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Acesso ao Pinhal Novo cortado mais dois meses Infraestruturas de Portugal autorizou finalmente o reinício das obras na Estrada Nacional 252.Trabalhos devem estar concluídos em 60 dias p6 DAVID MARCOS
“A regionalização tem que ser discutida na Península de Setúbal”
O SEU DIÁRIO DA REGIÃO TERÇA-FEIRA, 11 DE DEZEMBRO DE 2021 PREÇO 0,80€ | N.º 762 | ANO III | 5.ª SÉRIE
DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO
Entrevista Joana Mortágua cabeça-de-lista do BE p12 e 13
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Manuel Lima ‘Guardador’ de fósseis e minerais quer museu p9
SEIXAL Alunos da Escola João de Barros vão estar em contacto com estação espacial p8 HOSPITAL S. BERNARDO Vigília por investimento e condições foi adiada para dia 18 p5
SETÚBAL Rede de tráfico de meixão em julgamento p4
CORROIOS Investimento de meio milhão melhora vala real p10 PUBLICIDADE
2 O SETUBALENSE 11 de Janeiro de 2022
Abertura
Balanço do ano
M
ais um ano marcado pela pandemia. A luta contra ela, continua. Mas, a nível mundial, tão desigual! Na Europa, América do Norte, Austrália, Japão, Nova Zelândia, quase só os negacionistas não têm pelos menos já uma dose da vacina. No denominado 3º mundo, há milhões que nem vê-las. Por exemplo, a Nigéria, com cerca de 210 milhões de habitantes, nem 5% estão vacinados. E assim, egoistamente, novas variantes sucedem-se e nem o 3º, 2º, ou 1º mundo, se vêm livres dela. A China leva o assunto mais a sério. Apesar de serem 1300 milhões, está praticamente toda a gente vacinada. E sempre que aparece algum foco, pode a localidade ter até mais habitantes que Portugal inteiro, mas é logo confinada. Outro acontecimento que cá pelo burgo marcou 2021, foi, evidentemente, o chumbo do Orçamento de Estado com as consequências que se conhecem: dissolução da Assembleia da República e convocação de eleições legislativas. As explicações para o facto, são conhecidas; o Governo/PS dizendo que foi o melhor orçamento que conseguiu, e a oposição à sua esquerda, a dizer que não. Cada um que decida quem tem razão. Uma coisa é certa, se o resultado do próximo dia 30, for mais ou menos o mesmo ou pior se a extrema-direita subir, será como se costuma dizer, vira o disco e toca o mesmo. Portanto, para uma música bem mais agradável, em nossa opinião, a tal esquerda à esquerda do PS, a real, nomeadamente a mais antiga, tem de subir e, substancialmente! Tivemos ainda as autárquicas, cujos resultados não foram lá muito
OPINIÃO Francisco Ramalho
Uma coisa é certa, se o resultado do próximo dia 30, for mais ou menos o mesmo ou pior, se a extrema-direita subir, será como se costuma dizer, vira o disco e toca o mesmo
favoráveis, antes pelo contrário, à tal esquerda. Veremos se, como é habitual, não será mais uma desilusão. Estamos em crer que sim. A nível internacional, o ano que se finou, também deixou muito a desejar e, presentemente, a coisa, como dizem os brasileiros, está preta. Sem a União Soviética, o “perigo comunista” já não existe, mas existe o imperialismo dos EUA. E assim, com falsos pretextos, empurram a NATO para as fronteiras da Rússia, ameaçam-na com mais sanções e criam mesmo uma nova aliança militar, a AUKUS, apontada à China. Ou seja, já não se trata de questões político-ideológicas como no tempo da guerra fria, mas sim do velho sonho ianque de hegemonia global. E assim, recursos que seriam essenciais para dar condições dignas aos povos, são canalizados para a corrida aos armamentos, aumentando exponencialmente, as ameaças à paz mundial. Tudo isto, justificado perante a opinião pública ocidental, através da gigantesca máquina mediática que, em conjunto com os seus aliados (onde, através dos governos PS ou PSD, Portugal se inclui), dominam. Mas sempre, forças e vozes se levantam contra tais perigos e hipocrisias. Por exemplo, como a do Papa Francisco, em relação à origem e ao tratamento de refugiados. E mais alguns casos positivos, como recentemente no Chile, onde o jovem Gabriel Boric, congregou toda a esquerda e mais democratas, e perante o seu principal adversário de extrema-direita, conseguiu uma grande vitória para a Presidência da República. Professor, Corroios
CORREIO DO LEITOR
Os guetos dos grandes centros urbanos
A cintura de Lisboa sofre uma pressão demográfica crescente como resultado da imigração mormente lusófona, a que se junta uma outra, também numerosa e bastante heterogenia, encontrando no nosso país as condições mínimas de subsistência, negada pelos seus países de origem. Esta população dá na sua generalidade um considerável contributo para o mercado de trabalho, mormente nas áreas onde as qualificações profissionais são menos exigentes. Estando o país a perder população de forma acentuada nas últimas décadas torna esta população bemvinda como forma de colmatar o deficitário índice demográfico referido. Enquanto o mercado de trabalho vai dando respostas, o mesmo não acontece no sector da habitação.
Com habitação e emprego condignos, quaisquer cidadãos, sejam eles imigrantes ou não têm sempre muito mais possibilidades de integração na sociedade. Claro que a tudo isto, não podem ser alheios os meios de transporte no acesso a empregos, a saúde, escolas etc. Qualquer cidadão minimamente esclarecido, tendo interesse e opinião sobre estas questões tem mais do que um direito o dever de a veicular para os decisores políticos. Verificando-se uma situação concreta que muito pode contribuir para solução dos problemas referidos, é na intercepção das vias de comunicação EN-379 com a via-férrea Setúbal-Lisboa a qual ocorre no limite dos concelhos de Palmela e Moita, com a designação toponímica de Olhos de Água. Faria sentido aqui uma estação de comboios já que a distância entre Pinhal Novo e Penalva é significativa, para além de existir uma grande disponibilidade de terrenos quer para a construção da estação quer para o desenvolvimento de projectos consequentes sejam eles de habitação social ou outra, bem como condomínios empresariais a fixarem-se nas proximidades o que desde logo aumentaria oferta de emprego local. Uma pergunta se coloca. - Se a infra-estrutura está disponível porque não aproveitá-la? Deixa-se à consideração de quem de direito. Jaime Mosca, Setúbal
ESCREVA-NOS. Envie-nos a sua carta ou comentário para correiodoleitor@ osetubalense.com, para a morada Travessa Gaspar Agostinho, n.º 1, 1.º - 2900389 Setúbal, ou ligue-nos pelo telefone 265 094 354. Os textos não devem ultrapassar os 750 caracteres e o jornal reserva-se o direito de seleccionar ou cortar. Não devolvemos originais.
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11 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 3
Assembleia de Freguesia de Palmela exige abertura da Unidade de Saúde de Brejos do Assa
A Assembleia de Freguesia de Palmela aprovou, por unanimidade, uma moção a exigir ao Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Arrábida "a imedita abertura da Unidade de Saúde de Brejos do Assa". O documento, apresentado pela bancada da CDU, exige ainda
ao ACES Arrábida que a abertura do espaço contemple "equipa médica e de enfermagem adequada e horário compatível para a prestação de serviços de saúde às populações de Algeruz e Brejos do Assa". O documento foi aprovado na reunião do órgão no passado dia 22.
Salvar o SNS
DR
A SETÚBAL
Casa da Cultura recebe ícone cultural galês Steve Andrews este sábado António Ramos A Casa da Cultura, em Setúbal, recebe no próximo sábado, dia 14, seguramente um dos nomes mais improváveis para actuar no espaço. Steve Andrews, ícone cultural galês de 68 anos, reside actualmente em Portugal. Trata-se de um homem de múltiplos (e fortes) interesses, que levam a que se possa dizer que é cantautor, escritor (editou recentemente um novo livro, intitulado “Save Mother Ocean”), jornalista e um apaixonado
pela natureza em geral e pela botânica em particular. Como cantor/músico, gravou vários álbuns (o primeiro, “Sound of one”, data de 1997) e passou por festivais como “Green Man” ou o gigantesco e incontornável “Galstonbury”. “Songs of Now and Then” é o mais recente disco (o quinto) de Steve Andrews, integralmente composto e cantado por si. Deverá ser este disco a base do concerto na Casa da Cultura, que começa pela 21h30 e cujos bilhetes têm um custo de quatro euros. A não perder. Opinião Musical
HÁ TRÊS DIAS SEM LUZ
Associação apela a intervenção social urgente em bairro da Trafaria A Associação Cova do Mar, que faz intervenção humanitária no Bairro do Segundo Torrão, na Trafaria, Almada, apelou ontem a uma acção social urgente na zona, uma vez que parte dos moradores está há quase três dias sem electricidade. Em declarações à agência Lusa, a presidente da Associação Cova do Mar, Alexandra Leal, explicou que os moradores afectados por este corte de energia, ainda sem resolução, precisam no mínimo de lanternas, refeições quentes, mantas e um gerador de emergência.
