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Centro Comercial do Bonfim vai fechar as portas ainda este ano Setúbal Lojistas interpõem providência cautelar e esperam ter decisão do tribunal até 2 de Janeiro p3 O SETUBALENSE
“A ligação da CDU ao distrito é real” Entrevista Paula Santos, cabeça-de-lista da CDU p18 e 19 O SEU DIÁRIO DA REGIÃO QUINTA-FEIRA, 23 DE DEZEMBRO DE 2021 PREÇO 0,80€ | N.º 760 | ANO III | 5.ª SÉRIE
DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO PUBLICIDADE
LIGA 3 Vitória FC vence (2-1) no Bonfim jogo em atraso com o Caldas da Rainha p22 FÉRIAS DE NATAL O Setubalense vai de férias. Regressamos dia 10 de Janeiro. Boas festas
ALMADA Orçamento Municipal de 142,2 milhões aprovado p14
GRIPE Moita já tem 60% da população vacinada p7 PUBLICIDADE
2 O SETUBALENSE 23 de Dezembro de 2021
Abertura
A Mata dos Medos OPINIÃO Mário Moura
Será uma questão de poder?
P
erante um silêncio imperdoável dos meios de comunicação, os ventos que sopram de Roma prenunciam uma verdadeira revolução na Igreja cujas tradições dominaram até aos dias de hoje a vida espiritual dos portugueses, e em tempos de antanho até a nossa vida social e política – numa palavra: toda a nossa vida! Pois com o nosso atual Papa Francisco vai-se ao fundo das nossas vidas e quere-se construir uma nova forma de “ser Igreja”, uma nova e autêntica forma do viver cristãmente. Ora isto mão é coisa de somenos, coisa que se deixe no esquecimento – é coisa que é decisiva para a vida de todos nós. Pois pela primeira vez se secundariza o papel da hierarquia e se pretende dar a voz aos leigos, isto é, que todos – o povo de Deus – construam uma nova forma de viver, uma nova forma de pensar e viver como o “Poder criador” quere e nos ensinou como se deve viver sem nos atropelarmos uns aos outros e, atualmente – sem deixar minguem nas margens, ao abandono. Pois atualmente – e há séculos a situação da nossa Igreja é má, disse algures a secreta era da organização do próximo Sínodo, convocado para 2023. E pasmem-se uma teóloga. Sim, uma mulher nomeada pelo Papa Francisco!! A nossa Igreja tem vivido dum uso permanente de poder. E tem feito uso e abuso desse poder. Não quero falar desses badalados abusos sexuais, quero destacar – isso sim – do poder de pôr e dispor da vida da Igreja, esquecendo todos os ensinamentos do grande Concilio Vaticano II que colocou no centro da vida eclesial TODO o povo de Deus. Não se é contra a Igreja quere-se uma nova maneira de ser Igreja e aí estará o seu verdadeiro poder. Quere-se uma Igreja que saiba ouvir os outros- todos os outros – Queremos uma Igreja que saiba – como o covid – contagiar os outros, consiga colocar-se no lugar dos
outros – sentir os seus anseios, viver os seus medos, apoiar os seus sonhos E para isso é necessário dialogara com o trabalho, com as empresas, com a academia, com a economia, é necessário estar presente na visa social, é necessário comprometer-se – não é a política uma bela forma da caridade? Disse Francisco. Até a teologia necessita adaptar-se aos novos costumes, adquirir significados que sejam do seculo XXI e não de tempos ultrapassados já muitos séculos – cheira a caruncho!! E esse cheiro afugente em especial a juventude – a esperança dum futuro que sobreviva até ao descalabro ecológico! “A fidelidade aos Evangelhos não consiste em repetir o que vem de há séculos” disse CRISTINA SAINS a teóloga que nos seduziu! Verdadeiramente pretende-se descobrir o verdadeiro sentido do nosso batismo! Ter o poder de participar e o sínodo vem colocar-nos no meio da vida “a sério” de dar corpo ao verdadeiro progresso que foi o Concílio que – entre nós se escapou entre as malhas da polícia política sem grande s reações do nosso episcopado! E a teóloga que nos encantou diz perante a tarefa hercúlea de levar a nossa Igreja á sua Pureza: “Não existe força humana capaz de pôr em marcha um sínodo como este senão a força do Espírito Santo!” Não exitámos em seguir quase a par e passo as ideias expostas por Cristina Sains por darem corpo com mais exatidão e pureza opiniões que desde há muito subscrevo sem “ouvidos”. Não é plágio, é gritar a Boa Nova de cima dos telhados! Abram os ouvidos, espevitem a vossa fé e, acreditem, sem a força e a vontade do laicado esta “revolução da ternura” pode ficar pela metade. Por isso ouçamos o espírito santo! Médico
S
ituada na plataforma superior da Arriba Fóssil da Costa da Caparica, a Mata dos Medos ocupa uma faixa de 5 km ao longo da costa ocidental da península de Setúbal, perfazendo uma superfície de 338 hectares e terá sido mandada plantar no século XVIII, com a intenção de fixar as areias das dunas e resguardar os terrenos para a atividade agrícola, com recurso ao pinheiro manso. Dada a grande riqueza e diversidade de espécies características do ecossistema de pinha, a Mata viria a ser classificada como Reserva Botânica em 1971 e encontra-se integrada na Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica, sendo gerida pelo ICNF e tem um plano de gestão florestal em vigor. Mesmo perante a forte pressão urbanística, a Mata conserva uma biodiversidade de relevo. Na flora, destaca-se o pinheiro-manso, a sabina-das-praias, o medronheiro, o espinheiro-preto e a aroeira, para além das muitas plantas aromáticas como a salva, o rosmaninho, o tomilho ou o alecrim. Ao nível da fauna, podem observar-se a águia-de-asa-redonda, o falcão-peregrino, a coruja-do-mato, a gralha-preta, o morcego-rabudo, o coelho, a raposa, e o ouriço-cacheiro, para além de alguns répteis e anfíbios característicos deste habitat. Algumas espécies de aves migratórias escolhem também este ecossistema costeiro. Sucede que esta zona protegida de elevado interesse ambiental foi recentemente noticia pelos piores motivos, o corte ou abate de uma grande quantidade de árvores, sobretudo pinheiros mansos de grandes dimensões e com recurso a maquinaria pesada, o que tem motivado indignação das pessoas, e que através de um Movimento informal, englobando várias associações de ambiente, organizaram já várias ações de contestação no terreno, que contaram também com a presença de dirigentes dos Verdes.
OPINIÃO José Luis Ferreira
Algumas espécies de aves migratórias escolhem também este ecossistema costeiro
De facto, é no mínimo preocupante que uma reserva cuja mais valia se deve à presença de uma floresta consolidada, baseada em espécies autóctones, esteja a ser delapidada de forma intensa que indicia não uma operação de gestão florestal, mas sim de exploração florestal, cujo destino da madeira obtida com o corte, não é claro. Esta operação “pesada” estará a decorrer desde o início de dezembro, ao que se soma a instalação de estruturas de madeira, passadiços, ao longo de vários quilómetros na área protegida, que estarão a conflituar com a vegetação da reserva. E o mais grave é que esta intervenção numa área da rede nacional de áreas protegidas está a ser levada a cabo pela própria tutela, a quem compete promover a sua conservação e preservação. Ora, face a este cenário, logo a 7 de dezembro, Os Verdes, questionaram por escrito o Ministro do Ambiente com vista a obter os esclarecimentos que se impõem, nomeadamente os motivos ou os projetos que justificam o abate de arvores, quantas foram abatidas e quantas se prevê ainda abater, qual o destino da madeira, qual o objetivo da instalação de passadiços, o seu custo e origem desse financiamento, e de que forma estes passadiços são compatíveis com a preservação da fauna selvagem e flora da reserva e área protegida. Deputado do PEV DR
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Núcleo da Distrital de Setúbal da SEDES elege mar como vector prioritário
Os temas relacionados com o mar vão ter destaque nas áreas de actuação do Núcleo da Distrital de Setúbal da SEDES. Esta foi uma das decisões da primeira reunião da direcção do Núcleo, a 17 de Dezembro, que decorreu num jantar que contou com a presença
de Álvaro Beleza, presidente nacional da SEDES. Foram ainda definidas as linhas mestras para o plano de actividades do próximo ano, que conta assim com a economia do mar como um dos vectores “prioritários, não só pela sua
importância para a região, mas sobretudo, pela sua importância para a economia nacional e para o posicionamento geoestratégico de Portugal na Europa e no mundo”, afirma Andrea Lima, presidente do Núcleo da Distrital de Setúbal da SEDES.
“Queremos que o Distrito de Setúbal e as suas gentes assumam um papel relevante a nível nacional, atraindo investimento produtivo, jovens qualificados e contribuindo para o desenvolvimento económico da região e do País”, acrescenta.
