Ottica Art Magazine! #8

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Georgia Kyriakakis

Arte MULTIMIDIA






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Exposição Tectônica 2014 Faixa de Gaza Crayon sobre pedra 40 x 870 x 50 cm Dimensões variadas Galeria Raquel Arnaud 5


Georgia Kyriakakis é um dos grandes talentos do cenário dos artistas brasileiros. Artista com diversos prêmios, expõe seu trabalho desde 1986 em mostras coletivas e individuais, em mostras nacionais e internacionais. Formada em Artes Plásticas pela FAAP, Mestre e Doutora em Artes, pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Desenvolve também atividades didáticas desde 1990, ministrando palestras, cursos e workshops, dentro e fora do país. Possui obras importantes em coleções privadas e no acervo de museus e instituições públicas. O ponto de partida foi o desenho, que em seguida, foi para o espaço com sua força e fragilidade, discutindo as várias modalidades da arte, entre o limite da arte e da não arte. Presos na parede e pendurados no teto, nas películas de borracha ou no papel, procurando seu lugar no mundo, buscando possibilidades de ser. Estruturas frágeis, nem esculturas, e já não mais desenhos planos, a artista caminhou por um território instigante porém desconfortável. Nos livros de artista, Georgia fez a linha percorrer o tempo há medida que o espectador folheava as páginas, porém sua verdadeira inquietação havia ficado em segundo plano. Foi quando essa mesma linha, subvertendo a hierarquia estabelecida pelo desenho, se tornou estrutura tridimensional, envolvendo papel que outrora era território gráfico das tensões de ser, linha.

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O fogo, incendiou qualquer possibilidade de cristalização da investigação primeira da artista. Nas cinzas, no resíduo da obra, ela desperta ganhando força e sentido para novas possibilidades poéticas. Kyriakakis havia despertado para aspectos do mundo físico, com sua fragilidade, efemeridade, corporeidade, materialidade e seus processos de transformação. O fogo era utilizado como um termômetro, uma via dessa transformação. Em 95, Georgia Kyriakakis foi contemplada com uma residência em cerâmica no European Ceramic Work Centre. O barro se transforma em vários momentos, e o fogo, procedimento muito utilizado pela artista, é determinante para concluir sua fisicalidade. Geórgia já trabalhava com aspectos do mundo físico, porém atrelada aos elementos do desenho, nexo constante de seu trabalho. Criou em sua residência, laminas muito fina de barro, quase como um papel, calçadas pelo mesmo. O frágil papel agora estruturava as finas laminas de barro, que com o gesto de aconchego de suas mãos, resultaram em pequenas e frágeis esculturas que pareciam folhas. Este trabalho que fora selecionado para participar da XXIII Bienal Internacional de São Paulo, ganhou mais um elemento, a ação do tempo. A artista determinou que faria uma contagem de tempo, faria quantas peças conseguisse até o limite para montagem do trabalho. O que resultou em 8.000 peças, com o resíduo de sua frágil estrutura, cinzas de papel carbonizado. Na montagem da instalação o movimento de olhar as peças do alto e de longe, à distância, para proteger o frágil resíduo (cinzas), trouxeram um elemento determinante para sua investigação. Georgia fora atraída para um olhar à distância, para o território da geografia, dos mapas. E no campo da geografia vários elementos foram agregados, um deles foi o nível. A artista fez vários trabalhos que falavam da fragilidade, mas que traziam um novo elemento, o liquido, elemento capaz de nortear, estabilizar o nível. Essas peças ficavam sempre em equilíbrio, mas sempre na eminencia de poder desaparecer, situação de maior interesse da artista, uma das características da fragilidade, elemento que também sempre norteou Kyriakakis. Foi um projeto que a artista realizou pela Bolsa Vitae, em 2002, obras feitas em óleo, “Helenas”, uma das minhas preferidas! Essas questões de equilíbrio, acabam tomando dimensões sociais, políticas e humanas, se bem que toda as questões anteriores, estão contidas no território humano.

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Linha Vermelha 2015 Intervenção Estúdio da artista Fita adesiva 0

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Para Georgia Kyriakakis, sua motivação está naquela obra que ainda não fez, situação que a faz muitas vezes revisitar uma obra para entender processos lhe trazendo um entendimento em uma outra ótica. Em Tectônicas, trabalho recente realizado em 2014, muitas questões novas surgiram, dentre elas o peso, um contraponto com um elemento que a artista sempre utilizou que é a leveza. Em Tectônicas, a artista se propôs a um procedimento muito simples, cortar essas chapas traçando uma linha sem muito estudo, ao fazer esse corte, cria-se uma inclinação que faz com que o equilíbrio e a simetria desapareça. O Trabalho consiste em pegar essa parte cortada e posicionar na linha do horizonte, calçada por mármores. Tectônicas traziam três palavras, termos geográficos: pacífico, estreito e deserto, que também são usados como adjetivos. Feitas com a escrita vazada na chapa, criou-se uma sombra no chão, que foi preenchida com pó de metal que está solto no chão, passível de desaparecer em um sopro. As chapas estão escoradas de forma precária escoradas com o peso, o metal em pó também está em repouso no chão, e temos um terceiro elemento a luz, que incidindo na chapa vazada, projeta a sombra da palavra no chão. Na série “Equador”, nas chapas em metal, foram feitos cortes, que as desestabilizaram, devido à retirada de sua massa, e o equilíbrio é restabelecido novamente quando a artista usa imãs para encontrar o eixo.

Exposição individual Tectônicas 2014 Instalação na exposição Homônima Galeria Raquel Arnaud – SP

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Detalhe da instalação

Na fotografia, território de conflito da artista, conflito profícuo que se desdobra em reflexão no transito em suas viagens para material de pesquisa, Georgia explora a cor, saturando ou retirando a cor totalmente, resultando em imagens PB. Em Oeste questões como equilíbrio, resistência e acomodação, voltam a aparecer. Em Genius Loci, o equilíbrio volta aparecer, na ação performática, que ao projetar o próprio corpo pra frente em vias de cair, a artista interfere no eixo de repouso do corpo, a imagem congelada causa inquietação ao espectador, pois tudo está fora do lugar em relação ao corpo da artista. Para ilustrar a inquietação de Georgia Kyriakakis, recentemente ela fez algo, que como ela mesmo diz, só acontece no atelier do artista, pois quando a obra vai pra fora já está transformada. Kyriakakis realizou em seu atelier uma intervenção, que ela denominou “Linha Vermelha”. Ela desenhou em seu atelier com fita adesiva, um corte topográfico margeando tudo, cada objeto em repouso ou não, estabelecendo assim um nível em tudo que fazia parte daquele espaço. Um desenho no espaço que aconteceu naquele momento de forma imediata, totalmente puro. O Trabalho de Georgia kyriakakis, tem uma aura arrebatadora, pois está sempre em movimento devido a personalidade inquieta da artista, portanto sempre é espanto, novidade, sempre é encanto. O Trabalho dessa artista, não é possível, tamanha sua complexidade, ser decifrado apenas nessas poucas palavras. Como dizia Confúcio: “Uma imagem vale mais do que mil palavras”, deixamos para você leitor imagens para que possam desvenda-las. No final dessa matéria, deixamos o link do site da artista, onde poderão ter acesso a textos de vários críticos, e da própria artista. 11


Detalhe de Tectônicas Pacífico

Tectônicas Pacífico 2014 Chapa de aço, mármore e pó de aço carbonizado 120 x 303 x 240 cm Galeria Raquel Arnaud – SP

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Detalhe de Tect么nicas deserto

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Exposição individual Tectônicas 2014 Série Equador Chapa de metal, prego e Imã Galeria Raquel Arnaud – SP

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Série Equador 2014 Equador Macapá chapa de aço 100 x 66 cm Equador Makowa chapa de aço 100 x 66 cm Equador Pontianak chapa de aço 100 x 66 cm

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Exposição Individual tectônicas 2014 Longe Daqui Fotografia e pó de aço carbonizado Tríptico 43 × 142 × 6.5 cm

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Longe Daqui Fotografia e pó de aço carbonizado Tríptico 43 x 124 x 6.5 Galeria Raquel Arnaud

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Exposição Tectônicas 2014 Série Oeste, fotografia e madeira Galeria de Arte Raquel Arnaud

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Oeste 1, 2014 fotografia e madeira 53 x 120 x 10 cm Oeste 2, 2014 fotografia e madeira 53 x 120 x 10 cm Oeste 3, 2014 fotografia e madeira 53 x 120 x 10 cm

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Exposição individual Tectônicas 2014 Série Vidros Patagônia III Vidros III Patagônia B 94 x 117 cm

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Vidros III Patag么nia A 113 x 125 cm Vidros III Patag么nia C 93 x 105 cm

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Então Tá 2013 Pedra e Metal Salão de Arte de Itajaí Artista convidada Curadoria Josué Mattos Itajaí - SC

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Exposição Meridianas 2012 Meridianas Madeira, chapa de metal e pó de metal carbonizado Dimensão 100 x 270 x 90

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Meridianas 2012 Vista Geral da exposição Prêmio Funarte de Arte Contemporânea Galeria Flavio de Carvalho – São Paulo

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Picada 2012 Mesas de madeira, terra e planta. DimensĂľes variadas Sesc PompĂŠia Mostra Sesc de Artes 29


Exposição Contrapontos Empeno a Tona I 2012 Cadeiras barrocas do acervo do Museu e cunhas de madeira. Dimensões variadas Curadoria Nair Kremer Museu de Arte Sacra

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Empeno a Tona 2012 Cadeiras barrocas do acervo do Museu e cunhas de madeira. Dimens천es variadas

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Elevação Aérea 2012 Pó de palha de aço carbonizada, acumulado sobre lâmina de metal Dimensão 400x20x20cm Curadoria Alessandra Parente Casa Contemporânea

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Horizontes Elásticos 2010 Fotografias, elástico e cunhas de madeira Dimensão 48 x 195 cm Exposição Paralela Curadoria Paulo Reis

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Deixa Rolar 2010 Pó-de-metal carbonizado sobre mesa e cadeiras de madeira Dimensões 218 cm x 224 cm x 79 cm Exposição Paralela, SP Curadoria Paulo Reis

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Deixa Passar 2011 Mesas de madeira e correntes metálicas flexíveis Dimensões variáveis Galeria Flavio de Carvalho – Funarte – SP Prêmio de Arte Contemporânea da Funarte 2012

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Maquete

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Detalhe

Deixa Passar 2011 Exposição Coordenadas, ECCO/Brasília-DF

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Deixa Passar 2011 Mesas de madeira e correntes metálicas flexíveis Dimensões variáveis Exposição Coordenadas Espaço Contemporâneo Ecco – Brasília - DF

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Vista da Exposição Coordenadas 2011 Espaço Contemporâneo ECCO/Brasília-DF

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Montagem Coordenadas, ECCO/BrasĂ­lia-DF, 2011

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A artista Geórgia kyriakakis na montagem da exposição Coordenadas ECCO/Brasília-DF

