NORMIRRÉI#3

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o tempo passa mais rápido que um relâmpago o tempo voa como uma águia cortando o céu o tempo só quer tempo para passar o tempo sempre quer tempo o tempo sempre vai ser o tempo o tempo pensa no tempo pensamos que o tempo tem tempo mas quando o tempo passa, perdemos bastante tempo e vimos que o tempo passou e a gente nem pensou no tempo. ilustras: jarbas

MARTINS, Bruno Leon T.

Ricardo Cardoso

Quem sou eu? Sou o medo de ser nada, além dessa sombra. Sou as cores que fugiram pra bem longe. E esse sol que não para de queimar... Tão ausente na presença mais constante. Nada posso nesse poço, escuridão. Sou ainda o que chora, o que lamenta, Mas sou sim, sempre sim, sempre sim. Desmond, diga onde você quer que eu vá, Meu rapaz? Salisbury bate aqui, dentro de nós. Uganda bate aqui, dentro de nós. Cabinda e Luanda, dentro de nós. Liverpool ainda é sonho...

MANDELA O TEMPO


O BOLO DE ROLO DEU ROLO Cadê meu bolo de rolo? Aquele que eu coloquei na geladeira Ia comer quando me desse vontade Quem foi que fez essa besteira? Não acredito que foi tu Que nem bolo pode comer Comeu meu bolo de rolo Nem esperou eu oferecer Tava tão gostoso e fininho Com doce de goiaba dentro Guardei lá no cantinho E tu pegou sem consentimento Tem vergonha disso não? Pegar meu bolo de rolo Como se fosse um ladrão? E nem adianta negar Que pela sua cara de alegria Não sobrou nenhuma fatia Do meu bolo de rolo, coitado Que estava sendo cevado Na geladeira há dois dias

ilustra: samuca

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Meu Deus mulher, fui eu Fui eu, fui eu, fui eu Fui eu que comi esse danado Ele tava me provocando Dois dias na geladeira E todo dia eu espiando Mas aí de tardezinha Veio a vontade de doce Não segurei essa vontade minha E o bolo de rolo acabou-se Foi num instante que nem vi Quando olhei para o prato vazio Nem percebi o quanto comi Fui eu, fui eu, fui eu mulher Que comeu teu bolo de rolo Pensei ser um bolo qualquer Até ver seu alvoroço Só por conta de uma taiada Você ficou foi braba E o bolo de rolo deu rolo. Cris Cavalcanti


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FALA A MÚSICA Sou eu quem faço você sonhar com seu bem Sou quem falo do joão-ninguém Sou eu quem acalento o neném Jogo você na euforia Sou eu quem extravaso sua energia nos natais, nos carnavais Embrandeço os corações A todos contagio a alma Dou fé, graça, a calma Nasço num bater de palmas Você precisa saber quem sou Sou do amor somente Compartilho sua dor Aproximo os amantes Seja qual lugar distante Onipotente eu sou Estou no peito do cantor, na peça do ator, na pauta do autor Falo da flor, faço lembrar um amor que no passado fez-te feliz Sou intermediário entre corpos no baile Quando um amor é proibido, usam-me e dizem o que sentem pela pessoa amada Através de mim revelam o pensamento Quando viajo pelas ruas, nos auto-falantes, Na cozinha da vizinha estou eu a balburdiar Nas favelas, nos interiores, no quintal, Nos campos lembram de mim os camponeses Nos automóveis sou companheira dos taxistas nas noites Trago tremenda fossa Nos corações solitários entro sem pedir Nas cabeças brancas dos anciões Se quiser me conhecer, ligue o rádio ou a tv Você vai me ouvir, você vai sentir até os confins Eu vou lhe induzir Venha estou sozinha Estou a procura de um lugar na pauta Sempre alivio o cotidiano dos garis, das babás, dos peões Transformo o velho em criança Eu sou a música, Eu sou a música Eu sou a paz, Eu sou o demônio que traz a paz

ilustra: laerte silvino

Eron Silveira


IDENTIDADE Que povo eu sou que senta comigo no sofá e que assiste a TV embasbacado? Que povo eu sou se não sou um mas muitos nós? ilustra: flavão

Que povo eu sou que vai à missa e pede perdão e pede clemência e salvação pelos erros que cometem conosco comigo? Que povo eu sou incompleto e perdido? Que povo eu sou que vivo olhando para o meu próprio umbigo e não me encontro em mim mesmo nos outros eus? Que povo eu sou se não sou eu? Hideraldo Montenegro

NOITE SOLITÁRIA Noite solitária é Uma carta erótica Escrita a próprio punho Emerson Rezende