EQUIPAMENTO EMBLEMÁTICO TEM OS DIAS CONTADOS
Centro Comercial do Bonfim é para fechar até final do mês mas lojistas interpõem providência cautelar O SETUBALENSE
Comerciantes esperam ter decisão do tribunal até 2 de Janeiro. Foram notificados para desocuparem as lojas. Destino a dar ao espaço é mistério
Advogada da sociedade diz que o centro já não era viável
Mário Rui Sobral Foi o primeiro de Setúbal e um dos primeiros no País. Nasceu nos finais da década de 1970, já para lá do beijo revolucionário de Abril ter aportado liberdade à face da nação. Agora, o Centro Comercial do Bonfim, em Setúbal, tem os dias contados. Vai fechar portas. Os pouco mais de 20 lojistas foram notificados pela sociedade gestora do espaço, a Célebres Assuntos, para entregarem as chaves e desocuparem o imóvel até final deste mês. E interpuseram uma providência cautelar no tribunal, para evitar que um pedaço da história da cidade tenha morte abrupta, tal como o futuro imediato das dezenas de pessoas que dependem dos negócios ali existentes. António Gorrão dá voz ao inconformismo dos lojistas. A esposa tem no local a papelaria/tabacaria 'T&T. com' já lá vão 34 anos, apesar de haver quem ali esteja instalado há mais tempo. “O 'Cabeleiro Fonseca', por exemplo, cujo contrato de arrendamento é de 1979”, lembra, antes de deixar escapar o sentimento que a notificação de “despejo” causou a todos. “Ficámos para cair de costas. Todos os lojistas receberam uma carta registada, no início deste mês, para entregarem as chaves das lojas até 30 de Dezembro. Deram-nos menos de um mês, porque o centro iria fechar”, conta António Gorrão. Mal refeitos do choque, os lojistas uniram-se e decidiram recorrer à justiça. “Fomos à procura de advogados e colocámos uma providência cautelar no sentido de evitar o fecho e de se encontrarem soluções”, revela, sem deixar de manifestar uma preocupação. “Es-
Mas não se sabe o que querem fazer do centro”, adianta.
O histórico centro comercial, localizado nas proximidades do Estádio do Bonfim, vai deixar de existir
peramos conseguir uma decisão do juiz ainda antes do dia 2 de Janeiro, mas as coisas em tribunal são sempre complicadas e morosas”, receia. E um pulsar de indignação é cedo absorvido por um sentido de contestação. “Isto não é assim. A minha loja tem três empregados e a lei diz que temos de dar dois meses de aviso prévio a comunicar a extinção dos postos de trabalho. Se decidirmos ir por aí, co-
mo vamos cumprir a lei geral?”, questiona. Além disso, os lojistas querem negociar com os proprietários – que para já preferem não identificar – do edifício, arrendado à sociedade Célebres Assuntos. Até porque, têm bem definido um objectivo. “Conseguirmos condições para continuar a funcionar noutro sítio. Para isso são necessárias duas coisas: tempo e alguma indemnização”, sublinha
António Gorrão. Quanto a justificações apontadas pela sociedade para a tomada da decisão: “Zero! Não deram qualquer argumento na carta que nos enviaram.” E a finalidade pensada para o espaço, depois de desocupado, é um mistério. “Ninguém sabe. Deduzimos que, quando alguém tem uma intenção destas e com um prazo destes, eventualmente deva ser para venda.
Rui Canas Presidente da junta lamenta perda de “parte da vida e da história da cidade” Rui Canas, presidente da União das Freguesias de Setúbal, coloca-se ao lado dos lojistas do Centro Comercial do Bonfim. O autarca já se reuniu com os comerciantes e lamenta a morte anunciada da superfície comercial. “É de lastimar que esta situação tenha acontecido. O centro já faz parte da vida da cidade, nomeadamente na zona daquele bairro, ainda emprega muita gente, lojistas e
trabalhadores, presta serviços que possivelmente vão ter de passar a estar mais distantes. Era uma oferta importante. O centro já tem a sua história e lamentamos”, afirma. Para Rui Canas, na base da decisão podem estar “interesses meramente imobiliários ou comerciais” que “não têm em conta” os factores atrás referidos. “Infelizmente são situações em que as autarquias não têm qualquer tipo de
poder para intervir. Os lojistas estão a accionar soluções jurídicas no sentido de verem o que se consegue fazer e nós disponibilizámos toda a ajuda que fosse necessária, mas eles próprios reconheceram que neste tipo de situações as autarquias pouco ou nada podem fazer”, conclui, ao mesmo tempo que recorda que há apenas “cerca de dois anos” a autarquia promoveu uma acção de embelezamento no local.
O SETUBALENSE chegou à fala com Maria João Pardal, que representa a Célebres Assuntos, sociedade responsável pelo subarrendamento das lojas aos comerciantes, e a advogada apresenta duas razões para a decisão que foi tomada. Mas nada acrescenta quanto ao que está previsto de futuro para o emblemático centro comercial. “Para já não existe nenhuma indicação de qual será o destino [a dar ao espaço]. Neste momento, há inviabilidade da continuação de exploração do centro, não só pelo motivo financeiro de não ser viável como também pela questão jurídica que está na base dos subarrendamentos que são feitos aos lojistas: a sociedade que está a explorar o centro deixou de ter legitimidade para poder dispor daquele espaço”, explica. Para de seguida reforçar: “A sociedade que gere o centro também foi apanhada desprevenida, porque tinha um contrato de arrendamento com os proprietários e deixou de ter, assim deixou de ter legitimidade para poder subarrendar aos lojistas. Não é uma situação agradável nem para a sociedade nem para os lojistas.” Porém, quando questionada se o contrato de arrendamento cessou por decisão dos proprietários a advogada foi lacónica na resposta: “Essa já é uma questão mais jurídica”. Sobre a providência cautelar interposta pelos lojistas, Maria João Pardal diz que, para já, a sociedade ainda não foi notificada pelo tribunal, mas admite estar ao corrente da situação. “Em termos de comentários dos lojistas, já me chegou ao conhecimento que existia essa pretensão.” O Centro Comercial do Bonfim, que teve até aos anos de 1990 a funcionar o Cinema Bocage, é composto por mais de 50 espaços – embora algumas lojas estejam livres – e continua a ser bastante movimentado. É, de resto, uma das poucas superfícies comerciais do seu tempo que conseguiu perdurar no País até aos dias de hoje.
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Setúbal COVID-19
Dez farmácias do concelho estão a realizar testes rápidos gratuitos Utentes apenas têm de efectuar marcação prévia. Podem realizar até seis testes por mês. Não há limite de idades São já 10 as farmácias do concelho de Setúbal que estão a realizar testes rápidos, gratuitos, de despiste à covid-19 dirigidos “a toda a população, independentemente da idade ou do estado de vacinação”, indicou ontem a Câmara mMnicipal. PUBLICIDADE
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A autarquia lembra que – após uma primeira fase em que apenas quatro estabelecimentos farmacêuticos dispuseram do serviço – são agora 10 “os locais onde é possível realizar gratuitamente até seis testes rápidos por mês, por cada utente, mediante marcação prévia”. O serviço, adianta o município, “está disponível nas farmácias Avenida e Tavares da Silva, na Avenida Professor Bento de Jesus Caraça, Brasil, na Praça do Brasil, Cunha Pinheiro, na Rua da Camarinha, Farinha Pascoal, na Avenida D. João II, Higiene, na Rua Dr. Francisco Gonçalves de
Oliveira, em Azeitão, Portugal, na Avenida Jaime Cortesão, Sado, na Estrada de Santo Ovídio, Sália, na Praça de Bocage, e Viso, na Rua Batalha do Viso”. Segundo a edilidade, “o resultado obtido no teste rápido de antigénio de uso profissional é comunicado ao utente e registado no Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica para laboratórios (SINAVElab)”. E informa ainda que em caso de resultado negativo “os utentes podem pedir depois, no portal ou na aplicação SNS 24, a emissão do Certificado Digital Covid da UE”, o
qual “facilita a circulação das pessoas dentro e fora de Portugal bem como o acesso a determinados espaços e eventos”. Estas farmácias integram a “lista nacional de estabelecimentos que efectuam testes rápidos de antigénio gratuitos para os utentes, no âmbito do regime excepcional que prevê a comparticipação a 100 por cento” por parte do Ministério da Saúde. A medida visa “reforçar o controlo da pandemia e facilitar o acesso dos cidadãos à emissão do Certificado Digital”, sublinha o município, a concluir.
