O Setubalense, o seu diário da região nº 766 de 17 de Janeiro de 2022

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Pedido para NUTS Península de Setúbal avança ainda em Janeiro Candidata do PS revela que António Costa vai fazer pedido a Bruxelas

O SEU DIÁRIO DA REGIÃO SEGUNDA-FEIRA, 17 DE JANEIRO DE 2022 PREÇO 0,80€ | N.º 766 | ANO III | 5.ª SÉRIE

DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO

Setúbal Cidade prepara homenagem a João Paulo Cotrim p8

Cabeças-de-lista pelo círculo de Setúbal debateram economia e investimento Debate juntou ao vivo candidatos de nove partidos p4, 5 e 6 GRÂNDOLA Novo Orçamento Municipal passa na Assembleia com abstenção PSD/CDS p13

ANDRÉ CARRILHO

PUBLICIDADE

LIGA 3 Triunfo sobre o Sporting B deixa Vitória mais firme entre os primeiros p14

INCLUSÃO Municípios da AML investem 121,5M€ a favor de comunidades desfavorecidas p3

António Lopes: o 'médico' dos instrumentos musicais p12

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Abertura

O reencontro com os amigos da Praça do Brasil “Os amigos não morrem: andam por aí, entram por nós dentro quando menos se espera e então tudo muda: desarrumam o passado, desarrumam o presente, instalam-se com um sorriso num canto nosso e é como se nunca tivessem partido. É como, não: nunca partiram.” António Lobo Antunes

U

m qualquer encontro de amigos, constitui sempre uma ocasião especial. Desta vez, fomos ao encontro do nosso passado comum, com os queridos amigos da Praça do Brasil, que engloba geográfica e afectivamente a Estrada dos Ciprestes, a Av. de Goa, rebaptizada mais tarde Av. Guiné-Bissau e a rua Olavo Bilac. São os nossos espaços físicos e emocionais da primeira infância que se prolongou até à adolescência. E, portanto, reunimo-nos numa unidade hoteleira de Setúbal, os amigos Artur Ribeiro, Hélder Justo, João Mário Pato, Manuel Palma (Troiano), Paulo Soares e eu próprio. Estes encontros de amigos possuem um encantamento e um sortilégio a que nenhum de nós fica indiferente. Para além disso, acresce a alegria, a satisfação, o regozijo, o gosto, o privilégio, de convivermos, ainda que por pouco tempo, com um conjunto de pessoas que foram importantes nos nossos primeiros passos comuns. E estes são mesmo os primeiros passos comuns, onde iniciamos as nossas amizades com os amigos do nosso bairro. Pertencemos todos a uma geração de rua, que fazia da dita cuja um prolongamento natural da própria casa, com as brincadeiras inerentes. Jogar à bola, ao pião, ao prego, ao berlinde, ao lá-vai-alho, às escondidas nocturnas, às corridas de bicicleta, aos carinhos de rolamentos, aos roubos inocentes de fruta nas quintas limítrofes, etc.

PENSAR SETÚBAL Giovanni Licciardello

A rua era um local perfeitamente seguro; hoje, infelizmente, os garotos passam a vida em casa, agarrados aos telemóveis e às novas tecnologias, que lhes retiram o carácter genuíno daquilo que eram os nossos contactos relacionais A rua era um local perfeitamente seguro; hoje, infelizmente, os garotos passam a vida em casa, agarrados aos telemóveis e às novas tecnologias, que lhes retiram o carácter genuíno daquilo que eram os nossos contactos relacionais.

Os nossos amigos de infância são pessoas que povoam o nosso imaginário ao longo das nossas vidas. Com eles, iniciamos a nossa autonomia, nessa altura ainda trémula, bamboleante e insegura, que vai continuando e consolidando progressivamente ao longo da vida, com estradas, cruzamentos, sentidos proibidos, becos sem saída, auto-estradas, numa “metáfora rodoviária”, que constituem os nossos percursos de vida. Trilhamos caminhos diversos; profissões, amizades, amores, opções, mas, passados todos estes anos, reencontramos um fio condutor coerente que nos une, uma linguagem similar; em suma, recordações comuns, que nos enchem de uma enorme alegria. No convívio, eramos poucos, mas bons. O Covid tem vindo, infelizmente, a deixar as suas marcas relacionais e a condicionar comportamentos e atitudes. Nós somos todos vitorianos genuínos, do coração, que exultaram com o resultado com o Caldas, que tinha decorrido durante o repasto. Relembrámos futebolistas lendários e desafios do Vitória Futebol Clube, que permanecem ainda muito vivos nas nossas recordações comuns. Vitórias com o Spartak de Moscovo, Fiorentina, Inter de Milão, Liverpool, Leeds, Hadjuk Split, etc. Todos assistiram a todas. Todavia, existe a tristeza de não estarmos no lugar que merecemos. As caras evidenciavam todas o mesmo: alegria genuína pelo reencontro. Um brilho intenso em todos os olhares. Ficaram combinados novos encontros. Com mais gente. Assim permita o Covid. Quanto a mim, foi um enorme prazer e privilégio poder usufruir, ainda que por breves e fugidias horas, com gente que preenche os nossos espaços afectivos e emocionais. Até já criámos um grupo no Facebook. Grande categoria. Bom Ano de 2022 para todos! Professor

OPINIÃO Custódio Pinto

Carlos Fernandes Costa (1925–2000) Recordando o setubalense de mérito na área da cultura

O

amigo Carlos Costa, nasceu a 14.06.1925, na Freguesia de São Julião, filho de Celestino da Costa Sousa e de Luciana da Cruz Costa. Na sua vida profissional, teve várias funções na Litografia Sado, Junta Autónoma do Porto de Setúbal, fábrica de conservas João do Gargalo, Agência Marítima Micom, Lda. Dedicou-se muito na área cultural e teatral: locutor, animador, cantor, ator, poeta, músico, apresentador e jornalista. No período entre 1950 e 1992 escreveu 15 revistas, entre elas a “Cidade do Rio Azul” com a letra da sua autoria com o seguinte estrilho: “Setúbal, minha cidade, cidade do rio azul…Cenário que a natureza, nos deu com tanta beleza, sem igual, de norte a sul…Cidade, minha cidade, o teu rio é o teu senhor, que há tantos séculos te beija, mas te ama e te deseja, como fora um novo amor. De 1948 a 1951 atuou em vários espetáculos da FNAT. Em 1952 fundou o célebre conjunto “Blue Star Melody”, conjuntamente com o António Sintra e o José Rodrigues dos Santos (Azoia), Fernando Silva, Henrique Marrafa e Carlos Alberto Roque, este inédito conjunto foi criado na velhinha Capricho e também fez parte do conjunto musical “Flórida”. Em 1966 a televisão portuguesa convidou-o e fez parte do júri da canção da TV. Em 1970 foi membro do júri da melhor cegada do Carnaval. Em 1967 escreveu o musical “Sacavém é outra Loiça”. Em 1968 compôs a marcha do Carnaval do Bairro de Santos Nicolau e

Em 1970 foi membro do júri da melhor cegada do Carnaval. Em 1967 escreveu o musical “Sacavém é outra Loiça” a revista “Ó Zé enfia o Barrete”, que foi estreada em Lisboa. E, das revistas que escreveu uma delas “Música, Rio e Palavras” (1950); “Cá p´ra Mim tanto me faz” (1961); “Não me tinhas dito nada” (1962); “Tira isso do toutiço” (1967); “Mini fraldas” (1967) e “Ó Zé Aguenta a parada” (1968). Entre 1949 e 1971 colaborou nos jornais O SETUBALENSE, O Distrito de setúbal, O Estremoz e a Voz de Palmela. Nos anos 1951 e 1976 fez parte de alguns corpos gerentes da Capricho e do Ateneu Setubalense. Prestando-lhe várias homenagens e o seu nome e uma rua da cidade. É assim que recordo mais um setubalense de Mérito. Viva Setúbal


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Morreu aos 54 anos o cabo José Carreira do Posto territorial da GNR do Poceirão

Morreu na passada quinta-feira o cabo José Carreira, do Posto Territorial da Guarda Nacional República (GNR) do Poceirão, Palmela. Segundo a GNR, o militar tinha 54 anos e estava de folga, não se sabendo ainda

a causa da morte, mas tudo indica que terá sido um problema de saúde, o que só se saberá com o resultado da autópsia. Por saber está ainda a data do funeral. Na rede social Facebook da

DR

GNR de Setúbal, o Comando Territorial expressa “grande consternação e enorme pesar”, e apresenta as “sentidas condolências aos familiares amigos e camaradas” do militar cabo José Carreira.

ODEMIRA

Comissões de utentes aponta degradação de extensões de saúde Há cerca de cinco mil utentes de Odemira que não têm médico de família, diz Dinis Silva da Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano

INCLUSÃO SOCIAL

Câmaras da Área Metropolitana vão investir 121,5M€ para beneficiar comunidades desfavorecidas Esta verba será materializada em seis intervenções territoriais, de incidência intermunicipal, que visam promover o desenvolvimento social e económico Os 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML) vão investir 121,5 milhões de euros, até 2025, para promover a regeneração e a inclusão social das comunidades mais desfavorecidas desses territórios. Em comunicado, a AML, entidade que representa os 18 municípios, explica que o investimento será desenvolvido no âmbito de um plano metropolitano de apoio às comunidades desfavorecidas, com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). “[…] Será materializado em seis intervenções territoriais, de incidência intermunicipal, que visam promover o desenvolvimento social

e económico. Com uma dotação de 121,5 milhões de euros, o plano implementado entre 01 de Janeiro de 2022 e 31 de Dezembro de 2025, nos 18 municípios da área metropolitana de Lisboa”, explica a nota de Imprensa. Esta acrescenta que as verbas serão aplicadas “em obras, construção e acções imateriais, de acordo com os eixos de intervenção ambiente e valorização do espaço público, cultura e criatividade, educação, cidadania e empoderamento de comunidades, emprego e economia local, saúde e dinamização social”. “A abordagem integrada será concertada com as comunidades e liderada por parcerias de base local que envolvam autarquias, organizações locais e entidades públicas de sectores relevantes [cultura, emprego, economia, educação, migrações, saúde ou segurança social]”, explica a AML. Cada intervenção terá um montante mínimo de investimento de 2,75 milhões de euros, “para que se garantam níveis relevantes de impacto socioeconómico e territorial”. A AML explica também que serão elegíveis para esta intervenção comu-

nidades residentes em bairros, zonas ou territórios urbanos que reúnam pelo menos um dos pressupostos de “condições de habitabilidade deficiente ou precária, prevalência de desemprego, baixos rendimentos e pobreza material, problemas no acesso à saúde, desporto, educação e cultura, problemas de abandono e insucesso escolar, problemas de cidadania e acesso a direitos ou problemas de envelhecimento activo e saudável”. “A AML vai assumir, em articulação com os municípios, a Estrutura de Missão Recuperar Portugal e outras entidades, a gestão da implementação das intervenções, o seu acompanhamento, monitorização, controlo, auditoria e avaliação, entre outras obrigações vitais para regular e efectivar a implementação dos investimentos”, é referido na mesma nota. Fazem parte da AML os concelhos de Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.

