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Ano 23 | Nº 270| Julho 2022
O poder transformador do cooperativismo mais uma vez chama a atenção num período em que a instabilidade econômica, com inflação e taxas de juros elevadas em nível mundial, dentre outras questões, afetam a vida do ser humano. Enquanto a economia segue em ritmo de desaceleração, as cooperativas brasileiras cresceram, em média, acima de 12% nos últimos dois anos. Esse crescimento traz benefícios para os associados e a sociedade como um todo. Veja reportagem nas páginas 4 a 8.
2 Expediente Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial Rua Júlio Graeff, nº 01 Não-Me-Toque/RS - CEP: 99470-000 Fones: (54) 3332-2500 / 3191-2500 Diretoria Executiva Presidente: Nei César Manica Vice-presidente: Enio Schroeder Conselheiros de Administração Regional 1 Francisco Jorge Eckstein Marcelo André Van Riel Roveni Lúcia Doneda Regional 2 Gervásio Francisco Bins José Valdir Kappaun Mateus Tonezer Ricardo César Tomazoni Regional 3 Cristiano Ulrich Délcio Reno Beffart Jackson Berticelli Cerini Milton Antônio Marquetti Regional 4 Inézia Toso Meira Jair Paulo Kuhns Juliano Costa Regional 5 Fabiana Venzon Girlando Neiss João Caetano da Rosa Netto Regional 6 Marivaldo Maurina Regional 7 Eliandro Rigo Regional 8 Mauro João Giacobo Conselheiros Fiscais Titulares Heitor José Palharini Fabrício Zatt Eliar Winter Conselheiros Fiscais Suplentes Marcos Delmar Pasinato Leomar Bissolotti Leonardo Dal Moro Jornal Cotrijal Publicação mensal editada pela Unidade de Marketing da Cotrijal Gerente responsável Benisio Rodrigues Jornalista responsável Mariliane Elisa Cassel Textos e fotos Fernando Teixeira, Glauber S. Machado e Mariliane Cassel Projeto Gráfico Plano Comunicação Ltda. Fone: (55) 98127.9339 Impressão Tapejarense Indústria Gráfica Fone: (54) 3344.1214 Comercialização Agromídia - Desenv. de Negócios Publicitários Ltda - Fone: (11) 5092.3305, Guerreiro Agro Marketing Fones: (44) 99180.4450/3026.4457 e Prisma Produções Gráficas - Fones: (54) 3045.3489 /99233.3170
Jornal COTRIJAL | Julho de 2022
Opinião
O poder transformador do cooperativismo “Ser cooperativa é olhar para o todo, trabalhar para o todo. É atender o econômico, mas sem esquecer do social.” No mês em que celebramos o Dia Internacional do Cooperativismo, temos muito a comemorar. O sistema vem se fortalecendo, ano após ano, e em épocas de crise seu impacto econômico e social é ainda maior. Relatório divulgado no início do mês pelo Sistema Ocergs-Sescoop/RS comprova o quanto o cooperativismo contribuiu para o desenvolvimento do Rio Grande do Sul em 2021. O número de associados cresceu 4,2%, de 3,01 milhões para 3,2 milhões. Já o número de empregos diretos subiu 8,5%, de 68,3 mil para 74,1 mil. O crescimento no faturamento foi ainda mais expressivo: 36,8%. Em 2020, as cooperativas registraram R$ 52,1 bilhões de faturamento. Em 2021, R$ 71 bilhões. Já as sobras aumentaram 20,7%, de R$ 2,9 bilhões para R$ 3,6 bilhões. O ramo agropecuário foi o responsável pela maior fatia desse faturamento (R$ 51 bilhões) e também dos empregos (40 mil). As sobras somaram R$ 1,03 bilhão, distribuídas a 336,3 mil associados. São ganhos diretos e indiretos para todo o Estado. A Cotrijal, fruto da confiança do seu associado, também vem colhendo bons resultados e contribuindo para o desenvolvimento econômico e social das comunidades onde está presente. Em quase 65 anos de história, tornou-se conhecida por esse olhar para o coletivo.
Crescemos em números, de forma geral, considerando faturamento, sobras líquidas, recebimento, vendas de insumos, e desde março agregamos 10 mil produtores ao nosso quadro social, totalizando agora mais de 18 mil associados, fruto da incorporação da cooperativa de Soledade. Nosso compromisso é levar as melhores tecnologias, informações, produtos e serviços, para que esse grande grupo possa se manter no campo, com bons resultados. Um exemplo importante é o trabalho feito através do fornecimento de crédito e de seguro agrícola para nossos associados. A redução da oferta de crédito rural com taxas subsidiadas pelo governo é um caminho sem volta. Enquanto cooperativa, temos que buscar soluções. E entendemos que o seguro traz segurança para a cooperativa e o produtor. Nesta última safra de verão, tivemos 102 mil hectares segurados e os produtores que sofreram prejuízos vão receber mais de R$ 300 milhões em indenização. É um valor importante, que evitou o endividamento do produtor e ainda vai contribuir com a economia como um todo. Diretamente no aspecto social com as comunidades, neste mês também estamos participando de várias ações, como a doação de alimentos para entidades beneficentes em vários municípios da região e também dos uniformes antigos
Para iniciar com o pé direito!
dos colaboradores da cooperativa para reaproveitamento pela Apae e Cáritas de Passo Fundo. Ser cooperativa é isso. Olhar o todo, trabalhar para o todo. É atender o econômico, mas sem esquecer do social. E apesar dos desafios, vemos que, com planejamento bem-feito, é possível avançar ainda mais e continuar ajudando a construir um mundo melhor. Nei César Manica Presidente da Cotrijal
Você na rede! Começar bem a safra é essencial para colher bons resultados. É o que pensa Fernando da Roza, associado da Cotrijal de Mato Castelhano. O registro da semeadura de trigo é do dia 3 de julho, na Estância Roza. Ele destinou 70 hectares para o cereal, incremento de 20% em relação ao ano anterior. Para começar com o pé direito, investiu em cobertura de aveia preta em toda a área no período de entressafra, antes de plantar o trigo. A foto mostra o trator trabalhando com piloto automático, otimizando o plantio e eliminando a sobreposição das linhas. Você curte o Jornal Cotrijal e quer ter sua foto neste espaço? Marque @cotrijalcooperativa no Ins-tagram ao publicar sua foto. Ela pode aparecer publicada aqui nas próximas edições! Ou envie suas fotos pra gente: (54) 99603-8052
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Cooperativismo transforma realidades O poder transformador do cooperativismo mais uma vez chama a atenção num período em que a instabilidade econômica, com inflação e taxas de juros elevadas em nível mundial, dentre outras questões, afetam a vida do ser humano. Enquanto a economia segue em ritmo de desaceleração, as cooperativas brasileiras cresceram, em média, acima de 12% nos últimos dois anos. Esse crescimento traz benefícios para os associados e a sociedade como um todo.
