Caderno de Resumos do I Seminário Internacional Patrimônio Sacro: Programação Geral
Ficha catalográfica preparada pelo Serviço de Biblioteca e Documentação do Instituto de Artes da UNESP S471c
Seminário Internacional Patrimônio Sacro (1.: 2013: São Paulo) Caderno de Resumos [do] I Seminário Internacional Patrimônio Sacro: programação geral / Supervisão e revisão: Percival Tirapeli, Myriam Salomão, Laura Carneiro e Gabriel Frade ; Organização Rosângela Aparecida da Conceição. - São Paulo: Unesp, Instituto de Artes; USP, Faculdade de São Bento de São Paulo, 2013. 59p. Realizado de 01 a 04 de outubro de 2013. Endereço eletrônico: http://issuu.com/patrimoniosacro/docs/cadernoderesumos_programacaogeral 1. Arte sacra. 2. Arquitetura – Sacra. 3. Patrimônio cultural – Sacro. I. Tirapeli, Percival. II. Salomão, Myriam. III. Carneiro, Laura. IV. Frade, Gabriel. V. Conceição, Rosangela Aparecida. VI. Título CDD 726.5
APRESENTAÇÃO
O I Seminário Internacional Patrimônio Sacro – I SIPS, realizado entre os dias 1 a 4 de outubro de 2013, no Mosteiro de São Bento, em São Paulo, é parceria entre o Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (IA-UNESP), Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), Faculdade de São Bento (FSB) do Mosteiro de São Bento de São Paulo, e conta com a colaboração dos membros do Grupo de Pesquisa Barroco Memória Viva, coordenado pelo Prof. Dr. Percival Tirapeli: os doutorandos do IA-UNESP Maria José Spiteri Tavolaro Passos, Eduardo Tsutomu Murayama, Danielle Manoel dos Santos Pereira, e especialmente Gabriel Frade e Mozart Bonazzi da Costa, doutorandos da FAU-USP e Myriam Salomão, professora do Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo (CAR-UFES). Conta ainda com os mestres pelo IA-UNESP Rosangela Aparecida da Conceição, Rafael Schunk e Maria Lúcia Bighetti Fioravante (esta pelo Programa de Pós-Graduação Interunidades/ USP). Completam o grupo os professores doutores do IA, José Spaniol e Sérgio Romagnolo. O Grupo de Pesquisa BMV, criado pelo Prof. Dr. Percival Tirapeli, com certificação do Instituto de Artes da UNESP e do CNPq, vem atuando desde 2010, originando-se do grupo de extensão do mesmo nome criado em 1987, com atividades ininterruptas até o momento, ao longo de 26 anos, no campo da pesquisa, ensino e extensão universitária, com foco no Barroco Brasileiro até a atualidade. No presente evento, o I SIPS, participa intensamente como convidada, a Profª Ms. Myriam Salomão, do CAR-UFES, doutoranda da FAU-USP, tanto na comissão científica como na organizadora, contribuindo com temas a serem discutidos e a atualização dos estudos na área da história e desenvolvimento da pintura colonial paulista do final do século XVII até a metade do século XIX. Além do Grupo BMV, os grupos CAT - ciência/Arte/tecnologia - IA-UNESP/ CNPq e GIIP GIIP - Grupo Internacional e Interinstitucional de Pesquisa em Convergências entre Arte, Ciência e Tecnologia - IA-UNESP/CNPq , participam por meio da colaboração de sua integrante, a pesquisadora Profª. Ms. Rosângela Aparecida da Conceição, tanto na elaboração de interfaces quanto nos processos comunicacionais com a integração de ferramentas tecnológicas para difusão das pesquisas aqui apresentadas. A Comissão Científica é constituída pelos professores doutores titulares Benedito Lima de Toledo e Percival Tirapeli, incluindo Dom Abade Matthias Tolentino Braga do Mosteiro de São Bento e o Prof. Ms. Gabriel Frade. O Prof. Dr. Benedito Lima de Toledo, arquiteto e urbanista paulistano, é professor titular na área de História da Arquitetura na FAU-USP e desenvolve pesquisas na área do barroco e da arquitetura religiosa brasileira. Com inúmeros artigos nacionais e internacionais, e livros publicados sobre a matéria, o Prof. Benedito será responsável pela explanação sobre os retábulos coloniais paulistas no I SIPS e pela indicação de palestrantes que também se dedicam ao tema. O Prof. Dr. Percival Tirapeli responde no I SIPS pelos temas abordados e sua organização ao longo do programa, pelos convites aos palestrantes internacionais e alguns nacionais, e pela exposição de pesquisas em andamento ou recentemente realizadas por seus alunos tanto de mestrado quanto de doutorado no Instituto de Artes da UNESP. Enfim, pelo panorama vivo da pesquisa que ora se faz tanto em países da América Latina, tema de seu próximo livro, quanto das pesquisas realizadas pela academia em São Paulo.