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Exposição Coordenadas ECCO/Brasília-DF Genius Loci 7 2011 Ação/Fotografia 100 x 70 cm

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Genius Loci 4 2011 Ação/Fotografia 100 x 70 cm

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Exposição Coordenadas - ECCO - Brasília - - DF 1-Por Motivo de Força Maior - Distância 2010 Taças de vidro, corrente de metal e cunhas de madeira 22 X 104,5 X 9,5 cm Galeria de Arte Raquel Arnaud - SP 2-Por Motivo de Força Maior – Sobrecarga 2010 Taças de vidro, taça de bronze e cunhas de madeira 22 X 33,5 X 9,5 cm Galeria de Arte Raquel Arnaud - SP

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4 3-Por Motivo de Força Maior –Estabilidade 2010 Taças de vidro, gesso e cunhas de madeira 22 X 31,5 X 9,5 cm Galeria de Arte Raquel Arnaud - SP 4-Por Motivo de Força Maior – Rigidez 2010 Taças de vidro, pedras e cunhas de madeira 25 X 32,5 X 9,5 cm Galeria de Arte Raquel Arnaud - SP 51


Exposição Outros Continentes Outros Continentes Lápis de cor sobre papel/impressão digital e fotografia Galeria de Arte Raquel Arnaud – SP

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Sem t铆tulo 2008 Desenho em p贸 Pigmento em p贸 sobre papel Dimens茫o 50 x 65 cm 54


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Arquipélagos 2007 Mesas, pigmento em pó, cadernos, livros, desenhos, chapas e recipientes de vidro com água Dimensões variadas Galeria de Arte da Unicamp

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Detalhes da instalação

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Força e Fluxos 2006 Videoinstalação composta por 9 monitores de tv e 5 vídeos, 900 x 175 x 50 cm Vista geral da videoinstalação no Centro Universitário Maria Antônia, SP

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Frames do vĂ­deo 2 59


Gravuras da sĂŠrie Mesmas e Outras 2004 Gravura em Metal 210 x 145 cm Galeria de Arte Raquel Arnaud - SP

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Gravura em Metal 210 x 145 cm

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Instรกveis 2003 Gesso 48 x 28 x 20 cm (Instรกveis I)

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III Instรกveis 2003 Gesso 45 x 30 x 28 cm (Instรกveis II) Instรกveis 2003 Gesso 46 x 25 x 23 cm (Instรกveis III)

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Série Estáveis 2002 Vidro, óleo ou silicone e cimento Dimensões variadas Galeria de Arte Raquel Arnaud – SP

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Série Estáveis 2002 Vidro, óleo ou silicone e cimento Dimensões variadas

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Vista geral da exposição Gabinete de Arte Raquel Arnaud, SP 2002

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Oblíquas 2002 Vidro, gesso e cabo-de-aço Dimensões variadas Galeria de Arte Raquel Arnaud - SP

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Helenas de Óleo 2002 Bolsa Vitae de Artes Vidro, óleo, cabo-de-aço e roldana Dimensão 90 x 30 x 30 cm Galeria de Arte Raquel Arnaud - SP 68


Helenas e P贸 2002 Bolsa Vitae de Artes Vidro, p贸 de metal carbonizado, cabo-de-a莽o e roldana Dimens茫o 90 x 30 x 30 cm Galeria de Arte Raquel Arnaud - SP 69


Continentes 2002 Grafite sobre papel Dimens達o 35 x 45 cm Galeria de Arte Raquel Arnaud - SP

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Continentes 2002 Grafite sobre papel Dimens達o 35 x 45 cm Galeria de Arte Raquel Arnaud - SP

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Continentes Galeria de Arte Raquel Arnaud - SP

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Fotos-matriz dos Continentes Galeria de Arte Raquel Arnaud - SP

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Grafhos 2002 Bolsa Vitae de Artes Galeria de Arte Raquel Arnaud SP

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Grafhos 1 2002 Bolsa Vitae de Artes Mรกrmore e gesso Dimensรฃo 90 x 70 cm

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Série Buracos Planos II 2002 Parafina e papel Dimensão 65 x 50 cm Galeria de Arte Raquel Arnaud - SP

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SĂŠrie Buracos Planos I 2001 Papel arroz queimado DimensĂŁo 40 x 25 cm Galeria de Arte Raquel Arnaud - SP

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Na Calada da Noite 2002 Intervenção Urbana na Escola de Sociologia e Política de SP Projeto Genius Loci, Centro Universitário Maria Antônia, SP Curadoria Lorenzo Mammi

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Exposição Poéticas da Natureza Elevações I 2001 Palha-de-aço carbonizada, acumulada sobre lâminas de metal, afixadas perpendicularmente à parede. Dimensões variadas MAC - Ibirapuera

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Exposição Elevações , Duplos, Buracos Planos Elevações I 2001 Palha-de-aço carbonizada acumulada sobre lâminas de metal, afixadas perpendicularmente à parede. . Dimensões variadas Centro Universitário Maria Antônia, SP Apresentação do trabalho de mestrado na ECA-USP

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Detalhe Elevações I Centro Universitário Maria Antônia, SP Apresentação do trabalho de mestrado na ECA-USP

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Exposição Elevações , Duplos Buracos Planos Duplos 2001 Palha-de-aço carbonizada Dimensões variadas Centro Universitário Maria Antônia, SP Trabalho de mestrado da ECA - USP 83


Detalhe do holofote de grande potĂŞncia Detalhe do isopor

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Isopor 1997 Isopor queimado por holofotes de grande potĂŞncia DimensĂŁo 50 x 200 x 500 cm Arte/cidade III, Moinho Santista, SP Curador Nelson Brissac

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Cinzas Ocas 1997 Cinzas de papel carbonizado e calcinado Dimensão 80 x 90 x 90 cm Arte/Cidade III, Moinho Santista – SP Curadoria Nelson Brissac

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Detalhe de Cinzas Ocas

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Vista geral da exposição Beelden Uit Brazilie Stedelijk Museum, Schiedam, Holanda. 1996

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Hung Pieces, 1995/96 Cerâmica e cabo-de-aço Dimensões variadas. Exposição Beelden Uit Brazilie Stedelijk Museum, Schiedam, Holanda.

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Porcelanas 1995 Porcelana e fio de nylon Dimensões variadas Exposição Beelden Uit Brazilie Stedelijk Museum, Schiedam, Holanda.

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Porcelanas 1995 Porcelana e fio de nylon Dimensões variadas Exposição Beelden Uit Brazilie Stedelijk Museum, Schiedam, Holanda.

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Vista de exposição no European Ceramic Work Centre 1995 Exposição dos trabalhos realizados em residência

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Detalhe 8000 pequenas peças de cerâmica e cinza de papel carbonizado Dimensþes variadas

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Cerâmicas 1996 8000 pequenas peças de cerâmica e cinza de papel carbonizado Dimensões variadas XXIII Bienal Internacional de São Paulo, Brasil Curadoria Agnaldo Farias

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Detalhe da instalação

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1-Desenho espacial 2 Papel, verniz, pó de Grafite e arame Dimensão 80 x 45 x 60 Exposição no Centro Cultural SP-SP1992 Programa de exposições

2-Desenhos Espaciais Tridimensional com arame e Látex Arame e película de látex Dimensão 90 x 300 x 30 cm Exposição no Centro Cultural SP-SP 1992 Programa de exposições

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Desenhos Espaciais Amassados de Papel Papel, verniz e pó de grafite Dimensão 300 x 28 cm Exposição no Centro Cultural SPSP 1992 Programa de exposições

Desenhos Espaciais 1 1993 Papel, verniz, pó de grafite e arame Dimensão 70 x 30 x 20 Exposição no Centro Cultural SPSP 1992 Programa de exposições

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Detalhe de Queimados I 1994 Papel queimado e arame Dimensões variadas Exposição Sombras e Espelhos Museu de Arte Moderna – SP CCBB Rio de Janeiro Curadoria Aracy Amaral

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Detalhe de Queimados I 1994 Papel queimado e arame Dimensões variadas Exposição Sombras e Espelhos Museu de Arte Moderna – SP CCBB Rio de Janeiro Curadoria Aracy Amaral

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Atrito 1994 Pó de grafite e papel de seda Dimensão 45 x 270 cm Exposição Sombras e Espelhos Museu de Arte Moderna – SP CCBB Rio de Janeiro Curadoria Aracy Amaral

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Folhas Verticais 1994 Papel, verniz e arame Dimens達o 400 x 120 x 35 cm

Folhas 1993 Folhas de papel com goma-laca presas na parede por alfinetes Dimens達o 280 x 250 x 10 cm

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Desenho de chumbo 1997 Papel queimado com chumbo derretido Dimens達o 120 x 100 cm

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Desenho de Chumbo 1997 Papel queimado com chumbo derretido Dimens達o 120 x 100 cm


Ampulhetas 1995 Papel, cinzas e cola Dimens達o 70 x 50 cm Galeria Adriana Penteado

Ampulhetas 1995 Papel, cinzas e cola Dimens達o 70 x 50 cm Galeria Adriana Penteado

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Vidros 1995 Fuligem, cinzas, papel queimado e vidro Dimens達o 70 x 50 cm Galeria Adriana Penteado

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Vidros 1995 Fuligem, cinzas, papel queimado e vidro Dimens達o 70 x 50 cm Galeria Adriana Penteado


Detalhe de Queimados II Galeria Adriana Penteado

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Detalhe de Queimados II Galeria Adriana Penteado

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Queimados II 1995 Papel queimado e parafina Dimensões variadas Vista geral da instalação na Galeria Adriana Penteado, SP.

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EstĂşdio da Artista

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www.georgiakyriakakis.com.br

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São Paulo comemorou seu aniversário com um convidado mais que ilustre. O Centro Cultural Banco do Brasil em parceria com Art Unlimited e apoio do Banco Votorantim, trouxe a mais completa mostra de Mondrian e o movimento De Stjil, realizada na América Latina. Essa exposição aconteceu em São Paulo no dia 25 de janeiro e foi até 04 de abril, seguindo para, Brasília, Belo Horizonte e finalizando no Rio de Janeiro. Composta por um belo acervo, cuja a maior parte pertence ao Museu Municipal de Haia (Gemeentemuseum, Den Haag), da Holanda, maior coleção do mundo de obras de Mondrian. São cerca de 70 obras, 30 das quais de Mondrian e uma seleção das diversas manifestações do movimento De Stijil. A exposição foi muito bem montada para que o espectador possa perceber o processo criativo de Piet Mondrian, e como o sua obra refletiu na arquitetura, designe, e nas artes gráficas. Em Mondrian e o movimento De Stijl, será possível acompanhar por intermédio de obras originais, maquetes, mobiliários, fotografia, documentários, fac-símiles e publicações de época.

