O Setubalense, o seu diário da região nº 752 de 13 de Dezembro de 2021

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Região exige ao Governo negociação das verbas do PT2030 Municípios da Área Metropolitana de Lisboa estão descontentes com a redução do financiamento comunitário p14 e Editorial p3 DR

O SEU DIÁRIO DA REGIÃO SEGUNDA-FEIRA, 13 DE DEZEMBRO DE 2021 PREÇO 0,80€ | N.º 752 | ANO III | 5.ª SÉRIE

DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO

Prisão vive um “pequeno momento de liberdade” Reportagem p20 e 21

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SETÚBAL Assembleia Municipal já aprovou regresso da água e saneamento à gestão pública p2

LEGISLATIVAS 2022 VITÓRIA Conheça (quase) todos os Derrota com Amora afasta candidatos aos 18 mandatos assalto ao 3.º lugar p22 do distrito p6 e 7 PUBLICIDADE


2 O SETUBALENSE 13 de Dezembro de 2021

Abertura

APÓS 25 ANOS DE CONCESSÃO

Assembleia Municipal de Setúbal confirma retorno da água e saneamento à gestão pública

PENSAR SETÚBAL Giovanni Licciardello

As infindáveis obras na Estrada dos Ciprestes

A

Estrada dos Ciprestes constituiu, desde sempre, uma importante artéria para a circulação rodoviária na nossa cidade de Setúbal. Tal característica tem-se vindo a acentuar, não só pela sua localização, mas também pelo aumento significativo do tráfego rodoviário, ao longo dos sucessivos anos. A Estrada dos Ciprestes não só constitui um local preferencial para a circulação urbana, como também para a entrada e saída de veículos nas direcções Norte, Sul e Poente respectivamente, para Aires, Palmela, para o centro da cidade e para as autoestradas A1 e A2. No sentido Norte-Sul, a referida estrada tem o seu início no cruzamento da Azinhaga de S. Joaquim, percorre toda uma longa faixa, desvia bordejando o Parque Urbano da Várzea, inflecte para a Praça do Brasil e termina na rotunda da Tebaida. A Estrada dos Ciprestes tem vindo a ser sucessivamente intervencionada, com o objectivo de torná-la mais escorreita, com novos e importantes ramais de ligação e rotundas, que lhe irão conferir uma importância rodoviária e pedonal acrescida. Todavia, existem alguns constrangimentos que me merecem alguma atenção, e ficam aqui algumas sugestões, na tentativa de os procurar resolver. Para esse efeito, vamos então tentar percorrê-la, efectuando a deslocação no sentido Norte-Sul. Quem circula pela estrada, proveniente de Palmela e de Aires, encontra a Rotunda da Azinhaga de S. Joaquim. Já há bastante tempo que esta infraestrutura rodoviária era

Parece-me que todas as intervenções previstas foram bem concebidas e irão seguramente melhorar a fluidez, quer pedonal, quer rodoviária absolutamente necessária naquele local. Inexplicavelmente, estreitaram a estrada e fizeram somente uma faixa de rodagem na rotunda, condicionando, dessa forma, a circulação. A referida rotunda carece de mais uma faixa, conclusão e embelezamento, com a colocação de vegetação, de preferência autóctone e não com os separadores provisórios aí existentes, bem como o entulho decorrente das obras, que tardam em ser removidos, e que lhe confere um ar desleixado. Nos acessos à Estrada dos Ciprestes, provenientes da rua Álvaro Félix, existe ainda sinalização provisória

amarela no pavimento, que parece ter-se tornado definitiva. Quando chegamos à Praça do Brasil e ao terminal rodoviário adjacente à estação dos comboios, as obras tardam na sua conclusão. Alguns dias antes das eleições autárquicas, ocorridas a 26 de Setembro, inaugurou-se o referido terminal, quando se percebeu perfeitamente que as obras ainda estavam bem longe do fim; estamos em Dezembro e estas avançam ainda penosamente nesse local, bem como na embocadura para a rotunda da Tebaida. Não se inauguram nenhumas infraestruturas, sem estas estarem previamente concluídas. Bem sei que é uma prática comum, mas é um péssimo exemplo democrático que se dá. Naquela que virá a ser a futura rotunda da Praça do Brasil, o cenário é caótico; pedras da calçada de vários tamanhos amontoadas, areia aos montes (literalmente), trânsito cortado entre a Praça do Brasil e a Avenida Guiné-Bissau, o que provoca naturais e previsíveis constrangimentos. Compreende-se que tais condicionantes são males necessários que assumem características provisórias. Todas as envolvências da Praça do Brasil nomeadamente nos acessos à estação dos comboios, são locais de muito movimento pedonal e rodoviário. Parece-me que todas as intervenções previstas foram bem concebidas e irão seguramente melhorar a fluidez, quer pedonal, quer rodoviária. Todavia, e salvo melhor opinião, as obras estão a demorar demasiado tempo para serem concluídas. Professor

Proposta foi aprovada por maioria, apenas com sete abstenções e nenhum voto contra A Assembleia Municipal de Setúbal aprovou na passada sexta-feira, por maioria, o regresso dos sistemas de abastecimento de água e de saneamento básico à gestão pública municipal, após 25 anos de concessão à empresa Águas do Sado. A proposta da CDU, que já tinha sido aprovada em sessão pública de câmara no dia 24 de Novembro, com votos favoráveis da maioria CDU e do PS e a abstenção do PSD, também foi aprovada por maioria na Assembleia Municipal, apenas com sete abstenções e nenhum voto contra. Os eleitos do PSD não contestaram o regresso do sistema de abastecimento de água e de saneamento à gestão pública, mas alertaram para eventuais consequências da cessação do contrato, designadamente quanto à capacidade operacional dos serviços de abastecimento de

água e saneamento básico após o fim da concessão, bem como sobre eventuais consequências financeiras para a Câmara Municipal, decorrentes da cessação do contrato. A maioria CDU na Câmara de Setúbal, que sempre defendeu o retorno da água e saneamento básico à gestão municipal, alega também que é credora de cerca de 30 milhões de euros de rendas da empresa Águas do Sado, mas, apesar da acumulação da alegada dívida da empresa concessionária, nunca avançou para o resgate da concessão. Na Assembleia Municipal extraordinária de sexta-feira, o vereador Carlos Rabaçal, responsável pelo acompanhamento do contrato de concessão com a Águas do Sado, defendeu que será mais vantajoso para o município litigar no fim do contrato do que teria sido em sede de resgate da concessão. O autarca da CDU justificou esta opção da Câmara de Setúbal com o exemplo de outros municípios, que optaram pela via do resgate e que depois foram confrontados com pedidos de indemnização na ordem dos “50, 100 e 150 milhões de euros”.

GR / Lusa

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GNR detém traficante em Santiago do Cacém

Um homem, de 32 anos, foi detido pela GNR em Santiago do Cacém por alegado tráfico de droga, tendo os militares apreendido canábis, haxixe e MDMA, revelou ontem aquela força de segurança. Os militares da Guarda abordaram um veículo que circulava na

localidade de Santiago do Cacém e, na na abordagem à viatura, “o homem demonstrou um comportamento suspeito, tendo sido efectuada uma revista pessoal de segurança”, durante a qual “foi encontrado diverso produto estupefaciente”, refere o

comunicado. A Guarda apreendeu 191 doses de canábis, 190 doses de haxixe, 179 doses de MDMA, 740 euros em numerário, duas balanças de precisão e um telemóvel. O detido foi constituído arguido e os factos foram remetidos para o Tribunal Judicial de Santiago do Cacém.

Regionalização: Setúbal na encruzilhada entre uma oportunidade única ou um erro histórico

NO SÁBADO À NOITE

Carro patrulha da PSP e viatura Se não lutar agora para aproveitar a nova NUT II, a nossa região ligeira chocam ficará integrada na AML, com o centralismo de Lisboa a dobrar em Setúbal

EDITORIAL Francisco Alves Rito

O

s últimos desenvolvimentos sobre as opções de divisão administrativa do país mostram que a Península de Setúbal não pode adiar mais a opção que precisa de fazer quanto à regionalização. Na quinta-feira, os autarcas comunistas de Setúbal, Seixal, Palmela e Sesimbra denunciaram um corte drástico nos fundos do Portugal 2030 para a Área Metropolitana de Lisboa (AML). A região mais rica de Portugal vai receber apenas 3,9% do bolo e, com isto, a Península de Setúbal, apesar de ser das regiões mais pobres, recebe mais uma forte machadada no seu direito a condições de desenvolvimento em pé de igualdade com as demais regiões do país e da Europa. Este novo corte, previsto no acordo de parceria de Portugal com a Comissão Europeia, para o PT2030, faz todo o sentido, no quadro nacional e no âmbito das políticas europeias de coesão. O que está errado é que a região de Setúbal integre a região de Lisboa e, com isso, seja também considerada rica. E este fim-de-semana, no XXV Congresso da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), o primeiro-ministro confir-

mou a disponibilidade para propor a Bruxelas a criação de duas novas regiões NUT II: a da "Península de Setúbal" e a do "Oeste e Vale do Tejo". Estas novas NUT II juntam-se às outras cinco já existentes em Portugal Continental; Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve. Embora não admita que a regionalização avance com sete regiões, por entender ser "de bom senso que as regiões administrativas devem ser as actuais cinco regiões [quadro]", António Costa abre essa porta e isso mostra que é possível, se a nossa região fizer o trabalho de casa que lhe compete. Tanto na moção que apresentou ao congresso do PS, em Maio, como agora no congresso da ANMP, o líder do PS e primeiro-ministro aponta para 2024 o referendo à regionalização que a Constituição impõe. António Costa defende, até, que se comece já o processo de integração das direcções-gerais (primeiro as da educação e cultura) nas CCDR. Este calendário dá-nos o tempo suficiente – mas é preciso começar já - para fazer ver que a Península de Setúbal não pode ficar integrada na região administrativa de Lisboa. Todas as razões apontam para a necessidade dessa separação. Seja na perspectiva política, económica ou social, a região de Setúbal só tem a ganhar em não ficar com Lisboa. Setúbal ganha em peso e autonomia política se tiver as instituições regionais mais próximas, em condições económicas, pelas vantagens no acesso aos fundos de coesão e na gestão das políticas de promoção e atractividade, e na capacidade de resposta social, em consequência dos ganhos de desenvolvimento obtidos pelos dois pontos anteriores. Aliás, qualquer região à volta de Lisboa ganha se não integrar a região administrativa da capital do

Tanto na moção ao congresso do PS, como agora no congresso da ANMP, António Costa aponta o referendo à regionalização para 2024 Dois dos três milhões de cidadãos da AML vivem em áreas que precisam de continuar a receber apoios à convergência Seja na perspectiva política, económica ou social, a região de Setúbal só tem a ganhar em não ficar com Lisboa

país. Basta olhar para os casos de outros países com regiões autónomas, a começar por Espanha, para perceber essa lição. Ficar integrado na região de Lisboa é ficar sujeito ao centralismo da capital de forma dupla. O ideal para Portugal é que Lisboa (eventualmente uma Grande Lisboa, com Cascais e Oeiras) fique reduzida ao menor peso demográfico e geográfico possível. Pelas razões políticas evidentes mas também porque os fundos de coesão são calculados com base per capita. Para a União Europeia, cada cidadão das regiões desfavorecidas “vale” 7500 euros. Sendo assim, como podemos considerar acertado termos uma região administrativa de Lisboa (considerada rica) que, além de integrar duas regiões periféricas pobres, inclui um terço da população do país? Dos 3 milhões de cidadãos da AML, cerca de dois terços (2 milhões), vivem em áreas que precisam de continuar a receber apoios à convergência. Isto corresponde a muitos milhões de euros que Portugal deixa de receber de Bruxelas. É um erro tremendo. Assim, mostrando-se necessário e possível que a Península de Setúbal tenha uma outra estratégia para a regionalização, é essencial que as forças locais e regionais assumam esta causa. É fundamental que os autarcas percebam que não perdemos nada em alterar a actual AML, em dimensão territorial e quanto à sua natureza e atribuições. A organização entre as duas margens do Tejo faz falta para realizações específicas como os transportes, mas são domínios pontuais que podem subsistir enquanto tal. A autoridade de transportes metropolitanos pode e deve manter-se, mas não precisa de impedir a correcta divisão administrativa de todo este território. Director

Um carro patrulha da PSP de Setúbal e uma viatura ligeira de passageiros colidiram esta noite de sábado num cruzamento da Avenida Rodrigues Manito em Setúbal. Do choque não resultaram feridos e não houve necessidade de intervenção dos bombeiros. O choque perto da Escola Secundária Bocage. A viatura da PSP era o segundo desta polícia que seguia para uma situação de distúrbios num café nesta avenida no sentido Bonfim Amoreiras. O choque deu-se no cruzamento do Conservatório de música pouco antes das 20 horas. A segunda viatura envolvida no choque entrava nesta avenida proveniente Rua Major Perestrelo da Conceição. Na sequência da colisão, a viatura da PSP despistou-se, galgou o passeio e derrubou um poste com indicações de trânsito no passeio. O carro da PSP ficou imobilizado no passeio e a viatura ligeira sofreu danos no para choques dianteiro. O suspeito que originou os distúrbios no café saiu do local, mas acabou por ser interceptado pela polícia. DR


