Março 2016

Propriedade: A MÓ · Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) | Barroselas Março 2016 | Mensal · Nº23 · Gratuito · Versão digital

Vila de Punhe Investimento de 350 mil euros na rede de saneamento PÁG.5 Alvarães

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Procissão do Senhor aos Enfermos

Cultura

Comemoração dos 50 Anos do Grupo S. Paulo da Cruz

Ambiente

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Rio Neiva transbordou

Página 11 PUB.

Design Comunicação Fotografia behance.net/isabelqueiroga 913 246 407 isabel.c.queiroga@gmail.com

Viana do Castelo

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Minho: Linha eletrificada uma realidade para breve

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MARÇO 2016

Património

Poesia

Tregosa Ponte de Val. A Notícia Vale?

José Serra

Carta a uma deusa romana O amor é uma obsessão tenho os dedos sujos de madrugada o peito palpita a tua mão fina somos deuses

Crónica/Opinião (frase do mês)

(carta a uma deusa romana Mercúrio entregou-vos letras minhas lacradas a suor apaixonado sou bruto, deusa, sou bruto um cidadão perdido um legionário de causas mas sou bruto, deusa, sou bruto as palavras são poemas que caem como muralhas que se constroem e que têm tempo duração séculos e o que tenho eu se não a vós as pedras não escondem paixão e os muros não são homens posso perecer e a rocha não posso errar e a existência pétrea é inútil no acerto amo como aos mortais se lhe permite deusa quando receberdes a missiva sabereis que passei estes dois dias sem ver a luz não há luz se me fugis no sorriso e no trato amanhã enfrentaremos os dácios pálidos o regresso à villa é hipotético e talvez Mercúrio vos tenha levado a derradeira vontade sou imperfeito sou comum mas em vós ouvi a voz a velar por mim e o dácio pálido não verá pena em minha face apenas paz perene de um final devido)

“Pode-se dizer que a filosofia é a procura de sabedoria, fórmula que deixaria em aberto a interrogação. De facto, aquele que possuísse a sabedoria, e estivesse convencido de possuí-la, deixaria de ser sábio. Se, ao fim da sua procura, o filósofo se julgasse sábio, não mais o seria – e precisaria de se interrogar de novo sobre o próprio sentido da sabedoria.”

Raymond Aron (1905-1983)

o braço levanta-se para fumar solidão tenho neste gesto o retrato do redimido tantas vezes a caneta soçobra o início do verso é o reverso da romana condição de amor incondicional ficar condicionado no regresso do gesto o cigarro arde sem música somos deuses.

Até que enfim o povo de Tregosa, vê em bom caminho a reconstrução da Ponte de Val. Foi a Junta de Tregosa que mais se interessou para que a obra não se arrastasse por muito mais tempo, é de louvar o esforço. Servindo esta ponte de ligação entre Barroselas e Tregosa não foi notória a participação da Junta de Barroselas. Segundo nos informou o Sr. António Miranda, a obra foi entregue no dia 1 de Março de 1985,

à firma Gabriel A.S. Couto, de Vila Nova de Gaia pela importância de 6 233 341$30. Foi confirmada a entrega por ofício da Câmara Municipal de Barcelos. Ao realizar-se a obra, de suma importância para a zona, porque não alargar a Ponte de Val ?

In Jornal « Vale do Neiva» Maio 1985 A Redação

Ficha técnica | Diretora: Ana Patrícia Lima Vice-diretora: Isabel Queiroga Redação: Domingos Costa · José Miranda · Manuel Lima · José Rafael Soares Colaboradores: Elisabete Gonçalves Design e Paginação: Isabel Queiroga Contacto redação: Rua do Sião, Apartado 20 - Barroselas · redajornalvaledoneiva@gmail.com Periodicidade: Mensal Formato: Digital Distribuição: Gratuita Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo ou não estar de acordo com as linhas editoriais deste jornal.

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Alvarães

Procissão do Senhor aos Enfermos Este ano de 2016 a Procissão do Senhor aos Enfermos realizou-se no dia 28 de Fevereiro saindo da igreja Matriz pelas 14.30h, seguindo o seguinte itinerário: Igreja Matriz seguindo pela Avenida da Igreja, Largo do Cruzeiro, Rua dos Cruzeiros, Rua do Paúso, Rua da Fonte, Avenida de São José, Rua de São José, Rua da Feira, Rua dos Cerâmicos, Rua da Tarrana, Rua do Xisto, Rua de Alvarães, Avenida de Santa Cruz e por fim novamente a Igreja Matriz.

O Senhor aos Enfermos é uma das várias tradições Alvaranenses que, na nossa terra tem lugar sempre no terceiro Domingo da Quaresma é, por isso uma festa móvel no calendário.

Em Alvarães assim como em outras freguesias este costume nasceu da grande devoção popular da nossa comunidade pelo Sacramento da Eucarística e a adoração ao Santíssimo Sacramento.

Acontece portanto que ao longo da vida nem todos os membros da comunidade Cristã podem usufruir deste Sacramento no lugar próprio, a igreja, quer por razões de doença ou imobilidade que acaba por reter em casa algumas ovelhas do rebanho de Cristo.

Desta forma a Igreja Viva do mesmo Jesus vai ao encontro dos irmãos doentes levando-lhes a Sagrada Eucaristia ao longo do ano através de um Sacerdote mas, também, de alguns leigos.

Contudo pelo menos uma vez no ano esta deslocação desde a igreja até à casa do irmão doente faz-se em festa, com toda a pompa e circunstância através da Procissão Eucarística que percorre as várias ruas da freguesia.

Tudo é então preparado ao pormenor, com muito carinho e amor, pelo povo de Alvarães que limpa e enfeita as ruas por onde passará Jesus Eucarístico.

Chegado o dia, é então que surgem as colchas às janelas e às varandas, as flores lançadas de casa para a rua no momento da passagem de Jesus, os tapetes de flores campestres, assim como de serrim pintado de várias cores, que vão formar belos desenhos pelas ruas Alvaranenses.

Estes baseiam a sua narrativa decorativa em temas bíblicos e religiosos que dão vida e sentido ao Sentimento Cristão. É portanto uma festa popular que embora já tenha tido mais aderência continua ainda a lutar pela sua resistência nos tempos actuais.

Neste dia especial unem-se vizinhos, famílias, ruas inteiras para juntos conseguirem com êxito tudo preparar para a passagem da Procissão Eucarística, que imbuídos de um espírito saudável de convívio levam avante esta missão. Porém, antes de tudo, é preciso apanhar as flores

dos quintais e campos, desfolhar as flores e cortar os verdes, fazer os centros e recolher algum dinheiro para custear as tintas compradas para tingir o serrim. Assim como para comprar os foguetes que serão lançados no momento que o Santíssimo Sacramento passa pelos diversos lugares da freguesia anunciando a alegria de cada lugar em receber Jesus.

