EDITORA PANROTAS ANO 1 - N®I 27 de outubro de 1992
PANROTAS
Periodicidade semanal
DIRIGIDO À INDÚSTRIA TURÍSTICA BRASILEIRA LEGISLAÇÃO turística
CONGRESSO ENGAVETA PROJETOS O turismo é, certamente, um dos assuntos menos
do Jornal Panrotas, uma
cotados entre senadores e
publicação semanal, diferente do que existe no mercado, a começar peloformato. Mas a
deputados federais. Na prática, os projetos de lei sobre turismo tramitam lenta e tortuosamente nas comissões.
Págs. 4 e 5
3
N® de empresas - 900 Faturamento - US$ 600 milhões
Impostos - US$ 125 milhões
Empregos diretc» - 15 mil
48%
Montadoras na
Composição das Frotas
não executados durante sua
8
7
17%
A locura do trânsito em geral e a deseducação, em particular, de
Uma análise do mercado de
turismo no atual quadro recessivo e a associação agência/bancos, são dois assuntos
motoristas de ônibus de turismo,
destacados no Painel Econômico.
no Rio de Janeiro.
são algumas das queixas dos promotores do receptivo
técnicas e detalhes valiosos.
semanais.
Com circulação dirigida ã
segmentos a ela ligados, o jornal buscará uma nova visão para a temática turística dando ao empresário uma
FIAT
GENERAL MOTORS
CLASSinCAÇÃO
ECONOMIA
numa linguagem leve, sem deixar de lado considerações
indústria turística brasileira e
administração. 28%
C ie
VOLKSWAGEN
ajudá-lo com sugestões e indicações.
marketing e a política do turismo integrarão as edições
relato de seu trabalho á frente da
Embratur. O dirigente fala dos aspectos positivos e dos projetos
identificarão com o dia-a-dia do empresário, buscando
Assuntos de economia,
Empregos indiretos - 45 mil
Ronaldo do Monte Rosa faz um
abordados. Eles se
subsídios necessários. Tudo
Frotas - 60 mil veículos Usuários - 2 milhões
BALANÇO
ALEMENTAÇAO Na escolha da destinação turística, a alimentação é fundamental para um número pequeno de turistas. 36% dos alemães viajam motivados pela comida.
sua grande diferença reside nos temas que serão
Artigos e comentários escritos por especialistas darão os
A LOCAÇÃO DE VEÍCULOS
2
Um jornal voltado para o empresário. Esse é o objetivo
5%
2%
tribuna onde ele possa expor idéias e debater proposta que continuam sendo um desafio.
FORD
IMPORTADOS
O Editor
enribarcriie
Toara v i a g e n s
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Não saia de casa sem ele.'
Página 2 JORNAL PANROTAS
Terça-feira, 27 de Outubro de 1992
COMENTÁRIO
A alimentação nas viagens
Dorís V. d. M. Ruschmann
Na definição do produto turístico ve rificamos que ele é constituído das atrações, das facilidades e dos aces sos de luna localidade ou região tu rística e que a alimentação do turista situa-se c(xno integrante das facilida des e, algumas vezes, também das atrações.
Na condição de.facilidades, viabiliza turisticamente um local ou região, provendo o atendimento de uma ne cessidade básica dos indivíduos — a
de alimentar-se. Como atrações, cita mos os restaurantes típicos que, de acordo com a
sua autenticidade e
característica
cultural
da
— a compatibilidade no relaciona mento do sabor com as propriedades
comida
baiana, do churrasco gaúcho, da co mida mineira e, evidentemente, da
nutritivas necessárias ao turista du
clássica feijoada brasileira. Algumas comidas típicas regionais possuem, além da característica dos ingredientes específicos, verdadeiros "rituais" de elaboração. Neste caso. caracteriza-se como exemplo o barreado — a comida típica do litoral paranaense, onde a carne é cozida em fogão de lenha durante 24 horas em uma panela de barro, cuja tampa se
rante a sua viagem; — a diversificação nas formas de preparar a comida, oferecendo uma variedade de opções ao turista — desde a
comida internacional até a
alimentação trivial, passando pela tí pica e pelas refeições rápidas; — a higiene, caracterizada pela lim peza dos materiais, dos equipamentos e das instalações.
lacra ccm barro ou uma massa de fa
qualidade da comida, apesar de difi
rinha de mandioca. Quando pronta, o
Problemas — Apesar dos dados fa
cilmente gerarem os fluxos turísticos,
momento de abrir a panela é acompa
voráveis. o setor de alimentos e bebi
são locais de visita obrigatória dos
nhado do hasteamento da bandeira nacional, ào canto do hino da cidade
das para o turismo apresenta inúme ros problemas (Rassi, 1986). dos quais destacamos os seguintes: — A grande concentração de restau rantes numa superfície restrita. Os núcleos turísticos geralmente têm um ponto central, no qual se concen tram todos os tipos de serviços, in clusive os de alimentação, o que pro voca o acúmulo espacial de estabele
tuhstas, transformando a necessidade
de alimentar-se numa experiência muitas vezes inesquecível. Além disso, a alimentação oferecida aos turistas, seja ela da cozinha inter nacional, típica nacional ou regional, reflete a identidade cultural de um
povo, retratando as suas origens, sua evolução e modos de vida. No Brasil — que apresenta uma va riedade de comidas típicas extraordi nária — ressaltamos, entre outras, a
(Antonina) e de tiros de rojão para, só então, dar-se início à refeição.
Diversidade — Apesar da importân cia de se considerarem os aspectos tí picos e de se manter o clima de ma gia da viagem turística, o setor de ali mentos
em
localidades
turísticas
deve, fundamentalmente, considerar
os seguintes aspectos relacionados
cimentos e, muitas vezes, um excesso de oferta.
com o bem-estar do turista:
— Falta de mão-de-obra qualificada:
Aliada à falta de qualificações em presariais da maioria dos empresá rios, que se reflete na gestão do esta belecimento e na qualidade da produ ção dos alimentos, os recursos huma nos, em todos os níveis, apresentamse sem o preparo técnico específico.
Os salários, que acompanham a baixa qualificação profissional, desagra dam aos funcionários que, buscando melhor remuneração em outros res taurantes, elevam a rotatividade; pre
judicando os empreendimentos isola damente e o setor como um todo.
Influência — Na escolha da destina-
ção turística, a alimentação não se apresenta como fundamental na op ção por um lugar, em detrimento de outro, senão para um número muito pequeno de turistas.
Uma pesquisa desenvolvida na Ingla terra (Marris, 1986), revelou que a alimentação como motivação de via gem se apresenta da seguinte forma:
— 9% dos turistas ingleses entrevis tados que permaneceram na Inglater ra nas suas férias (turismo domésti
I
localidade a visitar.
ções.
— Nas suas viagens para a Inglater ra, o item **boa comida" aparece assi nalado em 35® lugar, numa lista de 40 motivos para visitar aquele país. Este estudo demonstra que, para os alemães, a alimentação numa viagem turística é importante, para os ingle ses não chega a influenciar a decisão por uma destinação turística e o mes mo ocorre ccan os turistas suíços.
.-'í
— 50% na Espanha — (Alojamaito —29,7% e Transfwrte - 7,0%) — 47% na Itáüa — (Aloj. = 27,8% e Transp. = 9,5%) — 44,3% na Grécia — (Aloj. = 35% e Transp. = 8,3%) — 41% na França — (Aloj. = 33,0% e Transp. = 10.0%) — 30,2% na Iugoslávia — (Aloj. = 48,0% e Transp. = 13,1%)
sitaram.
mida servida no Exterior.
prioridade, ela aparece em 6° lugar, depois do desejo de descansar, sair do cotidiano, recuperar energias, poupar energias e de conviver com a natureza. Além disso, a questão per mitia respostas múltiplas, fato este que eleva o percentual das indica
V-
apresenta-se como segue:
— 7% dos ingleses que viajaram para o Exterior o fizeram motivados pela "boa comida" das localidades que vi — 3% dos suíços entrevistados, que não visitaram a Inglaterra nas suas férias, alegaram não gostar da comi da inglesa. — 36% dos alemães viajam motiva dos pela comida, porém, na ordem de
; ;;
turista americano nas suas férias, 35
cents correspondem ao transporte; 22 cents à alimentação e 19 cents ao alo jamento; os entretenimentos e a re creação consomem 12 cents e o mes mo valor (12 cents) é direcionado para despesas ocasionais. Na Europa (Wahab, 1977.p.l04), o gasto dos turistas de classe média no item alimentação durante a viagem
Estes dados, além de outras interpre tações, demonstram que nas viagens turísticas a alimentação consome uma parcela significativa do dinheiro dispom'vel e, mesmo assim, influi muito pouco quando da opção pela
co), o fizeram devido a receios da co
O BRASIL PODE GANHAR UM MONTE DE DINHEIRO COM TURISMO.
mida" (8® lugar), segue-se em 9® lu gar o item "bons hotéis", dando a en tender que comer e morar não são fundamentais no seu processo de de cisão por uma viagem. Quanto ao dinheiro gasto na alimen tação durante as viagens turísticas, uma pesquisa realizada nos EUA (Mc. Intosh & Goeldner, 1986.p.l6) revelou que: de cada dólar gasto pelo
Entretanto, considerando que o turis ta necessita alimentar-se pelo menos duas vezes ao dia, além do café da
manhã, geralmente consumido no ho tel, estas duas visitas realizadas a res
taurantes durante um dia de perma
nência. são muito importantes para a imagem do lugar. Conclusão — Transformar a necessi dade de alimentar-se durante a via
gem turística em uma atividade agra dável marcada pelo sabor, aparência, autenticidade e muitas vezes pela ex centricidade da ccRnida; além do am
biente acolhedor proporcionado pelas características do restaurante e pela integração sócio-cultural, constitui o desafio de qualquer empresário vol tado para a alimentação dos turistas. Consegui-lo nem sempre é fácil devi do à heterogeneidade da demanda que faz com que um estabelecimento deva agradar pessoas de todas as na
ções, com gostos e hábitos alimentares altamente diversificados. tal no processo de decisão, a alimen Entretanto, o "leitão de 21 dias" da tação, de acordo ccan o mercado vi sado. tem uma força considerável, Maison Cândido, em Segóvia (Espa devendo-se ressaltar que esta motiva-^ nha), as cantinas italianas do bairro ção. de acordo can a pesquisa, apre- do Bixiga em S. Paulo e do vinho de Sta. Felicidade em Curitiba (Paraná), senta-se diferenciada nas diversas na Porém, mesmo não sendo fundamen
as tendas de camarão ao bafo na La
cionalidades.
O turismo é a maior indústria de serviços do mundo. Movimenta 3 trilhões de dólares por ano e gera 1 em cada 15 empregos. Com nossa cultura e nossas belezas naturais, o Brasil
pode facilmente atingir a meta de dobrar suas receitas cambiais para 3 bilhões de dólares porano. São rios de dinheiro para reativar nossa economia e gerar novos empregos.
