Outdoor Regional

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Ano 2 | Número 17 | distribuição gratuita, proibida a comercialização

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adre Fábio de Melo

Fé e música em seu novo trabalho, “Iluminar ao vivo”


anos 11tradição e qualidade

APENAS14,90

NOVIDADE 3 novos tipos de Almoço executivo

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Carta ao Leitor

Boas novas "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo. Qualquer um pode recomeçar e fazer um novo fim." Chico Xavier Mais um ano começa cheio de promessas e possibilidades, chega o momento de recomeçar, de melhorar de fazer um novo fim. Um novo ano é uma página em branco, sedenta para receber novos sonhos, aventuras, ações e belas histórias. Esta publicação se orgulha em dizer que está em pleno vapor para isso. Formato novo, novas sessões, novas concretizações. Vem muito por aí e queremos

convidar nossos leitores para fazerem parte desse novo ano conosco. Nesta edição, um pouco sobre administração do tempo, muita organização para seu trabalho render muito mais. Saúde, tecnologia, moda e muitos outros assuntos caprichados. A matéria de capa está especialíssima, uma entrevista com o Padre Fábio de Melo, uma conversa sincera, leve e de caridade. Vale a pena ler e reler. E para alegrar os corações brasileiros, Especial Carnaval porque nunca é cedo e nem tarde de-

mais para fazer o coração pulsar no ritmo da bateria das escolas de samba. Que esta seja uma edição sem fronteiras e que este seja um ano sem limites.

Melise Scomparim Jornalista

Índice 04

Cinema & TV

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Região

06

Literatura

26

Decoração

08

Tecnologia

28

Música

10

Esporte

30

Direito

14

Moda

32

Trabalho

16

Social

34

Política

20

Capa

36

Saúde

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Especial

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Crônica

A revista Outdoor Regional não se responsabiliza por conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores da revista, não necessariamente refletem a opinião da redação e editores, assim como não se responsabiliza pelo conteúdo de informes e anúncios publicitários

Expediente Coordenador Geral Rafael J Pereira| Coordenador de Criação André Maffeis Jornalista Responsável Melise Scomparim MTB:46015 /SP Repórteres AC Rezende/Camila Marcusso/Juliana Cuani/ Juliana Moreno/Rafael Barbosa/Vitor Quartezani Colaboradores Rafael Moreno/Bruno Fernandes/Paulo Pereira Revisão Juliana Moreno/ Melise Scomparim Projeto Gráfico/Diagramação Thiago Nehring/ Bruno Veiga Foto Douglas Santos | Comercial Patricia Pereira|Tiragem 8.000 exemplares Distribuição Boituva/Iperó/Cerquilho/Tietê/Tatuí Site www.outdoorregional.com.br|Empresa CNPJ: 07.627.719/0001-04 Anúncios e Publicidade: Avenida Pereira Ignácio, 378 - 2º andar - sala 07 Telefone: (15) 3263-5028 / (15) 9114-2136 / (15) 9744-9382 contato@outdoorregional.com.br


cinema

“O Amor Acontece”

(“Love Happens”)

EUA - 2009

Quando uma coisa termina, uma outra coisa começa E se todos nós tivéssemos que seguir em frente? Juliana Moreno j-moreno@outdoorregional.com.br

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uem nunca teve que se deparar com o fim de algo, que atire a primeira pedra. Se isso fosse feito literalmente, com certeza nessa hora não existiria nenhuma pedra sendo arremessada. Nossa vida é toda feita de finais. Final da fase de engatinhar, final da fase de criança, final da adolescência, final do colégio, final da faculdade, etc. Por outro lado, podemos concluir que, dessa forma, nossa vida é feita de começos. Entretanto, para começar algo, primeiro é preciso terminar o que antes estava sendo feito. Quando tudo isso de finais e começos é algo natural da vida, de certa forma é fácil. A coisa começa a complicar quando o basta precisa ser dado em algo que, digamos, nós não queremos – ou não conseguimos – que termine. Um emprego, por exemplo. Muita gente fica estacionada num determinado trabalho apenas porque ele te dá a comodidade necessária para ir sobrevivendo.

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Pensamos “assim está bom, só isso é suficiente”, sendo que, talvez, algo muito melhor esteja chegando pra você, mas isso passa desapercebido simplesmente porque você não está apto a abrir mão. Acho que isso é normal do ser humano. Pois, pense bem, melhor um pássaro na mão do que dois voando, já dizia o versinho que nos foi ensinado. Mas a realidade é que nós não devíamos temer ficar de mãos vazias, simplesmente pelo fato que, se sua mão está vazia, essa é a brecha necessária para que algo venha até ela. Se ela estiver ocupada, o “algo” passa e vai embora para outro lugar em que possa achar repouso. Burke é um escritor de livros que ensina as pessoas como superar as perdas. Algo que podemos aprender com ele é justamente que, se você ficar estacionado em algo, nada mais vai acontecer. A decisão de mudar tudo é apenas nossa. Se o seu “pássaro” não estiver mais te fazendo bem, abra sua mão e o deixe voar. Mas permaneça com a mão aberta, pois o que está voando a qualquer momento pode pousar.

Notas

Você já pode encontrar nas locadoras a divertida comédia “Gente Grande”, estrelada pelo incomparável Adam Sandler. Na história, ele e mais alguns amigos de infância, após anos da formatura do colégio, se encontram para passar um fim de semana juntos numa casa do lago, cada um com sua esposa e filhos. Juntos, eles celebram os anos juventude e relembram os bons momentos já vividos. A risada é garantida!

No começo do ano, chegou às telas de cinema a animação inspirada em um dos contos de fada mais adorados pelas crianças e pelos mais crescidinhos também. Estamos falando de Rapunzel, a princesa que foi raptada quando bebê e mantida presa em uma torre. No filme, ela se apresenta já como uma adolescente determinada, que realiza uma fuga incrível com a ajuda de um ousado bandido. Eles, então, encontram juntos aventura, emoção, humor e muitos cabelos. “Enrolados” é com certeza uma ótima pedida para dar boas risadas.


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literatura

O inverno está chegando - Lema da família Stark Rafael Moreno r-moreno@outdoorregional.com.br

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este primeiro livro da aclamada série “As Crônicas de Gelo e Fogo”, do escritor americano George R.R. Martin, o leitor é enviado para o continente de Westeros, onde o verão pode durar décadas e o inverno toda uma vida. Uma verdadeira obra de arte, onde reis, rainhas, assassinos e cavaleiros se juntam para dar vida a uma história repleta de mistérios, conspirações, intrigas, romances e aventuras. A “Guerra dos Tronos” possui uma trama complexa, onde cada capítulo é dedicado a um personagem, ou seja, o leitor tem acesso a diversos pontos de vista diferentes da mesma situação. Além disso, cada personagem possui uma força ímpar no que diz respeito a despertar os mais sinceros sentimentos em quem está lendo, sejam eles bons ou ruins. O grande trunfo de George R.R. Martin, que hoje é considerado o Tolkien (autor da série “O Senhor dos Anéis”) moderno, é a capacidade de criar uma história, que mesmo baseada em uma fórmula antiga, traz o novo e o inesperado para dentro da literatura fantástica. Portanto, prepare-se para encontrar a eterna luta entre o bem e o mal, cavaleiros que exalam bravura em cada ato, lindas princesas apaixonadas e muitos outros clichês típicos desse gênero. No entanto, todos passam longe da mesmice e crescem e se desenvolvem de uma forma apaixonante, amparados por cenários profundos e ricamente detalhados. Agora uma dica: leiam o livro de Martin e tenham seus corações tomados por essa bela e melancólica história. E preparem-se, o longo inverno se aproxima.