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Setúbal SOLIDARIEDADE
Rotary Club de Setúbal entrega material para elaboração de 500 próteses dentárias à Clínica Social de N. Sra. da Conceição
Homem de 23 anos ficou em prisão preventiva. Já tinha antecedentes criminais por tráfico de droga
David Marcos
Momento em que foi descerrada a placa alusiva à entrega de materiais no âmbito do projecto social
obra do Padre Constantino”, afirmou o ex-presidente do Rotary Club. “Uma obra muito particular de apoiar esta comunidade, que é uma comunidade com muitas dificuldades”, lembrou Alberto Vale Rêgo. O actual presidente do Rotary Club de Setúbal, António Domingos, mostrou-se orgulhoso com a doação da entidade e elogiou a obra do Padre Constantino. “Eu, como cidadão, agradeço-lhe pela sua obra”, afirmou o presidente do Rotary. “Estou também sorridente, não só pelos beneficiários desta obra, mas também porque, de facto, estamos satisfeitos por ter conseguido concretizar este projecto”, concluiu António Domingos. Emocionado, o Padre Constantino Alves recebeu as doações, enalteceu o projecto com o Rotary, dividindo os créditos. “A obra não pode ser só mi-
nha. A obra é de todos nós”, afirmou o pároco. “Expresso a minha admiração pelo gesto, não pelo valor, mas por conseguir ter criado estes laços”, afirmou o padre. O pároco lembrou ainda a importância do trabalho desenvolvido pela clínica social e pelos seus voluntários: “As pessoas dirigem-se à clínica numa atitude de esperança, de que ali vão encontrar um bocadinho de qualidade de vida”. Para além da obra social e do acesso a cuidados de saúde oral, ficou destacada a melhoria da auto-estima para as pessoas que vêem a sua dentição melhorada. “Voltar a colocar um sorriso nos rostos que, neste momento, a sua dentição não lhes permite. Portanto, não podem ser pessoas felizes, porque têm uma saúde oral debilitada”, lançou Frederico Nascimento, outro dos dinamizadores do projecto. “Fazer uma
pessoa feliz, torna também mais feliz a sua comunidade”, acrescentou ao seu pensamento. No final das declarações e da entrega foi descerrada, por António Domingos e o padre Constantino Alves, uma placa comemorativa alusiva àquela acção. O projecto lançado pelo Rotary Club de Setúbal foi subsidiado pela Fundação Rotária Portuguesa e a Fundação Rotária do Rotary International. Teve ainda o apoio de: Afonso H.O’Neill & Lda, Casa da Poesia, Cristina Vale Rêgo – Clínica de Medicina Dentária, Lda, CPE Clínica, Edugep, House Style, IAD Portugal, Medisete, Oro Agri Europe, Ponto Crítico – Consultores de Gestão, SECIL, Vet Rin ‘Área, Carlos Manuel Marques Brás, Germana Laurinda Alves Sanches, José Flórido Silva, Carlos Guerreiro, José Francisco Neto de Campos.
AZEITÃO
Rua do Roseiral com repavimentação concluída Está concluída a repavimentação de um troço da Rua do Roseiral, a norte da Rua de São Gonçalo, em Azeitão. Os trabalhos de requalificação, promovidos pela Câmara Municipal de Setúbal, abrangeram “uma extensão de cerca de 650 metros”, com o objectivo de garantir “melhores condições de segurança e circulação rodoviária e pedonal no local”, revelou a autarquia. “A obra, executada por administra-
PJ deteve suspeito de tentativa de homicídio
O SETUBALENSE
Projecto envolveu a solidariedade de várias entidades e personalidades em associação à obra do padre Constantino Alves e da paróquia
Foram entregues, na passada terça-feira, os materiais para a elaboração de 500 próteses dentárias à Clínica Dentária Social de N. Sra. da Conceição doados pelo Rotary Club de Setúbal. “Todo este material foi escolhido por eles [clínica dentária] e completa esse volume que lhes vai dar uma grande capacidade de realização de obra para o apoio desta população daqui”, destacou, em declarações a O SETUBALENSE, Alberto Rêgo, ex-presidente do Rotary Club de Setúbal, e um dos dinamizadores do projecto. “Anteriormente já tínhamos trabalhado com a paróquia da Nossa Senhora da Conceição, como no caso do restaurante social, e este projecto começou no ano passado. Éramos para fazer a entrega no Verão, mas só foi possível agora”, explicou Alberto Vale Rêgo. “É um trabalho que resulta do apreço, admiração e interesse que reconhecemos por esta
SEGURANÇA
DR
ção directa, ou seja, com recurso a meios técnicos e humanos próprios da Câmara Municipal, consistiu na colocação de um novo tapete betuminoso, resultado da aplicação de 500 toneladas de massas asfálticas sobre a base de pavimento em 'tout-venant'”, explicou o município. De acordo com a edilidade, “a intervenção, que materializa um investimento de 25 mil euros, enquadra-se na requalificação em curso na Rua do Ro-
seiral, a qual já incluiu a pavimentação do troço a sul da Rua de São Gonçalo”. No total, adianta a autarquia, foi colocado nos dois troços “um novo tapete betuminoso com a aplicação de 1 135 toneladas de massas asfálticas, numa extensão aproximada de 1310 metros lineares”. A concluir, a Câmara Municipal lembra que a operação veio responder “a uma necessidade identificada pela Junta de Freguesia de Azeitão”.
A Polícia Judiciária (PJ) anunciou ontem que deteve um homem suspeito de integrar um grupo de três pessoas que terá atingido a tiro um elemento de um outro grupo que circulava numa artéria da cidade de Setúbal. Segundo um comunicado da PJ de Setúbal, cerca das 4h30 do passado dia 23 de Outubro, o detido, de 23 anos, e um outro elemento do mesmo grupo, terão efectuado vários disparos com armas de fogo, tendo um deles atingido uma pessoa do outro grupo que circulava, de forma apeada, numa artéria da capital do distrito. De acordo com a PJ, os três presumíveis agressores “circulavam numa viatura automóvel numa artéria da cidade de Setúbal, quando, sem motivo aparente, se desentenderam com um grupo que circulava apeado”. “Juntamente com um dos co-autores, o detido sai da viatura e exibindo armas de fogo efectuam diversos disparos, vindo um desses disparos a atingir um elemento do [outro] grupo”, salienta o comunicado, adiantando que, mais tarde, os presumíveis agressores voltaram a efectuar vários disparos sobre um outro homem conhecido, mas sem provocar vítimas. O detido, que está indiciado pelos crimes de homicídio na forma tentada e detenção de arma proibida, e que já tinha antecedentes criminais por tráfico de estupefacientes e roubo, foi presente a primeiro interrogatório, tendo-lhe sido aplicada a medida de coacção de prisão preventiva. Os outros dois elementos do grupo de presumíveis agressores já tinham sido detidos anteriormente.
GR/MLS/Lusa
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Recolha de resíduos urbanos com alterações nos dias 24 e 31
A Câmara Municipal da Moita anunciou recentemente que nos próximos dias 24 e 31, a recolha de resíduos urbanos no município será efectuada entre as 6h00 e as 12h00 e, durante a tarde, das 13 às 19h00. Já nos dias 26 e a 2 de Janeiro, excepcionalmente, a
Moita
recolha será feita das 22h00 às 04h00 (a iniciar no dia 25 e no primeiro dia do próximo ano), das 6h00 às 12h00. De acordo com a autarquia moitense e como é hábito, nos dias 25 e 1 de Janeiro não se realiza a recolha de resíduos urbanos no concelho.
DR
BREVES MOITA
Oficinas artísticas oferecem férias com arte e criatividade O inicio desta semana ficou marcado na Moita pela realização de oficinas artísticas, na segunda e terça-feira, nas instalações da Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça. A iniciativa
contou com a participação de crianças e jovens que, desta forma, iniciaram as suas férias escolares com cultura e aventura, num evento marcado pela arte e a criatividade.
RECINTO DE EVENTOS
Mercado mensal marcado para hoje na vila da Moita
Reunião da Comissão Municipal de Protecção Civil da Moita decorreu na biblioteca
“VACINAÇÃO SNS LOCAL”
O mercado mensal da Moita realiza-se esta quinta-feira, excepcionalmente este mês. De acordo com a autarquia moitense, o espaço de venda dos diversos produtos que são ali comercializados, acontece
devido à quadra natalícia. A autarquia garante ainda que o mercado “cumpre todas as normas” em vigor, emanadas pela Direcção-Geral de Saúde, relativamente à prevenção da pandemia.
Moita já tem 60% da população vacinada contra o vírus da gripe
Município marcou presença em lançamento de programa
Reunião da Protecção Civil revela aumento considerável de casos covid no concelho
O presidente da Câmara Municipal da Moita, Carlos Albino, marcou presença no lançamento da candidatura ao Programa Acessibilidades 360º, respeitante a intervenções nas vias públicas e nos espaços públicos. O evento, realizado
Luís Geirinhas A Comissão Municipal de Protecção Civil da Moita reuniu recentemente, durante uma sessão que teve lugar no auditório da Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça, para analise à situação pandémica no município, que, segundo a autarquia, tem vindo a registar “um aumento considerável” do número de novos casos Covid-19. Na mesma altura e além da informação sobre a evolução da pandemia, foram igualmente divulgados os números relativos à taxa de vacinação contra a gripe. “Além da alta taxa de cobertura da vacinação covid, o concelho da Moita está [também] no bom caminho na inoculação contra a gripe, com 59% da população vacinada” desde o início da campanha, à data do último dia 15.
Além do presidente da autarquia, Carlos Albino, estiveram ainda presentes nesta reunião o Coordenador do Serviço Municipal de Protecção Civil, assim como representantes dos Bombeiros Voluntários da Moita, da Guarda Nacional Republicana e da Polícia de Segurança Pública. A estes juntaram-se ainda elementos da Autoridade Marítima, da Autoridade de Saúde do Município da Moita, o director do Centro Hospitalar Barreiro Montijo, o Centro Distrital de Segurança Social de Setúbal, o Gabinete Técnico Florestal Barreiro-Moita e, ainda, todos os presidentes das Uniões e Juntas de Freguesia do concelho. Entretanto, na última semana e no âmbito da “Vacinação SNS Local”, a câmara informou que a Direcção-Geral da Saúde (DGS) decidiu “alargar a possibilidade de vacinação contra a gripe nas farmácias também a pessoas com 60 ou mais anos”. Assim, todas as pessoas com esta idade “podem agora dirigir-se às farmácias aderentes do município, sem necessidade de prescrição médica, para que lhes
seja administrada gratuitamente a vacina contra a gripe”.
