O protagonismo feminino
no universo cinematogrรกfico nerd
gIRLs POWERs
EDITORIAL Olá Amigos!! Bem-vindos a mais uma edição da revista, nessa edição vamos trazer resenhas sobre filmes, séries, também teremos a matéria de capa que está sensacional! Infelizmente, não teremos a parte de games nessa edição devido a problemas familiares do nosso responsável pela área, mas ele está preparando uma matéria incrível para a próxima edição, então, fiquem ligados para isso! Nossa revista é elaborada por uma qualificada e nova equipe, na presente edição você vai encontrar muito conteúdo sobre filmes, séries, animes, hq’s, jrock, kpop e muito mais, tudo relacionado a esse muito falado mundo da cultura pop. Na próxima edição de Maio/Junho, aguarde, teremos novidades!! A Todos, Uma Boa Leitura!
David Amaral Diretor da Revista
Diretor Editorial: David Amaral Editor: Rodrigo Sousa Consultor Editorial: Wanessa Wagner Fotografia: Rogerio Silva; Camila Pêssoa. Diagramação: Rodrigo Sousa Capa: Rodrigo Sousa Colaboradores: Raoni Joseph, Rodrigo Santos, Adriane Galhardo, Joe Kurono, Ariadna Araujo, Rogerio Silva, Victor Hugo Couto, Filipi Sarmento, Claudia Gaya, Rodrigo Sousa (Diagramação e Edição). Wanessa Wagner (revisão). Processamento de Imagem: David Amaral; Rogerio Silva. Operações: David Amaral. Representantes Regionais: Maranhão Iago Paixão (99) 99168 8283
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Eventos: Coordenador: Rogerio Silva Assistente: Wanessa Santiago; Camila Pêssoa. Entre em contato com a Otaku Point: Tel.: (91) 98906-5053/32294692 E-mail: otakupoint@hotmail.com Rodrigo Sousa - Designer (91) 98043-2901 E-mail: rodsousa2@gmail.com
SUMário batman vs superman
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O protagonismo feminino no
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universo cinematográfico nerd
A influência de H. P. Lovecraft na cultura pop
Os fantásticos reinos de Game of Thrones
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Evento - Vai Ser Divertido
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bate papo com cosplayer
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banda Nightmare
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FLOpes
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batman vs superman Filipi Sarmento
Fala meu bom povo da Otaku Point, Filipi aqui outra vez e agora vamos falar sobre Batman V Superman, esse tão controverso filme que, pelo menos até o momento em que essa matéria é escrita, ou você ama ou você odeia, aqui vou buscar analisar a obra da maneira mais imparcial que alguém que lê HQs desde que se entende por gente pode fazê-lo, vamos ver onde o filme peca, onde ele acerta, o que teve demais, o que teve de menos, e o que simplesmente não teve, mas atenção pessoal, ALERTA DE SPOILERS A FRENTE!!! Se você ainda não assistiu ao filme e quer guardar as surpresas para o momento, cuidado com o que vem a seguir! Tendo dito isso: estão prontos meus caros fãs?! Então venham com o tio.
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Bem, vamos começar falando do roteiro, já que esse foi o grande causador da “guerra civil” entre fãs de HQs, a história mantém um ritmo acelerado(as vezes é uma explosão tão grande de informações que eu mesmo achei difícil de acompanhar) e, para quem não tem o costume de ler quadrinhos, e em alguns casos até para quem lê mas não está familiarizado com o estilo Snyder de fazer filmes(ou seja, de um fã para os demais fãs), ela acaba passando rápido demais, mas para os fãs mais hardcore (como este que vos escreve) e para os mais velha guarda, ele mantém o ritmo perfeitamente acompanhável, logo nos 5 primeiros minutos de filme, não só somos levados de volta ao universo de O Homem De Aço, como também temos a origem do Batman (que todos já estão carecas de saber) resumida e perfeitamente plausível, a partir daí, o filme segue aumentando sua velocidade gradualmente, porém devido ao mesmo ser recheado de
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referências e alguns pequenos easter eggs, é aí que vem aquela explosão de informações citadas acima; é lógico que o roteiro tem seus furos (sejamos honestos, qual filme, por mais impecável que seja, não os tem?), alguns eu admito, são difíceis de se aceitar, como o maior exemplo disso para mim(SPOILER!), foi o “paradoxo Luthor” onde o Lex cria um alien superpoderoso e com sede de sangue para matar um “alien superpoderoso com complexo de Deus”, ademais outras várias reclamações foram feitas, porém, diferente desse buraco no roteiro(que era inevitável vendo o caminho que eles decidiram tomar para a criação do Doomsday) que eu acabei de mostrar, várias, senão TODAS as reclamações dos “críticos” podem ser sanadas lendo as HQs que serviram de inspiração para o filme.(só lembrando, esse filme trata-se de uma obra de fã para fã, então acho perfeitamente aceitável ele tomar essa liberdade.)
