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EXPEDIENTE Nossa equipe
Diretores e Gerentes Akira Wakai Andreia Barbon Caio Condi Carlos Eduardo Freire Edílson Gonçalves Fernanda Toledo Francisco Ivo Prado Leandro Gonçalves Nelio Galvão Vitor Knop
Daniele Globo Editora Chefe Thatiana Miloso Editora Assistente Edson Suguihara Nicole Thomaso Assistentes
Quem somos? A Damha Urbanizadora é uma empresa parte do Grupo Encalso Damha, conglomerado empresarial fundado em 1964 que atua nos seguintes segmentos: Engenharia Civil, Agronegócios, Shopping Center, Concessão de Rodovias, Energia e Empreendimentos Imobiliários. Presente no cenário nacional desde 1979, a Damha desenvolve e executa loteamentos fechados e condomínios residenciais, reconhecidos pela alta qualidade urbanística e construtiva. Em seus projetos, aplica o que há de melhor em conceito de urbanismo no País e infraestrutura qualificada, em perfeita harmonia com o meio ambiente. Ao projetar empreendimentos que integram padrão diferenciado de moradia, lazer e segurança, a Damha transforma o cotidiano dos moradores e das cidades em que se insere.
Fotos: Alberto Sart, Alex Costa, Arthur Moura, Bruno Barbosa, Carvalho Studio, Cláudio Gatti, Dayse Euzebio/ Secom-JP, Edgley Delgado/Acervo PBTur, Filippe Araujo, Gilson Barbosa, Ilana Bar, João Schuartz, Juan Bauçà, Juan Cogo, Lilia Campos, Nadja Kouchi, Osmar Serraglio, Oswaldo L. Palermo, Pedro Ivo, Rita Perran, Rui Mendes e Xico Andrade Textos: Aline Angeli, Andréia Barros, Daniele Globo, Décio Junior, Dirlene Ribeiro Martins, Lilia Campos, Martha Mendonça, Maysa Rodrigues, Nicole Thomaso e Thatiana Miloso Revisão: Dirlene Ribeiro Martins Tiragem: 20.000 unidades Foto Capa: Cláudio Gatti
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A Damha Urbanizadora conta atualmente com 59 empreendimentos já lançados em nove estados brasileiros e mais de 21 mil unidades comercializadas. Em 2013, obteve crescimento de 20%, alcançando um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 700 milhões. O landbank total é de mais de 100 milhões de m², que representam um VGV potencial superior a R$ 7 bilhões.
Damha nas redes sociais Confira também a Revista Estilo Damha em: issuu.com/damhaurbanizadora
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EDITORIAL Marco Aurélio Damha
35 ANOS
COM MUITO ORGULHO E MUITAS HISTÓRIAS
P
ara nós, da Damha Urbanizadora, 2014 representa um marco especial em nossas vidas: neste ano, o Grupo Encalso Damha completa seu 50º aniversário. Cinco décadas de muito trabalho, coragem e determinação. Cinquenta anos de uma história que venceu desafios, superou obstáculos e que transformou uma arrojada construtora em um dos grupos empresariais mais sólidos e bem-sucedidos do Brasil. Neste ano de celebração, também comemoramos os 35 anos da Damha Urbanizadora, empresa que nasceu como a menina dos olhos do Grupo e que se transformou na incorporadora com o melhor conceito de urbanismo do Brasil. Em meio a essa trajetória de sucesso, sofremos com os longos períodos de recessão da economia nacional, mas sobrevivemos e mantivemos o foco na qualidade de nossos produtos e no respeito máximo aos nossos clientes e parceiros. Nos anos em que o mercado esteve aquecido, crescemos e trabalhamos a expansão da empresa apoiados nos pilares da sustentabilidade e da inovação. O trabalho, sem dúvida, deu resultados: hoje, a Damha Urbanizadora conta com 59 empreendimentos lançados nos quatro cantos do Brasil. O número representa mais de 21 mil unidades comercializadas e um Valor Geral de Venda (VGV) potencial superior a R$ 7 bilhões.
E, mesmo neste 2014 carregado de incertezas, com notícias e mais notícias sobre a desaceleração do mercado imobiliário no país, conseguimos nos manter sólidos. O sucesso da expansão para o Nordeste – com o lançamento de empreendimentos que traduzem da melhor forma possível o conceito “pé na areia” – e a consolidação da empresa em regiões onde ela já se fazia presente confirmaram que apostar em diferenciais como alta qualidade construtiva, respeito ao meio ambiente e sustentabilidade são filosofias que, de fato, dão certo. O uso de tecnologias construtivas capazes de reduzir o impacto ambiental dos residenciais; a escolha de áreas com grandes cinturões verdes; o uso consciente dos recursos naturais; e a capacidade de transformar a vida das comunidades que vivem no entorno de nossos empreendimentos, graças ao trabalho da Associação Bairro Sustentável, são apenas algumas das ações que demonstram a responsabilidade social da Damha Urbanizadora. Fazemos a nossa parte porque acreditamos que, se cada um fizer bem seu papel, o mundo será um lugar melhor. E sabemos que, agindo dessa forma, atraímos pessoas socialmente responsáveis, com a mesma consciência ambiental que norteia as ações da Urbanizadora. Essa é a base do nosso sucesso. Trinta e cinco anos. Com muito orgulho, com muito amor.
Marco Aurélio Damha Vice Presidente do Grupo Encalso Damha 5 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
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EDITORIAL Daniele Globo
O QUE VOCÊ VAI SER QUANDO CRESCER? Daniele Globo Editora
Q
uem nunca se deparou com este questionamento quando criança? Uma tia curiosa, pais ansiosos pelo seu sucesso na vida, professores querendo orientar seus dons. Sempre tinha alguém, meio sem noção, que nos fazia parar e pensar no que queríamos fazer pelo resto da vida. Quando, na verdade, naquele momento, nossa maior e legítima preocupação era do que iríamos brincar no próximo recreio. Mas pensei muito nesta pergunta e em tudo o que envolve “crescer” durante os meses em que estávamos preparando esta edição da Estilo Damha. Afinal, aniversários importantes marcaram o último mês por aqui. O Grupo Encalso Damha completou 50 anos, e a Damha Urbanizadora, 35. Empresas que são exemplos sólidos de crescimento. Que ano a ano se desenvolveram com responsabilidade, empreendedorismo, idealismo e muitos talentos. Para homenagear a Encalso Damha, nesta edição temos duas matérias que abordam um pouco mais outras empresas do grupo: a do ramo de Energia e a de Agronegócios. Você descobrirá que não é só a Urbanizadora que é sinônimo de qualidade, mas que este ideal permeia todo o Grupo. Esta edição da revista marca também nosso segundo aniversário. Somos um bebê ainda, mas já sabemos o que queremos ser quando crescermos. Seremos sempre uma revista que conta boas e verdadeiras histórias, que informa, entretém e que, como o Grupo de que fazemos parte, tem um compromisso com a qualidade.
Para comemorar nosso aniversário, a revista está cheia de matérias especiais. Na seção Cidades, por exemplo, você ficará com água na boca ao ver que a gastronomia do Nordeste ganhou toques de cozinha internacional, ou seria o contrário? Vai descobrir que João Pessoa (PB) não é apenas o primeiro lugar em que o Sol nasce no Brasil, mas também tem grandes chances de ser onde ele é mais soberano e se põe deixando saudades no horizonte. A Entrevista da Capa, bem, a capa dispensa apresentações. Carol Castro é linda por dentro e por fora. Embora a entrevista tenha acontecido entre uma foto e outra de uma campanha publicitária que estreou há pouco, Carol foi generosa e nos contou em detalhes como cresceu profissionalmente e como se sente mais madura com a chegada dos 30 anos. É isso! Esta edição é sobre crescer e ser feliz. Porque, se você parar para pensar, não tínhamos a obrigação, quando crianças, de saber o que seríamos quando adultos. E hoje, já maduros, não temos de fazer pactos com a tristeza nem de continuar sempre do mesmo jeito, fazendo mecanicamente as mesmas coisas dia após dia. Acho que deveríamos mudar a pergunta do título deste editorial. O correto seria: o que faz você feliz? (o que faz seus olhos brilharem?). A resposta pode lhe dar uma boa pista para você saber o que quer ser quando crescer.
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Boa leitura!
ÍNDICE Confira nesta edição
10 24 27 32 34 36 38 40 46 50 58 62 64 68
Cidades: João Pessoa e Maceió Eu Quero: Gostinho de Primavera Comportamento: Envelhecimento Saudável Saúde: Cirurgia Plástica Coluna Comportamento: Cérebros Masculino e Feminino Coluna Ser Mãe: Sete coisas para saber antes de ser mãe Coluna moda: Como comprar e usar tendências Gastronomia: Homem na Cozinha Coluna Automóveis: O carro vai dirigir melhor que o homem Coluna Turismo: Copa e o legado para o turismo Viagem do leitor: Buenos Aires Coluna Economia: Chega de desculpas esfarrapadas Negócios: Agronegócios
52 70 72 78 82 90
Turismo: Mallorca
Negócios: Energia Entrevista: Carlos Moreno Cultura: Ira! Varal Cultural: O que vem por aí Arquitetura: Casa Hi-Tech
Perfil: Mister Universo
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Especial Capa: Carol Castro
92 100 104 105 8 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
My Pet: Terapias Alternativas Faça o Bem: Bookcrossing Coluna Condomínio: Intolerância em grau máximo Damha News: Tudo que acontece na Damha Urbanizadora
OPINIÃO DOS LEITORES Gostou? Tem sugestões? Envie para estilodamha@estilodamha.com.br “Mais uma vez estou aqui para parabenizar a editora Daniele Globo e toda a sua equipe pela reportagem sobre Brasília. Essa matéria tem um gostinho muito íntimo, pois sou nascido na capital federal na década de 1970 e vivi o desenvolvimento da cidade até o final dos anos 80. Nessa época, o rock brasiliense estava fervilhando; as bandas que de lá saíram se tornaram conhecidas no Brasil inteiro: eram jovens como a gente que tocavam nos bares e escolas. Hoje, passados mais de 20 anos de minha saída, Brasília se tornou uma grande cidade, cheia de políticos ávidos por votos e de candangos que vieram em busca de prosperidade. Mais uma vez agradeço a matéria, que me fez lembrar de um passado encantador.” Raul Boccanera – empresário, Rio de Janeiro (RJ) “Gostei muito da entrevista com o Douglas Duran que saiu na última edição. Para mim, que estou no último ano de faculdade e começando o estágio em uma grande empresa, é motivador saber que, com trabalho, é possível chegar tão alto quanto ele chegou.” Leonardo Souza Abrantes – estudante de Direito, Rio de Janeiro (RJ) “A reportagem ‘Segredos da Patagônia’ me fez viajar junto com a leitura. As fotos lindíssimas, o texto informativo, direto e divertido fizeram minha imaginação seguir os passos da expedição patagônica da reportagem. Leitura deliciosa.” Fabiano Bozzi D’Acunti – engenheiro de software, São Paulo (SP)
Já há algum tempo acompanho todas as edições da Estilo Damha e o que tenho a dizer, ou melhor, agradecer, é a forma como as edições têm evoluído. É nítido que a escolha das matérias, cada detalhe de layout e o modo simples e agradável dos textos são tão bem planejados que é inevitável a expectativa da chegada da próxima edição, claro que depois de devorar em poucas horas o exemplar recém-chegado. A edição Julho-Agosto/Astrid Fontenelle foi especialmente gostosa de ‘devorar’, posso dizer que todas as páginas me convidaram ao mundo ‘Estilo Damha’. Parabéns a todos os integrantes da equipe pelo comprometimento, dedicação e resultado! Ansiosa pela próxima edição! Milene Lopes – engenheira de alimentos, São Carlos (SP) Tornei-me leitora da revista Estilo Damha devido aos artigos escritos pela Juliana Cordeiro, consultora de estilo e autora do blog Sem Espartilhos. O último artigo dela, sobre desapego, foi muito útil. Passei a ler toda a revista, que apresenta conteúdos diversos, sempre num formato prático e descomplicado. Agradeço ao grupo editorial pelas publicações! Flávia Diniz Valadares – cirurgiã oncológica, São Paulo (SP)
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CIDADES João Pessoa Foto: Edgley Delgado/Acervo PBTur
UMA CIDADE
ILUMINADA
Às 5h, os primeiros raios solares já iluminam a orla da capital
Conhecida como o lugar onde o sol nasce primeiro, João Pessoa confere experiências inesquecíveis em todos os momentos do dia Texto: Andréia Barros
A
ntes mesmo das 5h, os primeiros raios de sol já começam a aquecer a Ponta do Seixas, parte mais oriental das Américas, localizada no litoral urbano de João Pessoa, na Paraíba. De fato, o astro-rei não esconde sua preferência pela capital paraibana, que apresenta, em todos os momentos do dia, experiências inesquecíveis para turistas e moradores durante praticamente todo o ano.
Logo pela manhã, a partir do farol do Cabo Branco, situado em um paredão de cerca de 40 m de altura, o nascente fascina pelos pontos de reflexos ao longo do mar verde e cintilante e pela areia branca que compõem uma visão única e impactante. A capital do sol nascente recepciona os visitantes que, desde bem cedinho, podem usufruir de um dos mais belos, limpos e calmos litorais brasileiros.
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Fotos: Dayse Euzebio / Secom-JP
CIDADES João Pessoa
Praia do Jacaré: um dos mais famosos e procurados atrativos turísticos da Paraíba
João Pessoa, que fica no centro do litoral da Paraíba, é internacionalmente conhecida como a “cidade onde o sol nasce primeiro”, justamente por sua localização no extremo oriental das Américas. É também o ponto de partida para visitar o litoral paraibano, composto de 56 praias, muitas ainda pouco conhecidas pelos turistas. Fundada em agosto de 1585, a cidade consegue conjugar história, cultura e natureza como atrativos. João Pessoa é também célebre por contar com uma das maiores áreas verdes urbanas do mundo, além da rígida legislação que limita as construções à beira-mar em até três andares. Nessa cidade iluminada, moradores e turistas vivenciam dias quase ininterruptos de sol e podem experimentar os programas do dia pessoense: caminhar pela orla, tomar banho de mar com tranquilidade, usufruir das comidas típicas oferecidas pelas barracas das calçadinhas e ainda utilizar a recente ciclovia implantada nas praias de Cabo Branco e Tambaú. Outra experiência revigorante em João Pessoa é conferir a vista do Hotel Globo, localizado no Centro Histórico da cidade. Do terraço do hotel – que apresenta mobílias e peças em art déco utilizadas pelos antigos hóspedes – o sol pode ser contemplado de maneira diferenciada pelos visitantes, a partir de uma vista privilegiada do Rio Sanhauá. O Hotel Globo, construído em 1928 e considerado de alto padrão para a época, era visitado por pessoas da alta sociedade que não apenas se hospedavam no lugar, como também o frequentavam para tomar o chá da tarde e admirar o famoso pôr do sol. Além disso, o jardim do antigo hotel agrega história e cultura.
Farol do Cabo Branco, onde o sol nasce primeiro
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CIDADES João Pessoa
Ao som de Maurice Ravel Se a cidade nascente e ensolarada já fascina, o poente é ainda mais especial. O município de Cabedelo, na grande João Pessoa, abriga a Praia do Jacaré, reserva de águas fluviais considerada um dos maiores atrativos turísticos do estado. É de lá que se pode ver um crepúsculo amplo, multicolorido e vagaroso, seja nos bares, na galeria ou em catamarãs. Para completar o espetáculo, todos os dias, os bares e restaurantes instalados às margens do Jacaré apre-
‘Bolero de Ravel’. Alguns, inclusive, dizem que foi o momento mais emocionante da vida”, contou Jurandy à reportagem da revista Estilo Damha. Jurandy, de fato, é um personagem especial que faz com que o local seja internacionalmente conhecido. Sempre vestido de branco, ele dá som a um dos momentos mais belos e especiais vindos do céu. “A execução da música é um instante de muita paz para mim, em um contato único com a natureza”, acrescentou o
ciam um show à parte enquanto o astro se põe de mansinho. Lá, o sol se despede ao som do clássico composto pelo francês Maurice Ravel (1875-1937), executado com maestria pelo músico paraibano Jurandy do Sax. O ritual é mantido há décadas, pois os quase 20 minutos do crepúsculo coincidem exatamente com o tempo de duração da famosa obra de Ravel. Aliás, graças às suas mais de cinco mil execuções, naquele mesmo local, com a mesma emoção, Jurandy está em processo para entrar no Guinness Book como a pessoa que mais tocou a música em todo o mundo. Nesta performance, a presença de turistas é maciça, e muitos saem de lá encantados. “Após o show, muitos turistas, de todas as idades, me procuram, contando da emoção especial ao apreciar o pôr do sol ao som do
músico que já se apresentou em diversos países. Mesmo quando, eventualmente, chove, Jurandy não deixa de prestigiar o público com sua música, em perfeita sintonia com o espetáculo original da natureza. “O sucesso é grande, e já estou preparando algumas novidades, um show ainda mais interativo e emocionante”, garantiu. Após a despedida do sol, ao cair da tardinha, por volta das 17h, os visitantes da Praia do Jacaré podem ainda caminhar no calçadão, dançar forró pé de serra, conhecer um pouco mais da gastronomia regional e aproveitar a oportunidade para comprar algumas lembrancinhas nas barracas de artesanato. De fato, o sol nasce para todos, mas, para os pessoenses e turistas, a experiência é ainda mais emocionante e inesquecível.
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Foto: Dayse Euzebio / Secom-JP
Ao som do Bolero de Ravel, o músico paraibano Jurandy do Sax orquestra o espetáculo do por-do-sol
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CIDADES Maceió Gourmet Foto: Bruno Barbosa
MACEIÓ GOURMET Queijo coalho, macaxeira e rapadura ganham interpretação mais do que sofisticada nas mãos de uma nova geração de chefs em Maceió, dedicados a explorar com originalidade os ingredientes da terra Texto: Aline Angeli
U
m dos destinos turísticos do Nordeste que mais cresceu aos olhos nacionais nos últimos anos, a bela e pequena Maceió esconde mais do que o mar azul-turquesa pontilhado de coqueiros ou os passeios por suas lagoas. Passar por lá é também chance quase certa de estar com uns quilinhos a mais na viagem de volta – mas quilinhos muito bem saboreados. Das tapiocas da orla às peixadas e caldinhos de sururu, um marisco
da região, o que não falta são iguarias típicas do lugar prontas para serem degustadas. O que vem surpreendendo, porém, é a crescente “releitura” desses ingredientes regionais feita por uma nova geração de chefs que não poupa criatividade para produzir inspiradas e sofisticadas combinações de sabores, como Wanderson Medeiros, Jonatas Moreira, Sérgio Jucá e Felipe Lacet. Confira três sugestões que valem a pena ser incluídas em seu próximo roteiro pela cidade:
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CIDADES Maceió Gourmet Fotos: Bruno Barbosa
Sur
C
ozinha alagoana criativa” é o termo que os chefs Sérgio Jucá e Felipe Lacet utilizam para definir o cardápio dinâmico que oferecem no Sur, a mais moderna e sofisticada casa de inspiração regional na cidade. Depois de terem passado seis anos estudando e estagiando em restaurantes na Espanha (Sérgio, em Barcelona; Felipe, em Bilbao), a dupla faz uso de técnicas da alta gastronomia para brincar com ingredientes como manteiga de garrafa, tapioca, queijo coalho, camarão e banana comprida, todos ícones dos mercados populares locais. Lá, além de misturas inusitadas no cardápio a la carte, como o “hot dog de lagosta com emulsão de Prima Donna e macaxeira palha” para entrada, o destaque é o menu degustação surpresa, servido somente às quartas e quintasfeiras, no qual nada se repete. Nele já passaram delícias como “nhoque de mandioquinha com pesto de castanha de caju, aspargos e frutos do mar grelhados” e o “confit de pato glaceado em rapadura e gengibre com vinagrete de laranja”. Outro sucesso da dupla é o projeto “SurBurguer”, servido somente às quartas-feiras, que a cada semana também coloca “em cartaz” um hambúrguer diferente, como o “SurBurguer de filé”, feito com 180 g de carne, presunto cru e maionese de queijo de cabra, acompanhados de batatas ao forno, geleia de tomate picante e salada.
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Hotdog de lagosta com emulsão de Prima Donnae macaxeira palha e os chefs Sérgio Jucá e Felipe Lacet
Picuí e W Empório Café
Fotos: João Schuartz
U
m dos primeiros chefs de Alagoas a apostar no que chama de “Nova Cozinha Nordestina”, Wanderson Medeiros traz também de berço a afinidade com as panelas e a culinária sertaneja. Depois de cuidar durante anos do restaurante da família, o Picuí, especializado em carne de sol, pouco a pouco passou a incrementar o cardápio da casa com criações como a entrada “italianado”, um antepasto de berinjelas com carne de sol e pimentões maduros servido com torradas crocantes aromatizadas com manteiga de garrafa, ou o “coalho em chamas”, queijo coalho dourado, coberto com tomate seco e manjericão, flambado com licor de laranja. Além de apresentar suas criações em eventos fechados, recentemente abriu também o W Empório Café, um misto de bistrô, café e rotisseria, no qual é possível tanto degustar quanto levar para finalizar em casa, embaladas a vácuo, iguarias como a “lula ao molho oriental” ou o “contrafilé de carne de sol com molho funghi e arroz de amêndoas”.
O chef Wanderson Medeiros e o prato de lula ao molho oriental
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CIDADES Maceió Gourmet
Espaço Vera Moreira
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Lá, apenas às quintas e sextas-feiras, prepara na frente dos clientes o “Menu do Chef”, programação de jantares fechados, sempre com cardápio diferente. O “Menu do Chef” traz criações que mesclam pescados e frutos do mar fresquíssimos com técnicas francesas, como o “tentáculo de polvo laqueado em soja e mel”, o “camarão levemente cozido em companhia de mousseline de amendoim” ou o “canelloni de aratu com molho de lagostas e cogumelos, polvilhados com queijo coalho”.
Fotos: Arthur Moura
leito “chef do ano” em 2013 pela revista Veja Maceió Comer & Beber, Jonatas Moreira cresceu acompanhando a mãe na cozinha do restaurante da família, o afro-baiano Akuaba. Apesar da identificação com o dendê, coco, peixes e camarões, aos 18 anos seguiu para Lyon, na França, onde estudou por quatro anos no Instituto Paul Bocuse. De volta a Maceió, comanda agora um disputado “QG” da gastronomia, o Espaço Vera Moreira, dentro do restaurante Akuaba.