Enfim, passadas muitas horas de trabalho é a hora da saída da Procissão. O povo junta-se na igreja matriz, as confrarias e mordomos vestem se a rigor com os seus trajes de cerimónia levando os estandartes, a cruz paroquial, as lanternas e o Palio que ao saírem à rua dão um colorido diferente a esta manifestação de Fé, atrás vai o Povo que vai rezando e entoando cânticos pelas ruas de Alvarães.

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Barroselas e Carvoeiro

Monte da Padela ganha mais 400 árvores A Padela Natural, mais uma vez, iniciou o seu plano de atividades com a iniciativa “Plantar a Padela”. Esta iniciativa foi realizada em parceria com a Assembleia de Compartes do Baldio de Carvoeiro e com o apoio da Câmara Municipal de Viana do Castelo e União de Freguesias de Barroselas e Carvoeiro.

Mais de 50 pessoas marcaram presença, e sem medo da chuva, plantaram mais de 400 árvores autóctones numa área acima do Parque de Valinhas.

João Sobreiro, presidente da Padela Natural Associação Promotora, declarou no final que “é Indescritível o orgulho que sentimos em todos aqueles que nos acompanharam nesta iniciativa.

Com o apoio inestimável dos nossos parceiros, demos nova vida a um espaço que estava praticamente sem árvores. Retribuímos à Padela aquilo que ela nos oferece durante o ano nas nossas múltiplas atividades.”

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SWR Barroselas Metalfest 2016 já tem cartaz fechado, programação por dias e bilhetes diários Está fechado o cartaz da décima nona edição do SWR Barroselas Metalfest com a adição das 13 bandas que completam o SWR Arena, palco de entrada livre do festival que decorre entre os dias 22 e 24 de abril.

No dia 0, 21 de abril, decorre a final nacional da W:O:A Metal Battle Portugal, cujo vencedor irá poder atuar no mítico festival Wacken Open Air, e será encabeçado pelos portuenses Plus Ultra. Na tarde de 22 de abril vai poder ouvir-se na SWR Arena o post-metal dos bracarenses MILF e o crust dos Repressão Caótica, enquanto a noite ficará a cargo da editora Signal Rex que leva ao festival Vaee Solis e Scum Liquor.

O segundo dia começa com o death metal dos galegos Bokluk e o black metal psicótico de Balmog, terminando com duas propostas da editora Helldprod: Gorgásmico Pornoblastoma e Clockwork Boys.

No dia 24 de abril o festival Milhões de Festa a convida a promessa do garage rock 800 Gondomar e os britânicos Hey Colossus que no ano anterior foram responsáveis por uma das melhores atuações do festival de Barcelos. Os últimos cartuxos são disparados por Miss Lava eSimbiose.

Também já é conhecido o alinhamento por dias do cartaz dos palcos principais, que contam com nomes como Marduk, Aborted, Doom, Violator, Conan, Monolord, Usnea ou Jucifer, entre muitos outros. Pode ser tudo consultado na nossa página dedicada ao festival.

Com o alinhamento por dias chegam também os bilhetes diários, que ficam cifrados em 35€. Os bilhetes para os três dias de festival custam 65€ até ao dia 10 de abril e estão disponíveis na rede Ticketline, Ticketmaster, Getafest, Unkind e outras lojas especializadas.

Vila de Punhe

Investimento de 350 mil euros na rede de saneamento Fonte: www.correiodominho.com No dia 15 de fevereiro, o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, José Maria Costa, marcou presença na inauguração da rede de saneamento da freguesia de Vila de Punhe.

Foram investidos 350 mil euros para instalar três quilómetros de rede que servem agora cem fogos daquela freguesia.

A iniciativa, que integra o périplo que o executivo municipal faz pelas freguesias do concelho, integrou assim esta cerimónia simbólica, sendo que a visita incluiu também uma reunião de trabalho com o executivo da junta de freguesia local para analisar outros projetos e aferir de novas necessidades em Vila de Punhe.

Em causa estão novos investimentos no espaço público daquela área, na rede viária e nas infra-estruturas, sendo que a visita serviu igualmente para conhecer os projetos futuros da junta de freguesia local.

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Cidade [Viana do Castelo]

Ponte Eiffel novamente alvo de reparação

“Tinham previsto finais de fevereiro. Admito que possa haver algum ajuste mas não nos foi comunicado nada. Na última reunião da Comissão de Trânsito, que contou com a presença de representante da IP mantiveram a calendarização.

Quero acreditar que não haja nenhuma alteração”, afirmou Luís Nobre.

Explicou que a intervenção “terá interferência” na circulação automóvel “em dois períodos noturnos de quatro horas” e que consistirá “na substituição dos aparelhos de ligação entre as duas rampas de acesso, norte e sul, à plataforma da ponte”.

“Escolheu-se o período noturno para facilitar a vida aos utentes sendo certo que é inevitável porque os aparelhos têm que ser substituídos para manter a ponte com condições totais de funcionamento e segurança”, afirmou.

Em dezembro passado, e em resposta escrita a um pedido de esclarecimento enviado pela agência Lusa, a empresa adiantou que a intervenção, orçada em 118 mil euros “terá a duração de 70 dias, tornando necessária a implementação de condicionamentos à circulação automóvel que serão antecipadamente divulgados”.

Segundo informação disponibilizada pela IP, empresa que resulta da fusão da Refer e da Estradas de Portugal, a intervenção “visa a reparação dos elementos de alvenaria existentes no acesso ao tabuleiro

rodoviário (rampa), do lado de Darque, e a substituição dos dois aparelhos de apoio existentes nos acessos rodoviários das duas margens do rio Lima”.

A última intervenção realizada na ponte centenária (utilizada no piso superior por peões, viaturas ligeiras e pesadas, e no tabuleiro inferior por comboios) foi em junho de 2014 para a substituição integral do piso do tabuleiro rodoviário, que se encontrava “totalmente esburacado”.

Desde 2007, altura em que toda a estrutura recebeu uma grande intervenção de reabilitação - durante quase dois anos e que custou 15 milhões de euros -, que os problemas no piso rodoviário persistiam,

Minho: Linha eletrificada uma realidade para breve A redação A Linha do Minho vai finalmente ser eletrificada. Recorde-se que a eletrificação desta linha é uma reclamação antiga da região tendo em conta aquela que é a realidade do resto do país em termos de circulação ferroviária.