Bem, por onde eu posso começar a falar com respeito às atuações... Bem, vamos começar por Laurence Fishburn como Perry White, infelizmente, porém compreensivelmente, ainda não teve a chance de mostrar a que veio, mas continua cumprindo bem o seu trabalho como o icônico editor chefe do Planeta Diário, Amy Adams continua sua subida rumo à Lois Lane perfeita e, apesar do não muito grande tempo de tela, eu consegui sentir que sua personagem evoluiu desde a repórter obcecada pelo “misterioso bom samaritano” do filme anterior, e agora podemos ver que ela realmente É a representação encarnada do que o Superman ama na humanidade, apesar de sua fragilidade, ela não foge do perigo, está sempre disposta a se sacrificar por quem ama, ela ama de forma incondicional e, acima de tudo, ela NUNCA desiste de quem ama, mesmo que isso signifique ir contra o mundo e o que mais vier! Jeremy Irons não me decepcionou e interpretou de maneira shakespeariana o seu Alfred Pennyworth, mostrando já no seu primeiro discurso que todos aqueles anos nas forças especiais britânicas tornaram-no extremamente sábio e experiente, no mesmo discurso vemos uma centelha da relação paternal entre Alfred e Bruce, com o mesmo tentando a todo momento convencer seu patrão que estava entrando em uma guerra que não é necessária e, mesmo que fosse, é uma guerra da qual ele não sairia vivo... E isso sem contar que FINALMENTE podemos apreciar todo o sarcasmo e a ironia do mordomo mais conhecido do mundo, afinal, os fãs de quadrinhos sabem que muitos podem tirar sarro do morcego, mas apenas Alfred o deixa sem argumentos. Não tenho muito o que falar sobre o cameo do Aquaman no filme, ele é pequeno e só serve para mostrar o visual do herói e que ele JÁ É o rei de Atlantida, pois o tridente já aparece em suas mãos, o que não significa que não poderemos ver como Arthur Curry conseguiu seu posto de rei já que o universo cinematográfico da DC(DCCU) não vai trabalhar de forma cronológica, quanto a aparição do Ciborgue, nela já podemos ver sua origem, mas esta pode ser mais aprofundada no filme solo do herói, já quanto ao Flash, em suas duas pequenas aparições, Ezra Miller mostra que, apesar do visual de trabalhador mexicano, ele está mais do que a par de ser o Barry Allen nos cinemas. 06
Agora vamos a ela, a musa da santíssima trindade da DC, Diana Prince, popularmente conhecida como Mulher Maravilha, sua participação no filme, apesar de sem muita importância até próximo ao final, mostra que Gal Gadot veio para sambar na cara dos haters, e pra deixar aquele gostinho de quero mais na boca dos fãs para o filme solo do ano que vem, todo o lado guerreiro da rainha de Temiscira é mostrado no grande clímax do filme, já Diana Prince foi mostrada em todo o seu esplendor na cena da festa beneficente promovida por Lex Luthor... E Falando em Lex Luthor, Jesse Eisenberg cumpriu o que prometeu ano passado, realmente o seu Lex foi algo nunca visto antes, e diga-se de passagem, o personagem que mais evolui durante o filme, ele começa como um garoto com um sério vício por cafeína, falando sem parar e metido a pseudo-filantropo, porém, conforme o filme se segue, vemos o VILÃO surgir! Toda a conversa com a juíza em sua mansão mostra o porque do ódio deste pelo Superman e até onde ele está disposto a ir para “proteger” o mundo dessa grande ameaça de vermelho e azul, mas para mim, O Lex Luthor se mostra na cena do chá de pêssego da vovó, ali vemos até onde ele consegue manipular os sentimentos de um homem que foi diretamente atingido pela luta em Metropolis dois anos atrás, fazendo com que o mesmo...(agora sim, você terá que assistir ao filme para ver o que acontece), mas mais importante do que isso é ver como todo o filme acontece principalmente por esse personagem em particular, ele está sempre a 10 passos na frente dos heróis que corriam um atrás do outro dançando enquanto o mesmo seguia liderando a orquestra; agora vamos aos personagens que dão nome ao filme.
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Antes de começar, preciso comentar que Henry Cavill e Ben Affleck tem uma excelente química em tela e foram as suas atuações nesse filme que me fizeram adotar a frase: ”Respeite o passado, abrace o futuro”, tanto o Clark quanto o Superman de Cavill são, na minha opinião, o mais próximo que um ator conseguiu chegar do personagem da HQ, mas só lembrando, a era de ouro já acabou a quase 50 anos, então não esperem ver aquele Superman colorido e divertido, pois não o verá, mas espere ver o herói para o qual todos são importantes, aquele que sente o peso do mundo todo em suas costas, e que acha que todos valem a pena ser salvos, mas que em casos extremos VAI eliminar qualquer ameaça ao seu mundo e, falando nessa ultima parte, é possível ver que a batalha de Metrópolis deixou sequelas nele, o Superman agora está mais cuidadoso, tomando cuidado com inocentes pegos no fogo cruzado, maior prova disso é a batalha final, onde ELE atrai Doomsday a uma ilha inabitada em Gotham, mas ainda está aprendendo a ser o herói que está destinado a ser, enquanto que Clark Kent finalmente encontrou seu lugar no mundo e se vê feliz, porém com
medo que, em breve tudo chegue ao fim... E agora vamos ao morcego, o que foi dito sobre a atuação de Henry Cavill pode ser dito sobre Ben Affleck, ele beirou a perfeição em seu papel, e só não chegou até lá porque não teve muito tempo como Batman, mas seu Bruce está perfeito, toda a culpa, todo o cansaço, toda a loucura e todo o peso estão ali, tal como a “mascara” do playboy de vida perfeita que ele mostra para o mundo, já o seu Batman está violento, sombrio e amedrontador, isso se deve devido ao fato de que além de um Batman mais velho, ele está amargurado e enraivecido devido a uma tragédia que o levou a pendurar a capa por quase uma década, para os leitores de hqs mais velhos, fez perfeito sentido que ESSE Batman não se importe com mortes como danos colaterais, e tem mais, finalmente temos lutas do morcego de verdade, pois ele usa seus gadgets e o cérebro ao invés de simplesmente aparecer de uma sombra qualquer e distribuir cotoveladas, enfim, eu poderia continuar falando infinitamente aqui, mas me prolonguei demais nessa parte da análise e ainda tenho mais do que falar.
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Tendo dito isso vamos ao meu veredito do filme: Batman V Superman é um filme de heróis a frente de seu tempo, pois nunca até então um filme dessa categoria tinha abordado tantas questões sociais e políticas quanto esse, mais do que isso, nenhum filme de heróis até este dia abordou de forma tão madura as consequências de ser um super-herói, nunca até então as seguintes perguntas foram sequer feitas EM FILMES: E os inocentes que morreram? Por que os heróis não sofrem as consequências de seus atos? O que acontece com as pessoas que são diretamente afetadas pelas ações dos ditos super seres? Como o mundo reagiu quando do nada deuses começaram a andar entre nós? E nesse filme, não só tais perguntas são feitas, como cada uma é respondida com um carinho especial do diretor, mas é lógico, estamos falando de um filme de heróis aqui, então as lutas estão impecáveis, a maioria
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dos personagens só não foram perfeitos por uma ou outra pequena ressalva que pode vir a ser corrigida ano que vem, e aqueles que ainda não chegaram nesse patamar, com certeza têm atores mais do que competentes para elevá-los ainda mais, mas já que é um filme do Zack Snyder sim, espere por uma ação desenfreada e um filme com efeitos especiais lindos de se ver, mas como sempre, a mão dele pesa na hora das CGs, chegando ao ponto de em mais de uma cena, até as capas do Superman e do Batman serem computadorizadas, a trilha sonora é um show à parte, Hans Zimmer, em sua parceria com o também excelente Junkie XL, definitivamente fechou com chave de ouro sua carreira em filmes de heróis com toda uma trilha que te ajuda a imergir ainda mais no universo denso, porém maravilhoso que vem ganhando forma e uma identidade própria, pelas mãos de um fã para todos nós... Fãs.