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Setúbal

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BREVES CIPRESTES

Trânsito condicionado hoje e amanhã

METEOROLOGIA

Edifício Ciprestes ‘artilhado’ com estação para monitorizar alterações climáticas Clima.AML vai medir temperatura, precipitação, humidade, pressão atmosférica, direcção e intensidade do vento e radiações solar e ultravioleta O Edifício Ciprestes, onde funcionam serviços da Câmara Municipal de Setúbal, tem instalado desde a passada sexta-feira uma estação meteorológica. Este equipamento, no topo do prédio, tem a funcionalidade de monitorizar as alterações climáticas, assim como os impactes que podem causar nas comunidades locais. Trata-se de uma estação no âmbito do projecto ambiental liderado pela Área Metropolitana de Lisboa (AML), o Clima.AML – Rede de Monitorização e de Alerta Meteorológico Metropolitano, que visa reduzir a vulnerabilidade da região às alterações climáticas. Explica a Câmara de Setúbal, através de nota de Imprensa, que esta estação “permite a recolha, em tempo real, de medições precisas relacionadas com diferentes factores climáticos, nomea-

damente temperatura, precipitação, humidade, pressão atmosférica, direcção e intensidade do vento e radiações solar e ultravioleta”. O equipamento instalado na cidade é um dos 18 que vão integrar a rede de municípios da AML, os quais vão funcionar em complementaridade com a rede do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, cujos dados são “partilhados numa plataforma online integrada de acesso livre, a criar igualmente no âmbito deste projecto”, avança a autarquia sadina. Esta nova rede de estações meteorológicas, enquadrada no Plano Metropolitano de Adaptação às Alterações Climáticas, “procura conhecer e analisar padrões associados às alterações climáticas em contexto urbano na região e os respectivos impactes nas comunidades, com o objectivo de reduzir vulnerabilidades”. A criação da plataforma digital para a monotorização de dados Clima.AML, além da instalação das estações meteorológicas, conta com acções como a colocação de nove micro sensores para recolha de informação para o estudo do fenómeno de ilhas de calor urbano. Em curso desde o início deste ano, este projecto tem acções programa-

das até ao primeiro semestre de 2023, e vem “complementar a elaboração de estudos sobre a ocorrência de fenómenos meteorológicos amplificáveis em contexto de alterações climáticas, sobre a ilha de calor urbano, e o efeito que as áreas urbanas - em comparação com as rurais - originam na temperatura do ar”. Este programa contempla ainda acções de formação sobre monitorização climática, adaptação às alterações climáticas e planeamento urbano, assim como a criação de metodologias para o processo de monitorização de indicadores climáticos, a par de conteúdos formativos dirigidos à comunidade escolar sobre alterações climáticas. O Clima.AML – Rede de Monitorização e de Alerta Meteorológico Metropolitano, é desenvolvido no âmbito do programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economias de Baixo Carbono, sendo operado pela Secretaria-Geral do Ambiente e da Acção Climática e financiado pelos EEA Grants 2014-2021 (contribuição da Islândia, Liechtenstein e Noruega com o objectivo de reduzir as disparidades sociais e económicas na Europa).

H.L.

Um troço da Avenida dos Ciprestes, em Setúbal, está condicionado ao trânsito automóvel entre esta segundafeira e terça-feira, 13 e 14 de Dezembro, devido à realização de operações na via pública. Segundo a autarquia estão a decorrer trabalhos de travessias em rede eléctrica relacionados com a construção do Interface de Transportes de Setúbal, os quais motivam o estreitamento da via no troço abrangente à Praça do Brasil, defronte do futuro terminal. O condicionalismo acontece no dia 13 entre as 09h00 e as 17h00 e no dia 14 das 08h00 às 17h00, em ambos os sentidos de circulação. “A intervenção será devidamente sinalizada pelos serviços de trânsito da Câmara Municipal de Setúbal e terá o acompanhamento e a coordenação da PSP”, informa o mesmo comunicado.

PRAIAS DO SADO

Abatimento de via altera trânsito

A Rua Principal Praias do Sado, no concelho de Setúbal, está condicionada ao trânsito rodoviário na terça-feira, dia 14, nas imediações do Lote n.º 187, devido a trabalhos na via pública. O condicionalismo, motivado por uma intervenção de reparação de abatimento na via localizada nas Praias do Sado, traduz-se na circulação alternada do tráfego automóvel, que se processa através de sistema semafórico instalado temporariamente para esse efeito.

ATÉ MARÇO DE 2022

Convento de Jesus recebe escultura alusiva à sociedade consumista

O Museu de Setúbal/Convento de Jesus vai ter em exposição a partir da próxima quarta-feira, dia 16, a famosa escultura-instalação “Venere degli Stracci”, alusiva à sociedade consumista, da autoria de Michelangelo Pistoletto, “um dos mais importantes artistas da segunda metade do século XX”. A peça, “nunca antes exposta em Portugal, consiste numa reprodução da figura icónica da cultura clássica Vénus a sustentar uma pilha formada aleatoriamente de roupas em segunda mão”, explica a Câmara Municipal de Setúbal em comunicado. "Venere degli Stracci" – "Vénus dos Trapos", na tradução para português –, foi “realizada em 1967 por um dos nomes maiores do movimento Arte Povera”, com o objectivo de fazer “reflectir sobre o consumismo, a reciclagem, a exclusão social e a migração”. Para o director artístico do projecto setubalense Rota Clandestina, Renzo Barsotti, curador da exposição, a escultura, que “já passou por museus como o Louvre, em Paris, é uma obra emblemática do século XX que continua a recordar que é a primazia da arte, da criatividade e da imaginação que se opõe à fenomenologia consumista” actual. “Existente em diferentes versões, tamanhos e materiais, a peça faz parte das colecções permanentes de prestigiados espaços museológicos mundiais, como são os casos do Museu de Arte Contemporânea do Castello di Rivoli, em Itália, do Tate Modern, em Londres, do Museu Kröller-Müller, nos Países Baixos, e do Hirshhorn Museum, em Washington”. A "Venere degli Stracci" vai estar patente no Museu de Setúbal/Convento de Jesus até 20 de Março do próximo ano, sendo que a entrada é livre. “Michelangelo Pistoletto nasceu em Biella, Piemonte, Itália, em 1933. Em 1967, fundou a Arte Povera, conhecida por utilizar materiais quotidianos e informais como elementos fundamentais na construção das obras”.


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VII Seminário de Gestão do Desporto de Setúbal adiado para 2022

O VII Seminário de Gestão do Desporto de Setúbal, que estava agendado para dia 14, terça-feira, no Cinema Charlot – Auditório Municipal, foi adiado para 2022 devido ao agravamento da situação pandémica no País. O evento, organizado pela Câmara

Municipal de Setúbal, com o tema “Futebol Formação”, ainda não conhece nova data, sendo certo apenas que se realiza no próximo ano. O seminário representa um momento de partilha de conhecimento e saberes entre profissionais do desporto,

com o propósito de aumentar os instrumentos de formação daqueles que escolhem a actividade desportiva como objecto profissional ou de lazer. Nesta edição do encontro será dada especial atenção ao futebol e formação, em particular.

AMBIENTE

Amarsul avança com campanha de sensibilização “Mercado a Reciclar” dedicada aos concelhos da península DR

Campanha inovadora que tem por objectivo incentivar a separação dos recicláveis nos mercados Em parceria com a Junta de Freguesia de Azeitão, a Amarsul arrancou a 5 de Dezembro com a companha “Mercado a Reciclar”. A primeira acção decorreu no Mercado Mensal de Azeitão, concelho de Setúbal, onde durante a manhã uma equipa desta empresa de Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos

Equipa da Amarsul

teve como missão “sensibilizar e motivar os comerciantes para a correcta separação dos recicláveis”, refere a empresa em nota de Imprensa. Segundo a Amarsul, esta é uma campanha “inovadora” e tem por objectivo “incentivar a separação dos recicláveis nos mercados, o que irá permitir o seu encaminhamento para reciclagem, evitando a dispersão e promovendo a valorização dos resíduos recicláveis”. Com esta campanha, indica a Amarsul que “pretende atribuir o galardão de “Mercado a Reciclar” aos mercados aderentes que se destaquem pelo compromisso de redução do impacte

ambiental resultante daqueles espaços comerciais, promovendo a gestão adequada dos resíduos”. Esta campanha, que conta com o apoio da Sociedade Ponto Verde, pretende ainda “promover uma dinâmica de proximidade da Amarsul aos seus municípios, na resolução de problemas comuns e contribuir para uma cidadania activa no domínio do desenvolvimento sustentável e para a construção de uma sociedade mais eficiente na utilização dos seus recursos”. Um “Mercado a Reciclar” representa “um mercado com carácter de responsabilidade e preocupação com a sus-

tentabilidade, o que será um elemento diferenciador”, define a Amarsul. A empresa de Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos é responsável pelo tratamento e valorização dos resíduos urbanos dos nove municípios da Península de Setúbal: Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal. A empresa valoriza anualmente 459 mil toneladas de resíduos, servindo cerca de 800 mil habitantes, e procede à valorização energética a partir da extracção do biogás, produzindo 29GWh de energia eléctrica, a qual é injectada na Rede Eléctrica Nacional. H.L.

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Setúbal LEGISLATIVAS 2022

Paula Santos garante que reforço da CDU no Parlamento “é o caminho para o desenvolvimento do distrito” FOTOS: O SETUBALENSE

Primeiros três lugares da lista da coligação fechados com os deputados à Assembleia da República Bruno Dias e José Luís Ferreira Maria Carolina Coelho Depois de enunciar como prioridades “a construção do novo aeroporto no Campo de Tiro em Alcochete e da terceira travessia do Tejo rodoferroviária”, naquela que foi a sua primeira declaração política enquanto cabeça-de-lista da CDU por Setúbal nas próximas eleições legislativas, Paula Santos garantiu na passada sexta-feira que “dar mais força [à coligação] é o caminho para o desenvolvimento da Península e do Litoral Alentejano”. A partir do auditório da Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal, no antigo Quartel do Regimento de Infantaria 11, espaço onde decorreu a apresentação da lista de candidatos da CDU às legislativas de 30 de Janeiro próximo, Paula Santos disse que será a coligação quem conseguirá “reforçar direitos, assegurar as funções sociais do Estado e serviços públicos de qualidade e garantir condições de vida para os trabalhadores e as populações”. “A CDU é a força política que se distingue, pela forma como os seus eleitos assumem o exercício de funções públicas. Partimos para a batalha das eleições com confiança. Confiança no trabalho realizado, nas soluções que propomos, nos activistas e nos candidatos da CDU, conhecedores dos problemas e da realidade do Distrito de Setúbal”, reforçou a actual deputada do PCP, perante perto de uma centena de pessoas. A fechar os três primeiros lugares da lista dos candidatos comunistas por Setúbal encontram-se Bruno Dias (PCP) e José Luís Ferreira (PEV), ambos deputados na Assembleia da República. “Em nome da direcção do Partido Ecologista Os Verdes”, começou José Luís Ferreira, na sua intervenção, por explicar que no encontro se deu “início a uma nova fase na caminhada”

Candidatos asseguram que "a CDU é a força política que se distingue" e que "saberão honrar a sua palavra"

a percorrer até às legislativas, “de esclarecimento, de alerta e de procurar fazer chegar às pessoas a mensagem e as propostas da CDU”. Em seguida, afirmou que “os mo-

tivos que levaram a eleições antecipadas vão ficando cada vez mais claros”, revelando que o Orçamento do Estado, “tal como foi apresentado, ao mostrar-se incapaz de dar resposta

aos problemas do País e dos portugueses, não merecia concordância”. Não estando “em causa a eleição do primeiro-ministro”, mas “a eleição de 230 deputados à Assembleia da Re-

Coligação Lista completa de candidatos pelo círculo eleitoral de Setúbal Com Paula Santos a encabeçar a lista da CDU pelo círculo eleitoral de Setúbal às legislativas que vão realizarse a 30 de Janeiro próximo, ocupam os dois lugares seguintes Buno Dias (PCP) e José Luís Ferreira (PEV), ambos deputados na Assembleia da República. Já na quarta posição da lista surge Natacha Patinha (Alcochete), seguida no quinto posto por João Pedro

Figueiredo (Moita). Os dez primeiros lugares fecham com Susana Espada (Grândola) a ocupar o sexto posto, com Ricardo Correia no sétimo, Jorge Gonçalves no oitavo, a actriz Maria João Luís no nono e Ricardo Teixeira no décimo. Integram igualmente a lista, até à 18.º posição, respectivamente, Tiago Aldeias, Ana Baliza (Montijo), Hélder Guerreiro (Sines),

Vivina Nunes (Moita), Sofia Patrício, Pedro Soares, Maria João Costa e Helena Azinheira. Como candidatos suplentes, por sua vez, estão Albano Mestre (Santiago do Cacém), Margarida Teixeira, Maria Dulce Arrojado, João Caferra e Ana Margarida Morgado. O mandatário da lista, por sua vez, é Adilo Costa, “eleito autárquico desde as primeiras eleições autárquicas (1976) em Setúbal e em Palmela”.

pública”, José Luís Ferreira assegura que “os candidatos que a CDU apresenta no Distrito de Setúbal saberão honrar a sua palavra”. “Continuaremos atentos aos problemas do distrito e aos anseios das populações. Aqui estamos, pela valorização dos recursos naturais e dos ecossistemas, pela segurança do território e pela melhoria das condições de vida das pessoas. Votar CDU é dar força para fortalecer os serviços públicos, proteger os recursos naturais, promover a produção nacional, combater a pobreza e estabilizar o clima”, sublinhou. Já de acordo com Vivina Nunes, vice-presidente da Associação Intervenção Democrática, que surge na 14.ª posição na lista de candidatos da CDU pelo círculo eleitoral de Setúbal, é tempo de “ir à luta por um bom resultado para a CDU, que quanto mais expressivo, melhor servirá os anseios e interesses legítimos dos trabalhadores e do povo português”. “A política que Portugal precisa é uma política que rompa com a imposição de enormes restrições e dificuldades à grande maioria dos portugueses. Precisa de uma política de esquerda, que só pode ser assegurada por forças políticas de esquerda”, salientou.