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A mostra é composta por duas etapas, para que o público, possa entender o que aconteceu naquele período (1917-1928). Em um primeiro momento mostra a trajetória de Mondrian, suas pinturas, paisagens em tons escuros e muitas vezes sombrios, característica da pintura holandesa do séc. XIX, e como sua obra foi se transformando, quando Mondrian se aproximou do movimento pós-impressionista Francês, absorvendo as pinceladas vigorosas e cores cheia de luz de Van Gogh ou experimentando o pontilhismo de Seurat, e mais para frente uma influência rápida do cubismo, contaminaram Mondrian, que passou a buscar a essência da imagem, abstraindo a forma. Em um segundo momento, igualmente relevante, a exposição mostra o alvoroço provocado pela revista De Stijil (O Estilo), meio escolhido por um grupo de artistas, designers, e arquitetos, incluindo Mondrian, que pensavam da mesma forma, defendendo o Neoplasticismo e a utopia da harmonia universal de todas as artes.

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Mondrian e seus companheiros da De Stijil, acreditavam que a arte moderna poderia se transformar em uma linguagem universal, transcendendo as divisões culturais. A revista de fato, influenciou todas as áreas das artes, abarcando tudo; artes plásticas, arquitetura, fotografia, design, literatura, tipografia e até mesmo a moda em seus 12 anos de circulação, porém realmente o que eles almejavam não foi possível, já que cada movimento tem seu tempo de vida, um após outro, nasce e morre, depois que o seu momento revolucionário é substituído pelo seguinte. Todos são igualmente relevantes e nos deixam grande legado. Esse movimento foi revolucionário em 1917, e suas formas e estilo, são modernos até hoje. Nessa mostra, além do grande legado do gênio Piet Mondrian, podemos ver o ícone do design desse movimento, a cadeira Vermelha Azul, de Guerrit Rietveld, criada entre 1917 e 1923. Na arquitetura, Rietiveld desenhou e construí em 1924, uma casa para Truus SchroderSchrader, onde com espaços abertos, linhas retas, cores primárias, privilegiando luminosidade e ventilação, quebrou paradigmas arquitetônicos daquele momento. Mondrian morreu de pneumonia, em 1944, aos 71 anos. Ele trabalhou e experimentou até sua última obra, Victory Boogie Woogie”, última obra feita em 1944 quando já residia nos Estados Unidos.

CRONOLOGIA PIET MONDRIAN 1872-1944 115


TRAJETÓRIA DE PIET MONDRIAN DA FIGURAÇÃO À ABSTRAÇÃO


PIET MONDRIAN Pátio de fazenda com galinhas [Farmyard with Chickens] - 1901 Óleo sobre tela - 49 x 68, 5 cm Coleção: Gemeentemuseum Den Haag, Holanda [The Netherlands]


CRONOLOGIA PIET MONDRIAN 1872-1944


PIET MONDRIAN Noite de verão [Summer Night] 1906-1907 Óleo sobre tela 71 x 110,5 cm Coleção: Gemeentemuseum Den Haag, Holanda [The Netherlands]


PIET MONDRIAN Pintura nº 4 / Composição nº VIII / Composição 3 [Tableau No. 4 / Composition No. VIII / Composition 3] - 1913 Óleo sobre tela - 95 x 80 cm Coleção: Gemeentemuseum Den Haag, Holanda [The Netherlands]


PIET MONDRIAN Composição em oval com planos de cores 2 [Composition in Oval with Color Planes 2] - 1914 Óleo sobre tela - 113 x 84,5 cm Coleção [Collection]: Gemeentemuseum Den Haag, Holanda [The Netherlands]


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1-PIET MONDRIAN Composição de linhas e cor: III [Composition with Lines and Color: III] -1937 Óleo sobre tela [Oil on canvas] 80 x 77 cm Coleção: Gemeentemuseum Den Haag, Holanda [The Netherlands]

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2-PIET MONDRIAN Composição com vermelho, azul, preto, amarelo e cinza [Composition with Red, Blue, Black, Yellow and Gray] - 1921 Óleo sobre tela - 39,5 x 35 cm Coleção: Gemeentemuseum Den Haag, Holanda [The Netherlands]

3-PIET MONDRIAN Composição com grande plano vermelho, amarelo, preto, cinza e azul [Composition with Large Red Plane, Yellow, Black, Gray and Blue] - 1921 Óleo sobre tela - 59,5 x 59,5 cm Coleção: Gemeentemuseum Den Haag, Holanda [The Netherlands]


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De Stijl Uma revolução no design

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VILMOS HUSZÁR Composição ‘De Stijl’ [Composition ‘De Stijl’] - 1950-55 Óleo sobre tela 66,7 x 57 cm Coleção: Gemeentemuseum Den Haag, Holanda [The Netherlands]

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PIET ZWART Fileiras de isoladores [Rows of insulators] - 1932 Cópia em gelatina e prata 34,5 x 24,7 cm Coleção: Gemeentemuseum Den Haag, Holanda [The Netherlands] BART VAN DER LECK Natureza-morta [Still life] - 1926 Óleo sobre tela - 29 x 36,5 cm Coleção: Stedelijk Museum, Amsterdam, Holanda [The Netherlands]]


De Stijl vol. 4, no 3, mar. 1921 [vol. 4, no. 3, Mar. 1921] Revista - 19 x 25,1 cm Coleção: Gemeentemuseum Den Haag, Holanda [The Netherlands]

PIET ZWART Anúncio para [Advertisement for] Vickers House, Laga - 1923 Impressão sobre papel 10,9 x 15,1 cm Coleção: Gemeentemuseum Den Haag, Holanda [The Netherlands] 134


A revista De Stijl

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PIET ZWART Página de folheto para Trio [Page of brochure for Trio] - 1931 Impressão sobre papel - 31 x 22 cm Coleção: Gemeentemuseum Den Haag, Holanda [The Netherlands]

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PAUL SCHUITEMA Fotograma [Photogram] 1926-28 Cópia em gelatina e prata 23,8 x 18 cm Coleção: Gemeentemuseum Den Haag, Holanda [The Netherlands]

PIET ZWART Composição com pequena vara [Composition with a little rod] 1926-27 Fotograma, papel de brometo 41 x 32,5 cm Coleção: Gemeentemuseum Den Haag, Holanda [The Netherlands]

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THEO VAN DOESBURG CORNELIS VAN EESTEREN Maison Particulière (Casa particular [Private House]) - 1923 Maquete por: Tjarda Mees, 1982 Madeira e acrílico - 60,5 x 90 x 90 cm Coleção: Gemeentemuseum Den Haag, Holanda [The Netherlands]

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THEO VAN DOESBURG CORNELIS VAN EESTEREN Maison d’Artiste (Casa de artista [Artist’s house]) - 1923 Maquete por: Frans Postma, 2000 Acrílico [Perspex] - 45 x 45 x 45 cm Coleção: particular

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Ontwerp Gerrit Rietveld [1888-1964], uitvoering Gerard van de Groenekan [1904-1994]

GERRIT RIETVELD Cadeira Vermelho Azul [Red Blue Chair] - 1923 Executada por: G erard van de Groenekan Madeira de bétula pintada 87,5 x 60 x 76 cm Coleção: Gemeentemuseum Den Haag, Holanda [The Netherlands]

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Mobiliรกrio De Stijl


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Mobiliรกrio De Stijl

Mobiliรกrio De Stijl

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GERRIT RIETVELD Luminária suspensa [Hanging lamp] 1922 Três lâmpadas de vidro tubulares, tubos de vidro e madeira 104 x 40 x 40 cm Coleção particular [Private collection]

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VILMOS HUSZÁR Esquema de cores [Color design] PIET KLAARHAMER Mobília [Furniture] - Quarto de meninos [Boys’ bedroom] 1919 Reconstrucão, 2011 Coleção: Gemeentemuseum Den Haag,

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GERRIT RIETVELD Lista de preços [Price list] - 1923 Lápis e pastel seco sobre papel 65 x 25,2 cm Coleção: Rietveld Schröderarchief / Centraal Museum, Utrecht, Holanda [TheNetherlands]

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25 de janeiro a 4 de abril de 2016 (São Paulo) quarta a segunda, 9h às 21h. 21 de abril (Brasília) 20 de julho (Belo Horizonte) 12 de outubro (Rio de Janeiro)

CCBB SÃO PAULO Centro Cultural Banco do Brasil de São Paulo Rua Álvares Penteado, 112 – Centro. São Paulo. (11) 3113-3651/3652 | Quarta a segunda, das 9h às 21 horas ccbbsp@bb.com.br | www.bb.com.br/cultura | www.twitter.com/ccbb_sp | www.facebook.com/ccbbsp

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Capo! 152

A Ottica Art Magazine! teve o prazer de conversar com o cineasta Maurice Capovilla, o “Capô” (como é chamado pelos amigos). Conversamos sobre cinema, televisão, educação no cinema, e seu projeto de criar uma escola cinematográfica em Paraty. Capovilla, viveu sua infância em Valinhos, e para estudar passou a viajar para Campinas. Aos 22 anos mudou-se para São Paulo, para cursar a faculdade de Filosofia, Ciências e letras. Seu primeiro contato com cinema, ainda na infância foi aos 5, 6 anos, sua casa em Valinhos, que era vizinha de um cinema. Capovilla pulava o muro para assistir aos filmes da década de 40, americanos e franceses. No Cineclube de Campinas, um centro cultural com biblioteca e sala para projeção, sua relação com o cinema já era outra. Já em São Paulo, cursando filosofia, teve como colega de curso Vladmir Herzog, que foi seu parceiro no Estadão, após serem selecionados no concurso do Jornal O Estado de São Paulo. Neste período mais ou menos 1959, 1960, já estava integrado no cinema, pela sua participação no cineclube da cinemateca, que era na 7 de abril, local que na época era povoado por intelectuais, pois seu entorno tinham os principais museus, bares, e o pessoal que frequentava a biblioteca Mario de Andrade. Capovilla e sua turma, Vladimir Herzog, Gustavo Dahl e Jean Claude Bernardet, eram frequentadores assíduos da cinemateca.