“É preciso que o fundo de emergência social da Câmara Municipal de Almada seja acionado e que seja feita uma intervenção social diretamente com estas famílias”, disse. Na sua página oficial no Facebook, a Associação Cova do Mar, que é também responsável pelo projecto de apoio a crianças do bairro, a Fábrica dos Sonhos, tem feito ao longo das últimas 60 horas vários apelos para a resolução do problema e para o apoio às famílias que estão a ser afectadas. Lusa
ssegurar a todos os utentes o acesso aos cuidados de saúde é uma prioridade. Porém, persistem dificuldades na nossa região no acesso à saúde. Na Península de Setúbal há 167.063 utentes sem médico de família, segundo os dados publicados no portal da transparência do SNS, num total de 772.216 utentes inscritos nos cuidados de saúde primários. Cerca de 22% dos utentes não têm médico de família atribuído, o que desde logo constitui uma limitação no acesso à saúde. Este é um problema antigo e que continua por resolver, porque não foram tomadas as medidas necessárias para contratar e fixar os profissionais de saúde no SNS. PS recusou as soluções propostas pelo PCP que permitia avançar na resolução deste problema. No atual contexto epidémico agravaram-se as dificuldades no acesso à saúde nas extensões e centros de saúde. Muitos profissionais são mobilizados para acompanhamento dos doentes com covid 19 e como não houve o necessário reforço do número de profissionais de saúde, mais uma vez porque o PS não quis, a atividade programada está comprometida. Há consultas que estão a ser desmarcadas e utentes que não conseguem marcar uma consulta no centro de saúde. É preciso dar resposta aos doentes com covid 19 e controlar a epidemia, mas também é preciso assegurar o acompanhamento aos utentes com outras doenças, acompanhar os doentes crónicos e assegurar o diagnóstico precoce, caso contrário as doenças só são identificadas já numa fase mais avançada, com as consequências que daí decorrem. A insuficiente resposta dos cuidados de saúde primários coloca mais pressão nos serviços de urgência das unidades hospitalares, que em determinados momentos são a única porta aberta. A par da falta de profissionais de saúde, na região há necessidade de reforçar o investimento em equipamentos, seja de centros de saúde, seja de hospitais. O que marcou a governação de PSD/CDS e agora de PS foi um
OPINIÃO Paula Santos
É preciso dar resposta aos doentes com covid-19 e controlar a epidemia, mas também é preciso assegurar o acompanhamento aos utentes com outras doenças profundo desinvestimento na saúde no nosso distrito. Nem sequer os compromissos assumidos foram concretizados, como é exemplo o Hospital no Seixal. O processo para ampliação do Hospital de São Bernardo só foi desbloqueado na sequência da aprovação da proposta das forças que integram a CDU, o PCP. Construir o Hospital no Seixal, requalificar e ampliar o Hospital Garcia de Orta (tal como aprovado pela Assembleia da República, na sequência
de proposta do PCP), construir o Hospital Montijo-Alcochete, ampliar o Hospital de São Bernardo, mantendo o Hospital do Outão no SNS, são importantes investimentos para reforçar a capacidade dos cuidados hospitalares. Tal como é relevante reabrir as extensões de saúde encerradas, como a Extensão de Saúde de Brejos do Assa (Palma) e proceder à requalificação e construção de novos centros de saúde, nomeadamente a construção do centro de saúde na Quinta do Anjo (Palmela), dos centros de saúde na Aldeia de Paio Pires e nos Foros de Amora (Seixal), ou dos centro de saúde na Quinta do Conde (Sesimbra), do Feijó (Almada) e no Alto Seixalinho (Barreiro) – estes três últimos com recomendações aprovadas pela Assembleia da República, que tiveram origem em iniciativas propostas pelas forças da CDU, o PCP e o PEV. É prioritário a adoção de soluções para contratar e fixar profissionais de saúde no SNS, para assegurar a atribuição de médico e enfermeiro de família a todos os utentes, bem como a realização de consultas, cirurgias, exames e tratamento em tempo útil. Soluções que passam pela valorização de carreiras e remunerações, pela garantia de condições de trabalho, pelo investimento em instalações e equipamentos, pela implementação da opção da dedicação exclusiva por médicos e enfermeiros, com majoração de 50% da remuneração base e majoração de 25% do tempo de serviço para efeitos de progressão e pelo reforço de incentivos para fixar médicos e enfermeiros em zonas carenciadas, através da majoração de 50% da remuneração base, de 25% do tempo de serviço para efeitos de aposentação e da atribuição de apoio à habitação. São necessárias soluções para salvar o SNS. Este é o compromisso que a CDU assume defender – reforçar o SNS, valorizar os trabalhadores da saúde, garantir o direito à saúde a todos os utentes. Deputada do PCP
4 O SETUBALENSE 11 de Janeiro de 2022
Setúbal
DR
BREVES SÁBADO PELAS 21 HORAS
Fórum Luísa Todi recebe comédia sobre a fragilidade da amizade É na fragilidade da amizade e no poder dos telemóveis que vai estar focada a próxima peça de teatro em cena no Fórum Municipal Luísa Todi, apresentada no sábado, dia 15, pelas 21 horas. A comédia “Perfeitos Desconhecidos”, escrita pelo italiano Paolo Genovese, “retrata um jantar de amigos de
CLUBE NAVAL SETUBALENSE
CABECILHAS ESTÃO EM PRISÃO PREVENTIVA
Primeira rede de tráfico de meixão a chegar a tribunal operava a partir de Setúbal Em causa estão crimes de associação criminosa, contrabando qualificado e dano contra a natureza Rogério Matos Chegou pela primeira vez a tribunal uma rede criminosa internacional de tráfico de meixão – espécie de enguia juvenil, cuja captura é proibida e que vale milhares de euros no mercado asiático –, que operava na região de Setúbal. O julgamento está a decorrer em Lisboa. Eram três os cabecilhas que utilizavam armazéns em Almada e Palmela e hospedavam as “mulas”, que transportavam o meixão vivo até aos mercados asiáticos, em hotéis situados em Setúbal e no Montijo. Em causa estão crimes de associação criminosa, contrabando qualificado e dano contra a natureza, referente ao tráfico de meixão. A investigação pelo Ministério Público de Lisboa teve início em Janeiro de 2018 com a apreensão de 47 quilos de mei-
xão, colocado em malas de viagem no aeroporto da capital, com destino a Paris e China. Foi nessa altura detido o principal arguido, por ter transportado para o aeroporto as “mulas” que iriam levar o meixão. Nos últimos três anos, a investigação desmantelou a rede liderada pelos três homens de nacionalidade chinesa, com morada em Setúbal e Lisboa. Já outros 13 arguidos, entre os quais pescadores, “mulas” do Mali e Malásia e comerciantes, estão em liberdade. A espécie de enguia juvenil era comprada a pescadores pelos três principais arguidos em Benavente e Alcácer do Sal a 300 euros o quilo. O produto era depois acondicionado em armazéns arrendados em Palmela e em Almada, concelhos onde existiam tanques de água apetrechados com motores eléctricos para a circulação da água corrente, gelo e oxigénio em garrafas industriais. Os arguidos chegaram, inclusive, a comprar ostras em Setúbal, com a intenção de as exportarem para a Malásia. Conseguiram os documentos para fazer passar o produto no aeroporto e foram os próprios a
longa data, no qual os segredos mais íntimos de cada um são revelados no âmbito de um jogo proposto pela anfitriã”, explica a Câmara de Setúbal em nota de Imprensa. Os bilhetes, disponíveis no Fórum Municipal Luísa Todi ou na bilheteira on-line BOL, têm o custo de 19 euros para a plateia e de 17 para o balcão.
transportar as caixas de esferovite para Lisboa. No percurso, dissimularam nas caixas mais de cem quilos de meixão, avaliado em 650 mil euros, que tinha como destino a Malásia, mas a carga foi apreendida. Pressionados pela investigação, os arguidos deitaram fora cerca de 200 quilos de meixão, que valeria cerca de 1,3 milhões de euros. Os proveitos do tráfico eram obtidos em moeda virtual, que depois seguia para as suas contas bancárias. Em Janeiro de 2021, por sua vez, o Ministério Público de Lisboa partiu para uma operação nunca antes vista em Portugal, de combate ao tráfico de meixão. Foram executados 13 mandados de busca e apreendidas seis viaturas, três delas de alta cilindrada, 78 mil euros em dinheiro, dez redes de meixão, nove tanques de conservação com equipamentos de refrigeração, material destinado à preservação e tráfico da espécie por via aérea ou terrestre, assim como telemóveis e bloqueadores de sinal. Os 16 suspeitos, entre pescadores, angariadores e “mulas”, foram detidos e os três cabecilhas da rede ficaram em prisão preventiva, medida de coação que prevalece hoje.
Nadadora Rita Santos obtém “excelentes resultados” em Málaga A nadadora Rita Machita Santos, atleta do Clube Naval Setubalense, obteve no passado fim-de-semana “excelentes resultados” em competição realizada na cidade espanhola de Málaga, ao alcançar o ouro nas provas “400 metros estilos” e “200 metros bruços”. A atleta do escalão Juvenil A, que representou no Dual Meet
Andaluzia Portugal, entre 7 e 9 de Janeiro, a Selecção Nacional Portuguesa, participou ainda na estafeta de “4x200 metros livres”. Para os dias 26 e 27 de Fevereiro, foi já convocada para a Concentração de Treino da Selecção Pré-Júnior, a acontecer no Centro de Formação Desportiva de Rio Maior.
POLITÉCNICO SADINO
Relógio de sol da Escola Superior de Educação recuperado O relógio de sol situado no exterior do edifício da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal encontra-se novamente em funcionamento, depois de ter sido recuperado pela Junta de Freguesia de São Sebastião, em colaboração com o estabelecimento de ensino. Em comunicado, a autarquia
explica que “facultou a mão-de-obra para requalificar a obra de arte, instalada no Pátio das Amendoeiras, da autoria da artista plástica Maria José Brito”. “Embutido na calçada, o dispositivo, concebido no início da década de 2000 por estudantes e docentes, encontrava-se degradado e desconfigurado”.
11 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 5
Cáritas e Segurança Social assinam hoje protocolo para dar casa a trinta pessoas sem-abrigo
A Cáritas Diocesana de Setúbal e o Instituto da Segurança Social assinam hoje, pelas 15h30, um novo protocolo de “Housing First”, que tem como objectivo dar uma “resposta mais permanente para habitação digna” a trinta pessoas em condição de sem-abrigo.
O acordo, assinado no Centro Distrital da Segurança Social, vai ser estabelecido ao abrigo da Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas em Situação de SemAbrigo. O protocolo vai ser firmado na presença de Henrique Joaquim, coordenador do projecto, de Ana
“FAIR’N GREEN”
José Maria da Fonseca é o primeiro produtor português certificado em sustentabilidade holística DR
Empresa alcançou distinção com “um dos seus vinhos mais emblemáticos, o Periquita Reserva”
Mendes Godinho, ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, e do Bispo de Setúbal, D. José Ornelas. Também presentes vão estar Luísa Malhó, directora do Centro Distrital da Segurança Social, e André Martins, presidente da Câmara Municipal de Setúbal.
COM INÍCIO PELAS 18 HORAS
Vigília pelo Hospital de São Bernardo reagendada para a próxima terça-feira Fórum Intermunicipal da Saúde alterou data do protesto devido às medidas restritivas adoptadas por causa da pandemia
Maria Carolina Coelho A empresa José Maria da Fonseca, sediada na Quinta da Bassaqueira, em Vila Nogueira de Azeitão, ‘desbravou’ novos caminhos rumo à sustentabilidade holística, ao tornar-se a primeira produtora de vinho português certificada em sustentabilidade “FAIR’N GREEN”. Depois de perto de cem empresas em sete países terem sido distinguidas, a “primeira referência da José Maria da Fonseca a integrar a certificação FAIR’N GREEN foi um dos seus vinhos mais emblemáticos, o Periquita Reserva”. “Com cerca de um milhão de litros de produção anual, o referido vinho é vendido no mercado interno, mas também é exportado para vários países”. A certificação, que “começou com um projecto entre produtores de vinhos alemães em 2013”, foi obtida “após uma análise e consultoria detalhadas” e vai permitir à empresa “melhorar sistematicamente ao longo do tempo”, refere a José Maria da Fonseca em comunicado. Para o presidente da produtora de vinhos, António Soares Franco, “a sustentabilidade faz parte do DNA da José Maria da Fonseca há várias décadas e, por ser uma empresa de sete gerações, vê a sustentabilidade
Certificação vai permitir à empresa "melhorar sistematicamente ao longo do tempo"
como a única forma de as próximas gerações da família terem uma empresa viável e gerida com responsabilidade nas áreas do meio ambiente, social e económica”. “Com base na nossa filosofia como empresa, era lógico expandirmos para uma certificação de sustentabilidade holística”, acrescentou António Soares Franco. Já Keith Ulrich, fundador e presidente do conselho da associação FAIR’N GREEN, fez questão de dar “as boas-vindas ao primeiro membro português”. “Somos uma rede crescente de produtores de vinho inovadores e dinâmicos que não quer somente esperar pelas decisões políticas para dar os próximos passos, mas que quer ajudar a transformar a viticultura, para que esta se torne
mais sustentável a partir de dentro”, sublinhou Keith Ulrich. Em seguida, reforçou: “A beleza de trabalhar com todos os tipos de empresas em várias regiões e países é que podemos realmente criar novos conhecimentos: as pequenas empresas costumam ser altamente inovadoras, as grandes empresas podem trazer inovações em escala”. “Acreditamos firmemente que a nossa abordagem orientada para consultoria trará os melhores efeitos no longo prazo. Estamos empenhados em contribuir para a mudança no mundo real, não apenas em validar pontos de uma checklist”, revelou o fundador e presidente do conselho da associação FAIR’N GREEN, a concluir.
