REVISTA SANTÍSSIMA EDIÇÃO JUNHO 2020

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HORÁRIOS DE MISSAS MISSAS DOMINICAIS: Sábado: 18h30 - Missa pelas famílias Domingo: 07h - Missa 08h30 - Missa pelas crianças 09h - Missa celebrada na Capela do Cemitério da Vila Euclides 10h30 - Missa pelos jovens (transmitida ao vivo pela Santíssima TV - Youtube) 17h - Missa com interpretação de Libras (no 1º domingo em Ação de Graças pelos Adoradores) 18h30 - Missa pelas famílias

SEGUNDA A SEXTA-FEIRA: 12h - Missa pelos trabalhadores (30 minutos) 19h30 - Missa diária (na 1ª sexta-feira do mês, missa dedicada ao Sagrado Coração de Jesus) TODA QUARTA-FEIRA: 19h30 - Missa pelas vocações (na última quarta-feira do mês, pela saúde) TODA QUINTA-FEIRA: 19h30 - Missa por cura e libertação (transmitida ao vivo pela Santíssima TV - Youtube)

1º e 4º SÁBADO: 8h - Missa pelas famílias assistidas pela Pastoral da Caridade (Franciscanos) TODO DIA 8 DE CADA MÊS (EM DIAS DE SEMANA): 08h30, 12h e 19h30 - Missa em louvor à Nossa Senhora FUNCIONAMENTO DA IGREJA Adoração ao Santíssimo Sacramento Todos os dias: das 06h à 00h

Av. Índico, 583, Jardim do Mar - SBC/SP Fone: (11) 4330-4289 e-mails: ssvirgem@gmail.com / santissima@diocesesa.org.br Atendimento: Segunda a Sexta 08h às 12h e das 14h às 18h Sábado 08h30 às 11h e das 14h às 17h Redes Sociais: Facebook, Instagram e Youtube: paroquiasantissimavirgem Twitter: ssmavirgem

Secretaria:

EXPEDIENTE: Publicação Mensal da Paróquia Santíssima Virgem – DIREÇÃO: Padre Renato Souto. COORDENAÇÃO: Udemia L. S. Carvalho. JORNALISTA RESPONSÁVEL: José Neves S. Filho (MTB 54.336). CONSELHO EDITORIAL: Núcleo Revista - Pascom Santíssima. EDIÇÃO: Tom Lima. REVISÃO: Marta Guimarães. PROJETO GRÁFICO: DMS Editora Comunicação Integrada. DIAGRAMAÇÃO: Rodrigo Caserta e Lisley Oliveira. FOTOS: Pascom Santíssima. CAPTAÇÃO DE RECURSOS: Sônia Maria Catalani. TIRAGEM: 5.000 exemplares.

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Paróquia Nossa Senhora de Fátima


ORIENTAÇÕES PARA FUTURA REABERTURA DA IGREJA Tivemos a oportunidade de aprender a discernir o que é essencial em nossas vidas Por Tom Lima - Secretário pastoral

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uito em breve a nossa paróquia estará de portas e braços abertos para receber os seus paroquianos nas missas presenciais. Neste artigo, queremos levar ao conhecimento de todos as normas que serão levadas em consideração para a reabertura. A reabertura, neste primeiro momento, não é uma volta à normalidade anterior à pandemia. Então, se você estava acostumado a participar de várias missas durante a semana, não faça isso, por enquanto. Participe de uma missa só, por semana e deixe espaço para as outras pessoas também participarem, até a paróquia avaliar melhor como vai ocorrendo o processo de volta às missas presenciais. Atenção, somente a Igreja Cristo Rei (o templo da Av. Índico) estará aberta, por seu espaço amplo e pela estrutura das transmissões on-line. Como veremos a seguir, no quadro de horários, teremos 16 missas presenciais por semana e ainda mais duas, só online na segunda-feira. Então haverá muitos horários para que todos que queiram, possam participar das missas presenciais, sem gerar aglomerações. Além disso todas as missas continuarão sendo transmitidas pelo nosso canal no Youtube: Santíssima TV, então, todos podem e devem continuar participando diariamente, mas, de forma online. O mais importante, nesse momento, é continuar a escutar a Palavra de Deus, e assim, alimentar a nossa fé.

Normas para participar das missas presenciais Antes de mais nada, o uso de máscaras é obrigatório para todos. Haverá também um controle de temperatura das pessoas, sem contato pessoal. Haverá também locais com equipamentos de proteção e de higienização para o povo, com dispensadores de álcool em gel. Recomenda-se que todos tragam seu próprio álcool em gel, para que possa se higienizar quando julgar necessário. As missas terão um rito simplificado, sem procissões e com os comentários indispensáveis, para que sua duração fique em torno de 45 minutos. Também não haverá folhetos litúrgicos. Para a comunhão, não haverá a fila da comunhão. O povo permanecerá nos seus lugares e os ministros levarão a comunhão, que será entregue nas mãos apenas. Recomenda-se que as pessoas higienizem as mãos com seu próprio álcool em gel, momentos antes de receber a hóstia santa. Neste tempo, o acesso ao presbitério (onde está o altar) será isolado, sem acesso aos fiéis, somente a quem serve (liturgia, ministros e padres). Também não haverá benção de objetos e imagens, tampouco as bênçãos com aspersão de água benta. Ao final de cada missa, a igreja deveráParóquia permanecer vazia Nossa

