Ano 18 Nº 210 Abril 2017
Expodireto Cotrijal 2017
Feira marca retomada do crescimento
| PÁGINas 3 à 21
SOJA
Colheita de uma safra de altas produtividades | PÁGINa 22
02|Abril / 2017
Expediente Jornal da Cotrijal Órgão de divulgação da Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial
Endereço: Rua Júlio Graeff, nº 01 - Cx. Postal 02 Não-Me-Toque/RS - CEP 99470-000 Fone: (PABX) 54 3332-2500 FAX: 54 3332-2525 E-mail: jornal@cotrijal.com.br Internet: http://www.cotrijal.com.br Diretoria Executiva Presidente: Nei César Mânica Vice-presidente: Enio Schroeder Conselheiros de Administração Região Sede:
Divo Telmo Roos Leori Antônio Dessoy Odair Sandro Nienow Luiz Roberto Gobbi Francisco Jorge Eckstein Roveni Lúcia Doneda (Representante dos Líderes de Núcleos) Região Um: João Carlos Ferla Jonas Francisco Roesler José Valdir Kappaun (Representante dos Líderes de Núcleos) Região Dois: Airton Emílio Scharlau Ildo José Orth Juliano Manfroi Milton Antônio Marquetti (Representante dos Líderes de Núcleos) Valdecir Luiz Delazeri Valdino Morais
Délcio Reno Beffart
Conselheiros Fiscais Titulares Luiz Carlos Schuster
Ari José Guaranhi Daniel Gustavo Scheffel
Conselheiros Fiscais Suplentes
Jair Paulo Kuhns Francisco Feiten Schreiner João Caetano da Rosa Netto
Produção: Unidade de Desenvolvimento Cooperativista Jornalista Responsável: Leila Mertins Gerente da Unidade de Desenvolvimento Cooperativista - Reg. prof. 4.985 Redação: Elisete Tonetto, Fernando Teixeira, Ingra Costa e Silva, Jorge Correia, Mariliane Cassel, Mayara Dalla Líbera, Mário de Quadros e Patrícia Medeiros Fotos: Elisete Tonetto, Fernando Teixeira, Foto Choks, Mariliane Cassel e Mayara Dalla Libera Editoração Eletrônica: Prisma Produções Gráficas (54) 3045-3489 Fotolito e Impressão: Imperial Artes Gráficas Ltda. (54) 3313-5434 Comercialização: Agromídia - Desenv. de Negócios Publicitários Ltda. - São Paulo/SP - Fone: (11) 5092-3305 Guerreiro Agro Marketing - Maringá/PR Fone: (44) 9180-4450 - 3026-4457 Prisma Produções Gráficas - Passo Fundo/RS (54) 3045-3489 - 9233-3170 Periodicidade: Mensal
Opinião
NEI CÉSAR MÂNICA Presidente da Cotrijal
Expectativa de colher uma das melhores safras Nada melhor do que uma vitrine do agronegócio para sacramentar o bom momento que vive o Agro brasileiro. Os números da 18ª edição da Expodireto Cotrijal mostraram um clima bem diferente da edição passada. Mais confiante, capitalizado e motivado com a possibilidade de uma colheita histórica de grãos no Rio Grande do Sul, o produtor visitou feira, em março, em Não-Me-Toque decidido a fechar bons negócios. Os números finais da Expodireto revelam isso. Tivemos um acréscimo de 34% no volume de comercialização, em comparação com 2016, totalizando R$ 2.120.205.000 comercializados pelos expositores. Isso mostra a importância da Expodireto Cotrijal e do agronegócio para a economia do Rio Grande do Sul e do Brasil que começa a suspirar mais aliviada, depois de um ano de incertezas e retração nos investimentos. Mas a Cotrijal não para. Nos campos de produção, a colheita da safra de soja 2016/2017 segue em ritmo acelerado e promete ser farta, superando inclusive a média de 65,7 sacos por hectare da safra anterior. Esse crescimento do produtor é resultado de um trabalho personalizado que vem sendo feito através de programas importantes como o Ciclus (agricultura de informação) e Aplitec (tecnologia de informação). Quando vemos as lavouras parelhas e a satisfação do produtor nos enchemos de orgulho. Hoje dispomos do melhor time para fazer esse trabalho a campo e agricultores que inspiram pela sua determinação, força e eficiência. Nesta safra, o clima ajudou, é bem verdade, mas nada seria tão bom no campo, não fosse essa mão forte da cooperativa e a competência do produtor. Na Cotrijal, nada é por acaso. São 60 anos de dedicação e olhos voltados para o que há de mais moderno para que o produtor
Nesta safra, o clima ajudou, é bem verdade, mas nada seria tão bom no campo, não fosse essa mão forte da cooperativa e a competência do produtor. tenha toda a segurança e a certeza de que está fazendo o melhor negócio ao depositar grãos em uma das nossas 56 unidades, hoje com capacidade de recebimento de 981 mil toneladas. Todos os investimentos feitos em infraestrutura e equipes foram pensando em encurtar distâncias e facilitar a vida do nosso associado que acredita no trabalho da Cotrijal, presente hoje em 32 municípios do Norte e Nordeste do Estado. Esse foi o primeiro ano que trabalhamos lado a lado com o agricultor da nova área de atuação, mas com a mesma dedicação, profissionalismo e seriedade que cada um merece. Para nós é uma satisfação muito grande ver que o produtor das novas unidades também acredita neste trabalho baseado na força do conjunto. E nós acreditamos no potencial desses agricultores que também produzem com a máxima qualidade para ter o melhor resultado. Quando a gente vê agricultores confiantes, esperançosos, mais felizes, porque puderam ver o potencial das lavouras se expressarem, concluímos que todo o nosso esforço valeu a pena. É essa sinergia, confiança e união de esforços que nos motiva para seguir em frente ao lado dos mais de 6 mil associados em busca de novos patamares de produtividade. Uma excelente safra a todos!
Abril / 2017|03
Festa para os melhores do Agro A noite de 5 de março foi especial para a Cotrijal, uma das homenageadas com o Troféu Brasil Expodireto 2017. Em sua 8ª edição, o evento destacou os melhores do agronegócio brasileiro. A distinção, em 18 categorias, premiou personalidades de lideranças do cenário político e empresarial. O governador do Estado, José Ivo Sartori, marcou presença e entregou uma homenagem à Cotrijal pelos 60 anos. Nei César Mânica também foi condecorado como representante do agronegócio no Rio Grande do Sul e no país. “Foi uma surpresa. A gente fica muito feliz e emocionado. São 60 anos de história, construída passo a passo, com muito trabalho, dedicação e foco no produtor. E a Expodireto se tornou um símbolo de sucesso. Quem ganha são os produtores e as comunidades onde a cooperativa está inserida, gerando emprego, renda e mantendo o homem no campo. Ver todo esse prestígio das entidades, políticos e empresários, demonstra a grandeza da Expodireto”, agradeceu Mânica. Para o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, uma bela homenagem e que será dedicada aos associados e colaboradores. A forte presença de autoridades, além de lideranças ligadas ao agronegócio, também chamou a atenção de Schroeder. “É um prêmio que engrandece o trabalho da cooperativa. Agora só nos resta comemorar”, disse.
uma honra muito grande. Dedico a toda a minha família”, falou o jovem produtor. A premiação é uma iniciativa é da Rede Pampa e jornal O Sul, com apoio do Sicredi, Icatu Seguros, Mapfre e Cotrijal. A solenidade ganhou palco no Centro de Eventos Bier Site, abrindo a 18ª Expodireto Cotrijal.
José Ivo Sartori entregou uma placa em homenagem à Cotrijal pelos seus 60 anos, no Troféu Brasil Expodireto
Presidente Nei César Mânica foi condecorado como representante do agronegócio no Rio Grande do Sul e no país
Os homenageados
Categoria produtor
“É um convite que todo o agricultor gostaria de receber. Eu gosto de caprichar nas lavouras. Invisto em tecnologia e uso Sementes Cotrijal. Fiquei muito contente”, festejou o produtor Gilberto Maldaner, de Tapera, que recebeu troféu na categoria Produtor Rural. Na categoria Jovem Produtor Rural, o destaque foi o associado da Cotrijal, Fábio Luis Berwing, 25 anos, de Invernadinha, Não-Me-Toque. “Pra mim, é
Gilberto Maldaner, categoria Produtor Rural
Jovem Produtor Rural - F ábio Luis Berwing, de Invernadinha, Não-Me-Toque
Personalidade Gaúcha - Gilmar T ietböhl , superintendente do Senar
Pesquisa - Bayer CropScience, recebeu Paulo Pereira, diretor de comunicação corporativa da Bayer Brasil
Seguros;
Produtor Rural - Gilberto Antônio Maldaner, de Tapera
Parceiro do Agronegócio - Irga
Destaque Especial - B rigada Militar, recebeu Andreis Silvio Dal´Lago, coronel comandante-geral
presidente.
menagens aos Cotrijal
– Instituto Rio Grandense do Arroz, recebeu Guinter Frantz,
Fábio Luis Berwing, categoria jovem Produtor Rural
Máquinas e Equipamentos Agrícolas - Implementos Agrícolas Jan S/A, recebeu Jerri Rietjens, diretor Instituição Gaúcha - S indicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS (Simers)- recebeu Cláudio Affonso Amoretti Bier, presidente
Instituição de Crédito - Sistema Sicredi, recebeu Orlando Borges Müler, presidente Parceiro da Expodireto - Sesco-
op – S erviço N acional de Aprendizagem do Cooperativismo no E stado do RS,
recebeu Vergílio Frederico Perius, presidente
Destaque Internacional - Nicola Occhipinti, cônsul-geral da Itália no RS Os homenageados no evento, na Bier Site, em Carazinho
Liderança Empresarial - C ésar S aut , v ice-presidente da Icatu
Reconhecimento Especial - H o -
60
anos da
Liderança no Agronegócio - Nei César Mânica, presidente da Cotrijal Destaque Associativismo - Sebrae
RS – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no RS, recebeu Derly
Cunha Fialho, diretor superintendente
Personalidade Política - Carlos Búrigo, s ecretário-geral do governo do RS Liderança Gaúcha - Luis Carlos Heinze, d eputado federal
Liderança Parlamentar Gaúcha - Edegar Pretto, presidente da Assembleia Legislativa do RS
Reconhecimento - R onaldo Nogueira, ministro do Trabalho e Previdência Social.
04|Abril / 2017
Balanço Expodireto Cotrijal 2017
Feira marca retomada do crescimento A safra de negócios foi farta na 18ª edição da Expodireto Cotrijal, realizada de 6 a 10 de março, em Não-Me-Toque. Embalada pelo bom momento do setor agrícola no país e projeção de uma colheita histórica de grãos no Rio Grande do Sul, a feira apresentou um acréscimo de 34% no volume de comercialização se comparado com 2016, totalizando R$ 2.120.205.000 movimentados entre os expositores, e recebeu mais de 240 mil visitantes, em sua maioria produtores rurais, que vieram buscar conhecimento e oportunidades para melhorarem seus resultados no campo. Otimismo, recuperação e esperança. Esta foi a conclusão do presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, ao analisar a feira de 2017. “O produtor veio decidido a fechar negócio e diante da grande disponibilidade de informações, tecnologias e produtos que encontrou, pôde tomar as melhores decisões. Estamos realizados”, destacou. Ao lado do vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, e de colaboradores que lideram as comissões organizadoras da Expodireto,
Mânica salientou que o Brasil vive atualmente um momento conturbado, de crise ética, política e econômica, mas que é um país de muitas oportunidades, e que o agronegócio, como ficou demonstrado na feira, tem um papel muito importante na retomada de crescimento que a sociedade espera e que já dá sinais de que vai acontecer em breve. “A Expodireto Cotrijal tem sido o balizador das tendências do Agro brasileiro”, ressaltou, se mostrando satisfeito com os resultados obtidos na edição deste ano.
Presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, enfatizou, na abertura, que feira de 2017 trouxe esperança e otimismo para a economia
Recuperação da autoestima O vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, apontou como diferencial desta edição, o resgate da autoestima por parte dos produtores. “Eles puderam ver nas tecnologias e informações apresentadas pelos expositores, o imenso tamanho do negócio em que estão inseridos, e perceber que existem inúmeras formas e opções para melhorarem cadas vez mais suas propriedades”. Na observação de Schroeder, esse contingente, aliado a uma boa previsão de safra, resultou em otimis-
mo e alegria nas pessoas que circularam pelo parque. Schroeder também mencionou o empenho dos expositores em relação à beleza, organização e programação realizada nos estandes. “Os expositores estão cada vez mais criativos e preocupados em atender os visitantes de forma qualificada, seja ele pequeno, médio ou grande produtor. Todos têm acesso ao conhecimento, e é isso que faz a Expodireto ser uma referência de feira internacional”, ressaltou.
O vigor do Agronegócio Para o Executivo gaúcho, José Ivo Sartori, que participou em vários momentos da feira, a Expodireto é o retrato do produtor que desbravou fronteiras. “Temos que seguir o exemplo desta vanguarda”, defendeu, ressaltando que é preciso recolocar o Rio Grande do Sul nos caminhos dos trilhos. “Quem não planta mudanças e transformações não terá uma boa colheita lá adiante. Sem semente não tem produção. Não podemos ficar apegados a interesses individuais e momentâneos”, frisou Sartori. Otimista, o governador disse que “O agronegócio é o que nos garante o mínimo de sustentação econômica devido ao aumento da produção em cada safra. Teremos
novamente uma boa safra, e a produtividade deverá compensar a queda dos preços”. Sartori reforçou ainda “o Estado é responsável por 60% da produção de máquinas e implementos agrícolas do Brasil e isto garante sustentação econômica e grandes perspectivas”. Também para o prefeito municipal de Não-Me-Toque, a Expodireto dá uma lição ao país do que a Cotrijal e o setor do Agro são capazes de fazer. “Aqui o mundo conhece o esforço, alta tecnologia, qualidade de vida, capacidade de vencer as dificuldades”, disse o prefeito, reconhecendo que a feira mudou a realidade do município e o projetou para o mundo.
Após a abertura oficial da feira, a Direção da Cotrijal e autoridades, incluindo o governador do Estado, José Ivo Sartori, visitaram o Pavilhão da Agricultura Familiar, o estande das Sementes Cotrijal, a Casa da Família Cotrijal, Embrapa e Emater/RS-Ascar.
Números da 18ª edição
José Ivo Sartori: “Expodireto é o retrato do produtor que desbravou fronteiras”
Negócios encaminhados R$ 2 .120.205.000 , uma alta de 3 4% de comercialização em comparação com 2016, superando, inclusive, a previsão inicial de crescimento de 15%. Do total geral de negócios dos 511 expositores, os bancos contabilizaram R$ 1.631.160.000. Já os bancos de fábrica somaram um total de R$ 259 milhões. Os recursos próprios fecharam em R$ 189 milhões e o Pavilhão Internacional teve R$ 40 milhões. A agricultura familiar teve um acréscimo de 9%, contabilizando R$ 1,045 milhão.
Expositores - 5 11
Público visitante - 2 40,6 mil pessoas . No ano passado, foram 210 mil
pessoas.
Grau de satisfação geral do público - 99% Países - 7 0 países , recebendo em apenas um dia, 33 embaixadores e seis diplomatas.
Abril / 2017|05
Janela para o mundo Presente na abertura e em vários momentos da feira, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira (PTB), classificou a Expodireto como uma “janela para o mundo”, devido à grandiosidade da feira de agronegócio. “São iniciativas como a Expodireto que fazem o Brasil se superar da crise”, enfatizou. Nogueira também defendeu as reformas do Governo Temer, em função à trabalhista, durante
palestra no espaço Mundo Cooperativo Gaúcho. O deputado federal Jerônimo Goergen, representando a Câmara Federal, disse que o trabalho orgulha não só o Rio Grande, mas todo o Brasil. “A Expodireto é um palco onde são debatidos assuntos da maior relevância, e de onde saem direcionamentos e decisões para melhorar o setor agrícola e o país”.
Ministro Blairo Maggi na Expodireto
Ministro Blairo Maggi visitou feira, acompanhado de comitiva com embaixadores de 32 países
Ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira
Forte prestígio No dia em que a Expodireto Cotrijal abre seus portões ao público, não é apenas o agronegócio que se transfere para Não-Me-Toque. A cerimônia de abertura oficial do evento atrai para o parque políticos de todas as esferas. Nesta edição, além do governador do Estado, José Ivo Sartori, também acompanharam cerimônia, no auditório central, o ministro do Trabalho e Emprego, deputado federal Ronaldo Nogueira, o presidente da Assembleia Legislativa, Edgar Pretto, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU),
João Augusto Nardes, o secretário Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Caio Rocha, os secretários estaduais da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, o presidente da Fecoagro, Paulo Pires, deputados federais e estaduais, prefeitos, secretários, vereadores, presidentes de sindicatos, além de representantes dos países do exterior.