VIDA LONGA AO REI Todo rei é também um ser humano mesmo tendo sua côrte real sofre chagas que tanto fazem mal se na idade for ele veterano lutará inda mais pra ficar sano Reginaldo é forte como um leão De lutar nosso rei não abre mão Mesmo a guerra sendo tão revoluta O rei Rossi vai vencer essa luta Voltará para os braços do povão João Oliveira

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ilustra: moca

NERUDA A CAVEIRA DE ORFEU Ai Neruda, você me soa como a água marinha que fez enchente nos ossos da caveira Orfeu. Cada linha dos teus versos arpeja a Lira Encantada cintilando no Cosmos a melodia que fez levantar a morta enamorada, tua musa desencarnada, esbranquiçada pelos sais do jazigo marinho. Neruda, com sua licença: - A espada de Areia está agora em meu castelo. E o mágico colar de penas ornamenta o pescoço de mim, essa caveira banguela. Mas a musa, ai Pablo Neruda, também não quero viúva, nem que meus versos tenham o percussivo martelar de incomodar defunto. As Meninas de Saia Verde, sereias do paralelo mundo sub aquático, glauco diamante entre céu, horizonte, e o reino abissal. Tu tens o brilho que acende as trevas oceânicas, e a areia macia que marca o fluxo da onda. Neruda, tua poesia canta no mar. Na pajelança te conhecemos pelo cheiro do Sol, tal qual Vésperos em narniano arrebol. Tua caveira é de um fluorescente estrelar. Os abutres e vermes te roeram a fria carne, assim valorizando o brilho de teu crânio que fluoresce essa calunga escura de mausoléu [tumular. A flecha, tua roupa de poeta, Neruda, tu és de Barros, um Manuel. Soprei as narinas de tu, e a estátua de barro, Ela soou tao qual élfica ocarina. Viva seu Encantamento, viva sua Poesia, viva sua Magia Azul. Neruda, te saúdo, e apago essa vela. Rildo de Deus

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ELA Foi ela É ela: Somente ela..... Estupidamente ela Que me deixa De quatro por ela.

MERCADO Eu compro, tu compras Ele compra, nós compramos, vós comprais Eles compram Quanto compramos Somos todos iguais Em um só imposto.

ilustra: flavão

Genésio Salustiano

FRIDA KAHLO Tanto tempo, tudo certo A mente aberta e a morte, certa. Para que pés se já sei voar Para que corpo. A alma me basta já. E todas as dores e os senões, Tua indiferença e minhas sensações Chilli, sal, doce de coco. O pranto e a fé num santo de ferro Nesta vida limitada me enterro Uma dose de tequila e uma viola mariachi por companhia. Sobre um xale negro como meus olhos Flores coloridas, perdidas em seu bordado repousam Estrelas boiando num céu noturno “Y vivo la vida” Teu amor uma mentira Meu corpo despedaçado Uma cama que anda por mim Pinceladas de terror “Unos tantos piquetitos”. Doralice Santana 7


ANIVERSÁRIO »

PROJETO VIVA VILA MORRO POESIA COMEMORA UM ANO Projeto que une poesia e música surgiu de forma despretensiosa em bairro no município de Moreno Pedro da Hora - Diario de Pernambuco | Publicação: 12/12/2013

Quatro pessoas apaixonadas por poesia e música resolveram fazer algo diferente. No dia 16 de dezembro de 2012, com instrumentos musicais em punho, Eron Silveira, Genésio Salustiano e o casal Ubiratam Ferreira e Ivani Vitorino subiram algumas ladeiras até a Vila Holandesa, bairro carente da cidade de Moreno, na Região Metropolitana do Recife. Eles levaram arte e livros para os moradores do local, promovendo a primeira edição do Viva Vila Morro Poesia. A iniciativa virou um projeto, que neste domingo (15), a partir das 14h, comemora o primeiro aniversário. A festa vai contar com apresentação dos pianistas Moritz Gabrielsson (Berlim-ALE) e Eron Silveira; os cantores Ívano, Gegê Bonsai e Biu Brega Show; o violonista e poeta Allan Salles; a poetisa Joy Carlu; e o Maracatu do GAMR (Grupo de Apoio aos Meninos de Rua) de Gravatá. O dia ainda terá o lançamento do fanzine Normirréi#3, a exibição de um curta e a presença de Jardson Gregorio, reitor da Unipop (Universidade Popular do Nordeste). O encontro, que chega a sua 13º edição, virou um compromisso para o grupo. Às 15h, do último domingo de cada mês, a pracinha localizada ao lado da associação de moradores do bairro se transforma em um espaço voltado à arte. A mudança na data do evento de dezembro ocorreu por conta das festas de fim de ano. “Sempre questionamos porque no fim de semana o pessoal que bate bola se junta, o pessoal do dominó também e os poetas não fazem isso. A ideia foi juntar o pessoal e ir ao local mais inacessível da cidade, porém em poesia tudo é possível”, conta o bacharel em direito Ubiratam Ferreira, 49 anos. A escolha do bairro também foi motivada por Eron, Genésio e Ubiratam morar ou já terem morado na cidade. Segundo Ubiratam, Moreno é um município carente de atividades culturais e o projeto estimula a prática. Por ser um espaço aberto mantido de forma voluntária, aos poucos, o Viva Vila foi agregando pessoas a orga8


