Outdoor Regional

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EXPEDIENTE

Carta ao leitor

Coordenador Geral Rafael J Pereira Coordenador de Criação André Maffeis Comercial (15) 3263 - 5028 Jornalista Responsável Juliana Moreno MTB: 0056878/SP Repórteres Bruno Rodrigues / Gislaine Silva Juliana Moreno / Rafael Barbosa Colaboradores Gabriela Barreto / Raphael Chespkassoff Dr. Marcelo L. Galvão / Laura Baggio XPRES / Arch 0.7 / Ueno Advocacia Revisão Juliana Moreno Diagramação / Projeto Gráfico Bruno Vieira Veiga de Oliveira

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sta edição, além de trazer na capa mais uma atração da Boituvana, um dos eventos mais aguardados em nossa região, é ainda mais especial pois marca o 79º aniversário da nossa querida Boituva!

Então, além de ficar por dentro da carreira de Humberto & Ronaldo, dupla que fará show no dia 09 de setembro e conversou conosco para falar a respeito do mais novo trabalho, o DVD “Playlist”, você poderá desfrutar de um pouco da história de Boituva, contada desta vez através de suas principais ruas, bem como conferir depoimentos de moradores e comerciantes que fizeram e fazem parte dessa história de crescimento. Nossa editoria Música também está no clima da Boituvana, já que destaca a dupla Matogrosso & Mathias, conhecida como a mais romântica do Brasil, e que também se apresentará no evento. Saiba um pouco mais sobre eles, que sabem combinar o sertanejo de raiz, com uma boa dosagem de romantismo e inovação. E tem muito mais preparado para você, leitor, nas páginas a seguir! Boa leitura e até a próxima edição!

Departamento Jurídico Oliveira & Paiotti Advogados Associados Agradecimento Caldi Comunicação AudioMix

Juliana Moreno

Distribuição Boituva/Iperó/Cerquilho Tatuí/Sorocaba

Jornalista Reponsável pela Revista Outdoor Regional

Assinaturas assinaturas@outdoorregional.com.br Edições anteriores edicoes@outdoorregional.com.br Empresa Pereira e Maffeis Editora LTDA CNPJ: 13.970.830/0001-93

A revista não se responsabiliza por conceitos e opiniões emitidos por entrevistados e colaboradores, assim como não se responsabiliza pelo conteúdo de informes e anúncios publicitários

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Índice

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16 18 20 22 24 26 28 33 52 64 68 70 72 74 76 78 80 82

Cinema Música Moda Masculina Moda Feminina Arquitetura e Decoração Pé na Estrada Social Especial Boituva 79 Anos Social Capa Esportes Saúde Games Turismo Autos Direito Política Crônica

20 Anúncios e Publicidade: Avenida Pereira Ignácio, 378 2º andar - sala 07 Telefone: (15) 3263-5028 (15) 99114-2136 contato@outdoorregional.com.br

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Cinema

Morgan No início de Setembro chega aos cinemas “Morgan”, thriller de ficção científica produzido por Ridley Scott. No filme, Kate Mara interpreta uma profissional especialista em resolver problemas corporativos, que é enviada para um local secreto e remoto a fim de investigar e avaliar um suposto acidente. Lá ela descobre que o evento foi desencadeado por uma “humana” de aparência inocente, com um enorme potencial e que representa um perigo incalculável. A tarefa da especialista é decidir se devem ou não acabar com Morgan, uma vida que foi criada em laboratório. O longa é o primeiro da carreira de diretor de Luke Scott, filho de Ridley Scott, e o elenco conta também com Anya Taylor-Joy, Toby Jones, Rose Leslie, Boyd Holbrook, Michelle Yeoh, Jennifer Jason Leigh e Paul Giamatti.

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Em “Nerve – Um Jogo Sem Regras”, Emma Roberts faz o papel de Vee, uma jovem de vida social pacata que resolve entrar no Nerve, um jogo virtual no estilo “verdade ou desafio”, acompanhado por vários usuários online. No início a diversão é enorme, já que os pequenos desafios cumpridos a deixam famosa entre os jogadores. O cenário começa a mudar quando ela se torna vítima de um roubo de identidade pelos próprios organizadores do jogo. A partir daí, ao lado de Ian, interpretado por Dave Franco, ela começa uma corrida alucinada para conseguir ter a sua vida de volta. O elenco ainda conta com Juliette Lewis, Emily Meade e Miles Heizer. A direção fica por conta de Henry Joost e Ariel Schulman, de “Atividade Paranormal 3” e do inédito “Vírus”.

O filme é baseado no livro de mesmo nome, da autora Jeanne Ryan OUTDOOR REGIONAL - EDIÇÃO 78

Café Society

Nerve – Um Jogo Sem Regras

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O elenco de “Café Society” já é um atrativo por si só, pois reúne Kristen Stewart (“Crepúsculo”), Blake Lively (“Gossip Girl”), Jesse Eisenberg (“A Rede Social”), Parker Posey (“Blade: Trinity”), Anna Camp (“A Escolha Perfeita”), Corey Stoll (“Homem-Formiga”), Ken Stott (“O Hobbit”), Stephen Kunken (“Para Sempre Alice”) e Paul Schneider (“Água Para Elefantes”). Fora isso, o filme foi escrito e dirigido por Woody Allen! Na história, Bobby (Jesse Eisenberg) é um jovem aspirante a escritor na década de 30 que acaba de se mudar para Los Angeles. Com a ajuda de seu tio, um produtor que conhece a nata da sétima arte, depois de um bom período ele consegue o emprego de entregador de mensagens dentro da empresa dele. Lá ele se envolve com Vonnie (Kristen Stewart), a secretaria particular do tio, que mantém um relacionamento secreto.

Este foi o 12º filme de Allen exibido em Cannes, bem como o terceiro de sua carreira a abrir o festival, que acontece todos os ano em maio


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Música

Matogrosso & Mathias Eles sabem combinar o sertanejo de raiz com uma boa dosagem de romantismo e seguem encantando multidões pelo país como uma dupla que está sempre se renovando | por Bruno Rodrigues

Romantismo e raiz

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les são conhecidos como a dupla mais romântica do Brasil. Não por acaso emplacaram diversos sucessos que estão na boca do povo. Com 35 discos lançados e um repertório tão vasto, na hora de selecionar as canções do show, Matogrosso & Mathias não têm dúvida do que fazer. É só tocar o que o público pede. Clássicos como “Tentei te esquecer”, “De igual pra igual”, “Boate Azul”, “24 horas de amor”, “Na hora do adeus”, “Pedaço da minha vida”, “Idas e voltas”, “Foi pensando em você”, “Pele de maçã”, entre outras emocionam e alegram quem vai aos shows. A banda composta por seis pessoas já acompanha a dupla há anos e estão bem entrosados. O balé dá uma leveza especial às canções mais românticas e muita vibração nas músicas mais agitadas. Quando a dupla pisa no palco, o público

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vibra. A euforia dos fãs só aumentou com o novo DVD “Duas gerações”. Matogrosso & Mathias lançaram também um DVD com canções de raiz e algumas músicas inéditas. Lá estão canções que viraram clássicos do sertanejo e consagram a dupla, e para abrilhantar ainda mais o espetáculo eles contaram com a participação de Léo, integrante da dupla Liu e Léo e cantaram o sucesso “Boiadeiro errante” e ainda prestaram uma homenagem à dupla das duplas, Tonico e Tinoco, interpretando lindamente “Chico Mineiro” junto com o público de mais de

Matogrosso & Mathias irão se apresentar no dia 7

40 mil pessoas. O show teve também participações de Péricles, Agnaldo Timóteo, e as duplas Maria Cecilia e Rodolfo e João Carreiro e Capataz.

Em Boituva A dupla estará presente no 27º Festival de Rodeio de Boituva, a Boituvana 2016. O evento acontecerá de 6 a 10 de setembro. Matogrosso & Mathias irão se apresentar no dia 7. Como uma das características de Matogrosso & Matias sempre foi a renovação, nesta fase deles não podia ser diferente. Atualmente, Rafael Belchior, fã e sobrinho de Matogrosso, que acompanhou de perto a trajetória de Matogrosso & Mathias, compõe a dupla com o tio, já que teve toda inspiração ao longo de seu crescimento acompanhando os cantores. Vale a pena conferir.


