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nº
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I N TEL I G E N T E
Efeito Exposec
INTELIGENTE
Ano 2 - Nº 8
Exposição mais importante do país para as empresas de sistemas eletrônicos de segurança chega à 15ª edição consagrada pela mobilização que promove todos os anos no setor
PANORAMA JURÍDICO
Redação do Estatuto da Segurança Privada preocupa Abese e Fenabese
MERCADO
A expectativa com a demanda para a infraestrutura na Copa do Mundo
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Sumário
Capa 18
Panorama Jurídico 12
Exposec chegar à 15ª edição cumprindo um papel de destaque no setor de sistemas eletrônicos de segurança
Foto de capa:
Texto do projeto do Estatuto da Segurança Privada ainda preocupa empresas de sistemas eletrônicos, quase cinco anos depois do início das negociações
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Fotolia
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Entrevista: José Roberto Sevieri, do Grupo Cipa Fiera Milano, conta a história da Exposec e fala da importância da exposição para as empresas Graber e o 24X7, app para emergências Sistemas de segurança sem cabeamento, uma das tendências reveladas na 15ª Exposec Frases Iomega aposta na linha de soluções para armazenamento em rede
Segurança Inteligente
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Tecnologia 38
Monitoramento 30
As câmeras evoluem e se diversificam, puxando o avanço tecnológico de vários outros segmentos
Sistema de análise de vídeo lançado pela Bycon promete detectar risco em situações e ambientes completamente distintos com um só aparelho
Artigo: “Afinidade por valores sustentáveis: ainda é seguro ignorar isto?”, por Luiz Oliveira Relatório do Senado americano aponta que o Exército dos EUA vem sendo abastecido com peças eletrônicas falsificadas, a maioria fornecida pela China Artigo: “Alarmes Falsos Consequências, Causas e Controle”, por Mário Rui Tavares
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Mercado ainda aguarda o “boom” nos negócios por conta da Copa do Mundo no Brasil e a expectativa é de que esta demanda venha das obras relacionadas ao entorno dos estádios e aos serviçoes públicos
Em toda edição:
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Sumário Carta ao leitor Expediente Panorama Serviços Agenda
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Carta ao leitor
INTELIGENTE
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ão apenas três dias por ano, mas eles ficam reverberando sem parar o ano inteiro nos planos anuais de lançamento de produtos, nas conquistas de novos clientes, na interação com profissionais da área de sistemas eletrônicos de segurança. Antes e depois da Exposec, nosso setor está sempre ligado a ela. É o evento mais esperado do ano. Para mostrar a importância desta que é a maior exposição nacional da nossa indústria, a maior da América Latina e uma das cinco maiores do mundo em sistemas eletrônicos de segurança, esta edição dedica praticamente metade de suas páginas a abordar os muitos aspectos que envolvem a feira: novidades tecnológicas - sobre as quais, por questão de espaço, podemos apenas citar alguns exemplos -, organização, história, impacto no desenvolvimento setor, efeito nos negócios. Buscamos reproduzir aqui este leque de oportunidades que se abre, com base na experiência do evento mais recente, a 15ª Exposec, que ocorreu em maio. Boa parte parte da memória e dos bastidores da feira nos foi
contada em uma entrevista com José Roberto Sevieri, que, à frente do Grupo Cipa Fiera Milano, realiza o evento desde a primeira edição. Com a ampla cobertura tecnológica feita na feira, deixamos excepcionalmente de publicar nesta edição nossa coluna Raio-X, pois seria tema redundante, e substituímos nossa “vitrine de conceitos tecnológicos” pela coluna Panorama, com notas de assuntos gerais. Também revelamos a você, leitor, em que pé está a situação do projeto de lei para o Estatuto da Seguranca Privada, questão de extrema importância para o futuro do setor de sistemas eletrônicos de segurança, e a expectativa em relação aos negócios esperados por conta da realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil. Além de tudo isso, temos a alegria de contar que esta edição ainda marca a estreia de Mário Rui Tavares, da Artan, entre nossos articulistas. Boa leitura!
Carlos Alberto Progianti Presidente da Abese
Expediente
Presidente Nacional
Carlos Alberto Progianti 1º Vice Presidente
Claudinei Freire Santos 2° Vice Presidente
Augustus Bruno von Sperling Diretor Secretário
Sergio dos Santos Ribeiro
Segurança Inteligente
Diretor de Fomento de Negócios Flavio Aparecido Peres
Diretor de Coordenação Sindical Adjunto Roberto Castelo Branco Gomes
Diretor de Fomento de Negócios Adjunto João Capela Diretor do CCPA Luiz Dodero Júnior
Diretor de Coordenação Setorial Cesar Alexandre Macedo de Almeida Diretor de Coordenação Setorial Adjunto Fernando Ornellas C. de Oliveira
Diretor do CCPA Adjunto Benito Boldrini
Conselho Fiscal: Diretor Secretário Adjunto
Frederico Maia Diretor Financeiro
Ângela Terezinha Bernardini Mizomoto Diretor Financeiro Adjunto Paulo Sergio Parmigiani
Diretor de Marketing Sidney Brandão Aunhão
Conselheiro Fiscal 1 Daniel Schaffer
Diretor de Marketing Adjunto Diana Maria de Souza
Conselheiro Fiscal 2 Romualdo Pereira Jorge
Diretor de Serviços de Apoio e Benefícios Marcos Mayne Moyle
Conselheiro Fiscal 3 Savas Toron Grammenopoulos
Diretor de Comunicação Rogerio Alberto dos Reis
Diretor de Serviços de Apoio e Benefícios Adjunto Denise Mury Rodrigues
Conselheiro Fiscal 4 Osny Gilberto Hiendlmayer
Diretor de Comunicação Adjunto José Carlos Vasconcelos
Diretor de Coordenação Sindical Ivana Cristina de Oliveira Bezerra
Conselheiro Fiscal 5 Hernani Magalhães Bernardini
Editora
Revista Segurança Inteligente Publisher: Jaime Benutte
JB Pátria Editora Ltda. Presidente: Jaime Benutte Diretor: Iberê Benutte Administrativo / Financeiro: Gabriela S. Nascimento Circulação e Comercial: Patricia Torre Repórter: Kelly Souza
Conselho Editorial: Carlos Alberto Progianti, Claudinei Freire, Mário Rui Tavares e Selma Migliori Editora: Maria Alice Rosa MTB 65-691 Direção de arte: Belatrix Ltda. Marcelo Paton - Diretor de Arte Impressão: IBEP Tiragem: 10.000 exemplares
Empresa filiada à Associação Nacional dos Editores de Publicações, Anatec
A revista SEGURANÇA INTELIGENTE é uma publicação bimestral da JB Pátria Editora, www.patriaeditoria.com.br ISSN 2178-096X Dúvidas ou sugestões: segurancainteligente@patriaeditora.com.br Os textos assinados são da responsabilidade de seus autores. Não estão autorizados a falar pela revista, bem como retirar produções, pessoas que não constem desde expediente e não possuam uma carta de referência.
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Panorama
Bancos na mira A Comissão Consultiva para Assuntos de Seguranca Privada (Ccasp), do Ministério da Justiça, multou seis bancos públicos e privados por falhas na segurança bancária. No total, as multas somam R$ 808,9 mil. Conforme a Ccasp, foram constatados número insuficiente de vigilantes, alarmes inoperantes, planos de segurança não renovados e utilização de bancários no transporte de valores. Foram multados os bancos Bradesco, Itaú-Unibanco, Santander, Banco do Brasil, Mercantil do Brasil e Banco do Nordeste.
Cursos Senai Por iniciativa do Departamento de Segurança da Fiesp, o Senai, em parceria com a Abese, abriu cursos de capacitação específicos para a área de segurança. Estão abertas as inscrições para o Curso de Aperfeiçoamento Profissional: Sistemas Eletrônicos de Segurança, de 140 horas, e para o Curso de Qualificação profissional: Eletricista Instalador, de 160 horas. Mais informações pelo telefone: (11) 3294-8033.
O peso das pequenas Dados da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese) revelam que 50% do faturamento do mercado é impulsionado pela demanda de micro e pequenas empresas. Conforme a pesquisa, os equipamentos de CFTV mais utilizados são microcâmeras, câmeras e lentes, placas digitalizadoras, gravadores digitais e protetores de câmeras.
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Vigilância integrada
A prefeitura de Curitiba anunciou a integração das informações de monitoramento coletadas por meio das câmeras de segurança e de trânsito. Segundo o Centro de Controle Operacional da Urbs, que integra o Sistema Integrado de Mobilidade do município, as operações devem começar em agosto. O objetivo é ampliar a troca de informações com a ampliação da cobertura. Imagens de câmeras de trânsito serão aproveitadas pela área de seguranca e as de câmeras de seguranca, para analisar a situação do trânsito.
Estímulo a municípios O governo federal vai liberar R$ 10 milhões para implantação e expansão de videomonitoramento em municípios de várias regiões do país que possuam mais de 30 mil habitantes. Para obter os recursos junto ao Ministério da Justiça, o município precisa ter Guarda Civil Municipal, instituir o Conselho Municipal de Seguranca, não ter convênio em aberto com o ministério e comprovar capacidade técnica para atingir as metas propostas para o comate à criminalidade.
Fumaça anti-roubo Beston, uma cidade do interior da Inglaterra, testou recentemente um novo dispositivo anti-roubo: o alarme de fumaça. Preocupada com o aumento da incidência de roubos em várias lojas, o município de Beeston foi o primeiro a experimentar o equipamento, que libera uma grande quantidade de fumaça assim que seus sensores detectam a presença de um intruso no ambiente. Segundo o fabricante, a fumaça não é tóxica, mas deixa os ladrões desorientados. A polícia britânica considera o teste um sucesso e já pensa em adotá-lo em outras regiões do país.