No Diário da República de 1 de março é lançado o concurso público para a Empreitada de “Eletrificação Linha do Minho entre Nine e Viana do Castelo, inclusive, incluindo estações técnicas”, numa extensão de 43,6 kms. O valor base do concurso é de 21,5 milhões de euros e,

depois de adjudicada, a obra deverá estar concluída num prazo de 450 dias. As propostas para este concurso podem ser entregues nos próximos 2 meses pelo que, a confirmarem-se os prazos, daqui a cerca de 2 anos a Linha do Minho estará finalmente eletrificada.

Em comunicado, o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, José Maria Costa, congratulou-se com o anúncio da Infraestruturas de Portugal e referiu que esta é a melhor forma de aumentar a competitividade e melhorar a mobilidade da fronteira com mais população do país.

nomeadamente com vários buracos de grande dimensão no alcatrão, ao longo dos seus cerca de 500 metros de extensão.

Inaugurada em 1878, a ponte metálica sobre o rio Lima foi desenhada pela Casa Eiffel de Paris e veio substituir a velha ponte em madeira que ligava o então terreiro de São Bento à margem esquerda do rio Lima, junto à capela de São Lourenço, em Darque.

Com a singularidade de ter dois tabuleiros sobrepostos para a circulação ferroviária no inferior e rodoviária no superior, foi a única travessia do rio Lima no concelho de Viana do Castelo durante quase todo o século XX. Foto: DR

Fonte: Diário Digital com Lusa

Foto: ARMENIO BELO/LUSA

As obras estão a cargo da Infraestruturas de Portugal (IP) e devem começar no fim de fevereiro estando previsto durar 70 dias

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BUS académico do IPVC tem apoio do Município de Viana do Castelo Fonte: Correio do Minho Para garantir o apoio ao BUS Académico, que serve 11 localidades da região do Alto Minho, a Câmara Municipal de Viana do Castelo celebrou, no dia 26 de fevereiro de 2016, com o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) um protocolo de cooperação para a ‘Promoção do desenvolvimento para a criação de condições mínimas de mobilidade indispensáveis à valorização das qualificações e competências - Bus In Alto Minho’.

O serviço de transporte, que arrancou já este ano lectivo, vai cobrir 10 concelhos do distrito, permitindo, desta forma, reduzir os custos da frequência do ensino superior. “Assim, numa perspectiva de promoção da coesão social e das qualificaçõs e competências como alicerca fundamental para o desenvolvimento socioeconómico da região e da mobilidade sociais dos munícipes, a câmara municipal e o IPVC consideram fundamental

implementar esta iniciativa piloto”, pode ler-se no documento assinado ontem.

No âmbito do protocolo, a Câmara Municipal de Viana do Castelo obriga-se a contribuir para o projecto financeiramente através da atribuição anual de um apoio no valor de 8.988.96 mil euros, dividido em duas prestações semestrais.

O IPVC, em conjunto com a Comunidade Intermunicipal do Alto Minho, criou este serviço de transportes low-cost para os seus estudantes. O BUS Académico já arrancou no início do ano lectivo de 2015/16 e cobre os dez concelhos da região. As várias localidades estão interligadas com as seis escolas do IPVC, com um custo que oscila entre os 45 cêntimos e 1,80 euros por dia.

Tendo em conta as dificuldades financeiras que um realojamento pode significar para as famílias, principalmente para zonas mais carenciadas do interior, a iniciativa do IPVC pretende democratizar esse acesso e permitir que os alunos e poten-

ciais alunos possam deslocar-se todos os dias para as respetivas escolas, voltando depois para casa.

O projecto liga não só as capitais de concelho, mas também está conectado às localidades de Eiras, Extremo, Boivão, Moreira, Tangil, Riba de Mouro e Portel de Alvito.

O trajecto, de baixo preço, foi desenhado de modo a que todos os estudantes do distrito, independentemente do concelho onde residam, possam deslocar-se em horários que lhes permitam frequentar qualquer uma das escolas superiores do IPVC, sendo que os objectivos maiores do BUS Académico são os do combate ao insucesso e ao abandono escolar, e, sobretudo, a garantia de equidade e de coesão social.

O BUS Académico tem uma rota principal que faz ligação com algumas carreiras existentes.

O horário da rota começa às 7.30 horas para a rota matinal e às 17.30 horas para o retorno.

Desporto Regional

IV Trail Sta Luzia Realizou-se no passado dia 7 Fevereiro o IV TRAIL STA LUZIA, em Viana do Castelo,prova organizada pela TOBOGÃ e Leandro Freitas (Diretor Técnico da Prova), prova que juntou cerca de um milhar de atletas/caminhantes que percorreram caminhos, estradões, trilhos e ribeiros da montanha de Sta Luzia, passando pelos locais mais emblemáticos da montanha e alguns bem desconhecidos, mesmo das gentes da região.

O inicio da prova deu-se no Estádio Municipal Manuela Machado, onde também terminou, tendo passado por vários pontos de abastecimento, onde os atletas/caminhantes retemperaram energias, destacando-se o abastecimento dos 16km, na aldeia de S Mamede onde imperava a broa com mel, proporcionado pela Comissão de Festas do Mel – S Mamede.

De salientar que este evento teve a vertente solidaria pois parte do valor de inscrição de cada atleta revertia para a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo e também para o Agrupamento 348 do CNE da Meadela, ambos colaboradores muito ativos neste eventos.

Do programa do evento faziam parte uma caminhada de 10km, um Trail Curto de 20km e um Trail Longo de 40km, cujos percursos foram amplamente elogiados pelos presentes ao Diretor Técnico, como o melhor ate hoje conseguido ao longo das quatro edições.

Resultados: 20km: Masculinos: 1º Rogerio Marques – Cyclones Sanitop – 1h 35.39; 2º Francisco Fernandes – Experienciar – 1h 37.44; 3º Rui Laranjeira – Experienciar – 1h 38.29 Femininos: 1ª Carla Pereira – Encostas Corno Bico – 1h 58.03; 2ª Raquel Abreu – Individual – 2h 09.09; 3ª Sameiro Alves – XL&S Trail – 2h 09.26 Colectivamente venceu a Experienciar 40 km: Masculinos: 1º Jerome Rodrigues – EDV Viana Trail – 3h 23.19; 2º Amandio Antunes – Afifense Trail – 3h 23.20; 3º João Rodrigues – Amigos Montanha – 3h 31.26 Femininos: 1ª Fernanda Verde – EDV Viana Trail – 4h 16.09; 2ª Vera Oliveira – Açores – 4h 46.18; 3ª Soraia Monteiro – XL&S Trail – 4h 50.30 Coletivamente: 1º Prefabricados Feijoo –

Espanha; 2º EDV Viana Trail; 3º Minho Aventura

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Viana do Castelo recebeu, pela primeira vez, etapa do Circuito Europeu de Florete Gabinete de Imprensa Câmara Municipal de Viana do Castelo A secção de esgrima da Escola Desportiva de Viana, com a colaboração da Câmara Municipal de Viana do castelo, da Federação Portuguesa de Esgrima e da Confederação Europeia de Esgrima, organizou o Circuito Europeu de Iniciados - U14 de Florete Masculino e de Florete Feminino (e nas provas de cadetes), que decorreram no Centro Cultural durante o fim de semana.