O prato canela do negão e o chef Jonatas Moreira
Picuí Av. da Paz, 1140, Jaraguá, Maceió Tel.: (82) 3223-8080
Sur Rua Professora Maria Esther da Costa Barros, 306/320, Stella Maris, Maceió, tel.: (82) 9808-9090
W Empório Café Av. Alvaro Calheiros, 8, Galeria Amarilis, Maceió Tel.: (82) 3025-1001
Akuaba | Espaço Vera Moreira Rua Ferroviário Manoel Gonçalves Filho, 6, Mangabeiras, Maceió, tel.: (82) 3325-6199.
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CIDADES Maceiรณ Gourmet
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“” ESPECIAL CAPA Carol Castro
Foto: Cláudio Gatti
Me sinto mais madura. Tem a ver, sim, com a chegada dos 30, que recebi de braços abertos.
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ESPECIAL CAPA Carol Castro
A CONSAGRAÇÃO DA
ESTRELA Aos 30 anos, Carol Castro vive um momento de equilíbrio. Recémcasada e alçada ao primeiro time de estrelas da Rede Globo, a atriz celebra seu retorno às novelas, comemora o sucesso no teatro, avalia atuar e produzir um musical e se prepara para estrear um longa de ação no cinema. “Nunca estive tão feliz e tranquila como estou hoje” Texto: Daniele Globo
Equilíbrio é a palavra de ordem para o atual momento de Carol Castro. Aos 30 anos, recém-completados em março, a atriz passa pelo período mais harmônico de sua vida. E o melhor, em todos os setores. “Me sinto mais madura. Tem a ver, sim, com a chegada dos 30, que recebi de braços abertos. Está tudo em sintonia: profissional, amor, saúde. Até o visual”, diz a atriz, que surpreendeu a todos ao cortar o cabelo na altura dos ombros para interpretar a advogada Silvia em Amor à Vida. “Pouca gente sabe, mas a decisão de cortar foi minha. E é interessante porque as pessoas me veem de forma diferente”, diz. Carol cresceu aos olhos do público, mas só percebeu essa mudança nos últimos dois anos. Sem planejar, viu sua vida dar uma volta de 180 graus. Começou, na verdade, em março de 2012. Era show de Seu Jorge, no Morro
da Urca, no Rio de Janeiro. O modelo Raphael Sander a encontrou lá após ser convidado pela própria atriz, um dia antes, quando se conheceram durante um job no interior de São Paulo. “Fizemos o trabalho e voltamos no mesmo voo. Comentei que iria ao show do Seu Jorge no dia seguinte”. Seu Jorge é um velho conhecido da atriz. Amigo do ator Luca de Castro, pai de Carol, o cantor a homenageou naquele dia, pelo seu aniversário. “Subi no palco, dancei. E vi o Raphael conversando com o meu pai. Ali me deu um clique. Depois dançamos juntos e gelei: estava me apaixonando.” Só que o rapaz morava em Londres. Até o amor falar mais alto e ele voltar, foram dois meses. Quase dois anos depois, se casaram em uma cerimônia íntima na casa da estrela, no Rio. “Foi lindo. É um amor extremo. Foi tudo muito intenso desde o início. E agora estou casadinha, feliz, tranquila, como nunca estive.”
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ESPECIAL CAPA Carol Castro
Experiências intensas
E
na final do circo, em que eu caí ao vivo”, relembra a atriz. “Tentava me separar disso, mas não tinha como eu não ter aquele receio. Fui muito mais com o sentimento de querer conseguir fazer tudo que eu ensaiei do que ganhar.” Pouco antes da apresentação, os momentos foram tensos nos camarins do Projac. “Estava muito preocupada. E acabou que no ensaio não saiu o movimento mais difícil do samba. Fiquei nervosa, sentei num cantinho e comecei a chorar”, conta. “O Rapha trouxe café com leite, e a maquiadora apertou a minha mão e me deu um anel que tinha uma pedrinha, para dar sorte.” E deu. Carol reuniu os três “f”s: “força, foco e fé”, que aprendeu com o professor de dança Leandro Azevedo, e se jogou no palco do Domingão. Saiu de lá vencedora. E com muitos convites para atuar em musicais no teatro. “Vamos ver se eu sou capaz, né? Estou indo atrás de aulas de canto, mas vamos com calma porque foi outro leque que se abriu”, sorri. Enquanto isso não acontece, Carol entra de cabeça em um projeto de ação no cinema. Ela viverá Rosa, uma secretária de segurança, no filme Esquadrão Anti-Sequestro, de Marcus Dartagnan, previsto para estrear em 2015.
Foto: Divulgação
ssa história, porém, é só o começo do conto de fadas atual de Carol Castro. Durante esses dois anos, muitas águas rolaram na vida da atriz. Além do encontro com Raphael, a quem ela chama de príncipe encantado, Carol atingiu um estágio privilegiado em sua carreira profissional. O retorno às novelas das nove com a advogada Silvia, de Amor à Vida, e a conquista do primeiro lugar na “Dança dos Famosos”, no programa Domingão do Faustão, a consagraram como uma estrela de primeira grandeza da Rede Globo. E, por meio desses trabalhos, Carol teve a oportunidade de mostrar ao público seus múltiplos talentos, que vão além de atuar. A facilidade em conduzir uma personagem do drama à comédia e a desenvoltura em encarar um palco para vencer uma competição de dança, mesmo sem saber dançar, foram alguns exemplos. “Sempre tive uma ligação forte com a música. Sou aquela que sabe arranhar o violão e a bateria, mas tenho um ótimo senso de ritmo. Foi uma grande e feliz coincidência.” Só de lembrar o episódio da final do concurso de dança seus olhos se enchem de lágrimas. “Foi um dia muito forte porque já tinha tido aquela experiência difícil
“Força, foco e fé.” As três palavras de motivação da dupla Carol e Leandro Azevedo, na “Dança dos Famosos”, os fizeram vencedores
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ESPECIAL CAPA Carol Castro
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Amor à Arte
Foto: Cláudio Gatti
ara dar vida à secretária de segurança no longa de Dartagnan, Carol Castro vai poder utilizar o que aprendeu sobre justiça e leis na pele da advogada Silvia, de Amor à Vida, um marco na bemsucedida carreira da atriz. A diferença é que, dessa vez, ela terá mais tempo para se preparar, o que não aconteceu na novela em que pegou o bonde andando, mas graças a seu excelente desempenho acabou aumentando sua participação e envolvendo praticamente todos os núcleos da trama de Walcyr Carrasco. Do drama do câncer de mama até a comédia do quarteto amoroso formado por ela, Caio Castro, Maria Casadevall e Marcio Garcia, Carol conseguiu roubar a cena em muitas das passagens importantes da novela global. “A Silvia foi um grande presente e também uma grande surpresa! Eu já estava na Dança, nos primeiros ritmos, quando recebi a ligação do Wolf Maia”, conta. “O primeiro briefing era que a personagem era uma mulher forte, decidida, superadvogada, que entraria para ajudar o Bruno (Malvino Salvador) no caso da Paulinha (Klara Castanho) contra a Paloma (Paolla Oliveira). Só sabia disso.” Mas a enorme aceitação do público e a crescente torcida pela personagem fizeram com que viessem as surpresas. “Primeiro descobri que a Silvia era casada. E que estaria no triângulo que virou um quarteto supercaliente da novela. Depois, fui saber a história do câncer. Mas, como peguei o trem em movimento, entrei de cabeça.” Esforço recompensado com uma das cenas mais emocionantes da trama global. “O ápice para mim foi quando ela descobriu que teria que fazer a mastectomia. Uma experiência muito rica. Fiz uma cena de serviço social, algo muito importante para mim.” No final, sua advogada ainda foi a responsável por todos os processos da novela, inclusive a missão de conseguir de volta os filhos de Niko (Thiago Fragoso). “Além de retornar às novelas das nove, tive a oportunidade de exercer a minha cidadania através da minha arte. Foi muito intenso para mim”, conta. Uma curiosidade: a cena da cirurgia foi gravada um dia antes da final da “Dança dos Famosos”. Uma carga emocional bastante forte para a atriz, que, experiente, tirou de letra. E de onde vem toda essa experiência? Da vivência da profissão desde a infância e da convivência com o pai, Luca de Castro, ator, professor de teatro e declaradamente a maior fonte de inspiração da atriz.
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ESPECIAL CAPA Carol Castro
Aos olhos do público
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Foto: Divulgação
arol Castro nasceu e cresceu com a arte nas veias, tal como o pai. “Eu tinha 8 anos quando fui morar com ele no Rio. Estava no auge do Terror da Praia, um espetáculo cult que ele fazia.” Foi nessa época que ela começou a enveredar pelos caminhos da atuação. “Eu o acompanhava desde pequena em sets de filmagem, ensaios, coxias. Mas ali me apaixonei. Já tinha me apresentado com balé em Natal, quando morava com a minha mãe. Mas ali, aos 9 anos, lembro de ter puxado a calça do meu pai e falado: ‘Pai, eu quero fazer também’.” Mas atuar, de verdade, só aos 16 anos. Quando, aliás, sofreu a primeira decepção na profissão. “Era uma peça que falava dos primórdios do Brasil. Dos índios até a chegada dos portugueses. Já tinha ensaiado, estava pronta, mas no dia da estreia apareceram os caras do juizado de menores e me impediram de estrear”, diz. “Chorei muito, meu pai tentou argumentar que ele autorizava, mas tive que tomar um banho frio para tirar toda a pintura de índia e assistir da plateia, chorando.” Dali, teve mais força para seguir adiante e começou a fazer comerciais e publicidade. Até que conseguiu uma ponta no filme Caminhando nas Nuvens e entrou em cartaz no Terror da Praia, atuando “escondida” do juizado. “O diretor, Antonio Pedro, me dizia: ‘Ok, você faz, mas, se vir qualquer cara de coletinho, suba as escadas e eu nunca te vi na vida’”, sorri. Foi vista na peça por Luis Antonio Rocha, produtor de elenco da Rede Globo, que a levou ao diretor Ricardo Waddington. Ele a olhou e disse: “É isso aí. Você é a Gracinha”, sobre a personagem da novela Mulheres Apaixonadas. “Eu lembro que perguntei a ele: ‘Como assim? Mas é isso, eu vou fazer a novela das oito? Mas não tem um teste?’.” Não teve. Ela surpreendeu e foi contratada pela emissora. “Bem ou mal, fui meio autodidata. Aprendi fazendo, na marra. Claro que, depois que comecei a fazer televisão, vi que não sabia nada. Devo muito à Suzana Vieira, que na minha segunda novela, Senhora do Destino, me ensinava tudo. O amor à arte me fez querer aprender cada vez mais. Aprendi aos olhos do público e aqui estou.”
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ESPECIAL CAPA Carol Castro
E
De volta às origens garra, ela conseguiu. “Ensaiava com dor, tinha que ficar com o pé para cima, botava gelo, chorava de dor, mas uma semana depois de tirar o gesso eu estreei.” Carol ficou dois anos em cartaz com a peça que foi sucesso de crítica e público, e a consagrou também no teatro. Tanto que, este ano, a atriz foi escalada mais uma vez para atuar na famosa encenação da Paixão de Cristo, no Nordeste. “Já fiz Madalena. E agora Maria de Nazaré. Foi especial. Senti uma presença, uma luz diferente. Como uma bênção.” Bênção esta que talvez explique o momento tão equilibrado da vida de Carol. E que comprova que, mais do que uma estrela, ela nasceu e cresceu, sim, virada para as estrelas.
Foto: Divulgação
m 2008, Carol Castro voltou aos palcos na pele de uma das mais emblemáticas personagens de Jorge Amado: Dona Flor. “Depois de uma novela atrás da outra, foi meu retorno à minha origem. Mas me senti enferrujada para o teatro.” Antes de estrear Dona Flor e Seus Dois Maridos, porém, Carol teve problema sério, que quase a fez desistir da peça: ela quebrou o pé em uma viagem a Nova York. “Não quis aceitar e continuei andando por cinco dias. Cheguei ao Brasil com o pé preto. E não tinha escolha: teria que sair.” O diretor Pedro Vasconcellos foi quem a convenceu a não largar o espetáculo. “Faltava um mês. O tempo exato que teria que ficar com a bota ortopédica.” Com muita
Carol e o marido Raphael Sander: mais do que merecidas férias, uma lua de mel pra lá de romântica na paradisíaca Bora Bora
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EU QUERO! Gostinho de Primavera
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Setembro chegou e, para nossa alegria, as cores e o gostinho da primavera começam a inundar nosso mundo. É a época perfeita para curtir a vida ao ar livre, para viver grandes histórias e se contagiar com o clima gostoso da estação. Prepare sua casa, prepare sua alma e receba as boas energias de braços abertos. Se ainda não sabe por onde começar, a Estilo Damha dá uma forcinha!
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Fotos: Divulgação
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24 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
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COMPORTAMENTO Envelhecimento Saudรกvel
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Foto: Divulgação
COMPORTAMENTO Envelhecimento Saudável
COMO VOCÊ QUER ESTAR DAQUI A ALGUNS ANOS? O processo de envelhecimento foi disparado no momento em que nascemos, e nunca é cedo demais para planejar envelhecer bem
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les moram em Vitória, no Espírito Santo, e se encontram pelo menos cinco vezes por semana, logo de manhã, para o treino de vôlei. Não, não se trata de um time se preparando para a Superliga Feminina ou Masculina de Vôlei, mas o comprometimento desse grupo também é grande, até porque eles não almejam apenas vitórias. Antes de tudo o que querem, e estão conseguindo, é envelhecer de forma saudável.
Texto: Dirlene Ribeiro Martins
O grupo é composto por homens e mulheres com mais de 60 anos que praticam o vôlei adaptado e que, como eles mesmos se descrevem, “treina muito, fala muito” e compete nos Jogos Municipais dos Idosos de Vitória e também nos Jogos Estaduais do Espírito Santo. Além de troféus e medalhas, o “Vôlei + 60 Amigos para Sempre”, nome do grupo, é um exemplo de como viver plenamente essa nova fase da vida.
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Foto: Arquivo pessoal e Xico Andrade
COMPORTAMENTO Envelhecimento Saudável
Angela e o grupo Vôlei + 60 do qual ela faz parte: o esporte ameniza a ansiedade
O envelhecimento saudável como um projeto de vida
H
á 50 anos, o paradigma da medicina era aconselhar as pessoas de mais idade a fazerem repouso. A clássica imagem que tínhamos do idoso era a de alguém que passava o dia inteiro de pijama sentado em sua poltrona, poupando-se de qualquer esforço, mesmo que fosse a ida à padaria. Hoje, a medicina não só rechaça essa imagem como a contraria, entendendo que o envelhecimento ativo conduz ao envelhecimento saudável. Vania Varoto, docente do curso de graduação em Gerontologia da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), diz que o envelhecimento traduz de forma muito simples o “jeito de viver” de cada pessoa, integrado, é claro, ao espaço e ao tempo em que ela está inserida. “Entende-se que envelhecimento é um processo que vai desde o nascimento até o momento da morte, assim, o ‘preocupar-se’ em envelhecer bem deve ter início neste momento. Envelhecer bem deveria ser parte de projetos de vida pessoal”, esclarece. “De uma coisa todos tenham certeza, todos estão envelhecendo, e este
processo foi disparado no momento em que se nasceu. Não se deve esperar a idade cronológica de 60 anos [idade considerada para a pessoa idosa no Brasil] para iniciar projetos de envelhecer bem!” A professora de Educação Física aposentada Maria Angela Rossi Tardin, de 63 anos, faz parte do grupo de vôlei de Vitória e desde cedo planejou chegar aos 60 anos em grande forma. “Não bebo, sempre comi o que me faz bem, não fumo, nunca usei drogas. Hoje me sinto muito bem, graças a Deus, pelo fato de ter me cuidado quando jovem, e posso dizer isso com muita certeza”, afirma. “Não podemos prever o futuro, mas se você se cuidar quando jovem com certeza terá uma velhice com menos problemas, com mais disposição para enfrentar a idade.” Embora já aposentada, Angela atua como uma das técnicas de ginástica rítmica do Clube Ítalo Brasileiro de Vitória. Declara-se feliz, embora tenha de lidar com uma certa ansiedade, situação que ameniza com a prática do vôlei e participando do coral da igreja que frequenta.
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COMPORTAMENTO Envelhecimento Saudável Foto: Arquivo pessoal e Xico Andrade
Francisco durante premiação e foto de Paraty (RJ) tirada por ele: um hobby que virou profissão
Foto: Arquivo pessoal
O aposentado Francisco Pereira Andrade, de 63 anos, também se planejou para chegar à velhice em plena atividade. Na juventude, praticou atletismo e handebol e, como Angela, sua companheira no vôlei adaptado, sempre teve uma vida “regrada”. Hoje convive com o diabetes tipo 2 e uma hérnia de disco, mas nada que o impeça de treinar o voleibol adaptado cinco vezes por semana e de duas vezes por semana praticar remo e nadar (“a técnica peito que não provoca dor”) nos finais das aulas de natação que ministra de terça a sexta-feira. Outra boa forma de viver mais e melhor, dizem os especialistas, é não ter medo de apostar em coisas novas, em experiências inéditas. Além de ajudar a colocar a memória em dia, é sempre prazeroso surpreender a família e os amigos com as novidades. Francisco, por exemplo, acabou transformando um hobby – a fotografia – em profissão e rapidamente sentiu os benefícios disso. “Fotografar me deixa tranquilo e interiormente recompensado pelos elogios e prêmios que recebi em concursos fotográficos de que participo”, explica. A docente Vania Varoto sugere um exercício interessante àqueles que querem envelhecer bem. “Pergunte-se: Como eu gostaria de estar (aspectos físico, mental, social) daqui a 10, 20 ou mais anos? O que estou ‘trabalhando’ para alcançar aquilo que desejei? Mais de 90% dos desejos e dos resultados deste exercício traduz-se em um momento de velhice saudável. Por exemplo, bem fisicamente, com boa aparência, sem comprometimento físico ou mental, ser capaz de resolver meus problemas, de me cuidar, de ter boa memória, de morar onde estou morando ou em um local que posso escolher por vontade própria, sem ter de depender de alguém em minhas atividades cotidianas, e assim por diante.”
A docente da UFSCar Vania Varoto: “O ‘preocupar-se’ em envelhecer bem deve ter início neste momento”
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Foto: Osmar Serraglio
COMPORTAMENTO Envelhecimento Saudável
Academias ao ar livre em Umuarama (PR) permitem que idosos pratiquem atividades físicas e se integrem
Felicidade não é privilégio de nenhuma idade
J
á a psicoterapeuta Heloisa Gioia, autora do livro A Terceira Idade no Século XXI: uma visão espiritualizada, acredita que nos sentirmos bem perante o envelhecimento depende também de como queremos viver essa nova experiência. “Podemos influenciar e estimular em nós mesmos a atitude saudável de viver cada momento do início do envelhecimento com a postura mais positiva e tranquila possível”, afirma. “Está em ‘nossas mãos’ esse aspecto inovador de escolher conscientemente, nesta fase, a qualidade energética da nossa resposta aos acontecimentos da vida, e trata-se não somente de uma escolha, mas também de uma responsabilidade.” Para a psicoterapeuta, costuma-se associar o envelhecimento a uma piora inevitável na qualidade de vida, posição com a qual ela não concorda. “Pensar assim é um erro hoje em dia. Ao contrário, o ganho pode ser enorme. Afinal, essa é a fase propícia para desfrutar
o tempo livre.” Heloisa também destaca a importância dos vínculos sociais e afetivos, de se reservar um tempo para estar com as pessoas queridas, sejam elas da família ou amigos. Nessa direção, Angela faz questão de cultivar o contato com os amigos, vizinhos e família, pois isso lhe permite se sentir ainda melhor. Já Francisco realiza encontros de gastronomia, às quartas-feiras, com a esposa, filhos e noras e reserva os domingos para passeios de automóvel até lugares próximos de onde mora que ofereçam praia, montanhas ou onde esteja acontecendo alguma festa regional. “Felicidade e vínculos afetivos ‘quentinhos’, cheios de calor humano, não são privilégios de nenhuma idade em especial, e, sim, os bons resultados de quem os cultivou durante sua vida!”, diz a psicoterapeuta. “O envelhecimento somente vai expressar a forma com que cada um de nós viveu as etapas anteriores.”
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COMPORTAMENTO Envelhecimento Saudรกvel
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SAÚDE Cirurgia Plástica
BELEZA
CONSCIENTE
Com padrões de beleza que mudam a cada instante, a cirurgia plástica nunca foi tão requisitada como hoje; na busca incessante pelo belo, qual o limite entre o normal e o exagero? Texto: Thatiana Miloso
Foto: Divulgação
N
um mundo em que as selfies ganharam proporções estratosféricas, estar dentro dos padrões estéticos nunca foi tão necessário para ser aceito e vender uma boa imagem de si mesmo. Com essa busca frenética pela perfeição, as cirurgias plásticas passaram a ocupar papel central no debate sobre a beleza consciente. Em meio ao dualismo feio versus bonito, qual o limite entre a vaidade dentro dos parâmetros da normalidade e o exagero? Para o médico Fábio Biazotti, de Araraquara (SP), muitos fatores devem ser avaliados antes de uma cirurgia plástica, tanto pelo cirurgião quanto pelo paciente. O principal deles, segundo Fábio, é a questão psicológica, pois muitos pacientes procuram a cirurgia por acreditarem que a mudança física trará maior aceitação ou resolverá determinados problemas pessoais. “Precisamos entender a queixa do paciente, assim como ele precisa saber os motivos pelos quais está buscando a cirurgia plástica: o problema no corpo realmente existe ou o procedimento é a alternativa para solucionar algum problema ou frustração pessoal? A partir do momento em que o paciente faz a operação e soluciona a queixa estética, se a questão psicológica não for resolvida, a desilusão recairá sobre a cirurgia”, salienta o cirurgião plástico. Outro critério que deve ser levado em consideração é o fator “normalidade”. Na opinião do também cirurgião plástico Rafael Biazotti, o ideal é que a cirurgia traga melhorias físicas que correspondam ao considerado normal, o que pede uma análise específica para cada caso. O resultado do procedimento, diz ele, deve ser natural a ponto de suscitar dúvidas nas pessoas sobre sua realização. “Mas, muitas vezes, o que o paciente propõe não é nada disso. Tentamos conscientizá-lo de que os padrões de beleza mudam muito, e o que é bonito hoje pode não ser amanhã. Os implantes de mama ilustram bem essa questão: há dez anos, usavam-se implantes de 500 a 600 mililitros, com um formato circular bastante marcado. Mas, hoje, a maioria das mulheres não quer mais esse implante; a tendência atual é usar próteses menores, com média de 250 ml a 270 ml, deixando um aspecto bastante natural”, conta Rafael. 32 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
SAÚDE Cirurgia Plástica
Foto: Carvalho Studio
Parte dessa filosofia de analisar aspectos psicológicos e avaliar a real necessidade de intervenção cirúrgica, os médicos Fábio e Rafael adquiriram durante o período em que estudaram no Instituto Ivo Pitanguy, um dos principais centros mundiais de especialização em cirurgia plástica. “Fomos assistidos por uma equipe multidisciplinar que mostrou a importância de ver o paciente como um todo. Essa bagagem foi fundamental para saber como abordar com o paciente as questões psicológicas e a real necessidade de uma cirurgia”, revela Fábio. A pedido da Estilo Damha, os cirurgiões Fábio e Rafael Biazotti comentam, a seguir, os principais tipos de procedimentos e quando eles são realmente necessários. Com isso, ajudamos você a avaliar se aquela vontadezinha de mudar o corpo é um desejo exagerado ou se é fruto da mais normal e pertinente vaidade.
