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SUPERE OUTUBRO/NOVEMBRO DE 2009 R$ 14,50 - Nº 21
UMA PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE MINAS
Hidrovia de Furnas
Novos caminhos para o crescimento da região Emoção sobre rodas na
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ARLINDO PORTO
Cemig vai investir R$ 200 milhões em pesquisa e desenvolvimento nos próximos dois anos 17/11/2009 15:22:08
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A palavra do presidente
Expediente Charles Lotfi, Presidente da ACMinas
Medida eleitoreira Nesta edição recheada de boas matérias (das quais falo mais adiante) destaco uma que, pela relevância do tema, merece comentários mais extensos que os habituais: a que trata da proposta de redução da jornada de trabalho, em que são relatadas com precisão as opiniões de empresários e de sindicalistas. Não podia dar outra, é claro: os empresários são contra, os sindicalistas a favor. A esse respeito, não tenho reparos a fazer, ainda que, como presidente de uma entidade empresarial, tenha minha posição bem definida. Vou apenas pegar uma carona na matéria para acrescentar outras informações. Há coisa de um mês realizamos aqui na ACMinas um “Café Parlamentar” com os deputados federais Rafael Guerra, do PSDB, que falou sobre a tentativa de ressurreição da CPMF, travestida de CSS, e Bilac Pinto, do PR, que abordou exatamente a redução da jornada de trabalho. Para Bilac Pinto, cujo partido faz parte da base governista, o país está convalescendo de uma crise e, nessa fase, o melhor remédio é o trabalho. Assim, discutir a jornada de 40 horas, neste momento, é um contrasenso – e não só por causa da crise: o deputado também deixou bem claro o caráter eleitoreiro da medida, que, embora atribuída ao Legislativo, tem por trás a inspiração governamental. Às vésperas de um ano eleitoral, ela procura atrair a simpatia dos sindicatos de trabalhadores, donos de muitos votos. Assim, não é por coincidência que a emenda tramita num momento em que, na prática, a campanha eleitoral para a Presidência da República já começou, mesmo ao arrepio da lei. Puro oportunismo, portanto. Nada tenho contra a natural aspiração do trabalhador de poder dedicar mais horas ao lazer, à família. Mas, a meu ver, à promessa de mais tempo livre certamente não corresponderá outra promessa implícita, a de criar novos empregos. Ao contrário: estou convencido, assim como dois dos entrevistados da reportagem – o empresário Aguinaldo Diniz, vice presidente da ACMinas, e Osmani Teixeira de Abreu, presidente do Conselho de Relações do Trabalho da Fiemg – de que, com os custos adicionais, inúmeras empresas, principalmente aquelas de pequeno porte, acabarão obrigadas não a contratar, mas a demitir. E estou convencido também de que a perda de competitividade decorrente da oneração das folhas de pagamento fragilizará a empresa brasileira diante do mercado internacional. Mas voltemos ao conteúdo desta edição: temos uma saborosa matéria com o ator Selton Mello, cada vez mais uma unanimidade no meio cinematográfico; um completo roteiro do que será a Bienal do Automóvel 2009, que será inaugurada no dia 9 de dezembro; uma ótima entrevista com o vice-presidente da Cemig, Arlindo Porto, que fala, entre outras coisas, do extraordinário desempenho da empresa. A revista traz ainda uma aprofundada análise das dificuldades que Minas Gerais está encontrando para livrar-se dos efeitos da crise, que aqui teve maiores impactos, e, finalmente, a cobertura completa do “Salto em Negócios 2009” que, em sua terceira edição, foi um sucesso absoluto.
Diretor / Editor responsável Ângelo Roberto de Lima Reg. Profissional: 3033/MG Coordenador Editorial João Henrique Faria Reg. Profissional: 3546/MG Editora Bianca Alves Reg. Profissional: MG 3466t JP Diretor de Criação Pablo T. Quezada Arte Final Luciano Garbazza Produção Gráfica Raquel Pacheco Coordenação Wagner Sá / Marcelo Valadares Colaboradores Luciana Sampaio / Selma Tomé Luciana Ricardino / Guilherme Minassa Atendimento Cláudia Simões claudia@verobrasil.com.br Projetos Especiais Paulo Henrique Costa Gerência Jurídica José Nonato Costa de Lima Gerência Administrativa Cátia Cilene Publicidade Vero Brasil Comunicação Periodicidade Bimestral Impressão / Tiragem Gráfica e Editora Lastro / 10.000 exemplares Atendimento ao Leitor supere@verobrasil.com.br / 55 31 3344-2844 A revista Supere não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e artigos assinados. As pessoas que constam no expediente não têm autorização para falar em nome da Revista Supere ou de retirar qualquer tipo de material se não tiver em seu poder autorização formal do editor responsável constante do expediente. A revista Supere é uma publicação da ACMinas, localizada à Av. Afonso Pena, 372 - 2º andar +55 31 3048 9555. Editada e produzida por Vero Brasil Comunicação. Av. Prudente de Morais, 44 3º andar, Tel.: +55 31 3344 2844 20123 Milão - Via Maurizio Gonzaga, 5, Tel.: +39 02.89 09 88 61
Boa leitura.
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Sumário
FOTO: PABLO T. QUEZADA
UMA PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE MINAS
OUTUBRO/NOVEMBRO DE 2009 R$ 14,50 - Nº 21
Hidrovia de Furnas
Novos caminhos para o crescimento da região
Emoção sobre rodas na
II Bienal do Automóvel
ARLINDO PORTO
Cemig vai investir R$ 200 milhões em pesquisa e desenvolvimento nos próximos dois anos
Belo Horizonte recebe a II Bienal do Automóvel, em dezembro. Com o slogan “Emoção sobre rodas”, o evento promete um grande espetáculo para um público estimado em 150 mil apaixonados por carros.
O cinema nacional não seria o mesmo sem o trabalho desse mineiro de Passos, que estrela as mais importantes produções nacionais. Selton Melo é um multiartista: além de atuar, dirige, produz, dubla e escreve roteiros.
Tecnologia e sustentabilidades são as principais áreas pela quais responde o vice-presidente da Cemig, Arlindo Porto, que está no cargo desde janeiro. Ele fala sobre os projetos da empresa, que considera um orgulho para os mineiros Pág 24
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Em sua terceira edição, o Salto em Negócios se consolida como referência para as mulheres que buscam o crescimento profissional e empresarial. O evento é promovido pelo Conselho da Mulher Empreendedora da ACMinas.
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Uma hidrovia no Lago de Furnas. Este é o projeto do prefeito de Alfenas e empreendedor público Pompílio Canavez, cujo objetivo é integrar municípios que têm muito a ganhar com um novo caminho para o desenvolvimento
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Mais 06 08 10 16 20 32 46 52 56 62
Capa
Cartas Antena ACMinas Empreendedorismo Oportunidade Trabalho Economia Contabilidade RH Cultura Sommelier Supere
Artigos Marcelo Ortega Paulo Araújo Edina Bom Sucesso Maria Rita Gramigna Thiago Stahl Tombini e Diego Berro
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Coluna Mário Mateus
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Cartas
Competição nas empresas Fui prejudicado na minha empresa e quase fui demitido por conta de fofocas de colegas, que questionavam minha capacidade para uma promoção. O pior não aconteceu, mas a promoção foi adiada. Daí a necessidade de, como diz Paulo Maia, na matéria “O importante é competir”, o gestor ter um faro poderoso para acabar com um conflito declarado ou em gestação, separando o joio do trigo. P.M.C. Belo Horizonte Por e-mail
Copa em BH 1 Acredito sinceramente que eventos como a Copa do Mundo de 2014 preparam a casa para dias melhores após a competição. Sediar a Copa e as Olimpíadas é um fato auspicioso para o Brasil, trazendo uma exposição que – tenho certeza – será positiva perante o mundo. Além de gerar milhares de empregos, qualificar a população para eventos de nível e criar uma infraestrura não só de esportes, mas de equipamentos como o metrô em BH, que só vão beneficiar a cidade. Paulo Cesar F. Oliveira Uberlândia Por e-mail
Copa em BH 2 O problema do Brasil “ganhar” eventos como a Copa e as Olimpíadas é o mesmo de sempre: a turma que
só leva vantagem. E que vai superfaturar obras para dividir com os sócios de sempre, fazendo de uma manifestação coletiva, importante para o povo brasileiro, nada mais que uma festinha particular. Na qual poucos ganham muito (mas muito mesmo) e o resto curte o circo, com direito a um pedaço de pão. Maria das Graças G. Pereira Belo Horizonte Por e-mail
Conhecimento e generosidade Mais uma vez Paulo Ângelo de Castro nos desvenda esse mundo complicado da economia que, se dominado por uma pequena parcela da população, quando dá problema, prejudica o mundo inteiro, como foi o caso da crise financeira global. A matéria sobre dólar flutuante foi um banho de conhecimento e de generosidade do articulista, ao dividi-lo conosco. Márcia Maria I. Silva Belo Horizonte
Venda Nova Sou morador de Venda Nova. Me orgulho da minha região e, mais ainda, quando a vejo não como palco da violência que se reflete dos bairros vizinhos, mas como centro de desenvolvimento, como foi o caso da matéria na Supere. A Linha Verde e o Centro Administrativo são realmente boas notícias para a nossa economia, mas já há bastante tempo que Venda Nova se prepara para ser um centro de excelência, com escolas, universida-
Charge
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anun
des, comércio forte e empreendedores sérios. Parabéns também à ACMinas, que detectou o potencial da nossa região, criando uma regional que, tenho certeza, vai ter muito a oferecer ao empresário local José Carlos O. Pereira Venda Nova – BH
Escarpas do Lago A ostentação e luxo que cercam as baladas de Escarpas não empanam, graças a Deus, a contribuição do balneário para a região, em termos de receitas. Por mim, aquele pessoal pode andar de helicóptero, lamborghinis e afins à vontade, se pagar o IPTU em dia e, com isso, melhorar as escolas, o atendimento de saúde, a infraestrutura urbana, enfim, a vida do povo. Marcio A. P. Faria Por e-mail
Esporte em baixa A situação do Mackenzie que, mesmo classificado para a Superliga, procura um patrocinador para poder disputar a competição, é semelhante à da publicidade mineira. Em uma economia como a nossa, baseada em grande parte na atividade primária, poucas são as marcas que querem (ou precisam) chegar ao consumidor. Gustavo F.G. Alves Belo Horizonte Por e-mail Nota do editor - Caro Gustavo, a boa notícia é que algumas marcas mineiras estão descobrindo os caminhos para chegar ao coração do consumidor. Acabamos de saber que o Mackenzie fechou patrocínio com o Centro Universitário Newton Paiva e a rede Epa/Martplus e vai disputar a Superliga. Envie suas críticas e sugestões para esta coluna. End.: Av. Prudente de Morais, 44 - 3º andar Cidade Jardim - CEP 30380-000 - BH - MG ou para o e-mail: supere@verobrasil.com.br
A cidade que tem o quinto maior PIB do país não podia deixar de ter uma empresa líder em BPO para atender ao seu mercado econômico. PRAÇA SETE
PAMPULHA
Palco de grandes manifestações públicas que mudaram o destino do país
Um ícone da arquitetura nacional Empresa mais admirada na área da Contabilidade (Prêmio Jornal DCI)
ESTÁDIO MAGALHÃES PINTO (MINEIRÃO) O segundo maior do Brasil
AVENIDA AFONSO PENA A mais importante via da capital mineira
CONTABILIDADE FINANCEIRA • PROCESSOS FINANCEIROS • TRIBUTOS • GOVERNANÇA • GESTÃO DE TERCEIROS • MAPEAMENTO DE PROCESSOS • GESTÃO DE PESSOAS • CONTABILIDADE FISCAL • SPED • GESTÃO DE ATIVOS • CORPORATIVO LEGAL • GESTÃO PARA A ÁREA DA SAÚDE
Belo Horizonte • Rua Araguari, 358, 9º andar - Barro Preto • Tel.: (31) 3253 5900 / São Paulo • Rua Bela Cintra, 934, Cerqueira César Tel.: (11) 3138 5151 / Rio de Janeiro • Rua Sete de Setembro, 71, 7º andar, Centro • Tel.: (21) 3539 8699 www.trevisanoutsourcing.com.br
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Antena ACMinas
Crimes
Crimes cibernéticos têm consequências jurídicas, diz Atheniense
A disseminação crescente do uso da Internet, ao mesmo tempo em que promove o acesso às novas tecnologias, também abre caminho para aqueles que utilizam a web para aplicar golpes e praticar crimes. “As atitudes criminosas na internet estão crescendo muito. Elas acontecem à medida que as pessoas celebram seus atos e manifestam suas vontades na web”, afirmou o advogado e especialista em Internet Law (lei da internet), Alexandre Atheniense. Em palestra realizada em agosto, na sede da ACMinas, o advogado falou sobre as práticas ilegais mais recorrentes no mundo virtual e como as medidas penais previstas no código brasileiro estão aplicadas nestes casos. “Os crimes cibernéticos já estão relacionados aos ramos tradicionais do direito
Foto: arquivo pessoal
virtuais
e, ao contrário do que muitos pensam, eles têm consequências jurídicas sim”, explicou. Segundo Atheniense, existe no Brasil uma ideia falsa de que a internet é ‘um campo sem lei’, mas, na verdade, as possibilidades de se identificar os delitos e punir os criminosos são cada vez maiores. “A internet não propicia um anonimato absoluto. Vários crimes acontecem porque pessoas acham que não podem ser descobertas. A própria Policia Federal hoje, está muito mais aparelhada. Prova disso é quantidade de escândalos que estão acon-
tecendo em nosso país, através justamente das provas digitais”, relata o advogado. Segundo ele, os crimes contra a honra e as fraudes bancárias também estão entre os principais crimes praticados pela internet no Brasil. “Crimes contra a honra já são tipificados e punidos pelo Código Penal, sob o amparo da famosa trinca (artigos) 138,139,140: calúnia, injúria e difamação.” Para se prevenir contra ataques que possam prejudicar a empresa e o próprio empresário, é preciso tomar certos cuidados, como realizar pesquisas diárias, sobre si próprio e a empresa, através dos sites de busca. Quando houver incidentes, Atheniense aconselha que não se apague as informações publicadas, pois elas poderão ser usadas como prova.
Bate-papo Mais de 700 pessoas participaram do “Bate-papo com Gustavo Cerbasi”, evento realizado pela Associação Comercial de Minas em outubro. Gustavo Cerbasi é consultor financeiro e autor de livros como “Casais inteligentes enriquecem juntos”. Durante a conversa com empresários, executivos e estudantes, ele deu dicas de investimentos e falou sobre estratégias de negócios, finanças, economia doméstica e planejamento familiar. Questões referentes à carreira e gestão também foram abordadas pelo consultor. O público do evento pôde conferir, ainda, a palestra de abertura do consultor comercial Willian Caldas. Com o tema “Competências das Empresas do Século XXI”, Caldas abordou questões sobre atendimento, enfatizando a importância de uma visão inovadora como diferencial competitivo das empresas. Em sua apresentação, Caldas promoveu vários momentos de interação e motivação dos participantes.
Seguro em vida Com a constante preocupação de desenvolver produtos e serviços que atendam às necessidades do empresário, a Associação Comercial de Minas lançou uma nova modalidade de seguro de vida para seus associados. O serviço, que está sendo comercializado pela Central de Seguros da entidade desde o dia 1º de setembro, diferencia-se dos demais oferecidos no mercado por seu preço competitivo e uma vantajosa relação custo-benefício. A presidente do Conselho Empresarial de Seguros da ACMinas, Edna Damasceno, explica que seguro oferece coberturas completas e ainda conta com dois sorteios mensais no valor de R$ 50 mil “Este seguro de vida é diferente dos
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outros oferecidos no mercado porque traz a vantagem de ser aproveitado em vida, e não somente em caso de óbito. Neste plano, o associado tem tudo que ele precisa para ter o melhor leque de cobertura”, disse. O novo seguro da ACMinas possui vantagens que vão além do seu baixo custo. Com ele , o associado poderá contar com uma ampla assistência funerária para sua família, aumento do limite do valor segurado e cobertura de despesas extras. Além disso, o serviço oferece ainda desconto para mulheres e assistência domiciliar. Mesmo os associados que já possuem o seguro de vida da entidade poderão ampliar seus benefícios com esta nova modalidade.
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Antena ACMinas
A Fundação ACMinas, braço filantrópico e cultural da Associação Comercial de Minas, vai participar novamente da campanha “Papai Noel dos Correios”. Este ano, a meta da Fundação é arrecadar 10 mil brinquedos para distribuição às crianças que pedem presentes de Natal por meio de cartinhas endereçadas ao Papai Noel. “Contamos com a colaboração de todos os associados e diretores para alcançarmos esta meta”, afirma o presidente da Fundação, Wagner Sá. “Receberemos doações em presentes e, para aqueles que acharem mais prático, também estaremos arrecadando dinheiro para comprar os brinquedos diretamente com os fabricantes”. Na primeira vez em que participou da campanha, em 2007, a instituição arrecadou 1.800 presentes. Em 2008, este número saltou para 3 mil.
IMAGEM: ARQUIVO ACMINAS
Papai Noel com os Correios Papai Noel existe no reflexo das boas ações Papai Noel dos Correios. Participe, com a Fundação ACMinas, do Projeto para, com a sua colaboração, Uma iniciativa em parceria com várias empresas e seja, por um dia, cartinha uma Adote Natal. neste diferença a fazermos o Papai Noel de uma criança carente. Flyer ACMinas Papai Noel Correios.indd 1
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Homenagem a associados A Associação Comercial de Minas promoveu, no dia 28 de outubro, mais uma etapa do programa valorização e reconhecimento do associado. Durante reunião de sua diretoria, a entidade fez a entrega do Diploma de Novo Sócio às empresas recém chegadas à Casa e do Certificado de Mérito Associativista àquelas que já são filiadas há mais de 30 anos. A ACMinas pretende, com a iniciativa, ampliar o relacionamento com os associados, incentivando-os a participarem dos debates e ações de interesse da classe empresarial. Na lista dos antigos sócios, foram homenageadas as empresas: Codemig (filiada desde 1959); Minas Ferramenta (1961); Mate Couro S/A (1961); Madeiras Penedo (1961); Companhia Brasileira Metalurgia e Siderurgia (1961); Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (1964); Guiatel (1965); Construtora Castor (1965);
Geosol Geologia e Sondagens (1967); Spal Indústria de Bebidas – Coca-Cola Femsa Brasil (1968); Contabilidade Cabral Santos (1969); Emoreira Comercial (1973); A Liderança Mudança (1976) e Fasal (1968). O Diploma de Novo Sócio foi entregue à Embratel; Mauro Marcos de Castro Advogados Associados; Othon de Carvalho; Pioneira Comércio Pet; Santos França Empreendimentos; Rede Record; Veronesi Boerger Contabilidade; WP&P Administradora e Corretora de Seguros; Yes Soluções em Segurança e Tecnologia, Cinco Service Projetos Industria e Comércio de Equipamentos; Cláudio Eustáquio dos Santos Silva, Inovaq Distribuidora de Peças e Equipamentos e Bar e Mercearia Gola. A ACMinas defende que o contato direto com os associados é fundamental para que a entidade conheça
as reais necessidade do empresário e lute pelos interesses comum da classe. “Nosso objetivo maior é trazer o empresário para dentro da entidade. Acreditamos que somente por meio do contato direto com nossos associados, conseguiremos promover o desenvolvimento com justiça social”, afirmou o presidente Charles Lotfi. Lotfi reforçou que a ACMinas, desde a sua criação, está aberta para receber empresários de todos os segmentos econômicos. “A ACMinas não é só do comerciantes, ela é também dos industriais e dos prestadores de serviços. Desde a assinatura da Ata de Fundação, é forte a presença de empresários dos mais variados segmentos e assim tem sido ao longo desses 108 anos de história. Queremos que todos os setores da economia estejam representados nas nossas ações e projetos”, explicou.