Ao visitar a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, na quinta-feira, 9 de março, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, sinalizou uma de suas preocupações na pasta que assumiu em maio de 2016: o comércio internacional de alimentos. Para tanto, circulou durante algumas horas pelo parque de exposições acompanhado de 33 embaixadores e sete diplomatas entusiasmados com o agronegócio brasileiro. À vontade em sua peregrinação por diversos pontos do parque - com destaque para as casas da Expodireto, do Ministério da Agricultura e do Banco do Brasil -, o ministro destacou que os diplomatas precisavam ver de perto como o mercado agrícola brasileiro é dinâmico e está otimista.
A Expodireto Cotrijal, encerrada no dia seguinte à vinda de Maggi, mostrou tudo isso, deixando entusiasmado o presidente do evento e da cooperativa, Nei César Mânica. Para o dirigente, a presença do ministro foi muito proveitosa e positiva, pois fez com que a 18ª edição batesse um recorde com a presença de embaixadores e diplomatas. “Nunca tivemos tantos países representados. Eles vieram dialogar com os dirigentes do agronegócio local”, destacou, lembrando que 70 países foram representados na Expodireto. Mânica aproveitou a presença de Maggi para lhe entregar um documento pedindo apoio à duplicação da BR-386, o que garantiria um melhor escoamento da produção, com a redução no custo do frete para os produtores da região.
Para o ministro, o país precisa intensificar o comércio internacional de alimentos, hoje em torno de 6.9%, para 10%. Na sua avaliação, o mercado nacional é muito dinâmico e tem que ser bem aproveitado. Entusiasmado com a possibilidade de supersafra, Maggi afirmou que “o Brasil só não está de joelhos porque o agronegócio está inteiro”. Falta, no seu entendimento, intensificar os negócios internacionais. Por isso, Maggi fez comparações com um gigante do setor. “Neste ano, a China nos ultrapassará chegando a 7,2%. Por que eles conseguiram isso? Porque eles importam muitos alimentos, agregam valor e exportam com valor agregado. É disso que o Brasil precisa”, ponderou.
De olho no México O ministro disse que todos os membros da comitiva que visitaram a Expodireto Cotrijal podem ser potenciais clientes do Brasil, embora nenhum negócio tenha sido oficializado. Mas considerou que o México surge agora um grande potencial comercial, apesar de ser um país fechado. “Eles compravam US$ 30 bilhões por ano em alimentos dos Estados Unidos e agora, com o rompimento da política com os norte-americanos, eles começaram a olhar para o Brasil”, frisou Maggi. Ele revelou que uma comitiva técnica do governo mexicano já visitou o Brasil e o próximo encontro estava previsto para ocorre
ainda em março. O foco era a soja e o mercado de carnes. Para o embaixador da Nigéria no Brasil, Adamu Azimeyeh Emozozo, a vinda à feira junto do ministro é de extrema importância para que a Nigéria conheça a tecnologia de máquinas e equipamentos oferecida no Brasil. “Atualmente 70% da população do país trabalha na agricultura e compra equipamentos da Europa”, relatou. Emozozo vê grandes possibilidades de fechar negócios futuros, já que pela similaridade de terrenos entre os dois países, as máquinas e equipamentos daqui são adequadas à terra e campos de plantio do país africano.
Rodadas de negócios
Lideranças políticas e do agronegócio marcaram presença no evento
EDIÇÃO DE 2018 JÁ TEM DATA Se em 2017, a Expodireto marcou a retomada do crescimento da economia, para a próxima edição o clima deve ser ainda mais otimista. Em 2018, a feira já tem data para acontecer: de 5 a 9 de março.
Um dos segmentos que crescem na Expodireto é o International Point - Pavilhão Internacional da Expodireto Cotrijal - que coloca frente a frente fabricantes e compradores estrangeiros durante as tradicionais rodadas de negócios. Na edição de 2017, as rodadas geraram R$ 40 milhões em negócios internacionais. As empresas se inscrevem nas versões do Projeto Comprador Internacional e Nacional, desenvolvido por Sebrae e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), e puderam interagir com investidores, importadores e até com empresas estran-
Em 2017, rodadas geraram R$ 40 milhões em negócios internacionais
geiras que buscam o fornecimento de peças e componentes. Na área internacional, impor-
tadores da África, Ásia e Europa vieram conhecer as fábricas de máquinas e implementos gaúchos.
06|Abril / 2017
Expodireto Cotrijal 2017
Produtividade e mercado norteiam debates no Fórum da Soja Manejo, mercado, perspectiva econômica e uso da terra nortearam as discussões do 28º Fórum Nacional da Soja, no segundo dia da Expodireto Cotrijal. Produtores lotaram auditório central para ouvir especialistas, que evidenciaram os gargalos existentes dentro e fora da porteira. O agrônomo Dirceu Gassen, professor de controle integrado de pragas do Instituto de Ciências Agronômicas (Incia), de Passo Fundo, lamentou que atualmente a produtividade da soja no Brasil seja de 2.739 quilos por hectare. Ao longo dos últimos 18 anos, o crescimento anual foi de apenas 0,9%. O ideal, no seu entendimento, seria um crescimento de 3%. Ao contrário, o Rio Grande do Sul cresceu 3,05%, o que demonstra a importância do manejo, da escolha da semente e do apoio técnico de um sistema cooperativo exemplar. É isso que tem feito o produtor Alexandre Goellner, que planta soja em 700 hectares no município de Chapada. No ano passado, ele alcançou uma produtividade média de 70 sacas por hectare, bem acima de média estadual. Ele espera um rendimento melhor nesta colheita, pois o clima ajudou bastante. O problema político e econômico do país, o câmbio e a redução no preço da oleaginosa nos últimos meses certamente vão mexer com o caixa, mas Goellner não desiste. “Temos que colocar em prática os aprendizados. Hoje, temos tecnologia disponível, mas só ela não resolve. Precisamos adotar uma boa gestão de campo e práticas acertadas de manejo. Se o preço não está bom, conseguimos compensar com o rendimento da lavoura”, ensinou, depois
As tendências para o grão foram discutidas durante a feira
de ouvir atentamente cada palestrante do Fórum. "Para colher o que estamos colhendo, não precisa mudar nada. Mas, para colher mais, é preciso mudar algumas estratégias", diz Gassen, frisando quem ajudar a planta a expressar seu potencial genético, com um melhor manejo, é fundamental para se preparar para a próxima safra e alcançar um alto rendimento. Alguns fatores, como uma distribuição de determinadas variedades da soja em semelhança com o milho e a consciência de que a colheita de grãos é consequência da colheita de energia solar transformada na folha, estão em xeque nessas estratégias. "Quando conhecemos mais, erramos menos", diz.
Produtores lotaram auditório central para ouvir especialistas
Sem espaço para erros Dirceu Gassen: para alta produtividade, não pode haver erros
Na avaliação de Dirceu Gassen, o aumento da produtividade está ligado diretamente ao conhecimento tecnológico, que precisa avançar ainda mais. “Especialmente porque o ciclo de semeadura da soja encurtou e não há mais espaços para erros. Precisamos mudar o modelo e a forma de semear as culturas”, ensinou. Na sua avaliação, é preciso vencer o desafio de produzir com mais competitividade aliada à sustentabilidade. “Os custos de produção continuarão aumentando, o clima permanecerá imprevisível, o ataque de pragas será mais severo e o mercado será sempre mais exigente. Isso nos obriga a aumentar a produtividade com renda, ou seja, não há mais espaço para lavouras baratas”, explicou. O especialista alertou que, em 10 anos, os custos aumentarão e o atual potencial produtivo não será mais suficiente para cobri-los. Por isso, aconselha os produtores a serem mais eficientes em produtividade e a buscar parceiros que os ajudem a entregar os resultados que precisam na lavoura. O produtor Francisco Feiten Schreiner, que planta soja em mil hectares na localidade de Pinheiro
Schreiner adota um bom manejo e busca sempre novas tecnologias
Marcado, em Carazinho, tinha expectativa de receber até R$ 90,00 pela saca, mas terá que se contentar em vender por menos nos meses de abril e maio. Hoje, a saca está cotada em R$ 60,00. “O produtor só tem ingerência dentro da porteira. Não colocados o preço na hora de comprar insumos e no momento de vender o produtor. A salvação é adotar um bom manejo e buscar sempre novas tecnologias”, diz Schreiner, que espera aumentar a produtividade de 70 sacas por hectare do ano passado.
Abril / 2017|07
Brasil volta a crescer, mas lentamente
Para uma plateia atenta e preocupada com a crise que atinge o Brasil nos últimos anos, o mestre em economia e finanças pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Constantin Jancsó, apresentou boas e não tão animadoras notícias. Economista do Bradesco, destacou que o PIB mundial, aos poucos, está retornando à média histórica, em torno de 3,5% ao ano. As consequências de tal comportamento tende a ser o fim da era dos juros zero junto aos países ricos. “Isso irá atingir o mercado de juros e de câmbio. Mesmo porque os países emergentes não estão acompanhando esse processo de alta nos últimos meses, a começar pelo Brasil”, enfatizou. Também explicou que o mundo desenvolvido está voltando à “normalização” da inflação, que seria algo entre 2% a 2,5% ao ano. Tal movimento leva a um aumento dos juros - para
os EUA, é esperado que voltem ao nível de 2,5% anuais ano nos próximos anos. Com o juro subindo nos EUA, a tendência é de o Real se fortaleça, mesmo com o chamado “risco Trump” presente. Isso significa desvalorização das moedas dos países emergentes, explicou Jancsó. Entre altos e baixos, o palesCtrante disse que o Real tende a se manter valorizado devido ao ambiente interno brasileiro. Isso leva em conta uma recuperação, mesmo que bastante lenta do PIB (entre 0,3% e 0,5% neste ano). “A boa notícia é que o Brasil voltará a crescer. A má é que o processo será muito lento”, destacou. Outro aspecto é que a inflação surpreende positivamente ao recuar fortemente nestes últimos 12 meses. Em fevereiro deve cair para 4,8%, próximo da meta do Banco Central.
Mais confiantes Com este cenário, o juro básico brasileiro pode ser reduzido de forma mais acelerada. As projeções do Bradesco apontam para uma Selic de 8,5% ao ano no final de 2017. “Tudo isso leva a uma melhoria da confiança do empresariado nacional, onde 40% já veem reflexos positivos em seu setor de atuação”, apontou. O ponto negativo, segundo o palestrante, é que o desemprego demorará para diminuir, podendo chegar até 13,3 milhões de pessoas no terceiro trimestre do ano. Disse também que o governo está tentando reduzir a oferta de crédito subsidiado, o que atingirá o setor primário. Ou seja, o juro agrícola não deverá baixar de forma significativa.
Constantin Jancsó apresentou um retrato da economia mundial e brasileira
Soja se tornou ativo financeiro Para o agrônomo Fernando Muraro Jr, mestre em Economia Agrícola, o mercado internacional da soja está totalmente “financeirizado”. Ou seja, Chicago está sob forte influência dos Fundos, que diante de um quadro de juros muito baixos nos países ricos investem em soja e derivados. “Todavia, o ciclo de juros baixos está terminando”, destacou o fundador da AgRural Commodities Agrícolas. “A presença dos Fundos eleva a cotação da soja, sem
razão ligada aos fundamentos do mercado, que são baixistas, mas o aumento dos juros tende a levar a uma saída parcial destes Fundos do mercado da soja, pressionando para baixo as cotações internacionais das commodities em geral e da soja em particular”, explicou. Nesse contexto, considerou que analisar o mercado da soja está muito difícil nos últimos anos. Há uma variação muito grande entre os preços mínimo e máximo praticados no
mercado. “Em síntese, não são mais os fatores fundamentais (oferta e demanda do produto físico, por exemplo) que influenciam o mercado e sim o setor financeiro. Ou seja, a soja tornou-se um ativo financeiro. Em 2016, Chicago negociou 25 vezes o equivalente da produção física mundial”, disse. Isso, na avaliação do analista, exige cada vez mais que o produtor de soja faça média de comercialização. A partir desta análise mais estrutural, o palestrante destacou aspectos conjunturais do mercado, afirmando que a safra sul-americana deverá atingir a 176 milhões de toneladas neste ano (um recorde), após os 117,2 milhões dos EUA. No Rio Grande do Sul o volume poderá chegar a 16,8 milhões de toneladas, segundo a AGRural. “Os produtores continuam perdendo na infraestrutura, que se mantém ruim no país. Mesmo assim, a margem operacional deste ano será positiva, com produtividade um pouco superior a 50 sacas por hectare”, disse.
Safras cheias Palestrante Fernando Muraro falou sobre o mercado da soja
Quem segue as orientações de Muraro Jr é o produtor Gregório
Gregório Gargioni Luz, de Esmeralda, equilíbrio na propriedade tem garantido safras cheia
Gargioni Luz, de Esmeralda. Ele planta soja em 700 hectares e conseguiu uma produtividade de 62 sacas por hectare. Em função do clima, projeta colher mais de 70 sacas por hectare na safra que começa a colher. Plantador de soja há 20 anos, diz que faz uma lavoura que teve safra cheia nos três últimos
anos em função do equilíbrio em sua propriedade. Além das práticas de plantio adequadas e bom sistema de armazenagem, trabalha com outras culturas: 50 hectares com milho, 30 hectares com milho pipoca e 25 hectares com feijão. “Com isso, consigo manter estabilidade na lavoura”, destacou.
Produtores preservam a terra Uma mudança de paradigma foi proposta pelo pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite, Evaristo de Miranda. Em sua palestra, surpreendeu a plateia ao apresentar dados reveladores que desmistificam muitas ideias a respeito do uso da terra no Brasil. Apontou que 37,1% são protegidas, enquanto os grandes países do mundo protegem apenas 10% de seu território. Além disso, enquanto o Brasil protege terras até mesmo nobres, estes demais países protegem áreas de pouco interesse, como desertos por exemplo. Quanto à ocupação de terras, 17% correspondem à vegetação nativa em unidades de
conservação, enquanto 13% correspondem à vegetação nativa em terras indígenas. Por sua vez, a agricultura brasileira em seu total ocupa apenas 8% das terras do país. Quanto às margens de rios, os outros países ocupam tudo. No Brasil, grande parte é protegida. O especialista defendeu a necessidade de se aumentar a competitividade do agronegócio em geral e da soja em particular. Nesse contexto, a partir dos dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR), destacou que, no Rio Grande do Sul, os agricultores preservam 3,56 milhões de hectares, ou seja, 13% da área do estado e 21% da área agrícola. No geral, envolvendo 446 mil es-
tabelecimentos rurais, 23% do total da área estariam preservados “O Rio Grande do Sul é provavelmente o Estado do país que mais preserva terras e onde os agricultores são os que mais a preservam. Esta realidade desmente o que parte da sociedade nacional imagina ou mesmo afirma, de que os produtores são vilões”, esclareceu. Participaram da mesa de abertura do Fórum o presidente da Expodireto Cotrijal, Nei César Mânica, o vice-governador do Rio Grande do Sul, José Paulo Cairolli, o presidente da CCGL/Termasa-Tergrasa, Caio Cézar F. Vianna e o presidente da FecoAgro, Paulo Pires.