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As Crônicas de Gelo e Fogo A Guerra dos Tronos Livro Um Autor: George R.R. Martin Editora: Leya Brasil Ano de Lançamento: 2010 Número de Páginas: 592

Nota

Após uma conferência feita em Los Angeles, o canal HBO confirmou que dia 17 de abril será a data oficial para a estreia de “Game of Thrones“, a adaptação para seriado da obra de George R. R. Martin, tendo Sean Bean (o Boromir de “O Senhor dos Anéis”) como Eddard Stark no papel principal e Natalia Tena (a Tonks de “Harry Potter”) como Osha. Para quem quiser saber mais, pode acessar o blog oficial da adaptação: http://www.makinggameofthrones.com/ ou o site brasileiro: http://www.pavablog.com/ guerradostronos/.


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tecnologia

Melise Scomparim m-scomparim@outdoorregional.com.br

Comparada ao festival dos anos 70, a Campus Party traz realmente algo em comum com o velho festival: a vontade de melhorar o mundo

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m encontro tecnológico que une milhares de pessoas durante uma semana, famintas por ideias, novidades e muita informação. Assim é a Campus Party, um evento que começou na Espanha em 1997 e que encontrou o Brasil como sede por quatro vezes. A Campus Party reúne pessoas de todo o mundo, que trocam experiências e conhecimentos 24 horas por dia, pois sempre têm algo para fazer. Não à toa, muitos “campuseiros” montam acampamento no evento e são mais de quatro mil barracas disponibilizadas pelos organizadores. É um acontecimento anual com palestras, experimentos, oficinas, pessoas famosas de diversas áreas, competições de

games, etc. É tanta coisa que se organizar fica difícil. Entre os dias 17 a 23 de janeiro, mais de seis mil pessoas fizeram desse evento a maior Campus Party do mundo e a grandiosidade é tamanha que jovens fazem qualquer coisa para estarem presentes. São caravanas que passam dias viajando para chegar em São Paulo, na feira que aconteceu nos 40 mil metros quadrados do Centro de Exposições Imigrantes. Al Gore, geek badalado (ex vice-presidente doa EUA), deu uma palestra logo no primeiro dia do evento na qual defendeu a internet livre, o governador de São Paulo Geraldo Alckimin passou pela CP (Capus Party), além de Marina Silva que falou sobre como as mídias sociais foram importantes para os resultados que obteve nesta eleição. Por falar em reder sociais, outro assunto tratado foi a impor-


tância dessas mídias na ocupação e pacificação do morro do Alemão no Rio de Janeiro no final de novembro de 2010. Muito foi explorado sobre o futuro das Lan Houses, inclusão digital no Brasil e a importância da robótica em explorações espaciais. Os campuseiros foram os pri-

meiros no mundo a experimentarem uma nova tecnologia em geração de IPs, o IPv6. A CP entrou no livro dos recordes, no Dia do Roupão, como a maior concentração de pessoas de roupão - o evento reuniu mais de mil campuseiros que aderiram à ideia. O campeonato FIFA 2011

foi sucesso total, assim como toda a área de games, com inúmeras telas gigantes de plasma, onde era quase impossível parar de jogar. Foram tantos concursos, tantas palestras e workshops, tudo muito intenso que com certeza já tem muito “campuseiro” contado os dias para a próxima.

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esporte

Sucesso nas Olimpíadas de Inverno em 2010 fez aumentar os números de adeptos no Brasil Vitor Quartezani

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v-quartezani@outdoorregional.com.br

m 2010, na cidade de Vancouver, no Canadá, aconteceu a edição XXI das Olimpíadas de Inverno, competição que reúne as principais potências nos esportes de gelo. E o Brasil marcou presença nas modalidades esqui alpino, esqui cross-country e snowboard. Em outros tempos, essa participação passaria despercebida pelos telespectadores e pela mídia, uma vez que o país não tem nenhuma tradição nesses esportes, fora o fato de que o clima não permite uma maior massificação do esporte. Bom, pelo menos até agora, já

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que desde a última olimpíada cresce o interesse por esses esportes, tendo como carro chefe o Snowboard, Hóquei no gelo e Curling, modalidade que caiu nas graças do brasileiro. O sucesso pode ser visto na repercussão que a competição teve nas mídias esportivas, com a rede Record, única televisão aberta a transmitir os jogos ao vivo, atingindo uma média de 10 pontos com 22% das TV’s da Grande São Paulo sintonizadas nas competições realizadas no Canadá de acordo com o Ibope. E aproveitando o verão brasileiro, as pessoas resolvem conhecer um pouco desses esportes, sendo

que o interior de São Paulo é um dos lugares mais procurados para isso, uma vez que dispõe de um local que serve tanto para diversão de pessoas como treinamentos de atletas, o Ski Mountain Park. Localizado na cidade de São Roque, o Ski Mountain Park dispõe de duas pistas, uma de treino com baixa inclinação e 100 metros de extensão ideal para os visitantes que querem ter os seus primeiros contatos com a “neve”, mesmo que ela seja artificial e uma pista de esqui profissional, que com 400 metros é considerada uma pista de grau médio pelos critérios internacionais aplicados nos grandes centros de esqui no mun-


do, o que credencia o centro a receber os treinamentos dos atletas brasileiros. No Ski Mountain Park, os curiosos e os apreciadores podem experimentar as emoções de duas modalidades, o Snowboard e o Esqui clássico, oportunidade para acompanharmos as incrí-

veis manobras e os memoráveis tombos acontecidos. Uma surpresa foi a aceitação do Curling pelo público brasileiro, mas isso tem uma explicação. As regras desse esporte, que tem como objetivo fazer com que as pedras parem dentro de um alvo do outro lado da pista, são muito parecidas com as praticadas por um esporte bem popular entre os brasileiros, principalmente na faixa etária de 40 a 70 anos, a bocha, sendo que no Curling o praticante é obrigado a jogar a pedra em uma pista de gelo. Essa procura pode ser comprovada com a implantação no mês de agosto da primeira pista de Curling no Brasil, que mesmo em caráter experimental, no Shopping Eldorado, na capital paulista. Outro fator de sucesso são as ações propostas pela Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN), que filiada ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB), à União Internacional de Biathlon (IBU) e à Federação Internacional de Esqui (FIS) começa a colher os frutos dessas uniões. Atualmente são 330 atletas registrados, sendo 50 deles representando o Brasil em competições internacionais de alto rendimento, nas modalidades como Ski Alpino, Ski Cross Country, Snowboard, Biathlon de Inverno e Ski Frees-

tyle. Os resultados já aparecem, com as conquistas de medalhas na Copa Continental Sul-Americana, onde a brasileira Isabel Clark conquistou a medalha de ouro nas provas de Snowboard Cross e Slalom Gigante. No esqui, os brasileiros levaram o 2º e o 3º lugar do ranking geral de Biathlon de Inverno, realizado na cidade chilena de Portillo em 2010. Mirlene Picin chegou ao 2º lugar com duas medalhas de prata, uma de ouro e uma de bronze, e Leandro Ribela em 3º pela conquista do ouro. Outro resultado importante do Brasil aconteceu Copa Continental Sul-Americana de Esqui Alpino Masters, com Luci Arnhold conquistando a medalha de prata no Slalom Gigante. Os benefícios desses esportes ultrapassam os limites esportivos, pois eles servem como reintegração de pessoas as atividades da sociedade, com o Curling tornando-se o primeiro esporte de inverno paraolímpico no Brasil. Além da competição em si, o Curling paraolímpico pode ser uma das válvulas de escape para os portadores de necessidades especiais reconquistarem o prazer de viver. Mesmo sendo esportes tipicamente ligados a baixas temperaturas, as competições aquecem e movimentam o verão dos brasileiros.