Os médicos Fábio e Rafael Biazotti: avaliar fatores psicológicos é essencial antes de se decidir pela cirurgia plástica
RITIDOPLASTIA: Também conhecida como cirurgia de face, é indicada para pessoas com flacidez facial. Com o avanço da idade, as maçãs do rosto vão caindo e a pele se acumula nas laterais da face. Neste tipo de cirurgia, é preciso ter cuidado para não perder a naturalidade das expressões faciais.
RINOPLASTIA: Ao avaliar um nariz, o cirurgião plástico o analisa em diferentes partes para saber se ele condiz com o rosto do paciente ou se está fora da curva de normalidade. O primeiro ponto a ser analisado é se a giba dorsal é reta em relação à ponta do nariz e quão grossa ela é. A posição da ponta e seu deslocamento durante o sorriso, assim como o ângulo entre a columela labial e o lábio, também são analisados para que o médico avalie se as alterações morfológicas requerem intervenção cirúrgica.
LIPOASPIRAÇÃO: É importante ressaltar que não se trata de um procedimento para emagrecer, e, sim, para a retirada de gordura localizada. Um bom parâmetro para saber se a lipoaspiração é indicada é verificar se houve perda do contorno do corpo, sem que o paciente apresente um sobrepeso geral. Pode ser feita no abdômen, flancos, culote, braços, parte interna das coxas e papo. Atualmente, os médicos têm trabalhado a lipoescultura, que é a retirada de gordura em determinada parte do corpo e colocação da mesma em partes como os glúteos.
MAMA: O implante de mama é recomendado a partir dos 16 ou 17 anos, idade com a qual o desenvolvimento do órgão já está completo. A cirurgia é indicada nos casos em que o volume de mama da paciente é muito baixo e nos casos em que a mama apresenta aspecto caído, geralmente em função da idade. Embora o implante não atrapalhe nem impeça a lactação, os médicos aconselham as mulheres que pretendem engravidar nos próximos anos a realizarem a cirurgia após a gestação e fase de amamentação. Isso porque a gravidez provoca uma projeção natural da mama e, no momento de o órgão voltar ao tamanho normal, uma parte da pele pode não acompanhar essa retração, causando a flacidez mamária. Nesse caso, o procedimento após a amamentação corrigiria esse problema natural. 33 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
PÁLPEBRA: Com o avanço da idade, o excesso de pele começa a fechar a pálpebra. Um bom parâmetro para avaliar a necessidade da cirurgia é perceber se as pálpebras estão atrapalhando a visão e causando sensação de peso nos olhos, além da formação de bolsas de gordura tanto na pálpebra superior quanto na inferior.
COLUNA COMPORTAMENTO Mara Behlau
CÉREBROS MASCULINO E FEMININO Sistematização e empatia no mundo atual
Mara Behlau
PhD, fonoaudióloga e doutora em Distúrbios da Comunicação Humana, consultora e coach certificada pelo Neuroleadership Group (NLG). Professora de Comunicação para Negócios no INSPER e também docente do Programa de Pós-Graduação em Distúrbios da Comunicação Humana na UNIFESP, São Paulo. Presta consultorias sobre comunicação, liderança e negociação para diversas empresas.
Foto: Divulgação
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istematização e empatia são duas habilidades essenciais para sobreviver e correspondem a dois processos mentais relacionados a áreas diferentes e independentes do cérebro humano. Alguns indivíduos têm maior representação cerebral nas áreas da empatia, outros nas da sistematização. Dificilmente um ser humano apresenta graus semelhantes dessas habilidades. Há uma relação importante e comprovada entre gênero e tipo de cérebro: mulheres têm cérebro essencialmente empático, enquanto homens são mais siste-
máticos, embora ambos utilizem os dois processos. Essa diferença é o resultado de fatores biológicos e sociais, e nenhum deles é melhor que o outro: ao longo da evolução da espécie humana, as mulheres adaptaram seu cérebro para responder às questões afetivas da família e os homens para compreender a vida, caçar e lutar. A intuição é relativa à empatia, já o planejamento e a lógica são relacionados à sistematização. Assim sendo, muitas vezes o cérebro feminino é chamado de empático e o masculino de sistemático. Contudo, há mulheres predominantemente sistemáticas e também homens empáticos. Em outras palavras, o sexo não determina necessariamente o tipo de cérebro. O cérebro feminino, programado para a empatia, tem a capacidade de identificar emoções e sentimentos e responder a eles de modo adequado. A empatia está relacionada ao desejo de cuidar do outro e é mais observada em mulheres, até mesmo em meninas a partir dos 3 anos de idade, especialmente nas brincadeiras com bonecas. A empatia é a ferramenta básica para lidar com emoções, e sete delas são consideradas básicas: raiva, alegria, tristeza, nojo, medo, surpresa e desprezo. Mas, na verdade, já foram descritas 34 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
pelos especialistas 412 emoções diferentes. Mulheres têm comprovadamente mais empatia que homens! Alguns exemplos de situações do dia a dia mostram essa habilidade: gostar de cuidar do outro; perceber quando alguém quer conversar; imaginar o sofrimento do outro; ter facilidade de saber como as pessoas vão se sentir; ou, ainda, identificar se os outros estão desconfortáveis em alguma situação. O cérebro masculino, por sua vez, tipicamente programado para a sistematização, tem maior capacidade de analisar, explorar e construir sistemas, tais como motores de carros e computadores. Sistematização está relacionada ao desejo de categorizar coisas, fatos e eventos, sendo mais observada nos meninos, desde cedo, quando desmontam objetos, por exemplo. Homens têm comprovadamente mais sistematização que mulheres! Alguns exemplos de situações de sistematização, facilmente observadas no dia a dia, são: fazer coleções; gostar de ler manuais e seguir instruções; interessar-se por aparelhos, jogos computadorizados e regras em geral; compreender a estrutura das músicas; ou, ainda, conseguir ver como as ruas se interligam em um caminho. Simon Baron-Cohen*, profes-
COLUNA COMPORTAMENTO Mara Behlau Foto: Divulgação
sor de Psicologia e Psiquiatria da Universidade de Cambridge, estudou o cérebro feminino e masculino e revelou as bases científicas que comprovam que o cérebro do tipo feminino é melhor em empatia e comunicação, enquanto o cérebro do tipo masculino sai-se melhor na compreensão e criação de sistemas, inclusive nos de natureza abstrata, como política, economia e música. Portanto, as diferenças entre o cérebro feminino e o masculino não são mitos, mas realidades científicas! O Prof. Baron-Cohen destaca que a empatia é uma sintonização espontânea, que oferece estrutura para o código moral, permite a compreensão dos sentimentos e uma resposta adequada a eles.
Assim, a menina cuida, faz curativos e consola suas bonecas doentes, com um discurso empático, focado na necessidade do outro. Empatia está diretamente associada à habilidade de comunicação. Por outro lado, a sistematização é classificação espontânea e oferece estrutura para a sobrevivência do melhor. Desta forma, os meninos selecionam e classificam seus bonecos (“esse é do bem, esse é do mal”) e autorizam a agressão (os classificados como sendo do mal sempre morrem). Para a sistematização é preciso distanciamento e para empatia, aproximação. É interessante observar como essas características do cérebro influenciam os mais variados aspectos de nossas vidas. Nas relações de
amizade, por exemplo, as mulheres valorizam mais as questões afetivas e empáticas, enquanto os homens valorizam os interesses comuns; já nas manifestações de agressão, mulheres fazem ataques mais indiretos (que requerem leitura mental) e os homens partem para os ataques diretos, de natureza física. Nenhum tipo de cérebro é melhor que o outro, já que são apenas o resultado da especialização humana para conquistar objetivos diferentes: garantir a sobrevivência e a integração, ou prever e controlar acontecimentos. Viva a diferença entre os cérebros! Mas viva também a capacidade humana de viver em conjunto e integrar essas diferenças!
*Livro: Baron-Cohen S. A diferença essencial. A verdade sobre o cérebro de homens e mulheres. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003. 35 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
COLUNA SER MÃE Sofia Benini
7 COISAS QUE VOCÊ PRECISA SABER ANTES DE SE TORNAR MÃE A chegada de um filho muda nossa vida completamente. Mas, quando engravidamos pela primeira vez, nem sempre estamos conscientes de quais mudanças serão essas Sofia Benini
É mãe da Mabi e do Alfonso, dois bebês que todos os dias lhe ensinam algo novo sobre a deliciosa – e também difícil e cansativa – arte de ser mãe. É jornalista e já foi editora da revista Pais e Filhos. Mora com a família no residencial Damha III de São José do Rio Preto e divide suas peripécias como mãe de dois em oblogdasofia.com.
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uando Mabi nasceu, de um dia para o outro, minha vida se resumiu a dar de mamar, trocar fraldinhas e fazer dormir um bebê que tomava todo o meu tempo. Claro que depois percebi que essa rotina doida de recém-nascido só dura algumas semanas. Mas pra mim aquilo foi um susto e tanto. Talvez, se eu estivesse consciente do que me esperava, teria passado por esse período de adaptação mãe-bebê com mais tranquilidade. Ou talvez não... O fato é que com o primeiro filho é tudo mais difícil mesmo. Mas ainda assim acho que, quanto mais preparada você estiver, menor será sua probabilidade de surtar com as mudanças que chegam com seu pacotinho. Queridas leitoras, faço aqui uma lista de algumas coisinhas
que você precisa saber antes de se tornar mãe. Coisinhas estas que eu adoraria que tivessem me contado quando estava grávida. 1. Suas noites de sono não serão mais as mesmas, por um bom tempo A não ser que você seja uma dessas felizardas (que eu tenho vontade de pular no pescoço) cujos bebês dormem a noite toda doze horas seguidas desde que saíram da maternidade. Tenho lá minhas dúvidas se esses bebês de fato existem ou se essas senhoras falam isso só para me irritar profundamente. Se você fizer parte da grande massa de mães de bebês normais, então, se prepare. Nas primeiras semanas do bebê, tudo pode acontecer durante as madrugadas. Com o tempo, vai melhorando, mas ainda assim, por um tempo, você terá de acordar uma ou duas vezes pela noite para dar de mamar. Quando você, enfim, conseguir tirar a mamada da madrugada, ele ainda assim poderá continuar acordando para pedir a chupeta ou requisitar um colinho. 36 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
Veja você: Mabi vai fazer dois anos e ainda acorda pelas madrugadas. 2. Você não vai mais poder ir ao cinema quando quiser Antes de ter filhos, ia ao cinema umas duas vezes por semana. Adorava minha rotina de sair do trabalho, encontrar com as amigas ou com meu marido para tomar um café no shopping, ver os filmes em cartaz e comprar um ingresso para dali uma hora. Enquanto isso, passeava um pouquinho, via vitrines, comia alguma coisa, conversava... Com filhos, você tem de se programar pra sair de casa sozinha. Parece óbvio, mas é o tipo de coisa que a gente não para pra pensar a fundo até perceber que, meu Deus, sair de casa nunca foi tão difícil. 3. Aquele amor de que todo mundo fala pode demorar um pouco pra aparecer Lembro-me de uma vez ler um texto de uma colunista da revista Pais e Filhos dizendo que, quando seu primeiro filho nasceu, ela não sentiu na hora aquele amor de mãe que todo mundo fala que sente
COLUNA SER MÃE Sofia Benini
por seus filhos. Que ela gostava do bebê, cuidava com carinho, achava uma graça, mas não era aquele amor mais forte que tudo. Mas que esse amor apareceu, sim, algumas semanas depois. E foi então que ela percebeu que nunca tinha amado alguém tão intensamente quanto amava seu filho. Achei estranho quando li, mas só fui entender o sentido daquelas palavras quando Mabi nasceu. Eles nascem, e nós os amamos, claro. Já no primeiro segundo de vida, acho que somos capazes de dar nossas vidas por eles. Mas o amor, esse intenso, lindo, forte, que a gente consegue quase pegar com a mão, talvez só apareça depois. Para mim aconteceu assim. E não se assuste se acontecer com você também. Talvez precisemos de um tempo até administrar o fato de que esse serzinho é o novo centro de nossas vidas. Ou talvez precisemos só de um pouco de convivência para conhecê-lo melhor. Mas uma hora o amor acontece. Ah, acontece. 4. Você vai se cansar de ser mãe de vez em quando... ...e vai querer comprar uma passagem só de ida para a Finlândia. Sozinha. Sem filhos. E, se duvidar, sem marido também. Normal, amiga. Não se sinta culpada, toda mãe do mundo sente isso. Geralmente, no dia seguinte passa. E, se não passar, é porque a carga está pesada demais para você. Pede ajuda para o pai, para a avó, para a irmã ou para a melhor amiga e vai dar uma passeada. Uma horinha longe de casa faz maravilhas.
5. A relação com seu marido/ companheiro vai mudar Se, por um lado, o laço que une marido e mulher fica mais forte com o nascimento de um filho, por outro, a convivência entre os dois pode ser bem mais estressante. Principalmente quando o bebê está no meio de uma crise de choro, você já não sabe mais o que fazer para ele parar, seu companheiro tenta alguma tática nova, o bebê chora mais forte ainda e você lhe lança aquele olhar fuzilante que claramente quer dizer: “Você só atrapalha!”. Aí, ele fica magoado, claro, você se sente culpada, mas o bebê continua chorando, e no meio do berreiro não há clima para fazer as pazes, né? Episódios assim costumam acontecer. Mesmo com casais que se amam muito e que pouco brigam, como eu e Javi, meu marido. Quando Mabi era pequenina, nós nos estranhamos várias vezes. Já com Alfonsinho, que é um bebê mais tranquilo e nós já somos pais mais seguros, não tivemos nenhum desentendimento. Ou seja, dá para passar por isso sem dar desquite. Mas, para isso, ambos os lados têm de engolir uns sapinhos de vez em quando. 6. Você vai sentir saudades de sua antiga vida Não troco minha vida por nada. Mas sinto falta da liberdade que tinha antes. Às vezes essa saudade é mais forte, outras vezes ela nem existe. Mas de vez em quando ela vem. A rotina com filhos é puxada. É cheia de alegria e amor, mas também cansa. Coisas bobas, como dormir até mais tarde no domingo ou ficar na cama batendo papo com
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seu marido a manhã toda, só serão possíveis se você tiver uma santa com quem deixar seus pimpolhos. A santa de casa é minha mãe. De vez em quando, ela salva minha pátria – e quando vou buscar as crianças na sua casa, ela está feliz da vida por ter ficado com os netos, mas agradecida por poder, enfim, descansar. 7. Você não vai querer trocar sua vida pós-filhos por nada neste mundo Mesmo dormindo mal ou não dormindo. Mesmo ficando em casa mais tempo do que você gostaria. Mesmo não tendo mais seu marido/ companheiro só para você. Mesmo estando cansada e exausta. Depois dos filhos, somos mais felizes. E nossa vida é outra... Nos primeiros dias de vida da Mabi, quando eu estava no auge de minha melancolia pós-parto (também conhecida como baby blues e que acomete a maioria das mulheres no primeiro filho), lembrome de minha mãe me ver chorar. Eu disse que estava triste, cansada, que sentia falta da minha vida de antes. E ela me consolou dizendo que filho é a coisa mais linda do mundo. Que, com eles, nunca mais me sentiria sozinha. Já se passaram quase dois anos e, desde então, meus filhos preenchem minha vida de uma maneira que não sobra tempo nem espaço para a solidão. Nos raros dias em que consigo ficar sozinha, é aquela solidão aproveitada, que faz bem pra gente. Nossa casa é alegre e cheia de brinquedos. Nossos dias são ativos e felizes. E para sempre eu serei grata a Deus pela família que eu e meu marido criamos.
COLUNA MODA Juliana Cordeiro
TENDÊNCIAS: QUAIS SÃO E COMO ESCOLHO O QUE COMPRAR E USAR? A vida é feita de escolhas, e com a moda não é diferente
Juliana Cordeiro
Consultora de estilo pessoal e especialista em compras personalizadas. Escreve no blog Sem Espartilhos (semespartilhos.com.br). Visite a fanpage: Facebook/semespartilhos e o instagram: julianaguisilincordeiro.
dos naturais como a renda, o couro e a seda, acompanhados de bordados, pedraria, tramas abertas, metalizados e máxi estampas. 1. A renda que ora era o tecido principal, ora servia de aplicação foi enriquecida por bordados e pedrarias. 2. O couro veio com babado, sem babado, com aplicações de renda, com metal e sem metal, em cores mais leves e no tradicional preto. 3. Os metalizados apareceram aplicados em malhas e sedas, com ou sem estampa, trazendo brilho aos looks.
Fotos: Divulgação
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oda troca de estação traz junto a mudança no guarda-roupa. Quando a primavera se aproxima, vamos deixando de lado os tons escuros, os casacos pesados, os sapatos fechados, os comprimentos longos e abrimos espaço físico e mental para cores mais leves, cardigãs mais finos, sapatos abertos. O comprimento das saias e vestidos diminui. Começamos a paquerar as vitrines em busca das tendências e, num impulso irracional, bate uma vontade imensa de comprar de tudo. Nos desfiles da primavera/verão 2015 destacaram-se os teci-
4. Paetês, canutilhos e pedras enfeitam peças casuais e a moda festa. 5. As tramas de couro, algodão e látex vêm mais abertas e trabalhadas em técnicas como os trançados e vazados a laser e ganham ar de sobreposição porque deixam à mostra o que está por baixo. 6. Os moletons bordados do inverno dão vez aos cardigãs e casaquetos mais leves que ganharam sobreposição de renda e pedraria. Se falarmos de estampas, a listra horizontal está levando vantagem sobre os florais e tropicais, e estes últimos vêm bem grandes. Berinjela, fúcsia, azul-celeste, 38 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
tons terrosos e muitos tons de verde apareceram em destaque. O laranja tenta emplacar novamente, apesar de eu achar que este ano é do verde. Os pasteis chegam novamente. As bijuterias, assim como as estampas, seguem grandes, e vem muita pérola por aí. O par de brincos inspirados na criação da “Maison” Dior já é hit entre as mulheres antenadas. As formas são cropped e quadrada para os tops e o controverso comprimento mídi para as saias que estão tentando um lugar ao sol há tempos (no guarda-roupa de algumas mulheres estão desde sempre, mas são minoria). Então, o que comprar para a próxima estação? Eu gosto muito da frase de uma psicóloga e consultora americana que diz que seguir todas as tendências é como ter um trabalho em período integral. A sensação que dá é que estamos por fora por mais que compremos. E é isso mesmo. É impossível seguir todas as tendências simplesmente porque são muitas. MESMO! O lado bom disso é que você nem precisa segui-las, elas não são todas para você. Pensando em lhe ajudar a escolher, porque, sim, a vida é feita de escolhas e com a moda não é diferente, escrevi o guia abaixo. É curto e bem objetivo e vai ajudá-la um tanto antes da sua próxima compra:
COLUNA MODA Juliana Cordeiro
• Defina uma cartela de cores que combinam com você. Leve em consideração seu tom de pele, seu estilo de vida, seu gosto pessoal. Abra o armário e pense naquelas cores que fazem você se sentir mais corada, com mais brilho nos olhos, mais alongada. Estas são suas cores. • Observe os cortes que se adaptam à sua silhueta. São sempre aqueles que a deixam mais alongada e longilínea. Saia mídi é
para quem é alta e magra. A não ser que você esteja disposta a usar um salto daqueles com meia pata por dentro e por fora.
• Estampas: dentro de todas
as tendências, pense de verdade naquela(s) de que você realmente gosta e poderá usar por mais tempo. Se quiser uma peça hit da estação, pense em comprar uma de valor mais baixo, já que terá pouco uso. Prefira investir mais em peças que você poderá mesclar com as
tendências da estação seguinte ou do próximo verão.
• Se bordados e pedrarias não são
muito seu estilo, prefira as peças com aplicações mais discretas e foscas. A tendência que deve estar em seu guarda-roupa é a eleita por você. Nenhuma revista, site de moda ou vitrine de loja sabe o que mais combina com você do que você mesma (ou pelo menos deveria saber). E viva as mudanças de estação!!!
Fotos: Divulgação
Primavera/verão 2015 será rica em bordados, pedrarias e fios metálicos. As estampas são amplas, nada de minimalismo, e haverá muita listra horizontal também
A saia mídi usada com saltão, que devolveu a altura que perdemos por conta do comprimento da saia. É uma boa opção acompanhada de blusas de cortes quadrados que voltam com tudo
Brinco de duas pérolas, da marca francesa Dior, que já invadiu os looks das superantenadas 39 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
Lilly Sarti Preto e Vermelho: a seda devorê, técnica que deixa o tecido bem fininho e transparente, garante sensualidade e frescor à estação
GASTRONOMIA Homem na Cozinha
HOMEM COZINHA NA
É SINÔNIMO DE ATENÇÃO AOS DETALHES
Eles adoram comprar utensílios, pesquisar ingredientes e fazer receitas complicadas, e também gostam de receber os amigos enquanto pilotam um fogão
Texto: Dirlene Ribeiro Martins Entrevistas e fotos: Lilia Campos
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nfrentar a cozinha para eles não é problema. Cercam-se dos melhores utensílios e de ingredientes cuidadosamente escolhidos. Com o cardápio, também, não se preocupam; mesclam o gosto dos convidados com o que apreciam fazer. Aprenderam a arte em cursos ou, simplesmente, observando amigos e trocando receitas, inclusive com mulheres. Estamos falando dos homens que, para alegria da família e amigos, transformaram o ato de cozinhar em um hobby e não poupam esforço e recursos para se saírem bem na empreitada.