O protagonismo feminino
no universo cinematográfico nerd Wanessa Wagner
Sabemos que desde o início da humanidade, por algum motivo, a mulher era uma “raça inferior”. Dizem que saímos da costela de Adão, nos arrastavam pelos cabelos para as cavernas, nos obrigaram a ser donas de casas e esposas exemplares, tentaram nos impediram de conquistar nosso espaço no mercado de trabalho ou assumir papéis importantes e relevantes na sociedade, enfim. Como não poderia deixar de ser, essa realidade é refletida nos produtos criados pela cultura pop. Os quadrinhos são um exemplo: eles iniciaram usando a boa e velha submissão das personagens femininas, nos retratando como meras donzelas em perigo que só tinham o papel de ser a amante do protagonista (homem). Porém, certo dia um santo percebeu que a mulher pode ser muito mais que uma amante, e aí começaram a aparecer em papeis mais relevantes até conseguirem a posição de destaque: as heroínas. E vilãs também, claro. Um exemplo disso é a Mulher-Maravilha. Que salto maior que sair de dona de casa e namoradinha qualquer para uma guerreira amazona tão forte que concorre de igual pra igual com um Deus alienígena que tem Super no nome? Segundo o criador da heroína, William Moulton Marston, ela era “o tipo de mulher que deveria governar o mundo”. Tudo bem que não chegou a tanto, mas que ela contribuiu para a mudança isso é fato.
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Depois da Maravilha surgiram outras personagens como Batwoman, She-Hulk, Mulher-Gato e Mulher Gavião. No entanto, mesmo com a popularidade de heroínas crescendo, o machismo se fez presente e não só em forma de comentários grosseiros, mas na própria personificação da mulher nos quadrinhos: especialmente nos dias de hoje elas sempre são desenhadas com curvas extremamente apelativas e sem noção, transmitindo pura sensualmente. Obviamente que esse retrato cartunesco foi representado na TV de forma fiel, porque sex appeal vende, né? Mas esse novo perfil de mulher demorou para aparecer na TV e mesmo aparecendo, não se consolidou e popularizou rapidamente como os tradicionais heróis másculos como o Batman, Homem de Ferro, Hulk e o próprio Superman, por exemplo, que acompanhamos com frequência nas telinhas – especialmente nos últimos 10 anos. Felizmente de uns poucos anos pra cá a indústria
cinematográfica parece ter percebido que os tempos mudaram. Hoje as mulheres têm espaço para expor a insatisfação em serem representadas de forma errônea e podem reivindicar seu espaço no mundo – nerd, inclusive. Assim surgiram as demandas pela transposição das heroínas dos quadrinhos para o universo televisivo/cinematográfico, que começou provavelmente (contando com um certo nível de qualidade e popularidade) com a Viúva Negra, dos Vingadores. A aparição da personagem na TV foi uma grata surpresa para os fãs, mas nenhuma popularidade a impediu de sofrer com o preconceito machista e assim ela chegou até mesmo a ser cortada da linha de brinquedos infantis do filme Vingadores: Era de Ultron.
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Apesar disso, e mesmo não causando um burburinho de proporções intergalácticas, a pequena participação da Viúva e a resposta dos fãs parece ter feito os produtores de filmes nerds começarem a perder o medo de investir em protagonismo feminino e aos poucos elas vão aparecendo. Um grande exemplo disso na TV é a Supergirl, a prima do clássico Superman, que conseguiu uma série própria – nada muito excelente, mas aborda bem as mulheres independentes e poderosas para um público meio adolescente. Quer outro exemplo ainda melhor? Olhem a personagem Jessica Jones, que também ganhou uma série pela Netflix, e diferente da prima do Super, mostra sem pudor e enfeites (para adultos) a história de uma mulher problemática e triste, mas inteligentíssima e poderosíssima. Além delas também podemos observar o caso explícito de feminismo nerd da Imperatriz Furiosa, de Mad Max: A Estrada da Fúria, que deu um show de girlpower e simplesmente roubou a cena o filme todo. Ah, what a lovely woman. Agora, se vocês querem um exemplo bom mesmo para entender o quanto a mulher é subestimada, as vezes submissa e compreendida como inferior, desde o bendito início dos tempos, assistam Agent Carter. Todos os clichês dessa história e a luta da raça é muito bem representada na série – é quase uma baita aula de história nerd.
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Agora, um caso bom mesmo para entender o medo do investimento no poder feminino nerd na TV é visto na participação da própria (e nova) Mulher-Maravilha, que foi introduzida no filme dos famosos heróis Batman vs Superman como um teste de sua popularidade, para só depois ter seu filme solo garantido. Mas não vamos esquecer que temos ainda a prova viva de que mesmo com personagens populares aparecendo nas telinhas e a liberdade que as mulheres têm hoje para se manifestar, nem sempre somos ouvidas. Quer mais um exemplo? Olhem a Arlequina, do vindouro filme Esquadrão Suicida. A personagem, que teve sua origem como uma palhacinha/boba da corte lunática e amorosa, foi representada na TV de uma forma mais sensualizada – apelando pro fan service, dizem por ai – o que tirou a paz das fãs conservadores mas levou aos delírios os fãs apaixonados. Enfim, percebemos então que mesmo para as moças que já têm legiões de fãs, ter um filme ou série própria é um grande desafio e por vezes quando elas têm, a cultura do machismo prevalece. Mesmo que já tenhamos dado um passo à frente com séries como Orange is the New Black, Scandal, How to Get Away with Murder, The Good Wife e The 100, entre outras, é nítido que a reintrodução de super-heroínas na TV e cinema é um momento importante da atualidade: isso abre espaços para que as discussões importantíssimas continuem e nos fazem perceber que as mudanças estão sim acontecendo. É imprescindível, em um universo considerado predominantemente masculino como o dos super-heróis, as mulheres ganharem também sua representatividade. Merecemos o protagonismo, seja na tv, cinema, quadrinhos ou vida real. Acredito que a questão principal é produzir conteúdo de qualidade que agrade ambos os gêneros, independente de idade, e mostrar que não importa o gênero da protagonista, o que realmente faz a diferença são boas histórias e bons personagens que cativem qualquer tipo de audiência.