para limpeza e higienização de todo o ambiente, isto será feito por uma equipe de funcionários e voluntários. Durante este tempo, somente esta equipe permanecerá executando a limpeza do ambiente. Embora todas as portas permanecerão abertas para circulação do ar, nem todas terão acesso de pessoas. Será organizado e perfeitamente identificado algumas portas de Entrada e outras portas de Saída. O objetivo é não ter circulação de pessoas dentro da igreja, durante as missas. Na entrada e na saída, terá um fluxo de mão única, e as pessoas poderão, calmamente, entrar ou sair, mantendo as distancias de segurança entre elas. Todo o ambiente interno da igreja será rearranjado. Os bancos ocuparão o máximo possível de espaço, para atender o máximo possível de pessoas, dentro das normas de distanciamento, previstas pela Diocese. Também estarão sinalizados os lugares que podem ser ocupados pelo povo. A única exceção são as famílias que vierem juntas, estas poderão ficar juntas no mesmo banco, devendo informar ao pessoal da Acolhida, na entrada. Se houver crianças no ambiente, os pais serão orientados a garantir que o seu filho permaneça no seu lugar. Devem trazer suas garrafas de água e evitar, ao máximo, o uso dos banheiros da paróquia. Não haverá a coleta tradicional (com as sacolinhas) das ofertas. Serão instalados “cofres” nas saídas, para que os paroquianos possam colocar suas ofertas ou seu Dízimo, sem que haja contato com os envelopes e os valores oferecidos. Estes valores serão recolhidos posteriormente pelo pessoal da Pastoral do Dízimo, observando-se todas as normas de higiene e segurança. A Pastoral da Acolhida cumprirá papel fundamental neste tempo. As equipes serão reforçadas por pessoas de outras pastorais, pois precisará atuar também durante toda a semana. Eles vão orientar as pessoas até os seus lugares para que ocorra o distanciamento necessário, respeitando as normas de segurança. Pedimos a todos que respeitem e recebam com carinho as orientações da Pastoral da Acolhida. Lembremo-nos que são voluntários, pessoas que estão ali para servir e cumprindo as determinações do Conselho Paroquial e do Pároco. Estes cuidados valem também para a marcação de intenções. Não haverá filas para marcar. As pessoas devem manter a marcação on-line, como estamos fazendo nestes dias. Somente serão lidas no altar, pelos padres, as intenções até o sétimo dia, 1 mês e 1 ano de falecimento, além dos aniversários. As demais intenções devem ser colocadas nos comentários da transmissão ou trazidas escritas em papel, desde suas casas e colocadas no local indicado na igreja. Momentos antes do início das missas, essas intenções serão levadas ao altar. Todas as intenções; as lidas no altar, as colocadas nos comentários da transmissão ou as levadas escritas serão dirigidas a Deus durante as missas. O atendimento da Secretaria Paroquial continuará somente pelo telefone e WhatsApp 11 98981-5638. Caso seja necessário atendimento presencial, este poderá ser feito, desde que haja um agendamento com a secretaria, para não haver várias pessoas esperando atendimento. Como paróquia, cuja maior característica é ser acolhedora, devemos ter em mente que as pessoas voltarão mais sensíveis, muitas machucadas pelas tragédias da pandemia, outras com muita vontade de participar presencialmente de novo. Todos nós, pastorais, agentes e paroquianos, tivemos a oportunidade de aprender a discernir melhor o que é essencial e o que é supérfluo em nossas vidas. Portanto, temos que ser cautelosos na maneira de acolher e ser acolhido. Deixar de lado o “eu” e pensar na comunidade, que, aos poucos, volta a se reunir, e num futuro próximo, estaremos na normalidade de nossas atividades, com a graça de Deus.

Senhora de Fátima

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PASTORAL

PASTORAL DA SOBRIEDADE GRUPO RAZÃO DE VIVER Ação concreta no auxílio dos dependentes químicos e seus familiares Por Rebeca Lima - Jornalista

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entrevista foi realizada com a Neli Maria Celegato Cortello e José Cortello Filho, casal coordenador da pastoral que nos conta sua história. O casal veio de São Paulo para São Bernardo do Campo em março de 1976 para o Jardim Hollywood. Passaram a frequentar as missas da Comunidade Imaculada Conceição, que na época ainda estava em construção e era administrada pelo Frei Sebastião Benito Quaglio. Assim acabaram conhecendo a Paróquia Santíssima Virgem onde o frei era pároco. Em outubro de 1992, Cortello foi instituído Ministro Extraordinário da Comunhão e nesta mesma época um novo responsável assumiu a Capela Imaculada Conceição. “O Frei Sebastião nos convidou para exercer o ministério na paróquia para onde fomos em 1996. Em 2000, a Neli também foi instituída ministra”, nos conta Cortello. Quando chegaram à paróquia, por recomendação do Frei, que queria que houvesse casais acompanhando os jovens da comunidade, eles se aproximaram da CJC Comunidade de Jovens com Cristo, por causa das filhas

