Revista junho 2008
Belém - Pará - Brasil
ISSN 16776968
Edição 78
3,00
ETISMO TL A E D A IX A C IL S A R B P OG BIENTE M A IO E M O D L IA D N U M O DIA FESTAS JUNINAS
www.paramais.com.br
o m o c a i n ô z a ! m u A i A u n ca v n ê v oc NAS
JBáANCAS
Programação Arraial de Todos os Santos - 2008
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NOTICIAS DA ALEPA
ESTUDANTES PLANTAM MIL SEMENTES NO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE O governo do Estado anuncia as primeiras medidas efetivas do maior programa de reflorestamento do planeta, o Um bilhão de árvores para a Amazônia...
Pág. 10 Pág. 06 O NOVO SECRETÁRIO DE ESTADO ESPORTE E LAZER
ORIGEM DAS FESTAS JUNINAS
Carlos Alberto da Silva Leão é o novo secretário de Estado de Esporte e Lazer, em substituição à Lúcia Penedo, que coordenará o Grupo de Trabalho (GT) sobre a candidatura de Belém à sub-sede da Copa de 2014...
por GARIBALDI NICOLA PARENTE
V Concurso Estadual de Quadrilhas De 15 à 29/06 Local: Praça dos Artistas, Praça do Povo e Hall Ismael Nery End: Av Gentil Bittencourt 650 – esquina da Rui Barbosa De 15 a 20/06 De 18h à 01h – Apresentação de Quadrilhas/Miss Adulto Dia 21/06 (sábado) Das 09h às 17h - Apresentação de Quadrilhas/Miss Mirim Das 18h às 23h - Apresentação de Quadrilhas/Miss Adulto Dia 22/06 (domingo) Das 09h às 17h - Apresentação de Quadrilhas/Miss Mirim Das 18h às 23h - Apresentação de Quadrilhas/Miss Adulto Dia 23/06 – de 18h à 00h - Apresentação de Quadrilhas/Miss Dia 24/06 – de 18h à 22h – Miss Mix Participações especiais: Quadrilhas Frescura na Roça De 25 a 28/06 De 18h à 01h - Apresentação de Quadrilhas/Miss Adulto Dia 29/06 (domingo) a partir das 09h Apuração e Premiação Geral dos concursos Feira de Artesanato, Brinquedos, Exposições e Venda de Comidas Típicas. IV Concurso de Boi Bumbá De 26 a 28/06 Local: Teatro Waldemar Henrique End: Praça da República IV Concurso de Pássaro Junino Dias 21, 22 e 26/06 Local: Teatro Margarida Schivasappa End: Av Gentil Bittencourt 650 – esquina da Rui Barbosa Realização: Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves Secretaria de Estado de Cultura Governo do Estado do Pará End: Av Gentil Bittencourt 650 – esquina Rui Barbosa
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24º GRANDE PREMIO BRASIL CAIXA DE ATLETISMO
ANIVERSÁRIO DO HANGAR
Promovido pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e patrocínio da Caixa Econômica Federal (CEF)...
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Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br
Í N D I C E
PUBLICAÇÃO
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Montagem em fotos do GP BRASIL de: Oswaldo Forte, Elizeu Dias e Carlos Sodré
DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; REVISÃO: Paulo Coimbra da Silva; COLABORADORES: Acyr Castro, Anete Costa Ferreira, André Pessoa, Camillo Martins Vianna, Fábio L. Violin, Garibaldi Nicola Parente, Sérgio Martins Pandolfo; FOTOGRAFIAS: Antonio Santos, Antonio Silva/Comus, Artur Soeiro, Beatriz Souza, Elcimar Neves, Elizeu Dias, Carlos Sodré e Rodolfo Oliveira/Ag Pa, Ozeas Santos/Alepa, Maria Castro, Marcos Gonçalves, Ray Nonato, Sonia Farro; DESKTOP: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios OS ARTIGOS ASSINADOS SÃO DE INTEIRA RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES
ANATEC ASSOCIAÇÃO DE PUBLICAÇÕES
Presidente da Vale recebeu a mais alta comenda da FIEPA
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Medalha do Mérito Industrial “Simão Miguel Bitar” é maior homenagem feita pela Federação das Indústrias do Pará (Fiepa) a personalidades do mundo dos negócios e empresas de destaque no Estado. Este ano quem recebeu foi um dos empresários mais influentes do Brasil – Roger Agnelli, economista, presidente da Vale José Conrado e Roger Agnelli
– por ter colocado a produção paraense nas alturas. Estiveram presentes à solenidade, na Estação das Docas, autoridades e empresários de nossa sociedade. Roger Agnelli, em sua alocução agradeceu a todos, disse que recebia a homenagem em nome de todos os funcionários de sua empresa, fez pequena síntese sobre as atividades da Vale no mundo e no Brasil. Informou que a tendência atual para a Vale, é de firme crescimento industrial e assim sendo, sempre haverá espaço para mais e novos investimentos, afirmando que muito mais, fará pelo Pará. Após os discursos, crianças e adolescentes que fazem parte do projeto Vale Música – um coral e uma banda,
fizeram bonita apresentação. Em seguida, todos se dirigiram ao teatro Maria Sylvia Nunes, que ficou lotado. Para a imprensa, Agnelli disse que se sentia muito honrado e que estava emocionado com a homenagem. “Estou muito feliz com tudo isso. Não sabia que se tratava de um evento tão grande”. O presidente da Fiepa, José Conrado, ressaltou que a comenda – a Medalha Simão Miguel Bitar – só é concedida merecidamente, a quem realmente faz com que o Pará cresça e se desenvolva. Confessou que as relações entre a Fiepa e a Vale nunca estiveram tão boas como agora e com o apoio da Vale conseguimos gerar muitos outros empregos, até fora do setor de mineração. Por meio do Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), muitas empresas paraenses vendem produtos à Vale – antes eram oriundos de outros Estados. Crianças e adolescentes do Vale Música, fizeram bonita apresentação
Vibrando com a Medalha Roger Agnelli e o diploma Roger Agnelli discursando, a mesa oficial e os participantes da solenidade
Estudantes plantam mil sementes no Dia Mundial do Meio Ambiente Fotos: Elcimar Neves e Rodolfo Oliveira/Ag Pa
Na ocasião, foram assinados cinco documentos que garantem uma série de medidas para efetivar o programa Um bilhão de árvores para a Amazônia. Um deles é o protocolo de intenções firmado entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e a Conservação Internacional (CI) do Brasil, que prevê a constituição do Fundo para Conservação da Biodiversidade em Terras Indígenas. A Fundação Nacional do Índio (Funai), por sua vez, firmou com o governo do Estado o termo de cooperação técnica para a aplicação de amplo programa de proteção e promoção dos povos indígenas na Amazônia, num ato assinado pela governadora Ana Júlia Carepa. Outra assinatura foi a do protocolo de compromisso firmado entre uma rede de entidades, Poder Público, instituições de pesquisa e produtores, para a criação da Rede Estadual de Colheita de Sementes e Laboratórios Integrados. Mil crianças da rede escolar, pública e privada, preparando-se para fazer a semeadura das espécies, orientadas por monitores ambientais
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o Dia Mundial do Meio Ambiente, o governo do Estado anuncia as primeiras medidas efetivas do maior programa de reflorestamento do planeta, o Um bilhão de árvores para a Amazônia. Em cerimônia no Parque Ambiental do Utinga, representantes do Poder Público e da sociedade civil firmaram uma série de compromissos para garantir o alcance da meta e a recomposição florestal na região. Mil estudantes das redes pública e privada fizeram o plantio das primeiras mudas do programa. O semeio privilegiou 16 espécies nativas daAmazônia, como açaí, andiroba, castanha-do-pará, mogno, samaúma, tamburi, entre outras. Muitas dessas árvores têm valor econômico, numa representação do que o programa pretende ser: a transformação da recomposição florestal em uma atividade econômica que possa fazer frente a outra atividade que gera lucros, o desmatamento. É a implantação no Pará da "economia florestal".
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Educação Ana Júlia assinou também o decreto estadual que institui o comitê supervisor do zoneamento econômico-ecológico (ZEE) e o comitê técnicocientífico e grupo de trabalho que serão responsáveis A estudante Adriane Campos Moraes, entregou a governadora Ana Júlia Carepa, uma muda das que foram plantadas
O ato simbólico da geração futura fazendo o plantio das primeiras mudas do programa
pela coordenação do zoneamento. Também foi assinada a portaria que cria o Programa Estadual de EducaçãoAmbiental, que será coordenado pela Sema. Para a governadora, com essas ações o Pará se lança no cenário nacional como o Estado que mais repara os seus recursos florestais. Com o plano de educação ambiental, lembrou, serão formados cidadãos paraenses mais sensíveis no trato com o meio ambiente. O convênio com a Funai, por sua vez, disse, reforça a soberania brasileira sobre a Amazônia, cujo custo de manutenção, segundo Ana Júlia, deve ser dividido por todos que se beneficiam da floresta.
Parcerias O secretário de Estado de Meio Ambiente, Valmir Ortega, lembrou que o programa Um bilhão de árvores é um marco no Brasil e no mundo, embora o governo do Estado venha tomando, desde o início dessa administração, medidas efetivas de combate ao desmatamento - como a operação Arco de Fogo - e de recomposição florestal, com a aceleração dos processos de licenciamento ambiental e de regularização fundiária. Outra prova, lembrou ele, é a estruturação do ZEE, que já é uma realidade. Para a governadora, as parcerias são importantes para a meta de um bilhão de árvores em cinco anos ser alcançada. Tailândia, na região de integração do Tocantins, foi o primeiro município a anunciar o apoio ao programa, com o replantio de 50 milhões de árvores - 5% do total previsto. A Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagri) também já garantiu que vai mobilizar os mais de 100 mil agricultores familiares do Estado para garantir o plantio de dez milhões de árvores. Os produtores elogiam a iniciativa. Segundo o secretário executivo da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Pará (Aimex), Justiniano Neto, o programa deve gerar mais de 50 mil empregos e garantir investimentos globais de R$ 4 bilhões, com a recuperação de 20 milhões de hectares da floresta amazônica. "Apoiamos de forma incondicional essa iniciativa inédita na gestão ambiental do Estado", disse.