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No mais, é isso. Estamos vivendo um novo tempo e já era hora de dar oportunidades para as mulheres salvarem ao mundo. Espero que isso continue. Obviamente, há muito a ser feito, principalmente no que diz respeito a preconceito nas histórias de super-heróis em geral: faltam mais heróis negros, gays, lésbicas, trans, etc. Mas a luta segue e enquanto a humanidade se transforma aos poucos, nos resta aproveitar essas lindas nas telinhas e continuar impondo respeito no planeta, para as mulheres e para todos, porque o ideal é vivermos em igualdade, né? Fica a reflexão e até a próxima. ;)
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A influência de H. P. Lovecraft na cultura pop Victor H. Couto
Como um escritor do começo do século passado continua nos influenciando até hoje? H. P. Lovecraft foi um escritor estadunidense que viveu entre os anos de 1890 a 1937. Ele ficou conhecido por revolucionar o gênero de terror na literatura, adicionando elementos fantásticos. Antes, esses elementos eram encontrados apenas em obras de ficção-cientifica e fantasia. Se inspirando muito no escritor britânico Edgar Allan Poe, Lovecraft costumava escrever “Terror Cósmico” ou “Cosmicismo”, que consistia em ver que a vida nunca poderia ser entendida pelo homem e que o universo é grande demais e hostil para os interesses do mesmo, transmitindo isso para o terror em seus contos e livros. Porém, algo que começou simples se tornou maior com o passar do tempo. Lovecraft iniciou um grupo de histórias que, posteriormente, começaram a ser classificadas como “Cthulhu Mythos” - que é basicamente um grupo de história que usa as ideias e criaturas criadas por Lovecraft, e não precisam ser escritas por ele. Com isso, até os dias de hoje vemos historias sendo escritas no Cthulhu Mythos ou usando ideias desses mitos como referência.
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COMO EXPLICAR A INFLUÊNCIA? É incrível ver como histórias escritas no início do século passado continuam influenciando novas histórias até hoje. Mas, por que motivo isso acontece? Os textos de Lovecraft são difíceis de se ler, já que foram escritos em 1900, com um inglês bem culto e para um grupo bem especifico de pessoas. Isso faz os textos terem um alcance, tanto hoje quanto antigamente, muito pequeno. E, além disso, o “terror” nos livros não é algo que pode ser visto, é como se quase tudo estivesse escondido nas sombras e só ouvimos os barulhos ou vemos uma silhueta de uma criatura - isso se conseguimos vê-lo -, é um terror de atmosfera, e não de susto. É isso que faz essas histórias serem tão famosas até hoje: não por falarem de monstros extradimensionais ou seres que consegue te matar só com um olhar, eles usam o medo do desconhecido.
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REFERÊNCIAS Sendo uma obra tão famosa, não é de se
Já em Fate/Zero, o vilão principal da primei-
espantar que várias outras obras referen-
ra metade do anime, o vilão Caster, invoca
ciem ou se inspirem em Lovecraft. Além de
um monstro de outra dimensão chamado
vários jogos, filmes e séries baseados em
“Ph'nglui
suas obras, temos aquelas que usam alguns
wgah'nagl fhtagn”, baseado nas criações do
de seus elementos.
autor.
mglw'nafh
Cthulhu
R'lyeh
Essas referências acontecem principalmente em séries e jogos.
A série True Detective tem toda a sua primeira temporada com elementos baseados no
SÉRIES
Cthulhu Mythos, mais prescisamente, em um
Nos animes Fate/Zero e Digimon Adventure
livro chamado “O Rei de Amarelo”, de Love-
02, temos algumas referências à Lovecraft.
craft.
Em Digimon, no episódio 13, temos a personagem Kari indo para uma dimensão paralela onde se ouve uma voz e se vê um monstro gigante no horizonte.
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GAMES No jogo Call of Duty: Black Ops III, na campanha Zombies, o último chefe e o causador de todos os problemas é o próprio Cthulhu. Outro jogo que também usa elementos de Lovecreft é Bloodborne, além de algumas ideias, muitos inimigos e chefes desse jogo tem seu visual inspirado nas divindades criadas a partir dos contos de Lovecraft. Para finalizar, a última expansão que vai chegar em Abril para o jogo de cartas Heartstone, que vai se chamar Whispers of the Old Gods tem cartas e ideias baseadas no universo de Lovecraft.
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Os fantásticos reinos de
Game of Thrones Cláudia Gaya
Olá pointers! Nessa edição a bola da vez é a série de maior sucesso da HBO, sim, eu estou falando de: GAME OF THRONES. Se você já conhece a gloriosa obra de R.R Martin, vem com a tia e você não vai se arrepender! Caso não conheça e não se importe com um pouquinho de spoiler, você vai sentir mais vontade ainda de ver essa série depois de ler esse texto. Então vamos lá. A trama se passa nos Sete Reinos de Westeros, que são: o Norte, as Ilhas de Ferro, o Vale, as Terras Ocidentais, a Campina, as Terras da Tempestade e Dorne, além da Muralha, que é uma gigantesca muralha de mais de duzentos metros de altura e feita de gelo, que se estende por quase quinhentos quilômetros na fronteira ao norte dos Sete Reinos, separando-os das terras dos selvagens. Os reinos são divididos ainda em 9 regiões administrativas, que são as grandes casas quem tem seus lordes. Elas são:
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Casa Targaryen
Brasão: Um dragão com três cabeças expelindo chamas, vermelho no preto. Lema: Fogo e Sangue. Reino: São reis de todo o Sete Reino de Westeros, mas suas sedes ficam em Terras da Coroa e Pedra do Dragão Religião: Os Sete
Entre todas as famílias nobres de Westeros, os Targaryen seguem exclusivamente com a prática Valiriana incestuosa de casamento entre irmãos. A frase "sangue do dragão" refere-se à sua beleza notável, com olhos lilases, índigo ou violeta e cabelos ouro-prateados ou brancos platinados. Alguns Targaryen também têm uma alta tolerância ao calor, embora eles não sejam totalmente imunes ao fogo. Um traço típico dos Targaryen e que passou para a Casa Blackfyre, foi a capacidade de ter sonhos com premonições.
