federações e uniões empresariais neste país. Os dirigentes associativos são cerca de 8.000. Os quadros técnicos devem ultrapassar os 5.000. Os resultados? Basta perguntar a qualquer empresário de uma PME. É um associativismo empresarial disperso e fragmentado. As associações e os dirigentes associativos têm uma imagem deteriorada. O modelo associativo está esgotado porque se afastou das empresas. É incapaz de formatar e influenciar qualquer política pública na área económica. Tem uma prática associativa resignada e excessivamente prudente para com a administração fiscal, os governos e a banca. A dupla agenda dos dirigentes associativos compromete e limita a sua acção e prática associativa. É um associativismo incapaz de potenciar a prestação de serviços e o apoio técnico às empresas, mau grado o nº de técnicos que possui, mais de 5.000. Tudo isto tinha e tem de mudar. E o papel das associações é assumir uma acção e uma prática nos antípodas do acima referido. A Nersant sabe o que deveria ser feito e o papel que o associativismo deveria assumir. Vamos deixar isso para um momento mais oportuno. O que pensa da fusão das associações em-


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presariais sob uma única liderança? Concordamos em absoluto. Há uma nova proposta de valor que a CIP/CEP tem para oferecer às empresas. Vamos ver se consegue fazê-lo e implementá-la. Ser porta-voz único das empresas é importante mas não é suficiente. Mas é um facto que irá mudar alguma coisa. Em reunião do Conselho Geral, a Nersant decidiu convocar, para ainda este mês, uma Assembleia-Geral, defendendo a integração na confederação, mas sem perda da autonomia jurídica e financeira. A Direcção irá propor isso à Assembleia-Geral, enquadrada com algumas recomendações à futura estratégia da CIP/CEP.

um trabalho necessário mas muito complicado e complexo. Alguém acredita que se possa fundir clubes de futebol ou colectividades no nosso distrito? Ninguém. Preferem vegetar, sem dinheiro, sem actividade relevante, sem dimensão, sem influência e sem resultados. E no associativismo empresarial passar-se-á o mesmo. Será um processo que penetrará na irracionalidade paroquial. E nem todos têm jeito nem paciência para o fazer.

ACE entre PME para penetrar em países em que o mercado funciona com deficiências, participar em conjunto com PME em projectos de investimento partilhados em mercados emergentes, promover investimentos infraestruturantes em determinados países que potenciam a implementação e o desenvolvimento de negócios das empresas da região, são as áreas em que o associativismo empresarial pode ajudar na internacionalização das empresas do distrito.

Associativismo empresarial está demasiado fragmentado

Na região existe a Nersant e um conjunto de outras associações comerciais e empresariais. Faz sentido haver uma liderança única e comum no associativismo regional, à semelhança do que acontece a nível nacional? É óbvio que sim. Mas vai ser um trabalho muito difícil e com grande dispêndio de energia. Já não serei eu a fazê-lo. Como dirigente associativo, sempre entendi que deveria concentrar o tempo que tinha noutras prioridades. Vai ser

Em que aspecto é que o associativismo pode contribuir para a internacionalização das empresas do distrito? A internacionalização é uma das prioridades da Nersant no seu plano estratégico 2007/2013. Efectuar missões, prospectar negócios em mercados emergentes, elaborar estudos de mercado em países alvo, criar delegações ou estruturas de suporte e apoio aos associados em alguns mercados, fomentar as

Que papel têm as autarquias no incentivo à reanimação da economia local e regional? Há anos que pensamos que uma colaboração estreita e densa entre autarquias, empresas e universidades poderia mudar esta região. Houve momentos em que acreditei que isto seria possível. Agora estou muito mais céptico. Todavia, está a chegar uma nova geração ao poder autárquico e nas próximas eleições a renovação vai ser quase total. É possível que esta relação volte a ser equacionada. Por exemplo, a relação entre a Nersant e o Instituto Politécnico de Tomar alterou-se significativamente nos últimos meses. É um bom indicador.


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DISCURSODIRECTO

DEPOIMENTO

Rui Barreiro Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural

Cluster Agro-Industrial do Ribatejo

O Cluster Agro-industrial do Ribatejo conta com a participação de empresas do sector, associações empresariais e entidades públicas, que têm como objectivo comum o desenvolvimento de um processo que visa garantir e reforçar a melhoria das condições de competitividade de um sector agro-industrial ribatejano que já é uma referência nacional, mas que se pretende que seja uma referência internacional a longo prazo. O reconhecimento do Cluster Agro-Industrial do Ribatejo resultou da candidatura promovida pela Associação Empresarial da Região de Santarém (Nersant) ao Programa Operacional Factores de Competitividade, enquadrado na Estratégia de Eficiência Colectiva para projectos de constituição, dinamização e concretização de Pólos de Competitividade e Tecnologia e de outros Clusters. Tal facto teve como efeito prático a aprovação de um Plano de Acção, constituído por um conjunto de projectos estruturantes e onde se prevê ainda o desenvolvimento de projectos das empresas associadas, promovendo uma cultura de inovação e empreendedorismo. De vital importância é também o envolvimento das autarquias e dos centros do saber no desenvolvimento sustentado deste Cluster para que sejam prosseguidos os objectivos a que se propõe no Plano de Acção. Este Cluster, com enfoque sectorial e territorial, assume uma visão inovadora e orientada para actividades com conteúdo de investigação e desenvolvimento tecnológico, apontando para a articulação dos diferentes actores da área e a cooperação entre os vários parceiros com o objectivo de ganhar massa critica, que permita construir

vantagens competitivas no contexto económico actual. Os restantes objectivos estratégicos devem passar essencialmente pela análise e acompanhamento do estado da arte do sector agro-industrial, pela promoção e o reconhecimento de marcas e produtos regionais, pela articulação de iniciativas comuns, projectos colectivos e divulgação dos efeitos gerados e respectivos resultados, e ainda pela possibilidade de desenvolvimento sustentável de outras actividades complementares e produtivas enquadradas no sector, através da criação de novas empresas. É essencial, para a sustentabilidade da estratégia no futuro, assegurar a participação de mais empresas do sector interessadas em aderir a este Projecto, e que as mesmas se envolvam e se mobilizem para integração na rede de colaboração e cooperação entre todos os agentes interessados num bom funcionamento do sector agro-industrial, bem como para construção de uma plataforma de partilha e transferência de conhecimento, formação e qualificação, desenvolvimento, produção e comercialização de novos produtos e serviços que permitam trazer valor acrescentado para o sector. Deseja-se que o Cluster Agro-industrial do Ribatejo consiga gerar um novo ciclo de crescimento do sector e de transformação positiva da agro-indústria ribatejana, de modo a que este processo se enraíze e perdure, de tal forma que se torne numa referência a nível europeu num prazo de dez anos, de acordo com a visão estabelecida, como um dos mais avançados no que respeita à capacidade de produção de bens de consumo agro-industriais de elevada qualidade.

Jorge Neves Director Geral da Agromais A política económica europeia tem vindo a ser conduzida no sentido de abandonar o tecido produtivo, seja ele agrícola ou industrial. É uma política mais focalizada nos serviços que não trazem muito valor acrescentado e não criam riqueza para sustentar uma população cada vez mais envelhecida e onde não há renovação de gerações que seja suficiente para sustentar o Estado social. Com este modelo de sociedade a Europa abdicou da aposta na produção. Prefere procurar fora como nós fazemos quando não temos algo em casa e preferimos ir ao supermercado. O Ribatejo é ainda um oásis porque, na área de produção agrícola, tem passado pela crise sem muitos efeitos negativos. Mas acredito que ainda há lugar para mais criatividade, ousadia (com bom senso) e aposta nas exportações. A agricultura nacional, e regional, pode posicionar-se numa lógica de exportação. O vinho, o azeite e alguns hortícolas, podem ser produtos para exportar. Com mais apoios à exportação, é claro, um esforço que o actual ministro tem vindo a fazer. Noto alguma dificuldade quando olhamos para a extrema selectividade dos bancos em atribuírem créditos aos particulares e a algumas empresas. Aquelas empresas que sempre foram exemplo de bom trabalho estão agora a ser penalizadas com taxas mais elevadas porque os bancos emprestaram dinheiro a quem não deviam ter emprestado.


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DISCURSODIRECTO

Victor Sobral Responsável pela unidade industrial da Sumol+Compal em Almeirim

Sector agrícola tem diversificado a actividade

Nos últimos anos, a par de alguns encerramentos (Indústria Transformadora de Tomate), tem vindo a desenvolver-se alguma actividade relevante na área agro-alimentar, nomeadamente no processamento de frescos. A abertura de novas unidades industriais de processamento de frescos é o reflexo desse desenvolvimento, sendo as unidades em Alpiarça, Riachos ou Torres Novas, bons exemplos disso mesmo. O sector agrícola tem diversificado a sua actividade dispersando a produção com escala em novas apostas. Batata, pimento, brócolos, etc. povoam os terrenos agrícolas da Lezíria do Vale do Tejo, por oposição a milho e cereais, apesar da produção destes ser ainda bastante relevante. A SUMOL+COMPAL, em Almeirim, é das indústrias mais antigas do sector no Distrito de Santarém e tem mantido uma dinâmica de permanente estímulo ao desenvolvimento do sector agrícola e industrial da região. Como líder destacado das bebidas não alcoólicas em Portugal, a SUMOL+COMPAL tem como um dos seus principais negócios os sumos de fruta. Por isso, as necessidades de

fruta fresca para processar têm sido uma plataforma para o estabelecimento de diversos contratos, centrados no objectivo de garantir as variedades de melhor qualidade de fruta para a nossa actividade. Recentemente foram, mais uma vez, contratualizadas relações de parceria que deverão garantir o fornecimento de pêssego nas variedades pretendidas, nos próximos dez anos. Concretamente, falamos de relações de parceria com vantagens objectivas para todas as partes envolvidas: os Agricultores garantem o escoamento dos seus produtos a preços garantidos e a SUMOL+COMPAL garante a manutenção dos elevados padrões de qualidade de que não prescinde. Faz parte da estratégia da SUMOL+COMPAL aumentar a percentagem da incorporação de matéria-prima de fruta de origem nacional nos produtos que colocamos no mercado. Bom exemplo disso mesmo é o facto de os nossos sumos de pêra serem produzidos exclusivamente com pêra rocha, variedade exclusiva de Portugal, garantido neste e noutros casos (pêssego, maçã, tomate e recentemente também ameixa), um permanente estímulo ao

desenvolvimento da actividade hortofrutícola no Distrito. A SUMOL+COMPAL continua a desempenhar um papel fundamental na economia do Distrito, com particular relevância para o emprego e o desenvolvimento económico da região de Almeirim onde somos um dos maiores empregadores privados. Sentimos que a localização geográfica e a proximidade de importantes vias de comunicação tem vindo a desempenhar um papel importante na área de logística, na qual, acreditamos, haverá um desenvolvimento sustentado nos próximos anos. A SUMOL+COMPAL, cedo o percebeu, desenvolvendo a sua área de Logística, nomeadamente a preparação de contentores para exportação a partir da Unidade Industrial de Almeirim.


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ENTREVISTA

Jorge Rocha de Matos Presidente da AIP

O pós-crise obriga a requalificar o tecido empresarial português? Em que sentido? Naturalmente que essa requalificação é um imperativo, o qual, aliás, está em curso, e seguramente se vai acelerar. Está em causa o reforço da cadeia de valor das empresas e da economia, nomeadamente com a incorporação de mais tecnologia, conhecimento e informação, ou seja mais inteligência competitiva para fazerem face a mercados cada vez mais exigentes e concorrenciais.

Estão resolvidos os problemas de financiamento das empresas? Não, não estão. Persistem ainda problemas de financiamento, muito particularmente ao nível das PME, num contexto que é ainda de crise e em que uma das manifestações mais penalizantes para as empresas é a escassez e o custo do crédito. Algumas linhas de crédito, particularmente no âmbito da PME Investe, têm-se revelado bastante positivas para as empresas, embora insuficientes para colmatar a generalidade das necessidades de financiamento. Tudo leva a crer que vamos atravessar um período relativamente longo

Armando Rosa Administrador da Ribatel

O factor fiscal é muito importante na perspectiva da competitividade

São necessárias novas práticas de gestão? De que género? É necessário repensar a cultura e as práticas de gestão das empresas portuguesas, com reflexo nas estratégias, na organização, na aprendizagem e na inteligência de mercados. Em síntese, para que a economia portuguesa se afirme no quadro da economia global terá que ser sustentada por empresas: Com visão e estratégia ambiciosas, alicerçadas na inteligência competitiva; Suportadas por sistemas de liderança e gestão eficientes; Assentes em modelos de negócios, baseados em competências críticas; Com recursos humanos qualificados e fortemente motivados; Baseadas numa cultura de aprendizagem, de inovação e empreendedorismo permanentes; Com estruturas organizacionais ágeis e flexíveis; Permeáveis às novas tecnologias, à cooperação empresarial e às redes; Com uma forte responsabilidade social.

DEPOIMENTO

em que o financiamento, o acesso e o custo do crédito vão ser mais restritivos, o que significa também novos desafios e dificuldades para a gestão das empresas. Acredita que há condições para reduzir a fiscalidade sobre as empresas portuguesas nos próximos anos? Este factor pode ser decisivo no relançamento da economia? Se me perguntar se isso é possível de hoje para amanhã, naturalmente que não, face aos constrangimentos actuais. A AIP-CE tem vindo a defender que é necessário reformular o actual sistema fiscal em consonância com as novas realidades da economia internacional. A base do actual sistema fiscal data de 1989 e apresenta profundos desajustamentos face à realidade actual. É necessária uma nova redistribuição da carga fiscal e uma orientação mais conforme com o imperativo da competitividade das empresas e da economia. Para isso impõe-se uma diminuição sustentada da despesa pública, uma condição indispensável para que a carga fiscal global e para as empresas possa baixar. O factor fiscal é de facto muito importante na perspectiva da competitividade e reflecte também uma orientação de boa governação se soubermos imprimir as mudanças necessárias e dar os sinais certos para a economia.

As actividades que têm como base os recursos e as características regionais, têm por si só apetências próprias para se instalarem e se desenvolverem na região. Precisarão certamente de apoios e incentivos conjunturais, especialmente em tempos difíceis como os actuais, mas a sua fixação está assegurada. É o caso das agro-indústrias, das indústrias extractoras de pedra, da produção agrícola relacionada com a Lezíria do Tejo e de outras actividades que vão aproveitando os recursos naturais desta região. É necessário e urgente é criar condições para que outras empresas com actividades económicas diversificadas se instalem, acrescentando à excelente localização geográfica, outras razões tão ou mais importantes para atrair os potenciais investidores, como o são a oferta de espaços adequados, os custos da energia, o valor das derramas, etc. As autarquias têm de ser um grande facilitador da nossa economia. É preciso que, aliadas a investidores privados, desbravem e desbloqueiem soluções que permitam a criação de parques empresariais e condições favoráveis aos investimentos. Parece-me que na nossa região ainda há autarcas e autarquias que não se empenham o suficiente para facilitar a instalação de novos negócios. A nossa região, para além da sua centralidade, é talvez a que melhor é servida de meios de comunicação terrestre, para além de Lisboa e Porto, com a grande vantagem de, em relação a estas, os custos do solo serem muito inferiores. Ao Ribatejo também têm faltado políticos com influência e liderança, capazes de se baterem por projectos e por causas de desenvolvimento regionais, papel esse que tem sido desempenhado por alguns empresários e dirigentes associativos da mais importante associação regional do País, a Nersant.



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DISCURSODIRECTO

DEPOIMENTO

Orlando Ferreira

Joaquim J. Louro

Administrador executivo da Rodoviária do tejo

Administrador da J.J. Louro

Mundus Novus”

O século XXI só é comparável ao século XVI como retratou o florentino Américo Vespúcio nesta sua celebrada obra.