O semeio privilegiou 16 espécies nativas da Amazônia
Ana Júlia assinou o decreto estadual que institui o comitê supervisor do zoneamento econômico-ecológico O secretário de Estado de Meio Ambiente, Valmir Ortega
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Balões levaram um milhão de sementes Fotos: Antonio Silva / Comus
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as comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente, a Prefeitura de Belém, da – Cidade das Mangueiras, como é carinhosamente chamada a capital paraense, procedeu a revoada de 20 mil balões biodegradáveis, que foram soltos da Avenida Duque de Caxias, da Praça da República e do Entroncamento, contendo no total um milhão de sementes. O material usado nesses balões era de látex, que leva apenas três anos para se decompor no meio ambiente, enquanto os tradicionais,
A Cidade das Mangueiras ajudando o “Um bilhão de árvores para a Amazônia”
20 mil balões biodegradáveis, que foram soltos
fabricados com polietileno, levam 1.200 anos para se decompor. A programação envolveu também ações educativas e culturais e de prestação de serviços, como coleta de material reciclável e vacinação. Os balões levaram um milhão de sementes de várias espécies, e a iniciativa era provocar um verdadeiro "bombardeiro" de espécies como cedro-cinza, acácia pingo-de-ouro, jaqueira, sementes de melancia, além de uma diversidade de verduras e leguminosas. Dentro
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deles, havia também tiras de papel contendo os contatos da Semma (endereço e telefones), para esclarecer dúvidas relacionadas à ação, para orientar o cidadão quanto à espécie e o plantio. Além de disseminar a necessidade da arborização e preservação do verde, a Semma pretende manter um controle das sementes que serão plantadas e também ter uma noção da distância que esses balões alcançaram. "A intenção é que a revoada chegue às regiões das ilhas de Belém, pois eles foram soltos por volta das oito horas da manhã e devem permanecer por cerca de seis horas no ar, antes de alcançarem o solo", explica a titular da Semma, Sílvia Santos. O prefeito de Belém, Dulciomar Costa plantando um pé de mangueira
PMB entrega Medalha Marina Silva
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oi instituída em 05 de junho – "Dia Internacional do Meio Ambiente", a Medalha de Honra Ambiental Marina Silva, pela Lei Municipal nº 7.943. O nome da Medalha do Mérito Ambiental, Marina Silva, presta homenagem a uma as personalidades que mais se destaca na defesa da Amazônia. A honraria é uma homenagem da Prefeitura de Belém, através da Secretaria Mundial de Meio Ambiente (SEMMA), como forma de reconhecer e homenagear a todos aqueles que, de alguma maneira, contribuíram para a melhoria da cidade no aspecto ambiental, sejam elas pessoas físicas ou jurídicas. Nesta primeira edição, a medalha foi entregue a doze personalidades ligadas à causa ambiental e preservação do Meio Ambiente, e duas empresas com reconhecido destaque e atuação em campanhas de Responsabilidade Social e Ambiental. Impossibilitada de comparecer, a exministra e atual senadora gravou um emocionado depoimento agradecendo pela homenagem que foi transmitido durante a cerimônia. Entre os agraciados: Dr. Geraldo de Mendonça Rocha, Procurador Geral do Ministério Público do Estado do Pará; Dra. Maria Vitória T. do Carmo, Juíza da Vara do Juizado Especial do Meio Ambiente; Prof. Camilo Alguns dos agraciados
Martins Vianna, Presidente da Sociedade de Preservação dos Recursos Naturais da Amazônia – SOPREN; José Conrado Azevedo Santos -Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará – Fiepa; Sol Informática Ltda, Diretor Geral Luiz Roberto Ferreira; Prof. João Messias dos S. Filho, Diretor Geral da Faculdade Ideal – FACI; Dep. Estadual Manuel Gabriel Siqueira Guerreiro - Líder do Partido Verde na Assembléia Legislativa do Estado do Pará; Antonio Benedito Coimbra Sampaio, Ex-Presidente do Rotary Club Belém Norte. Campanha "Vamos Florir Belém"; Amazônia Car, Mário Domingos Canela Almeida (Proprietário); Prof. Eduardo Jorge Cardoso Brandão, Professor da UFPa, Bacharel em Física, Mestre e
Nosso Amigo Camillo Vianna, recebendo a Medalha de Honra Ambiental Marina Silva do Prefeito Dulciomar Costa
Doutor em Administração Pública e Governo pela Fundação Getúlio Vargas; Irmão Marista Afonso Haus - Ecologista, apaixonado pelas Mangueiras de Belém do Pará. Hoje, mora em Brasília, no Colégio Padre Champagnat; Elias de Paula de Araújo - Diretor do Fundo Nacional do Meio Ambiente / MMA – Brasília; José Luiz de França Penna, Presidente do Partido Verde, e RogerAgnelli, Diretor- Presidente da Vale. Camillo Vianna, é um incansável defensor da Natureza e seu Meio ambiente, foi pioneiro na Amazônia em proceder o sementeio, através de pequenos aviões, de onde as sementes de espécies amazônicas eram jogadas. A FEIJ o homenageou plantando um bosque com espécies ameaçadas de extinção. Camillo Vianna, questionado sobre o momento atual pelo qual passa a nossa cidade e região, afirmou: “Começando por manter a cidade limpa e linda”.
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Presidente da Alepa fala sobre
encontro em Altamira
Deputado Domingos Juvenil
deputado Domingos Juvenil, presidente da Assembléia Legislativa foi à tribuna de honra da Casa para demonstrar toda sua preocupação com a realização do Encontro Xingu Vivo, que acontece em Altamira, patrocinado por entidades da sociedade civil e de diversas Ong's, com a participação do Governo Federal. “O movimento todo é para impedir o estudo da Bacia do Rio Xingu para a construção da barragem de Belo Monte”, criticou. Ele considerou que a concepção que fundamenta o encontro como uma violência e um desrespeito ao povo de Altamira e dos brasileiros. “Barrar o direito de saber o que vai acontecer se a barragem for feita é uma violência. É preciso garantir o direito de saber o que vai acontecer para poder decidir”, defendeu. Comentou ainda a decisão da Justiça Federal de ter concedido liminar impedindo a realização dos estudos sobre a implantação da barragem em Belo Monte. Domingos Juvenil destaca que “nós, amazônidas, precisamos tomar consciência das potencialidades que temos. Queremos preservar a Amazônia, mas nós queremos saber qual é o lugar que vamos trabalhar e
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que espaço vamos reservar para o homem”, justificou a realização dos estudos. O presidente da Assembléia Legislativa defendeu ainda a necessidade da implantação do ordenamento territorial, do Zoneamento Econômico e Ecológico, e do direito a população da Amazônia em produzir em busca do seu desenvolvimento. “Queremos que nos permitam produzir sem ter o rótulo de depredadores, de desmatadores e de responsáveis pelo aquecimento da terra e pelos males climáticos que o mundo passa neste momento”, criticou. O deputado Domingos Juvenil durante todo o discurso, fez uma avaliação, citando os números da população da Amazônia, do quanto à região representa na economia da nação e do perigo de quererem engessar o seu desenvolvimento. “Nós temos o mesmo direito de trabalhar e de viver, nós temos o sagrado direito de sermos felizes”, concluiu. *Presidente da Assembléia Legislativa do Pará e do Parlamento Amazônico
ALEPA tem representação na nova diretoria da UNALE
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XII Conferência Nacional da UNALE (União Nacional dos Legislativos), realizada em Fortaleza, capital do Ceará, no período de 28 a 30 de maio, reuniu cerca de 650 participantes dos poderes legislativos de todo o Brasil. A delegação paraense contou com 12 deputados: Ana Cunha, Luiz Cunha, Cezar Colares, Cássio Andrade, Ítalo Mácola, Alexandre Von, Parsifal Pontes, Martinho Carmona, Júnior Ferrari, Adamor Aires, Luiz Afonso Sefer, além do presidente da ALEPA, deputado Domingos Juvenil. Durante três dias, os parlamentares debateram a necessidade de reforma tributária e concentraram esforços no sentido de restabelecer a
autonomia dos poderes legislativos estaduais. "Precisamos unir as forças dos parlamentares de todo o Brasil para que as Assembléias Legislativas recuperem as suas prerrogativas de votar e aprovar projetos, o que hoje está concentrado no Congresso Nacional", destacou o presidente Domingos Juvenil. Na sexta-feira (30/05), houve a eleição da nova diretoria da UNALE. Com chapa única, foi eleito o deputado Cezar Halum, presidente da Assembléia Legislativa do Tocantins. O Pará conquistou uma representatividade inédita na diretoria executiva da Unale: cinco parlamentares paraenses faziam parte da chapa eleita. O presidente da ALEPA, deputado Domingos Juvenil, também presidirá o Conselho Consultivo da entidade. Como representantes do Estado, a Assembléia Legislativa do Pará indicou os deputados Alexandre Von e Carlos Bordalo. Ainda fazem parte da diretoria eleita o deputado Cézar Colares, no Conselho Fiscal, e a deputada Ana Cunha, como presidente da Secretaria de Mulheres da Unale. A nova diretoria já inicia os preparativos para a XIII Conferência Nacional da UNALE, marcada para acontecer em 2009, em Belém do Pará.
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Assembléia Legislativa decide novo quorum para trabalhos legislativos projeto de resolução proposto pelo deputado Domingos Juvenil alterando de onze para apenas quatro deputados o quorum regimental para a abertura dos trabalhos legislativos, foi aprovado pelos deputados no plenário da Assembléia Legislativa. O projeto altera o parágrafo 2º do artigo 119 do regimento interno do Poder Legislativo foi juntado a outro projeto de resolução de autoria do deputado Márcio Miranda (DEM) e recebeu pareceres favoráveis da
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Comissão de Justiça e Legislação e da Mesa Diretora. “A medida equipara o funcionamento da Assembléia Legislativa do Pará ao que já é praticado em outras Casas Legislativas do País”, considerou o deputado Joaquim Passarinho (PTB). Para o líder do PSDB, deputado José Megale, a mudança tem pouca interferência no desenvolvimento das sessões ordinárias, já que não modifica o quorum qualificado de presença de 21 deputados para a votação de matérias legislativas.
Plenário
Pensões às vítimas do massacre de Eldorado do Carajás Deputados aprovaram concessão
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s deputados aprovaram a concessão de mais dez pensões especiais para trabalhadores rurais sobreviventes do massacre de Eldorado do Carajás. No total, 30 benefícios já foram concedidos no valor de R$ 415,00, cada, beneficiando as pessoas que foram consideradas vítimas do Estado, no episódio ocorrido em 17 de abril de 1996, que resultou na morte de 19 trabalhadores rurais e 69 feridos, após confronto com policiais militares. Os projetos aguardam agora a sanção governamental. A concessão das indenizações foi um compromisso assumido pela governadora com o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, quando de sua visita à curva do “S”, no dia 17 de abril de 2007. Os recursos para garantir as pensões serão custeados com os R$ 600 milhões do programa “Pará, Terra de Direitos”, do governo do Estado, já garantidos no orçamento estadual.
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PEC estabelece contratação de pessoas com deficiência governo do Estado somente poderá contratar empresas para realização de obras e aquisição de bens e serviços na administração pública estadual, as que possuírem em seu quadro de empregados um percentual mínimo de 5% de pessoas com deficiência. A obrigatoriedade foi determinada com a aprovação em plenário dos deputados, já em 2º turno e redação final, o Projeto de Emenda Constitucional de autoria da deputada Regina Barata (PT). Agora a matéria segue para promulgação da Mesa Diretora da Casa de Leis, conforme dispõem o Regimento Interno da Assembléia Legislativa. “A aprovação deste projeto representa um marco histórico para todos os deficientes do Estado e um resgate social, político e econômico, pois promove a verdadeira inclusão social e o amplo e universal respeito aos direitos humanos”, avalia a deputada. Para ela é a concretização do conceito de responsabilidade social no Estado do Pará, comparando a conquista dos deficientes com o direito à alimentação adequada, à liberdade, à educação e a vida com dignidade. A PEC aprovada abrange as modalidades de licitação ou de
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Deputada Regina Barata
dispensa desta e permite o acesso dos portadores de deficiência física ao mercado de trabalho. “Proporciona integração e redução da desigualdade social”, justificou deputado Luis Cunha (PDT), relator, no parecer emitido quando da tramitação na Comissão de Constituição e Justiça. Para a autora, a conquista o projeto se justifica ainda pelo histórico do segmento da pessoa com deficiência de anos de luta e de organização em busca da ampliação de direitos. “Apresentei essa emenda constitucional a fim de desencadear uma cultura de direitos humanos no Estado”, comemorou.