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Moda Masculina

O Terno Perfeito A escolha do terno, seja para qual for a ocasião, é sempre muito delicada e em muitos momentos necessita ser perfeita | por Gabriela Barreto

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ão adianta nada você comprar um terno lindo e caro, se a peça não cai bem no corpo. Entretanto, nem sempre é fácil saber se o paletó e a calça realmente serviram como deveriam, ou se tiveram o caimento exato que devem ter. Afinal, são tantas medidas e modelos. Separamos então algumas medidas que devem ser seguidas na escolha do terno. As ombreiras sempre devem acompanhar os seus ombros, e nunca ultrapassá-los, deixando aquele espacinho a mais, aparentando ter um aspecto mais largo Para o ajuste, sua mão aberta deve deslizar com facilidade sob a lapela enquanto o primeiro botão ou o do meio estiver abotoado. Se optar por usar o punho fechado, o paletó deverá ficar repuxado na altura do botão Para saber o comprimento o ideal, feche os punhos e verifique se a barra fica na mesma altura das articulações dos seus dedos O botão do meio, naqueles paletós com três botões, não deve ficar nunca abaixo do seu umbigo e, no caso de paletós de dois botões, tome como referência para a mesma proporção o primeiro botão As mangas do paletó devem estar sempre na altura em que a base do seu dedão se encontra com o seu pulso

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A calça deve ser ajustada através da barra, que deve obrigatoriamente ficar cerca de 2,5 centímetros do chão O comprimento ideal deve ser de quatro dedos entre o corpo e o paletó, então, puxe o paletó para frente e verifique a distância

Dicas 01 Terno sempre e em qualquer ocasião deve ser combinado a um belo sapato social, nunca acompanhado de um tênis ou sapatênis 02 Se a ocasião permite outras cores de terno, opte pelo azul marinho, pois o mesmo anda lado a lado com o preto, permitindo assim mudar, sem errar 03 O terno (paletó + calça social) sempre deve ser acompanhado de uma camisa social

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Um bom caimento é item essencial na hora da escolha de um terno


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Moda Feminina

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O que é Alta-Costura? Quando ouvimos esse termo, muitas vezes nos remetemos ao vestuário de moda festa, porém, não é essa a definição para a mesma | por Gabriela Barreto

A Semana de Alta-Costura é realizada sempre em Paris nos meses de Julho e Janeiro e com ela vêm não apenas algumas das imagens mais lindas da moda, como os maiores sonhos de um grupo seleto de estilistas são colocados em prática, tendo como ferramenta a expertise de artesãos que transformam esses sonhos, ideias e criatividade em realidade.

Uma moda exclusiva Caracterizado por um mercado minúsculo, mas cuja beleza tem grande alcance, o que caracteriza a Alta-Costura é a moda exclusiva, feita à mão, por artesãos com materiais de altíssima qualidade, sem a participação de nenhuma máquina. Algumas peças chegam a demorar cerca de 1000 horas para serem produzidas. Quem define o que é e o que não é Alta-Costura, quem faz parte ou não faz, quem pode ou não pode fazer parte desse grupo é a Chambre Syndicale de la Haute Couture (Câmara Sindical de Alta Costura), que revê o grupo de marcas anualmente. O termo é legalmente protegido e controlado e só pode ser usado pelas casas que receberam essa designação pelo Ministro da Indústria na França.

Regras Há alguns termos e regras rígidas que devem ser seguidas para que se pertença à Alta- Costura, como ter um ateliê em Paris, nas três avenidas de moda mais famosas da cidade. O ateliê deve ter cinco andares e um espaço que possa comportar um desfile dentro, empregar ao menos um staff em tempo integral de 15 pessoas, fazer as peças sob encomenda com ao menos uma prova de roupa e apresentar suas coleções publicamente duas vezes por ano, com ao menos 35 looks para dia e noite, e que as peças sejam 100% artesanal e exclusivas.

Consumo Estima-se que existam cerca de quatro mil consumidoras globais de Alta-Costura. Uma peça sem muitos ornamentos pode começar nos US$ 10 mil, de acordo com um artigo publicado no “The Telegraph”. Já para os modelos de noite, o céu é o limite, com o preço batendo na casa dos milhões quando pedras preciosas são usadas. Um porta-voz da Atelier Versace já disse em entrevista que as brasileiras coleciona-

Gabriela Barreto

Produtora e styling de moda

Estima-se que existam cerca de quatro mil consumidoras globais de AltaCostura doras de AC encomendam suas peças pela internet e depois vão para a Itália fazer as provas de roupa.

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Arquiterura & Decoração

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O cobogó pode ser encontrado em materiais diversos, como argila, vidro e cerâmica

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Cobogó Alguns objetos ou materiais deixam de ser utilizados para abrir espaço para novidades, mas com o passar do tempo eles voltam a ser tendência. O cobogó é exemplo disso, pois nos últimos anos ele voltou com força total na arquitetura e design de interiores | por Arch 0.7

O que é

Utilização

Cobogó é um elemento construtivo que permite a entrada de luz e ventilação natural ao ambiente. Surgiu em Recife na década de 1920, inspirado na arquitetura árabe, que utilizava elementos vazados de madeiras (muxarabis) para trazer privacidade às fachadas das residências. Seu nome surgiu da união das primeiras sílabas dos sobrenomes dos seus criadores - Amadeu Oliveira Coimbra (CO), Ernesto August Boeckmann (BO) e Antônio de Góis (GÓ).

Renata Tomazela e Ana Beatriz Ghizzi Arquitetas Arch 0.7

Inicialmente o cobogó era feito de cimento, mas com sua popularização veio o uso de outros materiais, como argila, cerâmica e vidro. É possível aplicar esses elementos em áreas externas como fachadas, ou em ambientes internos, como paredes divisórias ou detalhes. O diferencial é que além de trazer privacidade ao ambiente, pois é um meio de fechamento, ele possibilita efeitos interessantes de luz e sombra, graças às suas aberturas que possuem variados formatos e tamanhos. Estas peças apresentam uma grande variedade de cores e acabamentos. Para estruturar uma parede de elementos vazados é necessário que a cada duas fileiras dos blocos seja colocada uma barra de ferro de 5mm horizontalmente, que ficará escondida no rejunte e não comprometerá a estética final.

Dicas 01 Recomenda-se criar uma base nivelada sobre o piso do ambiente onde as peças serão aplicadas, pois a mesma irá proteger a fileira inferior de impactos externos 02 Para assentamento dos blocos utiliza-se argamassa (verificar indicação do fabricante). A utilização de argamassa inadequada prejudicará a segurança da instalação e a estética do assentamento 03 Não assentar todas as peças de uma vez só. É fundamental respeitar o tempo indicado de secagem da argamassa para que não ocorram danos à sua parede. É aconselhado um intervalo de um dia a cada 1 metro de altura assentado

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Pé na Estrada

A morte Como um caminho | por Laura Baggio

Candeias se acendiam e um fogo peculiar dava cor aos medos que rondavam os olhos das gentes. Era sábado, dia de oferta ao Cosmos, e juntavam-se ali todos os grandes mestres magos, vindos de longas estradas percorridas a fé e a força. Estavam ali para celebrar a morte. Havia ido aos céus um deles, o mais amável e benigno de todos. Zahar era seu nome. Jovem ainda, Zahar era mestre pelo coração grande que possuía. Andava com as flores pela manhã, jazia com os anciões em conversas soltas pelas tardes. Brincava de pintar o céu no final dos dias. Lançava amor e poesia aos desacreditados em sopros de brisa leve. Zahar colhia os sonhos em pé de manga e dava aos pobres. Cantarolava a madrugada inteira para os encontros quentes das almas apaixonadas. Era um mestre de paz e de amor. E foi-se tão jovem - tão jovem! - para o desconhecido. Um dia fechou

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E no peito podia-se ver o breu alastrando as mágoas

há de ir e vir, há de ser um eterno viajar

os olhos em sono profundo, na luz da alvorada, foi-se. Todos choraram sua partida com lágrimas crassas de dor. E não a entendiam. Como pode vir, tão sorrateira, tão distante das consciências, tão apática às nossas saudades e desejos de vida, morte? Como pode roubar-nos Zahar? Ansiavam, penosos. E no peito podia-se ver o breu alastrando as mágoas. Mas então, proclamou Safir, o mestre

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dos mares, como eco de suas ondas em pranto “há de ir e vir, há de ser um eterno viajar, Zahar foi e há também de ficar, e iremos também um dia para outra vez o encontrar”. E dito tais as palavras, que as verdades dos sonhos encontrou, decidiram os mestres todos, naquele sábado de glória, celebrar o Zahar que foi, mas para sempre ficou.

Laura Baggio Graduada em Letras, escritora, assessora pedagógica e coach life

Para mais textos acesse www.oombrodaborboleta.blogspot.com.br


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Social

Baile do Rubi OAB/SP de Boituva Fotos: Raphael Chespkassoff

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Social

Almoço de Dia dos Pais no Pesqueiro Micaxu Fotos: Vincenzo Daldoss

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Social

Baile da Rainha e Cowboy 2016 Fotos: Raphael Chespkassoff

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Foto aérea da Rua Celia Lourdes Vercellino ligada a Rua Mário Rude, onde aos Sábados é realizada a feira livre

De Celia a Zélia

Memórias e personagens de uma rua histórica

Por Gislaine Silva g-silva@outdoorregional.com.br

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odo dia dona Julia acorda de manhã e faz seu cafezinho. Viúva, mora com um de seus filhos e não tem mais muito trabalho devido à idade. Essa rotina se repete há 35 anos em sua casa localizada na Rua Celia Lourdes Vercellino e, no auge dos seus 83 anos, mãe de 10 filhos, com 24 netos e 15 bisnetos, conta em detalhes porque decidiu sair do sítio e morar nessa rua tão movimentada da cidade. “Em 1968, viemos para a cidade para estudar as crianças, meu esposo tirou um caminhão velho e viemos para cá. Não tinha nada, era tudo estrada de terra. Ficamos 10 anos na cidade, desde então na Rua Fernando Costa. Depois voltamos para o sítio, lá ficamos por quatro anos e nesse tempo começamos a juntar um dinheiro para comprar parte desta casa que era da minha mãe. Conseguimos com muita luta, fazendo queijo e leite.

