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Centro Médico: Setembro Amarelo

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SETEMBRO AMARELO:

DRA. MÁRCIA CAVALHEIRO BENTO - CREMESP 79638

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Setembro é conhecido mundialmente como o mês de prevenção do suicídio. Iniciado em 2015, o movimento Setembro Amarelo visa sensibilizar e conscientizar a população sobre a questão, que já foi um tabu muito maior na sociedade. Por preconceitos e falta de informação, o assunto ainda enfrenta grandes dificuldades na identificação de sinais e, principalmente, na oferta e busca por ajuda.

O suicídio não deve ser visto como uma decisão individual, de expressão do livre arbítrio. Muito menos se trata de um ato de “coragem” em relação a um sofrimento extremo. Quem perde a luta contra essa causa normalmente sofre de problemas mentais que altera a sua percepção da realidade. Vale lembrar que fazem parte do que habitualmente chamamos de comportamento suicida não somente as tentativas de tirar a própria vida, mas também os pensamentos e os planos.

Segundo a cartilha de prevenção ao suicídio da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e do Conselho Federal de Medicina (CFM), de cada 100 brasileiros, 17 já pensaram, ao menos uma vez, em tirar a própria vida. E para cada morte por essa causa, em média, 5 ou 6 pessoas próximas ao falecido sofrem consequências emocionais, sociais e econômicas.

“Quem toma esse tipo de atitude sempre está muito cheio de

FALAR É O MELHOR CAMINHO

sofrimento e acaba ficando cego por conta disso. Não enxergam nenhuma solução possível no momento. Então, o tratamento da doença mental é um dos pilares mais importantes de prevenção. Cerca de 90% dos casos poderiam ter sido evitados se a vítima tivesse recebido ajuda de qualquer pessoa, além de profissionais, pois após o tratamento o desejo de se matar diminui”, explica Karen Scavacini, psicoterapeuta fundadora do Instituto Vita Alere de Prevenção e Posvenção do Suicídio.

FALAR ABERTAMENTE É O MELHOR CAMINHO Não há uma “receita” para detectar seguramente quando uma pessoa está vivenciando uma crise suicida. A primeira coisa se atentar em relação a possíveis mudanças de comportamento. “Pergunte com todas as letras se você, de repente, suspeitar da intenção de algum amigo ou familiar. Mas pergunte querendo ouvir, porque no geral o indivíduo acaba desabafando. Questione sobre o plano, os motivos, as consequências, esteja com tempo. Isso pode ser de uma ajuda extrema. O grande diferencial é mostrar que você se importa”, orienta Scavacini. Outra maneira de auxiliar é incentivar a pessoa a procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde, de saúde mental, de emergência ou apoio em algum serviço público. “Ofereça-se para acompanhá-la a um atendimento. É importante oferecer também o apoio psicológico, psiquiátrico e instituições confiáveis para o tratamento”, complementa a psicoterapeuta.

A IMPORTÂNCIA DA PSICOTERAPIA A presença do profissional de psicoterapia para a prevenção do suicídio acaba sendo fundamental pelo fato dele poder identificar com mais facilidades fatores relacionados ao problema. Um especialista consegue diagnosticar vulnerabilidades específicas e oferece todo o suporte necessário em relação a questões voltadas à saúde mental, especialmente em tempos como os de hoje.

ONDE BUSCAR AJUDA PARA PREVENIR O SUICÍDIO? • CAPS - Centro de Atenção Psicossocial • Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, postos e centros de saúde). • UPA - Unidade de Pronto Atendimento • SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA (CVV) O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e voip 24

horas, todos os dias. As ligações para o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, são gratuitas a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular.

Também é possível acessar www.cvv.org.br para chat, Skype, e-mail e mais informações.

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