A vigília inicialmente agendada para hoje pela valorização do Hospital de São Bernardo (HSB) e do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) foi remarcada para a próxima terça-feira, dia 18, devido às “medidas restritivas adoptadas neste período por causa da pandemia de covid-19”. Em comunicado, a Câmara Municipal sadina explica que a “decisão foi tomada pelos responsáveis do Fórum Intermunicipal da Saúde, que reúne os municípios de Setúbal, Sesimbra e Palmela e representantes das comissões de utentes do hospital e representantes sindicais”. O protesto, a acontecer à porta do estabelecimento hospitalar pelas 18 horas, tem como principais objectivos “a exigência da reclassificação do Hospital de São Bernardo, bem como do reforço da contratação de médicos de família, enfermeiros e outros profissionais para os cuidados de saúde primários”. Através da vigília, planeada na primeira reunião do Fórum Intermunicipal da Saúde, realizada no passado dia 16 de Dezembro, a população e os profissionais de saúde pretendem fazer pressão para que o Governo avance com as medidas necessárias, que englobam a defesa
do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Desde há muitos anos, de acordo com a mesma nota, “as unidades que integram o Centro Hospitalar de Setúbal, designadamente o HSB, o Hospital Ortopédico Sant’Iago do Outão e o serviço ambulatório de psiquiatria, têm vindo a perder capacidade assistencial, o que coloca em sério risco o direito à saúde e a saúde da população da sua área de referência, onde, além de outros, se integram os concelhos de Setúbal, Sesimbra e Palmela”. Para o Fórum Intermunicipal da Saúde, é também “o momento de o CHS ser reclassificado para o grupo D dos hospitais, ou seja, deixar de ser financiado como um simples hospital distrital e passar a ser uma unidade multidisciplinar". É defendido que “a reclassificação é fundamental e urgente para travar a fuga de médicos e outros profissionais para o sector privado e para o estrangeiro, por falta de meios, condições de trabalho e valorização profissional e remuneratória”. No primeiro encontro, além dos autarcas dos três concelhos na área de resposta do CHS, esteve igualmente presente o director clínico Nuno Fachada, que em Outubro passado “apresentou a demissão do cargo – decisão retirada em Novembro – e contou com a solidariedade da generalidade dos profissionais e responsáveis dos diversos serviços”. Participaram igualmente na sessão “representantes do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses e do Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica e das Ligas de Amigos do HSB e do Outão. PUBLICIDADE
6 O SETUBALENSE 11 de Janeiro de 2022
Palmela
OBRAS NA RIBEIRA DA SALGUEIRINHA
Estrada Nacional 252 vai continuar cortada por mais dois meses DR
Aprovação da Infraestruturas de Portugal já chegou e a intervenção foi retomada. Autarquia lembra complexidade dos trabalhos Mário Rui Sobral Já foram retomados os trabalhos de construção do atravessamento da Ribeira da Salgueirinha (AT2) sob a Estrada Nacional 252, que devem ficar concluídos dentro de dois meses, anunciou a Câmara Municipal de Palmela. Está assim previsto para Março o fim do constrangimento do trânsito automóvel entre Pinhal Novo e Setúbal, que tem sido feito nos últimos tempos com recurso a um desvio alternativo.
Obra tem obrigado ao desvio de trânsito entre a vila e Setúbal
A intervenção tinha estado “suspensa para definição e aprovação de materiais, por parte da Infraestruturas de Portugal (IP)”, esclarece o município, ao mesmo tempo que avança com uma estimativa para a conclusão desta empreitada. “Por determina-
ção da IP e considerando, também, as boas regras de construção, nomeadamente, o tempo de cura do betão para obtenção de resistência total (28 dias), o conjunto dos trabalhos naquele local deverá prolongar-se por mais 60 dias.”
“Concluída a passagem hidráulica, vão ser agora preenchidas as zonas laterais a essa estrutura (quatro metros para cada lado) e feitas as duas lajes de transição. Em seguida, será feita a repavimentação daquele troço da estrada”, explica a autarquia sobre a intervenção, que classifica de “muito complexa”. “Pela sua dimensão, técnicas construtivas e porque depende de outras entidades para desvio de infra-estruturas enterradas (electricidade, gás, esgotos e comunicações), de postes de média tensão e licenciamento da obra”, justifica. Para já, a requalificação da Ribeirinha da Salgueirinha “está a decorrer noutras frentes de trabalho, encontrando-se executada em mais de 80%”, salienta ainda o município. A empreitada abrange cerca de cinco quilómetros e contempla 12 atravessamentos hidráulicos, com diversos métodos construtivos.
DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Município acerta transferência superior a 1,2 M€ para as juntas de freguesia Mais de 1,2 milhões de euros é o valor global do envelope financeiro que a Câmara Municipal de Palmela decidiu transferir para as juntas de freguesia do concelho, no âmbito da delegação de competências. Os contratos interadministrativos com as quatro juntas – Palmela, Pinhal Novo, Quinta do Anjo e União das Freguesias de Poceirão e Marateca – foram assinados ontem. De acordo com o município, a actualização traduziu “um aumento de 19,13%, num total de 493 mil euros, a que se somam 718 mil euros correspondentes à prorrogação dos acordos de execução celebrados no mandato anterior”. O que, em termos globais, representa “o valor mais alto de sempre” transferido pela Câmara Municipal para as juntas de freguesia. A autarquia presidida por Álvaro Balseiro Amaro sublinha ainda que “a par da negociação, em curso, com vista
DR
à transferência, no segundo semestre deste ano, de novas competências municipais para os órgãos das freguesias, foi consensualizada a necessidade de celebrar novos contratos interadministrativos sobre as competências já descentralizadas e em vigor, para revisão das áreas de intervenção e actualização das verbas a transferir”. Em comunicado, o município avança que os autarcas reconheceram a
importância da forma de trabalho adoptada que permite às freguesias mais meios para execução de tarefas. Álvaro Amaro vincou mesmo “o pioneirismo e a importância” do modelo seguido, “com mais de duas décadas de experiência, que tem sido objecto de estudo, a nível nacional, e alvo de permanente discussão e afinação”, no sentido de robustecer as juntas de freguesia.
Jorge Mares, presidente da Junta de Palmela, enalteceu também a utilidade do modelo e, segundo a mesma nota do município, reconheceu ainda que “a Câmara tem sido um parceiro extraordinário no processo de delegação de responsabilidades”. Visão idêntica mostrou Carlos Jorge de Almeida, que preside à Junta de Pinhal Novo, ao considerar a prática do município como “um bom exemplo”. E António Mestre, presidente da Junta de Quinta do Anjo, anuiu que o trabalho de parceria entre município e juntas “é o caminho certo”. Já Cecília Sousa, presidente da União das Freguesias de Poceirão e Marateca, reforçou “a importância do olhar global do município sobre as freguesias, sem distinções”, e apresentou um número. Segundo a autarca, 80% do orçamento da União das Freguesias de Poceirão e Marateca advém da Câmara Municipal.
BREVES VINHOS
Washington Post elege Venâncio da Costa Lima “Pioneiro” é o nome do vinho tinto produzido pela Venâncio da Costa Lima, adega de Quinta do Anjo, que foi destacado no jornal norte-americano Washington Post como “um dos 12 melhores de 2021” com base na relação qualidade-preço. A escolha foi publicada na edição do passado dia 23, na lista das melhores descobertas assinada pelo colunista e especialista em vinhos, Dave McIntyre, entre um total de 255 nectares provados.
ATLETISMO
Regional de corta mato em estreia O Campeonato Regional de Corta Mato Longo vai disputar-se pela primeira vez no concelho de Palmela. A competição realiza-se no próximo domingo, a partir das 9 horas, no circuito de Lagoa da Palha, Pinhal Novo. A organização está a cargo da Associação de Atletismo de Setúbal, do Palmelense FC e da Associação Académica Pinhalnovense.
ANIVERSÁRIO
Associação Juvenil COI apaga 32 velas A Associação Juvenil COI celebra, no próximo sábado, o 32.° aniversário com a apresentação do espectáculo de música e poesia “AJCOI Cenas”. A iniciativa vai ter lugar, a partir das 21h30, no Auditório Municipal de Pinhal Novo. O espectáculo tem entradas gratuitas mas sujeitas à lotação da sala.
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Atletas da Palmela Desporto conquistam 'mínimos' e recorde em natação adaptada
Os quatro atletas da Palmela Desporto que participaram no “III Open de Natação Adaptada”, no último domingo, em Coimbra, alcançaram 11 tempos mínimos para os campeonatos nacionais e um recorde. João Cruz, na categoria S12, venceu nos 100 metros bruços e
alcançou o recorde nacional, e foi ainda 1.° nos 200 metros estilos e nos 50 metros livres. Pedro Manito (S17) foi 2.º nos 100, nos 200 e nos 400 metros livres; Duarte Gaspar (S8), no estilo livre, foi 3.º nos 100m, 2.º nos 400m e o 4.º nos 50m; e Samuel Martins (S10) foi 2.º nos 100 e nos 50m livres.