Vacinação alargada a um maior número de farmácias
O município considera que “esta medida contribui para a vacinação de um conjunto mais alargado de pessoas incluídas em grupos prioritários para vacinação contra a gripe, definidos pela DGS”. No âmbito do protocolo anteriormente assinado, entre a autarquia e a Associação Nacional de Farmácias, mantém-se a vacinação gratuita de pessoas com mais de seis meses e menos de 60 anos, que tenham patologias crónicas. A lista de farmácias aderentes foi, entretanto, actualizada e inclui agora, em Alhos Vedros, a Farmácia Tágide e a Farmácia D’Avó, na Quinta da Fonte da Prata, assim como as farmácias Gusmão e Portugal. Na Baixa da Banheira, os estabelecimentos aderentes incluem as farmácias Nunes, Parreira, Aliança, Aquémtejo, Nova Fátima e Cardoso. Na Moita, o acordo contempla a Farmácia União Moitense e, no Vale da Amoreira, a Farmácia do Vale e a Farmácia Jordão Pedrosa.
ACESSIBILIDADES 360º
no Museu de Arte Popular, em Lisboa, contou também com as presenças de Ana Sofia Antunes, Secretária de Estado da Inclusão e das Pessoas com Deficiência, e da Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.
SOLIDARIEDADE
Aula solidária de Zumba Fitness ajuda animais no Pátio do Rosário O Pátio do Rosário, no concelho da Moita, recebeu durante a manhã do último domingo, uma sessão de Zumba Fitness para ajudar a população local a “desenferrujar os [seus] músculos”, numa aula solidária. Ao mesmo tempo que os participantes puderam
fazer parte desta actividade desportiva, ajudaram a Boby & Flor – Associação de Protecção Animal, levando itens alimentares e para o conforto dos animais, tais como areia e detergentes, patês de gato adultos e bebés, sacos de lixo, resguardos e até desparasitantes.
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Festas Felizes a todos os nossos Clientes e Amigos
23 de Dezembro de 2021 O SETUBALENSE 9
Festas Felizes para todos os nossos Clientes e Amigos
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Setúbal Moita PROGRAMAÇÃO TEM SIDO DINAMIZADA PELO MUNICÍPIO
Parada de Natal levou animação típica da quadra à população do concelho A época natalícia no concelho da Moita tem sido marcada por um conjunto de iniciativas que têm levado muita animação a toda a população do município, com diversos espectáculos e outros eventos que têm dinamizado aquela vila e as restantes freguesias do território, procurando cumprir todas as normas da Direcção-Geral da Saúde relativamente à prevenção da actual pandemia. Do programa festivo destacam-se a realização da feira de Artes & Talentos, no Mercado Municipal da Moita, bem como o Mercado de Natal da Praça da República, assim como o Espaço Solidário, em favor d’O Abrigo das Mãozinhas, Bobi & Flor Associação de Protecção ao Animal e Projecto CED Moita, também ali instalado. A autarquia tem ainda proporcionado aos seus munícipes um show de luzes e multimédia, música, cinema e uma parada de Natal, com direito a soldadinhos de chumbo, duendes e flocos de neve, além de muitos “pais natais”, com desfiles em todas as freguesias do município, inclusive de bicicleta. Esta sexta-feira, véspera da festa anual da família, na Praça da República, voltará a ter lugar mais um Mercado de Natal, a partir das 14h00, sendo que, pelas 15h00, haverá um moscatel natalício nos estabelecimentos aderentes daquela vila. Uma hora depois, a Charanga do Rosário chega a esta zona do concelho para animar todos os presentes. Para 2 de Janeiro e neste âmbito, decorrerá ainda um último mercado de Natal, no mesmo local. L.G.
FOTOS: DR
Momentos das várias actividades que têm sido promovidas para celebrar a quadra natalícia
COMUNIDADE EDUCATIVA
Básica n.º 2 da Moita hasteou bandeira Eco-Escolas Projecto é divulgado em Portugal pela Fundação para a Educação Ambiental No final deste primeiro período da actividade lectiva, são várias as escolas do concelho da Moita que têm reunido com os seus conselhos a propósito do programa internacional Eco-Escolas, que culmina com o
hastear da bandeira junto à entrada do recinto escolar, para promoção da educação ambiental junto da comunidade escolar. A autarquia lembra que este gesto “é um reconhecimento da participação bem-sucedida das escolas no programa, durante o ano lectivo anterior”, e que conta com o acompanhamento e apoio da edilidade. O projecto em causa é promovido pela Fundação para a Educação Ambiental e, em Portugal, pela Associação
Bandeira Azul da Europa, visando “o desenvolvimento de actividades de melhoria do desempenho ambiental das escolas, contribuindo para a alteração de comportamentos” e, ainda, para “a sensibilização das diferentes gerações presentes na comunidade escolar, reconhecendo e premiando o trabalho por elas desenvolvidas”, caso da Escola Básica n.º 2 da Moita, que ergueu recentemente a referida bandeira junto ao portão do estabelecimento, na presença dos seus alunos. L.G.
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Selecção distrital feminina de sub-16 garante presença na Liga de Ouro p22 DA BAIXA DA BANHEIRA A SARILHOS PEQUENOS
Plano e Orçamento de 46 milhões para 2022 prevê requalificação de toda a zona ribeirinha da Moita Envolvente à zona da Caldeira vai ganhar zona de lazer com mais espaços verdes e de restauração Luís Geirinhas
As Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2022 da Câmara da Moita foram aprovadas esta segunda-feira, em reunião privada do município, por um valor que ronda os 46 milhões de euros, com os votos favoráveis do executivo PS e a abstenção dos eleitos da CDU e do vereador Ivo Pedaço, do Chega. A requalificação da zona ribeirinha, desde a Baixa da Banheira até Sarilhos Pequenos, é o “grande projecto em destaque” nas prioridades da autarquia para o próximo ano, com vista a reaproximar a população do rio. A intervenção vai implicar um
investimento camarário de 2,5 milhões, com a edilidade presidida pelo socialista Carlos Albino, a prever também a requalificação da margem da zona da Caldeira da Moita, por 350 mil euros, com a criação de uma zona de lazer, com unidades de restauração e mais espaços verdes, além da instalação do novo Posto de Turismo. Outra fatia importante do orçamento aprovado destina 15 milhões de euros para a habitação social. De acordo com a Câmara, no âmbito da educação e com o objectivo de “proporcionar aos alunos melhores condições para a prática desportiva”, naquele plano de investimentos é igualmente proposta a construção de um pavilhão desportivo na Escola Secundária da Baixa da Banheira, equipamento que aquele estabelecimento de ensino “espera há vários anos”, sublinha a autarquia. Depois fica: A empreitada está estimada em um milhão de euros. O documento-mestre inclui ainda uma verba de 750 mil euros para o Centro de Recolha Oficial de Animais Errantes, projecto do
anterior executivo que, entretanto, já sofreu alterações no presente mandato. Para 2022 estão ainda apontados investimentos na requalificação do estacionamento da praia do Rosário (350 mil), na construção de pontões de atracagem (201 mil) e na recuperação do moinho do Gaio. Também a modernização administrativa é outra das áreas que “ganha importância” nas Grandes Opções para o próximo ano, como forma de “desburocratizar os serviços e torná-los mais eficientes”. Para isso, será assinado um protocolo em breve com a Agência para a Modernização Administrativa, para transformação dos Balcões do Munícipe em Espaços Cidadão. O documento vai agora ser submetido à aprovação da Assembleia Municipal no Câmara da Moita aprovou orçamento, com abstenções dos eleitos da CDU e do Chega DR
próximo dia 29.
Eleitos da CDU justificam abstenção na votação
Entretanto, em declaração de voto, os vereadores eleitos pela CDU justificam a sua abstenção no momento da aprovação, alegando que aquilo que as opções do plano “têm de positivo” representam, na verdade, a “continuidade dos investimentos e das acções que são o legado [da coligação] para o desenvolvimento do concelho”. Todavia, a vereação comunista considera que “os grandes projectos, as obras de intervenção no espaço público, os novos equipamentos que estão a ser construídos são, efectivamente, contributos fundamentais e, por isso, não podíamos votar contra este orçamento”, defendem.