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leiton Luft segue os passos do pai, Silvio Luft, no cooperativismo. Tem na Cotrijal o braço forte para avançar. É na cooperativa que ele faz seus negócios de forma segura e tem todo o apoio para colher bons resultados. A última safra de verão mais uma vez comprovou o quanto é importante ele ser associado de uma organização sólida como a Cotrijal. Com os recursos para implantação da soja todos oriundos da cooperativa, ele se beneficiou do seguro agrícola para evitar prejuízo, já que a produtividade foi muito abaixo da esperada. Nos 270 hectares em Carazinho, ele colheu 30 sacas/ hectare. Nos 275 hectares em Pontão, o resultado foi ainda mais baixo, 20 sacas/hectare. Com a indenização que recebeu do seguro, Cleiton conseguiu cobrir os custos de produção e ainda garantiu certa rentabilidade. Na área de Carazinho, a garantia foi de 47,79 sacas/ hectare, a R$ 160,00 a saca. Na área de Pontão, de 42,19 sacas/hectare, a R$ 160,00. “Na cooperativa tenho acesso aos insumos, através das campanhas de troca, assistência técnica de qualidade, além de segurança na comercialização”, afirma o produtor, que já garantiu o seguro para a próxima safra de verão e também para a área de trigo que foi implantada no inverno.
Seguro evita prejuízo A realidade de Cleiton Luft é a de muitos associados da Cotrijal, que não tiveram prejuízo graças ao seguro. A média de produtividade na região de atuação da cooperativa na soja na safra 2021/22 foi de 39,15 sacas/ hectare, redução de 40% em relação ao ano anterior, quando chegou a 65,4 sacas/hectare. No milho, a perda foi ainda maior. A média de produtividade fechou em 69,7 sacos/hectare no ciclo 2021/ 22, contra 173,3 sacos/hectare na safra 2020/21. Em toda a área de atuação, foram 102 mil hectares segurados na última safra, representando 80% da área financiada pela cooperativa. A expectativa é de que o valor das indenizações supere os R$ 300 milhões.
Crédito subsidiado cada vez mais escasso O primeiro semestre de 2022 foi um dos mais desafiadores das últimas décadas para o produtor rural
Cleiton Luft com o gerente da unidade de Negócios de Não-Me-Toque, Airton Mário Görgen: confiança no trabalho da cooperativa
devido à escassez de crédito agrícola. O Plano Safra 2021/22 ficou suspenso de fevereiro a junho, por falta de recursos para equalizar as taxas de juros. O resultado é que quem precisava de crédito teve que buscar no mercado privado, a juros bem mais altos. A redução do crédito rural subsidiado pelo governo é uma realidade que ficou mais evidente com o anúncio do Plano Safra 2021/22. Embora o volume de recursos para pequenos e médios produtores tenha aumentado em relação ao ciclo anterior, a elevação das taxas de juros, o redirecionamento de grande parte dos subsídios ao crédito rural para a subvenção dos seguros agrícolas e também o substancial aumento do valor destinado a taxas de juros livres revelam a mudança. Para Guilherme Bellotti de Melo, gerente da Consultoria de Agronegócios do Itaú BBA, dificilmente os subsídios continuarão ocorrendo como era no passado. “Se observarmos a velocidade de crescimento do agro e a necessidade de capital investido diante da oferta de recursos controlados, há um vão muito grande e daqui para frente os recursos privados devem ocupar parte desse espaço”, avalia.
Bellotti também entende que o seguro agrícola ganhará cada vez mais tração no Brasil “Isso está muito atrelado a maior disponibilidade de dados estatísticos para que as seguradoras consigam calibrar melhor os seus modelos de avaliação de risco para conseguir melhor precificação dos prêmios para o seguro”, pondera. Recorde - Neste ano agrícola, até o início de julho, o volume de indenizações já estava em R$ 6 bilhões no Brasil. “Se não houvesse seguro, como já aconteceu no passado, o governo federal teria que desembolsar mais recursos para renegociar dívidas”, avalia o superintendente Administrativo-Financeiro da Cotrijal, Marcelo Ivan Schwalbert.
Guilherme Bellotti de Mello, do Itaú: crédito privado deve ocupar espaço do subsidiado
Seguro no Brasil - números de 2021 Principais culturas Soja – 41% Milho 2ª safra – 27,9% Trigo – 8,5% Milho 1ª safra – 4,6% Café – 3,7% Maçã – 2,7%
Principais estados Paraná – 32,6% Rio Grande do Sul – 21,4% São Paulo – 10,2% Mato Grosso do Sul – 9,2% Goiás – 7,4% Minas Gerais – 5,7%
Produtores Apólices Área segurada (milhões de ha) Importância segurada (R$ milhões) Prêmio (R$ milhões) Subvenção (R$ milhões) Seguradoras
2020 104.428 188.524 13,3 44.441,0 2.802,4 857,3 14
2021 121.220 217.934 14,0 68.294,2 4.250,4 1.181,2 15 Fonte: Mapa
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Área de inverno coberta com seguro cresce O mercado de seguros foi bastante impactado pelos prejuízos na agricultura no último ano. Primeiro, com a seca e depois a geada que atingiu a safrinha de milho no Paraná, que tem volume muito alto de área segurada. Depois, com a seca na safra de verão no Sul do país. Por isso, segundo Marcelo Ivan Schwalbert, as seguradoras demoraram mais para lançar seus produtos tanto para o período de inverno quanto para o verão. Além disso, a escassez de recursos do governo também contribuiu para a demora. A Cotrijal sempre buscou se antecipar na questão seguro, principalmente para que o produtor conseguisse a subvenção
federal, que é acessada por “ordem de chegada”. Quanto mais cedo for feito o seguro, mas fácil de garantir a subvenção, porque os volumes destinados não são suficientes para atender toda a demanda brasileira. Como o Rio Grande do Sul é o último estado a plantar praticamente todas as culturas, se não houvesse esse trabalho antecipado pela cooperativa, muitas vezes os produtores não teriam conseguido a subvenção. “Nos últimos dois anos, na Expodireto, já estávamos preparados para oferecer o seguro tanto de inverno quanto do verão. Em 2022, fizemos alguns contratos de inverno depois da feira, mas em volume pequeno, porque algumas
seguradoras não haviam apresentado proposta”, explica Schwalbert. Mesmo com o atraso e com algumas mudanças no formato do seguro, graças a parceria que a Cotrijal construiu com as seguradoras, para o inverno houve aumento do volume de seguro destinado para a cooperativa. “No dia 30 de junho, foi finalizado o seguro de inverno, com 55% de incremento (trigo e cevada). Essa não é uma realidade em todo país. Só conseguimos porque temos credibilidade com as seguradoras e elas têm solidez. Não é o seguro ideal, mas ainda melhor que o praticado pelo mercado”, destaca.