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Panorama JurĂdico
Segurança Inteligente
Estatuto
incompleto Quase cinco anos depois de iniciadas as negociações para criação de uma nova legislação de segurança privada, empresas de monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança ainda lutam para que suas atividades sejam reconhecidas no texto do projeto
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uase cinco anos após o início das discussões sobre o projeto de lei denominado Estatuto da Segurança Privada, que estava na época sob a tutela da Polícia Federal, o texto da proposta ainda preocupa - e muito - as empresas de monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança. “Existem pontos na redação atual que colocam em perigo nosso setor no país”, afirma o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), Carlos Progianti. “Do jeito em que está, na forma em que está, com certeza faremos oposição a este projeto”, reforça a presidente da Federação Interestadual de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Fenabese), Selma Migliori. Segundo eles, na versão atual o projeto falha principalmente por não reconhecer a área de monitoramento de
sistemas eletrônicos de segurança como uma atividade específica em relação aos demais segmentos, discernindo clara e precisamente o campo de atuação exclusivo de suas empresas e das outras vertentes da segurança privada. Em maio o projeto estava na Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, que vinha realizando reuniões com entidades de classe para concluir o texto a ser encaminhado ao ministro José Eduardo Cardozo. “Cada entidade tem seus pontos cruciais, suas bandeiras. A intenção é aparar o maior número de arestas possível”, afirma o coordenador geral de Controle
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Panorama Jurídico
Xavier, da PF: “Aprovação do estatuto é prioridade máxima do ministro”
Ministério da Justiça tem pressa na aprovação por causa da Copa e das Olimpíadas da Segurança Privada do Departamento da Polícia Federal, Clyton Eustáquio Xavier. Segundo ele, a aprovação do Estatuto é “prioridade máxima” do ministro. A urgência se dá principalmente por causa da proximidade da realização dos maiores eventos esportivos do mundo em solo brasileiro, a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016. Xavier diz que o texto está em fase final de discussão e, assim que for definido, será encaminhado ao ministro. É o tempo que as entidades
que representam as empresas de sistemas eletrônicos de segurança terão para tentar evitar o que seria um desastre para o setor. “O Estatuto é hoje o maior desafio da Fenabese”, diz Selma. Segundo ela, a redação de alguns artigos dá margem a diferentes interpretações que podem vir a prejudicar vários segmentos da segurança privada. Entre os artigos mais polêmicos estão os que se referem à atividade de monitoramento. Este tipo de serviço envolve uma expertise própria das empresas de sistemas eletrôni-
cos de segurança, como os meios de recepção de informações, a capacidade de analisar os sinais obtidos, a cobertura estratégica por imagem do local a ser observado, enfim, a tecnologia apropriada e sua utilização adequada. “O texto do projeto, porém, permite a interpretação de que uma empresa com CNPJ específico de vigilância está autorizada a prestar este serviço”, afirma Selma. “Temos empresas que são líderes no mercado de monitoramento e não podem prestar o serviço para os bancos.” Esta falta de definição das funções específicas de cada agente do mercado de segurança privada é que precisa ser corrigida, segundo a Abese e a Fenabese, para que todos possam atuar de acordo com a realidade do mercado atual. O serviço de monitoramento de segurança nos bancos na verdade foi definido na Lei 7102, de 1983, quando simplesmente não existia o segmento de sistemas de segurança no Brasil. Esta é justamente a legislação que o Estatuto da Segurança Privada pretende atualizar e adequar à realidade da segurança privada no país e no mundo. “A Lei 7102/83 foi boa na sua época, mas hoje é anacrônica, pois de lá para cá surgiram setores que devem estar claramente reconhecidos na nova legislação, como o de sistemas eletrônicos de segurança”, diz
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Segurança Inteligente
Legislação atual foi definida nos anos 80, quando país não tinha empresas de sistemas eletrô nicos de segurança
dentro do Estatuto”, diz Selma. Só assim, diz ela, seria possível ter uma única lei para todos os segmentos: sistemas eletrônicos de segurança, vigilância, transporte de valores e profissionais da área. “Esta definição é fundamental porque são mundos completamente distintos. Os problemas que a vigilância enfrenta com a utiliza-
Selma, da Fenabese: “Do jeito em que está, faremos oposição”
ção de armas, por exemplo, a nossa área, voltada para a tecnologia, não tem. No setor de sistemas eletrônicos de segurança, são outros os problemas: normas técnicas, por exemplo, que remetem necessariamente a um projeto executivo e, portanto, é necessário ter um profissional para assiná-lo . Isto, por exemplo, já envolve órgãos
foto: Guilherme Bessa
Adelar Anderle, consultor e advogado especializado em soluções de segurança privada. Anderle, que se aposentou recentemente após quase 33 anos de trabalho na Polícia Federal, era Delegado da PF quando começaram as discussões sobre a criação do Estatuto, em 2007, e coube a eler coordenar todo o projeto. Na época, a Abese, então presidida por Selma Migliori, havia apresentado uma proposta de legislação, o projeto 1759/2007, defendido pelo vice-presidente Michel Temer, na época deputado federal. O objetivo era conseguir a aprovação de um projeto de lei específico para o setor de sistemas eletrônicos de segurança, com a definição das atribuições do segmento, seus direitos e deveres. Mas no ano seguinte a Abese foi convidada a participar das discussões em torno da criação do Estatuto. A ideia proposta era que os segmentos da segurança privada se unissem em torno da elaboração deste Estatuto para agregar forças e construir a unidade – uma única lei regeria a todos, respeitando as peculiaridades de cada setor. “Decidimos abrir mão de nosso projeto, com a condição de que cada setor estivesse precisamente definido
Panorama Jurídico
Progianti, da Abese: “Redação atual coloca em perigo o nosso setor”
competentes específicos”, afirma a presidente da Fenabese. Segundo Progianti, vários dos pontos requeridos pela área de sistemas eletrônicos de segurança chegaram a constar do texto do Estatuto, principalmente no começo das discussões, e muitos aspectos foram mantidos, mas persistem artigos que precisam ser ajustados. “Ainda não podemos dizer que o texto do Estatuto é definitivo”, afirma o presidente da Abese. A preocupação de todos agora, além de os segmentos chegarem a um consenso em relação ao texto final, é que isso ocorra rapidamente. Afinal, todos concordam que o Brasil precisa atualizar sua legislação para conseguir propiciar a segurança necessária durante a Copa do Mundo e as Olimpíadas. “É um projeto essencial para a profissionalização das atividades e o consequente combate à clandestinidade na área de segurança. Precisamos aprová-lo o quanto antes para que possamos adotar de maneira sólida os critérios de segurança privada de acordo com o modelo adotado pela Fifa”, afirma Xavier. Anderle diz que, se o Estatuto não for aprovado até os eventos esportivos, o prejuízo maior será para as empresas de sistemas eletrônicos de segurança. “A bandeira nacional vai cair. As empresas estrangeiras
foto: Guilherme Bessa
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poderão invadir o mercado, pois não haverá lei que as impeça”, afirma o consultor. Segundo ele, pela legislação atual, as empresas de segurança patrimonial estão liberadas para prestar serviços de segurança em grandes eventos, desde que os vigilantes tenham curso de extensão neste tipo de cobertura, mas, no caso do segmento de sistemas eletrônicos de segurança, não há uma regra que proíba a atuação de empresas não credenciadas pela Polícia Federal, o que significa que, além das estrangeiras, empresas de outros segmentos continuarão a entrar no mercado. A consultoria do ex-delegado da PF é voltada para a área institu-
cional. Como tal, tem participado das discussões sobre o Estatuto na qualidade de representante de associações da área de segurança privada, como a Abese. “Nós tentamos fazer com que os segmentos cheguem a um entendimento sobre a proposta de legislação”, explica. Como ex-representante da PF que coordenou as discussões sobre o Estatuto, ele sabe que a tarefa não é fácil, pois o projeto envolve 17 segmentos. Além disso, conta que, desde o início de todo o processo, surgiram várias dificuldades pelo caminho. As primeiras iniciativas para aprovação do Estatuto concentraram o foco no Legislativo Federal.
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Monitoramento de bancos e pronto atendimento estão entre reivindicações da Abese Depois de cerca de três anos de negociação entre as entidades, o projeto foi encaminhado em 2010 para a Câmara dos Deputados. Mas a proposta acabou chegando à Comissão Especial da Câmara em período pré-eleitoral, o que emperrou a tramitação. “Algumas questões eleitoreiras impediram a aprovação. Aí, mudou a legislatura e o processo todo que desenvolvemos morreu”, afirma Anderle. No ano passado a estratégia mudou. A ideia agora era apresentar o projeto via Executivo, o que levou o projeto ao Ministério da Justiça, onde agora ocorrem as rodadas de discussões. Tão logo seja definida a redação final do projeto, ele então será submetido à avaliação do ministro para, em seguida, ser enviado à Casa Civil. Na visão de Anderle, é preciso que as entidades de segurança privada participem ativamente desde processo para que o Estatuto seja aprovado. “Estamos trabalhando junto às entidades de classe para que seja criada uma frente de apoio ao ministro da Justiça, com objetivo de conseguir com que a Casa Civil apoie o projeto por Medida Provisória”, diz Anderle. Se-
gundo ele, o ministro José Eduardo Cardozo “já entende que o projeto tem de ser aprovado por MP, em vista da proximidade dos eventos esportivos”, afirma o consultor. Neste processo, a Abese e a Fenabese já têm uma posição bem definida. “Defendemos fielmente as propostas que apresentamos e não abrimos mão de obter reconhecimento de um segmento de
Anderle, consultor: “Estamos trabalhando para que a Casa Civil aprove o Estatuto por MP”
mercado com atividades exclusivas, a serem contempladas no projeto de lei”, afirma Progianti. “Não defendemos ‘reserva de mercado’. O que queremos é exatamente o contrário: abrir o mercado. Entendemos que uma lei única em que todas as atividades estejam claramente definidas abre a possibilidade para que todos possam participar das eventuais concorrências para atender os clientes. No caso da Copa do Mundo, essa condição é imprescindível para que o público nos estádios tenha efetivamente segurança, com cada segmento exercendo a atividade que realmente conhece”, afirma Selma.
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Capa - 15ª Exposec
Um mundo em
três dias Exposec chega à 15ª edição como protagonista de um dos capítulos de maior destaque na história do setor de sistemas eletrônicos de segurança, ao promover a integração de suas empresas e refletir seu estágio tecnológico
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a história do setor de sistemas eletrônicos de segurança no Brasil, um dos capítulos de maior destaque vem sendo escrito por um evento que ocupa apenas três dias do calendário por ano: a Exposec - International Security Fair. É ela que concentra toda a cadeia da área de segurança - fabricantes, integradores, distribuidores
-, proporcionando um momento único de conhecimento dos avanços tecnológicos do setor, troca de experiências e realização de negócios. A exposição, que é promovida pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese) e organizada pelo Grupo Cipa Fiera Milano, é a principal feira nacional de sistemas ele-
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Capa - 15ª Exposec
Foto: Osiris Bernardino
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Feira teve apenas 86 expositores na primeira edição, dos quais apenas 6 continuam no mercado
trônicos de segurança e a maior do gênero na América Latina. Aos 15 anos, figura também entre as cinco maiores feiras de segurança eletrônica do mundo e chegou à sua mais recente edição, realizada em maio deste ano, mais profissional do que nunca, em sintonia com as empresas que abriga. “As mudanças que promovemos junto com o Grupo Cipa tornaram a Exposec muito mais ma-
dura”, diz o presidente da Abese, Carlos Progianti. Uma das principais novidades da 15º edição foi a criação do Horário Premium. No segundo e no terceiro dias da exposição, o horário entre 10h e 13h30 tornou-se exclusivo para a realização de negócios. É o momento em que o expositor recebe representantes de empresas convidados para visitar seu estande e conhecer seu portfó-
lio, em encontros mais objetivos e reservados. “Antes, com a abertura geral da feira, era difícil negociar em meio àquele tumulto, com tanta gente perguntando sobre os produtos ao mesmo tempo”, afirma Progianti. “As pessoas interessadas em comprar ficam acanhadas com o estande cheio. Naturalmente, não se sentem à vontade para falar em valores. Agora não terão mais esta dificuldade”, diz. A ideia pegou. Segundo o presidente da Abese, até o momento da abertura da feira, no dia 8 de maio, já haviam sido cadastradas 4 mil pessoas para as visitas no dia seguinte e mais 4 mil para o terceiro e último dia de feira. O cadastramento geral do público também
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Exposec é a maior feira de segurança eletrônica da América Latina e uma das cinco maiores do mundo
mudou. Além da possibilidade de ser feito pela internet, evitando filas nos guichês de entrada, passou a ser selecionado. Com o objetivo de direcionar cada vez mais a feira para a visitação profissional, agora é preciso ser de alguma empresa do setor de sistemas eletrônicos de seguranca para entrar na Exposec. Com a manhã reservada aos negócios, o horário de fechamento foi estendido para as 20h30 e a data de realização do evento anual também foi alterada. A Exposec ocorria na segunda quinzena de maio. Na última edição, passou a ser realizada na primeira quinzena. “A partir de agora será em um período em que já passou o pagamento e ainda não está no período
de fechamento comercial”, explica Progianti.O resultado foi uma movimentação de R$ 520 milhões em negócios, volume 20% superior ao do ano passado. Na edição deste ano, mais de 34 mil pessoas estiveram no Centro de Exposições Imigrantes, na capital paulista, para conferir as novidades tecnológicas. São 30 mil metros quadrados de área ocupados por 700 estandes que são erguidos em apenas quatro dias, envolvendo 1.400 trabalhadores, como relata o diretor de Operações do Grupo Cipa Fiera Milano, José Roberto Sevieri, em entrevista sobre a história da Exposec na página 27. Ao todo, 1.100 marcas foram expostas, entre soluções em controle
Foto: Osiris Bernardino
Exposição ocupou área de 30 mil metros quadrados e seus 700 estandes foram erguidos em apenas quatro dias, envolvendo 1.400 trabalhadores
de acesso, centrais de monitoramento, sistemas e dispositivos de identificação, vigilância e Circuito Fechado de TV, só para citar alguns. Em cada categoria, novos modelos, sistemas, configurações. Percorrendo os corredores, no entanto, é possível perceber um ponto marcante na 15ª Exposec, em meio a tanta variedade: a busca por inteligência para os equipamentos. Fazer, por exemplo, com que os aparelhos consigam “prever” situações, analisar o que ocorre em sua área de proteção, disparar somente os alertas necessários, mostrar o que se passa no local vigiado em qualquer parte do mundo - eis alguns dos desafios que revelam o estágio atual da tecnologia no setor.