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Encontro une duas
Exposição reúne projetos e fotografias de
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Fórum Landi da UFPA encerra o primeiro semestre de 2008 com um encontro inédito. A exposição “Siza: Júlio e Álvaro”, que abriu no dia 03 de junho, reúne projetos do arquiteto português Álvaro Siza com fotos feitas por seu bisavô, Júlio Siza, que morou em Belém no século passado. Essa é a primeira exposição individual de Álvaro, um dos grandes arquitetos contemporâneos, no Brasil. “A idéia da exposição foi uma casualidade. Tudo começou quando conheci a irmã do Álvaro Siza, que estava em Belém. Comecei a perguntar sobre o Álvaro Siza e falei para ela que aqui no Pará tinha um fotógrafo chamado Júlio Siza. Ela disse que era o bisavô dela. A partir daí, começou essa viagem de fazer essa exposição reunindo a obra desse velho arquiteto que tem esse vínculo com Belém, com o Pará”, conta o coordenador do Fórum Landi, Flávio Nassar. Com obras em vários países, os projetos de Álvaro misturam traços clássicos com modernidade. Entre suas marcas registradas está a preocupação em harmonizar a construção com o meio ambiente. A exposição contará com dez projetos de Siza, entre eles o de recuperação de Chiado, centro histórico de Lisboa destruído por um incêndio. Já seu bisavô, o fotógrafo Júlio Siza, foi responsável por alguns dos registros que existem da Belém antiga. Suas fotos mostram logradouros públicos, com detalhes da arquitetura dos prédios da época. Contemporâneo de Fidanza, algumas das fotografias feitas por Júlio foram usadas como postais e podem ser encontradas no livro “Belém da Saudade”. “Enquanto Fidanza fazia registro de pessoas, Siza
O arquiteto Siza, ao centro, acompanhado dos representantes das empresas patrocinadoras do evento (Alubar, Rede Celpa e Vale)
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Na abertura da exposição Flávio Nassar saúda Álvaro Siza e convidados
costumava registrar a cidade vazia. Ele fotografava prédios, a arquitetura, que hoje são muito importantes por construírem a memória de nossa cultura material”, explica a historiadora Rosa Cláudia, que fez uma tese sobre a fotografia de Belém no século passado. Mais do que uma exposição de arquitetura, a união dos trabalhos de duas gerações de Siza é uma forma de resgatar a memória da cidade e discutir soluções para a preservação do centro histórico de Belém. “Álvaro Siza tem projetos no mundo inteiro. É essa grande capacidade de pensar, de formular um projeto que seja harmonioso, com personalidade, que queremos discutir”, explica Nassar. Para estreitar ainda mais sua relação com Belém, Álvaro fez desenhos de paisagens fotografadas por seu bisavô, que estão expostos na mostra. Simultaneamente à exposição, acontece uma Foto feito pelo fotógrafo Júlio Siza, bisavô de Álvaro, do Ver-o-Peso no século passado. Essa é uma das fotos de Júlio que está na exposição
gerações em Belém
portugueses que têm relação com a cidade programação acadêmica com mini-cursos, oficinas, palestras e debates. As atividades vão de 04 de junho a 04 de julho e são gratuitas.
Siza, acompanhado do coordenador do Fórum Landi, Flávio Nassar, em passeio pelo centro histórico de Belém
Serviço: A exposição “Siza: Júlio e Álvaro” fica aberta até 06 de julho na sede do Fórum Landi (Praça do Carmo, Rua Siqueira Mendes, 60 – Cidade Velha), das 9 às 21 horas. Informações pelo telefone (91) 3224-5929 ou no www.forumlandi.com.br. Entrada franca
Saiba mais sobre Álvaro Siza Prestes a completar 75 anos, festejados no dia 25 de junho, Álvaro Joaquim de Melo Siza Vieira é considerado um dos grandes nomes da arquitetura contemporânea, com obras espalhadas por todo o mundo. Nasceu na cidade de Matosinhos e se formou pela Escola de Arquitetura da Universidade do Porto. Pertencente à Escola Moderna, Siza tem um traço clássico. Sua arquitetura é, ao mesmo tempo, moderna e estruturalmente arrojada. Seus projetos têm grande beleza artística, mas o que chama atenção é sua preocupação em harmonizar com o meio ambiente. O primeiro projeto de Siza na América do Sul, a Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, é a maior prova disso. Construído às margens do rio Guaíba, o prédio foi projetado em perfeita harmonia com o ambiente em que se encontra, valorizando a natureza de seu entorno. Esse projeto lhe garantiu o Troféu Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza em 2002.
Em 1992, Álvaro Siza recebeu o Prêmio Pritzker, considerado o Nobel da Arquitetura, pelo conjunto de sua obra. Em Belém, a Universidade Federal do Pará prestará sua homenagem, entregando-lhe o título de Doutor Honoris Causa, que foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Superior de Ensino e Pesquisa da instituição. A cerimônia de entrega será no dia 02 de junho, às 11 horas, na Universidade Federal do Pará. Álvaro Siza, um dos mais importantes arquitetos contemporâneos
Fachada da Adega Maior, projeto desenvolvido por Siza em Campo Maior (Portugal), que está eposto na exposição
Origens das Festas Juninas por Garibaldi Nicola Parente
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chegada da colheita do Egito Antigo era celebrada com muitas festas. Oportunidade ímpar para o culto aos deuses do sol e da fertilidade em rituais de muita pompa e exaltação divina. Dezenas de séculos mais tarde o Império Romano expandia-se e, com a conquista do “mare nostrum” na porção oriental mediterrânica, dominou por forças de muitas lanças o Egito, nos anos trinta antes de Cristo. Aquela tradição festeira foi açodada e sumariamente apropriada pelos invasores e difundida na Europa ainda em lento processo de formação política e lingüística de diferentes nacionalidades. Os efeitos dessa apropriação foram mais intensamente assimilados na Península Ibérica, dividida séculos depois em dois grupamentos identitários com poderes autônomos - Espanha e Portugal. Entre os romanos o culto à deusa Juno recobrira-se de ornamentos solenes e grandiosos. Juno convertia-se em várias outras, em heteronímias específicas para cada atribuição divina: Juno Moneta cuidava das mulheres como conselheira; Juno Juno Lucina, a “deusa que traz a luz”, tratava das mulheres em trabalho de parto; Juno Pronuba presidia as cerimônias de casamentos; Juno Sospita havia-se em muitos cuidados com a beleza das mulheres, dos seus ornatos e atavios… e ainda mais, diz a lenda que Juno transformava-se em loba e recebia o epíteto de Juno Luperca por ter a incumbência de amamentar Rômulo e Remo, fundadores de Roma. Nas pinturas e esculturas artísticas a matrona Juno sempre aparece segurando uma romã ou “maçã romana”, fruta suculenta e que possui um grande número de sementes envoltas por uma cápsula protetora… na mão direita segura um cetro, bastão em cuja extremidade destaca-se um cuco estilizado, passarinho preferido da
deusa. O cetro exprime e a enleva à condição de ilustríssima e excelsa, digna portadora de forças divinas. O cuco é uma pequena ave que canta em duas notas só e põe seus ovos nos ninhos de outras aves, traço indicativo de alma sem fronteiras e o canto curto anunciava a longevidade de um casamento bem feito. Juno aparece também com outras aves. O gavião, ave cosmopolita, de vôo soberano e da mais poderosa visão; o pavão, de longas penas caudais de coloração esverdeada e iridescente com grandes manchas redondas, se ergue em leque de grande beleza, atavio sensual, figurativo da imortalidade e da alegria de “viver” entretecendo esperanças; o ganso, de plumagem branca e pescoço comprido é a ave que botou o “Ovo do Mundo”, expressa a vigilância, o amor, a fertilidade e a fidelidade conjugal Os povos antigos criam nas suas divindades, criam que a chegada do verão era sinal de fartura e de próspera colheita. Criam ser revelação dos deuses e no sol simbolizado pelo fogo, o deus purificador, o deus das coisas fecundas, chama incessante da vida. Em todo processo de transmutação cultural, de migração simbólica e mitológica, são operadas mudanças pertinentes às novas situações culturais do outro ambiente. Na Europa pelos idos do século IV já se festejava o início da colheita com muita animação. A coletividade movida pelo espírito divino encomendava aos deuses voluntária homenagem e conscientemente augurava receber energias capazes de purificar, proteger, pacificar e iluminar todos os sonhos. Quanto maior a vibração energética desse apreço maior o encantamento nos encontros com as divindades. As pessoas acendiam fogueiras para espantar os maus espíritos, dançavam e consumiam bebidas, comidas diversas e ofertavam animais aos deuses. Anos depois já em plena Idade Média a Igreja Católica foi paulatinamente cristianizando as festas consideradas pagãs como festas de São João. Tomou como base a antiga estrutura cênica e representativa das festas de Juno e inseriu modificações de acordo com seus interesses. Buscou nos santos populares Santo Antônio, São João, São Pedro e São Marçal novo formato decorativo para o enredo mantendo imitativamente os predicados mitológicos da deusa Juno. Recebemos esta herança cultural de Portugal. Desde
1530 as festas juninas foram impostas aos nativos do litoral brasileiro e pouco a pouco adquiriu novos feitios e formatos pela mão do povo que se formava – novas visibilidades, adereços, alegorias, artifícios e outros ajustes adaptativos a nova veia cultural. Antonio é o santo casamenteiro, Santo Antônio traz no colo o Menino Jesus, sugestão notável da fertilidade e sua natureza divina. Santo Antonio das encomendas, ajuda as pessoas a encontrarem bens perdidos. Seu culto enlaça práticas e cantigas movidas por madeixas tecidas de sensualidade. João é o santo anunciador da vinda São João de Cristo. A crepitante fogueira de São João celebra o seu renascimento pelo batismo, por isso, muitos devotos tomam banho cheiroso à meia-noite. Festeiro por excelência é também protetor dos casados. Pedro é o santo pescador, tornouse apóstolo e foi feito porteiro do céu. O peixe simboliza a São Pedro fertilidade, a vida, a fecundidade. No Egito Antigo o peixe foi animal sagrado, elemento altamente espiritual por evocar mágica e misticamente os segredos secretíssimos do céu, a eternidade e seus infinitos fluxos de purificação e regenerescência. Marçal é o santo do fim das festas, tudo termina com São Marçal. São Marçal Bispo de Roma, foi mandado por São Pedro para Limoges na França com a missão de pregar o Evangelho. São Marçal usava um cajado presenteado por São Pedro. Esse cajado tinha a graça divina de a um toque apenas ressuscitar os mortos, recuperar os inválidos, apagar incêndios… Em 1854 o papa Pio IX recusou conceder a São Marçal o título de discípulo de Cristo. Ato que tem parecença indistinta. A fogueira de São Marçal, de fogo humilde, não faz caso de aparecer. Queimam-se paneiros, balaios, aturás, cofos de guarumã-membeca, matapis… e o fogo arde insosso e fugaz. Triste cessar fogo, ate parece insensato e sem nenhum vínculo com a animação dos outros santos. Agora vamos armar os arcos e o mastro. O arraial já
Quadrilha
está pronto, enfeitado com balões, bandeirinhas, fitas, ramagens… É hora de tocar fogo na fogueira, soltar fogos de artifícios, receber os convidados e convidadas. Eles vestidos com calças remendadas com panos coloridos e chapéus de palha. Elas vestidas com vestidos de chita com babados, folhas e rendas e outros adereços multicores. Vamos receber os cordões de pássaros, os cordões de bois-bumbás, as quadrilhas, realizar os casamentos na roça, simpatias, adivinhações, parlendas, responsos… dançar o xote, xaxado e o baião, tudo em compasso binário do acordeão, pandeiro, zabumba, triângulo, cavaquinho…saborear as iguarias festivas, doce de milho, canjica, pamonha, arroz-doce, cuscuz, vatapá, caruru, maniçoba, munguzá, munjica, broa-de-fubá, cocada, pé-de-moleque, paçoca, batata doce… tomar uns goles de batida de limão, aluá e pra fortificar vai bem uma gemada de chocolate. – Olha a bandeira do boi! Nessa teia complexa de interrelações sobrevém o entusiasmo como luminária de felicidade que enleva-se muito além dos costumes e significados… são fatores de aglutinação, de encontros de auto-estima, de afirmação cultural e alegórica em exótico consórcio com os mitos e em linguagem eletrizante à sombra da lua de Juno: “Olha pro céu meu amor, vê como ele está lindo…” Olha a bandeira do boi
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Olha o Majerico...