Depois de, em 1999, ter organizado o Campeonato da Europa de Juniores e de 2001 a 2010 ter sido palco de 10 etapas da Taça do Mundo de Juniores, Viana do Castelo voltou assim a acolher uma competição internacional, desta feita, uma etapa do Circuito Europeu de Iniciados de Florete, no primeiro ano da realização deste Circuito.

Esta foi, aliás, a primeira vez que Viana do Castelo recebeu uma etapa do Circuito Europeu de Florete com as competições

de Florete Masculino e Feminino, no escalão de iniciados.

Estas competições do Circuito Europeu U-14 destinaram-se a esgrimistas nascidos a 2002 e nos anos seguintes (escalão não inteiramente coincidente com o escalão de Iniciados da Federação Portuguesa

de Esgrima e da outras Federações nacionais). Na mesma ocasião, foram também organizadas provas de Cadetes em Florete Masculino e Feminino (abertas a esgrimistas nacionais e estrangeiros) pelo que competiram em Viana do Castelo atletas nascidos até 1999 (Cadetes).

Saúde

O poder da Anona a fruta saudável anti-cancerígena A anona o a fruta da árvore de anona, fruta do conde ou graviola é um produto milagroso para matar as células cancerosas.

A anona é uma fruta milagrosa para matar as células cancerígenas. Estudos recentes indicam que esta fruta é 10.000 vezes mais potente que a quimioterapia.

O interesse desta planta deve-se aos seus fortes efeitos anti-cancerígenos. E embora lhe sejam atribuídas muitas mais propriedades, a mais interessante dela é o efeito que produz sobre os tumores.

Esta planta é um remédio provado para os cancros de todos os tipos. Há quem afirme que é de grande utilidade em todas as variantes do cancro. É considerada também como um agente anti-microbial de amplo espectro contra as infecções bacterianas e, por isso, é eficaz contra os parasitas internos, regula a tensão arterial alta e é anti-depressiva, combate a tensão e os distúrbios nervosos.

Estudos científicos provaram que a anona

destrói as células malignas em 12 tipos de cancro, incluindo o do cólon, do peito, da próstata, do pulmão e do pâncreas.

Os compostos desta árvore demonstraram actuar 10.000 vezes melhor retardando o crescimento das células de cancro do que o produto Adriamycin, uma droga quimioterapeutica, normalmente usada no mundo. .

Propriedades, benefícios e nutrientes da anona É uma fruta onde predominam as vitaminas C e B6, alguns minerais (potássio, cobre e magnésio), que se acompanham por uma excelente dose de fibra dietética (2,3 gramas por cada 100 gramas de polpa de anona) onde sobressaem as fibras insolúveis em detrimento das solúveis.

Dois estudos recentes revelam a presença de duas classes de fitoquímicos na anona: a classe dos flavonóides, representada pela epicatequina, a quercetina e a kaempferol,

e a classe das acetogeninas, em altas concentrações, uma classe que parece possuir efeitos anti-inflamatórios e anti-tumorais.

Há muitos estudos científicos a relacionar um menor risco de aparecimento de alguns tipos de cancro com a ingestão diária de frutas e legumes com estas características.

Através do seu consumo, há uma concentração abundante de vitaminas, minerais, fibras e fitoquímicos, o conjunto identificado com a capacidade anti-neoplásica.

Um estudo publicado na revista Nutrition and Cancer, em Junho de 2011, registou um efeito protetor da anona, por inibição do crescimento tumoral da linha celular MDA-MB-468, no carcinoma da mama.

De facto, agora que ele está aí e que parece prometer ser tão diferente, fica a proposta: teste a anona, provavelmente ela também invulgar, mas mais uma fruta para que a sua alimentação seja tão variada quanto possível.

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Esporão do calcanhar

Dr. Jorge Neves Calcâneo é nome dado ao osso do calcanhar. O esporão do calcâneo é uma protuberância óssea, que surge habitualmente na base do osso calcâneo, na sola do pé.

Outro local onde o esporão pode surgir é na região posterior do calcâneo, próximo à inserção do tendão de Aquiles.

O esporão costuma desenvolver-se devido a microtraumatismos e inflamação crónica da parte inferior do calcanhar, afetando não só o osso calcâneo, mas também os tendões e a fáscia plantar (ligamento localizado na planta dos pés, com uma das extremidades aderente ao osso calcâneo). Os múltiplos microtraumatismos e a inflamação crónica ao longo de vários meses favorecem a calcificação dos tecidos ao redor do osso do calcanhar, o que leva à formação dos esporões.

Causas de esporão do calcanhar Qualquer situação que cause stress crónico à região do calcanhar pode provocar o desenvolvimento de um esporão. Como uma das extremidades da fáscia plantar está aderente à base do osso calcâneo, a fasceíte plantar (inflamação da fáscia) possui os mesmos fatores de riscos que o esporão de calcanhar, sendo comum a coexistência dos dois problemas ortopédicos.

São fatores de risco para o desenvolvimento do esporão de calcâneo e da fasceíte plantar: Idade acima de 40 anos.

Obesidade.

Pé chato.

Pé cavo.

Prática de desportos de alto impacto nos pés, como corrida, ballet e dança.

Trabalhar muito tempo em pé, como seguranças, professores, cirurgiões, trabalhadores de fábrica, etc.

Uso excessivo de salto alto.

Uso de calçados pouco apropriados para os pés, como sapatos apertados, largos ou velhos.

Alterações da marcha, como pisar com o pé torto, principalmente com a parte de dentro dos pés.

SINTOMAS Os esporões de calcanhar frequentemente causam pouco ou nenhum sintoma. A simples existência de um esporão não é suficiente para causar dor em cerca de 95% dos pacientes. Para haver dor é preciso existir também inflamação na região ao redor do calcanhar, geralmente com atingimento da fáscia plantar.