Casa Lannister
Brasão: Um leão dourado em campo carmesim. Lema: Ouça-me rugir. Reino: Terras do Oeste Religião: Os Sete.
A Casa Lannister de Rochedo Casterly é mais rica entre as Grandes Casas. Seu principal castelo é Rochedo Casterly que fica nas Terras do Oeste. O lema não oficial é ‘Um Lannister sempre paga suas dívidas’, além do ditado popular ‘Tão rico quanto um Lannister’.
Casa Stark
Brasão: Um lobo gigante cinza sobre um fundo branco. Lema: O inverno está chegando. Reino: Norte. Religião: Deuses Antigos.
Os Stark formam a principal casa nobre do Norte. Muitas casas menores são subordinadas a eles. Sua morada é Winterfell, no Norte. São homens duros e possuem grande honra, dificilmente saem de seus domínios e viajam para o sul, por isso muito dos costumes de lá são para eles estranhos, como os torneios e festas. Muitos possuem o cabelo castanho escuro ou preto e os olhos cinzentos, além de um rosto comprido característico da família. São altos e magros, porém atléticos. 22
Casa Tully
Brasão: Uma truta prata pulando num campo listrado de azul e vermelho. Lema: Família, Dever, Honra. Reino: Terras do Rio Religião: Os Sete.
A Casa Tully é a principal casa nobre das Terras do Rio e governa a região como Lordes do Tridente. Seu castelo é Correrrio. Os Tully vêm de uma linhagem antiga de Lordes de Correrrio que data da Era de Heróis, mas nunca foram reis. São extremamente conhecidos por seus cabelos ruivos.
Casa Arryn Brasão: Uma lua e o falcão brancos em um campo azul-celeste. Lema: Tão alto quanto a honra. Reino: Vale Religião: Os Sete
Tem uma das mais antigas e puras linhagens da nobreza Ândala, descendendo dos Reis da Montanha e Vale. Seu castelo é chamado de Ninho da Águia. São guerreiros fortes e destemidos, sua aparência pode ser muito parecida com a dos selvagens das montanhas, provavelmente por possuírem ligações genéticas com eles. São grandes e com a expressão forte, cabelos negros e olhos escuros, a barba dos homens, quando deixam crescer, são bem cheias e os deixam com a expressão ainda mais selvagem.
Casa Baratheon Brasão: Um veado negro coroado em um campo dourado. Lema: Nossa é a fúria. Reino: Terras da Tempestade Religião: Os Sete
A Casa Baratheon é a mais nova das Grandes Casas e surgiu durante as Guerras da Conquista. Seu castelo é Ponta Tempestade, nas Terras da Tempestade. Através da linhagem feminina os Baratheon são descendentes dos Reis da Tempestade, já que Orys se casou com a filha de Argilac o Arrogante, último dos Reis da Tempestade. Orys adotou o brasão e o lema dos ancestrais de sua esposa. Possuem cabelos bem pretos e olhos bem azuis, são altos e grandes e os homens costumam ser sempre bem fortes, com ombros largos e musculosos. 23
Casa Tyrell
Brasão: Uma rosa dourada em campo verde-relva. Lema: Crescendo Fortes. Reino: Campina Religião: Os Sete
Os Tyrell ascenderam ao poder com intendentes dos Reis da Campina, cujo os domínios incluiam as planícies fertéis, desde a Marca de Dorne e da Torrente de Água negra até as costas do Mar do Poente. Através da linha feminina, dizem descender de Garth Greenhand, o rei jardineiro dos Primeiros homens, que usava uma coroa de trepadeiras e flores e fazia a terra florescer. Quando o Rei Mern, o último da antiga linhagem pereceu no Campo de Fogo, seu intendente Harlen Tyrell rendeu Jardim de Cima a Aegon Targaryen, jurando-lhe fidelidade. Aegon concedeu-lhe o castelo e o domínio sobre a Campina. São bonitos com seus cabelos castanhos e olhos claros. Casa Martell
Brasão: Um sol vermelho trespassado por uma lança dourada. Lema: Insubmissos, Não Curvados, Não Quebrados. Reino: Dorne Religião: Os Sete
Nymeria a rainha guerreira de Roine, trouxe seus mais de dez mil navios até a costa de Dorne, o mais meridional dos Sete Reinos, e tomou Lorde Mors Martell por marido. Com a ajuda dela, ele derrotou os rivais pelo domínio de todo o Dorne. A influência Roine permanece forte. Assim, os governantes de Dorne chamam a si mesmos de "príncipes", e não "reis". São quentes e com temperamento forte, suas mulheres quase sempre são tão lutadoras quanto os homens, além de serem muito independentes. Possuem a pele morena clara e cabelos pretos e lisos, com olhos levemente puxados.
Casa Greyjoy
Brasão: Uma lula gigante dourada em um campo negro. Lema: Nós não semeamos. Reino: Ilhas de Ferro Religião: Deus Afogado.
Os Greyjoy descendem do rei Cinzento da Era dos Heróis, que segundo a lenda casou-se com uma sereia. Costumam possuir a pele morena bronzeada e os cabelos pretos, muitos homens os mantém compridos. O costume antigo os fazem ser pessoas difíceis de conviver, saqueiam vilas com seus navios, roubam e sequestram pessoas. Seu reinado são as Ilhas de Ferro.