Evaristo de Miranda trouxe dados a respeito do uso da terra no Brasil
08|Abril / 2017
Expodireto Cotrijal 2017
Tecnologia para altos rendimentos Nessa corrida por altas produtividades, manejo correto e semente de qualidade é sinal de sacas a mais por hectare. Por isso, Cotrijal proporciona ao produtor que visita a Expodireto, um espaço onde ele possa se servir da melhor informação e tecnologia para produzir cada vez mais e melhor, de forma rentável e sustentável. Este ano, quem visitou o estande da Produção Vegetal ficou a par do vasto portfólio de cultivares que a cooperativa já trabalha e vai trabalhar na próxima safra, esclarecer dúvidas sobre plantabilidade, germinação e vigor. No espaço, também foram realizados ensaios demonstrativos com épocas diferentes de plantio de sementes. O produtor João Onivaldo Machado, de Lagoa Vermelha, foi um dos que passou pelo estande em busca de novidades. Ele produz soja em 30 hectares e sonha ter um salto em produtividade. “A intenção é passar do 60 sacos para 80 sacos por hectare em pouco tempo. Por isso, vou investir ainda mais em semente de qualidade”, disse. O casal de produtores Flávio Cervo e Marta, de Colorado, visita a feira todo o ano em busca de novas tecnologias. “Já somos de casa. Gostamos de ver o que a Cotrijal tem para nos oferecer de novo”, adiantou Flávio. O produtor rural Alceu Schons, de Victor Graeff, é outro que não abre mão de conferir novas tecnologias no espaço. “Na minha lavoura só entra sementes da Cotrijal”, garantiu. A gerente de sementes da Cotrijal, Cláudia Rother, adiantou que o espaço, este ano, na feira procurou
evidenciar os fatores que interferem na qualidade das sementes e as decisões que o produtor precisa ter em relação à semente que usa para a formação de uma boa lavoura. Segundo ela, o tratamento de sementes, via industrial, é um serviço que garante ganhos de produtividade para o agricultor. “O produtor só vai obter altos rendimentos, se tiver uma lavoura bem estabelecida. O trabalho da Cotrijal é garantir que essa dosagem de tecnologia inserida na semente esteja dentro do padrão esperado”, explicou. João Onivaldo, de Lagoa Vermelha, foi um dos que conferiu novidades no estande da Produção Vegetal
No espaço, o visitante pôde comparar tipos de tratamentos
Os diferentes tipos de danos
Visita em grupo
Flávio Cervo e Marta estavam de olho nas novidades apresentadas pela Cotrijal
Grupo de produtores da região de Ibiaçá
De olho nas sementes
Erler fez questão de conferir parcelas
O produtor Erler Schmidt, com lavouras em Victor Graeff e Tio Hugo, visitou a feira e fez questão de conferir as parcelas demonstrativas no estande. Acompanhado do engenheiro agrônomo Márcio Forcelini, ele aprovou o que viu e revelou a sua expectativa com relação a safra deste ano. “A Expodireto é uma feira de encher os olhos. É daqui que sai a melhor resposta no campo”, disse.
Argeu, de Três Pinheiros, levou a família
O produtor Argeu Rodrigues, de Três Pinheiros, Ibiaçá, trouxe a família para conhecer a Expodireto. Ele estava com grupo de produtores da região e gostou do que viu no estande das Sementes Cotrijal. “Na Expodireto, o produtor fica servido do que tem mais atual na agricultura”, comentou. Rodrigues produz soja em área de 60 hectares.
Abril / 2017|09
Excelência da Sementes Cotrijal é reconhecida
A Cotrijal tem uma preocupação muito forte com a qualidade da semente que produz e trata, via industrial, para que produtores possam alcançar os melhores rendimentos no campo. Uma prova disso, foi a certificação recebida na quarta-feira, 8 de março, durante a Expodireto 2017, pelo Seed Care Institute, da Syngenta, no estande Sementes Cotrijal. No país, apenas um grupo seleto de empresas possui a certificação pelo Programa em Excelência em Tratamento de Sementes. “A Syngenta é uma parceira importante na introdução de variedades e tecnologia. Ser reconhecida como uma das melhores empresas no tratamento de sementes no país nos deixa muito orgulhosos. Traz uma segurança ainda maior para o produtor que adquire o nosso produto. Nessa safra, notamos um diferencial muito grande nas lavouras”, agradeceu o presidente
Na UBS da Cotrijal, 100% automatizada, cada lote de sementes recebe atenção especial e tratamento uniforme com tecnologia de ponta, o que tem assegurado um bom stande e desenvolvimento inicial das la-
da Cotrijal, Nei César Mânica. O vice-presidente, Enio Schroeder, também acompanhou homenagem. “A Syngenta tem um processo de auditoria dos produtores de sementes do Brasil. E a Cotrijal faz um trabalho sério, com tecnologia de ponta, diferenciado e que merece ser reconhecido, Por isso, a certificação”, afirmou o diretor da Unidade Sul da Syngenta, João Paulo Zampieri. Para o secretário de Agricultura, Ernani polo, a certificação valoriza o trabalho da Cotrijal, em conjunto com a Syngenta, que é de excelência. “Com certeza renderá ainda bons frutos no campo”, afirmou. “Isso só nos orgulha. Ter a chancela de um instituto como o Seed Care que tem expertise, investe em pesquisa e conhecimento em Tratamento Industrial de Sementes é motivo de satisfação para a Cotrijal. Mostra que a Cotrijal faz um bom
Parceria segura
vouras. Um tratamento meticuloso que tem como foco o produtor que busca produzir mais e melhor e com o menor impacto ambiental. Ano passado, 100% das amostras com tecnologia Syngenta, enviadas
Seminário Monitora debate doenças da soja
O Auditório da Produção foi palco do 1º Seminário Monitora Cotrijal durante a programação oficial da Expodireto. O evento, uma promoção do Departamento Técnico da cooperativa, com apoio da Ihara, debateu o tema “Ferrugem da soja e doenças emergentes da cultura”, com palestras dos professores doutores Carlos Forcelini (UPF) e Ricardo Balardin (Instituto Phytus). Forcelini fez uma avaliação da safra da soja 2016/17 com relação a incidência da ferrugem nas lavouras. “Em 27 anos que trabalho com a cultura da soja, esta foi uma das poucas vezes que tivemos boas chuvas e pouca ocorrência de ferrugem. Em função disso, é importante que todos os produtores mantenham a qualidade do controle e atenção a lavoura”, aconselhou. Ricardo Balardin tratou de outras doenças da soja, problemas
foliares e radiculares – em vista de que estes problemas cresceram na região e se criou a necessidade de traçar estratégias de controle. “Surgem doenças preocupantes como o mofo branco, mancha-alvo e antracnóse, associadas a novas cultivares”, apontou. Para o especialista, o importante é que o produtor tenha consciência de que existem muitas outras doenças que incidem sobre a soja, além da ferrugem. Na Cotrijal, o produtor tem um domínio muito grande sobre a ferrugem. Porém, existem outras doenças na cultura da soja que merecem atenção. “A ideia do seminário é para ver onde estamos acertando e o que precisamos fazer melhor no combate à ferrugem e doenças emergentes da soja”, ressaltou o gerente de Produção Vegetal da Cotrijal, Juliano Recalcatti.
Iniciativa, do Detec da Cotrijal, reuniu especialistas para falar sobre tema
A direção da cooperativa prestigiou a premiação durante a Expodireto
trabalho, dando mais segurança ao produtor que adquire a semente”, destacou o superintendente de Produção Agropecuária, Gelson Melo de Lima.
pela Cotrijal para o Seed Care Institute, laboratório em Holambra (SP), para validar a dosagem de produtos que está sendo aplicada na Unidade de Beneficiamento da sementes (UBS), ficaram dentro do padrão esperado.
Equipe da Produção de Sementes, com o superintendente de Produção Agropecuária, Gelson Melo de Lima
Sistema Farmácia no Campo recebe melhorias Para dar mais segurança e agilidade para a Cotrijal e associados ligados à produção leiteira, as Lojas da cooperativa, em parceria com a área de Tecnologia da Informação (TI), implantaram melhorias no Sistema SIM3G – Farmácia no Campo. O gerente de lojas da Cotrijal, Jair Arnoldo Heller, explicou que o SIM3G é um programa que oferece suporte ao setor de Varejo, com a Farmácia no Campo. Trata-se de um estoque consignado na propriedade de 113 associados para que eles tenham sempre a mão os produtos mais comuns usados na sua rotina, não precisando se deslocar até uma das lojas Cotrijal. “A cooperativa deixa esses produtos de forma consignada na propriedade. Uma vez por mês, um promotor de vendas passa, avalia o estoque, verifica o que foi utilizado, efetua a cobrança do que foi usado e repõe o estoque”, pontua Heller. Segundo ele, á intenção é abrir mais vagas para produtores terem caixas da Farmácia no Campo ainda no segundo semestre deste ano. Com as melhorias, o controle de estoque e lançamento de cobranças que eram feitos de forma manual, passam a funcionar de forma digital, integrado ao sistema Cotrijal. “Com os comandos manuais era muito mais difícil fazer a gestão de estoque. Tínhamos dificuldade para mensurar quais eram os produtos
Melhorias no Sistema SIM3G foram realizadas pela área de Tecnologia da Informação
mais consumidos, o volume de compra, além do controle de validade dos produtos, que foi integrado nesta etapa”, acrescentou Heller. O projeto foi realizado pela área de Tecnologia da Informação (TI), sob o comando do gerente Luiz Felipe Moraes Lopes – com desenvolvimento de Fabrício Salles, Gilso Cesar Valiati e João Luis Crauss. Participaram do levantamento das necessidades, os colaboradores das lojas Tainã da Silva e Letícia Weber. Com a modernização do sistema, o vendedor ou veterinário passa a atuar no campo com um tablet, que tem suas informações sincronizadas de um aplicativo para Android ao sistema Cotrijal. “O aplicativo funciona offline. Quando os dados entram na rede da Cotrijal passam por uma sincronização para que as informações sejam integradas ao sistema”, observou o gerente da TI.
O que mudou no Sistema SIM3G? ¾¾ Melhoria no controle de estoque ¾¾ Implantação da agenda digital com o roteiro para ser executado ¾¾ Localização dos produtores com georreferenciamento ¾¾ Histórico dos pedidos disponíveis no aplicativo ¾¾ Controle de validade dos produtos ¾¾ Possibilidade de ampliação das caixas da Farmácia no Campo para mais produtores
10|Abril / 2017
expodireto cotrijal 2017
Produção animal: parceria faz vendas dobrarem Foi com otimismo que os produtores acessaram as informações da Produção Animal durante a 18ª Expodireto Cotrijal. Segundo organizadores do espaço, o recorde não ficou apenas nas vendas, mas se refletiu também na satisfação da grande maioria dos produtores e clientes que passaram pelos estandes. “Visitar a Expodireto é quase uma obrigação para nós produtores. Com tantas opções, fica impossível não aproveitar e fazer bons negócios”, afirmou o associado Adroaldo Macri Machado, de Ibirapuitã (RS). Na visita que fez ao estande da Produção Animal, Macri aproveitou para conversar com os profissionais do Departamento Veterinário para alinhar negócios e garantir boas compras. “A presença dos profissionais da cooperativa é a certeza de que os produtos são de qualidade e farão a diferença no rebanho”, comentou.
também foi palco para as demonstrações de resultados alcançados nos experimentos durante o ano. “A aceitação foi excelente dos produtores, associados e demais visitantes. A movimentação foi maior, além do volume de negócios que foi muito representativo em comparação aos outros anos”, expôs Granato. Este ano, o que também chamou a atenção do gerente foi a grande presença de produtores de fora da área de ação da Cotrijal no estande. “A gente pôde ver que o produtor que não tem essa assistência mais presente na propriedade tem uma carência muito grande de informação”, observou.
O estande da Produção Animal recebeu bom número de visitantes durante a feira
Boa genética e serviço de qualidade
Promoções
A parceria, entre a Loja Cotrijal e a área de Produção Animal da cooperativa, fez dobrar negócios em comparação com a feira de 2016. Para o gerente de Produção Animal, Renne Granato, quem visitou o estande pôde conferir promoções inéditas na linha de Sal Mineral, Sêmen e BST. “Ofertamos materiais de alta qualidade e a equipe das Lojas conseguiu bons preços e condições especiais de pagamento, o que seduziu nosso produtor e o visitante. Nosso objetivo é ver o produtor feliz e acredito que conseguimos apresentar um bom portfólio de produtos, que seguiu o propósito da feira, que prima pela difusão da tecnologia e informação”, avaliou o gerente. O espaço da Produção Animal
O associado Adroaldo Macri Machado, de Ibirapuitã, garantiu bons negócios
Interessado
Maxwell, de Tio Hugo, conferiu espaço ao lado da mãe Sirlei
Orgulho de ser Cotrijal Zigomar Fagundes da Luz é produtor de Sananduva, nova área de atuação da Cotrijal no Norte do Estado. Ligado à cooperativa há poucos meses, essa foi a primeira vez que ele visitou a feira como associado. Para ele, a Expodireto é uma grande oportunidade para o produtor ficar a par das novas tecnologias disponíveis no mercado. “É a terceira vez que venho à Não-Me-Toque, mas como associado vejo como é
Animais de boa genética, vindos do Campo de Recria da Cotrijal, de Carazinho, chamaram a atenção de quem visitou o espaço da Produção Animal durante a Expodireto 2017. A mostra teve por finalidade divulgar o trabalho da assistência técnica e veterinária, orientar sobre manejo e reprodução do rebanho, possibilitando ainda bons negócios aos produtores e visitantes. Para esta edição da feira, 53 animais, entre novilhas e terneiras, das raças jersey e holandesa estiveram no Pavilhão de Animais. Os animais eram de associados da Cotrijal e nove deles vindos do Campo de Recria que a cooperativa mantém em Carazinho.
importante esse trabalho da cooperativa com o produtor. As safras nas regiões onde a Cotrijal atua têm mostrado isso”, comentou. Em área de 2,2 mil hectares nos municípios de Sananduva, Muitos Capões e André da Rocha, Zigomar produz soja, trigo e milho. “A chegada da Cotrijal na nossa região foi um presente. Além da melhor assistência técnica, a cooperativa facilita na hora de comprar insumos ou negociar safra”, elogiou.
Produtor Zigomar, com o gerente das unidades de Três Pinheiros, em Sananduva, e de Ibiaçá, Francior Redin, e com o engenheiro agrônomo Pedro Ernesto Vieira Borges
O produtor Maxwell Antenor da Silva, 22 anos, de Tio Hugo, passou pelo local e demonstrou interesse em enviar novilhas para o Campo de Recria. “A cooperativa realiza um trabalho de excelência. São
novilhas de grande porte e bem-criadas, o que faz a diferença em qualquer rebanho”, disse o produtor que trabalha com um plantel de 30 vacas em ordenha das raças Jersey e Holandês. O produtor, que estava acompanhado do médico Veterinário da Cotrijal, Jesihel Roessler, também buscou informações sobre a alimentação do rebanho e manejo. “A Expodireto oportunizou apresentar aos produtores a realidade de manejos e cuidados que fazem a diferença no Campo de Recria. Ele pôde perceber ainda o custo-benefício entre manter um animal na propriedade ou deixá-lo aos cuidados da Cotrijal”, disse Roessler. As Rações Cotrijal também foram apresentadas para os visitantes, com material explicativo sobre cada linha de produtos, com recomendações técnicas, conforme nível de produção do animal e sistema de produção (pasto, confinada e semiconfinada).
Abril / 2017|11
Os desafios e conquistas do setor leiteiro Os desafios da cadeia do leite. Como produzir mais, com rentabilidade e qualidade? Estas questões fizeram parte das discussões da 13ª edição do Fórum Estadual do Leite, evento realizado no dia 8 de março através da parceira entre a Cotrijal e CCGL. “Se eu quero uma produtividade elevada, preciso fazer uma boa adubação na propriedade. Quando falamos em fertilidade devemos pensar em uma construção em que o alicerce é uma boa amostragem de solo”, foi com essa afirmação que o coordenador técnico de Difusão da Cotrijal, o engenheiro agrônomo Alexandre Doneda, abriu as palestras do evento Ele provocou os presentes com uma série de informações sobre os impactos da conservação do solo na produção de pastagens e lembrou que antes de ser um bom produtor de leite é preciso saber produzir um bom pasto. Doneda ainda ressaltou a importância de se utilizar de técnicas de agricultura de precisão para o melhoramento das pastagens e consequentemente aumentar a produção leiteira. Citou o Projeto Ciclus, desenvolvido pela Cotrijal, que visa o aumento da produção e a racionalização dos recursos, através do apontamento da eficácia das técnicas empregadas. “Essa ferramenta realiza o gerenciamento da propriedade através de um planejamento que inclui gestão de processos de produção e manejos tecnológicos”.
Evento atraiu a participação de associados da Cotrijal, produtores e demais visitantes
Investimento gera rentabilidade “A alta produtividade depende de adubação orgânica, manejo adequado, rotação de culturas e formação de palhada”, pontuou o engenheiro agrônomo Alexandre Doneda, ao apresentar dados sobre a fertilidade do solo em pastagens.
O cenário atual do mercado do leite, com foco para a rentabilidade do produtor foi tema da palestra do sócio-diretor da Transpondo, de Cruz Alta, Wagner Beskow. Em sua apresentação ele defendeu que no ramo lácteo quem investe mais, ganha mais. “O problema é a falta de conhecimento sobre o resultado, o lucro. O produtor deve olhar para o que está interligado na produção do leite, ou seja, ele investir o dinheiro
Case de sucesso O segundo painel apresentou a temática “Foco e assistência técnica: a combinação para a busca de resultados” e teve como palestrante a produtora de leite Tatiane Zimpel. A produtora relatou a trajetória da propriedade dela e do esposo, Mauro Zimpel, desde o ano de 1997, quando contavam com apenas duas vacas. Através de registros fotográficos e relatórios Tatiana demonstrou o crescimento da produção da família, que teve uma ascensão significativa após o manejo de pastagens e ajuste de adubação, proporcionados pela assistência técnica dos profissionais da CCGL. Afirmou que o aumento da produção foi resultado da união de foco e assistência técnica.
