circule este exemplar no seu condomínio ou administradora
ano 1 | Nº 02 | MAi/jun 2014
Separação do lixo: colabore para um condomínio mais limpo
Condomínios-clube: moradia, serviços e lazer em um só lugar
ticket alimentação: funcionários agora têm direito ao benefício
para-raios: manutenção garante segurança dos moradores
. Alarmes . Interfonia . Câmeras . CFTV . Antenas coletivas . Portões eletrônicos . Controle de acesso . Cancelas 10 anos no mercado Mais de 1.000 condomínios atendidos
Especializada em segurança eletrônica para condomínios, comércio e indústria
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EDITORA Andrea Castilho
Apenas dois meses se passaram e muitas novidades aconteceram desde a última edição de nossa revista. Umas das mais importantes refere-se à obrigatoriedade da concessão do benefício do ticket alimentação/ refeição a empregados em condomínios, decisão inédita prevista na Convenção Coletiva dos Trabalhadores celebrada este ano pelos sindicatos representantes. Para esclarecer as principais dúvidas que possam surgir, publicamos uma matéria sobre o assunto que você confere nas páginas 4 e 5. Também atual é o assunto da capa desta edição: a preocupação ambiental que deve ser uma constante em nossas vidas e o síndico, como líder natural, não deve deixar de lado a questão da destinação correta do lixo no condomínio, organizando a sua coleta, orientando e incentivando moradores e funcionários para que todos colaborem em prol da preservação do planeta. Ações simples geram excelentes resultados! Com a matéria sobre para-raios, que você confere na página 10, procuramos apresentar a você, síndico, os tipos de equipamentos disponíveis para proteção dos condomínios, assim como a necessidade de vistorias periódicas, tudo em uma linguagem acessível e prática. Assim, você terá melhores condições de avaliar a situação do seu prédio com relação ao sistema de proteção contra descargas elétricas, cada vez naus comuns em nossa cidade. Por fim, ressaltamos que nossa revista também tem por objetivo ser um guia comercial de empresas e profissionais prestadores de serviços e fornecedores de produtos voltados para condomínios. Tudo isto para facilitar o seu trabalho, síndico, na hora de realizar orçamentos e fechar negócios. Saiba mais sobre as novidades no mercado nos Informes Publicitários desta edição que trazem informação de qualidade e credibilidade preparadas especialmente para você. Gostaríamos ainda de deixar registrado o nosso agradecimento a todos que se manifestaram por email em virtude da transformação do jornal O Síndico em revista. Estejam certos de que para nós, este incentivo é muito importante, pois nos dá a certeza de estarmos trilhando o caminho certo. Obrigado a todos e em breve teremos mais novidades! Uma boa leitura! andrea castilho EDITORA
DIRIGIDO A Condomínios residenciais, comerciais, horizontais, rurais, empresariais, administradoras, construtoras e shoppings PERIODICIDADE Bimestral TIRAGEM 4.000 exemplares PÚBLICO LEITOR DIRIGIDO Síndicos, sub síndicos, conselheiros, zeladores, administradores e construtores CIRCULAÇÃO Juiz de Fora / Minas Gerais JORNALISTA RESPONSÁVEL Andrea Castilho MTB 5892 logica@logicavirtual.com (32)8704-3246 ESTAGIÁRIO Rafael Rodrigues COLABORADORES Claudia de Oliveira e Silva Joaquim A. de Castilho José Maria Braz Pereira CONTATO PUBLICITÁRIO Paulo Cáscio (32) 8897-6822 contato2@logicavirtual.com PRODUÇÃO
Rua Halfeld, 414 Sl. 710 Centro Juiz de Fora, MG CEP: 36010-900 (32) 3212-3329 logica@logicavirtual.com www.sindicojf.com.br
sumário
IMPRESSÃO Gráfica Central
3 12
As violências dentro e fora do condomínio
Rateio de despesas em condomínios mistos
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6
Resíduos precisam de coleta adequada
Conheça a NR-35 sobre trabalhos em altura
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Casa das Bombas é a solução
A reprodução dos textos deste jornal requer autorização prévia da editora, por escrito, estando os infratores sujeitos às penalidades legais. As matérias assinadas são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião da revista. O SÍNDICO em revista não se responsabiliza pelos serviços e produtos oferecidos pelos anunciantes.
expediente
editorial
uma revista atual
indicadores
PISO SALARIAL DOS EMPREGADOS EM CONSERVADORAS (válido até 31/12/2014) Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana de Juiz de Fora – SINTEAC
> > > > >
Database – janeiro de cada ano
Ascensorista e cabineiro (6 horas) .....................................R$ 902,69 Faxineiro/Serviços gerais ...................................................R$ 773,82 Garagista.............................................................................R$ 911,21 Porteiro/vigia........................................................................R$ 843,70 Zelador.................................................................................R$ 911,21
PISO SALARIAL DOS EMPREGADOS EM condomínios
(válido até 31/12/2014) - Sindicato dos Empregados em Edifícios de Juiz de Fora - SINDEDIF
20%
> Horas extras
60%
> Ticket alimentação
R$ 9,00/
dia trabalhado
> Adicional noturno
25%
> Horas extras
Database – janeiro de cada ano
> Empregados em condomínios residenciais ...........................R$ 806,04
> Empregados em condomínios comerciais ............................R$ 853,66
75%
> Ticket alimentação
R$ 80,00/mês
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL (inSS)
Obrigações
Tabela a ser aplicada para recolhimento a partir de 01/01/2014
> Admissão/Demissão (CAGED) – comunicar ao Ministério do Trabalho até o dia 05 do mês subsequente > Recolhimento do INSS – até o dia 20 do mês subsequente > Recolhimento do FGTS – 8% sobre a Folha de Pagamento, até o dia 7 do mês seguinte. > Recolhimento do PIS – 1% sobre a Folha de Pagamento, até o dia 24 do mês subsequente. > Recolhimento do ISS (Imposto sobre Serviços Prestados) – 5% sobre as notas fiscais, até o dia 5 do mês subsequente.
Empregados e trabalhadores avulsos Salário de Contribuição (R$)
INSS (%)
Até R$ 1.317,07 De R$ 1.317,08 até R$ 2.195,12
8 9
De R$ 2.195,13 até R$ 4.390,24
11
Pagamento até o dia 20 do mês subsequente ao de competência. Não havendo expediente bancário, antecipa para o primeiro dia útil anterior.
