Guia do aluno versão impressao

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INFORMÁTICA APLICADA

APRENDIZ

INFORMÁTICA APLICADA

NÚCLEO INSTRUMENTAL

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PROGRAMA FORMARE


INFORMÁTICA APLICADA

SUMÁRIO INTRODUÇÃO

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CONTEXTUALIZAÇÃO E MOBILIZAÇÃO

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DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM

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ANÁLISE E AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM

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OUTRAS REFERÊNCIAS

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PROGRAMA FORMARE

FICHA TÉCNICA

Coordenação do Programa Formare Beth Callia Coordenação Pedagógica Zita Porto Pimentel Coordenação Convênio UPFPR | Fundação Iochpe Alfredo Vrubel Elaboração GIPE | Projetos Educativos Ltda. Coordenação Geral Ana Maria Ribeiro Filipouski Diana Maria Marchi Projeto Gráfico e Diagramação Amí Comunicação & Design Revisão Suliani Editografia Ltda. Autoria deste caderno José Carlos Antonio Apoio MEC – Ministério da Educação FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação PROEP – Programa de Expansão da Educação Profissional


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INTRODUÇÃO

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Fábrica no Brasil, 1880. [Fonte: VASQUEZ, Pedro Karp. Nos trilhos do progresso: A ferrovia no Brasil imperial vista pela fotografia. São Paulo: Metalivros, 2007]

história da humanidade é fascinante e nos mostra como evoluímos de criaturas frágeis que lutavam para encontrar alimentos e fugir dos predadores até os dias atuais, onde nos tornamos criaturas poderosas, produzimos nossos alimentos e nos tornamos o predador mais voraz do planeta. Nesse trajeto evolutivo criamos sociedades altamente estruturadas, criamos instituições organizadas e inventamos formas de relacionamento que nos permitem viver da forma como vivemos. O trabalho, por exemplo, da forma como o conhecemos, não existiu desde sempre, ele é parte da nossa evolução social e, assim como tudo mais em nossa sociedade, ele evolui e se transforma com o tempo, com a própria sociedade. Em torno de 2.000 anos atrás, na época de Cristo, o trabalho era muito diferente do que é hoje, pois não havia indústrias, máquinas, produção para comércio, etc. O trabalho em fábricas, com uso de máquinas e tecnologias de produção em massa, só surgiu com a Revolução industrial, por volta do final do século XVIII e início do século XIX. Portanto, a cerca de 200 anos apenas.


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PROGRAMA FORMARE

Nesses 200 anos a forma de produção, que até então era basicamente artesanal, mudou drasticamente. As máquinas introduziram a produção em massa, ou seja, em grande quantidade, diferentemente da forma artesanal, que tem baixa produtividade. Nasceu então uma nova categoria de trabalhadores para operar essas máquinas: os operários. As máquinas evoluíram constantemente e trouxeram a necessidade cada vez mais frequente de novas habilidades para os operários, de forma que foi se tornando cada vez mais necessário aprender a operá-las corretamente a cada nova mudança. A rapidez com que a sociedade tem mudado nesses últimos 200 anos é espantosa. Essa mudança tem acontecido de forma acelerada, ou seja, cada vez mais rápido. Não apenas as máquinas nas indústrias, mas também as relações comerciais, os costumes e, enfim, todo o modo de vida, tem mudado de forma acelerada.

Linha de produção automatizada com operários robôs. [Fonte: https://commons.wikimedia. org/wiki/File:FANUC_R2000iB_ AtWork.jpg]

Tanto no trabalho, para poder lidar com as necessidades constantes de aprender a operar novas máquinas e formas de produção, quanto na própria vida cotidiana, tornou-se cada vez mais necessário continuar aprendendo o tempo todo, e de forma acelerada. Aprender o tempo todo é uma das características da vida contemporânea. Não é mais possível viver como há 2.000 anos, quando as coisas não mudavam muito e havia pouca coisa para ser aprendida ao longo da vida para poder garantir o sustento e a adaptação à sociedade. A cada dia surgem novas tecnologias, máquinas, meios diferentes de produção, profissões e ocupações. Muitas profissões já desapareceram e muitas desaparecerão para dar lugar a outras que nem imaginamos ainda. Já não há mais garantia de que aprendendo um ofício hoje se possa passar o resto da vida nessa mesma ocupação e sem a necessidade de aprender novas coisas. Tudo hoje em dia é dinâmico e muda muito rápido.


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Computadores e internet, a combinação que mudou o mundo.

