Revista Educomunica Curitiba

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O projeto consiste na realização da cobertura educomunicativa da Conferência Municipal de Direitos da Criança e do (a) Adolescente - 2015, envolvendo adolescentes de Curitiba. A iniciativa é uma parceria do Centro Cultural Humaita com a Parafuso Educomunicação, apoiado pelo Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente de Curitiba (Comtiba), com recursos do Fundo Municipal da Infância e da Adolescência (FIA).

O Centro Cultural Humaita foi criado como uma resposta ao racismo institucional e velado que promove o apagamento identitário e cultura dos afroparanaenses. Desenvolve ações nas áreas de arte, cultura e educação visando valorizar e dar visibilidade aos negr@s paranaenses. Visa ainda apoiar a aplicação da Lei Federal 10.639 e realizar diversos eventos de identificação positiva, como o Festival Paranaense do Samba - do Samba Rural ao Carnaval; Fórum Paranaense de Capoeira sobre Ética e Responsabilidade Sócio-Cultural; Abolisom - Ecos da Abolição da Escravatura; Mutirão pela Identidade Cultural Paranaense; Seminário de Dança Afro - Desafios e Possibilidades; Lavação das Escadarias da Igreja Nossa Senhora dos Pretos de São Benedito; e outros.

EXPEDIENTE

O coletivo Parafuso Educomunicação vem trabalhando junto desde o segundo semestre de 2013. Na época, o trio compartilhava atividades como a escrita de projetos para captação de recursos, o planejamento e a execução de oficinas de educomunicação. A partir de 2014, a equipe começa a desenvolver tanto projetos independentes como parcerias com organizações. Missão: usar a comunicação como ferramenta para promover direitos humanos e uma cultura de participação social, principalmente entre adolescentes e jovens.

ADOLESCENTES DO PROJETO: Amanda Carolina Anhaia Rodrigues, Beatriz Helena dos Santos Ponte, Dryelle Vitória Freitag, Gabriela de Oliveira, Gabrielle Miranda Lopes, Gabrielly Lopes Canova, Gleice Kelly Ribeiro Bazalia, Heloisa da Silva, Hudson Felipe Goulart Pinto, João Vitor Fiuza Proença, Júlia Mendonça Nagle, Leonardo Felipe Ianski da Silva, Milena Ranthum Fonseca, Rayane da Silva Ribeiro, Rayssa Conrado dos Santos Cunha, Robert de Almeida Marques, Vinicius Almeida Martines. EQUIPE: Assis Garcez, Diego Henrique da Silva, Juliana Cristina Cordeiro, Lucimeire Martins, Melissa Rehiner, Paula Setzuko Nishizima, Zelador Candieiro. CAPA: designed by freepik.com | ACESSE http://parafusoeducom.org e http://informativocentroculturalhumaita.wordpress.com/


TIRE O SEU PADRÃO DO

meu corpo

Beatriz Ponte, Gabriela de Oliveira, Gabrielly Lopes Canova, Heloisa Silva e Milena Fonseca

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s padrões de beleza nos acompanham desde sempre, mas ninguém sabe ao certo quem os dita. Geralmente, a sociedade e a mídia nos influenciam a acreditar que existe um modelo a ser seguido - e quem não o segue acaba sofrendo diversos problemas. Esses padrões prejudicam muito crianças e adolescentes. Faz com que se fechem em um mundo paralelo de sofrimento por simplesmente serem diferentes (e quem disse que é errado ser diferente?). A maioria dos jovens dizem que não estão satisfeitos com o seu corpo, alguns muito magros, outros muito gordos, alguns muito altos, outros muito baixos, alguns loiros, outros castanhos. Quase ninguém está feliz consigo mesmo. Não existe perfeição: cada um é lindo por dentro e por fora do seu jeito!

ENTENDA MAIS SOBRE A DIFERENÇA ENTRE anorexia E bulimia

Alguns dos problemas mais comuns causados pelos padrões são a anorexia e a bulimia, que por mais que pareçam, não são iguais. A bulimia caracteriza-se por episódios repetidos de compulsão alimentar seguidos de comportamentos inadequados que tentam compensá-los, tais como vômitos. E a anorexia corresponde à necessidade que a pessoa tem de diminuir o peso, recusando-se a comer e alegando falta de apetite.

