O Setubalense, o seu diário da região nº699, de 23 de Setembro de 2021

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Debate em Almada fechou missão em toda a região

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MARIA MARTINS

Candidatos estiveram ontem ao vivo, no último dos 14 debates promovidos na Península de Setúbal e Litoral Alentejano p12 e 13

O SEU DIÁRIO DA REGIÃO QUINTA-FEIRA, 23 DE SETEMBRO DE 2021 PREÇO 0,80€ | N.º 699 | ANO III | 5.ª SÉRIE

DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO

BARREIRO Sindicato e Soflusa/Transtejo apresentam percentagens diferentes da adesão à greve p3

Futebol Taça de Portugal regressa à Moita 18 anos depois p15 Vitória FC quer lutar também pelos primeiros lugares da 1.ª Distrital p14

SETÚBAL Município recebe bandeira verde cinco anos seguidos p3

Organização faz balanço positivo da Feira Taurina da Moita p8

GRÂNDOLA GNR detecta abate ilegal de 300 sobreiros p3 PUBLICIDADE


2 O SETUBALENSE 23 de Setembro de 2021

Abertura

MEGAOPERAÇÃO

OPINIÃO

Ciclo de debates contou com 86 candidatos O SETUBALENSE

Rui Carvalheira

A mobilidade nas cidades

A

ssinalou-se esta semana mais uma vez a semana europeia da mobilidade, aproveitando assim esta oportunidade para mais uma vez podermos reflectir sobre a mobilidade nas nossas cidades. Este tema central tem vindo a ganhar importância, não só pelo forte impacto que tem no quotidiano de todos nas suas deslocações para o trabalho bem como na sua qualidade de vida, mas principalmente por ser fundamental para a redução das emissões de carbono, que são as grandes responsáveis pelas alterações climáticas que assistimos. A principal acção para se conseguir melhorias será sem dúvida a redução do uso do transporte individual, mas para que quem usa o seu automóvel para se deslocar diariamente para o seu local de trabalho o troque por outro meio de transporte, este tem de ir ao encontro das necessidades do utilizador, quer em condições de segurança, conforto, frequência e tempo de deslocação. Não nos iludamos, ninguém irá trocar o seu automóvel se a alternativa for um transporte público que demore o dobro do tempo para realizar o percurso e que necessite de uma grande quantidade de transbordos com atrasos e esperas à mistura. O concurso público que se fez no âmbito da área Metropolitana de Lisboa veio permitir dar um grande passo nesse sentido, em especial no concelho de Almada, alargando a rede a mais locais do concelho permitindo assim servir mais utentes, bem como aumentado a frequência

das carreiras reduzindo drasticamente os tempos de espera quer seja em deslocações principais ou em transbordos. O aumento da frequência e do número de carreiras vem no entanto trazer novos desafios, indo naturalmente colocar mais autocarros a circular. Terão então de se repensar as cidades de modo a que se consiga encontrar soluções que permitam um eficaz escoamento do trânsito. Soluções que dificultem a circulação dos automóveis, como dissuasor de uso do transporte individual, não só não são eficazes, como acabam por ter o efeito de afastar mais utentes dos transportes públicos, pois como os transportes públicos também circulam nas estradas, aumentando o tempo de viagem aos automóveis aumentar-se-á naturalmente o tempo dos transportes públicos. No dia europeu sem carros, não podemos promover o automóvel a inimigo público número um, os automóveis existem e fazem parte da nossa realidade e seguramente irão continuar a fazer. Temos sim que reduzir o seu impacto no meio ambiente adoptando automóveis movidos a energias renováveis e encontrar motivos que nos façam o deixar estacionado perto de casa e usar os transportes públicos. Ler um livro enquanto viajamos de transporte público é um excelente motivo. WeMob Mobilidade de Almada E.M.S.A.

O debate em Setúbal foi o que registou maior alcance na página do Facebook de 0 SETUBALENSE

O Setubalense promoveu 14 encontros com os cabeças-delista à presidência das respectivas nove câmaras municipais da Península de Setúbal e cinco do litoral alentejano Mário Rui Sobral Foram, no global, cerca de 30 horas de emissões em directo, através das redes sociais, a dar “voz” à quase centena de candidatos à presidência das nove câmaras municipais da Península de Setúbal e cinco do litoral alentejano (onde também se incluiu Odemira), numa missão de verdadeiro serviço públi-

co. Chegou ontem ao fim, em Almada, o ciclo de debates promovido por O SETUBALENSE – em parceria com as rádios Sines, Popular FM e M24, o jornal O leme e a empresa Morning Panorama – em cada um dos 14 concelhos com os respectivos cabeças-de-lista. Apenas sete de um total de 93 candidatos não marcaram presença nesta megaoperação “Autárquicas 2021 – Península de Setúbal e Litoral Alentejano”: por motivos díspares, não puderam comparecer os cabeças-de-lista pelo Nós Cidadãos e pelo PPM no debate em Palmela, os candidatos pelo PAN nos debates em Barreiro e Moita, e os cabeças-de-lista pelo Chega nos encontros em Montijo, Alcácer do Sal e Grândola. Com cerca de 50 mil visualizações, os debates – que em termos globais motivaram mais de 16 mil reacções, comentários e partilhas só no Facebook de O SETUBALENSE – foram transmitidos também em directo nas frequências das três rádios parceiras

e mereceram a cobertura nas edições impressas do jornal O Leme a par de O SETUBALENSE. Um breve rescaldo à iniciativa, sem paralelo em toda a Península de Setúbal e Litoral Alentejano, permite avançar alguns dados curiosos apenas relativos à página d' O SETUBALENSE no Facebook. O debate em Alcácer do Sal foi o que registou maior número de visualizações, quase cinco mil. Isto num concelho que nas Autárquicas de 2017 contou com 6 314 votantes. O encontro em Alcochete, que ultrapassou as quatro mil visualizações, foi o que suscitou mais reacções: acima das seis mil, as quais incluem mais de 1 200 comentários. Já o debate em Setúbal foi o que teve maior alcance na mesma rede social e foi o terceiro mais visualizado. Os 14 encontros encontram-se disponíveis no canal YouTube, na página de Facebook e no site d' O SETUBALENSE. As eleições realizam-se no próximo domingo.


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Distrito de Setúbal em risco de chuvadas, trovoadas e ventos fortes

Aguaceiros, por vezes fortes, e trovoadas, podem hoje, quinta-feira, afectar o distrito de Setúbal. A região vai assim estar sob aviso amarelo, tal como outras doze do território nacional. A previsão é avançada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) que, a juntar ao

distrito de Setúbal, lança o alerta aos de Aveiro, Viseu, Guarda, Coimbra, Leiria, Castelo Branco, Santarém, Lisboa, Portalegre, Évora, Beja e Faro. Os aguaceiros, além da previsão os apontar como por vezes fortes, acompanhados de rajadas de vento e com trovoadas frequentes, podem

ainda, ocasionalmente, ser de granizo. De acordo com o IPMA, o aviso amarelo para os treze distritos vai estar em vigor entre as 09h00 e as 21h00 de hoje. O aviso amarelo é emitido pelo IPMA sempre que existe risco para determinadas actividades dependentes da situação meteorológica.

DR

TRANSTEJO / SOFLUSA

Sindicato e empresa não acertam percentagens sobre paragem no Tejo O sindicato fala em 90% de adesão à greve, empresa diz 70%. Travessia promete continuar ‘agitada’ A adesão na manhã de ontem à greve parcial por turnos dos trabalhadores da Transtejo/Soflusa foi de 70%, segundo dados da empresa, e de 90% de acordo com o sindicato, adiantando que as ligações fluviais estiveram “praticamente paradas”. “Tivemos uma boa adesão tal como na [terça-feira]. Hoje [ontem] de manhã a adesão foi de 90%. A informação que temos é que terá circulado apenas um navio”, disse à Lusa Paulo Lopes, dirigente da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), fazendo o balanço da manhã do segundo de três dias de greve parcial. Previsto estava ainda novo corte de serviço ao final da tarde de ontem. Paulo Lopes adiantou também que os trabalhadores “vão continuar a lutar” e, para o efeito, vão avançar com uma greve às horas extraordinárias. “Vamos entregar um pré-aviso de greve às horas extraordinárias já a partir de sexta-feira”, disse. Por sua vez, a empresa refere em comunicado, que a greve registou uma adesão, no período da manhã, de 70%, verificando-se uma adesão de 76% na Transtejo e de 60% na Soflusa. De acordo com a empresa, as carreiras de serviços mínimos, decretadas pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social para as ligações fluviais do Barreiro e de Cacilhas, foram cumpridas. No que diz respeito à procura registada, a empresa diz que a carreira Barreiro-Terreiro do Paço (05h05) transportou 575 passageiros e a de Cacilhas-Cais do Sodré (05h20) 152.