DR
BREVES AUTARQUIA APELA AO VOTO
Festival Internacional de Gigantes nomeado para prémio ibérico O Festival Internacional de Gigantes (FIG) está nomeado para os “Iberian Festival Awards/Talkfest” (IFA), na categoria “Best Non – Musical Festival”. O anúncio foi feito pela Câmara Municipal de Palmela, responsável pela organização do FIG em conjunto com “Bardoada – O Grupo do Sarrafo, ATA – Acção Teatral Artimanha, Associação Juvenil COI e PIA – Projectos
PALMELA
EAD e NOWO juntam-se para melhorar atendimento ao cliente da operadora Projecto para a gestão integrada dos serviços de backoffice tem a duração de dois anos Luís Bandadas A EAD – Empresa de Arquivo de Documentação, sediada em Pamela, especialista em soluções de gestão documental em Portugal, firmou um acordo com a NOWO para a gestão dos serviços de backoffice da operadora de telecomunicações durante os próximos dois anos, como parte da estratégia para melhorar os seus serviços de atendimento. O novo centro de operações está sediado em Palmela, nas instalações da NOWO, contando com uma equipa especializada de 37 pessoas que estão inteiramente focadas na componente administrativa de gestão do cliente, suporte na activação de serviços e suporte no serviço de atendimento ao cliente. “Estamos muito entusiasmados com o reforço da longa parceria que temos com a NOWO, agora na vertente de prestação de serviços de
backoffice. A NOWO é um parceiro essencial para o desenvolvimento do Grupo EAD, numa relação que promove uma melhoria contínua dos nossos serviços, nomeadamente nos processos de backoffice, assente em tecnologia de ponta e nos melhores recursos humanos”, sublinha Paulo Veiga, CEO e fundador do Grupo EAD. “Demos um passo importante na estrutura organizacional e operacional da NOWO. A realização desta parceria com a EAD representa uma nova etapa que tem como objectivo garantir a melhor experiência aos nossos clientes assim através de uma maior eficiência e qualidade em processos essenciais”, refere Jorge Fernandez, director de operações da NOWO.
Experiência acumulada
O Grupo EAD, actualmente com 29 anos de existência, posiciona-se no mercado da gestão documental, respondendo, em primeiro lugar, a necessidades no tratamento da documentação em suporte papel com soluções tradicionais de gestão de arquivo, como a custódia, destruição segura, organização e avaliação documental; em segundo lugar, oferecendo soluções digitais a necessidades que as organizações podem eviden-
ciar, em termos de agilidade, rapidez, mobilidade, compliance, optimização de custos e competitividade. A transformação digital veio abrir um leque de oportunidades ao mundo digital e global, que o Grupo EAD tem sabido aproveitar, posicionando-se como um dos principais players a oferecer soluções BPO, principalmente na optimização dos processos documentais associados aos processos de negócios das empresas. Pertencem ao Grupo EAD a EAD – Empresa de Arquivo de Documentação, a tecnológica Fin-Prisma, a EAD Digital Romania e, mais recentemente, a Papiro. O Grupo EAD abrange todo o território nacional, incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira, tendo sido a primeira empresa de gestão de arquivo a iniciar actividade nos Açores, há 12 anos. Em 2019, abriu a sua primeira filial fora de Portugal, a EAD Digital Romania, na cidade de Bucareste, Roménia, para prestar serviços de Business Process Outsourcing (BPO) na optimização de processos documentais das organizações locais, com soluções para diversas áreas das empresas, como despesas de pessoal, accounts payable, mailroom digital e armazenamento cloud.
de Intervenção Artística”. A autarquia apela à votação da população no FIG, através do site https://www.talkfest.eu/ifa, de forma a que o festival possa ser um dos distinguidos pelo IFA. O município candidatou o FIG “à 6.ª edição dos IFA, cuja gala acontecerá a 26 de Março [próximo], em Lisboa, em formato presencial, com entrega de prémios, live acts, open bar e after party”.
NO CASTELO DE PALMELA
Esgrima histórica foi reagendada para o próximo domingo O Castelo de Palmela vai servir de palco, no próximo dia 16 (domingo), a partir das 10 horas, a uma demonstração de esgrima histórica. A iniciativa, que estava prevista realizar-se no domingo passado, foi reagendada. A autarquia adianta que para 13 de
Fevereiro, à mesma hora, está já marcada nova demonstração. “As sessões têm a duração de duas horas e são de participação gratuita”, lembra o município. Estas acções são “promovidas pela Esgrima Sadina (Secção de Esgrima do CF Sadinos)”, com o apoio da Câmara Municipal. DR
EM RESIDÊNCIA ARTÍSTICA
O Bando prepara produção de Dante no Cine-Teatro S. João O Teatro O Bando está, desde ontem e até ao próximo dia 28, em residência artística no Cine-Teatro S. João, em Palmela. Objectivo: preparar a produção “Paraíso – Divina Comédia”, de Dante Alighieri, que será estreada em Fevereiro e apresentada em Palmela em Março. No próximo dia 21, pelas 18 horas, a companhia de teatro e a Câmara Municipal promovem
uma “Conversa sobre Dante”, na Biblioteca Municipal de Palmela, que contará com as participações de João Brites (encenador) e Susana Mateus (historiadora). Para dia 23, pelas 15 horas, terá lugar um ensaio aberto da peça no Cine-Teatro S. João. Os interessados devem efectuar reservas através do 212336630 ou de cultrura@cmpalmela.pt.
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Seixal
FUTURO
Alunos da João de Barros vão estar via rádio com Estação Espacial
Concerto de Ano Novo reagendado para domingo
DR
Tudo está preparado para Fevereiro, mas o dia certo ainda não se sabe. Um projecto para cativar alunos para novas ciências e tecnologias, para lá da Terra Humberto Lameiras Em Fevereiro, alunos do 12.º ano do Agrupamento de Escolas João de Barros, em Corroios, vão estar em contacto com a Estação Espacial Internacional (ISS). Será uma ‘viagem’ via rádio que conta com o apoio dos rádio amadores Luís Califórnia e José Carlos Nora da ARISS, e que irá permitir a cerca de 32 a 36 alunos, autorizados pelos encarregados de educação, participarem numa experiência fora das fronteiras do Planeta. O projecto, que obrigou a candidatura, tem por objectivo a “divulgação da ciência e tecnologia, e cativar jovens” para estas áreas, explica a professora de Matemática Otília Figueiredo, uma das impulsionadoras desta iniciativa. “Nós já não estamos só na Terra, estamos já fora do nosso Planeta, o desenvolvimento espacial nos próximos 20 anos vai ser equivalente ao desenvolvimento informático nos últimos 50 anos”, prevê. Na preparação deste contacto via rádio, a equipa do projecto lançou um concurso às escolas do Agrupamento João de Barros, desde as turmas do 7.º ano até às quatro turmas do 12.º ano de Ciências e Tecnologia, para formularem perguntas a colocar a um astronauta na ISS. O que se pretende é conseguir um conjunto de 20 perguntas, duas por cada turma - as melhores serão premiadas -, que têm de ser previamente aprovadas pelo ‘programa espacial’. Adianta Otília Figueiredo, que já recepcionou algumas das questões, que estas, além de cariz científico,
CULTURA
A Estação Espacial Internacional encontra-se em órbita, a mais de 400 quilómetros de altitude, desde o ano 2000
apontam sobre como funciona o fuso horário numa Estação Espacial, como é a rotina dentro da ‘nave’, como é o tempo de lazer da tripulação, se há prática desportiva, qual a alimentação, o trabalho científico e como é a manutenção da Estação. Ou seja, o desafio é: “Que pergunta farias a um astronauta”. O certo é que o tempo para colocar as questões vai ser escasso, entre 11 e 15 minutos, aproveitando o tempo em que a ISS está mais perto da ‘órbita de Corroios’. “Depende da velocidade de resposta do astronauta e se as condições de transmissão não tiverem nenhum impedimento na Estação”, comenta a professora. Mesmo com tempo curto, não pa-
rece faltar participação no projecto. Além dos alunos mais directamente envolvidos, os de cursos profissionais têm a missão de levar e recolher as perguntas pelas turmas. A juntar-se à professora de Matemática, está o professor de Biologia e Zoologia David Foguete, a professora de Português Graça Salgueiro e a de Inglês Bibiana Sousa que tem a seu cargo a tradução correcta e precisa das questões a colocar a quem está na Estação Espacial. Por sua vez, o professor Manuel Jorge, da direcção da João de Barros, tem à sua responsabilidade a mobilização dos recursos necessários para que nada falhe neste contacto. A Estação Espacial Internacional
encontra-se em órbita, a mais de 400 quilómetros de altitude, desde o ano 2000. A uma velocidade superior a 27 000 quilómetros/hora, circunda a Terra em apenas 92 minutos, fazendo-o 15,7 vezes por dia. Perde, diariamente, 100 metros de altitude, pelo que, periodicamente, é recolocada numa órbita com maior altitude. A estação alberga, permanentemente, entre 3 e 6 astronautas, de nacionalidades diversas e pertencentes às agências espaciais americana, russa, chinesa e europeia. A estação é utilizada, continuamente, para realização de experiências científicas, cuja realização na superfície terrestre seria difícil de ocorrer, mas também já foi utilizada para fins turísticos.
Antártida Uma hora com a Neumayer III A 26 de Maio do ano passado, alunos do Agrupamento de Escolas João de Barros, desta vez do 11.º ano de Ciências e Tecnologias, tiveram uma experiência ‘extraterrestre’ quando contactaram, via rádio amador, com a Estação Científica alemã na Antártida, a Neumayer III. Também desta vez o contacto
só foi possível graças à parceria com a Associação Nacional de Radioamadores, (REP- Rede de Emissores Portugueses), que forneceu todo o equipamento de rádio necessário para esta experiência única e concretizar a ligação. “Correu lindamente. Tivemos uma hora a fazer perguntas com
vários cientistas”, conta Otília Figueiredo, que comenta ainda: “A Antártica é outro planeta, tem de gerir muitos recursos, como o de só receber alimentação de seis em seis meses e terem muitas preocupações”. Uma delas, conta, “são os incêndios, se acontecer, podem não conseguir ser salvos”.
O Concerto de Ano Novo no Seixal foi adiado para domingo, 16 de Janeiro, às 17h00. Inicialmente agendado para dia 9, teve de ser reprogramado por “motivos de saúde de alguns elementos da Orquestra Metropolitana de Lisboa”, explica a autarquia em nota de Imprensa. O concerto vai manter-se no Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal, com o espectáculo a ter direcção musical do maestro Pedro Neves, e a contar com a participação especial do solista Nuno Silva, natural do concelho seixalense. O Concerto de Ano Novo da Orquestra Metropolitana de Lisboa “é já tradição, tal como em tantos outros lugares do mundo que não dispensam as valsas e polcas de Johann Strauss II para assinalar o momento”, comenta a autarquia, que dá a saber que as reservas já efectuadas para a data anterior se mantêm para a nova data. O principal intérprete será o maestro Pedro Neves, actual director artístico e maestro titular da Orquestra Metropolitana de Lisboa e maestro titular da Orquestra Clássica de Espinho. O solista Nuno Silva iniciou os estudos musicais na Sociedade Filarmónica União Arrentelense, concelho do Seixal, tendo integrado esta banda filarmónica durante vários anos. É solista principal da Orquestra Metropolitana de Lisboa e professor na Academia Nacional Superior de Orquestra. É ainda membro fundador do Quarteto de Clarinetes de Lisboa, que celebrou 30 anos de actividade em 2018, sendo o quarteto mais antigo do mundo. Em 2003, a Câmara Municipal do Seixal atribuiu-lhe a Medalha de Mérito Cultural.