6 COISAS PARA LEMBRAR NA HORA DE SER você mesmo(a) 1. Não fazer do corpo dos outros um exemplo para o seu; 2. Independente das diferenças, todos os corpos são lindos; 3. Já dizia a banda Menudo: “Não se reprima, não se reprima!”; 4. Seja o seu próprio padrão 5. O que define você é a personalidade, não o corpo; 6. Não esqueça que mesmo com as diferenças do seu corpo, tem que estar sempre atento a sua saúde.

Alguns problemas desencadeados pela busca exagerada por padrões de beleza: - Anorexia; - Bulimia; - Suicídio; - Depressão.


CONFIRA O QUE

já rolou

NO PROJETO!

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OS CACHORROS Buddie E Bobby João Vitor Fiuza Proença

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a tarde de segunda-feira (17/08), enquanto eu estava pela Praça do Japão, me deparei com dois cachorros: um da raça Golden chamado Buddie e outro sem raça definida de nome Bobby. Para os cachorros e seu dono, era mais um de seus passeios diários; e para mim, que estou aprendendo a fotografar, vi nesses dois lindos cachorros de porte

grande, pelos altos e bem cuidados, a oportunidade de realizar meu primeiro trabalho de fotografia com animais. Ao conversar sobre os animais com Rafael (que é o dono dos cachorros), fiquei surpreso, pois ele me contou que havia adotado Bobby das ruas. Achei a atitude linda! E uma bela historia para ser contada na revista, pois com tanto abandono de animais nas ruas, saber que um teve o final feliz me deixa muito feliz também, pois não é todo dia que vemos ações como essa.


Amanda Anhaia Rodrigues, Gleice Kelly Bazalia & Rayane da Silva

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nquanto estávamos na oficina de fotografia, tivemos a surpresa de encontrar Buddie, um cão muito simpático da raça Golden Retriever. Com a sua presença, nosso tempo se tornou mais curto, pois todos queriam estar fotografando e aproveitando

ele ao máximo. É que descobrimos que, além de ele ser muito simpático, ele é extremamente fotogênico. Assim, as diversas fotos dele ocuparam um bom espaço no cartão de memória. Todas as fotos ficaram ótimas, e conversando com seu dono descobrimos que ele realmente gosta de ser paparicado. Temos certeza de que você irá se apaixonar por esse dog assim como nós. Aliás, não só por ele, mas sim por seu irmão Bobby também!

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Instagram: bud


HOMOSSEXUALIDADE NA Adolescência

Dryelle V. Freitag & Rayssa Conrado

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autoaceitação é um dos fatos mais importantes na transição da infância para a adolescência. Muitos jovens têm dificuldade nesse quesito, principalmente quando isso envolve um leque de assuntos considerados ‘polêmicos’ por grupos mais conservadores. Sexualidade é um tema amplo, tanto para heterossexuais quanto para as pessoas pertencentes ao grupo LGBT, mas para estas a situação complica, e muito. Quando descobriram sua homo afetividade? Como enfrentar a reação dos familiares e amigos? Isso sem falar no preconceito, oculto ou não, que sofrem. Tendo isso em vista, conversamos com dois adolescentes que passaram por essas situações para contarem ao pessoal do Educomunica! Curitiba como foram suas experiências. Usaremos nomes fictícios, uma vez que os entrevistados não quiseram se identificar.


Mariana*

Guilherme*

Educomunica!: Como você se descobriu homossexual? Mariana: No início da adolescência quando começa uma relação de afeto com pessoas do outro sexo, eu não me sentia à vontade ao cogitar a possibilidade de me relacionar com meninos. Me relacionei por força do hábito, mas não era aquilo que eu queria e gostava. Com 13 anos percebi que meninas me atraíam. Minha aceitação pessoal foi fácil e me assumi para amigos próximos.

Educomunica!: Como você se descobriu homossexual? Guilherme: Desde pequeno eu demonstrava ser “diferente” em relação aos outros garotos da minha idade. Com o passar dos anos, essas “diferenças” foram aumentando cada vez mais, porém, influenciado pela religião dos meus pais, eu escondia possíveis desejos por pessoas do mesmo sexo. Eu acreditava fielmente que era uma fase passageira e normal em minha vida. Depois de várias tentativas de me encaixar no “padrão de normalidade”, eu simplesmente explodi e decidi me aceitar do jeito que eu sou. Foi aí que eu comecei a agir conforme meus impulsos, sem tentar me mascarar ou até mesmo fingir ser uma pessoa que eu não sou.