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s a i c n ê d Ten de inverno

moda

Entre os dias 10 e 15 de janeiro, os fashionistas estavam com os olhares voltados ao Píer Mauá, onde aconteceu a Semana de moda do Rio. Enquanto que de 28 de janeiro a 02 de fevereiro o São Paulo Fashion Week abalou as estruturas da moda

Melise Scomparim m-scomparim@outdoorregional.com.br

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No Rio

m sua 18ª. Edição, a Fashion Rio apresentou as tendência e coleções para o outono/inverno deste ano. Confira um resumo do melhor dos desfiles. O Rio Moda Hype, projeto dedicado a novos talentos da moda, deu início à temporada de inverno 2011 do Fashion Rio com dez estilistas que apresentaram dez looks cada um, inspirados pelo tema Fashion Fantasy. Nos desfiles, o estilo boyfriend promete continuar forte com muito contraste do feminino versus masculino, macacões, calças de alfaiataria, paletós tudo com contraste com peças femininas e muita cintura alta. O retrô veio para ficar, muito será visto nas ruas dos anos 60 e 70, lurex, saias justas e vestidos com manga comprida, calças boca de sino, saias longas e estampas psicodélicas têm presença garantida. Os anos 50 com calças justas e a cintura alta, além da estampa de poás completam o retrô que, é claro, não deixou de lado os anos 80 com a volta das ombreiras, saia lápis com cintura alta, as estampas florais, maquiagem metalizada, cabelos volumosos. No Fashion Rio as texturas e estampas são as grandes novi-

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dades para o inverno 2011, bordados, recortes e vazados em vestidos curtos, com mangas levemente infladas e silhueta seca. Paetês e devorê, criando efeitos de alto relevo nos tecidos são pedidas muito bem vindas, assim como o georgette navalhado que deixa revelar paetês escondidos e bordados. As cores saem da sobriedade de sempre da estação, em uma cartela viva e vibrante com azul royal, amarelo limão, verde floresta, coral e Pink. Estampa de bichos, liberty, lavagens diferenciadas e glitter fecham as tendências no Rio.

Em São Paulo

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São Paulo Fashion Week ganhou o mundo de vez, com a credibilidade em alta, é cada vez mais comum ver celebridades aceitarem prontamente os con-

vites para desfilar. Uma fórmula que deu certo. O galã Ashton Kutcher desfilou pela Colcci, com direito à esposa Demi Moore na primeira fila, as super modelos Gisele Bündchen e Alessandra Ambrósio estiveram presentes na passarela. A eterna patricinha Paris Hilton gostou tanto de desfilar em São Paulo que veio novamente, desta vez pela Triton e Christina Aguilera apareceu para formalizar sua parceria com a C&A. Quanto às tendências nas passarelas, o muito couro com tratamento que o deixa finíssimo e em todas as cores até branco. O boyfriend acompanha as peças de alfaiataria, paletós e muita sobreposição. Decotes geométricos, paetês aveludados, pérolas bordadas nos tecidos criando pequenos e irresistíveis póas, lurex e muita textura não faltam nas coleções. O Vintage com a cintura bem marcada deve continuar a ganhar as mais antenadas, com


Fast Fashion

a cintura bem marcada e saias mais anos 50. Gola alta, maga falsa, renda e hot pants com camisas de seda garantem um look chique e muito retro. Os jeans aparecem com lavagens que imitam poeira, tratamentos tecnológicos que deixam um aspecto de couro, faíscas metalizadas. As skinnys continuam as vedetes nos guarda-roupas. As cores surgem leves, ainda com o preto em alta, mas em companhia ao cinza, laranja, amarelo enxofre, off-white, xadrez grunge e azul royal

Peças para ter

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acacões, cashmeres curtinhos, saias longas assimétricas, calças e saias de cintura alta, calças skinny, vestidos de manga comprida, saia de couro branco, hot pants, paletós boyfriend, peças em couro, paetês e renda.

A cabeça no alvo da moda (chapéus)

Neste verão pode apostar no chapéu, de abas longas ou curtas, pois ele prometem fazer a diferença no visual, além de proteger dos raios solares. O modelo panamá, Fedora, Floppy, conhecido como o tradicional chapéu feminino de praia, cai bem com um vestidinho leve ou shortinho e dá muita personalidade ao look

Carnaval é arte

Este é o tema de um famoso camarote em Salvador e a sugestão veio da cantora Daniela Mercury. A cenografia de todo o espaço é assinada pelo designer Pedro Menezes, que representará diversas manifestações artísticas. O camarote vai contar com obras dos artistas Romero Britto e Christina Oiticica e, para finalizar, o quadro “Batucada” do pintor Carybé que foi liberado pela família do artista. A produtora Graça Borges será responsável pela realização e produção da cenografia proposta para o Camarote

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social

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Agenda Teatro Municipal de Cerquilho | Cerquilho 07

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12/02 | 21:00 – Ary Toledo

Verdi | Boituva

5/02 - Ensaio de Carnaval - Banda Atração Total Republica Botequim | Tatuí Espaço Evidence | Cerquilho 12/02 - Ivan e Fernandinho - Sertanejo 06 Helide, Taís e Beatriz 01 Thomas, Pe Lanza, Pelu e Koba 07 Soraya Chauar e Adriano Hoffman 25/02 - Pré-Carnaval Verdi | Boituva 08 Mayara Rosica Terra Brasilis | Boituva 02 Alessandro Salvione e Karina Almeida 09 Alex Mota e Cissa Holtz 03 Marcela e Paula Patekoski e Carol Thame 06/02 - Pagodão de Verão - Grupo Nosso Encontro 04 Junior Nunes e Flávia Faria 13/02 - Pagodão de Verão - Grupo Ki presença 05 Glaucia Serati e Mariana Vitiello 27/02 - Pagodão de Carnaval Créditos: Rafael Pereira 16 | www.outdoorregional.com.br Rodrigo Rodrigues - www.rodrigorodriguesfotos.blogspot.com

Aterruá | Boituva

19/02 - Grito de Carnaval no Aterruá: Banda Vibe + Bateria de Escola de Samba Acadêmicos da Barra Funda + Dj Dinho e Dj Julio Vial