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Jardins Simulados de Umbelina Ribeiro em exposição no Fórum Cultural
A Galeria de Exposições Augusto Cabrita, no Fórum Cultural do Seixal, tem patente até 15 de Janeiro a exposição de pintura Jardins Simulados, de Umbelina Ribeiro. A mostra é um conjunto de pinturas recentes,
acrílico sobre tela, em que as cambiantes de cor, luz e o traço sereno, consistente e seguro, remete para um imaginário fantástico. “Umbelina Ribeiro é mais do que a pintora”, refere a Câmara do Seixal: “É a cidadã empenhada.
A mulher das causas das coisas, atenta solidária, sensível”, que “transporta em si a suave força dinamizadora, mobilizadora e activa, capaz de unir e ultrapassar obstáculos em que todos os desafios são para ser vencidos”.
MANUEL LIMA, UM COLECTOR DE SABERES
‘Guardador’ de fósseis e minerais sonha com espaço para exposição museológica O SETUBALENSE
Possui um rico e vasto espólio de fósseis, pedras e minerais. Gostaria de contar com a autarquia para criar um espaço museológico José Augusto Professor na Universidade Sénior do Seixal, Manuel Lima, 67 anos, afirma ter “forte ligação ao património natural”, e partilha os seus saberes sobre Biologia e Geologia com os seus alunos e companheiros de profissão. Duas áreas científicas para as quais transitou depois de ter cursado até ao quarto ano de engenharia. Espera que a Câmara do Seixal o ajude num espaço para mostrar o espólio sobre a história que guarda. Natural da Costa de Caparica, Almada, e neto de pescadores da Arte Xávega - processo tradicional de pesca local -, conta que assistiu a essas lides de mar desde pequeno. “Ajudei avós e tios, conheci os peixes capturados na Arte Xávega. Eu próprio vendi peixe nas quintas da Trafaria”. E também por aqui começou o seu interesse pelo património natural, a par da sua ligação à terra. “O meu pai, que era pedreiro, fazia também trabalhos de jardinagem. O meu primeiro berço foi um carrinho de mão, que ele forrava de cartão para eu nele dormir. Mesmo naquela idade, experimentei o cheiro da natureza, vi as cores, aprendi muito sobre as plantas. Tínhamos uma horta e criação. Cedo comecei a apanhar as ervas que os coelhos pudessem comer. Aprendi muita coisa nessa altura”, salienta Manuel Lima. Lembra que anos depois a família mudou-se para a Trafaria e acrescenta: “Ao auxiliar o meu pai nos trabalhos da horta tomava contacto directo com a natureza. Apanhava rãs, conhecia o sardão, as salamandras, toda essa bicharada pequena, as aves, e sabia distingui-las todas”.
Manuel Lima conta que os fósseis e minerais começaram por ser os seus brinquedos, mais tarde interessou-se por os estudar e construiu uma colecção de base histórica
Mais tarde, a residir na Charneca de Caparica, junto à Arriba Fóssil da Paisagem Protegida da Costa de Caparica, os seus brinquedos preferidos era “os fósseis. Aqueles caracóis, turritelas, bivalves ou conchas fossilizadas despertavam-me o interesse”, recorda. Esse contacto com o mar e a terra, associado aos conhecimentos científicos, de alguma forma também o impulsionou a escrever duas dezenas de livros, títulos como “A Escola e a Árvore” (1988), “Aves Aquáticas e Ribeirinhas do Concelho do Seixal” (1996), “Amora, Memórias e Vivências D’ Outrora” (2006) ou “Segredos da Natureza” e “A Dois Passos de Lisboa” (2012). E o último, lançado a 14 de Novembro de 2021, no Ginásio Clube de Corroios: "Antigas Profissões e Ofícios Almada/Seixal". “A certa altura, comecei a reviver os ‘bichinhos’. Já tinha fósseis e rochas,
que recolhia, como ainda hoje o faço”, explica Manuel Lima. Por conseguinte, a decisão natural foi virar a agulha da engenharia para a Geologia. “Na Universidade, em Geologia, ainda como aluno, pedi para dar uma aula sobre os fósseis da região. Os professores e alunos achavam que eu tinha jeito para comunicar”, diz. Com o bacharelato, grau académico hoje inexistente, em Geologia, frequentou dois anos o Instituto Jean Piaget para se licenciar em Educação. E, assim, chegou a professor, profissão que exerceu em escolas do concelho seixalense. A residir no Seixal e possuidor de um espólio de fósseis, pedras – entre elas pedras parideira de Arouca - e minerais vasto e diversificado, o seu objectivo é conseguir um espaço para expor aquela riqueza pedagógica com milhares ou milhões de anos. “Há muito que penso
dar-lhes um destino, colocá-las num sítio onde possam ser vistas, ou seja, arranjar-lhes um espaço museológico para exposição”. A sua perspectiva é contar com o apoio da Câmara Municipal Seixal para, numa conjugação de esforços, conseguir um espaço para expor esse espólio. “Estou à espera de uma reunião com o vereador da Cultura para encontrarmos uma solução. A verdade é que, em tempos, já houve contactos nesse sentido, mas têm que ser reavivados”, afirma. “Tenho material para montar uma exposição espectacular! Com fotografias e esquemas para explicar cada um dos fósseis e assim passar a mensagem. Acredito sinceramente que ainda este ano reunirei como senhor presidente da Câmara Municipal, Joaquim Santos, e com o vereador da Cultura. Gostava que esse espaço fosse no Seixal”, terra
onde passou a maior parte da sua vida. “Não estou só disposto a doar todo o material à autarquia, estou também disposto a trabalhar com ela. Eu é que sei o que ali está”, comenta Manuel Lima. Quanto a projectos, sempre os livros. “Há um que está em falta, um que retrate em pormenor a vegetação do Sapal do Seixal, de características únicas. Sabemos do Sapal de Corroios, mas há outros no concelho. Estamos sempre a falar dos sapais, mas não nos lembramos que a vegetação do salgado é cada vez mais importante para o ecossistema”. E adianta: “A obra representaria muito interesse também para a própria autarquia”, a isto revela ter “mais ideias, algumas bem trabalhosas”, mas também diz que só avança se tiver apoios, uma delas é a “monografia sobre Seixal, Arrentela e Paio Pires. Depois das de Corroios e Amora. É o curso natural das minhas publicações”, sublinha.
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Seixal EDUCAÇÃO
URBANISMO
Simarsul investe meio milhão de euros na requalificação da Vala Real de Corroios DR
Intervenção vai corrigir problemas de escoamento para evitar as inundações pluviais na zona central da freguesia Humberto Lameiras A Simarsul, empresa multimunicipal responsável pelo saneamento em alta, tem neste momento a decorrer a empreitada que visa a remodelação e reabilitação do Emissário de Corroios. Um investimento na ordem do meio milhão de euros. A intervenção, na designada Vala Real, vai “corrigir troços, contra inclinações, reduções de diâmetro e condições de escoamento, acessos ao interior da tubagem e descargas de emergência e anti-retorno, o que irá permitir um melhor escoamento da rede”, refere a autarquia, ou seja, irá contribuir para que sejam evitadas as recorrentes inundações pluviais nesta zona central da localidade. Segundo Joaquim Santos, presidente da Câmara Municipal do Seixal, esta é uma obra “muito importante que vai trazer todo o saneamento da zona de Corroios para a ETAR [Estação de Tratamento de Água Residuais] da Quinta da Bomba”, na mesma freguesia. A intervenção da empresa de Sistema Integrado Multimunicipal de Águas Residuais da Península de Se-
A obra, que deverá estar terminada em Agosto deste ano, estende-se por cerca de quilómetro e meio
túbal, tem como prazo de conclusão Agosto deste ano, vai estender-se por cerca de quilómetro e meio, e integra-se no Subsistema de Saneamento da Quinta da Bomba, infra-estrutura que serve uma população estimada de 199 416 habitantes. “Vai possibilitar que as condições deficientes de saneamento que
hoje existem [na localidade] sejam melhoradas”, comenta Joaquim Santos. Em termos de custos está programado um investimento de “meio milhão de euros”, contabiliza o autarca. “A Câmara do Seixal entrega todos os anos seis milhões de euros à Simarsul para tratamento dos
efluentes”, acrescenta. A autarquia indica que tem vindo a acompanhar esta empreitada que, quando concluída, vem “possibilitar a melhoria da qualidade do serviço de tratamento de águas residuais, contribuindo assim para a defesa da saúde pública e para a preservação do meio ambiente no concelho”.
ECONOMIA
Candidaturas para instalação de empresas no Miratejo Com o objectivo de fomentar o desenvolvimento de novas empresas e a criação de emprego, “fundamentais para a dinamização do concelho”, a autarquia tem vindo a “adquirir diversos espaços, visando proporcionar condições favoráveis a pessoas singulares e colectivas para o desenvolvimento sustentado de novos projectos empresariais”. É neste sentido que estão abertas as candidaturas para ocupação e uti-
DR
lização de espaços no Centro Inova Miratejo (CIM), freguesia de Corroios. Com um “importante ambiente de partilha, o CIM proporcionará aos seus utilizadores consultoria de gestão, contabilística, financeira e jurídica”, explica a autarquia. Para informações sobre o processo de candidatura e às condições de acesso e funcionamento do CIM, é de consultar através do link https://bit. ly/3q0Cvdy
Município atribui 3 mil euros em bolsas de estudos a 35 alunos Neste ano lectivo, 2021-2022, a Câmara Municipal do Seixal decidiu atribuir bolsas de estudo a 35 alunos do ensino secundário e ensino superior, residentes no concelho. Segundo a autarquia, já são conhecidos os 20 alunos do ensino secundário que vão receber uma bolsa de estudo no valor de 750 euros, assim como os 10 estudantes que estão a frequentar licenciatura e mestrado integrado e/ou mestrado que vão receber uma bolsa no valor de 1 250 euros. Do mesmo modo já foram seleccionados os cinco alunos que frequentam os cursos técnicos superiores profissionais que receberão uma bolsa de estudo no montante de mil euros. “Ao atribuir bolsas de estudo, o município do Seixal está a apoiar estudantes detentores de um percurso escolar de inegável mérito e residentes no concelho para que possam prosseguir os seus estudos, contornando as dificuldades económicas demonstradas pelo seu agregado familiar, e visando contribuir para a redução das desigualdades sociais”, indica a autarquia. As candidaturas às bolsas de estudo para o ano 2021-2022 decorreram até dia 12 de Novembro de 2021. A atribuição de bolsas de estudo “tem como objectivo contribuir para o aumento da qualificação de recursos humanos no concelho, promovendo o desenvolvimento social, económico e cultural”, explica a mesma informação da autarquia. DR
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Você sabia?