por Anete Costa Ferreira*
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os dias 12 e 13 de junho há um ar de alegria em toda Lisboa para festejar Santo Antônio, o seu padroeiro. Arraiais, pregões, romarias e procissões enchem as ruas dos bairros característicos da capital lisboeta. Balões, guirlandas e bandeirinhas multicoloridas enfeitam a cidade, transformando-a num autêntico arraial. Nas esquinas, os vendedores apregoam: “Olha o majerico. Leve para seu Leve para seu amor amor”. Verdinhos, em pequenos vasos, contêm uma haste com uma flôr e uma quadra alusiva à pessoa amada. Com seu aroma inconfundível perfumando o ambiente, é um convite para comprar. A música é uma constante quer ao vivo, quer mecânica, convidando os pares para um pé-de-valsa nos terreiros espalhados pelos quatro cantos da cidade. Os tradicionais casamentos com a participação de dezenas de noivos desfilando pelas ruas em carros ornamentados, integram as festas de Santo Antônio, com cerimônias civil e religiosas. A gastronomia típica tem na sardinhada o prato forte da época. No jantar é servido caldo verde, sardinha assada na brasa, broa de milho e vinho. À sobremesa, a preferência é o tradicional arroz-doce. Na noite de 12, véspera do santo casamenteiro, há o imponente e tão aguardado “Desfile das Marchas” na Avenida da Liberdade. Ponto culminante quando centenas de brincantes ricamente trajados, portando alegorias e adereços, ao som de música, dançam em coreografia, contando as histórias de um bairro, de um personagem ou de um fato típico tradicional português. O jurí oficial escolhe a campeã e as demais classificadas até ao quarto lugar, oferecendo prêmios valiosos. A literatura também é lembrada. De um anônimo “Desfile das Marchas” na Avenida da Liberdade
Festas de Santo Antônio
colhemos esta quadra: “ Lisboa, cidade linda!/ sempre com muita alegria./ Desde o Castelo a Marvila./ Ou da Bica a Mouraria”. O autor exalta a beleza da urbe com a sua tradicional festa popular, recordando os bairros carismáticos como o Castelo, a Bica e Mouraria, passando pelo mais recente o de Marvila. Todos irmanados no espírito alegre da capital lusitana. São dias em que a “Lisboa, Menina, Moça” se transfigura, se engalana e se veste de um colorido todo especial para proporcionar aos seus habitantes e aos turistas horas de prazer e de encantamento sob as bençãos de Santo António que envolve a todos com o aroma suave do majerico.
Altar de manjerico
Correspondente da Pará+, em Portugal.
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O novo secretário de Estado de Esporte e Lazer C
arlos Alberto da Silva Leão é o novo secretário de Estado de Esporte federações esportivas das mais e Lazer, em substituição à Lúcia Penedo, que coordenará o Grupo de diversas modalidades. Trabalho (GT) sobre a candidatura de Belém à sub-sede da Copa de Continuidade 2014. A governadora Ana Júlia Carepa deu posse, ao novo secretário no A governadora Ana Júlia Carepa Palácio dos Despachos. á o Grupo de Trabalho (GT) sobre a candidatura de destacou que é fundamental a Belém à sub-sede da Copa de 2014. Carlos Alberto ao assumir a Seel disse continuidade do trabalho O secretário de Estado de Esporte e “O esporte é um instrumento para transformar pessoas por isso, tenho o desenvolvido por Lúcia Penedo à Lazer, Carlos Alberto da Silva Leão compromisso de transformar o esporte em instrumento de inclusão social frente da Seel. Ela explicou que o GT, em todo o Pará”. O novo secretário agradeceu a confiança da governadora em parceria com a Secretaria, coordenará pela indicação ao cargo. "Quero que todos tenham a tranqüilidade de que as ações necessárias para dar condições à capital e demais municípios da farei tudo para cumprir o que está no programa de governo. Acredito que o Região Metropolitana de receber os jogos da Copa 2014. "Seria difícil a esporte pode contribuir para mudar a realidade. Vamos aproveitar a relação Secretaria assumir as duas funções, porque terá que estruturar a prática que o esporte tem com outras atividades, sobretudo a saúde pública", de esportes nos 143 municípios do Pará. Esta missão é desafiadora e afirmou Alberto Leão. interessante para o desenvolvimento do Estado. O esporte é importante Além da contribuição à saúde pública, ele garantiu que a Secretaria de para qualidade de vida das pessoas", acentuou. Estado de Esporte e Lazer (Seel) incentivará esportes de rendimento e De acordo com a governadora, Alberto Leão foi escolhido pela sua valorizará os ídolos paraenses. "Quero ter uma relação direta com os clubes determinação ética e espírito democrático, além do compromisso com as pelo grande apelo que é o futebol, e aproveitar a paixão do povo do Pará pelo políticas públicas voltadas aos mais necessitados. futebol para estimular outros esportes. Pode ser um catalizador de outras Ela citou dois programas de governo relacionados ao esporte -Bolsa Talento modalidades nas ligas dos municípios", e Escola de Portas Abertas. O primeiro acrescentou. subsidia atletas com uma bolsa Quanto à Belém como Subsede da Copa 2014, financeira mensal, a fim de garantir a será desenvolvido um trabalho em conjunto, permanência deles no Pará. Ao todo daremos apoio e faremos o monitoramento. serão concedidas 120 bolsas. O segundo Estou confiante que dará certo, afinal temos um permite o uso das escolas da rede grande e belo estádio (Mangueirão) e um estadual de ensino em ações de esporte, público apaixonado. Precisamos “resolver lazer e cultura aos finais de semana, problemas relacionados à logística”, informou. aproximando alunos e seus familiares O GP de Atletismo também contará com apoio, dos estabelecimentos de ensino. apesar dele ter revelado a disposição de um O secretário de Estado de Esporte e Lazer, Carlos Alberto da No interior, o governo pretende permitir o novo financiamento. “ A idéia é viabilizarmos Silva Leão e a governadora Ana Júlia Carepa, durante a sua posse acesso da população a centros uma presença maior da iniciativa privada. A prioridade são os projetos esportivos com quadras, campos e piscinas. "Queremos pelo menos um sociais. Por isso, precisamos diminuir os custos do GP, atraindo as centro em cada região ou microrregião. Vamos fazer com que os filhos do empresas privadas para o evento”, concluiu. povo mais pobre deste Estado pratique esporte. O novo secretário terá a Ele frisou que organizações não-governamentais, sem apoio do poder tarefa de fomentar o esporte com participação popular", observou a público, também contribuem para as atividades esportivas. "Às vezes, governadora. pequenas ajudas para clubes ou entidades comunitárias fazem com que Currículo seus espaços não fiquem ociosos. Queremos ao lado da Seel não só os Natural de Cachoeira do Arari, na Região de Integração Marajó, Alberto Leão clubes e associações, mas os movimentos sociais, pois apostamos nessas é bacharel em Ciências Náuticas pelo Centro de Instrução Almirante Braz mobilizações", finalizou.. de Aguiar (Ciaba) e graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade A posse foi prestigiada por presidentes e diretores de clubes, associações e Federal do Pará (UFPA). Possui especialização em Gestão Pública, Gerenciamento de Transportes, Planejamento e Meio Ambiente pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (Naea/UFPA). Antes de tomar posse, assessorava a presidência da Companhia Docas do Pará (CDP). Alberto Leão foi assessor parlamentar do deputado federal Paulo Rocha e assessorou o deputado estadual Miriquinho Batista e a bancada do PT na Assembléia Legislativa. Na área de esportes, integrou equipes amadoras de atletismo e futebol de campo, presidiu o Arari Esporte Clube e contribuiu para a recriação da Liga Esportiva do mesmo município. A posse de Alberto Leão foi muito prestigiada
Fotos: Eliseu Dias/AgPa EDIÇÃO 78 [JUNHO 08] p a r a m a i s . c o m . b r
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por André Pessoa*
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omo é bom sentir que se ama!!! Que se é correspondido!!! Torna a vida leve, as contrariedades parecem menores, tudo o que fazemos fica impregnado de uma motivação especial. O apaixonado se consome com uma ardência descontrolada, envolto em uma ansiedade que por vezes distorce a realidade. A paixão é como fogo de palha. Hoje é capaz de mover montanhas, amanhã se esfria sem motivo. O enamorado mantém o emotivo mais estável. Os efeitos são semelhantes ao do apaixonado, porém com perfeita lucidez e domínio de si. Sua chama tenra e estável aquece interminavelmente a relação a dois. A convivência faz surgir um forte sentimento de solidariedade ao outro, que cresce com o passar dos anos. Este sentimento se fundamenta nos valores que se construíram a dois. Solidifica a relação e coloca o casal em condições de enfrentar a adversidade. O "sentir-se solidário" é fruto da inteligência, pois busca suas razões no passado distante e em seus frutos, quais sejam, os valores que compartilham, defendem e preservam.