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Essas são as principais famílias dos 7 reinos, mais aí vai uma dica: caso você tenha gostado de alguma dessas famílias NÃO SE APEGUE A PERSONAGEM NENHUM. R.R Martin tem mania de matar personagens que nós mais amamos, então se você não está acostumado com isso respire fundo e conte até 10, xingue o autor e depois continue assistindo pois ele sabe o que está fazendo. Agora vamos falar de números, calma, não estou aqui para passar equações, se é o que vocês estão pensando. A primeira temporada da série estreou em 17 de abril de 2011, dois dias depois foi renovada. Além disso, Game of Thrones entrou para o Livro dos Recordes com a marca de Série Dramática com a maior transmissão simultânea ao redor do mundo. O número foi alcançado com o episódio 2 da quinta temporada, intitulado 'The House of Black and White’. A série sempre quebrou muitos recordes: o primeiro episódio custou 10.000.000 dólares. É grana que não acaba mais! Daria para produzir 50 capítulos de uma novela como Avenida Brasil, por exemplo. Uma temporada inteira de Game of Thrones não sai por menos de 60 milhões, e segundo um maluco que contou todos os “empacotamentos até agora, 5348 mortes, seja em batalhas gigantescas ou personagens principais. 30 minutos é a soma de todo o tempo em que alguém fez sexo na série, até a temporada atual, sendo a série uma das que mais fazem uso desse "recurso". É uma serie que agrada a gregos e troianos ou a Starks e Lennister, tem tudo que pode se esperar de uma história medieval. Nós já estamos na 6ª temporada e quem é fã não aguenta mais de ansiedade, que finalmente acabou no lançamento, no dia 24 de abril. E pra quem ainda não viu. CORRE, TA ESPERANDO O QUE?! Escolham suas casas e se preparem porque THE WINTER IS COMING!!!
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Vai Ser Divertido
Cláudia Gaya e Filipi Sarmento
Fala galerinha da Otaku Point, tudo bem com vocês? Dessa vez a equipe foi cobrir o “Vai Ser Divertido”, que rolou no dia 20 de Fevereiro e viemos aqui contar tudo pra vocês. Aí você meu(a) caro(a) me pergunta: mas o que é esse “Vai Ser Divertido”? E eu te digo, este evento é focado no pessoal que curte jogar umas boas partidas dos bons e velhos RPGs de papel e lápis, onde quanto mais você joga, mais viaja por reinos mágicos, dungeons perigosas, enfrenta perigos mortais ou então vai aos confins do espaço e chega onde nenhum homem jamais chegou! E tem mais, se você acha que esse ainda não é o seu tipo de jogo, eles também disponibilizam partidas de VÁRIOS Card Games e Board Games. Mas se você é um iniciante ou um curioso, não se sinta acanhados, pois o evento está repleto de pessoas experientes e com toda a paciência e boa vontade para te ensinar as manhas e esperar você pegar o jeito da coisa antes da partida começar propriamente dita, então relaxa porque... Vai Ser Divertido!
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Bem, antes de qualquer coisa é preciso lembrar que o Vai Ser Divertido é um evento, e tal como qualquer evento, ele tem que ser organizado por colaboradores, e esse papel é do pessoal do RPG Pará. Mas o que é o RPG Pará? Entrevistamos um dos criadores, o Rodrigo Ragabash, que revelou que a ideia de criar esse grupo surgiu da necessidade de trazer de volta um pouco do que foi conhecido como a era de ouro do RPG no Brasil, que aconteceu durante a década de 90. Desde então o grupo vem se espalhando e ganhando novos membros, sejam atraídos pelo Blog (http://rpgpara.blogspot.com.br/), seja pela sua página no Facebook, ou pelo bom e velho boca a boca mesmo.
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Mas agora, voltando ao evento, nem sempre ele teve esse nome. Lá atrás, no ano de 2011, ele se chamava ‘RPG na Saraiva’, mas devido a problemas internos com a nova direção da loja, no final de 2013, o evento precisou mudar de nome e de lugar, até que enfim ele chegou ao IDEAL - Mundurucus em 2015 e lá permanece até hoje. Se você se interessou, saiba que o próximo já tem data marcada para 30 de abril, corre pra lá!
Conversando com um dos colaboradores do RPG Pará, Roger Souza, sobre os grupos de RPG no estado, ele destacou o Resistência RPG, no qual foi um dos fundadores e que começou a quase 20 anos lá em Benevides. A princípio eles começaram apenas com mesas de Dungeons & Dragons (D&D) e depois inseriram Mundo Das Trevas, que é um dos estilos que mais jogados atualmente. O grupo da Resistência foi formado inicialmente por 4 narradores com o objetivo de criar mesas para resolver o problema de jogadores que não tinham narradores e vice-versa. Assim, durante esses quase 20 anos de existência, a Resistência RPG veio difundindo o RPG não só para Benevides, mas como toda a região metropolitana de Belém. O grupo tem um calendário de mesas que já está em andamento e outras que ainda irão começar, passando por Benevides, Ananindeua, Belém e Outeiro. O grupo, tal como o RPG Pará, não tem fins lucrativos e trabalha apenas para espalhar o seu amor pelo RPG para o máximo de pessoas possível. Então, que tal tirar um dia da agenda para ir conosco conhecer um pouco mais e jogar um pouquinho de RPG? Garanto que Vai Ser Divertido!
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Bate-papo com
o cosplayer
Ariadna Araujo Nessa edição, falaremos com a cosplayer Karoline Santos, saberemos sobre seu primeiro cosplay e suas influências e inspirações.
Qual seu nome completo? Meu nome civil é Karoline Santos da Silva Qual foi seu primeiro cosplay? Meu primeiro cosplay foi Yuuri Suzuki de Anatolia Story, mas registrado mesmo é Lenale Lee de D'gray Man Qual sua maior influência cosplay? Minhas influencias são duas a Yaya Cosplay e uma cosplay brasileira que é a Daniela Witchiko Quantos cosplays você ja fez? Agora quantos cosplay eu ja fiz, acho que foram mais de 22 cosplays... Nem tinha reparado que já fiz tudo isso Qual a sua maior dificuldade e fazer o cosplay? Minha maior dificuldade é ter tempo para confeccionar tanto as roupas quantos os acessorios Que personagens gostaria de fazer? Um pensonagem que ainda tenho muita vontade de fazer é a rainha dos condenados. Qual sua dica pra quem quer começar a fazer cosplay? Um conselho que dou é não desistir quando o obstaculo aparecer, principalmente os preconceitos seja por seu sexo, cor, corpo ou altura. Porque ser cosplay é se divertir fazendo o que gosta e não o que os outros querem que faça ou que gostem.
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Olá, amigos J-Rockers da Otaku Point. Hoje falaremos sobre uma das bandas que tem 2 músicas como grandes hits de todos os tempos e infelizmente anunciaram seu hiato recentemente. As músicas em questão são THE WORLD e Alumina, abertura e encerramento da primeira temporada de Death Note. Estamos falando de uma das mais aclamadas bandas de Visual Kei dos anos 2000, o NIGHTMARE.