FAC / Lusa

A degradação das extensões de saúde no concelho de Odemira, Distrito de Beja, está a preocupar as Comissões de Utentes do Litoral Alentejano, que alertaram para as dificuldades no acesso aos cuidados de saúde neste território. “Há cerca de cinco mil utentes em todo o concelho de Odemira que não têm médico de família e com bastante dificuldade no acesso aos cuidados de saúde”, disse à agência Lusa o porta-voz da Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano, Dinis Silva. De acordo com o dirigente, “a maior preocupação dos utentes é a degradação das extensões de saúde”, nomeadamente nas freguesias de São Luís, Saboia e Vila Nova de Milfontes. “Esta situação não é boa, tanto para os utentes como para os profissionais de saúde”, frisou o representante, alertando para as condições da extensão de saúde de Vila Nova de Milfontes, que “está bastante degradada”. Apesar das “promessas de há vários anos” para a construção de um novo edifício, “não existe nada de concreto e tudo não passa de vagas promessas”, disse o dirigente, criti-

cando a actuação do Ministério da Saúde e da Unidade de Saúde Local do Litoral Alentejano (ULSLA). “Há pessoas a deslocarem-se de madrugada para esta extensão para conseguirem uma consulta com o seu médico de família”, denunciou o representante dos utentes do Litoral Alentejano, que realizaram no sábado uma tribuna pública em Vila Nova de Milfontes, para reivindicar “um forte investimento” na prestação de cuidados de saúde na região. No encontro, que decorreu na Capela do Colégio Nossa Senhora da Graça, os representantes alertaram para “o incumprimento” nos tempos máximos de resposta garantidos no Hospital do Litoral Alentejano (HLA), em Santiago do Cacém, no Distrito de Setúbal. Nesta unidade, que serve os cinco concelhos do Litoral Alentejano, Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines, além de Odemira, “só existe um médico cardiologista e um médico urologista para cem mil utentes”, observou. “Também a urgência do HLA é assegurada por médicos tarefeiros, o que não dá segurança ao funcionamento do serviço, e a própria urgência pediátrica é assegurada por médicos de clínica geral em substituição de médicos pediatras”, apontou. Além de “um reforço dos recursos humanos, médicos, enfermeiros, assistentes técnicos, administrativos e operacionais, e de técnicos de diagnóstico de terapêutica”, as comissões de utentes exigem que “as análises clínicas sejam revertidas para a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano”.

HYN / Lusa

DR


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Legislativas

O SETUBALENSE

OPOSIÇÃO FALA EM ELEITORALISMO

Ana Catarina revela que novo mapa da NUTS Península de Setúbal será solicitado a Bruxelas ainda em Janeiro NUTS Península de Setúbal é quase consensual entre todos os partidos, mas defendem também verbas do Estado para o desenvolvimento do território Humberto Lameiras Ainda antes do fim de Janeiro, António Costa vai solicitar à União Europeia que a Península de Setúbal passe a ser uma NUTS II (Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos), assim como a criação da NUTS III para este território. Ou seja, este processo vai ser antecipado, e avançar em plena campanha eleitoral. “Num encontro com empresários do Distrito de Setúbal [na quarta-feira] o secretário-geral do Partido Socialista assumiu o compromisso de

que, até ao final deste mês, será entregue o pedido para Bruxelas aprovar a alteração da NUTS” Península de Setúbal, revelou Ana Catarina Mendes, cabeça-de-lista do PS pelo círculo eleitoral do Distrito de Setúbal. O anúncio feito pela socialista no debate promovido por O SETUBALENSE e a Associação da Indústria da Península de Setúbal, na sexta-feira, que colocou frente a frente os nove cabeças-de-lista dos partidos com representação parlamentar, e acabou por merecer da parte de outros candidatos o comentário de “eleitoralismo”. No final de Novembro de 2021, António Costa afirmou que iria solicitar a Bruxelas, a 1 de Fevereiro de 2022, o pedido para a criação do novo mapa da NUTS Península de Setúbal, agora com a nova data avançada por Ana Catarina Mendes, ficou-se a saber que o pedido a Bruxelas irá ser feito durante a campanha eleitoral para as legislativas, uma vez que as eleições estão marcadas para 30 de Janeiro. A candidata socialista, que apanhou de surpresa os cabeças-de-lista

da CDU, PSD, BE, CDS, PAN, IL, Chega e Livre ao avançar com a antecipação da data, também não perdeu oportunidade de apontar o dedo ao governo do PSD/CDS que em 2013, pela “lei Miguel Relvas”, “deu origem a que Península de Setúbal fosse colocada na Área Metropolitana de Lisboa” (AML).

E não esqueceu os autarcas do PCP, que lideravam a Associação de Municípios Região de Setúbal: “Nessa altura não se insurgiram”. Com esta decisão do governo de Passos Coelho, os nove municípios da península, - Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela,

Seixal, Sesimbra e Setúbal -, ficaram enquadrados no mesmo patamar de desenvolvimento dos restantes concelhos da AML, apesar de apresentarem mais carências; e com isto perderam acesso a fundo comunitários para ganharem fôlego. O que a candidata socialista não con-

Abertura Pedro Dominguinhos e Nuno Maia realçam papel do ensino e da indústria Com intervenções na abertura da iniciativa, Pedro Dominguinhos, presidente do IPS, e Nuno Maia, director-geral da AISET, deram as boas-vindas aos candidatos. O responsável pelo IPS lembrou a abrangência do politécnico, com “oito mil estudantes” e “intervenção em Setúbal, Barreiro Grândola e Sines”. Uma abrangência que em breve será maior, adiantou Pedro Dominguinhos, já que o

IPS vai contar “com uma nova escola (a sexta) no concelho de Sines” para servir todo o Alentejo. “Estamos a cumprir a nossa missão, enquanto agentes de desenvolvimento da região”, disse, para destacar de seguida o “equilíbrio de género” entre os candidatos presentes – cinco mulheres e quatro homens. “É também um sinal dos tempos que o distrito mostra para o País”, observou. Já Nuno Maia considerou que

“é cívico e democrático que a sociedade civil se envolva nos momentos mais relevantes na actividade pública nacional” e frisou a importância do debate promovido pela AISET em parceria com O SETUBALENSE. Até porque, justificou, é essencial perceber como os representantes dos partidos “enfrentam os desafios que se colocam à Península de Setúbal, que tem um papel industrial muito relevante”. M.R.S.


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Debate legislativas ‘levantou’ propostas para o desenvolvimento do Distrito de Setúbal

seguiu explicar foi o motivo pelo qual os governos de António Costa esperaram seis anos para colocar a alteração do mapa das NUTS em cima da mesa. Garantiu que os deputados do PS eleitos pelo distrito ‘forçaram’ reuniões com o Governo sobre este dossier, lembrou que esta decisão depende de Bruxelas, e lamentou que, mesmo que a nova NUTS seja criada já não vai a tempo de apanhar o Quadro Comunitário em andamento: “infelizmente, por causa do PSD/CDS, só no próximo Quadro Comunitário de apoio, a Península de Setúbal poderá votar a beneficiar desses fundos europeus”, disse. Argumento rebatido por Nuno Carvalho, cabeça-de-lista do PSD. Lembrou que o PS “foi o único partido a votar contra” o projecto de resolução apresentado pela bancada social-democrata no parlamento, em Junho do ano passado. Na altura os socialistas consideraram que este projecto era “minimalista”, e Ana Catarina Mendes

Os nove cabeças-de-lista candidatos à legislativas pelo círculo eleitoral de Setúbal - cujos partidos têm actualmente representação parlamentar – estiveram frente a frente, na sexta-feira, para apresentarem e debaterem as suas propostas políticas para o Distrito de Setúbal. Um debate

disse quase o mesmo na sexta-feira. Mas apesar de se mostrar a favor do redesenho da NUTS para a península, Nuno Carvalho afirma que os fundos que advenham por esta via “não são a única resposta” para o desenvolvimento regional, e não desobrigam à ausência de investimento público. Também para a cabeça-de-lista da CDU, Paula Santos, o posicionamento do anterior governo PSD/CDS não foi aceitável, mas não deixa de acusar o Governo socialista por demorar seis anos para solicitar um novo mapa NUTS. “Esperemos que não seja um anúncio eleitoralista”; e nesta altura a candidata comunista ainda não tinha ouvido Ana Catarina Mendes falar da antecipação do pedido a Bruxelas. Para a CDU a península não pode ficar à espera do novo mapa das NUTS, e defende que enquanto este não for aprovado, o desenvolvimento regional tem de ser amparado por verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Para a comunista o investimen-

que decorreu na Escola Superior de Tecnologia do Barreiro, teve o apoio do Instituto Politécnico de Setúbal e foi organizado pela Associação da Indústria da Península de Setúbal em parceria com o jornal O SETUBALENSE. Moderado por Francisco Alves Rito, director de O

to no distrito tem de ser contemplado no Orçamento do Estado”. No mesmo alinhamento, a bloquista Joana Mortágua acusa PS, PSD e CDS por a península não ter acesso a fundos comunitários, mas também diz que existe “um déficit de investimento no distrito, e isso não está apenas relacionado com os fundos europeus”. Num quadro diferente quanto à nova nomenclatura para a península está o CDS, com a cabeça-de-lista, Cecília Anacoreta Correia, a afirma que o seu partido não defende a NUTS II Península de Setúbal. “Isso irá cristalizar uma gestão administrativa bipartida do distrito; vai continuar dividido entre concelhos, uns ligados à região do Alentejo e outros à Península de Setúbal a terem autonomia”. Por isso defende que a solução de desenvolvimento regional passa por “afectar todo o Distrito de Setúbal à NUTS II Alentejo, e assim permitir que o distrito tenha uma abordagem transversal a todo o território

SETUBALENSE, no debate estiveram presentes Ana Catarina Mendes (PS), Paula Santos (PCP/ PEV), Nuno Carvalho (PSD), Joana Mortágua (BE), Vítor Pinto (PAN), Cecília Anacoreta Correia (CDS-PP), Bruno Nunes (Chega), Paulo Muacho (Livre) e Joana Cordeiro (IL).