Acho que o Governo devia definir linhas-mestras e zonas estratégias para instalar determinados sectores de actividade. No caso do grupo JJ Louro, instalámo-nos numa zona onde não havia tradição nesta indústria. Há alguma falta de criatividade na classe empresarial mas acredito que hão-de aparecer novos empresários com uma nova atitude para inovarem e criarem novas coisas. Acho que o Governo devia olhar mais para as PME e apoiar estas empresas que podem dar origem a empresas grandes que criam postos de trabalho. Vivemos uma fase de estagnação depois de uma fase de crescimento.

DEPOIMENTO

Alexandre Alves Administrador da RPP Solar

Na zona onde investimos, o Médio Tejo, está o maior potencial do país: a energia! Temos a serra com a energia eólica; Abrantes com a RPPSolar, que irá atingir 1 Giga de potência do qual 100% para exportação; a Central do Pego; barragem de Castelo de Bode e toda a zona das papeleiras com grande aproveitamento energético. Precisamos de vias de comunicação e caminhos-deferro porque só na RPP Solar, de 2010 a 2011, iremos ter cerca de 1700 camiões em circulação. Acredito que se pode mudar a economia regional descentralizando a burocracia dos departamentos centrais do Estado. Este é o maior entrave e presta-se a que hajam favores, amigos e atrasos. Se não se muda algo, continuará a ser assim no futuro. Santarém, Portalegre, Castelo Branco, Leiria podem formar uma grande região centro, aproveitando o Tejo, o mar e a fronteira com Espanha.

Na anterior sociedade, estável, simples e repetitiva, os princípios transmitiam-se imutáveis e os bons modelos conservavam-se por muito tempo. Na nova sociedade, instável, inventiva e inovadora, é o futuro que domina o passado e todos os modelos são constantemente postos em causa. Especialmente os modelos económicos! Apesar de se tratar de um lugar-comum, convém recordar que não se pode continuar a entender economicamente qualquer região de uma forma isolada, ela tem que ser encarada através das relações que são mantidas com os espaços que a circundam sejam eles próximos ou distantes. Hoje, tudo tem a ver com tudo! De um modo geral, as perspectivas de crescimento económico são hoje sombrias e tudo leva a crer que se tenha de atravessar um longo período de dificuldades até se reencontrarem condições de sustentabilidade. Tem-se dito que a festa acabou e é bem verdade! De agora em diante, haverá uma permanente pressão externa para o desenvolvimento de políticas restritivas ou mesmo de austeridade, e o acesso ao financiamento será cada vez mais difícil e mais caro – para o Estado, mas sobretudo para as famílias e para as empresas. Mas é este o actual ambiente e, em cada região, todos teremos que desenvolver novas capacidades, à primeira vista impossíveis: ver, fazer, fazer certo e fazer já! De um modo muito simples, o que está verdadeiramente a mudar na economia é que há hoje uma competição bem mais vincada e agressiva (directa ou indirecta) a quatro diferentes escalas: global/planetária, europeia, nacional ou regional. E, seja qual for essa escala, para se criarem condições de desenvolvimento, competitividade e sustentabilidade, cada região tem de identificar muito claramente qual é o conjunto de factores que lhe são determinantes e a podem diferenciar. Como nos ‘ensina’ Ernâni Lopes, cada região tem que encontrar a sua razão de ser: uma vocação; um carácter; um perfil; uma atractividade e um ou vários factor(es) de diferenciação.

Uma região, para ser economicamente bem sucedida terá também que ser capaz de implementar com êxito essas suas funções em termos políticos, de administração e de organização. A Rodoviária do Tejo, através de uma mobilidade cada vez mais sustentada, vai continuar a contribuir para o aumento da competitividade e da coesão das regiões onde opera e assim também para a melhoria da sua economia. Mas o sistema inqualificável e injusto que vigora em Portugal em nada contribui para essa melhoria. Os operadores de capitais públicos vão continuando a assumir investimentos avultados conduzindo à melhoria da qualidade do seu serviço especialmente nas Grandes Áreas Metropolitana de Lisboa e do Porto. Por outro lado, os operadores de capitais privados que operam fora das grandes metrópoles, em nada são compensados pelas obrigações de serviço público a que estão obrigados, sendo única e exclusivamente remuneradas pelas tarifas pagas pelos seus clientes. Assim, nem os mais eficientemente geridos, conseguem gerar recursos financeiros adicionais para assumir maiores investimentos para a melhoria significativa dos seus serviços e das suas frotas. O Estado nunca quis (soube) definir qual era a parcela que politicamente estava disposto a suportar para promover uma melhoria de mobilidade e coesão das diferentes regiões. O Estado nunca quis (soube), neste âmbito, ajudar a economia regional. Um dia terá que mudar!



16 | O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009

DISCURSODIRECTO

Rui Pedro Brogueira Administrador Executivo da Garval

O crédito às empresas

O eventual estrangulamento da capacidade de concessão de crédito por parte dos bancos motivado pelo baixo nível de poupança doméstica e pelos elevados custos de acesso a mercados externos coloca importantes entraves ao crescimento do crédito e, consequentemente, desafios de sobrevivência ao sector empresarial. De entre os mais afectados encontrar-se-ão seguramente as empresas de pequena e média dimensão, que são responsáveis por mais de 90% do emprego em Portugal. O financiamento das empresas permanecerá limitado, do lado da oferta, por diversas razões: A crise financeira internacional tornou mais escassa a liquidez; As regras de supervisão e os rácios de solvabilidade tornaram-se mais exigentes, com efeitos sobre os níveis de concessão de crédito; A alternativa de cedência de liquidez junto do BCE é em função dos activos elegíveis para o efeito e, como tal, limitada; A percepção do risco no mercado é mais aguda e a aversão ao risco mais generalizada, contribuindo adicional-

mente para uma maior restritividade na concessão de crédito. Em resumo, as dificuldades no acesso ao financiamento, que sempre se constituíram como um dos principais constrangimentos com que se defrontaram as empresas, encontram-se actualmente amplificadas pelas alterações ocorridas no mercado que tornaram o crédito às empresas mais escasso e mais caro. Ora é justamente sobre estes dois vectores, a melhoria do acesso ao crédito e a redução do custo do financiamento, que se centra a actividade da Garval enquanto sociedade de garantia mútua. As SGM prestam uma garantia autónoma para 50 a 75% do capital dos financiamentos bancários, que é paga à primeira solicitação, reduzindo desta forma o risco das operações, partilhando-o com os Bancos. Uma vez que as SGM são também instituições de crédito, os Bancos beneficiários das suas garantias usufruem de vantagens adicionais ao nível das provisões para riscos gerais de crédito e do consumo de

fundos próprios para efeitos de cálculo do rácio de solvabilidade. Com a intervenção das SGM, as instituições financeiras conseguem oferecer melhores condições de financiamento e assim incrementar a sua actividade e o negócio das PME, disponibilizando crédito que de outra forma não seria possível. Desde o início da sua actividade, em Março de 2003, a Garval já interveio em mais de 1.000 milhões de euros de garantias emitidas, apoiando mais de 10.000 empresas. Esta intervenção permitiu a obtenção de crédito num montante superior a 2.500 milhões de euros. Esta intervenção no mercado tem vindo a possibilitar às empresas da região uma maior facilidade no acesso ao crédito e em condições mais vantajosas, num contexto de elevada proximidade às empresas.


DISCURSODIRECTO

Sónia Sanfona Governadora Civil do Distrito de Santarém

Confiança na economia regional

A posição central do distrito de Santarém na geografia nacional confere-lhe a possibilidade de encarar o seu desenvolvimento económico sempre como uma oportunidade de crescimento e fortalecimento, mesmo em contextos de maiores dificuldades, como o que a economia internacional neste momento atravessa. A proximidade da capital e de todos os outros pólos económicos portugueses, mas também da fronteira com Espanha, assim como dos principais portos e aeroportos nacionais, acessíveis através de uma inigualável rede de eixos rodo e ferroviários fundamentais, potencia sobremaneira a capacidade da economia ribatejana se afirmar no quadro nacional, europeu e mundial. A tradicional dualidade, das indústrias agroalimentares nas lezírias do sul do distrito, por um lado, e o cluster das madeiras nas florestas do norte, por outro, tem sido acompanhada nos últimos anos por uma crescente diversificação da economia regional através de apostas certeiras no comércio, na indústria e nos serviços. Mas cada vez mais nas tecnologias de ponta e na inovação generalizada, o que tem facilitado a crescente presença internacional dos nossos produtos. Para tão importante objectivo tem contribuído de forma decisiva uma aliança estratégica entre o associativismo empresarial, as autarquias e o ensino superior, que tem sabido assegurar a modernização da nossa economia, não desperdiçando nenhuma oportunidade com que à escala nacional, europeia ou mundial tem sido confrontada. Este entendimento institucional tem sido aliás a melhor resposta à capacidade empreendedora e à resiliência das mulheres e dos homens do nosso distrito. O futuro não pode pois senão ser encarado com um optimismo determinado. Ainda que não ao ritmo que todos desejaríamos, a conclusão dos eixos estruturantes da nossa rede viária, em complementaridade com as oportunidades que se abrirão com o TGV e o novo aeroporto internacional de Benavente/Alcochete, reforça-nos esta

confiança na pujança e na ilimitada capacidade de crescimento dos diversos sectores produtivos da economia do nosso distrito. Sinal inegável dessa realidade é a força com que a indústria do turismo nas suas diferentes vertentes se tem vindo a afirmar nos mais diversos contextos. Longe vão os tempos em que o turismo religioso e alguns pólos monumentais serviam de mero complemento aos pacotes que a capital oferecia aos visitantes estrangeiros. Hoje, a oferta cultural integrada, o agroturismo, o enoturismo, o turismo rural e de habitação, o turismo gastronómico, assim como a aposta no turismo de natureza, em particular nas praias fluviais, tem tornado cada vez mais apetecível a nossa região para os viajantes nacionais, assim como para os estrangeiros. Num sector que se sabe ser dos de maior crescimento à escala global, no presente e no futuro, a afirmação da nossa marca e da nossa imagem são a prova de que não devemos temer nenhum desafio com que o advir nos possa ainda surpreender.


18 | O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009

ENTREVISTA

Carlos Zorrinho Secretário de Estado da Energia e da Inovação

No novo equilíbrio as soluções por medida criarão mais valor

Estamos num ponto de viragem da economia global, emergindo depois da crise um novo paradigma de economia sustentável, em que a diferença é feita pela capacidade de inovar. São palavras do sr. Secretário de Estado. Quer aprofundar esta ideia? A crise global que afecta a economia do mundo obriga a repensar os modelos de regulação e de afectação dos recursos. No novo equilíbrio as soluções por medida, adaptadas às necessidades de cada nicho de mercado e optimizadas no consumo de recursos finitos serão mais procuradas e criarão mais valor. Por isso, para alêm de ter conhecimento, tecnologia e vontade de fazer diferente, a chave do sucesso é a forma como se usa o conhecimento e a tecnologia e como se inova nos produtos, no seu uso e na escolha dos mercados alvo. Em sintese, é preciso complementar o conhecimento e tecnologia que está cada vez mais disponível em portugal e mundo, com identidade, mobilidade e criatividade. A boa noticia é ques estes factores críticos na nova economia são factores de que Portugal está bem dotado. Temos por isso razões e vantagens em acreditar e confiar. Considera que o tecido económico e social português integrou a agenda do plano tecnológico? As empresas estão hoje mais despertas para a inovação? São os Rankings internacionais que o conprovam. Desde que a agenda do Plano Tecnológico está em aplicação Portugal subiu 9 lugares no European Inovation Scoreboard da União Europeia. Somos hoje em termos de inovação um País lider de crescimento no grupo dos inovadores moderados. Temos os melhores indicadores de inovação dos Países do Sul da Europa e no recente concurso do Sistema de Incentivos à Inovação no âmbito do QREN foram aprovados 250 projectos mobilizando 400 milhões de Euros de fundos públicos e 640 milhões de euros de investimento total, prevendo-se um umpulso nas exportações de 1350 milhões de Euros. É possível criar uma economia inovadora num contexto de moderação salarial? O modelo estruturante das economias

inovadoras é diferente das economias tradicionais. A designada moderação salarial tem aqui um peso menor dado que os rendimentos resultam mais da criação de valor do que do esmagamento dos custos. Desafiante vai ser lidar com o menos fluxo de recursos disponíveis na economia enquanto não se ultrapasar este ciclo de crise. A aposta numa economia inovadora implica mais do que nunca escolhas e rigor, com um foco na investigação e no desenvolvimento e na avaliação permanente do seu impacto na criação de valor para a economia. A despesa em I&D ascendeu em 2008 a 1,51 por cento do PIB. É um montante suficiente? Portugal tem conseguido encurtar distâncias relativamente aos seus parceiros europeus? Fomos o País da UE que fez maior progresso relativo neste indicador nos últimos anos, com a particularidade do investimento privado ter suplantado o investimento público. Estamos no bom caminho mas queremos continuar a melhorar. A UE mantêm na Estratégia Europa 2020 a meta de Barcelona (3% do PIB em ID) e Portugal tudo fará para a atingir até essa data, atingindo 1% do PIB em investimento público em ID e 2% em investimento privado.

A reduzida capacidade de investimento nas empresas e a escassa disponibilidade da banca para conceder crédito podem atrasar este percurso? Claro que é um forte constrangimento, mas que não durará para sempre.É dificil no actual contexto ter cenários sobre os timings da recuperação consolidada da nossa economia dada a sua forte dependência de factores externos, mas no horizonte de 2020 não podemos deixar de ser ambiciosos, mantendo o esforço e a pressão nos momentos difíceis para estarmos melhor colocados para aproveitar a dinâmica de recuperação quando ela se consolidar na Europa e no mundo. Quanto à inovação, qual o papel destinado aos pólos e clusters que têm vindo a ser criados no âmbito do QREN? É um papel fundamental. A internacionalização e o aumento das exportações é crítica para a economia portuguesa. Para isso a dimensão competitiva é determinante e por isso a agenda do Plano Tecnológico tem dado tanto ênfase à consolidação das redes de eficiência colectiva como são os pólos e os Clusters. Os pólos e os clusters têm tido níveis diferenciados de aprofundamento, mas temos já exemplos de boas


O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009 |

práticas que mostram que a coopetição activa é o caminho para o sucesso internacional das empresas portuguesas. Há dinheiro para os projectos das redes de nova geração, mobilidade eléctrica e energias renováveis ou, pelo contrário, podem ser condicionados pelas medidas de austeridade e combate ao défice? É em tempos de carência de recursos que é mais importante fazer apostas focadas e apostar em escolhas diferenciadoras. Os projectos referidos ilustram áreas em que Portugal está a fazer uma aposta deteminada de liderança e são por isso prioritários na mobilização de fi-

nanciamentos, sendo também projectos com elevado potencial de retorno em prazo curto. Em quanto tempo espera que a Estratégia Nacional para a Energia comece a produzir efeitos substanciais na balança comercial? A Estratégia Nacional de Energia já começou a ter impactos significativos na nossa balança comercial. Exemplo disso é o crescimento das exportações neste cluster industrial, com taxas bem acima da média global, já ela muito positiva nos primeiros cinco meses deste ano e o facto da produção de electricidade com recursos renováveis ter evitado a importação neste mesmo período de 500 milhões de euros em

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combustíveis fósseis. O funcionamento dos mercados da electricidade e do gás natural tem sido criticado por pequenos e médios empresários. Qual o impacto previsto das novas regras de tarifas? Está em curso uma reforma do mercado da electricidade aumentando os níveis de concorrência e criando mecanismos de mercado similares aos praticados noutros países da UE e em especial em Espanha, de forma a que para além de preços competitivos de que na generalidade dispõe, a indústria aceda mais facilmente a outros mecanismos de competitividade associados à gestão integrada do seu sistema energético.