2
> Adicional noturno
O Síndico em revista - Mai/Jun 2014
tira-teima
brazpereirajm@hotmail.com
José Maria Braz Pereira Consultor Condominial
Falando de condomínio Transferidos os elogios ao primeiro número da REVISTA, parabenizo a jornalista (editora) Andrea Castilho pelo brilhante trabalho com o novo empreendimento “O SÍNDICO em revista”, que sem dúvida é um sucesso. Agradeço aos que aprovaram o novo esquema de nossa modesta coluna, e como as sugestões de assuntos têm um número expressivo, vamos buscar a atender a todos. VIOLÊNCIA: Precisamos ver a violência sob dois aspectos: VIOLÊNCIA EXTERNA (RUA) que é de responsabilidade dos poderes públicos Municipal, Estadual e Federal. Nos condomínios, é preciso ter porteiros treinados de forma continuada e realizar parceria com os condomínios vizinhos aderindo ao projeto da Polícia Militar “VIZINHANÇA SOLIDÁRIA”. Neste, os porteiros comunicariam-se entre si, sempre que notarem algo anormal nas redondezas, acionando a Polícia para averiguação. Outro ponto é a VIOLÊNCIA INTERNA, que se caracteriza em diversos atos praticados dentro do condomínio como uso abusivo de poder; inadimplência; barulho; uso inadequado de área comum; ausência nas assembleias; uso excessivo de procurações; intolerância e outras tantas mais. Estamos comentando esses fatos, para que nos permitam discutir como os síndicos podem agir nas mais diversas ocasiões, levando-os a usarem sua liderança de forma humana e eficaz na solução dos problemas. Em primeiro lugar, o Síndico deve ser ético e coerente. Mesmo que outras pessoas não percebam, muitas vezes ele tem o vício de dar desculpas usando de justificativas, quando deixa de fazer algo por medo, comodidade ou falta de senso de prioridade. Desta forma, não assume a verdadeira razão de sua ineficiência perante os outros e a si mesmo. Daniel Goleman, autor do festejado livro “INTELIGÊNCIA EMOCIONAL”, lançou em outubro de 2013, o livro
“FOCUS” que nos ensina três focos essenciais que um líder deve ter: FOCO INTERNO – O líder precisa prestar atenção nos seus sentimentos internos, acreditar nos sentimentos não racionais. Perceber a sensação estranha que se sente quando alguma coisa não vai dar certo naquele negócio ou decisão. Os grandes líderes conhecem, obedecem e respeitam essas reações internas. FOCO DA EMPATIA – O líder deve aprender a se colocar no lugar das outras pessoas praticando três tipos de empatia: a) EMPATIA COGNITIVA - quando o líder procura entender as razões e argumentações das pessoas, dialogando com elas e buscando a compreensão racional da situação; b) EMPATIA EMOCIONALquando o líder procura entender como as pessoas estão se sentindo em determinada situação e qual o papel das emoções como influência; c) EMPATIA DE SERVIR - quando o líder demonstra às pessoas que está disposto a ajudá-las a solucionar os problemas, demonstrando lealdade e confiança. FOCO EXTERNO – O líder precisa entender o sistema no qual está inserido. Deve conhecer os anseios, desejos, visão e necessidades, bem como o que seu condomínio precisa em termos globais (qual a situação atual do prédio relativa à manutenção, segurança, treinamento de pessoal, etc.), e precisa aprender a trabalhar com essa visão sistêmica. O Síndico, para ser um LÍDER EFICAZ, precisa prestar muita atenção nesses três focos durante sua gestão e desenvolver conhecimentos sobre: PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, CONTROLE E COMUNICAÇÃO, para lidar com prioridades e eventualidades, e decidindo sobre o que é essencial e precisa ser feito. Obrigado! Continuaremos nos próximos artigos. www.sindicojf.com.br
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atualidades 4
Ticket alimentação/refeição passa a ser obrigatório em condomínios Benefício é importante conquista do SINDEDIF e tem valor mínimo de 80 reais De olho na database de 1º de janeiro, o SINDEDIF-JF (Sindicato de Empregados em Edifícios e Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Comerciais e Residenciais de Juiz de Fora) realizou entre os meses de novembro de 2013 e março deste ano várias reuniões com o SINDICON (Sindicato dos Condomínios de Juiz de Fora e da Zona da Mata Mineira – Patronal) para tratar da Convenção Coletiva dos Trabalhadores em Condomínios de Juiz de Fora de 2014. As negociações tiveram como resultado, o reajuste salarial da categoria de 8% além da conquista do benefício do ticket alimentação/ refeição. De acordo com a nova convenção, ficou determinado que os empregadores fornecerão mensalmente aos empregados, entre os dias 01 e 30, ticket alimentação e/ou ticket refeição e/ou ajuda similar (cesta básica) no valor mínimo de 80 reais. Para os condomínios que já concediam o benefício, não haverá mudanças desde que respeitado o valor acima mencionado. A regra não alcança funcionários terceirizados e a classe patronal deverá fornecer o ticket alimentação/refeição referente aos meses de janeiro, fevereiro e março. Sobre esse pagamento retroativo, a informação é que as próprias operadoras de cartão/ticket alimentação e refeição estão acrescentando a diferença no saldo dos trabalhadores. A síndica Maria do Carmo Lanzieri Juste conta que já vem pagando o benefício há alguns anos para os 17 colaboradores
O Síndico em revista - Mai/Jun 2014
O benefício é válido porque demonstra que a classe patronal valoriza seus funcionários e que pelo fato de serem vários blocos (Edifício Manacás e Edifício Antônio de Castro e Antonio Augusto Teixeira) o impacto nas finanças não é tão sentido. “Atualmente, o valor do ticket que fornecemos é de 150 reais”. Há 17 anos como síndico do Edifício Residencial Emílio Abadalla, Walter Suart, também informa que fornece ticket alimentação/refeição aos 13 colaboradores antes mesmo de
ser obrigatória a concessão do benefício. “Reajustamos o valor de 80 para 96 reais porque sabemos o quanto esse complemento no final do mês faz diferença para o trabalhador”, enfatiza. Novata no assunto, a síndica Ana Maria Pinto Gonzalez, do Condomínio do Edifício Visconde de Mauá, diz que, apesar de ser um direito dos funcionários, a concessão do ticket irá encarecer o valor da taxa condominial. “Não oferecíamos esse benefício anteriormente, mas agora, com a obrigatoriedade teremos um acréscimo de 320 reais por mês no custo fixo do condomínio, já que contamos com quatro funcionários. O repasse aos moradores será necessário”, afirma. Segundo a presidente do Sindicato dos Condomínios de Juiz de Fora e da Zona da Mata Mineira, Sheila Rakauskas, a concessão do benefício foi discutida com os síndicos através de reuniões promovidas desde novembro de 2013. “A maioria dos síndicos participantes não se opôs, até porque uma significativa parcela já concedia ticket alimentação/ refeição para os seus colaboradores”. Em sua opinião, esse benefício é válido porque demonstra que a classe patronal valoriza seus funcionários e, na medida do possível, procura oferecer melhores condições de trabalho. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana de Juiz de Fora (SINTEAC), Sérgio Félix, diz que, após muita luta e forte trabalho de conscientização, a sua categoria também obteve, há alguns anos, esse benefício que, segundo ele, representa um ganho social para o trabalhador.