Presenças Também participaram do evento: o presidente da Expodireto e da Cotrijal, Nei César Mânica; o vice-presidente da cooperativa, Enio Schroeder; o secretário de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Tarcísio José Minetto; o secretário de Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Pollo; Jackson Fiorin, engenheiro agrônomo e pesquisador da CCGL Tec; o vice-presidente da CCGL, Darci Hartmann e demais autoridades do setor.
“Quem pensa aumentar a produtividade no leite deve ficar atento e buscar novos conhecimentos para baixar custos, que estão altos”. Fabiana Thiesen Zatt , produtora e associada da Cotrijal de Colorado
nas coisas certas, que vão virar leite, como manejo, adubação, fertilização… isso vai gerar mais comida, mais produto e consequentemente mais caixa”, argumentou. Encerrando a atividade Beskow, desenvolveu o assunto Tecnologia em um Mercado Globalizado. Afirmou que o setor leiteiro já ultrapassou o mercado do fumo e mostrou a expansão da cadeia leiteira no estado e no Brasil.
Plateia atenta “Gostei bastante dos assuntos debatidos no evento. São informações importantes e que sempre ajudam na nossa forma de conduzir o trabalho na propriedade” - Stela Pinheiro Amaral, produtora de leite de Pelotas. “Gostei do que foi abordado no evento, em especial, com relação à lactose. Quem quer expandir na atividade precisa ficar atento a todos os detalhes” -
M arcos Souza de Freitas, de Santa Rosa . O painel sobre lactose agradou o produtor.
12|Abril / 2017
Abril / 2017|13
14|Abril / 2017
Expodireto Cotrijal 2017
A importância e as demandas do setor tritícola O governo gaúcho e a cadeia produtiva do trigo entregaram ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, documento em que solicitam apoio para resolver alguns gargalos da produção do cereal, como logística, taxa de cabotagem e armazenagem. A entrega foi feita na quinta-feira, dia 9 de março, na Expodireto Cotrijal a partir de reivindicações anunciadas no Fórum que discutiu a principal cultura de inverno do Rio Grande do Sul, realizado no dia anterior no auditório central do Parque de Exposições. Para o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, o evento adotou uma posição clara em relação à cultura, que precisa de soluções para motivar os produtores. Os painelistas do fórum apresentaram dados que confirmam a importância do trigo para os que o produzem ou mesmo para outras culturas. Na avaliação do agrônomo Elmar Luiz Floss, consultor em Agronegócios no Instituto de Ciências Agronômicas (Incia), o produtor precisa olhar o trigo dentro do sistema de produção, agregando
renda pela produtividade e qualidade do grão. “Hoje, o cultivo do trigo está atrelado a questões política e à desorganização da cadeia. Não é uma questão técnica. É melhor plantar em uma área menor com tecnologia do que em um espaço maior sem técnica adequada”, destacou. O especialista ainda mostrou ao público os principais fatores para altos rendimentos na cultura do trigo, como a genética e o planejamento estratégico do grão. “Há diversos tipos de cultivares no mercado e o produtor rural precisa saber qual é a indicada para determinado solo e clima, o que pode ser um diferencial na produtividade”.
Liquidez,
rentabilidade e qualidade Para o agrônomo e produtor Irineu José Pedrollo, consultor em Agroindústria na I&MP Consult, o Rio Grande do Sul tem condições para produzir entre 1 milhão de hectares e 1,4 milhão de hectares. Na safra passada, o cereal foi se-
Fórum do trigo discutiu a relevância na produção e o mercado do cereal
meado em 780 mil hectares. Para praticamente dobrar esta área, na sua avaliação, são necessárias três variáveis: liquidez, rentabilidade e qualidade. “Rentabilidade precisa de preço e produtividade. Maior produtividade gera necessidade de maior liquidez. E maior preço só se consegue com melhor qualidade e com clientes satisfeitos”, ensinou.
Case de sucesso Durante o fórum, representantes da Cooperativa Tritícola Misto Campo Novo (Cotricampo) apresentaram como case de sucesso o processo de segregação do trigo, com o aumento a área semeada do cereal para pão e com o cultivar branqueador entre 2012 e 2016. “São estratégias que objetivam
agregar mais valor ao produtor. Não é solução definitiva, mas uma forma de enfrentarmos os problemas”, destacou o diretor-presidente da cooperativa, Gelson Bridi. Como resultado, a Cotricampo conseguiu R$ 30,00 pela saca de 60 quilos, enquanto a média no Estado foi de R$ 28,00. Melhor desempenho teve o trigo branqueador: R$ 37,00.
Fórum do Milho enaltece a produção mundial de alimentos O milho tem papel importante para a produção de alimentos para o mundo. Essa foi a mensagem dos painelistas da 9ª edição do Fórum Nacional do Milho, evento que abriu os debates na Expodireto Cotrijal 2017. Com a presença do secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, e do presidente do BRDE, Odacir Klein, o evento foi prestigiado por um seleto público de produtores, pesquisadores, acadêmicos que veem no milho uma importante cultura para o sistema de produção. “Essa é uma cultura de duas funções, a produção de grãos e um insumo importante para o melhoramento do solo”, ressaltou Polo. Defensor de uma agricultura sustentável, o engenheiro agrônomo da Syngenta, Willian Weber, apresentou uma plano de ação para uma agricultura com menos desperdícios, mais biodiversidade e menor degradação. “A nossa preocupação é com a produção mundial de alimentos, incentivo aos produtores para sempre buscarem boas práticas integradas ao negócio. Uma vaca só produzirá mais leite se tiver uma alimentação de qualidade e rica
em nutrientes, o que só acontecerá com uma silagem de boa produção, por exemplo”, comentou Weber. Cercado de dados que ilustram a produção mundial do milho e o que ele representa para a alimentação humana, Alan Jorge Bojanic, da FAO, falou sobre as formas de facilitar o acesso aos alimentos. “Em 2015, a produção mundial de grãos foi de 2,5 bilhões de toneladas, o que nos leva a acreditar de que nosso trabalho ainda tem a muito para colaborar. É um cenário motivante, o que faz do produtor um vitorioso em suas ações”, disse Bojanic, que também destacou que em 2016 a produção mundial de milho foi 1 bilhão de toneladas.
Preço ainda vai melhorar A tradicional presença do consultor de mercado, Carlos Cogo, novamente encerrou as palestras do Fórum Nacional do Milho. Empolgado com as condições de lavoura para a safra gaúcha, ele recordou o bom momento vivido pelos preços do cereal em 2016 e alertou que a queda atual está com os dias contatos. “Já vivemos um
Milho deverá ter alta de produtividade no país, segundo debatedores
novo momento, uma transição impulsionada pela notícia da diminuição da área plantada de milho nos EUA. A Bolsa de Chicago já apresenta sinais dessa nova onda para o milho, que deverá retomar seus bons momentos”, destacou. Ainda sobre o bom momento que o preço do milho viveu em 2016, Cogo destacou que não há preço melhor ou pior. Tudo depende de quem está na ponta da cadeia. “Os preços sobem e descem, de acordo com as inúmeras variáveis que interferem nos mesmos: clima, câmbio, estoques de passagem, exportações, importações, cotações futuras etc. Sempre afirmo que preços baixos demais para quem produz trazem efeitos danosos tanto quanto preços muito acima das médias históricas o fazem”, comentou. Para o consultor em 2016, o recorde foi resultado de uma combinação inédita de fatores que, em sequência, criaram uma pressão altista acentuada. Puxadas pela forte alta do dólar ante o real, em apenas seis meses - setembro/2015 a fevereiro/2016 - as exportações brasileiras atingiram 30 milhões de toneladas. Isso é o que, normalmente, exportamos, em
um ano inteiro. “Os estoques caíram rapidamente em todo país. Esse expressivo volume exportado em tão pouco tempo, associado a uma redução de 14% na produção da 1ª safra de 2016 (verão), foi o propulsor inicial para a disparada. Posteriormente, veio a quebra de 30% na 2ª safra de 2016 (inverno), afetada pelo “El Niño”. A quebra da 2ª safra reforçou a pressão altista e o preço atingiu o recorde histórico de R$ 53,90 por saca de 60 quilos CIF (inclui produto, seguro e frete) São Paulo em junho/2016”. A alta prolongada dos preços domésticos fez com que as exportações perdessem fôlego, enquanto as importações foram crescendo e atingiram um recorde de 3,3 milhões de toneladas em 2016. “Com preços no Interior acima da paridade de exportação (preço nos portos para embarques ao Exterior), as exportações começaram a cair, somando 21,8 milhões de toneladas em 2016, queda de 24% frente ao ano anterior. Os estoques internos voltaram a crescer e os preços começaram a recuar no final de 2016. E seguem caindo em 2017”, concluiu. Ao projetar 2017 na cadeia do milho, Carlos Cogo, mostrou otimismo e acredita que mesmo com as safras boas no Brasil e na Argentina, o produtor sentirá a recuperação dos preços. “Com safra recorde prevista em 91,5 milhões de toneladas no Brasil em 2017, maior concorrência da Argentina - que também deve colher um recorde de 37,5 milhões de toneladas e disputa os mesmos mercados que o Brasil -, os preços precisarão se alinhar às cotações nos portos, para alavancar as exportações e desafogar o excedente de 43 milhões de toneladas que serão gerados neste ano. Esse alinhamento já está ocorrendo e trará um piso para os preços domésticos, próximos dos praticados atualmente”.
Abril / 2017|15
Um dia especial para elas na feira Participação feminina na Cotrijal
Mais de 200 produtoras rurais assistiram palestra de Nailor Marques Jr.
“Atitudes empreendedoras, construindo laços”, foi o tema que norteou o 3º Encontro de Empresárias Rurais, promovido pela Cotrijal em parceria com a Bayer, no Dia Internacional da Mulher, durante a programação da Expodireto Cotrijal 2017. O presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, destacou que a Expodireto sempre dedica atenção especial às mulheres durante a sua programação, e o evento é uma das ações. “Vocês têm um papel importante na gestão da propriedade, no agronegócio e na cooperativa. O Comitê é um prova do quanto a Cotrijal busca inserir a mulher nas ações da cooperativa”, enfatizou. O vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, lembrou que a Cotrijal é a única cooperativa do país a criar
um comitê específico para mulheres. “Ainda temos que avançar muito, mas a Cotrijal é pioneira na participação feminina. Temos um comitê com 30 associadas, com a missão de fortalecer a comunicação com o quadro social, em especial junto as mulheres”, destacou. Para o representante da Bayer, Jones Gelain, a mulher rural tem uma grande importância não só na família, mas também sociedade, “A mulher valoriza quem se preocupa com a qualidade de vida e o bem-estar da família”, ressaltou.
Encontro é promovido pela Cotrijal, em parceria com a Bayer
O poder feminino foi exaltado pelo professor, coaching e escritor Nailor Marques Jr. durante o 3º Encontro de Empresárias Rurais, no auditório central, da Expodireto Cotrijal. O evento reuniu mais de 200 produtoras rurais da área de ação da cooperativa. Em mais de uma hora de palestra, Nailor arrancou risos largos e fez a plateia feminina refletir sobre o seu papel hoje no mercado de trabalho, família e na sociedade. Ele convidou às mulheres a usarem seu poder natural para tornar o mundo melhor, com valores de cooperação. “Tudo é mais fácil em família, entre amigos. Ninguém consegue ficar no topo o tempo todo. Por isso que as cooperativas são tão importantes”, apontou. Ao final da palestra, Nailor Marques Jr. reforçou que hoje só está na frente quem tem um time, trabalha em parceria. “O mesmo acontece na família, que só caminha unida quando as diferenças são respeitadas. Mulheres usem o seu poder para fortalecer a ideia de time na vida, na família, na cooperativa e no trabalho!”, aconselhou. “A gente muda o mundo com ações, não com discursos”, concluiu.
Um novo momento para as mulheres A associada da Cotrijal, I eda Backes , de Não-Me-Toque, tem vez e voz na propriedade. Todas as decisões referentes à lavoura e negócios da família, são tomadas em conjunto com o marido Maurício. A família planta 260 hectares, em Bom Sucesso e Lagoa dos Três Cantos. “As mulheres estão assumindo cada vez à gestão das propriedades. E o evento nos incentiva a seguir em frente, a conquistar o nosso espaço no campo”, comentou.
“Com esse evento, a Cotrijal nos dá um belo presente. Nós, mulheres, temos um poder enorme e podemos usar para transformar a vida de todo mundo”, afirmou a produtora e associada da Cotrijal, Fabiana Venzon , de Passo Fundo. Proprietária de 450 hectares, ela produz milho, trigo, soja, canola e aveia, cuidando da gestão da propriedade, da casa e da família. “Precisamos usar este espaço na Expodireto para quebrar paradigmas. Ainda existe uma certa desconfiança com relação à mulher que assume a gestão da propriedade”, enfatizou. Ieda Backes, de Não-MeToque, associada da Cotrijal
Fabiana Venzon é quem toca a propriedade, em Passo Fundo
Mauren Sharlau , de Lagoa Vermelha, se mostrou entusiasmada com o tema. “Nós, mulheres, somos o suporte das famílias. Com certeza vai refletir na nossa vida de uma forma especial”, elogiou.
Mauren Scharlau veio de Lagoa Vermelha para prestigiar o evento na Expodireto
Janaina Radaelli , de Saldanha Marinho, estava acompanhada da pequena Emanuelly, de apenas 3 anos e meio. A família tem raízes firmes no campo e já projeta o futuro da filha com o mesmo caminho. “Saio renovada e motivada. Sei da importância que tenho neste papel de incentivar a sucessão”, falou. Na propriedade de 370 hectares, além de Janaina e do marido Ezequiel, também vivem as famílias do cunhado e do sogro. O grupo familiar cultiva soja, trigo, milho, cevada e trabalha com gado. “Tomamos todas as decisões em conjunto e faço questão de ajudar em tudo”, concluiu.
Janaina Radaelli levou a pequena Emanuelly para participar da programação
16|Abril / 2017
Expodireto Cotrijal 2017
Os jovens que estão construindo o futuro do agronegócio “ Herdeiros vivem à sombra dos outros, enquanto sucessores constroem seu próprio legado a partir da herança que receberam”. Foi com esta citação de Augusto Cury que o palestrante Jaime Folle propôs a reflexão sobre O Jovem e o Conflito de Gerações, durante o 6º Fórum Internacional do Jovem Cooperativista na Expodireto Cotrijal 2017. Pelo sexto ano consecutivo uma juventude cheia de sonhos e vontade de fazer a diferença no campo movimentou o parque da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque. O 6º Fórum Internacional do Jovem Cooperativista, no dia 10 de março, último dia da feira, uma promoção da cooperativa em parceria com o Grupo Diário da Manhã, reuniu pais e filhos, e teve como foco um assunto que preocupa gestores da Cotrijal, bem como as famílias de agricultores que sonham em dar continuidade aos negócios: a sucessão rural. A programação contou com a palestra show “O Jovem e o Conflito de Gerações”, ministrada pelo professor e escritor Jaime Folle e equipe, que tratou das incompatibili-
dades entre as gerações mais velhas e as gerações mais novas. “Com diálogo é possível dissolver qualquer conflito”, pontuou o palestrante. Ao som de músicas do momento e coreografias contagiantes, Folle arrancou risos da plateia ao mencionar as diferenças entre as gerações Baby boomer (acima de 50 anos), X (35 a 49 anos), Y (21 a 34 anos), Z (14 a 20 anos) e H (5 a 13 anos). Ele também reforçou que nesse processo de passar o comando dos negócios familiares rurais para os mais jovens é preciso criar propriedades conectadas, com acesso à internet e telefonia de qualidade. “É preciso dar as mesmas condições que ele teria na cidade como renda, bem-estar e vivência”.
Jaime Folle e equipe com os jovens participantes do Fórum em 2017
Mais inseridos na gestão O presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, explicou que o tema foi pensado em virtude da preocupação que a cooperativa tem em viabilizar a liderança do jovem do campo. “Os pais precisam abrir espaço para uma futura sucessão, fomentando ao jovem assumir a propriedade, a comunidade e até a liderança e gestão da cooperativa”, disse Mânica. Mânica citou ainda ações desenvolvidas pela Cotrijal para despertar o interesse do jovem rural pela agricul-
tura. É o caso do Jovem Aprendiz do Campo, projeto-piloto lançado em 2016, inicialmente com 21 jovens, e que deve ser ampliado para todo o Brasil. A iniciativa inédita tem a parceria da Cotrijal, Sistema Ocergs/ Sescoop e Ministério da Educação e Cultura (MEC). Também fizeram parte da mesa, o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, a gerente de Desenvolvimento Cooperativista, Leila Mertins, e a diretora do Grupo Diário da Manhã, Jussara Alberton Sirena.