No que respeita a receitas correntes, superiores a 33,9 milhões, a oposição comunista refere que a estrutura se mantém, essencialmente, do que vinha detrás: “Por esse motivo, não temos nada a apontar”, realçam, afirmando que o orçamento apresentado pelo PS “tem uma forte componente de propaganda, porque naquilo que aparece de novo verifica-se que afinal não tem verbas definidas atribuídas”. Por este motivo, dizem tratar-se de “meras intenções, não podendo nós avalisar um orçamento nestas condições com o nosso voto favorável”. Por fim, declaram que a sua votação “é uma abstenção responsável”, que procura “defender os projectos importantes para o concelho, mas de não caucionar operações de propaganda”, assinalam. PUBLICIDADE
CARTÓRIO NOTARIAL DE RIO TINTO LIC.JOSÉ GUILHERME OLIVEIRA NOTÁRIO JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL ____CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por escritura de quinze de dezembro de dois mil e vinte e um, exarada de folhas 91 e seguintes, do livro de notas nº 162, deste Cartório, COMPARECERAM: ____ LUCILIA MARIA MACHADO PAIS MAGALHÃES, NIF 148 861 350, divorciada, natural da freguesia dos Anjos, concelho de Lisboa e residente na Rua de São João Bosco, 322, 1.º Esq.º no Porto, portadora do Cartão de cidadão n.º 4882128 4ZX4 válido até 31/10/2028; ___________________________ ____ Que é dona e legítima proprietária, com exclusão de outrem, do seguinte prédio: ____ Prédio urbano, composto por arrecadação e arrumos com um piso, com uma divisão, com a área total de mil e oito metros quadrados (1,008 m2 ), correspondendo a área coberta de trinta metros quadrados (30 m2), sito no Lugar dos Afonsos, União de freguesias de Pegões, Concelho de Montijo, omisso na Conservatória Predial de Montijo e inscrito na matriz sob o artigo 1114, da indicada união de freguesias, que proveio do artigo 528, da extinta freguesia de Pegões, com o valor patrimonial e atribuído de 3.632,63 € ( três mil seiscentos e trinta e dois euros e sessenta e três cêntimos). ________________________________________ ___ Que no ano de mil novecentos e setenta e cinco durante mês de Maio, em data que não consegue precisar, os seus pais Francisco Pais de Magalhães e Laurinda Martins de Castro Machado de Magalhães, casados que foram um com o outro sob o regime da comunhão geral de bens e residentes que foram na Rua Dr.º João do Couto, n.º 4.º, 7.º D em Lisboa, DOARAM-LHE por doação verbal nunca formalizada por escritura publica, uma parcela de terreno ainda como prédio rústico, a que atribui atualmente o valor de 1.000,00 Euros (mil Euros). ________________________________________________________________________________ ___ Que a justificante, entretanto, edificou a expensas suas o prédio urbano agora existente, _____________ ___ Que desde essa altura a primeira outorgante, entrou na posse do dito prédio, em nome próprio, posse que detém, acedendo na posse dos ante possuidores, há mais de trinta anos, sem interrupção ou ocultação ou oposição de quem quer que seja. _________________________________________________________ ___ Que esta posse foi adquirida e mantida sem violência e sem oposição, ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, em nome próprio e com aproveitamento de todas as suas utilidades, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, quer usufruindo no todo o imóvel, primeiro como rustico colhendo os frutos que o mesmo produzia, conservando-o, delimitando-o, depois como urbano, utilizando-o em conformidade com a sua afetação, quer pagando as respetivas contribuições e impostos que houvesse lugar pagar. ____________________________________________________________________ ____ Que esta posse em nome próprio, pacífica, contínua e pública, desde o ano de mil novecentos e setenta e cinco, conduziu à aquisição do referido prédio por USUCAPIÃO, que invoca, justificando o seu direito de propriedade para efeitos de registo, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial. ____________________________________________________________ ____ A primeira outorgante declara que a totalidade das construções erigidas, foram realizadas durante a sua posse e a expensas próprias. ____ O presente extrato vai conforme o original, destina-se a publicação e está nos termos dos números um e dois do artigo cem, do Código do Notariado. _____________________________________________ ____ Rio Tinto, 20/12/2021 O Notário, José Guilherme Martins Rodrigues de Oliveira
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Almada
ESTRATÉGIA MUNICIPAL
Orçamento de 142,2 milhões de euros aprovado pela maioria PS e PSD com os votos contra da CDU e BE O SETUBALENSE
Oposição afirma que a maioria que gere autarquia não apresentou documentos a tempo de serem convenientemente analisados Humberto Lameiras O Orçamento da Câmara Municipal de Almada para 2022 conta com um montante global de 142,2 milhões de euros, uma verba que Inês de Medeiros, presidente da autarquia afirmou como “a maior de sempre” e, comparativamente com o aprovado para 2021, de 128,4 milhões de euros, regista um acréscimo superior a 13 milhões de euros. Um Orçamento para as Grandes Opções do Plano (GOP), aprovado ontem pela maioria PS e PSD, que gerem a autarquia por acordo pósPUBLICIDADE
A maioria que gere o executivo decidiu manter o IMI na taxa de 0,36%, mas a CDU pretendia baixar em 0,01%
-eleitoral, mas que não satisfez a vereadora do BE nem a bancada da CDU, que votou contra, mas não relativamente ao mapa de pessoal.
“A actual maioria apresentou estes instrumentos de gestão impossibilitando o debate atempado e aprofundado sobre as opções. Não tivemos oportunidade de aprofundar estes documentos que não podem ser apresentados em simples conversa ao nível do estatuto da oposição, e a dois dias” da reunião de Câmara, criticou a vereadora comunista Maria das Dores Meira, que referiu em seguida as opções da CDU que deveriam ter sido plasmadas nas GOP, e em muito noutra linha de opções. Também a vereadora do Bloco Esquerda, Joana Mortágua, rejeitou a proposta da maioria do executivo, não sem antes ter contestado, tal como a bancada da CDU, o facto de não ter tido acesso ao documento com o tempo necessário para o analisar; e fez contas às horas: “Recebemos as GOP na segunda-feira; 25 propostas com 255 documentos em 1 259 páginas para analisar, em 48 horas isto não é fisicamente possível”. Em seguida apresentou também as opções do Bloco para o próximo ano, com muitas alterações ao projectado pela maioria PS e PSD. O Orçamento apresentado, segundo Inês de Medeiros, considera já as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e empréstimos para
obras e lançamento de projectos, nomeadamente a verbas protocoladas como o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, na ordem dos 13 milhões de euros, entre outras candidaturas para dar resposta aos problemas de habitação no concelho. Numa visão global apresentada pela líder do executivo na reunião extraordinário de ontem, foi apontado o aumento das receitas de capital em 41,6 milhões de euros, ou seja mais 11,3 milhões comparativamente com o orçamento de 2021. Quanto às receitas correntes, representam 71% do Orçamento 2022, as quais cresceram 3% suportadas pelo Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis, vendas de bens e serviços, além do tarifário de resíduos sólidos. Quanto ao Orçamento dos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento, a verba prevista para 2022 ascende aos 37 milhões de euros, superior ao do ano passado, considerando uma previsão de receitas na ordem dos 30 milhões de euros. O Imposto Municipal Sobre Imóveis (IMI) vai manter-se nos 0,36%, assim como a participação no IRS não será alterada. “O IMI teve uma receita de 31, 7 milhões de euros, o que tem sido
estável, apesar de ligeiras baixas”, disse Inês de Medeiros, na apresentação do documento. Opção diferente foi apresentada pela CDU que pretendia uma descida do IMI em 0,01%. Relativamente aos eixos estratégicos das GOP, Inês de Medeiros elencou uma ordem de dez prioridades, no seguimento do que já tinha sido feito no ano passado, entre as quais a solidariedade e investimento na habitação municipal (requalificação e construção), área da educação, qualificação e conhecimento, artes cultura e criatividade. No âmbito da mobilidade apontou o investimento a ser feito no contrato do novo sistema de transportes rodoviários (a ser gerido dentro da Área Metropolitana de Lisboa) e novas acessibilidades. Este alinhamento de prioridades inscreve ainda a estratégia para o desenvolvimento económico e económico, na inovação e turismo, e ainda relativamente ao património municipal. Os espaços verdes e públicos, ambiente, clima e sustentabilidade estão ainda neste enquadramento, áreas onde a presidente avança que “vão ter apresentados vários projectos ao PRR). Até ao fecho da edição, a reunião extraordinária de Câmara ainda continuava a decorrer.
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Associações de bombeiros do concelho vão receber reforço financeiro
Cada uma das três Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários do concelho Almada, Cacilhas e Trafaria – vai receber um reforço financeiro em mais cinco mil euros, o que perfaz um montante global a atribuir, este ano, de 30 mil
euros. A verba foi aprovada na reunião pública de Câmara de 20 de Dezembro, e integra os contratoprograma estabelecidos para 2020-2022. Entre outras propostas aprovadas, foi decidida a
continuidade do protocolo de parceria para o ensino da música, entre o município e os agrupamentos de escolas do Monte da Caparica e Professor Ruy Luís Gomes, e a Sociedade Filarmónica União Artística Piedense.