Os condomínios que até então não concedido ao trabalhador não poderá forneciam o benefício devem adotar ser em espécie (dinheiro) e que para algumas medidas para se adequar. participar do PAT basta ter a quantiQuem explica é Luiz Otávio Garnieri dade mínima de um trabalhador conGalil, que além de síndico, é administratado. Outra informação relevante trador de empresas e atua no setor é que uma vez efetivada a adesão ao de cartões de crédito, refeição e conPrograma de Alimentação do Trabavênios do grupo Bahamas. Conforme lhador (PAT) esta será por prazo indeGalil, é preciso que os condomínios terminado, portanto, não há necessifaçam sua dade de os condomíadesão ao Pronios/empresas inscrigrama de Alitos ou que venham mentação do a se inscrever terem O benefício concedido Trabalhador que adotar anualmen(PAT) através te qualquer procediao trabalhador não de cadastro mento junto ao Órgão no site http:// Gestor do Programa poderá ser em espécie www.portal. de Alimentação. Con(dinheiro) mte.gov.br/pat tudo, as pessoas juríinformando dicas devem informar qual benefíanualmente no Relacio será oferecido aos trabalhadores tório Anual de Informações Sociais (ticket alimentação, ticket refeição, RAIS sua participação no PAT. cesta básica, entre outras modalidaPor fim, vale ressaltar que a adedes adotadas pelo PAT). Galil também são ao PAT é voluntária. Porém, caso ressalta que todos os empregadores o condomínio/empresa conceda o bepodem oferecer este bem. “Seja por nefício alimentação ao trabalhador e força de convenção, ou políticas de não participe do PAT, deverá fazer o recursos humanos, o fato é que o funrecolhimento do FGTS e INSS sobre o Luiz Galil informa que o Bahamas Card não cionário se sente valorizado com este valor concedido. é incorporado ao salário do funcionário, não benefício”, afirma. Destaca-se ainda que o benefício Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego. incidindo tributos como INSS, FGTS, etc
divulgação
Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT)
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rafael rodrigues
capa
Separação do lixo no condomínio Dar destino correto ao lixo reciclável é possível com mobilização e atitude Sustentabilidade é a palavra da moda. Empresas, escolas, instituições, todo mundo quer ser sustentável, dar sua contribuição para que o planeta não sofra mais com o consumo desenfreado que a humanidade vem promovendo nas últimas décadas. Como parte inserida na coletividade, os condomínios também podem dar sua contribuição nesta causa que é de todos, através de atitudes simples que podem promover não só um planeta mais limpo como também a cidadania entre todas as partes envolvidas no processo. Um bom exemplo de atitude sustentável no condomínio vem da condômina do edifício San Lorenzo, Marise Borges de Mattos, que iniciou sua trajetória em prol de condomínios sustentáveis quando ainda morava em Belo Horizonte, e hoje dá sequência a seus ideais – mesmo com dificuldades – em nossa cidade. Segundo Marise, o projeto “Lixo mínimo, solidariedade máxima”, criado por ela, tornou-se referência e se transformou em projeto piloto da Prefeitura de Belo Horizonte, que o expandiu para toda a cidade. “A ideia é simples: consiste em uma rede de colaboração entre condomínios e catadores, objetivando a destinação correta aos resíduos e também apoiar quem realiza este trabalho. No condomínio, o ideal é que cada unidade já separe o lixo “seco” (plástico, papel, vidro e alumínio), pois aí basta
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O Síndico em revista - Mai/Jun 2014
que o zelador passe recolhendo no dia combinado e deixe este lixo separado na portaria para que o catador possa levá-lo, sem ter que ficar revirando o conteúdo do conteiner. O melhor é que o catador seja sempre o mesmo e que conheça esta rotina do condomínio, pois isto facilita para os dois lados. Também é muito importante começar o processo de trás pra frente, ou seja, primeiro deve-se ter o catador para recolher o lixo e depois espalhar a campanha pelo prédio para que o trabalho não seja em vão”, destaca. Em nossa cidade, Marise implantou o projeto em seu condomínio, mas esbarrou na falta de apoio do poder público para ampliá-lo. “Infelizmente em Juiz de Fora tem sido muito complicado, sem auxílio do município a expansão fica inviabilizada, mas sigo disseminando a ideia da maneira que posso”, completa. Leonardo Borboni, subsíndico de um condomínio no bairro Bom Pastor, relatou outro bom exemplo. Segundo ele, há um tempo via um catador independente passar regularmente em sua rua à procura de lixo reciclável. Procurou-o para tratar o serviço e viu que era uma pessoa idônea. Juntamente com o Síndico, enviou uma circular para os condôminos apresentando o catador e solicitando a separação do lixo seco para facilitar seu o trabalho. “Cinquenta por cento do lixo do condomínio era reciclável, e agora o catador passa regularmente para recolhê-lo. Ficamos felizes em promover o bem para o catador e para o meio ambiente”, conclui.