Fortalece relação familiar
Presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, vice-presidente, Enio Schroeder, gerente do Decoop, Leila Mertins, e diretora do Grupo Diário da Manhã, Jussara Alberton Sirena
Paixão por máquinas
Acompanhado do filho de 12 anos, W ellington Alan Tieze , o produtor de grãos e leite Ilmo Jorge Tieze, de Ernestina, avaliou positivamente o evento. Tieze sonha ver o filho, apaixonado por máquinas agrícolas, dar continuidade as atividades. Wellington acompanha o pai no plantio desde pequeno e todos os anos visita a Expodireto. A confiança na Cotrijal, segundo ele, vem de gerações. “Meu pai era sócio, e eu e meus irmãos seguimos a tradição. A ideia é que os filhos sigam o mesmo caminho”, disse.
O vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder, pontuou a diferença das gerações e a dificuldade de relacionamento que essa disparidade pode resultar. Exaltou a importância da presença dos pais no fórum para fortalecer essa parceria entre pais e filhos na propriedade. Para Schroeder, o evento motiva os jovens a terem cada mais cada vez mais orgulho em estar no meio rural. “Cada dia mais a cidade nos aplaude. Sem o produtor, sem esta sucessão rural, não tem comida na mesa de ninguém”, enfatizou.
Seguir os passos dos pais
Sintonia é fundamental A diretora-executiva do Diário da Manhã, de Carazinho, Jussara Alberton Sirena exaltou a necessidade de conexão, primeiramente, com os pais. “Vocês, que estão aqui, são o futuro da agricultura. Mas se eu pudesse dar um conselho, eu diria para que se conectassem primeiro com os pais”, disse.
O sonho da sucessão a um passo
Para duas jovens de Travessão Coqueiros, em Coqueiros do Sul, sucessão também é coisa de mulher. Estudar e ficar na propriedade faz parte dos planos de E stéfani etícia Letícia Lamb , 18 anos, e de L zequiel Graziela Müller , 17. Já E Alan Weber , 21 anos, de Igrejinha, está se formando no curso de Agronegócio pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Ele planeja tornar a propriedade autossustentável na produção de leite.
O adolescente M ateus Bandeira , 13 anos, de Nova Trípoli, Colorado, sonha alto. Entre os planos está estudar, se especializar e aplicar conhecimentos no negócio da família: a agricultura. “Hoje o cooperativismo é o melhor caminho. A Cotrijal nos auxilia bastante. Um exemplo é a Expodireto”, disse.
Avani e Paulo Rech com o filho Victor
Acompanhado dos pais Avani e Paulo Rech, o menino V ictor , 13 anos, de Arroio das Pacas, Colorado, também marcou presença no fórum. Produtor de soja, trigo e milho, Paulo é um espelho para o adolescente. Wellington, de Ernestina, com o pai Ilmo Jorge Tieze
Andreia e Jarbas Antonio Bandera com o filho Mateus
Letícia Müller, Estéfani Lamb e Ezequiel Weber, de Coqueiros do Sul
Abril / 2017|17
O produtor rural não pode ser vilão na reforma da Previdência A PEC 287, da Previdência Social, não pode transformar o produtor rural em vilão, mexendo nos critérios para aposentadoria de homens e mulheres do setor. Este foi o consenso da maior Audiência Pública da Comissão de Agricultura do Senado Federal já desenvolvida durante a Expodireto Cotrijal. Realizada no último dia da exposição, sexta-feira, 10 de março, no Auditório Central do Parque de Exposições, sob o comando da senadora Ana Amélia Lemos, recebeu um público recorde na atividade, que se estendeu por três horas. O local, com capacidade para 300 pessoas, estava superlotado. Mais de 500 pessoas assistiram à audiência no lado de fora do complexo por meio de um telão. Além disso, evento foi transmitido ao vivo para todo o
Brasil pela TV Senado, e pelo Canal Rural, além de rádios da região. “Foi a primeira vez que ninguém arredou o pé do auditório”, ressaltou Ana Amélia. A senadora explicou que uma audiência pública do Senado precisa de contraponto, mas o secretário da Previdência Social, Marcelo Caetano, não pôde comparecer, pois estava com agenda na Câmara dos Deputados, onde a PEC tramita em primeira instância. Com isso, dirigentes de entidades, parlamentares e especialistas em previdência manifestaram-se contra a reforma no seu formato original, embora tenham divergido em relação a dois pontos: extinção da PEC ou implementação das mudanças estruturais por meio de emendas.
Mais de 500 pessoas acompanharam debate no lado de fora do auditório central por meio de telão
Ana Amélia confessou-se satisfeita com a repercussão da audiência pública. Frisou que produtores e parlamentares conseguiram, em suas bases, modificar a situação da PEC, que se encontra em Comissão na Câmara Federal. Durante o evento, ela transmitiu manifestações de telespectadores contrários à reforma de diversos locais do Brasil. Na avaliação do presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, a audiên-
Reforma da Previdência foi repudiada durante audiência pública do Senado Fderal no último dia da Expodireto
Mudanças previstas Entre as medidas em avaliação na Reforma da Previdência para os agricultores, está o aumento da idade para obtenção da aposentadoria, hoje em 55 anos para mulheres e 60 anos aos homens. Outra alteração seria a impossibilidade de acumular benefícios – aposentadoria e pensão – e o segurado especial da Previdência Rural também não poderia mais fazer a declaração de comprovação da atividade por tempo de serviço no Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Segundo a presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Jane Lúcia Wilhelm Berwang, pelo atual sistema, em que o produtor desconta 2,1% do valor da comercialização da produção, a arrecadação no Brasil é de 7,1 bilhões. Pela proposta do governo, o agricultor passará a pagar um índice
entre 5% e 11%. No primeiro caso, seriam necessários 5 milhões de contribuintes para manter a atual arrecadação. No segundo, 11 milhões de contribuintes. “Com certeza, o governo não pretende arrecadar mais com a mudança. O certo seria criar um sistema de arrecadação que permita que o dinheiro chegue efetivamente à previdência”, destacou a advogada. “As propostas configuram-se em um absurdo porque a pessoas no meio rural começam a trabalhar muito cedo. Cerca de 80% iniciam antes dos 14 anos. Se a idade para homens e mulheres for de 65 anos, eles terão trabalhado 51 anos para se aposentar. Essa proposta desconhece a realidade do meio rural, do trabalho penoso e sofrido do agricultor”, lamentou Jane.
O retrato do campo e da cidade (Referente a aposentadorias em 2016) Agricultores Trabalhadores urbanos Fonte: IBDP
Número de aposentados
Salário médio
816,4 mil
R$ 788,86
2,6 milhões
R$ 1.244,08
Discussão caso a caso Na avaliação do consultor da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Mário Nascimento, a reforma da previdência é necessária, “mas é preciso discutir caso a caso. Na sua avaliação, a pauta é municipalista, pois 85% dos municípios brasileiros são voltados para o agronegócio. Anunciou uma marcha de prefeitos a Brasília no mês de maio. Também o integrante da Comissão Especial de Direito Previdenciário da OAB, Edmilso Michelon, destacou que a entidade já se manifestou contrária à PEC, pois ela parte de premissas falsas e de retrocessos. Informou que a Ordem e mais 180 entidades estarão em Brasília nos próximos dias para propor a retirada da PEC. O diretor de Assuntos dos Aposentados e Pensionistas do Sindicato dos Servidores Públicos da Administração Tributária do Estado do Rio Grande do Sul (Sindifisco/RS), Ademar Petry, disse que as mudanças propostas pelo governo são contra a sociedade, que não foi ouvida. “O que eles estão fazendo é uma propaganda massificada na imprensa”, disse.
cia pública demonstrou que o evento está definitivamente consolidado como um palco de defesa dos agricultores. “Ver centenas de produtores lotando este auditório e outros tantos assistindo no telão lá fora demonstra que o setor é responsável e organizado na reivindicação de seus direitos. Se alguém pensa que vai fazer reforma sem ouvir os trabalhadores, está enganado”, ressaltou o dirigente. De acordo com o Ministério do
Trabalho, um terço das aposentadorias do Brasil é de agricultores, que têm regime diferenciado de contribuição. Em 2015, os gastos da Previdência Rural somaram R$ 102 bilhões, enquanto a arrecadação chegou a R$ 7,3 bilhões. Um déficit de R$ 94,5 bilhões. O trabalhador rural que não é assalariado, por exemplo, contribui de acordo com a produção e não mensalmente. As taxas são menores – entre 2,1% e 2,5%.
Previdência superavitária Para o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag/RS), Carlos Joel da Silva, a PEC 287 precisa “ser sepultada”, pois a Previdência tem superávit todos os anos, ao contrário da campanha do governo, que na sua visão faz terrorismo na mídia. “Os trabalhadores rurais representam 12% das contribuições. E financeiramente recebem 8% de todo o bolo. Quem quebra a previdência não é quem ganha um salário mínimo, mas quem percebe até R$ 200 mil”, destacou o dirigente da Fetag, entidade que mobilizou ao lado da Cotrijal as centenas de pessoas presentes na audiência. O secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, ressaltou a importância de debater “um tema sensível que mexe com a vida das pessoas”. Na sua avaliação, o projeto precisa de adequações e ajustes, realizados de forma responsável. “Os produtores rurais precisam ter os seus direitos preservados”, defendeu. Para o prefeito de Não-Me-Toque, a PEC tem pontos positivos, mas “atinge muito o homem do campo”. Lembrou que o ex-ministro
da Previdência, Jair Soares, assegura que a o setor é superavitário e que a solução é cobrar dos devedores. Para o presidente da Assembleia Legislativa, Edegar Pretto, a proposta representa um retrocesso em relação aos direitos conquistados na Constituição de 1988. “Antes da Carta Constitucional, a mulher da roça só tinha direito a meia aposentadoria e assim mesmo após a morte do marido. Não podemos permitir que esta violência volte”, disse. Membro da Comissão que discute as mudanças na Previdência Social na Câmara Federal, o deputado Heitor Schuch alertou para a situação difícil no grupo integrado por 37 parlamentares. “O governo diz que sua base não apoiará qualquer emenda. E faz chantagem querendo reativar o MDA em troca de alguns ajustes. “Ninguém vai nos tirar um direito sequer na reforma da Previdência”, prometeu. Também falaram contra as mudanças na Previdência os deputados federais Elvino Bohn Gass, Pompeo de Mattos, Jerônimo Goergen e Covatti Filho, além dos estaduais Elton Weber e Altemir Torelli.
18|Abril / 2017
Expodireto Cotrijal 2017
Negócios com máquinas superam expectativas Otimismo e muitos sorrisos nos lábios. Nos estandes de máquinas agrícolas da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, este foi o clima marcante nos cinco dias da feira. Os fabricantes já esperavam que o evento realizado de 6 a 10 de março espelhasse os resultados alcançados pelo setor nos dois primeiros meses do ano, quando as vendas no mercado nacional superaram em mais de 30% o faturamento de igual período do último ano. Na sexta-feira, último dia da feira, os organizadores da exposição anunciaram que as próprias expectativas - crescimento de 15% no faturamento em relação a 2016 – tinham sido superadas. Em sua 18ª edição, a Expodireto movimentou R$ 2,1 bilhões, volume 34% superior ao evento de 2016. A feira internacional confirmou a retomada dos investimentos. A maior fatia do faturamento corresponde a investimentos em máquinas e implementos, setor que contou com 155 dos 511 espaços da exposição. Muitos expositores apontaram um incremento de 30% a 40% nas vendas este ano. A maioria dos recursos totais movimentados saíram dos bancos tradicionais, que
contabilizaram R$ 1,6 bilhão em financiamentos, seguidos dos bancos de fábrica (R$ 259 milhões), e de capital próprio (R$ 189 milhões). Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul, Cláudio Bier (Simers), o momento da mostra foi de retomada, bem diferente do cenário exibido no ano passado. Na avaliação do presidente da Cotrijal, Nei César Mânica, o sucesso do evento se deve a uma conjunção de fatores. “O Rio Grande do Sul vive um bom momento no agronegócio, com destaque para as produções de soja, milho, trigo, cevada e arroz. Some-se a isso as linhas de crédito ofertadas pelos bancos e as boas oportunidades de negócio oferecidas pelas empresas na feira”, destacou.
Crédito facilitado
O Sicredi fechou sua participação na Expodireto Cotrijal com mais de R$ 157,49 milhões, representando 19% a mais em crédito solicitado pelos associados de todo o Brasil, que visitaram a feira este ano,
Elírio Fontana, de Água Santa, investiu na compra de uma colheitadeira
superando a expectativa projetada. Ao todo, foram 1.243 protocolos registrando 14% de aumento sobre os pedidos recebidos de 2016, com ticket médio de R$ 126.704 mil por pedido.
As linhas mais procuradas foram o Pronaf, com 68% do total de pedidos, e o Moderfrota, que atingiu 14% dos protocolos. As demais linhas somaram 18% das solicitações totais de interesse dos associados.
Novidades para o pequeno produtor Confiantes em bons negócios, as empresas de máquinas e implementos levaram para Não-Me-Toque o que existe de mais avançado em equipamentos. Centenas de lançamentos foram apresentados. A Massey Ferguson compareceu à feira com 10 concessionárias do Rio grande do Sul. Para o diretor nacional de vendas do grupo, Rodrigo Junqueira, em nenhum momento o fabricante perdeu de vista a retomada nos investimentos. “O setor do agronegócio é a locomotiva do PIB brasileiro. Apesar do momento difícil no ano passado, nunca alteramos os planos, pois sabíamos que a crise seria de curto prazo”, explicou o dirigente. Na avaliação de Junqueira, quem trabalha tecnologia não pode parar. Destacou que a MF fez neste ano o maior lançamento de produtos na Expodireto, sendo boa parte dirigida ao pequeno produtor.
“Pretendemos capturar ao final do ano boa parte do faturamento do setor no Brasil (entre 10% e 15%).
Motivado pela safra Os resultados foram visíveis. Para o produtor Ivan Vergutz, de Lagoa dos Três Cantos, a Expodireto serviu para que ele adquirisse produtos com o benefício do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Produtor de soja em 68 hectares e milho em 10 hectares, ele adquiriu uma plaina frontal e um joystick na Massey Ferguson por R$ 35 mil. Pagará o investimento em 10 anos. “Minha lavoura de soja vai render mais de 80 sacos por hectare este ano. Foi um ano excelente. Então, é momento de apostar em equipamentos também”, destacou.
Guert (E), também saiu de colheitadeira nova
Ivan Vergutz aproveitou linha de crédito do Pronaf para fechar negócio
De colheitadeira nova
A colheitadeira MF 4690, lançamento visando a agricultura familiar, foi adquirida pelo produtor catarinense Maurício Gubert, 19 anos, que planta soja e milho no município de Sul Brasil, Oeste do Estado. Presente pela primeira vez na feira, o jovem não hesitou em fechar negócio por meio do consórcio oferecido pela empresa. “Temos que investir mesmo em tempo de crise”, destacou Gubert, que trabalha com o pai e um irmão, mas será o encarregado de pilotar a máquina. A família planta soja em 50 hectares e milho em 40 hectares. Com a oleaginosa, alcança uma produtividade de 55 sacos por hectare. A máquina custou R$ 495 mil e poderia ser paga em 120 prestações. Como precisa dela, desembolsou R$
312 mil de entrada para recebê-la no prazo de uma semana. Quem também aproveitou a oferta dos bancos foi o produtor Elírio Fontana, plantador de soja em Água Santa, onde conseguiu no ano passado um rendimento de 76 sacas por hectare nos 30 hectares plantados. Espera ultrapassar as 80 sacas na atual safra. Por isso, se adiantou e comprou uma colheitadeira S430, pagando R$ 650 mil, por meio de financiamento por oito anos no Banco John Deere. “É o momento de investir. Em quatro anos, se a safra se mantiver assim, eu pago ela”, diz Fontana. O agricultor, que também planta milho em 20 hectares, conta com a assistência da Cotrijal desde o plantio da safra. É mais um sócio da cooperativa que comprou adubo para a atual safra e entregará a produção na Cotrijal. Na próxima, pretende adquirir semente.