MIDUS, UMA REFERÊNCIA
A baixista do boom do rock português que tocou com alguns dos maiores da cena pop europeia DR
Entre Almada e Londres. Uma conversa com a eterna baixista e cantora que fez parte da banda almadense Roquivários
Numa altura em que na BBC havia imensos programas de música, eu estava todos os dias em estúdio, e comecei a ser muito conhecida Midus
António Ramos Quando se fala do chamado “rock português” no início da década de 80, o nome de Roquivários terá que ser obrigatoriamente referido. Gravaram 2 álbuns, dos quais sairiam temas como “Totobola” e “Cristina (Beleza é fundamental)”, êxitos que ainda hoje perduram em muitas memórias. Mas maior e mais marcante que estes sucessos era a presença de Midus, cantora e baixista. O grupo durou dois anos, mas a paixão de Midus pela música e pelo baixo, vinham da adolescência e iriam levá-la para outros voos, em terras britânicas, onde construiu uma carreira, tocando com alguns dos maiores nomes de referência da cena pop europeia. Veio a Portugal recentemente para, entre outras coisas, participar na Gulbenkian numa homenagem ao bailarino, seu amigo de longa data, Benvindo Fonseca, onde interpretou um tema – arrepiante, no bom sentido do termo – composto por si para o evento, ao qual tive o privilégio de assistir. Desafiada a falar sobre si para as gerações que nunca ouviram falar de Midus ou de Roquivários, refere nomes de músicos com quem trabalhou como “Mel C, porque as Spice Girls são uma referência para as gerações mais jovens”, diz. Em criança, na Moita, onde vivia com os pais, conta que andou pelo ballet, em tempo de descoberta de Suzi Quatro, a menina que tocava baixo como ninguém. Aos 10 anos teve a primeira viola e as suas preferências musicais levavam-na a ouvir na rádio Creedence Clearwater Re-
Midus marcou a geração do rock nos anos 80 em Portugal, ao lado de nomes como Jorge Loução e Mário Gramaço
vival ou Santana. A mudança para Almada acontece na adolescência, e em tempos de liceu nasce a banda Roquivários. Estávamos em finais dos anos 70. Depois do fim do grupo, assina com a editora Polygram e grava o single “Lá longe”. Mas o objectivo era gravar um disco em Londres, de preferência com Luís Jardim. “Planeei tudo. Fui à TAP, apresentei o meu projecto e deram-me seis viagens para Londres. De seguida falei com a agência de viagens Nascimento - que era de um amigo meu - e disse que precisava de um hotel”. Começa um vai vem entre Inglaterra e Portugal e, em 1988, é desafiada por Tozé Brito a concorrer ao
Prémio Nacional de Música (PNM). Grava o tema “Amazónia” com o qual concorre ao PNM, forma a Banda com o mesmo nome (só com mulheres de várias nacionalidades), e com elas faz alguns concertos em Portugal. A propósito deste projecto, entrevistei-a então, para O SETUBALENSE. Em Londres vai à luta: “Comecei a visitar promotores, ir a estúdios. Fazia marcações. Telefonava, dizia que era uma artista portuguesa e que queria marcar uma entrevista com o responsável. Eles deviam achar piada à minha ‘lata’… “, lembra. Muitos contactos, muitas presenças e “sempre que havia jam ses-
sions [estilos de música popular, como o jazz], lá estava eu. Depois comecei a conhecer agências e tudo mudou”. E mudou de tal forma que, diz Midus, “numa altura em que na BBC havia imensos programas de música – como Top of the Pops, Jools Holland - eu estava todos os dias em estúdio, e comecei a ser muito conhecida”. Quanto ao convite que a leva a colocar Melanie C no seu ‘cartão de apresentação’: “Foi através de um amigo que tinha sido guitarrista dos Duran Duran e esteve com a Mel C. Pertencia à mesma agência que eu e telefonou-me a desafiar para fazer uma audição. Preparei-me muito bem e no final a Mel C disse que é assim que se faz uma audição. Fiquei muito feliz, claro”. E a lista de participações fala por si: Anne Clark, Tanita Tikaram, Bryan Ferry, Aynsley Lister, Hugh Cornwell (Stranglers), Bilie Myers, Daniel Pearce, são apenas alguns dos muitos nomes com os quais Midus tocou. Histórias, num percurso destes, é
fácil existirem: “Com Aynsler Lister (blues rock), foi original. O baterista, que era meu amigo, convidou-me para integrar a banda e o primeiro concerto era em França. Fui sozinha para Paris e no dia seguinte fiz o primeiro concerto e foi só aí que conheci o resto da banda. Toquei 4 anos com eles”. Com Tanita Tikaram, o convite surgiu, primeiro através de uma agência e depois de Luís Jardim, que tinha tocado baixo e produzido o álbum “Cappuccino Songs”. Toquei com ela durante um ano, na tour do álbum. Gostei muito dela, ainda hoje somos amigas. Ela não gosta muito de tournées. Só de fazer concertos, ali à volta de casa… aqui em Portugal é pouco conhecida. Faz parte de uma certa elite, uma minoria... Fez Glastonbury, fez as primeiras partes de Van Morrison”. Depois de décadas de um frenesim de concertos e de colaborações, os últimos tempos foram de alguma acalmia que levaram Midus a dedicar-se a outros áreas, como nutrição, na qual fez questão de ter formação. Quanto a concertos: “Só vejo aqueles ondem estejam amigos meus a tocar. Grandes eventos, para depois ver em écrans gigantes… não. Sting é o único que me faz ir a concertos, para o meio da confusão” A partir de Londres vai acompanhando o que por cá se passa: “Há uma geração nova de cantores, que acho muito giros: Agir, Carolina Deslandes, Diogo Piçarra. E claro que tenho as minhas bandas favoritas, adoro Amor Electro, The Gift e Xutos & Pontapés. Ouço bastante. Depois há o Rui Veloso, claro, de quem gosto muito”. Sobre novos discos em nome próprio, Midus avança com algumas pistas: “Estou a reunir material que já tenho gravado, talvez faça novos arranjos, para alguns temas, estou a seleccionar alguns amigos – maioritariamente portugueses – para o novo disco. Mas só no próximo ano”.
Opinião Musical
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Legislativas PAULA SANTOS
CABEÇA-DE-LISTA DA CDU
“A ligação da CDU ao distrito é real” Candidata diz que os eleitos comunistas têm sido a “voz activa” da região no Parlamento e decisivos para aumentar o rendimento das famílias Francisco Alves Rito (Texto) David Marcos (Fotografia) Licenciada em Química Tecnológica, Paula Santos, de 41 anos, estreia-se como cabeça-de-lista comunista pela região, após mais de dez anos como deputada. Já foi vereadora no Seixal, onde é ainda membro da Assembleia Municipal. Destaca que a lista tem uma forte ligação ao distrito e defende que dar mais força eleitoral à CDU é importante para travar maiorias absolutas e dar melhores condições de vida aos trabalhadores e à população. Depois de Francisco Lopes nas últimas eleições, Paula Santos é agora a cabeça-de-lista. É mulher e mais jovem. Acha que isso fará diferença? Encabeçar a lista é um facto que me honra muito e que acarreta várias responsabilidades. Mas este é um compromisso que também assume o conjunto de candidatos da lista, um compromisso de servir os interesses dos trabalhadores, da população, de contribuir para o desenvolvimento do nosso distrito. A lista tem uma participação maioritária de mulheres, e isso revela, não só, a capacidade e o empenho da participação das mulheres na vida política, mas também a importância que as forças políticas da CDU dão a essa participação. A lista da CDU, tem, como, aliás, quase todas as listas dos partidos que costumam eleger deputados por Setúbal, quase os mesmos nomes. No caso da CDU, os três actuais deputados são os três primeiros da lista. Nos outros partidos, no PSD por exemplo, também acontece a mesma coisa, não há renovação no topo das listas. Isso não terá reflexos eleitorais?
Houve uma alteração no número um da lista da CDU no distrito. Temos procurado renovar, e creio que isso é visível nos eleitos pela CDU na Assembleia da República, e, se olhar em particular para os deputados que fazem parte do grupo parlamentar do PCP, identifica que há um conjunto de deputados novos. Eu faço parte das listas há mais de 10 anos, mas é importante também associar esta experiência, e se olhar para a lista há, de facto, um conjunto de nomes de jovens, inclusivamente do nosso distrito, e de gente ligada ao mundo de trabalho, à educação e à cultura. Esta ligação que os nossos candidatos têm à realidade concreta do nosso distrito é uma mais-valia. Temos candidatos da Península de Setúbal e do Litoral Alentejano, dos vários concelhos, e isso espelha a nossa ligação à realidade concreta do nosso distrito e aos problemas e dificuldades vividos pelas populações. Que balanço faz destes dois anos de trabalho dos actuais três deputados, Paula Santos, José Luís Ferreira e Bruno Dias?
O redesenho das NUTS implica, para sermos sérios e rigorosos, um estudo relativamente a esta realidade
O deputado do PSD, Nuno Carvalho, diz que foi quem apresentou mais iniciativas. Imagino que não concorde. É olhar para o vastíssimo trabalho que realizámos, e tivemos já oportunidade de fazer esse balanço, em que procurámos ser uma voz activa e levar à Assembleia da República um conjunto de preocupações que afectam os trabalhadores do nosso distrito. Podemos dar exemplos concretos de que esta nossa ligação ao distrito é real. Pela nossa voz chegou à Assembleia da República a preocupação dos trabalhadores da Navigator, os trabalhadores da Lisnave, os da Amarsul, da Ascenza, e de muitos mais. Gostaria de destacar alguns aspectos que são determinantes, de outras áreas. Foi pela voz dos deputados que integram a CDU que, desde o primeiro momento, alertámos para aquilo que significava, por exemplo, a eliminação da NUT III Península de Setúbal, denunciámos que iria ter implicações profundamente negativas na nossa península, e a realidade está à vista. Foi pela nossa mão que foi aprovada por unanimidade, na Assembleia da República, uma proposta de recomendação ao Governo. E os outros exemplos que ia dar? A ampliação do Hospital de São Bernardo, que resultou, inclusivamente, de uma proposta do PCP, aprovada, neste caso concreto, no Orçamento de Estado para 2021, que permitiu desbloquear o processo. As intervenções que tivemos na defesa do direito à saúde, da necessidade da construção do Hospital do Seixal, a ampliação do Hospital Garcia de Orta, as preocupações sobre a necessidade de requalificação e construção de um conjunto de centro de saúde no distrito,
a necessidade da reposição do comboio regional, que foi retirado na altura do governo PSD/CDS e que ainda não foi reposto e já deveria ter sido. A intervenção dos eleitos do PCP e do PEV para garantir a gratuitidade dos manuais escolares, para a redução do valor do passe social, para a integração de todos os meios de transporte - e continuamos a lutar para que a ligação TróiaSetúbal integre este passe-social. São exemplos concretos que permitiram melhorias significativas, que, no final do mês, as famílias ficassem com mais rendimento disponível. Se não fossem os eleitos da CDU, não tinha sido possível. Para a próxima legislatura, tem dito que o caminho do desenvolvimento para o distrito de Setúbal passa pelo reforço do PCP. Porquê? Por estes exemplos concretos que já referi e por outros, como a gratuitidade das creches, o aumento das pensões e do salário mínimo, ainda que aquém da necessidade por parte das famílias. Foram medidas que ilustram a diferença e a importância da intervenção dos deputados do PCP e do PEV, porque, ao longo de todos estes anos, nos governos do PS e do PSD/ CDS, nunca foram concretizadas.