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GASTRONOMIA Homem na Cozinha
O contador Joaquim Galvão Neto não abre mão de escolher todos os ingredientes de suas receitas
”Gosto do ato de elaborar comidas, os cheiros, a preparação dos pratos, e não tenho especialidade na cozinha. Alguns pratos eleitos pelos amigos e familiares terminam sendo servidos com mais frequência”, diz o médico Marcelo Esteve, 55 anos, que começou a preparar a própria comida quando passou seis meses nos Estados Unidos e teve de se “virar” na cozinha. “O interesse em melhorar e aprender veio com o tempo, comprando livros, revistas, realizando cursos e praticando.” E foi assim que, durante três anos, Marcelo frequentou quinzenalmente as aulas de culinária. Um “acidente” fez o contador Joaquim Costa Galvão Neto, 57 anos, se aproximar da cozinha. “Um amigo me levou para participar de uma aula no Atelier Gourmet, gostei e já no dia seguinte fui comprar utensílios e comecei a praticar”, conta. A especialidade do contador é a cozinha francesa, com destaque para o Carré de Cordeiro Agridoce acompanhado de Fettuccine Mantegate Al Grana Padano, pratos que ele preparou especialmente para esta matéria da Estilo Damha. Pesquisa da Universidade São Paulo (USP), publicada no jornal O Globo, revelou que as mulheres adoram quando os homens assumem o controle da cozinha,
mesmo que seja só para um almoço de fim de semana. Segundo o estudo, quando um homem se propõe a preparar um prato, ele mesmo providencia todos os ingredientes, segue a receita à risca, sem inventar ou substituir algum item. Além disso, a organização dos homens na cozinha impressiona as mulheres. Tanto Marcelo quanto Joaquim não dispensam uma ajuda quando estão às voltas com utensílios e ingredientes, mas preferem que os palpites fiquem fora da cozinha. “A ajuda sempre é bem-vinda, o palpite nem sempre, seja de homem ou mulher”, diz Marcelo. Também, como detectou a pesquisa da USP, fazem questão de selecionar pessoalmente os ingredientes que farão parte do cardápio. “Disso não abro mão, eu mesmo escolho todos os ingredientes”, ressalta Joaquim. Quando decidem cozinhar, os homens deixam de lado a praticidade de que tanto se orgulham em outras atividades. Simplesmente adoram detalhes. Pesquisam a procedência dos ingredientes, descobrem receitas e são o grande público consumidor dos artigos de luxo para cozinha. E preferem ir às compras sozinhos, para que ninguém, em especial as mulheres, questionem o quanto gastam em cada item.
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GASTRONOMIA Homem na Cozinha
Boa comida e boas companhias
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empre que viaja, Marcelo compra artigos para cozinha, porém, segundo ele, o que realmente não pode faltar em sua bancada são temperos e especiarias. “Estes são tão importantes quanto os utensílios”, diz. Já Joaquim faz questão de se cercar de bons equipamentos. “Boas panelas, processador, batedeira, utensílios diversos, um bom fogão e forno, de preferência elétrico”, enumera. A cozinha que Marcelo montou em sua casa em Feira de Santana (BA) foi projetada pelo amigo e arquiteto Luis Humberto Carvalho, que, além de “competente”, como elogia o médico, é um grande gourmet. “O difícil foi convencer minha esposa a deixar fazer o espaço na nossa varanda”, diz. Mas convenceu, e o resultado foi tão bom que a esposa de Marcelo, Ana Rita, faz questão de
se encarregar da decoração e de conferir harmonia ao ambiente. Joaquim também deixou nas mãos de sua arquiteta, Ana Cristina Monteiro, o projeto da cozinha em sua casa em Guarajuba, no litoral Norte da capital baiana. “Dei ideias de como gostaria e recebi orientações das minhas professoras Cristiane e Maristela, do Atelier Gourmet”, explica o contador. O médico Marcelo Esteve acredita que comer bem e em boa companhia é um prazer de que ninguém quer e deve se furtar. “Alguns tendem a se enfronhar na arte da gastronomia pelo desejo de tornar este momento de comer e beber um grande prazer. Daí a disseminação atual dos ‘espaços gourmet’ nas residências, local onde, ao mesmo tempo em que a comida está sendo preparada, as conversas são regadas por um bom vinho ou qualquer outra bebida. É o momento de desfrutar com os amigos um ótimo papo, a boa bebida e a excelente comida”, conclui. Nesta edição da Estilo Damha, publicamos as receitas que o contador Joaquim Galvão Neto preparou e compartilhou conosco: o Fetuccine Mantegate Al Grana Padano acompanhado de um delicioso Carré de Cordeiro Agridoce. Veja os detalhes de como prepará-los na próxima página.
O médico Marcelo Esteve e a varanda que foi transformada em um “espaço gourmet” 42 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
GASTRONOMIA Homem na Cozinha
FETTUCCINE MANTEGATE AL GRANA PADANO Ingredientes • 500 ml de creme de leite fresco pasteurizado • Noz moscada e pimenta-do-reino moída na hora • 300 g de queijo grana padano ralado • 1 colher de chá de purê de alho ou molho de alho • Sal • 500 g de fettuccine de grano duro • Pimenta calabresa moída
Modo de preparo Coloque o creme de leite, a noz moscada e a pimenta-do-reino numa panela, leve ao fogo até ferver. Junte o queijo, abaixe o fogo, cozinhe mexendo até derreter inteiramente o queijo e este se tornar bem homogêneo. Então, coloque o alho, ou o molho de alho, e verifique o sal. Coloque pimenta calabresa moída. Cozinhe o fettuccine conforme a embalagem e sirva com o molho enquanto estão quentes.
CARRÉ DE CORDEIRO AGRIDOCE Ingredientes para o carré • 500 g de carré de cordeiro • 6 dentes de alho • Molho de alho • 30 ml de vinho branco • 3 colheres de sopa de farinha de trigo • Óleo suficiente para imersão • 1 colher de sopa de geleia de pimenta vermelha Queensberry • Sal a gosto
Modo de preparo do carré Faça uma marinada com o sal, a geleia de pimenta vermelha, o vinho branco e os dentes de alho amassados. Deixe por 30 minutos na geladeira, retire e deixe 30 minutos fora. Passe o carré na farinha de trigo e retire o excesso. Frite o carré na frigideira quente com óleo e coloque por 5 minutos no forno pré-aquecido.
Ingredientes do molho • 1 cebola ralada • 1 colher de sobremesa de manteiga • 1 colher de sobremesa de farinha de trigo • 1 xícara de caldo de carne • 1 xícara de vinho branco seco • 2 colheres de geleia de pimenta Modo de preparo do molho Numa panela, derreta a manteiga e refogue a cebola até ficar transparente. Acrescente a farinha de trigo e mexa sem parar até dourar. Acrescente o vinho e deixe evaporar. Misture o caldo de carne e deixe reduzir um pouco. Tire do fogo, bata no liquidificador e passe por uma peneira fina. Volte o molho à panela e acrescente a geleia. Deixe ferver por 3 minutos e sirva por cima do carré.
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COLUNA AUTOMÓVEIS Joel Silveira Leite
EM DEZ ANOS, O CARRO VAI DIRIGIR MELHOR QUE O HOMEM Aceleramos (quer dizer, o computador acelerou) o carro que anda sozinho, desenvolvido pela USP de São Carlos (SP)
Joel Silveira Leite
É jornalista e pós-graduado em Semiótica e Meio Ambiente. É diretor da Agência AutoInforme, que mantém os sites Autoinforme (carros) e Ecoinforme (meio ambiente). Assina o blog O Mundo em Movimento, no UOL, e apresenta o programa AutoInforme na Rede Bandeirantes de Rádio.
Foto: Divulgação
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oi um test-drive bem diferente de todos os que já fiz até hoje. Não pude avaliar a pegada ao volante, a textura dos materiais, a posição dos comandos, o acesso aos pedais de embreagem, acelerador e freios. Não foi preciso, o Carina fez tudo sozinho. Limitei-me a sentar no banco e acompanhar o trajeto preestabelecido no computador. De braços cruzados. O dia em que o carro autônomo estará à disposição do consumidor está muito mais próximo do que você imagina. No máximo em dez anos, apostam os especialistas, o carro vai dirigir melhor do que o
Fotos: Oswaldo L. Palermo
homem. Antes disso, porém, o carro que anda sem motorista já está dando suas voltinhas pelas ruas das principais cidades do mundo. Em caráter experimental, ele já roda por aí, ou melhor, por aqui: o Carina (Carro Robótico Inteligente para Navegação Autônoma) é resultado de pesquisas feitas na USP de São Carlos (SP), sob o comando do professor Denis Wolf, do Departamento de Sistemas de Computação, que monitorou o test-drive feito com exclusividade para a revista Estilo Damha no Campus 2 da universidade, em São Carlos. Visualmente, o Carina não tem nenhum atrativo: ele foi montado em um Palio Weekend e ficou mais feio com os equipamentos instalados para ele “enxergar” a rua, os semáforos, a sinalização vertical, carros, motos, pedestres, enfim, para substituir os olhos do motorista e saber se comportar diante do inusitado. Mas a tecnologia que ele carrega é linda. O carro percebe o ambiente com três tipos de sensores: (1) Câmeras, que informam tudo em relação à si46 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
nalização, identificam o tipo de obstáculo e veem a sinalização, faróis, pessoas, ruas e calçadas. (2) Sensor a laser, que identifica com precisão cirúrgica todos os obstáculos, cria um modelo em 3D desses obstáculos, vê degraus e enxerga saliências no terreno. (3) Um GPS supersofisticado que mapeia as faixas de trânsito com uma margem de erro de pouco mais de 10 cm. O professor Denis Wolf explicou que a maior dificuldade na construção do carro autônomo foi o programa de computador, uma vez que a programação precisa ser extremamente exata. “O sistema tem centésimos de segundos para detectar o problema, entender do que se trata e tomar a decisão (de brecar, acelerar ou desviar da rota)”, explicou o pai do Carina. “É um programa que imita o cérebro humano. Ele tem que saber quantos graus vai virar o volante, e isso depende da velocidade do carro, e qual a pressão exata que deve ser exercida no pedal do freio ou do acelerador. E tudo precisa ser feito muito rapidamente.”
COLUNA AUTOMÓVEIS Joel Silveira Leite
O Carina foi montado em um Palio Weekend, um carro comum, mas com linda tecnologia
O Carina precisa ser aperfeiçoado em relação à segurança em alta velocidade. Ainda não está suficientemente resolvido, por exemplo, o problema da ultrapassagem numa rodovia, operação que exige soluções sofisticadas: é preciso detectar o carro que vem em sentido contrário, sua distância e velocidade, assim como o carro que pode vir atrás, também tentando uma ultrapassagem. Além disso, uma rodovia oferece situações inesperadas, como um carro que entra na via vindo de uma estrada vicinal, um animal cruzando a pista, um pedestre desavisado. Depois de tecnicamente pronto, será a vez de os desenhistas do setor automobilístico fazerem as suas propostas: o carro que anda sozinho poderá ter um aspecto bem diferente do carro que o homem dirige. O princípio do carro atual, com painel, direção, pedais e controles à mão do motorista, cai por terra. O carro poderia ser em formato de uma sala de estar, quadrada ou circular, onde os ocupantes ficariam conversando; poderia ser um módulo de escritório, onde o ocupante
trabalharia durante o percurso; ou, quem sabe, um carro-dormitório, onde o ocupante se acomodaria confortavelmente numa cama enquanto o carro o levaria de uma cidade para outra. O professor Denis Wolf ri das
propostas. Acha que as mudanças virão, mas deverão acontecer vagarosamente, com cautela, pois o usuário precisará de um tempo para se acostumar com uma tecnologia que faça tudo para ele, sem a menor interferência.
O programa de computador imita o cérebro humano. O botão vermelho instalado no painel deve ser acionado para desligar o comando eletrônico do carro 47 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
COLUNA AUTOMÓVEIS Joel Silveira Leite
Sob o comando do professor Denis Wolf, do Departamento de Sistemas de Computação, fizemos o test drive, com exclusividade para a revista Estilo Damha, no Campus 2 da universidade, em São Carlos (SP)
Muitas empresas e universidades, em todo o mundo, estão, há pelo menos 20 anos, trabalhando no desenvolvimento do carro autônomo. Denis acredita que nenhum dos projetos tem um programa totalmente desenvolvido, mas todos estão em busca dessa perfeição. Depois de pronto, o carro autônomo
terá de passar pelo teste da legislação, talvez o maior entrave para a aprovação de seu uso comercial: quem seria o responsável em caso de um acidente: o fabricante do carro ou a pessoa que está sendo conduzida? Quem vai pagar as multas de trânsito? É preciso definir responsabilidades civis e criminais em
O Carro Robótico Inteligente para Navegação Autônoma é resultado de pesquisas feitas pela USP de São Carlos 48 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
caso de um acidente. Com investimentos governamentais por meio da Fapesp e do CNPQ, o Carina é um dos cinco projetos de carro autônomo em desenvolvimento no Brasil, todos eles por universidades, mas é o único que já rodou fora dos limites universitários. A Universidade Federal do Espírito Santo, Federal de Minas Gerais, Unicamp e a Escola de Engenharia da USP também trabalham em projetos semelhantes. Em outras partes do mundo, os estudos estão tão avançados que já se considera a possibilidade de um hacker interferir no computador e assumir o controle do carro, o que teria consequências imprevisíveis. Por isso já se discute a instalação de uma caixa-preta, como a dos aviões, onde tudo seria gravado e a Justiça teria o registro de todas as operações, o que poderia determinar exatamente o que causou o acidente.
COLUNA AUTOMÓVEIS Joel Silveira Leite
O mais adiantado projeto de carro autônomo no Brasil é financiado pela Fapesp e pelo CNPQ
No Reino Unido, a Nissan testa um veículo sem motorista, o RobotCar. Inicialmente, o carro foi avalizado rodando dentro do campus da Universidade de Oxford. E neste ano o governo britânico deu permissão para o grupo de estudos de Mobilidade e Robótica da universidade testar o carro nas vias públicas. No entendimento do governo britânico, por mais sofisticado que seja o equipamento, ele não deve servir à produção de carro sem motorista;
a tecnologia deveria ser usada para ajudar o condutor a não cometer erros, mas não para eliminar totalmente a ação do homem. Quer dizer: a direção autônoma não deve servir para substituir o motorista, mas para contribuir com a sua segurança. Até porque o condutor terá sempre a responsabilidade de assumir o controle do carro e sobre o que acontece com ele. No Carina, um enorme botão vermelho instalado no painel deve ser acionado em
caso de perigo, quando o ocupante do carro perceber que um acidente é iminente. O acionamento do botão faz o motorista retomar o controle do carro. A Mercedes-Benz tem um projeto de carro autônomo bastante avançado: o Mercedes S 500 Direção Inteligente andou 100 km nas ruas de Frankfurt, no ano passado. Outras montadoras também estão avançadas nesse aspecto. No Brasil, já rodam muitos carros, de várias marcas (Audi, Mitsubishi, Volkswagen, Land Rover), com o ACC, o sistema que faz a leitura do carro da frente e mantém uma distância segura, acelerando e brecando sozinho de acordo com a necessidade, o passo inicial do carro autônomo. A tecnologia tem proporcionado a realização de um daqueles sonhos que pareciam impossíveis. O carro que anda sozinho está se tornando realidade, substituindo as ações do motorista, reduzindo os acidentes e garantindo a segurança de todos.
É estranho andar num carro que acelera, freia, desvia de obstáculos e faz curvas, tudo sozinho 49 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
COLUNA TURISMO Alex Souza
COPA E O LEGADO PARA O TURISMO A imagem deixada pelo país aos mais de um milhão de estrangeiros que estiveram no Brasil foi bastante favorável
Alex Souza
É jornalista de viagens há nove anos, período em que visitou mais de 15 países e boa parte do Brasil. Produz e edita conteúdos de texto e foto relacionados a turismo. Em 2013 foi premiado na categoria “Jornalista Revelação” pela Comissão Europeia de Turismo.
Foto: Divulgação
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uem não se lembra da sensação de desconfiança de boa parte dos brasileiros, até da certeza de muitos, de que o Brasil não seria capaz de organizar ou que daria vexame na organização da Copa do Mundo? Quem não se lembra do bordão “Imagina na Copa” ou da hashtag #ImaginaNaCopa, utilizados sempre que algo em tese negativo acontecia por aqui, como atraso na ponte aérea, greve de cobradores de ônibus ou manifestações de parar o trânsito? Pois é, o mundo deu voltas e, passadas as quatro semanas do torneio, o país comemora o sucesso da Copa na maioria dos aspectos. Problemas ocorreram, com destaque para as enchentes nas ruas de Recife em dias de jogos, para as obras inacabadas e a tentativa de maquiá-las em cidades como Cuiabá e a invasão de chilenos no Maracanã. Mas, de modo geral, os temores foram vencidos.
Um dos principais dizia respeito à locomoção de torcedores, delegações e mídia pelo Brasil. Será que nossa estrutura aeroportuária e nossa malha aérea seriam capazes de absorver essa demanda e prestar bons serviços? Sim, foram. Tudo bem que o sucesso na logística pode ser creditado à diminuição nas viagens domésticas dos brasileiros, principalmente das pessoas que viajam a trabalho ou para participar de congressos e eventos (os chamados viajantes corporativos), que preferiram ficar em casa – ou na empresa – a pagar altos preços nas passagens aéreas e na hotelaria, ou a enfrentar possíveis apagões aéreos e esquemas especiais de trânsito nas cidades-sede, que poderiam atrasar os compromissos. Aliás, o receio das tarifas nas alturas afugentou não apenas os viajantes corporativos, mas também os de lazer, proporcionando desaceleração considerável nas vendas das empresas nacionais de turismo. Na maior delas, a CVC, a queda em junho foi de 14,6%, sendo que, entre as viagens domésticas, a diminuição nas reservas confirmadas foi de 23%. Ou seja, para o segundo semestre, o setor de turismo vai ter de sambar para recuperar o desempenho tímido nas vendas registrado ao longo da Copa. A médio e longo prazos, porém, 50 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
as perspectivas podem ser consideradas positivas para o turismo nacional. Pois a imagem deixada pelo país aos mais de um milhão de estrangeiros que, segundo anunciou o Ministério do Turismo um dia após a Copa, estiveram no Brasil foi bastante favorável. Com destaque para uma qualidade intrínseca do brasileiro que nós já conhecíamos e que agora ficou escancarada aos estrangeiros: o poder de receber bem e de maneira calorosa o visitante. Quem foi aos estádios, às Fan Fests ou conviveu com estrangeiros nessas quatro semanas pode ratificar o que escreveu a BBC: “O Brasil e seu povo estiveram de braços abertos para o mundo e deixaram uma impressão brilhante à maioria dos visitantes. A pobreza é insuportável de testemunhar, mas a positividade na adversidade, uma alegria de se ver. As barreiras linguísticas foram um problema, mas nunca insuperáveis. Houve a mais calorosa das boasvindas e a mais querida das despedidas.” A partir de agora, mesmo com a exposição gerada pela Copa, caberá ao governo trabalhar a promoção turística internacional de maneira profissional para que, nos próximos anos, deixemos para trás a marca recorde – porém pífia – de seis milhões de turistas estrangeiros recebidos registrada em 2013.
TURISMO Maiorca
MALLORCA,
BELEZA SEM FILTROS Pouco conhecida entre os turistas brasileiros, a ilha espanhola se consagra como um dos balneårios mais exclusivos do Mediterrâneo. A cada metro quadrado, para onde quer que se olhe, a beleza sublime reina majestosa, como um sopro que acalenta a alma e entorpece os visitantes
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TURISMO Mallorca
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A enigmática catedral La Seu, um dos cartões-postais de Palma: catedral é um dos principais templos góticos do mundo
Texto: Thatiana Miloso Fotos: Alberto Sart e Juan Bauçà
onfesso que a primeira vez em que estive em Mallorca não sabia muito bem o que esperar dessa ilha espanhola cravada no coração do Mar Mediterrâneo. A famosa produção de pérolas e a proximidade de Ibiza, templo europeu da badalação, eram tudo o que conseguia resgatar na memória. Além, claro, da lista interminável de adjetivos que um amigo mallorquín fez para descrever o lugar de onde veio. “Exagero de quem está com saudades de casa”, pensei na época. Mas poucos dias na ilha foram suficientes para ter a certeza de que ele não exagerava. Em absolutamente nada. É difícil saber o que mais impressiona nessa porção de terra localizada a leste da Espanha, na parte central do arquipélago das Ilhas Baleares. A começar pela capital, Palma. A cidade com quase 500 mil habitantes, cerca de dois terços da população total de Mallorca, foi fundada pelos romanos em 123 a.C. Isso mesmo: cento e vinte e três anos antes de Cristo. Disputada a ferro e fogo por diversos povos que navegaram pelo Mediterrâneo, a imponente capital que resistiu ao tempo traz até hoje as marcas e costumes deixados pelos colonizadores. A melhor forma de começar a explorá-la é pelo centro histórico, também chamado de Cidade Velha, que tem como um de seus grandes símbolos a enigmática catedral La Seu, conhecida por ter as linhas góticas mais finas do mundo e pelo excêntrico dossel projetado por Antoni Gaudí. Pertinho dali está o Palácio Real La Almudaina, famoso por ser residência oficial do rei da Espanha durante os meses de verão. O palácio, construído no século XIV em estilo medieval, compõe, junto com a catedral, um dos conjuntos arquitetônicos mais espetaculares da ilha. Da praça onde estão a catedral e o palácio saem as dezenas de ruas estreitas e pitorescas que formam a Cidade Velha. Esse emaranhado de ruelas concentra parte da efervescência cultural da ilha, com preciosidades como o Museu de Arte Contemporânea Es Baluard, a Fundação Pilar e Joan Miró, além de um número enorme de restaurantes e bares que servem o melhor da gastronomia espanhola: tapas, paellas, jamones, sopas mallorquinas, embutidos como o butifarron e pratos à base de frutos do mar, sempre acompanhados pelos melhores vinhos do país.
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TURISMO Mallorca
As casas e prédios milenares da charmosa Cidade Velha se estendem até o Passeig Des Born, conhecido como Las Ramblas, uma espécie de calçadão todo arborizado que serve de ponto de referência para os turistas que querem explorar o lado consumista da capital mallorquina. Sim, porque, embora seja uma cidade de mais de dois mil anos, Palma também tem seu ar cosmopolita. Das centenas de lojas que comercializam pérolas (verdadeiras e também réplicas perfeitas) e artesanato mallorquín aos grandes templos europeus da alta costura e do fast fashion, a capital abriga um comércio esfuziante, com preços compatíveis com cidades como Barcelona e Madri. Muito desse ar cosmopolita também se deve ao grande número de turistas endinheirados que invadem Palma, principalmente durante o verão. O alemão, por sinal, é o segundo idioma de Mallorca, graças à surpreendente quantidade de visitantes germânicos que povoam toda a ilha durante os meses mais quentes do ano. Consequentemente, o setor de serviços se desenvolveu e hoje é sua principal mola propulsora: casas noturnas, cassinos, grandes hotéis, bares e restaurantes estrelados estão espalhados por toda a cidade. Se tudo isso já não bastasse para fazer de Palma um destino turístico de primeiríssima, a cidade é abençoada por um visual de tirar o fôlego: as palmeiras que lhe dão o nome, a areia branca, o azul-turquesa do Mediterrâneo e as centenas de iates da suntuosa Marina Port também são protagonistas absolutos da capital mallorquina. É na Marina, aliás, que ficam aportados alguns dos barcos mais luxuosos do mundo, a maioria propriedade de sheiks árabes e multimilionários europeus. Mas não se intimide com todo esse luxo: a ilha atrai os grã-finos do Primeiro Mundo, mas isso não significa que o povo mallorquín é esnobe ou algo do tipo. Hospitaleiros por natureza, eles são ótimos anfitriões e mestres na arte de fazer com que os turistas se sintam em casa. Adoram contar as histórias dos antepassados e se enchem de orgulho ao dizerem que a ilha é autossuficiente em relação ao resto da Espanha. Sob todos os ângulos, Palma é perfeita, e cada segundo na cidade faz a vida valer a pena.
