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Rita Machita Santos
Desporto
Aos 14 anos de idade, a jovem setubalense tem já vários títulos de campeã nacional. Integra o Plano de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Natação
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RITA MACHITA SANTOS A campeã nacional focada no campeonato da Europa e nos Jogos Olímpicos
Nadadora do Naval Setubalense integra a Selecção Nacional e treina para brilhar cada vez mais sempre que entra na piscina
O desporto sempre foi uma paixão de Rita Machita Santos, uma jovem de 14 anos que desde cedo entrou nesse mundo. Fez triatlo e natação em simultâneo, mas, ao perceber que não conseguia conciliar as duas áreas, teve de fazer uma escolha. O gosto pela natação falou mais alto e, actualmente, é no Clube Naval Setubalense que a atleta dá tudo no meio aquático.
Desde os 11 anos que se entrega ao desporto que considera interessante e que tanto gosto lhe dá praticar, sendo que Rita chega a dizer que “alivia-me um bocado a mente”. Apesar da sensação positiva, a jovem nadadora confessa que já foi necessário fazer uma pausa devido à difi culdade em manter a conciliação entre a vida desportiva e a vida pessoal e escolar.
“Não é fácil. A natação ocupa bastante tempo de estudo e aos fi ns de semana tenho de abdicar um pouco da vida social para poder estudar, assim consigo conciliar as duas coisas”. Contudo, os resultados e o apoio dos pais falaram mais alto e Rita voltou a fazer o que lhe dá alegria e oportunidade de mostrar as suas capacidades.
A caminhada é exigente e desgastante, existindo momentos mais negativos que desmotivam um pouco, mas é feito todo um trabalho psicológico incentivador. A atleta revela que começa “por rever as provas que correram bem”, tentando também “alterar a técnica, fazer o que eu consigo para na altura nadar melhor e fazer tempos melhores”.
Com uma passagem rápida para o mundo competitivo, a desportista considera ter tido uma fácil adaptação à nova realidade. São precisamente as competições que colocam um sorriso no rosto de Rita, principalmente quando alcança vitórias.
Contudo, admite que nem sempre confi a nas suas capacidades “tanto em competições como em treinos”, tendo “receio de ir lá [às competições] e não fazer nada”. Confessa ainda que “é estranho pensar que conquistei títulos”.
A escalada da competição Com apenas 14 anos, sagrou-se
Rita Santos à queima-roupa
Idade 14 anos Naturalidade Setúbal Residência Setúbal Área Natação
Por vezes, ainda desconfi a das suas capacidades, mas as vitórias colocam-lhe um sorriso no rosto e dão motivação para mais
Campeã Nacional, em Coimbra, nos 200m e 400m Estilos e 200m Bruços, Campeã Nacional nas estafetas de 4x100m Estilos e 4x200m Livres e Vice-Campeã Nacional na estafeta de 4x100 Livres. Tem já um caminho cheio de sucesso, mas ambiciona muito mais.
Tem grandes planos para o futuro, ainda que esteja mentalizada que tudo tem o seu tempo e que não deve apressar nada. Além de desejar que o Festival Olímpico da Juventude Europeia, no qual vai participar no Verão, corra bem, pretende conseguir tempos mínimos para o Campeonato da Europa de Juniores e, ainda, ir aos próximos Jogos Olímpicos.
Para alcançar todas as metas desejadas e ser melhor a cada dia que passa, Rita trabalha arduamente e luta contra todas as difi culdades que possam existir. A jovem nadadora revela que “eu já não tenho muita força a comparar com outras pessoas, se a técnica não está bem então ‘vai tudo por água abaixo’”.
A força de vontade ganha asas e felicidade foi que a atleta sentiu quando, em Janeiro deste ano, surgiu o convite para integrar a Seleção Nacional. Rita focou-se nos treinos e tentou sempre dar o seu melhor, pensado que “é agora que eu tenho de brilhar, é agora que eu tenho de estar mesmo bem”.
Mais cedo ou mais tarde, o esforço e os resultados são recompensados e Rita já teve a prova disso quando foi convocada para o Estágio em Rio Maior, em Fevereiro deste ano, por cumprir os critérios do Plano de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Natação. Passando por uma “experiência diferente”, a atleta confessa que “a nível da mentalidade, o meu pensamento melhorou”.
O sucesso não seria possível sem a existência de uma base forte de motivação e apoio na caminhada competitiva de Rita. O pai é a pessoa que mais a ajuda, fazendo-o desde o primeiro segundo, e é uma das pessoas a quem a fi lha está eternamente grata e por quem deixa o seu lado emocional ganhar vida.