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social em parceria com

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16 Terra Brasilis | Boituva Capitão XV | Tatuí 13 Gleice 01 Isis Sobral 14 Thaís Rosan e Tássia Moura 02 Natália Lorenzetti 15 Ana Paula e Vanessa 03 Camila Brandão 16 Adriana e Renato 04 Emerson e Samara Sanches 05 Renata Orsi e Vivi Lopes 06 Jaque Galvão e Vagner Almeida 07 Isadora Machado e Rodrigo Vieira Cazavelha | Tatuí 08 Cláudia Lanza, Natália Soares e Fernanda de Oliveira 09 Cibele Ceciliato 10 Ana Lúcia Sbragia e Luís Grassi Créditos: 11 Beatriz Camargo Renato Campo | www.xpres.com.br 12 Nicole Juiz

Rodrigo Rodrigues | www.rodrigorodriguesfotos.blogspot.com

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capa

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te inteligente e elucidado intimidam qualquer um. Ao mesmo tempo, veio a euforia e, a cada pergunta elaborada, sonhava com a resposta que teria. O resultado não poderia ser melhor, muito além do esperado. Ele é sim o que vemos na televisão e nos shows, uma pessoa leve, transparente sem máscaras, um indivíduo exemplo. E ele é de verdade. A figura do padre sempre significou muito ao contexto cultural do Padre Fábio, originário de uma família muito religiosa. “Eu via no padre uma pessoa feliz, realizada, fazendo o bem às pessoas. Quis ser também”. Em 1987 ele foi ao seminário de Larvas conhecer o local e no ano seguinte se tornava seminarista. A música também aconteceu naturalmente em sua vida, filho de pai violeiro, cresceu em contato com a música. Compor, cantar e procurar registrar seus feitos foram consequências naturais. Com muito estudo e metodologia, - são faculdades, cursos - em pouco tempo o padre Fábio de Melo se encontraria em um meio de sucesso com milhões de cópias vendidas de seus álbuns. Segundo o padre, o sentimento de saber que suas Melise Scomparim palavras ajudam centenas de m-scomparim@outdoorregional.com.br pessoas todos os dias é o melhor possível. “Repito que se apenas uando recebi a missão de elabo- uma pessoa se transformasse para melhor por conta do meu rar a entrevista para o padre Fá- trabalho, já teria valido a pena o esforço. Imagine, então, se fobio de Melo, confesso que me rem centenas”, observa. deu até tremores. Deixando Com seu jeito calmo, simples qualquer religião de lado, a ideia e acessível, o Padre Fábio falou de entrevistar uma pessoa que explicou e, claro, deu sua menusa as palavras de forma tão sagem para um 2011 e uma vida harmoniosa, que ajuda tantas pessoas e ainda é extremamen- muito melhor.

m homem de fé

Muito além de

uma figura católica, o Padre Fábio de Melo se destaca como um homem de bem que estima o caráter, a caridade e leva o bem estar a quem quiser ouvi-lo 20 | www.outdoorregional.com.br

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Revista Outdoor Regional>> Sendo um homem de Deus, você alguma vez imaginou se tornar tão conhecido? E como lida com todo esse reconhecimento? Padre Fábio>> Tinha uma ideia do que poderia acontecer quando me deparei com as possibilidades oferecidas pelos veículos de divulgação de massa, como é caso dos programas de TV de grande audiência. Considero importante que todos possam conhecer meu trabalho e de muitos outros dentro do segmento da música religiosa, como vem acontecendo. Procuro lidar com serenidade, a partir desse reconhecimento e do interesse público, respondendo e reagindo com naturalidade aos prós e contras. Repito sempre que, de negativo, fica a questão do outro às vezes me imaginar aquém ou além do que eu sou, o que acaba por frustrar expectativas, considerando que é impossível responder a todos pessoalmente. De positivo fica a real condição de ampla comunicação da mensagem e do bem que ela pode promover na vida das pessoas. Revista Outdoor Regional>> Em seu novo trabalho, “Iluminar”, você interpreta canções bem conhecidas de grandes nomes da música como Ivan Lins e Milton Nascimento. Como foi para você essa experiência? Padre Fábio>> Uma maravilha e um desafio, pois esses compositores também são grandes cantores, com versões próprias das músicas. Minha formação musical parte, inclusive, desses grandes criadores de música popular brasileira. Por isso é uma realização gravar e interpretar essas

canções, lembrando que elas se harmonizam ao contexto do meu trabalho de evangelização. Revista Outdoor Regional>> O filme de abertura de seu DVD traz os atores Eriberto Leão e Pedro Bicalho. Qual é o grande ensinamento que podemos ter através da interpretação? Padre Fábio>> Nunca deixe que sua luz se apague. Faça dela sua guia e a fonte para acender também a luz de seu irmão.

uma delas equivale a uma estreia, com expectativas, emoções e resultados próprios. A apresentação no Credicard Hall foi especial e um desafio, pois resultou na gravação ao vivo do CD e DVD “Iluminar ao Vivo”, o que exigiu uma dose a mais de empenho, tanto meu como do público, por conta da dinâmica de gravação. Revista Outdoor Regional>> Padre, além dos católicos, você conquistou admiração de muitas pessoas de outras religiões. A que você acredita que deve esse fato? Padre Fábio>> Somos todos irmãos, filhos de um mesmo Deus. Podemos fazer parte de denominações diferentes, mas nossas angústias, medos, expectativas e esperanças correspondem.

Revista Outdoor Regional>> Em suas mensagens, você utiliza de vivências próprias para exemplificar a presença de Deus na vida humana, essa proximidade ajuda muitas pessoas, já que percebem que o Padre também é humano com sentimentos. Você acredita que a sua formação acadêmica ajuda nesses momentos? Padre Fábio>> Comunicar exige um esforço de proximidade e identificação. Por isso, o comunicador precisa exemplificar, inclusive através de sua experiência, para tornar mais vivo, direto e singular o conteúdo da mensagem. Sobre minha formação acadêmica, tenho consciência de sua importância no cerne do trabalho que realizo. Me preparei como padre nesse sentido. Acredito que precisamos de padres preparados que saibam e possam utilizar os meios e ferramentas atuais de comunicação.

Revista Outdoor Regional>> Partindo do princípio que Deus é amor, muitas pessoas têm medo de Deus e de seus castigos. Você acredita que Deus castiga ou utiliza de certas provações para que as pessoas possam aprender, evoluir moralmente e ter uma vida melhor? Padre Fábio>> Não acredito que Deus provoque qualquer forma de sofrimento. Sofrer é condição de todo ser criado. Sofremos porque temos limites. É nosso estatuto. Digo por mim. Faço proveito do que sofro. Minha mística me faz compreender os limites como uma oportunidade de crescimento.

Revista Outdoor Regional>> Como foi o sentimento de cantar e evangelizar cinco mil pessoas no Credicard Hall? Padre Fábio>> Ainda que eu faça muitas apresentações, cada

Revista Outdoor Regional>> Nas incertezas de um novo ano, qual a mensagem que o senhor daria? Padre Fábio>> Que o mundo pode ser sempre melhor. A começar de nós.

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especial

Abram alas!