Marcelo Ivan Schwalbert: crescimento da área segurada nos últimos anos traz segurança para a cooperativa e para o produtor
Menos riscos O associado Vagner Gotz, que planta 45 hectares em Sítio Bastos e Engenho Velho, interior de Nicolau Vergueiro, há quatro safras faz seguro da lavoura de verão. Na última, essa decisão salvou ele do prejuízo. Nos três hectares de milho, o seguro garantiu 114,23 sacos/ hectare a R$ 90,00 o saco. Nos 42 hectares de soja, 42,32 sacas/hectare a R$ 160,00 a saca. Ele elogia o trabalho da Cotrijal e ressalta que o suporte da cooperativa faz toda a diferença na propriedade. “Se estivesse sozinho, o trabalho seria muito mais limitado. Com a cooperativa, sigo avançando”, afirma. Vagner Gotz, que tem assistência técnica do engenheiro agrônomo Eugênio Felipe Ernani, não abre mão do seguro agrícola
Segurança para a cooperativa Neste primeiro semestre, de escassez de recursos, a cooperativa teve que buscar alternativas para garantir recursos para o produtor. “O lado bom é que já tínhamos expertise. Em outros momentos buscamos, por exemplo, o CRA Garantido. Isso nos deu conhecimento para conseguimos recursos livres e acessarmos outras operações nos bancos”, explica Marcelo Ivan Schwalbert. Outro aspecto importante, é a grande quantidade de área segurada. “Se a área segurada fosse menor, talvez tivéssemos certa dificuldade para voltar a financiar o produtor, primeiro em volumes, segundo em taxas e prazos”, conclui. O presidente da Cotrijal, Nei César Manica, afirma que a confiança do associado dá respaldo e credibilidade para a cooperativa. “A segurança que a Cotrijal consegue proporcionar aos seus associados hoje foi construída ao longo dos
anos e é base para o bom relacionamento com instituições financeiras, fornecedores e o mercado como um todo”, avalia. Ele reforça que o compromisso é trabalhar pelo coletivo. “É um ano desafiador, mas gostamos de desafios e estamos prontos para auxiliar o produtor que confia no cooperativismo”, afirma. Para o vice-presidente, Enio Schroeder, os desafios são inerentes à produção de alimentos e o crescimento verificado nos últimos anos na cooperativa é sinal da confiança do produtor. “O verdadeiro cooperativismo se faz na prática. Esse ano, mesmo com todas as dificuldades, graças ao suporte da Cotrijal, o produtor pôde dar sequência ao seu planejamento”, ressalta. Schroeder destaca ainda que a busca por soluções é permanente. “Temos um time grande, competente, atento às necessidades dos associados”, enfatiza.
Alerta aos produtores
Vice-presidente Enio Schroeder e presidente Nei César Manica no Encontro Nacional de Cooperativas Agropecuárias: confiança do associado leva ao fortalecimento da Cotrijal
O superintendente Administrativo-Financeiro da Cotrijal, Marcelo Ivan Schwalbert, alerta aos produtores que ainda não estão com os insumos garantidos para a safra de verão e também não encaminharam a contratação do seguro agrícola, que o façam o quanto antes. “Num ano de tanta imprevisibilidade, encaminhem logo o seu custeio junto ao banco ou à cooperativa e também o seguro agrícola. São duas variáveis extremamente importantes para o custo de produção e não podemos deixar pendentes, porque muito provavelmente ali na frente ou ele vai pagar mais caro para ambos ou pode não ter mais o recurso disponível”, afirma.
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Cooperativismo defende o produtor
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m dos aspectos que o associado Paulo Tonon, de Saldanha Marinho, valoriza na cooperativa é o fato de ela defender o produtor. “Temos acesso ao seguro e a garantia de que a seguradora não vai deixar a gente na mão, porque a cooperativa busca o que é melhor para nós”, avalia. “Já faço o seguro na hora da compra dos insumos, endossado para a Cotrijal”. Nesta última safra, ele fez seguro de 45 hectares e o seguro garantiu 45,5 sacas/hectare, a R$ 160,00 a saca. “Consegui pagar as contas deste ano e também liquidar anos anteriores”, explica. “Se não fosse o seguro, provavelmente estaria na mesa do gerente negociando parcelamento, o que já aconteceu em outros anos”. O esforço do sistema cooperativista na elaboração do Plano Safra 2022/23 testifica a fala do associado Paulo Tonon. Segundo o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, muito tempo antes do anúncio do plano, a entidade começa a se planejar para defender os interesses dos agricultores. “Começamos conversando com as cooperativas de todos os estados e discutindo o que é fundamental apresentar como propostas ao
Principais destaques do novo Plano Safra Volume de recursos: R$ 340,88 bilhões (+36%) Juros controlados: R$ 195,70 bilhões (+18%) Juros livres: R$ 145,18 bilhões (+69%) Por finalidade Custeio e comercialização: R$ 246,28 bilhões (+39%) Investimento: R$ 94,60 bilhões (+29%) Por beneficiário Pronaf: R$ 53,61 bilhões (+36%) Pronamp: R$ 43,75 bilhões (+28%) Demais: R$ 243,40 bilhões (+37%)
Paulo Tonon com o gerente da unidade de Negócios de Saldanha Marinho, Evandro Martins: a cooperativa defende o produtor
governo”, explica. Antes da fase de negociação com o governo, também ocorre um alinhamento com as entidades representativas do agro, como a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. “Foram quatro meses de negociação com os ministérios da Agricultura e Economia e o Banco Central”, explica Freitas.
“Sempre pedimos um pouco mais de recursos do que sabemos que o governo está disposto a dar e procuramos trabalhar com a taxa de juros menor que 10% neste ano, mas em função da atual conjuntura econômica, o Ministério da Economia nos colocou que deveríamos optar por mais recursos ou taxa menor. Decidimos por mais recursos, por causa dos altos custos de produção”, conclui.
Agro: atenção à gestão de riscos A elevação das taxas de juros é um dos pontos que deve ter atenção do produtor nesta safra 2022/23. É o que orienta Guilherme Bellotti de Melo, gerente da Consultoria de Agronegócios do Itaú BBA. “Os preços dos grãos devem se manter em patamares elevados
Igor Rose, do Itaú: economia mundial vive período difícil
historicamente nos próximos meses, talvez um pouco mais baixos do que vem ocorrendo, mas tivemos aumento significativo dos custos de produção e também dos custo financeiros, com a Selic saindo de 2% para mais de 13% em menos de dois anos”, pontua. Para manter boas margens, ele ressalta que é necessário o produtor ser eficiente na gestão de riscos, estando atento aos fatores que podem interferir nos preços dos grãos e nos custos, para buscar as melhores oportunidades. “O câmbio é, certamente, o principal ponto, especialmente em ano eleitoral, embora haja uma preocupação generalizada em relação à recessão global, a uma possível nova onda de Covid e aos rumos da guerra entre Ucrânia e Rússia”, pondera. O economista Igor Rose, do Itaú BBA, projeta
crescimento econômico próximo dos 2% no Brasil neste ano, enquanto em nível global a expectativa é de 2,9%. Com a maioria das grandes economias mundiais enfrentando período de crise, devido ao aumento da inflação ocasionado pela necessidade de combate à Covid e também ao impacto da guerra, a tendência deve ser de desaceleração, a exceção da China, onde a projeção é de crescimento de 4,2%. Rose explica que o Brasil foi o primeiro país a subir a taxa de juros, para combater a alta da inflação. “Enquanto o resto do mundo começa agora a pisar nos freios, o Banco Central brasileiro parece próximo de encerrar seu ciclo de aperto. E juros mais altos em nível mundial significam economia com crescimento menor”, pondera.