no acesso a fundos comunitários”. Contudo, a centrista admite que a península está a ser “prejudicada por estar nos mesmos indicadores de desenvolvimento da AML”, pelo que o CDS “propõe renegociar o PRR para que seja triplicado o apoio às empresas, e compensá-las do efeito da pandemia”; e não tem dúvidas de que “o distrito foi abandonado pelo Estado, que não tem qualquer estratégia de desenvolvimento”, para este território. Por sua vez o candidato pelo PAN, Vítor Pires, passou ao lado de comentar em matéria de NUTS, tendo apenas referido que o território “não pode estar sempre à sombra da visão europeia”, e apontou que o Estado deve “apostar e apoiar a economia verde”. Bem mais duro para com a governação de António Costa, o candidato pelo Chega, Bruno Nunes, abriu a sua intervenção a afirmar: “A forma como a NUTS foi apresentada é uma medida eleitoralista”. E sobre a data a

solicitar a Bruxelas o novo mapa, comenta: “É sopa depois de almoço”. “Não faz sentido algum. É um desapego total à Península de Setúbal”. E a seguir garantiu que o Chega “defende a NUTS II. Também de acordo com a criação da NUTS II e III Península de Setúbal está a candidata do IL, mas Joana Cordeiro defende que “é um meio e não um objectivo para o investimento”. Ou seja, “é preciso tomar medidas de apoio aos empresários da península”, para “reduzir a burocracia” e facilitar “criação de riqueza”. “O Estado tem de deixar os empreendedores trabalharem”, afirma. Também Paulo Muacho, pelo Livre, afirmou defender a criação da NUTS Península de Setúbal, uma matéria que, aliás, o partido já tinha colocado no programa em 2019. E também ele considera “estranho que esta questão do novo mapa da NUTS para a península tenha sido colocada em cima das eleições”. PUBLICIDADE


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Legislativas DISTRITO NO CENTRO DAS ATENÇÕES

Prioridades e propostas acentuam divisão entre esquerda e direita PSD, CDS, IL e Chega apontaram baterias a PS e CDU. BE exige mais. PAN mais ambiental e LIVRE preso à esquerda Mário Rui Sobral Se a constituição da NUTS Península de Setúbal recolhe quase unanimidade, nas outras matérias ficou acentuada a clivagem entre a esquerda e a direita. As prioridades divergem, tal como a distância que deve ou não separar o público do privado nas políticas a adoptar. Ana Catarina Mendes (PS) olhou para o distrito de Setúbal “como região central no desenvolvimento do País” e apontou como essencial “continuar o crescimento económico acima da média europeia, atrair investimento público e privado, e reforçar o estado social (nas áreas da saúde, da educação, da habitação)”. E elegeu como foco principal a criação da NUTS II Península de Setúbal. Um dos grandes desafios, sublinhou, “é a descarbonização, a transição energética”. “Requalificar e reabsorver os trabalhadores da Central de Sines no mercado de trabalho” é objectivo que entronca no “projecto da cidade verde de hidrogénio que vai ser sediado em Sines”, lembrou. Pela CDU, Paula Santos apontou à necessidade de “uma estratégia de desenvolvimento integrado para o distrito”, que assente “na produção

nacional, na reindustrialização, nos sectores produtivos (na agricultura e na pesca), no apoio à investigação e em investimentos estratégicos”, como o aeroporto e a terceira travessia do Tejo”. Mas, à direita, ouviu críticas do PSD pela voz de Nuno Carvalho. O social-democrata recordou que, no distrito, com as câmaras de PS e PCP “nem um aeroporto foi possível alcançar”. “Temos de ter capacidade de atrair investimento para a Península de Setúbal, como o aeroporto – fundamental para o turismo, sector determinante para o País”, disse. “Mais apoio à habitação para a classe média” é outro dos objectivos do PSD, que defende ainda a criação de “um bom ambiente para as empresas do ponto de vista fiscal” e também ao nível de “licenciamentos camarários (que têm sido um tormento nas câmaras PS e PCP)”. Joana Mortágua (BE) destacou também a aposta na área da habitação como fundamental – “é preciso controlar o preço das rendas”, frisou –, a juntar ao “desafio climático e ao desafio de aumentar os salários”. O BE quer mais investimento público, desde logo nos transportes e na saúde. Joana Mortágua salientou a necessidade da construção do hospital do Seixal e de reforço na pediatria do Garcia de Orta. Já Vítor Pinto (PAN) salientou o reforço nas matérias ambientais e lembrou os estuários do Tejo e do Sado como exemplos do património da região.

CDS, IL e Chega cáusticos

Cáustica com os socialistas mostrou-se Cecília Anacoreta Correia (CDS). “A política do PS falhou, depois do pântano

de Guterres, da bancarrota de Sócrates, estes seis anos de António Costa não foram capazes de nos aproximar da rota do crescimento económico”, afirmou, ao mesmo tempo que assumiu que os centristas pretendem “uma ruptura total com a visão de esquerda”. Discurso que encontrou respaldo na Iniciativa Liberal (IL), com Joana Cordeiro a sublinhar Setúbal como “quarta região mais pobre do País”, com “dificuldades de acesso à saúde e à habitação, um índice de sucesso escolar abaixo da média nacional e falta de emprego”. Por isso, a IL tem como prioridades “uma taxa única de IRS, a redução do IRC para as empresas, maior autonomia da escola pública e um modelo de acesso à saúde que permita ao utente escolher o hospital onde queira ser tratado”, exemplificou. E nas críticas à esquerda, Bruno Nunes (Chega) foi ainda mais longe, ao resumir de uma assentada: “Estamos aqui hoje porque a esquerda não se entendeu [no parlamento].” E, no plano distrital, acentuou “os 47 anos de governação local de PS e PCP” que culminaram “com os problemas agora identificados na habitação, na saúde e na educação”. Olhar diferente apresenta o Livre. Paulo Muacho assumiu que a governação “deve continuar a ser feita assente numa maioria de esquerda”. A aposta central na agenda do Livre passa pela “transição ecológica e energética”, revelou. Além disso, “é essencial apostar na orçamentação na saúde” e indicou os casos dos hospitais Garcia de Orta e de Setúbal, bem como a construção do hospital do Seixal.

EDUCAÇÃO

PS aposta tudo nas agendas mobilizadoras Para a área da educação, Ana Catarina Mendes evidenciou “um dos grandes desafios” que o PS tem “para o País e para o distrito”. “São as agendas mobilizadoras, que vão ligar as universidades e os politécnicos às próprias empresas, para que possamos levar mais qualificação, competitividade e melhores salários aos nossos territórios”, disse. Paula Santos (CDU) destacou a requalificação do parque escolar e

vincou a necessidade da construção da Escola Superior de Saúde. Para a IL este é um sector prioritário. “Defendemos um modelo de acesso à escola com maior liberdade de escolha para as famílias, em paralelo com maior autonomia das escolas públicas, para que seja igual escolher entre uma escola privada e uma pública”, realçou Joana Cordeiro. Aposta contrária à da IL tem o Livre, com Paulo Muacho a vincar como

essencial o investimento na escola pública, tal como o BE. Vítor Pinto detalhou o objectivo do PAN: “Reduzir o número de alunos por turma, melhorar formas de avaliação, dar devida valorização às carreiras de professores, mais funcionários nas escolas e reforço no ensino técnico e profissional”. Bruno Nunes (Chega) apontou a necessidade de obras no parque escolar na região.

CHEGA CRITICA PS E PCP

Paula Santos (CDU) e Paulo Muacho (Livre) defendem regionalização já A regionalização foi um dos temas que alguns dos candidatos não deixaram fugir. Para Paula Santos (CDU), o processo “não deve ser adiado”. E até já devia ter avançado. “Esta foi mais uma medida proposta pelo PCP para que avançasse nesta legislatura e teve os votos contra do PS e a abstenção do PSD, o que revela a falta de vontade política de se avançar”, criticou. Até porque, “seria bastante positivo para o desenvolvimento regional, numa região [de Setúbal] polinucleada, pois permitiria mais investimento”, justificou. Ideia reforçada por Paulo Muacho (Livre) que considerou “fundamental avançar com o processo”. “Portugal é um dos poucos países da Europa que não tem um nível regional de governação. Defendemos uma regionalização democrática, que permita às pessoas de cada região tomarem decisões sobre o que é a governação

dos seus locais, controlar essa governação, e isso é um factor de atracção de prosperidade, de dinamismo económico, de inovação”, disse, apesar de reconhecer que o Livre “não tem uma posição fechada para o mapa do distrito de Setúbal”. Já Bruno Nunes (Chega) considerou que o problema vem de trás “com a constituição da Área Metropolitana de Lisboa [AML]” e “o desapego ao distrito e a ânsia das câmaras do PCP e do PS em pertencerem à CCDR de Lisboa e à AML”. O que, na opinião do candidato, “fez com que os interesses da população do distrito de Setúbal fossem esquecidos”. O resto, juntou, “foram 47 anos de alternância entre PSD e PS [no Governo] , sem grandes diferenças”, e o distrito “está como está”. Maltratado pela administração central, a avaliar pela afirmação de Cecília Anacoreta Correia (CDS): “Setúbal é um distrito abandonado pelo Estado”, concluiu.

MOBILIDADE

Passe gratuito, nova travessia do Tejo e alargamento do Metro em cima da mesa A mobilidade esteve também em destaque no debate. Paula Santos (CDU) apontou a necessidade de se consolidar o passe social, “a começar pela gratuitidade para jovens até aos 18 anos”. E ainda “a terceira travessia do Tejo, rodoferroviária, e o alargamento do Metro Sul do Tejo (MST)”, conforme defendeu também Vítor Pinto (PAN) mas apenas no plano da ferrovia: “uma via Barreiro-Chelas e a chegada do MST a Caparica, Barreiro e Alcochete”. A ferrovia é ainda a solução perfilhada pelo Livre.

Nuno Carvalho (PSD) elege entre as prioridades para o distrito “o apetrecho na ligação da margem sul à norte, fluvial ou ferroviário”, sem esquecer “melhorias na mobilidade entre os concelhos da margem sul do Tejo”. Já Cecília Anacoreta Correia (CDS) assumiu que o Estado não deve gerir as empresas de transportes públicos e criticou a inexistência de um passe que cubra todos os concelhos do distrito: “Os quatro do litoral alentejano estão marginalizados”, lamentou.

SEGURANÇA

Bruno Nunes (Chega) esteve só na defesa de mais polícia Bruno Nunes foi o único candidato a elencar a segurança como um dos temas de acção prioritária para a região. “Temos um dos distritos com maior incidência de criminalidade e, no entanto, temos sempre aversão em colocar mais policiamento na rua, polícia de proximidade, esquadras dentro de bairros [problemáticos],

em fazer com que as forças de segurança sejam mais respeitadas." E criticou o desinvestimento na saúde. “O hospital do Montijo tem características de um centro de saúde e o do Barreiro, por vezes, funciona quase de forma desumana”, atirou, sem esquecer as dificuldades que a unidade hospitalar de Setúbal tem vindo a enfrentar.


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Retirada da iluminação de Natal obriga a corte de trânsito na Rua Vasco da Gama

A Rua Vasco da Gama, na Fonte Nova, na cidade de Setúbal, vai estar encerrada à circulação automóvel amanhã, terça-feira, entre as 07h30 e as 10h30, devido a uma intervenção na via pública. Trata-se de um corte de trânsito devido à retirada da iluminação

de Natal instalada naquele arruamento, que faz a ligação entre o Largo António Joaquim Correia e a Praça Machado dos Santos. Indica a autarquia que como alternativa, os automobilistas devem circular pelo Largo António Joaquim Correia e a Avenida Luísa Todi.