e da orientação do Frei. “Participávamos dos terços nas casas dos jovens, junto com os pais e demais familiares. Éramos uma espécie de conselheiros e pais adotivos”, diz Cortello. Cortello conta que, em uma dessas reuniões, um jovem procurou Neli e relatou que estava fazendo uso de droga e precisava de ajuda. “A mãe de Neli havia falecido em decorrência de um acidente de carro, cujo motorista estava alcoolizado. Juntando a necessidade desse jovem e a dor decorrente da perda da mãe, Neli tomou a inciativa de, junto com um grupo de pessoas, bancar a internação do jovem em uma comunidade terapêutica, buscando a sua recuperação.” Foi a partir desse evento que o desejo - de realizar uma ação mais concreta em auxílio daqueles que estivessem acometidos pela doença da dependência química - se solidificou. Cortello e Neli reuniram alguns voluntários, também interessados no assunto e, após 6 meses de preparação, em outubro de 1997, com as bênçãos do Frei Sebastião, abriu-se as portas de um grupo de apoio, batizado de “Razão de Viver”. “Estamos em atividade ininterrupta há 23 anos. O padre Renato tem apoiado, de uma forma significativa e gratificante, nos incentivando a não esmorecer nesse trabalho. Hoje, a equipe é composta de seis voluntários”, informa Cortello. Se você conhece alguém nesta situação, dependente ou familiar, converse e se puder, traga-o ao grupo que atende todas as sextas-feiras, a partir das 19h. É só vir, procurá-los e participar. Ambos, Neli e Cortello, nos contam que a paróquia é, com certeza, a extensão de sua casa. “Além de nos propiciar a oportunidade de ajudar o próximo, nos permitiu conhecer um grande de número de pessoas, alguns mais próximos pela afinidade dos ministérios, outros não tão próximos no dia a dia, mas, que estão guardados em nossos corações. Não saberíamos viver sem a Paróquia Santíssima Virgem.” Você também pode ter a sua história contada aqui, na celebração dos 60 anos de fundação de nossa paróquia, nosso Jubileu de Diamante, que será comemorado em 8 de dezembro deste ano.

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IGREJA NO MUNDO

REINVENTANDO A CULTURA, MAS E A QUERMESSE? E cadê as Festas Juninas? Por Marcelo Artioli - Administrador

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ão esperado por todos, o mês de junho chegou! E cadê as Festas Juninas? Em tempos de distanciamento social, enquanto estamos passando por várias mudanças significativas, temos mais esse desafio de criatividade para inovar. Assim como em quase todas as áreas da sociedade, estamos descobrindo novidades e, em muitos casos, novidades boas. Vejamos abaixo alguns exemplos atuais: a) Nossas missas sendo transmitidas pela Internet, pelo canal YouTube Santíssima TV e redes sociais. Quantas pessoas conseguiram ouvir a palavra através destes canais e quão boa foi esta alternativa. b) Artistas promovendo “lives”, uma forma de não parar e de proporcionar diversão ao público; c) Várias TVs pagas liberando o acesso a filmes e séries, com o intuito de proporcionar entretenimento; d) Profissionais de todas as áreas ministrando cursos, gratuitos ou não, transmitindo conhecimento; dentre outros. Tudo o que foi dito acima não foi uma invenção do momento, todos estes canais já existiam, mas de outras formas, com outros intuitos e tiveram que ser reinventados neste momento, com uma melhora significativa, com uma aceitação jamais vista, e isto é muito bom. Para nós, como Igreja viva, não deixamos também nossas festivi-

dades passarem em branco. Além das comemorações festivas, a celebração de nossos Santos está sendo lembrada nas transmissões das nossas missas. No último ano, nos finais de semana de Festa Junina, fizemos várias “lives” pela rede social, quando nem imaginávamos o quanto elas seriam praticadas neste ano de 2020 nos mais variados segmentos. Agora buscamos formas de reinventar nossa Festa Junina, nossa quermesse, nosso tão esperado encontro anual. Hora de comer o tão delicioso churrasco com vinagrete, saborear os doces, jogar bingo entre tantas outras barracas, mas como? Quem sabe, em breve, já teremos novidades sobre como reinventar e como fazer nossa tão querida Quermesse. Se não houver jeito, teremos que realizá-la fora do tempo, sem festa não ficaremos! Por enquanto, vamos agradecer ao Senhor por tudo, pedir a Ele sua misericórdia infinita e que em Seu tempo ele nos liberte de tudo isso e que logo possamos estar todos juntos novamente.

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TOTUS TUUS MARIE

O DOGMA DA VIRGINDADE PERPÉTUA DE MARIA

A Virgem concebeu, a Virgem ficou grávida, a Virgem deu à luz, a Virgem é virgem perpétua Por Tom Lima - Cristão leigo, mariano

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omo vimos nas edições anteriores, a Igreja reconhece quatro dogmas (verdades de fé sobre as quais não se discute): 1º Maria, Mãe de Deus; 2º Virgindade Perpétua de Maria; 3º A Imaculada Conceição de Maria e; 4º Maria elevada por Deus ao céu em corpo e alma (Assunção). Nunca é demais dizer que os dogmas são marianos, mas trazem em sua essência a fé em Jesus Cristo. Os dogmas são fundamentais para nossa Igreja, pois definem, em última instância, em que acreditamos, pelo entendimento da Igreja, guiada pelo Espírito Santo. Já nos aprofundamos no 1º dogma de Maria, Mãe de Deus, também chamado de Maternidade Divina, na edição de maio. Agora vamos conhecer um pouco mais do 2º dogma da Virgindade Perpétua de Maria, também chamado de Maria Sempre Virgem. Como vimos, a Maternidade Divina foi proclamada em 431 com o Concílio de Éfeso, a Imaculada Conceição em 1854 com a Bula de Pio IX, Ineffabilis Deus, e a Assunção com a Encíclica de Pio XII, Munifi-