Funcionários do Edifício San Lorenzo que ajudaram na implantação da coleta seletiva
Não conheço nenhum catador... o que fazer? Para o Síndico que deseja promover a coleta seletiva em seu condomínio e esbarra nesse entrave, o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) oferece alternativas para destinação do lixo reciclável. Segundo o diretor geral do órgão, Marlon Siqueira, atualmente a coleta seletiva é feita em 50% dos bairros da cidade, sendo que o caminhão passa uma vez por semana nas ruas da rota. “Aqueles que queiram ser atendidos devem acessar o site do Demlurb para ver o dia e horário da coleta. Caso o bairro esteja inserido, mas a rua do condomínio não, basta ligar para o número 3690-3571 e solicitar a sua inclusão”. Como a coleta seletiva só é feita semanalmente, o Demlurb indica que o lixo fique separado no condomínio durante o período. “Como o lixo reciclável é mais limpo que o lixo orgânico, ele não gera mau cheiro de imediato, o que não inviabiliza seu armazenamento até a data da coleta”, pontua. Também procurada por nossa equipe, Maria Aparecida Oliveira, presidente da Associação Municipal dos Catadores de Papel e Materiais Reaproveitáveis de Juiz de Fora (Ascajuf), disse que a instituição, se solicitada, pode enviar um catador ao condomínio para recolher os recicláveis. “Basta nos ligar nos números 8841-5067 ou 8848-0935 (Janaína Aparecida) que enviamos um catador para buscar o material”, finaliza.
Para cada tipo de lixo, uma destinação Nem só papel, plástico, vidro e aludecomposição, multiplica nas casas mínio estão presentes em nossas liatualmente com grande rapidez. Doar xeiras diariamente: outros resíduos este tipo de resíduo a ONGs para que como lixo eletrônico, pilhas, lâmpadas os reaproveitem pode ser uma boa sofluorescentes, óleo de cozinha usado lução, bem como entrar em contato e sobras de construção civil também com empresas que os recolham (assim são descartados por nós diariamente como no caso do óleo, pode-se come necessitam de destinação específica binar uma data para que recolham no para não degradar rapidamente nosso condomínio). planeta. No caso de descarte de móveis veNeste sentido, é importante o sínlhos e objetos inservíveis, o indicado é dico conhecer bem as opões corretas ligar para o Demlurb (3690-3571) para de destinação dos diversos tipos de que seja agendada uma coleta especíresíduos para promover, junto aos mofica destes materiais ou ainda levá-los radores do condomínio, ações ambienpara descarte no Terreirão do Samba, tais conscientes e responsáveis. local onde o órgão faz o transbordo de O óleo de cozinha usado, por exemseus caminhões. plo, quando descartado de forma inPara coleta de galhos e folhagens em devida – no ralo da pia é o caso mais grande quantidade, deve-se procurar a clássico – segue rumo Empresa Municipal de aos rios. A consequênPavimentação e Urbacia, segundo informa nização (Empav). Caso a empresa Garra Sub- É importante começar o volume seja pequeprodutos, é que cada no, basta embalar os litro de óleo que cheresíduos em sacos preo processo de trás ga aos rios contamina tos e descartar no lixo cerca de um milhão de para frente: primeiro comum. litros de água – quan- deve-se ter o catador Por fim, os restos tidade do líquido que de materiais provepara recolher o lixo nientes da construção uma pessoa consome durante 14 anos. Para civil devem ser recoe depois espalhar a lhidos por serviço esevitar este mal, uma das formas de descar- campanha pelo prédio pecializado, através te deste resíduos é o da contratação de caacondicionamento em çambas, não podendo garrafas pet e recolhiser descartado no lixo mento por empresas que o trocam por comum. produtos de limpeza, como detergenPara informações sobre empresas te e sabão em pó. É possível que seja que recolhem estes materiais, bem combinado um dia com os condôminos como postos de coleta e locação de cae a empresa, como a Garra Suproduçambas, basta realizar uma pesquisa tos, para recolhimento do resíduo, o na internet, pois há várias opções em que seria o ideal. nossa cidade para que o Síndico e os Em relação às pilhas, baterias e lâmcondôminos possam escolher de acorpadas fluorescentes, o ideal é cada modo com a conveniência do condomínio rador entregar estes produtos quando (demanda, localização etc.). sua vida útil termina em lojas que os Quer contribuir para um planeta vendam e tenham ponto de recolhimais limpo? Comece já a “cuidar” do mento dos mesmos. lixo de seu condomínio, dando a cada O lixo eletrônico é outro problema material a destinação correta. Juntos grave: altamente tóxico e de difícil podemos fazer a diferença.
Tempo de decomposição do lixo na natureza (aproximado): Alumínio: de 100 a 500 anos. Vidro: indeterminado. Papel: de 3 a 6 meses. Plástico: de 200 a 450 anos. Borracha (incluindo pneus): indeterminado.
Pilhas e baterias: de 100 a 500 anos. Metal: de 100 a 200 anos. Tecido: de 6 meses a 1 ano. Chiclete: 5 anos. Filtro de cigarro: de 2 a 5 anos. (Fonte: Instituto Akatu)
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entrevista
Condomínios-clube: uma nova realidade chega a Juiz de Fora Síndico profissional de São Paulo relata sua experiência em gerir locais que oferecem moradia e diversificadas opções de lazer “Desafio” é uma palavra sempre presente no dia a dia dos Síndicos: encarar novas empreitadas em busca do melhor faz parte da rotina. E o que dizer de um Síndico que largou um emprego fixo para se tornar profissional no segmento atuando em condomínios-clube, uma novidade que só se tornou realidade em nosso país há alguns anos? Este é o caso de Edison Curiel Rosa, advogado e Síndico profissional da cidade de São Paulo que administra um total de 1079 unidades distribuídas no condomínio Paulistano, seu “novo escritório”. Nesta entrevista, ele nos relata as particularidades da administração deste tipo de condomínio, bem como ressalta alguns pontos importantes a serem observados por quem está entrando neste segmento.