Campanha resgata confiança
De acordo com o gerente comercial para a Região Sul da New Holland, Eduardo Nicz, a crise já apresenta sinais de arrefecimento, o que demonstra a confiança de fabricantes e produtores. A montadora projeta um crescimento de 20% na produção este ano e fez importantes lançamentos na Expodireto. Um dos símbolos da confiança é a campanha Conta Comigo Brasil (#contacomigobrasil), lançada há dois meses e bem visível no estande da companhia. “Na Expodireto, o produtor vem com a família, o que não ocorre em outras feiras. Aqui, em algumas ocasiões, a mulher ou um filho dão a última palavra”, destacou o gerente de vendas regional da Valtra, Luiz Cambuhy, ao revelar que a montadora fechou três anos de boas vendas em Não-Me-Toque. Entre as novidades da Case IH na Expodireto, estiveram a nova plantadeira Easy Riser 3200 e os tratores e colheitadeiras homologados pelo Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos (Proconve). Segundo o diretor comercial da marca, César Di Luca, os sinais positivos da economia para 2017 fortaleceram os lançamentos voltados à agricultura do país. “O produtor respondeu. Nossas vendas superaram os negócios do ano passado”, informou.
Abril / 2017|19
Soluções para a sustentabilidade no campo Com os olhos ávidos por soluções sustentáveis para a propriedade, o produtor de Bom Sucesso, interior de Não-Me-Toque, Sérgio Luiz Schuster, esteve no Espaço da Natureza, durante a Expodireto Cotrijal 2017, acompanhado da esposa, Vera Lúcia, e do filho Luiz. Para o produtor, os 11 hectares
Família Schuster em visita ao Espaço da Natureza
destinados ao meio ambiente, dentro da feira, são fundamentais para orientar e conscientizar para a preservação do ecossistema. “Cooperativismo é sinônimo de desenvolvimento sustentável. Mais pessoas deveriam se interessar e buscar saber sobre o tema. A Expodireto oferece isso e de forma completa no Espaço da Natureza”, elogiou o associado da Cotrijal. Produtor de grãos e leite, Schuster se preocupa com a “herança” ambiental que vai deixar para os filhos – uma propriedade sustentável e preservada, para que continue gerando frutos para as próximas gerações da família. “A nossa propriedade possui um rio costeando a área. Temos uma preocupação enorme com a preservação desta água, inclusive cercamos para o gado não ter acesso”, enfatizou. Programação - Preocupada com a preservação da biodiversidade e a exploração responsável dos recursos naturais, a Cotrijal trouxe mais uma vez programação variada para os visitantes, no Espaço da Natureza. Além de oficinas de reciclagem, teatro e dinâmica sobre a temática educação ambiental.
A educação através do lúdico
Tem certeza que é lixo?
Quem passou pela Casa do Meio Ambiente pôde exercitar a criatividade nas oficinas com o uso de materiais recicláveis. A pequena Yasmin, 7 anos, de São José do Umbú, que estava acompanhada da mãe Franciele Schons, produziu mandalas com CD´s antigos. “Adorei! Vou enfeitar meu quarto”, disse empolgada. “A minha filha aprendeu hoje uma lição que vai levar para a vida toda. Temos pilhas de CD’s em casa. A ideia foi fantástica”, enfatizou Franciele. Na propriedade, segundo a agricultora, há um cuidado enorme com a separação do lixo e com a destinação correta das embalagens vazias de agrotóxicos – atenção dada pelo marido Fabrício Abel Schons. A atividade, uma parceria da Cotrijal com o Senar/RS, foi ministrada pela instrutora do Senar/ RS, Mareni Bresolin Catanio. “As crianças de hoje serão os adultos que irão propagar esta ideia de preservação ambiental. As oficinas são uma forma também de conscientizar e mudar hábitos”, avaliou a instrutora.
Yasmin fez mandala com CD’s antigos. Na foto, com a mãe Franciele Schons
Oficinas com material reciclável despertam a criatividade e mudam hábitos
No Anfiteatro, atores cativaram público durante apresentação teatral
Pelo bem da natureza e da agricultura
Durante a Expodireto, a Syngenta, empresa parceira da Cotrijal, apresentou seu Plano de Agricultura Sustentável, com dinâmica para os visitantes na Casa do Meio Ambiente. Além disso, as crianças também recebem folhetos para colorir. Através das boas práticas agrícolas e tecnologias de aplicação, a empresa mostrou que é possível preservar os recursos naturais, a saúde e segurança do produtor e aumentar produtividade e rentabilidade dentro de sua área cultivável. “As tecnologias quando bem utilizadas são excelentes, mas é preciso ter responsabilidade neste uso, capacitar pessoas e propagar a educação ambiental”, ressaltou a bióloga ATV da Syngenta, Cláudia Toniazzo.
Dinâmica alertou para as boas práticas agrícolas
#EuNaExpodireto
No Anfiteatro, diferentes gerações foram presenteadas com o talento de uma trupe para lá de animada. No local, a Companhia de Teatro Viva Arte Produções Artísticas, de Passo Fundo, apresentou a peça “O futuro está em suas mãos” e deu um recado ao público: preservação do meio ambiente depende da atitude de cada um. Neste ano, o elenco foi composto por Tina Schell, Carol Batochio, Marino Otavio e Tiago dos Santos. “Já são 17 anos fazemos espetáculos na Expodireto com temas voltados à educação ambiental. É gratificante ver como a arte pode educar”, ressaltou Tina. Para facilitar o acesso ao espaço, os visitantes puderam fazer um tour de “dindinho” (trenzinho puxado por trator) pela feira até à Casa do Meio Ambiente, trajeto que levava cerca de 15 minutos.
Compromisso com a preservação O Espaço da Natureza, no parque da Expodireto Cotrijal, é composto pelo Anfiteatro e pela Casa do Meio Ambiente, com ampla vegetação nas imediações do lago. A vegetação faz parte do projeto Bosques Gaúchos, que consiste no plantio de árvores nativas que representam as regiões geográficas do Estado.
“A Expodireto é uma feira voltada ao agronegócio e falar de questões ambientais dentro da sua programação é um dos diferenciais. Durante todo o ano, a Cotrijal está preocupada não apenas com o negócio, mas com a subsistência das propriedades. Isso demonstra comprometimento e responsabilidade ambiental”Deisi Sebastiani Nicolao, bióloga e coordenadora de Meio Ambiente da Cotrijal
20|Abril / 2017
Expodireto Cotrijal 2017
Vendas da agricultura familiar superam R$ 1 milhão Degustar um pedaço de salame ou queijo, tomar um suco gelado ou simplesmente sentir o aroma de cachaças de sabores variados. Mais uma vez o público lotou os corredores do Pavilhão da Agricultura Familiar, na 18ª Expodireto Cotrijal, atraído pela fartura e qualidade dos produtos. Toda essa movimentação em frente aos 182 estandes das agroindústrias de 113 regiões do Estado teve reflexo nas vendas, que tiveram um incremento de 9,3% em relação à feira passada. Nesta edição, o espaço que completou 10 anos, contabilizou R$ 1.045.425,98 em negócios. Para o secretário do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, o resultado é reflexo da preferência dos consumidores pela qualidade dos produtos ofertados pelos agricultores familiares. No ano passado, foram comercializados R$ 956 mil, cifra 12% superior ao total de 2015. Nesta edição, quem passou pelo Pavilhão da Agricultura Familiar
A Agroindústria Harmonie Schnaps foi uma das estreantes do espaço
notou que além de mais fartos, os estandes estavam mais amplos, o que proporcionou maior visibilidade às agroindústrias e produtos. Além de alimentos tradicionais, não faltaram aqueles que aguçam pela inovação. Foi o caso dos salgadinhos e chips de batata-doce e aipim. A Agroindústria Harmonie Schnaps, de Harmonia (RS), que participa desde a primeira feira, levou cachaças e licores. Este ano, a grande novidade foi o licor de cachaça envelhecida na amburana (barril de madeira nobre). Para o dono Leandro Augusto Hilgert, a Expodireto serve de termômetro. “Já é de praxe trazer produto novo. Costumamos falar que a Expodireto é o termômetro da economia do Brasil. Se aqui for bom, o ano também vai ser”, disse. Ele a esposa Maria Fabiani Hansen participam de feiras em todo o país. No estande, foram vendidas em torno de 30 caixas de cachaça e 20 caixas de licor. Por ano, são produzidos em média 25 mil litros dos produtos.
Fartura e qualidade dos produtos fez lotar corredores em frente aos estandes
O casal João Cleri e Eva Oliveira, de Santo Antônio do Planalto, frequenta a feira há oito anos e não sai do parque, em Não-Me-Toque, sem antes passar pelo pavilhão e
O mix variado de conservas da Agroindústria Thomas, de Santa Clara do Sul, atraiu quem passou pelo estande. Na foto, Lúcia e Bruna Liska, de Não-Me-Toque
levar salame, vinho e a erva-mate Marsango. “Os produtos da agricultura familiar têm mais sabor e qualidade”, garantiu. No espaço, não faltaram tam-
O casal João e Eva, de Santo Antônio do Planalto, volta todo o ano
Queijos diferenciados
bém opções de lanches, preparados na hora pelos expositores. O pavilhão é organizada pela SDR em parceria com Cotrijal, Fetag e Fetraf.
Família Dapper, de Redentora, levou orquídeas de todos os tipos e produtos coloniais
Estreia com sucesso
A maciez e suavidade dos queijos produzidos pela A groindústria Reginato , de Viadutos (RS), mais uma vez agradaram o paladar dos visitantes da Expodireto, que não arredaram o pé do parque, sem antes conferir as novidades no espaço da agricultura familiar. Esse é o terceiro ano que o empreendimento expõe na feira. Para a tecnóloga Isamara Reginato, a Expodireto Cotrijal valoriza a agroindústria familiar. “É uma feira que abre portas, em especial para as pequenas empresas”, ressaltou. Há três anos, a agroindústria decidiu apostar em queijos diferenciados - algo inédito para pequenas empresas familiares. Atualmente produz os queijos Samsoe e Provolone, além de iogurtes e doce de leite. A Agroindústria Reginato apostou nos queijos diferenciados
Açúcar mascavo, rapadura, melado e amendoim caramelado (cri-cri) foram algumas das delícias expostas por uma das estreantes na Expodireto – a A groindústria Brandão , de Muçum (RS). “A Expodireto é uma grande oportunidade de divulgar o nosso produto e fechar bons negócios”, reconheceu o dono Marciano Brandão. Os produtos são naturais e à base de caldo de cana. Segundo Marciano, o objetivo é continuar participando das próximas edições da feira pelo bom retorno que ela proporciona. “A ideia é voltar no próximo ano”, afirmou. Apesar de contar com apenas quatro funcionários – os donos – a Agroindústria Brandão, a empresa produz de 250 a 300 kg de açúcar mascavo por semana, que são enviados para Cotiporã (RS).
Novidade crocante
Agroindústria Franz, de Santa Clara do Sul, trouxe salgadinhos e chips
Os salgadinhos e chips, feitos à base de aipim e batata-doce, fizeram sucesso no estande da A groindústria Franz Alimentos , de Santa Clara do Sul (RS). “A ideia de trazer um produto diferenciado deu certo. Saio satisfeito dessa minha primeira feira em Não-Me-Toque”, disse o proprietário Flávio Antônio Franz, que contou com a ajuda do filho Daniel no estande. A agroindústria existe há três anos e produz, em média, dois mil unidades de salgadinhos e chips por mês. “Primeiro, a gente criou o chips de aipim, depois, os demais produtos. Acertar no ponto leva tempo. Foram três anos testando e ajustando receitas”, contou.
Produtos à base de caldo de cana da Agroindústria Brandão fizeram sucesso
Abril / 2017|21
Casa da Família Cotrijal é parada obrigatória Inaugurada no Parque da Expodireto há quatro anos com a atual estrutura, a Casa da Família Cotrijal está focada na valorização do associado, é o que garante o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder. “Estamos sempre buscando o conforto para o nosso associado. Antes tínhamos apenas uma lona estendida na Casa da Família Cotrijal, palha de feno, uma estrutura bem rústica. Hoje podemos oferecer um bom descanso para o produtor, com lazer, troca de experiências e informação”, destacou. Sob responsabilidade da Unidade de Desenvolvimento Cooperativista (Decoop), a Casa da Família
Cotrijal conta com o suporte de 25 colaboradores da cooperativa, além da participação dos conselheiros e das mulheres integrantes do Comitê Cotrijal. “Antes ficávamos pedidas no parque, procurando árvores e estandes para descansar. Hoje temos tudo aqui”, elogiou a produtora rural Mirtes Spiegel, de Coqueiros do Sul, que descansava na tarde de terça-feira no espaço, acompanhada dos filhos Gabriel e Alana. A produtora rural Mara Kemmerich também aprovou o espaço. “O melhor lugar para o produtor, o associado e o visitante da feira. Na casa, a gente descansa, encontra amigos e tem momentos agradáveis de lazer”, opinou.
Local oferece conforto e lazer para produtores, associados e visitantes
I ntegração – No espaço, é nítida também a interação com associados de outras cooperativas coirmãs da Cotrijal. “Nos cinco dias de evento, recebemos
milhares de pessoas e todos sempre são bem-vindos aqui no espaço”, ressaltou o vice-presidente da Cotrijal, Enio Schroeder.
Dia de Cooperar no RS é lançado na Expodireto
Coral A União Faz a Vida, de Não-Me-Toque, encantou convidados na casa do cooperativismo gaúcho
Com a energia contagiante de crianças do coral infantil do programa A União Faz a Vida, de Não-Me-Toque, o Sescoop/RS lançou na quinta-feira, 9 de março, no Mundo Cooperativo Gaúcho, na Expodireto Cotrijal, a campanha estadual do Dia de Cooperar 2017. “Quem coopera vence com mais facilidade os desafios. Vamos semear o cooperativismo, a cooperação. Sabemos que essa mobilização é fundamental para que possamos, juntos, gerar grandes mudanças”, destacou o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius. Com o tema “Atitudes simples movem o mundo”, a campanha quer mostrar que atitudes simples podem sim mudar a realidade local. Em 2017, as atividades e serviços gratuitos à comunidade serão realizadas no dia
1º de julho, data em que se comemora o Dia Internacional do Cooperativismo.
O Dia C – Dia de Cooperar é uma das ações do Sistema OCB que vem ao encontro do que a Cotrijal acredita e defende: que as conquistas coletivas se refletem no comportamento de otimismo e de ânimo das pessoas e das comunidades em relação ao futuro, mesmo diante de possíveis adversidades. Em 2016, o projeto promovido pelo Sistema OCB alcançou mais de 2,5 milhões de pessoas em todo o país. No ano passado, o Rio Grande do Sul beneficiou mais de 121 mil pessoas durante todo ano. Este ano, a ideia é beneficiar mais de 150 mil pessoas.
Programa Aprendiz Cooperativo forma nova turma Uma turma motivada e cheia de disposição chamou a atenção de visitantes durante a Expodireto Cotrijal. Ao todo, 17 jovens concluíram o Curso de Serviços de Supermercados em Cooperativas, um dos braços do Programa Aprendiz Cooperativo. A cerimônia de entrega dos certificados, no quarto dia da feira, aconteceu na Casa da Família Cotrijal. Segundo o superintendente de Varejo da Cotrijal, Valcir Zanchett, ressaltou que a iniciativa procura preparar os jovens para o mercado
de trabalho. Cinco dos formandos já fazem parte do quadro de funcionários da cooperativa. Ricardo Lermen, presidente da Cooeducars, cooperativa educacional que atua junto ao Sistema Ocergs-Sescoop/RS e responsável por ministrar cursos, lembrou que desde que a iniciativa foi implantada em Não-Me-Toque, 30% dos jovens que participaram do programa foram contratados pela Cotrijal. Para Irno Preto, diretor do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, participar da formatura foi motivo de orgulho e satisfação.
Também prestigiaram formatura, o presidente do Sindicato dos Comerciários de Carazinho, Ivomar de Andrade, a gerente do DHO, Iara Silveira da Cruz, e a psicóloga e analista de RH, Daiane Bettim.