Capovilla

Maurice

Gustavo Dahl em 1960 recebe uma bolsa da Itália, para cursar no Centro Sperimentale di Cinematografia, deixando vago o departamento de difusão que já estava começando a nascer no diário dos associados da Cinemateca. Neste momento, Rudá de Andrade, diretor administrativo da cinemateca, convida Capovilla para assumir a direção de difusão cinematográfica, para continuar a montagem de um acervo de filmes e a criação dos Cineclubes por todo o Brasil, do sul ao nordeste. Final de 1960 e início de 1961, Maurice Capovilla já tinha deixado o Estadão e assumido a Cinemateca como seu novo emprego. Ainda cursando filosofia, Capovilla faz mais dois cursos que foram muito importantes para sua formação, e que convergiam entre si, estética e teoria geral da literatura. Esses cursos abrem novas possibilidades. Através do curso de estética, ele fez uma pesquisa sobre Mario de Andrade, que mais ainda lhe abriu caminhos, possibilidades estéticas e culturais devido a rica personalidade de Mario de Andrade, que havia deixado um legado que transcendia a literatura. Maurice Capovilla, junto à equipe da época da Cinemateca, mostrou filme de Linduarte Noronha, antes de uma sessão de exibição de A Doce Vida, de Federico Fellini , em um evento importante que estava acontecendo no cine coral, com vários críticos e convidados. I Encontro da Crítica Cinematográfica 153


Foi um alvoroço, todos gostaram do filme de Linduarte, (Aruanda), que ficou conhecido e se tornou um grande cineasta do cinema novo. Capovilla foi padrinho de Linduarte Noronha. Nesse dia decidiram fazer uma mostra dos filmes do cinema novo. Que aconteceu em 1961 na Bienal organizada pela cinemateca. A cinemateca, foi responsável por esse grande acontecimento. Em 1962 Arne Suksdorff monta um curso de som, ponto de partida da nova linguagem que vai surgir em São Paulo e Rio de Janeiro, a implantação do som direto. Com nagra e a reflexe 16mm ocorreu o start. Capovilla não pode participar do curso devido ao trabalho, porém Vladimir Herzog fica responsável por trazer toda a informação desse curso. Era preciso saber de que forma o som direto iria influenciar na linguagem do documentário. Em 1963, Capovilla conhece a escola de Fernando Birri, ponto de partida da linguagem do documentário brasileiro. No Brasil, não havia referência dessa linguagem, a influência era Dziga Vertov, o homem e a câmera. Através da escola de Santa Fé e influenciado pelo argentino Fernando Birri, Capovilla inicia no documentário, com “Subterrâneos do Futebol”, que integra o grupo de quatro médias-metragens produzidos por Thomas Farkas entre 1964 e 1965, e é um dos marcos pioneiros do “cinema verdade” no país. Maurice transitou de forma abrangente no território cinematográfico, teve destaque nos anos 60 e 70, com “Bebel, garota propaganda” (1968), e com “O profeta da fome” (cult-movie de 1970 estrelado por José Mojica Marins, o famoso “Zé do Caixão”, fazendo papel de um faquir), “O Jogo da Vida” (1977, com Maurício do Valle, Gianfrancesco Guarnieri e Lima Duarte), Harmada (2005, tendo em seu elenco, Paulo César Pereio, Cecil Thiré, Malu Galli, Antônio Pedro entre outros), que contou com a direção de fotografia de Mario Carneiro e Dib Lutfi, e seu mais recente trabalho, Nervos de Aço, para citar alguns.

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Atuou também na televisão, fez parte da equipe que criou os programas Globo Shell e Globo Repórter para a Rede Globo. Criou núcleos de especiais na Rede Manchete e na Rede Bandeirantes, onde realizou a novela "O Todo Poderoso", musicais e séries de televisão. Dedicouse à educação audiovisual, com muita paixão e responsabilidade. Foi professor da ECA-USP, da Universidade de Brasília, do Centro Dragão do Mar de Fortaleza, da Escola de Cinema e TV de Cuba, da Usina de Arte de Rio Branco, além de criador da Eco TV, canal 5, que funcionou em canal aberto, retransmitindo a TV educativa do Rio de Janeiro para Paraty e Angra dos Reis (1991 a 1999) . Do Instituto Dragão do Mar de Arte e Indústria Audiovisual do Ceará, foi diretor entre 1996 e 1999. Atualmente é presidente do Núcleo de Mídias Artes e Tecnologias de Paraty, órgão voltado para educação e cultura de Paraty, e está montando um projeto de uma escola de audiovisual e cultura nos moldes que acredita também em Paraty. A escola é tema que tem maior consideração, e tem trabalhado nos últimos anos para montar uma escola múltipla de artes. Como ele diz: “vivemos um sistema de formação, sem função, que não forma um cineasta, e sim um técnico, que desconhece a existência de outros técnicos, que precisam trabalhar em equipe, acarretando um processo sem criação. Fora a falta de condições do território cinematográfico, estamos sendo prejudicados por uma invasão do cinema americano, e das imitações do cinema brasileiro, nós não estamos criando. Isso vem da falta de uma escola, que tenha uma estrutura capaz de ligar o cinema à todas as artes que complementam a elaboração do universo cinematográfico. O cinema precisa dos artistas, músicos, pintores, artistas literários, cenógrafos e etc., uma equipe de profissionais trabalhando e criando juntos. Dessa forma, é possível, realmente criar algo que esteja relacionado com a cultura de um lugar”. Capovilla, falando sobre seus pais, conta a história que quando eles vieram de Vêneto, (Itália), trouxeram uma muda de figueira, viram nessa bela e frondosa árvore, uma fonte de subsistência. Maurice Capovilla, na sua inquietude e generosidade, plantou como seus pais, uma frondosa e bela árvore, com raízes, flores, frutos e uma bela sombra para um descanso do ócio criativo do audiovisual. Nas próximas páginas você leitor, poderá conhecer um pouco mais sobre seus filmes, e terá acesso ao seu blog, onde poderá acompanhar sempre o frescor de ideias desse mestre. 155


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Dirigido por Maurice Capovilla com roteiro de Celso Brandão é um documentário da paixão brasileira pelo futebol mostrando os seus torcedores escapando das tensões cotidianas e a tão sonhada ascensão econômica buscada pelos jovens pobres que tentam ingressar na carreira de jogador profissional de futebol. Com cenas de grandes jogos no Pacaembu e no Maracanã, contrastando com partidas de futebol de várzea disputadas em campos de terra batida situados nas periferias das grandes cidades. Presenças de jogadores ilustres como Pelé, Pepe, Ademir da Guia, Vavá entre outros. O documentário também narra as preocupações dos jogadores com as contusões físicas, com os passes dos clubes que escravizam os jogadores, nas longas excursões e na curta carreira de um jogador de futebol.

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Filmagens de Subterrâneos do Futebol, com Armando Barreto e PelÊ


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Filmagens de Subterr창neos do Futebol, juntamente com Thomaz Farkas.

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Thomaz Farkas e Vladimir Herzog

Filmagens de Subterrâneos do Futebol,Capô com Zózimo e sua esposa

• Subterrâneos do futebol 1964 - Integrante do longa Brasil verdade - P&B, 16 mm ampliado para 35 mm, 32 min - Realização, Direção e Som Direto: Maurice Capovilla - Produção: Thomaz Farkas - Fotografia: Thomaz Farkas, Armando Barreto - Montagem: Luiz Elias - Assessor de montagem: Roberto Santos - Produção executiva: Edgardo Pallero - Chefe de produção: Vladimír Herzog - Texto: Celso Brandão - Narração: Anthero de Oliveira - Seleção musical: Walter Lourenção - Assessores esportivos: Celso Brandão, Onofre Gimenez

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Nas filmagens de Bebel Garota Propaganda, Maurice Capovilla com Rossana Ghessa 163


O filme conta a história de Bebel uma linda jovem sonhadora de família pobre, que nasceu num bairro popular de São Paulo. Sua beleza é percebida por um publicitário que a contrata para ser a garota propaganda da campanha do novo sabonete “Love”. Ela vira o símbolo deste produto alcançando o topo do sucesso, da fama e do dinheiro através dos anúncios nos jornais, revistas, televisão e dos outdoors espalhados pela cidade. Mas quando a campanha publicitária do sabonete “Love” termina, o dinheiro e a fama também terminam e Bebel se vê obrigada a retornar ao ponto de partida.

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Rossana Ghessa

• Bebel, garota propaganda 1967 - P&B, 35 mm, 108 min - Direção: Maurice Capovilla - Adaptação e roteiro (Baseado no livro Bebel que a cidade comeu, de Ignácio de Loyola Brandão): Maurice Capovilla, Mario Chamie, Afonso Coaracy, Roberto Santos - Fotografia e câmera: Waldemar Lima - Montagem: Sylvio Renoldi - Música: Carlos Imperial - Arranjos: Rogério Duprat, Damiano Cozzella - Números musicais: De Kalafe e A Turma, Marcos Roberto, The Bells - Cenografia: Juarez Magno - Produção: José Alberto Reis - Produção executiva: Roberto Santos, Luiz Carlos Pires Fernandes - Produtores associados: Jorge Teixeira, George Jonas, Saga Filmes - Elenco: Rossana Ghessa (Bebel), Paulo José 283 (Bernardo), Geraldo Del Rey (Marcelo), Maurício do Valle (Renatão), John Herbert (Marcos), Washington Fernandes (Walter), Fernando Peixoto (repórter), Joana Fomm (irmã de Bebel), Norah Fontes (mãe de Bebel), Apolo Silveira (fotógrafo), Maria Luiza Fragata, Marta Greis, Raquel Klabin, Maurício Nabuco, Bibi Vogel, Luiz Alberto Meirelles - Participações especiais: Fernando de Barros, Roberto Santos, Mino Carta (editor do jornal), Diogo Pacheco, Renata Souza Dantas, Mauro Pinheiro, Adones de Oliveira (deputado), Álvaro Bittencourt, Osmano Cardoso, Yolanda Cavalcanti, Gilberto Marques (maquiador)

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Paulo José e Maurício do Valle

John Herbert

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Rossana Ghessa e Apolo Silveira

Paulo JosĂŠ e Rossana Ghessa

Rossana Ghessa e Geraldo Del Rey

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José Mojica Marins e Julia Miranda

O filme começa em um ambiente decadente de um circo, o Circo Don José. Conta a história do “Faquir Alikan”. É um artista freak que realiza estranhas e arriscadas performances como, caminhar sobre cacos de vidro, comer fogo, beber estanho derretido, deitar-se em uma cama de pregos e todo tipo de aberrações para atrair o público. O Circo Don José vai de mal a pior e os artistas desesperados comem os animais amestrados e num ato de desespero apelam por um número digno de um circo dos horrores. Alikan começa a comer gente. Mas as coisas pioram ainda mais e o circo pega fogo durante a sua apresentação. Alikan foge com sua mulher e vão parar numa cidade em festa. Criam mais uma aberração como atração, “O Crucificado Vivo” um número onde Alikan é literalmente crucificado diante da população. Alikan que por sinal é interpretado por José Mojica Marins (o Zé do Caixão), termina preso e é mantido a pão e água, mas nesta situação ele descobre a chave do sucesso, o jejum. Ele passa 100 dias sem comer e recebe o título de “O Campeão da Fome”.

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JosĂŠ Mojica Marins

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Antropofagia no circo

Maurício do Valle e José Mojica Marins

• O profeta da fome 1970 - 35 mim, P&B, 93 min - Direção: Maurice Capovilla - Argumento e roteiro: Capovilla, Fernando Peixoto - Fotografia e câmera: Jorge Bodanzky - Cenografia e figurinos: Flávio Império - Montagem: Sylvio Renoldi - Música: Rinaldo Rossi - Canção Olho por olho: Adauto Santos - Assistente de direção: Hermano Penna - Equipe de produção: Aloysio Rulino, Plácido de Campos Jr., Roman Stulbach, Alexandre Solnik, Jan Koudella - Equipe técnica: Claudio Portiolli, Antonio Meliande, Ângelo Mataran, Mário Lima, Rutth Toledo - Direção de produção: Hamilton Almeida Filho - Produtor associado: Odécio Lopes dos Santos - Elenco: José Mojica Marins (João/Ali Khan),Maurício do Valle (Manuel, domador), Julia Miranda (Maria), Sérgio Hingst (Dom José), Jofre Soares (Padre), Adauto Santos (cantador), Heládio Brito (delegado), Flávio Império (soldado), Lenoir Bittencourt (mágico), Palhaço Fuxico, Mário Lima (espectador), Ângelo Mataran (leão), Wilson Evangelista (equilibrista), Luiz Abreu, Jean-Claud Bernardet,Hamilton Almeida e habitantes de São Luiz do Paraitinga.