Nightmare Raoni Joseph
Fundação inicial e Ultimate Circus (2000 - 2003) A banda foi fundada no ano novo de Janeiro de 2000 na cidade de Sendai, por Sakito (guitarra) e Hitsugi (guitarra), enquanto os membros estavam terminando o colegial. O nome foi sugerido por Hitsugi para que o público se assustasse quando associasse o nome com o visual da banda. Mais tarde, o baixista Ni~Ya foi convidado por Sakito, Yomi (vocalista) por Hitsugi e o primeiro baterista, Zannin, se ofereceu para tocar após saber que seus colegas de turma estavam formando uma banda. Antes de começar a produzir material próprio, a banda começou ensaiando covers de X Japan e Luna Sea. A banda começou fazendo shows em sua cidade natal. No entanto, por motivos até hoje desconhecidos, Zannini saiu da banda. Não demorou muito, Ruka se ofereceu para entrar na banda de forma temporária, mas a parceria deu tão certo que se tornou membro efetivado. A partir daí, começaram a fazer pequenas turnês pela região dando como banda suporte de outros grupos. Em 2003, Nightmare assinou seu primeiro contrato com uma gravadora, a Nippon Crown, lançando seu primeiro single, “Believe”. 3 meses depois após seu debut, lançaram um single triplo A-side, “Akane/Hate/Over”. Naquele mesmo ano, lançaram seu primeiro álbum de estúdio, “Ultimate Circus” e entraram em sua primeira turnê.
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Livid and Anima (2004 - 2006) Nightmare lançou 3 singles no ano de 2004, “Varuna”, “Tokyo Shounen” e “Cyan (Shian)”. Lançaram também seu segundo álbum de estúdio, “Livid”. Mais uma turnê foi realizada sob o nome “Tour CPU 2004”, fazendo com que a banda obteve cada vez mais popularidade no país. A banda trabalhou bastante nos anos de 2005 e 2006, lançando vários singles e realizando vários shows. Em 2006, lançaram seu terceiro álbum, “Anima”, que deu a origem a turnê “[Anima]lism”, que rendeu ingressos esgotados em todos os shows por onde a banda passou. No final da turnê, gravaram seu primeiro DVD, no NHK Hall, sob o nome “Gianism Tsu”. A partir daí, o Nightmare começou a lançar uma série de coletâneas de grandes sucessos. The World Ruler and Killer Show (2007 - 2008) Em outubro de 2016, a banda lançou o sucesso que a tornaria conhecida mundialmente: o single “The World/Alumina”, já sob sua nova gravadora, a VAP. Essas músicas foram usadas na primeira temporada de Death Note como abertura e encerramento. Com o sucesso do Anime, as músicas se tornaram verdadeiros hinos do JRock / Visual Kei e rendeu altos índices de vendas no álbum que incluía essas canções, “The World Ruler”, lançado em fevereiro de 2007. A turnê deste
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álbum durou 3 meses. Um mês depois do fim da turnê, a banda lançou o single “Raison d’erre”, música que foi usada na abertura do anime “Claymore”. Em Junho daquele mesmo ano, fizeram o show de três dias intitulado “The World Ruler Encore”. Em setembro, a banda gravou mais um registro em vídeo, no grandioso Teatro Nippon Budokan, sendo seu primeiro show no lendário teatro. O show foi intitulado “Kyokuto Symhpny ~The five Stars Night~” e os ingressos se esgotaram em menos de duas semanas. Lançaram mais 2 singles neste ano, “Konoha” em outubro e “Dirty” em novembro, este se tornou abertura do anime “Majin Tantei Nougame Neuro”. Em 2008, a banda lançou um best of (Nightmare 2003-2005 Single Collection, pela antiga gravadora, Nippon Crown), um álbum ao vivo do show gravado no Nippon Budokan, o single White Room (disponível em versão limitada para Download) e seu Quinto álbum de estúdio com canções inéditas, intitulado “Killer Show”. Para finalizar este ano bastante produtivo, a banda lançou o single “Lost In Blue”, música que foi usada como tema de abertura do anime “Moryo no Hako”. Outra música deles, “Naked Love”, foi usada como encerramento. Sem dúvidas, 2008 foi um dos anos mais importantes da carreira do Nightmare.
Majestical Parade e aniversário de 10 anos O ano de 2009 começou com uma turnê curta de 2 dias intitulada “The 9th Departure” e foi anunciado o lançamento do álbum “Majestical Parade”, a canção “Melody” desde álbum foi lançada em uma versão limitada para download em abril. O álbum foi lançado no mês seguinte. Vieram mais turnês e contribuições com outros projetos como um vídeo feito pela companhia Nico Nico. O grupo tocou novamente no Nippon Budokan em Agosto deste ano e ainda lançaram mais um single em Setembro, “Rem”. 2010 foi o ano que marcou o aniversário de 10 anos da banda. O Nightmare comemorou a data com uma Contagem de Virada de ano no Zepp Sendai e lançou o álbum Gianizm no dia seguinte. Logo em seguida tocaram na famosa Saitama Super Arena, como parte dos shows de comemorações de 10 anos da banda. O set list deste show contou com 27 músicas, incluindo as do seu álbum mais recente. A turnê deste álbum começou em Abril daquele ano. Em Junho, lançaram seu vigésimo primeiro single, “A:Fantasia”. Naquele ano, houveram várias turnês pelo Japão. Em Julho, fizeram a arte II da Turnê, começando em Saitama e finalizando em Sendai. O último show da turnê foi novamente no Nippon Budokan, a terceira passagem da banda pelo teatro lendário. E no Natal daquele ano, a banda tocou pela primeira vez no Makuhari Messe.