Dom Abade Matthias Tolentino Braga, OSB, Engenheiro Eletrônico formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e Abade do Mosteiro de São Bento, SP, é também membro do CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Turísti co de São Paulo, contribuindo validamente para a defesa e catalogação do patrimônio artístico paulista, especialmente no que diz respeito à arte sacra paulista. Apoiador desde o primeiro momento do I SIPS cedeu o espaço plurissecular do mosteiro de São Bento para a sua realização. O Prof. Ms. Gabriel Frade, doutorando da FAU-USP, é um dos idealizadores do I Seminário Internacional Patrimônio Sacro, e suas pesquisas estão ligadas aos espaços litúrgicos, parte delas presentes em sua dissertação e livro Arquitetura Sagrada no Brasil, sendo também objeto de estudo em seu doutorado sobre o De Fabrica Ecclesiae de São Carlos Borromeo. Na Comissão Organizadora, além dos já mencionados Percival Tirapeli, Gabriel Frade, Myriam Salomão e Rosângela Ap. Conceição, a jornalista Laura Carneiro e a administradora Beatriz Vicente de Azevedo deram seu tempo, talento e experiência à realização do Seminário.
RESUMOS
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BIOGRAFIAS
Alma Montero Museo Nacional Del Virreinato, Tepotzotlán, México Universidade Autônoma do México Arte sacra no contexto latino americano: las monjas coronadas en Mexico RESUMEN A partir del análisis de fuentes documentales, pictóricas y arqueológicas abordaremos la fastuosidad y simbolismo de las ceremonias de coronación realizadas en los conventos femeninos virreinales. En distintos momentos de su vida religiosa las monjas fueron engalanadas con coronas, palmas floridas y otros elementos como son velas decoradas, crucifijos o imágenes en escultura de Niños Dios. A estos elementos se atribuían diversos significados que trascendían el simple ornato, ya que tenían un claro sentido litúrgico. Las principales ocasiones en que eran coronadas refieren a los momentos de la profesión y la muerte; sin embargo resulta de enorme interés abordar la temática de la coronación de abadesas o prioras del convento, y la celebración de 25 o 50 años de vida religiosa.
A Pesquisa no Museu Nacional do Vice-Reinado, México. RESUMO Um museu vivo necessita pesquisar suas obras continuamente e dá-las a conhecer pelo seu público e sua comunidade, tornando-as atraentes e valorizadas pelas novas gerações. É assim com o Museu do Vice-Reinado em Tepotzotlán, México, exemplo de centro de pesquisa e divulgação da arte sacra colonial. Serão mencionadas algumas pesquisas, metodologias e museologia. BIOGRAFIA Doutora em Estudos Latinoamericanos pela universidade Autônoma do México - UNAM. Pesquisadora em tempo integral no Museu Nacional do Vice-reinado, Tepotzotlán, México, cuja área de pesquisa coordena. Recebeu o premio nacional Miguel Covarrubias pela melhor tese de doutorado com o trabalho Monjas Coroadas na América Hispânica, Foi curadora da exposição Jesuítas:. Vida e expulsão de Tepotzotlán, apresentada em 2009; no mesmo ano seu livro Jesuitas de Tepotzotlán: a expulsão e seu amargo desterro recebeu prêmio de menção honrosa do Instituto Nacional de Antropologia e História do México – INAH, como melhor pesquisa em museus. Realizou a coordenação curatorial da exposição Prata: Forjando o México. É membro do Sistema Nacional de Pesquisadores (SNI), e do Conselho Nacional de Ciência e Tecnología (CONACYT).
Ana Luiza Martins Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico – CONDEPHAAT Lugares do sagrado no patrimônio paulista RESUMO Trata-se de abordar a seleção de bens patrimoniais sacros tombados pelo Condephaat. Nessa apresentação serão relacionados alguns exemplares que mereceram tombamento estadual, explicitando as demandas e os critérios que privilegiaram a escolha de representações específicas do universo religioso em território paulista. Palavras-chave: lugares sagrados, patrimônio sacro paulista, critérios de preservação. Places of the sacred in the patrimony from State of São Paulo ABSTRACT It is approaching the selection of sacred patrimonial goods tumbled by Condephaat. In that presentation they will be related some exemplary that deserves attention and preservation, enumerating the demands and the criteria that privileged the choice of specific representations of the religious universe in territory from São Paulo. Keywords: sacred places, sacred patrimony from São Paulo, preservation criteria. BIOGRAFIA Ana Luiza Martins é doutora em História Social pela FFCLH da USP. Concursada como historiógrafa do Condephaat, foi Diretora do Centro de Estudos de Inventários e Tombamentos do órgão. Atualmente é Conselheira do Condephaat. Ex-professora da PUC – São Paulo, hoje dirige o escritório Oficin@ da História, de projetos e pesquisas na área. Autora de artigos e resenhas em revistas especializadas possui quinze livros publicados, entre eles, Revistas em revista: imprensa e práticas culturais em tempos de República. São Paulo: EDUSP, 2ª. ed.; História do Café. São Paulo: Contexto, 2008, 2ª. ed.; Arcadas, História da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em coautoria com Heloisa Barbuy. São Paulo: Melhoramentos, 1999, 2ª. ed.; Gabinetes de Leitura da Província de São Paulo. São Paulo: EDUSP, no prelo. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1160546519039257