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Capa - 15ª Exposec
Gonzaga e a ADIP-IVS, da Alpha-Digi: “Estamos usando as câmeras IP e uma função a mais, que são câmeras IP com inteligência”
Neste ano foi criado o Horário Premium, exclusivo para visitas de negó cios
Um dos muitos equipamentos que ilustram esta situação foi apresentado pela Alpha-Digi, empresa brasileira especializada em seguranca digital, por meio da câmera ADIP-IVS (Inteligent Video Surveillance), que integra um sistema de videomonitoramento a smartphones, tablets e notebooks. Por meio da tecnologia de vídeo notificação, o usuário recebe um alerta em seu aparelho cinco se-
gundos após o sensor da câmera detectar calor humano em sua área de foco. O alerta dá a opção de ver a imagem que o motivou e também a transmissão em tempo real, com a possibilidade de falar com quem está no local e ouvir a pessoa, disparar alarmes, acionar a polícia, dar zoom na câmera. É possível também acender as luzes ou ligar a televisão antes de chegar em casa para despistar suspeitos. A
câmera do equipamento, segundo o diretor comercial da empresa, Luiz Gonzaga Corrêa Santos, é capaz de substituir de 4 a 6 câmeras convencionais. “As câmeras estão mudando muito. Agora estamos usando as câmeras IP e uma função a mais, que são câmeras IP com inteligência”, explica. A Seventh, empresa de Florianópolis, tem no D-Guard um equipamento similar, também capaz de fazer as notificações, mostrar a cena em tempo real, acionar equipamentos a distância. E possui também uma versão de monitoramente mais ampla, que integra várias outras tecnologias de marcas diferentes a este sistema, chamada de D-Guard Center. É um sistema
Segurança Inteligente
Schwochow, da Seventh, que apresentou na feira o D-Guard Center: “Possibilidade de monitorar uma quantidade gigantesca de imagens ao mesmo tempo de maneira realmente eficaz”
de controle, monitoramento e gerenciamento de imagens e automação composto por uma série de dispositivos, como gravadores de vídeo digital DVRs, câmeras IP full HD, placas de captura, vídeo servers (que transformam câmeras analógicas em IP) e módulos de automação. “É um sistema multimarcas, que torna compatíveis dispositivos de diversos fabricantes em um único sistema. O usuário escolhe o que considerar melhor para ele”, explica o sócio da Seventh, Carlos Schwochow. A central utiliza software de monitoramento de alarmes pro-
duzido pela Segware, empresa também com sede na capital catarinense. “O diferencial deste sistema é a possibilidade de monitorar uma quantidade gigantesca de imagens ao mesmo tempo de maneira realmente eficaz. Temos um cliente, uma empresa de segurança, que monitora 25 mil contas de alarme e 10 mil câmeras simultaneamente. Com este sistema, a empresa não precisa ter uma estrutura com vários operadores. A central só recebe a informação do que é realmente significativo”, afirma. A capacidade de analisar o que está sendo filmado e filtrar o que preci-
sa ou não ser comunicado à central foi recurso também destacado na Exposec, em outro tipo de equipamento, pela Bycon (ver reportagem na página 32). Este universo de equipamentos distintos mas que também podem ser integrados um ao outro, formando um sistema completo de segurança, é o material que forma os corredores da Exposec. Ao atravessar uma “rua” da exposição, já estamos em outro segmento - por exemplo, o de automação, área em que PPA apresentou uma solução que vai acalmar os nervos de muita gente na hora de chegar em casa. “Sabe quando você chega de carro e o portão fica abrindo bem devagar? Então, agora temos portões que abrem em 4 segundos”, anuncia Reinaldo de Barros Júnior, coordenador comercial da empresa, referindo-se à linha de automatizadores JetFlex. Segundo ele, até
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Capa - 15ª Exposec
Monitores do D-Guard Center: sistema é multimarcas, integrando dispositivos de diversos fabricantes
Exposec movimentou R$ 520 milhões, volume 20% maior que o do ano passado
então o tempo mínimo nos equipamentos disponíveis no mercado era de 20 segundos. Além disso, a empresa somou ao produto uma bateria, um no-break, que mantém o equipamento funcionando na falta de energia. A PPA também aposta em outro lançamento: o Flash, um sistema antipânico que faz com que o vão das portas automáticas em locais de grande fluxo de pessoas dobre
em casos de saída de emergência. Funciona mais ou menos assim: imagine uma porta grande, de vidro, dividida em quatro partes, ou folhas, iguais. Na utilização de rotina, apenas as duas folhas do meio se abrem para a passagem das pessoas. Mas se houver uma situação de pânico, o que vai acontecer é que todas as pessoas vão querer sair ao mesmo tempo. Vão trombar com toda a área de porta,
pressionar os vidros, bater. Com este contato coletivo e simultâneo, as pessoas vão acionar os sensores da porta, acionando uma abertura completa, automaticamente. Segundo Júnior, alguns aeroportos, como o do Galeão, no Rio, e o Salgado Filho, de Porto Alegre, já usam os equipamentos. A PPA foi uma das empresas que participaram da realização da primeira Exposec. Dos 86 expositores daquele evento histórico para o setor, é uma das seis empresas que continua em atividade até hoje. “Se não fosse a Exposec, talvez a evolução do nosso setor fosse mais lenta”, resume Flávio Peres, diretor executivo da PPA (confira mais opiniões sobre a feira na página 39).
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O ‘Senhor’ Exposec À frente da organização da feira que representa a indústria brasileira de sistemas eletrônicos de segurança desde a primeira edição, o diretor de Operações do Grupo Cipa Fiera Milano, José Roberto Sevieri, conta como tudo começou e fala sobre o que se pode esperar do futuro
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Capa - 15ª Exposec
Primeira Exposec tinha 86 expositores, dos quais apenas seis continuam no mercado. O resto já fechou
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le é o que costumamos chamar de um “case de sucesso” empresarial. É o protagonista daquelas histórias que não soam muito promissoras no começo, mas, muitos anos depois, vistas de trás para frente, parecem revelar que a lógica conduziu todo o caminho. Há 30 anos, José Roberto Sevieri iniciava de maneira inusitada o percurso que o levaria a fundar o Grupo Cipa, hoje Grupo Cipa Fiera Milano, um dos maiores organizadores de eventos do país. Ainda na faculdade, ele, que tinha experiência na área gráfica, foi convidado a fazer gibis sobre segurança no trabalho, para ajudar na prevenção contra acidentes nas empresas. Do gibi, um ano depois nasceu a revista Cipa, destinada ao profissional de segurança. Da revista, veio a ideia de fazer um seminário, evento que definiu a trajetória que desembocou no que hoje é a empresa - em 2010, 75% do capital foi adquirido pela Feira de Milão -, responsável pela realização de feiras em vários segmentos, entre as quais a maior exposição do país e uma das cinco maiores do mundo na área de sistemas eletrônicos de segurança, a Exposec. Presente desde a primeira edição da feira, há 15 anos, o diretor de Operações do grupo conta como a Exposec começou, analisa a contribuição do evento para o desenvolvimento do setor e alerta para o risco que representa a falta de um marco legal que dê suporte ao crescimento “espetacular” que o mercado de sistemas eletrônicos de segurança deve ter nos próximos anos. Confira:
Segurança Inteligente – O senhor está à frente da Exposec desde a primeira edição. Como avalia o desenvolvimento da feira neste período? É condizente com o mercado? É mais profissional que o mercado? José Roberto Sevieri – Não sei te dizer se este setor evoluiu ou se cresceu. São coisas diferentes. A primeira Exposec tinha 86 expositores, dos quais apenas seis continuam no mercado. O resto já fechou. Os expositores da segunda edição também desapareceram quase todos. Isso mostra que esse mercado deve ter no máximo seis empresas com 15 anos. Enfim, as transformações foram muito grandes. Muitas empresas entraram, muitas saíram, outras cresceram, muitas fecharam... Segurança Inteligente – Como foi a primeira Exposec? O senhor lembra? José Roberto Sevieri – Lembro muito bem. Na época, fiz um projeto para a Abese. Outras empresas também fizeram, mas nós fomos os escolhidos e fizemos a primeira Exposec no ITM, atrás do Ceasa (na capital paulista). O ITM era um prédio construído para o setor têxtil que não deu certo. Daí eles derrubaram todas as paredes das lojas e começamos a fazer feira lá. Porque naquela época faltava local para fazer feira. E hoje continua faltando. Segurança Inteligente – Então foram 86 empresas, que deveriam ser pequenas na época.... José Roberto Sevieri – Nosso maior estande tinha a PPA de um lado e a Securicenter, do outro. Eram duas das maiores empresas na época e continuam grandes até hoje. Estão entre os seis que se mantiveram.
Segurança Inteligente
Segurança Inteligente – Em 2003 não houve Exposec. O que aconteceu? José Roberto Sevieri – Sim. É que até 2002 a feira ocorria em novembro. Mas naquele ano a Abese pediu para que ela passasse a ser realizada no primeiro semestre. No entanto, eu não poderia fazer uma edição da feira em novembro e outra apenas seis meses depois, em abril do ano seguinte. Então pulamos 2003 e fomos fazer a feira seguinte em maio de 2004. Em vez de um período de 12 meses entre uma edição e outra, deu 18 meses. Segurança Inteligente – E o número de expositores, que era de 86 há 15 anos, em quanto está hoje? José Roberto Sevieri – 750. Segurança Inteligente – O senhor poderia dizer, com todo esse conhecimento que tem da Exposec, que papel a feira está desempenhando na historia do setor? José Roberto Sevieri – A feira contribui de várias formas. Em primeiro lugar, ela atinge a sociedade - a sociedade que quer se sentir segura, que comprava um revólver, usava um tacape, um pedaço de pau, e agora está comprando alarme, detectores. Na verdade, o primeiro objetivo da pessoa não é ter segurança, mas ter a sensação de segurança. Essa é a parte mais importante que tem e, neste ponto, os equipamentos de segurança eletrônica funcionam muito bem. Em segundo lugar, com essa vitrine aberta você consegue abrir portas de negócios para a indústria brasileira. Você desenvolve uma indústria forte e, ao mesmo tempo, as marcas mundiais estão presentes com seus distribuidores. Há 15 anos o mercado estava começan-
A feira contribui de várias formas. Em primeiro lugar, ela atinge a sociedade. Em segundo, abre portas de negó cios para a indú stria brasileira
do. Quem instalava alarmes não era um especialista, não existia especialista. Quem fazia a instalação era o cara que também instalava a telefonia, a antena de televisão. Segurança Inteligente – E o alarme nem era usado assim, comumente, em casas, empresas, carros... José Roberto Sevieri – O alarme não é usado ainda hoje. Apenas 5% das instalações prediais no Brasil tem um sistema de alarme. Segurança Inteligente – Naquela época onde era usado o alarme? José Roberto Sevieri – Empresas usavam. A maior parte do uso era
jurídico ou de casas de alto padrão. Os alarmes também eram muito caros, ruins, tinham muita falha, mas as pessoas queriam comprar. As pessoas queriam comprar porque estava começando a ter conceito. Segurança virou mais ou menos como a máquina de lavar louça: você põe na sua cozinha mas você não usa. Fica lá a maquina apodrecendo, mas virou conceito. Quando você constrói uma casa, você já tem que deixar entrada da água para a máquina de lavar roupas, a saída para esgoto. Agora deixa a entrada para o alarme, a área para motorizar o portão. Está virando conceito e não só no Brasil
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Capa - 15ª Exposec
- no mundo. Nos Estados Unidos, 70% das instalações prediais têm sistema de segurança e os índices de violência são bem menores que os nossos. Segurança Inteligente – O que que explica isso? José Roberto Sevieri – Que nós começamos tarde...