Aprendiz Cooperativo (Cotrijal)
Início - 2 008 Inscritos - mais de 1 .300 Vagas - mais de 6 00 Jovens formados - mais de 4 00 Contratados - mais de 1 40
Curso de Serviços de Supermercados qualificou 17 jovens para o mercado de trabalho
História da Soja é resgatada durante a Expodireto Cotrijal O Recanto Temático, espaço organizado pela Emater/RS-Ascar, no Parque da Expodireto Cotrijal, trabalha a cada ano um tema de importância para o produtor rural. Nesta edição da feira, quem passou pelo circuito acompanhou a “História dos 100 anos da Soja no Brasil”. Uma viagem ao passado, presente e futuro, que retratou, em 26 cenários diferentes, a chegada do grão no Rio Grande do Sul e sua evolução. A soja, hoje uma das principais culturas, começou a ser cultivada no Estado, em 1923, quando o pas-
tor Albert Lehenbauer chegou em Santa Rosa. “A oleaginosa teve uma evolução muito grande de lá para cá. Passou de seis sacas por hectare para quase 80 sacas/ha. Toda essa trajetória está retratada no espaço”, destacou Alessandro Davasac, coordenador do Recanto Temático. Conforme os organizadores, a expectativa era receber mais de 50 mil pessoas. O produtor rural de Lagoa dos Três Cantos, Lainir Fruhauf, que visita a Expodireto desde a primeira edição, foi um dos conferiu espaço. “Achei interessante. A gente
fica comparando. Hoje está mais fácil plantar e colher”, disse ele, que tem a soja como a principal cultura na propriedade
M ais sobre a cultura - Conforme dados da Emater, no
Brasil a área ocupada com soja em 2015/16 foi de 33,25 milhões de hectares o que resultou em uma produção de 95,43 milhões de toneladas do grão. Já no Rio Grande do Sul foram destinados 5,26 milhões de hectares com uma produção de 16,2 milhões de toneladas de soja.
Autoridades durante visita ao Recanto Temático
22|Abril / 2017
SOJA
Safra com alta produtividade na área da Cotrijal Na região da cooperativa, colheita deve seguir até o final do mês de abril
O Rio Grande do Sul deverá colher 30.856.883 toneladas de grãos na safra 2016/2017, um impacto econômico de mais de R$ 29 bilhões. Essa foi a projeção da Emater/ RS-Ascar, divulgada no segundo dia da Expodireto Cotrijal, na Casa da Emater, durante café da manhã, para a imprensa.
Na área da Cotrijal, o resultado das primeiras áreas de soja colhidas pela família Nodari, de Vista Alegre, interior de Colorado, é bastante animador. Com 360 hectares destinados ao grão, Delmir Vitório, 47 anos, acompanhado do filho Gabriel, 18, e do cunhado Euzébio Seibel, 51 anos, iniciou a colheita dia 19 de março, aproveitando ao máximo o tempo seco. “Começamos a colheita com uma boa expectativa, o que veio a se confirmar. Esperamos fechar com uma média superior a 80 sacos por hectare. Para chegar a esse resultado, investimos em manejos contra pragas e doenças, conforme as recomendações de técnicos da Cotrijal”, explica Nodari.
As perdas causadas pela ferrugem, em safras passadas, motivaram o associado a agir de forma antecipada. “Buscamos um manejo preventivo e o resultado nos animou. Vencemos a ferrugem e o controle de pragas também nos mostrou que o melhor caminho é agir antecipadamente”, destaca. Apesar da boa colheita, os altos custos de produção e o baixo preço de comercialização do grão preocupam o agricultor. Ele diz que se arrepende de não ter realizado mais negócios de forma antecipada e hoje vê o preço de mercado da soja com preocupação. “Na soja, a nossa esperança é que o preço melhore nos próximos meses”, diz.
Os Nodari, de Colorado, esperam ultrapassar a casa dos 80 sacos por hectare na soja nesta safra. Na foto, com o gerente Josmar Diefenthaeler
De encher os olhos
João Backes, de Lagoa dos Três Cantos, também projeta uma boa safra de soja
Nos quatro cantos da região atendida pela Cotrijal, o vai e vem de máquinas nas lavouras parelhas segue em ritmo acelerado. A expectativa é concluir colheita até o final deste mês de abril, principalmente nas unidades na região Norte do Estado. O associado João Backes, 50 anos, iniciou colheita dia 20 de março. Com área de 240 hectares de soja em Linha Ojeriza e Linha Guaiana, interior de Lagoa dos Três Cantos, o produtor projeta bons resultados. “Nas primeiras áreas colhidas já chegamos a tirar 75 sacos por hectare”, festeja.
Para Backes, o trabalho do Departamento Técnico da Cotrijal fez toda a diferença nesta safra. “O Programa Monitora trouxe informações precisas para o controle do percevejo e combate à ferrugem”, reconhece. “Nesta safra, travamos uma verdadeira batalha contra o percevejo. Através do Monitora, conseguimos sensibilizar o produtor para os danos que a praga pode causar. O resultado disso, são lavouras com plantas sadias”, ressalta o gerente de Produção Vegetal da Cotrijal, Juliano Recalcatti.
Produtividade (Soja) Propriedade dos Backes 2013/14 – 6 0 s acos/ha 2014/15 – 71 s acos/ha 2015/16 – 7 3 sacos/ha
Na área da Cotrijal 2013/14 – 5 1,7 sacas/hectare 2014/15 – 66,4 sacas/hectare 2015/16 - 65,7 s acos/hectare
Unidades preparadas Para que nada dê errado com o grão que chega à cooperativa, no início da colheita, em março, a área de Armazenagem de Grãos reuniu coordenadores operacionais das unidades para atualizar informações sobre o recebimento de grãos nas 56 unidades de recebimento. “A Cotrijal se preocupa com a qualidade dos serviços e a satisfação do produtor. Posso assegurar que
a cooperativa está preparada para armazenar toda a safra, que vai ser grande”, salientou o gerente de Armazenagem Grãos da Cotrijal, Tadeu Garibotti. No encontro, o analista de Produção da Cotrijal e coordenador do Programa Ciclus, Leonardo Kerber, repassou informações referentes à aplicação de corretivos nas lavouras.
Encontro, em março, serviu para alinhar informações com coordenadores operacionais de unidades
Abril / 2017|23
Coxilha adere ao Projeto Escola no Campo
O Escola no Campo, projeto desenvolvido pela Cotrijal, Syngenta, secretarias de Educação e Fundação Abrinq, chega a mais um município da área de ação da cooperativa. Com a adesão de Coxilha, 80 novos alunos, de 5° e 6º anos, de duas escolas públicas, devem se somar a iniciativa que estimula crianças e adolescentes a fazerem a sua parte para garantir a sustentabilidade no planeta. A parceria foi confirmada, no dia 29 de março, durante visita do prefeito do município, Ildo José Orth, e representantes da Secretaria de Educação de Coxilha à direção da Cotrijal. O grupo foi recebido pelo presidente Nei César Mânica, o vice, Enio Schroeder, e a gerente da Unidade de Desenvolvimento Cooperativista (Decoop), Leila Mertins. No encontro, a direção reforçou a essência, importância e números do Escola no Campo, presente hoje em 13 municípios da região. Em
15 anos, mais de 22 mil alunos já passaram pelo projeto. “É um projeto que reforça esse espírito de cooperação entre as crianças e nas comunidades por isso o nosso interesse. Oportuniza que os professores trabalhem em sala de aula a realidade local. Com certeza, vai enriquecer o aprendizado no nosso município, que é essencialmente agrícola”, justificou o prefeito, que também é produtor e conselheiro de Administração da cooperativa. Sempre atenta as novidades e parcerias, a secretária de Educação, Taniela De Cesaro, disse que o projeto só vem a somar no aprendizado dos alunos. “Os nossos professores e alunos gostam de desafios. Além de facilitar o aprendizado, reforça questões importantes como a educação ambiental. Acreditamos que vai trazer resultados muito positivos para todos os envolvidos”, afirmou. “Ficamos muito felizes por
Parceria foi firmada durante visita do prefeito e representantes da Educação de Coxilha à direção da Cotrijal, em março
fazer parte dessa iniciativa que tem a Cotrijal como parceira”, complementou a diretora da Escola Municipal de Educação Infantil Tia Sila, Tatiane Piassão Flores. A coordenadora pedagógica de Educação
Cotrijal assina escritura das unidades adquiridas da BSBIOS A direção da Cotrijal, através do presidente, Nei César Mânica, e do vice, Enio Schroeder, esteve reunida com a direção da BSBIOS,no dia 27 de março, na sede da cooperativa em Não-Me-Toque, para a assinatura das escrituras de compra das 14 novas unidades de recebimento e armazenagem de grãos – negócio firmado em 30 de junho de 2016. “A partir de hoje, oficialmente, estas 14 unidades são um patrimônio integrado à Cotrijal. Isso se dá graças a um trabalho de parceria entre Cotrijal, BSBIOS, Banco do Brasil e BNDES, efetivando uma negociação vultuosa”, destacou Mânica. O presidente adiantou ainda que os primeiros meses de atuação da Cotrijal na nova área já estão rendendo frutos positivos. “Fizemos um planejamento estratégico para este primeiro ano e estamos tendo uma excelente receptividade por parte do produtor dessa nova
região”, ressaltou. “É mais um momento histórico para a cooperativa, que já está fazendo um belo trabalho junto ao agricultor dessa nova área para que ele tenha segurança e possa fazer excelentes negócios”, afirmou Schroeder. O diretor-presidente da BSBIOS, Erasmo Carlos Battistella, apontou que a assinatura das escrituras é o momento de finalização de todo o processo de compra e venda. “Hoje é um dia muito importante para nós, pois estamos finalizando mais um negócio com muita tranquilidade, estas unidades agora estão oficialmente nas mãos da Cotrijal”, enfatizou. A ação fortalece ainda mais a marca Cotrijal e a parceria com a BSBIOS. “Estamos felizes porque a Cotrijal continua atendendo muito bem os produtores, elevando o volume de produção e nós, por outro lado, vamos promover a industrialização desta
matéria-prima. Também estamos satisfeitos porque temos certeza da continuidade de um trabalho sério, que valoriza os funcionários da BSBIOS que hoje estão trabalhando com a Cotrijal”, concluiu o diretor-presidente da BSBIOS.
do município, Ediana Mazzutti, também participou da visita e estava empolgada com a parceria. “O material é muito bom. Acredito que os professores farão um belo trabalho”, comentou.
O Escola no Campo trabalha em sala de aula temas diversos relacionados à agricultura e ao meio ambiente, com capítulo especial dedicado à utilização adequada de defensivos agrícolas.
Ciências Econômicas Tainara Lenise Kraemer, 21 anos, de Mantiqueira, interior de Não-Me-Toque, formou-se em Ciências Econômicas pela Universidade de Passo Fundo (UPF), no dia 11 de março. A intenção da jovem é se especializar da área escolhida. A conquista é motivo de orgulho para os pais José Romeu Kraemer e Loiva Claudete e o irmão Ronaldo Elias. “A gente também fica realizado”, festejou o pai, que atua forte no leite e tem a ajuda filha na gestão da propriedade.
Entenda a ampliação Em agosto de 2016, a Cotrijal comprou da BSBIOS as unidades de Água Santa, Capo Erê (Erechim), Capão Bonito do Sul, Charrua, Engenho Grande (Água Santa), Esmeralda, Lagoa Vermelha, Muitos Capões, Rio Telha (Ibiaçá), Sertão, Tapejara, Três Pinheiros (Sananduva), Valinhos (Passo Fundo) e Vila Lângaro. Com a ampliação da sua estrutura, a região de atuação da Cotrijal passou para 32 municípios, com 56 unidades de recebimento e armazenagem de grãos.
Diretores da Cotrijal e BSBIOS estiveram reunidos na sede da cooperativa em Não-Me-Toque
Tainara com a família
NF-e: prazo é prorrogado até 2019 A Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul prorrogou mais uma vez os prazos para o uso da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) em substituição ao talão de produtor. A ação, inicialmente, estava prevista para acontecer na virada do mês de março. Agora a data limite será o dia 1º de janeiro de 2019. No caso dos produtores vinculados ao sistema integrado, a adoção da NF-e está fixada em 1º de outubro deste ano. O superintendente Adminis-
trativo-Financeiro da Cotrijal, Marcelo Ivan Schwalbert, lembra que a prorrogação do prazo foi tema de reivindicação durante a Expodireto Cotrijal. Conforme ele, a Cotrijal já vinha se preparando para atender o produtor através do certificado digital. Para os produtores que já efetuaram o seu certificado digital e terão sua validade expirada até janeiro de 2019, a orientação da Cotrijal é para que procurem os gerentes das suas unidades de acerto.
24|Abril / 2017
Saldanha Marinho
Sucessão garantida na família Müller Um exemplo de sucessão bem-sucedida acontece no interior de Saldanha Marinho, na propriedade da família Müller. Um ambiente feliz e acolhedor, caracteriza esses associados da Cotrijal que construíram uma história de amor pela terra através das gerações e hoje acreditam que a vida no campo é o melhor caminho. José Müller, 64 anos, lembra que na infância as opções eram escassas, o que motivava as crianças a sonharem com a lavoura. “Sempre ajudei meu pai e acabei pegando gosto pela atividade”, comenta. “Hoje me orgulho dessa escolha. Foi plantando e colhendo que construí uma família e com boas perspectivas para o futuro”.
As brincadeiras nas lavouras e o auxílio aos pais na roça também fizeram parte da infância da agricultora Zenir Pedroso Müller, esposa de José. Ela conta que a vida no interior sempre foi baseada na cooperação. “Essa é a essência que buscamos, um trabalho em parceria com os nossos filhos”, ressalta. O casal tem três filhos: Lisângela, 39 anos, que é mãe de Nicole Müller Kolberg, 16; Ezequiel, 34, que é casado com Janaína Radaelli, 29, e pai da pequena Emanuelly Radaelli Müller, 3. O caçula, Henrique, 30, é casado com Marieli Altmayer Hermann, 26, e pai do pequeno Inácio, 2. Todos sob o olhar atento de Vitória Costela Müller, 85, a matriarca da família.
O início
O produtor José Müller conta que sempre ouviu do avô, que o seu maior sonho era ver a propriedade prosperar. No início, em 1958, eram 70 hectares destinados à produção de mandioca, milho e criação de porco. O primeiro trator, chegou em 1969, junto com as primeiras lavouras de trigo e soja. “Na época, o trigo era visto como uma boa alternativa e foi assim que tudo começou”, lembra José. Com o passar dos anos, as áreas de mandioca e milho foram dando lugar ao trigo e, mais tarde, para a soja.
Respeito e união
Mesmo antes de largarem os brinquedos, os irmãos Ezequiel e Henrique, já sabiam que trabalhariam juntos na propriedade. “Sempre tivemos a oportunidade de escolher e projetar o nosso futuro, mas nunca pensamos em deixar a nossa família”, comenta Ezequiel, que chegou a iniciar estudos na Escola Técnica em Sertão, mas optou por se dedicar em tempo integral aos
negócios da família. O irmão caçula Henrique concluiu estudos em 2005. Ele se formou em técnico agrícola pela Escola Técnica Alto Jacuí e, atualmente divide as atividades na propriedade. “Meu irmão e eu procuramos fazer de tudo, mas sempre buscamos a experiência do nosso pai na hora de planejar a lavoura e fechar negócios”, afirma.
Propriedade dos Müller
Os Müller, de Saldanha Marinho, comprovam que a união e o trabalho bem organizado em família pode dar certo
Localização: comunidade de São Roque, a 6 km da unidade da Cotrijal, em Saldanha Marinho. Produtividade Soja 2015/16........................72 sacas/ha 2014/15........................70 sacas/ha 2013/14........................53 sacas/ha
Confiança
na cooperativa Fazer parte da grande “família Cotrijal” é motivo de orgulho para os Müller. Em 2016, Ezequiel foi eleito líder para o mandato de três anos. “A cooperativa é uma empresa séria e que prioriza o bem-estar de seus cooperados e produtores. Acredito que será um período de muito aprendizado”, fala. As mulheres da família também estão contentes com a presença da Cotrijal na propriedade “A Cotrijal pensa no bem-estar de toda a família. Saber que a mulher tem espaço na cooperativa é muito gratificante”, comenta Janaína Radaelli, esposa
As mulheres da família também estão contentes com a parceira
de Ezequiel. Desafiados a dar continuidade a um trabalho que ultrapassa gerações, os irmãos Müller vêem na figura do pai uma motivação a mais para seguir na atividade. “Nosso pai
nos mostrou que é possível sonhar e com trabalho e dedicação tornar os sonhos realidade. A nossa ideia é seguir no interior produzindo grãos com qualidade e com a ajuda Cotrijal”, conclui Ezequiel.
Assistência como diferencial
Na soja, salto de produtividade foi de quase 20 sacas por hectare, nas últimas três safras, com a ajuda da Cotrijal
Referência em assistência técnica e com 60 anos de história, a Cotrijal é sinônimo de confiança e segurança para a família Müller. Na propriedade hoje são 300 hectares destinados à produção de grãos, sendo a soja o carro-chefe. Há três safras plantando com a ajuda da Cotrijal, a família já nota os resultados, mas sonha colher ainda mais. José Müller reconhece a excelência dos profissionais da assistência
técnica e dos demais setores da cooperativa. “É um trabalho sério, personalizado e que faz toda a diferença. A nossa produção, por exemplo, saltou de 53 sacos por hectare na safra de 2013/14, para mais de 72 sacos/ha na safra passada”, diz, satisfeito. Pioneiro em plantar milho na região, o produtor conta que sua primeira lavoura comercial com o cereal foi em 1988, mas hoje com o recuo do mercado e as frustrações
de safras passadas, o milho perdeu espaço na propriedade. Com a expectativa de colher uma grande safra de verão, os Müller estão revendo algumas questões de olho nas próximas colheitas. “Este será o ano da soja. Os manejos estão no campo o que nos faz projetar um crescimento em relação às safras passadas. Vejo o milho como uma boa alternativa para a rotação das culturas e formação de palhada”, reconhece.