A empresa diz também que a ligação fluvial Barreiro – Terreiro do Paço manteve-se activa, com um navio em operação, entre as 07h10 e as 11h25 (horário previsto para a primeira carreira após interrupção), período durante o qual foram transportados 723 passageiros. A ligação fluvial Cacilhas – Cais do Sodré foi retomada às 09h20, como previsto, tendo transportado, na primeira carreira, 392 passageiros. Este serviço de transporte público encontrava-se pelas 11h38 de ontem normalizado em todas as ligações fluviais. O sindicalista Paulo Lopes disse à Lusa na terça-feira que “esta paralisação não tem nada a ver com a administração, mas sim com o Governo do Partido Socialista, que insiste nesta política de não valorizar os salários”. O sindicalista disse também que o Governo “quer manter mais um ano de congelamento de salários, não aceitando o subsídio proposto mais a valorização salarial”. Segundo a Transtejo/Soflusa, o tribunal arbitral do Conselho Económico e Social (CES) decretou serviços mínimos apenas para as ligações fluviais do Barreiro e de Cacilhas, nos seguintes horários: do Barreiro para o Terreiro do Paço às 05h05, do Terreiro do Paço para o Barreiro às 05h30, de Cacilhas para o Cais do Sodré às 05h20 e do Cais do Sodré para Cacilhas às 05h35. Trabalhadores das duas empresas (com uma administração comum), que fazem as ligações fluviais entre as duas margens do Tejo, estiveram em greve de três e duas horas por turno no dia 20 de Maio e voltaram a paralisar em Junho e Julho em greve parcial. A Transtejo assegura as ligações fluviais entre o Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, enquanto a Soflusa é responsável por ligar o Barreiro à capital. DD /Lusa

GRÂNDOLA

GNR detecta abate ilegal de centenas de sobreiros

BANDEIRA VERDE ECOXXI

Município de Setúbal premiado por boas práticas ambientais Pelo quinto ano consecutivo, a Câmara Municipal de Setúbal foi distinguida com a bandeira verde que reflecte boas práticas de políticas e acções de educação para a sustentabilidade. O município conseguiu reforçar os resultados obtidos na avaliação de desempenho e ontem à tarde recebeu a “verdinha”, que irá voltar a hastear. A candidatura do município sadino ao galardão ECOXXI acabou por registar “uma pontuação final de 66,9 % nos critérios definidos e avaliados anualmente por uma comissão nacional da Associação

Bandeira Azul da Europa”, revelou a autarquia, em nota de Imprensa. “O resultado, apresentado esta tarde [ontem] na entrega dos prémios, realizada em Santo Tirso, materializa uma subida de escalão do município de Setúbal comparativamente ao ano anterior, o que reforça o desempenho e o compromisso municipal na esfera da sustentabilidade ambiental”, salienta a edilidade, que recebeu ainda um prémio no âmbito do projecto “RIOS – Limpeza e Recuperação de Rios”, no valor de €1.200. Carla Guerreiro, vereadora com o pelouro do Ambiente, representou o município setubalense na cerimónia de entrega dos galardões Bandeira Verde ECOXXI 2021. Este ano concorreram ao galardão 58 municípios, o que constituiu “uma das maiores participações registadas ao longo das 15 edições” que o programa para a educação ambiental já leva, “tendo sido atribuídas 54 bandeiras verdes após avaliação de um conjunto de 22 indicadores”, frisa a autarquia sadina, a concluir.

Perto de 300 sobreiros secos e verdes foram abatidos ilegalmente no concelho de Grândola, revelou ontem a GNR, que remeteu os factos para o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF). De acordo com um comunicado do Comando Territorial de Setúbal, o “abate massivo de sobreiros secos e verdes”, num total de 372 árvores, foi detectado, na última sexta-feira, durante uma ação de fiscalização dos militares do Núcleo de Protecção Ambiental (NPA) de Grândola. Durante a acção, que decorreu na Herdade das Silveiras de Baixo, em Grândola, “o responsável pelo abate” dos sobreiros “garantia que tinha licença para o efeito, mas que não a tinha no local, tendo os trabalhos sido suspensos”. No mesmo comunicado, a GNR, indicou que a empresa, apresentou na terça-feira, “uma licença válida para abate de 82 sobreiros secos”, confirmando-se assim “o abate ilegal de 290 sobreiros, dos quais 135 em estado vegetativo (verdes)”. À agência Lusa, fonte da GNR indicou que foram elaborados os respectivos autos de contraordenação associados às infracções observadas e remetidos ao ICNF para averiguação do valor das coimas a aplicar. No comunicado, a GNR recorda que o sobreiro Quercus suber é uma espécie protegida ao abrigo do Decreto-Lei nº 169/2001, de 25 de Maio, “carecendo de licença do ICNF todas a acções que incindam sobre o mesmo”.

HYN / Lusa

DR


4 O SETUBALENSE 23 de Setembro de 2021

Setúbal

SETÚBAL COMPOSTO TEM + VALOR

Segunda fase de projecto-piloto de recolha de lixo arrancou ontem no Monte Belo Norte DR

Ao todo, a autarquia instalou nos últimos meses 61 novos moloks que permitem a separação e recolha selectiva Arrancou ontem, no Monte Belo Norte, freguesia de S. Sebastião, a segunda fase do serviço de recolha de resíduos orgânicos, projecto inédito que o município de Setúbal desencadeou em Janeiro último. "Setúbal Composto Tem + Valor" dá nome ao projecto-piloto que, sublinha a Câmara Municipal, “antecipa a obrigatoriedade de Portugal assegurar, a partir de 2024, a separação e reciclagem na origem ou na recolha selectiva” desse tipo de lixo. A iniciativa, de resto, “já está em curso nas freguesias de Azeitão, Sado e Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra e na União das Freguesias de Setúbal, no modelo de recolha porta a porta”, lembra a autarquia, ao mesmo tempo que explica esta nova etapa. “Nesta segunda fase, os munícipes abrangidos pelo projecto colocam os resíduos em contentores colectivos, semienterrados, distribuídos na via

Os novos moloks têm capacidade para 3 mil litros de lixo

pública. Num total de 61, os novos moloks, instalados nos últimos meses pela autarquia junto dos contentores de lixo comum, apresentam uma capacidade para armazenamento de três mil litros de lixo e possibilitam recolher as cerca de duas mil toneladas

de resíduos urbanos biodegradáveis que esta área residencial do concelho produz anualmente, os quais serão reaproveitados posteriormente para produzir composto e energia.” Os novos contentores, adianta a edilidade, “têm ainda a particularidade de serem

apenas acessíveis por cartão electrónico individual”, processo que permite conhecer “a quantidade produzida de lixo nos diferentes pontos da cidade”. A recolha nesta área da freguesia de S. Sebastião vai iniciar-se no próximo dia 29, mas antes, indica o município, “agentes devidamente identificados” vão esclarecer dúvidas e distribuir materiais de comunicação numa acção de sensibilização porta a porta. O projecto “inclui, igualmente, a entrega de uma chave que permite desbloquear os novos contentores colectivos distribuídos na via pública e de um balde com capacidade de 20 litros que permite fazer a separação dos resíduos orgânicos”, acrescenta. A autarquia salienta ainda que, “a partir de 31 de Dezembro de 2023, a recolha selectiva ou a separação e reciclagem na origem de biorresíduos passa a ser obrigatória em todo o território nacional”. Os interessados em aderir ao projecto, “desde que abrangidos pelas áreas de intervenção definidas, devem fazer o pedido pelo contacto telefónico 217 977 717, por via do preenchimento do formulário online, disponível em http://setubalcomposto-form.pt, ou, ainda, nos contactos directos com técnicos especializados efectuados porta a porta”, conclui a edilidade.

TRIATLO DE REGRESSO

Mais de cem quilómetros a nadar, pedalar e correr É já no próximo dia 3 que tem lugar o Setúbal Triathlon 2021. As inscrições estão abertas até 28 deste mês e a prova compreende uma distância superior a cem quilómetros, a serem cumpridos nas modalidades de natação, ciclismo e corrida. O tiro de partida é dado pelas 8 horas no Parque Urbano de Albarquel “com o segmento de natação” a realizar-se “numa volta única de 1,9 quilómetros”, indica a Câmara Municipal de Setúbal, responsável pela organização da competição em conjunto com HMS Sports.

“A partida da prova de natação é feita em sistema de 'rolling start', o qual distribui os participantes de acordo com o tempo previsto para concluírem o percurso de natação, com largadas a cada dez segundos para seis triatletas, o que permite aumentar a segurança e melhorar os tempos e a experiência dos atletas”, explica a autarquia. Cumprida essa primeira etapa, os atletas “prosseguem para a área de transição instalada no Parque Urbano de Albarquel para a prova de ciclismo”. Os triatletas vão ter de percorrer “90 quilómetros” entre a cidade e a

Serra da Arrábida, num segmento que contará “com dois pontos de elevação máxima de 85 metros e uma altitude acumulada de 976 metros”. Na Avenida Luísa Todi será feita a segunda e derradeira transição para início do último segmento da prova: corrida apeada ao longo de “21,097 quilómetros”. A meta estará instalada na Avenida Luísa Todi. No final, serão atribuídas medalhas a todos os participantes que concluam as três provas. Os melhores na classificação geral, em masculinos e femininos, serão distinguidos, por

grupos etários, assim como as melhores equipas e estafetas. A cerimónia de entrega de prémios está prevista realizar-se pelas 13 horas. A autarquia lembra que o evento proporcionará ainda, a 2 e 3 de Outubro, no Auditório José Afonso, a Expo Race Village “para expositores de marcas e produtos relacionados com o triatlo”. Os preços das inscrições para participar na competição variam entre os 160 euros (atletas federados) e os 175 (não federados). A competição conta com o apoio da Federação de Triatlo de Portugal.

BREVES DIA DA MÚSICA

Metropolitana actua no Fórum Luísa Todi A Orquestra Metropolitana de Lisboa vai subir ao palco do Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, para realizar um concerto que visa assinalar o Dia Mundial da Música, 1 de Outubro. A actuação está agendada para as 21 horas do mesmo dia. A orquestra, dirigida pelo maestro Pedro Neves, terá acompanhamento do acordeonista João Barradas. O reportório engloba temas de Bach e Schubert. Os bilhetes custam 14 euros.