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Filmagens do Profeta, com Jorge Bodanzky ao centro

Maurice Capovilla dirigindo Mojica no Profeta

Filmagens do Profeta, com Jofre Soares, Meliande e Jorge Bodanzky

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Maurício do Valle, Guarnieri, Lima Duarte e João Antonio

O filme conta a história de três malandros: Malagueta (Lima Duarte ), Perus (Gianfrancesco Guarnieri) e Bacanaço (Maurício do Valle). Malagueta um carregador, Perus é um ex-operário e o Bacanaço é um malandro do cais do porto bicheiro e cafetão. Os três saem pelo centro de São Paulo, sem dinheiro para se encontrarem num bar. Arquitetam um plano: sair em busca de jogo e de otários. Começam com muita sorte e terminam do mesmo jeito que começaram sem nenhum tostão.

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Set das filmagens do filme “ O Jogo da Vida “ (Cena no bilhar) 179


Lima Duarte com um dos maiores jogadores de sinuca do Brasil, Carne Frita

• O jogo da vida 1977 - 35 mm, Cor, 90 min - Direção: Maurice Capovilla - Produção executiva: José Zimmerman - Roteiro: Capovilla, Gianfrancesco Guarnieri, João Antônio, Baseado na novela Malagueta, Perus e Bacanaço, de João Antônio - Fotografia: Dib Lutfi - Montagem: Maurício Wilke - Música: João Bosco, Aldir Blanc, Radamés Gnatalli - Cenografia: Francisco Petracco - Som guia: Romeu Quinto Júnior - Letreiros de animação: Joaquim 3 Rios - Elenco: Lima Duarte (Malagueta), Gianfrancesco Guarnieri (Perus), Maurício do Valle (Bacanaço), Jofre Soares (Inspetor Lima), Myriam Muniz (mulher de Malagueta), Martha Overbeck (irmã de Perus), Maria Alves (amante de Bacanaço), Walfrido “Carne Frita” dos Santos, Joaquim Pedro “Joaquinzinho” da Silva, João Gaúcho, Antônio Petrin, Oswaldo Campozana, Thaia Peres, Emmanuel Cavalcanti

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Cenas do filme “ O Jogo da Vida ”

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Harmada é uma adaptação do romance de João Gilberto Noll. O filme narra a vida de um ator desempregado e com uma posição política cansada do sistema. Vinte anos depois do seu sucesso, é descoberto vagando pela periferia de um país imaginário qual a capital se chama “Harmada”. Enquanto caminha pelas ruas de Harmada, começa a renascer trabalhando com um grupo de teatro mambembe formada por atores e atrizes amadores.

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Cenas do filme “ Harmada ” 184


Paulo César Peréio

Malu Galli

• Harmada 2003/2005 - 35 mm, Cor, 100 min - Direção: Maurice Capovilla - Produção executiva e montagem: Marília Alvim - Direção de produção: Ney Costa Santos - Fotografia: Mário Carneiro - Câmera: Dib Lutfi - Som: Juarez Dagoberto - Cenografia: Carlos Liuzzi - Figurinos: Marília Carneiro, Karla Monteiro - Música: Matias Capovilla Edição de som: Carlos Cox - Elenco: Paulo César Peréio (Ator), Malú Galli (Amanda), Joana Medeiros (Sônia), Luciana Domschke (noiva Ator), Patrícia Libardi (Cris), Antonio Pedro, Cecil Thiré (Bruce), Paulo Herculano (Lucas), João Velho, Rodrigo Prado, Luiz Pinto, Themílton Tavares, Rogério Custódio, Waldir Fernandes, Nelson Speranza, Gabriel Bernardo Duarte, Léo Alberti 185


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Nervos de Aço é o mais recente longa-metragem de Maurice Capovilla, baseado na obra de Lupicínio Rodrigues. O drama narra uma história de amor de um triângulo amoroso no plano musical a partir das músicas de Lupicínio Rodrigues. Apresentando o modo de vida dos intérpretes, músicos e cantores que ensaiam um espetáculo dentro da trama do filme. - Direção e Roteiro – Maurice Capovilla - Produtora Executiva – Marília Alvim - Produção Geral – Cláudio Pereira - Produção POA – Rogério Rodrigues - Direção de Fotografia - Lúcio Kodato - Direção de Arte - Enio Ortiz - Direção Musical – Matias Capovilla - Som Direto – Fernando Basso - Captação Musical e Mixagem – Clement Zular - Montagem - Marília Alvim - Edição de som e mixagem final – Kiko Ferraz - Produção – SATURNA PRODUÇÕES - Elenco: - Arrigo Barnabé - Ana Paula Lonardi - Pedro Sol - Juliana Thomaz

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Som, Luz, Câmera,“ Nervos de Aço ” em ação.

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Cenas do filme “ Nervos de Aço ” 189


Cenas do filme “ Nervos de Aço ” 190


Arrigo BarnabĂŠ Ana Paula Lonardi Pedro Sol Juliana Thomaz

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Filmografia 1962 - União 1964 - Subterrâneos do futebol

1965 - Esportes no Brasil 1967 - Bebel, garota propaganda 1970 - O profeta da fome 1971 - Noites de Iemanjá

1970 / 73 - Loucura (episódio de Vozes do medo) 1971 - Terra dos Brasis 1972 - Do sertão ao beco da Lapa – E o mundo de Oswald 1973 - O homem que comprou a morte 1974 - Bahia de todos os santos 1975 - As cidades do sonho - Cantoreadores do Nordeste - O último dia de Lampião 1976 - História de um político 1977 - O jogo da vida - Os homens verdes da noite - Raízes populares do futebol 1979 - O todo-poderoso

1980 - O boi misterioso e o vaqueiro - Crônica à beira do Rio 1981 - Caso de polícia 1983 - Os brasileiros – Retrato falado de um povo

1985 - A Escola do Zico 1986 / 87 - O desafio do mar 1988 - Viagens às terras de Portugal 2002 - Brasil, Brasília e os

2003 / 05 - Harmada 2005 / 06 - No país do futebol 2012 – Nervos de Aço 193


O leitor que quiser conhecer mais sobre a tragetória do “Capô”, tem a sua disposição o livro da coleção “Aplauso Cinema Brasil – A Imagem Crítica Maurice Capovilla” , editado pela Imprensa Oficial. Escrito pelo crítico Carlos Alberto Mattos, onde ele apresenta Maurice Capovilla, na sua trajetória no cinema, na televisão e no seus projetos educativos voltados para o audiovisual. Mais informações no site abaixo: livraria.imprensaoficial.com.br/maurice-capovilla-a-imagemcritica-colec-o-aplauso-cinema-brasil.html

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Acompanhe os pensamentos e textos do “Capô”, em seu blog “Histórias para Contar” no site do Núcleo de Mídias, Artes e Tecno;ogias de Paraty. Histórias para Contar é uma série de textos de autoria de Maurice Capovilla.

novasmidias.paraty.com/category/blog-do-capo

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Guerra 196


do Tempo

Demão 2016 Instalação Pintura sobre madeira Dimensões variáveis

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Recentemente ganhamos mais um belo espaço expositivo para abrigar a arte contemporânea. A Chácara Lane, um casarão na rua da Consolação, Tombada em 2004 pelo (Conpresp), foi reaberto depois de uma reforma total. O imóvel do séc.19, que teve funções das mais ecléticas, realizou no início do ano até final de abril, com curadoria de Douglas de Freitas, a belíssima exposição “Guerra do Tempo” da artista Marilá Dardot. A artista, vem desenhando uma obra paradoxalmente delicada e contundente, que permeia questões como tempo, palavra, memoria, esquecimento, apagamento. Tendo como matéria-prima a linguagem escrita, a artista costura sentidos que para maioria seriam distantes de associações, porém, Marilá tem uma sensível percepção do mundo cotidiano, transformando ações, pensamentos, trechos de textos literários, apropriando- se, e nos devolvendo com novo sentido, propondo ao espectador um jogo de adivinhação, reflexão ou construção de imagens. A preocupação com a temporalidade revela-se de imediato, tempos vividos, esmaecidos, apagados, são deslocados para território da visualidade, revelando novas possibilidades de sentido poético. Marilá Dardot acessa tempos distantes, criando um novo tempo, novas estruturas e códigos, com um humor refinado e beleza. O Curador Douglas de Freitas, escolheu Marilá Dardot propositalmente justamente por ela trabalhar essas questões, já que a história do casarão guardam tantas memórias e consequentemente apagamentos, sendo um espaço perfeito para abrigar as obras de Marilá Dardot.

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Guerra Del Tiempo 2012 Impressão mineral em papel Hahnemuhle Dimensão 77 x 101 cm

No livro Guerra Del Tiempo, o escritor cubano Alejo Carpentier reuniu em três contos que constituem variações sobre o tema do tempo. Neste trabalho Marilá Dardot Propõe uma quarta variação. Na imagem, Guerra Del Tiempo está no topo de três outros livros, que aumentam em escala, cada um deles com um tom de papel. O amarelecimento das paginas de cada um dos livros denuncia os diferentes tempos neles contidos. Texto retirado do catalogo da exposição

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A exposição teve obras de várias anos, de 2002 à inédita “Demão” de 2016, obra em que Marilá fez uma pesquisa de frases e slogans de protestos pesquisados na história política brasileira. Frases como “paz e amor” de 1909 do governo de Nilo Peçanha (1867-1924), passando por mais 41 slogans, como “O petróleo é nosso”, “50 anos em 5” ao atual “Não vai ter golpe”, sobrepostas cronologicamente, nos vários painéis e paredes do segundo andar do casarão da Chácara Lane. As frases foram pintadas em preto por letristas profissionais e depois apagadas com tinta branca, revelando memória e esquecimento. O vídeo Quanto é? O que nos separa (2015) inicialmente apresentado em grande projeção na praça Mauá do Rio de Janeiro, nos chama a atenção de imediato; inspirados em cartaz de supermercados, baseados na pesquisa feita por Marilá na praça Mauá, um letrista profissional escreve como se fossem anúncios, a desigualdade social de valores, salários, aluguéis, uma discrepância na distribuição de renda, com áudio feito pelo performer Felipe Fly, como os vendedores de lojas da cidade. Todos os trabalhos da artista sem exceção, mostrados em “Guerra do Tempo”, roubam nossa atenção imediatamente.

Vista Geral da primeira sala

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Vista geral da primeira sala com três obras: Paisagem sob Neblina, Movimento das ilhas e Sebo.