TURISMO

Autarquia agradece às empresas que apoiaram a divulgação da marca Setúbal Terra de Peixe Actividades associadas à pesca e ao mar para alavancar o concelho como destino turístico gastronómico de excelência Humberto Lameiras Dez entidades aceitaram ser mecenas, e participaram com apoio em bens de consumo, nas iniciativas programadas em 2021 pela Câmara de Setúbal para promover a marca Setúbal Terra de Peixe, que envolveu um conjunto de actividades associa-

das à pesca e ao mar, para alavancar o concelho como destino turístico gastronómico de excelência. Estas empresas, que mereceram um voto de agradecimento, unanime, de todos os partidos representados na Câmara Municipal, na reunião extraordinária de 12 de Janeiro, deram apoio a iniciativas como semanas gastronómicas, showcookings e degustações, as quais tiveram sempre por base fortes valores ligados aos ambiente e sustentabilidade”, lê-se na proposta aprovada. A mesma refere ainda que os produtos promovidos são “típicos da região”, e indica que na altura em que foram escolhidos “estavam no seu período sazonal” e sublinha que os matérias usados nos eventos

eram de característica reciclável”. A proposta destaca também que a marca Setúbal Terra de Peixe está relacionada com a “divulgação de boas práticas ambientais”, e que em 2021 promoveu “colóquios e palestras como o Mar à Conversa, visitas pedagógicas e exposições associadas aos artefactos marítimos e de pesca”. Os mecenas que colaboraram com as iniciativas de promoção turística de Setúbal, e indicados na proposta, são a Docapesca, com apoio em bens e serviços no valor de 1 371,82 euros, a Marvellous Wave – actividades aquícolas, que contribuiu com bens de consumo no valor de 1 200 euros, a Comissão Vitivinícola Regional da península de Setúbal – CVRPS tam-

bém com apoio de bens de consumo em 275,38 euros. Com o mesmo tipo de apoios, e com 266,28 euros esteve a Bacalhôa Vinhos de Portugal, assim como a José Maria da Fonseca, com 29,22 euros, a Growout Investimentos com 50 euros, a Quinta de Alcube, com 26,52 euros, a empresa Bolacha Piedade que participou com 30 euros, a queijaria artesanal Fernando & Simões em 42 euros e a Arrábidamel com um apoio também de bens de consumo no valor de 10 euros. Segundo a autarquia, estes apoios tiveram “um papel fundamental” para “reduzir os custos e tonar possível a realização de eventos” gastronómicos.

29 DE JANEIRO

Branco traz obra de Marco Paulo em tons de Jazz à Casa da Cultura DR

Vão ouvir-se com nova roupagem musical, temas como “Eu tenho dois Amores”, “Sempre que Brilha o Sol” ou “Joana” António Ramos O universo do Jazz é o seu mundo. Chama-se Pedro Branco, e vai actuar na Casa da Cultura, em Setúbal, a 29 de Janeiro, num espectáculo que dá uma nova roupagem aos temas cantados por Marco Paulo. Pedro Branco cresceu a ouvir os grandes nomes da música portuguesa, aos 9 anos ofereceram-lhe uma guitarra, aos 18 foi para a universidade estudar Jazz. Mais tarde rumou até à Holanda,

Pedro Branco vai tocar "clássicos" dos anos 70

onde durante quatro anos estudou Jazz. Voltou para gravar um disco com João Hasselberg e ficou. OH Calcutá, Tiago Bettencourt ou o grupo We can´t win Charlie Brown são os nomes mais sonantes ao qual está/ esteve ligado. Old Mountain é um dos seus projectos, com o qual gravou 2 álbuns. Em formato de Trio de Jazz, Branco com a sua guitarra, junta-se a João Sousa na bateria e Carlos Barreto no contrabaixo para uma abordagem jazzística ao mundo artístico de Marco Paulo. Parece estranho, mas é real. “Ver e Amar”, disco de 1970 será a base, mas onde não faltarão temas icónicos como como “Eu tenho dois Amores”, “Sempre que Brilha o Sol” ou “Joana”. Integrado no Círculo de Jazz, o concerto tem lugar na Casa da Cultura, dia 29, pelas 21h30. Os bilhetes custam 4 euros. Opinião Musical

Setúbal

SÍNODO DOS BISPOS

Comissão Diocesana promove duas sessões para esclarecimento de dúvidas

A Comissão Diocesana de Setúbal vai realizar nos dias 27 de Janeiro e 3 de Fevereiro duas sessões de esclarecimento e partilha sobre o Sínodo 2021-2023, direccionadas para “os coordenadores locais e os agentes pastorais por eles indicados”. As sessões, que vão decorrer em formato digital, entre as 21h15 e as 23 horas, têm como objectivo “esclarecer as suas dúvidas e apoiar na dinamização dos encontros paroquiais”, refere a Diocese de Setúbal em comunicado. A participação requer inscrição prévia, através do preenchimento de um formulário, disponível em https:// forms.office.com/r/KH6JdgfSfy. As reuniões virtuais são promovidas no âmbito da fase diocesana do Sínodo dos Bispos 2023, que o Papa Francisco convocou com o tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”. Estão igualmente previstos encontros locais no decorrer do presente mês, assim como em Fevereiro e Março, que consistem em “reuniões para oração, reflexão e partilha sobre as perguntas que são propostas neste caminho sinodal”. “A fase diocesana do Sínodo dos Bispos 2023 irá continuar com a redacção da primeira síntese entre Abril e Maio de 2022. Em Junho realizar-se-á um encontro diocesano de partilha entre os coordenadores locais e, em Julho, a equipa sinodal diocesana elabora o documento final a ser enviado à Conferência Episcopal Portuguesa”, lê-se na mesma nota. “O percurso para a celebração do Sínodo dos Bispos, instituição permanente instituída pelo Papa Paulo VI em 1965, está a decorrer em três fases, entre Outubro de 2021 e Outubro de 2023, passando por uma fase diocesana e outra continental, que dará vida a dois instrumentos de trabalho distintos, antes da fase definitiva, a assembleia sinodal, ao nível da Igreja universal”.


8 O SETUBALENSE 17 de Janeiro de 2022

Setúbal NOME MAIOR DA CULTURA VAI SER EVOCADO

Setúbal homenageia João Paulo Cotrim com exposição em Fevereiro e Festa da Ilustração em Outubro Autores, ilustradores e desenhadores portugueses evocam figura agregadora do mundo do desenho Francisco Alves Rito Uma exposição colectiva, já em Fevereiro, será a primeira de duas homenagens póstumas ao editor João Paulo Cotrim, que vão ter lugar em Setúbal. A segunda acontecerá em Outubro com a dedicação da edição deste ano da Festa da Ilustração ao também autor, que foi curador e um dos fundadores deste certame. “Dar de beber aos olhos”, expressão de João Paulo Cotrim, intitula a exposição composta por ilustrações de autores que trabalharam e conheceram Cotrim e que marcaram presença em diferentes edições da Festa da ilustração, em Setúbal. A inauguração da mostra, na Casa da Cultura de Setúbal, está marcada para dia 5 de Fevereiro, mas a ideia de evocar o nome e a obra do editor nasceu logo no dia do funeral, revelou o programador e curador da exposição, José Teófilo Duarte. “Dissemos uns para os outros: vamos fazer qualquer coisa. A exposição colectiva é uma homenagem dos ilustradores a João Paulo Cotrim, muitos deles desenharam-no”, disse Teófilo Duarte. “Toda a gente pensou logo numa homenagem. Primeiro

Ilustração de André Carrilho: A João Paulo Cotrim (1965-2021) a quem desenhámos ovelhas

porque foi um grande choque, uma pessoa ainda nova, cujas ideias fervilhavam, e de um momento para o outro sentimos que essas ideias ficaram interrompidas. Todos nós sentimos logo essa necessidade. É já a saudade”, adiantou. As ilustrações escolhidas são de André Carrilho, Nuno Saraiva, António Jorge Gonçalves, João Fazenda, Cristina Sampaio, André da Loba, Marta Madureira, André Letria, Osmani Simanca, Pierre Pratt e Alain Corbel. Os artistas escolhidos para a exposição de Fevereiro têm em comum a relação com João Paulo Cotrim, uma

vez que o artista é visto como uma figura agregadora entre autores, ilustradores e desenhadores portugueses. “Porque ele é que promoveu esta gente toda. Hoje são grandes ilustradores”, revelou o curador da mostra. Para Teófilo Duarte, o antigo jornalista era “uma espécie de olheiro da arte e sabia logo quem tinha perante si”.

“Homenagem maior” em Outubro

Após esta primeira evocação, a “ho-

menagem maior” será em Outubro com a edição deste ano da Festa da Ilustração dedicada a João Paulo Cotrim, que foi curador e fundador deste certame anual, em conjunto com Teófilo Duarte. “A Festa da Ilustração nasceu em 2015 na sequência do ataque ao Charlie Hebdo e o João Paulo Cotrim foi a primeira pessoa com quem falei sobre esta ideia. Ele aceitou de imediato e sugeriu a reedição da exposição da

Aos 56 anos Desaparecimento precoce e um currículo longo João Paulo Cotrim, editor, autor, argumentista, antigo jornalista, programador e divulgador, morreu a 26 de Dezembro passado aos 56 anos. Fundador da editora abysmo e da revista Torpor, Cotrim estendeu o seu trabalho ao cinema, à ilustração, à banda desenhada, à poesia, às artes visuais. Dirigiu a Bedeteca de Lisboa, o Salão Lisboa de Ilustração e Banda Desenhada, escreveu argumentos para filmes de animação, novelas gráficas, ensaios e histórias para a infância.

Trabalhou ainda com publicações como Revista Ler, Elle, Máxima, Marie Claire, Oceanos, Visão, Grande Reportagem, ColóquioLetras, Der Spiegel, Le Monde e o extinto suplemento DNA, do Diário de Notícias. O prematuro desaparecimento deixou por concluir vários projectos que tinha na calha. Com Teófilo Duarte, por exemplo, ficou por concretizar o lançamento de uma revista de informação geral e cultura.

Outra ilustração de André Carrilho que também vai estar patente

ilustração portuguesa, que tem um catálogo próprio na Festa da Ilustração, todos os anos”, recorda Teófilo Duarte. Este ano, uma vez que a Festa da Ilustração será dedicada a Cotrim, o catálogo, que é “uma espécie de páginas amarelas da ilustração em Portugal”, que inclui ilustradores portugueses com obra publicada, seleccionados por um júri, através de concurso, vai ser também de homenagem ao antigo jornalista e, por isso, a participação, excepcionalmente, vai ser por convite. As linhas gerais do certame, que acontecerá em vários espaços culturais do concelho, vão ser apresentadas na inauguração da exposição de Fevereiro, mas já é certo que será dado destaque a dois autores, sendo que cada um deles terá uma exposição individual na cidade: o português André Letria e o francês Alain Corbel.