Kit de ferramentas para a aprendizagem nos dias atuais. [Fonte:https://pixabay.com/ pt/%C3%A1rea-de-trabalho-revistateclado-1015213/]

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Toda essa mudança acelerada nos obriga a pensar em uma escola onde não mais se aprenda apenas alguns conteúdos necessários para o trabalho imediato, mas também onde se aprenda como continuar aprendendo o tempo todo, para dar conta da necessidade de continuar se adaptando às novas mudanças que continuarão surgindo de forma mais e mais acelerada. É nesse contexto que as tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) surgiram e se disseminaram nas duas últimas décadas, e têm se tornado fundamentais para possibilitar que se aprenda de forma rápida, facilitando o acesso às informações, cursos e novidades. E dentre esse conjunto de tecnologias destacam-se os computadores e a internet. Os computadores são máquinas que permitem controlar outras máquinas, simular a realidade e lidar com a informação de forma rápida e eficaz. Já a internet nos permite compartilhar informações, de forma que podemos acessar informações armazenadas em computadores espalhados pelo mundo todo, nos comunicarmos de qualquer ponto do planeta e também produzir e distribuir o conhecimento que nós mesmos produzimos. Muitas máquinas atuais já possuem computadores como parte delas mesmas, e podem se comunicar por meio da internet. É a chamada “internet das coisas”, onde em breve teremos até eletrodomésticos que “conversam entre si” de forma a trabalhar em conjunto. Muitos automóveis já possuem sistemas inteligentes que controlam o travamento dos freios (Sistema ABS), a troca automática de marchas (câmbios automáticos eletrônicos) e até mesmo fechaduras que reconhecem o dono do carro pela voz. Tanto para o trabalho quanto para os demais aspectos da vida, é preciso aprender a usar os computadores e a internet de forma eficaz, como poderosas ferramentas de aprendizagem que nos permitam continuar aprendendo para dar conta de acompanharmos todas essas mudanças que estão surgindo cada vez mais rapidamente. Neste curso aprenderemos aplicar as TDIC no trabalho e em outros contextos relevantes para nossa vida, como no nosso aprendizado contínuo, por exemplo. Aprenderemos “como aprender” fazendo uso dessas tecnologias e como utilizar softwares específicos necessários em processos administrativos e produtivos de uma empresa. Ao final do curso esperamos que você seja capaz de continuar aprendendo de forma autônoma, que seja capaz de usar os computadores, softwares e a internet para o trabalho e para o seu próprio aprendizado contínuo.


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PROGRAMA FORMARE

CONTEXTUALIZAÇÃO E MOBILIZAÇÃO AFINAL, QUE COISA É A “INTERNET DAS COISAS”?

A

história da humanidade é fascinante e nos mostra como evoluímos de criaturas frágeis que lutavam para encontrar alimentos e fugir dos predadores até os dias atuais, onde nos tornamos criaturas poderosas, produzimos nossos alimentos e nos tornamos o predador mais voraz do planeta. Nesse trajeto evolutivo criamos sociedades altamente estruturadas, criamos instituições organizadas e inventamos formas de relacionamento que nos permitem viver da forma como vivemos. O trabalho, por exemplo, da forma como o conhecemos, não existiu desde sempre, ele é parte da nossa evolução social e, assim como tudo mais em nossa sociedade, ele evolui e se transforma com o tempo, com a própria sociedade. Em torno de 2.000 anos atrás, na época de Cristo, o trabalho era muito diferente do que é hoje, pois não havia indústrias, máquinas, produção para comércio, etc. O trabalho em fábricas, com uso de máquinas e tecnologias de produção em massa, só surgiu com a Revolução Automóvel autônomo desenvolvido em parceria com o Google industrial, por volta do final do século XVIII e início do e já em testes finais em Nevada, USA. [Fonte:https://commons. wikimedia.org/wiki/File:Fabrica_brasil_1880.jpg/] século XIX. Portanto, a cerca de 200 anos apenas. Máquinas com sensores e processadores capazes de perceber o ambiente onde estão e tomar decisões já existem, a novidade é que em breve essas máquinas poderão “conversar umas com as outras” e é isso que chamamos de “Internet das coisas”. Os automóveis autônomos, por exemplo, já podem se comunicar via internet com sistemas de GPS para saberem onde estão e podem solicitar rotas mais adequadas conforme o trânsito da região. Simultaneamente esses automóveis podem informar onde estão, com que velocidade estão se deslocando e quais as condições do trânsito no local. Dessa forma podemos ter uma frota de automóveis autônomos que trocam informações entre si e com ajuda de outros softwares tomam decisões sobre o melhor caminho em função das condições do trânsito levantadas por eles mesmos. Atualmente já existem aplicativos de smartphones que fazem isso, coletando informações sobre a posição e a velocidade dos automóveis e informando as condições de trânsito 1. https://www.waze.com/pt-BR/about 2. https://www.google.com.br/maps/ para todos que utilizam o mesmo aplicativo. Exemplos são o Waze1 e o Google Maps2 .