PRAIAS

Águas com qualidade para banhos As águas das praias de Setúbal “estão aptas para banhos em segurança”, revela a Câmara Municipal com base nos resultados das análises realizadas neste mês e divulgados pelo Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES) da Arrábida. As amostras foram colhidas no passado dia 7 e os resultados atestaram “a qualidade e conformidade” das águas de Albarquel, Figueirinha, Galapos, Galapinhos e Portinho da Arrábida.


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Cortes de trânsito em Azeitão e centro histórico de Setúbal

A Rua Engenheiro António Porto Soares Franco, em Azeitão, vai ter um troço encerrado ao trânsito automóvel entre as 19h30 de hoje e as 17h00 de domingo, anunciou a Câmara de Setúbal. O corte da circulação é motivado pela “limpeza, reparação e pintura da via”. “Durante

NO PRÓXIMO DIA 8

Mallu Magalhães apresenta novo álbum no Fórum Luísa Todi Cantora de 29 anos, que faz de Portugal a sua casa há diversos anos, é hoje um nome incontornável da música brasileira António Ramos A brasileira Maria Luiza, conhecida como Mallu Magalhães, vai estar ao vivo no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, no próximo dia 8 de Outubro. A cantora de 29 anos, que faz de Portugal a sua casa há diversos anos, vem à cidade sadina apresentar o seu novo álbum, intitulado “Esperança”, em concerto agendado para as 20h30. Foi em território nacional que começou a dar nas vistas, quando, em 2014, fundou a Banda do Mar – composta também por Marcelo Camelo, seu marido, e Fred Pinto Ribeiro. Com o grupo, Mallu Magalhães gravou um álbum que obteve nomeações para os Grammy Latinos, além de excelentes críticas, tanto no Brasil como em Portugal. A Banda do Mar concretizou mais de 50 concertos em 40 cidades bra-

sileiras e portuguesas. Contudo, para trás deixara já um passado musical de respeito: a cantora brasileira começou a tocar violão aos nove anos e aos 16 gravou o seu primeiro disco, o “Mallu Magalhães”. Entre 2008 e 2009 gravou o segundo álbum, também intitulado com o seu nome. Nos dois anos seguintes envolveu-se em vários projectos e parcerias musicais no Brasil e, em 2011, gravou “Pitanga”, disco que consolidou o seu nome no panorama musical brasileiro e que a fez começar a dar nas vistas a nível internacional. Os seus temas acabam por ser gravados por nomes como Gal Costa ou Paulo Miklos (ex-cantor do grupo rock brasileiro Titãs) e teve a oportunidade de editar uma colectânea nos Estados Unidos da América, que alcançou assinalável sucesso. Já em 2017 grava o álbum “Vem” e, em Portugal, no ano seguinte, é convidada a participar, como autora, no Festival da Canção da RTP. Depois de mais de ano e meio de espera, devido à pandemia de covid-19, Mallu Guimarães conseguiu agora lançar o seu quinto álbum, “Esperança”, e deu recentemente início a uma tour por várias cidades portuguesas, que no próximo dia 8 passa pelo Fórum Luísa Todi.

a interrupção, entre a Rua José Augusto Coelho e o Largo 5 de Outubro, os automobilistas devem utilizar o percurso ruas do Fisco, Maria Assunção Casquilho Rasteiro, da Nogueira e da Misericórdia”. Ainda hoje, entre as 8 e as 12h00, o trânsito automóvel também

está encerrado no Largo do Corpo Santo para “repavimentação viária” daquele acesso. A alternativa passa pelo percurso “Avenida Jaime Cortesão, Praça General Luís Domingues, Rua Dr. Vicente José de Carvalho e Ladeira de São Sebastião”.

CONVENTO CONVIDA

Igreja de Jesus volta a receber recitais O Atelier de Ópera de Setúbal, assente num recital de João Oliveira (no baixo) e João Malha (no piano) a partir das 11h30 do próximo dia 2, marca o arranque da nova temporada do programa municipal Convento ConVida. O evento vai ter lugar na Igreja de Jesus, em Setúbal, local que recebe no dia seguinte, 3, pelas 18 horas, novo recital a cargo de Teresa Palma Pereira. “O programa tinha inicialmente previsto para Setembro um concerto

do quarteto ARS AD HOC, entretanto cancelado, começando a nova temporada, assim, no dia 2 de Outubro, às 11h30, com o Atelier de Ópera de Setúbal”, lembra a Câmara Municipal. A pianista Teresa Palma Pereira dá seguimento à iniciativa um dia depois com interpretação de “Variações 'Ah vous dirai-je maman', Sonata n.º 3 em si b Maior, KV281 [Allegro, Andante Amoroso e Rondo (Allegro)], de Mo-

zart, 'El Albaicin', de Albeniz, e 'Islamey', de Balakirev”, anunciou a autarquia. Os bilhetes para assistir a cada um destes espectáculos têm um custo de cinco euros e podem ser adquiridos no Museu de Setúbal/Convento de Jesus. Organizado pela Câmara Municipal de Setúbal, o programa Convento ConVida promove ciclos de actuações na Igreja de Jesus, integrada no Convento de Jesus, no centro da cidade setubalense. PUBLICIDADE

Mallu Magalhães incluiu Setúbal na digressão

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6 O SETUBALENSE 23 de Setembro de 2021

Moita

Bloquistas promovem ‘bicicletada’ entre Alhos Vedros e Moita

No âmbito das autárquicas deste ano, o Bloco de Esquerda da Moita organizou no último domingo “uma bicicletada”, com partida da Escola 2+3 José Afonso, em Alhos Vedros, e chegada à Praça da República, frente aos Paços do Concelho. Deste modo, os bloquistas

associaram-se à Semana Europeia da Mobilidade, assumindo o compromisso de “defesa de políticas urbanas que apresentem alternativas na mobilidade” e assegurem “mais segurança, melhor ambiente e um aumento da qualidade de vida” naquele concelho.

BAIXA DA BANHEIRA

Fórum Mental das Autarquias expõe boas-prácticas dos municípios e aborda descentralização da saúde FOTOS:DR

Assinado protocolo entre a Câmara e a Associação AlertaMente

Temos uma porta aberta na Moita, para trabalharmos com a comunidade e os trabalhadores, Telma Almeida

Luís Geirinhas O auditório do Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, acolheu na última semana a realização do Fórum Mental das Autarquias, promovido pela AlertaMente – Associação Nacional para a Saúde Mental, em parceria com a Direcção-Geral de Saúde (DGS) e com o município da Moita. A sessão de abertura deste encontro, contou com a intervenção do presidente da autarquia, Rui Garcia, segundo o qual, a “progressiva transferência de responsabilidades para as autarquias em diferentes matérias”, designadamente na área da saúde, “não é o melhor caminho” a adoptar. Para o presidente, as autarquias e todos os agentes “têm um papel a desempenhar” nesta área, todavia, “ao Serviço Nacional de Saúde e à saúde aquilo que é efectivamente da saúde [e] às autarquias, aquilo que é dos [municípios]”. “Avançarmos e darmos passos como na nossa opinião estão a ser dados, para uma transferência de responsabilidades que vai conduzir, provavelmente, à perda de coesão na intervenção, à fragmentação das respostas e à sua diferenciação no território, em função das condições, que são muito diferenciadas nas autarquias, não é o melhor caminho para as respostas que precisamos para um problema de tão grande dimensão como a [questão] da saúde mental nas sociedades modernas”, alertou. Neste âmbito, o autarca moitense afirmou que “nós fazemos o nosso papel, que todos façam o seu papel e assim sendo as respostas serão com certeza melhores”, concluiu. Telma Almeida, directora do Conselho Executivo da AlertaMente, começou por explicar que a associação se comprometeu, ao nível da DGS, em

Encontro decorreu no auditório do Fórum Cultural José Manuel Figueiredo

Associação AlertaMente assinou protocolo com autarquia da Moita

fazer três conferências, em que seriam trabalhados três diferentes públicos, ao nível da promoção da saúde mental. “Se há uma coisa em que a AlertaMente trabalha é para não ficarmos doentes e, por isso, vão ouvir-me falar muito mais em saúde mental”, esclareceu. Para a responsável, esta diferenciação tem de ser feita, porque ao nível da promoção a associação está empenhada em três pontos estratégicos, nomeadamente, na literacia da

saúde mental, na desmistificação e na consciencialização. A directora da AlertaMente sublinhou ainda que é preciso actuar na autarquia enquanto veículo para a promoção da saúde mental na comunidade, saber qual o sentimento dos trabalhadores dentro do contexto laboral e em termos de bem-estar, e do que está a ser feito para que existam as ferramentas necessárias a este nível – preocupação que “deve partir do próprio colaborador”

e não apenas do município –, além da descentralização da saúde.

“Temos uma porta aberta na Moita”

“Fiquei extremamente contente de saber que temos uma porta aberta na Moita, para trabalharmos ao nível da comunidade, mas também dos seus trabalhadores, caso seja necessário”, frisou Telma Almeida. Ao nível da descentralização, o “nosso posicionamento

é que [a mesma seja] feita de uma forma consciente e bem-feita, com uma equipa que a saiba gerir”, acrescentou. No final da sessão de abertura, teve lugar a assinatura do protocolo entre a Associação e a Câmara Municipal, num acordo que “pretende assegurar uma colaboração que possibilite complementar as competências específicas de cada instituição e coordenar os recursos no domínio da prevenção e promoção da saúde mental” neste território. Dirigido a todas as pessoas que se interessam pela temática – tais como profissionais de saúde mental, parceiros da Rede Social, instituições com intervenção na comunidade, utentes e familiares –, o Fórum foi desenvolvido no âmbito do Programa de Apoio Financeiro da DGS – Programa Nacional para a Saúde Mental, inserido na trilogia 2021, onde esta questão é abordada em contexto laboral, nas autarquias e na Academia. O evento teve como principais objectivos “sensibilizar as autarquias para a importância que têm enquanto veículo promotor da saúde mental e bem-estar na sua comunidade” e “expor as boas-prácticas que têm sido realizadas [pelos] municípios”, além de abordar “as políticas de descentralização da saúde e qual o enquadramento da saúde mental” neste contexto.