Raízes junto ao Sado

A homenagem que Setúbal faz questão de prestar a João Paulo Cotrim assenta no reconhecimento da marca que o antigo jornalista deixa na cidade pela ligação à Festa da Ilustração, destaca a autarquia sadina. Para Pedro Pina, vereador da Cultura da Câmara de Setúbal, Cotrim “foi sempre um elemento incontornável, pelas ideias e propostas que tinha para a Festa da Ilustração” e a sua participação “permitiu” que o certame se tornasse uma referência nacional. “Na sua grande maioria, os participantes foram propostos por João Paulo Cotrim, que tinha a capacidade de dar a oportunidade e de tornar visível o trabalho dos ilustradores”, lembra Pedro Pina. O autarca mostra a vontade de o município prestar a “devida homenagem” ao artista, que será apresentada no anúncio da programação da Festa da Ilustração, pelo que deixa claro que a mostra de Fevereiro é ainda somente uma “primeira e singela evocação”. “É uma exposição demasiado pequena para a dimensão da obra de João Paulo Cotrim, em que aproveitamos a programação regular da Casa da Cultura para corresponder à circunstância do seu desaparecimento, mas, nessa inauguração, a Câmara Municipal de Setúbal anunciará a devida homenagem”, concluiu Pedro Pina.


17 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 9

António Lopes: o “médico”dos instrumentos musicais p13 AMBIENTE

Executivo municipal decide recandidatar Praia da Figueirinha à Bandeira Azul Pelo décimo quarto ano consecutivo, a Câmara de Setúbal vai candidatar a Praia da Figueirinha ao galardão Bandeira Azul. Uma distinção de qualidade ambiental atribuída anualmente às praias e portos de recreio, que apresentem candidatura, e se comprove que cumprem vários critérios de natureza ambiental, de segurança e conforto dos utentes. A campanha de 2022, tal como no ano passado, tem como tema a “Recuperação de Ecossistemas”, e implica que as candidaturas respeitem 32 critérios, 28 dos quais de cumprimento obrigatório. Estes critérios estão divididos em quatro grupos: “Informação e Educação Ambiental”; “Qualidade da Água”; “Gestão Ambiental e Equipamentos”; “Segurança e Serviços”.

DR

Além de respeitarem estes critérios, as praias, caso da Figueirinha, devem possuir equipamentos com rampas e instalações sanitárias para deficientes motores. De acordo com a deliberação cama-

rária, o município de Setúbal, “ciente do seu papel impulsionador no desenvolvimento do potencial turístico e na promoção da qualidade ambiental”, considera “estarem reunidas, novamente, as condições mínimas

para a apresentação da candidatura” da Praia da Figueirinha à atribuição do galardão Bandeira Azul, indica a autarquia em nota de Imprensa. A Câmara aprovou a atribuição de “um apoio financeiro de 400 euros à Associação Bandeira Azul da Europa, para que a candidatura da Praia da Figueirinha seja devidamente avaliada pelas entidades competentes para efeitos de atribuição do galardão". A Campanha da Bandeira Azul da Europa, organizada pela Fundação para a Educação Ambiental, com o apoio da Comissão Europeia, visa consciencializar para a necessidade de protecção do ambiente marinho e costeiro e incentivar a realização de acções conducentes à resolução dos problemas existentes. H.L.

PANDEMIA

Concerto “Tributo à Música Portuguesa” cancelado Foi cancelado o concerto de “Tributo à Música Portuguesa” que estava agendado para 21 de Janeiro, no Fórum Municipal Luísa Todi, em Setúbal, dá a saber a Câmara Municipal sadina. Explica a autarquia que o cancelamento é devido à evolução da pandemia. Os titulares dos bilhetes para este concerto do Coral Luísa Todi devem solicitar a devolução do dinheiro pela mesma via que fizeram a aquisição. Mais informações podem ser obtidas pelos endereços de correio eletrónico bilheteira.fmlt@mun-setubal.pt e fmlt@mun-setubal. pt e pelo telefone 265 522 127. PUBLICIDADE


10 O SETUBALENSE 17 de Janeiro de 2022

O SEGREDO DAS CARTAS

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DRA. MARIA FILOMENA LOPES PERDIGÃO DR. ALFREDO PERDIGÃO

CARNEIRO 21.03 a 20.04 No plano amoroso – não rejeite a possibilidade de se envolver um novo relacionamento. Poderá ser surpreendido, muito favoravelmente, com as atitudes e gestos de alguém que entrou há pouco na sua vida. No plano profissional – poderá entrar numa nova fase profissional, comece a pensar em novos projetos ou novas aplicações financeiras. Carta da semana – O SOL – semana muito luminosa e feliz para Peixes. Vai sentir-se com muita vontade de viver a vida e demonstrar a força das suas emoções e sentimentos. TOURO 21.04 a 21.05 No plano amoroso, sente-se muito apaixonado e tem receio de mostrar os seus sentimentos. No plano profissional, terá algumas propostas, mas não se iluda com as mais vantajosas. Carta da Semana – A Lua, esta carta mostra que você estará sensível e um pouco frágil, mas ao mesmo tempo estará com um grande poder de análise. GÉMEOS 22.05 a 21.06 No plano amoroso – poderá travar novos conhecimentos, embora deva amadurecer bem as ideias antes de lançar num novo romance. Poderá ter de enfrentar oposições familiares para poder levar em frente uma relação. No plano profissional – deve manter a calma em todas as circunstâncias, até porque esta semana tudo está ao seu alcance. Carta da semana – O CARRO – a conjuntura anuncia progressos. CARANGUEJO 22.06 a 22.07 No plano amoroso – possibilidade de os seus sentimentos serem completamente renovados. Numa situação inesperada ou mesmo sem estar disponível pode sentir novas emoções. No plano profissional – se estiver envolvido em atos de representação ou de cariz público, sair-se-á muito bem. Carta da semana – O AMOROSO – esta carta define uma semana intensa em que todos os comportamentos estão marcados pela paixão. LEÃO 23.07 a 23.08 No plano amoroso – não aceite opiniões ou que se metam demasiado na sua vida, o seu coração é o seu melhor amigo e só poderá arrepender-se do que não fizer. No plano profissional – todos os negócios ou investimentos em que se envolver, desde que estruturados e calculados darão bons resultados. Carta da semana – O IMPERADOR – está muito lúcido, objetivo e eficaz marcando pontos em todas as situações que se envolver. VIRGEM 24.08 a 23.09 No plano amoroso – não permita que o orgulho atrapalhe ou ponha em causa em relação. No plano profissional – alguns colaboradores podem interferir ou pôr em causa as suas opiniões, mas é aconselhável que não baixe os braços e faça persistir as suas ideias. Carta da semana – A FORÇA – fomenta novas ideias confere rapidez de raciocínio e força de vontade não permitindo que se instalem na sua vida indecisões ou qualquer tipo de medo. BALANÇA 24.09 a 23.10 No plano amoroso – é uma semana adequada a que faça alterações na sua forma de vida; pode iniciar uma fase mais límpida e intensa. No plano profissional – algumas situações podem assumir contornos que não esperava e perante os quais terá de tomar uma posição. Carta da semana – A MORTE – é uma carta forte que permite conduzir a sua vida de forma objetiva e eficaz. Fim de uma etapa e inicio de uma nova etapa próspera. ESCORPIÃO 24.10 a 22.11 No plano amoroso – não entregue o seu amora quem não o merece, corre o risco de deceções. Nem todas as promessas serão cumpridas esta semana. No plano profissional – dê atenção a um negócio ou a um projeto que pode esconder problemas, procure novos apoios. Carta da semana – A LUA – a conjuntura leva-o para o mundo dos sonhos em que é difícil ser racional, tente manter-se lúcido para não ser enganado. SAGITÁRIO 23.11 a 20.12 No plano amoroso, relações são correspondidas e regidas por si e pelos seus interesses. Controle o seu feitio pois numa relação toma decisões a dois. No plano profissional, mostre-se mais activo e mais empenhado com trabalhos que lhe são solicitados. Carta da Semana – O Mundo, esta carta mostra que as conquistas e os seus êxitos estão ao seu alcance, basta que consiga reunir todas as suas potencialidades para atingir os seus fins. CAPRICÓRNIO 21.12 a 20.01 No plano amoroso – escute o que lhe dita o coração sempre que tomar uma decisão ou fizer uma escolha sentimental; todos os gestos deverão ser fruto de reflexão solitária e amadurecida. No plano profissional – está perfeitamente apto a atuar em proveito próprio e fazer bom uso das suas habilitações e conhecimentos. Carta da semana – A PAPISA – a semana promete ser muito importante. AQUÁRIO 21.01 a 19.02 No plano amoroso, poderá estar a passar uma fase conflituosa, que se deve á indefinição de sentimentos, clarifique-os. No plano profissional, os trabalhos que tem em curso irão sofrer alguns atrasos, devido á falta de recursos. Carta da Semana – O Eremita, esta carta mostra que deve agir com rigor e cuidado em todas as situações. PEIXES 20.02 a 20.03 No plano amoroso – momento propicio á evolução sentimental; conseguirá compreender alguns gestos e lidar melhor com os afetos. No plano profissional – vida financeira sujeita a flutuações que merecerão medidas adequadas em cima dos acontecimentos. Carta da semana – O JULGAMENTO – traz uma semana marcante pródiga em acontecimentos importantes que lhe possibilitarão análises e iniciativas fundamentadas.