Dia 9 de abril, foi realizado um bate-papo na Chácara Lane com Marilá, com o curador Douglas de Freitas e a arquiteta Marta Bogéa, que a artista intitulou: “Guerra do tempo e outras guerras”. Para os ouvintes e espectadores, Marilá distribuiu o catálogo e o livro Sebo+Biblioteca, feito em parceria com o artista Fabio Morais. A artista cedeu alguns exemplares para a Ottica Art Magazine! Que serão sorteados no decorrer desse ano. Nas páginas seguintes vocês poderão apreciar as obras. Está claro que nenhum registro substitui a experiência de apreciar uma exposição pessoalmente, porém os registros eternizam uma maravilha de exposição como essa, possibilitando para os que não puderam ver pessoalmente, conhecer mais um pouco dessa artista com uma poética extremamente atual.

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Movimento das Ilhas 2007 Vídeo-objeto, TV LCD e DVD Player em Suporte de madeira 21” 29” Cor, som Dimensão 75 x 74 x 44 cm

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Alguns Frames do vídeo

No vídeo, duas pessoas jogam palavras cruzadas. Mas não há letras nas peças. Não podemos desvendar, as supostas palavras que os jogadores compõe. Compenetrados em seu idioma secreto ou conformados com seu Mútuo desentendimento. Texto retirado do catálogo da exposição.

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Sebo 2007 Em colaboração com Fabio Morais Livro de artista, tiragem de 1000 exemplares 44 deles fazem parte de uma edição especial Um dos objetos da coleção encartado.

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Sebo ĂŠ um livro de artista que traz o fac-sĂ­mile de Objetos esquecidos dentro de livros encontrados Pelos artistas em sebos.

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Paisagem sob Neblina 2008 Bordado sobre feltro Dimens達o 98 x 65 cm

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Legendas sob um campo visual vazio, bordadas sobre superfície de feltro. sugerem ao observador uma paisagem mental. As Frases foram selecionadas do Arquivo sob neblina, iniciado em 2004, no qual Marilá reúne uma coleção de frases com palavra “silêncio”, apropriadas de diversos livros. As frases acabam por sugerir a formação de uma imagem no campo vazio acima delas, como se elas emergissem em meio à neblina. Texto tirado do catalogo da exposição

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Vista geral da sala central térrea da exposição

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Marulho 2006 Série de oito trabalhos de dimensões variáveis 1 Díptico – impressão mineral sobre papel canson Rag Photographique

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Marulho reúne nove imagens de oito livros que foram apagados digitalmente pela artista e ampliados das páginas por ela selecionadas. Ficam legíveis apenas os trechos que versam sobre o esquecimento. Texto retirado do catálogo da exposição.

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Quanto É ? O Que Nos Separa 2005 Vídeo 10” 43” Cor e Som

A imagem é um plano fechado de cartazes amarelos, como os que anunciam ofertas em supermercados, nos quais um cartazistas profissional escreve valores colhidos em uma pesquisa Realizada por Marilá na praça Mauá, Rio de Janeiro. O áudio é a voz do performer Felipe Fly, guiado pelas perguntas da pesquisa, tendo como referência os locutores que anunciam produtos nas ruas das cidades Texto retirado do catalogo da exposição

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Puzzling Over 2007 Nove Quebra-cabeças de Papelão, Caixa de Acrílico com Gavetas Dimensão 20 x 29.7 x 0.2cm Cada Quebra-Cabeça - Dimensão 25.5 x 34.3 x 25cm Caixa fechada

Marilá encomendou a uma fábrica quatro quebra-cabeças em branco de 12, 24, 28 e 72 peças. Eles foram scaneados e trabalhados digitalmente, e sobre eles a artista pôs as imagens criando novos padrões. Novos quebra-cabeças foram encomendados com as imagens das novas configurações, em que o corte real se sobrepõe às imagens de corte. Texto retirado do catálogo da exposição

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Minha Biblioteca Polonesa 2016 Colagens com Capas Duras de Livros Dimens達o 59 x 353cm

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Minha Biblioteca Sueca 2016 Colagens com Capas Duras de Livros Dimens達o 108 x 334cm

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Na Série Minha Biblioteca, Marilá organiza por cores e tamanhos em composições geométricas, capas de livros publicados em idiomas que a artista não compreende. Texto retirado do catálogo da exposição

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Código Desconhecido (Chácara Lane) Fragmentos de Livros Colados em MDF Dimensões variáveis

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Lombadas de livros organizadas por tamanho em blocos que se assemelham a código de barras Ilegíveis. Apagadas as narrativas, resta-nos a sua estrutura. O que costuma colocar as páginas em conjunto na ordem correta. Texto retirado do catálogo da exposição

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A sala que tem nas paredes as marcas de pinturas anteriores, revelando várias demãos de tintas e consequentemente, uma sucessão de apagamentos, se tornou um espaço perfeito para a instalação da artista.

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Demão 2016 Instalação Pintura sobre Madeira Dimensões variáveis

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Never to Forguet 2006 Políptico com sete peças Datilografia sobre papel 31.5 x 22.5cm cada

Na série, a artista elegeu lemas, metas e filosofias, apropriando-se de textos de outros autores. Essas frases são datilografadas em um antigo papel formulário encontrado em circulação no mercado, mas que tem um defeito de fabricação: foi impresso desalinhado. Texto retirado do catálogo da exposição.

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Diรกrio de Janeiro 2015 Tabloide de dez pรกginas Impressรฃo offset sobre Sobre papel jornal Tiragem de 1000

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Manchetes de jornais brasileiros e mexicanos de janeiro de 2015 foram selecionados pela artista e impressas em um tom cinza claro sobre papel Jornal. A imagem de capa tambÊm Ê uma sobreposição de imagens coletadas desses mesmos jornais.

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Hic et Nunc 2002 Vídeo projetado sobre Lousa branca 11” Cor e Som

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Rosalind Kraus definiu os verbos da lista de Richard Serra, de 1967-1968, como máquinas capazes de construir seu trabalho. Em Hic et Nunc, Marilá elencou os verbos motores de seu trabalho, na tentativa de descobrir quais eram as suas máquinas. Cada um dos 72 verbos foi escrito pela mão direita da artista em uma lousa branca e logo depois apagado pela mão esquerda. Em um exercício de construção e desconstrução, mantendo o trabalho sempre em revisão, mas sempre com a memória do que ele já foi. O vídeo começa e acaba com o mesmo verbo. Texto retirado do catálogo da exposição.

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Museu Da Cidade-Chรกcara Lane

www.museudacidade.sp.gov.br 237


Andrey

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zignnatto

Blau Project Galeria de Arte - Eros천es # 2

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Andrey Zignnatto foi um dos nomes bem cotados na SP-Arte. Artista jovem, em pouco tempo coleciona vários prêmios em seu currículo, e possui várias obras em coleções públicas. Andrey investiga as tradições formais e cartesianas de interpretação do mundo físico, as transformações do natural em artificial, e a relação do homem com seu meio. Na arquitetura, símbolo da ação do homem no mundo, Andrey cria seus embates, suas ocupações. O tijolo, que também podemos pensar como símbolo da arquitetura, e que passa por muitas transformações físicas, foi eleito pelo artista em algumas das suas obras, como meio de manifestar sua intenção, agir no espaço. Andrey é de Jundiaí, vive e trabalha entre São Paulo e Jundiaí, porém, podemos dizer que o espaço de criação e projeto do artista é o mundo, pois são nos espaços expositivos que Andrey pensa as possibilidades de construção de suas instalações, e são nas fábricas de cerâmica que produz suas obras. Quase em trânsito, o artista constrói suas enormes topografias que invadem os espaços, desconstruindo áreas, deslocando estruturas em um outro contexto que normalmente se vê. Em “Erosões”, o artista compõe nos espaços, tijolos, nivelados, perfilados, uma composição minimalista, que de repente, se desmancha escorregando pelo chão e escadas, orgânica e topograficamente. Essa instalação/ocupação, desvia nossa rota usual, nos convidando a uma experiência com o espaço que de outra forma, não seria notado pelo espectador. Em “Ruinas”, exposta no espaço externo, a obra e construída mais na vertical, são mais contemplativas, porém causam estranhamento e reflexão, já que a desconstrução está dentro, enquanto na parte de fora, os tijolos permanecem lisos e alinhados, como se a corrosão realmente fosse no interior, expandindo para o exterior até romper a forma retangular reta. 240


Nas Mantas Andrey subverte a estrutura dos tijolos, eles ganham organicidade como as formas da natureza e leveza, como se fossem tecidos, trazendo ao mesmo tempo conforto e curiosidade para o espectador. Em “Estado de Repouso”, registro fotográfico de ação performática, e em “Empilhamento”, o artista trabalha com a memória que a Olaria lhe traz. Na primeira situação, Andrey se coloca na mesma condição que os tijolos, em descanso, antes da última etapa de produção dos mesmos. E em “Empilhamento”, ele repete o gesto dos funcionários, que arremessam os tijolos com defeito no chão. Todo espaço e situação alteram e contaminam o processo de criação de um artista. Andrey Zignnatto conta, que ao alugar um espaço em São Paulo para se concentrar em obras de escala pequena, logo no primeiro dia, sentiu uma forte sensação de claustrofobia, causado pela enorme diferença de espaço, comparado com que tem nas fabricas. Esse espaço acabou gerando “Estudos Para Nova Proposta de Interpretação do Espaço Físico”, onde ele altera sistemas e mecanismos utilizados para medir espaços físicos. Os instrumentos passam a ser, desenho ou escultura, expandindo-se no espaço arquitetônico, que passa ser espaço de composição, suporte. Em “Tensão Estrutural” , cabos de aço tencionam as cerâmicas no espaço, lhes dando curvas, que até se assemelham à corpos humanos, que lhes conferem uma carga de humor. Além das ocupações e instalações, os tijolos reaparecem nas obras menores, na interessante série de esculturas, “Guilhotina”, fatiadas e desajustadas. Nos carimbos com tijolos, “Empilhamentos” , “Contaminação sobre canto virtual”, e em “Desenho Estrutural”, onde o tijolo é cortado perfeitamente em forma de triângulo. E nos desenhos com caneta permanente. Andrey Zignnatto na adolescência, conviveu muito de perto com materiais, cenas e situações da construção civil, seu avô era um profissional da área, portanto Andrey absorveu tudo e nos devolveu de forma bem criativa e provocativa, que fica evidente em toda sua produção, inclusive nas pinturas: “Pintura de Cubos Brancos” e “Canteiro de Obras”. O belo “Relógio solar”, parece ser fruto de um momento de suspensão que o artista foi acometido na fábrica de cerâmica, quando nota um facho de luz que ao entrar invadindo o espaço, ilumina suas ideias, trazendo mais um elemento para o processo, a luz. Em Pixel, o tijolo perde sua cor original de barro. Na cor cinza passa a projetar em uma composição divertida e bem dinâmica, fachos de luz e cor em várias perspectivas. O guarda-chuva é retirado do cotidiano, e transformado em formas esféricas com vetores para todos os lados em “Sirius”, ou um estudo da esfera – massa e estrutura, ou ainda desconstruído em uma composição que ele chamou “Alegoria”. Nas páginas que seguem as memórias, provocações de Andrey Zignnatto, para que todos possam apreciar. E para conhecerem melhor seu trabalho acessem seu site ao final dessa matéria.