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Foto aérea da Rua Celia Lourdes Vercellino sentido Condomínio Saint Clair

Julia Pedroso da Silva Camargo

“Eu adoro essa rua porque é bem movimentada. À noite eu fico escutando os barulhos, eu amo movimento e não troco por nada, aqui sou feliz e muito abençoada”

Levantávamos de madrugada e ralávamos pra levantar dinheiro e vir para a cidade e aqui estamos há 35 anos. Eu adoro essa rua porque é bem movimentada. À noite eu fico escutando os barulhos, eu amo movimento e não troco por nada, aqui sou feliz e muito abençoada”, conclui.

Adriano Cesar da Silva

“Com todos esses loteamentos que estão abrindo, com certeza será um novo centro”

A Rua Celia Lourdes Vercellino já existia desde a emancipação da cidade e ligava a Rua Santa Cruz até os bairros rurais, porém com outro nome. Celia foi uma grande inspiração na área da educação e foi homenageada por ser uma pessoa dedicada e querida. Além de seus moradores, a rua também atraiu vários comércios, como é o caso da drogaria Santa Cruz, que está há 25 anos atuando na cidade. O proprietário Adriano Cesar da Silva conta a importância dessa rua. “Ela foi uma das primeiras ruas em Boituva. Se olhar nas fotos antigas, se não foi a primeira foi umas das primeiras, porque a cidade começou aqui com a turma dos Vercellino, então essa é sem dúvida a principal rua e de grande importância”, diz. Mesmo a cidade encontrando-se em constante crescimento, ele acredita que não existe a necessidade de mudar o ponto e

A Rua Celia Lourdes Vercellino já existia desde a emancipação da cidade

acompanhar essas mudanças. “Já estou aqui há 25 anos, não seria viável mudar porque ela está instalada por todo esse tempo e aqui é ótimo. A cidade nesses últimos 15 anos cresceu mais para o lado da Castelo, mas a tendência de crescimento é ainda maior nessa próxima década, com todos esses loteamentos que estão abrindo, com certeza será um novo centro”, finaliza.

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De Celia Lourdes Vercellino para

Dr. Fernando Costa: a história continua

Dr. Felipe Jorge Brancaccio “Boituva é nossa terra mãe, acompanhar seu progresso é algo maravilhoso. É uma cidade em franco desenvolvimento”

Doutor Fernando Costa foi um representante da ditadura getulista de São Paulo e homenageado dando seu nome à rua que dá continuidade à via principal da cidade. Conhecida como a praça da “caixa d’água”, a Rua Dr. Fernando Costa é caracterizada pela grande movimentação do comércio e de empreendedores e, entre eles, podemos citar o escritório de advocacia do Dr. Felipe Jorge Brancaccio. O advogado, que é Mestre em Direito Empresarial e especialista em Direito e Processo do Trabalho, além de doutorando em Educação, está há 15 anos no mesmo ponto e conta o porquê escolheu se instalar nessa rua tão importante para a cidade. “Mesmo sendo uma rua de bastante movimento, esse ainda não foi o ponto primordial para a escolha. O ponto mais importante é que esse lugar era um imóvel familiar, meus avós contribuíram desde 36

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a emancipação da cidade quando vieram do Oriente Médio, então, o local me proporcionou uma maior facilidade em me instalar ali. Tanto eu, quanto meus irmãos, que também são da área comercial, estamos instalados na Rua Fernando Costa”, conta. Para ele a cidade teve um progresso significativo tanto industrial, como social e populacional. “Boituva é nossa terra mãe, acompanhar seu progresso é algo maravilhoso. É uma cidade em franco desenvolvimento. Embora desenvolvida e com características de cidade grande, ela não perdeu a sua principal condição de cidade interiorana, onde todos se conhecem e se cumprimentam. De 2001 pra cá esse progresso facilitou muito a vida da ci-

Foto aérea da Rua Doutor Fernando Costa sentido Rua Expedicionário Boituvense

Rua Dr. Fernando Costa, sentido caixa D´água em 1988

dade, porque hoje temos bastante diversidade de profissões, comércios e principalmente na indústria. Hoje o polo industrial de Boituva compete até fora do país, então, o crescimento da cidade foi muito grande”, ressalta ele. Felipe Jorge Brancaccio parabeniza Boituva pelos seus 79 anos e deseja prosperidade e trabalhos com resultados em excelência. “Que continue sendo uma cidade pujante, promissora, mas que nós, população e também as autoridades em geral, realmente debrucemos nossas ações e intenções para a melhora e conservação da mesma. É uma cidade que merece e que tem condições de chegar à excelência”, conclui.


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De repente

Expedicionário Boituvense

Considerada a parte mais curta da rua central, quando ela chega no Posto do Dodô, dois quarteirões depois, a rua tem esse nome devido a um participante na Força Expedicionária Brasileira (FEB) na segunda Guerra Mundial, que foi ferido e morto e, desde então, homenageado como Expedicionário Boituvense. David Maffeis, morador da cidade há 47 anos, conta suas recordações da rua e retrata a importância de Boituva para sua vida. “Eu lembro da Fernando Costa quando tinha a casa de material construção do Eusébio. Mais antigamente ali tinha a máquina de café Napoleão e também sede da primeira escola da cidade. Boituva é minha cidade do coração, adoro aqui e nunca quis mudar, Me sinto muito feliz e espero que continue assim, com bons comércios, boas escolas e melhorias sem fim”, conclui. A padaria da família Marson encontra-se localizada nessa área e a empresária Valdirene Marson conta a importância de Boituva para eles. “São 30 anos no ramo de padaria, sendo que ficamos 12 na Rua Fernando Costa, 38

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graça de Deus estamos aqui, nesta cidade que é minha terra natal”, diz. A comerciante deseja para cidade sucesso e progresso para construção do futuro. “Neste momento tão especial, quero parabenizar todos os boituvenses pelo esforço de cada um na construção diária da cidade. Aos que aqui nasceram e aos que escolheram essa terra para ser sua e participar ativamente da construção de sua história. Nos seus 79 anos vamos celebrar o seu passado e o seu presente, porque é muito bom viver na cidade em que se vê o futuro no horizonte. Parabéns, Boituva”, finaliza.

A Família Marson está há 30 anos no ramo comercial entre as Ruas Fernando Costa e Expedicionário Boituvense

em frente ao Posto do Dodô, e em dezembro completam 18 que estamos no endereço atual. Boituva é muito importante para nós, porque foi a cidade que a família Marson escolheu para viver. Meus pais saíram de uma cidade vizinha e para cá vieram. O terreno depois do Pesqueiro São José, na Rodovia SP 129, era tudo Marson, antes lavoura e depois cana. Com o tempo cada um pegou sua parte, uns venderam e outros não. Meus pais foram bem recebidos e com a

Antônio Marson (1939 – 2003) O precursor saiu de uma cidade vizinha, foi muito bem recebido e assim escolheu Boituva para viver


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...e é então que chegamos a

Cel. Eugênio Motta: o centro e seus comércios

Rua Cel. Eugênio Motta na década de 70

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Rua Cel. Eugênio Motta em 2016


“João Pipoqueiro” “É uma emoção fazer parte dos 79 anos dessa cidade que me acolheu com muito amor”

A nome da rua principal de Boituva remete ao ano de 1937 quando, já emancipado, nosso município prestou uma homenagem ao prefeito de Porto Feliz que, na época, muito se empenhou para que fôssemos uma cidade independente e não mais um bairro. Falar da rua principal e mais conhecida da cidade e não citar o Sr. João de Oliveira, é deixar de contar um personagem primordial nesses 79 anos de história. Mais conhecido como “João pipoqueiro”, com seus 96 anos

ele relembra a época que veio para Boituva ainda jovem e conta em detalhes como foi ver de perto a evolução da cidade. “Quando eu vim pra cá não tinha nada, apenas uma igrejinha, mas era tudo terra. Morava em Tietê e foi através do meu tio Pedro que me mudei pra cá. Ele me deu trabalho e fui me virando até que encontrei uma mulher que gostava de mim e casei. Eu sempre fui vendedor ambulante, mas decidi estacionar meu carrinho de pipoca aqui no centro e estou

desde então há 56 anos. Eu não posso sair dessa rua principal da cidade porque aqui é o único lugar bom de vender e as pessoas já me conhecem”, diz ele. Ele, que atualmente continua o trabalho de pipoqueiro, deseja para a cidade prosperidade e felicidades. “Para Boituva eu desejo tudo de melhor, porque graças a Deus e à ela, foi possível me conceder oportunidade que me gerou grandes amigos e essa cidade representa muito para mim. Eu desejo muitas felicidades, que ela possa crescer e prosperar cada vez mais hoje e sempre. Saiba que é uma emoção fazer parte dos 79 anos dessa cidade que me acolheu com muito amor”, conclui emocionado. O empreendedor Fernando Felix também decidiu abrir sua loja “Mania de Bicho” na rua principal, onde está há 13 anos. Ele, que é boituvense, morava em São Paulo onde trabalhava em uma multinacional, mas decidiu vir para Boituva em busca de novas oportunidades com sua família. Foi então que sua esposa começou a trabalhar com animais e