TURISMO. BOM NEGÓCIO PARA VOCÊ. BOM NEGÓCIO PARA OBRASIL. PRESIDÊNCIAOA REPÚBLICA SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO REGIOMAL
EMBRATUR INSTITUTO BRASILEIRO DE TURtSMO
I
No Brasil, um estudo que desenvol vemos (Ruschmann, 1988) junto aos clientes de agências de viagem de S. Paulo, o item "boa comida" foi apon tado por 14.4% dos entrevistados como fator influenciador na decisão
por uma destinação turística, apare cendo em 8° lugar na ordem de prio ridade, depois da: oportunidade de la zer e recreação — 45,7%; paisagem — 43,3%; descanso — 43,3%; clima
— 28,8%; bons preços — 18,0%; co nhecer novos povos/costumes — 18,0% e compras — 15,6%. (A ques tão permitia respostas múltiplas). Na ordem de prioridade para os turis tas entrevistados, depois da "boa co
1
Governo doBrasS
goa da Conceição em Florianópolis, afora outras tantas no Brasil e no Ex
terior, demonstram que esta não é uma tarefa impossível, através da qual muitos empresários de visão já auferiram lucros consideráveis en cantando os turistas com ccmidas e bebidas típicas.
O que demonstra, mais uma vez, que o atendimento ao turista e a qualida de do serviço prestado são funda mentais para a imagem e o conse qüente sucesso de um produto turísti co. •
Doris V. d. M. RuscbmaoD é bacharel em Turismo.
MUDAR SEMPRE Por milhares de anos, os homens fazem mudanças das coisas; das cores, das ações, dos gestos, das roupas, dos ahmentos etc.
A Rextur quer cumprimentar o Panrotas por mais esta mudança de comunicação ao trade turístico,
que, assim como ela. muda seu cash, amplia seu número de telefones, se une ao Credicard em prêmios aos agentes, freta aviões para os E.U.A., treina seus funcionários e tantas outras coisas.
Só não mudamos nossa filosofia de fidelidade a você agente de viagens. RcXlUR Turiunto 258*5677
258*2100
258*2977
258®5677
Terça-feira, 27 de Outubro de 1992
Página 3 JORNAL PANROTAS
ENTREVISTA EMBRATUR
Balanço é favorável a Monte Rosa Após dois anos e meio de uma gestão elogiada pela maioria dos setores li gados ao turismo, o presidente da
te, e foram tomadas medidas para au mentar a concorrência entre empresas aéreas, o que reduziu o preço das pas
Embratur, Ronaldo do Monte Rosa, esp>era no cargo seu sucessor. Acre
sagens.
ditando transmitir o instituto em con
dições melhores do que recebeu, Monte Rosa se sente responsável pela elevação do staius do turismo, que será tratado no governo do presidente interino Itamar Franco pelo Ministé
Ainda está entre suas realizações a re cuperação do Fugetur (Fundo Geral do Turismo), "que estava totalmente quebrado quando fui empossado", lembra Monte Rosa. Atualmente, o fundo já conta com Cr$ 150 bilhões,
acumulados com a cobrança de dívi
muito superiores aos que estão desti nados hoje à Embratur. Ele relata que a Organização Mundial do Turismo aconselha que pelo menos 2% do di nheiro arrecadado com o turismo in
ternacional seja destinado à promo ção da imagem do País no Exterior.
No Brasil, porém, não chegam a ser aplicados mais de US$ 5 milhões oriundos do Tesouro Nacional.
Uma das maiores decepções do pre
cretário Luís Fernando Wellisch (da Fazenda Nacional) bombardeou a idéia porque entendia que a reforma devia reduzir o número de impostos". De seu sucessor, que terá dois terços do orçamento para gastar. Monte Rosa espera experiência na área. Se gundo ele, é importante que seja es colhido um técnico e não um político, porque "o cargo não é político". Para
rio da Indústria, Comércio e Turismo.
das e com investimentos do dinheiro
sidente da Embratur foi não ter con
Mas adianta que serão necessários no
disponível. Nesse momento, o Fuge
ele, o perfil do novo presidente da Embratur deve ainda ter traços que
mínimo dez anos de investimentos
para que o turismo alcance condições
tur só depende da aprovação do Sena do para voltar a ser aplicado em pro
seguido incutir na equipe econômica do governo Collor a necessidade da
tria turútica nacional. "A receita é
satisfatórias.
jetos de turismo.
Pouco dinheiro — Monte Rosa con
Cara nova — Monte Rosa lamenta
ta que, quando assumiu a pasta em
que o resgate da imagem do Brasil no
abril de 1990, encontrou o cofre da
Exterior necessite de investimentos
Embratur vazio. No ano seguinte, a situação pouco melhorou, porque o
criação dessas duas fontes de receita.
"Durante a elaboração da reforma tri butária encaminhada ao Congresso, CoUor me deu espaço numa reunião para defender o projeto, mas o ex-se
mostrem compromissos com a indús
não ficar reinventando a roda. É ne cessário seguir um plano", aconselha Monte Rosa, confessando-se frustra
do por não ter concluído a implanta ção do seu projeto. •
Ronaldo do Monte Rosa
orçamento foi elaborado com base no do anterior. Somente em 1992, a Em bratur obteve mais recursos.
Com isso, seu caixa anual aumentou
de US$ 6 milhões para US$ 22 mi lhões, o melhor da história da Embra
tur. Mas o contingenciamento dos re cursos orçamentários feito pelo go verno tomou o dinheiro indispomVel. A instituição somente pode usar 55% dos recursos previstos para o setor e as perspectivas para 1993 são ainda
NONSTOP!
piores: a receita do turismo volta a fi car na casa dos US$ 5 milhões, "en
quanto deveria ser, no mínimo, o do bro", critica Monte Rosa. Vitórias — Monte Rosa ressalta a
mensuração do impacto do turismo na economia do País como uma de
suas maiores conquistas. Num traba lho conjunto com a Organização Mundial do Turismo, foram defínidos
os parâmetros para análise e planeja mento do setor. Agora é possível sa ber, por exemplo, quanto empregos são gerados com um volume determi nado de investimento. Os melhores,
fhitos desse trabalho foram a equipa ração do turismo à indústria e a insta lação da Câmara Setorial do Turismo.
"Foi a realização mais importante no sentido do entendimento do setor de
turismo com outras áreas da econo
mia", orgulha-se. Na avaliação do presidente da Em bratur, outro grande avanço de sua gestão foi o fortalecimento do ecoturismo. Apostando na ecologia como uma área na qual o Brasil poderá su plantar seus
concorrentes,
Monte
Rosa elaborou um projeto sobre o as sunto com a colaboração do Ibama. "Na área ecológica, passamos de vi lão para um dos países mais avança dos no tratamento da questão ambien tar", diz. Recursos externos — Na área inter
nacional, a recuperação da imagem da Embratur no Exterior deu oportu nidade para a instituição fumar um contrato com a Comunidade Econô
mica Européia. O documento prevê inversões de US$ 700 mil no turismo
São Paulo-Miami
brasileiro. De acordo com o contrato, esses recursos serão destinados basi
camente a pesquisas para saber o que os turistas estrangeiros desejam do País e orientar o empresariado nacio nal.
Para o marketing do Brasil no Exte rior, a Embratur reservou dois gran des pacotes. Foi realizado um megaevento em Buenos Aires com a parti cipação da apresentadora Xuxa e de outros oito artistas brasileiros para promover o Nordeste. O investimento de US$ 1,2 milhão de dólares deve render US$ 60 milhões, de acordo
com as expectativas de Monte Rosa. O outro foi uma turnê de Milton Nas
cimento em 25 cidades americanas,
durantes os quais serão distribuídos panfletos e mostradas imagens do
São PauloLosAngeles
E de Miami para mais de 290 cidades
E de Los Angeles a companhia norte-americana
em todo o mundo.
número um no Pacífico oferece as melhores conexões
para 14 cidades em 10 países do Oriente. A United não pára mesmo. Por isso seus clientes já podem voar de São Paulo para Miami ou Los Angeles, nonstop, a bordo de confortáveis jatos 767 e 747. Além de voar, também nonstop, do Rio de Janeiro para Miami ou Nova York.
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Brasil em telões.
A desregulamentação da aviação civil ainda participou da lista de prioridade da gestão Monte Rosa. Foram libera dos os vôos charters, responsáveis pelo turismo do Cone Sul tio Nordes
Voamus com
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Terça-feira, 27 de Outubrode 1992
Página 4 JORNAL PANROTAS
CAPA LEGISLAÇÃO TURÍSTICA
Confusão reflete descaso do Congresso Felipe Patury
micos, um dos quais sobre turis
O turismo é, certamente, um dos
Na prática, os projetos de lei so
Os funcionários do Congresso
ou se nunca aconteceu.
assuntos menos cotados entre se
bre turismo tramitam lenta e tor tuosamente nas comissões. Raros
justificam que a pequena quanti dade de projetos referentes ao tu
Seis projetos. A situação é ainda pior no Senado. Apesar de os
são os que chegam a ser votados e entram em vigor. O exemplo mais flagrante é a proposta do se
rismo faz com que o setor seja quase um mistério. Na Câmara, o Regimento Interno, elaborado após a Constituição de 1988. re meteu o assunto para a Comissão
funcionários
nadores e deputados federais. A desatenção sequer é escondida e aparece até na estnitura de fun cionamento do Congresso. Para
comprovar o desleixo, basta pro curar as comissões da Câmara e
do Senado que analisam os proje tos de mudança na legislação do setor. Apesar da multiplicidade de assuntos tratados por essas co
nador Nelson Carneiro (PMDBRJ) de incluir na CLT (Consoli dação das Leis do Trabalho) a
Confederação Nacional dos Tra balhadores em Turismo e Hospi talidade, que está sendo analisada
missões — na Câmara há 13 com
desde 1983. Hoje, quando o pro
quase todos os nomes de ministé rios e secretarias de governo —, é uma tarefa difícil encontrar os
jeto está na fase final da tramita ção, o Ministério do Trabalho desconfia de que o artigo da CLT
responsáveis pelo turismo.
não está mais em vigor.
de Economia, Indústria e Comér
cio. Mas, até hoje, nem os pró prios funcionários da comissão sabem que o órgão é responsável pelo turismo. Já os da Comissão de Educação, à qual a atividade
da
Comissões
de
Educação garantirem que são res ponsáveis pelo turismo, a Secre taria do Departamento de Comis são afirma que o setor não está li gado a nenhuma comissão direta mente. A confusão se reflete nos
Dessas seis propostas, apenas me tade trata de questões econômicas relativas ao setor. Uma delas per mitirá a abertura de hotéis-cassi-
nos. A outra poderá instituir seguro-obrigatório. Por último, um projeto de lei regulamenta a ex ploração turística do Pantanal
números. Atualmente, apenas seis
Mato-Grossense. Outras três dis
projetos relativos ao turismo tra
ciplinam a profissão de guia turís
mitam em cinco das seis comissõ
tico. A aprovação do acordo de incentivo ao turismo firmado pelo presidente Fernando Collor com a Itália, uma iniciativa do governo, também depende do Senado.
es da Casa. O número é ainda me
se dividem entre os que não sa
nor quando comparado aos 220 projetos que estão sob a análise
bem se isso faz parte do passado
da Comissão de Assuntos Econô
estava vinculada anteriormente,
mo.