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Na base da automação estão os sensores. Os sensores de presença, por exemplo, acendem as luzes quando “percebem” algum movimento no ambiente. Essa é uma tecnologia já bastante usada para iluminação inteligente. Da mesma forma temos portas que abrem quando a pessoa se aproxima delas, campainhas que tocam quando alguém passa pelo batente da porta, etc. Nas empresas temos sensores que monitoram máquinas e processos automatizados.

Porta automática: um sensor na parte superior detecta a presença da pessoa e faz a porta abrir

Agora imagine que diversos sensores estejam interligados a um computador central capaz de tomar decisões. Isso já existe nos automóveis atuais, como no sistema de freio à prova de travamentos, o freio ABS (“Anti-lock Breaking System”). Sensores e computadores constituem processos de automação. O próximo passo natural consiste em fazer com que diferentes máquinas conversem entre si para tomarem decisões conjuntas e que, principalmente, “aprendam a tomar decisões”. Isso nos leva à Inteligência Artificial (AI). Inteligência artificial é o nome que damos à capacidade de um computador “aprender por si mesmo, de forma a poder tomar decisões por si mesmo”. A inteligência artificial vem sendo pesquisada e desenvolvida desde meados do século passado e atualmente se encontra em grande desenvolvimento. Games, por exemplo, utilizam algoritmos (programas) de inteligência artificial para simular oponentes, dessa forma computadores já simulam uma inteligência capaz até mesmo de vencer o campeão mundial de xadrez em uma partida onde apenas o computador toma decisões sem a ajuda de nenhum humano. Mas, vem muito mais por aí… Na internet já existem “robozinhos que conversam” com os internautas, respondendo suas perguntas e “emitindo opiniões”. Esses robozinhos aprendem com a interação com os humanos que conversam com eles e, dessa forma, utilizam essa aprendizagem para melhorar cada vez mais sua capacidade de dar respostas que façam sentido. A internet das coisas promete para um futuro bem próximo meios de interligar as máquinas entre si e com os humanos, permitindo inclusive que as máquinas conversem umas com as outras, tomem decisões e aprendam com os humanos e consigo mesmas.

Deep Blue, computador que venceu o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov em 1997, inaugurando a era em que as máquinas passaram a “pensar tanto quanto os homens”


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PROGRAMA FORMARE

Pierre Lévy, filósofo contemporâneo que estuda a internet e seu impacto na cultura e na construção do conhecimento. Foto de Damião Francisco.

Um filósofo contemporâneo, Pierre Lévy, já vem usando há alguns anos o termo “inteligência coletiva” para designar a maneira como construímos novos conhecimentos na rede mundial de computadores (a internet) e como isso afeta nossas vidas. Na internet das coisas teremos essa inteligência coletiva expandida para o mundo das máquinas também. Onde isso nos levará ainda não é possível prever. Na verdade, atualmente é muito difícil fazer previsões sobre o futuro, pois tudo parece estar acontecendo e mudando tão rapidamente que o futuro tem se tornado cada vez mais difícil de ser imaginado. É nesse contexto, diante de um futuro difícil de ser previsto, onde até mesmo as máquinas poderão construir conhecimentos e tomar decisões, que você viverá. É por isso que aprender a aprender, continuar aprendendo o tempo todo e saber fazer um bom uso das tecnologias atuais e das que surgirem, é fundamental para sua vida.

DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES DE APRENDIZAGEM

A

internet é uma imensa biblioteca que contém uma infinidade de informações sobre praticamente qualquer coisa. Dito dessa forma nos parece que basta acessar a rede mundial de computadores e teremos respostas para todas as nossas perguntas, mas não é bem assim… As informações disponíveis na internet encontram-se espalhadas de muitas maneiras e, o que é pior, nem sempre são verdadeiras. Para saber encontrar as informações corretas é preciso saber pesquisar na internet.

PESQUISANDO NA INTERNET

A difícil “arte” de pesquisar na internet pode ser aprendida e treinada.