20 | O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009

ENTREVISTA

Mira Amaral Administrador de empresas

A ligação ao cliente, a marca... tudo isso é a indústria dos nossos dias”

As medidas de austeridade já conhecidas chegam para resolver a crise? O que foi feito em termos do programa de estabilidade e crescimento é insuficiente. É preciso cortar organismos públicos, institutos públicos, empresas públicas, empresas municipais, tudo isso que se reproduziu como cogumelos e que são socialmente injustificáveis, não têm razão de existir. O Estado ainda não começou a sua cura de emagrecimento. É preciso começar a mexer a sério do lado da despesa. O país não tem dinheiro e o financiamento bancário está difícil. O que devem fazer os empresários neste contexto? Os bancos estão sem liquidez, as taxas de juro para as empresas vão subir e as empresas nesta fase se calhar não vão ter infelizmente capacidade de fazer grandes investimentos. Vão precisar de alguma prudência nos compromissos financeiros assumidos. O investimento vai ser mais difícil e mais caro. É fundamental, mas pela via da situação a que se deixou chegar este país também se afecta a capacidade de as empresas investirem e criarem o seu próprio futuro. Estas restrições financeiras, a situação de liquidez a que banca chegou obviamente que afecta a capacidade de crescimento das empresas.

a classe política fala em exportações, mas esquece-se de criar condições de competitividade à economia portuguesa.

Quem é responsável? O famoso bloco central político-financeiro que manda neste país é responsável pela situação em que estamos, incluindo alguns banqueiros.

Há custos de contexto demasiado elevados? Todos os problemas da educação e formação profissional, da legislação laboral, da justiça económica, da burocracia e da administração pública, da má qualidade de serviço que a EDP e a PT prestam às pequenas e médias empresas, todas estas questões têm que ser resolvidas. É responsabilidade dos dirigentes do nosso país porem estas coisas a funcionar, sem as quais as pequenas e médias empresas têm grandes dificuldades.

O Governo tem apelado ao aumento das exportações e da base de empresas exportadoras, mas a maioria das empresas nacionais tem uma dimensão muito pequena à escala global. Esta tese da exportação tem que pressupor antes aumento da competitividade, produtos e serviços que sejam vendáveis nos mercados internacionais. Não basta pedir que se exporte, é preciso ter preocupações de competitividade. E normalmente

Como é que se cria uma cultura de inovação nas empresas? Não há nenhuma fórmula mágica. Tem que haver uma atitude pedagógica das elites e dos governos de explicarem que a inovação hoje em dia é fundamental para as empresas se diferenciarem da concorrência e sem isso não são competitivas. Uma empresa para inovar não precisa de fazer ciência e tecnologia, tem é que inovar nos modelos de negócio, relações com os

clientes, diferenciar-se da concorrência. As análises que são feitas é que o país evoluiu muito na investigação científica e tecnológica, começamos a estar quase a níveis europeus, agora em termos de inovação estamos ainda a níveis infra-europeus. E não se vê o Ministério da Economia no terreno a fazer essa pedagogia no terreno. É preciso explicar aos empresários que eles têm que inovar constantemente. Acha que de um modo geral as empresas se preocupam mais com o desenvolvimento de produto e serviço e menos com serem inovadoras no modelo de negócio? Depende. Havia antigamente, e no sector têxtil, quem se preocupava muito com o produto e não com a ligação comercial e a distribuição. Já temos evoluído, mas ainda muito tem que se fazer em termos de circuito de distribuição, imagem e marcas porque hoje em dia a indústria não é só fazer um produto industrial, é preciso ter serviços. A ligação ao cliente, os serviços de manutenção e pós-venda, a marca, tudo isso é a indústria dos nossos dias. Uma economia desenvolvida e empresas sofisticadas não se preocupam só com a actividade manufactureira, preocupam-se com a concepção


e engenharia de desenvolvimento a montante da produção industrial e preocupam-se com a marca, com a ligação ao cliente. Nesse sentido, muitas vezes, para atingir mercados mais vastos, tem que existir cooperação entre as empresas, que são de pequena dimensão. Os empresários devem estar mais abertos a fusões? Não digo fusões numa primeira fase, mas esquemas de cooperação e criação de redes para o mercado externo são fundamentais. Se funcionar bem e as pessoas se entenderem logo verão uma segunda fase de fusão. Como é que motivam equipas e se remuneram pessoas num contexto de apelo à moderação salarial? Em termos de empresas do futuro, o país não vai ser competitivo através de mão-de-obra barata. Temos de apostar num modelo de competências e qualidade. O problema é que em empresas de sectores tradicionais o mais elementar realismo, prudência e bom senso implica que haja moderação salarial. w


22 | O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009

ENTREVISTA

Basílio Horta Presidente da AICEP

Acredito na dinâmica de internacionalização das nossas empresas”

Em que países ou regiões está a AICEP a concentrar os seus esforços de promoção das empresas portuguesas em 2010, nomeadamente com reforço de equipas, acções ou instalações? Porquê? Com a grave crise económica e financeira que estamos a atravessar desde finais de 2008 registou-se uma forte contracção do comércio comunitário e global, tendo as exportações portuguesas sido severamente afectadas. Ao mesmo tempo que procuramos segurar e se possível reforçar a nossa posição nos mercados tradicionais, a AICEP tem vindo a intensificar a estratégia traçada ainda antes da eclosão da crise no sentido da procura de novos mercados, estratégia que tem sido secundada pelas empresas exportadoras. Os destinos a que temos apontado são a América Latina (Brasil e Venezuela, entre outros), os PALOP (em especial, Angola), o Magrebe (Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia), e Ásia (China, Índia e Singapura/Malásia). A Rússia e o Leste europeu estão também no nosso foco. De forma mais específica, Angola é um mercado que a AICEP considera fundamental e onde pensa inaugurar, brevemente, uma representação em Benguela. A Ásia / Oriente tem-nos também merecido particular atenção: em Singapura abrimos recentemente um Centro de Negócios que cobre igualmente a Malásia e a Tailândia; o mesmo aconteceu na Índia, com a abertura de uma Representação em Nova Deli; na China abrimos, já há cerca de três anos, um Centro de Negócios em Xangai, ao qual reporta o Escritório recentemente aberto em Pequim (bem como o Escritório em Macau pré-existente); nesta área geográfica temos também previsto a abertura de uma representação na Indonésia, ainda no decurso de 2010. Quais são os novos mercados que os empresários portugueses devem rapidamente estudar e explorar? Como referi, há oportunidades em diversas geografias que os empresários poderão

explorar. Aliás, essa tem vindo a ser a aposta estratégica das empresas: procura de novos mercados em economias mais dinâmicas. É neste contexto que nos congratulamos por assistir a um aumento das exportações Portuguesas. Com efeito, segundo últimos dados do INE, entre Janeiro a Abril de 2010, observou-se um aumento de 15,2% das exportações portuguesas, face a igual período de 2009, com as vendas intracomunitárias e extra comunitárias a crescerem 14,0% e 19,0%, respectivamente. Na base deste comportamento das vendas ao exterior encontra-se o aumento da procura externa materializado não só pela recuperação na UE, mas também e muito nos mercados extra comunitários. Qual o papel que Portugal pode desempenhar como pivot no relacionamento entre a China, Brasil, Angola e Estados Unidos? Na constelação de relacionamentos internacionais a que pertence, Portugal ligase a todos estes países por fortes laços de amizade e de cooperação nos campos político, económico e histórico-cultural. O facto destas relações privilegiadas tecidas ao longo da nossa história favorecer o diálogo e a

aproximação com e entre estes países, não nos outorga, julgo eu, um estatuto de pivot, mas sim de parceiro empenhado em dar o seu melhor contributo para fomentar a cooperação internacional. Nos diferentes fóruns internacionais em que está envolvido, nomeadamente no quadro da CPLP, da União Europeia e da Nato – para citar apenas alguns – Portugal procura activamente usar da melhor maneira possível as suas capacidades para alcançar estes objectivos, funcionando como uma espécie de plataforma de entendimento intercontinental, no quadro da Europa e da CPLP. No domínio das relações económicas, principal área de intervenção da AICEP, temos procurado utilizar este nosso potencial para estreitar relações e dinamizar a cooperação económica e empresarial. O exemplo mais recente desta envolvência e que se saldou por um grande êxito, foi a realização em Lisboa, em finais de Junho, do Encontro Empresarial para a Cooperação Económica entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Este encontro promovido pela AICEP reuniu centenas de empresários da China e dos países da lusofonia e constituiu mais uma excelente ocasião para incentivar a cooperação comercial e desenvolver projectos


O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009 |

de interesse comum que contribuirão para o desenvolvimento das economias deste grupo de países. Simultaneamente, reforçou-se o relacionamento entre os Organismos de Promoção do Comércio, Investimentos e Câmaras de Comércio dos países parceiros com o objectivo de estimular parcerias bilaterais ou multilaterais entre os diferentes agentes económicos dos países participantes. As dificuldades de financiamento das empresas podem comprometer o esforço nacional para aumentar as exportações? Quando há falta ou dificuldades de financiamento, de uma forma geral, aumentam

as dificuldades de funcionamento das empresas, com óbvios reflexos nos respectivos processos de internacionalização. Desde que a grave crise internacional eclodiu, assistimos a uma retracção muito forte dos mercados internacionais e a uma enorme perturbação do mundo financeiro. Estas situações representam, aliás, o cerne da crise que nos está a afectar. Mas não será pelas dificuldades de financiamento às empresas com produção e mercado que a situação se agravará. Assim, espero que nunca se possa afirmar que o esforço nacional para aumentar as exportações esteja comprometido por dificuldades de financiamento. Os sinais de recu-

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peração – de recuperação lenta, é certo – da economia portuguesa são animadores. Voltamos a ter este ano um ligeiro crescimento económico (que ainda assim é o 3º melhor da Zona Euro) e um aumento das nossas exportações. Com a estabilização e recuperação dos mercados, com a retoma económica internacional que se deseja, a par do esforço de diversificação dos mercados de destino das nossas exportações e a política de adaptação inteligente das nossas empresas às sempre renovadas situações dos mercados, acredito na reposição da forte dinâmica de internacionalização das nossas empresas antes da crise.


24 | O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009

EXCELÊNCIA

AS 10 MELHORES EMPRESAS N.º

NOME DA EMPRESA

CONCELHO

POSIÇÃO RANKING

1

SUGALIDAL-INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO

BENAVENTE

5

2

PEGOP-ENERGIA ELÉCTRICA

ABRANTES

37

3

RODOVIÁRIA DO TEJO

TORRES NOVAS

18

4

INTERTELHA-INDÚSTRIA DE COBERTURAS

OURÉM

40

5

J.J.LOURO PEREIRA

SANTARÉM

14

6

RENOVA-FÁBRICA DE PAPEL DE ALMONDA

TORRES NOVAS

4

7

VIBEIRAS-SOCIEDADE COMERCIAL DE PLANTAS

TORRES NOVAS

26

8

O CEREAL-INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CEREAIS

RIO MAIOR

15

9

STR-SOCIEDADE DE TABACOS DO RIBATEJO

CHAMUSCA

24

10

AGROMAIS-ENTREPOSTO COMERCIAL AGRÍCOLA

TORRES NOVAS

30

Cumpridos sete anos de realização da iniciativa de escolher as Melhores Empresas do Distrito de Santarém, com base nos resultados obtidos pelas empresas e publicados nos seus Balanços e Demonstração de Resultados, voltámos a actualizar os critérios de escolha. A primeira etapa eliminou das 100 candidatas as que não reuniram os quatro primeiros critérios básicos: - Forneceram dados completos dos 2 últimos exercícios. - Obtiveram resultados líquidos positivos no exercício de 2008. - Registaram um crescimento do VAB superior à inflação. Tiveram um Volume de Negócios superior a 15 milhões de euros. Ultrapassaram estes critérios um total de 19 empresas que entraram para o cálculo da melhor, analisados os seus resultados nos seguintes sete indicadores de gestão.

corpora o conceito de dinamismo da empresa. - Rentabilidade dos Capitais Próprios – que mede o “prémio” que a empresa dá aos seus accionistas. - Autonomia Financeira – que mede o equilíbrio financeiro da empresa. - Produtividade Real (VAB / Nº.Trabalhadores) – resultado da excelência de gestão. - Geração de Emprego – revelando responsabilidade social da empresa. Pontuámos com 10 pontos a empresa líder em cada critério e com 1 ponto a empresa que ocupa o lugar 10 e logicamente com valores intermédios as empresas situadas entre os lugares 2 e 9 em cada critério. As empresas situadas a partir da posição 11 não foram pontuadas. Somando a pontuação obtida nos seis critérios obtemos a pontuação total, que permite estabelecer o ranking das 10 Melhores Empresas. E que são as constantes do quadro anexo.

- Valor Acrescentado Bruto (VAB) – que permite considerar a contribuição da empresa à economia nacional e distrital.

Comparativamente com os dados do ano anterior, apenas três empresas se mantém entre as dez melhores em 2009, são elas a Rodoviária do Tejo, a Renova e a Vibeiras.

- Aumento de Volume de Negócios – que in-

IF4-Processamento de Informações, Lda.



26 | O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009

LISTAGEMGERAL AS 100 MAIORES EMPRESAS segundo o volume de negócios de 2009

N.º 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

NOME DE EMPRESA TEJO ENERGIA - PRODUÇÃO DISTRIB. ENERGIA ELÉCTRICA CONSTRUTORA ABRANTINA CARNES DO CONTINENTE RENOVA - FÁBRICA DE PAPEL DE ALMONDA SUGALIDAL - INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO PETROIBÉRICA - SOCIEDADE PETRÓLEOS IBEROLATINAS VICTOR GUEDES - INDÚSTRIA E COMÉRCIO MITSUBISHI FUSO TRUCK EUROPE - SOCIEDADE EUROPEIA DE AUTOMÓVEIS SAPROGAL PORTUGAL-AGRO PECUÁRIA DAI - SOC. DE DESENVOLVIMENTO AGRO-INDUSTRIAL TEGAEL - TELECOMUNICAÇÕES,GÁS E ELECTRICIDADE CAIMA - INDÚSTRIA DE CELULOSE RIBACARNE - MATADOURO REGIONAL DO RIBATEJO NORTE J.J. LOURO PEREIRA O CEREAL - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CEREAIS J.JUSTINO DAS NEVES AQUINO CONSTRUÇÕES RODOVIÁRIA DO TEJO CARNES VALINHO SCAGEL - SOCIEDADE DE ALIMENTOS CONGELADOS BONDUELLE - AGRO INDÚSTRIA TORRIBA - ORGANIZACÃO PRODUTOS HORTOFRUTÍCOLAS AGRUPALTO - AGRUPAMENTO DE PRODUTORES AGROPECUÁRIOS STR - SOCIEDADE DE TABACOS DO RIBATEJO LUSICAL - COMPANHIA LUSITANA DE CAL VIBEIRAS - SOCIEDADE COMERCIAL DE PLANTAS RAÇÕES ZÊZERE TRANSPORTES BROLIVEIRA ARROZEIRAS MUNDIARROZ AGROMAIS - ENTREPOSTO COMERCIAL AGRÍCOLA MARSIPEL - INDÚSTRIA DE CURTUMES SILVEX - INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS E PAPÉIS CITAVES - PRODUÇÃO E ABATE DE AVES PERES-SOCTIP - INDUSTRIAS GRÁFICAS LUSOFANE MONLIZ - PRODUTOS ALIMENTARES MONDEGO LIZ PEGOP - ENERGIA ELÉCTRICA RAÇÕES PROGADO CENTRO-SUL COMAVE DO ZÊZERE - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE AVES INTERTELHA - INDÚSTRIA DE COBERTURAS TAGUSGÁS - EMPRESA DE GÁS DO VALE DO TEJO GOMA CAMPS PORTUGAL ENOPORT - PRODUÇÃO DE BEBIDAS ROQUES VALE DO TEJO - COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS VENTALCO - FABRICO E COMÉRCIO DE RAÇÕES DIGIDELTA INTERNACIONAL IMP. EXP. TORRESTERRA - SOCIEDADE DE CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIA PRADO KARTON SECAGRO - SECAGEM COMERCIALIZAÇÃO PRODUTOS AGRÍCOLAS SABAMAR - SOCIEDADE INDUSTRIAL DE PEIXE