Antonio Carlos dos Santos IA-UNESP e Colégio Santo Américo Manuscritos do Arquivo Histórico da VOT São Francisco da Penitência da Cidade de São Paulo e o Mestre de Capela André da Silva Gomes RESUMO Em 2009 foi iniciada pesquisa sistemática sobre uma documentação localizada no Arquivo da Venerável Ordem Terceira São Paulo (VOTSP), tratando da atividade musical nessa Ordem Religiosa no período de 1649 e 1820. Estes documentos versam principalmente sobre a vida administrativo-financeira da Ordem. Desde o inicio das pesquisas ficou claro o envolvimento da pratica musical nessa Ordem Franciscana: embora na documentação localizada não tenha sido encontrada nenhuma partitura musical do período, encontramos descrições substanciais sobre pagamentos a Mestres da Capela e organistas. Destaque-se que durante muito tempo no jazigo da VOT acontecia no final da tarde, às sextas-feiras a execução de um Stabat Mater com meninos e acompanhamento de Sopros: uma evidência do repertório musical do que se ouvia às 17 horas da tarde no jazigo na então Vila de São Paulo. A documentação estudada fornece, através de informações financeiras e burocráticas, subsídios para entendimento de diversos aspectos relativos à VOT: os personagens e as condições surpreenderam, pelo que se conhece sobre a música nesse período e a dificuldade de confrontar e conhecer esses arquivos ainda por serem organizados. Conhecemos assim alguns aspectos relativos à contratação e atuação dos profissionais lá atuantes - como os mestres de Capela, organistas, além da frequência das festas e os custos e receitas destas atividades. O Mestre da Capela André da Silva Gomes é uma constante na VOT, agente aglutinador entre indivíduos e classes sociais estabelecidas, em um espaço de muitas famílias portuguesas tradicionais - verdadeiro “espaço cultural” português. A documentação é rica em fragmentos relatando a pratica musical no dia -a - dia na VOT e na vila de São Paulo. BIOGRAFIA É professor, educador musical e pesquisador, com formação pelo Conservatório Musical Beethoven, São Vicente, e Música pela Fundação das Artes de São Caetano do Sul (SP). Graduou-se pelo Instituto de Artes da UNESP- Habilitação em Música/Violão, com Giacomo Bartoloni, Paulo Castagna e outros. Foi orientado por Cleofe de Person, no estudo que realizou no Rio de Janeiro sobre “Os músicos negros e escravos”, depois tema de seu mestrado pela UNESP de Assis, 1998, publicado pela Annablume/ FAPESP em 2008. É professor de música do Colégio Santo Américo (SP) desde 1995, e doutorando pela UNESP de Marília, Ciências Sociais, sob orientação de Paulo Teixeira. Tem pesquisado os Arquivos da VOT em São Paulo, Arquivo Histórico Municipal de São Paulo e Arquivo Histórico do Estado de São Paulo.
Aracy Amaral Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo A Hispanidade em São Paulo RESUMO A publicação de A Hispanidade em São Paulo em 1981 trouxe a pesquisa sobre o intenso relacionamento ocorrido no Planalto Paulista com as terras fronteiriças da América Espanhola. O trabalho objetivou levantar indagações, assinalando o intenso intercâmbio de gente - comercial e culturalmente - entre a América Espanhola e a Capitania de São Vicente. Sabe-se que a presença de famílias espanholas em São Paulo persistiu até os fins do século 17, passando para os bandeirantes que foram até regiões mais longínquas como Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Seus hábitos e métodos construtivos têm sido vistos aqui na região do sul do país - capitanias de baixo - e nas regiões do rio da Prata, no Paraguai e até no altiplano boliviano. A pesquisa busca estabelecer comparações entre o desenvolvimento da expressão plástica religiosa - arquitetura e talha - e as manifestações ocorridas em outras regiões do continente, em decorrência de contatos no período colonial. BIOGRAFIA Aracy Amaral é das mais destacadas críticas de artes plásticas do Brasil, com publicações essenciais sobre o modernismo brasileiro. Atuou como professora na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e tem participado de inúmeros debates e simpósios em toda América Latina sobre arte latino americana e brasileira. Dentre seus livros publicados destacam-se Artes Plásticas na Semana de 22 (1970), Tarsila, sua obra e seu tempo (1975) e no âmbito da América Latina, Arte y Arquitectura del Modernismo Brasileño (1978). Como curadora foi responsável em 1969 pela exposição Tarsila, 50 anos de Pintura, no MAM/RIO. Foi diretora da Pinacoteca do Estado de São Paulo de 1975 a 1979. Organizou a antologia Projeto Construtivo Brasileiro de Arte 19501962 e também dois volumes de autoria de Mário Pedrosa - Mundo, homem, arte em crise (1975) e Dos murais de Portinari aos espaços de Brasília (1981), Editora Perspectiva Em 1981 lançou pela Livraria Nobel e Editora da USP, A Hispanidade em São Paulo. Em 2004 publicou pesquisa sobre os altares de Santo Amaro, em Altares Paulistas (Arte Integrada/Museu de Arte Sacra,SP) Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4769957191771889
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Benedito Lima de Toledo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo Retábulo: tipologia e história RESUMO Ao se ingressar em um templo, a emoção artística pode se constituir no início da emoção religiosa. No entanto, consagrados liturgistas lembram que “as manifestações mais antigas da arte não nasceram da estética, mas da religião”. Em outro texto, um autor afirma: “a liturgia contendo tantos elementos essenciais de beleza deveria por si mesma se desenvolver em obra de arte”. Mas esses mesmos autores, em mais de uma ocasião, alertam para um perigo: “que não se veja o culto senão pelo ângulo da estética [...]”. O retábulo, estrutura ornamental em pedra, talha ou madeira, que se eleva na parte posterior de um altar, acompanhou a evolução dos estilos enriquecendo-se com colunas, pilastras, arcos e componentes fitomórficos de diversas naturezas com revestimentos de talha dourada e proliferação de cores, constituindo ambientes de surpreendente riqueza capazes de acolher esculturas e manifestações de diferentes naturezas. Os retábulos têm sido objeto de estudo por categorizados historiadores. O Brasil foi herdeiro de rica herança ibérica e conheceu notável desenvolvimento com características regionais específicas. Palavras-chaves: Arquitetura religiosa, Retábulos, Liturgia, Patrimônio histórico religioso. BIOGRAFIA Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura ismo USP(1961). Atualmente é professor titular da Universidade de lo. Tem experiência na área de História, com ênfase em história e ção da arquitetura, atuando principalmente nos seguintes temas: Victor Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/8676827217441302