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Empreendedorismo
Negócio de mulher Evento empresarial promove o aperfeiçoamento para mulheres empreendedoras
Em sua terceira edição, o
sárias ou executivas. O congresso,
neste ano, contou com um público
Salto em Negócios consolidou-se
realizado nos dias 24 e 25 de
superior a 1,5 mil participantes, que
como referência para as mulheres
setembro no hotel Mercure, é uma
puderam conferir palestras sobre
que buscam o crescimento pesso-
iniciativa do Conselho da Mulher
gestão, mercado e consultoria de
al e profissional, seja como empre-
Empreendedora da ACMinas e,
moda e comportamento.
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Segundo ela, o grande objetivo do
de Sucesso”; da jornalista Inácia
evento foi o de qualificar as mulhe-
Soares, que falou sobre “Mulheres
Salto em Negócios disponibilizou
res que já se lançaram à atividade
no Comando”; do consultor e pro-
aos
ferramentas
empreendedora e também as que
fessor Roberto Dias Duarte que
adequadas para orientação da
têm planos de fazê-lo, para que
explicou o uso do SPED e da Nota
gestão de negócios e formação
sejam bem sucedidas em seus
Fiscal Eletrônica, e das estilistas
de networking. “Proporcionamos
projetos.
participantes
Empreendedorismo
Além de promover a capacitação da mulher empresária, o
O presidente da Associação Comercial de Minas, Charles Lotfi, FOTO: ACMINAS
destaca
que
nas
economias
desenvolvidas de hoje, a mulher é responsável, em média, por 40% do Produto Interno Bruto (PIB) de seus países. “É imprescindível, portanto, que a evolução prossiga. Que as distorções deixem de existir. Que as conquistas não se FOTO: ACMINAS
esgotem. Que tanta força disponível não mais seja sub-utilizada. E é nessa direção, a da qualificação como fator de crescimento, que a ACMinas dedica integral apoio ao Salto em Negócios”, afirma Lotfi.
Sem medo das mudanças e do mercado
Beth Pimenta, presidente do Conselho da Mulher Empreendedora
Cláudia Mourão e Tereza Santos. O público conferiu também palestras da jornalista e especialista em gestão de pessoas, Alessandra Assad, que falou sobre “A essência
Entre as novidades desta edi-
da mudança”, e da consultora de
ção, destacaram-se as oficinas
moda Glória Kalil. Em sua apresen-
de capacitação oferecidas pelo
tação, Alessandra Assad explicou
Senac e Sebrae e as Rodas de
que muitas pessoas, assim como
Negócios. Na lista de palestran-
várias empresas, não estão pre-
Nas economias desenvolvidas, a mulher é responsável por 40% do produto interno bruto Charles Lotfi intercâmbio de conhecimento, experiências e oportunidades de negócio para o desenvolvimento
tes, nomes como o da consultora
paradas para as mudanças no
empresarial”, explica a presiden-
de moda Silvana Lages, com o
mundo coorporativo. “Geralmente
te do Conselho, Beth Pimenta.
tema “Construindo uma Imagem
as pessoas associam mudança a
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Empreendedorismo
coisas negativas e isso não é ver-
(serviços) e Diná Ferreira da Costa
Mulheres Notáveis
dade. Temos que ter a percepção de que para mudar não é preci-
(turismo). Durante o Salto em Negócios,
O Salto em Negócios tam-
so mudar nossa essência, nossos
foi realizada a entrega do Troféu
bém
homenageou
a
presi-
valores e princípios. Não precisa-
Maria Elvira Salles Ferreira. Neste
dente da Câmara Municipal de
mos deixar de ser nós mesmos
ano, foi montado um júri espe-
Belo Horizonte, vereadora Luzia
para sermos mais”, disse.
cial, com 11 membros, para esco-
Ferreira, com o troféu “Mulher
Já Glória Kalil falou sobre
lher as mulheres mineiras que se
Notável de Minas”. O nome da
“Estilo: Moda e Comportamento”.
destacaram em 12 segmentos.
vereadora foi indicado pela dire-
Segundo ela, moda nada mais
São elas: Maria Lúcia Valadão
toria do Conselho da Mulher
é do que comportamento e
(ação social); Maria Celeste Morais
Empreendedora e aprovado por
expressão de identidade de um
Guimarães (administração públi-
unanimidade pelos jurados.
indivíduo. “Através da roupa que
ca); Ângela Gutierrez (arte e cul-
final da premiação, o público
usamos mostramos ao mundo
tura), Auzônia Rosa Vieira (comér-
pode conferir o desfile de jóias
quem somos e como queremos
cio), Noemi Macedo Gontijo (edu-
da designer Fátima Cavalieri, que
ser identificados. No ambiente de
cação); Suraya Kalil Lebbos (lide-
desenvolveu uma coleção inspira-
trabalho temos que nos vestir mais
rança classista); Roberta Zampetti
das nas mulheres empreendedo-
moderadamente já que estamos
(imprensa);
Cardoso
ras. “São jóias que demonstram
representando ali a identidade da
Vilela (indústria); Marli Ribeiro
que mesmo a mulher de negócios
empresa, que não quer ser apre-
Gomes Pereira (meio ambien-
pode demonstrar sua elegância,
sentada com extravagância nem
te); Maria Aparecida Pantaleão
sua feminilidade, sem ostenta-
vulgaridade”, afirmou (VEJA BOX).
(saúde), Catharina Assis Mattos
ção”, informou a designer. FOTO: ACMINAS
Rosalina
Ao
O Troféu Maria Elvira Salles Ferreira destacou mulheres mineiras em diversos segmentos, além da “Mulher Notável de Minas” vereadora Luzia Ferreira, presidente da Câmara Municipal.
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Empreendedorismo
Equilibrando forma e conteúdo Para a consultora de moda, Glória Kalil, ser chique é antes de tudo uma questão de personalidade
Jornalista, escritora, empresária e consultora de moda, Gloria Kalil é uma mulher que está na moda. E moda, segundo ela, é um conceito que evoluiu. Ligada fundaFOTO: ACMINAS
mentalmente a comportamento, é hoje expressão de identidade, uma oportunidade das pessoas se apresentarem pela roupa. Até os anos 50, a moda era uma expressão de
são mais informais e permitem, por
conteúdo. “Ter estilo implica em
classe e estar na moda era algo rígi-
exemplo, o uso do jeans. “Mas este
escolhas, seja dos livros que você
do e ditatorial. Na década de 60, ela
jeans tem que ser mais formal. O
lê, dos filmes ou dos amigos e de
dá seu grito de liberdade e passa a
rasgado é para a balada. É como
como você se relaciona e olha para
indicar a posição, fosse ela tradicio-
a saia: se for no chão, é para sair,
o outro. Narcisismo, infelizmente,
nal, informal ou de contracultura, de
não para trabalhar”, exemplifica. E
ainda não está fora de moda. Mas
um grupo. “Hoje, a moda expressa
se alguém pensou em conforto,
depois de olhar para o próprio
o indivíduo, a personalidade e não
para Glória não existe coisa mais
umbigo, está na hora de olhar para
a posição social ou política”, define
confortável do que estar adequado
cima, para a cidade em que mora,
Glória, que foi diretora de confec-
ao ambiente.
para o meio ambiente e para as
ções como a Fiorucci e, desde a
O conceito de sustentabi-
década de 90, dedica-se à consul-
lidade, ainda que timidamente,
toria de estilo e negócios ligados ao
está ganhando terreno no mundo
Glória acredita que, quando
mundo fashion.
pessoas”, afirma a consultora de moda.
fashion, diz a consultora. “Ela é
se reúnem, os empresários se
No mundo empresarial, mos-
cada vez mais uma exigência de
sentem menos sozinhos e esta-
trar-se pela roupa, porém, é coisa a
consumo mas na moda, até agora,
ria aí o sentido das associações
ser feita com cuidado. Afinal, todo
ainda é uma questão de matéria
como o Conselho da Mulher
mundo estranha um médico de
prima e atitudes como não poluir a
Empreendedora
bermudas ou um advogado com
água. Mas como sustentabilidade
tos como o Salto em Negócios.
roupa de couro e correntes. Este,
é uma questão de sobrevivência,
“Todos têm dúvidas, sejam elas
aliás, nem entra em um fórum.
também o será para o mundo dos
sobre questões contábeis, de
“Você representa a identidade da
negócios”,
organização, de tendências. É
e
de
even-
empresa e é ela que manda. Mas
Autora dos livros Chic, Chic
importante que os empresários se
é raro que alguém seja diferen-
Homem, Alô Chics e Chic[érrimo],
juntem, para trocar informações
te da empresa em que trabalha”,
Glória acredita que ser chique é,
e idéias, além de oferecer novos
explica Glória. Algumas empresas
antes de tudo, equilibrar forma e
serviços”, finaliza. (Bianca Alves)
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Mário Mateus
Coluna
Matur Contabilidade
IDÉIAS QUE GERAM SOLUÇÕES “Por que não me ocorreu essa idéia antes? Parece-me simples. Por que, pois, não me ocorreu pensar nisso antes? “ Bastaria ter pensado nisso. Mas ninguém pensou. Conta-se que Cristóvão Colombo, depois de regressar da viagem em que descobrira a América, encontrava-se em casa de um dos grandes de Espanha, à mesa com ilustres convidados, em animada conversa sobre as novas terras.
“
O genovês era alvo de atenção e interesse. As histórias fantásticas em torno do oceano desconhecido povoavam a imaginação popular. Com as grandes navegações, todavia, o fantástico cedera lugar ao desejo de informar-se sobre as inimagináveis terras de além-mar. Eles, os convivas, tinham diante de si o homem que poderia saciar a curiosidade e relatar fatos de uma viagem impressionante. Todos, pois, gravitavam em torno de Colombo. Uns, por mera curiosidade;
”
Todo projeto tem por antecedente uma idéia. Primeiro, concebe-se; depois, realiza-se.
outros sabiam que, graças à audácia de navegadores de espírito corajoso e destemido, como Cristóvão Colombo, os limites do mundo foram alargados, um novo mapa tinha sido traçado, e era possível pensar em ir cada vez mais longe. O grande mar desconhecido deixara de ser o temor e a angústia dos que concebiam o oceano como uma grande massa de água que terminava - abruptamente - nas tenebrosas regiões de um mundo plano. Reunidos ao redor da mesa, entre um copo e outro de vinho, a natural curiosidade dos ali presentes levou-os a pedir a Colombo que falasse sobre as longas noites e os longos dias em alto mar. A proeza, embora alguns procurassem desmerecê-la, era objeto de conversação, discussão e debate. Afinal, a Espanha, pelas mãos de Colombo, um homem empreendedor e ambicioso, chegara a uma terra que os europeus nem suspeitavam que existisse. Em meio, pois, à efervescente conversa, alguém, movido por sentimentos escusos, levantou-se e disse: - A descoberta não oferecia nenhuma difi-
culdade. Muitos aqui concordam comigo. Qualquer um de nós poderia ter feito essa viagem. Bastaria apenas ter pensado nisso. Dizem que Colombo, levantandose da mesa, calmamente dirigiuse aos convivas: - Senhores, um momento, por favor. Quem, dentre vós, senhores, quem seria capaz de pôr este ovo de pé sobre uma de suas extremidades? Muitos experimentaram fazê-lo, inutilmente. Entreolhavam-se e tentavam adivinhar o que pretendia o genovês. Colombo, então, toma do ovo e, batendo uma de suas extremidades ligeiramente num prato, conseguiu pô-lo em equilíbrio. Disseram então os opositores: Não era difícil Retorquiu o navegador, ironicamente: - Claro, senhores. Claro. Sem dúvida, não era difícil. Bastaria apenas ter pensado nisso... O ter pensado nisso equipara-se a uma boa idéia, e uma boa idéia - a que gera soluções - vale muito mais do que se pode imaginar, pois pensar equivale a conceber, a arquitetar planos e projetos - e os planos e projetos são as sementes primeiras de toda realização. Concretizado um sonho de empreendedorismo, o ter pensado nisso é
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que deixa as pessoas a se indagarem: “Por que não me ocorreu essa idéia antes? Parece-me simples. Por que, pois, não me ocorreu pensar nisso antes?” Bastaria ter pensado nisso. Mas ninguém pensou. O pensar, a intenção de realizar, contida na idéia, só a têm os dotados de talento para acalentar o novo e ousar o novo. Todo projeto tem por antecedente uma idéia. Primeiro, concebe-se; depois, realiza-se. Entre o conceber e o realizar há uma longa estrada, um longo caminho a percorrer, que exige de quem empreende muita habilidade e larga soma de conhecimento para negociar com o mercado e ganhar projeção, sem perder o foco, lutando para responder aos desafios e fazer a diferença competitiva.
dade de nossa maneira de ver o mundo e os acontecimentos. Isso gera tensão e ansiedade, mas é exatamente aqui, entre o sonho e a realidade, é exatamente aqui que temos de exercitar a criatividade. Como diria Diana Chapman Walsh, em seu artigo Cultivando recursos interiores para a liderança: “Bom saber que a criatividade humana se ergue justamente nesta lacuna entre a visão e a realidade, na inquietante, mas animadora, tensão estrutural que sofremos entre o que somos e o que aspiramos a ser.” O exercício dessa criatividade pressupõe a capacidade de resistir às pressões. Ninguém avança se não souber lidar com as tensões, desenvolvendo-se na arte de administrar o próprio negócio e a si mesmo, isto é, desenvolvendo-se na arte de pensar, para que possamos liberar o potencial de nossas idéias. E para que se pense corretamente, imprescindível a reunião de dados e informações que nos permitam formular conceitos e traçar estratégias.
Mário Mateus Sócio da MATUR Organização
Da reflexão é que vêm as idéias. E são “as idéias que criam, que Contábil, Diretor nutrem almas e orientam povos”, como diz o poeta Raul de Leôni da ACMinas, (1895-1926). São as idéias, continua Leôni, “que dão nomes aos Conselheiro do séculos, glória aos homens, força à Vida”. São elas, as idéias, “a nossa energia e a nossa fé”. Idéias que deixem “profundíssimas Conselho Federal raízes em nosso espírito” fazem a diferença, a grande diferença. de Contabilidade, Idéias assim, audazes e bem-estruturadas, motivam a conhecida Contabilista, Quando se concebe, quando frase - “Por que não pensei nisso antes?” Advogado, se pensa, tem-se a visão - a pós-graduado em idéia - do que se quer, mas é Diante de uma pergunta dessa natureza, poderíamos - bem-humoCiências Contábeis necessário, na prática, no aplicar radamente - lembrar as lendárias palavras de Colombo: - Claro, o que se pensa, é necessário senhores. Claro. Sem dúvida, não era difícil. Bastaria apenas ter e membro do Forum testar a utilidade e a versatili- pensado nisso... de Líderes da Gazeta Mercantil. mariomateus@matur.com.br SUPERE
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FOTOS: FERNANDO PIANCASTELLI
BH recebe II BIENAL DO AUTOMテ天EL
FOTOS: DAVI GERALDO M. PINTO
Oportunidade
Guilherme Minassa
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Evento mineiro mostra potencial da indústria automotiva nacional. Público estimado em 150 mil pessoas verá grandes atrações Apesar de uma crise anunciada com alardes e
Desenvolvimento de Minas Gerais, Sérgio Barroso,
que já mostra sinais de cansaço, o cenário global
representando o governador Aécio Neves; da pre-
da indústria automotiva continua atraindo inves-
sidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte,
timentos e incentivos governamentais. As razões
vereadora Luzia Ferreira; do presidente da ACMinas,
são várias, entre elas a importância estratégica e
Charles Lotfi; do presidente da Belotur, Júlio Pires;
as amplas possibilidades de negócios que o setor
do presidente do Sebrae – MG, Ronaldo Simões;
proporciona, e também o fascínio que o automóvel
do vereador Léo Burguês de Castro, além de
exerce no imaginário coletivo da população.
empresários de diversos setores e jornalistas de
Este grande potencial produtivo precisa, cada
vários veículos.
vez mais, de visibilidade. É preciso mostrar o que
A viabilização da II Bienal do Automóvel só
acontece no setor automotivo nacional. E é este
foi possível pela parceria estabelecida pelos
o espírito da Bienal do Automóvel 2009 – o maior
empreendedores com a Associação Comercial
evento mineiro do gênero e um dos principais do
de Minas
país. A segunda edição da Bienal acontece entre
car os apoios de primeira hora do Sebrae
9 e 13 de dezembro, no Expominas, em Belo
– MG, da Belotur e das Secretarias Estaduais
Horizonte.
de Desenvolvimento Econômico e do Turismo.
- ACMinas. Vale também desta-
Ali, um espaço de 250 mil metros quadrados
Segundo Wilson Navarro, diretor comercial da
abrigará várias atrações para o público: exposição
Entreposto - empresa realizadora do evento –
de automóveis e motos nacionais e importadas;
praticamente todos os espaços disponíveis já
novidades dos setores de acessórios e serviços
foram comercializados ainda na primeira quinze-
automotivos; mostra de colecionadores; espaço
na de outubro, fato que mostra o grande poten-
tunning, rally, Veteran Car e praça hot; esportes
cial de sucesso da Bienal.
automotivos; praça de alimentação e bares temá-
Agora é aguardar e conferir o que diz o
ticos e uma novidade – a Exposição do Instituto
slogan do evento – “Emoção sobre rodas”. A II
Ayrton Senna.
Bienal do Automóvel já está nas ruas e promete
Segundo o coordenador geral da Bienal, Arthur
fazer um grande espetáculo para o público minei-
Lopes Filho, a estimativa de público no evento é
ro e nacional, especialmente a grande maioria de
de 150 mil visitantes de todo o país, durante os
apaixonados por carros .
cinco dias de funcionamento. Ou seja, cinquenta por cento superior ao público que compareceu na primeira edição da Bienal.
I BIENAL - 2007 Na festa de encerramento da I Bienal do Automóvel, em 2007, um antigo funcionário do
LANÇAMENTO
Expominas confidenciou para a comissão orga-
O lançamento oficial da II Bienal do Automóvel
nizadora que “ nunca a primeira edição de um
aconteceu no dia primeiro de setembro, em um
evento levou tanta gente ao local”. Foram mais
dos espaços mais importantes e significativos da
de cem mil visitantes em quatro dias de ativi-
capital mineira – o Automóvel Clube.
dades, o que gerou mais de R$ 60 milhões em
Mais de 400 pessoas prestigiaram o evento que contou com a presença do Secretário de
negócios e 1.400 empregos diretos e indiretos. Participaram 12 montadoras nacionais e
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Oportunidade
FOTOS: FERNANDO PIANCASTELLI
internacionais, representadas por
revendedoras; fornecedores de
de uma mostra especial de car-
suas redes de concessionárias;
autopeças, acessórios, serviços
ros antigos e motos. Também
todos os fabricantes de pneus
de manutenção, sonorização e
marcaram presença instituições
do país, representados por suas
personalização de veículos, além
governamentais e financeiras.