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centissimus Deus em 1950. Quanto à proclamação do 2º dogma da Virgindade Perpétua de Maria havia divergências. Já no segundo Concílio de Constantinopla (553), já se chamava Nossa Senhora pelo epíteto de “Mãe de Deus e sempre virgem”, mas coube ao Papa São Martinho I esclarecer totalmente a questão no Concílio de Latrão de 649, onde proclamou que Maria é Sempre Virgem. Virgem é, literalmente, a integridade física dos órgãos reprodutivos. É verdade da fé católica que Nossa Senhora ficou perfeitamente sempre virgem, antes do parto, no parto e depois do parto. Nas antigas liturgias é frequente o título de Maria Sempre Virgem. A Sagrada Escritura chega a ser enfática: “Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho que seria chamado “Emanuel” que significa “Deus conosco” (Is 7:14). O texto é certamente messiânico e, portanto, a Virgem é Maria, tanto que no Evangelho cita-se exatamente esta profecia (Mt 1, 18-23) e se conta com exatas palavras o nascimento virginal de Jesus, por obra do Espírito Santo. A Igreja vê a virgindade de Maria depois do parto: “Este pórtico ficará fechado. Ninguém o abrirá, ninguém aí passará, porque o Senhor, Deus de Israel, aí passou; ele permanecerá fechado” (Ez 44,2). Nos escritos bíblicos, a Igreja afirma que Maria foi virgem antes (Lc 1,34-37), durante (Mt 1,20-23) e depois do nascimento de Jesus (Is 66,7). Toda a Tradição da Igreja é concorde em defender a virgindade perpétua de Maria. Santo Agostinho afirma: “A Virgem concebeu, a Virgem ficou grávida, a Virgem deu à luz, a Virgem é virgem perpétua”. A razão teológica deste dogma é clara e tão simples. A razão está na divindade do Verbo, Jesus Cristo, nascido do seio virginal de Maria, sem conhecer qualquer corrupção humana.

https://salveroma.com/2020/03/15/o-concilio-que-definiu-o-dogma-da-perpetua-

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-virgindade-de-maria/ Homilias dos padres na Paróquia Santíssima Virgem


TEMPO DE NAMORO

Nos sorrisos ou nos olhares que se cruzam Por Ducarmo Paes - Escritora

O LAZER E A PRESERVAÇÃO DA SAÚDE FÍSICA E MENTAL Caminhar, ler, música, encontro familiar, bater papo...

Por Kátia Aviles - Analista Pleno

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i, psiu... Estou aqui... Olha para mim... Nos chamamentos silenciosos ou barulhentos, nos sorrisos ou nos olhares, ou outras situações adversas, olhares se cruzam marcando a presença de duas pessoas que passarão a caminhar juntas. Jovens, menos jovens ou mais maduros, homens e mulheres sentem a necessidade de amenizar a solidão e consolidar uma união. Esses encontros, conversas ou passeios, permitem que os interessados se conheçam e comecem a tecer um grande quebra-cabeça, onde as peças de valores, gostos e preferências vão se encaixando. Um namoro agraciado pelo Espírito de Deus, leva as escolhas que favorecem uma vida de retidão e felicidade conjugal. Nesse caminhar de namoro e noivado, de sonhos e promessas é que se consolida o alicerce para a formação de uma nova família, uma família cristã. O namoro não termina no casamento, pois os casais enamorados produzem o combustível que aquece e conserva o relacionamento: o amor. O amor é um presente valioso que recebemos de Deus e que nos dá o equilíbrio para um relacionamento duradouro e que contemple o aniversário de várias bodas. Ao olhar para o início da estrada, lá onde começou a caminhada, relembramos do psiu que nos fez escolher quem nos acompanharia na colocação das peças, para compor o grande quadro de nossa vida. E quando encontramos a peça que finaliza o quadro de nosso quebra-cabeça, é hora de emoldurá-lo e colocar em lugar visível, onde todos possam ver, pois o amor não vive às escondidas, ele tem brilho próprio e ilumina quem dele experimenta. Psiu... olha sua pecinha aí... Obrigada meu Deus!

HOJE EM DIA LEVAMOS UMA VIDA tão corrida com tantos afazeres diários, que acabamos não nos dando conta, nem percebemos que estamos muitas vezes cansados ou sobrecarregados, e que nossa mente pede um descanso. É neste momento que vemos a importância de ter algum momento de lazer para descansar corpo e mente. O lazer está ligado diretamente ao bem-estar, à autoestima e á saúde, contribuindo para uma melhor qualidade de vida. Podemos citar algumas formas de lazer que trazem benefícios para a saúde física e mental: Caminhar, ler um bom livro, escutar uma música que o deixe feliz, uma reunião com a família num bom almoço de domingo ou mesmo um bate papo com os amigos. Todas estas simples atividades nos afetam de forma positiva. Quando citamos bem-estar, estamos falando de bem-estar físico, mental, social e espiritual, por isso é importante dedicar atividades a cada um desses aspectos, para viver bem. E, por fim, tem a nossa fé. Não podemos dizer que também é uma forma lazer, mas é uma atividade intensa e complexa, que pode nos levar ao verdadeiro bem-estar: O sentido de vida, a Paz. Ao nos alimentarmos da Palavra de Deus, participar da Santa Missa, trabalhar nas pastorais, participar nos grupos de oração, tudo isso nos traz conforto e bem-estar de estar fazendo o que Deus espera de nós: amar como Ele nos amou. A própria Palavra de Deus pode nos ajudar a entender a importância do descanso: “Tendo Deus terminado no sétimo dia a obra que tinha feito, descansou do seu trabalho” (Gen 2,2). Será que Deus estava cansado? É provável que não. Mas Deus quis nos mostrar que o descanso é essencial para o ser humano. O lazer e o descanso devem fazer parte de nossas rotinas e ser desfrutado da melhor forma possível, ainda que na simplicidade, para que todos possam viver bem e ter uma vida digna.