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e UrbanSão PaupreservaDubugras.
Carlos Lemos Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo A imaginária de barro paulista – sacra e devocional RESUMO A imaginária sacra paulista destacou-se no período colonial com vasta produção barrista oriunda das escolas das ordens religiosas das quais a beneditina se sobressai. A produção de frei Agostinho de Jesus difundiu seguidores na região ao redor de São Paulo atingindo regiões mais distantes como Itu, Sorocaba na direção do rio Tietê e o Vale do Paraíba. Esta produção sacra já era direcionada visando imagens de culto particular, que tiveram os oratórios o endereço certo. Esta produção foi difusa tendo como meios o barro, nas suas mais diversas expressões, formando o que se convencionou chamar de paulistinhas - pequenas esculturas em barro com bases em geral cônicas - ou ainda, a madeira ou o nó de pinho. Esta migração da arte sacra do templo para o culto particular nos faz pensar nesta produção popular que nas casas ganha outra dimensão além daquela religiosa. BIOGRAFIA Carlos A. C. Lemos é um dos principais historiadores brasileiros da arquitetura, professor da pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e artista plástico. Formado pela Faculdade de Arquitetura Mackenzie (1950). Atuante na proteção do acervo cultural paulista foi conselheiro do Iphan, do Condephaat e do Conpresp. É autor do livro IPHAN Patrimônio : 70 anos em São Paulo (2008) e colaborador da Folha de S. Paulo e de inúmeros periódicos destacando-se Acrópole e Projeto. Dentre as suas inúmeras publicações essenciais para todos os cursos de pós-graduação em arquitetura e urbanismo no país estão o Dicionário de Arquitetura Brasileira e o catálogo da exposição de Arte Sacra de São Paulo - A Imaginária Paulista - que organizou na Pinacoteca do Estado com Emanoel Araújo. Arquiteto atuante foi o responsável pela execução do projeto de Oscar Niemeyer no Edifício Copan. Em agosto deste ano lançou Da taipa ao concreto - crônicas e ensaios sobre a memória da arquitetura e urbanismo (Editora Três Estrelas). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9045695664826163
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Danielle Manoel dos Santos Pereira Grupo de Pesquisa Barroco Memória Viva: da arte colonial à arte contemporânea – IA-UNESP/ CNPq Doutoranda do Instituto de Artes da UNESP Bolsista FAPESP (2013-2016) Identificação dos pintores paulistas: Carmo de Mogi das Cruzes (SP) RESUMO A Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo em Mogi das Cruzes (SP) é caso excepcional na história da arte colonial paulista, em razão das belíssimas pinturas existentes no forro da igreja, a construção abriga três trabalhos de grande valor pictórico localizados no forro da nave, no forro da capela-mor e no forro do vestíbulo da sacristia. A excepcionalidade destas obras deve-se ao fato de não haver na pintura colonial paulista trabalhos similares a estes, sobretudo as pinturas do forro da nave e da capela-mor. Logo, são objetos de inúmeras indagações e questionamentos; dentre as dúvidas que tais obras despertam nos pesquisadores, é a aproximação com as pinturas executadas nas Igrejas da “Rota do Serro” – região de Diamantina e Serro no meio norte mineiro – que direcionaram inicialmente o estudo. Contudo, um aspecto ainda mais relevante carecia de esclarecimentos, as autorias destas obras, sendo assim, antes das comparações e análises estilísticas os esforços primários deveriam conduzir a encontrar o nome dos artistas responsáveis por tais trabalhos, dado que poderia confirmar ou refutar a crença de uma origem mineira desses pintores. Há menção de atribuições para as pinturas, especialmente a pintura do forro da nave e do forro da capela-mor, mas nenhuma fonte ou documento comprobatório nas pesquisas que explanam tais obras. Sendo assim, a presente pesquisa procurou identificar por meio das fontes primárias, ainda existentes, a autoria das obras pictóricas realizadas na Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo de Mogi das Cruzes (SP). Palavras-chave: Pintores, Pinturas Ilusionistas, Igrejas Coloniais, Mogi das Cruzes, Autoria. Identification of painters of São Paulo: Carmo de Mogi das Cruzes (SP). ABSTRACT The Church of the Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo in Mogi das Cruzes (SP) is an exceptional case in art history colonial São Paulo, because of the beautiful paintings in the ceiling of the existing church building houses three pictorial works of great value located in the ceiling the nave, in the ceiling of the chapel mor and in the ceiling of the vestibule of the sacristy. The uniqueness of these works is due to the fact that there in colonial painting São Paulo works similar to these, especially the paintings of the ceiling of the nave and chapel mor. So are objects of numerous inquiries and questions, among the questions that the researchers arouse such works, it is the rapprochement with the paintings executed in the churches of “Rota do Serro” - Serro and Diamantina region in the middle northern mining - that directed initially study. However, an even more relevant lacked clarification, the authorship of these works, so the comparisons before and stylistic analyzes the primary efforts should lead to find the name of the artists responsible for such work, as it could confirm or refute the belief an origin mining these painters. There is mention of assignments for the paintings, especially the painting on the ceiling of the nave and the chapel mor ceiling, but no source or document evidencing the research that