FOTO: OMAR FREIRE - IMPRENSA MG
FOTO: WELLINGTON PEDRO - IMPRENSA MG
Confira alguns depoimentos de autoridades sobre a I Bienal:
“A Bienal do Automóvel é um grande sucesso. O empresariado mineiro está de parabéns por ter acreditado no evento e o grande público pela participação. Minas está de parabéns.”
“A Bienal do Automóvel já faz parte do Calendário de eventos do estado de Minas Gerais, é o primeiro grande evento automotivo de Minas e esta é uma largada em grande estilo. Não faltará da parte do governador todo o incentivo e parceria para consolidar o evento como um dos mais importantes do Estado.”
“Belo Horizonte está de parabéns por sediar um evento deste porte, reforçando sua posição de destaque no setor automotivo e consolidando sua vocação para o turismo de negócios. Com a Bienal, Belo Horizonte ganha com a geração de empregos, fluxo de turistas e visibilidade.”
José Alencar Gomes da Silva, vice-
Aécio Neves, governador de Minas
Horizonte – 06/12/2007.
presidente da República – 07/12/2007.
Gerais – 06/12/2007
Márcio Lacerda, prefeito de Belo
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O LOCAL DA BIENAL
dicionado em todos os ambientes.
O Expominas, com seus três
Um outro diferencial importante
pavilhões contínuos, modernos e
é ser pioneiro na América Latina,
funcionais, reúne uma completa
como centro de eventos interliga-
infraestrutura de equipamentos
do a uma estação de metrô. Em
e serviços, arena para eventos,
apenas seis minutos, o visitante
auditório, salões multiuso, cen-
pode se deslocar do Expominas
tro de informações e comunica-
ao centro de Belo Horizonte com
ções, sala de imprensa, praça de
conforto e segurança.
alimentação, banheiros amplos,
Já o Parque da Gameleira
estacionamento para mais de
possui
2.300 veículos, entre outras faci-
com características distintas do
uma
excelente
área
lidades.
Expominas, porém complementa-
A proteção acústica é garan-
res. Trata-se de um espaço ideal,
tida por moderna tecnologia, além
pela sua estrutura e diversidade,
de ser um dos poucos espaços de
para práticas esportivas que envol-
grande porte do país a ter ar con-
vam veículos. •
Indústria que move a economia Algo em torno de 87 milhões
tores. Em 2009, deve produzir
de unidades por ano é a capa-
pouco mais de 3 milhões de uni-
cidade mundial avaliada para a
dades. Uma queda projetada de
produção de veículos automoto-
5 % em relação a 2008, segundo
res. Em 2009, porém, a previsão
estudo da Associação Nacional
é de declínio na produção: 66
de Veículos Automotores (Anfa-
milhões de unidades. Mesmo
vea). O estudo mostra também
em queda, os números da indús-
que, no primeiro semestre de
tria automotiva são grandiosos.
2009, só a China aumentou
Como também é grandiosa a
a produção (15,2%), entre os
cadeia produtiva que alimenta as
grandes produtores mundiais. O
montadoras de veículos: siderúr-
Brasil registrou a menor queda
gicas, autopeças, combustíveis,
– 13,6% e se mantém em sexto
pneus, acessórios, pesquisas,
lugar no ranking internacional.
Quem subiu, quem caiu, quem manteve
esportes, serviços, etc. Uma
Este resultado brasileiro,
cadeia produtiva que move de
segundo especialistas do setor,
maneira significativa a economia,
deve atrair investimentos exter-
gerando emprego e renda para
nos, especialmente da China,
dezenas de milhões de traba-
em função da potencialidade do
lhadores.
mercado interno. As montadoras
tanto no que diz respeito a
O Brasil tem capacidade ins-
chinesas, inclusive, já se movi-
exportações, como na possibi-
talada para produzir anualmente
mentam pelo país em busca
lidade de instalar plantas indus-
4 milhões de veículos automo-
de oportunidades de negócios,
triais no Brasil.
Dados do primeiro semestre mostram que Brasil manteve a sexta posição em produção
Fonte: Anfavea
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Jornada de trabalho menor é bom para a economia?
FOTOS: ISTOCKPHOTO
Trabalho
Luciana Sampaio
De um lado a classe empresarial. De outro, as centrais sindicais. No meio, o destino dos trabalhadores e seus empregos em um momento de recuperação econômica
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e da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Aguinaldo Diniz, a redução da jornada de trabalho, especialmente neste momento em que o país necessita incrementar a sua competitividade para voltar a crescer e fazer frente aos seus reais concorrentes, os países emergentes, e não os europeus, como ainda se pensa erroneamente - configura-se como um verda-
balho de 44 para 40 horas semanais e aumenta de 50% para 75% o adicional da hora extra e que deve ir a votação ainda neste ano, é uma daquelas iniciativas que, apesar de números, estatísticas e comparações com as experiências bemsucedidas de países desenvolvidos - sempre eles – pode não gerar os bons resultados prometidos. De acordo com o vice-presidente da Associação Comercial de Minas (ACMinas), da Companhia Fiação Tecidos Cedro Cachoeira
deiro absurdo. “Como presidente da ABit, estive na Câmara dos Deputados para expressar a indignação da classe empresarial com essa medida que não pode afetar as empresas de forma linear, visto que cada setor econômico tem
FOTO: ISTOCKPHOTO
De um lado a classe empresarial brasileira e de outro as centrais sindicais. No meio, políticos que estão se preparando para mais uma campanha eleitoral, em 2010, e, principalmente, o destino dos trabalhadores, em um momento de recuperação econômica, pós-crise financeira mundial. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 231/95, que pretende reduzir a jornada de tra-
“Durante a crise, os sindicatos e as empresas exercitaram muito a negociação. Acredito que capital e trabalho devem andar juntos. Entretanto, a melhoria da condição de vida da classe trabalhadora passa de forma direta por uma empresa forte e competitiva. Por isso, a palavra chave, neste momento, é negociar com a cabeça fria”, enfatiza. Considerando que no Brasil um trabalhador custa cerca de 103% a mais que o salário recebido no quinto dia útil do mês e que a redução da jornada vai implicar na queda da produção – com elevação do custo com a mão de obra – o que pode vir a acontecer na prática, sobretudo nas pequenas empresas, é o enxugamento da folha de pessoal. Para que uma empresa abra novos postos de trabalho, destacou Diniz, é preciso que ela cresça e faça investimentos para ampliar a sua capacidade produtiva, o que demandará mais pessoas. O presidente do Conselho de Relações do Trabalho da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Osmani Teixeira de Abreu, destaca que o aumento de custos com mão de obra é substancial. “A medida representa 10% de incremento no custo do salário pago. A hora extraordinária também será elevada. As empresas vão ter jornada e produção reduzidas com custo elevado”, afirmou. Além da folha de pessoal, há outras contas fixas – aluguel, água, luz, telefone – que não podem ser esquecidas. Essa medida deve gerar perda de participação no mercado. “Os nossos concorrentes
A melhoria da condição de vida da classe trabalhadora passa de forma direta por uma empresa forte e competitiva uma realidade”, afirma. Para o dirigente, a saída para esse impasse não está no Congresso Nacional, mas na negociação entre patrões e empregados, caso a caso.
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Trabalho
não estão na loja ao lado, mas mundo afora. A perda de mercado vai gerar redução de postos de trabalho”, pontua. O maior receio
de atingir o nível de desenvolvimento necessário. Na outra ponta está o movimento sindical, que tem nessa
O setor bancário é um exemplo claro desse movimento. “Quando as empresas geram mais empregos, elas irrigam a economia e
da classe empresarial, segundo Abreu, é que esse tipo de causa pode ter reaparecido na pauta meramente por motivos eleitorais e que os políticos que estão apoiando a PEC 231/1995 nem saibam ao certo os impactos que ela vai gerar para a economia brasileira, de fato. Em 1988, a jornada de trabalho brasileira foi reduzida de 48 para 44 horas e um dos resultados dessa medida, de acordo com o dirigente, é que a informa-
proposta de emenda constitucional uma reivindicação histórica. De acordo com o presidente da Força Sindical em Minas Gerais, Rogério Fernandes, no próximo dia 12 de novembro, as principais centrais vão organizar marcha a Brasília para pressionar o Congresso Nacional a votar a alteração. “Essa medida deve gerar 2,2 milhões de empregos diretos, dos quais 180 mil para Minas Gerais, principalmente para os jovens que estão na idade de ingressar no mercado
realimentam a cadeia produtiva, o que aquece o mercado consumidor, através do crescimento da massa salarial”, observa. A elevação do custo da hora extra deve eliminar problemas como o “banco de horas”. O resultado pode ser definido em aumento de produtividade. “O impacto na folha será de 1,9%”, afirma. O Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Minas Gerais, filiado à Central Única dos Trabalhadores (CUT) também defende a PEC. “A redução das horas extras vai demandar a abertura de novos postos de trabalho. No caso específico do setor, essa medida será eficiente para reduzir o nível altíssimo de terceirização praticado pelas empresas e a precarização das condições de trabalho. A regulamentação das profissões, como é o caso do operador de telemarketing, também é muito esperada”, argumenta o presidente da entidade, Fernando Cançado.
Quando as empresas geram mais empregos, elas irrigam a economia e realimentam a cadeia produtiva, o que aquece o mercado consumidor, através do crescimento da massa salarial lidade que era de 42%, hoje está na casa dos 60%. “Os pequenos empresários não têm “fôlego” para assimilar mais este custo”, lembra Abreu. Se na teoria, os números soam atraentes, na prática, o país corre o risco de perder a chance
de trabalho”, aponta. De acordo com o sindicalista, nos últimos 20 anos – quando se deu a última redução da jornada de trabalho -, o avanço tecnológico reduziu muitos postos de trabalho, substituídos pela automação.
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Deputados federais debatem CSS e jornada de trabalho na ACMinas Jornada de Trabalho Apesar de pertencer à base aliada do governo, o deputado Bilac Pinto afirmou que, não só ele, mas todo o seu partido já se manifestou contra a aprovação da jornada de trabalho de 40 horas semanais, acompanhada do aumento das horas extras. Segundo ele, a defesa do tempo livre do trabalhador para o descanso e lazer é louvável, mas que no atual cenário econômico, este não é o momento de se discutir tal medida.
FOTOS: ASSESSORIA DE IMPRENSA ACMINAS
A mobilização contra a aprovação de projetos para recriar o imposto do cheque, sob a denominação de Contribuição Social para a Saúde (CSS), e reduzir a jornada de trabalho no Brasil ganhou mais força. Em Café Parlamentar realizado na ACMinas no último dia 27 de outubro, os deputados federais Rafael Guerra (PSDB-MG) e Bilac Pinto (PR-MG) reafirmaram o compromisso de não votarem a favor dos textos, caso eles cheguem ao plenário da Câmara. A postura dos deputados reforça a preocupação da ACMinas de que os dois projetos trarão impactos negativos ao desenvolvimento econômico e ao crescimento do setor produtivo brasileiro. Assim como os empresários, o deputado Rafael Guerra também acredita ser desnecessária a criação da CSS. “Não estou dizendo que a saúde não necessita de recursos, pelo contrário. O que não podemos aceitar é o fato de o governo sempre usar politicamente a saúde como desculpa para aumentar a sua arrecadação”, argumentou. Guerra afirma que os recursos da união são suficientes para arcar com altos custos da máquina pública, financiar programas assistencialistas e promover renúncias fiscais, mas quando se trata de investimentos na saúde, os recursos são escassos e a alternativa é sempre financiá-los por meio da criação de contribuições compulsórias.
“É um tema delicado, mas já nos posicionamos contra. Mesmo os sindicalistas tendo grande representatividade no congresso, os argumentos para esta redução ainda não convenceram. O que se sabe é que, neste momento, haverá redução da competitividade e do emprego, além do aumento dos custos, onerando o consumidor”, explicou Bilac Pinto.
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Por Bianca Alves Fotos Pablo T. Quezada
“
É impossível pensar que uma empresa possa crescer sem pesquisa e desenvolvimento
”
Arlindo Porto
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Vice-Presidente da Cemig
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A Cemig é hoje considerada líder mundial em sustentabilidade, tendo sido selecionada, pela 10ª vez consecutiva, para compor o Dow Jones Sustainability World Index (DJSI World) e, pelo 4º ano consecutivo, para compor o grupo de empresas listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bolsa de Valores de São Paulo (ISE/Bovespa). Sustentabilidade é uma das áreas pela qual responde a vice-presidência da Cemig, ocupada, desde janeiro, pelo ex-vice-governador e ex-senador Arlindo Porto. Natural de Patos de Minas (MG), ele é administrador de empresas, formado pela Universidade Federal de Uberlândia, onde também se graduou em Ciências Contábeis. Porto foi também prefeito de sua cidade natal, Secretário de Estado do Trabalho e Ação Social e Ministro da Agricultura e Abastecimento, durante o primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso. Nesta entrevista à Supere, Porto diz que, mesmo conhecendo muito bem a Cemig, ao assumir a vice-presidência se surpreendeu com a organização e a estrutura da empresa. “A Cemig é um orgulho para nós, mineiros’, sustenta. O senhor assumiu a vicepresidência da Cemig em janeiro. O que encontrou? O que é a Cemig hoje? Primeiro eu vou falar como consumidor. A imagem que todos nós temos da Cemig é de que é uma empresa eficiente, que presta bons serviços, um orgulho para todos
“
anos, minha base de gestão é a iniciativa privada. E com todos os conhecimentos que eu tinha da Cemig, ela ainda assim me causou muita surpresa. É uma empresa muito organizada, muito estruturada, muito normatizada, que tem uma construção baseada na equipe de funcionários. Ela não tem
Ela não tem pessoas de fora. Entre cerca de 10.400 funcionários da empresa, pouco mais de 20 de pessoas não são da casa
“
nós mineiros. Assumi na posição de alguém que foi convidado pelo governador, trazendo uma experiência de iniciativa privada - a despeito de uma vida pública de 25
pessoas de fora: entre cerca de 10.400 funcionários da empresa, pouco mais de 20 pessoas não são da casa. Entre os oito diretores, quatro são da casa, quatro são
de fora. É uma linha corporativista, mas de eficiência, de continuidade de ação. O presidente Djalma Morais está há dez anos e meio no cargo, o que proporciona a permanência de uma estratégia que, montada, é implementada. E, para todos os funcionários, a empresa é um orgulho, como é um orgulho para nós mineiros. A Cemig tem sido chamada de Petrobras mineira. O que existe em comum entre as duas empresas? As duas empresas atuam no setor de energia e esse segmento define a vida das pessoas. São duas empresas estatais de sucesso, que mostram bons resultados nas bolsas nacionais e internacionais, que crescem a cada ano, que investem em qualidade, em pessoal e procuram crescer pesquisando, explorando atividades. Ou seja, há
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mais de 20% do mercado nacional. Nós temos ainda uma parceria com um grupo chileno e devemos inaugurar até o fim do ano mais uma linha de transmissão no Chile. Ainda dentro dessa linha de pesquisa e desenvolvimento, estamos estimulando os nossos funcionários para que eles disponibilizem experiências, mesmo de pequeno porte, para reduzir riscos de acidentes ou melhorar a eficiência das atividades. uma grande semelhança cutam projetos para nós. entre as duas. A Cemig deve investir nos próximos dois anos algo Sustentabilidade e em torno de 200 milhões tecnologia são áreas de reais em pesquisa e de sua vice-presidesenvolvimento. Eu desdência. São áreas tacaria um projeto, que de ponta. O que elas está mais adiantado, que representam para a é o do veículo elétrico, Cemig? desenvolvido por um conÉ impossível pensar que sórcio coordenado pela uma empresa possa cres- Itaipu Binacional, com a cer sem pesquisa e desen- presença da Fiat e a Cemig volvimento. A necessidade está investindo fortemende modernização é gran- te, porque entendemos de em um mundo muito que este é o combustível
equipamento de controle remoto com GPS, que fará a fiscalização das nossas redes. Temos também projetos menores, como os de preservação dos peixes nas nossas usinas e automação de sistemas. A própria Terna, que a Cemig comprou recentemente, em seu sistema de monitoração não necessita de ser humano. A Terna é uma companhia italiana de transmissão de energia. Com sua
A Cemig deve investir nos próximos dois anos algo em torno de 200 milhões de reais em pesquisa e desenvolvimento ágil. Nós temos uma área de pesquisa dentro da própria Cemig, mas temos também convênios com outras empresas, universidades, cientistas e pesquisadores que exe-
do futuro, já que a cada dia que passa, aumenta a necessidade de reduzir a poluição. Temos também o projeto do VAT (Veículo aéreo não tripulável), um grande aeromodelo, com
aquisição, a Cemig, que já tem 6.700 quilômetros de linhas de transmissão, nossa ou com terceiros, cresce quase 60% nessa área, com mais 3.700 quilômetros e passamos a ter
Sustentabilidade é outra área afeita à sua vice-presidência. O que a Cemig tem feito nesse aspecto? Você só tem sustentabilidade garantindo o tripé econômico, ambiental e social, algo que a Cemig observa atentamente há dez anos. E é por isso que, há dez anos, a Cemig integra a lista do Índice Dow Jones de Sustentabilidade e, esse ano, nós fomos escolhidos como líder mundial, a melhor empresa do mundo no segmento de utilities energia, petróleo e água potável. Isso dá prá nós um atestado que nos traz uma credibilidade enorme perante investidores por causa do aspecto econômico, mas nós temos também a visão ambiental e social. Nós estamos presentes no aspecto da preservação e da conscientização, não apenas em uma usina, mas no con-
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texto das comunidades em que atuamos. Nós temos a preocupação de prestar bons serviços aos nossos clientes, hoje 19 milhões de pessoas, seis milhões de contas. O que o empresário pode esperar da Cemig ? O mais importante é a certeza de que a Cemig está preparada para atender à demanda de energia. Em vários outros estados, isso não é possível, já que você não tem nem quantidade e nem qualidade. Além disso, nós temos linhas de atendimentos diferenciadas para pequenos, médios e grandes consumidores, além da venda direta de energia. Há linhas também para os empresários que queiram se
Nós fomos escolhidos como líder mundial, a melhor empresa do mundo no nosso segmento associar à Cemig. Se um empreendedor quiser investir em uma PCH, que é uma pequena hidrelétrica, nós nos associamos a essa empresa para a geração da energia. Enfim, nós temos um leque muito grande de ações de relacionamento com o empresário mineiro ou brasileiro, estamos sempre abertos para isso. Recentemente, nós nos associamos a um grupo
argentino para instalar três usinas eólicas no Ceará, onde foi identificada uma potencialidade maior de vento, que é uma opção de energia limpa, renovável, que está dentro do perfil da Cemig. Nós não atuamos em energia “suja”. Como é a relação da Cemig com as entidades ambientais? Primeiro nós procuramos respeitá-
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las. Nós entendemos que é importante que a sociedade civil participe, sugerindo, criticando, mas participe encontrando a solução. As ONGs têm sido grandes colaboradoras da Cemig no sentido de trabalharmos em conjunto, estimulando a comunidade, as populações ribeirinhas, os pescadores e outros que fazem parte do contexto. Nós temos o interesse econômico, mas também temos a consciência ambiental muito forte. A Usina de Irapé, no Jequitinhonha, é um exemplo desse compromisso ambiental e social. O governador Aécio Neves esteve na Espanha, em agosto, para receber um prêmio em reconhecimento ao planejamento, projeto e gestão de uma usina na região mais carente do Estado. Que foi instalada com uma
Nós temos o interesse econômico, mas também temos a consciência ambiental muito forte grande preocupação com as famílias, que foram não apenas relocadas, como também tiveram apoio financeiro, programas de treinamento e geração de renda. É uma usina muito importante, porque traz o estímulo e motivação ao consumo de energia em uma região que não tinha consumo.