Desta vez foram, não por vontade do PS, que não o teria feito, mas pela intervenção determinante do PCP e do PEV. Se nós tivermos mais força, temos mais condições para ir mais longe, para implementar um conjunto de medidas que são absolutamente estratégicas, de soluções para problemas que afectam as populações do distrito. Temos um problema sério no distrito com a questão dos salários, com a precariedade, com a necessidade da criação de emprego e de investimento nas áreas da saúde e educação. Para responder a essas questões, é necessário criar riqueza. Qual é a estratégia para o desenvolvimento? É necessário criar riqueza, claro. A CDU já teve oportunidade, na semana passada, de apresentar o compromisso eleitoral, em que está evidente a estratégia de desenvolvimento integrada que temos, quer na Península de Setúbal, quer no Litoral Alentejano. E uma questão estratégica que colocamos é a promoção da produção nacional. Temos um conjunto de riquezas, de potencialidades no distrito, que não estão aproveitadas. A primeira são as pessoas, que criam essa
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riqueza, que contribuem para o desenvolvimento da região. É necessário valorizar estas pessoas, quer estando no activo, como trabalhadores, quer na situação de reformados. A reindustrialização, a aposta na agricultura, nas pescas… A industrialização é um tema forte para a Península de Setúbal. Como se pode potenciar a indústria na região? Apostando em sectores que são estratégicos para a nossa economia. Setúbal tem uma ligação muito grande com o rio e o mar e não se percebe como não há uma aposta, por exemplo, na pesca e, em particular, na indústria conserveira, que foi sendo destruída, ao longo de décadas. A integração do país na União Europeia teve um impacto profundamente negativo na nossa região, na destruição do aparelho produtivo e dos postos de trabalho. É necessária uma política, por parte do governo, para a diversificação da actividade económica, mas que aproveite aquilo os conhecimentos dos trabalhadores, e que contribua para a criação e dinamização da actividade económica e permita criar emprego com direitos. É preciso apostar na produção nacional, para reduzir importações, e afirmar a soberania, até do ponto
de vista alimentar, porque temos uma vasta área em que pode ser desenvolvida uma agricultura de base local, com preocupação ambiental. Ainda hoje, com a pandemia, nos debatemos com a necessidade de produção de medicamentos, com a necessidade, por exemplo, de produção de vacinas e material de protecção e não temos esta capacidade no país. Podemos olhar para o distrito,
Setúbal tem uma ligação muito grande ao mar e não se percebe como não há uma aposta na pesca e na indústria conserveira
onde há potencialidade enormes e actividades que, ao longo dos anos, têm sido desenvolvidas em sectores estratégicos – como o químico, automóvel ou mecânica - e, havendo este conhecimento, é necessário, do ponto de vista político, incrementar este desenvolvimento, não esquecendo o apoio às micro, pequenas e médias empresas. Outra via é uma justa política fiscal em que aqueles que menos têm, os trabalhadores, estejam aliviados na carga fiscal, e haja uma tributação do património de luxo, daqueles que mais têm. Estou a falar, também, de um conjunto de empresas, por exemplo, da Jerónimo Martins que retirou a sede do nosso país, colocou num outro país europeu, e que não paga impostos cá. É uma profunda injustiça e são recursos necessários para o desenvolvimento da economia e para garantir os direitos sociais à população. Um instrumento essencial para fomentar o desenvolvimento económico, são as NUTS. O PCP continua a defender que a Península de Setúbal tem de estar integrada na Área Metropolitana de Lisboa. Quais são as vantagens dessa integração? O problema ficou algo confuso com a associação das NUTS à organização administrativa do Estado. Isto foi uma opção do PSD/CDS e não tem que ser necessariamente assim. Podemos continuar a ser AML, para além da necessidade da criação das NUTS III da Península de Setúbal e da Grande Lisboa, que nos permite ter informação estatística da península nos planos económico e social. Mas isso não resolve o financiamento, só permite informação estatística. Precisamente, e eu ia ao segundo ponto. A reposição das NUTS III é importante, para termos dados e informação rigorosa sobre esta realidade. Depois, passa por um novo desenho das NUTS II, e isso foi aprovado na nossa proposta de resolução, que, aliás, contém três pontos: a reposição das NUT III – que só não foi reposta durante a governação do PS por falta de vontade política, e foi um problema criado pelo governo PSD/CDS, que eliminou a NUT III sem qualquer justificação – e um novo desenho das NUTS, que permita encontrar uma solução que tenha em conta a realidade da Península de Setúbal, e os nossos indicadores que são completamente diferentes da margem norte do Tejo. Mesmo dentro da margem norte há diferenças.
E qual é o desenho que a CDU propõe para as NUTS? Este redesenho implica, para sermos sérios e rigorosos, um estudo relativamente a esta realidade. Têm sido apontadas várias hipóteses e é preciso encontrar a solução mais adequada para a nossa península. A questão não é irmos buscar fundos a outras regiões no país, porque, se houver uma NUT II que vá ao encontro daquelas que são as necessidades e a realidade concreta do território, podem vir mais fundos da União Europeia. E o terceiro ponto era, enquanto estas duas medidas não forem concretizadas, que existam fundos que permitam compensar a Península de Setúbal. O investimento público não pode ficar somente dependente dos fundos comunitários. É preciso investimento, também, do orçamento do Estado e há aqui uma responsabilidade do governo que também não está a ser assegurada. Por exemplo, nem os compromissos que assumidos são cumpridos, por exemplo o Hospital do Seixal, que é um exemplo paradigmático. Para a regionalização, que o PCP também defende, a CDU propõe que a Península de Setúbal fique integrada na AML. Que vantagens é que isso tem? Nesta legislatura avançámos com uma proposta na Assembleia da República para a criação das regiões administrativas em 2021, que foi rejeitada por PSD, CDS e PS. Nós propúnhamos que, neste processo de criação das regiões administrativas, houvesse um momento de auscultação das assembleias municipais e sobre duas opções. Uma correspondente à área das CCDR e outra correspondente ao mapa que foi aprovado no final dos anos 90. Procuramos que haja uma pronúncia, não quisemos impor qualquer tipo de solução, A pergunta que lhe fiz mantémse: quais são as vantagens, de Setúbal estar integrada na região de Lisboa? Não consideramos que seja um problema estarmos integrados na AML. O problema foi a agregação das NUTS à organização administrativa. É uma questão diferente A Constituição também defende um referendo. O PCP não concorda com o referendo, acha que não deve ser realizado? Consideramos que a introdução do referendo na Constituição da República teve um objectivo muito concreto, criar um obstáculo à concretização da regionalização. Mas a proposta que nós apresentámos foi nos termos da
É necessária a reposição do comboio regional, que foi retirado na altura do governo PSD/ CDS e que ainda não foi reposto Constituição. Em 2019 a CDU elegeu três deputados pelo distrito. O que será um bom resultado nestas eleições? Colocamos como objectivos mais votos, mais mandatos, dar mais força à CDU. Creio que está evidente a importância da intervenção dos deputados, quer do PCP quer do PEV. Os últimos anos revelam isso. Permitiu travar o governo PSD/CDS e do CDS e tudo aquilo que estava perspectivado de cortes, de novos ataques aos trabalhadores, aos reformados e às populações. Mas dar mais força à CDU permite, não só impedir maiorias absolutas - temos muito más memórias daquilo que foram maiorias absolutas no nosso país -, mas dar mais condições para concretizar as soluções que são necessárias para responder aos problemas que afectam os trabalhadores e as populações do distrito. É prioritário neste momento a questão dos salários e das reformas. É absolutamente urgente porque, sem a melhoria das condições de vida, não conseguimos dar um salto, quantitativo e qualitativo, para o desenvolvimento e para o progresso. Permite também concretizar medidas concretas para reforçar o SNS. O momento que vivemos revela a importância do SNS, de atribuir médico e enfermeiro de família. E permite a concretização de um conjunto de investimentos que são absolutamente estratégicos para o distrito, como o novo aeroporto e a terceira travessia do Tejo. São alguns compromissos que têm sido assumidos, mas que são sucessivamente adiados e que são fundamentais, do ponto de vista do desenvolvimento da actividade económica, e para a melhoria das condições de vida da população.