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O Síndico: O que vem a ser um condomínio-clube? Edison Curiel Rosa: A principal característica de um condomínio-clube é oferecer aos condôminos uma opção de serviços e lazer na qual não se precise sair do condomínio. Isso traz valores agregados como segurança, ganho de tempo e em muitos casos um custo baixo se comparado aos valores de mercado fora do condomínio. Em linhas gerais, como deve ser feita a gestão de um condomínio-clube? Não há a menor dúvida de que a gestão deve ser feita de forma profissional e de preferência por alguém que já tenha experiência com grandes empreendimentos. Caso contrário, deve-se contratar, no mínimo, uma consultoria. Ter um Síndico profissional e uma boa administradora faz toda diferença. Quais funcionários são necessários para o bom funcionamento de um condomínio-clube? Além do Síndico e a equipe
O Síndico em revista - Mai/Jun 2014
necessária para qualquer tipo de condomínio (manutenção, limpeza, segurança, paisagismo), é necessário contar com empresas ou profissionais que atendam às necessidades criadas pelo empreendimento como professores de artes, musculação, ginástica, natação, babá etc. Além disso, é fundamental que exista o gerente predial, pois esse profissional deve ser o braço direito do Síndico, sendo uma espécie de zelador mais capacitado, que possui um conhecimento maior em assuntos técnicos e administrativos e ainda tenha características como liderança e boa comunicação. E como é feito o rateio e a cobrança das despesas? Em um condomínio-clube, por ter mais áreas de lazer e serviços, existirá um gasto maior com a sua manutenção e conservação e também um custo adicional para contratação dos serviços e profissionais para essas áreas. O rateio é feito conforme
determina a convenção e a legislação vigente, porém por ter muitas unidades, esse custo acaba diluído o que normalmente não pesa na conta final. Fale um pouco sobre o problema da inadimplência. Como em qualquer condomínio, a inadimplência deve ser acompanhada de perto e a cobrança deve ser feita de forma efetiva e rápida. A questão de inadimplência está relacionada muito mais com o momento do condomínio e condômino do que com o valor da cota condominial. O que deve ser observado na questão do uso dos espaços de lazer? Alguns condomínios possuem verdadeiros clubes, desta forma é necessária a contratação de empresas da área e de preferência que já atuem em condomínios. Ao oferecer mais serviços e áreas de lazer, os condôminos e moradores ficam mais expostos a riscos de acidentes. Exemplos como piscinas olímpicas, cinema e um clube aberto 24hs podem ser uma boa opção, porém é necessário redobrar a atenção quanto a crianças nas piscinas, pessoas com problemas de saúde fazendo atividades sem nenhum critério e ainda a grande circulação de veículos. Contudo, uma boa administração pode evitar estes problemas. Fale sobre os serviços de reparo e manutenção em um condomínio-clube. É muito importante ter um responsável contratado pelo condomínio, pois normalmente ele presta um serviço dife-
renciado por possuir o conhecimento técnico necessário. De qualquer forma, dependendo do tamanho e complexidade do condomínio, será necessário contratar uma empresa especialista nessa área. Para se ter uma ideia, hoje existem empresas nacionais e até internacionais especializadas em serviços de manutenção para condomínios.
O Síndico deve estabelecer uma rotina de trabalho, estruturar sua equipe e deixar claro quais são suas responsabilidades Como tratar os diversos conflitos existentes em um condomínio-clube? Quanto maior o condomínio, maior é a diversidade de cultura e valores dos seus moradores. Os conflitos ocorrem pelos mais diversos motivos e um simples desentendimento pode virar algo mais complexo. Não existe uma regra, mas saber lidar com pessoas é algo imprescindível e pode fazer toda a diferença nessa hora. O que pode ser feito num condomínio-clube visando torná-lo mais sustentável? Primeiramente, a conscientização dos
condôminos e funcionários. Em paralelo, o condomínio pode implantar medidas que não lhe custarão praticamente nada e as que possuem algum custo, com certeza este será compensado pelo beneficio. Alguns exemplos são a coleta seletiva de lixo, reuso de água, energia solar para aquecimento das piscinas, individualização de água e gás, sensores de presença em todas as áreas possíveis. Qual a importância da comunicação neste tipo condomínio? A comunicação é extremamente válida e manter os condôminos informados pode evitar dúvidas e até acusações infundadas contra a administração. O ideal é que seja estimulada a comunicação de via dupla e para isso o condomínio deve disponibilizar ferramentas aos seus condôminos, como, por exemplo, uma conta de email exclusiva, para que estes manifestem suas dúvidas, reclamações, denúncias, críticas e sugestões. Ter um site do condomínio, bem administrado, pode ser uma boa opção com baixo custo, principalmente para grandes empreendimentos. O que pode ser feito para que o síndico não se sinta sobrecarregado de tarefas? O Síndico deve estabelecer uma rotina de trabalho, estruturar sua equipe e deixar claro quais são suas responsabilidades, mas para isso precisa de uma boa equipe formada por profissionais capacitados e comprometidos. Além disso, acertar na escolha da administradora é fundamental.
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dicas
Manutenção de para-raio é dever do síndico Sem a devida vistoria no dispositivo, os raios podem danificar a estrutura do edifício e colocar em risco a segurança dos moradores demetrio aguiar
Impressionantes 100 milhões de raios. Isso mesmo que você leu: 100 milhões. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP), este número coloca o Brasil como campeão mundial das descargas elétricas, sendo que a maioria é de carga positiva, ou seja, as mais perigosas e destrutivas. Em Juiz de Fora, os especialistas calculam uma incidência de 17,03 raios por quilômetro quadrado. Com essa informação, o município é o primeiro de Minas Gerais e a 5ª cidade brasileira com maior incidência de raios conforme estudos do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do INPE. Os dados acima indicam que prevenção é palavra de ordem, especialmente, para residências e condomínios que devem ficar atentos à correta instalação e manutenção dos para-raios para evitar prejuízos patrimoniais, garantir a segurança dos moradores e preservar vidas. “A responsabilidade pela manutenção do para-raios é tarefa do síndico”, alerta Omar Anauate, diretor de condomínios da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (Aabic).
Faraday ou Franklin: qual o mais indicado para o seu condomínio? Pela norma regulamentadora NBR 5419/01, estão previstos dois tipos de sistemas de para-raios: o Franklin e a Gaiola de Faraday. A recomendação é que seja realizada uma vistoria anual no dispositivo. No caso de prédios com mais de 20 metros de altura, propõe-se a instalação dos dois sistemas, que trabalharão conjuntamente na proteção do condomínio. Especialistas dizem que é um erro acreditar que um raio só cai na parte superior de um prédio. Em edifícios acima de 20 metros, existe o risco do raio atingir a fachada, e, quando isso acontece, pode arrancar pedaços de concreto da alvenaria e causar sérios acidentes, com riscos para os moradores e transeuntes. Do mesmo modo, afirmam que os síndicos estão equivocados ao acreditarem que o para-raio protege equipamentos eletroeletrônicos (interfone, portão eletrônico, comando de elevadores). Para evitar problemas com esses itens é preciso instalar, além do para-raio, o chamado para-raio de linha ou supressores de linha. Tal equipamento é instalado no quadro geral de energia elétrica do prédio, protegendo assim interfones, alarmes, circuitos fechados de TV, cercas elétricas, circuitos dos elevadores, iluminação de emergência. O morador que tiver interesse pode fazer o mesmo procedimento em seu apartamento para resguardar seus aparelhos eletrônicos.