Reforço da CDU é a ‘chave’ para “combater política de direita”

Na referida apresentação esteve igualmente presente Armindo Miranda, membro da comissão política do comité central do PCP, onde começou por afirmar que “o País foi acumulando problemas ao longo dos anos, consequência de décadas de política de direita”. “A situação só não é mais grave porque a luta dos trabalhadores e a intervenção da CDU, vencendo resistências e obstáculos, forçaram e concretizaram avanços”, reforçou Armindo Miranda, que acredita que “os problemas do País exigem uma outra política”, havendo “meios e recursos para a concretizar”. “Não o fazer acrescentará dificuldades e agravará a situação. O reforço da CDU é o elemento decisivo para combater a política de direita e abrir caminho a uma política determinada pelos interesses dos trabalhadores, do povo e do País”, disse, a concluir.


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Reportagem: Quando a prisão vive um “pequeno momento de liberdade” p20 e 21 COMISSÃO POLÍTICA NACIONAL REÚNE-SE ESTA NOITE

PS fecha hoje no Rato lista de candidatos liderada por Ana Catarina Mendes DR

Eurídice Pereira mantém-se no 3.° lugar. António Mendes surge no 5.° e Pinotes Batista no 7.°. Tudo decidido no PSD, BE, PAN e Chega Mário Rui Sobral Dos 18 deputados eleitos pelo círculo de Setúbal à Assembleia da República em 2019, o PS conseguiu metade. Hoje à noite, no Largo do Rato, a Comissão Política Nacional do partido vai aprovar os candidatos a apresentar às legislativas intercalares de 30 de Janeiro próximo. Por Setúbal, estarão em cima da mesa os nomes escolhidos pela Comissão Política Distrital da Federação na passada quinta-feira. O objectivo passa por reforçar, ou pelo menos manter, o número de eleitos pela região alcançado há dois anos. E Ana Catarina Mendes volta a encabeçar a lista dos candidatos socialistas por Setúbal, com as escolhas para os segundo, quarto e sexto lugares a serem decididas pela estrutura nacional na reunião desta noite. Tal como em 2019, a composição da elencagem repete também Eurídice Pereira (Moita) no terceiro lugar, apurou O SETUBALENSE junto de fonte socialista. Segundo a mesma fonte, seguem-se na lista aprovada na quinta-feira e que hoje será votada pela estrutura nacional António Mendonça Mendes (presidente da Federação Distrital de Setúbal), no quinto posto, André Pinotes Batista (Barreiro), no sétimo, Clarisse Campos (Alcácer do Sal), no oitavo lugar, Fernando José (Setúbal), no nono, e Ivan Gonçalves (Almada), na décima posição. Até ao 18.º lugar, estão indicados pelo órgão distrital, respectivamente, Bárbara Dias, Gil Costa, Ana Santos, Eunice Pratas, António Caracol, Patrícia Caixinho, Tiago Silva e Filipa Faria. Entre os suplentes figuram Ricardo Rufino, Cláudia Gorjão, Diogo Vintém, Teresa Andrade e Carlos Trindade.

PSD reedita pódio e recebe críticas Já confirmados estão os candidatos por Setúbal da CDU (ver página 6) e do PSD.

apresenta. Mas a aposta do partido não foi essa. Foi colocada de forma miserável no 10.° lugar da lista", justificou o social-democrata, que nas últimas autárquicas foi reeleito vereador na Câmara Municipal do Montijo. João Afonso considerou que a lista social-democrata é "mais do mesmo", "sem abertura à sociedade civil" e que "não tem qualidade". "À excepção de algumas pessoas, a lista não tem, essencialmente, valor", atirou. Ainda assim, confessou que aquela estrutura local irá empenhar-se no apelo ao voto no PSD.

Bloco mantém Joana Mortágua

Catarina Mendes volta a ter entre mãos a liderança dos eleitos do PS por Setúbal

Os social-democratas reeditam as escolhas que apresentaram por Setúbal para os três primeiros lugares (e únicos eleitos pelo partido por este círculo) nas últimas legislativas: Nuno Carvalho e Fernando Negrão (Setúbal) e Fernanda Velez (Moita). Na quarta posição surge João Pedro Louro, seguindo-se respectivamente Paulo Ribeiro (presidente da distrital de Setúbal do PSD), Cláudia Oliveira, Lina Gonzalez, Luís Tavares Bravo, Jacinto Ventura, Marie Isabelle Tavares, Paulo Edson Cunha, Luís

Santos, Joana Medeira, Lénia Anjos, Carlos Vitorino, João Figueiredo, Helena Gomes Prado e Cláudia Silva. E tal como há dois anos, as escolhas deferidas por Rui Rio – que reforçou a liderança no partido ao ser reeleito na presidência no confronto directo com Paulo Rangel – voltaram a merecer duras críticas do líder da Comissão Política da Secção de Montijo, João Afonso. A fractura entre a estrutura distrital e a comissão política nacional é latente e o montijense, que havia apelidado de "lista Frankenstein" as escolhas de há

dois anos, veio a terreiro confirmá-lo, ao reforçar que agora se está perante "a continuação do pesadelo", já que os nomes não foram escolhidos em função da "meritocracia". E, em declarações a O SETUBALENSE, avançou que a concelhia que dirige iria solicitar a retirada de um nome da lista. "A candidata que indicámos [pela secção do Montijo], Marie Isabelle Tavares, tinha condições para ser a primeira da lista de candidatos pelo círculo de Setúbal, se atendermos ao currículo nacional e internacional que

Estreia Volt vai pela primeira vez a votos com José Elias de Freitas por Setúbal Pelo círculo eleitoral de Setúbal é também já conhecido o nome do cabeça-de-lista do Volt, partido que se estreia nestas eleições legislativas. José Elias de Freitas é o candidato. “É um especialista internacional em desenvolvimento das indústrias e dos serviços,

das universidades, ciência e tecnologia e inovação. Fez a sua carreira em Portugal e em Bruxelas e no início dos anos 2000 trabalhou na FCT-UNL no Monte de Caparica para o seu Parque de Inovação, Madan Parque”, revelou a distrital do Volt, em comunicado enviado a O SETUBALENSE. “Junto do

Governo, [nos] finais [dos] anos 90, concebeu o CEIIA como Centro de Inovação para a Indústria Automóvel, como medida de ultrapassagem do fecho da Renault na Península de Setúbal para alavancar o desenvolvimento do sector em Portugal”, adianta a distrital, sobre o candidato.

Também sem alterações no que toca à escolha de cabeça-de-lista por Setúbal apresenta-se o Bloco de Esquerda (BE), que assim volta a apostar em Joana Mortágua. Os bloquistas elegeram dois deputados em 2019 e lançam este ano no segundo lugar pela região (em vez de Sandra Mestre da Cunha) Diana Santos, presidente da Associação Centro de Vida Independente, que também concorreu por este círculo nas eleições anteriores. A estas juntam-se nas posições seguintes Daniel Bernardino, Tânia Ramos e Adelino Fortunato, respectivamente.

PAN e Chega esperam eleger

Diferente será a aposta do PAN, que em 2019 conseguiu a eleição de Cristina Rodrigues por Setúbal. Durante a legislatura, a deputada rompeu com o partido e Inês Sousa Real, porta-voz do PAN, já assumiu como um dos primeiros objectivos do partido “resgatar” a eleição de um deputado em Setúbal. Para o efeito, apresentam como cabeça-de-lista Vítor Pinto, que nas últimas autárquicas encabeçou a candidatura do PAN à Câmara Municipal de Almada. Também definido está já o candidato que vai encabeçar a lista do Chega por este círculo eleitoral. O partido liderado por André Ventura anunciou Bruno Nunes como primeiro nome na lista que apresentará por Setúbal. Depois do resultado alcançado nas autárquicas de Setembro último, o Chega, que nas legislativas de 2019 conseguiu a eleição de um deputado (André Ventura), espera agora ampliar o número de deputados no parlamento e Setúbal é um dos círculos eleitorais em que o partido deposita maiores expectativas.


8 O SETUBALENSE 13 de Dezembro de 2021

Setúbal NA AVENIDA 22 DE DEZEMBRO

Presentes de Natal disponíveis sexta-feira no Quiosque In’Comum da APPACDM de Setúbal Os produtos disponibilizados na iniciativa “O Natal está à porta”, a decorrer entre as 09 e as 17 horas, são feitos pelos jovens da instituição No Quiosque In’Comum da Associação de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APAPCDM) de Setúbal, situado na Avenida 22 de Dezembro, vai estar na próxima sexta-feira, dia 17, a decorrer uma Feira de Natal, com a disposição de vários produtos, feitos maioritariamente pelos jovens da instituição.

FOTOS: DR

Produtos são elaborados nas diferentes respostas sociais da marca APPACDM

No decorrer da iniciativa “O Natal está á porta”, entre as 09 e as 17 horas, a população poderá adquirir presentes para oferecer na quadra natalícia, produzidos nas diferentes respostas sociais da marca APPACDM. O referido quiosque, cedido pela Câmara Municipal de Setúbal à instituição há cerca de 30 anos, foi recentemente reabilitado e inaugurado, oficializando-se o “casamento” entre a APPACDM e a Setpão. A parceria, iniciada no passado mês, tem como objectivo a integração de jovens no mundo do trabalho, tendo sido realizada com a “aprovação de uma candidatura ao BPI Capacitar, no valor de 19 200 euros, que assume projectos na área da deficiência”.

“Este projecto, além de uma nova ‘cara’, traz ao espaço um objectivo diferente daquele que tinha inicialmente, de oficina, com a venda de produtos da APPACDM, criados nos centros de capacitação para a inclusão, e de produtos da Setpão”, realçou na altura Sara Cravo, directora técnica do Centro de Atendimento, Acompanhamento e Reabilitação Social para pessoas com deficiência e incapacidade (CAARPD). Já para a Setpão, na voz do sócio-gerente João Neves, “este casamento incomum tem tudo para dar certo”, não fosse precisamente esse o nome atribuído ao renovado quiosque. “Tenho a certeza absoluta de que vai correr bem. Acreditamos piamente no projecto”, disse João Neves.

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Setúbal

O

presidente da Câmara Municipal de Setúbal anunciou a criação de um Fórum para a Saúde constituído por representantes de profissionais de saúde do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) e de Centros de Saúde (CS), bem como de comissões de utentes dos concelhos de Palmela, Sesimbra e Setúbal. O primeiro responsável da autarquia sadina tem o cuidado de informar que ainda não estão definidos os seus totais objetivos, mas, desde já, terá como primordial tarefa a de criar pressão sobre as entidades que maiores obrigações têm para estancar a situação, cada vez mais, calamitosa, em termos financeiros do CHS, que estão a contribuir para não fixar alguns quadros clínicos e a escassear material necessário para o tratamento dos doentes. O Hospital de S. Bernardo perdeu, há muito, o estatuto de unidade central de saúde na nossa região, apesar da sua localização continuar a ser a mais apropriada e muito diversificadas, assim como competentes, as suas valências clínicas. Temo que a criação do Fórum venha a desvalorizar os conteúdos funcionais, já tão insignificantes do Conselho Consultivo (CC) do CHS. Este órgão, independente do Conselho de Administração (CA), reúne, pelo menos uma vez por ano para: apreciar os planos de atividade de natureza anual e plurianual; apreciar todas as informações que tiver por necessárias para o acompanhamento da atividade do hospital E. P. E.(Entidade Pública Empresarial); emitir recomendações tendo em vista o melhor funcionamento dos serviços a prestar às populações, tendo em conta os recursos disponíveis. Durante seis anos, exerci a missão de presidente deste Conselho Consultivo. Feito um balanço geral, foi um dos cargos, que desempenhei, mais frustrantes. A equipa foi sempre, extraordinariamente, colaborante. Fiz questão de que o sr. Presidente do CA do CHS participasse nas reuniões, embora isso não estivesse previsto