Ao mesmo
tempo, os próprios
secretários das comissões admi
tem que a transmissão dos proje tos do setor dependem quase que exclusivamente do entendimento
AMAGIA DO CARIBE MEXICANO
do Secretário Geral da Mesa do
Senado. É ele quem, na prática, distribui os projetos de lei na Câ mara, pois o presidente do Sena do, responsável pela tarefa, na maioria das vezes apenas assina o encaminhamento pelo secretário. Na avaliação do chefe das Comis
Cancun, localizada na península de Yucatan, no ÍVléxico, em pleno Caribe, é um convite dos deuses
à magia e ao lazer. Em suas proximidades estão os principais vestígios de 2.500 anos de cultura maia, em cidades como Chichen-ltza, Tulum e Coba.
sões
Quem chega à ilha tem a impressão de estar
Permanentes
do
Senado,
Francisco Ribeiro, pelo regimen
no paraíso. Águas cristalinas de azul turquesa;
to, o turismo está incluído entre "outros assuntos correlatos", ex
ilhas, famosas como Cozumel e Mujeres e uma rede hoteleira de primeira linha.
pressão do manual que permite encampar qualquer tema em qual
Agitação e diversão é o que não faltam em Cancun: suas atividades vão desde esportes
quer comissão. Em menor grau, a mesma situação se repete na Câ mara. Embora o setor esteja liga
aquáticos, como mergulho, vela, jet ski, até discotecas, sem falar dos elegantes shoppings e restaurantes internacionais.
do à Comissão de Economia, os
Ofereça ao seu cliente a magia de Cancun.
projetos também são analisados em comissões que tratam de as suntos correlatos, como a de Via-
ção. Transportes,
Desenvolvi
mento Urbano e Interior. De acordo com um levantamento
dos funcionários do Congresso,
de um total de 27 projetos de lei. 12 criam mudanças econômicas para o setor. Também estão na lista quatro projetos que permi tem a reabertura de hotéis-cassinos e cinco autorizam a explora
ção turísticado Pantanal, do meio ambiente, de praias e cavernas.
Há ainda quatro projetos que in cluem o turismo em leis de desen volvimento urbano, um sobre a
elevação de um distrito de Per nambuco à categoria de estância hidromineral e um sobre guias de turismo.
Hotéis-cassinos. A proposta que
ganhou mais repercussão foi a au torização para a reabertura dos
-f.'
hotéis-cassinos. O OPERADORAS
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(011) 258-2211
(011) 231-1899
assunto e as
proposições similares em pauta foram analisadas pela Subcomis são de Jogos, criada no âmbito da Comissão de Constituição e Justi
ça. Com a participação de 11 de putados.
^
o Panrotas Editora Ltda
&
Ano 1 - N2 1
PANROTAS
27 de outubro de 1992 Periodic idade semana]
DIEGO: PIONEIRO E INOVADOR Ele desvendou o Brasil pela literatura As atividades sociais, políticas, econômicas, sejam quais forem, sempre têm seus caminhos abertos por pioneiros e desbravadores - pessoas de rara sensibilidade e perspectiva abrangente, capazes de perceber antecipadamente a marcha do tempo. No turismo brasileiro não •—— foi diferente. E ninguém abriu tantos caminhos e norteou
tendências como Diego Suarez ^
Marruecos, da Oremar,
responsável por uma obra empresarial única no país, sinalizadora de conceitos e
medidas tanto no campo econômico quanto no social. Apenas para situar a importância deste empresário no setor turístico do Brasil, basta dizer que criou e desenvolveu, aqui, o conceito de agente geral de companhias aéreas, de cruzeiros marítimos, da volta ao mundo com trechos fracionados (este no âmbito mundial), e, entre vários outros, a venda massificada de leasing de veículos e publicação de anúncios nos rodapés das então seções consulares dos jornais além do uso seqüencial de várias páginas de aniíncio nos suplementos de turismo.
COINCIDÊNCIAS - Diego Marruecos está claro, portanto, é um pioneiro e inovador, marcado pela eficiência, extremas preocupações sociais e, sobretudo, realizações de impacto. No entanto, afirma que tudo não passou de "sorte e coincidências". Suas referências
culturais e políticas deviam encaminhá-lo para outros campos. Esteve prestes a trabalhar na companhia Cinematográfica Vera Cruz chegou a falar com Franco Zampari, diretor do estúdio, mas a empresa já entrava em seu processo de debilidade financeira e ele não conseguiu o emprego, sendo obrigado a buscar novos rumos, para garantir a própria
literalmente, tinham "de se virar", como diz Diego, para seguir viagem. A Oremar sentiu que podia fazer o transbordo destas pessoas. O empresário foi á Europa, conseguiu a representação das pequenas companhias marítimas do
iniciaram uma conversação. Isso
empresa francesa. Já conhecido nas agências de viagens, ampliou
concepção que se estabelecia a partir dos próximos passos da Oremar, de influência decisiva em um mercado ainda incipiente. Até então, a Oceânia apenas transportava passageiros de 3* classe. Diego foi a Paris e fez acordos para vender também a 1® e a 2- classes, abrindo para as
atraiu o interesse do chefe do
seu trabalho de incentivador de
agências de São Paulo um leque
Departamento do Pessoal, que lhe deu o emprego."Foi com certeza porque falei com o dono", assegura Diego, ao lembrar o que considera a primeira coincidência no Brasil. Aqui chegara em 1952 e conseguira trabalho com um judeu que vendia cerâmica artística na Barra da Tijuca, no Rio. Era um local frcqiieniado por gente de certa cultura e um dia ele começou a falar de literatura com um homem que,
vendas de produtos marítimos e acabou assumindo a Oceânia, cujo dono se metera enrmaus negócios e teve de passar o controle da empresa. "Assumi e mudei o nome, criando a Oremar", lembra-se Diego. Foi o primeiro salto em sua carreira; foi também o momento em que tudo começa a mudar no setor, até mesmo a terminologia. Falava-se então, em transporte de pessoas, não em turismo - uma
de opções extraordinário. Com as condições especiais obtidas na Europa, remunerava melhor as agências e pôde por em prática o que considera a primeira idéia realmente original em seu trabalho, uma antecipação do que se transformaria, depois, nos chamados pacotes turísticos. TRANSBORDO - As pessoas que viajavam para o Oriente Médio - sírios, libaneses, judeus - só podiam comprar passagem até Marselha ou Gênova. Depois,
duas cidades e a Oremar passou a ter também este serviço: vendia a viagem toda, de Santos ao Oriente, fornecendo hospedagem ao viajante.
Frederico D*Orey. Estava na companhia procurando emprego quando entrou D'Orey e lhe perguntou alguma coisa, sem importância. Respondeu em português, erradamente, mas consertou em francês, imediatamente, e ambos
poucos o mercado incipiente e que poderia sistematizá-lo, já que o tráfego marítimo era intenso. Em 1956, deixou a Comercial e Marítima e foi para a Oceania, atuando como consolidador da 3* classe dos navios de uma
coincidentemente, era o chefe do Serviço de Imigração. Como Diego vinha encontrando
Mediterrâneo e de hotéis das
"Mas não era possível parar por aí", recorda-se Diego. "Tinhamos de aproveitar também os imigrantes do Sul do Brasil, alemães principalmente, e ampliamos o serviço." Os alemães, geralmente, iam a Le Havre, para depois seguir ao seu país. "Passamos a atendê-los e lhes fornecíamos, além do bilhete marítimo, também a passagem de trem de Le Havre à
dificuldades para localizar sua situação no país, tudo se
Aletnanha". O empresário recorda, ainda, que em |)ouco tempo se deu conta de que tinha
resolveu. Obteve o visto de
detonado autêntica rede de
permanência e o direito ao trabalho. Veio para São Paulo,
"Mas só negociávamos com
vendas, com a expansão ao Sul.
fez a tentativa na Vera Cruz e
acabou na Comercial e Marítima, representante no Brasil da Companhia Colonial de Navegação, portuguesa, e da Société Generale de Transports Maritime à Vapeur.
A CARREIRA - Na companhia da família D'Orey, Diego Marruecos inicia a trajetória que, sem que ele sequer pudesse imaginar naquele momento, o transformaria no precursor e consolidador das grandes tendências seguidas pelo turismo
1
agências, o que fez aumentar, consideravelmente, o prestígio da Oremar. Negociar com a empresa de Diego Marruecos era garantia de credibilidade e de
princípios éticos dos quais, até hoje, ele nunca abriu a mão. NEGÓCIOS AÉREOS - Todo este trabalho se desenvolveu até
quase a metade dos anos 60. Mas, como o mundo e as atividades nele inseridas estão
em um processo constante de
brasileiro nos últimos 35 anos.
As empresas representadas pela Comercial e Marítima tinham os
navios Vera Cruz e Santa Maria, portugueses, e Bretagne e
Provence, franceses, Diego ia a Santos, fazer embarque de passageiros. Ao mesmo tempo
sobrevivência.
tomava conhecimento das outras
Foi quando por falar bem francês - e aqui vai o que considera a segunda coincidência em sua trajetória no Brasil - conseguiu
atividades da empresa e acabou
agências de viagens, que eram poucas e trabalhavam de maneira
em 1954 um emprego na Comercial e Marítima, de
dispersiva. Passou então a desenvolver as vendas, sentiu aos
por entrar em contato com as
EUROPA
ABROU/\/£AS
ARCeA/r/A/AS
Terça-feira, 27 de Outubro de 1992
JORNAL PANROTAS - G2
DEPOIMENTO mutação, as viagens passavam a ter novo perfil, sobretudo com o
aperfeiçoamento do avião, obtido por meio da invenção do jato. Em 1964 já era intenso o tráfego aéreo, feito por companhias envolvidas em extrema
competição. "Havia grandes mamatas, especialmente na Panair do Brasil e Aerolineas
Argentinas" - lembra-se Diego "e os negócios floresciam".