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Rua Cel. Eugênio Motta sentido Rua Acácio Manoel da Silva Vianna

Fernando Felix “Se existe um lugar para fazer uma pessoa feliz é Boituva, ela pode vir sem pretensão nenhuma, se ela quer viver e ser feliz aqui é o lugar”

ele, que já gostava muito dessa área também, decidiu abrir a primeira loja, próxima à rodoviária e, atualmente, está com seu comércio na rua principal, Eugênio Motta, que afirma ser o coração da cidade. Quando perguntamos qual importância da cidade para sua vida, ele afirma que além da liberdade, Boituva é sinônimo de felicidade. “Boituva é muito importante pra mim, tudo que aconteceu de bom na minha vida foi aqui. Aqui meus filhos cresceram, aqui eu ganhei minha vida, faço o que eu gosto, moro em uma chácara, não moro em apartamento, a liberdade, as pessoas sempre acolhedoras, isso não tem preço. Se existe um lugar para fazer uma pessoa feliz é Boituva, ela pode vir sem pretensão nenhuma, se ela quer viver e ser feliz aqui é o lugar”, finaliza. O último comércio dessa rua é conhecido como Empório do Gege. Quem nunca ouviu falar em tempos de Carnaval do Bloco do Gege? Antes de se tornar Empório, no local existia a casa que era do pai da empreendedora Silvia Jorge Pereira, que já morava há mais de 30 anos ali, quando decidiu comprar e continuar a vida. Depois de algum tempo, conheceu o seu esposo Rogério das Neves

e, desde então, decidiram transformar a casa em um comércio o qual existe desde 2001 até os dias de hoje. Para eles Boituva tem grande importância e não pensam em trocar por nada. “Boituva é uma cidade de coração, porque as pessoas são bem acolhedoras, nos com esse clima de cidade interiorana, mas com essa evolução. Espero que o que seja de ruim não venha e continuemos assim, evoluindo no tempo nosso”, finaliza.

Silvia Jorge Pereira

“Boituva é uma cidade de coração, porque as pessoas são bem acolhedoras, nos damos muito bem aqui, nunca nem pensamos em sair, porque é um a cidade boa para se viver” 42

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O fim da Cel. Eugênio Motta e o começo da

Acácio Manoel da Silva Viana

A rua conta com os mais variados segmentos comerciais

uma rua e novos personagens

Quando a principal rua da cidade termina, inicia-se a Rua Acácio Manuel da Silva Vianna. Sr. Acácio Manoel da Silva Vianna e seu irmão Viriato da Silva Vianna, foram os primeiros a ingressar no setor oriental da cidade e os segundos no ocidental. Sr. Acácio foi tão importante que foi homenageado dando o nome à rua que segue até a Joaquim Trujilo. José Abib e Lucia Helena Amaro são moradores da Rua Acácio há 36 anos. José, boituvense, e Lúcia, nascida em Iperó, casaram e decidiram ficar na cidade. Eles contam como foi acompanhar o crescimento da cidade desde o tempo que moram ali. “Quando a gente veio morar aqui era só mato, quando chovia era só barro. Com o tempo veio a melhoria, hoje a gente não consegue nem atravessar a rua de tanto movimento. Boituva é maravilhosa, gosto muito daqui e não quero sair daqui por nada. Hoje a facilidade aqui é grande porque tem tudo perto, padaria, loja, açougue, farmácia, tudo próximo, não preciso sair daqui para nada”, diz. O casal deseja prosperidade para a cidade e ressalta a alegria em fazer parte desses 79 anos. “Que continue crescendo cada vez mais, que traga mais oportunidades para os jovens que estão iniciando agora na profissão que abraçaram, que a cidade sempre se desenvolva com melhorias principalmente na saúde, mas que, acima de tudo, continue

José Abib e Lucia Helena Amaro “Hoje a facilidade aqui é grande porque tem tudo perto”

sendo hospitaleira, como é até hoje. Nos sentimos muitos felizes por fazer parte desses 79 anos”, finalizam. A rua conta com moradores antigos, bem como novos empreendedores que decidiram ali se instalar, como é o caso do chaveiro Antônio Lima Junior, proprietário da Master Keys, localizado na Rua Acácio Manoel da Silva Vianna há apenas quatro meses. Junior conta a importância de ser essa nova

Antonio Lima Junior e Gutember “Escolhemos esse ponto porque a localização é de fácil acesso, por ser rota de entrada e saída da cidade e caminho para os bairros novos e condomínios”

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geração de empreendedores na cidade. “Escolhemos esse ponto porque a localização é de fácil acesso, por ser rota de entrada e saída da cidade e caminho para os bairros novos e condomínios. Estamos desde 2010 em Boituva, caminhando para o sétimo ano como micro empresa na cidade, mas aqui na Rua Acácio há apenas 4 meses. Nossa família está nesse ramo há mais de 40 anos. É um negócio familiar, amamos o que fazemos e gostamos de passar isso para o cliente: confiança, qualidade e tradição. Então resolvemos trazer isso para o interior paulista, conjugar o trabalho à uma melhor qualidade de vida. A mensagem que deixamos para a cidade é que continue a se desenvolver a cada ano, visando o benefício de toda população, para que as próximas gerações se sintam alegres e orgulhosas de morar aqui”, conclui.


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Fim da Acácio e começo da

Joaquim Trujillo Joaquim Trujillo foi uma figura carismática e popular. Morreu em um desastre no acesso Castelo Branco - Cerquilho e foi homenageado como patrono da Avenida que dá acesso ao Parque Ecológico e ao Portal dos Pássaros. O casal Edney e Lucélia Franco, fazem parte dessa rua e contam como foi a evolução nesse período e o quanto a cidade é importante para vida deles. “Nós morávamos na Rua Angelo Ribeiro desde que nos casamos, há quase quarenta anos. A chácara nós compramos depois de casados. A rua era uma subida bem íngreme, de terra vermelha e quando chovia ninguém subia. Depois com o passar do tempo, quando chegou o asfalto, nós doamos toda terra para preparar a avenida e receber a pavimentação. A Chácara pertenceu a meu tio antes do Wilson Schincariol, que nos vendeu, e compramos junto com o falecido Joaquim Trujillo, onde depois dividimos em duas partes”, conclui. Nesses 79 anos, o casal deseja que Boituva continue crescendo e sendo essa terra boa pra se viver.

Lucélia e Edney Franco “A rua era uma subida bem íngreme, de terra vermelha e quando chovia ninguém subia”

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Avenida de acesso ao Parque Ecológico e alguns dos principais condomínios da cidade


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Foto aérea da Avenida Zélia de Lima Rosa

E após tantas memórias, desembarcamos em

Zélia de Lima Rosa o fim de uma rua, o começo de novas histórias

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Zélia de Lima Rosa foi uma mulher muito importante para a história da cidade. Morava em Porto Feliz e mudou-se para Boituva após casar com Colomi Neto, em 1950, onde morou até 1995, ano de seu falecimento. Juntamente com seu esposo, administrou o Hospital São Luiz por 13 anos e, com a ajuda da população, construiu a primeira ampliação do hospital. Tudo foi feito através de campanhas sociais para angariar materiais de construção, sendo que os tijolos foram doados pelo casal, cuja família tinha uma cerâmica. Participava ativamente nos projetos sociais do Rotary e na fazenda da família sempre ajudou os funcionário na parte social. A Família Rosa tem uma história bastante entrelaçada com a cidade. Glaucio Rosa Luvizotto, neto da dona Zélia, fala sobre como é fazer parte de uma família que possui um papel importante para história de Boituva. “Na realidade, o que existe da família Rosa hoje é um legado, pois todos os integrantes