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Sinto-me enamorado O enamorado, por outro lado, vive da satisfação do momento presente ou da recordação do passado recente. Por este motivo sofre forte influência da superfície, da brisa e das circunstâncias. O risco que existe no matrimônio é que ele permaneça na superfície. O famoso verso de Vinícius de Moraes para o amor, que seja eterno enquanto dure, define como vivem alguns casais nos dias atuais, se deixam levar pela emoção e pelas circunstâncias. O "sentir-se enamorado" sem dúvida alguma é condição para que nasça uma relação a dois. Mas o não sentir-se "mais" enamorado não é motivo para que o casal conclua que "não é mais eterno porque não
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durou". O dia a dia está repleto de preocupações e pequenos conflitos desgastantes, que enchem nossa memória recente de más recordações. Adicionalmente, o foco de cada cônjuge pode eventualmente priorizar outros assuntos alheios à família. É portanto natural que hajam períodos de aridez. A aridez natural do dia a dia é uma adversidade que o casal deve se esforçar por combater. Seja motivado pelo sentimento de solidariedade que tenha se desenvolvido a dois, seja pela força de vontade ou pela lucidez, isto é, pelo domínio que inteligência de cada cônjuge tenha sobre o emocional.
Enquanto o "sentir-se enamorado" é um sentimento que nasce espontaneamente da emoção, o "manter-se" enamorado nasce da vontade. Amar é "querer" manter-se enamorado... é se esforçar, ser criativo, buscar motivos. Também fundamenta suas razões nos valores que se construíram a dois. O amor requer, portanto, maior densidade de cada cônjuge no esforço de re-alimentar a memória recente com bons momentos a dois. Pais juntos sob o mesmo teto é essencial para a formação dos filhos. Melhor ainda se vivem em um ambiente familiar de pais enamorados. Qualquer que seja a idade do matrimônio, ter iniciativas na busca de bons momentos com o cônjuge, sair para namorar, desfrutar uma viagem, trocar um pequeno telefonema durante o expediente, jantar à luz de velas é muito mais importante para a família do que alguns imaginam... é preservar o amor... é querer amar.
Engenheiro
Fone: (91) 3248-5651 EDIÇÃO 78 [JUNHO 08] p a r a m a i s . c o m . b r
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O Centro de Convenções e Feiras da Amazônia esteve lotado nas comemorações do seu primeiro aniversario
O ANIVERSÁRIO DO HANGAR
Fotos: Carlos Sodré / Ag Pa
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ara comemorar seu primeiro aniversário, o 250º evento e a presença de mais de 1 milhão e 140 mil pessoas em seminários, fóruns, congressos, feiras e eventos culturais, o Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, fez uma bela festa com cerca de três mil convidados e com um show da revelação da música brasileira, Léo Maia, acompanhado pela banda Vitória Régia, em tributo a seu pai, Tim Maia. Antecedendo Léo Maia, houve a apresentação do performista, atriz e humorista
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Rogéria. Durante a festa, foi lançado o terceiro número da revista Latitude, publicação do próprio Hangar. O encerramento foi com a banda paraense La Pupuña. Antes da festa, pela manhã, às 10 horas foi realizada uma mesa redonda sobre a "Evolução, incentivos e perspectivas do turismo de eventos e a importância do terceiro setor", com a professora Antônia Marisa Canton, doutora em Ciências da Comunicação com ênfase em Turismo e Eventos. Participam como debatedores João Luis dos Santos Moreira, presidente
Ana Julia Carepa e Joana Pessoa, presidente do Centro de Convenções e Feiras da Amazônia - Hangar, na festa do aniversario de primeiro ano do Hangar
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da Confederação Brasileira de Convention & Visitors Bureau, Margareth Sobrinho Pizzatto, Presidente da Associação Brasileira de Centro de Convenções e Feiras e Luiz Barreto, Secretário Executivo do Ministério do Turismo. Para completar o mês de comemorações, até no final de maio, foram promovidas uma série de apresentações ao final da tarde, ao ar livre, no deck do Hangar, com participação de artistas locais. Tudo com entrada franca. È inconteste que o Centro de Convenções e Feiras da Léo Maia, filho de Tim Maia, agradou geral
A governadora com Léo Maia
Amazônia, se consolidou como maior referência na realização de eventos na região Norte do país, sendo o mais moderno e funcional Centro de Eventos do nossa país. Durante a realização da festa a governadora Ana Júlia Carepa, o secretário de Cultura Edílson Moura e a presidente do Hangar, Joana Pessoa estavam radiantes pela comemoração, sendo parabenizados pelos presentes pela bela performance do Hangar, em seu primeiro aniversário. O entusiasmo contagiava a todos. Ana Julia Carepa e Zildinha Sequeira apreciam a edição da revista Latitude
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Astolfo Barroso Pinto, conhecido no mundo artístico como Rogéria fez ótima apresentação
Joana Pessoa com Rogéria
Ana Julia Carepa, Joana Pessoa, a psicoterapeuta Zildinha Sequeira que faz parte do conselho do Hangar, o secretário de Estado Edílson Moura da Silva e funcionários de diversos setores do Centro de Convenções
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Banco flexibiliza regras e dispõe de R$ 850 milhões para financiamentos Os recursos provêm do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO)
U
m montante de R$ 850 milhões de reais é o total de investimentos que o Banco da Amazônia pretende aplicar em recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) em junho. Neste ano, a instituição já aplicou R$ 500 milhões. Trata-se de um momento propício para investimentos, bem como para a aquisição de insumos e matéria-prima, uma vez que
foram flexibilizadas as condições de financiamento para capital de giro não-associado a investimento. Para isso, a exemplo do que foi feito para operações de investimento, o Banco aprovou mudanças que simplificam o acolhimento da proposta, análise e a contratação de operações de capital de giro não associado, com recursos do FNO. As principais condições são as seguintes:
Prazo
Porte
LIMITE POR CLIENTE
Encargos Financeiros
(até os valores abaixo)
(%a.a.)
(incluído até 6 meses de carência)
Micro Pequeno
120.000 1.000.000 3.500.000 5.000.000
6.75 8,25 9,5 10
Até 24 meses
Médio Grande
Necessidade de apresentação de projeto
Dispensado
Outra facilidade foi a alteração para 40% da parcela equivalente ao custeio associado e/ou comercialização, podendo esse percentual ser elevado até 80%, no caso de investimentos mistos, nos empreendimentos rurais. Com tais mudanças, o processo todo de concessão de crédito ganha agilidade, podendo ser aprovado em até cinco dias para capital de giro e 35 dias para investimento, por contar, também, com equipes qualificadas para análise das propostas, que realizarão
visitas a clientes e não clientes, através de suas agências e superintendências. O principal objetivo do Banco é aplicar o volume total dos recursos disponíveis do FNO, em empreendimentos considerados de grande importância para o desenvolvimento sustentável local e para aqueles considerados prioritários, quanto à aplicação dos recursos, sob os aspectos sociais, econômicos e tecnológicos. Deverão também ser direcionados para
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adquirir matérias-primas, insumos, bens e/ou de produtos necessários à formação ou manutenção de estoque para desempenho da atividade do beneficiário. A iniciativa traz uma postura proativa, ou seja, conhecer o cliente, identificar suas necessidades e os riscos envolvidos antes que haja uma demanda por crédito. Essa metodologia, além de estar de acordo com o modelo de mercado e possibilitar maior agilidade na concessão do crédito, vem ao encontro do planejamento do Banco que direciona sua estratégia no sentido de atender às expectativas de seus clientes como um todo, ao invés de focar única e exclusivamente em produtos.
Regras do Pronaf são simplificadas As normas que regulam o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) vão ficar mais simples a partir do dia 1º de julho. Por meio da Resolução nº 3.559, o Banco Central publicou as novas cláusulas do programa para tornar o crédito mais acessível ao produtor rural. As mudanças tiveram a participação dos agentes financeiros, dentre eles o Banco da Amazônia, que é a instituição responsável por grande parte da execução do Pronaf na região amazônica. Com as novas regras, o número de linhas de crédito foi reduzido de 18 para 14. Os grupos C, D e E passarão a integrar um único grupo, chamado de “Agricultura Familiar”, que será operacionalizado por uma linha de custeio e outra de investimento. Os descontos para o produtor enquadrado no grupo C que paga seus débitos antecipados, chamado de rebate, valem até a Safra de 2012/2013 no custeio. Mas, somente para quem acessa o crédito nas condições de juros e limites atuais e com operações inferiores a seis rebates. O produtor que acessar o grupo C com juros mais baixos não terá direito ao desconto. O rebate para
o grupo C Investimento também diminuiu, porém será compensado com taxas de juros menores. Já os grupos A, B e A/C serão mantidos e constituirão seção específica do Manual de Crédito Rural (MCR). As linhas de crédito especiais do Pronaf como Floresta, Mulher, Jovem, entre outras, continuarão valendo, mas uniformizam-se com as linhas regulares de custeio e investimento (tetos, limites, juros). As famílias agricultoras que recebem menos recursos pagarão taxas de juros menores, em respeito ao princípio da eqüidade. Para o produtor que já é beneficiário do Pronaf e quer ter acesso a créditos maiores, serão levados em conta os pagamentos já efetuados. Quanto maior for o valor pago da dívida anterior, maior será o financiamento seguinte.
As famílias agricultoras que recebem menos recursos pagarão taxas de juros menore
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24º
Grande Prêmio Brasil Caixa de Atletismo
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romovido pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e patrocínio da Caixa Econômica Federal (CEF), o 24º Grande Prêmio Brasil de Atletismo, que faz parte do IAAF Word Tour, foi disputado na manhã do último domingo de maio, p.p, no Estádio Olímpico do Pará, em Belém. Nada menos que 30.872 pessoas, dentre autoridades, personalidades importantes do atletismo mundial e o público paraense para incentivar os atletas brasileiros anunciados nas competições, foram ao Mangueirão para ver 149 atletas de 27 países disputarem 17 provas. O público foi superior ao registrado na edição anterior do Meeting. Dos países participantes, 15 colocaram atletas no pódio e sete destes conquistaram a medalha de ouro.