Projeção de crescimento do PIB 2022
Pontos de atenção próxima safra
Mundial: 2,9% Zona do Euro: 2,5% Estados Unidos: 2,0% China: 4,2% Brasil: 2,0% Argentina: 2,5%
Gestão de riscos Altos custos de produção Altos custos financeiros Eleições Possível recessão global Guerra Ucrânia x Rússia Volatilidade cambial
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Cooperativismo promove crescimento socioeconômico
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m todas as comunidades onde está presente, fraestrutura e fomento à assistência técnica, consegue o cooperativismo traz crescimento econômico evoluir em termos de sustentabilidade econômica, social e social. É o que comprovam os números da e ambiental. Dessa forma, propicia um ambiente proOrganização das Cooperativas Brasileiras dutivo que fica exposto a menos externalidades ne(OCB) e da Organização das Cooperativas do gativas, possibilitando prosperidade frente a cenários Estado do Rio Grande do Sul (Ocergs). adversos. O cooperativismo representa 53% da originação agrícola brasileira. No Rio Grande do Sul, o ramo JC – O cooperativismo agropecuário segue em agropecuário gerou R$ 51 milhões em faturamento em franco crescimento. De que forma o senhor avalia esse 2021, além de 40 mil empregos. crescimento e o que é possível projetar? Para o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes Freitas – O cooperativismo agropecuário tem se de Freitas, que concedeu entrevista para o AgroCast expandido de forma estruturada nos últimos anos, Cotrijal, a força do cooperativismo está nas pessoas e na cenário que ressalta as qualidades de um modelo de confiança que elas depositam nas negócios diferenciado diante de “O papel do cooperativismo está momentos econômicos complexos cooperativas. se tornando cada dia mais e voláteis. Dessa maneira, as vanessencial para o perfil agrário Jornal Cotrijal – Como o senhor tagens competitivas de escala e do nosso agricultor. Não tenho avalia a situação do produtor gaúcho diversificação proporcionadas pelo dúvidas de que quem vai nessa retomada após a estiagem da conseguir bons resultados, desde desenho de organização coletiva dea tecnologia pré-plantio até o safra anterior e de que forma o monstram que são bons alicerces processo de produção e cooperativismo tem auxiliado esse para possibilitar que as cooperativas comercialização, é quem está produtor? continuem crescendo. organizado em modelo de Márcio Lopes de Freitas – AnteO movimento cooperativista cooperativa, tanto agrícola ver cenários futuros é sempre um hoje investe em planejamento de quanto de crédito.” desafio, ainda mais quando se fala longo prazo, com foco em inovação, sobre a agropecuária brasileira, com grande exposição aprimoramento de sistemas de governança e gestão, forà adversidades muitas vezes imprevistas. O que se tem mação de recursos humanos, pluralidade de produtos hoje é um retrospecto histórico em que o setor e agregação de valor, seguindo os preceitos das práticas agropecuário do estado sulista tem mostrado grande ESG que norteiam o melhor atendimento aos clientes capacidade evolutiva, apresentando crescimento ex- e aos cooperados. Contexto em que, apesar da dificulpressivo nas safras de verão e inverno. Em contraponto dade em se projetar o futuro devido ao grande número também enfrentou, nos últimos anos, perdas con- de variáveis, coloca o movimento no caminho certo para sideráveis devido às adversidades climáticas sendo que, as tendências mundiais. nesse contexto, formas de mitigar esses riscos nunca foram tão necessárias. E nesse sentido, o cooperativismo agropecuário atua como instrumento para minimização das volatilidades, em que o modelo, através de profissionalização de processos, melhorias de gestão e governança, in-
Márcio Lopes de Freitas
JC – Deixe uma mensagem aos cooperados. Freitas – Os grandes depósitos das cooperativas não são os cofres das cooperativas de crédito, os graneleiros das agropecuárias ou os frigoríficos das de produção de carnes. Nosso grande armazém é da mercadoria mais escassa que tem na humanidade hoje, que é a confiança. Sem confiança, não tem esperança e sem esperança não percebe o futuro, não luta por um futuro melhor. O cooperativismo tem a obrigação, e não apenas os líderes, mas cada família de cooperados, cultivar e melhorar cada vez mais essa confiança. Problemas temos em todos os lugares, inclusive nas cooperativas. Mas o nosso modelo de negócio é o mais adequado para essa nova fase da humanidade. Escaneie o QR Code e ouça a entrevista com Márcio Lopes de Freitas no AgroCast Cotrijal.
Cooperativismo gaúcho Cooperativismo no mundo 1,2 bilhão de associados 250 milhões de empregos gerados 3 milhões de cooperativas
Cooperativismo brasileiro
53% 12%
da originação agrícola brasileira passa pelas cooperativas foi o crescimento médio das cooperativas agropecuárias nos últimos dois anos
17 milhões de associados 455 mil empregos gerados 4,8 mil cooperativas
423 cooperativas 3,2 milhões de associados (+ 4,2%) 74,1 mil empregos gerados (+ 8,5%) R$ 71,2 bilhões em faturamento (+36,8%) R$ 3,6 bilhões em sobras (+20,7%)
Ramo agropecuário no RS 336,3 mil associados (+ 0,6%) 40 mil empregos gerados (+ 3,8%) R$ 51 bilhões em faturamento (+45,9%) R$ 1,03 bilhão em sobras (+9,5%)
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Dia C: uniformes que fazem o bem
Fertilizantes: Ao que vem pela frente Cotrijal promoveu e também participou de várias ações sociais relacionadas ao Dia de Cooperar (Dia C), em comemoração ao Dia Internacional do Cooperativismo (neste ano celebrado em 2 de julho). Uma delas foi a doação, através do projeto Transformar para Cooperar, os uniformes antigos dos colaboradores para a Apae e a Cáritas de Passo Fundo. Foram arrecadadas 5.158 peças, que passarão por triagem para que possam ser distribuídas para uso ou encaminhadas para a produção de trabalhos artesanais. “Recebemos essa doação de braços abertos. Logo vestiremos essas cores, aproveitando as peças em nosso brechó solidário e também atendendo as necessidades dos nossos assistidos”, comentou a diretora-presidente da APAE de Passo Fundo, Maria do Carmo Ortolan Grazziotin. “Nossas famílias serão amparadas por esta doação. Nosso sentimento é de gratidão a todos que se sensibilizaram com o projeto e fizeram com que essas doações fossem realizadas”, comentou a diretora administrativa da Cáritas de Passo Fundo, Maria Isabel Teixeira da Silva.
Entrega dos uniformas para Apae e Cáritas de Passo Fundo, no dia 1º de julho
Pedal solidário atrai dezenas de ciclistas Outra ação importante, realizada pelo segundo ano consecutivo, foi o Pedal Solidário, que neste ano contou com a participação também da Sicredi Cooperação RS/SC, com o apoio do Grupo Pedala Não-Me-Toque. Antes de sair para percorrer de bicicleta o trajeto entre Não-Me-Toque e Carazinho, os participantes deixaram na sede da cooperativa alimentos que serão destinados para a Associação Beneficente de Amparo ao Menor (Asbam).
No dia 9 de julho, uma ação de intercooperação proposta pela Cotrijal e Sicredi Integração atraiu um grande público em tarde ensolarada no Parque da Gare em Passo Fundo. Entre os serviços disponíveis estiveram: cuidados com animais, descarte correto de lixo eletrônico, higienização bucal, amostra grátis de rações para cães e gatos e ponto de coleta de lixo eletrônico.
Em Vista Alegre, interior de Colorado, Cotrijal e Sicredi Integração Rota das Terras RS/ MG promoveram, no dia 5 de julho, evento para homenagear as mulheres. Com duas palestras motivacionais e um saboroso café colonial, as associadas das cooperativas aproveitaram cada momento e praticaram a cooperação.