CONCELHO ABRANTES ABRANTES SANTARÉM TORRES NOVAS BENAVENTE OURÉM ABRANTES ABRANTES CARTAXO CORUCHE CORUCHE CONSTÂNCIA TOMAR SANTARÉM RIO MAIOR OURÉM OURÉM TORRES NOVAS SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM SALVATERRA DE MAGOS BENAVENTE CHAMUSCA SANTARÉM TORRES NOVAS FERREIRA DO ZÊZERE OURÉM CORUCHE TORRES NOVAS ALCANENA BENAVENTE TOMAR BENAVENTE SANTARÉM ALPIARÇA ABRANTES RIO MAIOR FERREIRA DO ZÊZERE OURÉM SANTARÉM CONSTÂNCIA RIO MAIOR SANTARÉM BENAVENTE TORRES NOVAS ENTRONCAMENTO TOMAR SANTARÉM BENAVENTE

CÓD. SECTOR

VOL. NEG. 2009

VOL. NEG. 2008

730036 530055 312043 343018 314002 627036 611225 384026 317042 315001 550020 341001 312028 332008 611202 625018 510007 710033 312005 611167 110016 130019 618003 618136 363013 629014 312025 710046 611026 611009 323010 343020 110006 342013 356015 314001 730026 317037 312008 371016 730035 341006 313023 626242 317048 628010 530250 343017 611171 611164

228.398 144.425 135.489 117.389 105.482 100.316 86.393 79.853 78.548 67.172 52.693 45.655 40.901 40.126 39.319 36.570 35.903 34.397 33.520 32.108 29.830 28.799 27.943 27.094 26.745 26.251 25.707 25.666 25.551 25.089 25.072 23.817 23.633 22.644 22.594 22.118 21.851 20.172 19.041 18.967 18.902 17.945 16.850 16.118 15.411 15.122 14.951 14.246 14.011 13.946

254.721 153.629 133.262 108.367 64.884 110.491 105.904 197.066 90.604 63.611 29.589 53.553 54.112 34.781 31.635 68.034 38.779 33.758 28.809 34.872 27.862 24.298 21.878 24.063 21.035 28.522 30.652 38.763 24.301 21.953 21.305 25.417 14.899 28.898 22.650 19.278 27.825 17.289 12.465 19.329 17.112 18.609 15.640 18.337 15.980 11.309 16.075 18.662 17.767


O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009 |

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QUEM ESTÁ NA LISTA A informação apresentada sobre as 100 Maiores Empresas do Distrito de Santarém é da responsabilidade da IF4 - Processamento de Informações Lda. Esta empresa especializada solicita anualmente às empresas informação quantitativa. A generalidade das empresas responde atempadamente, permitindo assim a apresentação detalhada e actualizada das 100 Maiores, ordenadas pelo respectivo volume de negócios do exercício anterior. No entanto, algumas empresas mostram indisponibilidade em fornecer elementos, ou enviam-nos tardiamente, inviabilizando a sua entrada para o “ranking” das 100 Maiores. Sabemos, pelo conhecimento do nosso tecido empresarial, que subsiste um conjunto de empresas cujo volume de negócios em 2009 também justificaria a sua presença entre as 100 Maiores. A essas empresas, que não tiveram oportunidade de enviar os dados referentes ao exercício de 2009 ou que, por lapso, não chegaram a ser contactadas nesse sentido, o jornal O RIBATEJO solicita o envio da respectiva informação financeira, que dela daremos conta numa próxima edição. •

CRESC. VOL. NEG. (VN09/VN08) -10,33 -5,99 1,67 8,33 62,57 -9,21 -18,42 -59,48 -13,31 5,60 78,08 -14,75 -24,41 15,37 24,29 -46,25 -7,42 1,89 16,35 -7,93 7,06 18,52 27,72 12,60 24,80 -9,87 -16,27 -34,08 3,24 14,21 11,79 -7,02 51,98 -21,81 -2,35 13,35 -27,50 10,13 52,16 -2,21 4,87 -9,45 3,06 -15,96 -5,37 32,20 -11,38 -24,92 -21,51

ACTIVO 2009

RES. LIQ 2009

904.231 248.411 13.836 99.754 105.637 27.244 22.512 40.046 34.539 30.188 58.513 48.439 35.290 30.201 5.566 48.330 38.350 35.074 20.127 18.108 26.181 5.147 6.329 2.082 34.375 18.430 25.704 21.603 19.014 11.876 34.545 12.125 12.486 44.746 22.186 28.428 11.017 18.667 6.056 14.668 78.112 13.223 21.301 5.531 6.020 19.039 11.897 12.970 3.084 10.475

27.317 -5.022 2.488 4.967 8.044 1.303 978 4.311 2.262 -3.768 354 -5.430 58 3.032 336 202 179 3.147 191 17 1.903 42 0 93 5.240 1.317 724 1.173 451 75 856 47 -1.077 -754 112 5.803 20 703 1.883 1.217 -340 -38 47 166 491 44 -206 -11 10

CAP. PRÓPRIO 2009 132.983 40.567 2.588 63.910 20.733 7.768 3.014 14.967 15.781 39.524 9.011 25.515 6.631 13.061 1.344 22.722 8.548 16.122 4.736 1.544 12.227 972 60 1.150 27.359 4.555 4.496 15.277 5.084 10.985 3.728 3.136 4.863 5.969 7.727 5.922 7.097 1.721 5.824 12.650 3.190 7.228 400 1.153 4.990 2.807 4.584 1.109 2.827

N.º TRAB 2009 9 401 536 648 322 63 89 346 166 148 337 226 146 770 16 35 228 647 87 90 143 10 6 15 44 349 34 50 18 226 165 259 66 140 139 73 130 48 31 77 69 50 11 62 1 114 14 45

EXPORT 2009

AUT. FINC (CP/ACT)

72 34.236 82.552 473 2.625 46.175 23.401 35.312 1.083 1.773 124 216 19 2.312 208 563 34 3.387 53 3.735 98 2.181 4.462 13.161 320 35 3.789 43 3.504 5.593 255

14,71 16,33 18,70 64,07 19,63 28,51 13,39 37,37 45,69 130,93 15,40 52,67 18,79 43,25 24,15 47,01 22,29 45,97 23,53 8,53 46,70 18,88 0,95 55,24 79,59 24,72 17,49 80,35 42,81 31,80 30,75 25,12 10,87 26,90 27,18 53,75 38,02 28,42 39,71 16,19 24,12 33,93 7,23 19,15 26,21 23,59 35,34 35,96 26,99

RENTAB. ACTIVO (RL/ACT) 3,02 -2,02 17,98 4,98 7,61 4,78 4,34 10,77 6,55 -12,48 0,60 -11,21 0,16 10,04 6,04 0,42 0,47 8,97 0,95 0,09 7,27 0,82 0,00 4,47 15,24 7,15 2,82 6,17 3,80 0,22 7,06 0,38 -2,41 -3,40 0,39 52,67 0,11 11,61 12,84 1,56 -2,57 -0,18 0,85 2,76 2,58 0,37 -1,59 -0,36 0,10

RENTAB. C. PROP. (RL/CP) 20,54 -12,38 96,14 7,77 38,80 16,77 32,45 28,80 14,33 -9,53 3,93 -21,28 0,87 23,21 25,00 0,89 2,09 19,52 4,03 1,10 15,56 4,32 0,00 8,09 19,15 28,91 16,10 7,68 8,87 0,68 22,96 1,50 -22,15 -12,63 1,45 97,99 0,28 40,85 32,33 9,62 -10,66 -0,53 11,75 14,40 9,84 1,57 -4,49 -0,99 0,35

RENTAB. VN (RL/VN) 11,96 -3,48 1,84 4,23 7,63 1,30 1,13 5,40 2,88 -5,61 0,67 -11,89 0,14 7,56 0,85 0,55 0,50 9,15 0,57 0,05 6,38 0,15 0,00 0,34 19,59 5,02 2,82 4,59 1,80 0,30 3,59 0,20 -4,76 -3,34 0,51 26,56 0,10 3,69 9,93 6,44 -1,89 -0,23 0,29 1,08 3,25 0,29 -1,45 -0,08 0,07

ROT. ACTIVO (VN/ACT) 0,25 0,58 9,79 1,18 1,00 3,68 3,84 1,99 2,27 2,23 0,90 0,94 1,16 1,33 7,06 0,76 0,94 0,98 1,67 1,77 1,14 5,60 4,42 13,01 0,78 1,42 1,00 1,19 1,34 2,11 0,73 1,96 1,89 0,51 1,02 0,78 1,98 1,08 3,14 1,29 0,24 1,36 0,79 2,91 2,56 0,79 1,26 1,10 4,54 1,33

PROD. APAR (VN/NT) 25.378 360 253 181 328 1.592 971 231 473 454 156 202 280 52 2.457 1.045 157 53 385 357 209 2.880 4.657 1.806 608 75 756 511 1.394 105 143 87 342 158 157 276 146 395 610 233 244 322 1.401 244 14.951 125 1.001 310 valores em milhares de euros


28 | O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009

LISTAGEMGERAL AS 100 MAIORES EMPRESAS segundo o volume de negócios de 2009

N.º 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100

NOME DE EMPRESA AGRO INDUSTRIAL DO SOBRAL ECOLEATHER - INDÚSTRIA COMÉRCIO DE CURTUMES UNIPESSOAL PITORRO - MOAGEM DE CEREAIS LUSOCOLCHÃO - FÁBRICA DE COLCHÕES SANFILCO - COMÉRCIO E DISTRIBUIÇÃO SICARZE - SOCIEDADE INDUSTRIAL DE CARNES DO ZÊZERE TECNOREM - ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES MARINHAVE - SOCIEDADE AGRO-AVÍCOLA VIGOBLOCO PRÉ-FABRICADOS VERDASCA & VERDASCA CURTUMES BOAVENTURA INCOMPOL - INDÚSTRIA DE COMPONENTES PORTO ALTO - RAÇÕES PARA ANIMAIS SIBELCO PORTUGUESA RSA - RECICLAGEM SUCATAS ABRANTINA RADINU - COMÉRCIO POR GROSSO DE BACALHAU E AFINS OLITREM - INDÚSTRIA REFRIGERAÇÃO ANÍBAL CARVALHO & FILHOS AVIÁRIO SANTA CITA - ANTÓNIO JACINTO FERREIRA GROU & GROU EUROBATATA - COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTARES FAMETAL - FÁBRICA PORTUGUESA ESTRUTURAS METÁLICOS MAROUÇO ALAÇO - REVESTIMENTOS METÁLICOS CURTUMES IBÉRIA RAMECEL - REDE ABASTECEDORA MERCEARIAS DO CENTRO COMPANHIA DAS LEZÍRIAS MADECA - MADEIRAS DE CAXARIAS EPORIPAL - EMPRESA PORTUGUESA IMPORTAÇÃO PRODUTOS AGRÍCOLAS AJIBITA - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO ELECTROTEJO - INSTALAÇÕES E MONTAGENS TÉCNICAS ADEGA COOPERATIVA DE ALMEIRIM CASA DAS PELES - CONFECÇÕES INDUCOL - INDÚSTRIA PELETEIRA CRUZ COSTA JORGE HONÓRIO SILVA & FILHO BORREGO LEONOR & IRMÃO URBITORRES - EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS ARTIMOL - ARTIGOS DE MOBILIÁRIO FERROTEMPLÁRIOS - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO FLEXIMOL - SUSPENSÕES PARA VEÍCULOS INVEPE - INDÚSTRIA DE VEÍCULOS PESADOS MERCAR - SOCIEDADE PORTUGUESA COM. REPARAÇÃO AUTOMÓVEIS MOVIPORTAS - FÁB. MÓVEIS E PORTAS DE RIO DE COUROS TFS - TRANSPORTES FRIGORÍFICOS DE SALVATERRA PROFIAL-PROFISSIONAIS DE ALUMÍNIO AJI - INDÚSTRIA DE MADEIRAS SITACO - SOCIEDADE INDUSTRIAL DE TACOS DE CORUCHE SOLADRILHO - SOCIEDADE CERÂMICA LADRILHOS URCAMAT - MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL TOMARPEÇAS - IMPORTAÇÃO DE PEÇAS DE AUTOMÓVEIS DE TOMAR

CONCELHO SANTARÉM ALCANENA SANTARÉM SANTARÉM OURÉM FERREIRA DO ZÊZERE OURÉM BENAVENTE OURÉM OURÉM ALCANENA BENAVENTE BENAVENTE RIO MAIOR ABRANTES SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM TOMAR SALVATERRA DE MAGOS RIO MAIOR OURÉM ALCANENA OURÉM ALCANENA OURÉM BENAVENTE OURÉM SALVATERRA DE MAGOS ABRANTES ALMEIRIM ALMEIRIM CARTAXO SANTARÉM CARTAXO ALMEIRIM ENTRONCAMENTO OURÉM TOMAR CARTAXO RIO MAIOR ABRANTES OURÉM SALVATERRA DE MAGOS OURÉM MAÇÃO CORUCHE ENTRONCAMENTO OURÉM TOMAR

CÓD. SECTOR 611008 323005 317029 329005 318003 312031 530201 611130 363024 363026 323002 371015 317030 240021 580046 611156 383062 626013 110002 357003 611072 381005 352002 379017 323003 611158 130009 331025 611283 530003 392002 313004 322008 323006 383032 612009 920051 331051 613016 384013 384019 626154 331032 712002 371023 331002 331043 361036 613054 626246

VOL. NEG. 2009 13.811 13.463 13.211 13.179 12.640 12.515 12.480 12.353 12.225 12.196 12.117 11.990 11.943 11.169 11.111 10.841 10.556 10.453 10.310 10.287 9.999 9.921 9.712 9.067 9.016 8.970 8.852 8.840 8.519 8.470 8.022 7.924 7.674 7.584 7.477 7.409 7.139 6.956 6.946 6.576 6.564 6.477 6.430 6.415 6.044 6.029 6.001 5.999 5.766 5.549

VOL. NEG. 2008 17.239 16.212 16.246 11.431 14.349 8.494 11.989 14.113 11.649 12.410 20.680 16.491 18.622 12.224 12.625 8.940 9.810 16.609 14.940 10.014 12.723 9.316 9.840 9.685 15.394 9.212 7.215 9.437 8.924 9.102 10.203 11.082 19.266 7.359 7.778 5.541 8.723 8.279 6.057 6.596


O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009 |

CRESC. VOL. NEG. (VN09/VN08) -19,89 -16,96 -18,88 10,58 -12,78 46,93 3,04 -13,38 4,70 -2,36 -42,02 -27,58 -40,33 -13,65 -17,20 15,32 4,86 -39,80 -33,59 -3,02 -29,14 -3,71 -10,04 -8,72 -44,98 -12,92 6,36 -19,64 -16,21 -18,60 -30,03 -37,32 -65,87 -11,99 -17,33 9,08 -30,88 -27,52 -4,80 -15,87

ACTIVO 2009

RES. LIQ 2009

2.636 10.438 5.180 10.662 1.520 14.011 17.609 29.129 17.399 9.657 12.776 23.559 7.487 11.016 10.201 10.137 11.777 5.602 16.204 3.863 8.675 9.992 10.251 9.609 13.811 7.289 41.675 9.010 4.097 12.917 11.431 22.077 11.401 18.125 7.630 3.842 5.374 10.678 9.598 14.613 6.779 3.716 6.747 6.274 4.257 9.379 4.209 22.138 5.001 11.625

211 20 188 509 184 71 365 549 513 410 232 -759 1 2.072 227 112 238 57 100 36 -166 6 52 126 23 1 140 28 2 -370 42 3 217 32 54 829 84 -891 -191 -2.074 -475 43 697 21 376 -274 3 18 21 7