ções de saber o quanto cada um está consumindo, que tipo de equipamento está consumindo mais do que o normal e comunicar isso ao consumidor. A leitura poderá ser feitadiretamentenacentraldaCemig.
E a Internet, TV a cabo, telefonia, através da rede elétrica, a Cemig está preparada? Dentro da linha de pesquisa e desenvolvimento, a Aneel permitiu que as empresas de distribuição de energia pudessem utilizar as redes como transporte de dados de comunicação. O que é mais propalado é a Internet. A Cemig já tem uma equipe trabalhando neste sentido, buscando através da Infovias, empresa nossa que atua na área de transmissão de dados, as alternativas para prestar esses serviços. Estamos já em fase de testes, mas não é nada de curtíssimo prazo. A Cemig está priorizando a comunicação com o cliente, uma linha de mão dupla em que um fala com o outro e o primeiro equipamento que deverá ser eliminado é o relógio nas casas. Nós teremos condi-
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A Cemig, suas subsidiárias integrais e suas coligadas possuem 58 usinas, sendo 53 hidrelétricas. Para ampliar o aproveitamento dessa energia, a empresa vem realizando um amplo programa de revitalização de suas usinas hidráulicas, incluindo as usinas de Jaguara, Três Marias, Volta Grande e São Simão. Está também investindo na implantação de novas usinas, destacando-se os empreendimentos a seguir: Investido até 2008 R$ milhões
Início previsto da operação
Empreendimentos
Potência
Participação CEMIG
Usina de Baguari
140 MW
34,0%
140
2º sem/2009
PCHs Dores de Guanhães, Senhora do Porto, Fortuna II e Jacaré
44 MW
49,0%
10
2º sem/2009
Usina de Santo Antônio
3.150 MW
10,0%
-
1º sem/2012
PCH Pipoca
20 MW
49,0%
4
1º sem/2010
Eficiência e Conservação Energética Os recursos destinados a projetos
ção 900 kW na demanda de energia,
de eficiência energética representaram,
com investimentos de R$ 6,7 milhões.
só no ano de 2008, R$ 23,5 milhões e
A Cemig realizou toda a logística das
referem-se ao Programa de Eficiência
doações - recebimento, custeio, arma-
Energética - PEE Cemig/Aneel. Eles
zenamento, registro fiscal/contábil e
proporcionaram redução no consumo
distribuição.
de energia de 56.278 MWh/ano e redu-
Outro projeto de destaque do PEE
ção na demanda de ponta de 12,8 MW.
é o “Cemig nas Escolas - Procel”,
A energia que foi economizada é capaz
programa de educação ambiental uti-
de abastecer aproximadamente 39 mil
lizado como canal de comunicação
residências com consumo médio de
para levar aos professores e alunos
120 kWh/mês.
dos ensinos fundamental e médio as
Um exemplo é o Projeto Conviver,
questões de combate ao desperdício
iniciado em 2006 para orientar os clien-
de energia elétrica, proteção ao meio
tes de baixa renda sobre medidas de
ambiente e segurança no manuseio
eficiência energética, que está volta-
com energia. São disponibilizados gra-
do para as comunidades populares da
tuitamente os materiais didáticos e
região metropolitana de Belo Horizonte
pedagógicos para as escolas contem-
e conta com o trabalho de agentes de
pladas.
relacionamento comunitário.
Em 2008, todos os levantamentos
Em 2008 foram doados 2.000 refri-
e aquisições foram realizados e até
geradores e 2.000 Kits recuperadores
2011, serão capacitados 9 mil pro-
de calor para chuveiro elétrico. Essas
fessores, que treinarão 700 mil alunos
ações proporcionaram economia de
de 1.000 escolas, com investimentos
2.156 MWh/ano no consumo e redu-
previstos de R$ 4,5 milhões.
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FOTO: ARQUIVO PESSOAL
Artigo
Marcelo Ortega
Lidere
Liderança | Desenvolvimento | Resultados
Liderar é a arte de adquirir confiança de um grupo e se tornar responsável por mobilizar, preparar, tomar decisões e obter resultados. Sem desenvolvimento constante, as equipes ficam estagnadas, paradas e perdem o brilho, a motivação e o ritmo certo para o trabalho render mais. Não existe o certo e o errado, sempre digo que o principal é o resultado. Se ele é positivo, o aproximará de seus objetivos e quando contrário, o afasta. Você precisa decidir enquanto líder de sua vida, de sua empresa, de suas ações, como se superar, a cada dia, a cada hora. É o que o mundo dos negócios nos demanda: superação e crescimento constante. Você conhece alguma empresa que planeja diminuir suas vendas no ano seguinte? Você já ouviu falar de alguém que pretende reduzir seu salário por que está ganhando demais?
“
Acordar desempregado todo dia não é fácil, mas é assim que um vendedor se sente. Não temos sonhos, mas metas e isso determina que vencer um determinado momento, não basta
“TRIPALIU” - denominação de um instrumento de tortura formado por três (tri) paus (paliu). Desse modo, originalmente, “trabalhar” significa ser torturado no tripaliu. O título deste artigo é a denominação em acróstico (palavra que forma uma sigla abreviando outras palavras), LI.DE.RE. – que como já devem ter percebido no início, refere-se àquilo que eu considero primordial para obter sucesso com inteligência: Liderança, Desenvolvimento e Resultados. Sucesso em Vendas e Inteligência em Vendas são meus livros e minha história como profundo interessado no crescimento das empresas, das pessoas. Como vendedor, sempre fui obstinado na busca do resultado, como todos os que vivem a pressão de vencer a briga diária dos nãos, do atingir metas, de defender sua sobrevivência e crescer. Acordar desempregado todo dia não é fácil, mas é assim que um vendedor se sente. Não temos sonhos, mas metas e isso determina que vencer um determinado momento, não basta. A meta do mês passado não pode servir de alento para o mês seguinte. Quando vivemos de vender. aprendemos que tudo é importante, cada detalhe, cada oportunidade. Na vida é assim também, especialmente quando assumimos o desafio de liderar outras pessoas. Durante 16 anos, treinando e liderando equipes comerciais, posso concluir que o mais importante, o segredo do sucesso está nos 3 R’s que citei no último livro: Regras, Reconhecimento e Resultado.
“
Se queremos sempre mais, temos que fazer sempre mais. Líderes devem refletir sobre onde estão os limites da sobrecarga de trabalho que demanda o crescimento, no entanto, o pensamento limitante não pode ser aceito, derivado de comodismo e falta de atitude. No mundo empresarial, ainda se vê fatos como o de 20% de uma equipe fazer 80% do resultado (lei 80/20), e ainda, muita gente pensa e age mediocremente, dizendo não ser pago para fazer mais por sua empresa. É extremamente necessário ter prazer pelo que se faz, ou que se faça aquilo que nos dá prazer, pois sem isso, o trabalho faz jus a origem da palavra: A palavra “trabalho” tem sua origem no vocábulo latino
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Eles têm tudo a ver com o conceito LI.DE.RE: Liderar sem regras não é liderar, é fingir que o faz. Um líder define prazos, cria metas com a equipe e a ajuda a atingi-las. Mas todos sabem que existe um tempo para isso e riscos, afinal a empresa depende disso. Desenvolver sem reconhecer não dá o significado que todo ser humano precisa: ter causas para repetir, como por exemplo, ao elogiar alguém em público, estamos praticando uma das mais valiosas ferramentas de liderança, pois o elogiado sente-se na obrigação de repetir aquilo que fez, que tem valor para ele. Quando treinamos alguém e não monitoramos e reconhecemos avanços, estamos dizendo que o treinamento não teve tanto valor.
Marcelo Ortega Palestrante Internacional, especialista em desenvolver equipes comerciais. Autor do best- seller
FOTO: ISTOCK PHOTOS
Sucesso em Vendas –
Por fim, Resultado é o que vale. Não adianta ser competente, se não tem resultados e tem muita gente que vive da média, de ser mediano, e ainda, líderes que nada fazem para mudar isso. Médio me lembra medíocre e faz com que se perpetue na empresa a lei de dar desculpas, de explicar, de culpar os outros e de fazer só o que é pago para fazer. Mudança como liderança, é o que realmente faz de você e de sua equipe, um sucesso. Sincero e forte abraço.
Ed. Saraiva – 2006/08 ( base de seu treinamento de vendedores) e Inteligência em Vendas- ED Saraiva, que acaba de lançar – set. 2009 – (base do programa LIDERE – desenvolvimento de liderança inteligente)
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Economia
Luciana Sampaio
Minas vence a crise Uma economia com forte dependência do mercado externo tem características próprias – e desafios maiores – para voltar a crescer.
A crise financeira mundial,
do por empresas dos mais diver-
as perdas registradas sobretudo
que completou em setembro o
sos segmentos, com direito a
entre outubro de 2008 e março
seu primeiro aniversário, ainda
anúncios de investimentos, rea-
de 2009.
não foi vencida pela economia
tivação de fornos, minas e par-
Depois de registrar 8,3%
mineira, apesar do intenso movi-
ques industriais e contratação
de crescimento em 2008, bem
mento de recuperação deflagra-
de mão de obra, para reverter
acima da média nacional de
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tado por Minas entre janeiro e agosto deste ano – embarque total de 90,264 milhões de toneladas - foi 13,1% menor que no mesmo período do ano anterior. Mesmo assim, empresas do setor de mineração já estão em franco período de recuperação. A Vale S/A, por exemplo, retomou as atividades em todas as minas do Estado desde agosto, mesmo com produção menor de minério de ferro. Em algumas delas, como Cauê e Conceição, localizadas em Itabira, as operações já retornaram para quatro turnos. A Vale também vai anunciar, em breve, investimentos da ordem de R$ 6,2 bilhões no Estado, para expansão de lavras em atividade e implantação do projeto Apolo, antigo MaquinéBaú, localizado entre os municípios de Santa Bárbara e Caeté, na região Central, mediante assinatura de um protocolo de intenções com o governo do Estado. Na
mesma
linha,
a
FOTO: FOTOLIA.COM
ArcelorMittal Brasil S/A estaria se preparando para aumentar o ritmo das obras de duplicação da usina de João Monlevade, no Vale do Aço, o que resultaria em R$ 1,2 bilhão em investimentos para o município. Entre os motivos para o incremento na produção da ArcelorMittal, 5,92%, Minas Gerais está rever-
mercado externo e também a
está a demanda por parte da
tendo, lentamente, os prejuízos
variação do câmbio do dólar.
construção civil. Além disso,
e perdas do período. Por ter
Segundo dados do Ministério
a companhia também fornece
na exportação de comodities a
do Desenvolvimento, Indústria e
insumos para a indústria auto-
sua principal base econômica,
Comércio Exterior (Mdic), o volu-
motiva e para fabricantes da
o Estado sentiu a retração do
me de minério de ferro expor-
linha branca (fogão, geladeira,
33
SUPERE
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FOTO: ARQUIVO PESSOAL
Economia
máquina de lavar e tanquinho), que foram beneficiados pela
Sem poder contar com o mercado externo, os produto-
redução e isenção do Imposto
res de ferro-gusa estão dire-
sobre Produtos Industrializados
cionando a sua produção para
(IPI) neste ano.
o mercado interno. A demanda
De acordo com o presi-
de segmentos da indústria que
dente do Conselho de Políticas
foram beneficiados pela redu-
Econômicas da Fiemg, Lincoln
ção e isenção do Imposto sobre
Gonçalves Fernandes, os seg-
Produtos Industrializados (IPI) –
mentos
indústria automobilística, fabri-
econômicos
que
dependem do mercado externo – máquinas e equipamentos,
Márcio Salvato: comportamento distinto da economia
cantes de eletrodomésticos da linha branca – estão resultando
celulose, metalurgia e extração
do dólar em queda não está
na reativação os fornos e contra-
mineral – ainda têm um longo
colaborando positivamente para
tação de pessoal.
caminho para retomarem o nível
a retomada.
Ainda
de
acordo
com
de incremento registrado até
De acordo com o professor
Salvato, no primeiro momento
setembro de 2008. Já aqueles
do Ibmec Minas, Márcio Antônio
serão anunciadas ações para
que têm como foco o mercado
Salvato, o comportamento da
reativação da capacidade ocio-
interno – cimento, alimentos, veí-
economia mineira é absoluta-
sa. “Só na fase seguinte have-
culos automotores e vestuário
mente distinto, pela forte depen-
rá novos aportes, em expansão
– tiveram um comportamento
dência da demanda externa. “A
propriamente dita”, observa. A
melhor neste ano, com avan-
retração foi maior no Estado e o
meta inicial é recuperar as per-
ços consideráveis para reverter
retorno será mais difícil porque a
das do primeiro semestre deste
a perda inicial. “Antes da crise,
elevação do preço das comodi-
ano, antes de mais nada.
a indústria mineira operava com
ties não está sendo acompanha-
85,25% da sua capacidade ins-
da, ainda, por novos pedidos”,
talada. Hoje, está com 81,8%,
afirma.
Recuperação Mesmo tendo registrado
pontua. A recuperação lenta, segundo o dirigente, deve-se à natu-
Foto: divulgação
4,5% abaixo do índice anterior”,
reza dos investimentos realizados pelas empresas. “No caso da mineração, por exemplo, são projetos de longo prazo, para resultados de longo prazo também”, destaca. Apesar de otimista, ele prefere a cautela na previsão, ao apostar que a indústria mineira vai alcançar o patamar anterior à crise apenas no último trimestre de 2010. O preço das comodities está subindo, entretanto, o câmbio Presidente do Sinduscon-MG, Luiz Fernando Pires
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postos de trabalho até dezem-
indústria mineira também tem
bro, já foi alterada para 126 mil.
setores que estão registrando
“Estamos com 201% de cresci-
incremento. Um deles é a cons-
mento acumulado. Isso, para um
trução civil. Segundo o presiden-
ano de dúvidas, é muito positi-
te do Sindicato da Indústria da
vo”, aponta.
FOTO: ARQUIVO ACMINAS
queda nos últimos 12 meses, a
Construção Civil de Minas Gerais
O que tem assegurado
(Sinduscon-MG), Luiz Fernando
números tão positivos é que o
Pires, apesar da desaceleração
produto alimento é considera-
registrada no quarto trimestre de
do prioritário, além da pulveri-
2008 e primeiro trimestre deste
zação da atividade supermer-
ano, o segmento deve alcançar
cadista pelos 853 municípios
índice de crescimento real no
mineiros. Essa situação, enfatiza
presente exercício. “As políticas
Rodrigues, impede que haja con-
adotadas têm sido positivas. Em
centração de empresas do ramo
primeiro lugar, a construção civil
em determinadas áreas, o que
voltou a ser uma prioridade na
também abre oportunidades de
agenda dos governos federal,
negócios para micro e pequenas
estadual e municipal. Com isso,
companhias. O resultado dessa
as linhas de financiamento imo-
equação é o desenvolvimento
biliário foram mantidas”, ressalta.
do setor, que se torna cada vez
segmentos. “Muitas empresas
mais competitivo.
vão se recuperar dessa forma. A
Na mesma linha, o progra-
Presidente da ACMinas, Charles Lotfii.
ma “Minha Casa, Minha Vida”
De acordo com o econo-
ampliação de acesso da popu-
do governo federal, desenvolvido
mista e diretor do Grupo Ceres
lação das classes C, D e E a
com a participação dos empre-
Finanças e professor universitá-
diversos produtos e serviços
sários do setor, também vai
rio, Alexandre Moreira Galvão, a
vai gerar novos negócios. Por
gerar novos negócios, empregos
surpreendente recuperação eco-
outro lado, a crise também não
e renda. Segundo o dirigente,
nômica do país, e consequente-
gerou demissão em massa”,
as expectativas são positivas,
mente de Minas Gerais, é fruto
afirma o economista. De acor-
no entanto, é preciso encarar o
de um processo de amadureci-
do com os números levantados
momento com otimismo mode-
mento econômico que teve início
pelo Departamento Intersindical
rado.
há 20 anos, quando o Brasil se
de
O setor supermercadista
inseriu no ambiente globalizado,
Socioeconômicos
também não tem do que recla-
na mesma proporção em que se
em parceria com a Fundação
mar neste ano. A expectativa
colocou em posição de desta-
Seade,
inicial de investimentos para o
que para investidores externos,
taxa de desemprego foi de 11%
exercício, de R$ 140 milhões, já
devido à pujança do seu merca-
em julho para 10,9% em agosto.
foi revista para R$ 170 milhões.
do interno e estabilidade.
Estatística
e
Estudos (Dieese),
em Belo Horizonte, a
As medidas adotadas pelo
Em outras palavras, as 25
Apesar das linhas de cré-
governo, como a isenção do
novas lojas já se transforma-
dito para o setor produtivo, o
IPI para diversas categorias de
ram em 35. Para o superinten-
país deve assistir, nos próximos
produtos, foram essenciais para
dente da Associação Mineira de
meses, à retomada dos proces-
que o país atravessasse o perí-
Supermercados (Amis), Adilson
sos de oferta pública de ações,
odo de crise com mais tranqui-
Rodrigues, a meta de 120 mil
por organizações de diversos
lidade, de acordo com o pro-
35
SUPERE
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Economia
fessor. Por outro lado, a força
ção ao primeiro semestre do
capital, chegaram a ter um cres-
e segurança do setor financei-
ano passado e, no comparativo
cimento de 50% em relação ao
ro também foram observadas
dos últimos 12 meses com igual
mês anterior.
pelos investidores. A prova
período de 2008, uma expan-
Mas o desmonte da desone-
disso é que a bolsa já superou
são de 4,1%. E há estimativas,
ração tributária desde 1° de outu-
os 60 mil pontos.
segundo alguns institutos de
bro, ainda que gradual, certa-
Segundo o presidente da
pesquisa, de que em setembro
mente causará desaceleração no
ACMinas, Charles Lotfii, as
o crescimento do setor neste
setor – só não se sabe, até agora,
perdas registradas pela indús-
ano tenha superado 7%.
em que proporções. “Tudo leva a
tria mineira, que se refletiram
Esta tendência, contudo,
crer que o PIB estadual de 2009
acentuadamente sobre a receita
pode ser alterada, uma vez
fique próximo de zero. Será
fiscal do Estado, foram par-
que parcela significativa des-
uma considerável recuperação
cialmente compensadas pelo
tes resultados foi obtida graças
em relação aos resultados do
desempenho até surpreendente
à redução do IPI para alguns
primeiro semestre, que regis-
do setor de comércio e servi-
segmentos, como material de
traram um índice negativo de
ços, que vem se recuperando
construção, veículos e eletro-
3,9%, mas, sem dúvida, muito
rapidamente desde o final do
domésticos da linha branca.
distante dos 8,3% de cresci-
primeiro trimestre. Até junho,
Estes, aliás, de acordo com
mento em 2008. A expectativa
a estatística consolidada mais
sondagem realizada em agos-
para 2010, no entanto, é de que
recente do IBGE confirmou um
to pela Associação Comercial
o PIB mineiro acompanhe a taxa
crescimento de 3,4% em rela-
de Minas junto a varejistas da
nacional”, projeta Lotfii.