Apesar de ter uma forma pontiaguda, a dor do esporão não costuma ocorrer pelo espetamento de alguma estrutura ao seu redor. A dor surge pelo processo inflamatório local que é provocado por microtraumas repetitivos. Em geral, os pacientes com esporão de calcanhar que se queixam de dor apresentam também o quadro de fasceite plantar (é bom salientar que o esporão do calcanhar não provoca a fasceite plantar).

Portanto, não é o esporão em si que causa dor nos pés. O esporão é apenas um sinal indireto de que aquela região do calcanhar esteve nos últimos meses, ou anos,

exposta a traumas e stresses repetitivos.

Quando há inflamação local o sintoma mais comum é uma dor na planta do pé, especialmente na região abaixo do calcanhar. A dor é tipicamente pior durante os primeiros passos, como ao sair da cama de manhã ou levantar-se depois de estar sentado por algum tempo.

TRATAMENTO O tratamento do esporão do calcâneo só é necessário quando há inflamação dos tecidos ao redor, habitualmente sob a forma de fasceite plantar. Inicialmente, o controle da inflamação pode ser feito com repouso e gelo local.

Em casos mais resistentes, outras opções são a fisioterapia, com execícios e alongamentos específicos para os pés e tornozelos, e o uso de calçados com palmilhas especiais para reduzir a pressão sobre o calcâneo e a fáscia plantar. Pessoas obesas devem emagrecer para reduzir o stress que o excesso de peso provoca sobre os pés.

Se não houver contra-indicações, o uso de anti-inflamatórios por curto período ajuda bastante no controle do processo inflamatório. Injeções de corticoides no calcanhar podem ser utilizadas nos casos em que não há resposta satisfatória ao tratamento conservador.

A cirurgia para exérese do esporão é a última alternativa e atualmente é raramente indicada, pois a grande maioria dos pacientes consegue controle da dor com medidas conservadoras.

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Ambiente

Rio Neiva transbordou Manuel Lima m.l.valedoneiva@gmail.com O rio Neiva transbordou em vários pontos do seu percurso. Este mês de Fevereiro de 2016 foi muito generoso, pois tivemos chuvas intensas, provocando algumas cheias consecutivas no rio Neiva, como se vê na foto na ponte de Fragoso, entre os Concelhos de Barcelos e Viana do Castelo alagando os terrenos junto às suas margens. Em Balugães faz-se notar de imediato essas cheias logo que começa a chover intensamente. Importa recordar que em tempos passados as cheias violentas no rio Neiva era uma constante, pois os invernos eram muito rigorosos, os moleiros das Azenhas e Moinhos nessa altura atestavam esse facto, pois tinham muita dificuldade em exercer a sua atividade durante o inverno, pois as cheias eram consecutivas. Entretanto as alterações climáticas mudaram a face do clima mundialmente, e todos o sabemos, em Portugal, as quatro estações do ano foram completamente alteradas. Mas nem tudo é negativo, as cheias limpam o rio de toda a poluição a que está sujeito e proporciona aos terrenos alagados grandes quantidades de nutrientes tornando-os muito produtivos, por isso os agricultores vêem nas cheias uma benesse da mãe natureza. O lado negativo das cheias também acontece, Azenhas e Moinhos foram em muitos casos objeto de algum restauro e ocupação para vários fins, entrando em conflito com o próprio rio, que reivindica todos os anos o seu espaço natural, desde os primórdios da humanidade. Por isso não existem prejuízos, os que ousam desafiar o poder da natureza, pagam a fatura correspondente como se compreende e todos os anos com custos acrescidos. Existe uma fronteira, entre o homem e a natureza, que tem de ser escrupulosamente respeitada.

Belezas do Vale do Neiva

Legenda Paisagem do Vale do Neiva vista da capela de N.ª Sr.ª do Calvário em Tregosa

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Cultura

Comemoração dos 50 Anos do Grupo S. Paulo da Cruz José Miranda No dia vinte e um de fevereiro pelas 15.30h, o Grupo S. Paulo da Cruz, comemorou o seu quinquagésimo aniversário.

Desde a sua fundação (1966) e através das suas diversas atividades, continua a fomentar a cultura e o desporto neste lindo Vale do Neiva. Mobilizador de gente nova e empenhada em colaborar, consegue excelentes demonstrações bíblicas de teatro de rua. O Grupo Folclórico S. Paulo da

Cruz, também tem um papel importante neste lindo Vale do Neiva, quando representa noutras localidades os seus usos e costumes.

Quer o teatro de rua como o folclore, são a meu ver, duas formas diretas de evangelizar através da representação.

Nesta comemoração, estiveram presentes a:- Edilidade da Câmara de Viana do Castelo, elementos diretivos do Grupo S. Paulo da Cruz, autoridades religiosas, Instituições locais, convidados e amigos.

Nas várias alocuções proferidas, todos foram unânimes em elogiar o trabalho desenvolvido pelo Grupo S .Paulo e, a sua influência no meio. Também, a Congregação Passionista foi enaltecida, porque através das atividades que dispõe, faz passar por meio de uma comunicação gestual e direta, a palavra do Evangelho. É sem dúvida, um excelente forma de comunicar como muito bem o fazia S. Paulo da Cruz, fundador da Congregação.

No final, foi posto á disposição de todos um Branco d’ Honra (fruto da casa), onde foi notório o convívio, a alegria e a boa disposição.

A Mó- Associação do Vale do Neiva, esteve presente no evento e, felicita o Grupo S. Paulo da Cruz, pelos seus cinquenta anos de existência entre nós. Parabéns.

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Opinião

Fobia Social “Quando a timidez excessiva se torna um obstáculo para a socialização”

Cristiana Félix Esta perturbação caracteriza-se por um distúrbio específico que se manifesta na infância/início da adolescência com características limitativas no funcionamento escolar, profissional e individual da pessoa. No entanto, na maior parte das vezes olhamos para estas pessoas como sendo excessivamente tímidas ou mesmo envergonhadas com grandes dificuldades na relação com os outros.

Nestes casos as pessoas experienciam situações de ansiedade elevada em situações sociais o que limita a forma como se relacionam e em alguns casos chegam mesmo a evitar as situações temidas, recusando a participação nas mesmas.

As pessoas com este tipo de perturbação apresentam assim medo de comportarse de forma humilhante perante as outras pessoas, ressalvando que em crianças é preciso que tenham em atenção

que muitos destes comportamentos são característicos das diferentes idades, a fim de evitar diagnósticos incorretos.