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O CORPO DE CRISTO SUSTENTA A IGREJA A Igreja é um Corpo Vivo, que caminha e age na história Por Tom Lima - Cristão Leigo

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O Concílio Vaticano II indica a natureza da Igreja: Ela é o Corpo de Cristo. Jesus Cristo, o Filho de Deus, viveu entre nós por um tempo e, quando subiu ao céu, não nos deixou órfãos. Com o dom do Espírito Santo, nossa união com Ele tornou-se ainda mais intensa. O Concílio afirma que Jesus “comunicando o seu Espírito, constitui misticamente, como seu corpo, os seus irmãos, chamados de todos os povos” (Lumen Gentium, 7). Jesus teve um corpo físico, mas não é isso que a Bíblia fala quando diz que a Igreja é o Corpo de Cristo (1Cor 12:21; Ef 1:22,23; Col 1:24). O que se tem em vista não é o corpo físico de Jesus, mas o caráter indivisível e de plena união dos redimidos no Cristo Senhor. Sob esse aspecto, o corpo humano com seus membros é um paralelo descritivo apropriado da Igreja. Então, a expressão “Corpo de Cristo” indica que a Igreja existe em Cristo e pertence a Ele. Assim como a cabeça comanda o corpo, Jesus o faz com sua Igreja que deve funcionar em perfeita harmonia (1Cor 12:14-20). Isto pode ser visto sob vários aspectos. Primeiro aspecto: A imagem de corpo Esta imagem nos ajuda a entender a ligação Igreja-Cristo. Antes de tudo, o corpo é uma realidade viva. A Igreja não é uma associação assistencial, cultural, econômica ou política, mas é um corpo vivo, que caminha e age na história. E este corpo tem uma cabeça, que é Jesus, que o guia, nutre e sustenta. Não se pode separar a cabeça do restante do corpo. Assim é na Igreja: devemos permanecer ligados a Jesus. Cristo é a seiva vital que nos sustenta. Devemos permitir que Jesus opere em nós, que a Sua Palavra nos guie, que a Sua presença Eucarística nos alimente, nos anime, que o Seu amor dê força ao nosso “amar o próximo”.

unido a Jesus e ao resto do corpo da Igreja. Todos os membros são importantes. Assim como cada parte do corpo tem uma função importante, cada cristão tem uma missão na obra da Igreja (Rm 12, 4-5). Todos recebemos dons e talentos de Deus que devem ser postos a serviço dos irmãos. Somos chamados a ser membros vivos, ligados uns aos outros, por uma única força, o Amor que o Espírito Santo derrama nos nossos corações (Rm 5, 5). Quinto Aspecto: Jesus, presente no Corpo Eucarístico Aqui temos o pão e o vinho da Ceia do Senhor transformados no próprio Corpo e Sangue do Cristo. Toda a Igreja se reúne em torno da Eucaristia, deste o seu início, logo após o retorno de Jesus ao Pai na Ascensão. Todos fomos batizados na Trindade Santa, mas, ao receber a Eucaristia, renovamos este batismo cotidianamente. A fé na Eucaristia é mostrada nas escrituras. Deus celebrou a páscoa com os judeus, mas como o povo afastou-se do Senhor, Ele decidiu firmar uma nova e eterna aliança. Por isso, revestiu-se da natureza humana, plasmada no seio de Maria e fez uma aliança que ele jamais quebraria, tornando-a eterna. Desta vez, ele ofereceu o seu próprio corpo e sangue em nosso sacrifício. Para nós, manter essa aliança é comungar com ele, tomando a hóstia sagrada durante toda a nossa vida. Desde então, o Sacramento da Eucaristia sustenta a Igreja no mundo. O Corpo Eucarístico não é um símbolo, é Jesus vivo que se faz presença real, em todas as missas, tornando-se nosso alimento e fortaleza. Jesus tornou-se um de nós e, com a natureza humana, fez uma nova aliança com Deus que ele jamais quebraria, tornando-a eterno sustentáculo da sua Igreja e do seu povo.

Segundo Aspecto: O corpo físico de Cristo A afirmação de que Jesus Cristo veio em carne é uma doutrina fundamental da Fé Cristã. Além disso, a bíblia não deixa dúvida de que o corpo de Cristo era exatamente igual a qualquer outro corpo humano, exceto no pecado. João escreve que o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1:14). São Paulo nos ensina que a realidade do corpo humano de Cristo é algo essencial para a salvação (Hb 2:14), que só foi possível justamente porque o corpo de Cristo era de carne, ossos e sangue (Hb 10:20) e Ele se entregou por nós. Terceiro aspecto: A Unidade do Corpo Espiritual de Cristo São Paulo afirma que, como os membros do corpo humano, embora diferentes e numerosos formam um só corpo, assim todos fomos batizados mediante um só Espírito em um só corpo (1Cor 12, 12-13). Na Igreja, portanto, há uma variedade, uma diversidade de tarefas e de funções; não há a plena uniformidade, mas a riqueza dos dons que distribui o Espírito Santo. Há, porém, comunhão e unidade. Todos agem para formar um único corpo, vivamente ligado a Cristo. A unidade é superior aos conflitos. A unidade é uma graça que devemos pedir para nos libertar das divisões, nas comunidades, nas famílias e nos relacionamentos. A unidade vem de Jesus Cristo. Quarto Aspecto: Os membros do corpo de Cristo Cada pessoa batizada é um membro do Corpo de Cristo,