CAP. PRÓPRIO 2009 2.115 2.301 2.256 6.503 907 3.208 3.557 8.698 5.171 2.637 5.136 8.299 176 7.665 3.728 2.546 5.335 3.267 3.523 1.111 3.805 3.905 2.682 6.752 7.255 4.137 34.973 3.815 316 2.326 5.077 3.203 4.279 7.704 1.646 2.989 795 3.478 1.796 3.046 110 1.440 6.230 632 1.327 1.479 1.877 4.868 1.150 2.073

N.º TRAB 2009 4 89 63 161 14 99 204 136 113 63 103 175 29 42 45 23 112 23 162 24 33 103 45 48 82 36 96 122 38 35 77 33 97 154 118 13 13 46 32 138 97 38 30 53 45 55 15 68 22 30

EXPORT 2009 41 2.264 174 10.919 1.973 84 1.919 809 47 2.783 2.045 1.544 1.881 5.098 6 191 1.062 248 762 438 1.853 53 32 3.692 114 194 782 84 99 4.281 66 10 133 4.913 248 257 1.337 148 879 549 -

AUT. FINC (CP/ACT) 80,24 22,04 43,55 60,99 59,67 22,90 20,20 29,86 29,72 27,31 40,20 35,23 2,35 69,58 36,55 25,12 45,30 58,32 21,74 28,76 43,86 39,08 26,16 70,27 52,53 56,76 83,92 42,34 7,71 18,01 44,41 14,51 37,53 42,50 21,57 77,80 14,79 32,57 18,71 20,84 1,62 38,75 92,34 10,07 31,17 15,77 44,59 21,99 23,00 17,83

RENTAB. ACTIVO (RL/ACT) 8,00 0,19 3,63 4,77 12,11 0,51 2,07 1,88 2,95 4,25 1,82 -3,22 0,01 18,81 2,23 1,10 2,02 1,02 0,62 0,93 -1,91 0,06 0,51 1,31 0,17 0,01 0,34 0,31 0,05 -2,86 0,37 0,01 1,90 0,18 0,71 21,58 1,56 -8,34 -1,99 -14,19 -7,01 1,16 10,33 0,33 8,83 -2,92 0,07 0,08 0,42 0,06

RENTAB. C. PROP. (RL/CP) 9,98 0,87 8,33 7,83 20,29 2,21 10,26 6,31 9,92 15,55 4,52 -9,15 0,57 27,03 6,09 4,40 4,46 1,74 2,84 3,24 -4,36 0,15 1,94 1,87 0,32 0,02 0,40 0,73 0,63 -15,91 0,83 0,09 5,07 0,42 3,28 27,74 10,57 -25,62 -10,63 -68,09 -431,82 2,99 11,19 3,32 28,33 -18,53 0,16 0,37 1,83 0,34

RENTAB. VN (RL/VN) 1,53 0,15 1,42 3,86 1,46 0,57 2,92 4,44 4,20 3,36 1,91 -6,33 0,01 18,55 2,04 1,03 2,25 0,55 0,97 0,35 -1,66 0,06 0,54 1,39 0,26 0,01 1,58 0,32 0,02 -4,37 0,52 0,04 2,83 0,42 0,72 11,19 1,18 -12,81 -2,75 -31,54 -7,24 0,66 10,84 0,33 6,22 -4,54 0,05 0,30 0,36 0,13

ROT. ACTIVO (VN/ACT) 5,24 1,29 2,55 1,24 8,32 0,89 0,71 0,42 0,70 1,26 0,95 0,51 1,60 1,01 1,09 1,07 0,90 1,87 0,64 2,66 1,15 0,99 0,95 0,94 0,65 1,23 0,21 0,98 2,08 0,66 0,70 0,36 0,67 0,42 0,98 1,93 1,33 0,65 0,72 0,45 0,97 1,74 0,95 1,02 1,42 0,64 1,43 0,27 1,15 0,48

29

PROD. APAR (VN/NT) 3.453 151 210 82 903 126 61 91 108 194 118 69 412 266 247 471 94 454 64 429 303 96 216 189 110 249 92 72 224 242 104 240 79 49 63 570 549 151 217 48 68 170 214 121 134 110 400 88 262 185

valores em milhares de euros


30 | O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009

MAIORESEMELHORES POR INDICADOR

EMPREGADORAS N.º

NOME DA EMPRESA

POSIÇÃO RANKING

N.º TRAB. 2009

1

J.J.LOURO PEREIRA

2

RENOVA-FÁBRICA DE PAPEL DE ALMONDA

648

4

3

RODOVIÁRIA DO TEJO

647

18

4

CARNES DO CONTINENTE

536

3

5

CONSTRUTORA ABRANTINA

401

2

6

VIBEIRAS-SOCIEDADE COMERCIAL DE PLANTAS

349

26

7

MITSUBISHI FUSO TRUCK EUROPE

346

8

8

TEGAEL-TELECOMUNICAÇÕES, GÁS E ELECTRICIDADE

337

11

9

SUGALIDAL-INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO

322

5

PERES-SOCTIP - INDÚSTRIAS GRÁFICAS

259

34

11

AQUINO CONSTRUÇÕES

228

17

12

CAIMA-INDÚSTRIA DE CELULOSE

226

12

13

SILVEX-INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS E PAPÉIS

226

32

14

TECNOREM-ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES

204

57

15

INCOMPOL-INDÚSTRIA DE COMPONENTES

175

62

10

770

14

RENTABILIDADE VOLUME DE NEGÓCIOS N.º

NOME DE EMPRESA

VOL. RES. LIQ NEG. 2009 2009

RENTAB. VN (RL/VN)

POSIÇÃO RANKING

1

PEGOP-ENERGIA ELÉCTRICA

21.851

5.803

26,56

37

2

LUSICAL-COMPANHIA LUSITANA DE CAL

26.745

5.240

19,59

25

3

SIBELCO PORTUGUESA

64

4

TEJO ENERGIA-PRODUÇÃO DISTRIB. ENERGIA ELÉCTRICA

5

11.169

2.072

18,55

228.398

27.317

11,96

1

BORREGO LEONOR & IRMÃO

7.409

829

11,19

86

6

MOVIPORTAS-FÁB. MÓVEIS E PORTAS DE RIO DE COUROS

6.430

697

10,84

93

7

INTERTELHA-INDÚSTRIA DE COBERTURAS

18.967

1.883

9,93

40

8

RODOVIÁRIA DO TEJO

34.397

3.147

9,15

18

9

SUGALIDAL-INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO

105.482

8.044

7,63

5

10

J.J.LOURO PEREIRA

40.126

3.032

7,56

14

11

TAGUSGÁS-EMPRESA DE GÁS DO VALE DO TEJO

18.902

1.217

6,44

41

12

BONDUELLE-AGRO INDÚSTRIA

29.830

1.903

6,38

21

13

PROFIAL-PROFISSIONAIS DE ALUMÍNIO

6.044

376

6,22

95

14

MITSUBISHI FUSO TRUCK EUROPE-SOC. EUROPEIA DE AUTOMÓVEIS

79.853

4.311

5,40

8

15

VIBEIRAS-SOCIEDADE COMERCIAL DE PLANTAS

26.251

1.317

5,02

26



32 | O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009

ROTAÇÃO DO ACTIVO N.º

NOME DE EMPRESA

1

STR-SOCIEDADE DE TABACOS DO RIBATEJO

2

CARNES DO CONTINENTE

3 4

VOL. NEG. 2009

ACTIVO 2009

ROT. ACTIVO (VN/ACT)

POSIÇÃO RANKING

27.094

2.082

13,01

24

135.489

13.836

9,79

3

SANFILCO-COMÉRCIO E DISTRIBUIÇÃO

12.640

1.520

8,32

55

O CEREAL-INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CEREAIS

39.458

5.566

7,09

15

5

TORRIBA-ORGANIZACÃO PRODUTOS HORTOFRUTICOLAS

28.799

5.147

5,60

22

6

AGRO INDUSTRIAL DO SOBRAL

13.811

2.636

5,24

51

7

SECAGRO-SECAGEM COMERC. PRODUTOS AGRÍCOLAS

14.011

3.084

4,54

49

8

AGRUPALTO-AGRUP. DE PRODUTORES AGROPECUÁRIOS

27.943

6.329

4,42

23

9

VICTOR GUEDES-INDÚSTRIA E COMÉRCIO

86.393

22.512

3,84

7

10

PETROIBÉRICA-SOCIEDADE PETRÓLEOS IBEROLATINAS

100.316

27.244

3,68

6

11

COMAVE DO ZÊZERE-INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE AVES

19.041

6.056

3,14

39

12

ROQUES VALE DO TEJO-COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS

16.118

5.531

2,91

44

13

GROU & GROU

10.287

3.863

2,66

70

14

VENTALCO-FABRICO E COMÉRCIO DE RAÇÕES

15.411

6.020

2,56

45

15

PITORRO-MOAGEM DE CEREAIS

13.211

5.180

2,55

53

CUSTOS COM PESSOAL N.º

NOME DE EMPRESA

CUSTOS PESSOAL 2009

POSIÇÃO RANKING

1

TEGAEL-TELECOMUNICAÇÕES, GÁS E ELECTRICIDADE

19.357

2

RENOVA-FÁBRICA DE PAPEL DE ALMONDA

16.232

11 4

3

CONSTRUTORA ABRANTINA

14.450

2

4

RODOVIÁRIA DO TEJO

13.814

18

5

J.J.LOURO PEREIRA

10.289

14

6

SUGALIDAL-INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO

8.340

5

7

CAIMA-INDÚSTRIA DE CELULOSE

8.216

12

8

MITSUBISHI FUSO TRUCK EUROPE-SOCIEDADE EUROPEIA DE AUTOMÓVEIS

8.138

8

9

CARNES DO CONTINENTE

7.230

3

10

PEGOP-ENERGIA ELÉCTRICA

6.981

37

11

PERES-SOCTIP - INDUSTRIAS GRÁFICAS

5.868

34

12

VIBEIRAS-SOCIEDADE COMERCIAL DE PLANTAS

5.018

26

13

SAPROGAL PORTUGAL-AGRO PECUÁRIA

4.914

9

14

AQUINO CONSTRUÇÕES

4.560

17

15

DAI-SOC.DE DESENVOLVIMENTO AGRO-INDUSTRIAL

4.179

10


O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009 |

RENTABILIDADE CAPITAIS PRÓPRIOS N.º

NOME DE EMPRESA

RES. LIQ. 2009

CAP. PRÓPRIO 2009

RENTAB. C. PROP. (RL/CP)

POSIÇÃO RANKING

1

PEGOP-ENERGIA ELÉCTRICA

5.803

5.922

97,99

2

CARNES DO CONTINENTE

2.488

2.588

96,14

3

3

COMAVE DO ZÊZERE-INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE AVES

703

1.721

40,85

39

4

SUGALIDAL-INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO

8.044

20.733

38,80

5

5

VICTOR GUEDES-INDÚSTRIA E COMÉRCIO

978

3.014

32,45

7

6

INTERTELHA-INDÚSTRIA DE COBERTURAS

1.883

5.824

32,33

40

7

VIBEIRAS-SOCIEDADE COMERCIAL DE PLANTAS

1.317

4.555

28,91

26

8

MITSUBISHI FUSO TRUCK EUROPE-SOC. EUROPEIA DE AUTOMÓVEIS

4.311

14.967

28,80

8

9

PROFIAL-PROFISSIONAIS DE ALUMÍNIO

376

1.327

28,33

95 86

10

BORREGO LEONOR & IRMÃO

11

SIBELCO PORTUGUESA

12

O CEREAL-INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CEREAIS

13

J.J.LOURO PEREIRA

14

SILVEX-INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS E PAPÉIS

15

TEJO ENERGIA-PRODUÇÃO DISTRIB.ENERGIA ELÉCTRICA

37

829

2.989

27,74

2.072

7.665

27,03

64

336

1.344

25,00

15

3.032

13.061

23,21

14

856

3.728

22,96

32

27.317

132.983

20,54

1

ACTIVOS N.º 1

NOME DA EMPRESA TEJO ENERGIA-PRODUÇÃO DISTRIB. ENERGIA ELÉCTRICA

ACTIVO 2009

POSIÇÃO RANKING

904.231

1 2

2

CONSTRUTORA ABRANTINA

248.411

3

SUGALIDAL-INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO

105.637

5

4

RENOVA-FÁBRICA DE PAPEL DE ALMONDA

99.754

4

5

TAGUSGÁS-EMPRESA DE GÁS DO VALE DO TEJO

78.112

41

6

TEGAEL-TELECOMUNICAÇÕES,GÁS E ELECTRICIDADE

58.513

11

7

CAIMA-INDÚSTRIA DE CELULOSE

48.439

12

8

J.JUSTINO DAS NEVES

48.330

16

9

PERES-SOCTIP - INDUSTRIAS GRÁFICAS

44.746

34

10

COMPANHIA DAS LEZÍRIAS

41.675

77

11

MITSUBISHI FUSO TRUCK EUROPE-SOC. EUROPEIA DE AUTOMÓVEIS

40.046

8

12

AQUINO CONSTRUÇÕES

38.350

17

13

RIBACARNE-MATADOURO REGIONAL DO RIBATEJO NORTE

35.290

13

14

RODOVIÁRIA DO TEJO

35.074

18

15

MARSIPEL-INDÚSTRIA DE CURTUMES

34.545

31

33


34 | O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009

CRESCIMENTO VOLUME DE NEGÓCIOS N.º

NOME DE EMPRESA

VOL. NEG. VOL. NEG. CRESC. VOL. NEG. 2009 2008 (VN09/VN08)