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2011 - 2016 e o Hiato anunciado Os terremotos e tsunamis ocorridos no Japão no ano de 2011 fizeram com que o Nightmare adiasse alguns planos, como o lançamento do seu novo álbum ao vivo, “Publish!”, que seria realizado dia 11 de Março, porém, foi remanejado para o dia 30 daquele mês. O show foi re=batizado de “Publish & Recover!”. Eles lançaram mais um single chamado “Vermillion pelo selo Avex Entertainment em Maio. Rolou mais uma turnê, chamada “Time Rewind to Zero”, iniciada em Abril e finalizada no final do mês de Junho. Em agosto, a banda tocou na Batalha de Bandas junto com Kishidan, para celebrar o décimo aniversário de Kishhidan. No Halloween daquele ano, o guitarrista Hitsugi participou da “Hyde’s Halloween Junk Orchestra” junto com outros músicos renomados, A banda lançou em novembro seu álbum auto-intitulado. Em 2012, a banda lançou os singles “Mimic” e “Deus Ex Machina. O Nightmare participou de vários eventos neste ano, como a turnê junto com a banda Baroque. Em 2013, a banda lançou o álbum “Scums”, que tinha os singles lançados anteriormente, mais 12 músicas. No mesmo ano, o Nightmare fez seu primeiro show fora do Japão, na França, no evento Anime Expo 2013, no dia 6 de Julho. Tocaram junto das bandas May’n, Una e Urbangarde. No dia seguinte, fizeram um show junto com uma sessão de autógrafos. O evento foi um sucesso. Em Agosto de 2013, a banda lançou o single “Dizzy” mais um DVD do último show da turnê do álbum “Scums”, no Nakano Sun Plaza, junto com um documentário da turnê.
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Em 2014, a Banda lançou o álbum “To be or not to be”. Em 2015, a banda lançou o álbum “Carpe Diem”. Em 2016, a banda anunciou a turnê “Nightmare Tour 2016 Awakening of Clowns”. Juntamente com o anúncio da turnê, a banda anunciou um hiato temporário no final deste ano, sem previsão definida de retorno. O vocalista Yomi deixou uma nota para os fãs. “Na preparação para o show do nosso vigésimo aniversário, nós pensamos sobre como nós queremos apresentar isto para nossos fãs e decidimos dar uma pausa temporária. Não é um hiato pessimista, mas um otimista. Nós faremos nosso melhor para retornarmos em grande estilo.” 36
Estilo Musical e Popularidade A banda tem bastante influência dos pioneiros X Japan e Luna Sea. No seu estilo, porém, encontra-se uma mistura de vários estilos, como Punk Rock, Ska, Jazz, R&B, entre outros, além do já tradicional estilo visual kei popularizado pelo Luna Sea. Duetos de guitarras também são encontrados em algumas músicas, influência clara do X Japan. Foi e ainda é um dos grandes nomes do Visual Kei nos anos 2000, sempre presente nas paradas da Oricon e emplacando vários hits como aberturas de anime. No entanto, em âmbito mundial, sempre são lembrados somente pela abertura e pelo encerramento
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de Death Note. Talvez esse fator tenha ofuscado um pouco as outras músicas e não tenha deixado a banda tão popular no Ocidente, ao contrário de bandas como An Cafe, The GazettE, Versailles, Dir En Grey, entre outras, assim o Nightmare não conseguiu emplacar em uma grande turnê mundial e se consolidar tanto quanto o restante. É realmente uma pena, pois é uma banda que merece estar no topo por conta de sua musicalidade e de seu estilo visual. Bom, gente, espero que tenham gostado da matéria. Suas críticas e sugestões são sempre bem-vindas. Até a próxima edição.
FLOPS
Bruna Corrêa
Você que curte K-pop, com certeza, deve conhecer grupos como EXO, BTS, BigBang, SNSD, 2ne1 e 4Minute, não é? Mas já ouviu falar em Myname ou Laboum? E Spica ou Bigflo? Não?! Bom, nessa edição, a Otaku Point resolveu desvendar o mundo dos grupos considerados “Flops” no K-pop e apresentar alguns pra quem ainda não conhece. E pra quem já conhece, esperamos que fiquem felizes em ver algo relacionado ao grupo. Alguns grupos têm tanto carisma e talento que chega a ser até contraditório o fato de não fazerem tanto sucesso no meio musical pop coreano, dentre eles selecionamos 3 deles, em meio a vários sugeridos por nossos queridos leitores através do Facebook. Já ouviram falar de LU:KUS?
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LU:KUS é um grupo que debutou em 2014 pela empresa Pan Entertainment, sub-empresa da iBOXMEDIA. O grupo é formado por Donghyun, J.ONE, Kyungjin, CHOI e Jinwan e é uma maneira especial de dizer “Look Us”, que significa “Olhe para nós”. Inicialmente, o grupo era conhecido como X-5, abreviação de X-FIVE (X de Xenos) e que foi formado em 2011 pela empresa Open World Entertainment, porém, em 2012, após a detenção do presidente da empresa, Seok Jangwoo, o grupo juntamente com o companheiro de gravadora, The BOSS, pararam suas atividades e performances. Em fevereiro de 2013, a partir do anuncio de que 3 membros do grupo, Taefung, Haewon (J. ONE) e Sulhu, juntaram-se a um novo grupo, foi confirmado que o X-5 acabou oficialmente. Após tanto tumulto, enfim o LU:KUS fez seu debut com o single “So Into U” e teve seu comeback mais recente em novembro de 2015 com a música “Beautiful”, sendo este seu terceiro single da carreira e que traz uma melodia mais R&B, se comparada a mais eletro do single de debut, demonstrando um amadurecimento do grupo. Outro grupo que pouco fez sucesso no cenário K-pop é o C-Clown. Conhecem?
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O C-Clown, abreviatura de Crown Clown, que significa “Coroa de Palhaço”, é um grupo formado por 6 integrantes, Rome, Ray, Siwoo, Kangjun, D.K. e Maru, pela empresa Yedang Entertainment. Foto dos integrantes O grupo debutou em 2012 com o single "Solo", faixa do primeiro mini-álbum denominado “Not Alone” lançado em julho. Em novembro do mesmo ano, o C- Clown lançou seu segundo mini-álbum, o “Young Love” com a faixa principal a canção "Far Away ... Young Love", mostrando um visual mais maduro do grupo e tendo em sua produção a participação de Junhyung, integrante do Beast. Dentre outros hits do C-Clown estão os singles "Shaking Heart", "Tell Me", "Justice" e “Let’s Love”, último comeback do grupo feito em julho de 2014. Porém, para a infelicidade dos Crowns, fandom oficial do C-Clown, no dia 05 de outubro de 2015, a Yedang Entertainment postou o anúncio oficial do fim do grupo no Fancafe e Facebook do mesmo.
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