Nas unidades da Cotrijal de Estação, Sertão e Capo-Erê (Erechim), houve arrecadação de alimentos que foram doados a sete entidades beneficentes de Getúlio Vargas, município que realizou o DIA C com uma mateada envolvendo nove cooperativas.
Vida no campo
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Langaro: uma família com o cooperativismo já enraizado “
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cooperativismo engloba todos, tanto o pequeno como o grande produtor”. É assim que o associado Artemio Langaro (64 anos) define o sistema cooperativista, consolidado ao longo dos anos e que faz muita diferença na vida das pessoas. Líder de núcleo da Cotrijal pelo município de Tapejara, Artemio é natural de Sertão e foi um dos primeiros associados da cooperativa em 2017. “Desde que a Cotrijal se estabeleceu aqui, no ano de 2016, tudo que precisamos temos apoio”, enfatiza. Através da cooperativa, dentre outros benefícios, ele teve acesso ao Programa Ciclus, ampliando a adoção da agricultura de precisão em sua propriedade, o que resultou em um solo mais uniforme em termos de fertilidade e por consequência, melhor resultado.
Confiança para avançar Esta é considerada uma palavra-chave por Artemio quando é questionado sobre o que mais valoriza na Cotrijal. Ele revela que ao visitar a Expodireto Cotrijal, antes de ser associado, não tinha a dimensão da força da cooperativa. “Hoje, conhecendo sua história, que é riquíssima, vemos sua solidez e o quanto o cooperativismo está enraizado na vida das famílias que já há mais tempo são associadas”, avalia.
Artemio com a esposa, os filhos, as noras e os netos participando do Pedal Solidário promovido pela Cotrijal, em Não-Me-Toque
Propriedade com bons resultados Foi inclusive com o investimento feito na agricultura de precisão que a propriedade, localizada em Vila Campos, interior de Tapejara, teve aumento de produtividade, atingindo seu melhor resultado, 82,5 sacas/hectare, na safra 2018/19. “Além do apoio em todas as áreas, a Cotrijal trouxe incentivo para evoluirmos. O cooperativismo é interessante por isso”, afirma Artemio. O produtor avalia que a relação vai além de simplesmente produzir, colher, entregar e pagar as contas. Ele confia plenamente nas orientações que recebe do
assistente técnico Bruno Scariot, que atende a propriedade. Desde a chegada da cooperativa, além dos investimentos em agricultura de precisão, passou a utilizar o consórcio de plantas para cobertura, visando aumentar a quantidade de palha no solo, e nos últimos anos começou também a plantar milho, para fazer a rotação de culturas e incrementar matéria orgânica. “A Cotrijal está sempre atenta, buscando o melhor para nossa lavoura e também para melhorar as nossas vidas”, ratifica.
Produtividade Soja 2017/2018 - 79 sacas/ha 2018/2019 - 82 sacas/ha 2019/2020 - 50 sacas/ha 2020/2021 - 78 sacas/ha 2021/2022 - 38 sacas/ha
Foto Bruno Scariot/Detec
Milho 2020/2021 - 193 sacos/ha 2021/2022 - 74 sacos/ha Família unida
Localizada em Vila Campos, interior de Tapejara, a propriedade tem área total de 33,8 hectares, sendo 22 hectares de plantio.
Artemio é casado com Marilene Langaro (59). Eles são pais de três filhos: Renato (37), Rafael (35) e Roberta (18). E têm três netos: Marcos Vinicius (18), Luis Otávio (10) e o pequeno João Lucas (2). Honesto, preocupado com a família e batalhador, ele divide seu trabalho no campo e na cidade, já que durante a noite trabalha em uma empresa de Tapejara. Também é atuante na comunidade, onde está inserido como membro da diretoria da Paróquia Nossa Senhora da Saúde da Igreja Matriz. Ainda nutre uma outra paixão, que é pedalar. Após uma cirurgia no início do ano, retomou os passeios de bicicleta em maio. Participou de várias ações de ciclistas, entre elas, o Pedal Solidário, realizado no Dia Internacional do Cooperativismo, 2 de julho, e que foi promovido pela Cotrijal e apoiadores. “Foram quase 45 km de trajeto entre Não-MeToque e Carazinho”, comemorou o produtor, que fez o percurso junto com os filhos e o neto, mas se deslocou a Não-Me-Toque com toda a família para acompanhar a programação.
10 Trigo tem boas perspectivas para o produtor Inverno
Jornal COTRIJAL | Julho de 2022
O “
trigo chega em boa hora em nossas lavouras”. O comentário é do produtor de Não-Me-Toque, com áreas em Vista Alegre, interior de Colorado, Evandro Busch. Já com toda a sua lavoura de inverno semeada, ele destina 18 hectares para o trigo e acredita no bom andamento do clima para fazer uma safra cheia. “A nossa parte vamos fazer, já conseguimos conduzir uma boa semeadura, as plantas estão nascendo bem e os próximos manejos já estão programados”, explica o produtor. Com 40 hectares de área total, Busch vê no inverno uma excelente oportunidade para agregar renda na propriedade. “Viemos de uma safra de verão frustrante, com baixa produtividade devido a estiagem, mas agora o cenário começa diferente, com bons preços no trigo e a previsão de clima favorável”, declara o produtor, que estima colher mais de 60 sacos de trigo/hectare nesta safra. Os próximos manejos, citados pelo produtor, estão relacionados com o controle de plantas invasoras na pós-emergência e a aplicação de nitrogênio (adubação nitrogenada). Conforme o engenheiro agrônomo Ediomar Chagas, que atende a propriedade, essas ações são de extrema importância para o bom desenvolvimento das plantas e, consequentemente, para o potencial produtivo. “O clima chuvoso registrado em junho obrigou os produtores a escalonar a semeadura. Os próximos manejos também seguirão essa tendência e cabe ao produtor conversar com os profissionais do Departamento Técnico para que as entradas nas lavouras possam ser realizadas nos melhores momentos”, explica Ediomar.
Ediomar Chagas e o Evandro Busch na lavoura de trigo em Vista Alegre, interior de Colorado
Controle de plantas invasoras na pós-emergência O Departamento Técnico da Cotrijal pede atenção para o surgimento de plantas daninhas nas culturas de inverno. O difícil controle já observado no verão (soja) motiva monitoramento constante das áreas,
Detec alerta
Adubação nitrogenada no trigo Ação deve ser realizada quando a planta já no estádio de início de perfilhamento (20 a 30 dias após a emergência do trigo). Atenção para a dose! A baixa utilização de N pode causar diminuição na produtividade das plantas e uma utilização de forma exagerada pode causar acamamento e perdas.
O Departamento Técnico da Cotrijal informa outros manejos que entrarão no calendário dos produtores ainda nesta safra de inverno. Destaque para o controle do oídio e manchas foliares, com presença em áreas semeadas de trigo sobre trigo. “O incremento de área fez com que os produtores repetissem a presença do trigo em lavouras que haviam recebido o cereal no inverno passado, o que tem ocasionado esses problemas. A orientação é o monitoramento, para que, se identificado o problema, junto
aplicações de reforço e sequenciais. Outro fato está na identificação das espécies, com casos de buva, capim pé-de-galinha, capim rabo-de-burro, caruru, dentre outras.
com o profissional técnico, possa ser definida a melhor estratégia de controle”, orienta o coordenador técnico da Cotrijal, Alexandre Nowicki. Ele pede também atenção especial para a giberela. “É uma doença que, com condições climáticas adequadas, pode ocorrer a partir da fase de emissão das espigas e exposição das anteras. Um problema típico causado por essa doença é a má formação dos grãos e comprometimento da qualidade dos mesmos, explica.