Para acessarmos a internet precisamos de uma conexão com ela, que pode ser física, por meio de cabos interligados, ou por sinais eletromagnéticos (wirelles, 3G, 4G, etc.). Precisamos também de um dispositivo com capacidade de processamento de da-


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dos, como um computador de mesa, um notebook, um tablet ou um smartphone e, por fim, um software (um programa de computador) capaz de acessar a rede e se comunicar com outros computadores. Os softwares capazes de acessar a internet são comumente chamados de navegadores. Há diversos navegadores disponíveis e a quase totalidade deles é gratuita. Entre os navegadores mais populares no Brasil temos, pela ordem de preferência dos usuários, o Chrome, o Microsoft Explorer (ou sua versão mais moderna e equivalente, o Edge) e o Mozilla Firefox.

LOGOTIPO

NAVEGADOR

DATA DE CRIAÇÃO

VERSÃO MAIS RECENTE

PORCENTAGEM

Google Chrome

2 de Setembro de 2008

48.0.2564.109

66,62%

Mozilla Firefox

9 de Novembro de 2004

44.0.1

12,23%

Internet Explorer

16 de Agosto de 1995

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15,09%

Navegadores mais utilizados no Brasil. [https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_navegadores]

Tablets e smartphones geralmente utilizam um desses navegadores, ou outro navegador próprio baseado em um desses três. Atualmente todos esses navegadores têm um funcionamento muito parecido e diferem apenas em algumas poucas características. Em todos eles, por exemplo, pode-se fazer uma busca direta utilizando-se a própria barra de endereços do navegador3’. Cada navegador utiliza um site de buscas (ou motor de busca ou, ainda, buscador) para essa busca direta, como o Google, o Bing e o Yahoo. Cerca de 20% a 25% de tudo o que está disponível na internet encontra-se indexado (catalogado) pelos buscadores. Porém, entre 75% e 80% de tudo que existe na internet não pode ser encontrado diretamente pelos buscadores comuns. Essa área nebulosa da internet onde o acesso é muito complicado e as informações não são catalogadas pelos buscadores foi batizada de Deep Web. Para efeitos de pesquisa e estudo podemos dizer que na internet catalogada pelos buscadores já temos toda a informação de que precisaremos. Assim, não é preciso agora aprender mais sobre a Deep Web4 , mas você pode se informar mais sobre ela se quiser.

3. https://www.waze.com/pt-BR/about 4. https://www.google.com.br/maps/


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PROGRAMA FORMARE

COMO ENCONTRAR INFORMAÇÕES NA INTERNET A internet contém informações, ou seja, dados. Esses dados podem ser textos, imagens, músicas, filmes e vídeos, etc. Os buscadores nos permitem encontrar facilmente esses tipos de arquivos e veremos mais adiante como tornar essas buscas mais eficazes. Antes, porém, vamos entender um pouco melhor como funcionam as buscas e como podemos fazer buscas que nos retornem informações úteis.

SABENDO PERGUNTAR VOCÊ ENCONTRA MAIS FACILMENTE O QUE PROCURA Digamos que você queira fazer uma pesquisa sobre o tema com que iniciamos essa apostila: a “internet das coisas”. Podemos iniciar essa pesquisa simplesmente digitando a frase de busca (internet das coisas) na barra de endereços do navegador. Mas ao fazermos isso encontraremos cerca de 1.120.000 páginas indexadas. É claro que não poderemos consultar todas essas páginas. As primeiras páginas retornadas pelo buscador são aquelas que o sistema de busca entende como sendo as mais importantes, mas isso nem sempre é verdade. Podemos melhorar essa busca se melhorarmos a forma de indicar ao buscador o que estamos procurando “exatamente”. Quando digitamos a frase “a internet das coisas” diretamente e sem aspas o buscador irá nos retornar todas as páginas que contenham qualquer uma das palavras da frase, em qualquer ordem ou combinação. Para que o buscador retorne apenas as páginas que tratam especificamente da “internet das coisas” devemos digitar a frase entre aspas. Digitando a mesma frase, “a internet das coisas” entre aspas, o buscador nos retornará agora cerca de 280.000 resultados. Ainda é muito, mas já melhorou bastante, pois eliminamos quase um milhão de páginas! Novamente os resultados que o buscador entende como mais relevantes são os primeiros da lista que ele retornou. Uma inspeção visual nesses primeiros links já ajudará muito a escolhermos por onde começar. Mas podemos ser ainda mais específicos e indicar na busca o tipo de informação que desejamos sobre o tema “a internet das coisas”. Por exemplo, podemos desejar conhecer a “definição” desse termo, ou exemplos, aplicações, etc. Digamos que você queira uma definição sobre o que é a “internet das coisas”, então podemos indicar isso para o buscador acrescentando a palavra “definição” na caixa de busca ou na barra de endereços do navegador, junto com a frase “a internet das coisas”, reescrevendo assim a frase de busca: “a internet das coisas” AND “definição”. Isso fará com que o buscador retorne agora cerca de 39.000 páginas. As palavras AND e OR podem ser usadas na busca para construir frases de busca que nos permitem encontrar mais facilmente aquilo que estamos procurando.