La Almudaina, residência do rei da Espanha durante o verão, vista a partir da estátua de El Hondero
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TURISMO Mallorca
Marina de Palma, onde ficam aportados alguns dos iates mais luxuosos do mundo
O arborizado Passeig Des Born é ponto obrigatório para os turistas que querem apreciar o centro histórico e fazer boas compras 55 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
TURISMO Mallorca
As nuances da ilha
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or ser relativamente pequena, Mallorca é perfeita para ser explorada. Em um raio de apenas 30 km a partir de Palma estão algumas das cidades com as melhores paisagens da ilha, de tranquilos paraísos à beira-mar a vilarejos medievais encravados no alto das montanhas.
A beleza do Mediterrâneo vista a partir da estrada que liga Palma às demais cidades da ilha
Valldemossa
Não é à toa que essa vila medieval, a 17 km de Palma, é considerada uma das mais charmosas da Europa. Localizada entre o pé da Serra Tramontana e o Mar Mediterrâneo, a cidade de pouco mais de 2 mil habitantes é repleta de ruazinhas íngremes e estreitas, com casas de pedra cujas fachadas são decoradas tradicionalmente com plantas. O monastério construído no século XIII é sua principal atração, além das dezenas de cafés, restaurantes e lojinhas de souvenir concentrados na região central. O visual inspirador atraiu artistas como Frédéric Chopin e George Sand, que lá passaram parte de suas vidas. Com seu charme medieval, Valldemossa atrai turistas todos os meses do ano
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TURISMO Mallorca
Um dos visuais da praia de Sant Elm: a beleza do Mediterrâneo em toda a sua essência
Andratx e Sant Elm
A 28 km de Palma está Andratx, cidade que no passado vivia da pesca e que hoje tem no turismo sua principal fonte de renda. As ruas estreitas e as amplas avenidas escondem histórias de contrabandistas, piratas e mercenários que passaram por lá ao longo dos séculos, atraídos pela beleza única do pueblo. Entre as praias de Andratx, a mais famosa é Sant Elm, que encanta os turistas pelo tom incrivelmente azul de suas águas. É de lá que partem os barcos para Sa Dragonera, uma ilhota que foi transformada pelos mallorquíns em Parque Natural graças à diversidade de aves marinhas e vida aquática. Com seus moinhos de vento, pomares de oliveiras e sua imensidão azul, Mallorca faz jus à fama de joia do Mediterrâneo. Quase intocada pela ação do tempo, sua beleza sublime reina majestosa, como um sopro que acalenta a alma e entorpece os visitantes. Canal próximo ao porto de Andratx, onde pescadores costumam amarrar os barcos
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VIAGEM DO LEITOR Buenos Aires
BUENOS AIRES La Paris da América Latina Puerto Madero, o charme da cidade Del Rio de La Plata
Quem?
ARIEL GUSTAVO ACOSTA
Fotos: Arquivo Pessoal
O que faz? Professor, tradutor e intérprete Onde mora? São Carlos (SP)
!
VIAGEM DO LEITOR
Dicas e roteiros de viagens dos leitores da revista Estilo Damha. A próxima dica pode ser a sua. Fale conosco: estilodamha@estilodamha.com.br
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VIAGEM DO LEITOR Buenos Aires
senta para os parisienses e a Estátua da Liberdade, para os nova-iorquinos. Decidimos nos hospedar no microcentro, e recomendo sempre ficar nessa região, pois vários tipos de hotéis e até albergues oferecem um ótimo serviço, como aulas de tango, caminhadas pela cidade, churrascos (os famosos asados argentinos), festas, e tudo isso de graça. Não podíamos deixar de conhecer a Plaza de Mayo, que é a praça mais antiga de Buenos Aires. Nela encontramos também a famosíssima casa que abrigou uma das mulheres mais importantes da Argentina, Evita Perón: a famosa Casa Rosada, que é muito bonita, sobretudo à noite, colorida com luzes no tom rosa que a deixa com um ar deslumbrante. Dentro da Casa Rosada fiz questão de conhecer mais detalhadamente cada local, e um dos que mais chamou minha atenção foi o Salón de la Mujer, onde as mais profundas histórias das mulheres que tiveram papel importante na Argentina são contadas. Os amantes do cinema podem recriar a cena que a Madonna imortalizou, cantando no balcão “Don’t Cry For Me Argentina”; isso para os adeptos.
Uma ótima maneira de conhecer a cidade é através do serviço Buenos Aires Bus, que percorre os principais pontos turísticos da cidade. O ônibus é aberto, por isso tem a melhor vista da cidade 59 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
Foto: Arquivo Pessoal
B
uenos Aires, sempre charmosa, é especial para quem quer aproveitar as férias ou fazer aquela viagem para se sentir um pouco na Europa, já que é considerada La Paris de América Latina, pelas suas belas construções arquitetônicas. O clima também ajuda bastante a nos fazer sentir como se estivéssemos em uma cidade europeia. É um dos meus destinos preferidos, pois é uma ótima opção na hora em que se quer aproveitar momentos únicos. Minha última vez pela cidade do Rio de La Plata foi em julho de 2012, durante minhas férias, e decidi convidar uma amiga: viajar em boa companhia torna tudo ainda mais mágico e especial. A beleza de Buenos Aires no inverno é inexplicável, seria difícil definir em palavras. O inverno torna a paisagem mais bela. A arquitetura da cidade é uma das coisas que sempre chama muito minha atenção. Nada melhor do que conhecer cada detalhe da cidade caminhando, e foi assim que fizemos. Começamos no ponto principal, o conhecido Obelisco da cidade, que representa para os argentinos o mesmo que a Torre Eiffel repre-
Fotos: Arquivo Pessoal
VIAGEM DO LEITOR Buenos Aires
Alguns metros depois, encontramos o famoso Teatro Colón, localizado no bairro de San Nicolás. Esse teatro é considerado um dos dez melhores teatros líricos do mundo e sua acústica é incrivelmente maravilhosa. Fiquei deslumbrado ao saber que lá atuaram pessoas reconhecidas internacionalmente, como Igor Stravinsky, Herbert von Karajan, Daniel Barenboim, Maria Callas, Luciano Pavarotti, Plácido Domingo e Rudolf Nureyev. Saindo do teatro, já estávamos na famosa Avenida Corrientes, que é um dos eixos culturais da cidade e foi testemunha da época de ouro do tango. A avenida tem um total de 70 quarteirões, cada um deles associado à história do tango. Sem dúvida faz jus ao nome que recebe dos argentinos (la calle que nunca duerme, a rua que nunca dorme), pois possui a maior concentração de livrarias, teatros, pizzarias e bares da cidade de Buenos Aires. Confesso que fiquei perdido em meio a tantas atrações. Na época em que viajei estava sendo organizada a “noite das livrarias”, quando todas as livrarias ficam abertas até de madrugada e oferecem obras a custos promocionais, disponibilizando ainda palestras com escritores renomados e personalidades da vida cultural. Muito interessante para você curtir um momento cultural excelente.
Puente de la Muer, cartão-postal do badalado e charmoso bairro de Puerto Madero
O famoso Obelisco
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VIAGEM DO LEITOR Buenos Aires
A Casa Rosada, colorida e fascinante
Mas não apenas a gastronomia tem destaque nessa região. Em Palermo Soho encontramos muitas das lojas de roupas de estilistas argentinos com modelos exclusivos e de vanguarda. Vale a pena entrar nas lojas e levar algumas peças para casa. De qualquer maneira, Buenos Aires será sempre charmosa, com aquele ar de cidade europeia em cada canto. Cada passo nos lembra uma leve dança de tango. ¡Tiene un buen viaje!
O Teatro Colón é considerado um dos dez melhores teatros líricos do mundo 61 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
Fotos: Arquivo Pessoal
Bom lugar para caminhar é no belíssimo Puerto Madero. Confesso que é um dos meus locais preferidos por ser uma região muito dinâmica e moderna da cidade, além de ser um dos principais pontos gastronômicos (ao lado de San Telmo, Las Cañitas, Palermo Hollywood e Palermo Soho). Aqui encontramos vários bares, restaurantes e boates para curtir à noite. Puerto Madero, sem dúvida, é o local que, a meu ver, é imprescindível conhecer. Belo, charmoso, chique. É aqui também que está localizado o belíssimo Puente de La Mujer.
COLUNA ECONOMIA Eduardo Amuri
CHEGA DE DESCULPAS ESFARRAPADAS Somos muito criativos na hora de justificar por que não começamos a poupar
Eduardo Amuri
Formado em psicologia econômica, escreve sobre finanças e comportamento também no PapodeHomem (papodehomem. com.br) e no Dinheirama (dinheirama.com).
Foto: Divulgação
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uando eu era criança, minha mãe trabalhava como professora de ensino infantil e me cobrava bastante a respeito dos estudos. Certa vez, numa tarde de preguiça, aleguei que não estudaria porque não tinha o caderno que havíamos combinado de comprar. Desculpa esfarrapada. Minha casa era uma casa de professora, tínhamos papel e cadernos usados em todos os cantos. Poderia pegar qualquer um e utilizar as folhas em branco. Eu estava me enganando. Nas palavras dela, se eu quisesse mesmo estudar, o faria escrevendo no rolo de papel higiênico. Até hoje, procrastino o início de algumas atividades utilizando as desculpas mais variadas e criativas possíveis. Somos bons nisso.
Comecei a notar que essa criatividade é bastante utilizada na hora de justificar por que não começamos a poupar dinheiro para algum sonho ou projeto que julgamos importante. Resolvi listar as desculpas que mais escuto por aí:
• “Não poupo porque não sei onde investir”: até que o hábito se forme, estamos totalmente expostos. Qualquer obstáculo nos faz reconsiderar a ideia de guardar algum dinheiro. Neste começo, não é imprescindível buscar rentabilidade espetaculares, fundos incríveis e investimentos promissores. Precisamos de simplicidade. Qualquer poupança (ou envelope dentro da gaveta) serve. • “Não poupo porque ganho pouco”: lidar com nosso imediatismo e utilizar o dinheiro como meio hábil para suscitar inquietações são coisas muito mais importantes do que juntar muito dinheiro. Não precisamos de muito para visualizar o apego surgindo, por exemplo. Começar, mesmo com uma quantia bem pequena, é o principal. • “Todo mês surge um gasto imprevisto”: isso é um fato. Todo mês algo surge, fora dos nossos planos, contrariando nossas expectativas de calmaria. Ou a gente aprende a lidar com isso, ou a gente não começa nunca. Uma dica boa é começar a 62 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
poupança por meio de uma troca. Pegamos um gasto que aconteceria de todo jeito e cancelamos. O valor que seria despendido vira a poupança. Uma mensalidade de um serviço que não é mais utilizado, optar por um supermercado mais barato, deixar de sair um dia. Se for algo automático e recorrente, melhor. As justificativas são infinitas. Dissecar uma por uma é um começo, mas em pouco tempo perceberemos que necessitamos de algo mais sólido e preciso. As desculpas surgirão com menos frequência e serão mais rapidamente eliminadas se o planejamento tiver um motivo claro para existir. É como se nossa proatividade e boa vontade tivessem um porto seguro. Uma viagem, uma reserva de segurança, uma dívida para quitar, um sonho. Sempre que a coisa degringolar, quando nossa visão estiver embotada, teremos um lembrete: “Ah, é por isso que estou tentando me organizar, estou tentando chegar ali”. Somos frágeis e orgulhosos; quanto mais clareza tivermos, mais difícil vai ser levar a sério as desculpas esfarrapadas que inventamos. Não é demérito nenhum contar com rituais, com lembretes e, principalmente, com uma rede que saiba onde estamos e para onde estamos indo.
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NEGÓCIOS Agronegócios
AGRONEGÓCIO, Foto: Divulgação/Damha Agro
O BRASIL QUE DÁ CERTO
Alpheu Cavalcanti (à esquerda), Gerente de Operações da Damha Agronegócios, e Marcelo da Paz, Diretor de Novos Negócios, em uma das fazendas localizadas no Piauí
Apenas em 2013, o Agronegócio movimentou R$ 1 trilhão no país; com soluções inovadoras, práticas sustentáveis e alta tecnologia aplicada no campo, o setor mostra sua força Texto: Thatiana Miloso
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ouve um tempo em que o agronegócio no Brasil era sinônimo de pequenas propriedades rurais que produziam, praticamente, para a própria subsistência. Por sorte, esse conceito equivocado ficou preso ao passado e, hoje, o setor se consagra como uma das principais molas propulsoras da economia nacional. Segundo balanço divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), apenas em 2013 o Produto Interno Bruto (PIB) do agrobusiness totalizou R$ 1 trilhão. Nas entrelinhas dessa admirável cifra, uma mensagem bastante clara e objetiva: no agronegócio, o Brasil realmente dá certo. Se antes as empresas do setor eram conhecidas por resistirem à mecanização, atualmente elas se destacam pela introdução de tecnologias que têm garantido a permanente inovação do setor. Na Damha
Agronegócios, essa tecnologia está presente desde os primeiros anos da fundação da empresa, ainda na década de 1970. Na época, o visionário Dr. Anwar Damha, fundador do Grupo que leva o nome da família, revolucionou o campo introduzindo pivôs de irrigação na primeira fazenda que deu origem a Damha Agro. Vinte e cinco anos depois, Maria Stella Damha assumiu a direção da empresa e ajudou a transformá-la em um dos 10 maiores nomes do agrobusiness brasileiro. A executiva está à frente de 12 fazendas e arrendamentos que totalizam 103.061 hectares, distribuídos entre pecuária e agricultura de precisão. Na pecuária, a expectativa para 2014 é a de que 80 mil bois passem pelo confinamento, número que faz da empresa a maior confinadora de gado do Estado de São Paulo e a 5ª maior do país.
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NEGÓCIOS Agronegócios ração da agricultura e pecuária”, conta Marcelo Eugênio da Paz, Diretor de Novos Negócios da Damha Agro. A tecnologia é levada tão a sério que a empresa está trabalhando na criação de um braço de inovação, denominado de Damha Agronegócios Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. O objetivo, segundo Marcelo da Paz, é garantir a geração de riquezas a partir da inovação e práticas de sustentabilidade. Aliás, a preocupação com a sustentabilidade se faz presente desde os tempos em que a empresa era comandada pelo patriarca da família Damha. Sob a ótica da construção de um novo agronegócio sustentável e humanizado, Maria Stella criou, em 2012, o Instituto Damha Agro Sustentável – iDas, responsável por desenvolver uma série de ações que pudessem humanizar o trabalho no campo. “Aliamos o compromisso com o aumento da produtividade agrícola ao encontro de perspectivas ambientalmente sustentáveis. Com isso, estamos construindo uma nova ponte que poderá abrir um futuro melhor para centenas de pessoas no Brasil e no mundo”, salienta Marcelo da Paz.
Foto: Divulgação/Damha Agro
Não são apenas os números que impressionam. A alta qualidade em procedimentos como manejo nutricional, genético e sanitário possibilitou à empresa a obtenção do certificado internacional Europe Gap. Com isso, a Damha Agronegócios habilitou-se a exportar carnes de alto padrão para toda a Europa. Na agricultura de precisão, a empresa conta com 36 pivôs (cada um com 100 hectares de abrangência) com lavouras irrigadas de milho, soja e feijão, vendidos, principalmente, para grandes clientes no mercado interno. Parte das áreas da empresa destinadas à agricultura está na região denominada de Mapitoba (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), considerada uma das últimas fronteiras agrícolas do mundo. Numa área em que a produtividade é premissa básica para o sucesso dos negócios, a tecnologia tem ocupado cada vez mais espaço. “Atualmente, utilizamos em nossas lavouras testes com drones, análise geológica, imagens de satélites para análises de impacto ambiental, além de ferramentas de TI voltadas à gestão e ope-
Pecuária da Damha Agro: autorização para exportar carnes de alto padrão para toda a Europa 65 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
NEGÓCIOS Agronegócios
Foto: Divulgação/Beraca
A floresta em pé
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não é apenas na agricultura e na pecuária que o agronegócio tem mostrado sua força no país. A Beraca, empresa paulista especializada no desenvolvimento de soluções inovadoras e sustentáveis para os setores da beleza, nutrição e saúde, encontrou nos produtos fornecidos pelas florestas brasileiras uma importante fonte de riquezas que tem transformado a vida de milhares de agroextrativistas das comunidades com os menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDHs) do Brasil. Apenas em 2013, a empresa faturou R$ 172 milhões. Um dos destaques é a área de Health & Personal Care, responsável por fornecer insumos à indústria cosmética. Entre seus clientes está a Natura e a francesa L’Oreal. Esta última compra da Beraca o cupuaçu para a linha Garnier Fructis e o óleo de murumuru – extraído da semente de uma palmeira da Amazônia – para uma linha profissional específica para salões de beleza. Para obter esses produtos de forma sustentável, a Beraca implantou o Programa de Valorização da Biodiversidade, por meio do qual mantém um trabalho permanente com cerca de 1.600 famílias de 101 núcleos comunitários existentes nos estados do Pará, Amapá, Amazonas, Maranhão, Piauí e Minas Gerais. “Temos relacionamentos estáveis e profundos com essas pessoas. A Beraca exerce um papel de ‘ponte’, ao viabilizar relações comerciais entre o mercado, que busca produtos naturais, e as comunidades da Amazônia, assegurando, assim, uma cadeia produtiva totalmente rastreada”, explica Daniel Sabará, diretor executivo da área de Health & Personal Care. Nesta relação estreita com os núcleos comunitários, a equipe de campo da Beraca disseminou, entre as comunidades, uma de suas principais filosofias de trabalho: o conceito de que a floresta em pé vale mais. Dessa forma, os agroextrativistas passaram a se conscientizar de que é mais vantajoso deixar as árvores produzirem a vida inteira. Grandes exemplos de que, no agronegócio, a sustentabilidade e a inovação vieram para ficar.
Açaí coletado por agroextrativistas parceiros da Beraca: da floresta, frutos abastecem o mercado de cosméticos 66 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
NEGร CIOS Agronegรณcios
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PERFIL Mister Universo
BRUNO MOONEYHAM, o mister que encantou o universo
Eleito Mister Universo no último mês de junho, o potiguar encarava a profissão de modelo apenas como um “hobby” Texto: Daniele Globo e Thatiana Miloso
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Foto: Pedro Ivo
e alguém perguntasse a Bruno Mooneyham, há um ano, qual era sua profissão, ele certamente responderia que era engenheiro elétrico e que trabalhava na empresa da família, em Natal (RN). Mas nos últimos seis meses, a vida do belo rapaz de 23 anos sofreu uma mudança radical: os “bicos” de modelo que fazia apenas como hobby o encorajaram a entrar para o mundo dos concursos de beleza. A ascensão foi meteórica: em fevereiro, Bruno foi eleito Mister Rio Grande do Norte. Em abril, Mister Brasil. E no último mês de junho, a consagração final: Mister Universo. Sim, a beleza desse potiguar e o sorriso tímido realmente chamam a atenção. Ainda se acostumando à nova rotina de “Mister”, ele precisou deixar de lado os negócios da família para se dedicar exclusivamente à agenda de viagens e compromissos dignos de quem recebe a disputada coroa. Na tentativa de saber um pouco mais sobre esse homem cuja beleza encantou o mundo, a equipe da Estilo Damha o entrevistou durante sua passagem relâmpago por São Paulo. Num rápido pingue-pongue, conseguimos traçar o perfil do Mister Universo 2014, para deleite das fãs.
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Foto: Alex Costa
PERFIL Mister Universo
Estilo Damha: O que procura numa mulher, inteligência ou beleza? Bruno Mooneyham: Inteligência. ED: Churrasco com amigos ou jantarzinho a dois? BM: Jantar a dois. ED: Uma hora pra se arrumar ou beleza despojada? BM: Beleza despojada. ED: Livro de cabeceira ou TV pra pegar no sono? BM: Pra pegar no sono, TV. ED: Sombra e água fresca ou pura ferveção? BM: Sombra e água fresca. ED: Pizza com coca-cola ou menu natureba? BM: Hoje em dia, menu natureba. Mas prefiro pizza com coca-cola. ED: Pé no chão ou sonhador? BM: Sonhador. ED: Tarantino ou Spielberg? BM: Tarantino. ED: Academia ou esportes ao ar livre? BM: Ambos. ED: Não vive sem o quê? BM: Família. Engenheiro elétrico, Bruno deixou o trabalho na empresa da família para se dedicar à nova rotina de Mister Universo
ED: Tem medo de quê? BM: Perder um ente querido.
ED: Qual CD não sai do seu aparelho? BM: Charlie Brown Jr.
ED: Você não é: BM: Tão vaidoso quanto pareço. ED: Qual o melhor conselho que já recebeu? BM: “Se você tem um sonho, corra atrás.” ED: Qual seu pecado favorito? BM: Gula.
ED: Algo que você usa e não está nem aí? BM: Color clothes. ED: Qual o melhor programa em casa? BM: Assistir a filmes com minha namorada.
ED: Sente falta de alguma coisa? BM: Da minha adolescência.
ED: Alguma mania? BM: Me atualizar a todo momento com as novas tecnologias.
ED: Tem um prato preferido? BM: Comida nordestina.