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Conclusão Eucaristia: O discípulo em busca do “mais” O tesouro descoberto por acaso e a pérola preciosa encontrada após uma longa busca indicam uma postura imprescindível para quem se faz discípulo do Reino: capacidade de abrir mão do que lhe parecia ser valioso - a riqueza acumulada - para ficar apenas com o que é fundamental e verdadeiramente necessário. Surge, então, uma questão implacável: vale a pena? A disposição para obter o “mais” choca-se muitas vezes com o que é “menos”. Neste sentido, o discípulo necessita de muita audácia para que o apego ao “menos” não o impeça de adquirir o que é “mais”. É a audácia do agricultor que encontrou o tesouro e do comerciante em busca de uma pérola preciosa. Eles venderam tudo quanto possuíam, e que haviam conseguido à custa de longos e penosos anos de trabalho e esforço, para adquirir apenas um bem. O primeiro comprou o campo onde se escondia o tesouro. O segundo comprou uma única pérola. Sabiam, porém, que aquele não era um campo qualquer, nem uma pérola como tantas outras. Ao dar-se conta do valor incomensurável do bem a ser adquirido e da chance que tinham diante de si, não hesitaram em se decidir. A “aquisição” do Reino exige do discípulo abrir mão de tantas coisas tidas como valiosas, mas que são um bem menor, se comparadas com ele. Afinal, o Reino é o próprio Deus desejoso de fazer-se senhor de cada pessoa e da história humana. Para nós, cristãos católicos, receber a Eucaristia, anos após ano, traduz-se como o mais belo tesouro de nossas vidas, pois, tornar-se templo do Espírito Santo nos levará ao encontro das moradas que Deus tem preparado para cada um de nós: a nossa Salvação eterna. Não há tesouro maior, nem neste, nem em nenhum outro mundo.

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A Eucaristia é o verdadeiro alimento, que nos sacia e nos dá a Paz de Deus. Nós sabemos perfeitamente do que se trata o Sacramento da Eucaristia. Trata-se de dar sentido a sermos Igreja como “Corpo de Cristo”. Receber o Corpo Eucarístico do Senhor tem como efeito gerar uma verdadeira comunhão de vida entre Jesus e o discípulo. Assim como comer e beber tornam o alimento e a bebida parte do organismo humano ao serem assimilados, o mesmo acontece, quando se participa da Eucaristia. Por meio dela, o discípulo entra na mais profunda comunhão com Jesus Ressuscitado, tornando-se uma só unidade com ele. Somente quem participa da comunidade cristã experimenta esta comunhão com o Senhor. O Corpo e Sangue do Cristo vem para ser alimento da nossa vida e da nossa história. A Eucaristia nos torna parte do Senhor. Não é Jesus que vem fazer parte de nós, nós é que passamos a fazer parte do Corpo de Cristo e da sua Igreja. Deus mandou seu próprio Filho para nos alimentar e salvar. Jesus é o pão vivo que desceu do céu, vindo do Pai, pela infinita bondade e amor do Pai que ama “desesperadamente” seus filhos e filhas, a ponto de enviar, para morrer por nós, seu filho unigênito. Por isso, podemos afirmar com tanta convicção que, no Sacramento Eucarístico, vivemos e formamos o Corpo Místico de Jesus Cristo, somos a sua Igreja viva, que pulsa no amor, na misericórdia e na esperança neste mundo conturbado em que vivemos. Como Igreja que é a representante de Jesus na terra e cumpre suas ordens, também nós, como seus membros seguimos como discípulos, o Cristo Senhor. Eis o mistério da nossa Fé. http://www.educris.com/v2/artigos/4342-papa-francisco-a-igreja-e-o-corpo-de-cristo https://noticias.cancaonova.com/especiais/pontificado/francisco/catequese-do-papa-igreja-corpo-de-cristo-19062013/ Homilias proferidas na Paróquia Santíssima Virgem, especialmente pelo Frei Sebastião e padre Renato Souto


14 DE JUNHO: DIA MUNDIAL DO DOADOR DE SANGUE Uma doação salva até quatro vidas

Por Elisabete Carvalho - Assistente Administrativa

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dia 14 de junho é dedicado mundialmente ao doador de sangue e aproveitaremos para intensificar ainda mais a necessidade da doação. Nossa entrevista foi com a Nelci Couto Vanderley, responsável pela captação de doadores na COLSAN Regional de São Bernardo, uma associação beneficente de coleta de sangue que atende mais de 100 hospitais com seus hemocomponentes, assim, além de disponibilizar plaquetas para as crianças do GRAAC, portadoras de câncer, serve também os hospitais do ABCD, do Litoral, do Vale do Ribeira e a Grande São Paulo, sempre mantendo uma parceria com o SUS. No Grande ABC são quatro postos de coleta, porém, devido a Pandemia, o atendimento foi concentrado no Hemocentro COLSAN, Rua Pedro Jacobucci, 440, em São Bernardo do Campo, no Hospital Mario Covas em Santo André e no Hemocentro de São Caetano do Sul, Rua Peri,

361, no antigo Pronto Socorro. Para a captação de doadores são realizadas campanhas de conscientização junto aos Institutos de Ensino, Escolas Técnicas de Aprendizagem como o SENAI e Instituições Religiosas (nossa paróquia é uma delas, através da Pastoral da Saúde, fazemos duas grandes ações por ano). Nelci diz que o objetivo quantitativo nem sempre é atingido, porém, os esforços são válidos, lembrando que durante os períodos de festas e feriados prolongados a demanda por sangue é muito maior, daí a necessidade de estar em constante campanha, porque sempre se tem vítimas de acidentes, cirurgias de grande porte, assim como transplantes de órgãos. Com essa pandemia a necessidade de doação aumentou e os doadores diminuíram consideravelmente. Uma doação salva até quatro vidas, pois seus elementos: hemácias, plaquetas, plasma e outros, são distribuídos a quem deles precisar. Uma vez doador, sempre doador, porque acaba se conscientizando de que este ato simples para o doador, é muito importante para quem vai receber a sua doação. Para ser doador é necessário: documento com foto; estar bem de saúde, ter no mínimo 16 anos e neste caso, estar acompanhado dos pais ou responsável legal; a faixa etária é de 16 a 69 anos, desde que já tenha doado ao menos uma vez até os 60 anos; pesar no mínimo 50 quilos; não estar em jejum, porém, evitar alimentos gordurosos nas 3 horas antes da doação. Você pode ajudar sendo um doador ou divulgando essa realidade que atravessamos!