Está no ar o novo portal da Associação Comercial de Minas. Desenvolvido pela Zethos, empresa especializada em soluções tecnológicas para os mais diversos segmentos, o website da ACMinas foi totalmente reformulado, oferecendo mais conteúdo e inovação, em uma plataforma moderna e completa.
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Desenvolvimento
Bianca Alves
Navegar é preciso
O prefeito de Alfenas, Pompílio Canavez, mobiliza lideranças para implantação da hidrovia do Lago de Furnas. Calculada em R$ 10 milhões, obra pode representar um novo salto para a economia da região
Uma hidrovia abrindo caminhos pelo Lago de Furnas, maior lago artificial do Brasil e um dos maiores do mundo. Caminhos que foram cobertos pelo reservatório formado no início da década de 60, com a construção da barragem de Furnas, que isolou eco-
nomias e culturas de cerca de 50 municípios. Reunificá-las através de uma rota pela água é a proposta do prefeito de Alfenas, no sul de Minas, Pompílio Canavez. “Com o advento do lago, os caminhos existentes foram submersos e as comunidades às margens do lago
perderam o contato. Ao mesmo tempo, perderam um modo de viajar e transportar mercadorias, que era a ferrovia”, conta Canavez. Presidente do Comitê de bacias da região do Lago de Furnas, ele acredita, no entanto, que o povo da região não quer
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Texto e fotos:
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FOTO: ARQUIVO PESSOAL
FOTO: ALAGO
Formiga
“
Alfenas
ficar olhando o passado com saudade ou indignação: “temos que ver no lago o desenvolvimento. Nós temos no lago um verdadeiro mar e precisamos navegar por ele, ligando comunidades, culturas, economias e promovendo o turismo”, propõe. Para Pompílio,
a resposta para isso é a criação da Hidrovia do Lago de Furnas, ligando Formiga e Alfenas, em um percurso básico de 250 quilômetros. “Este é o eixo central, mas existirão outros, ligando qualquer uma das 34 cidades às margens do lago”, explica.
Com o advento do lago, os caminhos existentes foram submersos e as comunidades às margens do lago perderam o contato
“
Transporte hidroviário é mais barato e mais seguro, diz Canavez
Para transformar sua proposta em obra concreta, Pompílio está conversando com os prefeitos da região, empresários, deputados e governo de Minas, entre vários interlocutores. Acaba de chegar do 1º Fórum Nacional de Hidrovias, realizado em
Brasília no dia 4 de novembro, com uma agenda que inclui a realização de um encontro em Alfenas, em dezembro, já para discutir a Hidrovia de Furnas. Estarão presentes representantes da Comissão de Viação e Transportes do Congresso e da Agência Nacional de Esportes Aquaviários (Anpaq). Pompílio calcula que o projeto básico da hidrovia, com sinalização, carta náutica e localização de obras de engenharia como portos, dragagens e diques, custará R$ 1 milhão, para uma obra que demandará investimentos iniciais para sua implantação de R$ 10 milhões.
Projeto de desenvolvimento As principais bacias hidrográficas do Brasil foram reguladas pela construção de reservatórios, utilizados principalmente para a geração de energia hidrelétrica e reserva de água, mesmo que
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SUPERE
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Desenvolvimento
FOTO: ARQUIVO PESSOAL
eles se prestem também à produção de biomassa (cultivo de peixes e pesca intensiva), transporte (hidrovias) recreação e turismo. Em alguns projetos houve planejamento inicial e uma preocupação com a inserção regional; em outros casos, não. A pressão por usos múltiplos, no entanto, faz surgir, a cada dia, propostas para
“Temos que ver no Lago o desenvolvimento”, diz Pompilio Canavez
“
ampliar as informações existentes e promover uma base de dados como plataforma para futuros projetos de desenvolvimento. “A hidrovia, na verdade, já existe. Só é preciso criar os mecanismos para utilizá-la, como carta náutica e sinalização”, afirma Canavez, apontando as vantagens de sua utilização: “é uma maneira mais barata de transportar a forte produção agropecuária
desafogar as rodovias da região, que já não comportam o tráfego intenso de veículos pesados, colocando em risco a vida de todos”. Só para se ter uma ideia, o custo para transportar mercadorias no sistema hidroviário pode chegar a um terço do preço médio do transporte rodoviário. Para transportar mil toneladas/ quilômetro úteis (TKU), são consumidos 5 litros de combustível na hidrovia, contra 10 litros na ferrovia e 96 litros na rodovia. O transporte hidroviário tem hoje no país cerca de 42 mil quilômetros de vias navegáveis. Hoje, um total de 8.500 Km de hidrovias interiores estão sendo utilizados no país, dos quais 5.700 km ficam na Região Amazônica. Dados do Dnit indicam que são transportadas pelas hidrovias cerca de 23 milhões de toneladas/ano. Calcula-se que, se utilizados 28 mil quilômetros do potencial hidroviário, poderiam ser transportadas 120 milhões de toneladas por ano. E por se tratar de transporte para grandes volumes e grandes distâncias, o sistema hidroviário agrega ainda a preservação ambiental.
Providências necessárias Hidrovia, aquavia, via navegável, caminho marítimo ou caminho fluvial são diferentes designações para a mesma coisa: um caminho sobre a água, cujas vias navegáveis que foram balizadas – com bóias que demarcam o canal de navegação - e sinalizadas para o tráfego seguro de determinada embarcação, suas cargas, passageiros ou tripulantes e que dispõem de cartas de nave-
Só para se ter uma ideia, o custo para transportar mercadorias no sistema hidroviário pode chegar a um terço do preço médio do transporte rodoviário
“
dos municípios às margens do lago. E também um modo de
gação – os mapas delimitadores das rotas de navegação. No caso de Furnas, a inundação da área do lago se deu sem a retirada dos elementos físicos que poderiam atrapalhar uma navegação futura. Casas, pontes, igrejas e árvores foram simplesmente abandonadas no processo de alagamento, criando obstáculos a uma navegação comercial regular. “Justamente por isso, a utilização da hidrovia exige uma cuidadosa análise batimétrica para a demarcação desses obstáculos, que podem atrapalhar a passagem das embarcações. Desta maneira, definiremos um canal de navegação, com balizamento e sinalização, para uma navegação comercial e turística’, explica o consultor de logística, Ronan Gouveia. “Definidas as rotas, terminais e cargas, nós encontraríamos a “embarcação tipo” capaz de otimizar o transporte, com melhor rendimento e menor custo operacional. Além de definir itens de infraestrutura, como terminais, pontos de transbordo, tipos de acondicionamento de cargas e sazonalidade”, completa. No Lago de Furnas, as implicações geoambientais e o desenvolvimento regional relacionam-se diretamente com a implantação eficiente de uma Hidrovia. “Temos que começar imediatamente os mapeamentos básicos que permitam diagnósticos e projetos específicos para sua implantação”, diz Ronan. “Eles incluem a avaliação das cartas existentes e o levantamento de dados para novas cartas, a definição das áreas de expansão urbana, das áreas de plantio e estimativa de produção e os dados para um diagnóstico da dinâmica micro-regional e suas implicações socioeconômicas, com destaque
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Incremento do turismo A região do Lago de Furnas tem na agropecuária sua principal atividade. Como produtos principais destacam-se a cana de açúcar, o café, batata inglesa mandioca, feijão arroz, milho, tangerina e gado bovino. Equidistante das principais cidades da região sudeste, o Lago de Furnas tem também localização privilegiada para o turismo, envolvendo diretamente 34 municípios, pertencentes ao chamado “Circuito do Lago”. A região é belíssima. As águas do lago refletem o azul do céu, emoldurado pelas montanhas de Minas. Além de produtos turísticos específicos, a região oferece também uma boa estrutura hoteleira que pratica a tradicional hospitalidade mineira, temperada pela mais saborosa gastronomia.
Para Pompílio Canavez, a hidrovia vai viabilizar definitivamente a economia da região. O caminho mais efetivo para isso, diz, é justamente a navegabilidade do lago e uma utilização mais nobre para suas águas, que não seja apenas o de gerar energia. Ele destaca o incremento que a hidrovia traria aos atrativos já existentes na região, como a pesca esportiva, esportes náuticos, o trekking e o turismo rural. “A hidrovia traz consigo uma grande capacidade de incrementar o turismo. A implementação de uma marina revitaliza uma área urbana e se complementa com empreendimentos como hotéis, pousadas e parques, o que representa benefícios reais para a comunidade local com a criação de novos empregos e novos serviços, que melhoram seu padrão de vida”, exemplifica.
“
“O Grupo Adecoagro está preparado e disposto a investir nessa expansão, a exemplo dos investimentos já realizados esse ano, em geração de energia elétrica, a partir da sobra do baga-
Nós temos no lago um verdadeiro mar e precisamos navegar por ele, ligando comunidades, culturas, economias e promovendo o turismo
Perspectivas econômicas O megainvestidor George Soros, que fez fama especulando em escala planetária, escolheu no Brasil um porto seguro para investir: o agronegócio nacional, em especial o etanol. Seu grupo empresarial, o Adecoagro, participa de vários projetos de usinas de açúcar e álcool no país, entre elas uma unidade em Monte Belo, sul de Minas: a usina Monte Alegre. Com produção atual de 900 mil toneladas de cana, projeta um crescimento de 40% nos próximos três anos, com expansão da produção em mais 400 mil toneladas.
ço da cana”, explica o gerente geral da Usina, Ronaldo Duarte Pereira. “No entanto, temos uma grande dificuldade em encontrar áreas de expansão com topografia apropriada à cultura mecanizada da cana de açúcar, dentro de distâncias viáveis economicamente”, observa. A cultura mecanizada é hoje uma exigência ambiental, regulamentada recentemente pelo Governo de Minas Gerais, exigindo que toda expansão seja feita em áreas sem a necessidade de queima da cana. “Por essas razões, a Hidrovia de Furnas nos abre a perspectiva de uma expansão em novas áreas até então inacessíveis e inviáveis, pela volta que teríamos que dar para transportar a cana”, aponta Pereira, que acena com uma notícia ainda melhor para a região. “Com a hidrovia, poderemos implantar uma segunda unidade da Usina Monte Alegre na região, em terras apropriadas, com capacidade de moagem de três milhões de toneladas de cana/ ano, o que irá ampliar consideravelmente a geração de empregos e renda”, revela.
“
para a atividade turística. Além de estudos geológicos e geomorfológicos, entre outros”, completa. O governo de Minas já tem, através da Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas, um estudo sobre o transporte hidroviário em Minas Gerais, com um capítulo dedicado ao Lago de Furnas. Entre as ações propostas estão a realização de um estudo para identificação do potencial econômico e turístico dos municípios situados na área de influência do lago; levantamento das condições da malha viária de acesso ao logo; identificação dos elementos físicos que impedem a navegação regular, tais como pontes e obstáculos submersos e entrevistas com potenciais usuários da modalidade, verificando total da carga, origem destino, custos atuais por rota e empecilhos à navegação.
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Desenvolvimento
design: cris giroletti . foto: rodrigo câmara
Ilha de excelência no mar mineiro
A cidade de Alfenas, no Sul de Minas, é uma ilha de excelência em meio ao Lago de Furnas, no sul desenvolvido de Minas Gerais. Cidade de parques e praças intensamente arborizadas, é o portal de entrada para o “mar de água doce” mineiro, no qual navegam tanto veleiros quanto boa parte da produção mineira de café, insumos agrícolas, milho e cana de açúcar. Apontada pela revista Veja como um dos municípios com melhor qualidade de vida para idosos, é também uma cidade vibrante, colorida pelo entusiasmo dos dez mil estudantes de suas duas universidades. “Alfenas é uma cidade com ótima qualidade de vida e uma expectativa de vida de 76 anos, das maiores do Brasil. As pessoas da melhor idade têm um intenso programa de participação. Todo sábado, numa das nossa diversas praças, promovemos um baile para a terceira idade, com pipoca e chazinho. Eles cantam, dançam e se divertem. A alegria de viver torna a vida mais longa”, garante o prefeito Pompílio Canavez. Além de peça fundamental no desenvolvimen-
to do turismo, o Lago de Furnas é fonte de renda para muitas famílias que vivem da pesca. Na cidade, o negócio da pesca comemora o crescimento do mercado. A Colônia dos Pescadores Profissionais e Aquicultores, que funciona na cidade desde 68, vive um dos melhores momentos. São 1500 pescadores cadastrados, de 72 municípios, sendo 140 só em Alfenas. A produção é vendida na região e para outros estados, como São Paulo. Considerado o “embaixador da pesca esportiva brasileira”, o tucunaré, abundante no lago de Furnas, tem atraído para o município pescadores esportistas de várias partes do sudeste. A variedade de tucunaré encontrada no lago é o Azul, que pode ultrapassar os 5 quilos. Negócios e empregos Além de bonita e agradável, Alfenas é um importante centro de negócios, que se vale de sua localização privilegiada - equidistante das três principais cidades do país: São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte – para atrair investidores de todo o mundo para a cidade.
Nós últimos cinco anos, oito novas empresas de grande porte se instalaram na cidade, investindo cerca de R$ 58 milhões e gerando quase 400 empregos. De 2005 a 2009, os investimentos de empresas privadas foram de R$ 82 milhões. Ali estão empresas importantes como a UNIFI, a maior produtora de fios têxteis da América Latina, instalada há mais de 10 anos no município e que emprega cerca de 500 funcionários, a Cargill e a Coagril. Entre os novos investimentos, estão a empresa indiana Outspan, de exportação de café, a Casa Nobre, de exportação de café, cana-de-açúcar e soja e a Leite Nilza, laticínio que irá gerar cerca de 500 novos empregos. A cidade é ainda polo comercial, pois atende moradores de diversas cidades vizinhas. A diversidade do comércio também é destaque. Em 2009, a Administração Municipal implantou o NAMPE (Núcleo de Apoio à Micro e Pequena Empresa) para apoiar e dar consultoria aos pequenos empreendedores. Ela faz ainda convênios de cooperação técnica e apoio com
cooperativas de costureiras, catadores de lixo, em parceria com a universidade. A Prefeitura de Alfenas é grande incentivadora do empreendedorismo para o desenvolvimento da cidade. A Administração dispõe infraestrutura de apoio técnico e logístico para facilitar e viabilizar a implantação de novos empreendimentos no município, inclusive turísticos. “Empreendimentos geram empregos. De 2004 a 2008 foram 2199 empregos gerados no município, segundo dados do Caged. A geração de emprego vem crescendo em média 25% ao ano”, aponta o vice-prefeito, Luiz Antônio da Silva. O mais importante é que a população está satisfeita com a cidade onde vive. Pesquisa encomendada pelo jornal Alfenas Agora ao Instituto CP2 mostrou que mais de 80% dos alfenenses estão satisfeitos com os serviços de saúde no município. Já a educação é aprovada por 87% da população, que destaca principalmente a estrutura física das escolas e a qualidade do sistema de ensino. A pesquisa foi realizada em agosto e ouviu 503 pessoas.
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design: cris giroletti . foto: rodrigo c창mara
L I N G E R I E SUPERE
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Paulo Araújo é palestrante de motivação e vendas e escritor. Autor de “Desperte seu Talento – dicas essenciais para a sua carreira” - Editora EKO, entre outros livros. Site: www.pauloaraujo.com.br
FOTO: ARQUIVO PESSOAL
Artigo
Paulo Araujo
Vendas é
Inteligência Você se considera um profissional de vendas inteligente? Calma! Não se sinta ofendido. O que quero perguntar na verdade é se você usa as informações disponíveis na sua empresa para melhorar o seu desempenho. Conheço vendedores esforçadíssimos, mas com resultados medianos. Trabalham como poucos, acordam cedo, fazem visitas e mais visitas, mas resultado que é bom... Na verdade você deve sempre pautar o seu planejamento e as suas ações levando em conta a relação TEMPO versus ESFORÇO. O TEMPO é o mais perfeito dos recursos. Não discrimina ninguém. Perante ele todos são iguais. Todos os dias somos presenteados com exatas 24 horas. O ESFORÇO eu posso mensurar e depende da realidade de cada um. Ambiente em que vive, condições financeiras, estímulos que recebe no decorrer da vida. São centenas de fatores que de certa forma eu posso medir. O recurso TEMPO ninguém consegue mudar, então preciso me diferenciar no ESFORÇO. Mas não um ESFORÇO BURRO! Opa, nada de ofensas! ESFORÇO BURRO é todo aquele que fazemos sem pensar ou analisar os fatos antes, no qual corremos sem direção e estamos sempre ocupados fazendo coisas que nada agregam. Vamos ver agora alguns exemplos de como podemos usar a inteligência em vendas para melhorar o nosso desempenho. Descubra a abrangência da sua região Chega de desculpas! Quantos clientes potenciais existem em sua região de atuação? Não importa se você é representante de um estado inteiro, de algumas cidades ou se tem uma rota de visitas de bairros de algum município. O importante é conseguir ter uma boa noção de “para quem eu posso vender”. A partir deste plano, crie uma meta e um método de prospecção e defina um período do seu dia, semana ou mês só para buscar novos clientes. Defina o que é um cliente inativo para o seu negócio Para alguns, o cliente se torna inativo quando deixa de comprar por mais de três meses; para outros, por mais de um ano. Faça um trabalho específico em cima deste público e descubra os reais motivos de não comprar mais da sua empresa. Recuperar inativos é sempre uma maneira de melhorar a qualidade do atendimento, resolver pendências do passado, desenvolver ainda mais o seu produto e de aprender sobre o mercado e comportamento do seu consumidor, além é claro, de aumentar receitas. Faça a Classificação ABC dos seus clientes Baseado em Pareto, a teoria prega que 20% dos meus clientes representam em média 80% do meu faturamento. Esses são os clientes
A. 30% dos meus clientes representam em média 15% do meu faturamento. Esses são os clientes B e 50% dos meus clientes representam em média 5% do meu faturamento. Esses são os clientes C. Elabore estratégias de atuação para cada grupo e lembre que se o recurso TEMPO é igual para todo mundo, você deve passar mais tempo com seus clientes A e B. Assim você pode criar um novo roteiro de visitas e fazer um uso mais adequado dos contatos via telefone e e-mails, por exemplo. Planeje cada visita e conheça a fundo cada cliente Usando a inteligência em vendas, você pode planejar e pré-antecipar cada visita. O vendedor irá ao cliente sabendo o que venderá, qual o volume médio de compra, quais os itens que o cliente compra regularmente do seu portfólio e o que sua empresa pode vir a oferecer. E realmente fazer um papel de consultor, ou seja, trazer novas soluções para o seu cliente. Em inteligência em vendas, o objetivo não é substituir o vendedor, mas sim criar um novo contexto, uma nova forma de atuação. Estudar a empresa e seu comportamento de compra, conhecer o seu segmento de mercado e concorrentes, verificar os tipos de produtos necessários e estudar cada grupo de cliente deve fazer parte da rotina de qualquer vendedor bem-sucedido. Dar ao seu cliente o que ele espera, a concorrência já faz. Fazer uso da inteligência em vendas significa fazer visitas, atendimento pessoal ou contatos telefônicos mais qualitativos, administrar e fazer um uso mais racional do TEMPO e finalmente transformar todo o seu ESFORÇO em excelentes resultados.