Nestes casos as situações são receadas com ansiedade extrema e podem desencadear ataques de pânico perante as situações, em crianças estes comportamentos caracterizam-se por choros e birras em situações socias. Nos adultos as pessoas reconhecem que é um medo excessivo e irracional mas mesmo assim não conseguem controlar, interferindo com as rotinas do nosso dia-a-dia.

Na generalidade dos casos estes comportamentos estão presentes durante um período superior a 6 meses, sendo que muitas das vezes as situações sociais estão marcadas por medo do que realmente poderá acontecer.

Estudos efetuados nesta área mostram que é importante que seja feita uma avaliação multidimensional para que assim possamos compreender a complexidade da doença. A ansiedade e o medo sentido por estas pessoas conduz as mesmas a estados avançados de isolamento e depressão afastando-se ainda mais das pessoas e do mundo que os rodeia.

Um das grandes questões colocadas em relação a estas pessoas prende-se com o porquê de ter estas atitudes e estes comportamentos perante os outros, o que

pode ser explicado pelo facto de a pessoa ter sido exposta a situações traumáticas anteriores ou mesmo a uma situação entendida como humilhação.

Principais sintomas apresentados: Ansiedade; Corar com facilidade Mãos trémulas; Boca seca; Deste modo esta perturbação pode ser caracterizada com base em três pressupostos: naquilo que as pessoas sentem, fazem e pensam.

Principais situações temidas por estes doentes: Falar em público; Medo de atuar em público; Medo das figuras de autoridade; Comer ou beber em público; Encontros sociais; Em suma estas são algumas das características desta perturbação tão frequente nos dias de hoje, na nossa sociedade.

Se tem algum destes sintomas procure ajuda e não deixe isolar-se. Não deixe que uma perturbação o condicione… condicione você a perturbação.

A Psicóloga Cristiana Félix

Os Caminhos de Ferro (Número 6)

Domingos Costa domingoscunhacosta@gmail.com António Maria Fontes Pereira de Melo, era um jovem promissor trabalhando no Ministério das Obras Publicas. Crer-se que foi, o óbvio promotor dos Caminhos deFerro em Portugal. Todavia, para o poder

concretizar mais facilmente, pouco tempo depois, assumiu o comando da Pasta da Fazenda. É que, neste Ministério, até pelos meios disponíveis, tinha mais facilidade em avançar com este grande projeto.

Para bem de Portugal, este notável estadista, dominou de modo fulgurante a política portuguesa durante mais de três décadas.

Sem fugir ao tema, fui tentado, em ligeiro parêntesis, a divulgar um parecer que li de Ramalho Ortigão, sobre Fontes Pereira de Melo. Com clareza, diz então o ilustre escritor: “…era um grande político da era moderna, com um brilhante poder de comando.

O glorioso ministro, morreu no exercício das suas funções políticas. A realeza, com

dor e lágrimas, nesse momento desolador, juntou-se à família do ilustre falecido”.

Considero, importante, voltar atrás no

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tempo, para falar da evolução das vias de comunicação e transporte. Elas foram morosas e manifestamente rudimentares.

Para satisfazer as suas necessidades, inicialmente recorriam a troncos de madeira em terra e em jangadas através dos rios. A seguir, competia aos animais servirem de veículos de mercadorias e pessoas. Um pouco mais adiante, segundo dizem, “…nova inovação na locomoção terrestre; a invenção da roda, inventada 6.000 anos A. C., sem se saber, com rigor, o verdadeiro inventor”.

A roda conseguiu, indelevelmente, revolucionar sobremaneira as exigências que o meio de transporte por linha férrea necessitava.

Inicialmente teve muita importância nas deslocações em pequenas distâncias. Todavia, havia necessidade de estudar a melhor maneira para os longos cursos. É sabido que, para o homem, não havia grande problema, porque se deslocava pelo seu próprio meio. Contudo, “…havia todo o interesse, em criar pernas para quem não as tinha”. Então, reuniram redobrados esforços, para conseguirem inventar algo na deslocação do carvão. Foi esse o motivo que levou a dar os primeiros passos, na invenção dos caminhos-de-ferro.

Os pioneiros a exercer esta atividade estiveram no “…transporte de carvão nas minas de Mertthyr Tydvill, nos jazigos de New-Castle, dos Condados de Durham, de Northumberland e de outras províncias de Inglaterra.” Para melhor esclarecimento, adiantar-se-á: “… já antes esse transporte se fazia rodando sobre barras de madeira.

Depois, em 1768, sobre carris de ferro fundido e, por fim, por 1808, sobre carris de ferro laminado.” Também, para esclarecer ainda

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mais “…a tração foi feita por animais até 1804, ano em que, pela primeira vez, foi aplicada a tração a vapor nas referidas minas”.

Como curiosidade, farei alusão ao seguinte pormenor: “… em Portugal entre outros locais, houve linhas de tração animal de Braga ao Bom Jesus. De Vila de Conde à Povoa de Varzim. De Penafiel à Lixa e da Figueira da Foz a Buarcos”.

Também, como referência importante, - pelos contornos extras de que reveste o tema - sobre o primeiro troço de transporte público do Mundo, cita-se: “…a primeira estrada de ferro de serviço público, digno desse nome, é a linha de Stockton a Darlington que foi inaugurado em 27 de Setembro de 1825.”

Fotografias do arquivo da (CP)

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Um homem telúrico José Rafael Soares

Embora já o tenha feito para este jornal, não tenho por hábito partilhar o que quer que seja do meu estimadíssimo diário, que tanto burilo no final de cada dia. Mas há sempre alguma coisa que me apetece partilhar, e no dia 16 de Fevereiro tive o privilégio de ter uma pequena estória para contar. Não sou um bom contador, e prefiro sempre a prudência semelhante à do jornalista que se oferece para veicular as estórias dos outros. O meu pai esteve na dura Guerra Colonial. Guiné Bissau. Teve na Marinha Portuguesa uma escola de vida. Qualquer catraio de vinte e poucos anos, como eu, não vai muito para além disto. As experiências, as cicatrizes e as memórias pertencem ao actor histórico que só a ficção permite tentar fixar. O que cada combatente pode relatar é de um valor inestimável. São as suas acções colectivas, contudo, que mais me chamam à atenção: a maneira como os homens se agregam posteriormente e convivem serenamente com o passado. Esses homens são sábios de pleno poder. Vão organizando saídas por Portugal inteiro, e cada grupo ao seu estilo. Os amigos do meu pai variam entre o Minho e Lisboa.

Desta vez foram experimentar um cozido à portuguesa em Montalegre. Eu tive o enorme privilégio em acompanhá-los.

Decidi ofertar-vos a estória completa e o meu relato.