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O Síndico em revista - Mai/Jun 2014
O sistema de Gaiola de Faraday, que é o mais indicado para prédios altos e verticais, consiste na instalação de cabos horizontais em todas as periferias do prédio e cabos verticais do térreo até o último pavimento. Esse sistema envolve o perímetro total do edifíco que fica todo “amarrado”, na parte superior e fachadas, justamente para interceptar uma descarga lateral. Já o Franklin utiliza captor tipo Franklin, ou seja, em forma de tridente. Aqui, a captação da descarga é feita pelo mastro, sendo mais apropriado para prédios mais baixos e horizontais.
Não se compra para-raio em prateleiras, tem que existir um projeto, um estudo Sobre os cuidados com o equipamento, o representante comercial de Juiz de Fora e região da empresa ABC Para Raios, José Geraldo Martins, destaca que é importante contratar uma empresa especializada para verificar através da medição ôhmica se os aterramentos estão funcionando corretamente. O profissional também esclarece que o para-raio do prédio vizinho
não irá proteger um centímetro além da área para qual foi projetado e, por isso, o síndico deve instalar o dispositivo no seu condomínio. Outra informação relevante envolve a instalação de antenas de tevê por assinatura no topo do prédio que devem ficar aterradas e conectadas ao sistema de para-raio. A mesma dica vale para a caixa d’ água. O custo para a instalação do para raio costuma ser uma dúvida comum entre os síndicos. Com relação ao valor, o representante comercial José Geraldo afirma que o para-raio é feito de acordo com as particularidades de cada edifício. “Não se compra para-raio em prateleiras, tem que existir um projeto, um estudo”, enfatiza. Como última recomendação, José Geraldo diz que “para a segurança de todos é essencial a contratação de uma empresa especializada que disponibilize profissionais capacitados para montarem o para-raio. no condomínio ou residência Isso porque diante de uma fatalidade ou prejuízo patrimonial, se a instalação do dispositivo estiver dentro das normas técnicas vigentes, o fato será visto como caso fortuito ou força maior, evitando, assim, que futuramente o síndico seja responsabilizado na esfera civil e/ou criminal, bem como enfrente problemas na hora de receber o seguro do condomínio”.
Jurisprudência
A jurisprudência é o conjunto de decisões reiteradas dos tribunais e serve de base para os juízes na interpretação e aplicação da lei. Acompanhar tais decisões é essencial como referência jurídica. A advogada Claudia de Oliveira e Silva traz para a revista O Síndico ementas de algumas decisões dos tribunais de destaque do país. “APELAÇÃO – SEGURO RESIDENCIAL – QUEDA DE RAIO – DANOS ELÉTRICOS – Descarga atmosférica que atingiu reflexamente o imóvel protegido por contrato de seguro – Cobertura de despesas com queda de raio restrita à área diretamente atingida pelo raio – Abusividade da cláusula limitativa configurada – Indenização devida – Ação procedente – Recurso não provido.” (Decisão unânime da 5ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo. Apelação n. 004160738.2009.8.26.0564. Comarca de São Bernardo do Campo. Relator Desembargador Fábio Pondestá. Julgamento em 22.05.2013. In DJe de 08.11.2013).
“APELAÇÃO CÍVEL. RITO SUMÁRIO. AÇÃO DECLARATÓRIA COM PEDIDO DE COBRANÇA DE COTAS. CONDOMÍNIO MISTO. LOJA TÉRREA. ISENÇÃO CONDOMINIAL COM RESPALDO NA CONVENÇÃO. 1. Sendo a convenção condominial verdadeira norma interna a reger a vida dos condôminos, inclusive das despesas e rateios, deve vingar o que nela restou disciplinado. 2. Convenção condominial que prevê a isenção de cotas às lojas comerciais integrantes do edifício. 3. Nesse passo, cumpre se reportar à norma do artigo 12 da lei condominial e seu parágrafo primeiro. 4. Alteração que somente poderia ser feita mediante convocação
específica, e com quorum necessário, para tanto. 5. Provimento do recurso.” (Decisão unânime da 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Apelação n. 000046887.2011.8.19.0061. Comarca de Teresópolis. Relator Desembargador Cláudio Brandão de Oliveira. Julgamento em 25.09.2012. In DJe de 09.11.2012).