É um cenário feito para durar 3 dias. Se ficar uma semana em pé, cai tudo
Segurança Inteligente – Se não tem violência, por quê as pessoas se armam tanto? É a necessidade de sensação de segurança, como o senhor falou? José Roberto Sevieri – Conceitos! É a sensação...pra ter a sensação de segurança. Eu saio, viajo e a minha casa está protegida. Segurança Inteligente – Queria que o senhor contasse algum momento interessante e, se possível, engraçado da organização da Exposec nestes 15 anos... José Roberto Sevieri – As histórias de montagem de feira são todas terríveis! São histórias simples. Mas houve uma muito estranha .Quando a gente vai montar os estandes - são 700 estandes -, todos são construídos ao mesmo tempo, em quatro dias. São mais de 1.400 pessoas envolvidas na construção da feira e, o pior, 1.400 pessoas que eu não conheço! São 200 marceneiros, 300 tapeceiros, 180 eletricistas, e por aí vai. Distribuo a eles os mapas de produção de cada um e eles vão se virando dentro do pavilhão. Eu sei o que eles estão fazendo, eles sabem quem está cobrando, mas eu não conheço ninguém e ninguém me conhece. É coisa de maluco! Isso aqui é a mão de Deus que faz funcionar. Mas uma vez, na Exposec de 2002, pedi para montar
quatro estandes em uma ilha. Você pega a ilha, reparte em quatro e coloca um estande em cada esquina. Mostrei o local e o cara foi montando, montando, montando.Quando chegou na metade de um estande, e olhei para ele e disse: “Para! Você montou a entrada para dentro da ilha, para dentro do estande!” Ele colocou as paredes do lado de fora. Falei: “Você criou um cofre!” (risos). Tivemos que chamar mais gente para ajudar a desmanchar tudo o que ele tinha feito, virar o estande 180 graus e começar a construção de novo. Isso na véspera da abertura da feira!
cês ficam tranqüilos ou é confusão o tempo todo? José Roberto Sevieri – Isso aqui é um cenário feito para durar 3 dias. Se ficar uma semana em pé, cai tudo. Isso aqui é uma loucura, é UTI, você tem que ficar aqui o tempo inteiro acompanhando. Hoje de manhã, por exemplo (8 de maio, dia de abertura da Exposec 2012): duas horas antes de inaugurar a feira, fiz uma vistoria. Em um dos estandes, senti um cheiro estranho e falei “chama a energia, chama isso, chama aquilo”. Fomos ver e era um fio desencapado, em curto. Ia pegar fogo no estande. É UTI.
Segurança Inteligente – E depois que vocês montam a Exposec, vo-
Segurança Inteligente – São três dias monitorando tudo...
Segurança Inteligente
José Roberto Sevieri – Sim, acompanhando. E sempre tem que estar fazendo correções, porque nada pode esperar. Temos, por exemplo, a questão do lixo. Nós tiramos daqui 60 carretas de lixo. Segurança Inteligente – Todos os dias? José Roberto Sevieri – Não! No total. Mas são 60 carretas de lixo. É muito lixo. Só de lata de refrigente são de três a quatro carretas. Segurança Inteligente – Qual a posição da Exposec no ranking internacional de feiras de segurança? José Roberto Sevieri – É uma das cinco maiores do mundo. Segurança Inteligente – Não tem como saber a posição exata? José Roberto Sevieri – É que muda muito. A feira da Inglaterra, que era muito grande, encolheu a menos da metade com a crise europeia e hoje está menor que a nossa. A feira da Espanha, que tinha quatro pavilhões, neste ano diminuiu para um apenas, e não estava cheia. Segurança Inteligente – E o padrão da feira, é semelhante ao das feiras nestes países? José Roberto Sevieri – A Exposec não perde para feira nenhuma. E quem fala isso não sou só eu. Conheço as 11 feiras que acontecem no exterior. Muitos expositores internacionais da Exposec também conhecem as 11 e me falam: “Sua feira é melhor que a maioria”. A Exposec hoje, é uma feira destacada no exterior. Em qualquer feira de segurança no mundo, se você falar na Exposec, todo mundo conhece.
Segurança Inteligente – O Brasil está em um momento econômico que muitos consideram excepcional e promissor. Como o senhor vê a Exposec dentro desta perspectiva? José Roberto Sevieri – Como estamos falando que a segurança é conceito e conceito entra na área de construção, então dependemos da indústria da construção. A indústria da construção no Brasil financia hoje 5% do PIB. Nos Estados Unidos este índice é de 16%; na Suíça, de 17% e, na França, de19% - ou seja: o que estão falando, que nosso setor imobiliário está com uma “bolha”,
bro da construção, porque vende tanto para construção pronta como também para quem está construindo. As perspectivas são espetaculares. O que nós temos de perigoso no caminho é a falta de regulamentação. Não é só o Estatuto da Segurança Privada. É preciso uma regulamentação e um controle. Porque o expositor que está na Exposec, que vende o produto legal e paga imposto, está concorrendo com o contrabando. E os contrabandistas não expõem na feira, não fazem anúncio em revista, mas eliminam mercado. O mercado está sempre com este tipo de problema. O con-
Faltam regulamentação e controle. O expositor que está na Exposec, que vende o produto legal e paga imposto, está concorrendo com o contrabando
não é verdade. Vamos triplicar o faturamento e continuará não sendo bolha. O Brasil vai vender muito cimento, tijolo, artigo de decoração. O setor de decoração está explodindo, o de arquitetura está explodindo. Eu estou com uma feira de janelas que está dobrando esse ano e uma de vidro que está triplicando este ano, em função da construção civil. Como segurança é conceito - e conceito leva segurança para dentro da obra -, o setor vai crescer no mesmo ritmo da construção civil. Se o PIB do Brasil cresce 3,5%, 4 %, a constrição civil cresce o dobro, e a segurança eletrônica cresce o do-
trabandista não faz assistência técnica, não vende peça de reposição. Para que serve esse cara? Só serve para estragar o mercado. Então o mercado ainda é muito sujeito a estas irregularidades e crimes que podem atrapalhar nessa projeção. Porque a pessoa pode colocar uma câmera de boa qualidade ou uma câmera “vagabunda”, que não tem nota fiscal. Isso vai virar uma bagunça. E a gente não pode deixar que o setor de segurança seja visto como um setor de gente desonesta. Então, a luta pela honestidade tem que ser grande. Tem de haver um marco legal.
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Monitoramento - 15ª Exposec
Para ver somente o
perigo Sistema de análise de vídeo promete detectar movimentações em qualquer ambiente externo, incluindo espaço aéreo e regiões aquáticas, vazamentos e aglomeração de pessoas, tudo ao mesmo tempo, com um único equipamento
Segurança Inteligente
Claudio Filho: “Software vê coisas que o olho humano não enxerga”
N
a linha evolutiva dos sistemas de monitoramento por meio de imagens, a análise de conteúdo de vídeo é o ponto mais avançado no momento. As empresas de seguranca trabalham empenhadas na criação de uma inteligência por trás das câmeras que seja capaz de detectar tudo em toda a parte, mas coibir apenas o que é realmente perigoso. Há muitos sistemas no mercado, todos com características bastante semelhantes. São equipamentos cujo software permite ao usuário programar uma série de situações que possam oferecer ameaça e, ao detectá-las, disparar um aviso ou um alerta para a central de monitoramento, liberando o operador de ficar com os olhos fixos na tela por horas a fio. Na maioria dos casos, é possível programar a máquina para atentar para uma movimentação atípica - por exem-
plo, a passagem das pessoas deve ser da esquerda para a direita. Se detectar alguém na contramão, o alerta é acionado - ou o desaparecimento de um objeto dentro de um cenário com tudo registrado na máquina. Neste nicho, as empresas buscam desenvolver produtos com um leque cada vez maior de previsibilidade de situações de risco, na tentativa de eliminar qualquer ameaça. Em ambientes externos, uma grande preocupacão é fazer o sistema ignorar interferências que não ofereçam riscos. A Bycon acredita ter chegado a um
ponto bastante avançado neste desafio com o BSS - , apresentado na Exposec deste ano. No estande da companhia na 15ª Exposec, vídeos simulavam situações que podem ser programadas no software. Em imagens que parecem um raio-x em movimento, um homem se movimenta dentro de uma estação de metrô, cada vez mais próximo dos trilhos. O sistema detecta que ele é um potencial suicida. “Ali tenho duas zonas de proteção: na primeira zona, programo para receber somente um alerta. Quando ele
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Monitoramento - 15ª Exposec
No BSS, a programação é feita pela massa, com o contorno do formato do que é considerado suspeito feito com mouse
Sistema foi desenvolvido para forças militares da França entra na segunda zona, disparam todas as sirenes”, explica Antonio Claudio Filho, da Bycon. “Com isso, posso detectar ameaça de roubo, invasão, assalto etc.” Vários sistemas possuem este recurso. O que diferencia o produto da Bycon é a possibilidade de aliar esta situação a outras de natureza bem diferente no mesmo software, segundo ele. É possível detectar, por exemplo, casos de vazamento de óleo e gás, de aglomeração de pessoas, invasão do espaço aéreo ou a presença de suspeitos em “áreas molhadas”. “Você não põe cerca no mar. Mas pode ‘dizer’ ao software que, em uma determinada área com navios, os veleiros podem se aproximar, mas a presença de
qualquer jet-ski tem de ser avisada, pois os assaltos naquela região costumam ser feitos com este veículo, para citar um exemplo”, afirma Claudio. A programação do software, explica o diretor, é feita pela massa, pelo formato do que é considerado suspeito. O programador contorna esta massa com o mouse e define que tipo de alerta quer receber. “Assim eu consigo filtrar o que quero e reduzir ao máximo a incidência de falsos alarmes, que são um problema seríssimo para as empresas”, diz Claudio. “A primeira semana após a instalação do sistema é dedicada somente a estes ajustes, em que todos os tipos de situações são previstas”, diz. “O sistema capta qualquer
movimento na imagem a partir de 1 pixel e com iluminação mínima à noite. Este software vê coisas que o olho humano não enxerga.” Segundo o diretor da Bycon, o BSS foi desenvolvido para forças militares da França, daí a importância de detectar presença de suspeitos em qualquer tipo de ambiente externo, sem confundir riscos com movimentações cotidianas do local vigiado. “O Porto de Lyon é todo protegido com imagens e nosso sistema está lá.” Segundo ele, a Bycon fabrica o servidor do BSS, que é produzido pela francesa Evitech. O servidor comporta até oito câmeras e a faixa de preço do sistema vai de cerca de R$ 20 mil a R$ 180 mil. “Tudo depende do tipo e da quantidade de câmeras, das características do ambiente monitorado, da infraestrutura que será utilizada. Enfim, tudo depende das necessidades do cliente”, afirma.
