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PANMELA CASTRO
TER UM CORPO FEMININO MUDA TUDO A consciência do próprio corpo, de sua presença no mundo e do que ele representa é o primeiro passo para uma existência afirmativa e com significado. A vida e o trabalho de Panmela Castro são prova disso. Quando a artista carioca começou a se aventurar no pixo e no graffiti, o peso de transitar num ambiente fortemente masculino se impôs. Na tentativa de se encaixar, Panmela se masculinizou, mas não demorou até que ela percebesse a importância de se posicionar como mulher. Primeiro com a tag Anarkia, depois com seu nome de batismo, construiu uma obra marcada sobretudo pela presença do corpo feminino e pela discussão das relações de poder entre os gêneros. Com os anos, o trabalho se expandiu para uma plataforma de mobilização feminina, a Rede Nami, que promove projetos como o AfroGrafiteiras, dedicado a empoderar jovens negras, e o Grafite Pelo Fim da Violência Doméstica, para mulheres que, como ela própria, foram vítimas de violência. Formada na rua e na Faculdade de Belas Artes no Rio (com mestrado na UERJ), Panmela é uma artista de renome internacional, capaz de articulação rara sobre seu trabalho, e uma líder capaz como poucas de fazer a diferença onde ela é mais necessária.
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