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DIA DO PAPA: FRANCISCO, TRAJETÓRIA APOSTÓLICA Deus não te ama pelo que você é. Ele te ama, e isso basta! Por Sandra Regina Pícolo – Doutora em Ciências da Comunicação (USP) e Mestre em Literatura e Crítica Literária (PUC).

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m 29 de junho, e no Brasil, no domingo mais próximo desta data, neste ano em 28 de junho, comemora-se o dia do Papa, quando são celebrados os dois santos Pedro e Paulo. São Pedro foi primeiro papa da história, escolhido pelo próprio Jesus: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18). O Papa é o líder da Igreja Católica Apostólica Romana. O termo “papa“, palavra de origem grega, significa “pai”. Atualmente, o Papa Francisco é o nome do 266º papa e o chefe do Estado do Vaticano desde 13 de março de 2013, sucedendo o papa Bento XVI, que abdicou do posto em fevereiro do mesmo ano. O argentino e jesuíta Jorge Mario Bergoglio (nascido em 17/12/1936) é o primeiro papa latino. Homem de vida simples, sempre afirmou: “O meu povo é pobre e eu sou um deles”. Aos seus sacerdotes sempre recomendou misericórdia, coragem apostólica e portas abertas a todos. Mais velho de cinco irmãos, filho de imigrantes italianos, aos 20 anos, sofreu uma grave infecção respiratória e teve um de seus pulmões extraído. Formou-se e trabalhou como técnico químico. Apaixonado por futebol é torcedor do San Lorenzo. Aos 21 anos, escolheu o caminho do sacerdócio, entrando no seminário diocesano e depois na Companhia de Jesus. Em 13 de dezembro de 1969 foi ordenado padre. Em 1973 tornou-se provincial dos jesuítas da Argentina, por seis anos. Foi reitor da Faculdade de Filosofia e Teologia de San Miguel e pároco em San Miguel. Em 1986 concluiu a tese de doutorado, na Alemanha. Em 20 de maio de 1992, o Papa João Paulo II o nomeou bispo titular de Auca e auxiliar de Buenos Aires. Em 21 de fevereiro de 2001, o Papa João Paulo II o tornou cardeal. Trajetória sacerdotal de Bergoglio Ao tornar-se padre jesuíta, Bergoglio obedeceu aos votos de pobreza, obediência, castidade e de obediência ao papa. A sua trajetória sacerdotal, inicialmente, coincidiu com um dos períodos mais obscuros da Argentina: a ditadura militar. Como bispo auxiliar, Bergoglio transformou-se no grande propagador do culto a Nossa Senhora Desatadora dos Nós, na Argentina. Mais tarde, começou sua missão no Vicariato de Flores, uma região pobre de Buenos Aires. Passou a incentivar os padres a viver entre os mais pobres. Ficou conhecido por seu estilo de vida simples e por usar o transporte coletivo, abrindo mão de regalias. Em 2001 participou do Sínodo dos Bispos. Tornou-se popular na América Latina, mas nunca perdeu a simplicidade. Em 2013, após a renúncia do papa Bento XVI (Joseph Ratzinger), o qual representava a ala mais conservadora da Igreja, Francisco o substituiu, representando um desejo de mudança no catolicismo. Ao reiterar o caráter misericordioso da Igreja, o papa afirma que “Deus não ama você porque pensa certo e se comporta bem. Ele te ama, e isso basta!”. Entre os principais documentos que o Papa jesuíta escreveu estão Laudato si (Louvado sejas), Evangelii gaudium (A alegria do Evangelho) e Amoris laetitia (A alegria do amor), além de tantos atos importantíssimos durante estes sete anos de pontificado. Fica aqui a nossa gratidão ao papa dos pobres, nosso intercessor junto a Deus.

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A QUARENTENA E O PROTAGONISMO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL Em breve nos encontraremos, e então conversaremos pessoalmente

Por José Neves - Jornalista e Pesquisador NO COTIDIANO DA VIDA, lutamos por dias melhores e procuramos vencer obstáculos, desafios constantes e, nestes tempos, o COVID-19 - que assolou o mundo. A história acumula conquistas e méritos em busca pelo querer sempre melhorar. Com a chegada das tecnologias, o ser humano ficou a mercê da inteligência artificial, tornando-se adepto cada vez mais desta praticidade. A tecnologia desenvolveuse rapidamente e tornou-se processo auxiliador nas tarefas do cotidiano, que de certa maneira trouxe para a sociedade o conforto da praticidade dos smartphones e aplicativos, em especial as redes sociais para as nossas vidas. Em função do isolamento social e favorecidos pelos recursos digitais, o carinho e a afetividade pelo próximo foram transferidos para uma simples chamada de vídeo ou para as “lives”, diretamente do conforto dos lares. Ser amigo e acolhedor, neste momento de reclusão, passaram a ser aplicáveis por meio das novas tecnologias, pois as palavras afetuosas se tornam fáceis de serem ditas e se multiplicam rapidamente nas redes sociais, protagonistas da quarentena. Presencialmente, deixamos de realizar gestos de afetividade e acolhimento ao nosso semelhante, mas sabemos que será uma coisa passageira. O evangelista São João diz: “Vocês ficarão angustiados, mas a angústia de vocês se transformará em alegria” (Jo 16,20). Sim, porque logo estaremos todos juntos! O gesto mais afável, que podemos praticar neste momento para amenizar essa angústia, vem do coração e a alquimia do amor trará, independente de qualquer ocasião, acalento a quem receber. Assim já expressava São João: “Tenho muitas coisas para lhe escrever, mas não quero fazê-lo com tinta e pena. Espera-se em breve ir para encontrar você, e então conversamos pessoalmente” (Jo 1-3, 13-14). Diante desta passagem, priorizemos a conexão com Nosso Senhor Jesus para que possamos ser multiplicadores do vosso amor e não deixar que a conectividade e a praticidade das coisas nos distanciem do irmão e d’Ele. Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