Educomunica!: Qual foi a reação dos seus pais? Mariana: Com quinze anos comecei a namorar, mas não consegui e nem queria contar para meus pais. Minha mãe descobriu e teve a pior reação possível, até hoje ela não aceita. Já meu pai aceitou e me ajuda de todas as formas. Educomunica!: Você sofre preconceito? Se sim, de quais formas? Mariana: Um pouco, na rua ainda olham estranho quando estou de mãos dadas com alguma menina. Meus pais são separados e moro com meus avós maternos, ainda não contei pra eles por serem muito religiosos.

Educomunica!: Qual foi a reação dos seus pais? Guilherme: Ainda não contei minha orientação sexual para meus pais. Acredito que eles não reagirão de forma saudável, pois mostram-se bastante intolerantes sobre esse tema. Alegam ser uma escolha que, quando trabalhada, pode ser extinguida. Educomunica!: Você sofre preconceito? Se sim, de quais formas? Guilherme: É inevitável não sofrer preconceito numa sociedade onde gay é tratado como algo ruim. Entre garotos, é comum nos deparamos com brincadeiras onde a homossexualidade é vista e usada de forma pejorativa. Confesso que não me ofendo com tais atitudes, mas, indiretamente, não deixa de ser uma forma de preconceito. São nessas pequenas brincadeiras que enxergamos como precisamos amadurecer e abandonar de vez o preconceito pelo diferente, pelo incomum - que, na verdade, não é tão incomum assim!

*Os entrevistados preferiram não se identificar, então os nomes acima são fictícios.


Xô,

preconceito!

Amanda Carolina Anhaia Rodrigues, Gabrielle Miranda Lopes, Gleice Kelly Ribeiro Bazalia, Rayane da Silva Ribeiro & Vinicius Almeida Martines

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ada mais brega do que bancar o preconceituoso. Já faz muito tempo, o ‘respeitar o próximo’ virou objeto INDISPENSÁVEL da nossa sociedade. Infelizmente, em pleno século 21 ainda nos deparamos com manifestações preconceituosas no nosso dia a dia. Duvida? Acha que é mentira? Pois elas estão lá e você nem percebe. A equipe do projeto Educomunica! Curitiba traz um alerta sobre o preconceito corriqueiro, às vezes camuflados com inocência, mas sempre no tom de intolerância. Cansamos disso e levamos aos moradores de Curitiba frases que estão cansados de ouvir diariamente. São elas:

“Vamos esclarecer as coisas” “Nada contra ser veado, mas não na minha frente” “Amanhã é dia de preto”

“Mulher no volante, perigo constante”

“Lugar de mulher é na cozinha”

“Ele é tão bonito, nem parece ser gay”

“Não sou racista, tenho amigos negros”

“Não “Não tem “Ela é lésbica sou problema porque não tuas a mulher encontrou o negas” trabalhar fora, homem certo” desde que não atrapalhe “Ai, “Serviço suas tarefas !” gay e qu de preto” domésticas”

E aí, reconheceu alguma(s) dessas frases?

Já pensou que elas podem magoar alguém? É importante saber que a discriminação e o preconceito racial são crimes inafiançáveis (ou seja, não pode haver liberdade provisória mediante pagamento de fiança) e imprescritíveis (o que significa dizer que a denúncia pode ocorrer a qualquer momento, independentemente do tempo que tenha passado desde o ato discriminatório e criminoso).

Saímos às ruas para saber a opinião de outras pessoas sobre essas frases (se já ouviram, se concordam, se já falaram...). As respostas, na maioria das vezes foram em repúdio, mas houve casos em que as pessoas agiram de forma preconceituosa, dizendo até concordar com a frase! As pessoas que concordaram ser fotografadas, são todas contra e dizem NÃO a qualquer tipo de preconceito!



Marques agle, bert Almeida Ro : ão aç m stácio, Júlia N ra g na A Dia lia Jú , co Martines. astelo Bran icius Almeida in V e Fotos: Jade C o ad nr o , Rayssa C Larissa Nunes

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