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Livro ‘Tratado do Cante’ apresentado dia 24 em biblioteca dos Açores

O livro lançado no final de Julho no concelho da Moita, intitulado “Tratado do Cante (Contributos)”, da autoria de José Francisco Pereira e Maria Eduarda Rosa, será apresentado esta sextafeira, pelas 18h00, durante uma iniciativa que vai decorrer na

Biblioteca Pública da Horta, nos Açores. O evento de apresentação da obra, que resulta do projecto do município moitense “O Cante Também é Nosso” – que visa a valorização desta cultura popular, declarada Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO

ESTABELECIMENTO ESTÁ DE PARABÉNS

Escola Técnica Profissional da Moita completa 15 anos e é brindada com selo de garantia da qualidade DR

Distinção visa promover e monitorizar sistemas europeus de ensino e formação profissional

–, contará com as presenças dos escritores. A publicação, recordese, reúne o maior número possível de informação sobre o Cante, com o objectivo de contribuir para a sua perenidade, servindo de elemento de consulta aos possíveis interessados.

BREVES ALHOS VEDROS

Aulas abertas de pintura voltaram ao Espaço Favo As aulas abertas de pintura regressaram ontem ao Espaço Favo – Fábrica de Artes e Ofícios, em Alhos Vedros, com sessões que vão prolongar-se até 10 de Novembro, todas as quartas-feiras, das 18h30 às 20h30, ministradas por Vítor Moinhos. Dirigidas ao público em

geral, nestas aulas, é possível aos participantes experimentarem novas abordagens à pintura e partilhar experiências. Para mais informações, os interessados poderão obter mais informações junto daquele espaço ou através do e-mail favo@cm-moita.pt.

Luís Geirinhas

RECINTO DA FEIRA

A Escola Técnica Profissional da Moita (ETPM) encontra-se a celebrar o seu 15.º aniversário, na mesma altura em que recebeu como presente o selo de garantia da qualidade nas áreas da educação e formação profissional, atribuído pelo European Quality Assurance Reference Framework for Vocational Education and Training (EQAVET), estabelecido por recomendação do Parlamento. O Quadro de Referência Europeu de Garantia da Qualidade para a Educação e Formação Profissional em causa aposta numa “competitividade saudável, da justiça social e da resiliência”, sendo um instrumento que visa promover e monitorizar o aperfeiçoamento dos sistemas europeus de ensino e formação profissional (EFP). O EQAVET salienta ainda “o papel de uma cultura da melhoria da qualidade e da responsabilidade ao nível dos sistemas e dos operadores EFP, atribuindo um papel “determinante à auto-avaliação sistemática” e compreende mecanismos de avaliação interna e externa, definidos por cada Estado-Membro. A data é encarada pela escola como “um dia muito especial” e a direcção do estabelecimento de ensino, recorda que há 15 anos atrás, o equipamento “recebeu os seus primeiros alunos, os primeiros elementos da nova equipa [e] as primeiras famílias e parceiros” da instituição. “A todos os que fizeram parte, a todos os que fazem e a todos os que ainda farão parte integrante deste nosso projeto, sintam orgulho”, lembra a ETPM. Orgulho em “traçar um caminho de sucesso que constrói vidas e forma os jovens, tornando-os cidadãos ativos,

Feira “Abra a Bagageira” volta dia 25 à Marginal da Moita

O Campus da ETPM está situado na Moita, no Parque de Empresas dos Quatro Marcos

responsáveis e autónomos que apostam nas suas competências e que seguem os seus objetivos”, destaca. “Sentir que, convosco, tudo começou e que continua a crescer, cada vez mais e melhor, rumo aos vários êxitos, perante os desafios e obstáculos com que todos nos deparámos sem os quais não seria a mesma coisa”, acrescenta a direcção, que diz estar orgulhosa em “contribuir para a qualidade do ensino profissional” na região.

“15 anos a crescer convosco”

Aos alunos, famílias, equipa e parceiros, a ETPM relembra que a “exigência destes desafios espelha o compromisso que temos com um ensino de qualidade e, mais do que isso, com a contribuição para uma sociedade livre e justa, através da formação e desenvolvimento de competências transversais a qualquer área de intervenção”. O estabelecimento considera que os seus alunos “são uma fonte de inspiração e motivação para querermos ir sempre mais além [e] para apostarmos no futuro”, realçando a importância do papel das famílias na colaboração de

uma comunidade educativa “cada vez mais activa, dinâmica e participativa”. Aos parceiros, a instituição ergue “o prémio do sucesso dos nossos jovens [e] da nossa escola”. “Congratulamos [ainda] o empenho do tecido empresarial e instituições, na formação dos nossos alunos e no apoio às aprendizagens que tendem a estar cada vez mais de acordo com a evolução do mercado de trabalho”, refere a ETPM, que afirma que sua equipa de trabalho está “mais forte que nunca”, constituindo” uma forma de estar e de fazer aprender única e peculiar cujos efeitos estão na nossa maneira de ser”. “Celebramos 15 anos de histórias de vida com sentido, comprometidos com um ensino de qualidade para todos”, considerando que este período “foi, e continuará a ser, um caminho exigente, mas com impactos significativos nas nossas vidas e dos nossos jovens”. Em suma, são “15 anos a crescer convosco e a aprender”, conclui a instituição.

O recinto do mercado mensal, na Marginal da Moita, volta a receber no próximo dia 25, a partir das 10h00, a feira de venda de artigos em segunda mão “Abra a Bagageira”, cujas inscrições podem ainda ser efectuadas por e-mail (pav.mun. exposicoes@mail.cm-moita. pt), numa iniciativa promovida pela autarquia local. O evento, recorde-se, acontece ao quarto sábado de cada mês e convida os munícipes a venderem artigos que tenham em casa e que estejam interessados em se desfazer, sendo esta uma oportunidade para o efeito. Para tal, terá de fornecer elementos

como o nome e a morada, número de identificação fiscal e uma breve descrição dos artigos a expor. O município lembra que a feira cumpre as regras da Direcção-Geral de Saúde em relação à pandemia. DR

GAIO-ROSÁRIO

“NaturalMoita” com passeio de Caiaque marcado para sábado O projecto “NaturalMoita”, promovido pela autarquia local para promoção da actividade física na natureza e fomento de hábitos de vida saudáveis, tem agendado para sábado, às 16h30, o Passeio de Caiaque “Beira-Mar Náutica”. O trajecto da iniciativa, que conta com a parceria do clube de vela do Gaio-Rosário, vai ligar aquela freguesia à Associação de Desportos Náuticos

Alhosvedrense “Amigos do Mar”, com regresso ao ponto de partida, num percurso com uma distância aproximada de oito quilómetros. Os munícipes interessados em participar devem inscrever-se gratuitamente e contactar o 917 199 375, e utilizar vestuário adequado para o efeito. A actividade será realizada de acordo com as regras da Direcção-Geral de Saúde.


8 O SETUBALENSE 23 de Setembro de 2021

Moita RICARDO LEVESINHO DIRECTOR EXECUTIVO DA TAUROLEVE

“Estamos a tentar sobreviver a esta crise” Promotor da Feira Taurina faz balanço positivo desta edição e garante que festa brava tem futuro

FOTÓGRAFO

A tourada é o único espectáculo cultural que não tem apoios, mas já estamos habituados a viver assim

Luís Geirinhas Em entrevista a O SETUBALENSE, Ricardo Levesinho, director executivo da Tauroleve, empresa promotora de eventos dedicados unicamente ao mundo da tauromaquia, faz um balanço da Feira Taurina de Setembro deste ano, na Moita, e aponta os impactos que a pandemia trouxe ao sector, acreditando que esta área tem futuro, está saudável e tem muita força. Qual o balanço da Feira Taurina de Setembro deste ano na Moita e que receptividade teve o cartaz apresentado junto dos aficionados moitenses, nas datas em que decorreram as corridas? Considero que tanto por parte dos aficionados como do público em geral, houve muito interesse nas corridas que apresentámos e o resultado foi uma afluência muito positiva à Praça de Toiros Daniel do Nascimento. Tivemos boas molduras humanas e, por essa razão, estamos muito satisfeitos. Que impacto é que a pandemia trouxe à TAUROleve e de que forma lidaram com o período de ausência dos eventos nas praças de toiros? Este período foi muito nefasto porque teve consequências extremamente negativas para os vários agentes, até porque fazíamos um número significativo de espectáculos e isso implicou, em termos de economia – tanto para ganaderos como toureiros e restantes áreas ligadas à tauromaquia –, toda uma redução que o sector registou, pelo que sofremos de forma grave essas implicações e esse impacto negativo. Felizmente as actividades estão a começar a reiniciar, estamos

A temporada segue com a Feira de Santarém. O grande destaque é Feira de Vila Franca de Xira, a 30 de Setembro Ricardo Levesinho e Morante de la Puebla, a grande atracção da Feira Taurina deste ano na Moita

Ricardo Levesinho (centro) garante que a afluência à Praça de Toiros Daniel do Nascimento foi muito positiva

a sentir que as lotações estão cada vez mais a reduzir as suas limitações, com uma maior abertura e autorização do número de espectadores presentes nas praças. Conjugado com o interesse dos públicos, temos tido praças cheias sendo esta uma forma de recuperar, aos poucos, e que está a ser visível e já é notória a recuperação gradual do sector. Sentimos que o público tem tido confiança que os espectáculos culturais são seguros e que respeitamos, integralmente, os planos de contingência obrigatórios para defendermos a saúde pública. Que medidas foram necessárias implementar, nesta altura, para que o mundo tauromáquico continuasse a afirmar-se, tanto a nível local como nacional?