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Contabilidade globalizada
Harmonização contábil no Brasil ganha força com normatização
FOTO: ISTOCKPHOTO
Contabilidade
Selma Tomé
Se a economia é globalizada, nada mais natural que padronizar regras e normas que a regem, fazendo com que a linguagem contábil seja única em qualquer lugar do planeta. Fazer negócios na mesma língua é um desafio que tem na harmonização contábil um importante instrumento para ser enfrentado. No Brasil, ela ganhou força com a conversão da Medida Provisória nº 449 na Lei nº 11.941/09, pela qual passam a valer no país normas contábeis com padrões internacionais. A lei passou a valer a partir de maio deste ano e, entre outras importantes mudanças, confirmou a criação do chamado Regime Tributário de Transição (RTT), que minimiza os impactos da adoção dos novos
critérios contábeis instituídos pela Lei nº 11.638/07. Agora, os contratos firmados no Brasil têm validade legal em todo o mundo. Isso, em tese, aquece as negociações internacionais, criando confiabilidade em transações econômicas feitas com empresas e clientes de outros países. A lei ainda não é o retrato exato das normas internacionais, mas o propósito foi eliminar distorções que impediam que o Brasil adotasse as regras internacionais. As próximas normas emitidas pelos órgãos reguladores estarão em acordo com o processo de harmonização internacional. De acordo com especialistas da área contábil, a normatização representa para o Brasil um enor-
me passo em contabilidade e, consequentemente, para o mercado de capitais e desenvolvimento econômico. Os benefícios provenientes de um processo de convergência normativa são claros em toda a economia: a melhor qualidade das informações prestadas reduz o custo de capital e gera maior liquidez aos títulos das empresas, possibilita a avaliação com os concorrentes internacionais, fazendo com que a empresa atue para ser mais eficiente. Assim, haverá a preocupação em entregar produtos e serviços de melhor qualidade. Para o professor Júlio Henrique Machado, docente do curso de Ciências Contábeis da Faculdade de Administração de Empresas de Passos, unidade da
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so de harmonização internacional”, explica. É importante ressaltar que as novas normas já vêm sendo praticadas desde o início de 2008, mas é para 2010 a previsão de que os balanços consolidados das companhias abertas e instituições financeiras estejam todos de acordo com as novas normatizações. Neste ano, as empresas terão as demonstrações comparativas, relacionadas a períodos anteriores. As mudanças ocorridas ao longo de todo o mundo têm o intuito de responder ao processo de convergência internacional de normas de contabilidade. De acordo com Machado, no Brasil, para
chamado International Financial Reporting Standard (IFRS). No Brasil, a lei 11.638/07 admitiu a centralização do processo de normatização em órgão específico, neste caso, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Os organismos federais e reguladores, hoje, formam convênio com este órgão para a adoção das regras contábeis que ele emitir. O CPC é composto por profissionais de diversas classes envolvidas com a contabilidade, sendo: Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca); Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec); Júlio Henrique Machado: mais respeito com o Brasil
FOTO: HELIZA FARIA
Fundação de Ensino Superior de Passos (Fesp/Uemg), a nova lei é comemorada por determinar a consonância das normas nacionais com os padrões internacionais adotados nos principais mercados de valores mobiliários do mundo. E o Brasil ganha com isto, pois contribui com a continuidade e aumento do fluxo de capitais provenientes de investimentos, em direção ao Brasil. “A contribuição com a qualidade e transparência nas demonstrações contábeis faz com que os investidores internacionais olhem com mais respeito o Brasil, e invistam seus recursos também aqui. Aliás, nos últimos meses o Brasil tem sido destacado nos principais jornais internacionais, devido à situação econômica. O processo de convergência atualmente contribui para que o Brasil permaneça neste patamar”, avalia Machado, que é especialista em Auditoria, Contabilidade Societária e Controladoria pela Fundace-Fearp/ USP e mestrando em Ciências Contábeis pela PUC-SP. Machado explica também que o ambiente normativo atual visa adequar as normas à necessidade de maior transparência e qualidade das informações contábeis. “Isto se deve à realidade econômica do Brasil e do mundo, com suas economias globalizadas e mercados abertos aos fluxos de capitais estrangeiros”, esclarece. Segundo Júlio Henrique Machado, a normatização tem como objetivo promover uma linguagem única. “A Lei ainda não é o retrato exato das normas internacionais, mas o propósito foi eliminar distorções, que impediam que o Brasil adotasse as regras internacionais. As próximas normas emitidas pelos órgãos reguladores estarão em acordo com o proces-
que isto seja feito, é necessário desvincular a contabilidade fiscal (baseada em legislações fiscais e pagamento de tributos) da contabilidade financeira (com o intuito maior de demonstração da posição patrimonial da empresa). As normas internacionais são emitidas pelo International Accounting Standard Board (Iasb), órgão normativo com sede em Londres. Este órgão comprometese a reduzir diferenças entre regras de países distintos, buscando harmonizar as regulamentações. O padrão de normas emitido é o
Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa); Conselho Federal de Contabilidade (CFC); Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) e o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon). Para o professor da Fesp/ Uemg, as mudanças em busca da harmonização contábil são um reflexo do processo de globalização. Ele explica que com o passar dos anos, tem-se notado que os mercados internacionais estão cada vez mais próximos, com as opções de aplicações por parte
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Contabilidade
dos investidores aumentado cada vez mais. Um exemplo citado pelo professor é que na década de 80, quando o cidadão guardava uma parte de sua renda para consumo futuro, o máximo que se fazia era constituir uma caderneta de poupança. Hoje, os produtos financeiros são vários e vão desde títulos de dívida do governo, até participação em ativos de risco em mercados emergentes. Neste contexto, o mercado de renda variável exerce papel fundamental. Se as empresas de capital aberto querem atrair investidores para financiar suas operações, zelam pelo seu nome, como se este fosse o principal ativo. Esta preocupação com a “aparência” faz com que as empresas entreguem produtos e serviços de boa qualidade. Quando compram, exigem padrões de qualidade para os fornecedores. No ato da venda, influenciam o mercado no sentido de fazer com que os consumidores exijam também mercadorias e serviços de boa qualidade
das demais empresas. “Enfim, provoca-se um efeito positivo ao longo de toda a cadeia, exercendo grande força social e gerando empregos”, avalia Machado.
Desafio para os contadores Os contadores terão que se adequar. A mudança não é apenas técnica, não é apenas no modo de se fazer. Mas também no modo de se pensar. É uma mudança cultural. Vai exigir maior conhecimento do profissional, pois, de acordo com cada caso, ele deverá buscar dados em setores de informática, engenharia, orçamentos e finanças, entre outros, condensando-os para que sirvam como base para exercer o juízo de valor, interpretando os fatos contábeis, e dando-lhes o melhor tratamento. Ou seja, o que vale agora é a contabilidade baseada em princípios e profunda base teórica, e não apenas em regras. O alicerce das novas normatizações é o princípio da essência econômica sobre a forma jurídica,
que fica às vezes esquecido em função de uma maior preocupação com a legislação fiscal e tributária. Agora, o que vale é a essência econômica dos fatos, mesmo que haja divergência com a forma jurídica aplicável. “Por mais que haja embasamento jurídico, a Reavaliação de Ativos não possui essência econômica. Não faz sentido avaliar uma parte do ativo ao custo histórico, e outra parte ao valor de mercado. Desse modo, a essência é a principal característica das normas internacionais, já que a preocupação é registrar o que é, de fato, a realidade econômica”, interpreta Machado. O intuito é ter demonstrações que obedeçam ao máximo o objeto contábil, que é a fiel representação patrimonial e financeira de um negócio. Assim, regras fiscais estão sendo cada vez mais desvinculadas do tratamento contábil em relação à publicação de balanços. Em suma, as normas são orientadas por princípios e julgamento profissional, e não mais por regras.
SÍNTESE DAS PRINCIPAIS MUDANÇAS • São consideradas empresas de grande porte: ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões, seja limitada, S/A de capital aberto ou fechado. Além de estas empresas sujeitarem-se a publicação de demonstrações contábeis, é também exigida auditoria independente. • A DOAR (Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos) é substituída pela DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa), mas dispensada à companhia fechada com Patrimônio Liquido inferior a R$ 2 milhões. • Se a Cia. for de capital aberto, deve publicar a DVA (Demonstração do Valor Adicionado). • Ajuste a valor presente das operações ativas e passivas de longo prazo, e também para as relevantes de curto prazo. • O Ativo Permanente passou a ter nova constituição: investimentos, imobilizado e intangível. Este grupo submete-se à análise periódica de capacidade de recuperação do custo. • A avaliação de investimentos, referentes à participação societária, é feita de considerando: a influência na gestão da investida, o nível de participação no capital votante, e quando se trata de um mesmo grupo ou em caso de controle comum. • O Patrimônio Líquido sofreu as seguintes alterações: extinção da Reserva de Reavaliação, Prêmio na Emissão de Debêntures e Doações e Subvenções para Investimento. Inclusão da conta Ajustes de Avaliação Patrimonial e Reserva de Incentivos Fiscais.
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A Contabilidade brasileira era tradicionalmente conhecida como “contabilidade fiscal”. Hoje, a tendência é que mude para o enfoque utilizado em mercados desenvolvidos, onde o foco é o investidor. Assim, a tendência é que nossa “tradição” mude para a “contabilidade financeira”.
Benefícios da lei A nova lei é comemorada por determinar a consonância das normas nacionais com os padrões internacionais adotados nos principais mercados de valores mobiliários do mundo. E
o Brasil ganha com isto, pois contribui com a continuidade, e aumento, do fluxo de capitais provenientes de investimentos, em direção ao país. Para o professor Júlio Henrique Machado, o processo de convergência não afeta negativamente as empresas e apesar de surgir dificuldade de adequação inicial, e maior gasto com consultoria e treinamento, estes gastos são superados pelos benefícios da lei. “Os aspectos positivos são inúmeros. Entre outros, destaco a maior transparência e credibilidade perante o mercado em
geral, o que significa maior facilidade em captação de recursos”, afirma e completa: “Isto porque proporciona aprimoramentos em governança e controles internos. A facilidade de comparação entre empresas de um mesmo setor, mas de países diferentes, faz com que as empresas brasileiras sejam vistas lá fora com maior facilidade. E tem mais, ocorre redução de custos para aquelas companhias que negociavam seus ativos em Bolsas de Valores no exterior, pois não precisarão elaborar as demonstrações financeiras em mais de um padrão”.
UM JEITO MAIS SIMPLES DE ABRIR SUA EMPRESA Na Europa e Estados Unidos, o tempo gasto para se abrir uma empresa é de dois dias. No Brasil, o registro de um negócio pode levar até 150 dias, período em que o empresário gasta tempo, luz, telefone, salários, enfim, dinheiro, antes de começar a faturar legalmente. Simplificar os processos para o registro mercantil é o objetivo básico do Minas Fácil, um programa do Governo de Minas em parceria com a Receita Federal e prefeituras. O Minas Fácil é um dos módulos do projeto estruturador Descomplicar, cujo principal objetivo é facilitar as relações do Estado com seus diversos públicos por meio da simplificação de processos, buscando a construção de um ambiente institucional adequado ao desenvolvimento da cidadania, dos negócios e dos investimentos privados. O esforço tem dado certo e algumas cidades mineiras estão dando um show de rapidez. Em Passos, o prazo é de três dias; em Lavras, quatro e, em Poços de Caldas, cinco dias. Em cidades maiores, como Belo Horizonte e Uberlândia, o
prazo é de oito dias para obter o registro da Junta Comercial, CNPJ, inscrição estadual se for o caso, inscrição municipal e o alvará. A principal característica do programa é que os empresários fazem todas as consultas de viabilidade pela Internet e apresentam os documentos em um único local, que é a Junta Comercial. Ou seja, nada de perder tempo fazendo uma peregrinação por vários lugares. “O empresário tem que tomar decisões muito rápidas e não pode esperar muito tempo. Ele precisa de documentação para pegar um financiamento, fazer com que a empresa funcione. Isso é importantíssimo para todos nós, já que uma empresa aberta vai gerar emprego, impostos e desenvolvimento”, ressalta o Diretor de projetos da Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg), Marcelo Souza e Silva, responsável pela gestão das unidades Minas Fácil. São 27 unidades do Minas Fácil no Estado e, até o final do ano, serão 29, localizadas em cidades pólo, que ganham também outros serviços da Junta.
“O empresário não precisa mais registrar um livro fiscal em BH, ou tirar uma certidão, ele pode tirar lá na localidade. O programa cria um ambiente de negócios mais atualizado, em que tudo conspira para a satisfação de quem utiliza os serviços”, completa Souza e Silva. Quando o empreendimento é mais complexo, o empresário ainda tem que ir a órgãos de licenciamento como Corpo de Bombeiro, Vigilância Sanitária ou Secretaria de Meio Ambiente, que já estão trabalhando em parceria com o Minas Fácil. As unidades do Minas Fácil contam com um Núcleo de Orientação e Informação, reunindo informações sobre a prefeitura, Jucemg, Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) e Receita Federal. Ali, todos os órgãos estão representados, inclusive os de licenciamento. Até o fim do ano, o objetivo é integrar ainda mais os parceiros e, quando não houver risco, o documento será emitido automaticamente pela Internet. “Minas está bem na frente. Nosso modelo é pesquisado, outros estados vêm aqui
conhecer. Além da automação, os processos são simples, para se tornarem ágeis. O estado tem que ser favorecedor na relação estado-empresa, para que a sociedade tenha o retorno”, afirma Souza e Silva. No ranking nacional de 2008, Minas Gerais ficou em segundo lugar na abertura de novos negócios: 53.022 empresas. O primeiro lugar ficou com São Paulo, 185.055 novas empresas; o terceiro com o Rio Grande do Sul, 49.932; o quarto com o Paraná, 46.049; e o quinto lugar com o Estado do Rio de Janeiro, com 33.331 empresas. Para utilizar o Minas Fácil, o empresário deve acessar o site www.minasfacil.mg.gov.br e terá todas as orientações. Entre seus desdobramentos futuros, o programa pretende abrir mais unidades no interior e ampliar seu raio de ação, para atender empresas que fazem alterações contratuais e também aquelas que se extinguem. Um processo que, no Brasil pode durar 10 anos. Por esse motivo, o país tem um número altíssimo de empresas zumbis – elas não existem, mas não tiveram a morte decretada.
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Discernimento
Fotos: Arquivo pessoal
Artigo
Edina Bom Sucesso
e tomada de decisão
Decisões na vida política, na escolha de funcionários, na educação
filhos, mas não seria com ela que
dos filhos, nas relações com os vizinhos, na opção pelo pai ou mãe de
montaríamos um negócio, pois
nossos filhos, são escolhas complexas. Acertamos em algumas delas,
faltariam conhecimentos ou habi-
noutras pagamos alto preço pelos enganos. Entretanto, se seguidas de
lidades ou até mesmo experiên-
reflexão, as resoluções equivocadas transformam-se em aprendizado,
cia. Decisões envolvendo variáveis
permitindo melhores escolhas no futuro.
técnicas requerem bem mais do
No universo dos negócios, o conjunto das decisões acertadas
que boas intenções.
é, geralmente, um dos principais critérios de promoção e de reconhecimento profissional. E quanto mais alta a posição hierárquica, mais
O conhecimento do contexto
complexas tornam-se as decisões gerenciais, reforçando a importância
representa o quarto fator relevante
do discernimento no exercício de um cargo. Líderes deliberam sobre
na tomada de decisão. Sabemos
questões que afetam a vida das pessoas e os rumos dos negócios,
dos desastres decorrentes da
levando especialistas a firmarem que a capacidade de discernimento é
desconsideração de opiniões e
a essência da liderança.
dos perigos de não serem levadas em contas as consequências
As decisões sobre questões importantes se fazem em meio a
e repercussões das escolhas,
incertezas, cada situação é única e os acertos do passado não asse-
tanto para pessoas quanto para
guram sucesso nas decisões futuras. O que se diz até agora é que um
a estratégia organizacional.
bom discernimento decorre, em primeiro lugar, do autoconhecimento,
“
O quinto fator mais citado pelos especialistas é a importân-
pela análise rigorosa do sistema de crenças e valores.
cia do conhecimento de cenários
No universo dos negócios, o conjunto das decisões acertadas é, geralmente, um dos principais critérios de promoção e de reconhecimento profissional
e tendências na qualidade das decisões nos negócios. Caçadores
de
novidades
podem dizer que nada há de novo nessas cinco proposições. Entretanto, os que não se apegam aos modismos entenderão
“
O segundo aspecto relevante é o reconhecimento das pessoas
que o segredo está em con-
que devem ser envolvidas na tomada de decisão, tanto por terem con-
siderar simultaneamente todos
tribuições relevantes quanto pelo risco de não serem consultadas e se
esses fatores e, mesmo assim,
tornarem resistentes, dificultando o curso das ações.
reconhecer, tanto os riscos da tomada de decisão quanto a res-
A competência técnica é o terceiro fator de eficácia na tomada de decisão. Pode-se confiar em uma pessoa para cuidar dos nossos
ponsabilidade pessoal pelas consequências.
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FOTOS: ISTOCK PHOTOS
Não existem receitas mági-
Procrastinação, termo que saiu de moda, retoma com fator
Edina Bom Sucesso
cas para ampliar o discernimento,
relevante, pois adiamentos e demoras podem ter trágicas consequ-
Sócio da MATUR
embora certos cuidados possam
ências no mundo rápido e complexo. Sabe-se das consequências
Organização
contribuir. Antes de decidir, é
resultantes dos nossos atrasos e protelamentos, e dos desastres
Contábil, Diretor
recomendável aguçar a percep-
das decisões precipitadas.
da ACMinas, Conselheiro do
ção e identificar o que está em A complexidade do discernimento na tomada de decisão não
Conselho Federal
variáveis ambientais, identificando
se restringe a esses aspectos discutidos. Decisões precisam ser
de Contabilidade,
quem será afetado pela resolu-
implementadas e, se no âmbito pessoal a indisciplina e a falta de
Contabilista,
ção, e quais as suas implicações.
foco impedem a ação; nas empresas, as resistências e as vaidades
Advogado,
Essa preparação permitirá a iden-
matam boas decisões. E mais: bons decisores precisam entender
pós-graduado em
tificação de quem deve ser envol-
que, sozinhos, avançam pouco. Por isso, ouvir outras opiniões,
Ciências Contábeis
vido e contribuirá para a melhor
manter o foco e persistir continuam sendo um bom exercício, tanto
e membro do Forum
solução.
na vida pessoal quanto nas organizações.
jogo, fazendo-se ampla leitura das
de Líderes da Gazeta Mercantil. mariomateus@matur.com.br SUPERE
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RH
Bianca Alves
Socorro, perdi meu
FOTO: FOTOLIA.COM
emprego!!!!
Pode ser que sua empresa
ro os solteiros, porque eles não
ve os resultados desejados; b)
tenha se acostumado a cortar
têm família para sustentar. Outras
não era tecnicamente compe-
custos com a crise. Ou pode
aproveitam para se livrar dos fun-
tente; c) não se relacionava bem
estar se reestruturando e optou
cionários tranqueiras, que só dão
com outras pessoas; d) o cargo
por uma nova estratégia. O certo
problema. Vi um caso em que
foi eliminado e e) desonestidade.