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Exposição Territórios Forjados 2015 Paço das Artes Temporada Erosões # 4 Blocos de tijolos cerâmicos agrupados Dimensões variáveis Curadoria Priscila Arantes Texto de Galciani Neves

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Exposição Deslocamentos 2015 Blau Project Galeria de Arte Erosões # 2 Blocos de tijolos cerâmicos agrupados Dimensão 120 x 800 x 1.100 cm texto de Rejane Cintrão

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Andrey Zignnatto usa 3 fabricas de Cerâmica: Cerâmica Ermida em Jundiaí, cerâmicas Auxiliadora [que pertence ao mesmo grupo], e na cerâmica Gresca

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Exposição Territórios Forjados 2015 Funarte – São Paulo Prêmio Funarte de Arte contemporânea 2014 Erosões # 3 Tijolo bloco cerâmico agrupados, bloco cerâmico cortados Dimensão 120 x 320 x 1 100 cm Curadoria Galciani Neves

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Erosões # 3 Outro ângulo

O artista no espaço Cerâmica Ermida em Jundiaí – SP Um dos espaços que Andrey cria suas obras.

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Prêmio Arte e Patrimônio Paço Imperial – Rio de Janeiro Erosões # 1 - 2013/ 14 Tijolo bloco de cerâmica Dimensão 60 x 600 x 800 cm

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Prêmio de Artes Visuais PROAC Museu Histórico e Cultural de Jundiaí – SP Erosões # 5 - 2015 Blocos cerâmicos agrupados com blocos cerâmicos cortados Dimensão 120 x 500 x 1.000 Texto Douglas de Freitas

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Mostra Intervenção Art Rio Museu da República do Rio de Janeiro Ruinas- 2015 Blocos cerâmicos e blocos cortados, agrupados Dimensão 250 x 500 x 700 cm Curadoria Isabel Sanson Portella

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Exposição Deslocamento 2015 Blau Project Galeria de Arte – SP Sem Título (da série Manta) Tijolo de barro, cimento, ferro, Painel expositor de MDF Dimensão 470 x 550 x 80 cm Texto Rejane Cintrão

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Exposição Deslocamento 2015 Blau Project Galeria de Arte – SP Sem Título (da série Manta) Tijolo cerâmico, cimento Dimensão 60 x 80 x 70 cm 253


Exposições Território Forjados Paço das Artes Temporadas – 2015 Sem título (da série Manta) Tijolo de barro, cimento, ferro, painel expositor de MDF Dimensão 280 x 250 x 90 cm Curadoria Priscila Arantes Texto da Galciani Neves

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Empilhamento Fábrica Ibetel - Jundiaí

Empilhamento de Estruturas Falidas Tijolo cerâmico amassado e agrupado sobre carrinho de mão Dimensão 120 x 60 x 130 cm

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Empilhamento Galeria Fernanda Perracini Milani

Sancovsky Galeria de Arte 6o salão dos artistas sem galeria 2015 Sem Título (da série Empilhamentos) Blocos estruturais cerâmicos amassados e agrupados Dimensão 60 x 60 x 19 cm

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Territ贸rios Forjados 2015 Empilhamento Museu Hist贸rico e Cultural de Jundia铆 Pr锚mio Artes Visuais PROAC

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Estudos Para Novas Propostas de Interpretação do Espaço Físico 2015 Instalação desenvolvida por um conjunto de 5 trabalhos caneta, barbante, tijolos cerâmicos, prumo de latão, impressão sobre papel, réguas acrílicas, Dimensão 120 x 90 x 130 cm Galeria La Cometa – Bogotá - CO

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Projeto Paço das Artes Estudos Para Novas Propostas de Interpretação do Espaço Físico Desenho cartesiano de grades em grafite, recorte de painel expositor

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Guilhotina 2014 Tijolo fatiado, barbante Dimensão 200 x 50 x 30 cm Detalhe da instalação

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Detalhe Sem Título Prumo de latão, barbante Dimensões variáveis

Detalhe Deslocamento vertical

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Acima detalhe da instalação Em baixo, Deslocamento Horizontal Funarte SP | 2015

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Deslocamento Horizontal 2014 Régua acrílica, caneta esferográfica, Impressão sobre papel, moldura de Madeira com vidro. Dimensão 40 x 70 cm

Deslocamento Vertical 2014 Régua acrílica, caneta esferográfica, Impressão sobre papel, moldura de Madeira com vidro. Dimensão 65 x 40 cm

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1

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1-Nenhum Lugar em Lados Opostos– 2014 régua acrílica e impressão sobre papel Dimensão 20 x 35 x 0,3 cm 2-Ponto em Lugar Nenhum – 2014 régua acrílica e impressão sobre papel Dimensão 25 x 45 x 0,3 cm 3 – Mesmo Lugar em Lados Opostos #1 e #2 - 2014 régua acrílica e impressão sobre papel Dimensão 20 x 35 x 0,3 cm

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1

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1 –Sem Título - 2015 - linha e impressão sobre papel - 42 x 30 x 4 cm 2- Sem Título - 2015 - linha, prego e impressão sobre papel - 42 x 30 x 4 cm 3- Sem Título - 2015 - linha e impressão sobre papel - 42 x 30 x 0,5 cm 4- Sem Título - 2015 - linha, alfinete e impressão sobre papel - 42 x 30 x 4 cm

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1

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1- Guilhotina #1 Tijolo de cerâmica recortado, vidro Dimensão 50 x 40 x 10 cm 2-Guilhotina #2 Tijolo de cerâmica recortado, vidro Dimensão 50 x 40 x 10 cm 3- Guilhotina #3 tijolo de cerâmica recortado, vidro Dimensão 50 x 40 x 7 cm

2

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Contaminação 2013 Fatia de tijolo baiano Dimensão 18 x 13 x 10 cm

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Contaminação Galeria Fernanda Milani Mostra individual

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1-Contaminação sobre canto Virtual #2 carimbo em acrílica sobre foto impressa em papel produzindo sobre imagem do trabalho “Canto Virtual” de Cildo Meireles Dimensão 90 x 60 cm 2-Contaminação sobre canto Virtual #1 Carimbo em acrílica sobre foto impressa em papel Produzido sobre imagem do trabalho “canto virtual “ de Cildo Meireles Dimensão 90 x 60 cm

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Exposição Canteiro de Obras – Galeria Fernanda Perracini Milani 2015 Na outra página: Reforma #1, #2 e #3 | 2015 registro de ação com cimento sobre 25 telas agrupadas Dimensão 175 x 175 cm cada

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1

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Pintura de Cubos Brancos 2015 Registro de pintura de diversos cubos expositores sobre sacos de lixo abertos Utilizados para proteção do piso da sala expositiva durante a execução da pintura Com tinta acrílica branca Vista da exposição “Canteiro de Obras” Galeria Fernanda Perracini Milani – Jundiaí SP Na outra página: Pintura de Cubos Brancos #1,#2,#3,#4,#5 acrílica sobre saco de lixo preto Dimensão de cada uma100 x 200 cm

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Tensão Estrutural #1, #2 e #3 2013 lajota de cerâmica, barbante e prumos de latão Nesta e na outra página Dimensões variáveis Museu de arte de Ribeirão Preto - Programa de Exposições 2014 Curadoria Nilton Campos

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Nesta e na outra página: 4º Salão Nacional de Arte Cerâmica - Curitiba 2013 Casa Dr. Muricy Andrade - Sede da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná

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Estado de Repouso 2013 Registro fotográfico de ação performática Dimensão 25 x 140 cm

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Empilhamento #1, #2 2013 carimbo de tijolo sobre papel Dimens達o 90 x 60 x 5 cm

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Relógio solar Acrílica, spray, recorte, carbono sobre papel Dimensão 42 x 150 cm 9 horas

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11 horas

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horas

15 horas

17 horas

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1

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1- Desenho Estrutural # 1 Bloco tijolo de cer창mica cortado e folha de ouro Dimens찾o 29 x 38 x 30 cm 2- Desenho Estrutural #2 Bloco tijolo de cer창mica cortado e folha de ouro Dimens찾o 15 x 38 x 29 cm

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1

2

1 - Sem Título # 1 – 2012 Acrílica e caneta permanente sobre papel Dimensão 35 x 45 cm 2 – Sem Título # 2 – 2012 Acrílica e caneta permanente sobre papel Dimensão 45 x 35 cm

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3

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3- Sem Título # 3– 2012 Acrílica e caneta permanente sobre papel – Díptico Dimensão 45 x 70 cm 4- Sem Título # 4 – 2012 Acrílica e caneta permanente sobre papel – Díptico 45 x 70 cm

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5

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5 – Sem Título #5 – 2012 Acrílica e caneta permanente sobre papel Dimensão 40 x 47.5 cm 6- Sem Título # 6 – 2012 Acrílica e caneta permanente sobre papel Dimensão 47.5 x 40 cm

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1- Esfera – Massa Poliéster, latão, plástica, 4 guarda-chuvas Dimensão 150 de diâmetro

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2-Esfera – Estrutura Latão – 4 guarda chuvas Dimensão 150 de diâmetro


Esfera – Estrutura # 1 Tinta sintética metalizada, ouro 18k, Sobre papel Dimensão 140 x 110 cm

Sem Título Tinta acrílica, latão e plástico Dimensão 140 x 110 cm

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1

2

1- Alegoria # 1 – 2014 Poliéster, latão, plástico Guarda – chuvas Dimensão 140 x 130 x 130 cm

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2-Alegoria # 2 – 2014 Poliéster, latão, plástico Guarda-chuvas Dimensão 200 x 120 x120 cm


Sirius – a Cma – a Canis Majoris Poliéster, latão, plástico, alumínio, 25 guarda-chuvas – Diâmetro 250cm Mostra “Umbrella” 18.Festival Cultura Inglesa British Culture Centre - SP 291


Pixels Spray sobre fotografia digital Instalação com 100 pixels-exposição individual “Under Construction” Museu de Arte de Goiânia - MAG

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www.zignnatto.com

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Tertúlia foi uma mostra realizada pela Galeria Fortes Vilaça no início desse ano, na qual Jac Leirner fez parte, e por conta da Ottica Art Magazine! Estar preparando uma matéria sobre essa artista, aproveitamos e registramos esse encontro de mulheres artistas. Não poderia ter nome mais apropriado, já que Tertúlia, significa reunião de amigos ou familiares, e essa mostra reuniu obras de artistas que integram e/ou integraram a trajetória da Galeria nesses 15 anos de atuação. Um inventário afetivo da galeria foi selecionado, em meio a obras recentes e históricas, documentos de arquivos, fotos, reportagens e postais, puderam ser vistos e apreciados na sua diversidade criativa, pluralidade de contextos e suportes dessas artistas de várias gerações.