Em casa recebemos os fuzileiros mais amigos do meu pai, se assim os posso resumir. São eles Manuel “Flash”, Mesquita, Luís Miranda e um outro senhor muito simpático cujo nome não recordo. Os dois primeiros passam aqui a noite. Amanhã

são destacados para a difícil missão de abater um cozido à portuguesa nas Maminhas do Barroso. Juntar-me-ei a eles como cadete interessado nas suas ancestrais competências de viver e de comer.

De todas as figuras, Manuel “Flash” é o mais surpreendente, pelo carinho e pelo repentismo. Tem a face sulcada por rugas e um nariz montanhoso, mas é o seu bigode que faz as delícias da casa e que o tornam numa figura à parte. Bebe seguramente mais álcool do que água, e é como se isso o tornasse mais credível. Sentamo-nos frente a frente para uma longa conversa.

Os seus primeiros tempos remontam a uma idílica herdade do Douro, creio que do avô, onde a perdiz aguentava outro sabor, que radiava por todo o lado. Caçar a perdiz era, na verdade, um desígnio para manter a colheita da uva funcional. Para ele, a caça era humana, na medida em que funcionava para a economia local e era autocontrolada. Passarada ou felinos, como o gato dos vizinhos, foram os seus primeiros alvos. Mas o seu favorito é o corso. Cita os espanhóis para dizer que “las perdizes se cazan con las piernas e lo corso con el culo”. Para o corso é preciso voltar o tempo sem relógio, ao tempo da espera, da mira, da estratégia. É o mais parecido com África.

Caçar nessas paragens é esquecer o cão.

“Estraga tudo”. Mas e os lobos? “Há gente mais tenra para o lobo do que eu”. Manuel é isto, o campeão da seriedade coloquial.

“Caçar o corso implica quatorze mil hectares, quatorze mil campos de futebol.

Epá, és o dono de uma paisagem”. A mensagem é poderosa. Na minha mente constroem-se fantasias de caçadores-recolec-

tores, o primitivo contrato entre o homem e a besta. Aquilo que hoje desprezamos futilmente, mantendo a compra de carnes de origem industrialmente duvidosa.

“Lá podes respirar à vontade, é como em África, e eu tenho imensas saudades de África”.

Mas sinto-o distante da prática, talvez por falta de fulgor. É o corpo que lhe falha, confessa-me. “No outro dia não fui, estava nevoeiro em Lamego. Não fomos e ainda bem, se não tínhamos morto cinco ou seis gajos”. Precisa de novo sangue, e eu ofereço-me para o acompanhar. Provoco-o: e a globalização, Manel? “A Europa é das regiões, não dos países”. Pois, eu acho, que também o deveria ser, mas a cultura dominante despreza o campo, voltou-o para o lazer, para o fim-de-semana. Ele concorda comigo, e diz que a culpa ou é dos bárbaros – os nórdicos -, ou dos judeus. Não interessa se tem razão: o que me apraz ouvir é esta revolta de gigante em defesa do campo e da biodiversidade. “Flash” não ignora os poderes instituídos, simplesmente confronta-os com o seu afecto telúrico.

Quando o meu pai nos vem chamar para dormir, ele solta: “é um empata, é assim desde a guerra”. Estes homens partilham tudo. As suas estórias não acabam.

“Flash” tem-nas aos milhares, como as perdizes que se soltavam dos arbustos perdidos nos vinhais durienses. Ouvi-lo dissertar, em comunhão com um whisky escocês, é muito melhor do que qualquer curso. É uma formação para a camaradagem, para o respeito pela terra e para o animal. Conhece todas as raças caninas (“o dálmata não faz nada, foi criado para ser bonito”). Espero um dia ir com ele e com o canil à caça.

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Sociedade

Energia e alterações climáticas

“Uma União mais resiliente a nível da energia, dotada de uma política visionária em matéria de alterações climáticas “ constitui uma das 10 prioridades da atual equipa da Comissão Europeia dirigida por Jean-Claude Juncker.

A seguir transcreve-se a avaliação, dos progressos realizados no âmbito desta prioridade, realizada pela Comissão Juncker no final de 2015.No documento a Comissão refere “ser urgente pôr termo à manta de retalhos desordenada das políticas energéticas e climáticas nos 28 Estados-Membros”.

Nesse sentido “em fevereiro de 2015, a Comissão apresentou medidas pormenorizadas para uma União da Energia que realize o duplo objetivo de reduzir as emissões e tornar os sistemas energéticos mais seguros, sustentáveis e fiáveis.

Tal exige uma combinação de infraestruturas e a interligação de mercados para que a energia possa fluir livremente através das fronteiras. Devem ser concebidas redes de modo a que a eletricidade produzida em parques eólicos do Atlântico ou em parques solares das planícies possam fornecer energia mais barata para as instalações industriais e famílias onde é mais necessária.

Foi por esta razão que, em março de 2015, a presente Comissão acordou com a França, Espanha e Portugal reforçar as ligações na Península Ibérica. Apoiou igualmente a Itália e Malta na construção do cabo que em abril de 2015 terminou com o isolamento da rede maltesa. Os cortes serão menos frequentes, uma vez que Malta deixou de estar isolada do ponto de vista energético.

Esta Comissão também reforçou o Plano de Interconexão do Mercado Energético do Báltico para aproximar a rede de eletricidade dessa parte da UE dos mercados europeus, reforçando assim a segurança energética dos países Bálticos. Do mesmo

modo, a Comissão tem vindo a trabalhar, desde fevereiro de 2015, com os países da Europa Central e do Sudeste na conceção das redes que irão garantir o aprovisionamento de gás em caso de interrupção das importações.

Em julho, a Comissão apresentou propostas para ajudar os consumidores a beneficiarem de novas tecnologias para reduzir a sua fatura energética. Em primeiro lugar, a Comissão propôs que o rótulo de eficiência energética fosse mais fácil de ler e proporcionasse aos fabricantes incentivos para a conceção e a venda de aparelhos com maior eficiência energética. Quando entrarem em vigor, as novas regras irão trazer poupanças adicionais de energia correspondentes ao atual consumo de energia combinado dos três países do Báltico.

Em segundo lugar, apresentou medidas destinadas a apoiar a utilização pelos consumidores de aparelhos de leitura do consumo de energia inteligentes que tornem mais fácil gerir o consumo e comparar os preços entre os fornecedores.

Igualmente em julho de 2015 , a Comissão começou a adaptar os mercados da eletricidade a novas formas de produção de energia, tais como as energias renováveis e reformulou o regime de comércio de licenças de emissão da UE. O objetivo consiste em oferecer incentivos que levem as empresas com utilização intensiva de energia a modernizar as suas instalações e a utilizar soluções inovadoras para reduzir e absorver as emissões de carbono”.