Dispositivos Mó veis - 15ª Exposec
Segurança Inteligente
O 24x7: envio de mensagens com localização geográfica
24x7, o app para emergências Lançamento da Graber explora a simplicidade tecnológica dos aplicativos para smartphones e tablets
O
mercado de segurança já trabalha há bastante tempo com dispositivos denominados “botão de pânico”, aqueles aparelhos minúsculos que podem ser acionados para pedir socorro em momento de desespero. Agora, a Graber está inserindo uma espécie de ramificação deste produto: o botão de “emergência”, criado para momentos em que o usuário precisa pedir ajuda, mas não está sob pressão direta de nenhum agressor. O “Graber 24x7” também chama a atenção pelo fato de ser simplesmente um aplicativo para smartphones e tablets, mercado que só agora está começando a ser explorado pela área de seguranca privada. “O mérito da ideia é ser simples”, diz o idealizador do produto, Luciano Caruso, gerente de operações e marketing da Graber. Ao inserir o aplicativo em um smartphone com sistema IOS ou
Android, o usuário cadastra quantos telefones e endereços de email quiser de pessoas que gostaria de avisar se precisar de ajuda. Caso passe por alguma situação difícil, basta acionar o botão vermelho do aplicativo e seus destinatários receberão mensagens de texto informando que ele precisa de socorro, com a opção de abrir um email com a localização geográfica do remetente. Caruso enfatiza: o recurso não é indicado em casos de muito perigo porque seria preciso abrir o aplicativo para acioná-lo, o que, sob ameaça, colocaria o usuário em risco. Mas em outro tipo de situação, como o carro quebrar ou o pneu do veículo furar em um lugar difícil de localizar, é possível mandar a localização geográfica apenas acionando o botão. Ou em um assalto em lugar público, em que a pessoa está em condições de não ser vista pelos criminosos. Quem recebe a mensagem pode cha-
mar a polícia e informar onde está ocorrendo o problema. Caruso diz que o dispositivo, que foi lançado na Exposec deste ano, deverá ter mais um recurso em breve: o envio automático programável da localização geográfica do usuário. Ele poderá, com um único disparo do aplicativo, mandar notificações com o mapa de onde está a cada 5, 10, 20 minutos, como preferir. “É uma iniciativa de utilidade pública. Faz parte da nossa missão contribuir para que tenhamos uma sociedade mais segura e produtiva. E o melhor de tudo: é de graça”, diz Caruso.
Caruso, gerente de operações e marketing: “O mérito da ideia é ser simples”
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Tecnologia - 15ª Exposec
Adeus aos
cabos
Segurança Inteligente
Tecnologia de sistemas eletrônicos de segurança sem cabeamento ganha cada vez mais terreno no mercado brasileiro, ao proporcionar instalação simples e redução de custos
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ma das principais tendências observadas na última edição da Exposec é o crescimento do uso de tecnologia dos sistemas eletrônicos de segurança sem cabeamento. Em lugar dos fios e cabos que exigem adaptações de infraestrutura para fazer a ligação entre os equipamentos, entram em cena as linhas de sensores e a conexão wireless, que dispensam o custo com obras. “É uma economia significativa. Não envolve somente os cabos, que são baratos, mas também os custos com a mão de obra, a tubulação, de quebrar paredes e fazer canaletas, por exemplo”, explica Robson Tricarico, gerente comercial da Securicenter, a SC Technology. Ele conta que a empresa, especializada na fabricação e distribuição de equipamentos de sistemas eletrônicos de seguranca, trabalha com uma linha completa de sensores infravermelho e uma linha de Circuito Fechado de TV com sensoriamento via wireless. Visualmente, o sistema de conexão é mais fácil de instalar e é limpo, pois fica praticamente invisível. “É como se você estivesse afixando um quadro ou um enfeite na parede: faz um furo na parede, encaixa o aparelho, aperta o botão e ele transmite, online, o sensoriamen-
to”. Com as câmeras é a mesma coisa: elas são colocadas para ficar “de olho” no seu patrimônio e você, de qualquer parte do mundo, vê o que acontece diante dela pela internet.
Tricarico, da SC: “É como se você estivesse afixando um quadro: faz um furo na parede, encaixa o aparelho, aperta o botão e ele transmite, online, o sensoriamento”
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Tecnologia - 15ª Exposec
O iBridge, da Napco: tablet é uma central de monitoramento portátil
Segundo Tricarico, a tecnologia utilizada está disponível há bastante tempo no mercado, mas as empresas do setor não estavam utilizando muito o sistema porque os equipamentos IP eram caros. Ele conta que câmeras que há alguns anos custavam cerca de R$ 5 mil, hoje podem ser compradas por R$ 1.500, por exemplo. A SC trabalha com as principais marcas de cerca de 50 fornecedores de equipamentos em geral. “Nosso sistema sem cabeamento é uma tecnologia associada. Todos os dispositivos são integrados e o cliente obtém o sinal para acessá-lo de onde desejar”, afirma. Durante a Exposec, a Napco apresentou outro exemplo de sistema sem cabeamento, o iBridge, voltado para segurança residencial, com acesso realizado por meio de um tablet, em uma área de alcance de 30 metros. O iBridge integra a parte de alarmes da linha Gemini, da Napco, o equipamento de vídeo e até quatro câmeras IP, segundo Marcelo Velicev, do
Tecnologia está disponível há bastante tempo no mercado, mas os equipamentos IP eram caros departamento da Spya Express, que representa a Napco. O tablet é para uso interno, funcionando como uma “minicentral” de monitoramento na residência. “É plug and play: você coloca o tablet na parede, liga na toma e, pronto, está funcionando”. A conexão sem fio é feita por meio de um access point na central de alarme e também permite acionar a iluminacão e climatização da casa. A empresa também possui sistema similar
com acesso remoto, o i-Remote, que foi lançado antes do iBridge. Com o i-Remote o usuário acessa a central de qualquer tablet, smartphone ou computador. “É como se você levasse com você a sua central de monitoramento para verificar o status do alarme, se houve alguma intrusão, ser notificado em caso de perigo ou abrir as portas da residência para que um vizinho verifique alguma coisa, por exemplo”, diz Velicev.
Frases - 15ª Exposec
Segurança Inteligente
A feira é ótima! Ela ajuda muito na divulgação do desenvolvimento do nosso setor na mídia, faz com que a população tome conhecimento desta área. Acompanha e reflete todo o processo por que passa o mercado e deve continuar acompanhando, pois tem um papel importante para nós Flávio Peres - PPA
Para a Fenabese, é uma grande oportunidade para trazer representantes do Brasil inteiro e discutir os temas importantes de nosso setor, fomentar negócios e conhecer tantas tecnologias que também podem utilizar e levar para seus Estados. Por tudo isso e muito mais, a Exposec é fantástica! Selma Migliori - Fenabese
É simplesmente a feira da indústria nacional, representando também as principais marcas do exterior. Carlos Progianti - Abese
Estamos na feira desde a primeira edição e podemos dizer que ela contribui muito para a fidelização dos clientes, a prospecção de mercado e para a gente encontrar muitos amigos que fizemos trabalhando neste mercado Robson Tricarico - SC Technology
Muitos expositores conhecem as 11 feiras que são realizadas no exterior e me falam: ‘Sua feira é melhor que a maioria’ José Roberto Sevieri - Grupo Cipa Fiera Milano, organizador de Exposec
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Tecnologia
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Minúsculas o suficiente para serem imperceptíveis ou gigantes em constante movimento, as câmeras se espalham por todo o tipo de ambiente desempenhando funções distintas
As
estrelas da indústria As câmeras de videomonitoramento, quase onipresentes na vida da população, são hoje uma espécie de “coração” do setor de sistemas eletrônicos de segurança, o local para onde convergem várias outras tecnologias
Segurança Inteligente
9%
Participação de mercado, por segmento
24% 24%
Sistemas de alarmes contra intrusos Sistemas de circuitos fechados de TV Sistemas de controle de acesso Equipamentos detecção e combate a incêndio
E
afirma Carlos Progianti, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese). O segmento que é praticamente protagonizado pelas câmeras, o de Circuito Fechado de TV (CFTV), tem tido tanto destaque que foi escolhido para tema do Con-
Foto: divulgação
las já fazem parte das paisagens urbanas de todo o Brasil, misturadas a semáforos, postes de energia, paredes externas de empresas e edifícios. Também compõem cenários internos: estão dentro das lojas, dos supermercados, nas escolas, nos escritórios, na nossa rua, no nosso prédio, dentro da nossa casa. Nem prestamos mais atenção nelas, que nos observam sem parar. Esta quase “onipresença” das câmeras de videomonitoramento na vida da população fez delas uma espécie de “coração” da indústria de sistemas eletrônicos de segurança. Para que elas tenham recursos cada vez mais poderosas e eficazes, convergem na sua direção várias outras tecnologias, fazendo com que não apenas os modelos de câmeras se diversifiquem, mas também outros recursos avancem em ritmo acelerado. Hoje, os fabricantes trabalham para que as câmeras “vejam” tudo em toda a parte e “pensem” como se pudessem imitar um cérebro. “As câmeras se tornaram inteligentes há alguns anos, mas agora a sofisticação é maior porque já é possível definir se o que elas estão olhando é motivo de alerta ou não. Além da gravação de imagens, elas têm sensores de presença e desempenham funções que antes só podiam ser feitas por um operador, como a aproximação automática quando ocorre um evento suspeito”,
43%
Câmera da Videotec no estádio de Udine, na Itália
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Tecnologia
Circuito Fechado de TV será o tema principal do Congresso Internacional de Segurança (CIS) deste ano, que será realizado em novembro
Novello, da Videotec: “Câmera faz giro de 200 graus por segundo e pode chegar de um ponto a outro do estádio em 30 centésimos de segundo”
gresso Internacional de Segurança (CIS), que a Abese realizará nos dias 29 e 30 de novembro. Atualmente, a área de CFTV detém 43% do mercado de sistemas eletrônicos de segurança. Nenhum dos demais segmentos que compõem o setor sequer chega perto desta participação (veja quadro). No CIS, os painéis vão abordar desde o cenário do mercado com os
eventos esportivos internacionais que o Brasil fará – Copa do Mundo, em 2014; e Olimpíadas, em 2016 – até o perfil psicológico das pessoas em estações de monitoramento, com palestrantes brasileiros e também de Argentina, Espanha, Estados Unidos e Itália. “O vídeomonitoramento é fundamental para a evolução das tecnologias de segurança”, afirma Progianti.