O maior espetáculo da Terra está para começar. Luzes, paetês, plumas, fantasias que se materializam, alegria em forma de manifestação cultural. Senhoras e senhores, bem vindos ao carnaval brasileiro

Melise Scomparim

presentou a bateria da Império da

m-scomparim@outdoorregional.com.br Casa Verde e, por fim, ocupou o

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ão é difícil achar um grande apaixonado pelo carnaval, afinal, em nosso país muitos fazem dessa festa um momento especial, ao qual dedicam suas vidas. A jornalista Bruna Ancheschi, 26 anos, tem um currículo de dar inveja aos fãs de carnaval. Desfilou em 1996 e 1997 como Destaque de Ala na Mocidade Alegre e nos dois anos seguintes foi destaque em Carros Alegóricos da Sociedade Rosas de Ouro. Logo ficou no posto de Rainha de Bateria por quatro anos na Rosas de Ouro, entre 2000 e 2003. Foi Gata do Carnaval pela Liga das Escolas de Samba de São Paulo em 2002. No ano de 2004 foi Destaque de Carro na Águia de Ouro. Em 2005 (Rainha) e 2006 (Madrinha) re-

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posto de Musa da Bateria da Camisa Verde e Branco em 2008. Bruna viveu no samba e sua primeira vez na avenida foi aos 11 anos. “A emoção de pisar pela primeira vez no Anhembi é inexplicável, lotado, com o público envolto na energia do desfile, pelo samba. Coisas que o Carnaval é capaz de fazer: unir multidões em um único sentimento!”, diz. Com o tempo se tornou rainha da bateria e explica que o cargo sempre foi muito mais do que usar uma faixa. “Era representar da melhor forma possível uma agremiação que batalhou o ano todo para fazer um grande desfile, com muita paixão e seriedade. É uma responsabilidade que as pessoas às vezes não se dão conta, você é uma parte da bateria, não é um elemento desconectado do desfile e, por isso,

tem que ter graça, garra e estar atenta o tempo todo na evolução da batucada, pra poder agregar e transmitir ao público a energia da bateria”, disse. O sentimento de Bruna pelo Carnaval é o melhor possível, um resgate do que é ser brasileiro. “Meus anos no Carnaval de São Paulo foram uma fase única, sensacional! Foi uma época de uma alegria, de aprender a respeitar as tradições do mundo do samba e amá-las por fazerem parte da minha vida! Trabalhei muito e conheci pessoas maravilhosas. O Carnaval faz parte da minha história”, finaliza. Entender o que é o carnaval e todos esses sentimentos que causam a quem se evolve em um desfile é muito mais complexo do que aparenta. O antropólogo, professor, comentarista e colunista do site “Tudo de Samba” e estudioso de carnaval, Fábio de


A magia do carnaval O antropólogo Fábio de Oliveira Pavão explica o fascínio que o carnaval exerce no exterior e diferencia o carnaval paulista do tradicional carnaval carioca: Outdoor Regional>> Qual é a diferença entre o carnaval Outdoor Regional>> Como explicar o fascínio que o Brasil

do Rio e de São Paulo?

exerce no mundo todo com o tema carnaval?

Fábio de Oliveira Pavão>> Acho que existem muitas dife-

Fábio de Oliveira Pavão>> Todos os povos fora da Euro-

renças. A primeira delas é financeira. A segunda é a maior

pa e, mais tarde, dos Estados Unidos, foram interpretados

visibilidade das escolas cariocas.

pelo prisma do exótico. O Brasil sempre explorou estes

No entanto, acho que a principal diferença é cultural. No Rio,

símbolos exóticos na construção de sua identidade nacio-

as escolas de samba são parte do imaginário sobre a cidade.

nal. D. Pedro II, por exemplo, embora vestisse trajes pa-

Em São Paulo, ao contrário, a imagem de um sambista não

recidos com a da nobreza européia, usava elementos da

condiz com a modernidade e a pujança de locomotiva na-

natureza nativa brasileira para compor suas vestes. Para

cional, que caracteriza São Paulo. Prova disso é que grande

o olhar estrangeiro, por exemplo, não há muita diferença

parte do público do sambódromo carioca vem exatamente

entre a dança da mulata sambista e da dançarina muçul-

de São Paulo. Enquanto no Rio os sambistas possuem con-

mana com seus véus. As duas mostram para eles o selva-

dição privilegiada, inclusive nas negociações com o poder

gem e exótico. Tudo isso está em contraponto às suas pró-

público, em SP, de certa forma, são apenas mais uma tribo

prias sociedades “civilizadas”.

urbana que disputa espaço no cenário cultural da grande metrópole, como os Rappers, Clubbers, emos e etc.

Oliveira Pavão, torcedor assumido da Portela, tenta elucidar o tema. O carnaval é “um ritual que simbolicamente tem vários significados, mas que, em geral, se caracteriza pela mudança da rotina das pessoas e da sociedade de uma forma geral. Algumas regras sociais ficam suspensas ou são mais frouxas. Mesmo aqueles que não gostam do carnaval não conseguem fugir dele e vivem o ritual carnavalesco. A rua, o comércio ou mesmo a programação da TV é alterada. Isso, de forma bem resumida, é o carnaval. As escolas de samba são uma manifestação cultural típica do período carnavalesco. Neste sentido, para os indivíduos que fazem esta manifestação cultural, ou mesmo

para alguns importantes segmentos da sociedade, as escolas de samba possuem uma importância que está bem além de uma brincadeira carnavalesca”, disse. A importância do carnaval, além da economia turística, é de identidade. “Para os sambistas, primeiro, é parte importante de suas identidades sociais. Muitas vezes, no mundo fragmentado dos dias atuais, é o único espaço em que é possível alcançar o reconhecimento, contrastando com as frustrações do trabalho e da vida pessoal. Também é possível, para os sambistas verdadeiramente profissionais, usar sua arte como um recurso para, pelo menos, aumentar sua fonte de renda. Não apenas sambistas de forma isola-

da, mas as próprias comunidades que possuem grandes escolas de samba, muitas vezes, conseguem, por meio destas, patrocínios para a realização de projetos sociais voltados para a promoção da cidadania”, complementa ele. Para o antropólogo, a velha máxima de que o ano no Brasil só começa depois do carnaval é um pouco exagerada. “O período carnavalesco é importante para a sociedade brasileira, certamente existe um antes e depois do carnaval, mas dizer que o ano só começa após o carnaval é um certo exagero. Acho que, mais do que um fato, é mais uma metáfora para demonstrar a importância que o Brasileiro dá para o carnaval”, finaliza o antropólogo.

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região

Além de refúgio para os que buscam sossego, muitas cidades do interior oferecem infraestrutura para a prática de esportes de aventura Camila Marcusso

A

c-marcusso@outdoorregional.com.br

r

r fresco, paz e tranquilidade. Muitas pessoas encontram nas cidades do interior, um refúgio para a correria do dia a dia. É o que afirma a publicitária Paula Galego, moradora da cidade de Guarulhos, que costuma passar os finais de semana em Sorocaba/SP e Boituva/SP. “Vou para o interior para fugir da poluição, do trânsito e do barulho de São Paulo”, contou.

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O advogado Lucas de Andrade, da cidade de Campinas, costuma viajar para Boituva e para Santo Antônio de Posse, ambas no interior de São Paulo. Lucas também afirma buscar tranquilidade nessas cidades, durante os finais de semana e férias. “As cidades que mais visito são tranquilas e nelas costumo passar o tempo em sítios, pescando, jogando tênis e conversando com a família reunida. São atividades que nos desligam um pouco da realidade e da correria da semana vivida na cidade grande”, afirmou.