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Há outros termos que também podem ser usados nas buscas e você encontrará um texto bastante interessante sobre operadores e termos de busca na matéria “Conheça todos os comandos de busca do Google”, disponível na seção Outras Referências.

NEM TUDO O QUE BRILHA É OURO. CUIDADO! Encontrar páginas na internet com o assunto desejado para a pesquisa é somente a primeira etapa do processo. Depois de encontradas as páginas que podem conter as informações que você deseja, será preciso saber se elas são confiáveis. Uma página contém informações confiáveis quando a fonte dessas informações é uma organização ou empresa de boa reputação e que publica informações próprias ou referenciadas. Em outras palavras, não devemos simplesmente acreditar que tudo aquilo que encontramos numa dada página é realmente verdadeiro. Boas fontes de informação são, por exemplo: dicionários, enciclopédias, jornais, revistas, artigos científicos, instituições de ensino como universidades ou, ainda, sites de profissionais da área em que sua pesquisa se enquadra. No nosso exemplo, sobre a pesquisa da definição de “internet das coisas”, aparecerão muitos links definindo o conceito e explicando brevemente do que se trata, mas será que todos dirão a mesma coisa? Quem escreveu o texto? Quais fontes foram consultadas para escrever o texto? Tudo isso tem que ser levado em consideração antes de decidirmos “acreditar” se aquela explicação é correta ou não. Veja um checklist útil para conferir se a página encontrada tem ou não boa credibilidade e pode ser tomada como fonte de informação verdadeira:

1

o site é uma universidade, grande empresa, jornal ou revista voltado para o tema ou, ainda, um site de profissional da área?

2

o texto é uma publicação oficial, uma pesquisa, uma publicação científica ou uma matéria jornalística?

3

o autor é citado e são dadas referências dele que possam indicar se ele realmente está por dentro do assunto?

4

o texto fornece as fontes utilizadas para a pesquisa do autor e/ou outras fontes que podem ser acessadas para saber mais sobre o tema ou conferir o que está escrito no texto?

Para ter uma boa garantia da veracidade das informações é recomendável que a página encontrada na busca atenda aos 4 requisitos acima. Quantos menos requisitos desta lista forem atendidos pela página, menos credibilidade ela terá.


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PROGRAMA FORMARE

PESQUISAR NÃO É BEBER DE UMA ÚNICA FONTE, NEM APENAS COPIAR E COLAR Mesmo que você encontre um bom texto que atenda aos requisitos de confiabilidade da fonte, não basta copiá-lo ou mesmo se satisfazer com ele. Uma pesquisa requer que você consulte mais de uma fonte. Ou seja, nunca pare após encontrar uma página. Continue e procure, pelo menos, mais duas fontes confiáveis. Diferentes fontes nos dão diferentes enfoques sobre o mesmo tema, pois cada fonte de informação se concentra mais em algum aspecto do tema. Diferentes fontes nos permitem ter uma visão mais ampla e completa, possibilitando que possamos formar uma opinião própria sobre o assunto. Quando pesquisamos sobre algo, na verdade queremos saber mais sobre aquilo, queremos ter uma opinião sobre o tema pesquisado. Portanto, pesquisar não consiste em coletar informações, copiá-las e colá-las em outro lugar, mas sim em formarmos uma opinião sobre o tema pesquisado. Você terá feito uma boa pesquisa se, ao final dela, souber falar sobre o tema pesquisado sem a necessidade de ler o texto que você mesmo produziu sobre a pesquisa. Assim, por exemplo, após pesquisar sobre a definição de internet das coisas você deverá ser capaz de conversar com alguém que não sabe do trata o termo e explicar para ela, com suas palavras, exemplos e comparações, o que é a internet das coisas. Copiar e colar textos ou trechos de textos, imagens, vídeos, etc., não é pesquisa, é apenas coleta de dados e, como veremos mais adiante, da forma como for feito poderá ser considerado crime. Coletar dados é muito importante quando fazemos uma pesquisa, mas é apenas uma das etapas do trabalho. E quais são as demais?