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explain such works. Thus, this research sought to identify through primary sources still exist, the author of the pictorial works performed in Ordem Terceira do Carmo de Mogi das Cruzes (SP). Keywords: Painters, Paintings Illusionists, Colonial Churches, Mogi das Cruzes, Authorship. BIOGRAFIA Doutoranda em Artes pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (IA/UNESP), na linha de pesquisa: Abordagens históricas, teóricas e culturais da arte, com bolsa FAPESP (2013-2016). Mestre em Artes IA/UNESP (2012), com Bolsa FAPESP (20102012). Especialista em História da Arte pela UNICSUL (2010). Graduada em História pelo Centro Universitário Assunção - UNIFAI (2007). Membro do grupo de pesquisa Barroco Memória Viva: da arte colonial à arte contemporânea, IA-Unesp/CNPq. Desenvolve pesquisas sobre as Igrejas coloniais Barrocas no Brasil, sobretudo da região de Diamantina (MG) e Mogi das Cruzes (SP), com ênfase nas pinturas ilusionistas no forro das Igrejas. Curadoria de Arte Sacra para o Museu das Igrejas do Carmo de Mogi das Cruzes (SP) - (2011-2013). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0266521537761317
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Edgar R. Guerra Zumarraga Equador La protección de la ciudad española de Quito y sus santos patronos RESUMO Aquella tierra que después sería llamada América, encontrada accidentalmente por la empresa bajo el mando del navegante Cristóbal Colón, ofreció a la Corona española todas las sorpresas y desafíos que jamás pudo imaginar. Inmensos y numerosos fueron los estímulos que causó en los europeos su prístina naturaleza, muchos de ellos primigenios e incomprensibles, provocándoles deducciones e interpretaciones que incluía la aproximación que “el Paraíso Terrenal debía encontrarse en esta tierra” .Todas las experiencias largamente acumuladas por los mismos europeos en el desarrollo de culturas milenarias de descomunal potencia, - especialmente por aquellas provenientes de la cuenca mediterránea -, fueron puestas a prueba para la apropiación sistemática, constante y progresiva de esa nueva y contrastante geografía, mediante la praxis de un sinfín de mecanismos multidiversos tendientes a garantizar el éxito de tan irrepetible oportunidad; más allá inclusive de superar las competencias coloniales de viejos vecinos. A la par que las tierras fueron ocupadas, los múltiples grupos humanos originarios, con distingos propios productos de los también incontables ecosistemas correspondientes, así como con diversos niveles de desarrollo cultural y tecnológico; pero, que en ningún caso equivaldrían a los de los invasores, fueron diezmados y los que quedaron, sometidos a un inclemente proceso de colonización que se dilataría por siglos. La existencia del continente americano para el conocimiento europeo, habiéndose iniciado mediante un hecho accidental, siguió un proceso de extrema fractura en la vida de las culturas aborígenes. A la conquista y expolio que resultaron inmediatas, contundentes y fáciles, les sucedieron acciones colonizadoras de diezma sistemática de la población indígena e implante de inmigrantes. Pero, posiblemente, la intervención más profunda constituyó la apropiación del espíritu de los pueblos prehispánicos, en la que las acciones de la corona española, el clero regular e inmediatamente la Iglesia católica, construyeron nuevos imaginarios cuyos efectos llegan con alguna tibieza hasta la actualidad. La prolongación de las culturas mediterráneas permitió entre tantos efectos, la reinterpretación de poderes espirituales para la protección de las nuevas fundaciones urbanas y sus poblaciones de los fenómenos naturales y enfermedades, a través de la existencia de los santos protectores, que una vez más, solamente significaban la extensión de viejas prácticas paganas para la protección de las ciudades de la antigüedad. Estos santos patronos y hasta entes protectores cumplieron varias funciones y en repetidos casos llegaron a contarse por decenas, todos ellos elegidos y reconocidos para velar por la tranquilidad de una sola ciudad. El caso que por ahora nos ocupa, trata la vida religiosa de la ciudad de Quito. BIOGRAFIA Arquiteto graduado pela Universidade Central do Equador/ Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (1975), com pós-graduação pela Escola Nacional de Conservação, Restauro e Museografía “Manuel del Castillo Negrete”, Cursou ainda o Instituto Superior Pedagógico para a Educação Técnica e Profissional - Universidade Tecnológica Equinocial. Quito, Equador. Mestre em Pedagogía Professional. ISPETP-UTE. La Habana, Cuba, 1998. Mestre em Arquitetura. Especialista em restauro de monumentos arquitetônicos pela Escola Nacional de Conservação, Restauro e Museografía “Manuel del Castillo Negrete, México 1984. Pertence ao Colegio de Arquitectos del Ecuador e presta apoio a Asociación para la Comunidad Activa en la Conservación del Patrimonio Cultural de las Américas.