nização. Atualmente, Poetas, músicos, dançarinos, atores e ilustradores contribuem para a realização do evento. A poetisa Joy Carlu passou a integrar o grupo a partir da segunda edição, após receber o convite de um amigo. “Eu fui e me colocaram na programação como declamadora. Comecei a participar e levar outros amigos declamadores e músicos”, conta. Bacharel em ciências Contábeis, Joycelle Santos (verdadeiro nome da artista), 25 anos, acha que a ação podia ser mais efetiva e ajudar mais os moradores do bairros. O sentimento é compartilhado com Ubiratam. “Existe a ideia de formalizar o projeto. Vislumbramos a possibilidade de criar um projeto de integração com a comunidade”, afirma o bacharel em direito. Boa parte do público é composta por crianças. O fato levou o grupo a repensar o evento e dedicar uma parte do tempo a elas, além da distribuição de lanches e livros. “Sentimos muita necessidade de um trabalho voltado ao público infantil. Às vezes, têm atividades para eles. Via de regras, eles amam música”, afirma Joy Carlu. Em 12 edições, o Viva Vila Morro Poesia já recebeu mais de 80 artistas. Entre eles, os poetas Allan Sales, Clécio Rimas, Miró da Muribeca, Malungo, Leonardo Santana e Rildo de Deus; os músicos Ed Carlos, Tito Lívio, Abissal (do maracatu Várzea do Capibaribe), Diviol Lira e Gaguinho Aboiador; as bandas MPBossa e Tríduo; o grupo de dança Artefatos, o de côco Xexéu de Bananeira e os de teatro Adorart e LiterAtos. 9


O ARQUIVO Ossuário virtual o arquivo Vomita o que lhe depositam Sem vícios ou adulterado Abre-se e fecha-se sem pudor Aberto soa sua voz como golpe Mesmo sem regime militar Com teu assentimento estais enterrado Legalmente em quantos arquivos? E clandestinamente em quantos te sepultaram? Duros ossos Ora fúsil fósseis Ora fossos fuzis Restos mumificados Rastros embalsamados Caminhos nem sempre trilhados Sigilosamente sabes A inviolabilidade não está nos arquivos Lá está cheio de ossos Vivos De desaparecidos Mortos De esquecidos Ossos voláteis Que não são feitos de ossos Coisas e pessoas trituradas Em letras, números, matrículas, senhas... Cotidianamente ouço ossuários.

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ilustra: rafael anderson

Ubiratam Ferreira


A gente nasce, cresce, reproduz e morre Envolve e cativa pra ser lembrado Nunca subestimado Grita quando tem raiva Grita quando tem dor Perdoa a pessoa errada E se intriga da pessoa amada Faz coisas erradas o tempo todo [como forma de aprendizado Vive julgando, mas não quer ser julgado Procura o céu pra não cair no abismo [e se afogar em palavras tolas Ser supremo Está acima da razão Jogando um ponto final Pra causar destruição E assim beirar a extinção. Leo Walk

ilustra: paula beatriz

HUMANO

CANÇÃO PARA OS EUNUCOS No rastro de uma fuga A aparência se dissolve num lastro de nuvens É o castelo de vento de presente a gente prófuga Não devem esperar nada se obsessão não têm Tolos e vendidos Buscam sôfregos a liberdade Sem ter nada mais que a vaidade Celebram um Castro que os castra Nem notam - à espreita - o açoite na canastra E essa idéia de futuro Da consequência sem a causa De conhecimento sem leitura Levará esses canduros - Tacanhos e burros Contritos à loucura Com suas idéias ao léu evaporando em suas mãos 4/11/2013, Pedro Ivo Costa


BILLY THE KID Tu não és aquele garoto de touca que bate carteira, estupra e cheira cola? Toma esse tiro na boca para aprender a ir pra escola! E o estuprador, que tarou a menina lá em cima no matagal? decapta aquela rola fina para nunca mais fazer o mal. E o estelionatário que te deixou endividado sujando teu nome e tua moral? Toma um tiro de doze, pra ficar estraçalhado e ele ficar legal! Sou eu: Billy the Kid, O gatilho mais rápido do Velho Oeste. Me paga uma boa quantia que eu mato aquele peste. Eduardo Costa

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Renato Silva

Felicidade é a casa onde mora a paz de espírito.