POSIÇÃO RANKING

1

SUGALIDAL-INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO

105.482

64.884

62,57

5

2

INTERTELHA-INDÚSTRIA DE COBERTURAS

18.967

12.465

52,16

40

3

PERES-SOCTIP - INDUSTRIAS GRÁFICAS

22.644

14.899

51,98

34

4

TECNOREM-ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES

12.480

8.494

46,93

57

5

TORRESTERRA-SOC. DE CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIA

14.951

11.309

32,20

47

6

AGRUPALTO-AGRUP. DE PRODUTORES AGROPECUARIOS

27.943

21.878

27,72

23

7

VIBEIRAS-SOCIEDADE COMERCIAL DE PLANTAS

26.251

21.035

24,80

26

8

O CEREAL-INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CEREAIS

39.458

31.726

24,37

15

9

TORRIBA-ORGANIZACÃO PRODUTOS HORTOFRUTICOLAS

28.799

24.298

18,52

22

10

CARNES VALINHO

33.520

28.809

16,35

19

11

J.J.LOURO PEREIRA

40.126

34.781

15,37

14

12

AVIARIO SANTA CITA-ANTONIO JACINTO FERREIRA

10.310

8.940

15,32

69

13

MARSIPEL-INDÚSTRIA DE CURTUMES

25.072

21.953

14,21

31

14

PEGOP-ENERGIA ELÉCTRICA

21.851

19.278

13,35

37

15

STR-SOCIEDADE DE TABACOS DO RIBATEJO

27.094

24.063

12,60

24

SOLVABILIDADE N.º

NOME DE EMPRESA

CAP. PRÓPRIO 2009

PASSIVO 2009

6.230

517

SOLVAB. (CP/PASS) 12,05

POSIÇÃO RANKING

1

MOVIPORTAS-FÁB.MÓVEIS E PORTAS DE RIO DE COUROS

93

2

COMPANHIA DAS LEZÍRIAS

34.973

6.702

5,22

77

3

ARROZEIRAS MUNDIARROZ

15.277

3.737

4,09

29

4

AGRO INDUSTRIAL DO SOBRAL

2.115

521

4,06

51

5

LUSICAL-COMPANHIA LUSITANA DE CAL

27.359

7.016

3,90

25

6

BORREGO LEONOR & IRMÃO

2.989

853

3,50

86

7

ALAÇO-REVESTIMENTOS METÁLICOS

6.752

2.857

2,36

74

8

SIBELCO PORTUGUESA

7.665

3.351

2,29

64

9

RENOVA-FÁBRICA DE PAPEL DE ALMONDA

63.910

35.844

1,78

4

6.503

4.159

1,56

54

10

LUSOCOLCHÃO-FÁBRICA DE COLCHÕES

11

SANFILCO-COMÉRCIO E DISTRIBUIÇÃO

907

613

1,48

55

12

ANIBAL CARVALHO & FILHOS

3.267

2.335

1,40

68

13

RAMECEL-REDE ABASTECEDORA MERCEARIAS DO CENTRO

4.137

3.152

1,31

76

14

STR-SOCIEDADE DE TABACOS DO RIBATEJO

1.150

932

1,23

24

15

PEGOP-ENERGIA ELÉCTRICA

5.922

5.095

1,16

37

CAPITAIS PRÓPRIOS N.º

NOME DE EMPRESA

CAP. PRÓPRIO 2009 132.983

POSIÇÃO RANKING

1

TEJO ENERGIA-PRODUÇÃO DISTRIB.ENERGIA ELÉCTRICA

1

2

RENOVA-FÁBRICA DE PAPEL DE ALMONDA

63.910

4

3

CONSTRUTORA ABRANTINA

40.567

2

4

DAI-SOC.DE DESENVOLVIMENTO AGRO-INDUSTRIAL

39.524

10

5

COMPANHIA DAS LEZÍRIAS

34.973

77

6

LUSICAL-COMPANHIA LUSITANA DE CAL

27.359

25

7

CAIMA-INDÚSTRIA DE CELULOSE

25.515

12

8

J.JUSTINO DAS NEVES

22.722

16

9

SUGALIDAL-INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO

20.733

5

10

RODOVIÁRIA DO TEJO

16.122

18

11

SAPROGAL PORTUGAL-AGRO PECUÁRIA

15.781

9

12

ARROZEIRAS MUNDIARROZ

15.277

29

13

MITSUBISHI FUSO TRUCK EUROPE-SOCIEDADE EUROPEIA DE AUTOMÓVEIS

14.967

8

14

J.J.LOURO PEREIRA

13.061

14

15

TAGUSGÁS-EMPRESA DE GÁS DO VALE DO TEJO

12.650

41


O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009 |

AUTONOMIA FINANCEIRA N.º

ACTIVO 2009

NOME DE EMPRESA

1

DAI-SOC.DE DESENVOLVIMENTO AGRO-INDUSTRIAL

2

MOVIPORTAS-FÁB. MÓVEIS E PORTAS DE RIO DE COUROS

3 4 5

AGRO INDUSTRIAL DO SOBRAL

6

LUSICAL-COMPANHIA LUSITANA DE CAL

7

BORREGO LEONOR & IRMÃO

8

ALAÇO-REVESTIMENTOS METÁLICOS

9

SIBELCO PORTUGUESA

10

RENOVA-FÁBRICA DE PAPEL DE ALMONDA

11

CAP. PRÓPRIO 2009

AUT. FINC (CP/ACT)

POSIÇÃO RANKING

30.188

39.524

130,93

10

6.747

6.230

92,34

93

COMPANHIA DAS LEZÍRIAS

41.675

34.973

83,92

77

ARROZEIRAS MUNDIARROZ

19.014

15.277

80,35

29

2.636

2.115

80,24

51

34.375

27.359

79,59

25

3.842

2.989

77,80

86

9.609

6.752

70,27

74

11.016

7.665

69,58

64

99.754

63.910

64,07

4

LUSOCOLCHÃO-FÁBRICA DE COLCHÕES

10.662

6.503

60,99

54

12

SANFILCO-COMÉRCIO E DISTRIBUIÇÃO

1.520

907

59,67

55

13

ANIBAL CARVALHO & FILHOS

5.602

3.267

58,32

68

14

RAMECEL-REDE ABASTECEDORA MERCEARIAS DO CENTRO

7.289

4.137

56,76

76

15

STR-SOCIEDADE DE TABACOS DO RIBATEJO

2.082

1.150

55,24

24

VALOR ACRESCENTADO BRUTO N.º

NOME DE EMPRESA

VAB 2009

POSIÇÃO RANKING

1

TEJO ENERGIA-PRODUÇÃO DISTRIB.ENERGIA ELÉCTRICA

106.551

1

2

RENOVA-FÁBRICA DE PAPEL DE ALMONDA

31.600

4

3

SUGALIDAL-INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO

30.582

5

4

MITSUBISHI FUSO TRUCK EUROPE-SOCIEDADE EUROPEIA DE AUTOMÓVEIS

25.257

8

5

RODOVIÁRIA DO TEJO

22.758

18

6

TEGAEL-TELECOMUNICAÇÕES,GÁS E ELECTRICIDADE

21.099

11

7

CONSTRUTORA ABRANTINA

19.840

2

8

J.J.LOURO PEREIRA

17.018

14 37

PEGOP-ENERGIA ELÉCTRICA

14.246

10

9

CARNES DO CONTINENTE

12.062

3

11

LUSICAL-COMPANHIA LUSITANA DE CAL

11.304

25

12

SAPROGAL PORTUGAL-AGRO PECUÁRIA

10.214

9

13

MARINHAVE-SOCIEDADE AGRO-AVÍCOLA

8.947

58

14

PERES-SOCTIP - INDUSTRIAS GRÁFICAS

8.834

34

15

CAIMA-INDÚSTRIA DE CELULOSE

8.018

12

35


36 | O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009

EBTIDA N.º

NOME DE EMPRESA

EBTIDA

POSIÇÃO RANKING

1

TEJO ENERGIA-PRODUÇÃO DISTRIB.ENERGIA ELÉCTRICA

90.650

1

2

SUGALIDAL-INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO

17.938

5

3

MITSUBISHI FUSO TRUCK EUROPE-SOCIEDADE EUROPEIA DE AUTOMÓVEIS

16.062

8

4

RENOVA-FÁBRICA DE PAPEL DE ALMONDA

14.182

4

5

LUSICAL-COMPANHIA LUSITANA DE CAL

9.940

25

6

RODOVIÁRIA DO TEJO

8.586

18

7

PEGOP-ENERGIA ELÉCTRICA

7.253

37

8

J.J.LOURO PEREIRA

6.260

14

9

MARINHAVE-SOCIEDADE AGRO-AVÍCOLA

5.735

58

10

CARNES DO CONTINENTE

4.767

3

11

SAPROGAL PORTUGAL-AGRO PECUÁRIA

4.590

9

12

BONDUELLE-AGRO INDÚSTRIA

4.164

21

13

TAGUSGÁS-EMPRESA DE GÁS DO VALE DO TEJO

3.949

41

14

SIBELCO PORTUGUESA

3.616

64

15

BORREGO LEONOR & IRMÃO

3.197

86

AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS N.º

NOME DE EMPRESA

PASSIVO 2009

EBTIDA

AMORT. DIV. (EBT/PASS)

POSIÇÃO RANKING

1

BORREGO LEONOR & IRMÃO

853

3.197

374,79

2

MOVIPORTAS-FÁB.MÓVEIS E PORTAS DE RIO DE COUROS

517

1.399

270,60

86 93

3

PEGOP-ENERGIA ELÉCTRICA

5.095

7.253

142,36

37

4

LUSICAL-COMPANHIA LUSITANA DE CAL

7.016

9.940

141,68

25

5

SIBELCO PORTUGUESA

3.351

3.616

107,91

64

6

AGRO INDUSTRIAL DO SOBRAL

51

7

MITSUBISHI FUSO TRUCK EUROPE-SOC. EUROPEIA DE AUTOMÓVEIS

8

ARROZEIRAS MUNDIARROZ

9

SANFILCO-COMÉRCIO E DISTRIBUIÇÃO

521

347

66,60

25.079

16.062

64,05

8

3.737

2.252

60,26

29

613

329

53,67

55

10

RODOVIÁRIA DO TEJO

18.952

8.586

45,30

18

11

CARNES DO CONTINENTE

11.248

4.767

42,38

3

12

RENOVA-FÁBRICA DE PAPEL DE ALMONDA

35.844

14.182

39,57

4

13

J.J.LOURO PEREIRA

17.140

6.260

36,52

14

14

LUSOCOLCHÃO-FÁBRICA DE COLCHÕES

4.159

1.517

36,48

54

15

PITORRO-MOAGEM DE CEREAIS

2.924

983

33,62

53

RENTABILIDADE ACTIVO N.º

NOME DE EMPRESA

ACTIVO 2009

RES. LIQ RENTAB. 2009 ACTIVO (RL/ACT)

POSIÇÃO RANKING

1

PEGOP-ENERGIA ELÉCTRICA

11.017

5.803

52,67

37

2

BORREGO LEONOR & IRMÃO

3.842

829

21,58

86

3

SIBELCO PORTUGUESA

11.016

2.072

18,81

64

4

CARNES DO CONTINENTE

13.836

2.488

17,98

3

5

LUSICAL-COMPANHIA LUSITANA DE CAL

34.375

5.240

15,24

25

6

INTERTELHA-INDÚSTRIA DE COBERTURAS

14.668

1.883

12,84

40

7

SANFILCO-COMÉRCIO E DISTRIBUIÇÃO

1.520

184

12,11

55

8

COMAVE DO ZÊZERE-INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE AVES

6.056

703

11,61

39

9

MITSUBISHI FUSO TRUCK EUROPE-SOC. EUROPEIA DE AUTOMÓVEIS

40.046

4.311

10,77

8

10

MOVIPORTAS-FÁB. MÓVEIS E PORTAS DE RIO DE COUROS

6.747

697

10,33

93

11

J.J.LOURO PEREIRA

30.201

3.032

10,04

14

12

RODOVIÁRIA DO TEJO

35.074

3.147

8,97

18

13

PROFIAL-PROFISSIONAIS DE ALUMÍNIO

4.257

376

8,83

95

14

AGRO INDUSTRIAL DO SOBRAL

2.636

211

8,00

51

15

SUGALIDAL-INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO

105.637

8.044

7,61

5


O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009 |

EXPORTAÇÃO N.º

NOME DE EMPRESA

EXPORTAÇÕES 2009

POSIÇÃO RANKING

1

SUGALIDAL-INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO

82.552

5

2

DAI-SOC.DE DESENVOLVIMENTO AGRO-INDUSTRIAL

46.175

10

3

CAIMA-INDÚSTRIA DE CELULOSE

35.312

12

4

RENOVA-FÁBRICA DE PAPEL DE ALMONDA

34.236

4

5

TEGAEL-TELECOMUNICAÇÕES,GÁS E ELECTRICIDADE

23.401

11

6

MONLIZ-PRODUTOS ALIMENTARES MONDEGO LIZ

13.161

36

7

LUSOCOLCHÃO-FÁBRICA DE COLCHÕES

10.919

54

8

PRADO KARTON

5.593

48

9

OLITREM-INDÚSTRIA REFRIGERAÇÃO

5.098

67

10

FLEXIMOL-SUSPENSÕES PARA VEÍCULOS

4.913

90

11

LUSOFANE

4.462

35

12

INDUCOL-INDÚSTRIA PELETEIRA CRUZ COSTA

4.281

84

13

GOMA CAMPS PORTUGAL

3.789

42

14

SILVEX-INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS E PAPÉIS

3.735

32

15

MADECA-MADEIRAS DE CAXARIAS

3.692

78

37


38 | O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009


O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009 |

39

ENTREVISTA

António Saraiva Presidente da CIP - Confederação Empresarial Portuguesa

A Carga fiscal pode ser diminuída”

As medidas do PEC agradaram à CIP? Que outras medidas seriam necessárias? As medidas do PEC, bem como as já anunciadas medidas adicionais ao PEC, implicam sacrifícios enormes quer para as empresas quer para as famílias. Na actual situação de estagnação económica, medidas que impliquem custos adicionais para as empresas não podem ser do nosso agrado porque vêm criar entraves à retoma económica. No entanto, a CIP entende que o desequilíbrio das finanças públicas requer medidas extraordinárias e sacrifícios partilhados. Ora, era exactamente esta questão da partilha que gostaria de frisar: ainda não é visível qualquer resultado prático da proclamada tentativa de controlo da despesa pública por parte do Estado; a verdade é que o Governo enveredou pelo caminho mais fácil para resolver o problema das finanças públicas: aumento de impostos. Importa salientar que irão ser necessárias mais medidas em 2011 tal como, aliás, a Comissão Europeia já afirmou. Os agentes económicos têm de estar preparados para os tempos difíceis que vamos continuar a viver. A CIP propõe a redução da carga fiscal, como é que combina esta proposta com a necessidade de reduzir o défice do Estado? A carga fiscal em Portugal já é considerável e pode ser diminuída. Como? Se houver redução da despesa pública. E é isso que não vemos ser concretizado da parte do Governo. É preciso fazer um esforço muito maior neste capítulo. O Estado deve ser um aliado do crescimento económico. Se continuar a exigir cada vez mais recursos à economia, acabará por condicionar, severamente, o seu desenvolvimento. Concentrar apoios na indústria transformadora e nos bens transaccionáveis é reconhecer que foi um erro planear Portugal como economia de serviços? Não me parece que seja assim. Portugal mudou muito, para melhor, nos últimos anos. À imagem de muitos países desenvolvidos, a agricultura e a indústria perderam importância para o sector dos serviços. Entendo isto como normal. Empresários encontraram oportuni-

dades de negócio nos serviços e investiram. É simples!A verdade é que a sociedade portuguesa começa a consciencializar-se que é preciso produzir dentro de fronteiras e aumentar o valor acrescentado nacional, porque isso gera crescimento económico e, consequentemente, emprego.A indústria, tal como a agricultura, já que dela falei (note-se que é referida inúmeras vezes a dependência energética de Portugal mas, e a dependência alimentar?), tem futuro em Portugal. Existem empresários com von-

tade de crescer, de investir; é necessário que os ajudemos e, fazendo-o, estamos a ajudar-nos a nós próprios e a construir um futuro melhor para as gerações vindouras.


40 | O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009

MAIORESEMELHORES POR SECTORES PRIMÁRIO E EXTRACTIVO N.º

NOME DE EMPRESA

VOL. NEG. 2009

VOL. NEG. 2008

CRESC. VOL. NEG. (VN09/VN08)

1

BONDUELLE-AGRO INDÚSTRIA

29.830

27.862

7,06

2

TORRIBA-ORGANIZACÃO PRODUTOS HORTOFRUTICOLAS

28.799

24.298

18,52

3

CITAVES-PRODUÇÃO E ABATE DE AVES

23.633

25.417

-7,02

4

SIBELCO PORTUGUESA

11.169

-

-

5

AVIARIO SANTA CITA-ANTONIO JACINTO FERREIRA

10.310

8.940

15,32

6

COMPANHIA DAS LEZÍRIAS

8.852

9.840

-10,04

TRANSPORTES E TELECOMUNICAÇÕES N.º

NOME DE EMPRESA

VOL. NEG. 2009

VOL. NEG. 2008

CRESC. VOL. NEG. (VN09/VN08)

228.398

254.721

-10,33

1

TEJO ENERGIA-PRODUÇÃO DISTRIB.ENERGIA ELÉCTRICA

2

RODOVIÁRIA DO TEJO

34.397

33.758

1,89

3

TRANSPORTES BROLIVEIRA

25.666

30.652

-16,27

4

PEGOP-ENERGIA ELÉCTRICA

21.851

19.278

13,35

5

TAGUSGÁS-EMPRESA DE GÁS DO VALE DO TEJO

18.902

19.329

-2,21

6

TFS-TRANSPORTES FRIGORIFICOS DE SALVATERRA

6.415

-

-



42 | O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009

COMÉRCIO A RETALHO N.º 1

NOME DE EMPRESA PETROIBÉRICA-SOCIEDADE PETRÓLEOS IBEROLATINAS

VOL. NEG. 2009

VOL. NEG. 2008

CRESC. VOL. NEG. (VN09/VN08)

100.316

110.491

-9,21

2

J.JUSTINO DAS NEVES

36.570

68.034

-46,25

3

VIBEIRAS-SOCIEDADE COMERCIAL DE PLANTAS

26.251

21.035

24,80

4

ROQUES VALE DO TEJO-COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS

16.118

15.640

3,06

5

DIGIDELTA INTERNACIONAL IMP. EXP.