“AÇÃO ANULATÓRIA DE DELIBERAÇÕES TOMADAS EM ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA - ALTERAÇÃO DA DESTINAÇÃO DA ENTIDADE - NECESSIDADE DE ANUÊNCIA DA UNANIMIDADE DOS CONDÔMINOS - NULIDADE CONFIGURADA - RECURSO PROVIDO. A alteração da destinação da unidade autônoma ou do condomínio exige a aprovação da unanimidade dos condôminos. A incorporação do Clube Recreativo Quintas da Serra à Associação Comunitária Quintas da Serra, altera, substancialmente, a destinação desta entidade. É que o clube passa a integrar o condomínio residencial composto pela Associação Comunitária Quintas da Serra, que teve seu objetivo social alterado, patrimônio imobiliário e frações ideais acrescidas. Devem ser declaradas nulas as deliberações havidas na assembleia havida em 13.03.2011, ante a ausência do quorum especial necessário, qual seja, a unanimidade dos condôminos.” (Decisão unânime da 17ª Câmara Cível
do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Apelação Cível n. 1.0045.08.0235752/002.Comarca de Caeté. Relator Desembargador Eduardo Mariné da Cunha. Julgamento em 17.11.2011. In DJe de 22.11.2011)
“CONDOMÍNIO - ORGANIZAÇÃO E COLETA DE LIXO - INSALUBRIDADE - OJ Nº 04, I, DA SDI-I DO TST. O item I, da OJ nº 04, da SDI-I do c. TST, estabelece que: “Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho.”. Desse modo, não há como prevalecer a constatação pericial de insalubridade no caso em que o reclamante era o responsável pela organização e coleta do lixo de condomínio, pois esta atividade não pode ser equiparada à coleta e industrialização de lixo urbano, prevista no Anexo 14 da NR-15, sobretudo por se tratar de lixo de área com acesso a público restrito.” (Decisão unânime da 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª. Região. Recurso Ordinário n. 000113929.2012.5.03.0043. Vara do Trabalho de Uberlândia. Relator Eduardo Aurélio P. Ferri. Julgamento em 05.11.2013. In DEJT de 13.11.2013). Cláudia de Oliveira e Silva - Advogada www.cosilva.tumblr.com
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artigo
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Cláudia de Oliveira e Silva Advogada
Rateio de despesas em condomínios mistos Moradores precisam ter conhecimento prévio da forma de rateio para evitar surpresas É inegável a tendência dos condomínios mistos nos quais se concentram atividades e usos diversos, conhecidos como “setores” residencial, comercial, prestação de serviços e até industrial, além da recente figura do pool hoteleiro. As normas legais que cuidam de condomínios/associações deixam bem claro que a convenção/estatuto é a regra interna - e com força de lei - das relações e na mesma deverá vir definida a forma de rateio das despesas ordinárias e extraordinárias, cabendo ao adquirente ou usuário ter ciência prévia dessas condições a fim de evitar surpresas e comprometer o bolso e/ou a viabilidade econômica. Para tanto, são essenciais pesquisa, estudo, análise dos projetos e dos memoriais construtivos da incorporação, da minuta da convenção/estatuto e suas posteriores alterações, sobretudo do orçamento (com todos os itens que compõem o custo) em planilhas bem elaboradas, consistentes, com especificação e detalhamento referente às áreas comuns, as quais serão utilizadas pelos condôminos/associados no padrão de rateio igualitário, observando as características de cada “setor” e no critério de cobrança eleito na convenção/ estatuto. Da mesma forma, o rateio de acordo com o “setor” e reflexos quando atingir o conjunto global
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As normas legais deixam claro que a convenção é a regra interna e nela deverá vir definida a forma de rateio
do empreendimento deverá estar apontado, sendo certo que o síndico/administrador sempre enfrentará situações novas, exigindo que conte com um apoio profissional experiente e com base técnica sólida. É fato corriqueiro, por exemplo, a solução encontrada para as lojas existentes no térreo de condomínios residenciais (vide seção da jurisprudência) e também as novas soluções tecnológicas que vão surgindo, tal como a individualização dos hidrômetros em resposta aos conflitos gerados pelo consumo de água, principalmente em residenciais antigos. No que toca à grande discussão e ainda nos tribunais superiores - em torno do critério da cobrança condominial com base na fração ideal, sem dúvida, causa grandes distorções e situações injustas. Contudo, esse critério está amparado na legislação que, sabiamente e seguindo os avanços, aponta a possibilidade de alteração pelo próprio condomínio/associação, em decisão assemblear de quórum específico, para que se altere o critério da fração ideal por unidade ou outro. Via de regra, o rateio, para manter a ideia de equidade, deverá estar atrelado ao uso efetivo com respectivos bens e serviços prestados nas áreas comuns de cada “setor” e do conjunto do empreendimento como um todo, independente da metragem da unidade e sua respectiva fração ideal no terreno.
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fotos: divulgação
Placa em homenagem a representantes de setores da cadeia produtiva
Mesa Diretoria composta por Dra Martha Halfeld, o presidente do Sinteac, Sérgio Félix e a secretária de Administração e Recursos Humanos da Prefeitura de Juiz de Fora, Andréa Madeira Goresk.
Conciliação Trabalhista é tema de debate promovido pelo Sinteac “A conciliação e a mediação são a construção de uma justiça mais humanizada”, afirma juíza Martha Halfeld, palestrante do evento O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana de Juiz de Fora - MG (Sinteac) promoveu no dia 19 de março no Ritz Plaza Hotel, a palestra “Conciliação Trabalhista: Perspectivas e desafios”, ministrada pela juíza Martha Halfeld Furtado de Mendonça Schmidt, titular da 3ª Vara do Trabalho de Juiz de Fora. Para Sérgio Félix, presidente do Sinteac, o principal objetivo da palestra foi alertar aos trabalhadores, empresários, advogados e pessoas envolvidas com
questões trabalhistas sobre a necessidade e importância da conciliação. “Temos que tirar esse falso mito, principalmente na classe trabalhadora, de que na conciliação o empregado está perdendo, enquanto o patrão pensa que está fazendo um favor”, alerta Sérgio Félix. “Muitas vezes os trabalhadores, advogados e os próprios juízes vão para a audiência com o espírito armado, quando a melhor solução seria a conciliação”, destaca. Durante a palestra, a juíza Martha Halfeld abordou pontos importantes
Salão do Ritz Hotel com a presença de membros do Sinteac, autoridades e convidados
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para as mudanças de paradigma acerca da conciliação trabalhista. “A conciliação e a mediação são a construção de uma justiça mais humanizada”, declarou. Após a palestra, houve um momento solene de entrega de placas de homenagem com a intenção de condecorar representantes de diversos setores. “O segmento de asseio e conservação é o único que está inserido em quase toda a cadeira produtiva nacional, por isso a escolha dos homenageados”, afirmou o presidente do SINTEAC.
Representantes da UFJF, da Secretaria de Administração e Recursos Humanos da PJF, da Federação dos Empregados em Turismo e Hospitalidade de MG, da Delegacia Regional da Polícia Civil e autoridades como o desembargador José Miguel de Campos e a juíza Martha Halfeld, foram condecorados no evento.
Trabalho em altura Conheça a Norma Regulamentadora 35 Em 2012, foi publicada a Norma Reguladora de Trabalhos em Altura (NR-35 Portaria SIT nº 313) que estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para este tipo de atuação. A primeira dúvida que pode surgir é: O que pode ser classificado como Trabalho em Altura? Segundo a NR-35, item 35.1.2, “é considerado trabalho em altura toda atividade exercida acima de dois metros do nível inferior, onde haja risco de queda”. Ou seja, pode vir a ser quando um indivíduo precise subir em uma escada ou mesmo trabalhando suspenso em um poço com altura superior ao mencionado. Portanto, ao se contratar uma empresa para prestação de serviços em altura, deve-se exigir a qualificação da mesma e de seus colaboradores, assim como certificar-se de que os equipamentos usados são homologados e contenham seus respectivos certificados: CA’s (Certificação de
Aprovação), CE’s (Conformidade Europeia) e Certificações do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). O síndico contratante deve estar ciente de todos os riscos envolvidos e existentes em trabalhos em altura e locais de difícil acesso. Precisa também saber que hoje existem sistemas de ancoragem recomendados pela NR-35 e pelas NBR’s (Normas Brasileiras, complementares à primeira) que são as normas padrões a serem seguidas. É fundamental o contratante ter conhecimento de que qualquer acidente ocorrido dentro do espaço do condomínio irá gerar implicações jurídicas e penais ao estabelecimento e ao seu representante, uma vez que ambos serão considerados corresponsáveis em caso de acidentes. Atividades em altura podem causar graves ferimentos, fraturas, lesões permanentes e até a morte.