é que ela não precisava mais do
os primeiros demitidos foram os
Idade, altos salários e resistência
seu trabalho e você foi demitido.
competentes. Achei lindo o moti-
a mudanças são fatores que não
Apavorado? Muita calma nessa
vo, o de que encontram emprego
constavam como os principais
hora. Para começar, nada de
mais fácil”.
da pesquisa, mas não podem
lamentações, já que a demissão é
Saiba antes de tudo que a
ser desconsiderados.
um acontecimento recorrente na
demissão é um acontecimento
Algumas curiosidades: as
vida da maioria dos profissionais.
comum na carreira dos executi-
empresas são cruéis em 24%
Cada empresa tem seus crité-
vos. Em média, 37% dos desli-
das demissões; 9,9% são demi-
rios para demitir, disse o espe-
gamentos são involuntários, diz
tidos um pouco antes das férias
cialista em empregabilidade Max
uma pesquisa do grupo Catho,
e 14% são demitidos após o
Gheringer.
“A contratação, a demissão e a
retorno das férias; 29% das
Em entrevista à Supere no
carreira dos executivos brasilei-
demissões acontecem às sex-
ano passado, ele enumerou
ros”, feita em dezembro de 2001,
tas-feiras à tarde e 52% exigem
vários motivos para uma empresa
junto a mais de nove mil entrevis-
que o executivo deixe a empresa
demitir em tempos de crise, fora
tados. Segundo o levantamento,
imediatamente. O tratamento é
a incompetência, é claro. Disse
as cinco principais razões para
menos brusco para cargos de
ele: “algumas demitem primei-
desligamento foram: a) não obte-
nível elevado.
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virar limonada. Comece por ligar
inscrevem para vagas que não
Bom ou não de serviço,
para os amigos, sair e mostrar
têm nada a ver com seu perfil,
o problema é que você está na
seu trabalho a quem acredita
o que é uma perda de tempo.
rua. E é com a cabeça fria que
nele. Reorganize sua agenda e
É preciso ter foco na busca do
você vai voltar ao trabalho. Para
faça contato com colegas de
objetivo.”
começar, nem pense em tirar
trabalho e antigos clientes, de
Faça uma análise do merca-
férias. Deixe para fazer isso um
maneira a encontrar (ou criar)
do e descubra o que ele está exi-
ano depois de arranjar um novo
oportunidades, indicações ou
gindo, para poder se aprimorar.
emprego. Quem se afasta do
recomendações.
“Acessar o
Uma especialização ou um MBA
mercado acaba esquecido ou,
networking é, com certeza, um
podem não garantir um empre-
no mínimo, difícil de encontrar.
recurso que ainda hoje é muito
go, mas seguramente serão um
“
Afinal, quem vai adivinhar
que você resolveu dar um tempo, meditando no
Caminho de Santiago de Compostella?
Arrumar
um novo trabalho é tarefa árdua, que vai depender de muito... trabalho.
diferencial
O candidato está sendo analisado desde o momento em que encaminhou o curriculum vitae, ou seja, ele não pode ter erros de português
na
“
FOTO: FOTOLIA.COM
Voltando a trabalhar
hora
de
escolher entre você e alguém menos qualificado. Como a crise mundial, pelo
menos
para o Brasil e
O primeiro passo é cuidar de você. É, fique bem.
utilizado no mercado”, observa
outros brics, pode ser considera-
Caso queira parar de fumar, pare
Fernanda Cristina Castro Greco,
da coisa do passado, o mercado
(você sabia que empregados
administradora de RH com expe-
de trabalho, aos poucos, está
fumantes ganham menos do que
riência de dez anos em empresas
se tornando comprador. “Mas
os não fumantes?) e, se estiver
de grande porte (trabalhou para a
ainda com certo receio; algu-
acima do peso, faça uma dieta,
AmBev e Vale) na área de Gestão
mas áreas estão mais aquecidas,
o que vai contribuir e muito para
de Pessoas.
como a comercial, e outras estão
sua apresentação pessoal. Faça
À
frente
da
Talento
retomando aos poucos”, informa
exercícios, coma saudavelmen-
Consultoria e Assessoria em RH,
te e durma bem. Mais energia
dedicada ao recrutamento, sele-
Fernanda.
não faz mal a ninguém e vai ser
ção e desenvolvimento de pro-
um auxílio precioso no trabalho
fissionais desde nível Júnior até
de procurar um trabalho. Você
Estratégico, Fernanda acredita
O currículo é a vitrine do can-
tem ainda que vencer sentimen-
que a apresentação pessoal é
didato a um emprego. Lembre-
tos como culpa, revolta, rejeição,
importante, pois, em um primeiro
se que é através dele que você
medo e ansiedade, que acome-
contato, ela é um verdadeiro car-
vende o seu produto, ou seja,
tem a grande maioria dos profis-
tão de visitas. “Você não vai fazer
a sua capacidade profissional.
sionais demitidos.
uma entrevista com barba por
Antes de mais nada, atualize-
Não se esconda em casa,
fazer, tênis, cabelo sujo”, exem-
o, procurando primar pela obje-
achando que é o último executi-
plifica a consultora, que também
tividade, concisão e clareza
vo do mundo. Como toda crise
acha importante chegar cedo e
nas informações. “O candidato
pode ser sinônimo de oportuni-
ter o máximo de informações
esta sendo analisado desde o
dade, este é um momento de
sobre a organização à qual se
momento em que encaminhou o
sua vida em que o limão pode
candidata. “Muitos candidatos se
curriculum vitae, ou seja, ele não
Cuidados com o currículo
53
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RH
O CAMINHO DE VOLTA AO TRABALHO pode ter erros de português”,
não deixará que eles se repitam.
alerta Fernanda Castro, que
Mas é bom que essa parte seja
aconselha ainda a não mentir
a mais pura verdade, porque
nas informações e a ter cuidado
senão, logo, logo, você estará
principalmente com as datas de
novamente diante de um entre-
suas experiências profissionais.
vistador, explicando a mesma
E como explicar a demissão
coisa.
em uma entrevista? “A verdade e a transparência devem ser
Relações Públicas há mais
aponta a consultora, que res-
de vinte anos, Patrícia Sartini,
salta: “certas pessoas perdem o
49, ficou desempregada em Belo
emprego por questões compor-
Horizonte no ano passado. Nos
tamentais. Elas devem analisar
últimos anos alternava empre-
como dizer isso e, ao mesmo
gos fixos em grandes empresas
tempo, fazer uma reflexão para
e consultoria em relacionamen-
melhorar suas atitudes no tra-
to com a comunidade e comu-
balho”.
nicação de crises. Passou por
Importante, neste caso, é
empresas de todos os segmen-
destacar o que você tem de
tos: financeiro, governo, indústria,
bom. E, nesse aspecto, é fun-
comércio, varejo. Quando se viu
damental ressaltar os resultados
sem emprego fixo e sem novas
positivos que você conquistou
perspectivas de consultoria em
para a empresa. Todo empre-
Minas Gerais, decidiu mudar de
gador gosta de quem mostra
ares.
resultados e costuma relevar
Patrícia mandou seu cur-
pessoais,
rículo para as 100 melhores
principalmente se você já deci-
empresas para se trabalhar no
diu mudar de comportamento.
país e esperou ser chamada.
Nunca negue sua parcela de
Recebeu quatro propostas de
responsabilidade em um proble-
trabalho, duas no Pará, uma
ma, mas seja breve ao explicá-
em Goiás e outra no Espírito
lo. Finalmente, diga o quanto
Santo. A trajetória expressi-
aprendeu com seus erros e que
va – foi consultora na área de
alguns
FOTO: ARQUIVO PESSOAL
Volta ao começo
os fatores mais importantes”,
problemas
comunicação e responsabilidade social em empresas como a Fiemg, o Promove e o Banco Rural - atraiu o departamento de relacionamento institucional e relacionamento com a comunidade da ArcelorMittal Cariacica, no Espírito Santo, onde assumiu o cargo de Analista de Comunicação.
Em primeiro lugar a pessoa que perdeu o emprego deverá levantar todas as empresas de Consultoria em RH, que hoje são mais de 100 em BH, e cadastrar seu currículo. Algumas tem o site próprio, como o da Talento (www.talentobh.com. br) que está vinculado a sites maiores ligados ao Brasil inteiro como o vagas.com, empregos.com, entre outros. Faça uma lista das principais empresas em que gostaria de trabalhar e cadastre-se diretamente no site da empresa (ex.: ver as 100 melhores empresas para se trabalhar na Revista Exame) Acesse a sua networking, que ainda hoje é muito utilizada no mercado. Boas relações são fundamentais, mas com pessoas que acreditem em seu trabalho. O curriculum vitae deve ser uma vitrine. Na parte superior, devem constar o nome, em letra maiúscula, endereço com CEP, cidade onde mora, todos os telefones de contato e principalmente o e-mail, bem como idade, estado civil e se possui filhos. A seguir, vem o objetivo ou área em que quer atuar, RH, Vendas, Financeiro, seguida pela formação escolar. A ordem é do último para o primeiro curso, ou seja, da última pós-graduação ao curso técnico. O currículo também deve descrever o histórico profissional, falando o nome da empresa, data de entrada e data de saída e, em letras menores, abaixo do nome da empresa, qual o seu segmento, o cargo exercido e atribuições/ atividades exercidas. Depois de descrever todas as experiências profissionais (sempre da última para a primeira), você irá apontar as Informações Complementares, ou seja, cursos realizados, com local e data, se o inglês é fluente, salientar se esteve fora do país (a trabalho, é claro), falar sobre domínio de informática, qual o sistema integrado que já trabalhou e principalmente qual é o nível do seu Excel. Caso tenha disponibilidade para mudanças ou viagens, saliente também.
Para Patrícia Sartini, um recomeço
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Para ela, foi um recomeço.
sação de recomeçar. Fazer de
isto, é muito bom recomeçar em
“Tudo tem sido estimulante. Uma
novo, em um local diferente, em
um lugar novo em que as con-
comunidade nova, valores dife-
que as pessoas não querem que
quistas são medidas a cada dia.
rentes, novos desafios. Minha
você repita o que foi sucesso
E onde o seu valor profissional é
experiência
mobilização
e sim que você simplesmen-
medido pelo que você faz e não
social, gestão de conflitos em
em
te faça bem feito”, comemora.
pelo que você já conquistou.
comunidades as mais diversas
“Pessoas não são iguais, situa-
Isto para mim é um estímulo
pelo Brasil tem ajudado bastante.
ções não são iguais e realidades
para ser cada dia melhor, com-
Mas o melhor de tudo é a sen-
e valores não são iguais. Por
pleta Patrícia. •
Em busca de um talento
Evento realizado pela ACMinas promove o aprimoramento de profissionais para o mercado de trabalho
Se você está entrando ou já faz parte do mercado de trabalho provavelmente deve ter, em algum momento, se perguntado qual é o perfil daquele profissional que as grandes empresas e corporações desejam contratar. Este questionamento é muito comum e acaba motivando várias pessoas a entrarem num constante processo de busca pelo aperfeiçoamento, já que, de acordo com especialistas em gestão de pessoas, não basta apenas escolher uma carreira promissora. Para se destacar no mercado, é preciso aliar uma boa formação a muito talento, criatividade e determinação. “Todos, principalmente os jovens, são um talento, cada um num aspecto, cada um no campo. Mas só isso não basta. É preciso criar iniciativas como autoformação e desenvolvimento pessoal. É importante não esperar só que caia milagres, que algo aconteça na nossa vida, temos que correr atrás de iniciativas que nos façam um talento”, explicou o executivo de RH da Fiat Services América do Sul, Bernardinho Theodoro, durante a primeira edição do projeto Lapidar. O evento, que foi realizado pela ACMinas em 14 de setembro no Minascentro, contou com palestra do professor e consultor em gestão empresarial Waldez Ludwig e apresentação de cases da diretora de RH da Iveco para a América Latina, Ionara Pontes, e de Bernardinho Theodoro. O objetivo do projeto, segundo o presidente da ACMinas, Charles Lotfi, é contribuir para a abertura de novas possibilidades de interação e troca de experiências entre jovens profissionais e renomados especialistas em gestão.
“Queremos promover o aprimoramento constante de todos os profissionais, capacitando-os ao enfrentamento dos desafios com que diariamente se deparam. Este evento, que é o primeiro de uma série que chegará inclusive ao interior do Estado, é direcionado ao gerenciamento da própria carreira profissional”, avaliou o presidente. A assistente de Recursos Humanos, Clemilda Francisca Santos, participou do Lapidar e destacou a iniciativa como inovadora. “Como estou fazendo pós-graduação em gestão de pessoas, queria agregar mais conhecimentos à área profissional e acadêmica, por isso decidi participar”, afirmou. Ela ressaltou que as palestras apresentaram temas relevantes dentro do contexto atual, servindo como excelentes oportunidades de aprendizado. Talento - Bernardinho Theodoro destacou que a preparação é um dos caminhos para a valorização do talento de um profissional. “A melhor forma de nos tornamos atraentes para as empresas é nos prepararmos sempre, buscando novas oportunidades de conhecimento e de aprendizado. Só assim faremos nosso talento ser reconhecido”, disse. Segundo ele, algumas ações estratégicas contribuem para a conquista e manutenção de um emprego. “Precisamos, antes de tudo, ter um currículo eficiente. Além disso, é necessário se preparar bem para as entrevistas e manter uma boa aparência. Para quem já está no mercado, a dica é criar as próprias oportunidades e adiar ao máximo a discussão sobre salário.”
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Cultura
Selma Tomé Colaboração: Luciana Ricardino
O mineiro visível
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Foto: Heloisa Silveira
O ator mais produtivo do cinema nacional encanta pelo carisma, simplicidade e competência
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Fominha de cinema
O mineiro Selton Mello é
sonagens de sucesso na tele-
ator, diretor, produtor, roteiris-
visão brasileira. Recentemen-
O cinema nacional não seria
ta, dublador e quando dá sinal
te se jogou na bem sucedida
o mesmo sem o expressivo tra-
de que vai tirar um tempinho
experiência de dirigir cinema
balho deste mineiro, nascido em
de folga – ufa! – organiza um
e o primeiro trabalho, “Feliz
Passos, “criado” em São Paulo,
evento beneficente na cidade
Natal” - um drama familiar que
radicado no Rio e que nas telas
natal, Passos, com mostra de
relata os pitorescos rompantes
alterna seus filmes por todo o
seus filmes preferidos. Encanta
emocionais típicos desta névoa
país. O interesse pela arte se
e ainda sacode os conterrâneos
“ébria” que paira sobre as fes-
manifestou na infância, o que fez
com participação em fóruns de
tas de fim de ano - conquistou
com que os pais, Selva Figuei-
discussão sobre os rumos da
a crítica e entrou na lista dos
redo e Dalton Melo, mudassem
cultura local. “Sou uma criança
filmes que disputaram a vaga
seus destinos (empregos e cida-
hiperativa”,
des)
definiu-se
acompanhar
em entrevista para a Supere, feita em Passos.
A hiperatividade do Selton é benéfica para a cultura nacional e internacional
A hipera-
para
e incentivar os filhos – o irmão de Selton, Danton
Mello,
para representar o Brasil no
acaba de encerrar participação
para a cultura nacional e inter-
Oscar 2010 de Melhor Filme
na novela Caminho das Índias e
nacional e resultou em uma
Estrangeiro. Ah! “Jean Char-
na peça Vergonha dos Pés.
riquíssima contribuição artísti-
les”, em que Selton interpreta o
A Revista Veja se referiu a
ca com participação em pelo
protagonista no filme de Henri-
ele como – no bom sentido – o
menos 29 filmes - entre curtas
que Goldman, também estava
“fominha do cinema nacional. A
e longas - e mais de vinte per-
na mesma lista.
revista Monet, disse que ele é “o
Foto: Heloisa Silveira
tividade de Selton é benéfica
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FOTOS: HELOISA SILVEIRA
Cultura
Volta à casa
cara do cinema brasileiro”, em
um filme saboroso, divertido,
uma colocação bem feliz: “que
que vai direto ao ponto, com
A visita à cidade natal,
nos perdoem Wagner Moura,
um roteiro bem engendrado e
Passos, no sul de Minas, teve
Lázaro
Matheus
que mereceu o sucesso que
momentos de pompa e circuns-
Nachtergaele, mas Selton Mello
fez. O filme será adaptado na
tância. Selton foi recebido com
é o cara do cinema brasileiro
Turquia e também nos EUA.
homenagens, discursos e outdo-
dos anos 2000”.
“Seria legal ver o Ben Stiller
ors e deu uma animada expres-
“O cinema é o lugar que
fazendo meu papel e a Came-
siva na cena cultural da cidade.
escolhi. Fico feliz que reconhe-
ron Diaz fazendo o da Luana”,
Seus filmes foram mostrados para
çam meu esforço. É o lugar
brinca.
os conterrâneos em sessões cuja
Ramos
e
diri-
renda - cerca de R$ 20 mil - foi
um volume máximo. Me agrada
gir cinema foi tão fascinante
destinada ao Hospital do Câncer
a idéia de saber que os filmes
que ele cogitou deixar de ser
de Passos.
ficam para sempre”, observa o
ator. “Mas passou e agora vejo
Selton visitou a Santa Casa
ator, que procura não ligar para
que uma coisa complementa
para conhecer as obras do Hospi-
críticas. “Já recebi muitas criti-
a outra. Dirigir me completou
tal e ressaltou que poder contribuir
cas negativas, mas muitas delas
como artista”, confessa Selton,
“com uma obra tão fundamental é
pessoais. Hoje procuro não ler
a respeito de “Feliz Natal”, filme
gratificante”. Ele também liberou
crítica alguma. Nem negativa,
que nasceu, segundo ele, de
para a entidade o direito de uso de
nem positiva. O que interessa
um desconforto gigante nesse
imagem e voz para quaisquer tra-
é eu estar satisfeito com o
período do ano. “Faço aniver-
balhos de áudio-visual do hospital.
que fiz. E o público comum, a
sário 30 de dezembro e meu
“Não quero tirar o trabalho de nin-
pessoa na rua, essa sim é a
pai no dia 25. Acho uma data
guém – brincou o ator – mas acho
crítica que me interessa”, diz.
obrigatória, um tanto hipócrita,
que gravando as peças publicitá-
do
com encontros forçados. Deste
rias da Santa Casa e do Hospi-
grande público é patente em
ponto de vista nada otimista
tal do Câncer poderei contribuir.
sucessos de bilheteria como “A
nasceu um pequeno filme pas-
Espero que minha participação
Mulher Invisível”. Para Selton,
sional”, diz.
traga algum retorno”, salientou.
onde posso me expressar em
O
reconhecimento
A
experiência
de
58SUPERE REVISTA SUPERE 21.indd 58
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cos viajam melhor, representam o Brasil em grandes festivais, mos-
emoção de ter o nome de Selton
trando nossa capacidade que é
Mello, respeitado mundialmente,
gigante. Muitos filmes comerciais
unido à causa. “A sensibilidade do
acabam depois de uma grande
ator, nos encheu de orgulho além
bilheteria, não interessam daqui a
de ter contribuído para uma maior
10/50 anos. E muitos de arte que
visibilidade de nosso hospital”,
foram menos vistos agora, ficam
você fazer um belo filme, você tem
salientou, completando que “além
para sempre”, explica.
de fazer sessenta belos filmes, e
FOTOS: HELOISA SILVEIRA
O provedor da Santa Casa, Vivaldo Soares Neto, falou da
do dinheiro, que aponta um resul-
O expectador de outros paí-
de preferência um por ano. Mas
tado surpreendente, fica sobretu-
ses consome filmes brasileiros
eu estou sempre ligado na minha
do a sensibilidade de Selton e a
principalmente em festivais. A lín-
história, eu sou um camarada bas-
marca de sua generosidade ao se
gua ainda é um fator limitador
empenhar em um evento em prol
mas os poucos que conseguem
de nosso hospital”.
entrar em cartaz fazem um enorme sucesso, como “Cidade Deus”,
Geração de empregos Como o moço é “fominha”,
”Central do Brasil”, etc., garante Selton.