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ANTONIO SOARES NOTÁRIO ANTONIO JOSÉ ALVES SOARES, notário, com cartório na Avº da Republica nº 15, 1° andar, Lisboa, certifico narrativamente para efeitos de publicação que, por escritura de JUSTIFICAÇÃO outorgada no dia 14/01/2022, exarada a folhas 41 e ss do Livro 404A, deste Cartório, SOFIA MARTA CHURRO COSTA ALEXANDRE, NIF 186617496, viúva, natural da freguesia de S. Domingos de Benfica, concelho de Lisboa, residente no Largo do Poço nº 9, 139-B, Lisboa, MARTA COSTAALEXANDRE, NIF 247835560, solteira, maior, natural da freguesia de S. Sebastião da Pedreira, concelho de Lisboa, residente no Largo do Poço nº 9, 139-B, Lisboa; JOANA COSTA ALEXANDRE, NIF 247834447, solteira, maior, natural da freguesia de S. Sebastião da Pedreira, concelho de Lisboa, residente no Largo do Poço nº 9, 139-B, Lisboa, declararam serem donos do prédio urbano (adiante designado por "PARCELA") : Parcela de terreno destinada a ser anexada ao lote um, com a área de 2.197,00 m2, inscrito na matriz predial urbana da freguesia de Quinta do Conde, concelho de Sesimbra sob o artigo 16891, com o valor patrimonial e atribuído de 20146,51€, tendo como titular registada a Sociedade Imobiliária e Turística da Quinta do Perú SA, descrito na Conservatória do Registo Predial de Sesimbra sob o número SETE MIL NOVECENTOS E CINCO da freguesia de Quinta do Conde. Que, a PARCELA veio à posse da requerente SOFIA MARTA CHURRO COSTA ALEXANDRE e suas representadas na sequência do contrato promessa de compra e venda celebrado entre o seu marido Luis Alberto Ponciano Alexandre, entretanto falecido, em finais de outubro de dois mil e quatro, na qualidade de promitente comprador e a Sociedade Imobiliária e Turística da Quinta do Perú, S.A., na qualidade de promitente vendedora, tendo o preço da prometida compra e venda sido integralmente pago na data do referido contrato promessa e, nos termos acordados com a Sociedade Imobiliária e Turística da Quinta do Perú, S.A., SOFIA MARTA CHURRO COSTA ALEXANDRE e as suas representadas, passaram a possuir a PARCELA como se fossem verdadeiras proprietárias da mesma e não apenas meras detentoras precárias, pelo que se deu por concretizada a inversão do titulo da posse, o que se comprova, nomeadamente, pelo que acima foi dito quanto à solicitação que lhes foi dirigida pela Sociedade Imobiliária e Turística da Quinta do Perú SA, para a assinatura de declaração de aceitação da anexação da referida parcela para efeitos de instrução e titulação do aditamento ao referido Alvará. Que, desde a referida data, a PRIMEIRA OUTORGANTE e suas representadas, estão na posse e fruição da PARCELA em nome próprio há mais de quinze anos (desde dois mil e quatro), praticando relativamente à mesma os atos normais de fruição reconhecidos pelo titular inscrito (Sociedade Imobiliária e Turística da Quinta do Perú SA), nomeadamente demarcando e vedando o terreno e pagando todos os encargos e responsabilidades de conservação do imóvel (nomeadamente taxa de condomínio, dado o referido alvará ter sido aprovado em regime de condomínio), incluindo a obrigação de limpeza da parcela de terreno, para o que foram notificadas pela Administração da Quinta do Perú, à época a cargo da titular inscrita no registo (Sociedade Imobiliária e Turística da Quinta do Perú SA), pelo que esta posse é desde então exercida de boa fé, de forma ininterrupta, pública e pacífica, conduzindo à aquisição do imóvel por usucapião que aqui expressamente invocam. Está conforme o original e certifico que na parte omitida nada há em contrário ou além do que nesta se narra ou transcreve. ____________________ Lisboa, 14/01/2022.

Conta registada sob o n.º 41

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ALMADA 265 539 691 SETÚBAL 265 520 716 SEIXAL 265 520 716 MONTIJO 212 318 392 MOITA 212 047 599 BARREIRO 212 047 599 PALMELA 265 520 716 ALCOCHETE 212 318 392 OUTROS CONCELHOS 265 520 716


17 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 11 PUBLICIDADE

VITOR MANUEL CARLOS CARDOSO (1940 – 2022) Participação, Agradecimento A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Vitor Manuel Carlos Cardoso. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

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FALECEU A 06/01/2022

PAULO JORGE DE ALMEIDA TEIXEIRA

Seu esposo, filhos, nora, genro, restante família e amigos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido cujo o funeral se realizou dia 14-01-2022 para o Crematório de Setúbal. Na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vêm por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

Sua mãe, esposa, filha, genro, neto, restante família e amigos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido cujo o funeral se realizou dia 13-01-2022 para o Crematório da Quinta do Conde. Na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

AGÊNCIA FUNERÁRIA SADO TELEF: 265 718 605 - 934782861 - 966479242

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PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

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N.14-09-1925

F. 11-01-2022

ALFREDO DE OLIVEIRA E CRUZ PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

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Seus familiares cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido. O funeral realizouse dia 13-01-2022 pelas 14h30 da Capela de S. Paulo para o Cemitério de N.ª Sr.ª da Piedade. Agradecendo a todos quanto se dignaram e participaram em tão piedoso acto, bem como a todos que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar. FUNERÁRIA SETUBALENSE 265 550 045 / 265 238 528 ( SERVIÇO PERMANENTE )

FALECEU A 11/01/2022

DONZILIA MARIA FITAS GADELHAS

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO


12 O SETUBALENSE 17 de Janeiro de 2022

Região

O trabalho que faço é muito raro, por isso tenho pedidos de todo o País António Lopes

REPORTAGEM

António Lopes: o “médico” dos instrumentos musicais FOTÓGRAFO

Descendente de uma família de carpinteiros, António sempre teve gosto pela música e agora dedica o tempo, que a reforma lhe dá, a restaurar instrumentos Mariana Pombo De olhos fechados e acordeão entre os braços, António Lopes faz ecoar uma melodia ao longo do armazém. O corpo movimenta-se ao som da música e agarra o instrumento como se fizesse parte de si, afinal sente que nasceu a tocar acordeão. Mas, mesmo antes de nascer, o músico já tinha o destino traçado. Iria juntar-se ao pai numa fábrica de serração e dar seguimento a uma família de carpinteiros, ainda que, mais tarde, o seu coração estivesse na música. Aos seis anos, a madeira já marcava presença na sua vida e passava os dias a ajudar o pai numa fábrica no Sardoal, de onde é natural. “Fazia trabalhos que hoje em dia são impensáveis para um ‘miudito’ daquela idade. A vida era difícil e era preciso pôr comida na mesa ao final do mês”, relembra o carpinteiro. Foi por esse motivo que aos 19 anos foi para Lisboa trabalhar com o pai e, mais tarde, fez do Barreiro a sua casa, onde vive há mais de 50 anos. Foi o trabalho com a madeira a partir de tão tenra idade que aos 79 anos lhe permite orgulhar-se ao pensar que é o único restaurador de instrumentos que conheceu em toda a vida. “O trabalho que faço é muito raro e é por isso que me chegam pedidos de todo o país. Tenho aqui um piano que veio do Conservatório de Lisboa e precisa de ser recuperado porque ardeu completamente num incêndio”, comenta.

António Lopes vive no Barreiro há mais de 50 anos

Sem nunca ter estudado música e sabendo apenas tocar acordeão, António Lopes acredita que é a curiosidade e o gosto pêlo que faz que o guiam nas suas tarefas. Desmonta, monta, experimenta e volta a desmontar. “Houve um piano que chegou aqui todo estragado, cheio de mossas e sem algumas peças. Tive de puxar pela cabeça e fazê-las de raiz. Levou algum tempo, mas no final soava como novo. O piano saiu daqui para Nafarros e os donos ficaram loucos porque nunca pensaram que voltasse a funcionar”, lembra. Reformado desde 2004, o septuagenário encontrou no armazém da Associação de Desenvolvimento de Artes e Ofícios (ADAO) a oportunidade de aliar o trabalho manual ao gosto que sempre teve pela música. Partilha a oficina com um pianista que é quem tem “o ouvido para a coisa”, ajudando no “diagnóstico final”, mas é o carpinteiro quem se responsabiliza por “ressuscitar o que parece morto”.

Um acordeonista dos “bailaricos” António Lopes admite que lhe dá

Os irmãos António Lopes (à esquerda ) e Vítor Lopes (à direita ). Uma dupla que fazia sucesso

gozo passar o dia mergulhado num instrumento musical, pois relembra-o dos “bailaricos” que dava na aldeia com o irmão mais velho. Os serões passados em casa do avô, onde a família se juntava a tocar concertina, foram despertando a intenção de se tornar acordeonista, mas o pai já tinha outros planos em vista. “O meu pai dizia que como eu tinha mais cabedal deveria dedicar-me à carpintaria e o Vítor [irmão] era mais franzino, então ele é que podia fazer dinheiro a tocar acordeão. Eu ficava muito revoltado quando ouvia isto”, conta. Recorda com felicidade o dia em que o irmão recebeu um acordeão novo, pois teve a oportunidade de ficar com o antigo e dar início a uma dupla que passou a marcar presença em todas as festas da aldeia. “Na altura, o acordeão fazia um sucesso. Eu e o meu irmão andávamos sempre com eles atrás e animávamos quem estivesse à nossa volta”, suspira. Já a viver no Barreiro, chegava a ir ao Sardoal todos os fins-de-semana para tocar no folclore. “As pessoas gostavam de nos ouvir. Chegámos a tocar em casamentos e a ganhar uns ‘dinheirinhos’, cerca de 120 escudos”, comenta. Sob o “olhar crítico” do pai, nunca se permitiu sonhar mais alto e, com o passar dos anos, foi se convencendo de que a carpintaria lhe dava “a estabilidade que precisava”, mas hoje sente pena de não ter investido num futuro mais melodioso. “A música é para todos, mas nem todos são para a música. Eu sei tocar acordeão, mas não sou nenhum profissional. Nunca tive a oportunidade de aprender e agora já não tenho idade para isso”, confessa. Apesar de tudo, diz ser feliz na sua oficina, onde se sente realizado e pode ter “um pouco das duas coisas”. Já a música, fica reservada para a noite, onde sonha que anda pêlo mundo a tocar com o irmão.


17 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 13

Concurso de escultura em Grândola para exaltar serra e mar

A 2.ª edição do Sobr’Arte Concurso de Obras Escultóricas em Grândola, com a temática “Entre a serra e mar”, vai regressar no dia 20 deste mês, após cancelamento da iniciativa em 2020. Segundo a Câmara de Grândola,

o evento, cancelado devido à pandemia de covid-19, em Março de 2020, vai agora ter lugar com a inauguração da respectiva exposição e entrega dos prémios aos criadores das obras apresentadas, às 18h00, na Biblioteca e Arquivo do

A sério?