Você sabia?
... que a Funerária Armindo está disponível todos os dias do ano, a quaquer hora, para o apoiar em caso de emergência funerária?
... que um funeral de
cremação, considerando todos os custos envolvidos, é tipicamente mais barato que o funeral para sepultura?
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PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO MISSA 7º DIA
N.A.29-10-1980 F.A.21-12-2021
ANA MARIA MONTEIRO SIMÕES PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO
Esposo, Filhos, Pais, Irmãos, Cunhados e restante família comunicam dolorosamente o falecimento da sua ente querida, e desde já agradecem a todos os que se manifestarem ou que dignaram a acompanhar as cerimonias fúnebres.
Seu afilhado, primos, amigos, colegas e restante família, cumprem o doloroso dever de participar o falecimento da sua ente querida, cujo funeral se realizou no dia 08/01/2022, para o cemitério de Nª Srª da Piedade. Agradecendo a todos os que se dignaram e participaram em tão piedoso ato, bem como a todos os que de qualquer forma manifestaram o seu pesar. Mais, informam que será celebrada missa de 7º dia, na próxima 5ª feira, 13 de janeiro, pelas 18:00 horas na Igreja de Santa Maria (sé).
FP A FUNERÁRIA DA PICHELEIRA, LDA TLM.: 913 906 363 ( SERVIÇO PERMANENTE )
AGÊNCIA FUNERÁRIA COSTA TELEF: 265 523 496
Aviso
Bloco Clínico
Regulamento Municipal de Apoio ao Associativismo ÁLVARO MANUEL BALSEIRO AMARO na qualidade de Presidente da Câmara Municipal de Palmela:
DRA. MARIA FILOMENA LOPES PERDIGÃO DR. ALFREDO PERDIGÃO
Horário 2ª a 6ª-feira: 08.00/12.30 - 14/18.00h Sábado: 09.00/12.00h
Rua Jorge de Sousa, 8 | 2900-428 Setúbal www.precilab.pt | tel. 265 529 400/1 telm.: 910 959 933 | Fax: 265 529 408
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Classificados
LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS
Torna público, para efeitos do estipulado no n.º 1 do artigo 13.º do Regulamento Municipal de Apoio ao Associativismo, aprovado em 03/12/2014 e 26/02/2015, em reuniões de Câmara Municipal e de Assembleia Municipal, respectivamente e em vigor desde 13 de março de 2015, anexo a este Aviso, a abertura do procedimento de candidaturas aos apoios municipais às associações que pretendam desenvolvam atividades de natureza social, cultural, educativa, desportiva e recreativa no município de Palmela, durante o ano de 2022. Os processos de candidatura aos apoios financeiros terminam a 31 de janeiro de 2022 destinando-se a: a) Apoio financeiro à continuidade e/ou incremento das actividades culturais, sociais, desportivas, recreativas ou outras de relevante interesse público municipal; b) Apoio financeiro para a realização de obras de conservação; c) Apoio financeiro para aquisição de equipamentos. As candidaturas devem ser formalizadas em conformidade com o n.º 5 do artigo 13.º e artigos 14.º e 15.º do Regulamento Municipal de Apoio ao Associativismo, disponibilizado no sitio institucional do Município de Palmela, www.cm-palmela.pt. Palmela, 14 de dezembro de 2021. O Presidente da Câmara __________________________________ ÁLVARO MANUEL BALSEIRO AMARO
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Legislativas
É importante que as regiões sejam criadas de baixo para cima e tenham órgãos eleitos pela população. O mapa, vamos discuti-lo Joana Mortágua
JOANA MORTÁGUA CABEÇA-DE-LISTA DO BE
“A regionalização tem que ser discutida na Península de Setúbal” Bloco de Esquerda não tem “visão fechada” sobre o mapa das regiões. Pede um debate com a mesma intensidade que foi discutida a NUTS Francisco Alves Rito (Texto) David Marcos (Fotografia) Licenciada em Relações Internacionais, deputada desde 2015 e vereadora reeleita em Almada, Joana Mortágua volta a ser a número um da lista do BE pelo distrito. É pela terceira vez cabeça-de-lista pelo BE, aliás não é caso único, pelo PS, Ana Catarina Mendes também. É bom não haver renovação dos cabeças-de-lista? É a terceira vez num período mais curto de tempo do que seria normal. Eu fui cabeça-de-lista, pela primeira vez em Setúbal, em 2015. Acho que é um sinal de confiança dos militantes do partido no distrito de Setúbal, que eu agradeço, e é esse sinal de confiança que deve vingar enquanto percepção sobre a nossa candidatura. O facto de se manter a cabeça-de-lista, não quer dizer que não exista alguma renovação, que existe. Temos em segundo lugar a Diana Santos, que é uma independente, uma das maiores representantes do movimento pelos direitos das pessoas com deficiência em Portugal, que já foi, também, deputada durante um curto período de tempo, no final da legislatura, mas não estava em segundo lugar. Em terceiro lugar, o Daniel Bernardino, um dos nossos representantes da área laboral, é um activista laboral
que representa as comissões de trabalhadores do Parque da Autoeuropa… Sobre o trabalho dos deputados do BE nesta última legislatura, que balanço faz? Um balanço muito positivo, sobretudo em algumas lutas que foram tão importantes no último mandato. Destaco duas em que os deputados do BE estiveram na dianteira. Uma, a discussão sobre o Aeroporto do Montijo, uma discussão que o Governo queria que passasse entre os pingos da chuva, que ninguém levantasse dúvidas sobre o tipo de ataque ao ambiente que
Investimento em inovação e qualificação da mão-de-obra é bem feito e deve ter incentivos públicos
seria feito com aquele projecto, que ninguém levantasse dúvidas sobre a ausência de uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE). Contestámos desde o primeiro minuto, denunciámos essa decisão como mais favorável aos interesses da Vinci do que aos interesses estratégicos do país e da região. Levantámos, também, a questão do poder de veto das autarquias e julgo que, se neste momento existe uma AAE, uma pausa que nos permite discutir seriamente a localização do novo aeroporto, é também graças a este papel do BE. Um segundo momento foi a discussão da nomenclatura estatística (NUTS) da Península de Setúbal, e a possibilidade da península se candidatar a fundos europeus sem estar agregada a uma região rica como a da capital, podendo destacar-se, não só estatisticamente, para fins de reunião de dados que são importantes, mas também da capacidade de candidaturas a fundos europeus. Como vê as declarações de António Costa, de que vai apresentar a Bruxelas a proposta de criação de uma NUTS II para a península? E qual acha que deve ser o mapa, a organização administrativa, para a Península de Setúbal no futuro? Defendemos que a Península de Setúbal seja classificada como NUTS II e III, tanto para fins estatísticos,
como, depois, para a possibilidade de candidaturas a fundos europeus de forma independente. Isto pode ser feito num quadro de uma revisão de todo o mapa da Área Metropolitana, ou uma revisão pontual da Península de Setúbal. Há uma coisa que temos clara, ao contrário de algumas dúvidas que foram colocadas - às vezes em tom de ameaça, relativamente à possibilidade da Península de Setúbal continuar a pertencer à AML -, para organização administrativa interna, continuamos a achar que a alteração estatística para fins europeus não significa mexer na AML naquilo que já existe. A interligação entre os vários municípios tem sido positiva em muitas matérias, independente de outras considerações que possamos ter sobre a capacidade electiva directa destes órgãos
intermédios, etc. Relativamente à postura do Governo, tem faltado uma coerência que nos permita confiar nas palavras de António Costa, porque ao longo dos anos, vários membros do governo e do PS foram dizendo coisas muito distintas. Primeiro que não era possível ou que não era desejável, ouvimos várias versões. A última versão é António Costa que, a dois meses de eleições, vem prometer que em Fevereiro haverá uma alteração. Não se entende porque é que não a fez já. O Parlamento já discutiu esta matéria, já recomendou ao governo a alteração estatística, mas já foi há muitos meses, não foi agora, e parece-nos que, mais uma vez, para efeitos de promessa eleitoral aparece como inevitável uma decisão que na verdade podia ter sido tomada há muito tempo. Não é a única, há
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Veja a entrevista completa em vídeo no site e nas redes sociais d'O Setubalense
muitas deste tipo. Na regionalização, a Península de Setúbal deve ficar na actual AML? Essa discussão tem de ser feita, se calhar, com a mesma intensidade com que foi feita a mesma discussão da Península de Setúbal enquanto NUT. Foi uma discussão que envolveu o sector empresarial, as autarquias, as universidades, muitas entidades vivas da região e que foi uma discussão muito importante. Nós não temos, eu pelo menos não tenho, uma visão fechada sobre o mapa. Há uma coisa que é certa, a independência e identidade da Península de Setúbal existe e nós temos aqui duas realidades do ponto de vista administrativo. O distrito de Setúbal, que é muito diverso e que tem realidades socioeconómicas, culturais, geográficas, completamente diferentes, e, a
Península de Setúbal, que pertence à AML onde também existe, seja reconhecida ou não, esta interligação entre os municípios. É importante que a futura reorganização administrativa, a regionalização, vá de baixo para cima, que seja democrática, que e preveja órgãos electivos, eleições directas por parte da população. O mapa, vamos discuti-lo. O BE já teve a oportunidade de dizer que não é desejável nem uma maioria absoluta nem um bloco central. Presumo que, para a Joana Mortágua, o ideal seria um governo com maioria relativa dependente do BE. O que ganharia o país com isso? Queremos ter força para promover no país as alterações necessárias. Fazemos um balanço dos últimos anos, do período da austeridade, da recuperação que o país foi capaz de fazer a seguir, com o chamado governo da “geringonça”, dos impactos e das lições que aprendemos com a pandemia. O nosso balanço e as nossas propostas são claras: é preciso um investimento estratégico nos serviços públicos, que hoje sofrem um vazio de profissionais, e isso é visível na escola pública com a falta de professores, e o distrito de Setúbal é muito afectado por isso, sobretudo o sul do distrito, mas também aqui as zonas da AML. O SNS, que está carente de profissionais, e basta para o tempo que as urgências pediátricas do Hospital Garcia de Orta estiveram fechadas, mas não só. Para o Hospital do Litoral Alentejano, para a falta de médicos de família, que afecta os concelhos de Almada, Seixal, Sesimbra, Quinta do Conde; para a falta de centros de saúde. Investimento estratégico nos serviços públicos é uma das lições da pandemia. Mas há outras lições, na transição climática e combate à crise climática. Na protecção das zonas ambientalmente sensíveis, nós temos uma orla costeira que vai de Tróia a Sines, que é das zonas mais importantes não-urbanizadas da Europa e que neste momento está em perigo. Basta olhar para aquilo que aconteceu em Odemira, recentemente. Já para não falar dos problemas que vamos ter com a subida do nível das águas do mar na faixa costeira, sobretudo de Almada. A crise da habitação, é uma realidade que muitos não viram antes da pressão que a pandemia colocou e que, depressa, se tornou evidente.