Como ele tinha credibilidade e
prestígio no mercado, de vez em quando as agências fomiavam um pool, compravam pacotes de bilhetes aéreos e lhe davam para vender, certas da eficiência de sua rede de vendas e, mais ainda, de que os negócios seriam transparentes, decentes e ninguém seria prejudicado. Empresas do Rio também o procuravam e, por meio da Panair, promoviam grandes vendas em São Paulo e no Sul do Brasil. "Eram charters e mais
charters, mas, de repente, a Panair foi fechada e eu, embora nada tivesse com isso, acabei
arcando com os prejuízos". As pessoas que haviam comprado os bilhetes exigiam o dinheiro de volta. E Diego devolveu, surpreendendo o mercado. Vendeu casa e mais o pouco que tinha e honrou compromissos
aéreas e acabou por conhecer Tasso Gadzanis, que era chefe de
seu trabalho no Brasil.
vendas da Air France. Ambos desenvolveram o conceito de
conceito de cruzeiro marítimo.
não-Iatas, deu à Oremar um
agente geral de companhias aéreas, para aproveitar a rede da
Ou seja, acostumar as pessoas a saírem do Brasil para fazer um cruzeiro pelo Mediterrâneo. As
Oremar no interior de São Paulo.
atividades da Oremar cresciam.
volume de dinlieiro que a obrigou a manter rigoroso controle de sua ação. Para Diego, tudo obedecia a um projeto que
Vão a Halfin, diretor-geral da Air France, e Diego em pouco tempo iniciava nova atividade, passando a vender também bilhetes aéreos em todo o Estado, menos a capital, São Paulo. A Oremar expande-se mais e, até 1970, passa a ser também agente geral da Braniff. Diego lembra: "Eu tinha então um navio, uma empresa aérea voltada para a Europa e outra para os Estados Unidos. Aproveitei a intenção da Cruzeiro em enxugar sua estrutura e fiquei, também, com uma empresa doméstica, aproveitando suas instalações em Campinas e Santos". Ampliando suas atividades para
De 1965 a 1972, desenvolveu
ele consideramegalômano, pois
trabalhos como agentes gerais de
via sua atividade como uma
empresas aéreas, um mercado
criança vê um brinquedo. "Eu sonhava em ter um mapa do
Passou a vender o que chama de
cada vez mais competitivo, e fazia representações oficiais de companhias de cruzeiros marítimos. Atuava, também, como agente geral para as pequenas agências em São Paulo, capital, o que trouxe novo surto
de crescimento para a empresa, que chegou ao topo. "Foi uma idéia do Tasso e do Halfin", diz Diego, que propôs á Air France a organização de um departamento
paraacoplar todas as pontas desta ramificação da economia.
A Oremar transformara-se, para Diego,em um projeto de vida,
Brasil com muitas luzinhas nos
um projeto que substituía o que deveria ter executado com suas
ou representantes".
referênciasculturaise políticas.
Diego a tudo sentia como um sonho. E dos sonhos, ele tirava seu trabalho, sempre inovando, para um mercado de um país conservador, até então pouco
E, definitivamente, demonstrou o quanto estava avançado em relação ao Brasil; transformou seus funcionários em sócios, pondo em prática, de alguma maneira, seus princípios éticos e
dado a mudanças. Fez o primeiro fan-trip e montou uma operadora
filosóficos, com as quaissonhou a vida toda e vai sonhar sempre. •
buscando soluções de impacto
Linhas regulares para o cotKeito de cruzeiro. Volta ao Mundo fracionado Manual de Cruzeiros Marítimos
- Campinas, Santos, Curitiba e Blumenau. As vendas aumentam
Curso de cruzeiros com entrega de certifícados
Representação: Cias, Marítimas:
com a equipe que está com ele até hoje e que o ajudou muito. CRUZEIROS - As viagens aéreas ajudaram a consolidar o conceito de turismo em todo o
viagem de incentivos abordo Viagem de familiarização a bordo de navio Sitoais maritimos
Cobrar taxa dc tcicx p/ reserva
Cias, Leasing:
muito, Diego começa a ter folga financeira. Tudo, recorda-se,
Inicio (ie vfiula massificada
Tarificador
Rede de Filiais
GSA: Cias. Aéreas:
Serviços:
Comunicação via malote entre escritório para uso Oremar e Agências GSA - Consolidação com agências não lATAs.
Vistos Consulares
mundo. E Diego, por força dos anos que trabalhara nos navios, e
das combinações que fizera para levar passageiros para o Oriente Próximo, começa a deslocar-se
Propaganda:
Guiasespecializados: utilizaçãode aniinciosrodapé na seção consular das revistas.
Uso seqüencial de várias páginas de anúncio nos guias especializados.
para a Europa, em busca de
Uso das supercomissões das cias. aéreas para - Pacotes: Hotel grátis Citroen grátis
Vendas:
Hotéis:
Organização:
este capital moral, digamos assim, que ele pôde safar-se de
empresa.
pessoas com as quais mantivera contatos de negócios ao longo de
As dificuldades decorriam do
sua atividade. É que já intituia
debilitamento do transporte
uma nova atividade, fundada em
marítimo, sua atividade
novas concepções de lazer e da reciclagem das companhias de navegação, que passaram a fazer cruzeiros marítimos pelo Mediterrâneo. Consegue representações destas empresas e, ao mesmo tempo, obtém no Banco Central o registro de
para vender bilhetes aéreos, aproveitando, inclusive, um sentido de marketing bem mais apurado - se comparado com as
entidades internacionais ligadas aoturismo, dealuguéis de carros,
lugares em que tinha escritório
Pioneiro no Brasil de:
decência e da honradez. Foi com
saída era transferir sua estrutura
na Oremar. Vieram as
representações de hotéis, de
o Paraná e Santa Catarina, como
ainda mais com os símbolos da
principal. Ele estava reduzido a um só navio, o Pasteur, e extremamente preocupado. A
para turismo, exatamente no momento em que Tasso entrou
agente geral da Air France, atraiu também a Japan AirÜnes. Os negócios evoluem com incrível rapidez. A Oremar tinha quatro sucursais
que não eram seus, mas da Panair e de outros empresários. Sua atitude era comentada por todos e surpreendeu também nas companhias aéreas, marcando-o
outra dificuldade e mudar definitivamente os rumos de sua
para agentes gerais. As vendas para estas pequenas agências,
representante mesmo (até então
Marítimo com: Hotéis grátis Ticket aéreo grátis Trem Fiirailpass grátis - Crediário aéreo cm 8 meses s/ juros usando o Over. - Uso do sistema de multiendereçamento de telex para promoções-relâmpago. - Autorização da chamada a cobrar dos Agentes do interior - Pagamento de comissões sobre TKTs Aéreos endossados a favor da representada.
Nacicsiaisindividuaise pacotes. Criação de empresas para cada setor consolidando o termo "GRUPO ORFJvlAR".
Criação da associação de funcionários Refeílório gratuito aos fui\cionános
Nomeação de representante de funcionários para tratar de assuntos de interesse comum.
Social:
Aplicação do salário do funcionário no P dia do mês, a ser recebido dia 30 corrigido. Compra no atacado "MAKRO" de alimentos da cesta básica a preços beneficiados. Contratação de "Aposentados" intere^dos em manter alguma atividade. Pagamento de cursos de formação de funcionários: Cursos especializados Faculdade
Línguas. Criação de cursos de línguas em grupos - ministrados na Oremar.
empresas marítimas - das
funcionara como
Intercâmbio social e cultural entre pessoal matriz/filiais e de
companhias de aviação. Era um momento crucial. Diego sentiu que podia tomar-se representante de companhias
proto-representação, sem o aval oficial). Chegava ao m'vel das companhias aéreas e da família D'Orey, com a qual começara
filiais com filiais.
Festa de confratemização no final de ano entre funcionários da Oremar e funcionários das empresas colaboradoras.
K •&'; *
ESTADOS
UNIDOS A£»OUf/êAS ÃRGeftriMÂS
A£ROUA/€AS ARGBA/r/A/AS
JORNAL PANROTAS-G3
Terça-feira, 27 de Outubro de 1992
DEPOIMENTO
Oremar pertence à memória do turismo Em 1992 ocorreram as transformações na área de recursos humanos. Pelas suas características e,
sobretudo, pela sua trajetória, a Oremar faz parte da memória não apenas, do turismo mas
éticos epela afeição a pessoas que otinham acompanhado em
Asituação perdura até 1990, quando ele faz nova tentativa de
Ilya, que também não consegue modernizar a empresa, apesar
toda a sua trajetória.
mudar e entrega a presidência a
dos assessores que havia
contratado. Como Diego, ela esbarrava no problema das
também do desenvolvimento
empresarial brasileiro. Produto claro, cristalino, das concepções filosóficas e das referências
culturais de Diego Suarez Marruecos, sempre caminhou de acordo com as tendências da
época, aceitando a renovação de métodos e sistemas, fincando
propostas de fortes densidade social.
No imcio, estrutura pequena, a Oremar disse não às sociedades
anônimas, mas fez com que os funcionários se sentissem donos,
ANOTE PARA NAO ESQUECER...
criando sociedades limitadas. Era
uma concepção da época: empresas pequenas, ágeis, comando descentralizado,
participação de todos. "Funcionou certo tempo", afirma Diego, "mas o crescimento mostrou que a concepção não era adequada". O mundo entrava no tempo dos grandes conglomerados, empresas de grandes fachadas. E as pequenas companhias criadas em volta da Oremar, também ela uma sociedade limitada, iniciaram o caminho de volta e
se incorporaram todas, novamente, à matriz. Em 1982, a
empresa chega ao auge com a fomiação da Oremar Brasil
Sociedade Anônima. É a época dos grandes escritórios, enormes salas de reuniões, ocupação de muitos andares, todos os sinais
que indicam o caráter aristicrático de uma empresa.
ACOMODAÇÃO - O ápice, o sentido aristocrático, tudo isso reunido leva, quase sempre inevitavelmente, a empresa a
estacionar. Os dirigentes perdem a inquietação, dão a impressão de perder o faro empresarial, há ainda a concorrência, e tudo se
acomoda mesmo. É o que ocorre com a Oremar. Em 1982, ela se
estabiliza, parece esgotada em suas forças de crescimento. Ainda ganha dinheiro, mas não
NOSSO TELEFONE
MUDARÁ PARA (011)584-0211
abre mais sucursais nem se
instala em outros países. Em 1986, por ocasião do Plano
(A PARTIR DE 3/11/92)
Cruzado, Diego tem uma premonição, suscinta segundo diz pelo que classifica de sua "sindrome do holofote". Sente
que é preciso mudar, intervém na empresa e chega à conclusão que é preciso reinstalar o espírito agressivo em sua ação empresarial. Mas nada consegue ser feito. Tudo dependia de uma alta profissionalização dos quadros funcionais e dirigentes, o que passava pela substituição de pessoas. E isso ele não faz, bloqueado pelos seus princípios
PANROTAS O AMIGO DO AGENTE DE VIAGENS
ARGENTINA AefíOUN£AS_AROeNTIf^
ASROU/SfEAS ARC€A/riA/AS
Terça-feira,"27 de Outubro de 1992
JORNAL PANROTAS-G4
DEPOIMENTO substituições. Mas vem o Plano Collor que confisca e abala Oremar, cuja estrutura de mordomias praticamente
desaparece. A empresa passa por enorme choque; os diretores perdem privilégios, a Oremar perde contratos (Air France); a credibilidade das companhias brasileiras ficam abaladas no
pesada. Era preciso tirar mais gordura, mas sem dispensa indiscriminada de funcionário,
quase dois anos do Plano Collor, as transformações na área de
agente passivo da crise, na
estavam concluídas e todas as
opinião de Diego. A solução adotada foi simples: novo esquema de remuneração mais justo e isento da erosão inflacionária; reciclagem dos antigos funcionários; substituição por novos
filiais, menos a do Rio de Janeiro, transformadas em empresas coligadas.
plano internacional. Tudo isso leva Diego a reassumir o poder, para enxugar
melhor formação profissional; padrão mínimo-médio e máximo
definitivamente a Oremar.
de conhecimento como
contratados mais eficientes e de
Começa com a destituição dos
parâmetro nas contratações.
diretores e inicia a
Como resultado houve uma
modernização, aliada a um esforço fmanceiro notável. O próximo passo foi a mudança do modelo empresarial, criando empresas pequenas, ágeis,
administrações autônomas e fazendo com que os lucros ficassem com que estas novas estruturas.