Como o objetivo de toda pesquisa é compreender melhor o tema pesquisado e formar ou melhorar uma opinião sobre ele, então é fundamental que se consiga juntar as informações coletadas e organizá-las em um texto (ou vídeo, áudio, gráfico, infográfico, etc.) que nos permite resumir e apresentar as ideias que formamos sobre o tema pesquisado.

Copiar e colar é apenas “coletar dados”, não é fazer pesquisa. [https://www.flickr.com/photos/ feppa/4444555010 ]


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Nessa etapa é preciso ler (assistir o vídeo, ouvir a gravação, observar as imagens, etc.) e organizar tudo isso de uma maneira coerente, que faça sentido para você mesmo e para quem verá o resultado do seu trabalho de pesquisa. Portanto, pesquisar é compreender, formar opinião e organizar o conhecimento adquirido de forma que você possa transmiti-lo para outra pessoa. Cuidado! Pesquisar não é resumir: é refazer à partir da sua compreensão do que foi pesquisado. Resumos com colagens de trechos de textos não são pesquisas.

PESQUISOU? AGORA MOSTRE! A etapa final de toda pesquisa consiste na publicação. Publicar o que foi pesquisado quer dizer criar alguma forma de apresentar o resultado da sua pesquisa, isto é, a sua compreensão do tema, de maneira que outras pessoas também possam aprender com sua pesquisa. Lembre-se que você mesmo precisou encontrar a informação que desejava e essa informação estava apresentada de alguma forma (texto, imagem, vídeo, áudio, etc.). Ou seja, alguém antes de você pesquisou sobre o assunto, juntou informações e ideias e publicou seus resultados. Ao fazer sua pesquisa você também coletou informações, teve ideias e montou seu próprio texto (ou imagem, vídeo, etc.), de maneira que ao publicar sua pesquisa você está reforçando um ciclo onde outras pessoas também poderão se utilizar da sua pesquisa da mesma forma como você utilizou a pesquisa de outros. Existem muitas maneiras de você publicar sua pesquisa. Na internet a maioria das páginas encontradas contém texto e imagens, mas também podem conter vídeos, animações, esquemas, mapas mentais, infográficos, etc. Aliás, você sabe o que é um infográfico? Ao longo deste curso veremos diversas formas e ferramentas de apresentação de pesquisas e informações de maneira geral. Como um primeiro exemplo veremos brevemente o que são, para que servem e como se pode fazer infográficos.

O INFOGRÁFICO Um infográfico, como o nome sugere, é um gráfico onde se apresentam informações. Ao contrário dos gráficos mais comuns da matemática, como os gráficos de linha, barras, setores, etc., os infográficos também utilizam imagens, mapas, desenhos e diagramas. As figuras abaixo ilustram alguns tipos de infográficos:


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PROGRAMA FORMARE

Infogrรกfico com montagem de imagens de diversos objetos, elementos e estruturas que encontramos no dia a dia. [https://pixabay.com/pt/ mapa-mental-infogr%C3%A1ficot%C3%A9cnica-1272282/]

Infogrรกfico do tipo linha do tempo. [https://commons.wikimedia.org/wiki/ File:620x903-info-nerd.jpg]


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Agora pense um pouco: se você tivesse que apresentar o resultado da sua pesquisa sobre a internet das coisas na forma de um infográfico, como ele seria? Lembre que para conhecer diversos outros tipos e exemplos de infográficos você também deve pesquisar sobre eles! Então mãos à obra e pesquise também sobre as diferentes formas de se fazer um infográfico. Por fim, vale a pena também saber que existem diversas ferramentas disponíveis na internet, e que são gratuitas, que podem ajudar você a construir o seu infográfico. Onde estão essas ferramentas? Lógico, em diversos locais da internet que você também pode encontrar fazendo uma busca com a expressão “ferramentas para infográfico”, ou outra semelhante. Está vendo como funciona o conceito de “pesquisa na internet” e de “aprender a aprender”? Se precisamos aprender sobre um tema, como os infográficos, pesquisamos sobre ele. Para pesquisar bem precisamos aprender a pesquisar e, também nesse caso, podemos pesquisar sobre como fazer boas pesquisas. Da mesma forma, para apresentar os resultados da pesquisa podemos utilizar diversos formatos, sendo um deles o infográfico. Mas como fazer um infográfico? Que ferramentas usar? Novamente voltamos à pesquisa para aprender sobre infográficos e as ferramentas disponíveis para construí-los. Dessa forma, pesquisando sobre o que queremos (ou precisamos) aprender, vamos aprendendo mais e mais e, por fim, quando transformamos nossa pesquisa e nosso aprendizado em informação que pode ser compartilhada e utilizada por outras pessoas, estamos realimentando o ciclo virtuoso de construção coletiva do conhecimento compartilhado em rede. Para descobrir já algumas ferramentas de produção de infográficos, consulte o artigo “9 ferramentas incríveis para facilitar a criação de infográficos”, no endereço:

https://goo.gl/G62diA

VAMOS COMPARTILHAR? Como já foi dito, conhecimento produzido só faz sentido se for compartilhado. Assim como você faz pesquisa para encontrar informações e, à partir delas, aprender e então produzir novos conhecimentos, outras pessoas também podem se beneficiar desse conhecimento que você produziu para também aprender e produzir outros conhecimentos. Mas para que se crie um ciclo virtuoso que se retroalimente é preciso’ compartilhar.


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Há muitas maneiras de compartilhar informações pela internet e ao longo deste curso vamos explorar muitas delas. Para início de conversa vamos falar da mais antiga de todas as ferramentas de compartilhamento pela internet e que, apesar de ser a mais velha, é ainda a mais utilizada. Vamos conhecer melhor o e-mail?

E-mail, o carteiro vovozinho da internet O e-mail, ou email, é o nome dado a uma modalidade de troca de mensagens por meio eletrônico. O termo vem do inglês “eletronic mail” que, traduzido para português, significa “correio eletrônico”. Veja que interessante: o e-mail é anterior à própria internet! Os primeiros e-mails surgiram ainda no início da década de 1960, enquanto a primeira rede de computadores, a ARPANET (precursora da internet) surgiu apenas no final dessa mesma década. A ideia original do e-mail era possibilitar que um usuário de um certo computador pudesse deixar nesse mesmo computador uma mensagem para outro usuário. Depois, com a ligação de computadores em redes, o e-mail passou a possibilitar a troca de informações entre usuários de diferentes computadores interligados na mesma rede. Somente bem mais tarde é que se estabeleceu uma rede mundial de computadores com as características atuais, em meados da década de 80. Inicialmente os e-mails traziam apenas texto e em pequena quantidade. Eram muito parecidos com as mensagens de texto de celular que chamamos SMS. Com o desenvolvimento da internet, novas tecnologias de transmissão e armazenamento de dados e computadores mais eficazes, o e-mail cresceu em capacidade e passou a “transportar arquivos” anexados a ele. Os primeiros provedores gratuitos de e-mail só surgiram em meados da década de 90 e não ofereciam muita capacidade de armazenamento ou transmissão de dados. Por essa razão os e-mails geralmente eram apagados depois de lidos para livrar espaço na “caixa de e-mail”. O Google revolucionou o mercado de oferta de e-mails gratuitos quando ofereceu 1 Gb de espaço de armazenamento em uma época em que os demais provedores gratuitos ofereciam apenas 4 Mb, no máximo. Atualmente o Google oferece gratuitamente 15 Gb de espaço para ser compartilhado entre o GMail, o Google Drive e o Google Fotos. Se há 20 anos era raro alguém ter um e-mail, atualmente é muito mais raro encontrar alguém que não o tenha. O e-mail, assim como o seu endereço residencial, passou a ser solicitado até mesmo quando você faz cadastro para comprar em alguma loja. Além disso, para acessar a maioria dos serviços gratuitos oferecidos na internet você precisa se cadastrar usando um endereço de e-mail. Enfim, o vovozinho e-mail é uma ferramenta antiga, porém, ainda extremamente útil para trocarmos informações com outras pessoas. Além disso, os e-mails atuais nos permitem anexar arquivos de quaisquer formatos, permitindo assim que o utilizemos como meio de compartilhamento.


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Embora o e-mail seja uma ferramenta simples, é bom prestarmos atenção em algumas características importantes dele:

Tela padrão para escrita e envio de e-mail no Gmail.

• •

No campo “Para” (destinatário) devemos colocar o endereço eletrônico da pessoa (ou das pessoas) que receberá o e-mail. Esse endereço é sempre da forma “fulano@provedor.com”, onde “fulano é um nome escolhido pela pessoa ao criar seu endereço de e-mail e “provedor.com” (ou “provedor.com.br”, por exemplo) é o nome do provedor de serviço de e-mail. O símbolo @ que separa essas duas partes é uma convenção e em inglês lê-se “at”, o que em português significa algo como “em”. Assim, fulano@provedor.com quer dizer “e-mail para “fulano” cuja conta está no “provedor.com”; No campo “De” (remetente), quando ele aparece sem preenchimento, devemos colocar nosso próprio endereço de e-mail. A maioria dos programas de envio de e-mail já preenchem esse campo automaticamente com o seu e-mail, mas você pode mudar esse endereço se quiser, colocando outro endereço de e-mail; O campo “Cc” (Cópia carbono) destina-se aos endereços de e-mail de outras pessoas para quem você queira enviar a mensagem como se fosse uma “cópia”; O campo “Cco” (Cópia carbono oculta) destina-se aos endereços de e-mail de ou-