ED: Alguma palavra para definir seu estilo? BM: Ousado. 69 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
NEGÓCIOS Energia
ENERGIA: SOLUÇÕES PARA UM
FUTURO COMPETITIVO Diante de aumentos sucessivos nas tarifas e de um iminente racionamento de energia, empresários e consumidores clamam por mudanças na forma de gerar e gerenciar a força motriz da economia nacional Texto: Thatiana Miloso Fotos: Divulgação
Grupo Encalso Damha inaugurará em 2016, no Rio Grande do Norte, seu primeiro parque eólico
O
longo período de estiagem e a consequente redução no nível dos reservatórios de água têm provocado, no Brasil, o que muitos especialistas já consideram como a pior crise energética do país. Com o setor hidrelétrico responsável por 64% da energia gerada em território nacional, a falta de chuvas e o atual planejamento energético podem levar o País a um verdadeiro colapso econômico e social. No cenário atual, as usinas termelétricas operam em plena potência e garantem a segurança do sistema. Esta estratégia, entretanto, resulta em diversos problemas, como altíssimos níveis de poluição, encarecimento substancial das tarifas de energia e falta de
combustíveis para fins mais nobres. Nas entrelinhas dessa dependência crônica de São Pedro, a mensagem é clara: o país necessita de uma revisão urgente em sua política energética. Caso queira crescer de forma sustentável, o setor de energia precisa traçar estratégias para garantir maior qualidade e segurança no fornecimento energético, a custos coerentes com o mercado internacional. Segundo dados da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape), 40% do volume de energia planejado em 2013 não entrou em circulação por atrasos em projetos de transmissão e em processos de licitação. Em contrapartida, a demanda por energia cresceu 11% no mesmo período.
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NEGÓCIOS Energia Para Marcel Gurfinkel Haratz, diretor da D’Energy, a empresa de energia do Grupo Encalso Damha, apesar do cenário nebuloso, algo já está sendo feito para mudar este panorama caótico. Embora ainda tímido, o uso de fontes alternativas de energia começa a ser realidade no Brasil. Segundo o executivo, a perspectiva do mercado é de que, entre 2013 e 2018, o governo deva contratar mil MW de energia eólica; 7,5 mil MW de energia térmica a gás natural, GNL e carvão; 3,5 mil MW de energia solar; 2,4 mil megawatts de biomassa; e 1,2 mil MW de energia proveniente das pequenas centrais hidrelétricas, conhecidas como PCHs. Além disso, o governo também pretende contratar mais 14 mil MW em grandes usinas hidrelétricas, que por questões ambientais deverão utilizar a tecnologia a fio d’água, o que prejudica ainda mais a capacidade de “armazenamento” de energia nos reservatórios e prejudica a segurança do Sistema Interligado Nacional (SIN). “Para acompanhar essa nova demanda, a D’Energy tem investido na geração de energia a partir de fontes
renováveis. O Grupo inaugurará em 2016 seu primeiro parque eólico, instalado no Rio Grande do Norte, e também vem desenvolvendo projetos de geração de energia solar, biomassa e PCHs”, conta Marcel Haratz. A empresa também atua como comercializadora de energia no mercado livre, ambiente de negociação em que os agentes (consumidores, geradores e comercializadores) podem comprar e vender energia alternativamente ao suprimento da concessionária local, negociando preços e prazos do insumo livremente entre as partes. “A compra e venda de energia no mercado livre vem crescendo a cada ano e é uma excelente alternativa para consumidores que buscam redução de custo e uma melhor gestão deste insumo. A cada mês, aumenta a demanda da D’Energy para assessorar diversos consumidores de energia para compra no mercado livre, bem como para estruturação projetos de geração de energia dedicados, conhecidos como autoprodução”, revela Marcel Haratz. São soluções inteligentes que poderão contribuir para um futuro mais competitivo e sustentável.
Até 2018, o governo deverá contratar 3,5 mil MW de energia solar
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CARLOS MORENO:
PORTA VOZ NA LUTA CONTRA O ALZHEIMER
Após doença atingir sua mãe, ator se tornou diretor de Divulgação da ABRAZ, Associação Brasileira de Alzheimer Texto: Décio Junior Fotos: Juan Cogo
A
penas quatro minutos depois do horário marcado, o ator Carlinhos Moreno se desculpou por meio de uma mensagem e mais que depressa se colocou à disposição para iniciarmos a entrevista. Conectei o Skype e ali estávamos, frente a frente, para uma conversa agradável, porém sobre um assunto sério, que fez com que sua vida virasse de cabeça para baixo. E mesmo ele, acostumado a interpretar centenas de personagens, assumiu um dos papéis mais difíceis de sua vida: cuidar da mãe, diagnosticada com a doença de Alzheimer, um mal sem cura, mas que, se descoberto precocemente, pode ajudar o paciente a responder melhor ao tratamento. “Eu não sabia nada a respeito antes da minha mãe ficar doente”, admite Carlinhos, que desde 2002, ao lado do pai e da irmã, encara os desafios de cuidar da Dona Didi, que aos 90 anos mantém-se num estágio intermediário. “Trata-se de uma doença que pode ter evolução lenta se diagnosticada e tratada desde o início. No caso da minha mãe, começamos com medicação e terapias ocupacionais que ajudam a preservar a memória que ainda está em funcionamento”, explica. Mas nem sempre esse controle é feito, e, para o ator, a falta de conhecimento das pessoas sobre a doença de Alzheimer é a principal responsável pelo diagnóstico tardio. “Esquecer as coisas é parte natural da velhice. O
problema é não reconhecer o que acabou de fazer, perder a noção de espaço, errar etapas simples num processo de preparação de uma receita, não lembrar palavras comuns do vocabulário e não conseguir acompanhar mais do que uma conversa ao mesmo tempo. Esses são sintomas que podem muito bem ser identificados por qualquer pessoa que conviva com o paciente que, aos primeiros sinais, deve ser conduzido imediatamente a um médico especialista”, alerta. Para Carlinhos, uma das grandes dificuldades é a falta de exame específico para identificar a doença. “O diagnóstico é clínico. O médico faz uma série de exames para eliminar outras causas, como depressão, diabetes e assim por diante, até chegar à conclusão final.” Outro ponto que atrapalha é a rejeição. Para ele, o Alzheimer é visto como um estágio final de uma demência, quando a pessoa não se lembra de mais nada. “Essa é uma imagem muito negativa que acaba criando preconceito, e não é isso que deve acontecer. Quando se tem alguém da família com o diagnóstico da doença, é preciso estar preparado, pois na verdade o paciente é o que menos sofre, mas a família precisa passar por um aprendizado diário de conviver com uma ‘pessoa diferente’ daquela com quem ela conviveu por anos. Por isso é importante ter as informações e aprender a lidar com a situação”, esclarece.
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ENTREVISTA Carlos Moreno
A ajuda que faltava
A
naturalidade com que o ator fala do desafio que enfrenta há mais de dez anos nos transmite certa segurança. Entre um relato e outro, foi quase impossível não sorrir com a simpatia espantada em seu rosto ou com as divertidas expressões faciais. Mas, por trás dessa tranquilidade, está um aprendizado adquirido junto à Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz). “Foi onde encontrei suporte, frequentando um dos grupos de apoio, pois, quando minha mãe foi diagnosticada, entrei em pânico e não sabia como agir.” Ele explicou que a Associação, que existe dede 1991 em São Paulo e mantém cerca de cem grupos de apoio espalhados por todo o Brasil, oferece ajuda aos familiares-cuidadores com suporte informativo e psicológico. “Eu participei de um grupo de apoio psicológico coordenado pela Fernanda [Gouveia Paulino, atual presidente da ABRAz], em que pude conviver com outras pessoas que enfrentavam o mesmo problema. E essa troca de informação e de experiência me ajudou muito a aceitar e a agir. É um espaço em que as pessoas são solidárias entre si.” Convidado pela presidência da ABRAz a ser o diretor de Divulgação, Carlinhos Moreno passou a oferecer voluntariamente sua imagem e seu trabalho de ator
em campanhas educativas. “A Fernanda, além de seus compromissos como professora da PUC, fica pensando em vários projetos que possam levar informação às pessoas, e foi aí que surgiu a ideia de uma campanha que realizamos no ano passado com outros atores. Consegui que a WMcCann assumisse a criação das peças e que o Andrés Bukowinski [agência de criação e seu diretor nos comerciais da Bombril] cuidasse da direção dos vídeos que tratam dos sintomas da doença. Esse material está disponível gratuitamente no site da ABRAz e no YouTube, para que qualquer pessoa possa ter acesso.” O ator chama a atenção para uma preocupação que vai além do trabalho da Associação. Para ele, a doença de Alzheimer deve ser tratada como uma questão de saúde pública. “A Organização Mundial da Saúde já alertou sobre isso e, no Brasil, sabemos que nossa população está envelhecendo e um diagnóstico não pode ser moroso. Na rede pública, o paciente demora para conseguir uma consulta, depois para fazer um exame, depois mais tempo para levar o exame ao especialista. A pessoa não morre de Alzheimer, mas com a doença. Talvez seja por isso que o Ministério da Saúde tenha um registro de 800 mil pessoas doentes, mas para a ABRAz esse número pode ser três vezes maior”, alerta.
Conhecimento e ampla divulgação sobre a doença podem ajudar a família e o paciente 74 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
ENTREVISTA Carlos Moreno
Na ABRHAz, Carlos Moreno encontrou suporte para lidar com a doença da mãe e hoje atua voluntariamente como diretor de Divulgação
O que é a doença de Alzheimer? Mal interpretada como “esclerose”, por atingir principalmente as pessoas idosas, os sintomas e o tratamento para a doença de Alzheimer ainda são desconhecidos da maioria das pessoas, mas basicamente se explica a partir da morte de células cerebrais, que ocasiona a perda progressiva de memória, desorientação espacial e distúrbio de linguagem. Ainda sem cura, a doença foi descoberta no início do século passado pelo médico alemão Alois Alzheimer e, desde então, houve grande evolução no tratamento, que funciona com maior eficiência quando há diagnóstico precoce. De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), alguns fatores são considerados de risco, como “hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo e sedentarismo. Alguns estudos apontam que, se eles forem controlados, podem retardar o aparecimento da doença”. O ator Carlinhos Moreno chama atenção ainda para a necessidade de um envelhecimento saudável como forma de prevenção. “A população brasileira está vivendo mais e, com isso, os números aumentam. É necessária uma campanha educativa ampla, que faça uma abordagem esclarecedora para que as pessoas não ignorem os primeiros sintomas”, alerta.
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ENTREVISTA Carlos Moreno
Espetáculo deve percorrer diferentes cidades neste segundo semestre
Um ator com mais de mil e um talentos
Ao lado das amigas e atrizes Mira Haar e Patrícia Gasppar, Carlinhos Moreno solta a voz no musical Florilégio – Nas ondas do rádio, que tem arranjos e direção musical de Jonatan Harold e direção geral de Elias Andreato. No espetáculo, eles resgatam as canções que foram imortalizadas por grandes nomes da música brasileira na época de ouro do rádio. “A música é muito maluca. Eu cresci ouvindo as canções que minha mãe colocava para tocar, e hoje as resgatamos neste espetáculo”, revela Carlinhos. No repertório do musical, nome de grandes cantores do rádio como Carmem Miranda, Lupicínio Rodrigues, Ari Barroso, Emilinha Borba, Francisco Alves
e outros monstros sagrados da MPB das décadas de 1930, 40 e 50. Na voz de Carlinhos, “Sempre em meu coração”, uma versão em português de “Always in my heart”, de um dos maiores nomes da música mundial: o cubano Ernesto Lecuona. Florilégio – Nas ondas do rádio estreou em outubro de 2013 e tem sua reestreia marcada para o segundo semestre deste ano, com apresentações em São Paulo, no interior do estado e em outras capitais. Pelas redes sociais, a agenda do espetáculo poderá ser acompanhada por meio da página: www.facebook. com/FlorilegioNasOndasDoRadio.
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ENTREVISTA Carlos Moreno
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CULTURA Ira!
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CULTURA Ira!
A banda que marcou uma geração está de volta. Nasi e Edgard Scandurra prometem agitar os novos e velhos fãs na turnê Núcleo Base, que deve percorrer o Brasil até 2015. Durante show realizado no Sesc São Carlos, Nasi falou com exclusividade à revista Estilo Damha Texto: Décio Junior Fotos: Rui Mendes
Q
uem um dia ousou flertar com o rock do Ira!, fatalmente, não mais descansou em paz. Na década de 80, a busca pelo espaço no efervescente cenário musical marcou dias de luta, dessa que pode ser considerada uma das maiores bandas do rock nacional. “Uma época difícil em que a gente precisava apresentar as letras das músicas na Polícia Federal”, lembrou o vocalista Nasi em entrevista exclusiva à revista Estilo Damha. Novos tempos, mudança de comportamento e uma vontade de repetir e melhorar aquilo que fizeram entre 1985 e 2007, ano em que anunciaram o fim do grupo, foram ingredientes para que Nasi e o guitarrista Edgard Scandurra voltassem a escrever um novo capítulo da história do Ira!, mas agora com nova formação. “O Dani [Daniel Rocha, baixista e filho de Edgard Sacandurra] é um garoto que tem uma formação mais contemporânea e que pode compartilhar novas ideias e enriquecer o nosso trabalho. O Evaristo [Pádua, novo baterista] já é um cara que tem uma pegada mais nossa, com uma linguagem de bateria
dos anos 70, o que preserva a nossa identidade. O Johnny Boy acrescenta uma novidade, pois só mesclamos instrumentos nos shows do acústico e, eventualmente, ele poderá se revezar entre os teclados e o violão”, disse o vocalista, lembrando que, apesar da nova formação, André Jung e Ricardo Gaspa ainda mantêm forte representação na banda. “Eles foram importantes como também foi importante a participação do Charles Gavin [primeiro baterista da banda que participou depois da formação dos Titãs, entre 1985 e 2010]. Mais de 90% dos arranjos são os que criamos juntos. Foi nossa formação mais importante, mas que teve começo, meio e fim. Hoje, até os membros da equipe técnica são diferentes. Era preciso recomeçar do zero.” De todas as boas e más recordações do passado, o presente do Ira! é marcado pela turnê Núcleo Base, que teve início no começo do ano e deve percorrer o Brasil até o final do ano que vem. “Mas um novo disco pode atropelar essa turnê”, alertou Nasi, deixando esperançosos os fãs que anseiam por um novo trabalho.
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CULTURA Ira!
Não basta o perdão
N
asi e Scandurra não têm mais a mesma idade de quando começaram e já não estão atrelados a um único compromisso. Ao longo dos anos foram desenvolvendo novos projetos, conquistando novos parceiros e realizando sonhos particulares, que muitas vezes ficaram em segundo plano, já que o Ira! era sempre a prioridade. “Eu e o Edgard estamos à frente desse projeto e determinamos um ciclo de prioridades que começa com a turnê e depois, quem sabe, o disco. Mas, quando retomamos o Ira!, não queríamos que os projetos
solos ficassem sufocados, pois não queremos gravar apenas se der tempo nem apresentar nossos trabalhos em shows de início de semana.” Para o vocalista, a nova formação facilita levar esses planos adiante. “Os meninos dão um gás, trazem energia nova. É como no futebol, se você traz um garoto da base, ele vai querer ‘comer grama’ para ganhar seu espaço, e eles fazem isso. Mas, quando vamos para os trabalhos paralelos, o Dani, por exemplo, acompanha o Scandurra, e esses projetos vão evoluindo e ganhando espaço e qualidade musical.”
Dias de luta
O
Ira! retoma seus trabalhos em um novo momento cultural e social. Enquanto o rock nacional vive um fraco movimento em relação ao que se produzia na década de 80, a juventude se abraça e vai às ruas. “A música brasileira vive um momento fraco, dantesco em termos de lírica e letra. O que tem mais qualidade a gente encontra na internet, fora da grande mídia comercial. Mesmo assim, tem muita gente postando coisas bizarras, pois é mais fácil aparecer com bobagem do que com um trabalho musical. E isso é uma constatação e não um saudosismo. Talvez seja mais fácil reorganizar o nosso futebol.” O vocalista que um dia se disse “jovem, passando por cima de tudo”, ponderou ao fazer comparações sobre os jovens de hoje com os movimentos de sua época. “Fazer agitações pelo fim da ditadura e pelas diretas nos proporcionou discursos e atitudes. Tínhamos uma meta. Hoje, o que falta é um foco, pois os jovens têm uma liberdade que nós não tínhamos e é preciso saber usar essa liberdade.”
Nazi volta a soltar a sua voz rouca ao som da guitarra de Scandurra 80 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
CULTURA Ira!
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VARAL CULTURAL O que vem por aí
SERGIPE APRESENTA:
Batidas fortes e marcantes aliadas a projeções de luzes por todos os lados fazem a apresentação da Coutto um espetáculo único
COUTTO ORCHESTRA
Texto: Martha Mendonça
Fotos: Divulgação
M
Rafael Ramos (baixo e teclados), Fabinho Espinhaço (bateria), Vinícius Bigjohn (acordeão e teclados) e Alisson (trombone e samples) formam a Coutto Orchestra
isturar maracatu de brejão, taieira e forró à cultura DJ parece meio confuso. Mas só parece. Essa é a proposta que a microbig-band sergipana (como eles mesmos se intitulam) Coutto Orchestra vem desenvolvendo mundo afora desde 2010. São diversas melodias encantadoras misturadas com batidas fortes. As canções não trazem uma letra sequer; são sopros e vozes sem palavras determinadas. No palco, durante um show, é possível observar uma experiência, no mínimo, diferente, graças a todo o aparato tecnológico. A sanfona, percussões, sopros e vozes se entrelaçam por projeções e luzes, provocando um espetáculo de som e imagem ao mesmo tempo. Pela qualidade do que apresenta, a Coutto vem ganhando destaque em importantes espaços no cenário musical brasileiro,
como Feira de Música (CE), Festival de Inverno de Garanhus (PE), etc. ELETRO FUN FARRA O primeiro disco oficial da Coutto Orchestra reúne os elementos que abriram as portas do mundo para a alegria festiva da banda e apela para uma batida forte, fruto de uma pesquisa dedicada aos ritmos que marcam o pulso da aldeia global, para dar sentido à provocação imagética que orientou o processo de construção do álbum. Lançado pelo selo Disco de Barro, Eletro Fun Farra é composto por dez faixas dedicadas à celebração, músicas que extrapolam notas e acordes para desaguar num caldeirão sonoro que transcende a geografia com o propósito de comunicar sensações imagéticas. Quer conhecer um pouco mais a Coutto? Acesse www.couttoorchestra.com.br
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VIOLA, MINHA
VIOLA
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Com 15 anos de estrada, Matuto Moderno resgatou a viola da música de raiz e reinventou o instrumento com o bom e velho rock ‘n’ roll Texto: Thatiana Miloso Foto: Rita Perran
Parecem guitarras, mas são violas: instrumento caipira incorporado ao rock ‘n’ roll
É
uma banda de rock, mas guitarras e violão não têm vez entre os integrantes. No lugar desses instrumentos que simbolizam o gênero musical mais influente do mundo, aparece a viola, a mesma da música brasileira de raiz, imortalizada por nomes como Tião Carreiro, Tonico e Tinoco e tantos outros artistas que deram vida – e som – à cultura do interior. Com esse estigma de ter reinventado a viola, a banda paulistana Matuto Moderno já soma 15 anos na estrada com um riquíssimo repertório musical na bagagem. Para quem ainda desconhece o sexteto e não consegue imaginar a viola como um instrumento do rock ‘n’ roll, a dica é ir até o YouTube e digitar algo como Matuto Moderno + Jimi Hendrix. Sim, é exatamente disso que estamos falando. O principal nome por trás da ideia que no começo parecia absurda – fazer rock dos bons usando a viola – é Ricardo Vignini, fundador da banda. Ele conheceu o instrumento a fundo por intermédio do blues, gênero que começou a tocar influenciado por uma de suas bandas preferidas, o Black Sabbath. “O Sabbath teve suas origens no blues, aí passei a me interessar mais por esse
tipo de música. Foi então que percebi que a afinação da viola é a mesma do blues. Mais que isso: as lendas e as tradições da nossa música de raiz são exatamente as mesmas desse estilo norte-americano”, conta Ricardo. Instigado pelo potencial da viola, ele reuniu os amigos Marcelo Berzotti, Ricardo Berti, Zé Helder, Edson Fontese e André Rass para criar, em 1999, a Matuto Moderno. Ricardo lembra que, na época, quase não existiam músicos na capital paulista que tocassem o instrumento. “Hoje, isso mudou muito. Se você for na Teodoro Sampaio [rua de São Paulo que concentra um grande número de lojas de instrumentos musicais] verá uma diversidade de violas em exposição para vender. Quando comecei, não havia nada disso”, ressalta. Para quem quiser conhecer melhor o rock da Matuto Moderno, o site www.matutomoderno.com.br traz os cinco CDs já lançados pela banda, além da agenda de shows pelo país. Um dos projetos atuais dos músicos é o show Viola no Rock, com participações especiais de nomes como Pepeu Gomes, Kiko Loureiro e Andreas Kisser. Imperdível!
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Foto: Ilana Bar
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BATERIA COM ALMA E
m uma parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, o projeto “Alma de Batera”, do pedagogo e baterista Paul Lafontaine, surgiu em 2008 para atender a pessoas com algum tipo de deficiência que queriam contato mais próximo com o universo musical, mas não tinham acesso, possibilidade ou alguém para se dedicar a lhes ensinar o instrumento. Além de idealizador do projeto, Paul também é professor e conta que sempre quis trabalhar com esse público, mas lhe faltava oportunidade.
Unindo suas duas paixões – pedagogia e bateria –, Paul Lafontaine criou um projeto para pessoas com deficiência Texto: Nicole Thomaso
Os cursos são dirigidos cuidadosa e atenciosamente a cada participante, com exercícios básicos do instrumento, atividades pedagógicas e dinâmicas corporais. São aulas planejadas e lecionadas de acordo com a autonomia de cada aprendiz, respeitando o limite e a individualidade de cada aluno. Paul deixa claro que esse não é um projeto com características terapêuticas, como a musicoterapia. O objetivo principal é oferecer oficinas de bateria para ajudar no desenvolvimento desses alunos e incentivar seus potenciais e habilidades.
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Foto: Nadja Kouchi
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Supla é um dos que participam do Alma de Batera
22 e Hateen), Dudu Braga (filho de Roberto Carlos), Cuca Teixeira, Duda Machado (Banda da Pitty), além de outros bateristas consagrados. Atualmente, as oficinas acontecem semanalmente no Centro Cultural São Paulo e na ADID (Associação de Desenvolvimento Integrado do Down). A intenção de Paul é abrir franquias em outras regiões para tornar a música acessível a moradores de todo o país. Para isso, precisará de professores locais voluntários, que serão capacitados a lecionar. “Fico muito feliz, após seis anos de muita luta, de ver que o projeto está crescendo e orgulhoso por não ter desistido, ter seguido meu coração, ver que está dando muito certo. Principalmente pelo fato de que muitas pessoas querem se envolver: bateristas, voluntários ou aqueles que somente acreditam na intenção do projeto”, finaliza Paul. Para participar, conhecer ou mais informações, acesse: www.almadebatera.com.br.