Opções de lazer

Além de refúgio para os que buscam sossego nos hotéis fazenda e pesqueiros, muitas cidades do interior oferecem infraestrutura para a prática de esportes de aventura,

como paraquedismo, balonismo, rafting, escaladas, rapel, parapente, trilhas, cavalgadas, entre outros. Ou também para esportes mais calmos, nos caminhódromos e ciclovias, para a prática de corridas, caminhadas e pedaladas. As opções de lazer abrangem também teatros, espetáculos, apresentações culturais, festas folclóricas, rodeios, festas do padroeiro e festas típicas de cada região, buscando satisfazer todos os gostos e todas as faixas etárias.

Infraestrutura

Na opinião do Lucas Andrade, essas cidades do interior além de próximas da capital do estado, são cercadas de estradas seguras e possuem infraestrutura para receber os visitantes. “Acredito que muitas


cidades do interior estão preparadas para receber turistas, tanto em hotéis, sobretudo hotéis fazendas, como em casas de veraneio. Acredito também que o turismo impulsiona a economia das cidades do interior, que em geral são pequenas. Além disso, as cidades por mim mencionadas ficam perto de grandes centros urbanos”, disse. Paula Galego concorda. “Acredito que a maioria das cidades do interior de São Paulo tem infraestrutura e charme para receber visitantes. Toda parte de lazer é

ótima pra quem quer fugir de São Paulo”, opinou a publicitária.

Aproveite!

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Porto Feliz/SP, o Parque das Monções, ponto turístico da cidade, já recebeu mais de 35 mil visitantes desde a reabertura do espaço em julho de 2010. Em média duas mil pessoas visitam o local por semana. Mais informações sobre destinos turísticos por todo o Estado podem ser encontradas na publi-

cação Rotas de São Paulo, uma realização da TUR.SP - Empresa Paulista de Turismo e Eventos, com o apoio do Governo do Estado de São Paulo e do Ministério do Turismo, apresenta na sua primeira edição, 106 municípios turísticos do Estado, mostrando diferentes roteiros para quem busca aventura, compras, eventos, entre outros. Você que ainda não descobriu os encantos do interior, aproveite! As cidades interioranas aguardam a sua visita!

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decoração

Os ambientes externos

deixam de ser coadjuvantes e se tornam as estrelas do lar, quando bem decorados e cuidados

Paulo Pereira decoracao@outdoorregional.com.br

O

requinte do lar não está só nos cômodos, pois, a cada dia, é mais comum vermos áreas externas como varandas, piscinas e jardins com móveis diferenciados, sejam eles feitos com fibras sintéticas, telas ou até mesmo fibras naturais. Neste caso vale lembrar que as fibras naturais são as mais indicadas para as varandas e ambientes internos. A varanda deixa de ser apenas uma parte que se ocupa do beiral do telhado e passa a ser local transitório entre ambien-

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tes internos e externos, passando a ser um dos locais mais aconchegantes de um lar, seja apartamento ou casa. O importante mesmo é deixar o ambiente com identidade e mais aconchegante, propício para receber amigos e visitas. Por isso, neste verão vale a pena ousar e transformar as áreas externas de sua casa com tecidos florais ou listras que lembram a moda náutica e acessórios como almofadas e xales garantem um local elegante e charmoso. Na hora de escolher os móveis, vale ter criatividade e ex-

plorar o rústico chique. Decks e perlogados deixam de ser coadjuvantes e passam a receber atenção especial com coberturas em material sintético ou plantas, está em alta a madeira em assoalhos e dormentes, dando um toque todo especial e robusto. São sofás, poltronas, chaises, banquetas, espreguiçadeiras, móveis para piscina, mesas e cadeiras, que chegam para enobrecer sua área externa com, além do charme, o alto padrão de qualidade, beleza e durabilidade garantem a resistência ao tempo.


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música

Juliana Cuani j-cuani@outdoorregional.com.br

V

ocê se lembra do refrão: “mexe a cadeira e bota na beira da sala...”? Ou às vezes se pega cantarolando “amor igual ao teu eu nunca mais terei, amor que eu nunca vi igual que eu nunca mais verei”? Ou então essa: “dona desses traiçoeiros sonhos sempre verdadeiros. Oh! Dona desses animais, dona dos seus ideais”. Muito provavelmente você tenha identificado pelo menos uma dessas músicas citadas, afinal elas foram sucesso, e ainda são em alguns casos. Para quem não faz ideia do que estamos falando, vamos a algumas explicações: a primeira música se chama “Heloísa, mexe a cadeira” do cantor Vinny, a segunda e terceira são “Aonde você mora” do Cidade Negra e “Dona” do Roupa Nova, respectivamente. Mas a principal pergunta é: quando surgiram essas músicas? Afinal, pessoas de diversas idades conhecem alguma delas. Esses são apenas exemplos das chamadas “bandas/cantores de uma música só” que constantemente aparecem nas rádios sempre com os mesmos hits. Isso quando conseguem se manter e os “repete-

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cos” se tornam clássicos, como no caso do grupo Roupa Nova que teve o primeiro álbum lançado em 1981 e ainda nos dias de hoje faz sucesso com os trabalhos lançados, mas possui diversos clássicos em seu histórico. A música “Dona” citada acima surgiu em 1985 quando os trabalhos do grupo se chamavam simplesmente “Roupa Nova” (só a partir de 1987, a banda começou a nomear os álbuns e o primeiro deles foi o “Herança”). A banda contabiliza mais de 25 CDs lançados, entre inéditos e coletâneas. No caso do Cidade Negra, que possui nove trabalhos em sua discografia e está desde 2004 sem lançar inéditas, a canção “Aonde você mora” se tornou bastante conhecida por todas as faixas etárias e vez ou outra volta a dar as caras nas rádios. Ela foi lançada em 1994 no CD “Sobre Todas As Forças”, mas aparece novamente em “Hits - Cidade Negra” de 2001 e no “Acústico MTV” de 2002. A banda também tem uma lista de clássicos com a voz de Toni Garrido entre elas “A estrada” e “O erê”. Em abril de 2008, Toni anunciou sua saída do Cidade Negra, depois de quatorze anos na estrada. Atualmente o vo-

calista é o cantor Alexandre Massau. Já Vinícius Bonotto, também conhecido como Vinny, não teve a mesma sorte. O cantor que chegou a tentar carreira solo, após sair da banda de rock da qual participava, teve uma temporada curta nas paradas de sucesso. A música “Heloísa, mexe a cadeira” lançada no final dos anos 90, no CD “Na gandaia”, é um dos poucos hits do cantor e já não tão lembrados pelo grande público. Vinny também se dedicava a projetos paralelos, chegando a estudar direito e psicologia e concluir recentemente o curso de filosofia. Vinny é apenas um personagem de uma série imensa de músicos ou bandas que estouraram, mas não souberam manter o sucesso ou simplesmente não deram certo. Mais um dos artistas sazonais que aparecem do nada, fazem alguma fama permanecendo por um tempo na mídia e depois passam a se dedicar a outros trabalhos ou apenas somem. Já o Roupa Nova é um dos que persistem. E você? Se lembra de mais “artistas de uma música só”?