LITORAL ALENTEJANO

Novo orçamento da Câmara de Grândola aprovado pela Assembleia Municipal A segunda versão do orçamento da Câmara de Grândola (CDU) para este ano, de 34 milhões de euros, foi aprovada pela Assembleia Municipal, graças à abstenção da bancada da coligação PSD/CDS-PP, que tinha chumbado a primeira versão. O novo orçamento, com o mesmo valor do primeiro, foi aprovado na sexta-feira pela Assembleia Municipal de Grândola, com os votos a favor dos 12 eleitos da CDU, contra dos 11 do PS e a abstenção dos dois da coligação PSD/CDS-PP, que permitiu viabilizar o documento, disse à agência Lusa o presidente do município, o comunista António Figueira Mendes. Segundo o autarca, a segunda versão inclui “uma clarificação” das verbas relativas a apoios a atribuir aos bombeiros, às juntas de freguesia e às instituições particulares de solidariedade social do concelho, as quais, segundo as bancadas do PS e da coligação PSD/CDS-PP na Assembleia Municipal de Grândola, “não estavam muito claras” na primeira versão. Os membros da bancada do PS voltaram a votar contra, mas os da coligação PSD/CDS-PP “entenderam que a clarificação era suficiente e abstiveram-se”, frisou. No passado mês de Dezembro, a primeira versão do orçamento tinha sido aprovada por maioria na câmara, com votos a favor dos quatro eleitos da gestão comunista e contra dos três vereadores socialistas. Depois, ainda em Dezembro, foi chumbada pela Assembleia Municipal, com os votos contra das bancadas do PS e da coligação PSD/CDS-PP e a favor da CDU (12). Após o chumbo, a gestão CDU apresentou a segunda versão do orçamento, que voltou a ser aprovada por maioria na câmara, com votos a favor dos eleitos comunistas e contra dos socialistas, e, na sexta-feira, pela Assembleia Municipal. Segundo a Câmara de Grândola, o orçamento aprovado para este ano é superior em mais de três milhões em relação ao de 2021, e está “focado na melhoria da qualidade de vida da po-

DR

OPINIÃO

C

Abstenção dos dois eleitos da coligação PSD/CDS permitiu aprovação

pulação, com uma atenção especial ao actual contexto” de pandemia de covid-19. O orçamento dá “prioridade” às áreas sociais, como saúde, educação e ação social, habitação e programas direcionados à juventude. Através do orçamento, o executivo quer “manter a dinâmica na área da cultura e do património, continuar a melhorar os equipamentos educativos, desportivos, o espaço público, arruamentos, estradas, caminhos e infraestruturas básicas”. O orçamento prevê também a concretização de investimentos municipais “essenciais para captar novos e diversificados” projectos “geradores de riqueza e de postos de trabalho”, refere. Neste sentido, o município destaca a expansão da Zona Industrial Ligeira e o processo de instalação do Parque Logístico de Grândola. Nos capítulos da coesão económica e da qualidade de vida, indica, a cultura, o desporto, a educação, a juventude e o desenvolvimento

social “continuarão a ser áreas prioritárias”. “Além das respostas sociais, importa também encontrar respostas para a construção de habitações a custos controlados, construção de loteamentos municipais para autoconstrução e disponibilização de habitações com rendas acessíveis”, refere. Nas áreas da regeneração urbana e de reforço dos serviços públicos, o município quer continuar “as obras estruturantes que transitam do ano anterior” e iniciar “um conjunto alargado de novos projectos”. Entre estes projectos, o município destacou o Parque Urbano Municipal, o edifício da Universidade Sénior, a estrada de acesso à praia de Melides, a Rua Nova em Melides, o espaço lúdico e de lazer de Canal Caveira, os Bairros da Aldeia Mineira do Lousal, a Avenida António Inácio da Cruz e o Largo Zeca Afonso, a Rua D. Nuno Alvares Pereira e o Centro Municipal de Protecção Civil.

LL (HYN) / Lusa

município. As 23 obras a concurso foram concebidas com materiais provenientes do sobreiro, como a cortiça, raiz, madeira, fruto ou folhas, e materiais recicláveis, podendo a exposição ser apreciada até dia 30.

José Luis Ferreira

omo na altura da discussão afirmamos, Os Verdes consideram que poderíamos ter ido mais longe no regime do Teletrabalho, nomeadamente na defesa dos direitos de quem trabalha. Ainda assim, é absolutamente imprescindível, por um lado, garantir que os encargos que o trabalhador se vê obrigado a suportar por trabalhar em casa, que são custos de produção, sejam efetivamente imputados às empresas e, por outro lado que a Autoridade para as Condições de Trabalho, fiscalize o cumprimento das obrigações das empresas no que diz respeito aos direitos de quem trabalha. E agora que a Lei do Teletrabalho já está em vigor, começam a surgir muitas dúvidas relativamente à aplicação desse regime e uma dessas dúvidas diz respeito ao pagamento do subsídio de refeição, uma matéria aliás, que o PS recusou incluir especificamente na lei. Foi uma opção, porque é de opções que falamos. Sucede que esta indefinições ou lacunas, de que o subsídio de refeição é apenas um exemplo, não só, dificultam a aplicação da lei, como certamente vão potenciar conflitos, que poderiam ser evitados. Mas ainda em matéria laboral e diga o PS o que disser, a verdade é que o Governo tinha todas as condições para remover do nosso ordenamento jurídico regras que penalizam quem trabalha, e que foram impostas pelo PSD e pelo CDS, referimos-mos, por exemplo às normas relativas à caducidade da contratação coletiva, ao valor das indemnizações em caso de despedimento ou a reposição do princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador. Essa, não foi, contudo a opção do

Governo do PS. Quanto aos salários, e diga o PS o que disser, a verdade é que o Governo teve todas as condições para proceder a um aumento real dos salários e em particular um aumento do Salário Mínimo Nacional para valores dignos e justos. Mas essa não foi a opção do PS. A opção do PS foi continuar a insistir nos baixos salários, quando como sabemos, valorizar os salários é distribui melhor a riqueza que é produzida por todos. A opção do Governo foi perpetuar a injustiça ou a triste realidade que representa o facto de no nosso país se empobrecer a trabalhar. Mas mais, o PS teve todas as condições para alterar um conjunto de regras que levaram ao modelo de baixos salários, à precariedade e aos horários de trabalho longos e desregulados. Também essa não foi a opção do Governo. Aliás, a propósito da precariedade laboral, recorde-se que o PS, ao mesmo tempo que negociava com os partidos à sua esquerda medidas para promover um combate à precariedade laboral, negociava também com o PSD o alargamento do prazo do período experimental, onde a precariedade é mais impiedosa, para não dizer mais cruel. E por fim, quanto aos horários de trabalho, recorde-se que o PS, que agora vem falar da semana de 4 dias de trabalho, é o mesmo PS que chumbou as propostas dos Verdes relativas às 35 horas de trabalho semanal, que chumbou a proposta para os 25 dias de férias para todos os trabalhadores e que chumbou também a proposta para que a terça feira de carnaval passasse a ser feriado obrigatório. E agora vêm falar da semana de 4 dias de trabalho. A sério? Deputada do PEV


14 O SETUBALENSE 17 de Janeiro de 2022

Desporto

VITÓRIA CONSOLIDA POSIÇÃO NOS LUGARES CIMEIROS DA LIGA 3

Chapéu de André Mesquita iniciou reviravolta sadina sobre Sporting B DR

Murilo fez o golo do triunfo no jogo em que Zequinha voltou à competição Ricardo Lopes Pereira Tal como já tinha acontecido na última partida realizada no Bonfim com o Caldas, a 22 de Dezembro, uma reviravolta no marcador permitiu ao Vitória vencer na sexta-feira o Sporting B também por 2-1, resultado que permitiu à equipa alcançar os 23 pontos. Os golos apontados na partida da 15.ª jornada da Liga 3 foram, ambos ainda na primeira parte, da autoria de André Mesquita e Murilo Rosa. Depois do conjunto leonino se ter adiantado no marcador, numa grande penalidade convertida por Edu Pinheiro, aos 12 minutos, a reacção deu-se volvidos cinco minutos num golaço obtido com um chapéu de André Mesquita, que culminou uma excelente assistência de Bruno Ventura. Aos 31, após cruzamento de Nuno Pinto, foi a vez de Murilo Rosa também se estrear na lista de marcadores sadinos. Depois de terem tido uma paragem forçada nos trabalhos da semana transacta, devido ao surto de Covid-19 que afectou o plantel, os comandados de Pedro Gandaio, que estavam há mais de 20 dias sem jogar oficialmente, foram a jogo frente a um Sporting B que se apresentou em Setúbal depois de ter vencido (1-0) o Torreense na ronda anterior. Após o apito inicial do árbitro madeirense Anzhony Rodrigues, os leões não tardaram a ameaçar a baliza vitoriana. Logo aos 4 minutos, no seguimento de um cruzamento de Diogo Brás da direita, Youssef Chermiti, em posição privilegiada, foi perdulário ao rematar ao lado do poste. Aos 10, foi a vez de Geny Catamo rematar de fora da área para

Jogadores e adeptos celebraram no Bonfim o triunfo sobre os leões

defesa atenta de João Valido. Depois dos avisos, os sportinguistas adiantaram-se no marcador na conversão de uma grande penalidade, aos 12 minutos, lance que puniu um derrube de Diogo Martins sobre Miguel Menino. Da marca dos 11 metros, o capitão Edu Pinheiro aproveitou a oportunidade para desfeitear o guardião sadino, fazendo o 1-0 para os leões. Os sadinos não se ressentiram do golpe e reagiram de imediato ao golo sofrido quando logo no minuto seguinte quase igualaram num lance em que Varela fez um excelente trabalho na esquerda e fez um cruzamento remate a que Bruno Ventura quase conseguiu chegar para fazer a emenda.

Mais eficácia tiveram os vitorianos aos 17 minutos, momento em que construíram, com nota artística, o 1-1 por intermédio de André Mesquita. O atacante, depois de ser desmarcado de forma primorosa por Bruno Ventura, recebeu a bola e, com uma chapelada sobre o guarda-redes André Paulo pôs em festa o público presente no estádio. Empolgados pelo momento, os comandados de Pedro Gandaio continuaram por cima do encontro, conseguindo, sem surpresa, operar a reviravolta no marcador aos 31 minutos. Após cruzamento do flanco esquerda de Nuno Pinto, que voltou a confirmar o estatuto de “rei das assistências”, o médio brasileiro

apareceu em zona frontal a encostar para o 2-1. Até ao intervalo, o placar não voltou a mexer, apesar de o Vitória ter obrigado, aos 36 minutos, num livre directo do esquerdino Nuno Pinto em zona frontal, o guarda-redes André Paulo a aplicar-se para impedir que os anfitriões ampliassem a vantagem.

Aplausos para Zequinha no regresso

No segundo tempo, os comandados de Pedro Gandaio apanharam alguns sustos, fruto da reacção leonina que fez tudo para chegar ao empate. A melhor dessas ocasiões aconteceu aos 82 minutos num remate de Diogo

Brás – que aos 73 já tinha ameaçado a facturar na cobrança de um livre directo – à trave da baliza de João Valido. Apesar dos sobressaltos sofridos na recta final do encontro, o Vitória nunca deixou de procurar ampliar a vantagem, dispondo de algumas ocasiões para o fazer. Exemplo disso foram remates de meia distância de Rodrigo Pereira e Varela, aos 57 e 90 minutos, respectivamente. A partida realizada na noite de sexta-feira ficou ainda marcado pelo regresso de Zequinha à competição, depois de quatro meses e meio de ausência, período em que recuperou de uma artroscopia ao joelho. Lançado por Pedro Gandaio aos 68 minutos, o avançado, de 35 anos, esteve ausente da competição desde Agosto de 2021, razão pela qual o seu regresso foi muito saudado pelos adeptos que o ovacionaram. Nas acções que teve no jogo, o atacante setubalense ainda contribuiu para levar perigo à área contrária. Aos 70, na primeira vez que tocou na bola fez um cruzamento perigoso que desviou num defesa leonino para canto e, já aos 90+4 minutos, na sequência de um contra-ataque, Zequinha assistiu Badara que não conseguiu aproveitar a oportunidade. Entretanto, na quinta-feira, pelas 19:30 hora, o Vitória volta a jogar no Estádio do Bonfim. A partida de acerto de calendário é referente à 5.ª jornada da Série B da Liga 3 e será frente ao U. Santarém.