A ideia de que o país não tem recursos é falsa, muitos são mal gastos O BE fala também em travar a devastação do SNS, melhorar o salário médio e recuperar o nível de rendimento das pensões afectadas pelo factor de sustentabilidade. Isso não é despesa a mais para o que o Estado pode suportar? Não creio. Por exemplo, neste momento estamos a perceber a dimensão do roubo que as transferências para offshores significam para o país. Quando vemos os casos de Ricardo Salgado, de Rendeiro, vários casos que vão aparecendo, vamos percebendo, que, mesmo durante os anos de crise, houve milhões de euros que foram drenados para offshores via Madeira e outros buracos negros que existem de fiscalidade. O país tem a possibilidade de ir buscar esses recursos. Há outros casos concretos. No caso da electricidade, Portugal é um dos países da Europa onde mais se morre de frio, temos dimensões de pobreza energética imensas. Isto significa duas coisas, que as casas não estão preparadas e que a factura de electricidade é demasiado alta. Se olharmos só para as rendas de energia, aquilo que seria possível ir buscar aos impostos não pagos das vendas barragens, às rendas que são pagas de forma completamente abusiva, era certamente dinheiro suficiente para combater a pobreza energética. Uma das marcas da região é a capacidade industrial. O que deveria ser feito com esta vocação? Há várias questões que são importantes. Uma tem a ver com o perfil que queremos para a nossa economia, se um perfil competitivo pelos baixos salários ou uma economia que compete pela inovação, pela qualificação da sua mão-de-obra, pela qualidade do seu trabalho e do produto. Nós optamos
pela segunda. Investimento que seja feito em inovação, em qualificação da mão-de-obra, é bem feito, para alterar o perfil da nossa economia, e deve ter incentivos públicos. A contrapartida para esses incentivos tem de ser a qualidade dos vínculos e a qualidade do trabalho e do emprego, e aí voltamos à questão de aumentar o salário médio. O salário médio não se aumenta por decreto. Houve um esforço, e o BE tem sido muito insistente nisto para aumentar o salário mínimo, esse esforço é importante, mas isso tem de impulsionar o salário médio. Como o salário médio, ao contrário do salário mínimo, não se aumenta por decreto, apesar de nós defendermos que deve haver medidas salariais de referência para evitar a desigualdade salarial, é preciso alterar as leis laborais. Recuperar a contratação colectiva, combater a precariedade, ter noção que um contracto precário é, em média, 300 euros mais baixo, em salário, do que um contracto com vínculo e que o país tem criado, sobretudo, contractos por trabalho precário. Sobre habitação, a Joana Mortágua, enquanto vereadora, esteve envolvida numa polémica com o PS, em Almada, onde a câmara agiu criminalmente contra pessoas que ocuparam fogos municipais. Reconhece que devem haver regras relativamente à ocupação dos imóveis municipais, e que regras defende? Claro que deve haver regras, e naturalmente que as pessoas que ocupam casas não têm direito àquelas casas, como é evidente, mas têm direito a uma casa. Se cumprirem os critérios económicos e sociais, que estão pré-estabelecidos, se cumprirem os critérios que estão regulamentados pelo município e pelo IHRU aquelas pessoas têm direito a uma casa. Viver na rua não está no código penal, não é um castigo para ninguém. As pessoas quando cometem algum ilícito respondem por ele, mas condenar uma família inteira a viver na rua não é castigo que se possa aplicar. No caso de Almada, se fosse presidente de câmara como faria? Só quero explicar uma coisa em relação a Almada. O que nós contestámos foi a decisão da câmara de colocar um processocrime àquelas pessoas, porque um processo administrativo permitiria despejá-las. Nunca esteve em causa
se aquelas pessoas ficariam ou não com aquelas casas. Só estiveram em causa duas coisas: se a câmara tinha legitimidade para colocar aquelas pessoas a dormir na rua concretamente crianças, pessoas acamadas, com velhotes - e nós dissemos que não; e a segunda coisa, é que aquelas pessoas não deveriam ser consideradas criminosas, porque já vêm de um processo de exclusão social, que não deve ser agravado por um processo-crime. Aquele caso não é único no distrito. Casos de ocupação de casas só acontecem porque há património público vazio e digam as várias câmaras o que disserem, eu conheço muito bem o caso de Almada, houve casas municipais e do IHRU, públicas, vazias durante muitos anos. Há muito património imobiliário público abandonado, e há muita gente sem casa, e sem direito a casa. E os preços na habitação, no mercado de habitação, não param de aumentar, e na Península de Setúbal, agora, estão a ter uma pressão imensa. O caso de Almada não é o único, mas no Barreiro, Seixal, Almada, Sesimbra e Setúbal, os preços têm aumentado entre 10 a 17% ao ano. Em alguns casos, subidas superiores aquelas que acontecem em Lisboa, quando nós temos salários inferiores. Estamos a falar, tal como aconteceu na crise entre 2012 e 2015, de famílias que, tralhando, não ganham para a renda. De jovens que não conseguem sair de casa. É engraçado que os centros das cidades precisam sobretudo destes trabalhadores, mulheres quem fazem limpezas e homens que trabalham na construção civil - um grande exército de trabalho, pouco qualificado e a quem se paga pouco - e não se permite que essas pessoas tenham acesso à habitação. É absolutamente impensável Em 2019, o BE elegeu duas deputadas por Setúbal. O que será um bom resultado agora? Estamos a lutar para manter a nossa representação. O BE pretende impedir uma maioria absoluta que daria ao PS a liberdade de não resolver os problemas do país, mas também força para impor as nossas soluções, que passam pelo controlo de rendas, por habitação pública para quem precisa, por investimento na indústria com garantia de emprego. Lembro-me, por exemplo, do abandono a que o Arsenal do Alfeite tem estado votado.
14 O SETUBALENSE 11 de Janeiro de 2022
Desporto
SEMANA MUITO POSITIVA E CHAMADA DO CAPITÃO DOS SUB-17 À SELECÇÃO NACIONAL
Formação sadina alcança dois triunfos e um empate nas provas nacionais DR
Juvenis do Vitória estiveram a vencer o Benfica, em Palmela, até aos 87 minutos Ricardo Lopes Pereira Num fim-de-semana em que o futebol do Vitória não competiu na Liga 3 nem na 1.ª Divisão Distrital da AF de Setúbal, por ambas as equipas terem registado vários casos de Covid-19 nos últimos dias, coube aos escalões de formação darem as alegrias aos adeptos sadinos. Os juniores, juvenis e iniciados alcançaram resultados positivos nos respectivos campeonatos nacionais. No sábado, no campo Municipal da Várzea, os juniores levaram a melhor sobre o Belenenses, por 2-1, em partida da 19.ª jornada do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão (Zona Sul) de sub-19. Os golos apontados por Shyon Omrani e Lourenço Henriques permitiram aos comandados de Alfredo Lopes conquistar os três pontos valendo a subida ao 5.º posto, ultrapassando os da turma do Restelo na classificação. Já no domingo foi a vez dos iniciados irem ao campo da Verderena, no Barreiro, obter um triunfo (1-0) sobre o Barreirense, em jogo da 4.ª jornada do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão 2.ª Fase de sub-15. O êxito, que foi o segundo consecutivo depois do 4-0 ao Louletano na ronda passada, impôs o primeiro desaire na fase actual aos alvi-rubros, que seguem na segunda posição da tabela com nove pontos, mais três que os sadinos que ocupam o 5.º posto. Os jogos dos vitorianos nas provas nacionais durante o fim-de-semana ficaram fechados com o duelo da 6.ª jornada do Campeonato Nacional da 1.ª Divisão (2.ª fase) de sub-17. No domingo, O SETUBALENSE acompanhou no Campo de Jogos Municipal de Palmela o confronto entre os sadinos, treinados por Ricardo Diogo, e o Benfica, que terminou com uma
Equipa de sub-17 travou os benfiquistas em Palmela, com um empate a uma bola
igualdade (1-1) no marcador. Frente a um adversário aguerrido, que se colocou na frente do marcador com um golaço de Simão Rodrigues ainda no primeiro tempo, os benfiquistas podem agradecer o ponto conquistado a Miguel Constantinescu, jogador que saiu do banco aos 70 minutos para, aos 87, repor a igualdade na partida realizada em Palmela. Apesar do ascendente territorial do Benfica nos minutos iniciais, o Vitória chegou ao golo, aos 16 minutos, no primeiro remate que fez à baliza contrária num pontapé forte e colocado do avançado Simão Rodrigues, que não deu hipóteses ao guardião
Marcel Mendes. A vencerem por 1-0, os setubalenses conseguiram sem sobressaltos gerir a vantagem até ao intervalo. Não obstante o domínio das águias e o facto de terem mais posse de bola, os encarnados não se livraram de um par de sustos ainda no primeiro tempo. Aos 23 minutos o capitão Rodrigo Grenha rematou ao lado do poste esquerdo e, já aos 45 minutos, foi a vez de Simão Rodrigues testar a meia distância num pontapé que levou a bola a passar também ao lado do alvo. Antes do intervalo, o adversário, que incomodava mais em lances de bola parada, também teve uma oportunidade para marcar quando, aos 45+1 minutos,
Ussumane Djalo rematou para defesa atenta de Tiago Correia, guarda-redes dos vitorianos que viria a destacar-se, pelo que fez sobretudo na segunda parte, como a figura do encontro. A perder por 1-0, o Benfica entrou mais acutilante na segunda parte, levando o perigo à área sadina. Aos 59 minutos, João Rego ficou perto do empate num cabeceamento que levou a bola a passar sobre a trave. Volvidos cinco minutos foi a vez do guardião sadino se opor com uma excelente defesa a um remate de João Rego que ficou perto do golo. Com alguma dificuldade em manter a organização defensiva, sob a liderança clara do capitão Rodrigo
Grenha, e a solidez no meio-campo, os pupilos de Ricardo Diogo nunca se coibiram de espreitar o contra-ataque. Num desses lances, aos 66 minutos, Afonso Carvalho isolou-se pelo flanco direito e, só com Marcel Mendes pela frente, não conseguiu melhor do que rematar à figura do guardião. Aos 81 minutos, depois do sadino Tiago Brito ter derrubado João Rego no interior da área, o árbitro eborense Hélder Nunes assinalou grande penalidade. Da marca dos 11 metros, o guarda-redes Tiago Correia foi enorme ao travar o remate de Rafael Luís e a recarga de João Veloso, mantendo o Vitória na frente do marcador. A pressão intensa do Benfica nos minutos finais acabou por dar frutos numa fase em que o Vitória já dava alguns sinais de cansaço e falta de discernimento. Aos 87 minutos, no lance imediato ao guardião Tiago Correia (que exibição!) se ter feito uma estirada para travar o golo de João Veloso, o número 1 do Vitória acabou desfeiteado por Miguel Constantinescu, jogador que tinha entrado aos 70 minutos, que cabeceou sozinho ao segundo poste para 1-1, depois de cruzamento da esquerda. Até ao final, o Vitória ergueu um muro para segurar o empate e o ponto que lhe permite ocupar a 4.ª posição da prova, com oito pontos. Já o Benfica, que esteve à beira de sofrer a primeira derrota na fase actual do campeonato de sub-17, atrasou-se ontem na perseguição ao líder Sporting, que segue no 1.º lugar com 15 pontos, mais três que as águias.