Em relação aos modelos, as câmeras disponíveis no mercado brasileiro podem ser distribuídas em três classificações: mini, intermediárias e speed dome. A câmera mini, como diz o nome, tem alcance de 5 metros e geralmente é utilizada em locais como elevadores, caixas de supermercados, depósitos de um volume pequeno de estoque. Os
Segurança Inteligente
Ueric Melo, da Alpha-Digi: câmera com visão em 360º
CFTV detém 43% do mercado de sistemas de segurança eletrô nica no Brasil modelos desta categoria variam conforme a definição de imagem e atualmente os equipamentos com ângulo bem aberto e com capacidade de captar imagens no escuro estão entre os mais avançados neste segmento. As câmeras intermediárias podem ter alcance de 15, 25, 40, 60 ou 100 metros. Os modelos diferem também em ângulo e definição de imagem. As mais avançadas hoje no mercado brasileiro são de
aproximadamente 500 linhas, com um terço de ângulo, infravermelho e componente Sony. No mundo inteiro, só existem duas marcas de componentes de câmera – Sony e Sharp – e o mercado reconhece a Sony como primeira linha e Sharp, como segunda. A terceira categoria é a speed dome, a de supercâmeras giratórias com potência de zoom de 26X ou 36X. Elas são controladas com um joy stick, apropriadas para lo-
cais com grande aglomeração de pessoas. “São as câmeras utilizadas na cobertura dos desfiles de escolas de samba no Carnaval, por exemplo”, explica Robson Tricarico, gerente comercial da SC Technology, fabricante e distribuidora de equipamentos de segurança eletrônica. São apropriadas também para os estádios. “O principal diferencial está na versatilidade de movimentação e de zoom”, afirma Emanuele Novello, gerente de vendas da italiana Videotec, que tem suas câmeras em estádios como Camp Nou, do Barcelona, e Stad de France, em Paris. “Nossa câmera é capaz de fazer um giro de 200 graus por segundo e pode chegar de um ponto
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Tecnologia
Câmera da Intelbras: angulação de menos 90 graus a mais 45 graus, com limpador e bloco optico de 36X
a outro do estádio em 30 centésimos de segundo”, afirma Novello. O equipamento tem versões com câmeras IP, ONVIF , analógicas e térmicas e pode utilizar qualquer marca disponíveis no mercado, com limpador. Neste ano todos os estádios FIFA da Polônia foram equipados com câmeras da marca, segundo o gerente de vendas. Já a brasileira Intelbras criou uma câmera com angulação de menos 90 graus a mais 45 graus, com limpador e bloco optico de 36X, mas com aplicação para monitoramento de rodovias, para ser acoplada em cima de viaturas policiais, e pistas de aeroportos. O equipamento é capaz de fazer um giro
de 360 graus horizontal contínuo e possui iluminador a laser com alcance de 500 metros. “Quando a viatura chega em uma rua com um beco escuro, o policial não precisa desembarcar para verificar todo o local ou entrar naquele beco com o veículo. Ele pode, por meio de um monitor que fica dentro da viatura, monitorar aquela área escura com o iluminador a laser. Não corre perigo”, afirma Fábio Lopes Ribeiro, gerente de negócios da Intelbras. Ele conta que 50 câmeras estão sendo utilizadas em projeto-piloto em um município do interior de São Paulo – cujo nome ele não divulga. As câmeras também estão operando nas cabeceiras das pis-
tas do aeroporto de Bacacheri, em Curitiba (PR) para monitorar pousos e decolagens. Esta capacidade da câmera de eliminar os pontos cegos e enxergar todo o ambiente sozinha também é o apelo principal da linha Fish Eye, da Alpha-Digi, uma dome de rede fixa com vista panorâmica de 180º quando afixada à parede, e de 360º quando acoplada ao teto ou ao chão. Segundo Ueric Alves de Melo, gerente de projetos da Alpha-Digi, com uma única câmera destas é possível substituir a função que teria de ser desempenhada por oito câmeras convencionais. “É uma única lente, uma única manutenção periódica e uma só estru-
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Dinion Capture 7000, da Bosch: conjunto completo de captura de imagens para monitoramento de trânsito
“As câmeras se tornaram inteligentes há alguns anos, mas agora se tornou possível definir se o que elas estão olhando é motivo de alerta ou não”, diz Progianti tura para monitorar a mesma área”, compara. A Fish Eye tem alcance de até 50 metros quadrados para identificação facial e chega ao dobro em caso de detecção de movimento. “É indicada para ambientes internos onde não há paredes, com os escritórios onde existem divisórias do tipo biombo, por exemplo”. O sistema permite acesso remoto às imagens da central de monitoramento por meio de smartphones, tablets ou computadores.
Já a Bosch fez da combinação de tecnologias em um único equipamento o diferencial do Dinion Capture 7000, um conjunto de captura de imagens para monitoramento de trânsito, em que uma câmera tem o foco na identificação da placa do veículo e outra, secundária, faz uma tomada panorâmica do veículo, associando as duas imagens. As câmeras operam integradas em uma mesma caixa, com o mesmo iluminador. “Antes, o
integrador precisava comprar a caixa, o iluminador, confirgurar, montar tudo aquilo. A Bosch entendeu que isso era um nicho de mercado interessante e então desenvolveu o conjunto inteiro”, conta Menezes. Dentro deste conjunto, segundo Menezes, está o mais recente avanço tecnológico promovido pela Bosch no segmento de circuito fechado de TV: a linha de câmeras Dinion 2X, as primeiras do mundo com capacidade de processamento de imagem em 20 bits - até então, a capacidade máxima era de 15 bits. O novo recurso resulta da combinação da tecnologia de processamento digital Bosch (DSP 2X) e o sensor CDC de Amplo Alcance Dinâmico (WDR), o que faz com que o equipamento - cuja potência é 32 vezes maior que a do processamento em 15 bits - consiga praticamente compensar os ruídos de luminosidade no ambiente ao captar as imagens, proporcionando um registro mais claro e nítido. Esta câmera também é utilizada pela Bosch na linha FlexiDome 2X. As câmeras possuem o recurso Night Capture Imaging System,
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Tecnologia
Linha 2X, da Bosch: processamento em 20 bits compensa más condições de luminosidade para fornecer imagens mais nítidas Outras câmeras
BLC Inteligente com configuração automática para fácil instalação Imagem de uma câmera Dinion 2X
Tecnologia 2X Dynamic para melhorar a imagem pixel a pixel
A olho nu
Máscaras de privacidade para ocultação de zonas de cena sensíveis
Os conectores amovíveis facilitam a ligação dos cabos, mesmo quando a câmera já está montada
operando 24 horas por dia e 7 dias por semana, em versões IP e analógica, com alcance de até 28 metros. “É um conjunto optico capaz de mesclar a lente, que tem um fator infravermelho, com um iluminador e um sistema de captura que consegue processar a variação brusca de iluminação”, explica Menezes. A Axis cita um outro exemplo de câmera, menor ainda que as da categoria mini: a microcâmera Axis P85. Afixada na altura dos olhos, ela possui 2 milímetros de espessura e tem capacidade para captar imagens em HD. “É imperceptível no ambiente e tem tecnologia para abranger um espaço grande. Com isso, a gente muda o conceito, pois geralmente as câmeras estão no teto e aí, se alguém entra no local
Fonte de alimentação altamente eficiente, para melhor temperatura de funcionamento
de boné, o rosto fica escondido”, afirma Marcelo Espasandin, gerente de marketing para América do Sul da Axis. O dispositivo é adequado para uso em supermercados, bancos, lojas etc. “As câmeras são como remédios, cada uma tem uma função específica. Não posso permitir que uma faça a função de outra porque o resultado seria inadequado, seria uma desinformação para a central de monitoramento”, afirma. Por trás desta variedade de modelos, há uma série de recursos que
Modo Dia/ Noite com filtro IV motorizado
avançam cada vez mais para proporcionar um sistema integrado de alta performance. As câmeras são apenas a parte visível, a parte que faz o papel dos “olhos” de uma estrutura tecnológia formada por softwares, sensores, sistemas de cabeamento ou conexão sem fio, centrais de monitoramento, armazenamento e análise de imagens - só para citar alguns segmentos que evoluem junto com as câmeras e sobre os quais apresentamos exemplos nesta edição.
Armazenamento
Segurança Inteligente
Os equipamentos de armazenamento em rede da Iomega: capacidade chega a 32 terabytes
Espaço
de sobra U
ma tecnologia que ganha importância no mercado à medida em que as câmeras e os sistemas de monitoramento ficam mais sofisticados é o armazenamento de imagens em rede. “No Brasil, o mercado está muito calcado em soluções no segmento de DVRs (Digital Video Recorder), que exigem um alto custo com cabeamento. Com o sistema de armazenamento conectado à internet, a solução de cabeamento é muito mais simples e é possível fazer o acesso remoto, inclusive em tempo real, de qualquer aparelho conectado à internet”, afirma Guilherme Aldighieri Soares, vice-presidente de vendas para a América Latina da Iomega, subsidiária da norte-americana EMC Corporation. A empresa tem uma família de produtos nesta linha, entre os quais os equipamentos px6-300D
e px12-350R, com capacidade de armazenamento em rede que vai de 2 a 36 terabytes, segundo Soares. Ele ressalta ainda a questão do back up, dizendo que o risco de perder as gravações se o parelho de DVR for roubado, por exemplo, é nulo, pois existe a possibilidade de replicar todas as gravações do storage local e m uma nuvem ou em qualquer outro site. Segundo Soares, os equipamentos já estão sendo usados no aeroporto de Natal (RN) e no Estádio de Pituaçu, em Salvador (BA), bastante cotado para ser o centro oficial de treinamentos durante a Copa de 2014. Soares, da Iomega: “Solução de cabeamento é mais simples que a dos DVRs e é possível ter acesso remoto em tempo real”
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Artigo
Afinidade por valores sustentáveis:
ainda é seguro ignorar isto?
Luiz Oliveira é consultor em planejamento. E-mail: luizoliveira@abastansa.com.br
Ilustração: © Mashe / PhotoXpress
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N
ão foi à toa que as ações do Facebook alcançaram cifras bilionárias - Linkedin e Twitter também vão bem, obrigado. Essencial para a vida das empresas, o cenário da publicidade mudou de novo: agora são as redes sociais que fazem anunciantes repensarem o foco da sua comunicação. Isso porque o conjunto de consumidores que não estão conectados em rede está diminuindo vertiginosamente. Assim, até os anos 90, a qualidade era a rainha dos diferenciais – mas rapidamente, por causa da internet, virou obrigação. Ter um ótimo conhecimento das necessidades e perfis dos clientes também está se tornando mera condição sine qua non para a permanência no mercado. Para usar a linguagem da moda, a bola da vez está com as empresas capazes de criar causas que os internautas compartilhem. Mas essa tendência merece mesmo confiança? Afinal, a grande amiga e vendedora das empresas de segurança é justamente a insegurança, que gera a necessidade de seus produtos e serviços. Ora, nas vésperas dos grandes eventos esportivos, o Brasil também se tornou atraente para o terrorismo - portanto, e matéria de insegurança, até que vamos bem. Então vamos falar de competitividade: as ofertas e inovações da segurança eletrônica são mesmo conhecidas do mercado? Com um clique de mouse o consumidor atento pode obter muito mais informação do que a publicidade sonha em transmitir. O que faria, então, uma oferta ser mais desejável do que as outras? Pa-
rece claro que sem um diferencial digno dos novos tempos, uma empresa vai envelhecer e ficar para trás. Chegou a hora de pensarmos na sustentabilidade - assunto que ocupa um percentual imenso na mídia e nas buscas no Google: a segurança em um determinado local é a segurança da comunidade adjacente. Assim, a mobilização social em torno da segurança de comunidades tornou-se um ótimo investimento para os próprios clientes da segurança eletrônica: minimizando riscos, eles conquistam a simpatia dos vizinhos e demais stakeholders. Pelo raciocínio inverso, os alarmes poluentes, que disparam à toa e os estabelecimentos que atraem assaltantes geram críticas que se propagam pelas redes sociais em minutos. Isso de desenvolver afinidade por valores sustentáveis tornou-se assunto muito sério. O ROI é claramente mensurável: além de atrair oportunidades sem gastar mais um centavo em anúncios, é um dos fatores decisivos na retenção de talentos, evitando desperdício de tempo e dinheiro - tanto em treinamentos de pessoas que se desligam, como de seus substitutos. Com ajustes precisos desde sua visão e valores, uma empresa de segurança eletrônica pode fazer uma enorme diferença nas redes sociais, atraindo adesões instantâneas para a causa que defende. Ferramentas é que não faltam: tanto para as empresas pequenas, quanto para aquelas que já podem implantar uma solução de e-learning (por exemplo), a sustentabilidade pode ser o Big Bang da afinidade, desde a própria equipe até os clientes efetivos e potenciais.
Panorama Internacional
Segurança Inteligente
Helicóptero Seahawk SH-60, está entre equipamentos que teriam peças falsificadass, segundo o comitê
Defesa
falsa
Relatório de comitê do Senado americano aponta inundação de peças eletrônicas de segurança falsificadas, a maioria da China, no abastecimento de equipamentos do Exército norte-americano, colocando em risco a segurança do país
U
ma investigação realizada pelo Comitê de Serviços Armados do Senado dos Estados Unidos resultou na descoberta de que mais de um milhão de componentes eletrônicos falsos, a maioria da China, entraram na cadeia de abastecimento da área de Defesa norte-americana. Conforme relatório do Senado, o problema é uma ameaça à segurança do país. O volume de peças com suspeita de falsificação chegou a ultrapas-
sar a marca de um milhão, segundo o Comitê. Neste caso, foram encontradas peças de sistemas militares críticos, como dispositivos de mira térmica em armas entregues ao exército, computadores de missão para o míssil THAAD, da Agência de Defesa Antimíssil, e em um grande número de aviões militares. Um dos exemplos citados no relatório é baseado em informações da Força Aérea americana, segundo as quais um fornecedor chinês teria
enviado aos Estados Unidos 84 mil componentes eletrônicos suspeitos de falsificação. Um dos senadores do comitê disse que a “inundação de peças falsificadas” ameaça também os empregos no país. Os autores do relatório criticam a falta de esforços do governo chinês para deter a produção de componentes falsificados, mas também aponta para a indústria de defesa dos Estados Unidos pela falta de rigor na escolha de fornecedores independentes e na fiscalização da qualidade dos equipamentos recebidos. Os senadores também criticaram a indústria americana por não denunciar os casos de falsificação. “O relatório da nossa comissão deixa bastante claro que as vulnerabilidades em toda a cadeia de abastecimento da defesa permitem que peças eletrônicas falsas se infiltrem em sistemas militares críticos dos Estados Unidos, colocando em risco a nossa segurança e as vidas dos homens e mulheres que a protegem”, afirmou o membro do Comitê senador John McCain.