Eram projetos mais compactos e, seguindo outra vez tendência universal, com gente cujo projeto de vida pessoal de alguma
diminuição da quantidade de funcionários compensada por um aumento qualitativo. Ao nível de custos, também houve redução, embora em menor proporção. Resolvida a dinâmica
recursos humanos da matriz,
Concomitantemente com as
medidas e transformações mencionadas, a Oremar foi informatizada, acompanhando assim os novos imperativos da gestão moderna. 1992 representa o ponto de partida para renovar e modernizar a matriz de
organização em São Paulo. Diego considera que as mudanças formais foram feitas de acordo com o projeto de modernização, estimando que as mudanças de fílosofia empresarial devam ocorrer
ao Brasil em 1952 com pouco
mais de 20 anos, depois de
passar porTânger, na África. Deixou cedo a Espanha, atingido no seu projeto de vida pela oposição familiar ao regime franquista. Suas referências familiares lhe
prognosticavam uma carreira no campo das atividades culturais e políticas. Nada poderia prever que pudesse seguir a carreira que o transformaria em um dos mais
patrimonial da totalidade de suas ações aos antigos diretores,
notáveis empresários de turismo no Brasil. Só mesmo as aguras de um exílio forçado podem impor tamanho desvio de rota,
empresa.
acionistas minoritários.
embora com isto tenha
Atualmente, esta em
contribuído para a ação social brasileira, aquela que parte do
através da traiisferência
Transformou as filiais em
coligadas. Os gerentes, todos há
entidades, permanecendo Diego
significativos de ações e funções específicas no novo organograma
muitos anos na Oremar, foram
como cotista minoritário, a título
que funcionará em 1993.
projetos das empresas.
Imigrante atípico de uma região atípica da Espanha em matéria de imigração - a Andaluzia, de onde as pessoas não saem muito -, Diego Suarez Marruecos chegou
administrativa, operacional, e financeira dos recursos humanos, tomou-se possível alavancar a modernização estrutural da A primeira medida foi alterar as filiais para empresas coligadas, através da transformação dos antigos gerentes em sócios majoritários dessas novas
maneira se confudisse com os
Um humanista fora de rota
processamento a organização dessa nova diretoria, cujos componentes detêm pacotes
transformados em sócios
de elo de ligação com a Oremar.
"A nova diretoria composta por
majoritários e executivos de
Procurou-se assim substituir o
empresa. Todos mantêm ligações com a Oremar através de Diego e
antigo modelo empresarial por
apresentam lucros surpreendentes e muito
dinâtnica, criando condições de
crescimento.
empresarial com o projeto de
Ilya, Tasso, Carlos Alberto, Fujita Adilson,... certamente saberá integrar essa nova Oremar ou Oremar renovada, com seus próprios projetos de vida, alcançando benefícios materiais
Na matriz, a situação era mais delicada; apesar do enxugamento, ela continuava
vida dos novos exceutivos das
e psicológicos, que de alguma
empresas coligadas.
maneira não eram atendidos",
No início de 1992, transcorridos
afirma Diego.
uma fórmula mais moderna e identificar o desenvolvimento
desenvolvimento de um
capitalismo voltado para os interesses gerais, coletivos. A obra de Diego tem sido exatamente isto: fundada em
servido para revelar a outros donos de empresa o quanto é importante a aplicação de amplos conhecimentos e informação na administração dos negócios. Esta contribuição de Diego talvez tenha sido a compensação que ele encontrou para si mesmo por não poder exercer plenamente sua vocação, desviando-se para um mundo ao qual, provavelmente, nunca se sentiu plenamente integrado. Mas, se isto pudesse significar alguma dificuldade em seu
campo de atuação, ele a superava com um notável conhecimento
da terra em que se estabeleceu. Pouco tempo depois de chegar, Diego já tinha desvendado o Brasil por meio da literatura. Graciliano Ramos, Jorge Amado, Érico Veríssimo, Gilberto Freyre, entre outros, deram-lhe os meios de entender e se situar
no Brasil. Se foi obrigado a deixar as agradáveis conversas do barzinho do Museu, na 7 de Abril, para onde sempre ia após se instalar em São Paulo,
suas referências humanistas, contribui para demonstrar ser
encontrou outros meios de
possível tentar reduzir ao mínimo o grau de exploração do assalariado nas relações trabalho-capital. No campo puramente empresarial, tem
velhas casas tombadas em
realização. Atualmente, restaura Santana do Pamaíba, quem sabe na intenção de futuramente propiciar alguma atividade cultural naquela cidade.l
Deixo Oremar renovada e meus
antigos colaboradores e sócios trasformados em empresários independentes. Para mim, vê-los vivendo intensamente
suas realizações pessoais, éo mais importante.yy
AUSTRALIA
AeROU/VEAS ARGEA/r/A/AS
Página 5 JORNAL PANROTAS
Terça-feira, 27 de Outubro de 1992
CAPA
Projetos em tramitação
• Projeto de Lei N® 3.760 de 1989 do deputado José Maria Eymael (PDCSP) — Institui o Dia Nacional do Guia de Turismo, que passa a ser co memorado em 10 de maio. Precisa ser votado nas comissões de Consti
tuições, Justiça e Redação e de Edu cação, Cultura e Desportos.
* Projeto de Lei N° 41 de 1989 do se nador Ronan Tito (PMDB-MG) —
Dispõe sobre a profissão de bacharel em Turismo e cria uma reserva de mercado destinada aos formados em
cursos superiores de Turismo e aos que exercem a profissão há pelo me nos 12 meses. Aguarda parecer do
ÁureoMello(PRN-AM) sobre emen das feitas ao substitutivo do projeto.
• Projetode Lei N°57 de 1991 do se nador Marco Maciel (PFL-PE) —
Também regtilamenta a profissão de bacharel em Turismo. Permite que
professores universitários exerçam a atividade. O registro profissional pas sa a ser concedido aos não formados
com mais de cinco anos de profissão.
Espera votação na Comissão de As
• Projeto de Lei N° 2.600 de 1992 do deputado Costa Ferreira (PFL-MA) — Cria a Conbratur, uma contribui ção de intervenção no domínio eco nômico, no caso, nas áreas próprias para o turismo. O único beneficiário do tributo seria a Embratur. Espera a
leitura do parecer do relator, deputa Administração e Serviços Públicos.
ção do Pantanal Matogrossense, regu lamentando questões de meio am biente, desenvolvimento econômico e
• Projeto de Lei N° 1.383 de 1991 do deputado Vadão Gomes (PRN-SP) —
Diretora da Câmara, foi anexado ao
Projeto de LeiN° 3.556.
cais, principalmente de Imposto de Importação. Em tramitação, já rece
Foz do Iguaçu, no Paraná, normati-
beu parecer favorável do deputado Paudemey Avelino (PDC-AM), rela tor do projeto na Comissão de Viação. Transportes, Desenvolvimento
zando a importação e exportação no
Urbano e Interior.
município, concede incentivos fiscais e isenções de Imposto e Importação. Aguarda f)arecer do deputado Fetter Júnior (PDS-RS) para ser votado.
• Projeto de Lei N" 1.383 de 1991 do deputado Fernando Bezerra Coelho (PMDB-PE) — Autoriza o governo a
— Cria área de livre comércio em
Mussa Demes (PFL-PI) para ser apro vado nas comissões.
turismo está entre os setores benefi
• Projeto de Lei n° 2.417 de 1991 do deputado Jackson Pereira (PSDB-CE) Regulamenta o funcionamento de agências de viagens e turimso, desde
ciados. Aguarda parecer do relator, deputado AloizioSantos(PDT-ES).
a venda de passagens até o uso de • Projeto de Lei Complementar N® 245 de 1990 do deputado Geraldo
Cria áreas de livre comércio em fai
para o turismo, entre outras ativida des. Dependedo parecerdo deputado
além do Espírito Santo e do Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais. O
ser votada na Comissão de Trabalho,
xas de fronteira e municípios do polí gono das secas. Prevê isenções fis
• Projetode Lei N° 1.330 de 1991 do deputado José Felinto (PMDB-PR)
dívida externa em investimentos para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste,
do Tidel de Lima (PMDB-SP), para
• Projetode Lei N°6.067de 1990do deputado Haroldo Sabóia (PDT-MA) — Define requisitos para a explora
turismo. Conforme decisão da Mesa
criar um programa de conversão da
Alckmim Filho ^SDB-SP) —Inclui
na lista de serviços tributáveis pelo Imposto Municipal sobre Serviços a locação imobiliária para fins turísti cos. Aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação, es pera ser votado pelo plenário da Câ mara.
crediários. Recebeu parecerfavorável
do deputado Gonzaga Motta (PMDBCE), mas ainda não foi apreciado pela Comissão de Economia, Indús tria e Comércio.
* Projeto de Lei n° 1.828 do sc.iador Maurício Correia (PDT-DF) — Libe ra o acesso às fffaias em terrenos da
Marinha. Tamb^ permite o uso pú
blico para turismo, lazer, esportes e atividades culturais. Recebido na Câ
* Projeto de Lei N° 2.586 de 1992 do deputado Jackson Pereira(PSDB-CE) — Estabelece percentuais para a libe ração dos rectu^s do Fundo de In
mara como Projetode Lei do Senado n° 53 de 1991, obteve parecer favorá vel do relator, deputado Augusto Car
vestimento do Nordeste (Finor) e do
valho (PPS-DF), na Comissão de Tran^rtes, Administração e Serviço
Fundo de Investimento da Amazônia
Público. •
suntos Sociais.
* Projeto de Lei N° 370 de 1991 do senador AíTonso Camai^o (PTB-PR)
f
— Autoriza a reabertura de hotéis-
!•' . ^
cassinos, que ficam sob a responsabi
^ li
lidade daÉmbratur, defme impostos e cria l^islação sobre o assunto. Aguarda parecer do relator, senador Amazonino Mendes (PDC-AM), para ser votado na Comissão de Constitui
ção e Justiça.
• Projeto de Lei N° 191 de 1991 do senador Francisco RoUomberg (PFL-
SE) — Institui o seguro obrigatório para agências de viagem que ejqjlorem o turismo, para garantir que as agências de viagens cump-am seus compromissos com seus clientes. O projeto aguarda parecer que será dis tribuído aos membros da Comissão de Assuntos Econômicos antes da vo
tação.
* Projeto de Lei N° 256 de 1991 do senador Márcio Lacerda (PMDB-
MT) — Permite, entre outras ativida des, a exploração turística do Panta nal Matogrossense. Aguarda votação na Comissão de Assimtos Sociais.