O mineiro é muito sério no que faz. Uma característica nossa é o caráter, é a retidão nas coisas, é ser muito correto em tudo
já está envolvido em um novo tra-
As raízes mineiras são sólidas.
balho. O próximo filme se chama
“O mineiro é muito sério no que
“Filme de Estrada” e conta a vida
faz. Uma característica nossa é o
de um palhaço que acha que não
caráter, é a retidão nas coisas, é
tante nostálgico, eu tenho
tem mais graça. “É caro produzir
ser muito correto em tudo”, afirma
prazer de lembrar o passado, de
no cinema, ponto. Em qualquer
o ator que nasceu em Passos, foi
lembrar de onde eu venho. Tenho
lugar do mundo. Mesmo um filme
para São Paulo e para o mundo.
tudo guardado e muito orgulho
pequeno é caro, envolve muita
“Eu tenho sonhos, estou atrás deles
de onde eu vim e do que con-
gente e tecnicamente é complexo.
e não paro nunca porque o Brasil é
quistei trabalhando sem passar
Tudo é muito caro, mas também
um país sem memória, não adianta
por cima de ninguém”, finaliza. FOTOS: HELOISA SILVEIRA
nada é impossível para quem quer muito fazer algo”, acredita. Um filme como “Feliz Natal” gera, segundo Selton, cerca de 300 empregos. E o apoio de empresas é fundamental. “Elas já estão vendo que é valoroso ter sua marca envolvida com coisas de qualidade. As que não enxergam isso estão ficando para trás”, sustenta o ator. Mesmo filmes do circuito alternativo, que não atraem a massa, cumprem seu papel. “Tem público para todos os filmes. A diferença é que esses com traços mais artísti-
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FOTO: ARQUIVO PESSOAL
Artigo
Maria Rita Gramigna
CAMINHOS PARA A EXCELÊNCIA Liderança em tempos de crise
Em um mundo globalizado, cercado de mercados competitivos, as lideranças exercem papel de destaque nos resultados empresariais. Hoje, mais do que no passado, as cobranças recaem sobre a figura do líder, que é responsabilizado por sucessos ou fracassos. Tais exigências surgem no momento em que as empresas migram para um novo modelo de gestão, mais competitivo, ágil e baseado em novas competências. Hoje podemos identificar dois tipos de empresa: as migradoras e as da nova economia. As primeiras enfrentam crises se movimentando e correndo atrás do prejuízo, mexendo nos times, nas formas de conduzir o negócio, nos processos e nos modelos de gestão. Estas, seguindo a nova economia, buscaram a inovação
e já estão perto do pódium. Conseguiram o equilíbrio entre os três indicadores de suporte à excelência. São eles: 1º. -Tecnologias de ponta favorecendo as ações de liderança. 2º. -Racionalização e melhoria dos processos de trabalho, possibilitando o alcance da qualidade. 3º. -Postura criativa na liderança de pessoas, tendo como resultado a manutenção de um time de colaboradores preparados para vencer e enfrentar os desafios de nossos tempos.
Apresento neste texto dez personagens que representam as competências universais que instigam as lideranças à excelência. Chamar os personagens à ação é uma atitude criativa que ajuda os líderes a superar as dificuldades do cotidiano. 1.LÍDER VIAJANTE COMPETÊNCIA: VISÃO SISTÊMICA: Capacidade para perceber a interação e interdependência das partes que compõem o todo, reconhecendo o valor da cada uma nos resultados. O Caminho do Viajante tem como função básica, estimular as pessoas a alçar novos vôos. O viajante empurra as pessoas, quando estas estão prontas para voar! É necessário passar pelo seu caminho e aprender a conviver com o medo e o domínio, o risco e a confiança, a certeza e a incerteza, com o alvo e o caminho. 2.LÍDER GUERREIRO COMPETÊNCIA: LIDERANÇA COMPARTILHADA: Capacidade para catalisar os esforços grupais, de forma a atingir ou superar os objetivos organizacionais, estabelecendo um clima motivador, formando parcerias e estimulando o desenvolvimento da equipe.
3.LÍDER BUFÃO (BEM HUMORADO) COMPETÊNCIA: RELACIONAMENTO INTERPESSOAL: Habilidade para interagir com as pessoas de forma empática, inclusive diante de situações conflitantes, demonstrando atitudes assertivas, comportamentos maduros e não combativos. Muitos líderes sofrem da “síndrome do domingo” e transformam a vida dos colaboradores e colegas de trabalho em um verdadeiro martírio logo no primeiro dia da semana. 4. LÍDER MAGO COMPETÊNCIA: ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITOS: capacidade para administrar e solucionar problemas do cotidiano
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FOTO: IFOTOLIA.COM
de forma harmoniosa, com parcialidade, empatia e respeito às diferenças. 5 – LÍDER DESTRUTOR COMPETÊNCIA: CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO A MUDANÇAS E FLEXIBILIDADE: Habilidade para adaptar-se oportunamente às diferentes exigências do meio, sendo capaz de rever sua postura frente a novas realidades. O apego a velhas estruturas de pensamento e a antigos paradigmas é uma das mais fortes barreiras à mudança. Este apego está diretamente ligado à palavra “não”. O receio do insucesso, da crítica, do novo, faz-nos alimentar o “senhor das negações”. 6. LÍDER MENTOR COMPETÊNCIA: GESTÃO DE TALENTOS: capacidade para perceber o potencial dos colaboradores, identificar necessidades de desenvolvimento e traçar planos de capacitação, responsabilizando-se pela formação e carreira de sua equipe. O papel de mentor saiu do âmbito familiar e vem sendo valorizado no ambiente organizacional. As responsabilidades do mentor implicam em investir no domínio de competências de seus mentorados. Demonstrar a confiança, delegar e qualificar os valores dos outros exige uma grande dose de humildade e, frente à inveja e à competição.
7 – LÍDER ARTISTA COMPETÊNCIA CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO: Capacidade para conceber soluções inovadoras, viáveis e adequadas para as situações apresentadas. Às vezes, lidamos com situações e problemas onde as soluções parecem não ser possíveis. Quando tal fato acontece, no lugar de cultuar o pessimismo, é chegada a hora de apelar para nosso “artista”. O artista nos faz ver as facetas da nossa criatividade. Precisamos acreditar que somos capazes de construir, realizar e deixar nossa marca. 8 – LÍDER CRÍTICO COMPETÊNCIA: PLANEJAMENTO E TOMADA DE DECISÃO: capacidade para traçar planos, buscar e selecionar alternativas para superar obstáculos, identificando aquelas que garantam o melhor resultado, cumprindo prazos definidos e considerando limites e riscos. Planejar e decidir de forma assertiva são funções essenciais do líder de vanguarda. 9 – LÌDER COERENTE COMPETÊNCIA: TRABALHO EM EQUIPE: Capacidade para desenvolver ações compartilhadas, catalisando esforços através da cooperação mútua. Adotar atitudes coerentes e espontâneas facilita o trabalho em equipe e abre os caminhos para a excelência.
Maria Rita Gramigna Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Minas Gerais, pós-graduada em Administração de Recursos Humanos pela UNA – União de Negócios e Administração (MG) e mestra em Criatividade Total Aplicada pela Universidade de Santiago de Compostela (Espanha). É autora de vários títulos: Líderes Inovadores, Jogos de Empresa, Jogos da Empresa e Técnicas Vivenciais e Modelo de Competências e Gestão dos Talentos, além de co-autora
10 - LÍDER AMANTE COMPETÊNCIA: MOTIVAÇÃO E ENERGIA PARA O TRABALHO: Capacidade para demonstrar interesse e energia pelas atividades que executa, tomando iniciativas e mantendo atitude de disponibilidade. O amor está presente na vida do ser humano, traduzido em diversas formas, inclusive nas relações de trabalho. O líder criativo consegue transitar pelos dez caminhos da excelência na medida em que as demandas surgem em seu cotidiano.
do Manual de Gestão de pessoas e Equipes. Dirige a MRG – Consultoria e Treinamento Empresarial, empresa especializada em gestão de pessoas, e ministra aulas em cursos de MBA, pós-graduação e mestrado em instituições como UFRJ (RJ), Universidade de Potiguá (RN), Faculdade Cambury (GO), UNA (MG) e Universidade Fernando Pessoa (Portugal).
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Sommelier Supere
Vinhos
Vinho e madeira Por Arilton Soares*
Quando for elaborar um prato, o uso de temperos na medida é essencial para dar vida e sabor à iguaria que estiver preparando. O excesso pode deixa o prato intragável e a falta, sem vida. Assim como o tempero na elaboração dos pratos, a madeira na produção do vinho não é muito diferente.
intensos de tostado e caramelo; sendo uma tostadura média, mostrará aromas mais delicados e, sendo um tostado mais leve, conservará o caráter mais frutado do vinho.
Historicamente foram usados vários tipos de madeira na fabricação de barricas para a produção de vinhos, entre elas acácia, castanheiro, eucalipto, cerejeira, entre outras, mas nenhuma foi e é perfeita como o carvalho, que forma o casamento quase que perfeito com o vinho. Existem centenas de tipos de carvalhos, mas três são os mais usadas na maturação dos vinhos: o Quercus Alba, simplesmente conhecido como carvalho americano e os chamados de carvalho francês, que são os Quercus sessiflora com granulação mais cerrada e o Quercus Robur com granulação mais larga, encontrado nas florestas do leste europeu, como na Eslovênia, além de uma variedade francesa. Os Estados Unidos produzem mais de 700 milhões de metros cúbicos, enquanto a França produz acima de 400 milhões de metros cúbicos.
Devemos lembrar que nem todo vinho tem estrutura para passar por madeira, vai depender do terroir, da uva e da safra. Esta avaliação é uma decisão do enólogo, ele é a pessoa que deve dizer se o vinho tem estrutura para passar em madeira e por quanto tempo. O vinho branco raramente estagia em barrica, algumas vezes são fermentados. O carvalho deve passar ao vinho fineza e complexidade, dando elegância, respeitando e valorizando as características frutadas naturais do vinho.
Temos barricas de carvalho americano e francês em todos os países que produzem vinhos, porém, o americano é mais utilizado nos países do novo mundo, Espanha e Portugal. A escolha correta da madeira tem uma importância grande no produto final do vinho. O enólogo trabalha já sabendo o estilo de vinho que vai produzir e a hora de ir à tanoaria (local onde se produz as barricas) para encomendar as barricas. Se a escolha for o carvalho americano, este vai transmitir ao vinho aromas de baunilha. Ele tem mais potência aromática e, por este motivo, o estágio nestas barricas é mais curto. Já o carvalho francês, sendo de grão largo, transmite ao vinho um pouco mais de taninos e aromas mais finos, além de ter uma micro-oxigenação mais lenta. Neste caso,o vinho pode estagiar por 18 meses ou mais. Definidos o tipo de carvalho e o tamanho das barricas, ainda falta o grau de Chauffe (o tostado da parte interna das barricas), que também tem influência nos aromas. Sendo uma tostadura mais alta, o vinho terá aromas mais
As barricas de carvalho são muito caras e levam alguns meses para doar seus aromas ao vinho. Alguns produtores levam a madeira até o vinho que está em barris de aço inoxidável, colocando o carvalho em forma de chips (lascas ou ripas) e sache (serragem de carvalho dentro de sacos). Esta prática ganha tempo, é mais econômica e pode esconder a falta de qualidade do vinho. Quando for tomar um vinho jovem amadeirado de preço baixo, a possibilidade de estar diante de um vinho chipado é grande. Esta prática tem muitos adeptos, mas uma coisa é certa: em nenhum grande vinho, a madeira vai até ele. TIM TIM ...
* Professor da ABS-Minas e Sommelier da PIZZARIA OLEGÁRIO: Av. Olegário Maciel, 1748 Lourdes - BH - MG - Tel.: 31 3292 4692 - ariltonsommelier@pizzariaolegario.com.br
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ommelier upere Indica Indica
Alma Negra – 2006
Chateau Noaillac – 2005 Tipo: Tinto País: França Região: Bordeaux ( Medoc) Produtor: Matetic Castas: Cabernet Sauvignon, Merlot e Petit Verdot Graduação Alcoólica: 13,5º GL
Tipo: Tinto País: Argentina Região: Mendoza Produtor: Tikal Castas: Malbec e Bonarda Graduação Alcoólica: 13,7º GL
Les Bateaux Rosé – 2007 Tipo: Tinto País: França Região: Languedoc Produtor: François Lurton Castas: Syrah Graduação Alcoólica: 12,5º GL
Novas Winemaker’s Selection – 2005 Domaine Conte Gran Reserva – 2005 Tipo: Tinto País: Chile Região: Rapel Produtor: Beringer Blass Castas: Cabernet Sauvignon e Merlot Graduação Alcoólica: 14,5º GL
Tipo: Tinto País: Chile Região: Valle Casablanca Produtor: Bodegas Emiliana Castas: Syrah Graduação Alcoólica: 14,5º GL
Envie suas sugestões para esta coluna. End.: Av. Prudente de Morais, 44 - 3º andar Cidade Jardim - CEP 30380-000 - BH - MG ou para o e-mail: supere@verobrasil.com.br
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Artigo
ini b m o T l h a Thiago St e Diego Berro A ARTE-CIÊNCIA
DO COACHING
O Coaching é uma arte-ciência, basicamente porque, além da parte artística, também é guiado pela parte científica. A parte artística é a parte individual de cada Coach (profissional do Coaching), aquela que é produzida com um misto de conhecimentos, habilidades e atitudes, dentre elas o poder da improvisação aplicado em perguntas e afirmações extremamente bem colocadas, que atingem o que chamamos de pontos de mutação, ou seja, o ponto onde a mudança ocorre.
empresas como bônus, para quem atinge uma determinada posição privilegiada na hierarquia da empresa. A questão é, se esta abordagem poderosa vem sendo utilizada com êxito e sucesso extraordinário nas organizações mais poderosas que servem de modelo para outras, o que podemos aprender com o Coaching?
A parte científica é derivada da utilização desta sabedoria por profissionais especializados, com práticas comprovadas em empresas no mundo inteiro, e principalmente por empresas poderosas que dominam o mercado mundial.
Como tudo na vida, o Coaching, em sua essência, é uma ferramenta simples, que possui técnicas simples. No entanto, requer um aprendizado específico para o sucesso em sua utilização.
De acordo com uma pesquisa divulgada pela Revista Fortune, entre as empresas que aplicam a metodologia do Coaching, 77% desenvolvem melhor relacionamento de trabalho com subordinados, 71% obtêm melhor relacionamento com chefe, 63% aumentam o nível de satisfação com o trabalho, 44% adquirem um aumento de comprometimento dos colaboradores para com a empresa, entre diversos outros benefícios comprovados.
O Coaching é apontado pelos maiores especialistas em gestão do mundo como uma das mais importantes ferramentas para o desenvolvimento de carreiras. Segundo a mesma pesquisa, 60% dos executivos de alto escalão das maiores organizações do mundo contam com um coach para auxiliá-los na gestão de seus negócios. O Coaching é apontado pelos maiores especialistas em gestão do mundo como uma das mais importantes ferramentas para o desenvolvimento de carreiras. A metodologia do Coaching chega a ser oferecida em algumas
O Coaching estabelece congruência e aprendizado sem limites porque trabalha com uma metodologia baseada em quatro pilares, que são: Foco, Ação, Resultado (Feedback) e Melhoria Contínua. O Foco é a capacidade de buscar o que se deseja com especificidade e nitidez. A maioria das pessoas sabe de forma específica ou generalizada o que não deseja e, portanto, encontram grande dificuldade em entender o porquê das coisas não se manifestarem em suas vidas. A Ação é a capacidade de somar esforço e dedicação para mover-se em direção ao que foi focado. A ação é a alma da conquista, é através dela que grandes feitos foram manifestados por grandes realizadores. Os grandes mestres na arte da realização sabem consciente ou inconscientemente trabalhar com os princípios do Coaching. O Resultado (feedback) é a capacidade consciente de influenciar a realidade.
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O Coaching é uma ferramenta imprescindível para pessoas e empresas que desejam expandir suas atuações sem limites Partimos do pressuposto de que a realidade não existe, portanto é contestável e pode ser criada e recriada, desde que se saiba o que se deseja com especificidade e nitidez. A prova real de que a realidade é contestável é que cada pessoa tem uma visão única e subjetiva das situações que lhe ocorrem. Uma pessoa pode enxergar uma mesma crise de maneira positiva e aproveitar a oportunidade para gerar novos negócios, enquanto outras se lamentam por estar passando por ela. A mesma coisa acontece quando o assunto é partido político, time de futebol, religião, relacionamento, empresa, universidade, idéias, crenças, valores, ideologias, etc. Todos vêem a
mesma coisa (fato), mas enxergam (tem uma percepção subjetiva) uma determinada experiência de uma perspectiva muito particular. Somente entendendo e compreendendo a real intenção do resultado (feedback), é possível destinar esforço e dedicação suficientes para transformar pensamento em realidade. A Melhoria Contínua é a capacidade de gerar abundância e prosperidade, é a análise incrementada de informações claras e precisas que fornecem opções e oportunidades de caráter único e abrangente. O Coaching é uma ferramenta imprescindível para pessoas e empresas que desejam expandir suas atuações sem limites. O Coaching é uma ferramenta que disponibiliza um conjunto de ações que agem e interagem na mecânica do processo de aprendizado e evolução contínua. O Coaching dinamiza seus resultados porque atua com uma perspectiva de ofertar soluções e viabilizar mudanças rápidas, efetivas e duradouras.
Thiago Stahl Tombini (Mr. Mind é fundador da TST Assessoria e Consultoria Ltda., Administrador, Hipnoterapeuta, Especialista em Linguagem e Comunicação Humana, Coach e criador da metodologia Coaching Transformacional®. Site: www.thiagotombini.com.br
Contatos: thiagotombini@thiagotombini. com
(049) 3322 0164 Diego Berro é palestrante e treinador em vendas, formação profissional de nível tecnológico em recursos humanos e graduação em gestão empresarial ambos pela EBAPE/ FGV – Escola Brasileira de Administração Pública e de empresas da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro, Master Practitioner em Programação Neurolinguística. Co-Autor do livro: “Os 30 + em Motivação no Brasil”. Site: www.diegoberro.com.br
Contatos: contato@diegoberro.com.br
(049) 8570 4154 (014) 9104 0522
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Seu corpo é 70% água. O planeta é 70% água. Nosso trabalho é lutar 100% pelos dois. Defender o meio ambiente. A Assembleia de Minas encara este desafio de frente, criando leis, promovendo debates, fóruns e conferências para discutir e resolver questões relacionadas à sobrevivência do planeta, especialmente no que diz respeito aos recursos hídricos. Um trabalho exemplar: as ações obtêm resultados concretos desde a década de 90, e as leis, pioneiras no país, serviram de modelo para o Brasil inteiro. Visite www.almg.gov.br e participe. É a sua vida que está em questão.
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SUPERE . ANO III . NÚMERO 21 . OUTUBRO/NOVEMBRO . 2009 . VERO BRASIL COMUNICAÇÃO
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