OPINIÃO

OPINIÃO

Eugénio Fonseca

Augusto Fernandes

Fórum para a Saúde

Novamente o rastreio do cancro do colo do útero na USF du Bocage

O Hospital de S. Bernardo perdeu, há muito, o estatuto de unidade central de saúde na nossa região, apesar da sua localização continuar a ser a mais apropriada e muito diversificada, assim como competentes as suas valências clínicas na legislação, mas foi a forma de dispormos de informações na primeira pessoa e de lhe transmitir, imediatamente, a nossa opinião sobre os assuntos em apreço. Desde bem cedo, percebi que a primeiríssima prioridade para atenuar (não resolveria por inteiro) os défices crónicos da instituição era conseguir a subida de classificação do CHS para que obtivesse maior financiamento. Tudo o que foi possível fazer, nada adiei. Mas o Estado é uma instituição, em alguns aspetos da governança, tão assistencialista como outras, com menores responsabilidades. Ou seja, prefere dar subsídios eventuais a garantir sustentabilidade financeira às

suas principais áreas de intervenção, como é o Serviço Nacional de Saúde (SNS). É o que tem acontecido no nosso CH, quando até os fornecedores se recusam a fornecer material, então, o “Estado paternalista” vem em socorro do CA. Sem a subida de nível do financiamento, tudo o resto são “remendos de pano novo em tecido velho”. Quanto à existência de valências clínicas carenciadas de meios para conseguirem funcionar, há que recompensar melhor os profissionais de saúde para que estanquem as fugas para o setor privado. No que diz respeito à ampliação do hospital de S. Bernardo continuo a ter dúvidas quanto à sua eficácia. Será possível concentrar os dois hospitais num só? Ainda muita “água há de correr debaixo da ponte” até que a dita ampliação seja uma realidade. Retornando ao Fórum para a Saúde reitero que não considero uma iniciativa despropositada. Todavia, será melhor rentabilizar o que já existe. Refiro-me aos Conselhos Locais de Saúde (não sei se têm funcionado), mas que deve ser uma área a ser reforçada na tão falada transferência de competências. Por outro lado, a criação do Fórum para “pressionar” a solução dos problemas do CHS, pode não alcançar, satisfatoriamente, o seu desiderato. Porque, não sendo um problema único, o da nossa região, os cuidados secundários de saúde ainda não conseguiram uma articulação mais consistente com o sector dos cuidados primários. Há que apetrechar os Centros de Saúde de equipamentos rápidos de diagnóstico e fazer-se uma “Taske Force” na sensibilização da população em ordem a uma maior utilização dos CS para que se possa descomprimir as desnecessárias utilizações dos serviços hospitalares. Esta é uma parte da minha posição sobre o reconhecimento e valorização do SNS. Presidente cessante do Conselho Consultivo do CHS

D

epois do sucesso que foi a Semana do Rastreio do Cancro do Colo do Útero que se realizou em novembro, a equipa clínica da USF du Bocage resolveu promover mais uma semana de rastreio, de 13 a 17 de dezembro, tendo em conta que a prevenção deste tipo de doença é o método mais eficaz para evitar o aparecimento do cancro e a mortalidade por esta doença. Sabendo-se que as fases iniciais do cancro não dão qualquer sinal ou sintoma e que todas as mulheres estão sujeitas à infeção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano) após o início da sua atividade sexual, infeção de alto risco que origina o cancro do colo do útero, é do consenso científico que a melhor proteção é associar a vacinação ao rastreio. Existem diferentes abordagens ao rastreio. Podem ser usados como métodos de rastreio a citologia convencional, a citologia em meio líquido e o teste de HPV ou associação dos dois últimos. A infeção por HPV é uma infecção muito frequente – 75% dos indivíduos com menos de 50 anos têm ou tiveram a infecção e qualquer pessoa pode ser infectada. Não são necessários comportamentos de risco. Também é do conhecimento que a infeção desaparece espontaneamente na maioria dos casos. Se as lesões deste tipo não forem diagnosticadas e tratadas em tempo útil, podem progredir para cancro, ao fim de alguns anos (10 em média) e, só então, podem dar sintomas. Todas as mulheres estão sujeitas e são suscetíveis à infeção pelo HPV após o início da sua atividade sexual. Em Portugal, a vacina monovalente tem potencial para prevenir 97% dos casos de cancro do colo do útero. As fases iniciais do cancro não dão qualquer sinal ou sintoma. Quando o tumor se desenvolve,

A infecção por HPV é uma infeção muito frequente – 75% dos indivíduos com menos de 50 anos têm ou tiveram a infecção e qualquer pessoa pode ser infectada

vai expandir-se progressivamente e nessa altura podem surgir sintomas. Pode aparecer perda de sangue durante as relações sexuais ou corrimento abundante com ou sem sangue, mas de cheiro intenso, seguidas de perdas de sangue espontâneas. Mais tarde podem surgir dores e outras alterações, consoante as estruturas atingidas. Por estes motivos é essencial que as meninas, também os meninos, sejam vacinados, e as mulheres façam o seu exame com a sua equipa de saúde e aproveitem os rastreios para prevenir uma doença que pode ser evitável. Médico e coordenador da USF du Bocage


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CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE ALCÁCER DO SAL E MONTEMOR-O-NOVO, C.R.L. Nos termos do n° 2 do artigo 26° e dos artigos 27º e 28º dos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alcácer do Sal e Montemor-o-Novo, C.R.L., com sede na Av. dos Aviadores, nº. 28 em Alcácer do Sal, pessoa colectiva n° 501182608, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Alcácer do Sal sob o mesmo número, com o capital social realizado de € 6.804.455 (variável), e na convicção de que, não obstante a actual situação de pandemia, a sua realização venha a ser possível, convoco todos os Associados no pleno gozo dos seus direitos a reunirem-se, em Assembleia Geral Ordinária, no dia 29 de Dezembro de 2021, pelas 17 horas, na agência de Montemor-o-Novo, sita na Av. Gago Coutinho em Montemor-o-Novo, para discutir e votar a seguinte ORDEM DE TRABALHOS

OPINIÃO António José Fialho

Novas salas de audição de crianças

C

ada processo tem, em regra, um nome e a este corresponde um rosto e uma voz ou qualquer outra forma de expressão. A audição e a participação da criança nas questões que lhe dizem respeito implica que esta seja reconhecida como sujeito de direito e de direitos, dispondo do direito à palavra e de expressar a sua vontade, bem como do direito de participar ativamente nos processos que lhe dizem respeito. Considerar a criança como ser autónomo, sujeito dotado de plenos direitos, conferindo-lhe a possibilidade de participação e de audição nas questões que lhe diga respeito, implica que os adultos saibam interiorizar esta nova conceção da criança como pessoa e concretizar o seu superior interesse e os seus direitos fundamentais. Ouvir as crianças é, assim, um ato importante na atividade de julgar dos tribunais, quer este ocorra nos processos da família e das crianças, quer quando ocorra nos processos criminais em que a criança seja testemunha ou tenha até a qualidade de vítima especialmente vulnerável. O espaço onde decorre essa audição é, deste modo, um lugar importante para que a mesma decorra fora de um ambiente intimidatório e hostil para a criança, especialmente quando estejamos perante crianças mais novas ou em situação vulnerável. A Comarca de Setúbal integra um projeto piloto de dotação e preparação das salas de espera e de audição de crianças que está a ter lugar nos juízos de família e menores instalados em Setúbal e em Santiago do Cacém, com as obras em curso neste momento e que esperamos que estejam definitivamente concluídas no início de 2022. Este projeto prevê a adaptação e preparação destas salas com equipamento que permite a gravação audiovisual da audição da criança

1. Discussão e votação da proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para 2022 e do Parecer do Conselho Fiscal. 2. Alteração da Política Interna de Selecção e Avaliação da Adequação dos Titulares de Funções Essenciais da Caixa Agrícola. 3. Deliberação sobre a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Caixa Agrícola para 2022. 4. Fixação do valor do reembolso dos títulos de capital referentes ao ano de 2021. 5. Concessão de poderes à Mesa da Assembleia Geral para redigir e aprovar a acta da presente reunião Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a Assembleia Geral reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois, com qualquer número. A Assembleia reunirá fora da sede social da Caixa Agrícola devido à inexistência, nesse local, de sala com condições para a realização da mesma, atenta a necessidade de serem adaptadas medidas de segurança e de distanciamento social. Tomando em consideração as medidas em vigor restritivas da aglomeração de pessoas, as quais poderão ainda vigorar à data da realização da Assembleia Geral, incentivam-se os Senhores Associados a privilegiarem o recurso ao voto por correspondência ou por representação. A. Voto por Correspondência.

A Comarca de Setúbal integra um projeto piloto de dotação e preparação das salas de espera e de audição de crianças, nos juízos de família e menores instalados em Setúbal e em Santiago do Cacém

Os Associados podem exercer o seu direito de voto por correspondência, nos termos do artigo 31.º, n.ºs 3 a 6 dos Estatutos da Caixa Agrícola desde que sejam cumpridos, cumulativamente, os seguintes requisitos: i. solicitem atempadamente, por escrito, ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, os boletins correspondentes a cada ponto da ordem de trabalhos e a carta que os deverá capear; ii. o sentido do voto seja expressamente indicado em relação a todos os pontos da ordem de trabalhos; iii. os boletins dêem entrada na sede da Caixa Agrícola até às dezasseis horas do segundo dia útil anterior ao da Assembleia Geral, sendo a data e hora da entrada registada em livro, registo que será encerrado pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral logo que terminado o prazo da sua válida recepção. Cada boletim deverá ser dobrado em quatro e inserido em sobrescrito, em cujo rosto será inscrito "Votação do(a) Associado(a) ... [nome ou designação do Associado] para o Ponto ... [inscrever o número] da Ordem de Trabalhos da Assembleia Geral da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alcácer do Sal e Montemor-o-Novo, CR.L., convocada para as 17 horas do dia 29 de Dezembro de 2021", sendo os referidos boletins capeados pela carta a que alude o requisito i. supra com a assinatura do Assciado reconhecida nos termos legais. B. Voto por Representação Nos termos do artigo 31.º, n.ºs 7 e seguintes dos Estatutos da Caixa Agrícola, qualquer Associado poderá votar por procuração, conquanto constitua como mandatário familiar seu, desde que maior de idade, ou outro Associado, sendo que este só poderá representar um mandante. A procuração deve ser outorgada em documento escrito, dele constando a identificação do mandante e a identificação do mandatário, pelo menos através dos seus nomes completos, números de identificação civil e respectivas moradas, data, hora e local da realização da Assembleia e ponto ou pontos da ordem de trabalhos para a qual confere o mandato e, querendo, o respectivo sentido de voto. A procuração deverá ainda ser datada e dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, com a assinatura do mandante reconhecida nos termos legais. C. Presença na Assembleia Geral Para o caso dos Associados que ainda assim desejem estar presentes na Assembleia Geral, adverte-se que, na data da sua realização, serão seguidas as orientações específicas que venham a ser dimanadas quer por dispositivo legal subsequente à publicação desta Convocatória e que então se encontre em vigor, quer pela Direcção-Geral de Saúde ou por qualquer outra autoridade competente, designadamente quanto aos procedimentos de segurança, saúde e higiene a adaptar na reunião, as quais serão devidamente divulgadas aos Associados. Sem embargo do anteriormente expresso, mais se adverte que, no mínimo, serão sempre adaptados os seguintes procedimentos: a) restrição de presença no local da reunião de uma pessoa em representação de cada Associado, designadamente no que se refere a Associados pessoas colectivas; b) distanciamento físico mínimo de dois (2) metros entre os presentes na reunião;

e, deste modo, um registo mais fiável daquilo que a criança diz mas também da forma como o diz, num ambiente informal e reservado. Concretizar o exercício deste direito de audição e de participação deve ser o objetivo de todos os adultos envolvidos nessa tarefa, a qual nunca ficará completa sem a formação adequada e, principalmente, com o necessário sentido crítico sobre o modo como as nossas crianças são ouvidas. Só assim conseguiremos assegurar o seu superior interesse como critério orientador das decisões judiciais que lhes digam respeito. Juiz Presidente da Comarca de Setúbal

c) uso obrigatório de máscara ou viseira; d) utilização das soluções desinfectantes cutâneas aquando da entrada na reunião: e) tomada de assento apenas nos locais especificamente assinalados para o efeito, devendo cada Associado aguardar que seja encaminhado para o seu respectivo lugar; f) exigência da apresentação de: i. Certificado Digital COVID da UE admitido nos termos do Decreto-Lei n° 54-A/2021, de 25 de Junho (de vacinação, teste ou recuperação); ou ii. Comprovativo de vacinação que ateste o esquema vacinai completo nos termos do n° 2 do artigo 4º do Decreto-Lei n° 54-A/2021, de 25 de Junho, há pelo menos 14 dias, com uma vacina contra a COVID-19 com autorização de introdução no mercado nos termos do Regulamento (CE) nº 726/2004 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Março de 2004, cujo reconhecimento tenha sido determinado pelo despacho previsto no nº 2 do artigo 5º do Decreto-Lei nº 54-A/2021, de 25 de Junho; ou iii. Comprovativo de realização laboratorial de teste com resultado negativo, devendo este teste cumprir os requisitos previstos nas subalíneas i) ou ii), conforme aplicável, da alínea b) do nº 1 do artigo 40 do Decreto-Lei n° 54-A/2021, de 25 de Junho. Alcácer do sal, 3 de dezembro de 2021 O Presidente da Mesa da Assembleia Geral Luís Inácio Almadanim de Nápoles Santa Marta

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Região

Pediatria no Hospital Garcia de Orta reabre em pleno

A urgência pediátrica do Hospital Garcia de Orta, em Almada, voltou a reabrir às 00h00 da passada sexta-feira e a actividade da consulta externa de pediatria passa, a partir das 8 horas desta manhã, a funcionar em pleno. O isolamento de 14 dias dos

28 profissionais do serviço de pediatria, após a exposição a caso positivo da covid-19 (variante Ómicron), terminou na última quinta-feira. “Não se verificaram casos positivos nos profissionais de saúde”, revelou a unidade hospitalar.