Cotrijal entre as marcas preferidas dos gaúchos A Cotrijal está entre as marcas mais lembradas e preferidas pelos gaúchos. A cooperativa figura na quarta posição no sistema cooperativo do Estado. A pesquisa Marcas de Quem Decide, organizada pelo Jornal do Comércio e a Qualidata Pesquisas e Informações Estratégicas, avaliou 73 setores. O Marcas de Quem Decide tem como base a distribuição econômica em sete regiões do Estado
e contempla na amostragem 47 municípios, todos com 0,5% ou mais do Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho. A avaliação contou com a participação de 526 pessoas, das quais 93% são gestoras de negócios em cargo de direção e 55% são proprietários ou sócios de empresas. Ao todo, 11 cooperativas do RS aparecem entre as marcas mais lembradas e preferidas pelos gaúchos.
ANOS COOPERAR É SEMEAR O FUTURO.
Sagrado e saboroso O
período da Páscoa é sinônimo pratos feitos à base de peixes. Entre os preferidos estão o bacalhau (e seus similares), o salmão e a popular tilápia, variedades que rendem verdadeiras delícias. Para os católicos, a Semana Santa é um período de reflexão, longe de qualquer tipo de carne, com exceção dos peixes. Se este é seu caso, ou se simplesmente você ama pescados, confira nossa seleção com receitas especiais para preparar pratos deliciosos na Semana Santa.
Simbologia Os primeiros cristãos praticavam o costume de trocar alimentos (ovos de galinha de verdade – não os de chocolate - e peixes) como presentes. A palavra peixe na língua grega se pronuncia “ichthys” que se relaciona as iniciais para a confissão de fé. Portanto, o peixe também simboliza a fé das pessoas em Cristo.
Peixe assado ao forno Ingredientes 1 peixe de 3 kg 300 ml de vinho branco seco 1 vidro de leite de coco 1 xícara de azeite 1 colher de sal temperado (sal e alho) 1 cebola grande 5 dentes de alho grande 2 tomates 1 pimentão Pimenta-do-reino e cominho a gosto 1 maço de cebolinha verde 1 maço de coentro
Modo de preparo Limpe o peixe e reserve num recipiente que vai ao forno. Bata no liquidificador todos os outros ingredientes que dará um molho e cubra o peixe com o molho e deixe marinar por 2 horas. Depois cubra com o papel-alumínio e leve ao forno por 20 minutos para cozinhar, retire o papel e deixe dourar. Lembrando de ir jogando o molho por cima para criar uma crosta.
2•
Semana Santa pede cardápio à base de peixe Linguado com batatas Ingredientes 100 g de queijo parmesão ralado 1 cebola cortada em rodelas 1 pimentão verde cortado em rodelas 1 kg de filé de linguado 2 tomates cortados em rodelas 3 ovos cozidos e fatiados 800 g de batata inglesa cozida fatiada 100 g de azeitonas fatiadas Sal a gosto Orégano a gosto
Modo de preparo Despeje uma colher de sopa de azeite em um refratário e, por cima, coloque o peixe temperado com sal. Por cima do peixe, arrume o tomate, a cebola, um pouco de orégano, mais uma colher de azeite, o pimentão, os ovos e as azeitonas. Forre tudo com as batatas em rodelas cozidas, despeje o restante do azeite, coloque o queijo parmesão ralado e cubra o refratário com papel-alumínio. Leve ao forno preaquecido e deixe assar por meia hora. Retire o papel-alumínio e deixe o refratário ainda no forno para que as batatas fiquem gratinadas. Sirva o linguado com batatas imediatamente.
Escondidinho de bacalhau Ingredientes Purê de aipim 1 kg de aipim (mandioca) 1 colher (sopa) de manteiga 400 ml de leite desnatado Sal a gosto
Bacalhau 300 g de bacalhau seco 1 cebola picada 2 dentes de alho picado 2 colheres (sopa) de azeite 1 lata de tomate pelado 1 xícara (chá) de salsinha picada Sal a gosto 50 g de farinha de rosca para polvilhar 50 g de queijo parmesão ralado para polvilhar
Salpicão de atum Ingredientes 200 g de iogurte natural 2 colheres (sopa) de azeite 2 colheres (sopa) de mostarda 3 colheres (sopa) de uva passas 1/2 xícara (chá) de salsão picado 1 maçã em cubos pequenos, com casca 1 cenoura ralada Sal a gosto Pimenta-do-reino preta a gosto 1 lata de atum em óleo
Modo de preparo Coloque em uma tigela o azeite, a mostarda e o iogurte, misturando bem os ingredientes. Escolha outra vasilha e misture o salsão, cenoura, passas, maça e o atum. Em seguida pegue o molho de iogurte e coloque na segunda mistura. Tempere com sal e pimenta da forma que desejar e sirva.
Modo de preparo
Para suavizar sabor forte Se você for assar o peixe na grelha, polvilhe com ervas como o tomilho ou o alecrim. Em uma frigideira antiaderente grelhe rapidamente cada lado do peixe, virando-o com uma espátula. Embrulhe em uma folha de papel-alumínio antes de colocá-lo na grelha. Se optar pela fritura, lave o filé e tempere a gosto. Aos temperos que você costuma usar adicione um pouco de limão e pimenta comum ou pimenta do reino. Aqueça o óleo na frigideira ou panela e coloque os peixes, dourando cada um dos lados.
Purê - Descasque o aipim e cozinhe. Depois de cozido esprema e volte para o fogo. Junte a manteiga, o leite e o sal. Bacalhau - Deixe o bacalhau de molho em água por 24 horas trocando a água 6 vezes. Escorra e retire a pele e as espinhas. Refogue a cebola e o alho no azeite. Junte o bacalhau, os tomates e a salsinha e refogue por 10 minutos. Montagem - Em um refratário untado, coloque metade do purê, o bacalhau, espalhe o restante do purê e polvilhe com a mistura de farinha de rosca e queijo parmesão ralado. Leve para gratinar por 15 minutos.
Lasanha de tilápia Ingredientes 1 kg de filé de tilápia Massa para lasanha 1 tomate 1 cebola grande picada em cubos 4 dentes de alho 400 g de muçarela Cheiro verde Sal a gosto Molho branco (opcional) Azeite 300 ml de leite integral 1 colher (sopa) de amido de milho (dissolvida em 100 ml de leite) ½ cebola 1 dente de alho
3 colheres de creme de leite Queijo ralado a gosto Sal a gosto
Modo de preparo Lasanha – Cozinhe a tilápia e desfie. Em uma frigideira grande, deixe o alho e a cebola dourar. Acrescente o peixe desfiado, o cheiro verde e o tomate, após refogar tempere com o sal. Utilize um refratário para montar, sempre uma camada massa de lasanha, uma de peixe, um pouco do molho branco e a muçarela. Deixe no forno por 30 minutos. Molho - Refogue o alho e a cebola no azeite, acrescente o leite e deixe ferver. Desligue o fogo, acrescente o creme de leite e o queijo ralado e tempere com o sal. Ligue o fogo novamente, acrescente o amido e mexa até engrossar.
•3
Difícil resistir a só um pedacinho Torta cremosa de nozes Ingredientes Massa 1 pacote de bolacha maizena triturada no liquidificador 100 g de manteiga derretida 1 pacote de bolacha que tenha um lado coberto de chocolate
Recheio 1 lata de leite condensado 3 ovos 1 colher (chá) de amido de milho 6 colheres (sopa) de açúcar 1 lata de creme de leite 1 xícara (chá) de nozes picadas
Modo de preparo Massa - Misture a manteiga derretida com a bolacha triturada até formar uma massa homogênea e reserve. Coloque as bolachas cobertas de chocolate em toda a lateral de uma forma de aro removível. Forre o fundo da forma com a farofa de bolacha reservada. Recheio - Leve ao fogo brando, numa panela pequena, o leite condensado, as gemas peneiradas e o amido, mexendo sempre até obter um creme levemente espesso. Reserve. Bata as claras em neve firme, junte o açúcar e bata mais um pouco. Retire da batedeira e misture delicadamente o creme de leite. Acrescente o creme de gemas reservado e as nozes. Despeje na forma com a massa, cubra com papel-alumínio e leve ao freezer por cerca de 12 horas. Desenforme e sirva decorada com nozes trituradas.
Bolo de chocolate maltado Ingredientes 250 g de chocolate meio amargo Água 175 g de margarina 250 g de açúcar mascavo 4 ovos 1 xícara (chá) de farinha de trigo 1 xícara (chá) de cacau em pó 1 colher (sobremesa) de fermento químico 300 g de chocolate ao leite picado 1 lata de creme de leite 1 pote de cream cheese (150 g) 6 colheres (sopa) de achocolatado
Modo de preparo Massa - Em um recipiente, coloque o chocolate ralado e a água. Derreta em banho-maria e reserve. Na batedeira, bata a margarina e o açúcar até obter um creme. Adicione os ovos, um a um, e aos poucos metade da farinha. Junte o chocolate derretido, misture o cacau e o restante da farinha misturado com o fermento. Passe para uma forma (que dever ser untada) e leve para assar durante 1 hora. Deixe esfriar e desenforme. Cobertura - Derreta o chocolate em banho-maria, misture o creme de leite, o cream cheese e o chocolate maltado. Cave um buraco no centro do bolo. Esfarele bem e misture em 1/4 do creme da cobertura. Preencha o buraco com a mistura e cubra com o restante da cobertura.
Torta Alemã Ingredientes Massa 2 pacotes de biscoito maizena ½ xícara (chá) de leite
Creme 6 colheres (sopa) de açúcar 4 gemas 200 g de margarina 1 lata de creme de leite sem soro 1 colher (chá) de essência de baunilha
Cobertura 125 g de chocolate meio amargo picado 125 g de chocolate ao leite picado 1 lata de creme de leite sem soro
Para decorar Raspas de chocolate branco e cerejas
Modo de preparo Creme - Na batedeira, bata o açúcar, as gemas e a margarina até formar um creme esbranquiçado. Junte o creme de leite e a essência de baunilha e misture bem. Reserve. Cobertura - Em uma tigela, coloque os chocolates e o creme de leite e, em banho-maria ou no micro-ondas, aqueça o suficiente para derreter o chocolate. Misture bem. Montagem - Em um refratário, alterne camadas de biscoitos umedecidos no leite e camadas do creme, até finalizar todos os ingredientes. Cubra com o creme de chocolate e leve à geladeira até firmar. Antes de servir, decore com as raspas de chocolate branco e cerejas.
Brigadeiro com sorvete de flocos Ingredientes 1 pote de sorvete de flocos ou outro sabor da sua preferência 1 caixinha de bombom da sua preferência 2 latas de leite condensado 2 colheres de manteiga sem sal 4 colheres de chocolate meio amargo (ou cacau em pó)
Modo de preparo Numa panela, misture os ingredientes do brigadeiro. Leite condensado, manteiga e chocolate. Mexa sem parar até começar a engrossar. Depois de pronto, pegue uma taça grande de vidro, coloque bolas de sorvete e despeje o brigadeiro. Vá montando camadas. No final, coloque o bombom que você escolheu, num saquinho de alimentos e bata com uma colher de pau para desmanchar. Despeje o farelo em cima da última camada e leve ao congelador. Depois, é só aguardar a hora de servir.
4•
Rico em nutrientes e proteínas Com a Páscoa, os peixes, muitas vezes ignorados pela maioria da população, ganham espaço às refeições. Mas existem motivos de sobra para incluir os pescados na alimentação do dia a dia e não somente na Semana Santa. Além da grande quantidade de minerais (como cálcio e fósforo) e vitaminas e o tão conhecido ômega-3 (tipo de gordura encontrada em espécies como sardinha, atum e bacalhau), o peixe ainda ajuda a controlar a pressão, reduz o risco de doenças cardíacas, arteriosclerose (endurecimento das artérias) e o nível de colesterol e triglicérides. Outra grande vantagem dos peixes em relação às carnes de boi e porco é a facilidade de preparo: os frescos cozinham em pouquíssimo tempo e podem ser usados em diversas preparações, como ao molho, empanado, assado, ensopado, cozido, grelhado, frito e até mesmo cru - desde que seja proveniente de um fornecedor que possua boas condições higiênico-sanitárias e seja de confiança. Com tantos benefícios à saúde, não é à toa que muitos nutricionistas colocam o peixe como um dos alimentos mais importantes e saudáveis para a alimentação, devendo ser consumido com certa regularidade na dieta alimentar: no mínimo duas vezes por semana.
Peixes: fazem bem à pele, ao sistema circulatório, ao cérebro e ao coração, beneficiando o corpo todo
O poderoso ômega 3
Proteínas de qualidade alta
Baixo teor de gorduras
Estudos revelam que o ômega 3 (presente em alimentos como o óleo de peixe) tem poderoso efeito anti-inflamatório, como na redução da inflamação nas articulações. Diminui o risco de artrite e retarda o envelhecimento precoce da pele. Mais importante, seu uso previne doenças como doença de Alzheimer, diabetes, hiperatividade, distúrbios de deficit de atenção e depressão. Os peixes que mais contém ômega 3 são os de águas frias e salgadas, como salmão, atum, sardinha e bacalhau.
Os peixes também são ricos em proteínas de alto valor biológico, oferecendo os aminoácidos essenciais que não são produzidas pelo organismo. Além desse fato, suas proteínas são facilmente digeridas pelo organismo, favorecendo sua absorção e o processo de digestão que se torna mais leve e rápido. Desse modo, você jamais ficará com aquela sensação de peso que as carnes vermelhas proporcionam.
É considerado ainda uma proteína de excelente qualidade com o benefício ainda de ser uma carne magra. Comparado à carne bovina, suína e ao frango, é o que tem o menor teor de gordura saturada e, por isso, traz muitos benefícios para o coração. Para quem está de dieta, optar pela sardinha em óleo ou até mesmo pelo atum é uma maneira de ingerir gordura poli-insaturada (se for óleo de soja) e monoinsaturada (se for óleo de oliva), que também fazem bem para a saúde, se consumidas na quantidade adequada.
Dicas Para manter todas as qualidades do peixe, existem algumas dicas. Para descongelar, tire-o do congelador e deixe-o na geladeira, na noite anterior ao preparo. O peixe pode estragar se for descongelado em água corrente. Se for prepará-lo cozido ou ensopado, pode tirá-lo do congelador e levá-lo direto para a panela. Depois de descongelar, o peixe não pode ser novamente congelado. E depois de descongelado, deve ser consumido rapidamente, evitando riscos de contaminação.
Para desfrutar de todos os benefícios É fundamental que as guelras (brânquias) estejam vermelhas e úmidas. Atente-se aos olhos: não devem estar sem brilho (opacos) nem fundos. Escama: sempre firme e brilhante. Se soltar com facilidade, não compre! Só compre se a carne estiver firme. Se o cheiro estiver muito forte, desconfie.
Tipos e na alimentação Atum - Grelhado na chapa ou frito. Pode ser consumido cru, na cozinha japonesa. É um peixe com gordura. Bacalhau - O peixe da Semana Santa. Pode ser frito, assado, cozido, ensopado ou grelhado. Cação - De carne branca e firme, com cartilagem. Em postas é possível fazer ensopados, grelhados e assados. Carpa - Cozida, assada, frita ou empanada. Dourado - Frito, grelhado ou na chapa. Tem muita gordura e espinhas. Linguado - Frito, cozido ou assado. Na cozinha peruana, é servido cru no ceviche. É um peixe considerado magro, quase sem espinhas. Namorado - De carne branca, quase sem espinhas. Inteiro recheado e depois assado. Em postas, pode ser frito em filés ou cozido. Pintado - De carne rosada e pouca espinha, pode ser assado, grelhado ou ensopado. Robalo - De carne branca e firme, é perfeito para ser assado na grelha ou no forno. Muito apreciado, também, em moquecas. Salmão - Grelhado, defumado ou assado. Muito apreciado cru, na cozinha japonesa Sardinha - Frita, grelhada ou marinada. Tainha - Pode ser frita, grelhada ou assada. Tilápia - Frita, cozida, grelhada ou assada. Traíra - O ideal é que seja frita. Exige muito cuidado devido à grande quantidade de espinhas.