Paul com um de seus alunos 85 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
Foto: Ilana Bar
O trabalho contribui para o desenvolvimento auditivo, psicomotor, cognitivo e social do aluno. Além de ajudar a fortalecer suas ligações afetivas, aumentar significativamente a autoestima e a autoconfiança, melhorar a socialização e o sentimento de bem-estar e motivar o aprendizado, a troca de experiências e a descoberta de suas capacidades e limitações. As oficinas são gratuitas e abertas a qualquer pessoa com deficiência intelectual, física ou outras limitações. Ao final do período das aulas, é realizada uma apresentação aberta aos pais, participantes, terapeutas, monitores e convidados, visando à interação e também demonstrar as experiências pelas quais os alunos passaram. O projeto conta com a participação de músicos renomados, que ajudam nas aulas e no estímulo aos alunos. Dentre eles estão João Barone (Paralamas do Sucesso), Supla, Daniel Weksler (NX Zero), Japinha (da banda CPM
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QUERO MATAR MEU CHEFE 2
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ode até ser que seu chefe seja um amor, mas com certeza, em algum momento, você já sonhou que ele estivesse morto. Não é à toa que a comédia Quero Matar Meu Chefe, de 2011, ganhou uma sequência. No filme Quero Matar Meu Chefe 2, sob a direção de Sean Anders, Nick, Dale e Kurt, vividos por Jason Bateman, Charlie Day e Jason Sudeikis, respectivamente, decidem virar seus próprios chefes e abrem um negócio, porém um investidor trapaceiro puxa o tapete do trio. Como o sucesso do primeiro filme foi grande, as expectativas sobre o segundo estão ainda maiores. O longa chega aos cinemas americanos em novembro e está previsto para estrear no Brasil no dia 4 de dezembro. O elenco ainda conta com Jennifer Aniston, Kevin Spacey e Jamie Foxx, reprisando seus papéis, e com a adição de Chistoph Waltz e Chris Pine.
EXPOSIÇÃO QUE BRILHA
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érolas chega ao Museu de Arte Brasileira – FAAP em São Paulo com mais de 200 peças, entre joias e obras de arte. A mostra, que foi aberta em 20 de julho, fica em cartaz até 28 de setembro e foi organizada pela Qatar Museums. Está exposta uma grande variedade de joias criadas por designers famosos. As peças de destaque são o broche “Lábios de Rubi”, desenhado pelo artista Salvador Dalí (1941-1970), os brincos de pérolas e o anel favorito da atriz Elizabeth Taylor, além de dez tiaras de monarquias europeias, incluindo a Tiara Spencer (1890), usada por Lady Di. Os visitantes também poderão apreciar imagens sobre o processo de cultivo das pérolas e sua produção em escala industrial, iniciada por Kokichi Mikimoto no Japão.
GAROTA EXEMPLAR
Fotos: Divulgação
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avid Fincher, diretor dos filmes A Rede Social e O Curioso Caso de Benjamin Button, chega novamente às telonas com o filme Garota Exemplar, no qual se mostra fiel a muitos trechos do livro de mesmo nome escrito por Gillian Flynn. Além de algumas cenas idênticas às descritas no best-seller, o filme mostrará o casamento confuso e problemático dos protagonistas, embalado pela romântica canção “She”, do músico Charles Aznavour, na voz de Richard Butler, da banda Psychedelic Furs. Na história, Ben Affleck interpreta Nick, um ex-jornalista frustrado que se muda para o interior com a esposa Amy (Rosamund Pike) e passa a ter crises no casamento. Certo dia, Amy desaparece e Nick, com seu comportamento ambíguo, se torna o principal suspeito de um possível assassinato. No elenco também estão os atores Neil Patrick Harris, Tyler Perry e Scoot McNairy. A produção está prevista para estrear em 2 de outubro. 86 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
Fotos: Divulgação
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QUEENS OF THE STONE AGE
roduzindo um som diferente, uma mistura de metal alternativo com melodias do pop, a Queens of the Stone Age, uma das maiores representantes do rock mundial, anuncia duas apresentações no Brasil este ano: no dia 25 de setembro, a banda estará no Espaço das Américas, em São Paulo, em um show que faz parte da plataforma Live Music Rocks, e dois dias depois, em 27 de setembro, eles tocam no Pepsi On Stage, na capital gaúcha. Queens of the Stone Age já esteve no país outras três vezes, mas sempre em festivais, como o Rock in Rio, em 2001, o SWU, em 2010, e o Lollapalooza, de 2013. Agora em turnê, traz canções do último disco da banda, Like Clockwork, muito bem recebido pela crítica musical, que classificou o trabalho como um registro de grande introspecção e complexidade, que dão o tom mais aguardado pelos fãs de rock. Sobre a turnê, o vocalista da banda, Josh Homme, afirmou: “A única pressão que acontece entre nós é termos a certeza de que não será igual ao que já fizemos”.
20 ANOS DE CASTELO RÁ-TIM-BUM
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arece que foi ontem, mas já faz 20 anos que o programa infantil Castelo Rá-Tim-Bum foi ao ar pela primeira vez pela TV Cultura. Para celebrar a data, o MIS – Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, com o apoio da TV Cultura/Fundação Padre Anchieta, está promovendo a megaexposição Castelo Rá-Tim-Bum. A mostra, que foi aberta em 16 de julho e fica em cartaz até 12 de outubro, é um tributo ao programa que é considerado um dos melhores produtos audiovisuais da história da televisão brasileira. Os visitantes irão conferir peças do acervo, muitas delas recuperadas e restauradas pelo MIS, como objetos de cena, fotografias, figurinos dos personagens e trechos do programa que até hoje são hit, como “Lavar as mãos”, música de Arnaldo Antunes. Depoimentos gravados pelos atores do elenco original dão um charme a mais à exposição.
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GETÚLIO, TERCEIRA PARTE
recém-lançado Getúlio – Da Volta pela Consagração Popular ao Suicídio é o terceiro e último livro da consagrada série biográfica que fala sobre o ex-presidente que tanto marcou o Brasil. O último livro, mas não o menos importante, reconstitui como foram os anos finais do ex-presidente, na vida política e pessoal. A obra, escrita por Lira Neto, tem 432 páginas e faz referência a centenas de livros e milhares de páginas de manuscritos e documentos originais. A escrita é clara e requintada.
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LER, VER e OUVIR Dicas de quem faz parte do dia a dia da Damha Urbanizadora Minha sugestão é o livro A História, da editora Sextante, que relata os textos sagrados da Bíblia de uma maneira fácil de entender. Acredito que muita gente gostaria de ler a Bíblia, mas ela é muito grande (são 66 livros) e tem palavras complicadas para entender, então, este livro pode ajudar muito. Jorge Henrique da Silva Ferreira Comercial
A saga dos filmes Velozes e Furiosos fala de um policial que se infiltra no mundo das corridas com carros tunados ilegais, em Los Angeles, para capturar o responsável por roubos a caminhões nas estradas próximas à cidade. Mas o policial se envolve de tal maneira com a situação, que se torna amigo do responsável pelos roubos e também se apaixona pela irmã dele. Considero os filmes Velozes e Furiosos uma das melhores sagas de ação do momento. Além de ser muito bem feito e cheio de aventura, um dos seus atores principais é o Vin Diesel, do qual sou muito fã.
Lucia Silva Copeira
Minha dica é o DVD/CD Galinha Pintadinha 4. Uma dica bem de mãe mesmo, pois estou percebendo na prática que este álbum é muito bom pra entreter com qualidade as crianças. Além disso, estimula o desenvolvimento da fala e a coordenação motora. Gislene Alves, Coordenadora de Marketing, e sua filha Harumi
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Fotos: Divulgação
VARAL CULTURAL Dicas
VARAL CULTURAL O que vem por aÃ
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ARQUITETURA Casa Hi-Tech
HI-TECH
NA MEDIDA CERTA 90 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
ARQUITETURA Casa Hi-Tech
Nesta casa localizada no Residencial Damha I, em Campo Grande (MS), a iluminação e o som podem ser controlados por tablets e smartphones, a partir de um projeto de automação feito sob medida para atender às demandas dos proprietários Texto: Thatiana Miloso Fotos: Gilson Barbosa
A
té poucos anos atrás, as moradias high-techs eram restritas à ficção científica. Desenhos como Os Jetsons e filmes como Minority Report ajudaram a introduzir em nosso imaginário como seriam as casas do futuro, geralmente ambientes sóbrios, dominados pelas cores frias e pelo uso exagerado de metais e aço inox. Não, ainda não temos carros voadores nem cidades suspensas, mas tudo indica que o “futuro” retratado nas telas já chegou por aqui, ao menos no quesito “lar, doce lar”. Se, por um lado, os gênios do sci-fi erraram ao prever que as casas não seriam sofisticadas ou acolhedoras, eles acertaram em cheio ao anteverem que elementos como luz, som e temperatura poderiam ser controlados por comandos de voz ou dispositivos como smartphones. Essa tecnologia é um dos pontos-chave do projeto assinado pela arquiteta Gabriela Pereira no Residencial Damha I, em Campo Grande (MS). Anfitriões natos, os proprietários queriam uma casa onde pudessem receber os amigos sem se preocuparem com espaço e problemas como a acústica do som. Mais que optar pela integração de ambientes como living, hall social, cozinha, sala de jantar, varanda, churrasqueira e home theater externo, Gabriela ajudou a desenvolver, em parceria com o escritório LD+Exporlux, um sistema de automação residencial feito sob medida para seus clientes. A partir de uma tecnologia wireless que requer infraestrutura simples e fácil aplicação, a automação permite que o sistema de som, iluminação e aparelhos eletrônicos como home theater e ar-condicionado sejam controlados por dispositivos como tablets e smartphones. “Foram criados 18 cenários temáticos, como festa, churrasco com amigos, jantar à luz de velas, entre outros. Ao clicar em um deles, o aplicativo seleciona a luz e o som que melhor representam essas situações. Com toda sua comodidade e diversidade de efeitos, a automação acabou se transformando no protagonista do projeto”, conta a arquiteta. Mas a casa também chama a atenção pela arquitetura contemporânea e pelos ambientes de extremo bom gosto, num jogo de elementos que reflete a personalidade de seus proprietários, ao mesmo tempo em que imprime a marca da arquiteta. Um projeto no qual presente e futuro se encontram para despertar sentidos e mostrar que o high-tech pode, sim, ser acolhedor e convidativo. Na área de lazer, a iluminação ganha status de protagonista: vários cenários podem ser programados a partir da automação 91 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
ARQUITETURA Casa Hi-Tech
Em uma casa onde os proprietários adoram receber amigos, a área de lazer é um dos espaços mais utilizados pelos moradores. Varanda, churrasqueira, piscina e home theater convergem entre si, com a iluminação dando toque acolhedor aos ambientes.
Na varanda, a churrasqueira ganha toque high-tech com a iluminação indireta e uso do aço inox. Destaque para o vidro laranja no balcão e a madeira de demolição nos móveis e na parede: jogo entre o moderno e o rústico 92 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
ARQUITETURA Casa Hi-Tech
O estilo contemporâneo clean e chic predomina nos ambientes internos da casa, como na sala de jantar. A cozinha, por sua vez, segue a linha high-tech da churrasqueira, com a predominância do cinza, aço inox e pastilhas em tom metálico.
Também presente na cozinha, o vidro laranja do basculante dá um toque de descontração ao ambiente. Na sala de jantar, a iluminação está configurada de acordo com o cenário “jantar com amigos” 93 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
ARQUITETURA Casa Hi-Tech
As linhas retas são predominantes na fachada da casa, marcando o estilo contemporâneo com uma volumetria bem trabalhada. Os tons off-white também sobressaem, assim como nos ambientes internos da casa.
Apaixonados por música, os proprietários aproveitaram parte da sacada do primeiro piso para transformá-la em sala de música. O ambiente virou ponto de encontro da família 94 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
ARQUITETURA CasaHi-Tech
No piso superior, as quatro suítes têm conexão com uma sala de circulação íntima, transformada pela família em sala de TV. No closet do casal, armários brancos intensificam a sensação de amplitude.
As paredes texturizadas da suíte do casal contribuem para o ar aconchegante do ambiente. A porta de correr liga o quarto ao closet e banheiro 95 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
MY PET Terapias Alternativas
TERAPIAS ALTERNATIVAS
Foto: Divulgação
E quem disse que vida de cachorro é fácil? Assim como os humanos, os animais também podem experimentar o estresse, causador de tantas outras doenças Texto: Maysa Rodrigues
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MY PET Terapias Alternativas
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iver no século XXI tem se tornado mais complicado a cada dia. A vida corrida tem feito do estresse o principal vilão da sociedade atual. É fato que as cobranças e a tentativa de fazer tudo ao mesmo tempo influenciam a saúde de qualquer pessoa. O que muitos não sabem ainda é que esse estresse da vida moderna não poupa nem mesmo os bichinhos de estimação, principalmente cães e gatos. Embora os animais convivam há anos com os seres humanos, cada vez mais o nosso estilo de vida requer que os animais se adaptem a novas condições, como ficar em lugares cada vez menores, permanecer mais tempo sozinhos, deixar de fazer algo que amam e sair menos para passear. O resultado? Pets estressados, portadores de problemas articulares, musculares e nervosos. O estresse, causador de muitas outras doenças, tem levado centenas de pessoas a consultórios médicos, que acabaram descobrindo tratamentos menos invasivos e dolorosos. Quem nunca ouviu falar de massagens, agulhas, compostos de chás, luzes e outros métodos? O ser humano há muito tempo se beneficia dessas terapias. A novidade é que a terapia alternativa tem se mostrado muito eficaz também em animais. É por isso que a medicina veterinária alternativa é a queridinha do momento daqueles que buscam bem-estar e qualidade de vida para seus companheiros de quatro patas. Os tratamentos mais procurados são: HOMEOPATIA: neste tratamento, o composto que causa o sintoma físico é o mesmo que será usado para restabelecer o equilíbrio do organismo. Os medicamentos são pedidos de acordo com a doença do animal e administrados por meio da ingestão de água ou ração. A homeopatia pode dar resultados em poucas horas ou em até 40 dias, dependendo do caso. ACUPUNTURA: colocar agulhas nos bichinhos pode fazer uma grande diferença. O tratamento tem o intuito de harmonizar a energia QI que circula por todo o corpo. E é justamente esse o trabalho da acupuntura: harmonizar por meio dos pontos (terminações nervosas) que, estimulados por agulhas, produzem efeitos sobre as regiões corporais (órgãos e sistemas) correspondentes. O tratamento é ideal para cachorros e trata problemas de coluna, doenças do estômago e distúrbios em geral.
FLORAIS DE BACH: a terapia com florais de Bach surgiu em 1930 com o inglês Edward Bach, que acreditava no reequilíbrio emocional por meio das causas, não dos sintomas. Ao todo, são 38 essências, que podem ser misturadas entre si, e estas estão divididas em sete grupos que correspondem a estados emocionais: insegurança, desânimo, solidão, desinteresse, medo, ansiedade e hipersensibilidade a influências externas. O remédio é ingerido por via oral e gotas e serve para cuidar de animais que tenham transtornos comportamentais em geral. Os métodos alternativos são técnicas milenares que surgiram antes mesmo da própria medicina convencional, mas só foram aprovados pela Organização Mundial de Saúde a partir dos anos 60, para humanos, e dos anos 90, para animais. Para certos tipos de quadros, eles podem ser indicados como coadjuvante ao tratamento convencional, melhorando o efeito dos tratamentos com medicamentos e aliviando ainda mais o desconforto do pet, em casos de dor extrema. Entre as doenças mais indicadas estão as alterações ortopédicas da coluna vertebral, como as “discopatias”, que podem causar dificuldade de locomoção e, em situações extremas, paralisia. Nesses casos, os animais podem ficar paraplégicos ou até mesmo tetraplégicos, mas com o tratamento correto de acupuntura podem recuperar alguns dos movimentos, afirma a veterinária Taina Varandas, especialista em terapias alternativas em São Carlos (SP). Taina decidiu trabalhar com as terapias depois de tratar sua hérnia de disco (discopatia). Durante muitos anos sofreu com dor e, sempre que era medicada com anti-inflamatórios, melhorava, mas logo depois vinha outra crise e tinha de tomar o medicamento novamente. Após adquirir uma gastrite causada pela medicação, resolveu fazer acupuntura. Achou incrível, pois logo na primeira sessão já percebeu os resultados. E, assim, sabendo que a maior parte dos animais apresenta efeitos colaterais ao uso de analgésicos e anti-inflamatórios, resolveu se especializar em acupuntura veterinária. “Acho que foi o curso mais apaixonante que eu fiz, entrei de corpo e alma na minha especialização e terminei na China (Beijing) para aprofundar no assunto”, conta a veterinária.
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MY PET Terapias Alternativas
Para a Medicina Tradicional Chinesa, a má distribuição de energia vital é a causa das enfermidades. Esse é o principal benefício da acupuntura: equilibrar o fluxo de energia, curando e evitando novas enfermidades. Assim como para os humanos, a acupuntura é uma excelente alternativa em casos de ansiedade, depressão ou outras doenças emocionais. Qualquer espécie animal pode se beneficiar da acupuntura, pois todos possuem acupontos (pontos de inserção da agulha de acupuntura), mas são necessárias adaptações às inúmeras diferenças anatômicas existentes entre os animais.
A veterinária aplicando as agulhas nos pets estressados
E cada animal tem seu tempo e o número de sessões de que precisará para começar a obter os resultados esperados, que vão depender das condições do paciente, idade, tempo em que se instalou a enfermidade e colaboração do proprietário, que é um fator importante para que o tratamento funcione. A veterinária conclui que todo tratamento bem-sucedido é digno de muita alegria e que existem várias ocorrências interessantes, principalmente quando você percebe a força de vontade do animal e o brilho nos olhos deles, mas os casos mais emocionantes são os de paralisia, quando o animal recupera os movimentos dos membros e volta a fazer suas atividades do dia a dia. “Dá para perceber os gestos de satisfação e o agradecimento por todo o esforço dedicado. É muito gratificante tudo isso, amo minha profissão.” As terapias alternativas podem realmente ajudar esses fiéis e inseparáveis companheiros a terem uma vida saudável e feliz, e eles merecem, afinal são grandes terapeutas também. Estudos comprovam que ter um pet aumenta a sensação de bem-estar, multiplica amizades, diminui o estresse e ajuda até mesmo a afastar uma depressão, sem falar do amor e lealdade que demonstram. E o pagamento por essa terapia? Um carinho na cabeça e algumas voltas no parque já bastam.
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Fotos: Arquivo Pessoal
Taina em seu consultório, com um dos seus pacientes
FAÇA O BEM BookCrossing
COLOQUE
SEU LIVRO PARA VIAJAR
“Livros não mudam o mundo. Quem muda o mundo são as pessoas. Livros só mudam as pessoas” Texto: Dirlene Ribeiro Martins 100 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
Mario Quintana
FAÇA O BEM Bookcrossing
I
magine você tranquilamente sentado no banco de uma praça quando de repente nota um livro “abandonado” bem do seu lado! Seria incrível, não?! E isso realmente pode lhe acontecer em praticamente qualquer cidade do Brasil ou do mundo. Isso graças a um movimento chamado BookCrossing, que, resumidamente, é a prática de deixar um livro num local público, para ser encontrado e lido por outro leitor, que por sua vez deverá fazer o mesmo. Na verdade, o objetivo do Bookcrossing é “transformar o mundo inteiro numa biblioteca” e, pelo número de países já envolvidos e de livros em circulação, a meta está sendo alcançada. São 132 países com quase 11 milhões de livros registrados. Só o Brasil contabiliza aproximadamente 150 mil obras em circulação e 11 mil usuários. Tudo começou em março de 2001, quando o BookCrossing foi concebido pelo programador americano Ron Hornbaker. Já no mês seguinte, foi lançado o site bookcrossing.com e, desde então, o movimento cresceu exponencialmente e tornou-se global. No Brasil, o BookCrossing chegou também em 2001, mas recebeu grande impulso em 2006, quando a relações-públicas Helena Castello Branco se interessou pelo movimento. “Na época”, conta Helena, “eu cursava pós-graduação em Projetos Culturais, onde se falava muito sobre as dificuldades de acesso à cultura no Brasil e pensava-se em como democratizá-la. O movimento é uma forma de fazer os livros circularem gratuitamente e promover a leitura, então, vinha ao encontro dessas necessidades.” Para participar do BookCrossing, você escolhe um livro que gostaria de doar e cola nele uma etiqueta do projeto para que quem encontrá-lo saiba que se trata de um volume que foi liberado, e não perdido. Por sua vez, você também pode pegar algum livro que foi disponibilizado em algum dos pontos do projeto, como é o caso, por exemplo, do Quiosque que fica na Praça Getúlio Vargas em Alegrete (RS), ou do Berlim Café, localizado em Salvador (BA).
A relações-públicas Helena Castello Branco é a responsável pelo movimento Bookcrossing no Brasil
Foto: Arquivo pessoal
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FAÇA O BEM Bookcrossing
Livro encostado é um desperdício
E
O BookCrossing é uma combinação de surpresa, aventura, altruísmo e, claro, gosto pela leitura. No Brasil, há vários casos de livros que, depois de libertados, foram achados em outros estados ou, até mesmo, em outros países. “Uma leitora deixou um livro em um aeroporto em São Paulo e este foi pego por uma americana. Ela viajou para os Estados Unidos lendo o livro e, chegando lá, agradeceu a iniciativa pelo site do BookCrossing, pois o livro foi um grande companheiro de viagem. No meu caso, alguns livros que libertei foram parar em Minas Gerais e na Bahia”, conta a paulistana Helena, que, aliás, já recolheu 150 livros. No site, o leitor também tem a oportunidade de dizer o que achou da obra e o que pretende fazer com ela depois, além de poder conhecer outros leitores e fazer amizades pelo mundo. “Livro encostado na estante é um desperdício, uma poça de água parada. A vocação do conhecimento é ser difundido, compartilhado, desenvolvido, desafiado”, diz Wrobel. Se você concorda, o BookCrossing é uma ótima oportunidade de colocar isso em prática.
Fotos: Arquivo pessoal e divulgação
sempre é possível criar um novo ponto de coleta. Basta escolher um estabelecimento que seja movimentado e aberto ao público, arrecadar livros com familiares e amigos e registrá-los no site. No estabelecimento, deixe os volumes em um lugar de fácil acesso, sobre mesas ou prateleiras. Se possível, sinalize o espaço com cartazes ou folhetos para indicar que se trata de um Ponto de BookCrossing. Por fim, entre no site bookcrossing. com.br para que o novo ponto seja cadastrado. Helena, aliás, enfatiza a importância de informar no site a localização dos exemplares, para que assim possam ser rastreados por outros leitores, e de passar rapidamente os livros adiante, para não deixá-los parados. “Durante quase dez anos, o site internacional (bookcrossing.com) estava disponível somente na língua inglesa e, na minha opinião, esse era o principal empecilho. Mas isso foi resolvido e, hoje, o site está disponível em várias línguas, o que facilitou o ingresso de novos usuários e a expansão do movimento no Brasil”, explica. O advogado e escritor carioca Ronaldo Wrobel é um dos adeptos do movimento. Para ele, trata-se de uma iniciativa “fantástica”, não apenas por promover a literatura, mas por estimular conversas inteligentes. “Falar de um livro do qual se gostou (ou não) geralmente envolve argumentos e não apenas a descrição da história ou do estilo do autor. Adoro receber dicas de leitores entusiasmados”, diz.