FUNDOS COMUNITÁRIOS

AML exige que Governo renegoceie verbas do Portugal 2030 para a região DR

Os municípios lamentam que haja uma nova descida da taxa média de cofinanciamento do Programa Operacional Regional de Lisboa Os municípios da Área Metropolitana de Lisboa estão descontentes com a redução do financiamento comunitário previsto para a região no âmbito do Portugal 2030 e pretendem que o Governo abra “um processo negocial célere” para tentar alterar a proposta. Em comunicado, emitido na passada sexta-feira, a Área Metropolitana de Lisboa (AML), entidade que representa 18 municípios, explica que esta intenção surge após a constatação de que a proposta para o Portugal 2030 (PT2030) prevê uma redução do volume de financiamento da Política Regional Europeia nesta região de 817 milhões de euros (PT2020) para 381 milhões (PT2030). “A redução proposta diminui não só a capacidade dos municípios da AML de serem agentes de promoção do desenvolvimento e coesão, mas também a capacidade de acção dos serviços públicos do Estado central, do tecido empresarial e das universidades, num quadro de iniquidade inaceitável”, lê-se na mesma nota. Os municípios lamentam, igualmente, que haja uma nova descida da taxa média de co-financiamento do Programa Operacional Regional de Lisboa (POR Lisboa), passando de 50% (PT2020) para 40% (PT2030), o que, segundo a AML, “coloca maior pressão financeira no esforço dos actores públicos e privados da região e afastará do acesso aos fundos as pequenas e médias empresas do sector social e as organizações de base local”. “A Área Metropolitana de Lisboa precisa de mais investimento que potencie o seu importante papel de desenvolvimento nacional e regional e polo estruturador da Região de Lisboa

A Península de Setúbal é o território da AML que corre o risco de ser o mais penalizado com a redução de verbas do PT2030

Os nove da península CDU avança com protesto imediato e maioria dos concelhos PS ainda nada diz Ainda antes da tomada de posição conjunta dos municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML), na quinta-feira os presidentes das câmaras de Setúbal, Seixal, Palmela e Sesimbra, todos eleitos pela CDU, em conferência de imprensa criticaram a redução de apoios comunitários para a AML e reclamaram compensações financeiras para a Península de Setúbal. Entretanto, a O SETUBALENSE, o presidente da Câmara Municipal de Alcochete, Fernando Pinto, eleito pelo PS, afirmou que “apoia a posição

da AML manifestada em comunicado”. Já quanto a ter tomado posição durante o período de consulta pública, que terminou a 30 de Novembro, sobre o acordo de parceria com a Comissão Europeia para o Portugal 2030, refere que “não foi solicitada qualquer pronúncia da Câmara Municipal de Alcochete acerca das verbas em questão”. Contudo, afirma estar “preocupado” com “qualquer diminuição de verbas, particularmente desta dimensão”. Considera porém, que caso esta drástica redução de fundos

comunitários avance, a AML “terá em conta esta redução de verbas e irá aplica-las de forma adequada às necessidades de cada município. Por seu lado, o presidente da Câmara Municipal da Moita, Carlos Albino, também eleito pelo PS, afirma que o município “tomou posição conjunta com os demais municípios da AML”. O SETUBALENSE tentou ainda obter as reacções dos presidentes das câmaras municipais de Almada, Barreiro e Montijo, todos eleitos pelo PS, mas até ao fecho desta edição não obteve respostas. H.L. / M.R.S.

e Vale do Tejo”, defendem. Face a isto, os municípios da AML pretendem que o Governo, de forma “célere”, abra um processo negocial “para encontrar soluções que mitiguem ou alterem a proposta apresentada no âmbito da consulta pública do Portugal 2030. “A Área Metropolitana de Lisboa e os seus municípios consideram que os fundos comunitários disponíveis fora do perímetro do POR Lisboa, nomeadamente os relacionados com o Fundo de Coesão e com o Plano de Recuperação e Resiliência, devem reforçar os meios financeiros para a região, de forma a colmatar as insuficiências de financiamento do programa regional”, sublinham. Fazem parte da AML os concelhos de Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira. FAC / Lusa


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O SEGREDO DAS CARTAS

Reportagem: Quando a prisão vive um “pequeno momento de liberdade” p20 e 21

Quando os milhões são mesmo bem empregues…

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Ministério do Ambiente e Ação Climática acaba de anunciar o lançamento, através do Fundo Ambienta, do Concurso “Descarbonização dos Transportes Públicos”. Com uma dotação de 48 milhões de euros o objetivo é permitir a descarbonização das frotas de autocarros das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, promovendo a mobilidade sustentável nas duas áreas, este valor deverá permitir a aquisição de 145 autocarros elétricos ou a hidrogénio. A nível mundial, os transportes terrestres são atualmente responsáveis por cerca de 25% da poluição atmosférica, tornando-se cada vez mais óbvio que só poderão contribuir verdadeiramente para a descarbonização se passarem a ser alimentados com energia produzida a partir de fontes renováveis. Aliás, esta solução já surge muitas vezes contemplada nos cadernos de encargos dos processos de aquisição de novos autocarros, e tem vindo a ser incentivada, até de um ponto de vista fiscal, através de várias medidas no Orçamento de Estado. A eletricidade verde é uma parte importante desta solução, nomeadamente através da implementação de soluções de mobilidade elétrica nas cidades e do estímulo à utilização de veículos elétricos. As metas ambiciosas que, no quadro dos compromissos europeus e internacionais, Portugal assumiu para os horizontes de 2030 e 2050 estão a obrigar a repensar os sistemas de transportes urbanos das nossas cidades e a estimular a utilização de vetores energéticos verdes que, em substituição dos combustíveis fósseis,

OPINIÃO Diana Santos

A produção e comercialização de autocarros movidos a hidrogénio é uma solução promissora para o transporte coletivo de passageiros com zero emissões

contribuam para a aceleração da descarbonização da mobilidade urbana. Assim sendo, a produção e comercialização de autocarros movidos a hidrogénio é uma solução promissora para o transporte coletivo de passageiros com zero emissões. E, para além de ser uma das respostas aos problemas da qualidade do ar nas cidades, quer pelos seus benefícios socioambientais quer também por promover espaços públicos menos poluentes e mais sustentáveis, é também a oportunidade certa para melhorar as condições de acessibilidade e transporte para todas as pessoas, nomeadamente para os passageiros com deficiência que comummente ainda são excluídos do acesso pleno aos transportes públicos. Esta acessibilidade aos transportes, que hoje vos falo, configura-se como instrumental para o pleno exercício de direitos por parte de qualquer cidadão ou cidadã, pois é através destes meios que várias pessoas se locomovem para diversos destinos, seja para estudar, para o trabalho, para o lazer, para questões de saúde ou para cumprir qualquer outro papel social que lhe seja designado. Que esta aquisição seja o momento para o nosso distrito deixar de discriminar, a cada transportes que adquire ou reabilita, sem que tenha em conta se ele serve a todos e não exclui ninguém. Vamos garantir às pessoas com deficiência, de uma vez por todas, o usufruto do espaço público que também lhes pertence e que é delas por direito.

Deputada do BE

TARÓLOGO e ASTRÓLOGO FRANCISCO GUERREIRO

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CARNEIRO 21.03 a 20.04 No plano amoroso – não rejeite a possibilidade de se envolver um novo relacionamento. Poderá ser surpreendido, muito favoravelmente, com as atitudes e gestos de alguém que entrou há pouco na sua vida. No plano profissional – poderá entrar numa nova fase profissional, comece a pensar em novos projetos ou novas aplicações financeiras. Carta da semana – O SOL – semana muito luminosa e feliz para Peixes. Vai sentir-se com muita vontade de viver a vida e demonstrar a força das suas emoções e sentimentos. TOURO 21.04 a 21.05 No plano amoroso, sente-se muito apaixonado e tem receio de mostrar os seus sentimentos. No plano profissional, terá algumas propostas, mas não se iluda com as mais vantajosas. Carta da Semana – A Lua, esta carta mostra que você estará sensível e um pouco frágil, mas ao mesmo tempo estará com um grande poder de análise. GÉMEOS 22.05 a 21.06 No plano amoroso – poderá travar novos conhecimentos, embora deva amadurecer bem as ideias antes de lançar num novo romance. Poderá ter de enfrentar oposições familiares para poder levar em frente uma relação. No plano profissional – deve manter a calma em todas as circunstâncias, até porque esta semana tudo está ao seu alcance. Carta da semana – O CARRO – a conjuntura anuncia progressos. CARANGUEJO 22.06 a 22.07 No plano amoroso – possibilidade de os seus sentimentos serem completamente renovados. Numa situação inesperada ou mesmo sem estar disponível pode sentir novas emoções. No plano profissional – se estiver envolvido em atos de representação ou de cariz público, sair-se-á muito bem. Carta da semana – O AMOROSO – esta carta define uma semana intensa em que todos os comportamentos estão marcados pela paixão. LEÃO 23.07 a 23.08 No plano amoroso – não aceite opiniões ou que se metam demasiado na sua vida, o seu coração é o seu melhor amigo e só poderá arrepender-se do que não fizer. No plano profissional – todos os negócios ou investimentos em que se envolver, desde que estruturados e calculados darão bons resultados. Carta da semana – O IMPERADOR – está muito lúcido, objetivo e eficaz marcando pontos em todas as situações que se envolver. VIRGEM 24.08 a 23.09 No plano amoroso – não permita que o orgulho atrapalhe ou ponha em causa em relação. No plano profissional – alguns colaboradores podem interferir ou pôr em causa as suas opiniões, mas é aconselhável que não baixe os braços e faça persistir as suas ideias. Carta da semana – A FORÇA – fomenta novas ideias confere rapidez de raciocínio e força de vontade não permitindo que se instalem na sua vida indecisões ou qualquer tipo de medo. BALANÇA 24.09 a 23.10 No plano amoroso – é uma semana adequada a que faça alterações na sua forma de vida; pode iniciar uma fase mais límpida e intensa. No plano profissional – algumas situações podem assumir contornos que não esperava e perante os quais terá de tomar uma posição. Carta da semana – A MORTE – é uma carta forte que permite conduzir a sua vida de forma objetiva e eficaz. Fim de uma etapa e inicio de uma nova etapa próspera. ESCORPIÃO 24.10 a 22.11 No plano amoroso – não entregue o seu amora quem não o merece, corre o risco de deceções. Nem todas as promessas serão cumpridas esta semana. No plano profissional – dê atenção a um negócio ou a um projeto que pode esconder problemas, procure novos apoios. Carta da semana – A LUA – a conjuntura leva-o para o mundo dos sonhos em que é difícil ser racional, tente manter-se lúcido para não ser enganado. SAGITÁRIO 23.11 a 20.12 No plano amoroso, relações são correspondidas e regidas por si e pelos seus interesses. Controle o seu feitio pois numa relação toma decisões a dois. No plano profissional, mostre-se mais activo e mais empenhado com trabalhos que lhe são solicitados. Carta da Semana – O Mundo, esta carta mostra que as conquistas e os seus êxitos estão ao seu alcance, basta que consiga reunir todas as suas potencialidades para atingir os seus fins. CAPRICÓRNIO 21.12 a 20.01 No plano amoroso – escute o que lhe dita o coração sempre que tomar uma decisão ou fizer uma escolha sentimental; todos os gestos deverão ser fruto de reflexão solitária e amadurecida. No plano profissional – está perfeitamente apto a atuar em proveito próprio e fazer bom uso das suas habilitações e conhecimentos. Carta da semana – A PAPISA – a semana promete ser muito importante. AQUÁRIO 21.01 a 19.02 No plano amoroso, poderá estar a passar uma fase conflituosa, que se deve á indefinição de sentimentos, clarifique-os. No plano profissional, os trabalhos que tem em curso irão sofrer alguns atrasos, devido á falta de recursos. Carta da Semana – O Eremita, esta carta mostra que deve agir com rigor e cuidado em todas as situações. PEIXES 20.02 a 20.03 No plano amoroso – momento propicio á evolução sentimental; conseguirá compreender alguns gestos e lidar melhor com os afetos. No plano profissional – vida financeira sujeita a flutuações que merecerão medidas adequadas em cima dos acontecimentos. Carta da semana – O JULGAMENTO – traz uma semana marcante pródiga em acontecimentos importantes que lhe possibilitarão análises e iniciativas fundamentadas.