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tras pessoas que deverão receber o e-mail sem que seus próprios e-mails aparecem listados como destinatários. O campo “Título” (ou “assunto”) é onde colocamos um título breve que identifica o e-mail. Esse título deve ser curto, porém informativo. Por exemplo, se o e-mail for para seu professor e destina-se a entregar a pesquisa sobre “A internet das coisas”, um bom título seria algo como “Pesquisa - A internet das coisas” - Aluno Fulano de Tal; O “Corpo da mensagem” é o campo maior onde você deverá escrever a mensagem. Mensagens de e-mail são como cartas, ou seja, devem ser escritas em linguagem correta, obedecendo as regras gramaticais e transmitindo de forma clara a mensagem que você quer passar. Se seu e-mail contém imagens ou arquivos que irão anexados (veremos isso logo a seguir) é recomendável que no corpo da mensagem você indique que arquivos estão sendo anexados; Na barra de botões, no rodapé da janela de e-mail, você encontra botões com diferentes finalidades. O botão que aparece destacado na imagem é o de formatação de texto. Como se pode ver lá, ele abre outra barra com diversos recursos de formatação de texto. Você pode ver para que serve cada um dos botões colocando o mouse sobre ele. O botão para anexar um arquivo, caso essa seja a sua intenção (para, por exemplo, enviar um texto longo), é o que têm o símbolo de um clips.

Você pode aprender como funciona o editor de e-mail do Google, ou qualquer outro de sua preferência, buscando a “ajuda online”. Na seção “Outras referências” disponibilizamos o link da ajuda online do Gmail. Algumas dicas finais sobre o uso do e-mail: •

Envie um e-mail sempre que for necessário escrever uma carta ou um bilhete, mas não trate o e-mail como se fosse um aplicativo de troca de mensagens rápidas, como o Whatsapp ou o Messenger; Não envie “spam”! Spam é um termo criado para designar uma mensagem de e-mail não solicitada. Geralmente as mensagens de spam são enviadas para muitos usuários simultaneamente. Toda vez que você recebe um e-mail que não lhe interessa, como uma propaganda, que não foi solicitado e significará apenas perda de tempo e espaço de armazenamento da sua caixa de e-mail, você estará recebendo um spam. Spam é, portanto, um tipo de lixo eletrônico indesejado; Não envie e-mails com arquivos anexados com tamanho acima de 5 Mb, pois eles ocupam muito espaço de armazenamento, podem ser recusados por alguns provedores de e-mail, demoram para ser enviados e recebidos, consomem muito “uso de dados” quando são recebidos e/ou enviados usando-se a rede de telefonia e, além de tudo, esses arquivos podem ser compartilhados de outras formas mais inteligentes como veremos ao longo do curso; E-mails também podem conter vírus e códigos maliciosos, por isso fique atento:


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Desconfie de todo e-mail recebido de pessoas que você não conhece, pois além de geralmente serem spams eles podem conter vírus, programas espiões ou links que direcionam para páginas com códigos maliciosos; Nunca clique em links recebidos por e-mail sem antes ter certeza de que o link não direciona para outro endereço diferente do que aparenta ser. Você pode verificar isso colocando o ponteiro do mouse sobre o link e vendo seu endereço real que aparece na barra de status no rodapé do navegador ou do programa de e-mail; Nunca abra arquivos anexados em e-mails sem antes submetê-los a um programa anti-vírus; Nunca acredite em e-mails “milagrosos” ou “aterradores”, onde se diz que você não ganhará algo valioso ou que sofrerá alguma penalidade se não clicar em determinado link. Esses e-mails geralmente contêm vírus e links perigosos.

O e-mail, apesar de “antigo”, continua sendo uma ferramenta moderna e é extensamente usado no ambiente corporativo. Saber utilizá-lo será fundamental para que você possa estar inserido no mundo cotidiano e do no mundo do trabalho.

] O e-mail continua sendo uma das principais ferramentas de comunicação eletrônica da internet. [https://pixabay. com/p-566337/?no_redirect]



INFORMÁTICA APLICADA

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PROGRAMA FORMARE


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