Glaucio e Colomi Rosa

“O sentimento que eu tenho é de orgulho por ser neto de uma pessoa que foi tão ilustre e admirada por todos. Ela era a matriarca da família, respeitada por todos”

da família são pessoas íntegras, com um caráter excepcional. Exemplo do meu avô Colomi Rosa, que em 23 de agosto completou 88 anos e meu tio avô Osvaldo Rosa, que em 10 de setembro completará 90 anos. Os dois lúcidos e com sua intelectualidade aflorada, esbanjando caráter e princípios. Já a minha avó, o sentimento que eu tenho é de orgulho por ser neto de uma pessoa que foi tão ilustre e admirada por todos. Ela era a matriarca da família, respeitada por todos”, finaliza. Fernanda Tirabassi de Mendonça é proprietária da Pizzaria Del Vecchio há 3 anos e meio, na Avenida Zélia de Lima Rosa e nos conta como é fazer parte dessa nova geração de comerciantes na cidade. “Escolhi a Avenida Zélia devido ao meu nicho de mercado, porém atendemos toda cidade, chácaras, fazendas e haras. Fazer parte dessa nova geração de comerciantes é um desafio que nos faz, a cada dia, atender às exigências dos nossos clientes, até porque temos um rigoroso controle de qualidade e nossa equipe

Fernanda Tirabassi de Mendonça

“Escolhi a Avenida Zélia devido ao meu nicho de mercado”

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KM 111 – Trevo de acesso a Boituva

é preparada e profissionalizada, com bom atendimento, sempre procurando melhorar e estar atualizados, participando de eventos e congressos”, diz. Fernanda deseja fé e esperança. “Acreditem em Boituva e no seu comércio. Somos uma cidade abençoada por Deus”, conclui. Outro comércio situado na Rua Zélia de Lima Rosa é a Lica Conveniência, ali llocalizada há alguns meses. O casal Patrícia Agostinho Garofalo e Ricardo Garofalo, proprietários do estabelecimento, contam que optaram por essa localização por se tratar de um ponto estratégico e de constante crescimento. Ricardo, que não é boituvense, destaca que a cidade o acolheu muito bem, bem como a toda sua família. “Desejo bastante prosperidade, serviço e paz para todo mundo”, finaliza ele.

79 anos

Boituva completa 79 anos e poder contar um pouco da história de seu progresso através de famílias, comércios e lembranças da rua com mais de 3 km que corta a cidade é algo inspirador. São essas e outras histórias que, juntas, dão vida à nossa cidade. São 79 anos crescendo, evoluindo e, sem dúvidas, conquistando pessoas e famílias que se orgulham em ter Boituva como seu lar, afinal, como diz o hino, “quem chegou ficou, quem partiu chorou e não esquece nunca mais”.

Fotos:

• Doctor Drone • Eduardo Soares • Assessoria de Imprensa de Boituva • André Maffeis

Agradecimentos:

• Eduardo Soares • Wilson Alves • Luiz Gonzaga de Camargo • Morgana Ribeiro – Assessoria de Imprensa Prefeitura de Boituva • Rogério Vianna – Secretaria de Cultura de Boituva • Luiz Carlos Paes Vieira

Referências:

• Boituva: Uma geografia, duas histórias Paulo Ademir Mazulquim • Boituva: A Águia da Castelo. A Capital do Paraquedismo – J. Castilho

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Social

- A Fábrica - Projeto Equobiel Fotos: Equipe Xpres

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Social

- 2 anos de Ana Lu Pet Shop - Visita do mascote Buddy Fisk Boituva Fotos: André Maffeis

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Social

Reinauguração DiCasa Acabamentos Fotos: Vincenzo Daldoss

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Informe Publicitário

CONNAN Toda força em resultados

Quem somos Com sede na cidade de Boituva e filias em Campo Verde/MT e São Gabriel do Oeste/ MS, a CONNAN – NUTRIÇÃO ANIMAL é alicerçada pela grande experiência de seus fundadores no setor do agronegócio. Isso porque possui como principais acionistas membros da família Penteado Cardoso, fundadora da indústria de adubos MANAH, famosa pelo slogan “com MANAH, adubando dá” e que por mais de cinco décadas serviu a agricultura por todo o território nacional. Possui laboratório próprio, que além de monitorar todo o processo de produção e lotes expedidos, também realiza análises para seus clientes. Atualmente, é umas das maiores empresas do setor comercializando uma ampla linha de produtos, que conta com mais de 60 opções em seu portfólio.

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Vista aérea da unidade sede em Boituva/SP

Nosso Mineral é feito por gerações de pecuaristas para pecuaristas que pensam nas futuras gerações Diferencial A CONNAN produz suplementos minerais, proteinados e núcleos diferenciados por ser “Polinutriente Aglomerado”, uma tecnologia exclusiva da empresa que difere seus produtos dos sais minerais comuns pois os nutrientes garantidos encontram-se na mesma partícula, conferindo ao produto maior homogeneidade e eficácia. Sendo granulado, portanto mais pesado que as finas partículas de pó, apresenta menores perdas pela ação do vento e não causa irritação à mucosa dos animais. Outra grande vantagem é que o cloreto de sódio, pelo fato de estar contido no interior das partículas do produto, não absorve umidade, evitando o empedramento no cocho. 58

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Quatro gerações dedicadas ao homem do campo: Fernando Penteado Cardoso, Fernando Penteado Cardoso Filho, Eduardo Penteado Cardoso, Fernando Penteado Cardoso Neto e Fernando Penteado Cardoso Bisneto

Missão A missão da CONNAN é contribuir para o desenvolvimento da pecuária nacional através do fornecimento de produtos e serviços de alta qualidade e tecnologia, adequados às necessidades dos animais, promovendo

seu bem-estar e respeitando os clientes, os acionistas e o meio ambiente. E desta forma gostaria de parabenizar Boituva pelos seus 79 anos com muito orgulho em fazer parte desta história de sucesso!


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Informe Publicitário

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A unidade fabril em Salto de Pirapora, existente desde 1985, possui uma área de mais de 50 mil metros quadrado Legenda

Celmar

Tradição, qualidade e uma história que já perdura por 66 anos Atuante desde 1950, pode-se definir a Celmar como uma empresa de história e tradição, sendo hoje uma referência entre as mais importantes indústrias do setor moveleiro. “Existe desde meados do século passado e teve um início modesto, como a maioria das empresas. Começou com o senhor Marcelo Martins, fundador que está vivo e atuante até os dias de hoje, com quase 85 anos”, conta Deonício Jakuboski, diretor da Fábrica Celmar, instalada na cidade de Salto de Pirapora/SP.

Crescimento Inicialmente, a empresa foi inaugurada como Marcenaria Sarzedas, num pequeno porão de uma antiga casa no centro da cidade de São Paulo. “Da Conde de Sarzedas, mudamos para a Rua Bueno

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Inaugurada em 1950, no início a empresa funcionava num pequeno porão de uma antiga casa do centro de São Paulo

de Andrade, na Aclimação, depois precisamos mudar para uma área em Taboão da Serra. Chegou um ponto em que, no início da década de 80, o espaço em Taboão da Serra não estava comportando mais. Então instalamos aqui a indústria, efetivamente trabalhando desde 1985, portanto, faz 31 anos que estamos aqui na região”, conta Deonício. A atual unidade fabril, na cidade de Salto de Pirapora, possui mais de 50 mil metros quadrados.

Leonardo, proprietário da unidade em Boituva e Deonício, diretor da fábrica em Salto de Pirapora

“A empresa já está no mercado há 66 anos e teve um crescimento alicerçado no atendimento ao consumidor naquilo que ele mais precisava: o espaço”, diz o diretor. Segundo ele, o senhor Marcelo, fundador, sempre fala que a necessidade o levou a inventar o armário embutido. “Ele tinha um espaço pequeno na casa onde morava e precisava otimizar a ocupação das paredes e fez um armário que fosse do chão até o teto, ocupando a largura inteira da parede”, conta. Aquela concepção virou o chamado armário embutido, que rapidamente caiu no agrado das pessoas e, aos poucos, o espaço de uma maneira geral foi sendo otimizado. Foi a partir dos anos 90 que a empresa passou a organizar uma cadeia de lojas exclusivas com a marca Celmar, em todo o país. “Também, há seis anos, iniciamos uma marca alternativa, que é a Predilecta. Hoje as duas marcas estão no Brasil em cerca de 90 pontos de distribuição”, diz Deonício Jakuboski. OUTDOOR REGIONAL - EDIÇÃO 76

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A indústria produz, entre acabamentos e medidas, cerca de 240 mil itens

Inovação Quando o assunto é inovação, o diretor ressalta que não existe muita novidade num guarda-roupa que existia há 200 anos, para os de 100 ou 70 anos atrás. Ele destaca que o caminho escolhido para se diferenciar foi o foco no aproveitamento dos espaços e também no visual. “Passou-se a se dar destaque às cores, utilizar vidros, composição de madeira com metais e alumínio. Depois, incorporou-se outros benefícios, até que finalmente hoje há armários iluminados, com televisão embutida nas portas e uma série de coisas que foram se inovando, agradando e ajudando a expandir a linha. Hoje, em termos de itens, nossa indústria possui, entre acabamentos e medidas, cerca de 240 mil itens sendo produzidos aqui. Isso permite uma combinação muito grande de ambientação”, exemplifica ele.

Em Boituva Uma das lojas exclusivas da marca Celmar está localizada em Boituva já há 12 anos. Leonardo Sienra, proprietário da unidade, destaca que a loja é a mais antiga de Móveis Planejados da cidade, sendo também a única de Planejados Premium.