* Projeto de Lei N° 33 de 1992 do de putado José Maria Eymael (PDCAM) — Regulamenta a profissão de guia de turismo, reservando o merca do de trabalho para as pessoas que
tem registro na Embratur. Aprovado pela Câmara como Projeto de Lei 3.759 de 1989, foi remetido ao Sena
do e espera ser votado pelo plenário do Senado.
• Mensagem do Presidente da Repú blica ao Congresso Nacional N'^49 de 1992 — Aprova o acordo sobre coo peração turística assinado pelo presi dente Fernando Collor em Roma, em
11 de novembro de 1991. Aprovada pela Câmara dos Deputados, aguarda parecer do senador Ronan Tito (PMDB-MG) para ser votado pela Comissão de Relações Exteriores. Na Câmara
• Projeto de Lei N® 991 de 1991 do deputado Pedro Corrêa (PFL-PE) — Autoriza a abertura de cassinos nas
r^iões Norte e Nordeste. Regula menta os assuntos relativos ao seu
funcionamento como as apostas, atri buições policiais e as contravenções penais. O projeto foi anexado ao Pro jeto de Lei 519 de 1991.
O ÚNICO RISCO QUE SUA AGÊNCIA COME ACEITANDO O AMERICAN EXPRESS® CARD. Aceitando o cartão American Express Card na
* Projeto de Lei 1.192 de 1991 da deputada Marilu Guimarães (PTBMS) — Considera o Pantanal Matogrossense patrimônio Nacional e fixa normas para sua utilização, permitin do a exploração turística. Foi anexado ao Projeto de Lei N" 3.556 de 1989.
venda de passagens, reservas de hotéis, locação
• Projeto de Lei N° 1.982 de 1991 do deputado Jackson Pereira (PSDB-CE)
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Página 6 JORNAL PANROTAS
Terça-feira, 27 de Outubro de 1992
veículos TURISMO
Um bom negócio para as locadoras Estreitamente ligado ao maçado tu rístico, o segmento de aluguel de car ros consolidou-se na última década. Desde seu início no Brasil — nos
idos de 1950 como atividade suple mentar dos negociantes de carros usa dos —, passou por amplo processo de mudanças e se transfonnou ao longo dos anos no principal cliente da in
a associação nacional dos locadores, esse mercado abrange aproximada mente 900 empresas, com faturamen
características do mercado de locação de veículos. As grandes redes chegam
to anual de US$ 600 milhões e um re
no item de custo mais importante (a
veio também a recessão e a paralisa
venda dos veículos usados).
ção dos negócios.
a ter 7 mil veículos ou mais, mas a
Tal perfil de custo permite a aplica
Ê um quadro difícil, nebuloso, que
colhimento de impostos de US$ 125
empresa típica do setor é a pequena, com frota de aproximadamente 100
milhões. O total de veículos nas fro
veículos. O mercado é livre, aberto a
ção de políticas eficientes de combate a dificuldades geradas por crises oca sionais no mercado. Dá margem a re duções de preço e ampla variedade de promoções. As empresas atraem as
afeta as locadoras de veículos, a]>esar da flexibilidade administrativa de que são dotadas. Algumas redes foram forçadas a desfazer-se de parte de seu
tas chega a 60 mil; são, basicamente,
tòdos; permitô a formação freqüente
automóveis e utilitários leves, mas há' também carros de luxo, muitos dos
de novas empresas e aguça a concor
quais importados. Os números relativos à locação de
rência, com variedade de preços e política de promoção e descontos. Um dos traços mais marcantes deste
veículos demonstram o sentido social
do pelas empresas de aluguel de veí
dessa atividade econômica. Atinge
culos, cujas frotas se renovam total mente, em média, a períodos não su periores a 18 meses.
cerca de 2 milhões de usuários em
De acordo com dados do Guia Oficial
Empresas pequenas — A multiplici dade de empresas extremamente di versas entre si é \mia das principais
dústria
automobilística
brasileira.
Cerca de 9% (nove por cento) da pro dução anual da indústria é incoipora-
das Empresas de Locação de Veícu los, editado recentemente pela Abla,
de caixa necessário ao enfrentamente
mercado é a flexibilidade administra
das turbulências trazidas pelas crises. Foi esta vantagem estrutural que deu
da crise. O crescimento — O sistema de fran
tiva e gerencial, com a qual as empre sas podem recompor-se e ajustar-se
às locadoras os meios de resistir e su
perar os problemas impostos à econo
quia chegou ao mercado brasileiro de locação de veículos na segunda meta de dos anos 60, com a Hertz Corporation, que se associou à LoKarbrás. Com a franquia, o setor deu um salto enorme e se ampliou consideravel
todo o Brasil e gera 15 mil empregos
em situações difíceis. É imia vanta
diretos e outros 45 mil indiretos.
gem que resulta do sistema de forma ção de custos. O índice de custo fixo é elevado (os veículos, representando
60% do total), mas há muita liquidez
mia brasileira pelos sucessivos planos de estabilização inflacionária, desde 1986. Com o último plano, que trou xe em seu bojo o confisco das pou panças e das aplicações financeiras,
Agentes de Viagens divergem sobre cassinos Não há um corisenso entre os agentes de viagens de São Paulo sobre a even tual legalização do jogo de azar no Brasil. Mesmo para os mais otimistas, a
instalação de cassinos, de maneira indiscriminada e sem uma regulamenta ção adequada à realidade brasileira, poderá trazer mais malefícios que pro priamente contribuir para o desenvolvimento econômico do Paú.
Antonio Aulisio, da Flot, teme, porexemplo, a "influência política", quepo deria fazer do País um "imenso cassino". Para ele, cassino é mais um fator
de desenvolvimento que uma solução global. Segundo Aulisio, o idealseria a instalação de dois a trêscassinos no Brasil, paraevitar quese transformas sem numa espécie de videopôquer — em cada esquina há um. Antonio Aulisio dá exemplos intemacionais: na Flórida, não há cassinos; na
Espanha e na Itália, o jogo existe, mas com restrições e não é o principal atrativo para os visitantes estrangeiros. "Os cassinos podem até contribuir para o desenvolvimento do turismo brasileiro, mas não serão o fator determi nante", afirma.
Oex-presidente daAssociação Brasileira deAgências deViagens, seção São Paulo, Adel Auada, ressalta que não vê mais restrições éticas, morais e le gais à volta do jogo: "O Brasil é o maior cassino aberto do mundo, bancado pelos governos municipal, estadual e federal". Adel põe a questão: seria o jogo bom para o turismo? Um jogo a mais não vale a pena, observa. O dire tor da TravelCred gostaria de que a infra-estrutura dos cassinos fosse usada exclusivamente para o incremento da atividade turística.
O Pantanal Mato-Grossense é umaregião citada por Adel Auada como pos sível beneficiária dessainfra-estrutura; a instalação de equipamentos e reali zação de shows ocasionaria uma melhoria econômica favorável ao turismo.
Bem regulamentado, continua Adel, o jogo traria benefícios também para várias estâncias, "mas não todas".
Ele observa que o projeto de legalização dos cassinos, de autoria do deputa do Décio Knop, só não foi votado no primeiro semestre desteano porque o Congresso esteve ocupado com as denúncias de corrupção no governo. Um
patrimônio e a buscar no incremento
das franquias soluções capazes de, mais uma vez, superar os percalços
sim mais clientes e mantêm o fluxo
requerimento da deputada Sandra Cavalcante, subscrito por 10% dos parla mentares, fará com que o projetosobre a reabertura dos cassinos, que aguar dava aprovação na Comissão de Justiça, volte a plenário. Assim, é muito provável que ainda esse ano a propostanão seja votada pelas duas casas le gislativas,ficando sua apreciação para 1993. Leonardo Coutinho, da Express Way, é totalmente favorável à volta doscas
sinos: 'Temos que abrir os cassinos", diz entusiasmado. "O que perdemos em dólares com brasileiros que vão aoExterior para jogar é uma quantia in calculável". Os cassinos, explica, trariam muitos recursos e dariam emprego para os artistas brasileiros, formariam mão-de-obra qualificada e contribui riam decisivamente para o desenvolvimento econômico.
Leonardo dá força à sua tese citando o caso do Grande Hotel de Poços de Caldas (MG),o Quitandinha, de Petrópolis (Rio), hoje transformado em con domínio, e o Grande Hotel de Serra Negra, que tiveram seu auge na época dos cassinos. Hoje, o jogo traria vitalidade a locais como Santarém, no Pará,
observa Coutinho, onde há um hotel do porte do Tropical, que se acaba por falta de movimento. Mas, em sua opinião, o jogo deveria ser intalado tam bém em algumascapitais do Nordeste,em Petrópolis, Poços de Caldas e ou tras estâncias e cidades turísticas.
"O Brasil tem cinco tipos de loterias, jogo do bicho e cassinos clandestinos", conclui Leonardo Coutinho; "então por que não legalizar o jogo, que existe nos países do Primeiro Mundo?"
Menos otimistaé o diretorda Transatlântica, WalterSteurer, que se declara, contudo, favorável, "dependendo das normas". Ele acha que para o turismo os cassinos são apenas umequipamento a mais e, por isso. "não representam a salvação econômica do setor". Parcimonioso, Walter Steurer insiste em
mente. Pequenas empresas regionais puderam constituir-se e ter acesso ao know-how da locação, tomando viá veis empreendimentos de outra ma neira impossíveis. Atualmente, o aluguel de veículos divide-se em locação transitória e a lon go prazo. Neste segundo caso, as lo cadoras servem a empresas que utili zam frotas e não querem ter os pro blemas que estas geralmente acarre tam, tanto no plano da administração trabalhista quanto no da manutenção e conservação dos veículos. Conseguir aumentar o número de franquias e ao mesmo tempo ampliar o leque do aluguel a longo prazo tem sido o principal objetivo das locado ras. A terceirização dos serviços — com o aumento do aluguel a longo prazo — traz como conseqüência imediata, segundo a maioria dos res ponsáveis pelas locadoras, o fortale cimento das empresas, dotando-as dos recursos necessários à sofistica
ção de sua capacidade profissional. Embora cada vez mais procurem con solidar-se no segmento a longo prazo, as locadoras não tem descuidado do
transitório. É neste campo que a loca ção está estreitamente ligada ao turis mo, tomando-se cada vez mais um
boom. Pesquisa recente do American Express revelou que 5% (cinco por cento) dos gastos com viagens e lazer no Brasil destinam-se ao aluguel de
veículos. É um amplo mercado ccxn potencial ainda maior e pelo qual as locadoras mantêm o maior interesse.
A Associação — Desde 30 de março de 1977, quando foi constituida, a Associação Brasileira das Empresas
dois pontos: na regulamentaçãoe nos locais onde seriam instalados os cassi nos na eventualidade de sua legalização. "Não pode sct em muitos lugares,
Locadoras de Auto-Veículos — Abla
mesmo porque sua banalização deixaria de ser um atrativo".
cerca de 900 existentes no País, 250
- representa as empresas do setor. Das são filiadas à Abla. Por meio da asso
ciação, o segmento mantém contatos com
autoridades
e
entidades
das
montadoras e concessionárias, fome-
cedores, empresas de crédito e com panhias de seguro. A Abla faz parte da Câmara Setorial da Indústria Au
tomobilística, em cujas reuniões os representantes das locadoras procu ram, discutir um aspecto que conside
ram fundamental para a locação de veículos no Brasil: o da produção de carros básicos, com baixa cilindrada, atualmente considerada insuficiente.