Incremento de área A área plantada do cereal deve somar 1.413.763 hectares no Rio Grande do Sul, a maior desde 1980. O incremento de área é de 15,04% em relação à safra passada. Os dados foram divulgados pela Emater, em levantamento realizado no começo do mês de junho. A produção total de grãos de inverno deve somar 5 milhões de toneladas, aumento de 11,9% em relação ao ano passado. Na área de ação da Cotrijal, as áreas semeadas com trigo também apresentam crescimento, na casa dos 20%.
Estimativa inicial da Emater para a produção de inverno em 2022 (comparação com 2021)
Após a semeadura é hora de monitoramentos e manejos para o controle de pragas e doenças no trigo
Trigo - 1.413.763 ha (+15,04%) Aveia - 392.507 ha (+14,26%) Canola - 48.457 ha (+27,42%) Cevada - 36.727 ha (+0,84%)
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Entrevista
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Quem ganha com a ilegalidade no campo?
O
mercado de defensivos químicos movimenta anualmente cerca de US$ 12 bilhões no Brasil, mas perde em torno de 20% a 25% desse valor para a ilegalidade. O problema afeta não apenas a indústria, mas o agronegócio e a sociedade como um todo, já que implica em perdas econômicas e riscos para a saúde e o meio ambiente. Para saber mais sobre o impacto do mercado ilegal, o Jornal Cotrijal entrevistou Nilto Mendes, gerente do Comitê de Combate a Produtos Ilegais da CropLife Brasil. Ele explica que ações de informação e educação têm sido trabalhadas de forma conjunta com a fiscalização e a repreensão, visando conscientizar a população brasileira sobre a necessidade de atenção ao problema. Jornal Cotrijal – O processo de inovação na agricultura vem ocorrendo de uma forma cada vez mais acelerada e gera, como benefícios, o crescimento em produtividade e qualidade. Mas a ilegalidade e o prejuízo que ela causa preocupam. Pela atual legislação brasileira, o que é considerado ilegal? Nilto Mendes – O registro, a fabricação, o transporte, a importação e inclusive o uso de defensivos químicos ou agrotóxicos é muito bem regulamentado no Brasil. Existe a necessidade de registro em pelo menos três órgãos distintos: o Ministério da Agricultura, a Anvisa e o Ibama. Qualquer produto que não atenda essas especificações de regulamentação é considerado ilegal. JC – Quanto se perde anualmente no Brasil em função da ilegalidade no mercado de defensivos químicos? Mentes – De acordo com estudo do Instituo de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf ), que
ajudamos a elaborar, o mercado de produtos ilegais no Brasil representa de 20% a 25% do mercado total. Considerando que o mercado brasileiro de defensivos é estimado em US$ 12 bilhões, tem-se uma ideia do impacto da ilegalidade. JC – É um problema apenas brasileiro ou ocorre também em outros países nessa mesma escala? Mendes – Não é um problema só brasileiro. A média mundial, considerando países desenvolvidos, está em torno de 15%. Na comunidade europeia, a estimativa é de 10% a 13%. No México, 15%. Na China, 17% a 20%. Na Rússia e na Índia, em torno de 25%. É importante salientar que são estimativas, porque é muito difícil medir de forma exata o tamanho do problema.
Denúncia anônima Para combater a criminalidade, o Comitê de Combate a Produtos Ilegais da CropLife Brasil tem atuado através de ações de informação e educação e estimulando a fiscalização e a repreensão. Também criou um sistema para o recebimento de denúncias anônimas, através do número 08008508500.
JC – Estratificando o problema, os maiores prejuízos referem-se a contrabando, falsificação, adulteração de produtos ou desvio de finalidade de uso? Mendes – Historicamente, o problema maior é o contrabando. As apreensões ocorrem praticamente todos os dias. Em geral, os produtos vêm de países vizinhos, mas há registros de entradas também via portos. A falsificação e adulteração de produtos vêm crescendo, especialmente em São Paulo, Goiás e no Sul do Brasil.
Os defensivos agrícolas mais usuais no Brasil
JC – A que se deve essa alta incidência de criminalidade? O volume de apreensões tem aumentado? Mendes – Nossa economia tem dependido da agricultura, que, para produzir mais, precisa de mais insumos. Por conta da alta demanda, o mercado ilegal tem crescido. Por outro lado, o combate à criminalidade também tem sido mais efetivo, com o crescimento do número de operações visando coibir a ilegalidade. Somente a Polícia Rodoviária Federal, entre janeiro de 2020 e maio de 2022, apreendeu mais de 456 toneladas de produtos. JC – Cite alguns de ações. Mendes – No Rio Grande do Sul, no final do ano passado, em uma única operação da Polícia Rodoviária Federal, foram apreendidas 100 toneladas de produtos. No início de julho, em uma grande operação em um porto em Santa Catarina, foram identificados produtos ilegais que estavam com documentação alterada. Na documentação, informava um produto, mas na realidade era outro. JC – Está mais fácil identificar o problema? Mendes – Hoje há um maior controle na venda de produtos. Além disso, os produtos contrabandeados, por exemplo vêm com rótulo não em português ou às vezes sem rótulo, o que facilita a iden-
Nilto Mendes: mercado ilegal prejudica a sociedade como um todo
tificação. Ainda assim, muitos casos não são identificados. JC – Quais os riscos para o agricultor? Mendes – No caso de ele usar produtos contrabandeados, de forma consciente, além de responder administrativamente também pode responder criminalmente e ter não somente os produtos, mas sua lavoura apreendida. Além disso, tanto no contrabando quanto nos demais usos ilícitos, corre o risco de ter problemas em relação ao produto, inclusive perder a lavoura devido a ineficácia ou alteração, como já aconteceu com muitos produtores.
Agrotóxicos apreendidos pela Polícia Rodoviária Federal entre 1/2020 e 5/2022 Ações no Brasil: 216 Quantidade apreendida no país: 456.315 kg Valor estimado das apreensões: R$ 11.261.855,00 Quantidade apreendida no Rio Grande do Sul em 2022: 24.212 kg Quantidade apreendida no Rio Grande do Sul em 2021: 9.018 kg Fonte: CropLife Brasil
Fatores para o aumento do interesse contrabando de agroquímicos • Acentuada margem de lucro; • Facilidade de comercialização; • Penalidade branda se comparada a outros tipos de contrabandos. Fonte: Idesf
Produção e manuseio de agroquímicos • 99,9% das indústrias brasileiras estão dentro das conformidades de fabricação; • 70% dos estabelecimentos comerciais atuam dentro dos níveis de conformidade do segmento; • 14% das propriedades rurais avaliadas em Goiás foram classificadas em baixo nível de conformidade no uso; • 10% das propriedades rurais fiscalizadas em operação contra os agrotóxicos ilegais no Paraná faziam uso destes produtos. Fonte: Sindiveg
Fonte: Mapa e Agrodefesa
Geral
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Supernova inicia mais duas turmas
A
s turmas 2 e 3 do Programa Supernova iniciaram aulas no final de junho. Com nova metodologia, em formato de curso de extensão, o pro-
grama visa auxiliar no desenvolvimento dos jovens rurais que integram o quadro social da Cotrijal, incentivar a sucessão familiar nos negócios rurais e despertar o interesse pela participação na cooperativa. Cristiano Tonet, 21 anos, de Colorado, tem a expectativa de que o conteúdo irá ampliar seu conhecimento. Formado técnico em agropecuária, ele está cursando Agronomia e auxilia nas atividades da propriedade. “Vou buscar absorver o máximo possível de conteúdo”, afirmou ele, que já é associado da cooperativa. Também otimista está o estreante Henrique Rocha, 16 anos, de Soledade. “Vejo que a cooperativa é séria, busca oportunidades para seus associados, e com o programa vai reforçar que o campo é uma boa opção”, avaliou. “Foi muito bom participar do Supernova em 2021 e quero seguir me especializando”, ressaltou Alisson Machado, 17 anos, de Ibirapuitã.