15.122

15.980

-5,37

6

ANIBAL CARVALHO & FILHOS

10.453

12.625

-17,20

7

MERCAR-SOC.PORTUGUESA COM.REPARAÇÃO AUTOMÓVEIS

6.477

7.359

-11,99

8

TOMARPEÇAS-IMPORTAÇÃO DE PEÇAS DE AUTOMÓVEIS DE TOMAR

5.549

6.596

-15,87

CONSTRUÇÃO CIVIL N.º

NOME DE EMPRESA

VOL. NEG. 2009

VOL. NEG. 2008

CRESC. VOL. NEG. (VN09/VN08)

1

CONSTRUTORA ABRANTINA

144.425

153.629

-5,99

2

TEGAEL-TELECOMUNICAÇÕES, GÁS E ELECTRICIDADE

52.693

46.939

12,26

3

AQUINO CONSTRUÇÕES

35.903

38.779

-7,42

4

TORRESTERRA-SOCIEDADE DE CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIA

14.951

11.309

32,20

5

TECNOREM-ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES

12.480

8.494

46,93

6

RSA-RECICLAGEM SUCATAS ABRANTINA

11.111

18.622

-40,33

7

AJIBITA-MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

8.470

15.394

-44,98



44 | O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009

INDÚSTRIA N.º

NOME DE EMPRESA

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54

CARNES DO CONTINENTE RENOVA-FÁBRICA DE PAPEL DE ALMONDA SUGALIDAL-INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO MITSUBISHI FUSO TRUCK EUROPE-SOC. EUROPEIA DE AUTOMÓVEIS SAPROGAL PORTUGAL-AGRO PECUÁRIA DAI-SOC.DE DESENVOLVIMENTO AGRO-INDUSTRIAL CAIMA-INDÚSTRIA DE CELULOSE RIBACARNE-MATADOURO REGIONAL DO RIBATEJO NORTE J.J.LOURO PEREIRA CARNES VALINHO LUSICAL-COMPANHIA LUSITANA DE CAL RAÇÕES ZÊZERE MARSIPEL-INDÚSTRIA DE CURTUMES SILVEX-INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS E PAPÉIS PERES-SOCTIP - INDUSTRIAS GRÁFICAS LUSOFANE MONLIZ-PRODUTOS ALIMENTARES MONDEGO LIZ RAÇÕES PROGADO CENTRO-SUL COMAVE DO ZÊZERE-INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE AVES INTERTELHA-INDÚSTRIA DE COBERTURAS GOMA CAMPS PORTUGAL ENOPORT-PRODUÇÃO DE BEBIDAS VENTALCO-FABRICO E COMÉRCIO DE RAÇÕES PRADO KARTON ECOLEATHER-INDÚSTRIA COMÉRCIO DE CURTUMES UNIPESSOAL PITORRO-MOAGEM DE CEREAIS LUSOCOLCHÃO-FÁBRICA DE COLCHÕES SANFILCO-COMÉRCIO E DISTRIBUIÇÃO SICARZE-SOCIEDADE INDUSTRIAL DE CARNES DO ZÊZERE VIGOBLOCO PRÉ-FABRICADOS VERDASCA & VERDASCA CURTUMES BOAVENTURA INCOMPOL-INDÚSTRIA DE COMPONENTES PORTO ALTO-RAÇÕES PARA ANIMAIS OLITREM-INDÚSTRIA REFRIGERAÇÃO GROU & GROU FAMETAL-FÁBRICA PORTUGUESA ESTRUTURAS METÁLICOS MAROUÇO ALAÇO-REVESTIMENTOS METÁLICOS CURTUMES IBÉRIA MADECA-MADEIRAS DE CAXARIAS ELECTROTEJO-INSTALAÇOES E MONTAGENS TÉCNICAS ADEGA COOPERATIVA DE ALMEIRIM CASA DAS PELES-CONFECÇÕES INDUCOL-INDÚSTRIA PELETEIRA CRUZ COSTA JORGE HONORIO SILVA & FILHO ARTIMOL-ARTIGOS DE MOBILIÁRIO FLEXIMOL-SUSPENSÕES PARA VEÍCULOS INVEPE-INDÚSTRIA DE VEÍCULOS PESADOS MOVIPORTAS-FÁB.MÓVEIS E PORTAS DE RIO DE COUROS PROFIAL-PROFISSIONAIS DE ALUMÍNIO AJI-INDÚSTRIA DE MADEIRAS SITACO-SOCIEDADE INDUSTRIAL DE TACOS DE CORUCHE SOLADRILHO-SOCIEDADE CERÂMICA LADRILHOS

VOL. NEG. 2009 135.489 117.389 105.482 79.853 78.548 67.172 45.655 40.901 40.126 33.520 26.745 25.707 25.072 23.817 22.644 22.594 22.118 20.172 19.041 18.967 17.945 16.850 15.411 14.246 13.463 13.211 13.179 12.640 12.515 12.225 12.196 12.117 11.990 11.943 10.556 10.287 9.921 9.712 9.067 9.016 8.840 8.022 7.924 7.674 7.584 7.477 6.956 6.576 6.564 6.430 6.044 6.029 6.001 5.999

VOL. NEG. 2008 133.262 108.367 64.884 197.066 90.604 63.611 53.553 54.112 34.781 28.809 28.522 21.953 21.305 14.899 28.898 22.650 27.825 17.289 12.465 17.112 18.609 18.337 16.075 16.212 16.246 11.431 14.349 14.113 11.649 12.410 20.680 16.491 12.224 9.810 14.940 10.014 12.723 9.685 9.212 7.215 9.437 8.924 19.266 7.778 5.541 8.723 8.279 -

CRESC. VOL. NEG. (VN09/VN08) 1,67 8,33 62,57 -59,48 -13,31 5,60 -14,75 -24,41 15,37 16,35 -9,87 14,21 11,79 51,98 -21,81 -2,35 -27,50 10,13 52,16 4,87 -9,45 -15,96 -11,38 -16,96 -18,88 10,58 -12,78 -13,38 4,70 -2,36 -42,02 -27,58 -13,65 4,86 -33,59 -3,02 -29,14 -8,72 -12,92 6,36 -19,64 -16,21 -65,87 -17,33 9,08 -30,88 -27,52 -

VOL. NEG. 2009

VOL. NEG. 2008

CRESC. VOL. NEG. (VN09/VN08)

10.203

-30,03

SERVIÇOS N.º 1

NOME DE EMPRESA URBITORRES-EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS

7.139


O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009 |

COMÉRCIO POR GROSSO VOL. NEG. 2009

VOL. NEG. 2008

CRESC. VOL. NEG. (VN09/VN08)

VICTOR GUEDES-INDÚSTRIA E COMÉRCIO

86.393

105.904

-18,42

2

O CEREAL-INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CEREAIS

39.458

31.726

24,37

3

SCAGEL-SOCIEDADE DE ALIMENTOS CONGELADOS

32.108

34.872

-7,93

4

AGRUPALTO-AGRUPAMENTO DE PRODUTORES AGROPECUARIOS

27.943

21.878

27,72

5

STR-SOCIEDADE DE TABACOS DO RIBATEJO

27.094

24.063

12,60

6

ARROZEIRAS MUNDIARROZ

25.551

38.763

-34,08

7

AGROMAIS-ENTREPOSTO COMERCIAL AGRÍCOLA

25.089

24.301

3,24

8

SECAGRO-SECAGEM COMERCIALIZAÇÃO PRODUTOS AGRÍCOLAS

14.011

18.662

-24,92

9

SABAMAR-SOCIEDADE INDUSTRIAL DE PEIXE

13.946

17.767

-21,51

10

AGRO INDUSTRIAL DO SOBRAL

13.811

17.239

-19,89

11

MARINHAVE-SOCIEDADE AGRO-AVÍCOLA

12.353

11.989

3,04

12

RADINU-COMÉRCIO POR GROSSO DE BACALHAU E AFINS

10.841

-

-

13

EUROBATATA-COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTARES

9.999

16.609

-39,80

14

RAMECEL-REDE ABASTECEDORA MERCEARIAS DO CENTRO

8.970

9.316

-3,71

15

EPORIPAL-EMP. PORTUGUESA IMPORT. PRODUTOS AGRÍCOLAS

8.519

-

-

16

BORREGO LEONOR & IRMÃO

7.409

9.102

-18,60

17

FERROTEMPLARIOS-MATERIAIS DE CONSTRUÇAO

6.946

11.082

-37,32

18

URCAMAT-MATERIAIS PARA CONSTRUÇAO CIVIL

5.766

6.057

-4,80

N.º 1

NOME DE EMPRESA

45


46 | O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009

DISCURSODIRECTO

Francisco Jaime Quesado Gestor do Programa Operacional Sociedade de Conhecimento

A nova competitividade, mudar para crescer

Quando em 1993 Porter elaborou o célebre Relatório, encomendado pelo Governo Português de então, o diagnóstico sobre o que fazer e as áreas estratégicas de actuação ficaram clarificadas. Dezasseis depois, perante o impasse a que chegou o Velho Continente na incapacidade de operacionalizar uma Agenda de Excelência e de marcar um ritmo positivo de competitividade e desenvolvimento nas suas dinâmicas internas, Portugal tem pela frente a batalha da mudança estrutural. Assumidas as prioridades dum “Novo Paradigma” de Desenvolvimento para o país, a aposta numa “Agenda de Mudança” torna-se prioritária. Ou seja. Torna-se um imperativo nacional mobilizar um Contrato de Confiança para o Futuro, centrado numa NOVA COMPETITIVIDADE para a qual toda a Sociedade Civil dê um contributo activo. É importante por isso perceber que a aposta nos Factores Dinâmicos de Competitividade, numa lógica territorialmente equilibrada e com

opções estratégicas claramente assumidas é um contributo central para a correcção das graves assimetrias sociais e regionais que continuam a imperar. Falta por isso em Portugal um verdadeiro Choque Operacional capaz de produzir efeitos sistémicos ao nível do funcionamento das organizações empresariais. O “novo paradigma” da Economia Portuguesa radica nesse sentido na capacidade de os resultados potenciados pela inovação e conhecimento serem capazes de induzir novas formas de integração social e territorial capazes de sustentar um equilíbrio global do sistema nacional. É sobre esse desígnio que o Modelo Estratégico NOVA COMPETITIVIDADE se propõe estabelecer um Novo Contrato de Confiança, dinamizar um Novo Projecto, promover uma Nova Marca. Pretende-se com esta Iniciativa trazer a lume duas ideias centrais para uma NOVA COMPETITIVIDADE em Portugal – profunda renovação organizativa e estrutural dos sectores

(sobretudo) industriais e aposta integrada na utilização da Inovação como factor de alavancagem de criação de valor de mercado. A mobilização activa dos “actores económicos” numa lógica de pacto estratégico operativo permanente é uma condição central no sucesso desta nova abordagem, sob pena de intervenções isoladas não conseguirem produzir de facto os efeitos desejados. Por isso, diferentes áreas ligadas à dinâmica activa da Competitividade, Crescimento & Sustentabilidade virão a jogo – desde as PME à Energia, passando pelo papel de Regulação do Estado, o caminho é só um: construir Uma Nova Agenda para a Economia Portuguesa e mobilizar todos os actores económicos e sociais para a sua concretização.


DISCURSODIRECTO

João César das Neves Economista

A nova economia Global

A coisa mais importante a saber acerca da nova economia global é que ela é exactamente igual à antiga. Alguns andam a fazer um intenso esforço para conseguir provar que vivemos tempos radicalmente diferentes e que tudo o que sabemos acerca de economia tem de ser reaprendido. Depois falam em ter cuidado com a produtividade e a concorrência longínqua, com inovação e tecnologia, exactamente aquelas coisas que sabemos serem decisivas, pelo menos desde a revolução industrial do século XVIII. Todos os elementos que fazem a suposta novidade da nova economia global são precisamente os mesmos que dominaram os três séculos anteriores. As roupagens são diferentes mas os temas de fundo são iguais. As empresas hoje adaptamse à nova era da comunicação exactamente como os nossos bisavós tiveram de mudar com o telégrafo e o telefone. A recente abertura dos mercados de capitais repete os problemas do padrão-ouro nos finais de oitocentos, com a diferença de que as actuais crises financeiras são muito menos graves. A entrada da China e Índia no mercado internacional cria uma situação nova no mundo, como a Alemanha e a França fizeram há 200 anos e os EUA, Austrália e Japão há 150. Essa situação nova é, simplesmente, a mais repetida circunstância histórica do último milénio. A única diferença importante está na distribuição dos papéis neste drama. Portugal, por exemplo, que costumava encontrar-se na condição de país pobre, atrasado e desfavorecido,

vê-se agora na posição inversa, do lado dos ricos, membro do clube abastado e ameaçado pelos recém-chegados. E estamos a descobrir que, afinal, esta situação, que antes tanto ambicionávamos, é bastante incómoda. É melhor estar em baixo desafiando os de cima que sentir a pressão dos que têm salários baixos, más condições de trabalho, mas grande competitividade pelos custos reduzidos. A pior das ameaças, hoje como sempre, é a complacência burguesa. Muitos países, atingindo níveis de prosperidade, esquecem a exigência de mercado e a dureza do jogo económico, tentando encostar-se numa vida confortável. Achando-se com direitos adquiridos e impondo múltiplas exigências, deixam de se preocupar com a forma de as pagar. Os impostos e o acesso ao crédito podem manter essa ilusão durante algum tempo, mas um dia acordam com o aparelho produtivo estrangulado e a sociedade adormecida. Este é o actual drama económico português, tragédia que se repete sucessivamente ao longo dos séculos de História, como hoje na nova economia global.