Capitão Rodrigo Grenha na Selecção
Entretanto, em reconhecimento pela excelente época que está a realizar no Vitória, o capitão dos juvenis sadinos está agora integrado nos trabalhos da Selecção Nacional de sub-17. Depois de ter contribuído para a igualdade (1-1) com o Benfica, o defesa, de 16 anos, foi convocado para o estágio de preparação da Selecção das ‘quinas’, que decorre entre hoje e quarta-feira na Cidade do Futebol.
11 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 15
Nair Pina (Escolinha de Setúbal) nos trabalhos da selecção nacional sub-16
Nair Pina, guarda-redes da Escola de Futebol Feminino de Setúbal, foi uma das atletas convocadas pela treinadora nacional, Susana Bravo, para o estágio de três dias que a selecção nacional de sub-16 está a efectuar até amanhã, 12 de Janeiro, na Cidade do Futebol. A jovem de
16 anos foi uma das eleitas para a sessão de trabalho que conta com a participação de 24 jogadoras, sendo 11 do Sporting, três do Benfica, duas do SC Braga e uma do Ado Den Haag Vrouwen, AEF Faro, Feirense, Clip Teams, Marítimo, Famalicão e Escola de Futebol Feminino de
Setúbal. Nair Pina começou por praticar futsal nos “Independentes” (Sines), onde permaneceu duas épocas. Depois, ingressou no futebol representando o U. Santiago, Estrela de Santo André e desde o início da época a Escolinha de Setúbal.
FUTEBOL DISTRITAL
Gedson bisou no triunfo do Comércio Indústria no Seixal DR
Com os golos marcados nesta jornada, o avançado brasileiro, de 28 anos, passou a ser o melhor marcador da equipa sadina, ultrapassando o seu compatriota Lucão
Banheirense sobe ao segundo lugar
José Pina A 18.ª jornada do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão ficou marcada pelo elevado número de jogos adiados devido à pandemia que tem atacado em força nos últimos dias e prejudicado fortemente os clubes que não podem desenvolver normalmente a sua actividade. Na 1.ª Divisão, o Comércio Indústria que se deslocou ao Estádio do Bravo, venceu o Seixal por 3-0 com dois golos de Gedson, o primeiro marcado aos 12 minutos na sequência de um livre cobrado por Pedro Batista e o segundo da sua conta pessoal, aos 50 minutos, após assistência de Aldemar, que também fez o gosto ao pé aos 40 minutos. Com os golos que marcou, Gedson passou a ser o melhor marcador da equipa sadina, com 10 golos, mais um que Lucão. Nesta jornada, por realizar ficaram o Sesimbra – Águas de Moura e o Vasco da Gama – Olímpico do Montijo,
dia 12 de Janeiro, às 21 horas, estão agendados o Trafaria – Comércio Indústria (16.ª jornada) e o Águas de Moura – Pescadores da Caparica (17.ª jornada).
Gedson é o melhor marcador do Comércio Indústria
adiados para dia 23 de Janeiro, às 15 horas; Grandolense – Cova da Piedade B e Desportivo Fabril – Vitória FC, para dia 26 de Janeiro, às 20h 30m; Trafaria – Palmelense para o dia 2 de Fevereiro, às 21 horas; Monte de Caparica – FC Setúbal, Pescadores – Alcochetense e Alfarim – U. Santiago para data a indicar oportunamente. Em termos classificativos tudo
ficou praticamente na mesma. O Comércio Indústria continua firme no comando, agora com 44 pontos conquistados em 17 jogos, mais sete pontos que o Desportivo Fabril (que tem menos um jogo) e mais 12 pontos que o Águas de Moura, que tem menos dois jogos. O Moitense segue em sétimo lugar com 27 pontos. Entretanto, para quarta-feira,
A 2.ª Divisão Distrital foi também fortemente afectada pela pandemia e dos oito jogos programados para esta jornada apenas se disputaram quatro. O Banheirense venceu por 3-1 na sua deslocação a Santo André, com golos marcados por Rui Cardoso, Gonçalo Quinta-Feira (de penalti) e Cláudio Mestre, subindo desta forma ao segundo lugar da tabela classificativa com 28 pontos, menos dois que o Almada que não jogou nesta jornada mas tem o mesmo número de jogos. Quem também saiu vitorioso nesta jornada foi o Paio Pires que venceu o Ginásio de Corroios por 1-0 obtendo assim a segunda vitória consecutiva enquanto a equipa de Corroios somou o sétimo desaire seguido. Os outros dois jogos terminaram empatados, o Barreirense B no confronto disputado na Verderena com o Lagameças (0-0) e os Pelezinhos no duelo realizado no Campo Municipal da Várzea com o Samouquense (1-1). Adiados ficaram os seguintes encontros: Alcochetense B – Quinta do Conde, Brejos de Azeitão – Botafogo e Arrentela – Santoantoniense, todos para o dia 6 de Fevereiro, e o Almada – Amora B, em data a definir assim que possível.
AMORA REFORÇA PLANTEL
Nélson Landim e Daniel Murillo vieram do Campeonato de Portugal A SAD do Amora Futebol Clube assegurou a contratação de dois jogadores para a equipa principal de futebol que disputa a Liga 3 e um jogador para a equipa de juniores que participa no Campeonato Nacional da 1.ª Divisão. Os reforços para a equipa sénior são o avançado Nélson Landim (ex-
-Marinhense) e o defesa-central Daniel Murillo (ex-Moncarapachense). Nélson Landim tem 24 anos, nasceu na Guiné Bissau e conta com passagens pelo Vilafranquense, 1.° Dezembro, Pinhalnovense, Moncarapachense, Oriental, SC Espinho, Estrela da Amadora e Marinhense, por quem esta época realizou 11 golos e
marcou cinco golos. Daniel Murillo tem 23 anos é colombiano e em Portugal representou o Quarteirense, Messinense, Farense e antes de chegar ao Amora jogava no Moncarapachense. A contratação destes dois jogadores tem como objectivo o reforço do plantel para poder atacar em força o
acesso ao play-off de promoção na Liga 3. Para a equipa de juniores chegou um jogador vindo do Tottenham, o albanês Albert Rachi, médio de 18 anos que foi internacional sub-17 pelo seu país, e Dário, defesa brasileiro que actuava no Cruzeiro Esporte Clube.
J.P.
FUTEBOL FEMININO
Amora e Racing Power seguem em frente na Taça de Portugal As amorenses afastaram o Estoril no Parque do Serrado e o Racing Power foi a Vila do Conde eliminar o Rio Ave José Pina O distrito de Setúbal estava representado na segunda eliminatória da Taça de Portugal Feminina por três equipas mas apenas duas delas – Amora e Racing Power, seguem em frente na competição, porque a outra, a Escola de Futebol Feminino de Setúbal, foi eliminada. A equipa sadina que jogou no campo do adversário na região de Aveiro até foi a primeira a marcar por intermédio de Lígia Ribeiro, aos 25 minutos, mas o Ponte de Vagos quatro minutos depois chegou à igualdade e em período de compensação para o intervalo colocou-se em vantagem. Na segunda parte a equipa da casa marcou mais duas vezes e fixou o resultado final em 4-1, num jogo em que todos os golos foram marcados pela mesma jogadora Alexandra Henriques. Melhor sorte tiveram Amora e Racing Power que venceram o Estoril (20) e o Rio Ave (1-0), respectivamente. Num confronto entre equipas da Liga BPI, disputado no Parque do Serrado, o Amora derrotou o Estoril Praia por duas bolas a zero, tendo os golos surgido apenas no decorrer da segunda parte, precisamente aos 74 e 77 minutos, o primeiro por Ana Rocha e o segundo por Rafaela Santos. O Racing Power, que há relativamente pouco tempo havia goleado o Rio Ave para o campeonato nacional da 2.ª divisão, em jogo realizado na Arrentela, deslocou-se desta vez a Vila do Conde e voltou a ganhar mas pela margem mínima. A avançada brasileira de 20 anos, Thaicyane Brant (ex-Ferroviária), a mais recente aquisição, que fazia o jogo de estreia pela equipa da margem sul do Tejo, marcou aos 2 minutos, o golo que carimbou o passaporte para a próxima eliminatória.
03:50 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 10:06 ~ 2.8 m ~ Preia-mar 16:32 ~ 1.1 m ~ Baixa-mar 22:46 ~ 2.8 m ~ Preia-mar
ALMADA
03:44 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 10:00 ~ 2.8 m ~ Preia-mar 16:26 ~ 1.1 m ~ Baixa-mar 22:42 ~ 2.8 m ~ Preia-mar
SESIMBRA
04:04 - 1.4 m ~ Baixa-mar 10:23 ~ 2.8 m ~ Preia-mar 16:49 ~ 1.1 m ~ Baixa-mar 23:06 ~ 2.8 m ~ Preia-mar
SINES
SETÚBAL TRÓIA
MARÉS
04:07 ~ 1.5 m ~ Baixa-mar 10:36 ~ 3.2 m ~ Preia-mar 16:47 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar 23:23 ~ 3.2 m ~ Preia-mar
FICHA TÉCNICA REGISTO DE TÍTULO n.º 107552 | DEPÓSITO LEGAL n.º 8/84 PROPRIETÁRIO Outra Margem – Publicações e Publicidade, NIF 515 047 325 (detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro) Sede do proprietário: Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal EDITOR Primeira Hora – Editora e Comunicação, Lda, NIF 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress Lda, Losango Mágico, Lda, Carla Rito e Gabriel Rito) Sede do Editor Travessa Gaspar Agostinho,1, 1.º, 2900-389 Setúbal Conselho de Gerência Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro REDACÇÃO Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal DIRECTOR Francisco Alves Rito Redacção Mário Rui Sobral, Humberto Lameiras, Maria Coelho; Desporto Ricardo Lopes Pereira, José Pina Departamento Administrativo Teresa Inácio, Branca Belchior PUBLICIDADE Direcção Comercial Carla Sofia Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro Coordenação Ana Oliveira (Setúbal), Carla Santos (Moita e Barreiro) Publicidade Lina Rodrigues, Rosália Baptista, Célia Félix, Luís Bandadas IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda - Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal geral@ tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária 9000 exemplares Estatuto Editorial disponível em www.osetubalense.com