O Programa
É o segundo ano de Alisson Machado, de Ibirapuitã, no programa
O Supernova Cotrijal contará em 2022 com 121 jovens de toda a área de ação da cooperativa. Serão três turmas, que acompanharão aulas práticas e teóricas, sob coordenação pedagógica da Faculdade de Tecnologia do Cooperativismo (Escoop) e contando com a experiência de inúmeros especialistas da
Cristiano Tonet, de Colorado, é um dos jovens participantes do programa
Cotrijal. As aulas da turma 1 acontecem sempre nas terças-feiras à tarde. A turma 2 têm aulas nas quartas-feiras à noite e iniciou atividades em 22 de junho. E para a turma 3, as aulas iniciaram em 23 de junho e acontecem nas quintas-feiras à noite. O curso prevê 5 grandes módulos, totalizando 23 encontros, no formato híbrido. Serão 70 horas de programação, incluindo conteúdo técnico, interação e também atividades através de uma plataforma de jogos. O encerramento está previsto para o final do ano, com previsão de viagem técnica de estudos a Porto Alegre.
Henrique Rocha, de Soledade, é estreante
Cotrijal e a comunicação com o associado Presença fortalecida nas redes sociais O aumento do número de usuários e a ampliação das áreas de conexão com a internet fizeram com que as redes sociais se tornassem um importante canal de comunicação entre as empresas e seus públicos. Nos últimos anos, a Cotrijal tem buscado estar cada vez mais próxima
das pessoas e levar informações relevantes sobre o cooperativismo e o agronegócio. Conforme a 8ª Pesquisa de Hábitos do Produtor Rural, da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABAMRA), 94% dos produtores possui pelo menos um smartphone. Outro ponto importante é a maior oferta de internet no meio rural, disponível 89% dos produtores rurais que participaram do estudo. A pesquisa apontou também que 74% dos entrevistados utilizam as redes sociais para se atualizar. Ou seja, os meios de comunicação digitais deixaram de ser apenas um desafio, para uma realidade no campo. E foi nas redes sociais que a cooperativa encontrou uma oportunidade de “conversar” e estar mais presente nas comunidades da sua área de atuação, junto dos seus parceiros e colaboradores. Com perfil oficial no Facebook (mais de 12,5 mil seguidores), Instagram (mais de 17 mil seguidores) e LinkedIn (mais de 21 mil seguidores), o objetivo é que estes canais divulguem eventos,
comuniquem ações e compartilhem conteúdos técnicos que possam auxiliar os usuários e esclarecer dúvidas sobre temas importantes relacionados ao agronegócio. A Cotrijal também está presente em duas das principais plataformas de streaming, com um canal oficial do YouTube (mais de 1,2 mil inscritos) e o AgroCast Cotrijal – podcast de entrevistas com a participação de profissionais técnicos e produtores rurais – disponível no Spotify. Veja como acompanhar os perfis oficiais da Cotrijal nas redes sociais: Facebook: @cotrijalcooperativa Instagran: @cotrijalcooperativa LinkedIn: @Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial YouTube: Cotrijal Cooperativa
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Vinho e macarrão: combinação perfeita! U m dos pratos que mais combina com o inverno é o macarrão. Independente do tipo do macarrão e do molho utilizados, vai bem no almoço e no jantar. Para os amantes de vinho, ele proporciona uma combinação perfeita!
Não existe refeição mais prática e rápida de fazer do que as feitas à base de macarrão. Ele pode ser servido quente, frio, em sopas, saladas, como prato principal, acompanhamento e até como sobremesa.
Massas para rechear são um bom exemplo de refeição completa feita apenas com macarrão. Com um molho simples, à base de tomate, alho e óleo, pode acompanhar uma carne assada, frango ou peixe.
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Espaguete ao alho e óleo com brócolis
Como fazer o macarrão perfeito
Ingredientes 500g de massa integral espaguete 1 maço de brócolis ninja 3 colheres (sopa) de alho frito 3 dentes de alho picadinhos 2 colheres (sopa) de pimenta calabresa 1 colher (sopa) de manteiga 1/2 xícara (chá) de caldo de legumes 5 colheres (sopa) de azeite Queijo parmesão ralado para servir
Modo de preparo Cozinhe a massa em água fervente com um fiozinho de óleo vegetal e sal até que fique al dente. Enquanto isso, aqueça metade do azeite e refogue nele o alho picadinho. Acrescente o brócolis separado em mini bouquets e o caldo de legumes. Tampe a panela e cozinhe em fogo baixo por 8 minutos. Desligue, acrescente o alho frito, a pimenta e a manteiga. Passe o brócolis cozido junto
A nutricionista da Cotrijal, Raquel Jaeger Fenner, colaborou para elaboração deste conteúdo
com o caldo sobre o macarrão também cozido, regue com o azeite restante, misture bem, salpique queijo parmesão ralado e sirva.
Dica: Esta receita pode ser feita também com outros tipos de espaguete.
Use água em abundância. Recomenda-se 1 litro por 100 gramas de massa. Para comportar tudo isso, a melhor panela é aquela em formato de caldeirão. Coloque sal (tem que ficar parecida à água do mar). Para hipertensos, vale moderar! Não há necessidade de usar azeite ou outros óleos na massa durante o cozimento. Isso pode prejudicar a aderência do molho depois. Tire no ponto certo: o macarrão tem que estar cozido, mas firme no dente. Não precisa lavar a massa em água corrente depois de cozida.
Para todos os gostos! Existem cerca de 600 formatos diferentes de macarrão no mundo todo. Além da forma em si, as massas também se diferenciam pelos tipos e ingredientes: secas, de grano duro, à base de ovos ou não, integrais, coloridas com adição de vegetais, frescas e instantâneas. Na rede de supermercados da Cotrijal, você encontra diversas opções, inclusive para quem tem intolerância ao glúten (massa de arroz, de tapioca, de batata-doce). Além de massas gourmet, com linhaça, aveia e soja. E na linha de molhos, também são muitas variedades, desde os feitos apenas com tomate até os mais elaborados, como o pesto e até com ricota.