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Alarmes consequĂŞncias, causas e controle
Segurança Inteligente
Mário Rui Tavares MBA Gestão Estratégica de Segurança. CEO do grupo Artan e membro do Conselho Deliberativo da Abese. Co-autor do livro “Gestão da Continuidade de Negócios e Comunicação em Momentos de Crise”. Possui diversos cursos de extensão universitária nas áreas de gestão, auditoria de riscos corporativos e continuidade de negócios. tavares@artan.com.br
A
incapacidade do Estado em prover o nível de segurança esperado faz com que os cidadãos invistam cada vez mais em sistemas eletrônicos de segurança para proteger a vida e o patrimônio. Entre os sistemas de segurança utilizados, os alarmes monitorados são sem dúvida os mais difundidos no mercado para detectar a violação de áreas protegidas. Oriundos em sua maioria dos EUA, onde ganharam expressão comercial a partir da década de 60, chegaram ao Brasil em 1982. Reconhecidos em estatísticas européias e americanas como aliados eficientes na prevenção e mitigação de furtos e roubos, apresentam, porém, um inquestionável ponto fraco: os alarmes falsos. Fraqueza que se reflete negativamente no negócio monitoramento e junto ao público em geral: CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS PARA O NEGÓCIO
CONSEQUÊNCIAS NEGATIVAS JUNTO AO PUBLICO EM GERAL
Obrigam as estações de monitoramento a super dimensionar as estruturas de recepção e atendimento a emergências.
Geram uma imagem negativa do produto e do serviço e desgastam o relacionamento com os clientes .
Aumentam os custos operacionais dos serviços de monitoramento e verificação de alarmes.
Fazem com que sejam ignorados pela população os disparos de sirenes.
Concorrem com o atendimento a alarmes reais, piorando a qualidade de entrega dos serviços.
Provocam dissabores com vizinhos e em algumas cidades podem originar multas e processos.
Afetam negativamente o estado de alerta dos operadores.
Nos casos em que a verificação do alarme não é conclusiva, respondem pela notificação desnecessária de emergência aos órgãos de segurança pública.
Clarear aspectos relacionados às causas e contribuir para a redução dos alarmes falsos é a missão deste artigo.
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CAUSAS DOS ALARMES FALSOS
Amostra e entendimento Para identificar as causas dos alarmes falsos foram extraídos dados do atendimento a 3.287 sinais de emergência reportados, no mês de março de 2012, por uma amostra de 1250 Painéis de Controle. Desta amostra, 6% ou 75 dos sistemas, possuíam o serviço de controle de ativação e desativação baseado em tabela de horário. A expressão “alarme falso” é utilizada neste artigo para descrever um evento de emergência reportado à estação de monitoramento, por um painel de controle ativo, que gera um processo operacional que consome recursos desnecessariamente, ou seja, provoca uma entrega desnecessária de serviço. As classificações utilizadas para a baixa estatística de causas dos alarmes falsos foram: 1. Usuários - Alarme que, independentemente do aspecto intencional ou não intencional, foi causado pelo contratante ou alguém a ele subordinado. A causa usuário foi destrinchada nas seguintes sub causas: • Alarme acidental - Usuário encontra-se no local e aciona botão de pânico ou viola área protegida acidentalmente; • Não desativou - Usuário entra no imóvel sem desativar o Painel de Controle; • Abertura antecipada - Usuário desativa o Painel de Controle, desrespeitando tabela de horário acordada; • Ainda não fechou - Usuário não ativa Painel de Controle, desrespeitando tabela de horário acordada; • Teste sem comunicação - Usuário realiza teste de alarme sem comunicação prévia à Estação de Monitoramento. 2. Agentes da natureza - Alarme causado por raio, nevoeiro, chuva ou ventos fortes entre outros; 3. Ambiente externo - Alarme em zona periférica causado por falta de controle do ambiente, como falta de poda em plantas e pequenos animais;
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4. Ambiente interno - Alarme em zona interior causado por falta de controle do ambiente. Por exemplo: plantas, umidade, pequenos animais, cartazes. 5. Defeitos Técnicos - Alarmes causados por defeito em equipamentos, baterias e fontes de alimentação, implantação de tecnologia não indicada para o local, programação inadequada e testes técnicos sem comunicação prévia, entre outros
Dados apurados • 1250 Painéis de alarme reportaram 3.287 eventos de emergência durante o período de 30 dias; • dos 3.287 eventos de emergência reportados, 3.275 se configuraram como alarmes falsos e 12, reais (figura 1) • dos 3.275 alarmes falsos, 937 a causa não foi identificada e, por isso, os registros foram descartados para a análise de causas dos alarme falsos; • A apuração de causas dos 2.338 alarmes falsos registrou : Usuários, 2072; Defeitos técnicos, 91; Agentes da Natureza, 81; Ambiente Externo, 56; Ambiente Interno, 38 (figura 2) • Os alarmes falsos causado pelos usuários tiveram as seguintes sub causas: Alarme Acidental, 1097; Não Desativou, 94; Abertura Antecipada, 269; Ainda Não Fechou, 572; Teste sem Comunicação,40 (figura 3) • Os sinais de Abertura Antecipada e Ainda Não Fechou reportados pelos Painéis de Controle que possuíam este serviço (75 dos 1250 Painéis de Controle da amostra) responderam por 841 das ocorrência dos Usuários.
Gráficos Figura 1 - Alarmes falsos x reais
Alarmes falsos Alarmes Reais
Figura 2 - Causas dos alarmes falsos
Usuários Agentes da natureza Ambiente externo Ambiente interno Defeitos Técnicos
Figura 3- Alarmes falsos causados por usuários
Disparo acidental Não desativou Abertura antecipada Ainda não fechou Teste sem comunicação
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Conclusões da análise dos dados: Em média, cada painel de controle reportou 2,62 alarmes de emergência no período de 30 dias. Expurgados os sinais de controle de ativação e desativação, em média cada painel de controle reportou 1,96 alarmes de emergência no período de 30 dias. Os painéis com controle de ativação e desativação, reportaram, em média, 13,20 alarmes de emergência, no período de 30 dias. Para cada 1 alarme real, foram reportados 273,91 falsos. Os Usuários causaram 88,62% dos alarmes falsos distribuídos conforme as seguintes sub causas: • Alarme Acidental, 52,94%; • Não Desativou, 4,54%; • Abertura Antecipada, 12,98%; • Ainda Não Fechou,27,61%; • Teste sem Comunicação, 1,93%. Os Defeitos Técnicos causaram 3,89% dos alarmes falsos. Os Agentes da Natureza causaram 3,46% dos alarmes falsos. O Ambiente Externo causou 2,40% dos alarmes falsos. O Ambiente Interno causou 1,63 % dos alarmes falsos.
COMO CONTROLAR OS ALARMES FALSOS
A partir da identificação das causas dos alarmes falsos o passo seguinte é agir no controle. Nossa proposta para este desafio é utilizar como ferramenta a metodologia, PDCA - Plan, Do, Check, Act. O PDCA é um método cientifico utilizado para a resolução de problemas de melhoria contÍnua em vários modelos de processos de negócios. Representado por um ciclo, conhecido como ciclo Deming, ciclo de Shewhart ou roda de Deming (figura 4), o PDCA aborda a melhoria de um processo como uma seqüência de ações baseadas em 4 etapas interativas que se repetem elevando desta forma ao longo do tempo os padrões de desempenho na entrega de um produto ou serviços a um cliente interno ou externo à organização (figura 5) • Plan (planejar): nesta fase é identificado o problema, realizada a análise das causas e definido o plano de ação com metas quantitativas e qualitativas a serem alcançadas, responsabilidades, recursos e procedimentos. • Do (executar): nesta fase são implementadas as ações: são capacitadas as equipes, executadas as atividades e realizados os registros para documentar as mudanças no processo. • Check (verificar): nesta fase são comparados os objetivos alcançados com os inicialmente propostos, são identificadas necessidades de ações corretivas e identificadas oportunidades. • Act (agir): nesta fase, comprovada a eficácia do plano, é hora de adotá-lo pela estação de monitoramento como padrão no controle de alarmes falsos. Para isso, o procedimento deve ser documentado para garantir que seja utilizado até que uma nova melhoria o modifique.
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Figura 4 - Roda de Deming
Figura 5 Planejar Identificação do problema. Análise das causas. Plano de Ação.
act
Plan
Check
DO
Agir Padronização. Programa de melhorias no controle de alarmes falsos.
Executar Capacitar equipes. Considerar clientes. Executadas as atividades. Realizar registros.
Verificar ment prove
Im uous Contin
Metas x Resultados. Identificar necessidades de ações corretivas e identificar oportunidades.
Porém, caso os resultados alcançados não tenham sido os esperados, deve-se analisar as diferenças e determinar as causas, as quais serão consideradas em uma ou mais etapas do subsequente ciclo do PDCA.
Limite no controle de alarmes falsos É importante considerar que, ao se estabelecer um plano de controle de falsos alarmes, a meta não é atingir “zero de alarmes falsos”, mas entregar um serviço de atendimento a emergências percebido pelos clientes como melhor do que o da concorrência, sem que o processo de melhoria (redução de alarmes falsos) se traduza em custo operacional adicional para a empresa. Tentar atingir a perfeição, ou seja, procurar eliminar todas as disfunções operacionais que geram os alarmes falsos, além de utópica - até porque várias das variáveis causadoras dos alarmes falsos não são controladas pelo gestor-, só faria aumentar os custos operacionais da estação de monitoramento, o que refletiria na redução de competitividade.
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Fotos dos estĂĄdios: Monitoramento/ ME
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Copa
Na marca do
pĂŞnalti
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Começa a contagem regressiva para o esperado “boom” de vendas em razão da Copa do Mundo no país, que deve ser puxado pelas obras de infraestrutura realizadas no entorno dos estádios
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Copa
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Maracanã: finalização do fechamento do anel da arquibancada está prevista para setembro
Q
uem esperava que o “boom” nas vendas de equipamentos de sistemas eletrônicos de segurança para a Copa do Mundo começasse no ano passado ou na virada para 2012 pode estar decepcionado com o efeito do evento esportivo para o setor. Mas deverá mudar de ideia a partir do segundo semestre deste ano ou no começo do ano que vem, quando esta demanda específica começar a mostrar sua força. Os pedidos devem ficar para a última hora, fazendo jus a um costume bem brasileiro. E não deverão desapontar. “A Copa vai ser um sucesso. Não tenho a menor dúvida!”, diz Carlos Progianti, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese). Segundo ele, a movimentação na área de sistemas eletrônicos de segurança deve ocorrer por conta das obras de áreas do entorno dos estádios. Hotéis, restaurantes, estações de metrô, aeroportos, sistemas de vigilância de trânsito - são segmentos como estes que
Progianti, presidente da Abese: “A Copa vai ser um sucesso”
vão demandar um volume de equipamentos de segurança capaz de fazer diferença nos resultados. “Precisamos entender que são 12 estádios em todo o país, dos quais 9 são privados e 3, de governos estaduais. O governo não vai financiar nada, quem assumirá as operações são as companhias pivadas. Agora, calcule a venda de sistemas de segurança para um estádio e multiplique por 12: o resultado é pequeno demais para fazer efeito nas vendas globais do setor”, explica. Já as encomendas dos outros segmentos en-
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Copa
volvidos na Copa serão significativas para as empresas, diz Progianti. As empresas já estão começando a trabalhar com pedidos impulsionados por 2014. “Se estamos vendendo mais por causa da Copa? Sim”, resume Celso Fraga, diretor comercial para América Latina da Samsung. Ele diz não ter uma estimativa precisa desta
movimentação para divulgar. “Trabalhamos com distribuidores atacadistas, então muitos destes projetos se dão em terceiro nível na cadeia. É difícil precisar. Mas sabemos que a Copa está motivando parte da demanda atual”, afirma. Entre os equipamentos mais procurados estão os de vigilância urbana, por exemplo. “Muitos municípios estão preocu-
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Fraga, da Samsung: “Copa está motivando parte da demanda atual”
pados com seus serviços de segurança pública e já estão realizando suas obras. Todas as cidades envolvidas com a Copa têm projetos muito agressivos”, conta Celso. Na Bosch, o impacto dos segmentos relacionados às cidades da Copa também tem sido expressivo, segundo o gerente de vendas e maketing da empresa, Marcos Menezes.
