Panmela castro - Nike

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PANMELA CASTRO

TER UM CORPO FEMININO MUDA TUDO A consciência do próprio corpo, de sua presença no mundo e do que ele representa é o primeiro passo para uma existência afirmativa e com significado. A vida e o trabalho de Panmela Castro são prova disso. Quando a artista carioca começou a se aventurar no pixo e no graffiti, o peso de transitar num ambiente fortemente masculino se impôs. Na tentativa de se encaixar, Panmela se masculinizou, mas não demorou até que ela percebesse a importância de se posicionar como mulher. Primeiro com a tag Anarkia, depois com seu nome de batismo, construiu uma obra marcada sobretudo pela presença do corpo feminino e pela discussão das relações de poder entre os gêneros. Com os anos, o trabalho se expandiu para uma plataforma de mobilização feminina, a Rede Nami, que promove projetos como o AfroGrafiteiras, dedicado a empoderar jovens negras, e o Grafite Pelo Fim da Violência Doméstica, para mulheres que, como ela própria, foram vítimas de violência. Formada na rua e na Faculdade de Belas Artes no Rio (com mestrado na UERJ), Panmela é uma artista de renome internacional, capaz de articulação rara sobre seu trabalho, e uma líder capaz como poucas de fazer a diferença onde ela é mais necessária.

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IDENTIDADE COMPREENDER O INTERIOR EXIGE PRIMEIRO ENXERGAR O EXTERIOR “Apesar de ser negra, eu fui criada como uma criança branca. Uma vez fui ao bebedouro da escola e uma menina falou q eu não poderia beber ali pq eu era negra. Aquilo me fez questionar quem eu era." “O tratamento das pessoas em relação a mim era diferente, mas eu nunca consegui relacionar isso ao meu tom de pele. Eu só fui ter noção do espaço da minha vida com 30 anos de idade.” “Eu achava que era uma coisa pessoal minha, era o meu jeito. Eu não me identificava como negra e nunca imaginava que as pessoas me tratavam diferente por isso.”

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ARTE DE RUA E AFIRMAÇÃO TEM QUE SER MUITO MULHER PARA SE GARANTIR “Eu posso ser a maior artista de todos os tempos do graffiti no mundo, mas nunca vou deixar de sofrer preconceito, porque tenho um corpo feminino. E esse corpo feminino faz com que o homem espere coisas de você – um certo jeito de agir, de pensar, de existir.” “Quando eu pixava, tive que me masculinizar muito para poder ser aceita. Na época não tinha meninas pixadoras, e os garotos não aceitavam. Então eu tinha que falar como eles, tinha que me vestir como eles.” “Eu sempre achava que era uma questão pessoal minha: ah, eu não fui aceita, eles não gostam de mim. Mas na verdade era porque eu era mulher. Então eu achei que tinha que enfrentar isso mesmo, e passei a colocar as questões do feminismo no graffiti.” “Percebi que o que mais interessava não era o graffiti na parede em si, mas justamente ter um corpo feminino e estar nesse espaço considerado masculino. Comecei a usar vestido, botar flor no cabelo, maquiagem para ir grafitar. Quando eu criei essa consciência, minha relação com os homens mudou.”

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A MISSÃO “Eu acredito nas pessoas, meu trabalho sempre foi acreditar nas pessoas. Eu trabalho pela mudança.”

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REVOLUÇÃO CONSCIENTIZAR, REUNIR, RESISTIR, TRANSFORMAR “A gente está passando por uma agora, hoje em dia todo mundo quer ser feminista. A mulherada está botando a boca no trombone e enfrentando essa onda de fundamentalismo.” “As mulheres estão disseminando a cultura feminista, uma compreensão sobre a própria situação, mesmo as que não fazem parte de nenhum movimento. Estamos muito mais unidas, muito mais conscientes. Isso traz esperança.”

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SÃO PAULO UMA DAS MECAS MUNDIAIS DO GRAFFITI, A CIDADE TAMBÉM DEIXOU SUA MARCA NO TRABALHO DE PANMELA “É a capital do graffiti brasileiro e é uma das cidades mais importantes para o cenário do graffiti no mundo. Sempre vai ter uma influência enorme em artistas como eu.” “Eu gosto muito de galerias como a Nara Roesler e a Luisa Strina, mas minha principal conexão na cidade é com São Mateus, por causa do Grupo Opni. O bairro e os meninos fazem parte da minha história a vida inteira. Eu sempre fico hospedada na quebrada. Eles fizeram um museu a céu aberto lá, eu copiei e fiz no Rio também.”

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O LADO BOM: DÁ PRA USAR COM QUALQUER ROUPA. O LADO RUIM: NÃO DÁ PRA TER SÓ UM PAR “Eu só uso tênis. Nos últimos meses eu até comprei umas sandálias para o verão, mas eu estou muito mal­acostumada. Só ando de tênis!” “Já ganhei vários prêmios internacionais – encontrei com Hillary Clinton, Jessica Alba. E vou lá, com meu terninho e meu Nike no pé.” “O modelo que eu mais gosto é o Air Max. Sou uma pessoa obsessiva, começo coleções. Minha onda é ter um de cada. Sou acumuladora!” “O meu primeiro trabalho internacional com cachê que eu fiz foi no Canadá. Naquela época eu era muito pobre. A primeira coisa que eu fiz quando recebi o cachê foi entrar numa loja e comprar um Nike.”

PANMELA CASTRO APROVEITOU O DIA PARA CURTIR A IR PARA A PÁGINA DE SÃO PAULO

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