16 O SETUBALENSE 13 de Dezembro de 2021

Região DR

GRÂNDOLA

Orçamento Municipal de 34 milhões aprovado com foco no turismo Mário Rui Sobral

MONTIJO

Bombeiros voluntários elegem novos órgãos sociais na próxima sexta-feira Actual direcção vai ter concorrência. Lista B apresenta-se com conjunto de propostas para o próximo triénio Mário Rui Sobral A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Montijo vai a votos a 17 deste mês. As eleições, para escolha dos órgãos sociais para o triénio 2022-2024, vão ser disputadas por duas listas candidatas. Têm a palavra os sócios, que vão poder decidir o futuro da instituição entre as 17h30 e as 21h30 da próxima sexta-feira na sede do quartel. Pela lista A recandidatam-se Amável Pires, João Paulo Dinis e António Dias, respectivamente, à presidência da direcção, da assembleia geral e do conselho fiscal. Encabeçam a lista B Jorge Costa Lopes (direcção), Mário Baliza (assembleia geral) e António Marques (conselho fiscal). Já conhecidas são as linhas programáticas de acção da lista B. A candidatura que aposta em Jorge Lopes

para a presidência da direcção tornou público, numa página criada na rede social Facebook, mais de duas dezenas de propostas, sob o lema “criar futuro, criar valor, preservar a história”. “Melhorar a qualidade no serviço de emergência pré-hospitalar e de transporte de doentes” e criar um “centro médico no quartel para todos os bombeiros, sócios e familiares directos, com médico, psicólogo, fisioterapeuta e enfermeiro” são as duas primeiras propostas que a lista B elenca no programa. “Melhorar a situação financeira da associação” é outra das pretensões apontadas, a par da “criação de [uma] unidade de formação certificada para empresas e civis” e da intenção de “estabelecer [um] protocolo com a empresa de formação especializada em incêndios industriais e urbanos” no sentido de especializar os bombeiros da corporação “em diversas áreas formativas”.

Investimento e mais condições

A equipa liderada por Jorge Lopes defende também a “revisão do acordo de empresa com vista a melhorar as condições dos colaboradores dos

Bombeiros do Montijo” e a “humanização da associação”, para “dignificação do bombeiro”. O investimento na equipa de comando, no corpo activo e colaboradores “com recursos humanos e materiais cada vez mais actualizados e qualificados” é outro dos objectivos da lista B, que preconiza também a avaliação e capacitação dos recursos humanos profissionais (bombeiros assalariados). “Potenciar condições de incentivo aos associados (com eventuais parcerias com instituições locais de prestação de serviços)”, recriar “o museu da associação e recuperar viaturas e equipamentos”, criar “um seguro de saúde para todos os bombeiros com protocolos com entidades da área” e submeter “candidaturas a fundos comunitários” para “remodelação, ampliação, das infra-estruturas e aquisição de equipamentos” são propostas também contempladas. A criação da modalidade “Sócio Benemérito” para inclusão dos elementos da corporação como associados da instituição e o fomento de acções de proximidade à população também figuram, entre outras, no leque de medidas apresentado por esta candidatura.

Reavaliar os planos de ordenamento do território para redefinir a estratégia turística do concelho é uma das principais prioridades da Câmara de Grândola já a partir do próximo ano. O objectivo está vertido no Orçamento Municipal de 2022, que foi aprovado na última quinta-feira com os votos a favor da maioria CDU. O PS votou contra o documento previsional que ascende a 34 milhões de euros. Com um dos valores mais elevados dos últimos anos, o orçamento – que será ainda submetido a votação na Assembleia Municipal, no próximo dia 17 – prevê entre as acções mais relevantes a Estratégia Integrada de Desenvolvimento Sustentável – Grândola 2030. O executivo presidido por António Figueira Mendes considera-a “indispensável” e irá dar-lhe “máxima prioridade” em 2022, conforme admite o autarca da CDU. “Grândola continua a ser um dos concelhos mais procurados para investir, viver e visitar. O ano de 2022 será essencial para reflectir, analisar e definir o caminho a trilhar na próxima década. É fundamental avaliarmos as ameaças e as oportunidades que se colocam ao desenvolvimento sustentável do território, bem como definirmos uma visão e um plano de acção para o horizonte 2030”, assume Figueira Mendes, citado numa nota do município. “O concelho tem registado um forte desenvolvimento em várias áreas e sectores, com particular ênfase para o do turismo, aproximando-se, por isso, do nível

máximo de Intensidade Turística (IT) definido pelo Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo para esta sub-região. Deste modo, é necessário no próximo ano reavaliar os planos de ordenamento do território – principalmente o Plano Director Municipal – para repensar e redefinir a estratégia de desenvolvimento turística do nosso concelho”, adianta. A “expansão da zona industrial ligeira de Grândola”, a ”instalação do Parque Logístico junto ao IC1 e a linha ferroviária” são outros dos objectivos, tendo em vista a captação de novos projectos, que possam gerar riqueza e emprego. A cultura, o desporto, a educação, a juventude e o desenvolvimento social “continuarão a ser áreas prioritárias”, mas a habitação merecerá “particular atenção”. Planeada está a construção de habitações a custos controlados, de loteamentos municipais para autoconstrução e a disponibilização de habitações com rendas acessíveis. Processo que numa primeira fase implicará “a revisão dos planos de urbanização e a aquisição de terrenos e de habitações”. Entre obras programadas estão o Parque Urbano Municipal, o edifício da Universidade Sénior, a estrada de acesso à Praia de Melides, a Rua Nova em Melides, o espaço de lazer do Canal Caveira e o Centro Municipal de Protecção Civil, além de outras. O orçamento vai agora ser apreciado na Assembleia Municipal, que é composta por 12 membros da CDU, 11 do PS e 2 do PSD/CDS-PP. DR

António Figueira Mendes "assina" a estratégia a seguir já em 2022


13 de Dezembro de 2021 O SETUBALENSE 17

Publireportagem C.CASAS REAL ESTATE TEVE UM ANO DE 2021 COM EXCELENTES RESULTADOS

Reforço do trabalho em parceria foi chave para continuar a conquistar mercado A terminar um ano de 2021, cheio de desafios, o balanço feito no seio da C.Casas “é francamente positivo”. Paula Guerreiro, gerente da imobiliária setubalense fala mesmo “de um ano de superação” em face de toda a conjuntura nacional e mundial”. Um cenário que apesar das contingências acabou por fortalecer ainda mais a estrutura da C.Casas assegura a empresária. “Foi um ano de estabelecer novas parcerias, com a comercialização de projectos imobiliários únicos, que se pautaram pelo sucesso comercial”. O que lhe dá mais satisfação, acrescenta, “ é verificar que o sucesso comercial e o volume de transacções realizadas, foram obtidas respeitando o ADN da empresa, onde os valores humanos estão acima de qualquer transacção imobiliária”. A C.Casas, sublinha Paula Guerreiro,

“é uma empresa sólida, consolidada com parcerias e clientes cuja relação é pautada por anos de relacionamento. Com uma mediação e consultadoria financeira, de proximidade, de personalização, de exclusividade para com os clientes preenche uma lacuna do mercado imobiliário. Ao seu serviço tem profissionais, com todo o conhecimento para acompanhar os clientes em toda a fase do processo de mediação e principalmente na vertente de consultadoria financeira. Conta com uma carteira nacional e internacional de investidores, e clientes particulares, onde apresentam soluções de investimento imobiliário e obtém a máxima rentabilidade ao colocar novamente o imóvel no mercado. No segmento residencial, é uma empresa onde a qualidade da sua carteira

Paula Guerreiro, gerente

está reconhecida no mercado, verificada pelo número de parcerias solicitadas por empresas de mediação imobiliária. Os proprietários sabem, garante a empresária, “que a apresentação do imóvel, a sua promoção, a divulgação em portais de destaque nacional e internacional, formação dos consultores, a carteira de compradores exclusivos, da C.Casas, permitem obter o máximo de retorno financeiro do seu activo imobiliário. Nas palavras de Paula Guerreiro, a marca C. Casas, “reflecte desde sempre o que o mercado pede actualmente; um atendimento personalizado, um foco no cliente, e principalmente a máxima discrição e a confiança do devido acompanhamento”. Um exemplo desta postura no mercado está numa recente transacção imobiliária de um cliente inglês, que

realizou uma aquisição sem estar presente em Portugal, veio apenas para a escritura. “ Tratamos de tudo, desde o hotel para ficar, fomos pessoalmente ao aeroporto, visitas e locais a conhecer; demos todo o apoio que necessitou”. “Três dias inesquecíveis”, com consequências positivas;” o cliente já se prepara para novo investimento”, revela. “São os detalhes e a atenção que se dá, que marcam a diferença”. Espreitando o futuro 2022, promete arrancar em força com a fase final do projecto imobiliário SKYLINE, luxury & design que foi comercializado em exclusivo. Estão a ser desenvolvidos novos projectos, novidades, novas parcerias que “a seu tempo serão divulgadas”. Numa mensagem aos seus clientes e à comunidade em geral Paula Guerreiro expressa o seu desejo. “Um excelente Natal e um ano de 2022 juntos. PUBLICIDADE


18 O SETUBALENSE 13 de Dezembro de 2021

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ANTÓNIO DE JESUS SOUSA LANÇA PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Seus familiares cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido. O funeral realiza-se hoje, dia 13-12-2021, pelas 10h30 da Capela do Socorro para o Cemitério da Paz, em Setúbal. Agradecendo a todos quanto se dignaram e participaram em tão piedoso acto, bem como a todos que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar. 1774

Rua Augusto da Costa, nº 1 - 1 A - 2910-410 Setubal 265 239 390 | 265 419 488 | e-mail: medisete@gmail.com

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---- Eu, SANDRA MORAIS TELES BOLHÃO, Notária com Cartório em Setúbal, na Avenida Bento Gonçalves, número 19-B, CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação lavrada neste Cartório no dia nove de Dezembro de dois mil e vinte e um, a folhas noventa e um e seguintes do Livro cento e sessenta e sete - A, MARIA DE FÁTIMA CALISTO FIGUEIRAS BRAZ TOMÉ e marido MANUEL BRAZ TOMÉ, casados sob o regime da comunhão de bens adquiridos, residentes na Rua Principal das Praias do Sado, número 91, Praias do Sado, Setúbal, DECLARARAM, que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores do PRÉDIO URBANO, com a área total de quatrocentos e setenta e um vírgula cinquenta metros quadrados, composto por duas moradias de cave e rés-do-chão para habitação com a área coberta de cem metros quadrados e logradouro, a confrontar a norte com Estrada Principal das Praias do Sado, a sul com Linha de Água, a nascente com herdeiros de António Figueiras e a poente com Cláudio José Chagas Amado, sito na Rua Principal das Praias do Sado, números 79 e 81, freguesia do Sado, concelho de Setúbal, não descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo provisório P4404, da freguesia do Sado, que proveio do artigo 561, da mesma freguesia. --------------------------------­ - Que, a totalidade do prédio ora justificado, pertencera aos avós paternos da justificante mulher, António Figueiras, casado com Alice da Silva sob o regime da comunhão geral de bens, os quais no inicio da década de oitenta edificaram o edifício ali ainda existente. -------------------------- Que os referidos António e mulher Alice, doaram, de forma meramente verbal, em meados no ano de mil novecentos e oitenta e oito, o prédio justificado ao seu filho, José da Silva Figueiras, já no estado de casado com Diamantina Mendes sob o regime da comunhão geral de bens. Que o referido José da Silva Figueiras e mulher, pais da justificante mulher entraram nesse mesmo ano na posse efetiva e exclusiva do mesmo, nele habitando de forma permanente.------------------------- Que no inicio do ano de mil novecentos e noventa e cinco, os referidos José da Silva Figueiras e mulher Diamantina Mendes, doaram, também de forma meramente verbal, à sua filha, ora justificante mulher, à data já casada com Manuel Braz Tomé, o prédio ora justificado de que eram titulares e legítimos possuidores. Que a mesma entrou na posse efetiva e imediata do mencionado prédio urbano, tendo combinado com os seus referidos pais que formalizariam a transmissão realizada assim que estes formalizassem a sua aquisição. ----------------------------- Que, atendendo ao falecimento de todos os doadores, não é atual e subjetivamente possível outorgar título de transmissão do referido prédio, mantendo-se o exercício da sua posse inalterável, não lhe restando outra forma de aquisição do seu direito senão através do recurso à usucapião. -----­ - Que, atendendo a que a duração da sua posse, há mais de vinte anos, se tem mantido continuadamente e de forma ininterrupta, já adquiriram a totalidade do dito prédio, por USUCAPIÃO, invocando, por isso, esta forma originária de aquisição, para todos os efeitos legais. -------------------------------------ESTÁ CONFORME. ------------------------------------------------------------------------------------Setúbal, a nove Dezembro de dois mil e vinte e um.

Reg. sob o n.º 120

N. 11-05-1956

F. 02-12-2021

EMÍLIA INEZ DOS SANTOS SILVA COELHO PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Seus familiares cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido. O funeral realizou-se dia 09-12-2021 pelas 15h15 do IML de Setúbal para o Crematório de Setúbal. Agradecendo a todos quanto se dignaram e participaram em tão piedoso acto, bem como a todos que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar. FUNERÁRIA SETUBALENSE 265 550 045 / 265 238 528 ( SERVIÇO PERMANENTE )

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Horário 2ª a 6ª-feira: 08.00/12.30 - 14/18.00h Sábado: 09.00/12.00h

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precisa de empregada/o para turno da manhã, transporte próprio c/ experiência.


13 de Dezembro de 2021 O SETUBALENSE 19 PUBLICIDADE

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... que a Funerária Armindo está disponível todos os dias do ano, a quaquer hora, para o apoiar em caso de emergência funerária?