48 | O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009

MAIORESEMELHORES POR CONCELHO 17 empresas Nº 1 2 7 8 37 65 80 92 31 52 61 73 75 53 81 82 86 36 5 23 32 34 45 50 58 62 63 77 9 83 85 90 35 24 12 42 10 11 29 97 47 87 98 27 39 56 96 6 16 17

Empresa TEJO ENERGIA-PRODUÇÃO DISTRIB.ENERGIA ELÉCTRICA CONSTRUTORA ABRANTINA VICTOR GUEDES-INDÚSTRIA E COMÉRCIO MITSUBISHI FUSO TRUCK EUROPE PEGOP-ENERGIA ELÉCTRICA RSA-RECICLAGEM SUCATAS ABRANTINA AJIBITA-MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MERCAR-SOC.PORTUGUESA COM.REPARAÇÃO AUTOMÓVEIS MARSIPEL-INDÚSTRIA DE CURTUMES ECOLEATHER-INDÚSTRIA COMÉRCIO DE CURTUMES UNIPESSOAL CURTUMES BOAVENTURA MAROUÇO CURTUMES IBÉRIA PITORRO-MOAGEM DE CEREAIS ELECTROTEJO-INSTALAÇOES E MONTAGENS TÉCNICAS ADEGA COOPERATIVA DE ALMEIRIM BORREGO LEONOR & IRMÃO MONLIZ-PRODUTOS ALIMENTARES MONDEGO LIZ SUGALIDAL-INDÚSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO AGRUPALTO-AGRUPAMENTO DE PRODUTORES AGROPECUARIOS SILVEX-INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS E PAPÉIS PERES-SOCTIP - INDUSTRIAS GRÁFICAS VENTALCO-FABRICO E COMÉRCIO DE RAÇÕES SABAMAR-SOCIEDADE INDUSTRIAL DE PEIXE MARINHAVE-SOCIEDADE AGRO-AVÍCOLA INCOMPOL-INDÚSTRIA DE COMPONENTES PORTO ALTO-RAÇÕES PARA ANIMAIS COMPANHIA DAS LEZÍRIAS SAPROGAL PORTUGAL-AGRO PECUÁRIA CASA DAS PELES-CONFECÇÕES JORGE HONORIO SILVA & FILHO FLEXIMOL-SUSPENSÕES PARA VEÍCULOS LUSOFANE STR-SOCIEDADE DE TABACOS DO RIBATEJO CAIMA-INDÚSTRIA DE CELULOSE GOMA CAMPS PORTUGAL DAI-SOC.DE DESENVOLVIMENTO AGRO-INDUSTRIAL TEGAEL-TELECOMUNICAÇÕES,GÁS E ELECTRICIDADE ARROZEIRAS MUNDIARROZ SITACO-SOCIEDADE INDUSTRIAL DE TACOS DE CORUCHE TORRESTERRA-SOCIEDADE DE CONSTRUÇÃO E IMOBILIÁRIA URBITORRES-EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS SOLADRILHO-SOCIEDADE CERAMICA LADRILHOS RAÇÕES ZÊZERE COMAVE DO ZÊZERE-INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE AVES SICARZE-SOCIEDADE INDUSTRIAL DE CARNES DO ZÊZERE AJI-INDÚSTRIA DE MADEIRAS PETROIBÉRICA-SOCIEDADE PETRÓLEOS IBEROLATINAS J.JUSTINO DAS NEVES AQUINO CONSTRUÇÕES

VN 2009 228.398 144.425 86.393 79.853 21.851 11.111 8.470 6.477 25.072 13.463 12.117 9.712 9.016 13.211 8.022 7.924 7.409 22.118 105.482 27.943 23.817 22.644 15.411 13.946 12.353 11.990 11.943 8.852 78.548 7.674 7.477 6.576 22.594 27.094 45.655 17.945 67.172 52.693 25.551 6.001 14.951 7.139 5.999 25.707 19.041 12.515 6.029 100.316 36.570 35.903

CONCELHO ABRANTES ABRANTES ABRANTES ABRANTES ABRANTES ABRANTES ABRANTES ABRANTES ALCANENA ALCANENA ALCANENA ALCANENA ALCANENA ALCANENA ALMEIRIM ALMEIRIM ALMEIRIM ALPIARÇA BENAVENTE BENAVENTE BENAVENTE BENAVENTE BENAVENTE BENAVENTE BENAVENTE BENAVENTE BENAVENTE BENAVENTE CARTAXO CARTAXO CARTAXO CARTAXO CARTAXO CHAMUSCA CONSTÂNCIA CONSTÂNCIA CORUCHE CORUCHE CORUCHE CORUCHE ENTRONCAMENTO ENTRONCAMENTO ENTRONCAMENTO FERREIRA DO ZEZERE FERREIRA DO ZEZERE FERREIRA DO ZEZERE MAÇÃO OURÉM OURÉM OURÉM

15 empresas

10 empresas

8 empresas

6 empresas

6 empresas

6 empresas

5 empresas



50 | O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009

MAIORESEMELHORES POR CONCELHO

5 empresas

4 empresas Nº

Empresa

VN 2009

CONCELHO

28 40 55 57 59 60 72 74 76 78 88 93 95 99 15 38 43 64 71 91 22 70 79 94 14 54 3 19 20 21 25 41 44 49 51 66 67 68 84 13 33 48 69 89 100 4 18 26 30 46

TRANSPORTES BROLIVEIRA INTERTELHA-INDÚSTRIA DE COBERTURAS SANFILCO-COMÉRCIO E DISTRIBUIÇÃO TECNOREM-ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES VIGOBLOCO PRÉ-FABRICADOS VERDASCA & VERDASCA FAMETAL-FÁBRICA PORTUGUESA ESTRUTURAS METÁLICOS ALAÇO-REVESTIMENTOS METÁLICOS RAMECEL-REDE ABASTECEDORA MERCEARIAS DO CENTRO MADECA-MADEIRAS DE CAXARIAS ARTIMOL-ARTIGOS DE MOBILIÁRIO MOVIPORTAS-FÁB.MÓVEIS E PORTAS DE RIO DE COUROS PROFIAL-PROFISSIONAIS DE ALUMÍNIO URCAMAT-MATERIAIS PARA CONSTRUÇAO CIVIL O CEREAL-INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CEREAIS RAÇÕES PROGADO CENTRO-SUL ENOPORT-PRODUÇÃO DE BEBIDAS SIBELCO PORTUGUESA EUROBATATA-COMÉRCIO DE PRODUTOS ALIMENTARES INVEPE-INDÚSTRIA DE VEÍCULOS PESADOS TORRIBA-ORGANIZACÃO PRODUTOS HORTOFRUTICOLAS GROU & GROU EPORIPAL TFS-TRANSPORTES FRIGORIFICOS DE SALVATERRA J.J.LOURO PEREIRA LUSOCOLCHÃO-FÁBRICA DE COLCHÕES CARNES DO CONTINENTE CARNES VALINHO SCAGEL-SOCIEDADE DE ALIMENTOS CONGELADOS BONDUELLE-AGRO INDÚSTRIA LUSICAL-COMPANHIA LUSITANA DE CAL TAGUSGÁS-EMPRESA DE GÁS DO VALE DO TEJO ROQUES VALE DO TEJO-COMÉRCIO DE AUTOMÓVEIS SECAGRO AGRO INDUSTRIAL DO SOBRAL RADINU-COMÉRCIO POR GROSSO DE BACALHAU E AFINS OLITREM-INDÚSTRIA REFRIGERAÇÃO ANIBAL CARVALHO & FILHOS INDUCOL-INDÚSTRIA PELETEIRA CRUZ COSTA RIBACARNE-MATADOURO REGIONAL DO RIBATEJO NORTE CITAVES-PRODUÇÃO E ABATE DE AVES PRADO KARTON AVIARIO SANTA CITA-ANTONIO JACINTO FERREIRA FERROTEMPLARIOS-MATERIAIS DE CONSTRUÇAO TOMARPEÇAS RENOVA-FÁBRICA DE PAPEL DE ALMONDA RODOVIÁRIA DO TEJO VIBEIRAS-SOCIEDADE COMERCIAL DE PLANTAS AGROMAIS-ENTREPOSTO COMERCIAL AGRÍCOLA DIGIDELTA INTERNACIONAL IMP. EXP.

25.666 18.967 12.640 12.480 12.225 12.196 9.921 9.067 8.970 8.840 6.956 6.430 6.044 5.766 39.458 20.172 16.850 11.169 9.999 6.564 28.799 10.287 8.519 6.415 40.126 13.179 135.489 33.520 32.108 29.830 26.745 18.902 16.118 14.011 13.811 10.841 10.556 10.453 7.584 40.901 23.633 14.246 10.310 6.946 5.549 117.389 34.397 26.251 25.089 15.122

OURÉM OURÉM OURÉM OURÉM OURÉM OURÉM OURÉM OURÉM OURÉM OURÉM OURÉM OURÉM OURÉM OURÉM RIO MAIOR RIO MAIOR RIO MAIOR RIO MAIOR RIO MAIOR RIO MAIOR SALVATERRA SALVATERRA SALVATERRA SALVATERRA SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM SANTARÉM TOMAR TOMAR TOMAR TOMAR TOMAR TOMAR TORRES NOVAS TORRES NOVAS TORRES NOVAS TORRES NOVAS TORRES NOVAS

4 empresas

3 empresas

3 empresas

3 empresas

2 empresas

1 empresas

1 empresa



52 | O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009

INDISPENSÁVEL

O que revela cada termo Para entender cada um dos indicadores que utilizamos neste trabalho, não necessita de um curso de economia ou gestão. Faça a sua leitura dos números com os conceitos que aqui deixamos.

Solvabilidade Determina–se pela relação entre os capitais próprios e o passivo. É a capacidade que a empresa tem em fazer face aos encargos assumidos. Quanto maior for este valor, mais facilmente a empresa lidará com essa situação. Um valor inferior a 1 quer dizer que a empresa terá de gerar no ano seguinte lucros suficientes para repor a sua solvabilidade ou, em alternativa, obter novas prestações de capital dos accionistas. Ebitda Cash–flow operacional, isto é os recursos financeiros gerados no exercício. O seu Cálculo é realizado somando os resultados antes dos impostos, as provisões, amortizações e outros impostos pagos. Cash–Flow Soma dos resultados líquidos, amortizações e provisões do exercício. Indica a capacidade de autofinanciamento da empresa. Amortização das dívidas Cálculo em percentagem de EBITDA sobre o total do passivo, indica a capacidade da empresa em amortizar as suas dívidas. Valores superiores a 1 indicam que a empresa poderia amortizar a totalidade das suas dívidas em um exercício. Activo Valor dos recursos económicos e financeiros à disposição da empresa. Soma disponibilidades de caixa e banco, créditos sobre terceiros, existências, imobilizado, títulos negociáveis e acréscimos e diferimentos. Autonomia Financeira Relação entre capital próprio e activo. Indica o peso dos capitais próprios no financiamento da empresa. Complementa o rácio de endividamento. Capital Próprio Valor patrimonial da empresa. Obtém–se

pela diferença entre activo e passivo e engloba o capital social, as prestações suplementares, as reservas e os resultados líquidos. Crescimento Variação do volume de negócios entre o exercício em análise e o anterior. Valores positivos indicam crescimento das vendas, dinamismo empresarial e conquista de novos clientes ou quotas de mercado. Endividamento Relação entre passivo e activo. Mede a participação de capitais alheios no financiamento da empresa. Quando superior a 100 revela uma situação de falência técnica. É o complementar do rácio de autonomia financeira. Passivo Valor das dívidas da empresa. Soma os débitos, as provisões para riscos e os acréscimos e diferimentos. Pode ser obtido pela diferença entre o capital próprio e o activo e é utilizado para calcular indicadores como a solvabilidade e o endividamento. Produtividade Valor da contribuição de cada trabalhador para o volume de negócios da empresa. Mede a eficiência da empresa na utilização dos seus recursos humanos, representando os valores mais elevados maior produtividade. Nas comparações entre empresas deve ser ponderado pelo tipo de actividade. Uma empresa industrial terá à partida menos produtividade que uma empresa de serviços. Produtividade Real Determina igualmente o desempenho do pessoal ao serviço da empresa. A diferença está na fórmula de cálculo, mais rigorosa. Obtém–se pela relação entre o VAB e o total dos custos com o pessoal.

Rentabilidade Capital Próprio Mede a taxa de retorno dos capitais investidos pelos accionistas ou sócios na empresa, obtida pela divisão dos resultados líquidos pelo capital próprio. É importante para aferir o nível de remuneração das acções quando da distribuição de dividendos. Resultado Líquido Corresponde aos lucros (ou prejuízos) obtidos pela empresa no exercício depois de pagos os impostos. Um valor negativo reflecte prejuízo, ao passo que um valor positivo indica o lucro da empresa. Rentabilidade do Activo Mede a taxa de retorno dos capitais investidos na empresa, obtida pela divisão dos resultados líquidos pelo activo. Rentabilidade Vendas Obtém–se pela divisão dos resultados líquidos pelas vendas. Um valor negativo indica que a empresa perde dinheiro só por vender os seus produtos e serviços. Rotação do Activo Mede a eficiência da empresa na gestão dos recursos económicos e financeiros à sua disposição. Obtém–se dividindo o volume de negócios pelo activo. Como no caso da produtividade, também aqui deve ser observada alguma ponderação em função da actividade da empresa. Valor Acrescentado Bruto Soma das vendas líquidas, trabalhos para a própria empresa, variação da produção, subsídios à exploração e receitas suplementares, menos consumos intermédios. O VAB quantifica a contribuição da empresa para a economia do país. Volume de Negócios Somatório das vendas de produtos e mercadorias e prestação de serviços da empresa, líquidos de descontos e devoluções. •



54 | O RIBATEJO | 100 MAIORES E MELHORES EMPRESAS DO DISTRITO DE SANTARÉM 2009

INDISPENSÁVEL

Os códigos de cada sector 110 130 150 160 210 240 290 311 312 313 314 315 316 317 318 319 321 322 323 324 325 327 328 329 331 332 339 341 342 343 344 351 352 353 354 355 356 357 358 361 362 363 369 371 372 373 376 379 381 382 383 384 385 386 387 388 389 391

PRIMÁRIO E INDÚSTRIAS EXTRACTIVAS Explorações agrícolas Pecuária Silvicultura e exploração florestal Pesca Carvão Pedra, argila, areia e rochas ornamentais Outos minerais não metálicos INDÚSTRIAS Indústria de lacticínios Produtos de carne e peixe Bebidas Conservação de fruta e produtos hortícolas Fabricação e refinação de açucar, cacau e chocolate Óleos e gorduras animais e vegetais Produtos de cereais e leguminosas Tabaco Indústrias alimentares, Diversos (café, chá, especiarias, etc.) Preparação e fiação de fibras, tecelagem e acabamentos Artigos de vestuário Curtumes e artigos de couro e pele Calçado Cordoaria Tapeçarias Malhas Outras indústrias têxteis Indústria de madeira Fabricação de mobiliário excepto metálico e de plástico moldado Indústria cortiça Fabricação de pasta, papel e cartão Artes gráficas Transformação de papel e cartão Edição de publicações Produtos químicos industriais Limpeza, higiene e beleza Produtos farmacêuticos Tintas, vernizes e lacas Indústrias de borracha Fabricação de matérias plásticas Adubos e pesticidas Petróleo, petroquímica e derivados Porcelana, faiança, grés e olaria Vidro Cimento, cal e gesso Outros produtos Indústrias básicas de ferro e aço Indústrias básicas de metais não ferrosos Fabricação de elementos de construção em metal e caldeiraria Embalagens metálicas Fabricação de outros produtos metálicos Motores e turbinas Equipamento agrícola Indústria de máquinas e apar. eléctricos Construção de material de transporte Equipamentos para escritório, hotelaria e serviços Indústria militar Máquinas para trabalho de metais e madeira Indústria eléctrica e electrónica Equipamentos industriais Instrumentos profissionais e científicos, aparelhos de medida e verificação

392 393 394 397 398

Montagens e instalações industriais Indústrias de brinquedos Joalharia,Ourivesaria Fotografia e óptica Produtos Médicos

510 530 550 560 590

CONSTRUÇÃO CIVIL Construção de habitação Construção de obras públicas Serviços de construção Urbanismo Projectos e Engenharia

COMÉRCIO POR GROSSO Produtos agrícolas e alimentares Minerais, metais e produtos químicos industriais Papel, madeira cortiça e materiais de construção Máquinas e motores e acessórios Ferragens, utilidades e aparelhagem eléctrica Comércio por grosso, têxteis, vestuário, calçado, malas, artigos para viagem, móveis, etc.. 618 Diversos 619 Trading 611 612 613 614 615 617

621 623 624 625 626 627 628 629

COMÉRCIO A RETALHO Produtos alimentares Tecidos e confecções Artigos para o lar e móveis Materiais de construção e ferragens Automóveis e equipamentos de transporte produtos petrolíferos e químicos Material de escritório Comércio geral e diversos

HOTELARIA E TURISMO 631 Restaurantes 632 Hotelaria e turismo 633 Agências de viagens 710 712 718 719 720 722 725 730

TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES Transportes Armazenagem Portos Serviço de transportes Comunicações Internet.com Conteúdos (Audiotexto...) Serviços de distribuição

810 820 830 841 842 843 848 849 850 860 880 910 920

SERVIÇOS Empresas de investigação, tecnologia e formação Serviços sociais e saúde Indústrias cinematográficas, Audiovisuais Consultores de informática Engenharia Publicidade e estudos de mercado Segurança Consultoria economia e gestão Serviços ao Público (recreativos,culturais) Reparação de automóveis Comunicação social Gestão de participações (holdings)-SGPS Investimento imobiliário e turístico




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