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direito

“Lutadores” se disfarçam de torcedores e travam verdadeiras batalhas nos estádios Bruno Fernandes b-fernandes@outdoorregional.com.br

O

início do ano traz consigo novas esperanças e alegrias, ainda mais para os fãs do futebol, a paixão nacional. Os campeonatos Estaduais começam a pleno vapor, levando torcedores aos estádios para curtir e vibrar pelo seu time. Junto a isso, recomeçam velhos temores, onde maus torcedores transformam os campos de futebol em verdadeiros campos de batalhas. Recentemente a Lei nº. 12.299/2010 trouxe inovações ao tema, na busca pela tão sonhada segurança nos estádios, instituindo o “estatuto do torcedor”. Junto a todas as medidas trazidas pelo aludido estatuto, tem-se também, e muito se diz a respeito, do cadastro de torcedores; medida esta que tem o condão de acabar com o anonimato e dar responsabilidade às torcidas, através de um cadastro atualizado de seus associados, auxiliando o trabalho

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das autoridades competentes. Tais punições seriam desde sanções administrativas, impedindo o mau torcedor de assistir aos jogos, até processos penais, de forma solidária às torcidas, em consonância com o ato praticado. O objetivo do cadastramento além do óbvio interesse na diminuição da violência nos estádios, de forma direta, tem também o intuito de tentar desestimular até mesmo a ida ao estádio de tais indivíduos, sabedores que seus excessos serão punidos. Por muitas vezes, até mesmo se tem a identificação do mau torcedor, contudo, raramente a punição do mesmo, criando uma perigosa sensação de impunidade, estimulante à pratica de novos atos. Tal cadastramento para ter efetividade, só seria possível com tais medidas cumulativas, como a adequação dos estádios, de forma a conseguir centralizar os aludidos “grupos de risco”, determinando lugares certos e

específicos, monitoramento por câmeras, entre outros meios de controle; aumentando assim a responsabilidade dos clubes, para adequação a tais necessidades, disponibilizando funcionários e equipamentos. Assim, com todos esses cuidados e um trabalho conjunto, junto aos órgãos de inteligência da polícia, abrangendo não só os cuidados interiores às arenas, mas também transportes e revistas prévias ao ingresso, para maior prevenção. Muitas dessas medidas já são de longa data, adotadas em países desenvolvidos, e facilmente podemos citar países europeus que com controle ativo, conseguiram acabar com a violência nos estádios ou pelo menos baixarem a níveis ínfimos. A verdadeira solução para a maioria das manifestações de violência está na conscientização do ser humano. Muito mais importante que a dureza da pena, é a certeza da condenação.


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trabalho

Melise Scomparim

O

m-scomparim@outdoorregional.com.br

s conceitos sempre mudam e o mesmo acontece com o trabalho. Se antes as pessoas se matavam de trabalhar para serem bem sucedidas, atualmente a situação mudou, pois ser bem sucedido é ter qualidade de vida, horário flexível e ter tempo, que é o bem mais precioso. Seguindo essa tendência, em um mundo de e-mails, facebook, twitter e outras inúmeras mídias que nos distraem, ter tempo bem aproveitado virou artigo de luxo, com direito a uma verdadeira explosão de publicações sobre o tema. O tempo é mesmo para todos, é um bem democrático e o que varia é como é utilizado. A maioria do nosso tempo não é gasto com coisas realmente importantes. Para mudar isso, a grande ferramenta ainda é a agenda, que pode ser virtual ou a tradicional de papel, sendo que o importante é usá-la, anotar os compromissos, colocar em ordem de prioridade e fazer um cálculo médio de quanto

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extras

No cotidiano, ou se trabalha ou se vive. Se você já sentiu isso na pele, conheça o que é gestão do tempo e tenha uma vida melhor e mais produtiva tempo necessário para cada tarefa e nunca esquecer de deixar um tempo reservado para imprevistos que, apesar de ninguém gostar, acontecem. Para o planejamento, escolha fazê-lo com no mínino de três dias de antecedência e a priorização deve ser feita no dia. Trabalhadores estressados desejam um tempo extra e, segundo uma pesquisa, 60% dos brasileiros se sentem estressados devido a carga do trabalho, sendo que um dos maiores vilões é o correio eletrônico. Estima-se que em média o tempo gasto com e-mail

seja de três horas por dia. E ao ver o e-mail durante todo momento e ter multitarefas, perde-se de sete a 14 minutos para focar de uma tarefa para outra. Um tempo precioso que não seria perdido se uma tarefa fosse executada de cada vez. O segredo nesses casos é definir horários para consultar o e-mail. Senso de importância, planejamento e organização são chaves para fazer de seu tempo mais produtivo e de bônus ganhar umas horinhas para ter qualidade de vida fora do ambiente de trabalho.


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política

AC Rezende ac-rezende@outdoorregional.com.br

O

caso do italiano Cesare Battisti não envolve apenas questões técnicas sobre instrumentos de extradição, mas intrincadas visões ideológicas sobre democracia, estado de direito e soberania. Em 2005, Battisti, foragido da justiça na Europa, veio para o Brasil e, em 2007, foi preso aqui. O ex-Ministro da Justiça brasileiro, Tarso Genro, em 2009, concedeu refúgio político a Battisti, que alegava não poder exercer, em sua plenitude, o direito de defesa em solo italiano, sustentando que suas condenações decorriam de perseguição política daquele estado. O ex-guerrilheiro Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália em 1993, acusado de quatro homicídios ocorridos entre 1978 e 1979, época em que ele integrava uma organização de extrema esquerda. Foragido, o julgamento ocorreu na ausência do então réu. A questão técnica gira em torno do tratado de extradição firmado

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entre Brasil e Itália, no final dos anos 80. Por ele, concede-se o refúgio quando “a parte requerida tiver razões ponderáveis para supor que a pessoa reclamada será submetida a atos de perseguição e discriminação” por diversos motivos, entre eles, políticos. Tarso Genro acatou a tese de Battisti de impossibilidade de ampla defesa em solo italiano, sobre crimes que ele não teria cometido (utilizando como argumento sua condenação em sua ausência). Enquanto isso, três instâncias da justiça italiana e da Corte Européia de Direitos Humanos consideram os crimes atribuídos a Battisti comuns, e não políticos. Ou seja, Battisti não teria como ser considerado refugiado político no Brasil, daí a insatisfação da Itália diante da decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de manter o italiano no país. O Brasil alega que a decisão de manter Battisti aqui é soberana. Isso significa acatar a tese do ex-guerrilheiro e concordar, por linhas tortas, que o país italiano é

O caso Battisti ainda segue em aberto, exalando vapores retóricos e contorcionismos verbais que não devem apontar saída satisfatória para gregos e troianos incapaz de realizar um julgamento justo, mesmo vivendo o estado democrático de direitos. Já pelo entendimento de Genro, crimes políticos só podem ser realizados no âmbito de uma democracia ou em momentos de transição para ela, sendo os atos cometidos em regimes autoritários considerados direitos de resistência. Sob essa perspectiva, os atos terroristas de Battisti se enquadrariam como “crimes políticos”, e não comuns, mas não abrandaria a interpretação distorcida sobre a capacidade da justiça italiana de possibilitar a ampla defesa do réu. De forma geral, a questão “Battisti”, apesar de intensa, é insuficiente para criar de fato uma crise diplomática entre os dois países, mas é um caldeirão fervente que ainda vai soltar muito vapor


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saúde

A estação das chuvas traz muita preocupação sobre o aparecimento de diversos danos à saúde, através de água e alimentos contaminados, vetores e Melise Scomparim m-scomparim@outdoorregional.com.br animais peçonhentos

V

erão, estação das chuvas, algo natural, porém, com a ação do ser humano, essa é uma época de desastres, enchentes, desabamentos e mortes. Quando o pior passa, ainda fica a destruição e os perigos para a saúde. As doenças mais comuns nessa época do ano são a leptospirose, dengue e contaminação por água e alimentos. Durante uma inundação é possível que a água não esteja em condição adequada de consumo, exigindo procedimentos básicos para garantir a sua qualidade. Do contrário, a ingestão de água contaminada pode causar doenças e diarréias. Por isso a importância de apenas tomar água filtrada e tratada. Para não se contaminar com a água da enchente ou lama, no momento da limpeza, utilize equipamentos de proteção individual (botas, luvas, máscara). Botas e luvas podem ser substituídas por plásticos e a máscara por pano ou lenço limpo. Caso tenha diarréia ou vômitos, procure um médico.