Em primeiro lugar, um respeito integral pelos planos de contingência, com todos os cuidados, de forma a defendermos a saúde pública, com regras de funcionamento, organização e, desde logo, limitações para garantirmos que podíamos ter público presente. Que apoios defende para este sector? Estamos a habituados a viver sem subsídios públicos, porque vivemos daquilo que a própria actividade gera e sempre foi assim. Contamos continuar a criar espectáculos atractivos, em que o público continue a acreditar e essa é melhor forma para que a nossa actividade continue sempre com os aficionados a seu lado, mostrando que a tauromaquia tem futuro. A nível governamental, este é o único espectáculo cultural que não tem apoios, mas já estamos habituados a viver assim. É essa a forma como vivemos, é assim que estamos mais salutares e estamos a defender uma cultura, uma identidade cultural. Estamos a tentar sobreviver a esta crise, causada pela questão da pandemia. Estamos a resistir e a criar futuro. É uma prova dada que a tauromaquia tem muita força e está saudável e a lutar com rigidez pelas suas raízes para um futuro mais risonho. Que outras iniciativas estão previstas para este ano, em termos de feiras ou corridas. Quer destacar alguns eventos? A temporada está a seguir o seu ritmo normal. Já de seguida vai acontecer a Feira de Santarém e mais corridas em outros locais. Como grande destaque teremos a Feira de Vila Franca de Xira, que vai ter lugar entre 30 de Setembro e 9 de Outubro. Considera que a próxima Feira Taurina da Moita já possa vir a ser melhor? Sempre, até porque esse é um desafio que deve ser continuamente superado. Queremos sempre mais no ano seguinte daquilo que conseguimos em 2021, de forma a que estejamos sempre saudáveis neste espírito cada vez mais competitivo para nós próprios, com o objectivo final de fazer mais e melhor.


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Habitação ‘social’ gera atrito entre Maria das Dores Meira e Inês de Medeiros p12 e 13

A política não pode ser encarada como uma carreira

N

a Constituição da República Portuguesa já está previsto que os cargos políticos não devem ser exercidos a título vitalício e para além disso estabelece ainda que “A lei pode determinar limites à renovação sucessiva de mandatos dos titulares de cargos políticos executivos.”. Ou seja, o legislador constitucional expressamente previu a possibilidade de limitação de mandatos. Em 2005, introduziu-se a limitação de mandatos aos Presidentes das Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia. No entanto, acontece que ficaram excluídos da referida Lei os Vereadores, apesar destes também assumirem cargos executivos. Para além disso, o entendimento da Comissão Nacional de Eleições é que essa limitação de mandato apenas se verifica terri-

torialmente, ou seja, a limitação de mandatos apenas se aplica no município ou freguesia em que ocorreu a eleição não havendo qualquer impedimento a que essas pessoas se candidatem noutro município/freguesia. A título de exemplo, no nosso distrito, nestas eleições autárquicas há quem contorne esta legislação, como a candidata da CDU Maria Dores Meira, que completou três mandatos consecutivos na Câmara de Setúbal e que apresenta agora a sua candidatura a Almada. Parece-me que essa circunstância esvazia de conteúdo o objectivo da lei, visto que deve ser indiferente a zona territorial em que os três mandatos foram exercidos. É importante relembrar que a República, enquanto princípio fundamental da nossa ordem jurídica, traz em si, a ideia de alternância no poder, proporcionada

OPINIÃO Cristina Rodrigues

pelas eleições periódicas. Daí a limitação de mandatos permitir o reforço da democracia, a renovação dos intervenientes políticos e o pluralismo. Com efeito, o sistema actual privilegia os que exercem há mais tempo cargos políticos, angariando cada vez mais poder ao longo de sucessivos mandatos. A possibilidade de reeleição vitalícia é potencialmente nociva à democracia. No fundo, para além do que já referi, a limitação de mandatos pretende reduzir o número de pessoas que fazem da política uma carreira bem como as possibilidades de corrupção no Estado. Recorde-se que, segundo os resultados do Barómetro Global de Corrupção, quase 90% dos portugueses acredita que há corrupção no Governo. A Organização das Nações Unidas (ONU)

reconhece, entre outras coisas, que a corrupção coloca em causa a estabilidade e a segurança das sociedades, pois tem a possibilidade de minar a confiança dos cidadãos tanto nas instituições como nos valores democráticos; que os casos de corrupção envolvem, em muitos casos, recursos dos Estados e que a aquisição ilícita de riqueza pessoal pode ser particularmente prejudicial para as instituições democráticas, as economias nacionais e o Estado de direito. Concluindo, devemos tomar todas as medidas que se considerem necessárias ao combate à corrupção e que promovam a confiança dos cidadãos nos titulares dos cargos políticos.

Deputada não inscrita PUBLICIDADE


10 O SETUBALENSE 23 de Setembro de 2021

Almada

Mascotes dos Jogos Olímpicos em exposição no Fórum Romeu Correia

O átrio do Fórum Romeu Correia, em Almada, recebe a partir de hoje, e até 29 de Outubro, uma exposição das 26 mascotes que animaram os Jogos Olímpicos, entre 1968 e 2020. A mostra “Mascotes Olímpicas – De talismãs a símbolos de identidade”,

foi concebida pela Academia Olímpica de Portugal, com recurso a peças provenientes de colecções particulares ou institucionais, e retrata meio século de história destes símbolos identitários de cada edição dos Jogos Olímpicos.

IGREJA CATÓLICA

CULTURA

Padre Marco Belchior tomou posse na Paróquia da Trafaria DR

Novo pároco mantém o ofício de Capelão Militar da Marinha Portuguesa, na Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança Humberto Lameiras O padre Marco Belchior tomou posse na Paróquia da Trafaria, funções que assume após a morte do padre João Luís Paixão, em Julho deste ano, prior daquele lugar. O padre Pedro Quintela, pároco do Monte de Caparica, permanece Vigário Paroquial da comunidade, deu a saber a Diocese de Setúbal. “Esta será uma colaboração pastoral entre os párocos da Trafaria e do Monte de Caparica, que serão, mutuamente, Vigários Paroquiais um do outro, assumindo o padre Pedro Quintela a coordenação da equipa”, refere ainda a Diocese. A par destas funções, que assumiu no início de Setembro, o padre Marco Belchior mantém o ofício de Capelão Militar da Marinha Portuguesa, na Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança. Na tomada de posse, o Bispo diocesano, D. José Ornelas, lembrou o falecido padre João Luís Paixão,

Tomada de posse do padre Marco Belchior na Paróquia da Trafaria

manifestando os sentimentos de profunda gratidão pelo “longo, diligente e generoso ministério pastoral” deste sacerdote da Diocese de Setúbal: “Hoje, a memória do padre João Luís Paixão está bem presente e leva-nos para muito próximo do serviço à Igreja que ele sempre desempenhou à imagem do Bom Pastor”, afirmou. Antes da proclamação do Evangelho pelo padre Marco Belchior, D. José Ornelas entregou-lhe o Evangeliário, porque, como explicou “a

primeira função do padre é proclamar e anunciar a Palavra de Deus e levar a comunidade a ser evangelizadora nos diferentes serviços que a compõem. Deve receber a Palavra, acolhê-la, deixar-se transformar por ela e anunciá-la, conduzindo a comunidade através dela”.

Padre Marco Belchior foi pároco no Laranjeiro/Feijó

Após a homilia teve lugar a profissão de fé e juramento de fidelidade do no-

vo pároco, bem como a entrega das chaves da Igreja de São Pedro. “Juntos, professamos a mesma fé, conduzidos pelo Pastor desta comunidade que inicia a profissão de fé", referiu ainda o Bispo diocesano, mas "o facto de o padre Marco receber, também, a chave da porta desta igreja, é um desafio à co-responsabilidade e ao acolhimento. A chave abre a porta porque a Igreja não vive fechada, acolhe toda a gente, de diversas origens, diversidades e línguas, mas também sai para ir ao encontro sobretudo dos que mais precisam de atenção e ajuda”, acrescentou D. José Ornelas. Nas suas primeiras palavras dirigidas aos paroquianos da Trafaria o padre Marco Belchior disse: “Procurarei amar esta comunidade com todas as minhas forças e inteligência. A partir de hoje, o Senhor quer escrever uma parte importante da história da Trafaria. Vamos colher muito do que foi semeando, mas não ficaremos por aí… Semearemos também”. O decreto de nomeação emitido pelo Bispo diocesano foi lido no início da celebração, pelo Vigário Forâneo da Caparica, Padre Pedro Quintela, e a leitura da acta da tomada de posse, no final da Eucaristia, foi feita pelo Padre José Pinheiro, Vigário Forâneo de Almada, que a partir do próximo dia 02 de Outubro será, também, Vigário Paroquial de Laranjeiro/Feijó, comunidade onde o padre Marco Belchior foi pároco nos últimos quatro anos.