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A FREQUÊNCIA DE DEUS Deus está dentro de mim, e não fora

Por Alex Souza - Professor e Personal Trainer Especialista em Longevidade; Bacharel e Licenciado em Educação Física; Pós-graduação em Fisiologia do Exercício no Envelhecimento; Membro da Sociedade Brasileira de Personal Trainers; Mentor do Grupo Exercício e Fé e Mentor da Liga da Longevidade.

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m uma bela manhã, estava eu em minhas reflexões e pensamentos, como de costume assim que acordo. Tenho esse hábito de silenciar como primeira tarefa. Mas nesse dia, algo estava diferente e chegou a minha mente a seguinte pergunta: onde está Deus? O coração começou a bater mais forte e a respiração ficou mais agitada. Ao redor dessa indagação primeira e após voltar ao estado de tranquilidade, comecei a criar hipóteses a respeito. Se eu não vejo Deus e nem consigo tocá-lo por meio dos sentidos humanos, onde será que Ele está? O mundo cheio de misérias e Ele nem aí? O quadro de doenças crescendo, assim como as tragédias aumentando, e Ele simplesmente fecha os olhos?

De repente uma lâmpada se acende em minha cabeça: onde está o teu tesouro, aí estará o teu coração(1). E outra: não vós preocupeis com o dia de amanhã(1). Mais uma: no final tudo volta para mim(2). E mais uma: o propósito de tudo é fazer a energia se movimentar livremente(3). E por último: sempre darei um passo adiante(4). Desta forma, as lâmpadas foram acendendo a luz da minha alma. A lâmpada de que Deus está dentro de mim, e não fora; a lâmpada da beleza interna e não externa apenas; a lâmpada da harmonia; a lâmpada da paz; a lâmpada da espiritualidade; a lâmpada da saúde; a lâmpada da bondade; a lâmpada do amor. Essa é a sua frequência. Estar e sintonizar a frequência de Deus é prestar atenção a esses detalhes. É olhar a escuridão como apenas a ausência de luz. É lembrar que Ele está sempre por perto. É não terceirizar a falta de competência em resolver algo a Ele. Ao encontrar uma dúvida como a minha, evite ter medo e procure a frequência de Deus que está dentro de você. Olhe para o céu e saiba que você é o maior projeto Dele.

Referências 1. Bíblia, A. T. Mateus. In BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada: Antigo e Novo Testamentos. Tradução CNBB. Décima edição. São Paulo, 2002. 2. Walsch, N. D. Conversando com Deus, livro II: novo diálogo sobre os maiores problemas que afligem a humanidade. Ediouro, 2000. 3. Tanaka, G. 11 dias de despertar - uma jornada para a libertação do medo. Idea, 2015. 4. Mandino, O. O maior vendedor do mundo. Record, 2008.

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CAMINHOS SAGRADOS

PEREGRINAÇÃO EM TEMPO DE ISOLAMENTO SOCIAL Aprendendo a peregrinar com o coração Por Marta Guimarães - Agente de Viagens

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nesperadamente, esse vírus imprevisível, invisível, silencioso, capaz de contagiar tudo e todos, colocou o mundo inteiro em perigo. Sentimos o chão fugir debaixo dos pés. Tudo parou! As nossas agendas e programações caíram por terra. Logo foram precisos planos de isolamento, de paralisação, de contingência e de emergência em face deste flagelo global. Nós ficamos em casa! Igrejas e lugares sagrados fechados por segurança e respeito à vida. As viagens e peregrinações canceladas ou adiadas sem data prevista. Os caminhos sagrados mudam de rumo e passam a ser realizados por meio das mídias sociais, para evitar todo tipo de aglomerações. O dia 13 de maio, uma data forte, por conta da celebração da Festa de Nossa Senhora de Fátima, sofre uma grande solidão. A expressão dessa devoção e de tantas outras neste tempo de pandemia, ganha uma nova forma. Em Portugal, o bispo de Leiria-Fátima, cardeal Antonio Marto, afirmou: “Talvez estejamos aprendendo como é uma peregrinação em

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estado puro, o peregrinar com o coração, a peregrinação interior no percurso mais íntimo da nossa vida, com a companhia espiritual da mãe celeste, que leva cada um a encontrar-se com Deus santo e misericordioso”. Em tempos de confinamento, a pandemia é uma oportunidade e um chamamento à conversão espiritual com maior profundidade. Pensar numa nova e melhor vida na nossa casa comum, em paz com as criaturas, com os outros, com a família e com Deus, uma vida mais rica de sentido. Depois da pandemia voltaremos, sim, voltaremos! Mas o ritmo será outro, mais lento e mais atento. Voltaremos aos lugares sagrados para agradecer o dom da vida, lamentar as perdas e sendo portadores da esperança que nasce da fé e se fundamenta na memória de Cristo. Ele está conosco, não estamos sozinhos na história, no nosso caminho e na batalha cotidiana da nossa vida.

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