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Paulo Catarino ingressa no Amora como adjunto de Sandro Mendes DR
TORNEIO INTER-ASSOCIAÇÕES
Selecção distrital feminina de sub-16 garante presença na Liga de Ouro José Pina A selecção distrital feminina de sub16 de futebol de 9 da Associação de Futebol de Setúbal com duas vitórias nos dois jogos disputados, 2-0 sobre Beja e 1-0 sobre Algarve, assegurou o primeiro lugar da Série “A” que decorreu no Parque Desportivo da Associação Cultural e Recreativa União Trabalhadora Zambujalense, no Zambujal, Sesimbra, numa organização da AF Setúbal. A vitória da equipa setubalense sobre Beja foi alcançada com golos marcados na sequência de bolas paradas por Margarida Clemente aos 18 minutos e Catarina Vaz, por volta dos 30 minutos. No segundo encontro, contra o Algarve, Margarida Clemente voltou a fazer o gosto ao pé e deu a vitória à selecção na nossa região, marcando o seu segundo golo na competição. Por ter terminado a Série “A” da Fase Zonal em primeiro lugar, a selecção distrital de Setúbal comandada pelo seleccionador João Pedro Valente,
garantiu a qualificação para a Liga de Ouro na Fase Final que se realiza entre 14 e 17 de Abril, na região da Guarda. Para além de Setúbal na Liga de Ouro vão estar também as selecções de Lisboa, Aveiro, Braga, Porto, Viseu e Vila Real, que venceram as outras séries e ainda outra a apurar entre as quatro associações insulares (Ponta Delgada, Horta, Angra do Heroísmo e Madeira) num grupo que será jogado em eliminatórias. “O balanço desta fase zonal é muito satisfatório para nós, não só pelos resultados desportivos que nos permitem chegar à fase final e estar entre as oito melhores selecções distritais da categoria, mas sobretudo porque foi mais uma oportunidade que tivemos para promover o talento do futebol feminino e o trabalho feito pelos nossos clubes no desenvolvimento e formação destas atletas, que felizmente são cada vez mais pelo maior número de clubes associados a investir na criação de equipas de futebol feminino”, refere o seleccionador distrital João Pedro Valente.
FUTEBOL DE FORMAÇÃO
AF Setúbal suspende campeonatos entre 2 e 9 de Janeiro Tendo em conta as medidas de combate à pandemia decretadas pelo Governo, a Associação de Futebol de Setúbal decidiu que não irá realizar os jogos agendadas de todos os campeonatos distritais dos escalões de formação - Juniores, Juvenis, Iniciados, Infantis e Benjamins, de todas as vertentes (futebol de 11 masculino, futebol de 9 masculino, futebol de 7 masculino, futebol de 7 feminino, futsal masculino e futsal feminino),
entre 2 e 9 de Janeiro de 2022. Em relação aos Campeonatos Distritais Seniores da 1.ª e 2.ª Divisão, Sub-22 e Campeonatos Distritais de Futsal Masculino e Feminino, foi decidido manter a calendarização agendada. No que diz respeito aos treinos dos escalões de formação, a AF Setúbal recomenda que os clubes sigam as medidas de combate à pandemia, determinadas pelo Governo.
Paulo Catarino, que aos 49 anos, vinha jogando no FC Setúbal, último classificado no Campeonato Distrital da 1.ª Divisão da Associação de Futebol de Setúbal, acaba de ingressar no Amora na qualidade de treinador adjunto para reforçar a equipa técnica comandada por Sandro Mendes, na
Liga 3. A propósito, recorda-se que Paulo Catarino já exerceu as mesmas funções no Torreense entre 2015 e 2019 e mais recentemente no Oriental Dragon na época de 2019/2020, fazendo parte da equipa técnica de Edmundo Silva que promoveu o clube aos campeonatos nacionais.
MENDY E RODRIGO PEREIRA FIZERAM OS GOLOS DO TRIUNFO (2-1)
Reviravolta épica ao cair do pano coloca Vitória FC no terceiro lugar da Liga 3 Sadinos reencontram êxitos no duelo do Bonfim com o Caldas Ricardo Lopes Pereira Dois golos nos minutos finais, apontados por Mendy e Rodrigo Pereira, permitiram ontem ao Vitória FC reencontrar os triunfos no duelo diante do Caldas, referente à partida em atraso da 7.ª jornada da série B da Liga 3. O 2-1 obtido, depois dos desaires consecutivos com o Amora e U. Leiria, permitiu aos setubalenses ascender ao 3.º lugar (com 20 pontos), estando agora, numa altura em que ainda têm um jogo e atraso, estar no lote de equipas que está nas posições que dão acesso à fase de subida à II Liga. Apesar de em comparação com a ronda anterior ter procedido a três alterações no onze – Diogo Martins, André Mesquita e Mendy substituíram José Semedo, Diogo Sequeira e Mathiola –, os sadinos voltaram a sentir muitas dificuldades em se impor no jogo. Exemplo disso é o facto de o Caldas ter tido o ascendente no primeiro tempo e disposto das melhores ocasiões para marcar.
Depois de um primeiro aviso aos 13 minutos, momento em que na cobrança de um livre directo na esquerda Nuno Januário obrigou João Valido a aplicar-se, o Caldas inaugurou o marcador, aos 21, por intermédio de Leandro Borges. O médio brasileiro surgiu solto ao segundo poste, após desvio de cabeça de Yordy no interior da área, e, sem oposição, limitou-se a cabecear para o 1-0. Em desvantagem no marcador, os sadinos raramente conseguiram incomodar a defesa contrária, sendo o guardião Luís Paulo quase um espectador no encontro. Muito mais trabalho teve João Valido que, aos 36 minutos, teve de se aplicar para evitar que Nuno januário, depois de escapar à defesa vitoriana, ampliasse a vantagem para o emblema da Caldas da Rainha. Até ao intervalo, aos 39 minutos, os forasteiros voltaram a criar perigo num remate cruzado do flanco esquerdo de Juvenal Oliveira que passou a centímetros do poste esquerdo da baliza dos setubalenses. Antes do árbitro açoriano Vasco Almeida apitar para o final do primeiro tempo, o Vitória conseguiu finalmente, sem a pontaria desejada, visar com perigo a baliza contrária num cabeceamento de André Mes-
quita que saiu sobre a trave. No segundo tempo, o Vitória entrou melhor e só não igualou o marcador porque o guardião Luís Paulo, aos 49 minutos, voou até ao ângulo superior direito para travar um livre directo de Robson que levava selo de golo. Aos 55, também sem sucesso, foi a vez de Mendy, depois de cruzamento de Diogo Martins na esquerda, cabecear à figura do guarda-redes dos caldenses. Apesar de terem mais posse de bola no segundo tempo, os sadinos viram o adversário chegar à sua área aos 61 minutos. Já depois de fazer uma dupla alteração (entradas de Ricardo Isabelinha e João Silva para os lugares de Nuno Januário e Diogo Clemente), o Caldas chegou à área sadina através de um remate de meia distância de João Rodrigues que foi facilmente travado por João Valido. Entretanto, com o avançar do cronómetro, o Caldas conseguiu equilibrar o jogo e chegar novamente com perigo à baliza de João Valido, que viu André Perre, aos 72 minutos (dois depois de ter entrado para o lugar de Juvenal Oliveira), disparar sobre a trave dos sadinos. Volvidos sete minutos, o Vitória respondeu num cabeceamento de Mendy, que foi travado por Luís Paulo. Numa fase em que o Caldas só já explorava o contra-ataque devido à pressão exercida pelos sadinos, o Vitória foi recompensado pelo facto de nunca ter desistiro. Primeiro, aos 86 minutos, Mendy materializou a reacção sadina ao marcar o golo do empate num remate cruzado, que colocou em festa os espectadores presentes no estádio. Empolgados pelo tento, aos 90+5 minutos (o árbitro tinha dado seis de compensação), a reviravolta foi operada por um homem que tinha vindo do banco: Rodrigo Pereira, assistido ao segundo poste por Varela, que cruzou da direita, encostou para o 2-1 que colocou em festa os adeptos e jogadores.
23 de Dezembro de 2021 O SETUBALENSE 23 PUBLICIDADE
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Seus famíliares cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido. O funeral realizou-se dia 21-12-2021 pelas 10:45h da Capela de S. José para o Cemitério da Paz em Setúbal. Agradecendo a todos quantos se dignaram e participaram em tão piedoso acto, bem como a todos que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar.
Seus famíliares cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido. O funeral realizouse dia 24-12-2021 pelas 09:15h para o Crematório de Setúbal. Agradecendo a todos quantos se dignaram e participaram em tão piedoso acto, bem como a todos que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar.
FUNERÁRIA SETUBALENSE TELEF: 265 550 045 / 265 238 528 ( SERVIÇO PERMANENTE )
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NATIVIDADE DE JESUS PESSOA DA SILVA N.A.: 15-11-1945 - F.A.: 04-12-2021 Seus familiares na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que acompanharam o seu ente querido à última morada, assim como a todos aqueles que de qualquer modo manifestaram o seu pesar.
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