Os colaboradores das empresas prestadoras destes tipos de serviços devem ser capacitados, recebendo treinamentos bienais, além da supervisão constante de um profissional altamente qualificado. As pessoas que se encaixam nestes perfis são indivíduos diferenciados com ampla capacidade de lidar conscientemente com os riscos eminentes da atividade em altura, podendo ser comparada a um dom: uma pessoa não precisa apenas querer ser um profissional de acesso por cordas, ou escalador industrial, é necessário possuir esta habilidade nata. Estes profissionais, quando identificados, se mostram extremamente responsáveis e hábeis. São trabalhadores “raros”, mas também são pais, filhos, maridos, logo, parte essencial de nossa sociedade. Os números de acidentes fatais com trabalhadores em altura ainda são alarmantes, e ocupam destaque nos veículos de comunicação, mas com a implementação da NR-35, podemos perceber uma conscientização da comunidade envolvida com este tipo de atividade, e desta
forma, temos verificado uma certa diminuição de ocorrências. Conhecer e colocar em prática a NR-35 é uma responsabilidade social, levando em conta que lidamos com vidas e a segurança das mesmas. É direito do cliente conhecer o fornecedor dos serviços prestados dentro da área do condomínio, pois um trabalho com pouco cuidado ou sem os corretos métodos e procedimentos pode causar acidentes também com os condôminos e seus bens. Essa é uma via de mão dupla, onde a satisfação e a segurança de todos devem ser primordiais. Ajude a preservar a integridade física dos nossos trabalhadores e de nossa sociedade. Atos inseguros geram ações perigosas que provocam acidentes e ainda: A gravidade nunca dorme!
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Casa das Bombas é a solução!
Problema com bombeamento de água é resolvido pela empresa Síndico e Sub-síndica afirmam que condôminos estão contentes com o trabalho Representando há dois anos o Condomínio do Edifício Aquárius, localizado na Avenida dos Andradas, no bairro Morro da Glória, o advogado e síndico Nilson Batista Silveira Júnior adotou como prioridade em seu mandato enfrentar o problema das motobombas do prédio que eram muito antigas e estavam obsoletas, acarretando despesas com manutenção frequentes dentre outros problemas. Nilson conta que o abastecimento da caixa d’água que atende às 27 unidades do edifico funcionava através de um sistema manual, com duas motobombas acionadas alternadamente pelo próprio síndico ou sub síndica. Com o tempo, e até mesmo por conta da falta de regularidade no seu funcionamento, as bombas foram se desgastando, apresentando defeitos e barulhos incômodos, além de alto consumo de energia. Já a parte elétrica funcionava em condições precárias, com fios desencapados e ressecados pela ação do tempo, causando risco de incêndio no prédio. Diante da situação, e após uma pesquisa de mercado, Nilson percebeu que a Casa das Bombas tinha DISPONIBILIDADE IMEDIATA para solucionar o problema. Também oferecia preços competitivos, além da promessa de um serviço bem executado. A decisão pela compra de duas motobombas novas, da chave de acionamento que faria a alternância de uma para outra sem necessidade de intervenção manual, e a substituição da tubulação de sucção, foi tomada juntamente com a sub-síndica Maria Aparecida e os conselheiros. De imediato, a troca gerou uma economia de cerca de 50% na conta de luz do condomínio e com isto, o valor do investimento está sendo recuperado mês a mês, representando um ótimo custo benefício. Nilson afirma que ficou satisfeito com o serviço prestado pela equipe da Casa das Bombas. O preço acessível também foi destacado, assim como o parcelamento do pagamento, e a garantia do serviço. “Os condôminos perceberam a diferença após a instalação do novo equipamento. Agora não temos mais preocupação com as bombas, por ser tudo automatizado. O valor que o condomínio investiu sanou o problema do prédio e nos deixou mais seguros e tranquilos”, explica Nilson.
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fotos: Rafael Rodrigues
O valor que o condomínio investiu, sanou o problema do prédio e nos deixou mais seguros e tranquilos
Maria Aparecida e Nilson: Sub-síndica e síndico do Edifício Aquárius
O Gerente Walcir, que dirige a Casa das Bombas desde 2012, tem vasta experiência no setor, visto que há mais de 25 anos trabalha no ramo de motobombas. Ele relata que “no caso do Edifício Aquarius, foram instaladas duas bombas com selo Procel - Eletrobrás de Economia de Energia. As que foram substituídas tinham alto consumo de energia e necessitavam de recondicionamentos frequentes, podendo até ocasionar falta d’água no condomínio, muitas vezes aos sábados, domingos ou feriados”. Segundo Walcir, outro benefício significativo está relacionado aos ruídos reduzidos com a instalação dos novos equipamentos que trabalham de maneira silenciosa. Ele garante que agora os moradores não precisarão mais se incomodar com o sistema de bombeamento de água. Para completar, o gerente ressalta: “nossa empresa trabalha com os melhores fornecedores do Brasil e nosso estoque possui peças novas e de reposição para pronto atendimento aos clientes.” A Casa das Bombas possui uma equipe treinada na fábrica para realização dos serviços de instalação elétrica e hidráulica e tem hoje mais de cem modelos de motobombas para venda - bombas pressurizadoras para coberturas e locais onde não há pressão nos chuveiros, torneiras e etc; - bomba para recalque de condomínio de ¼ a 10cv; - bomba para combate a incêndio; bombas com potências menores e vazão aproximada ou melhor do que as bombas mais antigas; - e tudo pode ser parcelado em até seis vezes. Síndico, consulte a Casa das Bombas para marcar uma avaliação da motobomba de seu condomínio. E não se esqueça: CASA DAS BOMBAS É A SOLUÇÃO!
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