Num mercado de 60 mil veículos, é a
seguinte a participação das montado ras na composição das frotas: Volkswagen, 48%; Fiat, 28%; General Motors, 17%; Ford, 5%; e importados, 2%. Na opinião de diretores da Abla, são números significativos e dignos
de tratamento majs atencioso por par te das montadoras, o que já começa a se fazer sentir.
O relacionamento com montadores e
autoridades é apenas um aspecto do trabalho da Abla. A ação da entidade vai além. prestando serviços através
de suas asséssorias, que se estendem pelos campos jurídico, contábil, eco nômico. empresarial, sccuritário e de comunicação. A Abla é dirigida por uma diretoria executiva, eleita a cada
dois anos, e tem 11 diretorias regio nais espalhadas por todo o País, cada uma delas com relativo ,^rau de auto nomia em suas ações. •
JORNALPANROTAS Página?
Terça-feira, 27 de Outubro de 1992
PAINEL ECONOMICO MOEDAS
DÓLAR
MOEDAS
ESCUDO (PORTUGAL) H.OR1M aiOLANDA)
CRUZEIROS 60,09126 4795,27 1590,306 6049,31 6745,95 13,23949
135
1,7188 5,1815 1,3645 1,2165 1,6230 1,5285 1,0946
FRANCO (FRANÇA)
FRANCO (SUÍÇA) IENE (JAPÃO)
LIBRA ESTERLINA
MARCO (ALEMANHA) PESETA (ESPANHA) PESO (ARGENTINA)
PESO^ÇniLE^^^^
SALÁRIO
BOLSAS
5395,87
REAJUSTE EM OUTUBRO
ANTECIPAÇÃO BIMESTRAL; 23%
SÃOPAULO
PARA CATEOORL^ COM DATA - BASE EM ABRIL, AGOSTO E DEZEMBRO
IBOVESPAN*PONTOS EM 23/OimJBRO
VARIAÇÁO SEMANA
MÉS
14,51 %
76,09687 8325,00
U475
6550.58
SALÁRIO MÍNIMO
595.43 *
sjca %
AÇÀO MAISNEGOCIADA Ttlebras COTAÇÁOFECHAMENTOEM 23/10
0,991
REPOSIÇÃOQUADRIMESTRAL: 123,77% PARA CATEGORUS COM DATA - BASE EM FEVEREIRO,JUNHO E OUTUBRO
92 ANO
CrS 13140
SCTEMBRO
RECOLHIMENTO AO INSS / OUT
CrS 7.593.30
VENDA
CrS 7,593,40
VARIAÇÃO
MÊS
ANO
VENDA
SEMANA 5,54 %
18,65 %
618.19 %
PARALELO
23/10 (FECHA) VENDA
CrS 8.250
PAPEL
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL: AUTONOMOS, ECLESIÁSTICOS, EMPREGADORES. TOTAL A PAGAR ALÍQUOTA BASE DE CALCULO TEMPO DE FILIAÇAO 52.218,69 10 (Cr$) 522.186,94 ATÉ 01 ANO MAIS DE 01 A 02 ANOS
CrS 8.180 SEMANA
COMPRA
VARIAÇÃO
MÊS 13,01 %
8,27 %
VENDA
COMPRA
CrS 7950
VENDA
CrS 8150
VARIAÇÃO
SEMANA
MÉS 10,14 %
627,68 %
8,67 %
VENDA
ANO
TRD
MERCADO DE OURO 2J 10-«
DIA
SÀO PAULO - BMátF • FECHAMENTO C»$
SEMANA
MÉS
ANO
11.33 *
555,95*
8,n *
MMO tX>LARESPORONÇA-TRCY (3I,1CHCR) OOLARESPORONÇA-TKOY
TAXA
FATOR
DlARIA
ACUM. OUT.
01
1.098962
1,00000000
02
1.098962
1,01098962
03
956.172.64
10
95.617,26
143.425,90
1.434.259,00
10
MAIS DE 03 A 04 ANOS
1.912.345,31
20
382.469,06
MAIS DE 04 A 06 ANOS
2.390.431,66
20
478.086,33
MAIS DE 06 A 09 ANOS
2.868.518.02
20
573.703,60
MAIS DE09 A 12 ANOS
3.346.604,30
20
669.320,86
MAIS DE 12 A 17 ANOS
3.824.690.66
20
764.938.13
MAIS DE 02 A 03 ANOS
ANO
6262,87 %
23110 (FECHA)
TURISMO
LOWRtS
CrS 522.186,94 522.186,94 522.186,94
VARIAÇÁOSEMANA 2.5 *
COMPRA
NOVA YOKK
MÈS OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO
23/10 (FECHA)
COMERCIAL
VARIAÇÁO
CrS 230.000,00 230.000,00 230.000,00 522.186,94
AGOSTO
PORtX>TEDEMILAÇÔ6S 2*
MERCADO DE DÓLAR
r;ciT>.ÇÁO
MÊS JUNHO JULHO
MAIS DE 17 A 22 ANOS
4.302.776.97
20
860.555.39
MAIS DE 22 ANOS
4J80.863,30
20
956.172,66
EMPREGADO —EMPREGADO DOMÉSTICO —TRABALHADOR AVULSO
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO (Cr$)
1,02210001
ATÉ 1.434.259,00
ALÍQUOTA (%) 8
1.02210001
DE 1.434.259,01 A 2.390.431,66
UnR/OUT
CrS 3.867,16
05
1.098962
1.02210001
DE 2.390.431.66 A 4.780.863,30
10
DL»l
(CrS)
06
L098962
1.03333250
EMPREGADOR
12
25/09
3.734,72
07
1.089500
1.04468843
28/09
3.774,03
08
1.084468
1.05607031
CORREÇÃO PELAUnR.
09
1.073721
1.06752306
VENCIMENTO EM OUTUBRO: DIA 7. EMPRESAS; DIA 22. PESSOAS HSICAS.
UFIR
04
29/09
3.813,74
30/09
3.840,36
01/10
3.867,16
—
10
1.07898528
11
1.07898528
OBS.: PAGAMENTO FEITO NO PRIMEIRO DU ÚTIL DO MES NAO TEM CORREÇÃO. DEPOIS HA
EVFLAÇAO
02/10 3.946,24
05/10
1.07898528
12
13
06/10
3.986,92
07/10
4.028,02
14
08/10
4.069,54
15
MÊS
INPC
IGP
IGPM
IPC
ICV
ICVM
TR
(IBGE)
(FGV)
(FGV)
(tlPE)
(DIEESE)
(ORIXECON.)
(BANCO
1.073721
1.07898528
1.059437
1.10212448
OUT/91
21,08
25.85
22.63
25,17
20,76
23.12
19,77
1.11380080
NOV
26.48
25.76
25.62
25.39
25,76
24.51
30.52
1.059437
CENTRAL)
09/10
4.111.50
16
13/10
4.155,00
17
1.12560081
DEZ
24.15
22.14
23.63
23.25
23.64
25,02
28,42
14/10
4.198,96
i8
1.12560081
JAN/92
25.92
26.84
23,56
25.89
29.38
26.43
25,48
15/10
4.243,39
19
1.059437
1.12560081
FEV
24,48
24.79
27.86
21.57
21.86
21.58
25.61
16/10
4.288,28
20
1.059437
1.13752585
MAR
20,70
21.74
24.50
21,58
24,27
19/10
4.335,23
21.62
21,39
21
1.059437
1.14957722
20/10
4.382,69
ABR
20.84
18,54
19.94
22,73
19.75
21.15
21,08
4.430,68
1.059437
1.16175627
21/10
22
MAI
24.50
22.45
20,43
22.53
22.35
22.30
19,81
22/10
4.479,19
23
L059437
1.17406434
JUN
20.85
21.42
23.61
22.45
22.03
22.10
21,05
23/10
4,528,23
24
JUL
22.08
21.69
21.84
21.10
23.57
21,12
23,69
26/10
4.574,75
25
22,38
25.54
24,63
23.16
21,02
22.76
23,22
27/10
4,621,75
26/27
AGO
27.37
25,27
24.41
22,96
23.46
25,38
235,56
—
1.18650282 1.18650282
1,059437
1,19907307
SET
236,77
242,94
239,63
241,68
228,76
232,10
Acumulado 12 meses
1.120,60
1.166,53
1.140,47
1.131,47
1.111,72
1.089,46
1.219,40
Acumulado
542,00
555,18
551,34
536,61
545,32
520,64
557,26
Acumulado
OUTROS IMPOSTOS UFESP
UFÍVÍESP
- UNIDADE HSCAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Cr$ 4L447,7 - UNIDADEFISCAL DO MUNICÍPIO- ANUALCrS31.871,00
UFMESP UFMESP
- TRIMESTRAL - Cr$ 200.992,00 - OUTUBRO - Cr$ 200.992,00
23.98
6mesâs
em 92
ALUC;UEL
DEPARTAMENTO DE MARKETING
PANROTAS
Diretor: Paulo K. Lacerda.
RESIDENCULISN/IPCA
Assistente: Ana Regina Barreto.
DIRETORDECIRCULAÇÃO D. Leslie Benveniste.
DEPARTAMENTO
MÊS DE
ANUAL
SEMESTRAL
REAJUSTE
(%)
(%)
AGO
911,65
252,69
Diretor: João Batista de Resende Miranda,
SET
1.135,63
259,91
003776 — Inscrição Estadual: 109.336.892.IJ6.
DEPARTAMENTO DE
OUT
1.139,81
247,24
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ASSINATURAS
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Tarifária Fiscal: Assistentes: (São Paulo) Alessandra I. da Silva e 49.02.01.00. Matriz: Av. Jabaquara, 1761, Sào I^ulo, Andréa Marques; (Rio de Janeiro) Nelice 04045-901, tel- (011) 275-0211, fax (011) 276-1602. Figueiredo. FiGal: Av. Rio ftanco, 277, sala 1602, 20040009, le).
(021)2200249 e 240-9443 e fax (021)220-3741.
REDAÇÃO Editor: Joel Andrade Loes - MTb 29736.
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Artur Luiz Andrade e Fabiols Bemfeito.
Colaboradoes: Caio L. de Carvalho, Rodolfo Rizzotto, Doris v. d. M. Ruschmann, Wilson
Rabahy, Felipe Patury, Adel Ausda, Tasso Gadzanis, Regina Pitoscia, Rita Moraes, João Pedro do PrHdo.
Fotógrafos: João Bastos e Wallace Feitosa. Assistente de Redação: Rosematy Cataldi Madiado. Correspondenles: Antonio Noya (Alagoas), Lúcia
Helena Sá Barreto (Bahia), Mercedes Urquiza
(%)
(%)
BIMES.
