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Comportamento: Cansou das chamadas de vídeo?
CANSOU DAS CHAMADAS DE VÍDEO?
Reuniões de trabalho, aulas à distância, comemorações de aniversário ou outras ocasiões especiais. A pandemia colocou as chamadas de vídeo como algo muito presente no nosso dia a dia. Mas isso pode trazer um esgotamento mental que nunca tivemos antes, o chamado “Zoom fatigue” ou cansaço do Zoom. O aplicativo popularizou o “mosaico” com vários participantes na tela, por isso acabou dando nome a essa exaustão.
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“É muito frequente as pessoas relatarem sentir um cansaço e, sim, vem do excesso desse tipo de chamadas, mas também por tentar prestar atenção nas janelas de tantos participantes da videoconferência. Isso causa uma sobrecarga neurológica” alerta Katty Zúñiga, psicóloga integrante do JANUS- Laboratório de Estudos de Psicologia e Tecnologia da Informação e Comunicação da PUC-SP.
ALÉM DO CANSAÇO O volume desses compromissos online, por si só, já nos esgota. O uso excessivo desses recursos pode impactar a saúde mental e física. “Temos observado que, além desse cansaço generalizado que as pessoas vêm sentindo, também relatam ter dores de cabeça constantes; dores no corpo, ressecamento ou vermelhidão nos olhos, insônia, sonolência ao longo do dia, estresse, ansiedade, e ficam dispersos e desatentos”, detalha a psicóloga.
É importante respeitar como você está se sentindo quando alguém o chama para uma videoconferência. Se não estiver disponível, é importante dizer e, até mesmo, marcar um horário melhor para o contato. COMO EVITAR A “ZOOM FATIGUE”? “Várias coisas podem ajudar nisso. Primeiramente, seguir uma programação de tarefas é importante, pois às vezes é fácil pensar que pode realizar outras tarefas enquanto está em uma chamada de vídeo. Quando estiver em uma conversa, feche as outras abas da sua tela ou programas que possam distraí-lo”, indica a Zúñiga.
Fazer pausas entre uma e outra videoconferência é importante, mas em caso de chamadas mais longas, crie pausas, minimizando a sua tela, fechando os olhos por alguns segundos, olhar para outros lugares que não seja a tela.
Outra dica importante, de acordo com psicóloga, é combinar com os amigos para fecharem as câmeras por um tempo. “Reduzir os estímulos da tela também é importante. Alguns estudos mostram que, quando estamos em uma chamada de vídeo, tendemos a ficar olhando para o nosso próprio rosto, mas isso pode ser evitado ocultando a nossa própria janela”, ressalta.
As chamadas devem ser tão curtas quanto possível e normalmente não devem ultrapassar uma hora de duração. Além disso, se tiver mais de uma videoconferência por dia, se organize para que exista um intervalo entre elas de 20 a 30 minutos.