Vantagens e diferenciais Sobre as vantagens de estruturar um imóvel com móveis planejados, Leonardo afirma que um grande diferencial é a possibilidade de personalização e flexibilidade do sistema produtivo destes móveis, pois permite imprimir a personalidade do consumidor

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Uma das lojas exclusivas da marca Celmar está localizada em Boituva já há 12 anos

no projeto. “Móveis planejados são bonitos, versáteis e altamente funcionais, dando aproveitamento a cada cantinho da sua casa da melhor forma. Você pode optar por móveis planejados para montagem de um home theater, um dormitório, um closet, uma adega, uma biblioteca, um lavabo e uma cozinha. Eles são mais eficientes do que as peças padronizadas e têm opções que se adequam ao projeto e ao gosto do cliente”, diz ele.

Qualidade Sobre a qualidade, ele destaca que os móveis do Grupo Celmar e Predilecta são mais duráveis e resistentes que os móveis

comuns, sendo que ambos possuem 5 anos de garantia. “Esse tipo de mobiliário é indicado principalmente para ambientes de uso frequente seja residencial ou comercial. A facilidade de limpeza e manutenção também soma a favor dos móveis planejados. São simples de conservar: basta limpar a superfície e a parte interna com uso de uma flanela limpa e seca ou pano umedecido em água ou detergente neutro, se necessário”, explica Leonardo. Ele conclui afirmando que projetos de móveis planejados possuem um valor agregado maior do que os móveis comuns, mas isso se reverte no custo-benefício, uma vez que o acabamento, durabilidade e valor agregado são maiores.


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Capa

fotos: www.blognejo.com.br 64

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Humberto & Ronaldo Atualmente divulgando o mais recente trabalho, o DVD “Playlist”, dupla se prepara para show na Boituvana | por Juliana Moreno

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ão apenas oito anos de estrada, mas a dupla Humberto & Ronaldo já possui um número bastante expressivo de fãs e um repertório que agrada cada vez mais. No ano de 2008, quando os dois amigos decidiram que fariam da música uma opção de vida, começaram a tocar em bares e festas de amigos. Foram longas madrugadas e incansáveis noites em busca de um sonho.

Primeiros trabalhos Já no primeiro ano eles gravaram de forma independente o CD “Humberto & Ronaldo Ao Vivo”. Já no ano seguinte as músicas começaram a ficar bastante conhecidas em Goiás e não demorou muito para que a dupla ganhasse o cenário nacional. Isso aconteceu em 2010, quando a produtora Audio Mix, a mesma que antes abraçou nomes de sucesso no sertanejo, como Jorge & Mateus e Gusttavo Lima, abriu as portas para a dupla, novos talentos do mercado.

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A dupla se apresentará na Boituvana no dia 9 e promete muitas novidades para o show

A essa altura, Humberto já trazia na bagagem grandes composições, como “Amo Noite e Dia”, música mais executada no ano de 2010, e “Chove, Chove”, ambas interpretadas por Jorge & Mateus. Foi em 2011 que aconteceu um grande marco na carreira da dupla, que dividiu o palco com Jorge & Mateus e Gusttavo Lima em um mega show que rendeu o CD e DVD “Noite e Dia”. A divulgação desse trabalho fez tanto sucesso, que eles foram convidados a participar da novela Araguaia, transmitida pela Rede Globo, onde cantaram “Vendendo Beijos”, canção que fez parte da trilha sonora da novela e disseminou o nome da dupla por todo cenário nacional.

Primeiro DVD Nesse mesmo ano a dupla viveu mais uma realização: a gravação do segundo CD e primeiro DVD. O show contou com a participação da dupla Jorge & Mateus na música “Romance”, Bruno e Marrone em “Aí que o amor acontece” e Gusttavo Lima na faixa “Chega mais pra cá”.

Sucesso Em 2012 aconteceu a gravação do segundo DVD da carreira da dupla, que contou com uma produção incrível, ja-

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mais vista em Goiânia. O show contou com a participação de Xandy, da banda Aviões do Forró, com a música “Espelho Meu”, César Menotti & Fabiano cantando “Quem vai chorar” e também Jorge & Mateus e Gusttavo Lima, que abrilhantaram o hit “Eu vou cantar procêis”, canção que intitulou o álbum. No ano seguinte veio o terceiro disco, gravado durante a Festa Agropecuária de Goiânia. A canção “Hoje Sonhei com Você”, composição de Humberto, deu nome ao disco e foi no mesmo ano uma das músicas mais executadas em todas as rádios do Brasil. Em 2014 foi a vez do lançamento de “Canto, Bebo e Choro”, álbum que contou com a participação de Wesley Safadão e Bruninho & Davi.

“Playlist” Atualmente a dupla está divulgando o mais recente trabalho, o DVD “Playlist” que, segundo eles, é o mais completo da carreira. “Tem músicas românticas, pop, animadas e uma, inclusive, que fizemos bem no estilo de balada eletrônica mesmo. Buscamos fazer um trabalho com um papo bem atual e animado”, contaram. Ainda sobre o DVD, eles afirmam que foi o trabalho no qual eles mais se dedicaram e tiveram mais tempo para cuidar de tudo. “Era pra ter sido gravado ano passado, mas nós não está-

vamos muito seguros quanto ao repertório, então resolvemos prorrogar a data de gravação e aumentamos a dedicação na procura e composições das músicas. Essa decisão foi determinante no resultado que alcançamos, que graças a Deus tem agradado muito a todos”, explicam. Ainda segundo a dupla, que tem feito uma média de 18 shows por mês, os planos para o segundo semestre são continuar divulgando esse trabalho.

Boituvana Boituva faz parte da agenda de show de Humberto & Ronaldo, que se apresentarão na Boituvana no dia 9 de setembro. Segundo eles, a expectativa está muito grande, já que os fãs da nossa região sempre pedem um show aqui. “Pelos comentários dos fãs já deu pra perceber que a galera está bem animada e ansiosa pelo show e isso reflete muito no que a gente faz no palco. Com essa energia toda, temos certeza que esse encontro vai ser fantástico”, afirmam eles. Pra terminar, a dupla deixou um recadinho para todos os fãs que estão aguardando o show. “Galera, continuem no aquecimento, pois nós estamos ansiosos pra fazer uma festa linda com vocês. Ouçam as músicas novas, pois o show vai ser repleto de novidades e muitas surpresas. Beijos, fiquem com Deus e até setembro”, finalizaram.


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b-rodrigues@outdoorregional.com.br

Esportes

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Alison e Bruno, ouro inesquecível na chuva

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Arthur Nory, muita simpatia além do bronze

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Felipe Wu conquistou a primeira medalha brasileira OUTDOOR REGIONAL - EDIÇÃO 78

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O primeiro ouro veio com Rafaela Silva

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A equipe do vôlei fez uma final incrível contra a Itália e trouxe o ouro pra casa

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No futebol masculino acabou o jejum: ouro


Legado Olímpico O Brasil fez história cravando sua melhor marca e mostrou ao mundo que pode receber um evento do porte dos jogos olímpicos | por Bruno Rodrigues

Rio 2016, simplesmente... ...grandioso. Este é um dos adjetivos que pode ser usado para a Olimpíada do Rio de Janeiro. O mundo acompanhou o maior evento esportivo de acordo com as suas exigências. Não houve nenhum atentado, motivo de vergonha para os brasileiros que pudessem manchar todo esforço envolvido para emocionar e marcar os bilhões de expectadores. O sentimento no geral é de orgulho. Nosso país viu sua delegação fazer história com a 13ª colocação no quadro de medalhas. Foram 19 no total: sete de ouro, seis de prata e seis de bronze.

Heróis Por trás de cada conquista existe uma história de esforço e dedicação, seja qual for a cor da medalha. Vibramos com os bronzes de Mayra Aguiar, Rafael Silva “Baby” (judô), Poliana Okimoto (maratona aquática), Arthur Nory (ginástica artística), Maicon de Andrade Siqueira (taekwondo) e Isaquias Queiroz (canoagem de velocidade) que também garantiu medalha de prata. Arthur Zanetti, Diego Hypolito (ginástica olím-

pica), Felipe Wu (tiro esportivo) e a dupla Ághata e Bárbara (vôlei de praia) garantiram as medalhas prateadas no peito. A judoca Rafaela Silva, o boxeador Robson Conceição e Thiago Braz do salto com vara conquistaram o ouro para nossa nação e emocionaram o país com suas vitórias.