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Fotos: Eliseu Dias e Carlos Sodré /Ag Pa
Confederação Brasileira de Atletismo
SECRETARIA DE ESTADO E LAZER
O inglês Sebastian Coe, detentor por vários anos do recorde mundial dos 800 metros, é atualmente vice-presidente da C o n fe d e r a ç ã o I n t e r n a c i o n a l d e Atletismo (IAAF) e presidente do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de 2012, na Inglaterra. Coe é um dos principais responsáveis pela realização dos jogos em seu país. Membro do parlamento inglês, Sebastian Coe elogiou o evento destacando o bom público e a participação de jovens atletas. "O objetivo de um evento como esse é manter sempre o interesse dos jovens e das crianças"
Estiveram presentes representantes de 27 paises que disputaram 17 provas. Foram assistidos por 30.872 pessoas.
www.racatransportes.com.br
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Um dos resultados mais expressivos foi o registrado por Gilbert Kipchoge (Quênia), que venceu os 800 m cm 1:44.52, segunda melhor marca da temporada e recorde do GP. O anterior era 1:44.89 e pertencia desde 1998 a Mark Everett (Estados Unidos). "Estou feliz com a vitória, mas sei que preciso correr abaixo de 1:43.00 para conquistar uma medalha olímpica (nos Jogos de Pequim, em agosto)", disse Gilbert. Outro recorde da competição foi obtido por Korene Hinds (Jamaica), ganhadora dos 3.000 m com obstáculos feminino, com 9:36.12. Ela melhorou em mais de cinco segundos a marca anterior, de Carrie Messner (Estados Unidos), que fizera 9:41.55 em 2006.
belem@racatransportes.com.br
Maurren Maggi
Outros atletas obtiveram destaque. Sherri-Ann Brooks (Jamaica), por exemplo, ganhou pelo segundo ano consecutivo os 100 m e os 200 m, respectivamente com 11.18 e 22.70. "Nos 200 m foi minha melhor marca na temporada, acho que tive um grande dia", disse a velocista. Do Brasil, o melhor resultado foi o de Maurren Maggi, campeã do salto em distância feminino com 6,83 m. "Foi bom voltar ao Pará, competir neste estádio. Belém é uma coisa boa, algo à parte", disse a saltadora, medalha de prata no Mundial Indoor de Valência (Espanha) em março último. O presidente da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), Roberto Gesta de Melo, assistiu a competição da Tribuna de Honra do Estádio Olímpico, ao lado do campeão olímpico e vice-presidente da IAAF Sebastian Coe, que esteve em Belém para a festa dos 90 anos da Confederação Sul-Americana (CONSUDATLE), realizada na véspera. «Mais uma vez o público do Pará mostrou sua hospitalidade e o interesse pelo atletismo", disse Roberto Gesta de Melo. "Tato que mais 30 mil pessoas vieram aplaudir atletas de toda a parte do mundo", afirmou o dirigente. "Também é fundamental observar que 15 países colocaram atletas no pódio, o que comprova o caráter internacional do evento", completou. O GP Brasil Caixa de Belém foi o quinto Meeting internacional organizado pela CBAt neste mês de
Otavio Carepa entrega medalha para Maurren Maggi que venceu o salto em distância
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Fotos: Eliseu Dias /Ag Pa
A Milha Sul-Americana Deu dobradinha brasileira na Milha Sul-Americana Governo do Estado do Pará, prova disputada em 1.609 metros, no anel viário do Mangueirão. Hudson de Souza e Leandro Prates ficaram na primeira e segunda colocação, respectivamente. O equatoriano Byron Piedra ficou em terceiro. O vencedor marcou o tempo de 4'03'', dois segundos à frente do segundo colocado e seis do terceiro. A distância da milha é de 1.609 metros. Foi a quarta vitória de Hudson na milha em Belém. Esse ano ele lamentou não poder participar do GP, já que a prova em que é especialista, os 5 mil metros rasos, não foi relacionada para a disputa. "Infelizmente optaram por não incluírem a minha prova. Queria muito correr aqui domingo. É um clima diferente", disse. Em todos os momentos o fundista fez questão de elogiar o público paraense. Ele ressaltou que durante a prova teve o nome gritado pelos torcedores como forma de incentivo, o que chegou a surpreendê-lo, e notar que as pessoas o conheciam. «É muito bom correr em Belém. O público sabe como prestigiar um evento e é sempre muito prestativo. Quero ver o público lotar o Mangueirão domingo. O público aqui é muito bom. Morei dois anos em Manaus e sei como é", afirmou. "Durante toda a volta no estádio o público incentivava, gritava meu nome, o que ajudou muito. O Leandro está em ótima fase, assim como o Byron. Felizmente hoje (ontem) consegui correr mais rápido", completou Hudson. O GP terá outra prova que Hudson já correu em outras oportunidades, inclusive em Belém, como os 800 metros, mas ele explicou que atualmente está focado apenas em uma distância. "Toda minha preparação tem sido para os 5 mil metros, daí fica difícil pensar em outra prova nesse momento".
A saída da Milha de Rua
Hudson Santos de Sousa esteve sempre a frente
Atletas locais O paraense João Batista da Conceição ficou em quinto lugar na Milha Sul-Americana. Ele comemorou bastante o tempo de 4'18''. "Essa posição e o tempo me surpreenderam um pouco. A prova foi muito veloz e essa não é a minha especialidade. Além do mais, corri entre os melhores do Brasil e acho que fui bem numa prova que não é minha especialidade", comentou João Batista, que corre os 5 mil e os 10 mil metros. Antes da prova principal foram disputadas três milhas para atletas locais. No feminina as vencedoras foram Edna Maria Silva (5'13''), Elivane dos Santos (5'14'') e Flávia Monique da Silva (5'40''). No juvenil masculino a ordem de chegada foi: Cezanildo da Silva Sousa (4'45''), Fabrício Luiz Boução (4'46'') e Luiz Wanderley Neves Júnior (5'02''). Na Masculina os vencedores foram José Maria de Almeida (4'29''), Pedro do Nascimento (4'31'') e Manoel da Silva (4'36'').
Chegada de Hudson Santos de Sousa, vencedor da Milha Sul-americana
Otávio Carepa, secretário adjunto da Secretaria Estado de Esportes e Lazer, entrega medalha a Hudson
Hudson Santos de Sousa (c), Leandro Prates de Oliveira (e) e o equatoriano Byron Piedra (d), primeiro, segundo e terceiro colocados na Milha de Rua, no entorno do Mangueirão
maio. Os anteriores foram realizados em Uberlândia (11), Fortaleza (14), Rio de Janeiro (18) e São Paulo (22). O patrocínio foi da Caixa Econômica Federal, patrocinadora oficial do atletismo nacional. Em Belém, o GP contou com o apoio do Governo do estado do Pará. O secretário de Esportes e Lazer, José Otávio Carepa, representou a GovernadoraAna Júlia Carepa. O ex-atleta Zequinha Barbosa, atualmente técnico de atletismo e trabalhando como preparador físico na Federação Paulista de Atletismo. Zequinha deu os parabéns aos governos estadual e federal pelo GP, destacando o papel da Caixa. "O governo paraense está de parabéns pelo estímulo aos jovens. Temos que atingir as crianças, o esporte tem que ir às escolas. Daí surge os talentos, um evento como este é muito importante para dar visibilidade ao Estado", avaliou. O paraense Egberto Guimarães, ex-atleta, atualmente residindo no Rio de Janeiro disse que não tem informações sobre o atletismo paraense, mas afirmou que o brasileiro melhorou muito. "Novos atletas apareceram, hoje o Brasil tem atletas em várias provas onde não tinha tradição", falou. Egberto parou de competir em 1989. No seu currículo constam títulos brasileiros, sul-americanos e pan-americanos. O secretário de Estado de Esporte e Lazer interino, Korene Hinds (JAM) vencedora dos 3mil metros com obstáculos
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Pódios do GP Brasil Caixa
*CBAt
Lançamento do Martelo Feminino 1ª Martina Danisová-Hrasnová (Eslováquia) 72,27 m 2ª Jennifer Dahlgren (Argentina) 63,64 m 3ª Josiane Soares (Brasil) 63,40 m
Salto em Distância Feminino 1ª Maurren Maggi (Brasil) 6,83 m (+0.2 m/s) 2ª Jovanee Jarrett (Jamaica) 6,54 m (-0.1 m/s) 3ª Nolle Graham (Jamaica) 6,37 m (0.3 m/s)
400 m com barreiras Feminino 1ª Melaine Walker (Jamaica) 54.18 2ª Sheena Tosta (Estados Unidos) 55.09 3ª Josanne Lucas (Trinidad e Tobago) 55.46
Salto em Distância Masculino 1º Tony Allmond (Estados Unidos) 7,99 m (-0.1 m/s) 2º Mauro Vinicius da Silva (Brasil) 7,80 m (+0.4 m/s) 3º Rubens dos Santos Junior (Brasil) 7,73 m (0.0 m/s)
100 m Feminino (+0.6 m/s) 1ª Sheri-Ann Brooks (Jamaica) 11.18 2ª Laverne Jones (Ilhas Virgens) 11.18 3ª Shelly-Ann Frazier (Jamaica) 11.28
Salto Triplo Masculino 1º Randy Lewis (Granada) 17,15 m (+0.6 m/s) 2º Leevan Sands (Bahamas) 17,12 m (0.0 m/s) 3º Aarik Wilson (Estados Unidos) 16,98 m (-0.2 m/s)
Salto com Vara Feminino 1ª April Steiner (Estados Unidos) 4,45 m 2ª Joana Ribeiro Costa (Brasil) 4,35 m 3ª na Mia Person (Suécia) 4,15 m
100 m Masculino 1º Nesta Carter (Jamaica) 10.19 2º Chris Hargrett (Estados Unidos) 10.24 3º José Carlos Gomes Moreira (Brasil) 10.30
800 m Masculino 1º Gilbert Kipchoge (Quênia) 1:44.52 – RC 2º John Litei Nkamasiai (Quênia) 1:46.11 3º Eduard Villanueva (Venezuela) 1:46.36
Arremesso do Peso Feminino 1ª Misleydis González (Cuba) 18,78 m 2ª Mailin Vargas (Cuba) 18,48 m 3ª Kristin Heaston (Estados Unidos) 18,36 m
3.000 m com obstáculos Masculino 1º Julius Nyamu (Quênia) 8:27.06 2º Celso Ficagna (Brasil) 8:51.92 3º Mario Bazan (Quênia) 8:32.96
400 m com barreiras Masculino 1º Adrian Findlay (Jamaica) 49.11 2º Markino Buckley (Jamaica) 49.11 3º Isa Phillips (Jamaica) 49.50
3.000 m com obstáculos Feminino 1ª Korene Hinds (Jamaica) 9.36.12 – RC 2ª Zemzem Ahmed (Etiópia) 9.38.65 3ª Delilah DiCrescenzo (Estados Unidos) 9.41.68
Lançamento do Dardo Masculino 1º Mike Hazle (Estados Unidos) 76,90 m 2º Peter Esenwein (Alemanha) 75.60 3º Noraldo Palacios (Colômbia) 75,54 m
110 m com barreiras Masculino (+2.1 m/s) – Cronometragem Manual 1º Joel Brown (Estados Unidos) 13.2 2º Linnie Yarbrough (Estados Unidos) 13.5 3º Dexter Faulk (Estados Unidos) 13.8 200 m Feminino (+0.3 m/s) 1ª Sheri-Ann Brooks (Jamaica) 22.70 2ª Debbie Dunn (Estados Unidos) 22.76 3ª Laverne Jones (Ilhas Virgens) 22.77 200 m Masculino 1º Joel Brown (Estados Unidos) 20.36 2º Greg Nixon (Estados Unidos) 20.43 3º Ricardo Williams (Jamaica) 20.46 *RC – Recorde do GP.
Joana Costa, medalha de prata no salto com vara, a medalha de ouro ficou com a norte americana April Steiner (c) e a de bronze com a sueca Hanna Mia Persón (d).
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Jadel Gregório, foi um dos representantes do Brasil no salto triplo. Não esteve bem. Ficou em 4º lugar
Otávio Carepa, avaliou positivamente a organização do GP: "Bem melhor que anos anteriores, foi um sucesso, apesar das dificuldades", analisou. Os atletas convidados e as lendas do esporte mundial vieram a Belém para comemorar os 90 anos da Confederação Sul-Americana deAtletismo.