230,03
123,00
81,70
SET
1.050,30
234,35
123,78
82,63
49,15
OUT
1.131,47
241,68
127,21
85,55
53,22
TRIMES.
BIMES.
DEPARTAMENTO CONTÁBa
COMERCIAL IGP - FGV
Contador: José Roberto Massi.
DEPARTAMENTO DE ARTE Coordenação de Tráfego: Alice Isshikí de Rezende e Ronei do N. Lacerda.
MÉS DE
ANUAL
SEM.
QUADR.
AGO
962,87
223,04
114,47
80,93
47,76
SET
1.055,36
224,98
127,14
85,49
52,77
OUT
1.166,53
242,94
136,26
94,58
59,90
REAJUSTE
Diagramador e Arte Final: Juarez Estevan dos Santos, Alessandro Cassulino e Gáudio Malchin.
Composição: Rogério de Syllos, Marcelo Begosso, Marilani Pistori e Andréa Schil.
Paulo Fernando Craveiro (Pernambuco). Antonio Roberto Rocha (Rio Grande do Norte) e Roberto Gallicchio (Rio Grande do Sul).
Cândido Januário.
* O acabamento e a in^iressão do Jornal Panroias é da
COMERCIAL IGPM - FGV
Lis Gráfica e Edilon Uda. (R. Viscoi^e de Pamaiba, 2753, São Paulo, SP).
DEPARTAMENTO COMERCIAL
Azevedo.
TRIMES.
i%)
AGO
PRODUÇÃO GRÁnCA
Paulo Loes; (Rio de Janeiro) Elivania da Costa
QUADR.
(*)
01059-970. RIO DE JANEIRO: Av. Rio Branco, 277, sala 1602, 20040-009, telex 2133006 e fax
Coordenador: Newton dos Santos. Fotolito:
Promotores: (São Paulo) Antonio Jorge Filho;
SEM.
48,29
Atendimento: SÃO PAULO: Av. Jabaquara, 1761,
(Minas Gerais), Dayse Regina Ferreira (Paraná),
Diretor: Levingstone Sucasas. Gercnle Geral/filial Rio de Janeiro: Darlene Mello. Dir. de Promoções Internacionais: Tereza Lobo.
ANUAL
04045-901, tel. (011) 275-0211. telex (11) 56693 e fax (011) 276-1602 e Caixa Postal 1561 -
(Brasília), José Mário Pinto (Ceará), Eitio Fonseca
Conselheiro: José Américo Marcondes de Carvalho.
MÊS DE REAJUSTE
m 968,67
Repórteres: (São Paulo) Adriana Esther (021)220-3741.
Sorgenicht, Cleide S. Pivotto; (Rio de Janeiro)
COMERCUL IPC - FIPE
PUBLICAÇÃO SEMANAL
MÉS DE AGO
R-ice Uaterhouse Tiragem; 9000 exemplares.
ANUAL
SEM.
QUADR.
TRIMES.
BIMES.
952,43
237,64
117,54
81,38
50,61 51,85 56,12
REAJUSTE
SET
1.038,08
229,12
126,05
87,70
OUT
1.140,47
239,63
135,13
90,22
Páginas JORNALPANROTAS
Terça-feira, 27 de Outubro de 1992
TOUR SUGESTÃO
Classificação para serviços do receptivo A proposta é do diretor da The Gray Line, do Rio de Janeiro, Peczenik faz críticas à Embratur e Riotur que não
João Pedro do Prado A ausência de fiscalização, de contro le de qualidade dos serviços presta
"Este ano deve ser maior, nesse Con
tinente que vive na contramão". A manager da Rentamar Turismo vê o segundo semestre como um dos mais negros, em 11 anos no setor. "Para ser boazinha, calculo a queda
fiscalizam os tours.
dos; a ação livre dos chamados "ban-
dalhas"; a falta de segurança do Rio de Janeiro, embalada pelo popuUsmo do governo de Brizola; e a imagem desgastada de cidade perigosa, no Ex terior, ampliada pelos problemas econômico-políticos que sacodem o Pafe — são alguns itens anotados por
entre 40/50%.
Viagens de incentivo — Os turistas que (ainda) vêm, chegam em viagens de prêmio.
"São de ruVeis baixos, em nível pes soal", resume Abraham Peczenik. Com mais de 35 anos no setor, sendo
agentes e operadores de receptivo, ao apontarem as principais queixas e o perfil dos turistas que (ainda) vêm; a
PLÜ»/
22 no Brasil, esquadrinha o perfil dos turistas europeus: Julho — assalaria dos; agosto — executivos; setembro — diretores de empresa; outubro/no
queda do fluxo e soluções. Para Abraham Peczenik, diretor da
Tours Brasil, os órgãos oficiais —
vembro — classe A. "O francês é o
Embratur, Riotur etc. — não fiscali
melhor turista, quer conhecer o Brasil
zam os serviços de tours, "realizados por pessoas inescrupulosas". Celso
cultural". Para Celso Antonio B. V. e
Silva, é baixa a classe que vem atra vés de prêmios de incentivo. "O prê mio vira castigo, com os assaltos. O
Antonio B.V. e Silva, diretor de The Gray Line, critica a descontinuidade .(U
do embelezamento e do esquema de
serviço é de hotelaria três estrelas. O
segurança que marcaram a Rio/92, ao
turismo em nosso País desceu de ní
repudiar agências "acima de qualquer
vel para sobreviver". Pela ótica de Márcia Riedel, o argentino fica
ética", que promovem tours voltados rpara a miséria, para o turismo sexual.
Márcia Riedel, manager de Rentamar Turismo, resume o quádro do re ceptivo; recentemente, um grupo de turistas americanos pediu seis noites no Brasil, desde que não fossem no Rio de Janeiro.
"Antes, eram os noticiários sobre as
saltos, matanças de menores, cólera,
aids e, agora, esse golpe final para o turismo, a situação política, com um govemo caindo por corrupção", ava lia Márcia Riedel.
"O populismo do govemo de Brizola leva agências à prática do anti-turismo. Afmal, elas têm de pagar a conta do telefone", acresenta Celso Antonio B. V. e Silva. "Os bandalhas das
sete/oito noites em hotel mais barato
mo conta que a primeira pergunta que se ouve dos turistas é a de que se po dem sair e se nada vai acontecer.
Celso Antonio B.V. e Silva é de opi nião que os serviços prestados aos tu ristas que querem passear deveriam
"Pensam que a cidade é pequena, uma illia tropical, e se espantam com
ser classificados por estrelas, a exem plo da hotelaria. "Ninguém diz como
o tamanho do Rio de Janeiro, informa
deve ser o ônibus, se está bom ou
Márcia Riedel.
ruim, se o guia fala esse ou aquele
O serviço de táxis, o exceso de came
lôs nas calçadas, guiasdespreparados,
idioma. Os atravessadores seriam identificados". Márcia Riedel entende
que mal falam o idioma, são outros
que a proposta não daria certo, ao
itens de queixas anotados por ela. "Outro dia, uma guia levou um grupw até Itacuruçá sem abrir a boca durante todo o percurso". A Rentamar dis
praias, dos hotéis, oferecem o mau
põe de oito ônibus e realiza tours pri
serviço pela terça parte do preço e to dos saem reclamando", registra Abra
vativos.
ham Peczenik.
A loucura do trânsito em geral e a deseducação, em particular, de motorisí-
tas de ônibus de turismoa avançarem sinais; a confusão nos painéis de in formações do Aeroporto Intemacional do Rio, na hora do rush, das seis
O diretor da The Gray Line, criada em 1910, por ser operadora, não se achou em condições de comentar. Abraham Peczenik sugere cursos de
educação das empresas aos motoris tas dos ônibus de turismo e a criação de um policiamento especial, que co braria multas no ato da infração, cuja
às oito da manhã — marcam a desci
receita seria destinada à sua manuten
da no B e o desembarque ocorre no C, são algumas das queixas do co
ção. "O turista não tem coragem de atravessar a pé o túnel de Copacabana
nhecimento do diretor da Tours Bra
para ir ao Shopping Center Rio/Sul.
sil. A manager da Rentamar Turís-
O túnel é escuro e sem segurança".
considerar que a solução para alguns
pais cidades do mundo e ninguém deixa de viajar. O apelo do Brasil, além das belezas, é que é o país mais barato do mundo, está de graça para os estrangeiros. Com a participação da Varig, estamos oferecendo aos peruanos um pacote de quatro e sete dias, só pagando a passagem, com direito a hotel, trasla dos e excursões. Viajo 20 dias por mês, a correr o mercado de 50 paí
desses problemas é a mão-de-obra
ses".
qualificada, com rigorosa seleção do pessoal. "Nossos operadores estão sempre viajando para conhecer os
O diretor de The Gray Line também defende campanhas promocionais no Exterior. "O trade não pode fazer so zinho. Beleza por beleza, o turista vai para o Havaí. Infelizmente, a vida do Rio é governada à base do populis
produtos". O diretor de Tours Brasil, que passa mais tempo no Exterior, a vender o Brasil, critica o pessoal das agências. "O diretor está sempre em
mo".
e faz tours por conta própria. O ame ricano dá preferência ao turismo eco lógico mais do que antigamente. O holandês pede bons hotéis, gasta bem. O espanhol e o italiano viajam pelo País e são preocupados com a comida e o lazer.
O diretor de Tours Brasil sugere campanhas promocionais, com 2% que seriam extraídos da receita do tu rismo.
Márcia Riedel é de opinião que a ini ciativa privada tem que se virar, por que falta a participação do poder pú blico. "Não há folheteria nem do Car
naval. Quem a fornece são a Varig, hotéis e joalherias. A Globo poderia ajudar, além das novelas que exporta. A Rio/92 melhorou a nossa imagem, agora embaçada com o noticiário do impeachment. Pensam que somos uma republiqueta, que haverá guerra civil, terrorismo, essas coisas". Celso
reunião, não atende telefone. Em mi
Ele acredita que a vinda de duas em
nha agência, isso não acontece, aten do a todos, sempre".
presas aéreas, dos Estados Unidos, como acontece agora, melhorará o
Investir — Abraham Peczenik defen
fluxo de turistas americanos.
de a promoção continuada do Brasil no Exterior, com a participação das empresas aéreas, a exemplo de sua agência, que veicula anúncios em vá rios países. "Acredito que o que sai na imprensa lá de fora tenha fundo econômico. Há violência nas princi
O diretor de Tours Brasil calcula a queda em tomo de 50%, nos dois úl
Antonio B.V. e Silva lamentou a per da da oportunidade para a promoção do turismo, durante a RÍo/92: "O go vemo só se preocupou cm que nada
timos anos, do fluxo do receptivo,
desse errado. Para a Embratur, não ler
"embora nenhum hotel tenha fecha
do". O diretor de The Gray Line
problemas com os jornalistas foi uma solução". Ele achou graça de recente
concorda com o percentual, que am plia para os últimos quatro anos.
promessa da RioTun trazer um mi lhão de turistas. •
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