Evolução A equipe de vôlei masculino de quadra mostrou sua força e sagrou-se tricampeã olímpica vencendo a Itália. O feito marcou a despedida do líbero Serginho que, aos 40 anos, jogou com a vitalidade e entrega de um menino. Na areia, mais uma vez brasileiros e italianos fizeram a final. Alison e Bruno mostraram na chuva de Copacabana que o Brasil também manda no vôlei de praia. Martine Grael e Kahena Kunze levaram o ouro na vela. Martine honrou o sobrenome Grael e encheu de alegria os brasileiros vencendo a regata da classe 49er FX. Mas o momento mais emocionante certamente foi o ouro conquistado no futebol masculino. O cenário para a medalha dourada mais cobiçada não podia ser outro: Maracanã. Local do fantasma da Copa de 1950, e o adversário fora o mais adequado: a Alemanha, aquela

Foram 19 no total: sete de ouro, seis de prata e seis de bronze do 7x1 na nossa Copa há dois anos. Foi sofrido, mas os brasileiros venceram nos pênaltis e enfim conquistaram o tão desejado objeto olímpico. Não dá pra negar, essa Olímpiada vai deixar saudade, mostramos ao mundo o povo acolhedor e alegre – apesar de toda dificuldade – que nós somos.

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Saúde

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Os farmacêuticos estarão à disposição para tirar dúvidas sobre vários temas

A aferição de glicemia capilar será um dos procedimentos disponíveis à população

Farmacêutico na Praça Evento será realizado em Sorocaba e em várias cidades do Estado pelo CRF-SP | por Dr. Marcelo L. Galvão Ação realizada pelo Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP), o Farmacêutico na Praça já se tornou um evento anual em várias cidades. A cada ano, novas atividades são prestadas à população. Apesar de ocorrer em outras datas, no dia 24 de Setembro ocorrerá o “Dia D” em várias cidades do Estado e Sorocaba não ficará de fora. Conheça o circuito da saúde que será realizado.

Aferição de Pressão Arterial Podendo ser analógico ou digital, a aferição de pressão arterial verifica se no momento ocorre alguma alteração no fluxo sanguíneo. O recomendado é estar entre 100x60

Mini Palestra Inicial

Aferição de Glicemia Capilar

Enquanto as pessoas aguardam o atendimento, um farmacêutico explicará a importância do nosso papel dentro e fora da farmácia, já que existem várias áreas onde o farmacêutico pode atuar.

Rápida e fácil, a aferição de glicemia capilar informa o nível de açúcar no sangue e é realizada com uma lanceta descartável aplicada na ponta do dedo e com um uma fita reagente acoplada ao um medidor digital.

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Desde a primeira edição, o Farmacêutico na Praça já atendeu 30 mil pessoas

e 129x84mmHg. Se em repetidas aferições, os resultados mantêm-se iguais, para baixo é comumente chamada de pressão baixa, e se acima, pressão alta ou hipertensão arterial.

Orientação Farmacêutica Nessa área, você poderá tirar dúvidas com os farmacêuticos sobre vários temas como Dengue, Zika e Chikungunya, Colesterol, Descarte e Uso Racional de Medicamentos, Gravidez na Adolescência, Câncer de Pele, entre outros.

Dr. Marcelo L. Galvão

Farmacêutico e Membro da Comissão Técnica CRF Sorocaba

Aplicativo Farmacêutico Praticamente todo mundo tem um smartphone hoje em dia e por isso o CRF-SP desenvolveu um aplicativo, que leva à palma das mãos dos pacientes informações importantíssimas.

Auriculoterapia Nessa ação foi escolhida a acupuntura através de sementes aplicada na orelha. Para demonstrar de forma generalizada a sua ação, será realizada uma harmonização de ação relaxante. Na acupuntura, existem pontos espalhados em todo o corpo que estão relacionados com a cura e tratamento de várias doenças.

Números da Ação Desde a sua primeira edição em 2011, o Farmacêutico na Praça já atendeu 30.000 pessoas, realizando 20.000 procedimentos. Somente em Sorocaba, desde 2012, foram 4.000 pessoas e 2.800 procedimentos realizados. Então marque na sua agenda: dia 24/09/2016 das 8h:30 às 14h:30, na Praça Cel. Fernando Prestes. Nos vemos lá! Quer sugerir alguma matéria para as próximas edições? Envie um email para m-galvao@outdoorregional.com.br Você confere o conteúdo exclusivo dessa e de outras matérias no site: www.chameofarmaceutico.com.br

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r-barbosa@outdoorregional.com.br

Games

daqui a pouco estaremos voando em uma X Wing, em uma intensa batalha espacial.

Novidades aqui e ali Mesmo que não inove, ainda encontramos algumas novidades neste game em relação aos jogos anteriores, como o sistema de cobertura, que aparece esporadicamente em cada estágio, onde precisamos nos esconder enquanto revidamos os tiros dos inimigos. Mas independente das mecânicas que utilize, o jogo é pensado para o público infantil e isso quer dizer que existem poucos desafios. Não há um nível de dificuldade relevante, já que as miras são automáticas e você praticamente não é penalizado ao morrer, além da estrutura curta e de fácil compreensão do game, que sempre deixa claro o que deve fazer a seguir. Lego Star Wars: O Despertar da Força é um bom jogo, que se preocupa em trazer tudo aquilo que agradou os jogadores nos jogos anteriores. Embora sua jogatina seja voltada para os mais jovens, seu humor é universal e diversão garantida para os que gostam de série Star Wars e, claro, do universo Lego.

i Ficha Técnica Desenvolvedora: TT Fusion Editora: Warner Bros Plataformas: PC, XO, PS4, WiiU, PS3,X360 Lançamento: Junho de 2016

Lego Star Wars: O Despertar da Força A franquia Lego retorna ao universo Star Wars em um game que inova pouco, mas que continua muito divertido | por Rafael Barbosa Lego Star Wars traz tudo que esperamos de um jogo da série. Desta vez seguimos os acontecimentos narrados em o Despertar da Força, levando para esta aventura um pouco do ar bonachão e despretensioso que aprendemos a amar nos outros títulos protagonizados por estes simpáticos homenzinhos desmontáveis. O humor da franquia continua afiado e aqui faz mil e uma referências ao universo criado por George Lucas, embora também pense naqueles que talvez não conheçam a mitologia desta ópera espacial, investindo em um humor que se baseia mais nas situações que ele próprio constrói, do que em referências aos filmes. O resultado é ótimo e promete fazer crianças e adultos rirem e se divertirem sem remorso.

Melhor na nossa língua Embora ainda siga os caminhos do filme, o título consegue soar original, graças à forma como brinca sem pudores com os acon72

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tecimentos do longa e também graças aos diálogos feitos exclusivamente para o jogo. A dublagem em português, por sinal, é excelente e arrisco dizer que seria um desperdício jogá-lo em outra língua. As mecânicas não mudam muito do que foi apresentado nos outros jogos da franquia. Avançamos por estágios onde o objetivo é destruir objetos e coletar itens, enquanto trocamos livremente entre personagens da série, já que cada um deles tem habilidades especificas que precisam ser utilizadas e combinadas para que possamos vencer os desafios do game. Destruir os cenários também faz parte da brincadeira, já que muitas vezes precisamos das peças para construir estruturas que nos ajudem progredir em cada estágio. O game se preocupa em variar sempre sua jogabilidade, levando o jogador a nunca passar muito tempo fazendo a mesma coisa, então se agora estamos destruindo o cenário para coletar itens,


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Turismo

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Local possui 38km de extensão de turismo ecológico

Ilha do Mel

gastronomia, que oferece pratos típicos da Ilha, como a tainha assada, a farofa de mexilhões, a moqueca e o arroz lambe-lambe. Por trás de uma beleza tipicamente paranaense, a ilha traz construções repletas de história e uma gastronomia pra lá de Esse último prato ganha destaque por ser um arroz feito com mexilhão, de forma que a especial | por Bruno Rodrigues comida fica dentro da concha e obriga quem come a utilizar as mãos e lamber a concha. soas através de barco, via Pontal do Paraná Com menos requinte, mas forte conteúdo Características ou Paranaguá. Ah, é proibida a entrada de histórico e cultural, o Farol e a Fortaleza, guardam relíquias dos tempos de atividade, Com 38 km de extensão de turismo ecoló- veículos motorizados. cuidadosamente preservados e convidam os gico, esportivo e histórico, a Ilha do Mel é Atrações visitantes a saborear a forma como a Ilha do um dos destinos mais procurados no litoral Mel chegou até hoje. paranaense. A ilha é composta por quatro vilas – Encantadas, Brasília, Farol e Forta- Irresistível, esta praia atrai gente de todo leza, todas com estruturas turísticas pró- país com sua beleza particular. É impossível prias. As construções mais antigas e que não se apaixonar com a vista panorâmica ainda estão preservadas são a Fortaleza de deste lugar. Os turismos ecológico e esNossa Senhora dos Prazeres, construída no portivo respondem pela maior parte das século 18 para proteger a entrada da ilha, visitas a Ilha do Mel. Trilhas, a Baía dos e o Farol das Conchas, que data de 1872. Golfinhos, passeios de bicicleta, pesca, Curiosamente, a Ilha do Mel passou a ser mergulho, surfe, paraglider, parapente, vista como ponto turístico entre os anos 20 travessias e corridas rústicas são algumas e 30. Dono de uma riqueza história, o lu- das opções procuradas pelos turistas. O gar é considerado o primeiro balneário do Paraná. É importante levar em considera- Forró Nativo e diversos bares animam a ção que a Ilha do Mel possui limite de 5 mil noite na Ilha paranaense com música ao pessoas circulando simultaneamente no vivo, sempre acústica, dando aquele ar inlocal. É possível somente a entrada de pes- confundível de lual. Outro ponto forte é a