CLASSIFICAÇÃO III LIGA

J 1 UD Leiria 2 Torreense 3 Vitória FC 4 Real SC 5 Caldas SC 6 FC Alverca 7 Amora FC 8 Sporting B 9 CD Cova Piedade 10 U. Santarém 11 Oriental Dragon FC 12 FC Oliv. Hospital

V E D M-S

14 10 15 8 13 7 14 6 15 5 13 6 13 5 15 4 15 4 13 3 13 2 14 1

3 2 2 4 5 2 3 4 2 4 7 8

1 5 4 4 5 5 5 7 9 7 4 5

29-12 18-15 18-13 18-18 14-13 17-18 17-12 15-19 15-26 15-21 14-16 19-26

P 33 26 23 22 20 20 18 16 14 13 13 11


17 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 15

Pinhalnovense sem jogadores para jogar fez falta de comparência

A 12.ª jornada do Campeonato de Portugal ficou marcada pela falta de comparência do Pinhalnovense no jogo que deveria disputar em casa com o U. Montemor. A equipa de Pinhal Novo não tinha jogadores suficientes para ir a jogo, devido aos problemas financeiros existentes,

contactou o clube alentejano para o adiamento do jogo, havia acordo entre os clubes e até foi avançada uma data, mas a Federação Portuguesa não permitiu que o mesmo fosse adiado. No cumprimento das regras o U. Montemor compareceu no Campo Santos Jorge e conquistou os três

FUTEBOL DISTRITAL

LIGA 3

Na última jornada da primeira volta jogaram-se apenas metade dos jogos

Cova da Piedade perde em casa com o último classificado

DR

O Comércio Indústria, que venceu o Vasco da Gama, é o único clube com a totalidade dos jogos efectuados na primeira metade da competição

A 15.ª jornada ficou marcada pelo adiamento à última da hora do Oriental Dragon – Amora que se deveria ter jogado no Estádio Alfredo da Silva José Pina

José Pina A 19.ª jornada do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão, que assinala o término da primeira volta, foi jogada apenas a 50% porque metade dos jogos que estavam agendados foram adiados devido à situação pandémica que continua bastante activa, um pouco por todo o lado. U. Santiago – Pescadores; Charneca de Caparica – Seixal; Alcochetense – Sesimbra; Águas de Moura – Desportivo Fabril; Vitória FC – Grandolense foram os jogos que não se realizaram. Entre aqueles que se disputaram será de realçar a vitória (4-1) do Comércio Indústria (o único clube com todos os jogos realizados na primeira metade da competição) sobre o Vasco da Gama num jogo em que a equipa de Sines foi a primeira a marcar, logo aos dois minutos. Os sadinos deram a volta ao marcador ainda na primeira parte e dilataram a vantagem com mais dois golos na etapa complementar. Depois há que salientar o êxito alcançado pelo Monte de Caparica sobre o Cova da Piedade B (4-2), do Olímpico do Montijo sobre o Alfarim (4-0) e do Trafaria no reduto do FC Setúbal (4-1). No Campo Cornélio Palma registou-se uma igualdade (1-1) entre Palmelense e Moitense. A classificação neste momento está assim ordenada: 1.º lugar, Comércio Indústria, 48 pontos, em 19 jogos; 2.º lugar, Desportivo Fabril (16 jogos), 37 pontos; 3.º lugar, Olímpico do Montijo (16 jogos), 34 pontos; 4.º lugar, Águas de Moura (15 jogos), 32

pontos, mesmo sem jogar. Para a mesma competição, o Barreirense foi derrotado na sua deslocação ao Algarve, sendo goleado (4-0) pelo Louletano, com um golo sofrido na primeira parte e os restantes na segunda, dois deles já em período de compensação.

Em Palmela registou-se o único empate da jornada

pontos; 5.º lugar, Vitória FC (17 jogos), 29 pontos; 6.º lugar, Pescadores (15 jogos), 28 pontos; 7.º lugar, Moitense (18 jogos), 28 pontos; 8.º lugar, Monte de Caparica (18 jogos), 27 pontos; 9.º lugar, Charneca de Caparica (18 jogos), 24 pontos; 10.º lugar, Sesimbra (17 jogos), 21 pontos; 11.º lugar, Grandolense (17 jogos) e Vasco da Gama (18 jogos) e Trafaria (17 jogos), 20 pontos; 13.º lugar, U. Santiago (16 jogos), 19 pontos; 14.º lugar, Cova da Piedade B (17 jogos) e Alcochetense (17 jogos), 18 pontos; 16.º lugar, 17.º lugar, Palmelense (17 jogos), 17 pontos; 18.º lugar, Seixal (16 jogos), 12 pontos; 19.º lugar, Alfarim (17 jogos), 11 pontos; 20.º lugar, FC Setúbal (17 jogos), 7 pontos.

II Divisão

Na 2.ª divisão foram adiados três jogos, o Banheirense – Almada; Quinta do Conde – Santo André e o Brejos de Azeitão – Santoantoniense, realizando-se este na próxima quarta-feira às 21 horas no Campo Vale da Abelha, em Paio Pires. O Barreirense B foi ao Samouco golear a equipa local, o Amora B, Botafogo e Zambujalense a jogarem

em casa levaram a melhor sobre os Pelezinhos, Alcochetense B e Paio Pires, respectivamente. E, no Campo António Marques Pequeno, Ginásio de Corroios e Arrentela empataram a uma bola. Resultados dos jogos realizados na 15.ª jornada: Amora B 4 Pelezinhos 1; Botafogo 3 Alcochetense B 2; Corroios 1 Arrentela 1; Zambujalense 3 Paio Pires 0; Samouquense 1 Barreirense B 5. Classificação: 1.º lugar, Almada (12 jogos), 30 pontos; 2.º lugar, Amora B (13 jogos), 30 pontos; 3.º lugar, Zambujalense (14 jogos), 29 pontos; 4.º lugar, Banheirense (12 jogos), 28 pontos; 5.º lugar, Botafogo (13 jogos), 28 pontos; 6.º lugar, Quinta do Conde (12 jogos), 24 pontos; 7.º lugar, Barreirense B (14 jogos), 19 pontos; 8.º lugar, Brejos de Azeitão (11 jogos), 18 pontos; 9.º Alcochetense B (13 jogos), Paio Pires (15 jogos), Lagameças (14 jogos) 16 pontos; 12.º lugar, Corroios (14 jogos), Arrentela (13 jogos), 14 pontos; 14.º lugar, Santo André (13 jogos) e Samouquense (15 jogos), 10 pontos; 16.º lugar, Pelezinhos (14 jogos), 9 pontos; 17.º Santoantoniense (12 jogos), 5 pontos.

A derrota do Cova da Piedade em casa com o Oliveira do Hospital foi a grande surpresa da 15.ª jornada da Liga 3 que ficou incompleta devido ao adiamento à última da hora do Oriental Dragon – Amora, que se deveria ter realizado no Estádio Alfredo da Silva. O jogo que ia ser transmitido em directo pelo Canal 11 e tinha como árbitro nomeado, Rui Soares (Santarém), foi cancelado a poucas horas do seu início, tendo o Amora emitido um comunicado sobre o assunto já depois das 00.00 horas do próprio dia do jogo e o Oriental Dragon (que tem mais de metade do plantel infectado) publicado uma nota informativa durante a manhã. Mas, voltando ao jogo do Cova da Piedade importa dizer que esta foi a primeira vitória do Oliveira do Hospital no campeonato, onde anteriormente tinha obtido oito empates e cinco derrotas. Os piedenses eram apontados

claramente como favoritos para esta partida porque o adversário, que era o último classificado, ainda não tinha ganho a ninguém e porque na primeira volta se havia registado um empate no confronto disputado em Tábua. Só que teoria é uma coisa e prática por vezes é outra. Foi de facto o que aconteceu no Estádio das Seixas, na Malveira, local onde o Cova da Piedade realiza os seus jogos na condição de visitante. Num jogo animado, os visitantes colocaram-se em vantagem com um golo de Varela marcado aos 39 minutos, na sequência de um livre. Na segunda parte o Oliveira do Hospital aumentou a vantagem para 2-0, aos 58 minutos, num penálti convertido por Diogo Martins, a punir falta de Califo Baldé sobre um adversário, em plena grande área. O Cova da Piedade respondeu de imediato e quatro minutos depois reduziu para 1-2 por Rui Batalha, também na cobrança de um penalti por falta cometida sobre Califo Baldé, que curiosamente foi protagonista nos dois lances. Este golo fez renascer as esperanças piedenses que se esforçaram bastante para chegar ao empate, entretanto negado pelo guardião Ruca (90+4’) que segurou a vantagem ao defender um remate de Pedro Carvalho que levava o selo de golo. Na próxima jornada o Cova da Piedade desloca-se ao Estádio Aurélio Pereira, em Alcochete, para defrontar o Sporting B. DR


02:09 ~ 3.1 m ~ Preia-mar 08:22 ~ 1.0 m ~ Baixa-mar 14:27 ~ 3.0 m ~ Preia-mar 20:25 ~ 1.0 m ~ Baixa-mar

ALMADA

02:07 ~ 3.1 m ~ Preia-mar 08:22 ~ 0.9 m ~ Baixa-mar 14:28 ~ 3.0 m ~ Preia-mar 20:25 ~ 1.0 m ~ Baixa-mar

SESIMBRA

02:29 ~ 3.2 m ~ Preia-mar 08:41 ~ 0.9 m ~ Baixa-mar 14:50 ~ 3.0 m ~ Preia-mar 20:48 ~ 0.9 m ~ Baixa-mar

SINES

SETÚBAL TRÓIA

MARÉS

02:45 ~ 3.2 m ~ Preia-mar 08:45 ~ 0.8 m ~ Baixa-mar 15:05 ~ 3.1 m ~ Preia-mar 20:50 ~ 0.8 m ~ Baixa-mar

FICHA TÉCNICA REGISTO DE TÍTULO n.º 107552 | DEPÓSITO LEGAL n.º 8/84 PROPRIETÁRIO Outra Margem – Publicações e Publicidade, NIF 515 047 325 (detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro) Sede do proprietário: Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal EDITOR Primeira Hora – Editora e Comunicação, Lda, NIF 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress Lda, Losango Mágico, Lda, Carla Rito e Gabriel Rito) Sede do Editor Travessa Gaspar Agostinho,1, 1.º, 2900-389 Setúbal Conselho de Gerência Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro REDACÇÃO Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal DIRECTOR Francisco Alves Rito Redacção Mário Rui Sobral, Humberto Lameiras, Maria Carolina Coelho; Desporto Ricardo Lopes Pereira, José Pina Departamento Administrativo Teresa Inácio, Branca Belchior PUBLICIDADE Direcção Comercial Carla Sofia Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro Coordenação Ana Oliveira (Setúbal), Carla Santos (Moita e Barreiro) Publicidade Lina Rodrigues, Rosália Baptista, Célia Félix, Luís Bandadas IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda - Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal geral@tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária 9000 exemplares Estatuto Editorial disponível em www.osetubalense.com


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