SAÚDE

Centro de Vacinação covid do Feijó é desactivado no domingo A partir de domingo, 26 de Setembro, passa a estar encerrado o Centro de Vacinação covid-19 (CVC) do Feijó, instalado no Complexo Municipal dos Desportos. Uma decisão de acordo com o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Almada-Seixal. Ainda em sequência da decisão do mesmo ACES, a partir de 27 de Setembro vai manter-se em funcionamento o Centro de Vacinação covid-19 da Trafaria, “quer para as ac-

DR

tividades que venham a ser definidas no âmbito do Plano de Contingência face a temperaturas extremas, durante o Inverno, nomeadamente para vacinação contra a gripe”, divulga a Câmara de Almada. O Centro de Vacinação covid-19 da Trafaria, instalado na Avenida da Liberdade, 6, vai funcionar nos dias úteis das 13h00 às 20h00 e aos sábados das 8h00 às 20h00. Encerra aos domingos e dias feriados.

Concelho é palco de filmagens da série SIC “Vanda” História verídica de uma cabeleireira da Costa de Caparica que assaltou 12 bancos Humberto Lameiras O concelho de Almada está a ser palco, até Outubro, de filmagens da série televisiva “Vanda”. Um enredo de oito episódios em co-produção entre a SPi, S.A e a produtora hispano-americana La Panda, que conta com a colaboração da Câmara Municipal, com os direitos de exibição a ficarem a cargo da SIC, e das suas plataformas. A distribuição internacional será garantida pela Legendary Pictures. Na passada sexta-feira, as filmagens na Cova do Vapor, Trafaria, receberam a visita da presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, que foi acompanhada pelo director executivo da SPi, José Amaral, e actores. “Vanda” inspira-se na história verídica de Dulce Caroço, condenada a sete anos de prisão. A série pretende explorar os limites morais e emocionais de uma mulher que, face às adversidades da vida, opta por cometer actos criminosos, mas sem, no entanto, recorrer à violência: Dulce, conhecida por Viúva Negra, é uma portuguesa, dona de um cabeleireiro na Costa de Caparica, que sozinha assaltou 12 bancos, recorrendo apenas a uma pistola de plástico.


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12 O SETUBALENSE 23 de Setembro de 2021

Almada AUTÁRQUICAS 2021

Habitação ‘social’ gera atrito entre Maria das Dores Meira e Inês de Medeiros Mobilidade e transportes cria consenso, com os sete cabeças-de-lista a defenderem expansão do Metro Sul do Tejo à Costa de Caparica Maria Carolina Coelho O tema da habitação, um dos vários levantados no debate promovido ontem por O SETUBALENSE em Almada, a partir do Fórum Romeu Correia/ Auditório Fernando Lopes Graça, foi o que mais gerou atrito entre os sete candidatos à presidência da Câmara Municipal, com Maria das Dores Meira, cabeça-de-lista pela CDU, a acusar Inês de Medeiros, que se recandidata à autarquia pelo Partido Socialista (PS), de “criar fabulações”. “Fico pasmada com a lata da candidata do PS. De facto, só de uma grande actriz”, avançou a candidata comunista, em resposta à actual presidente do município almadense, que garantiu que o trabalho feito na

área da habitação “em quatro anos foi gigantesco”. “No mandato de 2013/2017 foram entregues 230 habitações. Está no PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] a construção de 3 500 fogos de habitação de renda acessível por parte do IHRU [Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana]. Não vislumbramos nesta proposta [do actual executivo] de Estratégia Local de Habitação [ELH] uma única habitação de renda apoiada. É preciso reabilitar as habitações que já existem”, refutou Dores Meira, que preside a Câmara Municipal de Setúbal. Já a cabeça-de-lista socialista, que venceu e afastou a CDU do poder, garantiu que o protocolo com o IHRU “inclui renda apoiada e acessível”, estando também focado “na

questão das jovens famílias, para se poderem instalar em Almada”. “Não temos a pretensão de conseguir fazer 900 fogos em quatro anos, por isso propomos a construção de 450”, acrescentou, para, imediatamente depois, concordar com a intervenção de Joana Mortágua, candidata pelo Bloco de Esquerda, que disse não existirem actualmente “casas para entregar”. “Estes projectos vão de facto existir, com o IHRU e o 1.º Direito [Programa de Apoio ao Acesso à Habitação], mas não vão dar resposta imediata”, explicou a bloquista, eleita em 2017 vereadora. Já Nuno Matias, candidato da Coligação Almada Desenvolvida (PSD/ CDS-PP/Aliança/MPT/PPM), defendeu ser necessário encontrar “uma

solução para o problema do II Torrão ou das Terras da Costa”. “Para isso precisamos de evitar que quando [quem ali vive] sai, que apareçam outras [pessoas] ou que cresçam novas soluções que fazem negócio com aquela habitação clandestina. A estratégia é de fiscalização e irradicação de barracas em Almada”, disse o actual vereador do PSD com os pelouros dos Espaços Verdes, Ambiente e Energia. Em seguida, trouxe para ‘cima da mesa’ a ELH, que deverá contemplar, no seu ponto de vista, “soluções que envolvam não o Governo central, mas investidores locais”. “Quando se vai construir, pode haver a possibilidade de se transformar algumas das taxas que são pagas ao município em fogos, que ficam à disposição do programa

de realojamento, mas não apenas. Defendemos o programa de arrendamento para jovens. Não podemos deixar de tentar criar condições para fixar os almadenses em Almada”, afirmou. Por seu turno, Vítor Pinto, que con-

Innovation District Candidatos aguardam por evolução do projecto A opinião é consensual: os candidatos aguardam pela evolução do “Innovation District”, por considerarem ser “um projecto estruturante” para o concelho, capaz de “alavancar um conjunto de investidores” enquanto “pólo de inovação e tecnológico”. No entanto, Maria das Dores Meira (CDU) diz considerar meramente “uma ideia, porque ainda não passou disso”. Classificando como “Illusion [Ilusão] District”, a cabeça-delista comunista explicou que o projecto “não tem sequer PDM

[Plano Director Municipal] que lhe sirva de base de sustentação”. “Há uma série de ideias, há esboços, não há quase nada aprovado. Isto a acontecer é extremamente importante para o desenvolvimento de Almada, mas tem é de haver debate de ideias e verdade”, defendeu. Para Joana Mortágua, que diz que “o desenvolvimento de pólos tecnológicos, ligados à investigação científica, são benéficos para o concelho”, o importante é “saber que tipo de contrapartidas é que deixa

no município e que regras de ocupação do espaço público é que cumpre”. Bruno Coimbra (IL) considera também que será “um projecto que colocará Almada no pódio”, mas diz ser importante não esquecer “a questão do metro”. “Temos de ter cuidado com o traçar do metro, para poder impedir que as alterações climáticas avancem por aí”, salientou. Manuel Matias (Chega), por sua vez, diz-se “céptico do projecto”, por ter “receio que este esteja a ser vendido

como uma falsa ilusão, como já foram feitos no passado outros megaprojectos e que, com isso, se engane os almadenses”. “Gosto da ideia, mas temos dúvidas”, afirmou. Sobre esta matéria, Vítor Pinto (PAN) disse concordar com o Innovation District, “desde que ele salvaguarde os princípios ambientes na forma como é executado”. Enquanto isso, Nuno Matias (Almada Desenvolvida) vê o projecto como uma “âncora para Almada”, realçando que é uma “necessidade há muitos anos

defendida, à volta de um pólo de conhecimento e investimento”. “Através deste projecto, poderá estar alavancado um conjunto de investidores que, com o apoio da Câmara, podem ajudar a ter mais oportunidades de criação de actividades económicas e de emprego”, explicou. Inês de Medeiros (PS) revelouse “orgulhosa” do “trabalho feito na criação do grande projecto, muito estruturante, que tem uma vantagem extraordinária, que é trazer a universidade à cidade e a cidade à universidade”.


23 de Setembro de 2021 O SETUBALENSE 13

Vitória FC quer estar na luta pelos primeiros lugares da 1.ª Divisão Distrital p14 MARIA MARTINS

corre à edilidade pelo PAN, interligou o tema “às questões ambientais”. “Das oito mil pessoas que precisam de ser realojadas, a maior parte está alojada nas zonas que vão ser afectadas pela subida do mar. Com as alterações climáticas, o que estamos à espera que aconteça nas próximas décadas?”, questionou. A partir da sua própria interrogação, explicou que “o PAN olha para a habitação de duas formas: a social e a de custos acessíveis”. “Na realidade, realojar pessoas que têm habitações precárias no Monte de Caparica afecta a classe média e os jovens. A Câmara tem de ser um actor interveniente no mercado imobiliário, para modelar os preços. Isso faz-se adquirindo imóveis no centro da cidade”, garantiu. O candidato à presidência da autarquia pelo Chega, Manuel Matias, relembrou que “em 47 anos, este problema foi sempre aumentando”. “Há que ter coragem de enfrentar o poder central. É um flagelo e não há dinheiro. Nós achamos que os bairros sociais não podem ser guetos. Tem de haver respostas transitórias, de forma

Em destaque estiveram igualmente os serviços da Flexibus e do comboio turístico Transpraia, vistos por todos como uma solução necessária a que as famílias possam resolver e elevar-se socialmente”, realçou. Já Bruno Coimbra, cabeça-de-lista da Iniciativa Liberal (IL), que se expressou “arrepiado” nesta matéria, começou por levantar uma questão:

“A habitação é que está cara ou nós é que ganhamos pouco?”. No entanto, reconheceu que “a habitação social é uma questão crónica”, não sem antes ‘lançar farpas’ ao candidato do PAN, ao perguntar: “Mas nós queremos que a habitação seja uma Remax? Vou construir casas para depois meter rendas acessíveis para os jovens?”.