A saída é muito importante
Momento crítico
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Brunch de Lançamento No sábado antecedente, o Governo do Estado do Pará, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e a Caixa Econômica Federal (CEF), ofereceram à imprensa, atletas e convidados especiais um brunch de lançamento do 24º Grande Prêmio Brasil de Atletismo, no Crowne Plaza Belém. Foi um agradável encontro onde todos se confraternizaram. Abaixo fotos do encontro. Estava lançado o 24º Grande Prêmio Brasil de Atletismo
CBTA, SEEL, CAIXA e Pará+, tradicionais parceiros
Otávio Carepa, secretário de Estado de Esporte e Lazer interino
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João Hugo Barral de Miranda, Gerente Regional de Canais, da CAIXA saudando os convidados
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Roberto Gesta de Melo, presidente da CBAT
Os Sortudos
Lazer Otavio Carepa, secretário Adjunto de Estado de Esporte procedendo o sorteio no 24º GP Brasil Caixa de Atletismo
Robson Viana Costa, ganhador de um carro zero, recebe as chaves do secretário adjunto da SEEL
O motorista particular Robson Viana Costa, 30 anos, morador do bairro do Telégrafo, em Belém, foi o grande felizardo ganhando um carro zero. Robson esteve no Mangueirão na companhia de sua namorada e não conseguia falar de tanta emoção, no momento em que comprovou aos organizadores do evento o número sorteado. "Não tenho nem o que falar neste momento, agradeço a Seel, muito obrigado", disse. Quem também saiu feliz do Mangueirão foram os vencedores das três motocicletas Honda "Pop 100" sorteadas ao final da competição. O engenheiro Ueider Ferreira, 36, de São Braz, deu um presente para sua esposa, Raquel, aniversariante do dia, ao ganhar uma das motocicletas. O funcionário público (motorista), José Gomes, 48, do bairro do Mangueirão, também levou uma motocicleta. A estudante Joana Assunção, de 17 anos, do bairro da Cabanagem, mesmo com seu número tendo sido considerado desclassificado pela coordenação, recebeu uma motocicleta. Ela diz que vai ao GP porque acha "maravilhoso". "É a quinta vez que venho", declara. O sorteio contou com o representante da Audicon, auditor Tadeu Araújo, para fiscalizar e manter a lisura do processo. Nesta Carter Jamaicano, Martina Danisová ficou novamente em 1º venceu mais uma vez lugar nos 100 m
José Gomes (e), Ueider Martins (c), e Joana Assunção(d), foram os ganhadores das motos
Gilbert Kipchoge, queniano, superou tempo do norteamericano Mark Everett, de 1998
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O GP Brasil Caixa de Atletismo
EM EXPOSIÇÃO M Oswaldo Forte
ostra fotográfica reuniu cenas do GP. As imagens dos fotojornalistas Ray Nonato; Oswaldo Forte, do Amazônia; Mário Quadros, do Diário, e Salvador Scofano (RJ) fpram feitas durante a cobertura em Belém do evento esportivo internacional que reúne, anualmente, 160 atletas de mais de 30 países. Nesse cenário, imagens inesquecíveis do trabalho de lendas do
Mário Quadros
Oswaldo Forte Salvador Scofano
Ray Nonato
Ray Nonato
Salvador Scofano
atletismo mundial habitam o imaginário de fãs e entusiastas em solo paraense. A exposição reunindo 25 imagens dos fotógrafos nas cinco últimas edições do evento, foi no shopping Castanheira. Foi um projeto idealizado por Ray Nonato e levado adiante por meio de uma parceria com a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) e Caixa Econômica Federal. Mário Quadros
Oswaldo Forte, Mário Quadros e Ray Nonato o idealizador da exposição
Acyr Castro
Quem sou eu N asci de origem nobre, afilhado de Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos por imposição de minha tia-avó materna Santa Paiva, temente a Jesus e fiel ao destino que Deus me deu. Vim de um tanto distante 1934, cinco dias após a data aniversária da brilhante professora, socióloga e crítica cinematográfica doutora Luzia Miranda Álvares de quem somos leitores fieis minha irmãzinha caçula Marildinha e o colunista, filhos de Neuza Cecília e de João Rocha Pereira de Castro de quem guardamos imorredoura saudade. 1934 foi um ano conturbado, ano de guerra como aliás este em que vivemos, aquela época nazista e fascista na Europa e com ditadura populista no Brasil e no Pará, este agora de 2008 carregado de nuvens pressagas a cada dia e cada momento.
Sou escritor, autor de 13 livros, alguns de poesia, jornalista profissional com passagem por todos os órgãos da imprensa paraense e no “Jornal do Brasil” entre São Paulo e Rio de Janeiro. Em 1981 fui eleito para Cadeira 26 da Academia Paraense de Letras, sócio do Instituto Histórico Geográfico. Presidi a Imprensa Oficial do Estado e fui secretário de Cultura, Desportos e Turismo, quando, em 1984, criei a 1ª Feira do Livro, motivo pelo qual fui homenageado pela Fundação Cultural Tancredo Neves e no CENTUR que ajudei a concluir, as obras em andamento então na prática apenas os alicerces. Fundador da Associação Paraense de Críticos de Artes. Estive em Cuba (Havana , Pinar del Rio e Varadero) e em Lima no Perú nesta ânsia minha pelo descobrir e o saber. Como todo brasileiro gosto de futebol, torcedor do Flamengo no Rio de Janeiro e do Corinthians em São Paulo. Neto de músicos e poetas por parte de pai e mãe, me pareço estranhamente comigo, afinado como meu modo dilacerado de estar vivo. Cresci em semelhança e distinção, escrevendo, às vezes, como quem sussurra: é o que chamo de grão da escrita, tal sabem os bons e os autênticos amigos que graças a Deus felizmente possuo. Igualzinho ao que ensinou Jean-Paul Sartre, sou livre, quero ousar a liberdade. Norte Americano fosse, daria meu voto ao democrata Barak Obama. Falar nisso, se o senador Obama for eleito estará cumprida a mais que centenária profecia de Monteiro Lobato no seu romance “O Presidente Negro”. Com certeza os grandes editores Ronaldo e Rodrigo Huhn e conhecem. A querida Lila Tupiassú sabe, como eu, que compromisso do escritor é como o texto, seja lá o que isso queria significar: conto, crônica, novela, poesia , música. Buscamos a beleza, a verdade, a madrugada, o renascer. O detalhe está na forma, pôr de pé o que se escreve e ela gera então o conteúdo. Quero a vigília, não a angústia, suspenso diante do sol por mais que chova. A paz é no anseio do todos e por todo universo, acima das guerras e dos conflitos declarados ou não. Tenho dito ou no mínimo estou tentando dizer. Até julho, Deus querendo. (*) Escritor e Jornalista
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E-mail: serpan@amazon.com.br
Sérgio Pandolfo
TROVAS UFANÍSTICAS
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brasileiro é, de um modo geral, um povo alegre, feliz e ufano de seu grandioso País, até porque, como muito bem cantou Simonal, moramos num “país tropical / abençoado por Deus / e bonito por Natureza”. Nossas origens e nossa atualidade nos fazem pensar grande e olhar confiantes no porvir, eis razões mais que legítimas a justificar as trovas que elaboramos e vão abaixo, precedidas por uma “pérola” do grande poeta Casimiro de Abreu.
Todos cantam sua terra também vou cantar a minha nas débeis cordas da lira hei de fazê-la rainha (Casimiro de Abreu, 1859)
Camões poeta maior, da lusa língua escultor; no épico foi prior da lírica grão-mentor Camões, expressão canônica, dito Príncipe Perpétuo da Poesia lusofônica, mais sublime nesse aspecto.
Pedro Álvares Cabral descobriu nosso Brasil; veio lá de Portugal esse luso varonil Camões
Cum céu radiante que adjuva teu mar Guajará de léguas, tu és, com chuva ou sem chuva, a minha Belém pai-d'égua
Brasil, este continente altaneiro a rebrilhar, faz feliz à sua gente, que tem do que se orgulhar
Ver-o-Peso de Belém tem raiz, capim cheiroso e ervas que vão tão bem pra tirar o catingoso
O samba é a matriz da música brasileira, certamente tem raiz na cultura afro-inzoneira Pedro Álvares Cabral
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Cliente Interno
A Diferença Fundamental
Muitas vezes nos preocupamos em ganhar o mundo e perdemos a batalha dentro de casa por Fábio L. Violin
E
xistem profissionais simplesmente histéricos na busca de novos clientes, na busca do encantamento dos clientes atuais. Desesperados com a busca de mais e mais novos clientes. Que precisam pensar na próxima ação bombástica para reaver os clientes perdidos para a concorrência, que se preocupam com a nova campanha de Marketing, que querem atingir maiores patamares de venda e lucratividade. Existem aqueles profissionais que se dedicam a desvendar os meandros da alma do cliente, no intuito de lhe servir e obviamente ganhar com isto. Porém, poucos profissionais se dedicam efetivamente a cuidar do “sangue e dos músculos” da empresa. Estou me referindo aos colaboradores ou clientes internos. Por muitos anos o olhar de profissionais e dirigentes recaiu sobre as ações que deveriam ser realizadas no chão de fábrica, o mercado mudou e obviamente a lógica do jogo mudou, neste novo cenário muitas empresas descobriram que precisariam ter os dois
olhos no mercado. Mas infelizmente ou felizmente o mercado mudou novamente e hoje em casa de ferreiro o espeto tem que ser de ferro e não mais de pau. Tão importante quanto o cliente externo (aquele que vem comprar conosco) é o cliente interno (aquele o qual temos que “vender” idéias). O mais interessante é que é muito fácil cobrar, reclamar, repreender, mas parece tão distante e difícil ver ações efetivas de empresas que apóiamentivam e auxiliam o crescimento pessoal daqueles que dedicam grande parte de suas vidas a empresa.Em última instância os dirigentes e empresários são responsáveis diretos pela qualidade do trabalho de seus colaboradores, portanto a falha de um colaborador evidencia a falha dos responsáveis pela empresa. Se quem estiver dentro da empresa não comprar a “idéia” não serão os de fora que o farão.