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Eduardo Tsutomu Murayama Grupo de Pesquisa Barroco Memória Viva: da arte colonial à arte contemporânea – IA-UNESP/ CNPq Doutorando pelo Instituto de Artes da UNESP A pintura do padre Jesuíno do Monte Carmelo nas Igrejas do Carmo: São Paulo e Itu RESUMO Este artigo apresenta o processo de descoberta e restauro da chamada “pintura invisível” do padre Jesuíno do Monte Carmelo (1764-1819) na Igreja da Ordem Terceira do Carmo de São Paulo, em contraposição às obras do artista que até então eram conhecidas, realizadas principalmente na cidade de Itu. No início da década de 1940, enquanto preparava a biografia do padre Jesuíno – encomendada pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) –, o crítico de arte Mário de Andrade levantou a suspeita de que a pintura visível naquele momento, na parte central do teto da nave paulistana, poderia não ser de autoria do religioso: a composição pictórica estava geometricamente deslocada entre os elementos arquitetônicos e não condizia com os aspectos plásticos e estilísticos do artífice que estudava. Surgiu, assim, a teoria da “pintura invisível” do padre Jesuíno: a desconfiança de que a pintura original do sacerdote, finalizada em 1798, poderia existir ainda intacta por baixo de outras camadas de pintura acrescentadas posteriormente. O tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) só ocorreu em 1996 – mais de meio século depois da hipótese do escritor modernista ter sido lançada – pois se aguardou a comprovação efetiva de que a pintura do padre Jesuíno ainda existia em sua integralidade e em condições de ser recuperada. Desse modo, depois de décadas oculta da vista do público, a composição “invisível” de Jesuíno ressurgiu com a recente restauração coordenada pelo historiador Carlos Cerqueira e revelou uma belíssima pintura de Nossa Senhora do Carmo em glória, de qualidade técnica e requinte estético sem par na produção artística da capital naquele período. Análises e comparações com outras obras do mesmo artista, como a pintura do teto da capela-mor da Igreja do Carmo de Itu e inclusive com o recente desvendamento das pinturas da lateral da capela-mor da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, também em Itu, justificam porque a composição paulistana – na opinião de renomados pesquisadores e críticos – converteu-se no melhor trabalho do padre Jesuíno do Monte Carmelo e um marco para a história da arte paulista, abrindo caminho para desdobramentos e revisões sobre a obra do artista. Palavras-Chave: Padre Jesuíno do Monte Carmelo. Igreja da Ordem Terceira do Carmo de São Paulo. Igreja do Carmo de Itu. Mário de Andrade. Pintura Colonial Paulista. The painting of priest Jesuíno do Monte Carmelo in churches of Carmo: São Paulo and Itu ABSTRACT This article presents the process of discovery and restoration of the called “invisible paint”, a paint of priest Jesuíno do Monte Carmelo (1764-1819) in the Church of Ordem Terceira do Carmo de São Paulo, in contrast to the artist’s works so then known, mainly carried out in the city of Itu. In the early 1940s, while preparing the biography of priest Jesuíno – commissioned by the Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) – Mário de Andrade (a critic of art) raised the suspicion that the painting which was visible at that time, in the central part of the roof, could not be authored by priest Jesuíno: the pictorial composition was geometrically displaced between architectural elements and did not fit the plastic and stylistic as
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pects of the artist. Therefore, the theory of the “invisible paint” of priest Jesuíno emerged: the suspicion that the priest’s original painting, completed in 1798, could still be intact underneath other layers of paint added later. The tumble by the Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) occurred only in 1996 - more than half a century after the assumption of the modernist writer was released - since they waited a effective proof that the painting of priest Jesuíno still existed in its entirety and could be able to be recovered. Thus, after decades hidden from public view, the “invisible” composition of Jesuíno resurfaced with the recent restoration coordinated by the historian Carlos Cerqueira and revealed a beautiful painting of Our Lady of Mount Carmel in glory, with unmatched technical quality and aesthetic refinement in the artistic production of capital in that period. Analyzes and comparisons with other works by the same artist, as the presbytery ceiling painting of the church of Carmo in Itu and even with the recent unveiling of the paintings on the side of the presbytery of the Church of Nossa Senhora da Candelária, also in Itu, justified because the composition - in the opinion of renowned researchers and critics - became the best work of priest Jesuíno do Monte Carmelo and a milestone in the history of art in São Paulo, paving the way for developments and reviews about the artist’s work . Keywords: Priest Jesuíno do Monte