A transformação para uma economia hipocarbónica que está em marcha estimula a inovação.

“Hoje em dia, as energias renováveis satisfazem as necessidades de 78 milhões

de europeus, ou seja, um quarto do consumo de eletricidade da UE. Emprega mais de um milhão de pessoas e gera um volume de negócios de 130 mil milhões de EUR, incluindo 35 mil milhões de EUR de exportações.

Hoje em dia, as empresas europeias detêm 40 % das patentes no domínio das tecnologias renováveis e o ritmo da evolução tecnológica aumenta o potencial de novos mercados das tecnologias verdes.

Os futuros automóveis e aviões acionados a eletricidade exigirão novas tecnologias que irão estimular a transição para uma economia hipocarbónica, como os aparelhos inteligentes, a energia solar e as baterias elétricas. Os esforços estão a ser estrategicamente concentrados, no âmbito da implementação da União da Energia, na investigação e inovação e no objetivo de tornar a UE o número um mundial em fontes de energia renováveis.

Esta ação combinada ajuda a UE a cumprir o seu compromisso de reduzir as emissões internas de gases com efeito de estufa em pelo menos 40 % até 2030”.

No âmbito desta prioridade a Comissão apresentou, em janeiro deste ano, um pacote sobre segurança energética com especial enfoque no abastecimento de gás natural de que falaremos em próximo artigo.

Saiba mais em: http://ec.europa.eu/priorities/sites/beta-political/files/priorities-progress-report_pt.pdf Centro Europe Direct de Ponte de Lima Associação Portuguesa de Criadores de Bovinos da Raça Minhota Largo Conselheiro Norton de Matos nº37 4990 -144 PONTE DE LIMA europedirect.ptl@gmail.com www.europedirectpontedelima.pt

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Agenda do mês [Concelho Viana do Castelo]

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Agenda do mês [Concelho Ponte de Lima]

Culinária

Receita de camarão frito sequinho Ingredientes 500 g de camarão ½ limão ½ xícara de salsinha 1 colher de sopa de alho Sal a gosto Azeite a gosto Preparação Tempere os camarões com limão, salsinha, alho e sal, se desejar, acrescente um pouco de pimenta moída. Deixe marinar durante 5 minutos. Com a frigideira ainda fria, coloque um fio de azeite, espalhe por toda a extensão usando um pedaço de guardanapo.

Leve para aquecer, depois coloque os camarões para fritar.

O segredo para que ele fique dourado de todos os lados é não mexer muito a frigideira, só mude uma vez para dourar o outro lado.

A pouca quantidade de azeite ajuda a fritar igualmente sem deixar encharcado. Forre um prato com papel toalha e coloque os camarões, seque. Está pronto para servir.

Fonte: www.bolsademulher.com

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Sugestão ao leitor

Sugestão cinematográfica

White House Down Assalto ao Poder (2013) Em 2013, o Cinema fez um verdadeiro 11 de Setembro na Casa Branca. Perto do início do Verão surgiu o entretido “Olympus Has Fallen”, um eficaz actioner B, assinado por Antoine Fuqua e com Gerard Butler. Agora surge este espectacular “White House Down”, digno exemplo de actioner A, que marca o regresso de Roland Emmerich ao action destroy cinema (ele que já tem grande experiência na destruição dos USA e da White House – “Independence Day”, The Day After Tomorrow”, “2012”).

John Cale é um agente do Capitólio que há muito sonha em pertencer aos Serviços Secretos e estar envolvido na protecção ao Presidente. De visita à Casa Branca com a filha Emily, John vê-se no meio de um violento raid que visa tomar o poder, controlar armamento nuclear e mudar a ordem mundial. Cale consegue fugir, mas há que sobreviver, matar os mauzões, salvar o Presidente, salvar a nação, salvar o mundo e, claro, salvar a filha.

De facto, estamos perante (mais) um “´Die Hard` in the White House”. Mas a verdade é que o filme de Emmerich não se limita a ser apenas uma variante do filme de Fuqua (embora haja uma cena de um raid aéreo comum a ambos os filmes, que quase parecem exercícios de copy/paste), conseguindo mesmo aparentar ser um remake (não assumido) do clássico “Die Hard” (o título de John McTiernan, com Bruce Willis, continua a ser uma referên-

cia, é um clássico e bem merece o estatuto de “melhor filme de acção de todos os tempos”) – até se chega ao ponto de ver o protagonista num telhado a ser confundido como um mauzão por parte dos “heróis” de um raid aéreo, a fugir de explosões e em acções heróicas numa (branca, pois claro) t-shirt de alças (sim, lembram-se desses momentos em “Die Hard”?).

Para além de todo o espectáculo visual das cenas de acção (nestas coisas o orçamento ajuda – Fuqua tinha 30 milhões de Dólares ao dispor, Emmerich tem 150), o filme aposta num equilíbrio (muito bem conseguido, diga-se) de acção (até temos direito a uma perseguição automobilística nos jardins da Casa Branca), humor (muitos momentos entre o protagonista e o Presidente e os comportamentos “heróicos” deste) e drama (o protagonista não é mostrado como infalível e nunca perde a preocupação com a filha; a menina é adorável e ganha imediatamente a simpatia e preocupação do espectador).

O argumento segue também as habituais (sub-)intrigas nos corredores do poder e das estratégias militares e de segurança.

Há um excelente grupo de actores e ninguém lhes pede interpretações sublimes.

Mas encontramos James Woods com a sua habitual intensidade, Richard Jenkins com a sua habitual segurança, Maggie Gyllenhaal com o seu habitual encanto e Jamie Foxx com a sua habitual coolness (numa

“subtil” interpretação a Barack Obama).

Channing Tatum está muito (mas muito) bem como pai e action hero (quase iguala Bruce Willis, mas está bem superior a Gerard Butler). Mas quem mete o filme no bolso é mesmo a pequena (só em tamanho), talentosa e adorável Joey King (já a vimos em “Crazy Stupid Love”, “The Dark Knight Rises” e em “Oz: The Great and Powerful” e anda aí nas salas com “The Conjuring”) – que fantástica actriz em ascensão, a merecer atento acompanhamento.

Depois de uma passagem pelo cinema histórico (“Anonymous”), Emmerich regressa (em grande) ao seu terreno de caça.

“White House Down” é um perfeito exemplo do que deve ser um pop-corn Summer moviee uma excelente maneira de nos despedirmos do Verão cinematográfico 2013.

Site - www.whitehousedown.com/site/

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