Uma pesquisa que realizei com 238 colaboradores de 63 empresas evidenciou alguns dados interessantes: 73% sentem falta de um canal efetivo de comunicação, ou seja, em muitas situações não sabem para onde a empresa quer ir, desconhecem suas políticas de premiação e crescimento, não fazem idéia do que realmente a empresa prioriza ou valoriza e o mais preocupante nem mesmo sabem o que a empresa espera deles. 92% confessaram já terem ficado constrangidos perante um cliente em razão de não estarem sabendo
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das condições de uma promoção que a empresa estava realizando e uma boa parcela (14%) passou pela situação de descobrir por terceiros (vizinhos; amigos; familiares ou mesmo clientes). 87% sentem falta de alguém que lhes procure para saber sua opinião sobre a inclusão ou exclusão de algum novo produto, ou se teriam dúvidas a respeito de algum processo ou procedimento na empresa. 97% disseram que teriam vontade de colaborar com opiniões a respeito das estratégias da empresa, mas que nunca tiveram a oportunidade formal ou informal de ajudar. Tem uma frase muito interessante que diz que “ninguém é tão grande que não possa aprender, nem
tão pequeno que não possa ensinar”. Excluir os colaboradores das decisões da empresa e depois lhe pedir que se empenhem em vender algo em que não acreditam ou que não foram convencidos é no mínimo um paradoxo. Muitas empresas cometem a barbaridade de tratar seus colaboradores (neste caso empregado) como extensões de máquina, como males necessários ou como pessoas que não tem capacidade de contribuir com idéias e sugestões. Não há como pedir que a equipe se empenhe mais se eles próprios, muitas vezes, não concordam com a forma (política de preços, promoções, assistência técnica) como as coisas são feitas. A moça da limpeza leva uma bronca por um banheiro sujo, mas ninguém foi lá conversar com ela e lhe explicar a importância do seu trabalho. A balconista atende de cara amarrada e é despedida, mas ninguém nunca foi lá dizer a ela que por melhor que seja o produto, ele não vende por si só, que a atenção ao cliente é tão importante quanto o produto ou serviço que consumidor esta levando. Ninguém foi conversar com o entregador e explicar que se ele não cumprir os horários corretamente o cliente pode não vir a fazer mais negócios com a
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empresa, por conseqüência menos dinheiro entra, menos trabalho se tem, e por fim menos competitiva se tornar a empresa e mais difícil é se manter no mercado. Numa época em que a busca pela preferência do cliente é disputada palmo a palmo, relegar o fator humano a um segundo plano é loucura. Cada vez mais se fala em valorizar o humano, porém na prática ainda existem poucas ações e em sua maioria isoladas. São comuns as demonstrações que a figura do “empregado” ainda existe, por empregado entenda aquela pessoa que é paga para trabalhar oito horas por dia, receber seu salário no final do mês, que recebe ordens e não pode opinar, que se tem dúvidas vai ficar com elas e principalmente, que se errar vai levar uma bronca tremenda e ainda pior receber ameaça de demissão. Depois de todo este tratamento, os dirigentes e empresários ainda se queixam por não saberem os motivos da falta de motivação e empenho de seus “colaboradores”, não entendem os motivos da falta de comprometimento. É claro, que existem colaboradores que não apresentam o menor interesse ou condições, mas isto não é desculpa para não se fazer algo a respeito.
Ficam alguns conselhos de ordem prática para aqueles que se interessam em alterar seu ambiente de trabalho e melhorar o relacionamento entre as pessoas: Pessoas guardam sentimentos e ressentimentos. Não esquecem tão facilmente aquela bronca, aquele desaforo ou injustiça a que foram submetidos. Portanto, tenha cuidado ao repreender alguém e principalmente cuide de seu tom de voz e com as palavras que profere; Pergunte, questione, peça sugestões. As pessoas
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quando se sentem peças importantes de algo tendem a ajudar. E não esqueça, esta ajuda vem de graça, a maioria quer apenas se sentir parte da construção de algo. Cuidado com o excesso de “sinceridade”. Muitos têm o chamado “pavio curto” e explodem com facilidade. Após a raiva passar voltam a conversar com as pessoas atingidas como se nada houvesse acontecido. Cuidado, as pessoas são diferentes dos cães que após levarem um chute voltam a abanar o rabo como se nada houvesse ocorrido. Tenha um meio organizado de comunicar tudo o que acontece na empresa. Se você não tem tempo ou hábito, delegue a função a outra pessoa que possa realizar, afinal todos os dias existem novidades e seus colaboradores quanto mais informados melhor poderão responder aos desafios do dia-a-dia. Para finalizar, antes de cobrar algo verifique se realmente as condições de desenvolvimento foram dadas. Cobrar é fácil, auxiliar a crescer “são outros quinhentos”. *Mestre em Estratégias e Organizações _ UFPR; Especialista em Planejamento e Gerenciamento Estratégico – PUC-PR; Professor universitário, palestrante e consultor de empresas
Camillo Vianna
Ponta de Lenço próprio senhor Humboldt, não teve dúvida quando classificou a às vezes chamada Maior Floresta Tropical, de Hiléia, empolgadissímo talvez pela pujança da cobertura florestal da terra das Amazonas. O passo dado pelo naturalista de antanho, foi o primeiro de uma longa marcha nos arraiais do ufanismo que teve entre nós, o Conde Afonso Celso como espécie de patrono, tal a impetuosidade vernacular e cívica com que ele colocou as nossas coisas nas mais extremas alturas, sem que pudesse haver em outras plagas, alguma comparação, por mais bisonha que fosse, com nossa fauna, flora, rios, nuvens e toda uma relação de pontos de referência que no conjunto constituem a Pátria Brasileira, no seu envoltório de recursos naturais. No que diz respeito à Amazônia, esse estado de coisas alcança um paroxismo que é muito difícil avaliar ou mesmo colocar em alguma escala de valores e assim temos: Floresta Intérmina, Maior Condensação Florestal do Globo, Insuperável Usina de Oxigênio, Formidável Depósito de Água Doce, Soberba Cobertura Verde do Universo, Imensa Gleba Equatorial e por aí afora, em monótona repetição de grandiosidades, a superar todos os verbetes, quantitativa e qualificativamente, qualquer outra modesta bisonha e humilde referência, quando posta em comparação com as portentosidades hileianas, mesmo que haja, em alguns casos, excesso de entusiasmo por parte do responsável pela assertiva, desde aquele de altíssimo coturno científico até o modesto aprendiz de entendedor, passando por uma exótica e variada galeria de personagens que apresentam iguais peculiaridades que os poderão fazer merecedores das
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Alexander von Humboldt
mais altas referências como ser credores das mais contundentes conceituações sobre o possível acervo cultural do cidadão comprometido. Essa maneira de abordar a problemática amazônica, longe de apresentar qualquer indício de possível diminuição, como resultante da chamada integração da região, assume, na atualidade, proporções estratosféricas, inteiramente em desacordo com a avaliação feita em relação às terras da Amazônia, que continuam sendo vendidas a troco de banana ou mesmo, do valor estipulado para que se possa desmatar um hectare de mata, pois basta o aquinhoado reverter aos cofres da República a módica importância de nove cruzeiros, novos ou velhos, o que, aliás, dá no mesmo, pois o montante não serve nem para despachar o guia cego, uma vez que não passa de dinheiro de ponta de lenço ou de porta de igreja.
*SOPREN/SOBRAMES **No Jornal Boa Vista, em 16 de março de 1980
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Deixe o armário em ordem Veja como eliminar mofo, umidade e traças do seu guarda-roupa
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e você encontrou mofo dentro de algum armário em casa ou as traças insistem em roer roupas e papéis guardados nas gavetas, anote algumas dicas bem fáceis de serem seguidas sobre manutenção doméstica. Os procedimentos são rápidos de serem feitos. Por exemplo: cal virgem em um vidro destampado é um santo remédio contra a umidade nos armários. Já para acabar com o mofo, recorra a uma meia-calça e um pouco de serragem. Umidade: Coloque giz nos cantos do armário ou gaveta, para absorver a umidade. Eles também
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podem ser pendurados. Outra dica: ponha cal virgem em um vidro destampado ou com tampa de pano amarrado dentro do armário. Carvão de churrasco numa latinha dentro do armário também tira a umidade. Cheiro de mofo: Pendure uma meia-calça fina (velha) com serragem, que pode ser encontrada em uma serraria. Ferva um litro de vinagre e despeje em uma vasilha sem tampa, coloque dentro do guarda-roupa com as portas fechadas por até 3 horas. Após retirar a vasilha, passe um pano molhado (de vinagre) por dentro e por fora do móvel. Deixe-o aberto para que seque bem. Traças: Quem não gosta do cheiro de naftalina, pode optar por colocar folhas de louro no armário (devem ser trocadas a cada 30 dias). Coloque também nas gavetas e prateleiras uma boa quantidade de pimenta-do-reino em grãos. Coloque saches de tecido de algodão, com raspas de cedro e lavanda seca, ou então, pimenta e alecrim. Fungos e Cupins: Madeiras novas devem ser protegidas com produtos específicos. Aplique-os em toda a madeira conforme indicação do fabricante. Trabalhe numa área ventilada, longe de crianças e animais domésticos. Proteja os olhos, as mãos e as vias respiratórias.
O Comitê "Belém Copa 2014”
Fotos: Antonio Silva/Comus
om o objetivo de fortalecer o nome da capital paraense como uma das sub-sedes da Copa do Mundo de Futebol de 2014, que acontecerá no Brasil, a Prefeitura de Belém lançou no Cine Olympia, o Comitê Belém Copa 2014. Na ocasião, foram apresentadas as ações previstas para a recémcriada Secretaria Municipal de Esporte, Juventude e Lazer (Sejel). O lançamento do Comitê contou com a participação do ex-técnico da Seleção Brasileira de Futebol, Carlos Alberto Torres, um dos maiores laterais direitos da história do futebol nacional, capitão do Brasil na Copa de 70, no México, e também conhecido como o "Capitão do Tri". O titular da Sejel, Carlos Cunha, ressaltou que o evento se propõe a despertar na população de Belém o desejo de ver a cidade como uma das sub-sedes dos jogos da
Copa de 2014. Além do lançamento do Comitê, houve a apresentação de um vídeo mostrando os trabalhos desenvolvidos pela Sejel ao longo de 2008. Na oportunidade, foram lançados ainda os Jogos Abertos da Metrópole (JAM), com torneios esportivos de futebol, vôlei, basquete, judô, capoeira e xadrez, entre outros.
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JUNH
III Frutal Amazônia/ VIII Flor Pará Inscrições para a programação técnica do evento: www.frutal.org.br/amazonia 2008
XX Concurso de Quadrilhas Tradicionais e Modernas Ginásio Poliesportivo Hildo Carvalho FONE/FAX:(91) 3751-2022 fca@prefeituradeabaetetuba.com.br
MARITUBA 19 a 22 Arrastapé Praça Matriz. FONE/FAX: (91) 3256-7099 / 3256-0437 E-MAIL: m.mnogueira@hotmail.com
BELÉM 20 a 22 Troféu Arthur Carepa UEPA sedia campeonato nacional de natação Parque aquático da Escola Superior de Educação Física da UEPA FONE: (91)3244.5201 / 3299.2221
ALMEIRIM 21 a 29 Festividade do Glorioso São Benedito Praça do Centenário e Salão Paroquial FONE/FAX: (93) 37371313 / 3737-1307 dcultalmerim@hotmail. com
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BELÉM 20 a 30 Festividade do Sagrado Coração de Jesus Chapéu Virado e Praça Matriz FONE/FAX: (91) 3771-1264 / 3771-1755 tony_russo_mo@hotmail. com
CACHOEIRA DO ARARI 20 a 22 Festival de Quadrilhas Juninas e Bois-Bumbas Praça da Independência FONE/FAX: (91) 3758-1116 / 3758-1550 adrianopmca@msn.com
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