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cremação, considerando todos os custos envolvidos, é tipicamente mais barato que o funeral para sepultura?

1392

3

Necrologia

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

1821

Seus filhos, nora, genro, netos, restante familia e amigos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido cujo o funeral se realizou dia 09-12-2021 para o Cemitério da Nossa Senhora da Piedade. Na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar ou que de outra forma manifestaram o seu pesar. AGÊNCIA FUNERÁRIA SADO TELEF: 265 718 605 - 934782861 - 966479242

FALECEU A 09/12/2021

FALECEU A 06/12/2021

GRACINDA DA CONCEIÇÃO RAMOS NEVES

ANTÓNIO SEVERINO OLIVEIRA ALBUQUERQUE

Seu esposo, filho, nora, netos, restante família e amigos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido cujo o funeral se realizou dia 10-12-2021 para o Crematório de Quinta do Conde. Na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

Sua esposa, filhos, netos, restante família e amigos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido cujo o funeral se realizou dia 07-012-2021 para o Crematório de Setúbal. Na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA SADO TELEF: 265 718 605 - 934782861 - 966479242

AGÊNCIA FUNERÁRIA SADO TELEF: 265 718 605 - 934782861 - 966479242

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

1771

FALECEU A 06/12/2021

ANA EMILIA PITA BABOSA MORGADO


20 O SETUBALENSE 13 de Dezembro de 2021

Reportagem NUNCA É TARDE PARA ACREDITAR

Quando a prisão vive um “pequeno momento de liberdade” Existem 40 homens que, todos os dias, optam por abandonar o tempo livre no pátio para se dedicarem aos estudos no Estabelecimento Prisional do Montijo Cristina Guerreiro conhece de cor o procedimento. Cumprimenta o guarda que está à entrada, arruma os pertences no cacifo, coloca a pasta que precisa num tapete rolante e é revistada. Sai pelas traseiras do edifício e atravessa o pátio rodeado de arvoredo. À sua frente tem agora um segundo edifício que se estende em direcção ao céu com o topo cercado de arame farpado. Transpõe a porta principal que dá seguimento a uma série de portas, todas elas controladas por guardas, que a encaminham para um longo corredor de paredes brancas. Um espaço frio e triste que contrasta com o ânimo que a professora de Linguagem e Comunicação traz consigo. Chega à biblioteca onde várias silhuetas já a esperam à entrada: “Bom dia, professora”, cumprimentam quase em uníssono. Cristina Guerreiro conhece bem cada rosto e retribui a saudação. Enquanto prepara o material para mais uma aula, novos alunos vão chegando e sentando-se nos devidos lugares. As quatro paredes estão forradas de livros, transformando a pequena sala numa biblioteca improvisada. Há piadas, risotas e sobretudo um ambiente que remonta para uma típica sala de aula, não fosse o uniforme cinzento acusar a presença de 14 reclusos do Estabelecimento Prisional do Montijo. “Hoje vamos continuar a falar de poesia. Que poema querem ouvir?”, pergunta a docente. “Aquele do Pedro Abrunhosa que passava na novela”, pede Júlio [nome fictício]. Está detido há quase dois anos, mas

Deixei a escola aos 16 anos porque tinha a ideia de que não existiam professores simpáticos

fez questão de frequentar as aulas desde o início, encontrando-se já a concluir o EFA B3 [equivalente ao 9.º ano]. Tem uma tatuagem no pescoço e o ‘piercing’ no sobrolho dá-lhe um aspecto mais novo. “Para ver tristeza ficava na rua. Prefiro aproveitar o tempo e estar aqui a aprender. Ajuda-me bastante a reflectir e a interagir com os colegas”, confessa mais tarde. Pelas colunas do computador já se ouve a voz de Pedro Abrunhosa em “Se eu fosse um dia o teu olhar”. Com a letra à frente, os alunos acompanham os versos e vão cantarolando timidamente. Quando a música termina, todos batem palmas e a boa disposição faz-se sentir. “É um poema muito bonito. Se ouvisse mais duas vezes era capaz de chorar”, co-

menta Carlos [nome fictício]. Há uma gargalhada geral e Cristina Guerreiro apressa-se a esclarecer: “O Carlos é o sentimental”. Está inserido na turma de EFA B2 [equivalente ao 6.º ano] e demonstra estar sempre pronto para responder às questões colocadas. “Deixei a escola aos 16 anos porque tinha a ideia de que não existiam professores simpáticos. Levava reguadas por não saber as coisas e acabei por aprender a ler e escrever com a minha irmã”, conta. Hoje, acredita que errou e lança rasgados elogios à professora Cristina por toda a ajuda. “A professora lida connosco como se fôssemos pessoas de verdade. Ela é muito inteligente e sabe como tratar cada um de nós, consoante as nossas personalidades. Ia morrer com esta ideia de que os professores são maus e ela conseguiu mudar isso”, revela.

FOTO CMM (MONTIJO HOJE, OUT. 2021)

Memórias de uma vida marcada pela dor

Um burburinho começa a crescer na pequena biblioteca. “Isto é uma quadra”, ouve-se do fundo da sala. “Não, é uma estrofe”, garantem outros. “Oiçam lá a professora”, pede Carlos. Cristina Guerreiro esclarece o equívoco à medida que se prepara para lançar o segundo poema: “Cântico Negro”, interpretado por João Villaret. Enquanto as palavras bruscas do autor rompem o ar, os olhares estão colocados nas folhas de papel que cada homem tem entre as mãos. Lêem cada letra, interpretam cada frase e o rosto espelha o que sentem: um misto de indignação e identificação.

Cristina Guerreiro dá aulas a reclusos no Estabelecimento Prisional do Montijo


13 de Dezembro de 2021 O SETUBALENSE 21

Vitória FC perde com o Amora na Liga 3 p22 DR

Quero agradecer à professora por nos ter trazido isto, porque nos transmite uma mensagem. Temos de acreditar

Cristina Guerreiro “A educação pode mudar o mundo" Há 16 anos que Cristina Guerreiro é professora de Linguagem e Comunicação no Estabelecimento Profissional do Montijo. Começou a carreira no ensino regular, mas um convite mudou-lhe a vida e hoje acredita ter tomado a decisão correcta. “Já não conseguia fazer outra coisa. Estes homens têm um respeito pelos professores que os miúdos á fora perderam há muito tempo”, garante. Está convicta de que a educação “pode mudar o mundo” e entende que os seus alunos “fizeram a escolha mais difícil”: “Podiam optar por passar o seu tempo no pátio

com os restantes reclusos, mas preferem estar num espaço onde há regras e, acima de tudo, onde dedicam tempo a si próprios. Têm o seu pequeno momento de liberdade”. Actualmente, Cristina dá aulas a 40 homens que se inserem em quatro turmas, divididos por anos escolares. O número de reclusos inscritos no programa educativo tem aumentado ao longo dos anos e a docente acredita que se deve à forma como são tratados. “Digo-lhes sempre que, a partir do momento em que passam aquela porta, não existem prisioneiros, mas sim alunos”, sublinha.

José [nome fictício], que apresenta um aspecto corpulento por estar envolvido num grande sobretudo branco, esteve em silêncio desde o início e parece pensar alto ao deixar escapar: “Este poema diz-me muito. Quando ele diz 'todos tiveram pai, todos tiveram mãe'. Eu fui abandonado aos sete anos”. A confissão gera nova discórdia, pois há quem queira afastar esses pensamentos. “Deixem-no falar. Às vezes temos de lembrar estas coisas”, interrompe Carlos. “O meu filho está numa casa de correcção. Também não tem a mãe e o pai com ele”, conta Júlio. “Também já estive numa casa de correcção”, ouve-se. Aos poucos, cada pessoa reflecte sobre a infância que levou e a família que deixou lá fora e, de repente, a aula enche-se de palavras fortes e vidas difíceis. “Guardei o que mais gostam para o fim. Vamos ouvir 'Agora Nunca é Tarde' de Pedro Barroso”, anuncia a docente. “Este é bom. Este é muito

Este poema diz-me muito. Fui abandonado aos sete anos bom. Quando sair em liberdade vou levar este comigo, professora”, afirma Ricardo [nome fictício] que desde o início se tem preocupado em reunir cuidadosamente os papéis com os poemas que recebe. “Eu vou oferecê-lo ao meu avô”, conta Júlio. Faz-se total silêncio na sala assim que a canção começa. Fala-se de sonhos, de vidas injustas e segundas oportunidades. Alguns alunos fitam as folhas, outros têm os olhos

fechados e um homem com um terço tatuado no pulso deixa escapar uma lágrima. Os versos terminam com a esperança que a turma precisava: “Nunca é tarde demais para acordar”. Os alunos parecem distantes quando Cristina Guerreiro pede para que falem sobre o que acabaram de ouvir. Após um curto silêncio, Júlio toma a iniciativa. “Identifico-me quando ele diz: 'Mas o curso da vida foi traidor. Agora já é tarde'. Passei por coisas boas e outras muito más. Mas gosto da forma como termina”. “Eu gosto daquela parte 'Amanhã partimos todos para Istambul', afirmam. Todos riem e festejam como se essa realidade fosse de facto possível. A responsável pela aula aproveita a brincadeira para assegurar que, um dia, todos poderão realizar os seus sonhos, desde que acreditem. “O que sonhavam ser quando eram crianças?”, pergunta. E assim a poesia transportou cada homem para uma infância longe das grades. “Eu tinha um sonho que agora já é impossível. Queria ser piloto”, refere uma voz. “É mais provável que o meu. Eu queria ser polícia e agora já tenho cadastro”, comenta outra. Mecânico, jogador de futebol e outras profissões vão sendo nomeadas. “Quando era pequeno queria ser feliz”, revela José, enquanto fita o tecto. Todos riem, mas acabam por concordar. A certa altura, um guarda bate à porta para informar que o tempo disponível para a aula está a terminar. Os alunos levantam-se, arrumam as cadeiras e despedem-se da professora. Quando todos se preparavam para sair, Hugo [nome fictício] diz: “Quero agradecer à turma e à professora por nos ter trazido isto [aponta para as folhas] porque nos transmite uma mensagem. Temos de acreditar”.


22 O SETUBALENSE 13 de Dezembro de 2021

Desporto

EQUIPA SETUBALENSE SEM ARGUMENTOS PARA CONQUISTAR TRÊS PONTOS EM ÓBIDOS

Vitória falha assalto ao 3.º lugar da Liga 3 após derrota com Amora DR

Golo de Gildo Fernandes materializa domínio dos amorenses no jogo Ricardo Lopes Pereira Após perder ontem com o Amora, por 1-0, o Vitória FC falhou o assalto ao terceiro lugar da série B da Liga 3. O golo que ditou o desaire do conjunto setubalense foi apontado por Gildo Fernandes na segunda parte, período em que os verdes e brancos foram completamente dominados pelos homens comandados por Sandro Mendes, que foram, de longe, a equipa mais perigosa no Estádio Municipal de Óbidos. Com os três pontos conquistados, o emblema da Margem Sul do Tejo, que tem mais dois jogos que a turma do Sado, ultrapassou na tabela o Vitória, que está na sexta posição com 17 pontos, menos um que os amorenses, que estavam há quatro rondas sem vencer na prova, enquanto a equipa de Pedro Gandaio falho o objectivo de dar sequência ao 3-0 obtido na quarta-feira em Alverca. Em relação à partida com os ribatejanos, em Alverca, Gonçalo Batista foi a única novidade do onze ao substituir o experiente Mano (lesionado com mialgia na coxa esquerda). Nos primeiros minutos, o Vitória deu mostras de querer chegar rapidamente ao golo. Ainda antes de estar cumprido o primeiro minuto do encontro, sadinos visaram a baliza contrária num remate do jovem médio Daniel Carvalho que foi travado pelo guardião Guilherme Fernandes. Aos três minutos, depois de um canto de Bruno Ventura na direita, um cabeceamento de José Semedo levou a bola a passar sobre a trave depois de desviar num defesa do conjunto da Margem Sul do Tejo. Volvidos dois minutos, mais uma vez na

Gandaio já tinha substituído Daniel Carvalho por Diogo Sequeira, os amorenses chegaram sem surpresa ao 1-0. O golo que decidiu o resultado do jogo surgiu aos 63 minutos por Gildo Lourenço, atacante que materializou o domínio do Amora num remate de pé esquerdo forte e colocado, após assistência de Léléco. Até ao apito final, o Vitória não teve capacidade para chegar à igualdade. Mesmo com as entradas dos sadinos Daniel Martins, Diogo Carvalho e Mathiola, o Amora soube gerir a vantagem sem passar por grandes sustos junto da sua área. Refira-se que o Amora terminou a partida com 10 jogadores depois de Xavier, por falta dura sobre Murilo Rosa, ter visto o segundo cartão amarelo e respectivo vermelho aos 90+2 minutos. Na próxima jornada, o Vitória e o Amora jogam na sexta-feira diante do Cova da Piedade e U. Leiria, respectivamente.