Metro Sul do Tejo à Costa consensual entre cabeças-de-lista

Conhecidas também as propostas dos sete cabeças-de-lista, focadas na proximidade à população e em questões como a educação, cultura, desporto e alterações climáticas, o jornalista de O SETUBALENSE Humberto Lameiras introduziu o tema da mobilidade e transportes, focado na expansão do Metro Sul do Tejo à Costa de Caparica, projecto consensual entre os candidatos. Depois de destacar que “das 34 novas linhas [de transportes rodoviários], 22 é que são, de facto, municipais”, Maria das Dores Meira (CDU) afirmou que o concelho “continua a

não ter frequência”. “Estava no nosso [gestão CDU] Plano de Urbanização de Almada Nascente a questão do túnel de Cacilhas. O Metro Sul do Tejo devia continuar de Cacilhas até à outra margem”, comentou. Enquanto isso, Inês de Medeiros (PS) disse querer “que o metro estivesse inserido no PRR”. “O Governo considerou que o prazo de execução era muito curto e decidiu colocá-lo no Plano Nacional de Investimento. Nós continuamos a insistir que não apenas deve e vai chegar até à Costa de Caparica, mas que também não se esgote aí”, sublinhou. Para Nuno Matias (Almada Desenvolvida), vereador que diz não querer ser deputado em mais lado nenhum a não ser em território almadense, “não há dúvida de que o metro tem de chegar à Costa”. O cabeça-de-lista considera, contudo, que “aquilo em que não devia de ter havido dúvida era na sua implementação”. “Nós sabemos que a Costa é fundamental, mas é também fundamental haver uma interligação para a Charneca. Tem de haver uma rede

de mobilidade integrada, que articule os diferentes modos de transporte”, refere. A bloquista Joana Mortágua, candidata pela terceira vez ao município, começou por relembrar que o projecto do Metro Sul do Tejo “vem de 2002” e que “não se sabe como é que vai ser financiado”. “Não sabemos nós, porque a candidata do PS disse ter garantias do primeiro-ministro / secretário geral do PS de que o metro era para avançar”, disparou. No entender de Vítor Pinto, “a incapacidade de fazer chegar o metro de superfície até à Costa de Caparica impossibilita o centro da cidade de receber um milhão de pessoas que a Costa recebe em Agosto por cada fim-de-semana”. “De facto, o PAN defende uma transição entre a mobilidade individual e a colectiva, entre a mobilidade rodoviária e a ferroviária, e o metro de superfície tem uma palavra muito importante a dizer”, realçou. Sobre esta matéria, Manuel Matias (Chega), cujo principal objectivo é “combater a corrupção através de uma auditoria às contas dos dois últimos mandatos”, comentou ser necessário “que se retome a luta e que se exija que o projecto se concretize”. Ainda sobre a mobilidade em Almada, o candidato, que desempenha actualmente a função de assessor de André Ventura na Assembleia da República, destacou uma terceira travessia sobre o Tejo. Ao nível do transporte rodoviário, Inês de Medeiros salientou o “aumento significativo do número de novas carreiras, intermunicipais e municipais, e o aumento do número de frequências”, afirmando ainda ter ficado “surpreendida quando a CDU criticou a proposta”. “As pessoas vão ficar certamente surpreendidas por saber que uma força política que acha que ter autocarros de 5 em 5 minutos é algo de muito prejudicial”, disse. Maria das Dores Meira (CDU) explicou a crítica, ao afirmar que aumentar a frequência “cria estrangulamento no centro da cidade, ao invés de criar espaços intermodais”. Em destaque estiveram igualmente os serviços da Flexibus e do comboio turístico Transpraia, vistos por todos os candidatos como uma solução necessária para a mobilidade da população. Com este encontro em Almada, O SETUBALENSE concluiu o ciclo de debates entre os candidatos da Península de Setúbal e do Litoral Alentejano (ver texto página 2). Estes contaram com a parceria da Rádio Sines, Rádio M24, Popular FM, jornal ‘O Leme’ e a empresa Morning Panorama, responsável pela cobertura e transmissão em directo das emissões.


14 O SETUBALENSE 23 de Setembro de 2021

Desporto

EQUIPA TREINADA POR PAULO MARTINS VENCEU O COVA DA PIEDADE B NA JORNADA INAUGURAL

Vitória FC quer estar na luta pelos primeiros lugares da 1.ª Divisão Distrital da AF Setúbal FOTOS: DR

Sadinos jogam sábado (15h00) com o Monte da Caparica, no campo municipal Vítor Baptista Ricardo Lopes Pereira Depois de ter conquistado na época passada o título da 2.ª Divisão de seniores da Associação de Futebol de Setúbal, o Vitória FC entrou com o pé direito no principal escalão do futebol regional ao vencer no domingo o Cova da Piedade B, por 2-0. Depois de somar os três pontos na ronda inaugural, os sadinos vão agora no sábado, a partir das 15 horas, no campo municipal Vítor Baptista, tentar somar o segundo êxito consecutivo na recepção ao Monte da Caparica. Os comandados de Paulo Martins vão ter pela frente um dos oito clubes que conseguiram ganhar os respectivos encontros na primeira jornada da prova. Neste caso os caparicanos levaram a melhor (2-1) no duelo travado em sua casa diante do vizinho Trafaria. Em Setúbal, cidade onde mora um conjunto ambicioso que se quer intrometer na luta pelos primeiros lugares da competição, o pensamento é apenas um: “ganhar”. O timoneiro dos sadinos considera que o triunfo alcançado frente do Cova da Piedade, graças aos golos dos avançados Eric Prazeres e António Pereira, ambos na primeira parte do encontro, foi um excelente tónico para o que esperam vir a fazer no futuro. “Foi o primeiro jogo campeonato e era importante pontuar, ainda mais sendo fora de casa, contra uma equipa B do Cova da Piedade que tem miúdos de qualidade. Foi um resultado muito bom para nós. O importante foi termos alcançado os três pontos e termos entrado a ganhar no campeonato”. Em relação à forma como decorreu o jogo com os piedenses no campo Pepita, na Trafaria, Paulo Martins considera que a superioridade vitoriana nunca esteve me causa. “Entrámos melhor no jogo que o adversário e

Paulo Martins levou sadinos ao título da 2.ª Divisão Distrital na época passada

chegámos ao golo logo aos sete minutos. O Cova da Piedade respondeu e equilibrou um bocadinho, mas fomos nós a marcar novamente ainda antes do intervalo. O 2-0 permitiu-nos gerir um jogo em que o adversário nunca baixou os braços”. Depois de ter levado os setuba-

lenses ao título de campeões distritais da 2.ª divisão da AF Setúbal em 2020/21, Paulo Martins, de 44 anos, continua a ser o homem do leme numa equipa que se apresentará em todos os jogos para elevar o nome do clube, garante. “O nosso objectivo é dignificar o emblema que represen-

Eric Prazeres e António Pereira marcaram golos do triunfo na 1.ª jornada

tamos e entrar em campo nos jogos com mentalidade vencedora”. A temporada 2021/22 será jogada por 20 clubes e a luta promete ser dura, vaticina o técnico dos setubalenses. “Vai ser um campeonato muito longo, com 38 jornadas. Sabemos que existem grandes investimentos neste campeonato. Considero-o um campeonato com nível distrital, mas com uma capacidade de Campeonato de Portugal por parte de sete ou oito equipas. Acredito que nos podemos intrometer na luta”. A confiança do treinador, que tem neste momento um plantel constituído por 24/25 jogadores, é reforçada pela forma como os seus atletas têm vindo a trabalhar, quatro dias por semana, desde 18 de Agosto, dia em que começaram os treinos na Várzea. “Vamos ter uma equipa competitiva e que poderá surpreender. A nossa ideia de jogo existe, daí termos mantido muitos jogadores da época passada que são a base do plantel. Quem veio teve de se adaptar a uma ideia de jogo que já existe e procurar o seu espaço”. Em relação ao plantel, cerca de metade da estrutura mantém-se e há também várias caras novas, revela Paulo Martins. “A equipa ficou com cerca de 50 por cento do plantel do ano passado. Tentámos também de o reforçar com miúdos de idades semelhantes aos que cá estão: 21, 22,

23 anos”, disse dando co o exemplo alguns dos atletas contratados. “Ao Estoril B fomos buscar Alexandre Graça; Gerson Cassamá jogou no Esperança de Lagos, que tinha jogado o Campeonato de Portugal na época passada e Francisco Melo era júnior do Vilafranquense que estava no campeonato nacional do escalão”.

“Campeonato supercompetitivo”

A juventude vitoriana contrasta com muitos dos plantéis que participam na prova, reconhece o técnico. “Obviamente que sabemos que a 1.ª Divisão Distrital tem equipas com muita tarimba e jogadores com muita experiência e várias subidas neste campeonato”, refere, fazendo questão de lembrar que existem outros factores que podem pesar, dando o exemplo do Moitense, que lutou até ao derradeiro minuto da última jornada pelo título, que acabou conquistado pelo favorito Barreirense. “O Moitense fez um excelente campeonato o ano passado e ninguém dava nada pelo Moitense no início. Aparecem sempre equipas que podem surpreender”. Instado a apontar favoritos, o timoneiro dos sadinos é peremptório. “Pelo gabarito que têm, as equipas que desceram de divisão são candidatas lutam normalmente para voltar a subir de divisão. Neste lote está o Olímpico do Montijo e o Fabril. Depois há um leque de cinco, seis equipas que costumam fazer bons campeonatos: o Sesimbra, Comércio e Indústria e O Grandolense. O Vasco da Gama de Sines também é uma equipa difícil, o U. Santiago, os Pescadores da Costa de Caparica…” Apesar disso, Paulo Martins antevê uma prova muito equilibrada. “Penso que o campeonato vai ser supercompetitivo porque as equipas têm níveis semelhantes. Em termos de classificação, começamos todos com zero pontos e, com o decorrer das jornadas, veremos o que se poderá fazer”, disse, assegurando estar agradado com os jogadores que tem à disposição. “Neste momento estou satisfeito com a matéria-prima que tenho”.