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e hore mo ho para acompanhar ma a 1. Sugo – O mais saudável e menos calórico. Leva tomate, alho, cebola, azeite e manjericão e é uma opção ótima para a saúde por causa do licopeno encontrado no tomate, importante nutriente que ajuda a reduzir o colesterol ruim. 2. Bolonhesa – Tem os mesmos ingredientes do sugo, só é acrescido de carne moída e vinho tinto seco. É um pouco mais calórico por causa da gordura saturada encontrada na carne. Para ficar mais saudável, escolha cortes menos gordurosos, como o patinho, a alcatra e o contrafilé. 3. Pesto – Feito com manjericão, alho, azeite de oliva e castanhas ou nozes. O manjericão é rico em magnésio, que possui antioxidantes que melhoram a imunidade. As oleaginosas são fontes de gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas, que protegem o sistema cardiovascular. E o azeite ajuda a controlar o colesterol.
4. Alho e óleo – O alho possui vitaminas A, B1, B2 e C,
e minerais como cálcio, enxofre, iodo, magnésio, selênio, sódio e o zinco. Seu maior efeito é o antioxidante, mas para obter estes benefícios, o alimento não pode ser cozido por muito tempo. Prefira o óleo de canola, que contém menos gordura saturada.
5. Molho branco – Utilize leite desnatado e iogurte ou ricota para deixar o molho menos calórico e continuar usufruindo dos benefícios do cálcio. 6. Funghi – Tradicionalmente feito com cogumelos secos e molho branco, é rico em betaglucana, substância que ajuda a potencializar o nosso sistema imunológico e ainda traz benefícios especiais para as mulheres.
7. Alla siciliana – Feita com tomate, berinjela, alho, manjericão e ricota. É muito saudável por causa da berinjela, fonte de vitaminas do complexo B, K e C, e nutrientes que ajudam a reduzir o colesterol. A ricota presente no molho é igualmente interessante, pois é uma fonte pouco calórica de cálcio e proteína. 8. Quatro queijos – Leva molho branco e os queijos provolone, parmesão, gorgonzola e requeijão. É o mais gorduroso e calórico dos molhos e, por isso, deve ser consumido com moderação. Para deixar a receita mais saudável, é válido substituir os queijos por versões light e o molho branco por creme de ricota.
Harmonia e mais sabor Os especialistas em culinária alertam que harmonizar o tipo de vinho de acordo com o molho utilizado no macarrão torna a refeição muito mais saborosa. Então, seguem algumas dicas: Molhos à base de tomate Vinhos tintos leves e com boa acidez (Chianti, Merlot) e vinhos rosés em geral. Molhos à base de carne (bolonhesa) Vinhos tintos mais encorpados (Cabernet Sauvignon). Molhos à base de queijo Vinhos brancos mais encorpados (Chardonnay) ou vinhos tintos delicados (Pinot Noir, Beaujolais). Molhos com frutos do mar Vinhos brancos e rosés em geral. Molhos com pesto Vinhos brancos leves e frescos (Sauvignon Blanc, Torrontés).
Fonte: www.conquistesuavida.com.br
Pera com calda de vinho Os vinhos, quando utilizados na elaboração de pratos, dão aroma, realçam o sabor e ainda garantem um ar de sofisticação. Sempre são uma boa ideia para deixar a refeição ainda mais especial. Eis aí uma bela opção de sobremesa!
Ingredientes 4 peras 2 copos pequenos de vinho tinto seco 4 colheres (sopa) de adoçante culinário Água, cravo e canela
Modo de preparo Descasque as peras, mantendo os cabinhos. Coloque para cozinhar junto com o vinho tinto seco, o adoçante culinário, cravo, canela e, se precisar, complete com água para cobrir as peras. Quando ficarem macias, estarão prontas! O cozimento é rápido e as peras não devem ficar amolecidas demais. Se necessário, coloque mais adoçante.
www.cotrijal.com.br
AgroCast Cotrijal cotrijalcooperativa
Contatos Imprensa WhatsApp (54) 99603-8052 e-mail: imprensa@cotrijal.com.br
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Campanha Forrageira de Verão
Opções testadas e aprovadas semeadura das próximas pastagens (verão) e do milho para a produção de silagem já está no calendário do produtor. Para facilitar o planejamento, a Cotrijal realiza até o dia 5 de agosto a Campanha Forrageira de Verão. O objetivo é garantir para o produtor insumos e materiais testados e aprovados na Área Experimental da cooperativa. “O preço dos produtos acompanha o padrão do mercado, com a possibilidade de pagamento programado, o que é uma facilidade para nós, que estamos há pouco tempo lidando com o leite”, explica o produtor Eduardo Augusto Kuntzer, de Santa Bárbara do Sul. Há quatro anos na produção leiteira, ele trabalha com 105 animais em ordenha. “O produtor tem que aproveitar. Para
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a próxima safra de verão terei 35 hectares com milho para silagem, o que já garante um bom montante de alimentação para o rebanho”, declara Eduardo. Lançada ainda no mês de julho, a Campanha Forrageira de Verão também tem em sua divulgação as orientações técnicas de adubação, semeadura e manejos. Tudo para que o produtor possa alcançar bons índices de produção. “Esse modelo vem dando certo. Conseguimos apresentar os testes acompanhados em nossa Área Experimental, o que mostra alternativas de manejos, posicionamento de cultivares e opções de híbridos para que o rebanho possa ter uma alimentação de qualidade, com a geração de renda para o produtor”, explica Alan Issa Rahman, gerente de Produção Animal da Cotrijal.
Aprendiz do Campo realiza aula inaugural Experiência e aprendizagem para o desenvolvimento da propriedade. Isso é o que espera Daniel Carlet da Silva, 18 anos, de Espumoso, que integra a nova turma do Programa Aprendiz Cooperativo do Campo, que iniciou atividades dia 27 de junho. Ao todo, 21 jovens participarão do curso pelos próximos 17 meses. Serão 552 horas de aulas teóricas e 552 de prática. O programa é desenvolvido em parceria com o Sescoop e a CooperConcórdia e traz uma proposta inovadora, que visa estimular a permanência dos jovens no campo, ou na zona rural, qualificando-os para uma gestão eficiente nas propriedades rurais. “Nossa família é associada há anos da Cotrijal, conhecemos já o trabalho que é feito junto ao produtor. Tenho o desejo de permanecer no campo, auxiliando nas atividades rurais e espero que este programa me ajude a buscar melhores resultados para nossa propriedade”, salientou o jovem.
SIPAT - Alerta para a qualidade de vida
Em Não-Me-Toque, a palestra com a nutricionista da cooperativa, Raquel Jeager Fenner, fez sucesso
A Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho movimentou os colaboradores das unidades da cooperativa neste mês de julho. Na sede, a ação foi uma realização das CIPAs de Não-Me-Toque (Sede, Supermercado, Loja, Expodireto, Fábrica de Rações, UBS e Transporte) e neste ano trabalhou tema “Mais saúde, mais segurança: uma construção conjunta”. A atividade contou com palestra sobre doenças sexualmente transmissíveis, bons hábitos alimentares e a cultura da segurança no trabalho. Destaque também para as ações nas demais unidades da cooperativa, com a organização para a doação de sangue e momentos de reflexão sobre a qualidade de vida.
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Em Tapejara, cooperativismo já enraizado Página 9 INVERNO
Trigo tem boas perspectivas Página 10
ENTREVISTA
Quanto custa a ilegalidade no campo?
Página 12