Castelão, em Fortaleza, já havia concluído mais de metade de suas obras em maio
“As expectativas em relação ao aumento de negócios por conta da Copa estão se confirmando, mas com foco em vários segmentos, não exclusivamente das obras dos estádios”, afirma. Menezes diz que o setor aeroportuário está investindo pesado para o evento esportivo, e a hotelaria e a construção civil têm demandado muito também. “O mercado está muito aquecido”, diz. Não significa, claro, que as obras dos estádios não estejam influenciando os negócios. A Axis, por exemplo, equipou completamente a estrutura de seguranca no estádio baiano de Pituaçú, o primeiro do brasil a ter um sistema completamente IP, segundo Marcelo Espasandin, gerente de marketing para América do Sul da Axis. O estádio não terá jogos da Copa, mas precisou ser modernizado extatamente para acolher as partidas que ficaram sem o estádio Fonte Nova - este sim,
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Copa
Menezes, da Bosch: “O mercado está muito aquecido”
passando por reformas para o Mundial de 2014. “O estádio de Pituaçu recebeu câmeras Axis de alta definição, com cobertura total de toda a sua área’, afirma Espasandin. “Não vimos ainda investimentos de governos para a Copa. Essa demanda não chegou até nós. O que vemos são empresas privadas se adequando a uma demanda de turismo que vai crescer muito, mas ainda é um movimento muito tímido”, afirma Fábio Lopes Ribeiro, gerente de negócios da Intelbras. “Acreditamos que, a partir do segundo semestre deste ano e até o primeiro quadrimestre de 2014, os investimentos em segurança terão um aumento bastante expres-
Fonte Nova, em Salvador, terá capacidade para 50 mil torcedores, restaurante panorâmico e 2 mil vagas de estacionamento
sivo. Como sabemos, no Brasil nada é feito com antecedência. O pessoal deixa tudo para a última hora, principalmente em relação às obras do governo”, diz ele. Ele afirma que, por meio de um parceiro, a Intelbras é hoje a empresa responsável pelo monitoramento das obras de todas as arenas esportivas. “Nossas câmeras são utilizadas para obter e gravar as imagens do
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Fifa já apresentou projeto às empresas de segurança Em janeiro deste ano foi realizado
dos participantes do encontro. O
para a Copa das Confederações e
o primeiro encontro entre a ge-
gerente de planejamento do Comi-
Copa 2014, equipamentos, capa-
rência geral do Comitê da Fifa e os
tê Organizador da Copa do Mundo
citação dos profissionais, contrato
representantes das entidades de
da Fifa Brasil, Pedro Miranda, expli-
trabalhista e a legislação pertinen-
classe e patronal das empresas de
cou como vai funcionar a contrata-
te. “Foi muito importante participar
segurança privada, no Rio de Ja-
ção das empresas e o perfil dese-
deste encontro e apresentar o perfil
neiro, quando o projeto da Fifa foi
jado pela organização. Durante a
das empresas de sistemas eletrô-
apresentado às companhias de sis-
reunião, os participantes discutiram
nicos de segurança. No futuro te-
temas eletrônicos de segurança. “A
sobre o modelo da segurança ele-
remos outros contatos. Queremos
Fifa sabe muito bem o que quer. O
trônica, os perfis das empresas de
ter uma participação efetiva neste
projeto é internacional”, diz Carlos
sistemas eletrônicos de segurança,
grande evento que será a Copa de
Progianti, presidente da Abese, um
o modelo de segurança integrada
2014”, comenta Progianti.
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Copa
Mineirão, em Belo Horizonte: previsão é de que a obra seja entregue no dia 21 de dezembro deste ano
dia-a-dia da construção dos estádios. É a demanda pré-Copa”, afirma. Ele diz que a empresa quer participar das obras realizadas ao redor dos estádios, nos projetos urbanos dos municípios que vão sediar o evento. “Em relação à segurança nos estádios, sabemos que é uma briga muito acirrada, com grandes players internacionais fazendo muita pressão e disputando as vendas, então não creio que a Intelbrás queira medir força neste nicho de mercado.” O foco da empresa é no entorno dos estádios, diz. Na Digicon, o objetivo maior é equipar estádios. A empresa, especializada na fabricação de catracas eletrônicas para arenas esportivas, tem sua marca nos sistemas utilizados nos estádios do Palmeiras, Figueirense, Avaí, Vasco, Sport Recife e Coritiba, segundo João Luiz Diniz, gerente de produtos da Digicon. “Neste tipo de catraca, o mais importante é a resistência, a robustez, pois você tem milhares de pessoas acessando o estádio em questão de minutos. Precisa ter um processo de comunicacão rápido, leitores de cartões velozes para o usuário não perder tempo”. Segundo o diretor, quem está definindo as compras de equipamentos para os estádios são as construtoras, junto com os estádios, e os representantes da Fifa. “Estamos recebendo muitas consultas, fazendo muitos orçamentos, mas creio que ainda não há muita coisa definida”, conta. Também a Digicon estima para o segundo semestre a demanda mais significativa. “Pelo volume de equipamentos que será necessário para todos os estádios, a Digicon acredita que estará entre as fornecedoras no seu segmento”, diz.
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As obras mais avançadas No começo de maio, um balanço da Fifa mostrou
seu portal, a verticalização das obras fez com que
que quatro estádios que receberão os jogos da
o posicionamento das câmeras de monitoramen-
Copa das Confederações no ano que vem já ha-
to fossem reposicionadas nos estádios. Se antes
viam ingressado no ponto mais alto da obra, a fase
os arquitetos e engenheiros acompanhavam o an-
de montagem da cobertura: o Maracanã, no Rio de
damento dos projetos na sede do Comitê Organi-
Janeiro; o Castelão, em Fortaleza; o Mineirão, em
zador Local (COL) em plano aberto, agora as duas
Belo Horizonte; e o Fonte Nova, em Salvador.
câmeras em cada arena ocupam posições mais
No Maracanã, no Castelão e na Arena Fonte Nova
altas ou foram focadas em determinadas partes
estavam sendo erguidos os pilares de sustentação
das obras. Atá maio, as arenas de Brasília, Belo
para a cobertura, enquanto o Mineirão trabalhava
Horizonte, Fortaleza e Rio de Janeiro já estavam
na colocação de discos no teto do estádio.
confirmadas como sedes da Copa das Confedera-
Segundo informações divulgadas pela Fifa em
ções em 2013.
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Serviço
Lista de entrevistados
Eis os dados para contato com as pessoas entrevistadas nas reportagens desta edição de Segurança Inteligente. Se encontrar alguma dificuldade, por favor entre em contato conosco:
segurancainteligente@patriaeditora.com.br
Adelar Anderle (Pág. 12) AA Consultoria & Advocacia Telefone: (61) 3329-6123
Celso Fraga (Pág. 54) Samsung Telefone: (11) 5105-5950
Flávio Peres (Págs. 18 e 37) PPA Telefone: (11)
Antonio José Claudio Filho (Pág. 30) Bycon Telefone: (11) 5096-1900
Clyton Eustáquio Xavier (Pág. 12) PF Telefone: (61) 2024-8172
Guilherme Aldighieri Soares (Pág. 45) Iomega Telefone: (21) 3082-4205
Carlos Progianti (Págs. 12, 18, 37, 38 e 54) Abese Telefone: (11) 3294-8033 Carlos Schwochow (Pág. 18) Seventh Telefone: (48) 3225-0751
Emanuele Novello (Pág. 38) Videotec Telefone: (00XX1518) 825-0020
João Luiz Diniz (Pág. 54) Digicon Telefone: (51) 3489-8745
Fábio Ribeiro (Págs. 38 e 54) Intelbras Telefone: (48) 3281-9873
José Roberto Sevieri (Págs. 18, 25 e 37) Grupo Cipa Fiera Milano Telefone: (11) 5585-4355
Segurança Inteligente
(11) 3294-8033 www.abese.org.br
Luciano Caruso (Pág. 35) Graber Telefone: (11) 4208-9900
Marcos Menezes (Págs. 38 e 54) Bosch Telefone: (19) 2103-1954
Luiz Gonzaga Corrêa Santos (Pág. 18) Alpha-Digi Telefone: (11) 3805-3213
Reinaldo Júnior (Pág. 18) PPA Telefone: (14) 3407-1000
Marcelo Espasandin (Págs. 38 e 54) Axis Telefone: (11) 3050-6600
Robson Tricarico (Págs. 34, 37 e 38) SC Technology Telefone: (11) 3879-5299
Marcelo Velicev (Pág. 34) Spya Telefone: (11) 2291-4242
Selma Migliori (Págs. 12 e 37) Fenabese Telefone: (11) 3294-8033
Ueric Alves de Melo (Pág. 38) Alpha-Digi Telefone: (11)3805-3213
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Agenda
Calendário de eventos da Associação Brasileira das Empresas de Segurança Eletrônica (Abese) para os meses de abril e maio www.abese.org.br
B
C
A
A - 28 de junho Simpósio Regional Abese Siese - PR Curitiba - PR B - 9 de agosto Simpósio Regional Abese Siese - MG Belo Horizonte - MG C - 13 de setembro Simpósio Regional Abese Siese - MS Campo Grande - MS
VIII CONGRESSO INTERNACIONAL DE SEGURANÇA OPORTUNIDADES E PERSPECTIVAS DO VÍDEO MONITORAMENTO
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LocaL: Novotel Jaraguá, R. Martins
e de novembro
Fontes, 71, Bela Vista - SP PROGRAMAÇÃO
O cenário dos estádios e grandes áreas para eventos esportivos
Monitoramento 360º
Infraestrutura para Vídeo Monitoramento
Vídeo Monitoramento Público: Cidade Digital
Perfil Psicológico e traumas em estação de monitoramento
Monitorando Novas oportunidades
Sistemas de Comunicação
O Vídeo Monitoramento no mercado argentino
Tecnologia aplicada a controle de Acesso
Perspectivas do monitoramento dentro dos meios de mobilidade PALESTRANTES CONFIRMADOS
Manuel Sánchez Gómez-Merelo - Presidente do Grupo de Estudos Técnicos (GET), de Madri (Espanha) Ronaldo Pena - Coordenador do Grupo de Estudos Técnicos de Segurança da Universidade de São Paulo - GETS USP Stephen Paul Adler Ph.D (EUA) - Autoridade Sênior em Psicanálise, leciona em diversas instituições como New School for Social Research (Nova Escola de Pesquisa Social), da Universidade de Nova Iorque Everaldo Gomes Ferreira - Executivo da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) José Guilherme Machado - Executivo da TYCO International-Security Products Léa Lobo - Diretora Infra – Facility |Property Management Helio Ferraz - Diretor Presidente da G4S Technology Brazil Mais informações:
Inscrições - Pacin Eventos Técnicos | (11) 5589-1489 aBESE: (11) 2198-1862 com Juliana Villa Real organização
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