Sadino ‘Magazino’ homenageado Boa exibição do guardião sadino João Valido não impediu derrota em Óbidos com o Amora

sequência de um canto, a bola sobrou para a entrada da área defendida pelo Amora e aí surgiu Robson a rematar sobre a trave. O Amora respondeu à melhor entrada dos verdes e brancos e rapidamente começou a acercar-se também com perigo da baliza de João Valido, melhor elemento em campo dos forasteiros. Aos sete minutos, Joca trabalhou na esquerda e cruzou para a área onde surgiu Flávio Silva, pressionado por Nuno Pinto, a falhar a emenda. Aos 15, o mesmo Flávio Silva testou a atenção de João Valido que se opôs ao avançado, evitando males maiores para a sua baliza. Só já perto da meia-hora de jogo, aos 26 minutos, o Vitória conseguiu criar aquele que foi a sua melhor ocasião de golo no primeiro tempo. Após canto, Daniel Carvalho não acertou no alvo e, na sequência do lance, a bola chegou aos pés de José

Semedo que rematou para defesa atenta de Guilherme Santos. Aos 35 foi a vez de Varela trabalhar bem na direita e rematar cruzado para defesa segura do guarda-redes do Amora naquele que foi o derradeiro lance de perigo dos sadinos antes do intervalo. No entanto, ainda com muito tempo para jogar, os homens treinados por Sandro Mendes, com claro sinal mais na recta final da primeira parte, tomaram de assalto a área sadina. Aos 37, Joca escapou na direita a Gonçalo Batista, jovem que sentiu sempre muitas dificuldades em travar o capitão do Amora, e só não celebrou golo devido a uma excelente defesa de João Valido. Até ao apito final, as jogadas de perigo tiveram continuidade na área sadina. Aos 39, Flávio Silva recebeu a bola de um colega, rodopiou e rematou muito perto do poste direito

da baliza sadina. No minuto seguinte foi a vez de Joca rematar forte para defesa segura de João Valido, que aos 44 entrou novamente em acção para evitar que o remate cruzado de Gildo Lourenço desse golo. No reatamento, o Amora manteve a dinâmica e pressão aos sadinos que tinham dificuldades em tirar a bola da zona de perigo. Nos primeiros minutos, depois de lances de perigo criados por Gildo Lourenço e num cabeceamento de Jeferson Bahia, este último, aos 51 minutos, introduziu a bola na baliza vitoriana, mas o golo não contou porque o defesa estava fora-de-jogo no momento em que cabeceou para a baliza. A dominar por completo o encontro, os amorenses voltaram a ameaçar, aos 55, num remate de Gildo Lourenço que proporcionou uma enorme defesa João Valido. Numa fase em que só dava Amora e em que Pedro

Antes do início do jogo em Óbidos, localidade que tem servido de casa emprestada aos amorenses, os jogadores do Vitória envergaram t-shirts com a mensagem “Magazino - Obrigado pela lição de vida” em homenagem ao DJ setubalense Magazino, falecido na quinta-feira depois de travar uma longa luta contra a leucemia, que era adepto e foi atleta do clube verde e branco.

CLASSIFICAÇÃO III LIGA

J 1 UD Leiria 2 Torreense 3 Real SC 4 Caldas SC 5 Amora FC 6 Vitória FC 7 FC Alverca 8 Oriental Dragon FC 9 Sporting B 10 CD Cova Piedade 11 FC Oliv. Hospital 12 U. Santarém

V E D M-S

12 8 12 6 12 5 11 5 12 5 10 5 12 5 12 2 11 3 12 3 12 0 10 1

3 2 4 3 3 2 2 7 3 2 8 3

1 4 3 3 4 3 5 3 5 7 4 6

23-12 15-13 17-16 12-9 16-10 14-9 16-18 14-15 12-15 12-19 16-23 10-18

P 27 20 19 18 18 17 17 13 12 11 8 6


13 de Dezembro de 2021 O SETUBALENSE 23

Barreirense soma o quinto empate consecutivo no Campeonato de Portugal

Barreirense e Pinhalnovense empataram ambos a zero nas partidas que disputaram com Imortal e Juventude de Évora, relativas à 9.ª jornada do Campeonato de Portugal. A equipa do Barreiro, que jogava no Campo da Verderena, tinha como

objectivo a conquista da vitória que não consegue desde a primeira jornada disputada em Lagos, no dia 29 de Agosto. De então para cá seguiram-se três derrotas e agora cinco empates consecutivos. Para o Pinhalnovense pode dizerse que foi positivo o resultado

obtido nesta jornada porque foi conseguido num campo tradicionalmente difícil. Um ponto fora de casa é sempre bom, e porque de grão a grão a galinha enche o papo, a equipa de Ricardo Estrelado já leva 18, que valem o segundo lugar na Série F.

FUTEBOL DISTRITAL

LIGA 3

Quatro jogos adiados devido a casos positivos de covid-19

Oriental Dragon entra na segunda volta com uma igualdade fora de casa DR

O adversário invisível está a atacar em força e a colocar em causa a continuidade da competição que já está a ser afectada. Nos jogos realizados registaram-se cinco vitórias em terreno alheio José Pina Os campeonatos distritais de futebol ficaram marcados este fim-de-semana pelo adiamento de vários jogos devido à pandemia de covid-19 que parece estar a atacar em força na região com novos casos positivos e também à chegada tardia dos árbitros em alguns jogos que chegaram a começar 20 minutos depois da hora marcada. Na 1.ª Divisão Distrital de Seniores foram adiados três jogos. O Trafaria - Comércio Indústria, devido ao isolamento profiláctico dos jogadores do Trafaria face aos casos positivos que surgiram na semana passada, o Alfarim – Águas de Moura, devido a problemas surgidos na equipa do concelho de Sesimbra, e o Seixal – U. Santiago, sendo este adiado à última da hora numa altura em que a equipa de Santiago do Cacém já se encontrava a almoçar em Palmela. Na 2.ª Divisão também não se realizou o Brejos de Azeitão – Banheirense, na sequência da situação registada na semana anterior. Entre os jogos realizados será de destacar a vitória do Olímpico do Montijo no Juncal sobre o Moitense, que perdeu pela primeira vez em casa e logo por margem bem dilatada; o triunfo do Desportivo Fabril sobre o Grandolense, com um golo solitário marcado por Semedo ainda no decorrer da primeira parte; assim como os êxitos alcançados pelo Alcochetense

Campo do Juncal registou boa assistência

em Sines, pelo Monte de Caparica em Palmela, pelo Vitória FC na Costa de Caparica e pelo Charneca de Caparica no reduto do FC Setúbal. Resultados (16.ª jornada): Trafaria – Comércio Indústria (adiado); Desportivo Fabril 1 Grandolense 0; Pescadores da Caparica 0 Vitória Futebol Clube 1; Sesimbra 1 Cova da Piedade B 1; Palmelense 0 Monte de Caparica 1; Moitense 0 Olímpico do Montijo 3; Vasco da Gama 1 Alcochetense 3; Alfarim – Águas de Moura (adiado); Seixal – U. Santiago (adiado); FC Setúbal 3 Charneca de Caparica 6. Classificação: 1.º lugar, Comércio Indústria (menos um jogo), 38 pontos; 2.º lugar, Desportivo Fabril (menos um jogo), 34 pontos; 3.º lugar, Águas de Moura (menos um jogo), 32 pontos; 4.º lugar, Olímpico do Montijo (menos um jogo), 31 pontos; 5.º lugar, Pescadores (menos um jogo), 28 pontos; 6.º lugar, Vitória FC, 26 pontos; 7.º lugar, Moitense (menos um jogo), 24 pontos; 8.º lugar, Sesimbra, Monte de Caparica e Charneca,

21 pontos; 11.º lugar, Grandolense, 20 pontos; 12.º lugar, U. Santiago (menos um jogo), 19 pontos; 13.º lugar, Cova da Piedade B (menos um jogo) e Alcochetense, 18 pontos; 15.º lugar, Vasco da Gama, 17 pontos; 16.º lugar, Trafaria (menos dois jogo) e Palmelense, 16 pontos; 18.º lugar, Seixal (menos um jogo), 12 pontos; 19.º lugar, Alfarim (menos um jogo), 8 pontos; 20.º lugar, FC Setúbal, 7 pontos.

Lagameças ganha em Almada

Na 2.ª divisão a grande surpresa foi causada pelo Lagameças que foi a Almada vencer o líder por 3-1. A equipa visitante adiantou-se no marcador, os almadenses chegaram à igualdade, mas nos instantes finais o Lagameças sentenciou a partida com a obtenção de mais dois golos, fixando o resultado. De destacar será também a vitória do Amora B em Alcochete, do Barreirense B na Várzea sobre os Pelezinhos e do Botafogo em Paio Pires.

Resultados da 12.ª jornada: Brejos de Azeitão – Banheirense (adiado); Pelezinhos 1 Barreirense B 4; Quinta do Conde 4 Arrentela 0; Almada 1 Lagameças 3; Alcochetense B 1 Amora B 2; Paio Pires 2 Botafogo 3; Zambujalense 3 Santoantoniense 1; Santo André 3 Samouquense 1. Classificação: 1.º lugar, Almada, 27 pontos; 2.º lugar, Amora B, 24 pontos; 3.º lugar, Zambujalense (mais um jogo), Quinta do Conde, 23 pontos; 5.º lugar, Botafogo, 22 pontos; 6.º lugar, Banheirense (menos dois jogos), 19 pontos; 7.º lugar, Brejos de Azeitão (menos um jogo), 17 pontos; 8.º Alcochetense B, 16 pontos; 9.º lugar, Lagameças (mais um jogo) e Barreirense B (mais um jogo), 15 pontos; 11.º lugar, Corroios e Arrentela (menos um jogo), 13 pontos; 13.º lugar, Paio Pires (mais um jogo) e Santo André, 10 pontos; 15.º lugar, Samouquense, 9 pontos; 16.º lugar, Pelezinhos e Santoantoniense, 5 pontos.

O Oriental Dragon conquistou um ponto na sua deslocação a Santarém onde defrontou o União em jogo a contar para a 12.ª jornada que assinalou o início da segunda volta da Liga 3. A equipa orientada por Luís Manuel, que jogava em casa do último classificado, tinha como objectivo a conquista dos três pontos para vingar a derrota sofrida no primeiro jogo do campeonato realizado no Estádio Alfredo da Silva e as coisas até começaram bem. Nii Plange (que marcou os dois golos) colocou o Oriental Dragon na frente do marcador aos 14 minutos na cobrança de uma grande penalidade mas a equipa de Santarém empatou aos 27 minutos, mantendo-se a igualdade a uma bola até ao intervalo. No início da segunda parte (49’) o União de Santarém desperdiça um penalti e alguns minutos depois (65’) o Oriental Dragon coloca-se em vantagem com novo golo de Nii Plange. As coisas pareciam bem encaminhadas mas a equipa escalabitana acabou por restabelecer a igualdade (2-2), que persistiu até ao fim. Este foi o quinto empate do Oriental Dragon nos últimos seis jogos realizados.

Cova da Piedade perde em Alverca

O Cova da Piedade perdeu por 2-0 na sua deslocação a Alverca, sofrendo desta forma a sétima derrota no campeonato, que foi também a segunda consecutiva. Aos 36 minutos, Ricardo Rodrigues, assistido por um companheiro de equipa, surge sozinho na área descaído pelo lado esquerdo e atirou para o fundo das redes sem hipóteses para o guardião Cléber, marcando aquele que seria o único golo da primeira parte. Na segunda metade o Cova da Piedade foi à procura do golo do empate mas não o fez com grande convicção e acabou por consentir o segundo golo já relativamente perto do fim, aos 82 minutos, na sequência de uma jogada de ataque do Alverca desenvolvida pelo lado direito, com Diogo Ribeiro a encostar para o golo na pequena área. J.P.


04:19 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 10:30 ~ 2.8 m ~ Preia-mar 16:57 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar 23:10 ~ 2.7 m ~ Preia-mar

ALMADA

04:12 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 10:27 ~ 2.8 m ~ Preia-mar 16:52 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar 23:08 ~ 2.7 m ~ Preia-mar

SESIMBRA

04:22 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 10:44 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 17:02 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar 23:23 ~ 2.8 m ~ Preia-mar

SINES

SETÚBAL TRÓIA

MARÉS

04:37 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 11:08 ~ 3.2 m ~ Preia-mar 17:12 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 23:46 ~ 3.1 m ~ Preia-mar

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FICHA TÉCNICA REGISTO DE TÍTULO n.º 107552 | DEPÓSITO LEGAL n.º 8/84 PROPRIETÁRIO Outra Margem – Publicações e Publicidade, NIF 515 047 325 (detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro) Sede do proprietário: Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal EDITOR Primeira Hora – Editora e Comunicação, Lda, NIF 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress Lda, Losango Mágico, Lda, Carla Rito e Gabriel Rito) Sede do Editor Travessa Gaspar Agostinho,1, 1.º, 2900-389 Setúbal Conselho de Gerência Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro REDACÇÃO Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal DIRECTOR Francisco Alves Rito Redacção Mário Rui Sobral, Humberto Lameiras, Maria Carolina Coelho Desporto Ricardo Lopes Pereira, José Pina Departamento Administrativo Teresa Inácio, Branca Belchior PUBLICIDADE Direcção Comercial Carla Sofia Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro Coordenação Ana Oliveira (Setúbal), Carla Santos (Moita e Barreiro) Publicidade Lina Rodrigues, Rosália Baptista, Célia Félix, Luís Bandadas IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda - Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal geral@tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária 9000 exemplares Estatuto Editorial disponível em www.osetubalense.com


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