23 de Setembro de 2021 O SETUBALENSE 15

Almada e Alto do Moinho no Nacional da 2.ª Divisão de Andebol

Tem início este sábado, dia 25 de Setembro, o Campeonato Nacional de Andebol da 2.ª Divisão que vai contar com a participação de duas equipas da região, o Almada Atlético Clube e o Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moinho.

Os jogos da primeira jornada são os seguintes: Belenenses B – Camões; Alto do Moinho – Vela de Tavira; Serpa - Lagoa; 1.º Dezembro – Évora AC; Sporting B – Almada; Sassoeiros – Benavente. O Almada surge esta época com quatro reforços, dois

DR

vindos do Alto do Moinho (Tiago Gil e Hugo Sampaio), um do Oriental (Francisco Silva) e outro do Vitória de Setúbal (Ricardo Pereira). E o Alto do Moinho com duas novidades, João Alcântara (Évora AC) e Jorge Paris (Ginásio do Sul).

II DIVISÃO DISTRITAL

Banheirense estreia-se no campeonato em Lagameças Equipa comandada por Ricardo Jesus apresenta nesta nova época desportiva um plantel reforçado com 16 jogadores José Pina

JUNCAL DESPORTOS PRONTO PARA RECEBER O ANÇÃ

Moitense volta a disputar a Taça de Portugal 18 anos depois A prova rainha do futebol nacional está de regresso à Moita de novo pela mão do clube mais representativo do concelho José Pina O União Futebol Clube Moitense, que começou a sua participação no Campeonato Distrital da 1.ª Divisão com uma goleada sobre o FC Setúbal, prepara-se agora para defrontar o Ançã em jogo a contar para a segunda eliminatória da Taça de Portugal, depois de ter ficado isento na primeira. O Ançã, clube do concelho de Cantanhede que disputa o Distrital de Coimbra, pode parecer à primeira vista um adversário acessível, por se tratar de uma equipa do mesmo escalão, mas a verdade é que eliminou a Sanjoanense, da Liga 3. Por isso, será um adversário a ter em conta porque todas as cautelas são poucas. É evidente que o treinador David

Nogueira tem conhecimento disto e estará provavelmente na posse de informações mais detalhadas sobre o adversário. Dados que, por certo irão ser fundamentais para definir a estratégia mais adequada para o encontro, por forma a poder contornar o obstáculo e seguir em frente na competição que na próxima eliminatória já conta com as equipas da I Liga. “O nosso grande objectivo é claramente passar a eliminatória sabendo que teremos uma tarefa muito difícil. Apesar de jogarmos em casa, até acho que o favoritismo está do lado do adversário porque eliminou uma equipa da liga 3. De qualquer forma, queremos muito continuar a fazer história com este símbolo ao peito”, disse a propósito o treinador do Moitense. Embora o adversário [que trará um autocarro com cerca de 50 adeptos] seja pouco conhecido, o jogo está a despertar grande interesse junto da comunidade local que vai poder assistir desde que consiga adquirir um dos 230 bilhetes que serão colocados à venda, devido às limitações impostas pelo Covid-19 que não permite a presença de público em pé à volta

do relvado. Os sócios com as quotas em dia pagarão três euros e o preço para não sócios é de sete euros. Os bilhetes poderão ser adquiridos hoje e amanhã na secretaria do Campo do Juncal, entre as 20 e as 21h 30m. O Moitense tem sete presenças na Taça de Portugal, 12 jogos realizados, duas vitórias, quatro empates e seis derrotas e a sua mais recente participação remonta à época de 2003/2004. Nessa altura, o Moitense foi a Sines eliminar o Vasco da Gama por 1-0, depois afastou da competição o Camacha, na altura treinado por Leonardo Jardim, num jogo disputado no Campo do Juncal que só foi decidido no desempate por penaltis porque se registava um empate (1-1) no final do tempo regulamentar e do prolongamento. Nos penaltis, os jogadores do Moitense com a pontaria mais afinada marcaram quatro e a equipa madeirense apenas três, ficando assim pelo caminho. Na eliminatória seguinte a equipa voltou a jogar na Moita mas desta vez o adversário, o Sporting da Covilhã que disputava a II Liga, foi mais forte e o Moitense acabou eliminado perdendo por 4-0.

O Campeonato Distrital da 2.ª Divisão, que tem início no próximo sábado, vai ser disputado por 17 equipas, sendo uma delas o União Banheirense que se apresenta com um plantel bastante renovado em relação à época passada. A equipa técnica comandada por Ricardo Jesus, que integra também Mário Eusébio e Fábio Coelho como adjuntos, Marco Santos com treinador estagiário e Artur Jorge como treinador de guarda-redes, tem à sua disposição um plantel de 26 jogadores, quatro guarda-redes, nove defesas, cinco médios e oito avançados. Da época passada saíram nove jogadores, Júnior Nantes para o Seixal, Alex Matos, Abdul Koroma, Rúben Gonçalves e Nelson Cardoso, todos para o Seixal, João Gomes para o Lagameças, Duscher para o Samouquense, Patrick Luz e Rui Vieira para o FC Setúbal. Perante este cenário o clube viu-se na contingência de efectuar algumas aquisições e acabou por assegurar 16 reforços: Pedro de Andrade e Daniel Duarte (ex-Charneca), Daniel Ferreira, Imildon e David Pinto (ex-Quinta do Conde), João Nogueira e André Marinheiro (ex-Samouquense), Paulo

Mendes (ex-Pescadores), Igor Coelho (ex-Monte de Caparica), José Milheiro (ex-Sp. Vinhense), Zinedine Soares (Com. Indústria), Martim Madeira (ex-Fabril), Ricardo Duarte (ex-Alfarim), Omar Alani e António Oliveira (ex-Brejos de Azeitão) e Gonçalo Quinta-Feira (ex-Sesimbra). Com a pré-época concluída é tempo agora de fazer os últimos preparativos para o arranque do campeonato que vai acontecer já este sábado, no Campo Adelino Cais Esteves, frente ao Lagameças. Devido à desistência do Juventude Sarilhense, já depois do sorteio realizado, o campeonato vai ser disputado por número ímpar de equipas, obrigando assim à folga de uma das equipas em cada jornada. Eis a composição do plantel do Banheirense para a temporada que agora se inicia: Guarda-redes: Rafael Vicente, Alexandre Viola, Daniel Ferreira (ex-Quinta do Conde), Pedro de Andrade (ex-Charneca de Caparica) Defesas: André Matias, Yankaz, Rui Cardoso, Cláudio Mestre, João Nogueira (ex-Samouquense), Paulo Mendes (ex-Pescadores), David Pinto (ex-Quinta do Conde), Igor Coelho (ex-Monte de Caparica), Daniel Duarte (ex-Charneca) Médios: Júnior, Filipe Pinto, José Milheiro (ex-Sp. Vinhense), André Marinheiro (ex-Samouquense), Zinedine Soares (ex-Com. Indústria) Avançados: Francisco Alta, Mamadu Djassi, Martim Madeira (ex-Fabril), Ricardo Duarte (ex-Alfarim), Omar Alani (ex-Brejos de Azeitão), Gonçalo Quinta-Feira (ex-Sesimbra), Imildon (ex-Quinta do Conde) e António Oliveira (ex-Brejos de Azeitão). DR

Ricardo Jesus é o treinador principal


04:34 ~ 3.3 m ~ Preia-mar 10:33 ~ 0.7 m ~ Baixa-mar 16:48 ~ 3.4 m ~ Preia-mar 22:53 ~ 0.8 m ~ Baixa-mar

ALMADA

04:34 ~ 3.3 m ~ Preia-mar 10:32 ~ 0.7 m ~ Baixa-mar 16:49 ~ 3.4 m ~ Preia-mar 22:52 ~ 0.7 m ~ Baixa-mar

SESIMBRA

05:01 ~ 3.3 m ~ Preia-mar 11:01 ~ 0.6 m ~ Baixa-mar 17:16 ~ 3.4 m ~ Preia-mar 23:21 ~ 0.6 m ~ Baixa-mar

SINES

SETÚBAL TRÓIA

MARÉS

05:27 ~ 3.7 m ~ Preia-mar 11:11 ~ 0.8 m ~ Baixa-mar 17:42 ~ 3.8 m ~ Preia-mar 23:29 ~ 0.8 m ~ Baixa-mar

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FICHA TÉCNICA REGISTO DE TÍTULO n.º 107552 | DEPÓSITO LEGAL n.º 8/84 PROPRIETÁRIO Outra Margem – Publicações e Publicidade, NIF 515 047 325 (detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro) Sede do proprietário: Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal EDITOR Primeira Hora – Editora e Comunicação, Lda, NIF 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress Lda, Losango Mágico, Lda, Carla Rito e Gabriel Rito) Sede do Editor Travessa Gaspar Agostinho,1, 1.º, 2900-389 Setúbal Conselho de Gerência Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro REDACÇÃO Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal DIRECTOR Francisco Alves Rito Redacção Mário Rui Sobral, Humberto Lameiras; Desporto Ricardo Lopes Pereira, José Pina Departamento Administrativo Teresa Inácio, Dulce Soeiro, Branca Belchior PUBLICIDADE Direcção Comercial Carla Sofia Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro Coordenação Ana Oliveira (Setúbal), Carla Santos (Moita e Barreiro) Publicidade Lina Rodrigues, Rosália Baptista, Célia Félix, Luís Bandadas IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda - Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal geral@ tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária 9000 exemplares Estatuto Editorial disponível em www.osetubalense.com


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