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Contra a dengue, apesar das constantes campanhas, é bom lembrar a importância da eliminação dos focos de água parada. A dengue é uma doença séria, grave e pode matar. A leptospirose sempre traz vítimas nessa época do ano e essa é uma doença causada por uma bactéria presente na urina do rato que normalmente se espalha pela água suja de enchente, lama e esgoto. A bactéria entra na pele, com ou sem ferimentos, quando em contato com águas contaminadas, por isso, impeça que crianças nadem ou brinquem nesses locais. Pessoas que trabalham na retirada da lama e entulho devem evitar o contato da pele com água e lama contaminadas, através dos equipamentos de proteção individual já citados. Após a água da enchente baixar, é necessário retirar a lama e desinfetar o local, sempre fazendo o uso de assessórios de proteção. Lave o chão, paredes e objetos caseiros, desinfetando com água sanitária na proporção de 1 litro de hipoclorito de sódio (2,5%) ou água sanitária para 4

litros de água, deixando agir por 30 minutos. A maioria das pessoas infectadas pela leptospirose desenvolve manifestações discretas ou não apresenta sintomas da doença. As manifestações da leptospirose, quando ocorrem, em geral aparecem entre dois e 30 dias após a infecção. As manifestações iniciais são febre alta de início súbito, sensação de mal estar, dor de cabeça constante e acentuada, dor muscular intensa, cansaço e calafrios. Dor abdominal, náuseas, vômitos e diarréia são frequentes, podendo levar à desidratação. É comum que os olhos fiquem acentuadamente avermelhados e alguns doentes podem apresentar tosse e faringite. Após dois ou três dias de aparente melhora, os sintomas podem ressurgir, ainda que menos intensamente. A maioria das pessoas melhora em quatro a sete dias. Em cerca de 10% dos pacientes, a partir do terceiro dia de doença surge icterícia (olhos amarelados), que caracteriza os casos mais graves. Esses casos são mais comuns em adultos jovens do


sexo masculino e raros em crianças. Aparecem manifestações hemorrágicas (equimoses, sangramentos em nariz, gengivas e pulmões) e pode ocorrer funcionamento inadequado dos rins, o que causa diminuição do volume urinário e, às vezes, anúria total. Pode acontecer do doente apresentar meningite e até ficar em coma. A forma grave da leptospirose é denominada doença de Weil e a evolução para a morte pode ocorrer em cerca de 10% das formas graves. As manifestações iniciais da leptospirose são semelhantes às de outras doenças, como febre amarela, dengue, malária, virose e hepatites. A presunção do

diagnóstico leptospirose é feita com base na história de exposição ao risco (inundações, limpeza de bueiros e fossas, contato com animais de estimação) e na exclusão, através de exames laboratoriais, da possibilidade de outras doenças. O tratamento da pessoa com leptospirose é feito fundamentalmente com hidratação. Não devem ser utilizados medicamentos para dor ou para febre que contenham ácido acetil-salicílico, que podem aumentar o risco de sangramentos. Os antiinflamatórios também não devem ser utilizados pelo risco de efeitos colaterais, como hemorragia digestiva e reações alérgicas.

Quando o diagnóstico, é feito por um médico até o quarto dia de doença, pode ser empregado antibiótico, uma vez que reduzem as chances de evolução para a forma grave. As pessoas com leptospirose sem icterícia podem ser tratadas no domicílio. As que desenvolvem meningite ou icterícia devem ser internadas. As formas graves da doença necessitam de tratamento intensivo e medidas terapêuticas como diálise peritonial para tratamento da insuficiência renal. O ideal é, ao apresentar os sintomas, procurar um médico e não se esquecer de relatar o contato com água ou lama de enchente.

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crônica

Rafael Barbosa r-barbosa@outdoorregional.com.br

E

le chegou devagarzinho, de surpresa, enquanto eu zapeava minha televisão. A edição de número 11 do Big Brother Brasil chegou e mais uma vez eu paro para pensar em como este reality show conseguiu conquistar os brasileiros. Não que isso seja inesperado, afinal os reality shows já são uma realidade no país há muito tempo. Entretanto é interessante pensar em como, de tantas atrações do gênero disponível hoje, a que mais faz sucesso no país é justamente aquela em que nada realmente acontece. Não existe competição propriamente dita, só 17 pessoas que foram colocadas em uma casa para, simplesmente, viver nela. Um conceito bem simplório. Então por que tanto sucesso? O fato do BBB conquistar mais audiência que programas mais dinâmicos como o “No Limite”, ou mais inteligentes, como no caso do “O Aprendiz”, se deve ao fato dele ser a programação que mais se assemelha a uma novela. Está tudo lá. No começo somos apresentados aos participantes e conhecemos os bonitões, as boni38 | www.outdoorregional.com.br

tonas, os mais “normais”, o núcleo gay. Mas com o tempo vemos que algumas pessoas que pareciam ser legais, não são tão legais, os casais começam a se formar (e a se separar) e até o fim do programa, temos os vilões e mocinhos muito bem definidos. Além do mais, o modo como o programa é transmitido se assemelha muito ao de uma teledramaturgia, com direito a momentos dramáticos, trilha sonora e até um rascunho de história. Claro que esta analogia pode não ser percebida, pois o programa também é envolto em uma falsa aura de “realidade”, tão frágil que pode ser despedaçada ao simplesmente constatar que aquelas pessoas nunca iriam interagir umas com as outras, se não estivessem presas em um mesmo ambiente. E fato do público poder interagir com o programa tão pouco colabora para sua concepção de realidade, pois somente o torna um “Você Decide” da era moderna. Porém, criticar o Big Brother Brasil seria algo despropositado e um esforço vão, afinal, com a qualidade da programação que encontramos atualmente, o BBB

acaba se provando um entretenimento inofensivo e que cumpre o seu papel de simplesmente diver-

tir. Posso até achar que George Orwell ficaria ofendido ao constatar que os conceitos de seu maravilhoso livro (“1984”) foram usados para conceber uma programação tão simplória, porém talvez ele ficasse feliz ao constatar que muitas de suas ideias se mostraram corretas. Afinal, “O Grande Irmão” é uma prova de como somos tão manipuláveis, quanto os membros da sociedade totalitária que ele concebeu em seu romance.


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