Coloca coleira nas tuas cobras, tapa os olhos bastardos dos teus demônios, rasga tua boca imunda, impura, submersa em devaneios. Coloca fogo nos teus cabelos, ferros nos pulsos, sangue nos espelhos. O desespero tomou conta de você, te liberta, faz do riso teu gesto mais repetitivo, aceita teus ventos, abraça tua alma.

ilustras: pablo


DEPENDENTE... Sou dependente de ti meu amor Desse teu jeito calmo que me fascina Desse teu olhar no meu corpo penetrante Desse teu ciúme que me envaidece Desse teu abraço que me excita E que me faz ser tua em um instante. Sou tão dependente de ti meu amor Que para dormir preciso sentir teu cheiro Que invade o meu ser e me faz ficar bonita Sou tão dependente que chamo o teu nome baixinho Bem pertinho do meu coração Como se fosse uma canção sublime e infinita... Sim sei que sou dependente de ti E ai, pergunto: O que posso fazer? Se a minha alegria é admirar os teus olhos Se os teus beijos me enchem de prazer!

Sou dependente do teu corpo, [do teu chamego Sou dependente até [das tuas grosserias e chatices Sou dependente desse amor [gostoso e sedutor Que seduz a minha alma [que se acalma Quando meio sem jeito [tu me olhas com carinho E me entregas com um beijo [esse tão lindo e doce amor!

Sim sou dependente de ti meu amor! Vera Oliveira

ilustra: paula beatriz

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O ENGANADOR um dia tava tão puto que fiz uma disgracença pra me livrar do trabalho inventei uma doença a menstruação num homem que é quase uma ofensa mas foi a melhor ideia que eu tive pra ter uma licença. Orelha Bonham 14

ilustras: pablo

ANONIMATO Lembrado depois de morto, a mim não interessa Não quero ter meu nome citado na História Enquanto vivo, se merecer, quero os lauréis pois apenas nesta vida me satisfaz a glória Para que ter meu nome escrito num livreto? Honras e desonras a quem morre, de que adianta? Se de mim falarem bem, vivo, poderei agradecer Se falarem mal, como eu morto poderei me defender? A morte, para muitos, é melhor do que a vida A vida, para outros, é simplesmente um dom Todavia, é melhor ser difamado enquanto vivo do que depois, quando defunto, ser taxado de bom Bom foi João Batista, que se tornou um “homem santo” mas, no entanto, perdeu sua nobre cabeça E como eu não pretendo chegar a tanto então, em sendo nada, a História, de mim, esqueça Carlos Alberto de Matos


POESIAS BRUNO LEON T. MARTINS. morenense. historiador. CARLOS ALBERTO DE MATOS. Moreno-PE. CRIS CAVALCANTI. morenense. professora. ligada as causas ambientais. DORALICE SANTANA. Jaboatão dos Guararapes. professora EDUARDO COSTA. http://eduardestroyer.blogspot.com.br/ EMERSON REZENDE. http://emersonrez.blogspot.com.br/ ERON SILVEIRA. Moreno-PE. 1965. Pianista formado pela UFPE. GENÉSIO SALUSTIANO. http://salustiano-genesiano.blogspot.com.br/ JOÃO OLIVEIRA. Bonança (Moreno-PE). geógrafo. HIDERALDO MONTENEGRO. http://hideraldo.montenegro.zip.net/ LEO WALK. http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=80499 ORELHA BONHAM. Morenense. Hidrógrafo, baterista, devoto de Luiz Gonzaga e do rock’n’roll. PEDRO IVO. http://poetarias.tumblr.com/ RENATO SILVA. Moreno-PE. 22 anos. 1 filho. gerente de marketing RICARDO CARDOSO. Jaboatão. músico, poeta e compositor RILDO DE DEUS. http://asfaltodaladeira.blogspot.com.br/ UBIRATAM FERREIRA. Moreno-PE. Obras: Metamorfose (1986) e Faces de Um Novo Sol (1990). VERA OLIVEIRA. Moreno-PE. ILUSTRAÇÕES JARBAS (pág. 2) http://www.querodesenho.com/ SAMUCA (pág. 3) http://samucartum.blogspot.com.br/ LAERTE SILVINO. (pág. 4) www.laertesilvino.com.br/ MOCA. (pág. 8) http://estrovenga.tumblr.com/ FLAVÃO (pág. 5 e 9) https://www.facebook.com/flavio.valdevino RAFAEL ANDERSON (pág. 10) http://itinenrafael.blogspot.com.br/ PABLO (págs. 12 e 14) http://cargocollective.com/pablogomes/ PAULA BEATRIZ (págs. 11 e 13)

DIAGRAMAÇÃO PABLO. REVISÃO MARINA MARIA.

https://www.facebook.com/VivaVilaMorroPoesia


dezembro, 2013. moreno-pe


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