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Tertúlia Fortes Vilaça Adriana Varejão Agnieszka Kurant Alejandra Icaza Beatriz Milhazes Erika Verzutti Jac Leirner Janaina Tschãpe Leda Catunda Luciana Laguna Marina Rheingantz Marine Hugonnier Rosângela Rennó Rivane Neuenschwander Sara Ramo Sarah Morris Tamar Guimarães Valeska Soares

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Adriana Varejão Big Polvo Color Wheel I, 2015 Óleo sobre tela ø 180 cm

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Jac Leirner Girl, 2013 Metal e acrĂ­lico 305 x 55 x 8 cm

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Leda Catunda Ju e todo pessoal, 2006 AcrĂ­lica sobre tecido, veludo e voal 228 x 200 cm

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1-Marine Hugonnier Anima, 2014 Aço com pintura eletrostática, Espelho - 16 x 65 x 70 cm

2-Beatriz Milhazes Meu Bem, 2008 Livro de artista com colagem original 35 x 30 cm Edição de 38

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Marina Rheingantz Seaford, 2016 Óleo sobre tela 170 x 210 cm

Tamar Guimarães Tropical Blow Up, 2009 Vídeo digital 4'45'' Edição de 5

Agnieszka Kurant A.A.I 10, 2015 Cupinzeiro construído por colônias de cupins com areia colorida, ouro, cristais e gliter 58.4 x 61 x 61 cm

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Rosângela Rennó Tropical II – da série Lanterna Mágica, 2012 Fotografia 147 x 99 x 5 cm

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Janaina Tschäpe Água Viva 3, 2003 C-print 101.6 x 76.2 cm Edição de 5

Lucia Laguna Paisagem n. 85, 2015 Acrílica e óleo sobre tela 140 x 180 cm

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Alejandra Icaza Sem título, 1996 Óleo e cera sobre linho 152 x 152 cm

Valeska Soares Et Après, 2011 Mármore 88 x 99 x 4 cm / 65 x 99 x 4 cm

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A 2ª edição do IN LOCO lar galeria, foi feita na arborizada e movimentada Av. São Luiz, local de passado aristocrático, onde podemos apreciar belas construções arquitetônicas, obras de Artacho Jurado, Gregori Warchavchik, Júlio Neves e Oswaldo Bratke, para citar alguns. A origem do nome dessa Av. é uma homenagem ao patriarca da família Souza Queiroz [o Brigadeiro Luís Antônio] e coincidentemente com a invocação de um santo de origem francesa, o que era exatamente do gosto da elite paulista da época, que aspirava identificar-se com aquela cultura. Digo coincidentemente, pois a IN LOCO lar galeria foi feita no apartamento da artista Francesa Isabelle Ribot, no charmoso e tombado edifício Ouro Preto, com uma arquitetura com visão de espaço moderno, projeto funcional e bem resolvido do arquiteto Franz Heep em parceria com Otto Meinberg. De grafismo dinâmico, o desenho da fachada muda constantemente, por conta das venezianas de correr, que permitem uma abertura total, trazendo claridade e liberdade aos moradores. E além de sua majestosa entrada com uma belíssima porta em estilo Art Déco, agora também conta com um belo mural da artista Isabelle Ribot na frente do prédio. Nesta atmosfera que transborda arte, e um espaço muito bacana, vários artista participaram desse novo conceito de exposição idealizado pela artista e fotógrafa Katia Lombardo e produzido por ela e pela artista Simone Sapienza (Siss), que contou com direção executiva da também francesa Gaelle Pierson. O conceito dessa nova maneira de mostrar obras de arte nas casas e estúdios dos artistas, promove uma maior aproximação com os mesmos, fazendo com que os espectadores possam ter conhecimento do conceito das obras de cada artista, possibilitando uma apreciação mais profunda dos trabalhos expostos, em um ambiente descontraído cheio de atrações, performance, discotecagem de Djs, e o bar, "Bar In - VanGole", vendendo bebidas e petiscos.

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IN LOCO lar galeria é um projeto semestral que visa uma maior interação entre colecionadores, artistas, designers, consumidores de arte e público interessado, num ambiente despojado, intimista e aconchegante, que é a casa de um artista escolhido pelas organizadoras, para receber diversas manifestações artísticas; Pintura, fotografia, escultura, vídeo, arte urbana, performance, música e gastronomia. Teve patrocínio de Accor Hotels e Pernod Ricard Brasil. A segunda edição, cuja curadoria é feita pelas organizadoras do evento Katia Lombardo e Simone Sapienza - Siss, traz obras dos artistas: Ale Jordão, Anaisa Franco, Boleta, Camile Sproesser, Catharina Suleiman, Celso Gitahy, Ciro Cozzolino, Fabiano Senk, Gal Oppido, Guto Lacaz, Isabelle Ribot, Juan Cabello Arribas, Katia Lombardo, Lucio Carvalho, Martin Gurfein, Mag Magrela, Marcia Azevedo, Olga Vlahou, OPNI, Ozi, Peri Pane, Regina de Barros, Simone Sapienza Siss. A performance foi feita por Peri Pane, “Homem Refluxo”, e a discotecagem foi feita por Chico Tchello, DJ ambulante, que leva música tiracolo, e a DJ Andrea Gram. Simone Siss, fez uma live painting. O programa Metrópoles esteve por lá registrando tudo. A Ottica Art Magazine! compartilha com você leitor e admirador da boa arte esse novo conceito de exposição já usado em outros países. Fizemos uma geral de todas as obras expostas, porém para conhecer melhor o trabalho de cada artista, vocês podem acessar a pagina do In Loco lar galeria no facebbok e instagram. Nas páginas que seguem você poderá apreciar um pouco do IN LOCO lar Galeria.

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Isabelle Ribot e Gal Opido

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Esculturas Regina de Barros Intervenção na tapeçaria Simone Sapienza – Siss Cadeira de vidro Ale Jordão

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Ale Jord達o

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Isabelle Ribot

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Gal Oppido

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Ciro Cozzolino

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Ozi nos pratos e no adesivo feito para parede.

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Isabelle Ribot escolhendo com sua cliente Celina Cotait um pedaço de sua Pintura em grande formato que foi vendida. Como já mostramos anteriormente em uma matéria aqui, Isabelle Ribot pinta em metros e metros de tela, histórias, que são cortadas Em pedaços escolhidos por seus clientes.

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Isabelle Ribot com Celina Cotait que comprou um pedaรงo de sua Pintura em grande formato.

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Chico Tchello, DJ ambulante, que leva mĂşsica tiracolo Adesivo Fuck do artista Ozi

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Camile Sproesser Celso Gitahy

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Peri Pani Performance “Homem Refluxo” Uma pessoa comum, habitante de um grande centro urbano, ficou sete dias sem jogar seu lixo fora. Todos os resíduos foram guardados em uma roupa especial de plástico transparente. Os restos, antes esquecidos com um gesto automático nas lixeiras, setransformaram em parte do seu corpo.

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DJ Andrea Gram

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Lucio Carvalho

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Lucio Carvalho

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Lucio Carvalho

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Celso Gitahy Lucio Carvalho

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À esquerda Martin Gurfein À direita Catharina Suleiman

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Mulher Maravilha e lambe lambe Siss


Em cima Ale Jord達o Em baixo Siss no lambe lambe e ao fundo

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Guto Lacaz Gravuras e escultura flutuante

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Coletivo OPNI Boleta 335


Olga Vlahou

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Espelho Siss À esquerda Camile Sproeser À direita Boleta

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À esquerda Marcia Azevedo À direita Fabiano Senk

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Anaisa Franco

Coletivo OPNI

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Katia Lombardo

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À esquerda Juan Cabello Arribas À direita Mag Magrela

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www.facebook.com/inloco.lar.galeria

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Uma Publicação:

Ottica AudioVisual Direção, Direção de Arte, Edição, Curadoria Projeto Gráfico, CriaçãoEditorial,Diagramação, e Produção:

Fernando Rozzo e Regina de Barros Textos:

Regina de Barros

Os direitos das imagens e dos textos assinados pelos artistas, colaboradores ou pela equipe da “Ottica Art Magazine!” são de propriedade dos autores. As imagens e fotografias de divulgação foram cedidas pelos artistas, galerias, museus, empresas, instituições ou profissionais referidos nas matérias. A reprodução de toda e qualquer parte da revista só é permitida com a autorização prévia dos editores.

otticaart.wix.com/otticaartmagazine otticaart@gmail.com 346


Agradecimentos: Geogia Kyriakakis Guto Lacaz (Poemas Visuais) Maurice Capovilla Marilá Dardot Andrey Zignnatto Jac Leirner Galeria Fortes Vilaça (Gabriel de Souza)

CCBB – SP Agência Tales Rocha (Nara Lacerda) In Loco Lar Galeria Kátia Lombardo Simone Sapienza Isabelle Ribot Gaëlle Pierson

Fotografias :

Acervo Georgia Kyriakakis (matéria Georgia Kyriakakis) – págs.: 18, 19, 22, 23, 36 à 43, 70 à 73, 76 à 79, 84, 85 e 90 à 107 Acervo Maurice Capovilla (matéria Capô – Maurice Capovilla) págs.: 153 à 193 Anaisa Franco (matéria In Loco) – pág.: 339(1) André Ligeiro (matéria In Loco) - págs.: 324, 325, 338(2), Angela di Sessa (matéria Georgia Kyriakakis) - págs.: 34, 35, 52, 53, 60, 61, 64 à 69, 74, 75, 80 à 83, 88, 89 e 93 à 95 Celso Palermo (matéria Georgia Kyriakakis) - págs.: 56 e 57 Fernando Rozzo (matéria Mondrian e o Movimento De Stijl) - págs.: 110 à 131, 135, 138 à 148 e 151 (matéria Maurice Capovilla) – págs.: 152 e 194 (matéria Marilá Dardot) – págs.: 196 à 204, 206 à 211, 214 à 231, 234, 236 e 237 (matéria Fortes Vilaça – “Tertúlia”) – págs.: 294 à 305 (matéria In Loco) – págs.: 306 à 323, 326 à 337, 338(1), 339 (2) e 340 à 343

Felipe Bernd e Isis Gasparini (mátéria Andrey Zignnatto) – págs.: 238 à 293 Manuel Veiga (matéria Georgia Kyriakakis) - pág.: 58 e 59 Márcio Fisher (matéria Georgia Kyriakakis) - pags.: 4, 5, 10 à 17, 20, 21, 24 à 29, 30 à 33 e 44 à 51 Regina de Barros (matéria Georgia KyriaKakis) – pág.: 9 Romulo Fialdine (matéria Georgia Kyriakakis) – págs.: 86 e 87 Material de Divulgação (matéria Mondrian e o Movimento De Stijl) – págs.: 132 à 134, 136, 137 e 149 Scanner Catálogo – Marilá Dardot (matéria Marilá Dardot) – págs.: 205, 212, 213, 232, 233 e 235

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