O escritor Ronaldo Wrobel e o ponto de BookCrossing do Sofá Café, em Pinheiros, São Paulo. O livro Nossas Festas, o primeiro em pé da esquerda para a direita, é de sua autoria 102 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
Foto: Divulgação
FAÇA O BEM BookCrossing
Para mais informaç ões: BookCrossing Brasil: bookcrossing.com.br Livro de Rua: livrode rua.com.br Bibliotaxi: bibliotaxi.wo rdpress.com
Ação do projeto Livro de Rua no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro
O BookCrossing serviu de fonte de inspiração para outros projetos, como o Livro de Rua no Rio de Janeiro e o Bibliotaxi em São Paulo. O Livro de Rua é um projeto do Instituto Ciclos do Brasil que, desde 2008, busca democratizar a leitura e transformar o Rio de Janeiro em uma grande biblioteca pública. Desde sua concepção, já foram distribuídos gratuitamente quase 100 mil livros em ações do projeto em vários bairros do Rio. O movimento não só deixa livros em lugares públicos como também instala as “bibliotecas da liberdade” em lugares carentes. O único compromisso de quem resgatar um volume é passá-lo adiante
ou deixar em um lugar de fácil acesso. Já o projeto Bibliotaxi brotou dentro de uma entidade que trabalha com questões de mobilidade urbana, o Instituto Mobilidade Verde. No projeto, os taxistas são incentivados a oferecer livros para quem quiser ler no caminho ou até mesmo emprestá-los. As obras são obtidas por meio de doação, e cada taxista pode retirar 15 livros em endereços divulgados pelo Instituto. A Easy Taxi, aplicativo para agendar corridas pelo celular, passou a incentivar o uso e a estimativa é de que cerca de 10 mil taxistas em São Paulo já tenham rodado, pelo menos uma vez, com a caixinha de livros no banco de trás
103 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
COLUNA CONDOMÍNIO Marcio Rachkorsky
INTOLERÂNCIA EM GRAU MÁXIMO Não existe fórmula mágica para manter a paz entre vizinhos, mas algumas ações simples da administração podem evitar e prevenir tragédias
Marcio Rachkorsky
Advogado especializado em condomínios há mais de 20 anos, comentarista e apresentador da TV Globo/SP e comentarista na Rádio CBN. Escreve também no caderno de Imóveis da Folha de S. Paulo, aos domingos.
Foto: Divulgação
N
ovamente estamos todos estarrecidos e chocados com um crime bárbaro ocorrido num condomínio de classe média de São Paulo. Desta vez, foi o morador que matou e esquartejou o zelador. Meses atrás, um morador agrediu a esposa e se jogou da janela com o filho nos braços. Ano passado, um homem matou seus vizinhos por uma discussão sobre barulho. Outro matou o vizinho no elevador, em consequência de uma acusação de desvio de dinheiro... Deus do céu, o que explica tamanha barbárie em condomínios de classe média? A palavra que mais nos vem à cabeça é uma só: INTOLERÂNCIA. Intolerância em grau máximo, acrescida
de maldade, falta de amor ao próximo, beligerância e egoísmo. Manter a harmonia entre vizinhos não é tarefa fácil, e aqui compartilho três casos que enfrentei nos últimos dias:
• Num condomínio lindo, dois
vizinhos vivem brigando em razão do barulho. Encontraram-se na garagem e partiram para a agressão física, com direito a socos, pontapés, hospital e processos criminais. Não aceitam uma reunião de conciliação e sequer as esposas conseguem se entender. Tragédia anunciada.
• Na Grande São Paulo, um gru-
po espalhou boatos sobre a lisura das contas do síndico. Alguns moradores receberam cartas anônimas com graves ameaças e, após auditoria nas contas, restou comprovada a retidão da administração. Em assembleia, a paz não foi selada e uma perigosa guerra política se anuncia.
• Noutro condomínio, uma moradora é mãe de uma menina com problemas mentais e, de forma involuntária, a criança bate os pés no chão, incomodando o vizinho de baixo, que reclama muito. Constrangida, a mãe da menina não aceita tamanha falta de sensibilidade e as discussões só aumentam. Não existe fórmula mágica para 104 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
a paz, mas algumas ações simples da administração podem, de verdade, evitar e prevenir tragédias, valendo citar:
• Eleger sempre o diálogo como ferramenta principal para dirimir conflitos e buscar sempre uma mediação para aproximar vizinhos em situação de briga. Às vezes uma boa conversa é melhor do que uma multa. • Tentar contato com os familia-
res de moradores mais problemáticos para pedir apoio e auxilio.
• Em casos mais complexos,
contratar a consultoria de um psicólogo para uma abordagem mais técnica com os envolvidos.
• Treinar incansavelmente os funcionários, para que aprendam a se desvencilhar de situações conflituosas com moradores mais exaltados. • Abusar das cartinhas de conscientização aos moradores, sempre com mensagens positivas, exaltando a importância da boa convivência entre vizinhos. • Investir pesado em sistemas
modernos de câmeras e CFTV, para coibir ações de vandalismo e violência, bem como para produzir provas contra infratores.
1º empreendimento Damha em Assis Damha lança seu primeiro empreendimento em Assis
DAMHA
NEWS Tudo que acontece na Damha Urbanizadora você fica sabendo aqui
Ciclismo e solidariedade
Mais informações, visite nossos perfis: Instagram/damhaurbanizadora Facebook/damhaurbanizadora
Fotos: Divulgação
Passeio ciclístico organizado pela Damha em São Carlos arrecada alimentos para a Pastoral da Criança
Lounge em Aracaju
Damha marca presença no maior evento de arquitetura de Sergipe
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DAMHA NEWS
Festas juninas esquentaram o inverno
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Village Damha II, São Carlos (SP)
Damha VI, São José do Rio Preto (SP)
Village Damha II, São Carlos (SP)
Village Damha III, Mirassol (SP)
Village Damha II, São José do Rio Preto (SP)
Damha I, São Carlos (SP)
Village Damha III, Mirassol (SP)
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Fotos: Arquivo Pessoal
s meses de junho e julho foram marcados pelos tradicionais arraiás que encheram os Residenciais Damha de cor e alegria. Mais uma vez, as Associações de Condomínio arrasaram no quesito organização e criatividade, promovendo eventos que contaram com grande participação de moradores e convidados. O tema junino, aliás, foi levado a sério pelos organizadores: da decoração aos quitutes, das quadrilhas às fogueiras, das duplas sertanejas aos trajes caipiras, as festas foram uma verdadeira homenagem a essa alegre tradição brasileira. E como a responsabilidade social também faz parte da filosofia de vida dos moradores dos Residenciais Damha, as festas serviram ainda de pretexto para fazer o bem. Em alguns condomínios, como o Village II de São Carlos, os moradores aproveitaram para arrecadar alimentos para um asilo da cidade. Um show de cidadania!
DAMHA NEWS
Fotos: Filippe Araujo
Mostra Aracaju recebe Lounge Damha
Peça assinada pelo designer Marcelo Rosenbaum – a Cadeira Painho
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Ambiente reflete conceito que a Damha traz para seus empreendimentos
Damha Urbanizadora esteve presente na 9ª edição da Mostra Aracaju, maior evento de arquitetura, decoração e paisagismo de Sergipe. Na ocasião, a empresa patrocinou a dupla de arquitetos Ítalo Leal e Rômulo Gomes, que criaram o Lounge Damha, espaço que serviu de inspiração para os ambientes que irão compor as casas do primeiro empreendimento da Urbanizadora no estado, localizado na paradisíaca Barra de Coqueiros. Segundo os arquitetos, o ambiente apresentado refletia o conceito que a Damha traz aos seus empreendimentos. Rômulo Gomes explica que “a ideia foi criar um espaço de convívio no lounge, onde o cliente se projete e possa ver como será morar nas margens da praia e, por isso, a temática praiana foi valorizada na decoração”. “Para a Damha Urbanizadora, estimular o trabalho dos profissionais de arquitetura e design reflete o que nós acreditamos em termos de valorização da cultura de cada
Os arquitetos Rômulo Gomes e Ítalo Leal
região do País e da necessidade de projetos com alta qualidade construtiva, focados em sustentabilidade e compromisso com o meio ambiente e bem-estar”, explica Fernanda Toledo, gerente de Marketing e Relacionamento com Clientes da companhia. Aliado ao conceito de bem viver, o mobiliário da Tidelli traz o traço dos designers brasileiros Marcelo Rosenbaum – que assina a Cadeira Painho, um dos destaques do Lounge – e Manuel Bandeira – que assina a cadeira Pão de Açúcar, em destaque com corda em tons degradê. Além do ar tipicamente brasileiro, outros elementos também contemplaram esse ar caiçara, como as estampas de ladrilho e a madeira. Resgatando as nossas raízes coloniais, o Lounge Damha contou ainda com um Café Português, que serviu o que há de melhor dentre os doces e salgados lusitanos, tornando o espaço ainda mais convidativo, servindo de ponto de encontro para uma boa conversa no fim de tarde.
Espaço Damha na Casa Cor Brasília Foto: Edgard Cesar
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Espaço Damha participará pela segunda vez da mostra Casa Cor Brasília. A edição 2014 acontecerá entre os dias 1º de outubro e 18 de novembro. O espaço da Damha no local será composto pela Casa Sob Medida (uma casa de 214 m², edificada no ano passado pela Urbanizadora para apresentar ao público de Brasília o que é possível construir em uma área de 390 m²), que este ano será decorada por arquitetos renomados da capital federal. Além desta casa dos sonhos, o Espaço Damha terá um ambiente institucional de apresentação do produto Damha na região.
Casa Sob Medida, presente na Casa Cor Brasília
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Passeio Ciclístico em São Carlos
Um dia lindo marcou o I Passeio Ciclístico Estação Damha Mall
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o dia 3 de agosto, a Damha Urbanizadora promoveu em São Carlos (SP) um passeio ciclístico com dezenas de famílias, moradores de seus residenciais e amantes do esporte. O evento foi um sucesso e contou com 500 participantes inscritos, além de outros que apenas quiseram acom-
panhar o passeio. Com início a partir do Damha Mall, o circuito total foi de 8 km, passando por seis dos oito empreendimentos da Urbanizadora na cidade. As inscrições foram gratuitas e cada participante levou um quilo de alimento não perecível; os alimentos arrecadados foram doados à Pastoral da Criança.
Lançamento: Village Damha Assis (SP)
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Empreendimento conta com 431 lotes e área total superior a 340 mil m²
Damha Urbanizadora promoveu, no dia 8 de agosto, a abertura de vendas de seu primeiro empreendimento em Assis, interior de São Paulo. Com investimento de R$ 25 milhões, o município é o terceiro no estado este ano a receber um condomínio da Damha. Com 431 lotes e área total superior a 340 mil m², o Village Damha Assis oferece itens de lazer e prédios de uso comum que estimulam o
convívio entre os condôminos: o empreendimento está equipado com quadras de tênis e poliesportiva, campo de futebol em grama para crianças e adultos, academia de ginástica totalmente equipada, playground e piscinas adulto e infantil com deck molhado. As áreas verdes e de lazer ocupam um espaço de aproximadamente 81 mil m², sendo o restante destinado aos lotes, que possuem dimensões entre 266 m² e 480 m².
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Fotos: Tati Zanichelli
DAMHA NEWS
DAMHA NEWS
Evento para mulheres no Estação Damha Mall
Andréia, Tiago, Pietro e Luigi
Rodrigo e Gabriela
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Fotos: Tati Zanichelli
Damha Urbanizadora promoveu uma tarde especial para mulheres e suas famílias no sábado, dia 26 de julho, na Estação Damha Mall, em São Carlos (SP). Além de um ensaio gratuito de fotos profissionais, o evento ainda ofereceu produção (cabelo e maquiagem) e sessão de massagem e reflexologia. Apesar do frio, dezenas de famílias prestigiaram o evento e curtiram as atrações e as lojas do Damha Mall.
Maria e Isabelli
Dia especial com massagens, cabelo e maquiagem para as convidadas 109 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
DAMHA NEWS
Projeto Sementes do Bem em Birigui
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Associação Bairro Sustentável (ABS) comemora a formação de mais uma grande parceria junto ao primeiro setor. Denominado Sementes do Bem, o projeto que agora conta com apoio da ABS foi elaborado e executado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentado de Birigui (SP). A proposta é qualificar 30 adolescentes para inclusão no mercado de trabalho e geração de renda, através do Curso de Qualificação de Jovens Viveiristas, Paisagismo e Artesanato Ecológico.
Trabalho premiado
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Damha Urbanizadora, reconhecida por levar a responsabilidade social em seu DNA, conquistou dois novos prêmios pelas ações da Associação Bairro Sustentável (ABS). O trabalho da ABS garantiu a inclusão da empresa na edição de 2014 do Ranking Benchmarking, um dos mais respeitados selos de sustentabilidade do país, além do Prêmio CIC Brasil 2014, na categoria “Melhor Contribuição em Responsabilidade Social”. O Programa Benchmarking reúne a massa crítica da sustentabilidade mundial, representada por empresas, gestores e uma comissão técnica de 15 especialistas de diferentes países que avalia os projetos sem acesso ao nome da organização. O júri avaliou como case apresentado pela Damha a “Valoração da Cultura”, projeto realizado em Barra dos Coqueiros, na região metropolitana de Aracaju (SE).
Fernanda Toledo, gerente de Relacionamento e Marketing da Damha Urbanizadora, recebendo o prêmio do Ranking Benchmarking 2014
“Barra dos Coqueiros possui uma diversidade cultural enorme, é preciso fomentá-la para que ela continue rica”, destaca Ricardo Benitez, Coordenador de Projetos da ABS. Foi justamente esse impacto positivo da empresa nas comunidades vizinhas de seus empreendimentos que levou a Damha a também ganhar o Prêmio CIC Brasil 2014. A premiação é a versão brasileira do Prêmio LATAM, que reconhece as melhores práticas das empresas latino-americanas no relacionamento com o cliente. A comissão técnica avaliou os projetos da ABS a partir de requisitos como compromisso social, trabalho altruísta nas áreas de cultura, educação, saúde, meio ambiente, marketing responsável, entre outros. Mais dois grandes reconhecimentos pelas ações da ABS, um trabalho capaz de transformar vidas.
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Fotos: Arquivo Damha
Rodrigo Kai, Marta Soares, Ricardo Benitez, Vanessa Peterka, Fernanda Toledo e Marcelo Martins, após a premiação do CIC Brasil 2014
DAMHA NEWS
Feira da Lua em Presidente Prudente (SP)
Comercialização de produtos de alta qualidade
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Associação Bairro Sustentável (ABS), em parceria com a Prefeitura de Presidente Prudente e com produtores agrícolas do município, realizou na cidade a 1º Feira da Lua, evento em apoio à agricultura familiar. A primeira edição do evento foi realizada em datas e
Feira da Lua em Presidente Prudente
locais diferentes: no dia 30 de julho, os agricultores expuseram seus produtos no Jardim Alto da Boa Vista, enquanto no dia 7 de agosto o local escolhido foi o Jardim Jequitibas. Além de fortalecer a agricultura familiar, a iniciativa também tem o objetivo de suprir a demanda dos bairros. A expectativa é de que a Feira da Lua ocorra quinzenalmente.
ABS continua em Araraquara
Fotos: Arquivo Damha
Canteiro da horta já em iniciação para a próxima colheita
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m projeto iniciado em 2013 pela Associação Bairro Sustentável (ABS) com os alunos da EMEF Professor Luiz Roberto Salinas Fortes, em Araraquara (SP), continua a todo vapor. A Associação contribuiu com a criação de uma horta na escola, com o objetivo de estimular a integração dos alunos através do cultivo de alimentos orgânicos. Após sua implantação, o projeto contou com um
A professora Telma Fernandes Jardim, com um dos alunos
importante reforço: o agrônomo José Luis, pai de um dos estudantes da escola, que ensinou os professores a preparar e adubar a terra, além de transmitir algumas técnicas de cultivo. Para a professora Telma Fernandes Jardim, responsável pela coordenação do projeto na escola, a ação conquistou os estudantes: “Os alunos não querem sair da horta, é um esforço recompensado”.
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DAMHA NEWS
Damha apresentará novos greens na Taça Gocil Texto: Henrique Fruet
Damha Golf Club, de São Carlos (SP), está em plenos preparativos para a Taça Gocil de Golfe – Aberto Damha Golf Club, que acontece de 11 a 13 de setembro. Os jogadores encontrarão novos greens do campo – áreas de grama mais curta, onde fica o buraco de cada um dos 18 trajetos (também chamados de “buracos”) que compõem o campo. A grama dos greens dos buracos 3, 5, 10, 11, 12, 13, 14, 16 e 17, ou seja, de metade do campo, foi trocada recentemente. Originalmente eram de grama Bermuda Tifton 328 e foram alteradas para a Tifton Dwarf. A diferença é que essa variedade cresce menos, permite cortes mais baixos e suas folhas são mais juntas. O resultado são greens muito mais velozes e homogêneos. A intenção do Damha Golf Club é trocar a grama dos buracos 4 e 6 ainda este ano, após o Aberto, e concluir no ano que vem a troca da grama de todos os 18 greens do campo.
“Identificamos, há alguns anos, que a Dwarf seria bem melhor para nosso campo, e desde então estamos fazendo as mudanças gradativamente, pois não queremos fechar todos os greens para reforma de uma vez só. Os jogadores estão gostando muito da novidade”, diz Carlos Gonzalez, presidente do Damha Golf Club. “Nesse período de transição, temos mantido a velocidade dos novos greens muito semelhante à dos antigos por causa do corte que temos adotado, para que os jogadores não sintam muita diferença entre um green e outro”, diz o greenkeeper do Damha, Benedito Sérgio Negrini. Conhecida como a maior festa do golfe nacional, a Taça Gocil – Aberto Damha Golf Club promete muitas surpresas em sua oitava edição. Tradicionalmente, o evento surpreende seus participantes com atrações musicais variadas e com uma receptividade sem igual, além de brindes muito sofisticados.
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Foto: Divulgação
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Greens muito mais velozes e homogêneos para a Taça Gocil
DAMHA NEWS
Juvenis do São Fernando visitam o Damha Golf Club
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Fotos: Divulgação
uvenis do São Fernando Golf Club, de Cotia (SP), fizeram, na metade de julho, um treinamento especial no Damha Golf Club junto com jovens golfistas de São Carlos (SP). Tanto o São Fernando quanto o Damha estão entre os melhores campos de golfe do Brasil e são reconhecidos como alguns dos principais centros de desenvolvimento de jovens talentos do País. Os seguintes juvenis do Damha participaram do treinamento em conjunto: Marcos Negrini, Gustavo Renan de Aguiar, Igor Pereira da Cruz, Wilker Souza, Paulo Jesus Souza, Allan Freire e Mailson das Neves Santos. O treinador da equipe juvenil do Damha e coordenador da Academia de Golfe Dr. Anwar Damha é o profissional Ricardo Salinas. O São Fernando foi em peso para São Carlos, com 23 juvenis coordenados por Marcio Sadao, entre eles: Lucas Oliveira, Pietro e Grazia Alvim, Carol Pereira, Victor, Daniel, Max e Eric Huang, Julia Ishii e Giovanna Nakatani. Todos participaram de uma competição no campo de 18 buracos, no Damha Executive Course e no putting green. Alguns dos melhores juvenis do estado estiveram presentes, como é o caso de Oliveira, do São Fernando, e de Negrini, do Damha, respectivamente líder e vice-líder do ranking paulista juvenil por categoria.
“Ficamos muito felizes de receber jovens do São Fernando, um dos mais respeitados clubes do País”, diz Carlos Gonzalez, presidente do Damha Golf Club. “O Damha tem uma infraestrutura muito boa para treino e um campo em excelentes condições”, elogiou Sadao. A intenção é repetir a visita mais uma vez este ano. “O intercâmbio entre jogadores juvenis é muito importante”, diz Salinas.
Juvenis do São Fernando e do Damha Golf Club: intercâmbio entre jogadores 113 | Estilo Damha - Setembro | Outubro 2014
DAMHA NEWS
Concurso
“PROFISSÃO: FOTÓGRAFO”
Amanda Marques Viagem: Roma/Itália
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s leitores da Estilo Damha participaram em peso desta edição do Concurso Fotográfico: foram mais de 80 fotos, com imagens de lugares incríveis e belas recordações para o resto da vida. Na próxima edição, o tema será “Minha cidade, minha paixão”. Fotografe seu lugar preferido na cidade onde mora e mande para a gente no e-mail: estilodamha@ estilodamha.com.br. E não se esqueça: é imprescindível identificar o local e a cidade da foto. Bom trabalho!
Irany Lattaro e Danilo Lattaro, de Campinas (SP) Viagem: Julia Pfeiffer Burns State Park, CA/EUA
Felipe Dib, do Mato Grosso do Sul Viagem: PhiPhi Islands/Tailândia
João Carlos Rocha Laguna, de S. J. do Rio Preto (SP) Viagem: Los Horcones, Aconcágua/Argentina
Juliana Aureo Ferreira Viagem: Berlin/Alemanha
Murilo Mascarenhas, de Feira de Santana (BA) Viagem: Buenos Aires/Argentina
Selma Botelho, de São Carlos (SP) Viagem: Grand Canyon, Arizona/EUA
Livia e Thiago Duarte, de Aracaju (SE) Viagem: Veneza/Itália
O Concurso Fotográfi co “PROFISSÃO: FOTÓGRAFO”, desenvolvido pela Revista Estilo Damha, tem como objetivo incentivar a arte da fotografi a e interação dos moradores dos residenciais Damha com a revista. Ao enviar sua foto, o leitor concorda que: Artigo 1º: Todas as fotos enviadas são automaticamente autorizadas nas publicações da Damha Urbanizadora. Artigo 2º: A partir do envio da foto, menores de 18 anos, estão automaticamente autorizados a terem sua imagem veiculada pelos seus responsáveis que as enviaram. Artigo 3º: Fica ainda autorizada, de livre e espontânea vontade, a cessão de direitos da veiculação das imagens não recebendo qualquer tipo de remuneração. Artigo 4º: Serão selecionadas as 6 melhores fotos, de acordo o corpo de jurados de editores da Revista Estilo Damha e que estejam de acordo com o tema divulgado.
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DAMHA NEWS
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