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Autos

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Com câmbio manual, custa R$ 76.590, e, com transmissão automática de 6 marchas, sai por R$ 81.990

Golf

O desejado modelo da montadora alemã conta com algumas diferenças consideráveis da versão fabricado aqui no Brasil por Bruno Rodrigues

Versão brasileira

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esde o ano passado, quando o Golf começou a ser produzido no Brasil, o modelo passou a ter uma nova versão de entrada, chamada Comfortline. Nela o consagrado motor 1.4 turbo foi substituído pelo 1.6 aspirado (sem turbo) usado no Fox e na Saveiro. Para alguns admiradores da marca germânica, a mudança poderia colocar em jogo a boa reputação do hatch de origem alemã, que é uma referência em prazer ao dirigir. São 120 cavalos e 16,8 kgfm de torque, ou 20 cv a menos do que no 1.4 a gasolina que acompanhava o hatch no lançamento, em 2013, e 30 cv a menos do que a versão flex, que também é produzida em São José dos Pinhais (PR) desde Janeiro. Inferior também é a arquitetura da suspensão do hatch. Enquanto o modelo importado vinha com suspensão traseira multilink, mais refinada, a versão brasileira tem um eixo de torção convencio76

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nal. Para uma versão que se propõe a ser de entrada, o Golf Comfortline tem tabela de preços bem “salgada”. Com câmbio manual, custa R$ 76.590, e, com transmissão automática de 6 marchas, sai por R$ 81.990.

Demais características O hatch mantém a mesma boa dirigibilidade pela qual ficou conhecido, mas com

algumas concessões. A suspensão traseira com eixo de torção não representa prejuízo no cotidiano. Apenas em uma tocada bem mais agressiva, e com um motorista com sensibilidade mais apurada, é possível notar a diferença entre o sistema que deixou de ser oferecido e o atual. O Golf continua sendo um hatch extremamente prazeroso na condução, apesar de o motor 1.6 não ser referência em esportividade e desempenho. Ainda bem que a posição de dirigir é excepcional, “encaixando” o corpo do motorista com precisão na cabine, e o acabamento é impecável, com ótimos materiais e desenho moderno.


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Direito

Venda Casada Uma prática cotidiana e abusiva contra o consumidor por Por Gabriela Buzolin D. Cunha e Maria Ligia de Paola Ueno

É uma imposição, por parte do fornecedor, ao vender um produto ou um serviço, juntamente com a aquisição de outro não necessariamente desejado pelo consumidor. A venda casada também pode acontecer quando se impõe uma quantidade mínima para compra. A referida prática é expressamente proibida pelo Código de Defesa do Consumidor, Lei 8.078/90, que, em seu artigo 39, I, dispõe o seguinte:

Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;

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Será que sofri uma venda casada? São inúmeros os exemplos de situações de nosso cotidiano em que vemos claramente essa prática: lojas de eletrodomésticos (com as chamadas garantias estendidas), instituições bancárias (com a venda de seguros), etc. Um caso bastante conhecido foi a multa imposta ao Mc Donald’s por impor a compra de lanche para obtenção de brinquedo. E outra situação bastante comum é a cobrança da famosa “consumação mínima”. É correta? A resposta é não, pois o cliente tem direito de pagar somente pelo que efetivamente consumiu.

Mas toda venda casada é ilegal? Por outro lado, existe a chamada “Venda casada legal”, ou seja, permitida, desde que não abusiva, como é o caso, por exemplo,

Gabriela Buzolin OAB/SP 331.010 Maria Ligia Ueno OAB/SP 330.501

de lojas de ternos que não vendem a calça sozinha ou o caso do prestador de serviços que oferece um produto de forma isolada, ainda que seja um pouco mais caro que o famoso combo.

Bateu a dúvida? Consumidor, se você não sabe se a oferta daquele produto ou serviço configura venda casada, procure o PROCON (órgão que luta pelos direitos dos consumidores).


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Política

Mesmo em situação complicada, Dilma ainda aplica sua última jogada

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A última cartada de Dilma

Documento apresentado por Dilma sugere um plebiscito para consultar a população sobre a possibilidade de realizar uma nova eleição presidencial | por Bruno Rodrigues

O documento derradeiro

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o andamento do cenário político brasileiro, o Senado votou pela aprovação do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Dos 81 senadores, 78 estiveram presentes, dos quais 55 votaram a favor e 22 contra. Era preciso maioria simples para que o pedido fosse aceito. A partir de então, a Casa teve até 180 dias para julgar o mérito da acusação contra a petista visando autorização de créditos orçamentários e uso de pedaladas fiscais. Com esse desfecho parcial, Dilma decidiu dar sua última cartada para manter-se no cargo e evitar que o impeachment seja enfim aprovado. Ela convocou a imprensa para ler uma carta escrita aos senadores, garantindo que defenderá um plebiscito para consultar a população sobre a possibilidade de realizar uma nova eleição presidencial. O pronunciamento durou pouco mais de 13 minutos, sem direito a perguntas dos mais de 50 jornalistas que compareceram à coletiva, realizada no Palácio da Alvorada. Antes de ler a carta, a petista distribuiu o documento aos 81 senadores. No documento, a petista re80

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No momento, ela é ré pelo crime de responsabilidade

petiu assuntos dos quais têm tratado desde maio passado, quando foi afastada temporariamente do cargo. Afirmou, por exemplo, que é inocente e vítima de um processo ilegítimo iniciado por uma pessoa (Eduardo Cunha) que é investigada por ter recebido propina e por ter contas ilegais no exterior.

Relembrando as acusações Dilma e seus aliados consideram que o impeachment só começou porque Cunha não teria recebido o apoio do PT na representação por quebra de decoro parlamentar que ele respondia no Conselho de Ética da Câmara. Sabendo que as chances de reverter o placar no Senado são reduzidíssimas, Rousseff tratou de escrever um documento enfático. Seu objetivo era o de voltar a espalhar o discurso de que ela realmente foi vítima de um golpe. No momento, ela é ré pelo crime de responsabilidade. Vale lembrar que as acusações contra Dilma são de que ela assinou irregularmente três decretos de suplementação orçamentária sem a aprovação do Congresso Nacional e de que praticou pedaladas fiscais.


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Crônica

Pokéignorância por Rafael Barbosa

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ecentemente vi um post no Facebook que me chamou a atenção. Um homem estava em uma exposição do pintor francês Claude Monet, quando tirou uma foto de um rapaz que estava jogando Pokémon Go na exposição. “Que coisa triste! Ficar caçando monstrinhos virtuais enquanto está rodeado por uma exposição maravilhosa como esta. Um desperdício”, dizia o post. É engraçado como muitas vezes desvalorizamos o comportamento de algumas pessoas pelo simples fato dele não ser como o nosso. Dizer que não gosta de algo, ou que não faria alguma coisa não é o bastante algumas vezes, pois temos que apontar nossos dedinhos físicos ou sociais e criticar o alheio, como se isso validasse o nosso comportamento ou o tornasse mais importante. Chamo isso de “Síndrome do tenho mais o que fazer”. Você provavelmente já foi vítima dela, afinal, ela está sempre nos rondando e surge como uma verdadeira epidemia toda vez que uma nova moda é adotada por grande parte da população. Duvida? Então faça um exercício mental comigo e pense em quantas vezes já ouviu alguém dizer que nunca iria ouvir um determinado estilo de música porque era uma “porcaria”. Pense nas vezes em que alguém perto de você falou que viajar para algum lugar não era tão bom, pois outro roteiro (já feito por ela) era melhor. Quantas pessoas já disseram que tinham mais o que fazer de suas vidas, como conhecer pessoas de verdade, do que se relacionar com conhecidos pela internet, quando o Facebook estourou. Pokémon Go é apenas a nova vítima desta síndrome que já atacou tendências, estilos musicais e agora chega para criticar a nova onda do momento. Não entro no mérito da qualidade do game e muito menos na forma como algumas pessoas o tem jogado, muitas vezes desprezando a própria segurança. Meu ponto é mais simples e pessoal: se a pessoa está jogando e gostando, ninguém tem nada a ver

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É engraçado como muitas vezes desvalorizamos o comportamento de algumas pessoas pelo simples fato dele não ser como o nosso

com isso. Não digo que deveríamos acabar com o “tenho mais o que fazer”, e sim que poderíamos trocá-lo pelo “tenho mais o que fazer do que ficar criticando a sua vida”. Talvez com esta afirmação você tenha me achado um pouco radical, ou mesmo ignorante, mas pense comigo

em quem é mais ignorante: garoto que parou para jogar Pokémon durante uma exposição de um dos maiores pintores do nosso tempo, ou o homem que está regulando o Pokémon alheio durante a exposição de um dos maiores pintores do nosso tempo?


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