Carmelo. Church of the Ordem Terceira do Carmo de São Paulo. Church of the Carmo de Itu. Mário de Andrade. Paulista Colonial Painting. BIOGRAFIA É pesquisador de arte brasileira com ênfase na pintura sacra paulista do período colonial. Possui formação em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (2003), especialização em História da Arte pela Universidade São Judas Tadeu (2005) e mestrado em Artes Visuais / História da Arte pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista / UNESP (2010). Atualmente é doutorando do Instituto de Artes da UNESP, onde desenvolve pesquisa sobre a obra pictórica paulistana e ituana do padre Jesuíno do Monte Carmelo, sob orientação do Prof. Dr. Percival Tirapeli. Contato: eduardomurayama@yahoo.com Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3521222614547682
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Graciela María Viñuales CEDODAL, Buenos Aires Las Vías Sacras en el Cusco Colonial RESUMEN La fundación española del Cusco se superpuso a la capital del imperio inca y se adaptó a los lineamientos hispanos sin borrar las antiguas huellas. Si bien la gran plaza fue subdividida y reorganizada en tres espacios abiertos, los sitios de mayor prestigio fueron elegidos para ubicar allí a las principales funciones simbólicas, particularmente las de carácter religioso. Los cuatro caminos prehispánicos que se abrían hacia los puntos cardinales y que servían para controlar un amplio territorio, se constituyeron en calles notables dentro de la nueva ciudad española. Sin embargo, fueron las que corrían hacia el este y el oeste las que sobresalieron formando una trayectoria que unía a los principales edificios religiosos. Con el correr del tiempo, fundaciones o reubicaciones internas consolidaron aún más esa vía sacra de más de 2.000 metros de longitud. Los cambios de fines del siglo XVII, generados por la renovación urbana posterior al gran terremoto de 1650 y a la obra del obispo Mollinedo, ayudaron a este afianzamiento, aunque se agregaron otras vías menores que incluían al recién instalado monasterio carmelita de Santa Teresa. Desde entonces hasta hoy, esas pequeñas vías han ido adaptándose y modificándose, pero la espina que corre entre San Blas y la Almudena sigue teniendo fuerte vigencia. La ponencia agregará una visión de las persistencias que, a pesar de todo, siguen hoy uniendo a la comunidad con la jerarquía eclesiástica, así como a la religiosidad popular con la liturgia formal. BIOGRAFIA Arquiteta pela Universidade de Buenos Aires (1966), e doutora em Arquitetura pela Universidade Nacional de Tucumán (2002), nasceu em Buenos Aires, Argentina. Especializada em Restauro de Monumentos pelo Projeto PER 39 da Unesco. Cusco, 1975. (Áreas de atuação: Historia da Arquitectura, Conservação do Patrimônio Arquitetônico, Arquiteturas da Terra e Léxico da Edificação, com particular interesse no âmbito iberoamericano..Pesquisas de campo em arquivos americanos e europeus sobre estes temas. Docência regular em graduação e pós-graduação na Argentina e Espanha ( Universidade Pablo de Olavide)ña), bem como em diversas universidades de países da América e Europa, desde 1964. Participação e apresentação de trabalhos em reuniões científicas de diversos países, sendo organizadora de alguns destes congressos. Residência e direção de obras de restauro, destacando-se a Casa del Cable em Carúpano (Venezuela), o Colégio de San Bernardo em Cusco (Perú), e, na Argentina, a Capilla de Federación e o Convento de São Carlos em San Lorenzo. Assessoria a obras de restauro, avaliação, instalação de museus e planos de manejo de sítios históricos. Mais de 50 livros e uma centena de artigos em publicações periódicas da América e Europa. Pesquisadora principal na Carrera del Investigador Científico do CONICET, desde 1977, Fundadora e vice diretora do Centro de Documentación de Arquitectura Latinoamericana, CEDODAL. Buenos Aires. desde 1995. Miembro do Comité Científico de las Maestrías en Gestión e Intervención del Patrimonio da Faculdade de Arquitetura da Universidade Nacional de Mar del Plata, desde 1997. Contato: cenbarro@interserver.com.ar
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João Bernardo Filho Universidad de Valencia, Espanha Pontes entre Oriente e Ocidente: testemunhos da presença jesuítica e a consolidação do patrimônio sacro universal do mundo moderno. RESUMO Na Ásia, as missões jesuíticas foram além da evangelização, estabelecendo também sólidas pontes entre Oriente e Ocidente. O objetivo da presente comunicação é mostrar como, com as viagens dos descobrimentos, os portugueses desejavam acrescentar territórios às suas fronteiras e acumular riquezas, ao mesmo tempo em que estendiam a cristandade, conformando então um patrimônio sacro universal em cuja consolidação os jesuítas tiveram grande relevância. Logo no início da colonização, chegaram às terras brasileiras (1549), fundaram diversos colégios e se espalharam por quase todas as regiões. Por exemplo, no Brasil, chegaram mesmo a participar da fundação de cidades como Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo. E, também no Oriente, tiveram presença em lugares como Índia, Tibete, China e Japão. Porém, tanto na beira de lá como na de cá, o aumento da influência da ordem daria lugar a reações adversas que culminariam em grandes conflitos dos quais são testemunho tanto as ruínas das missões na América do Sul como as de alguns pontos mais representativos de sua atuação no Oriente, como o que restou da fachada da igreja de São Paulo em Macau. BIOGRAFIA Com mais de vinte anos de experiência docente, iniciou sua atividade profissional na rede de ensino público estadual em São Paulo como professor das disciplinas de educação artística e língua portuguesa. Atualmente mora e trabalha na Espanha, exercendo a função de professor da Escuela Oficial de Idiomas, e onde também foi professor associado do Departamento de Filologia Espanhola da Universitat de València, ministrando aulas nas disciplinas de língua portuguesa e cultura brasileira. Por outro lado, é diretor-proprietário da agência Lingualusa Consultoria Linguística, na qual exerce, desde 1998, a função de consultor autônomo, professor, pesquisador, tradutor-intérprete, prestando serviços de assessoria linguística e mediação intercultural para vários centros públicos e privados, nacionais e internacionais. Quanto a sua formação acadêmica, licenciou-se em educação artística, pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, e licenciatura plena/bacharelado em letras, pela Universidade de São Paulo. Defensor da educação inclusiva e do acesso à formação cultural, cursou pós-graduação em nível de mestrado na área de Museologia e, em nível de doutorado, obteve o “Diploma de Estudos Avançados” no Programa de Documentação e Informação do Departamento de Comunicação Audiovisual, Documentação e História da Arte da Universidad Politécnica de Valencia. Como autor, tem publicadas várias obras sobre a língua e a cultura dos povos ibero-americanos, entre elas a Gramática portuguesa, Guía de conversación e Guía de español sin barreras, publicadas em co-autoria, em editoras de reconhecido prestígio internacional. Atualmente participa do Programa de Qualificação Docente e Ensino de Língua Portuguesa em Timor-Leste promovido pelo Ministério de Educação em parceria com o Ministério de Relações Exteriores do Brasil.
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Julio Eduardo Corrêa Dias de Moraes Julio Moraes Conservação e Restauro Ltda O restauro nos monumentos sacros paulistas RESUMO A restauração de diversos bens patrimoniais sacros paulistas possibilitou, para nós, um já longo diálogo com os artistas coloniais paulistas. Há muitos anos nos perguntávamos sobre a face que teria a arte colonial paulista, tão pouco conhecida e menos ainda divulgada. A antiga província que tão rapidamente cresceu quase se esqueceu de tudo o que havia feito antes, de como reinterpretara o barroco vindo de Portugal, das suas criações originais, até mesmo das pessoas que aqui viveram e do que, na sua fé, elas construíram e criaram e que trataremos aqui de mostrar a partir de trabalhos executados por nós. Palavras-chave: patrimônio sacro paulista, restauração de patrimônios sacros, arte colonial paulista. The restoration of sacred monuments from São Paulo ABSTRACT The restoration of several goods sacred patrimonial inhabitants from São Paulo made possible, for us, an already long dialogue with the from São Paulo colonial artists. There are many years wondered on the face that would have from São Paulo, so little known colonial art and less still published. The old province that so quickly grew forgot almost of everything that had done before, of as reinterpretation the coming Baroque of Portugal, of their original creations, even of the people that here lived and then, in your faith, they built and they created and that we will treat here of showing starting from works executed by us. Keywords: sacred patrimony from São Paulo, restoration of sacred patrimonial, São Paulo colonial art. BIOGRAFIA Graduado em Artes Plásticas pela ECA-USP; tem especialização em restauro de pinturas pelo Centro Churubusco, México; cursou Ciências da Conservação no ICCROM, Roma; tem atuado junto ao DPH-PMSP (1977-1982), MAC-USP (1983-1984) e em empresa própria (desde 1986) nas áreas de pintura de cavalete, pintura mural, madeira policromada, douração, escultura em terracota, apoio ao restauro arquitetônico, restauro de bens de natureza tecnológica, assistência a museus e exposições, entre outras, incluindo várias contratações por notória especialização por órgãos oficiais de preservação do patrimônio cultural, de níveis federal, estadual e municipal. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7039593914792846
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Luiz Alberto Ribeiro Freire Universidade Federal da Bahia A talha neoclássica na Bahia RESUMO A Bahia tem monumental patrimônio de talha neoclássica, com elementos que se filiam aos praticados na Itália e em Portugal. O neoclassicismo, neste caso, é o movimento de reforma artística que substituiu a talha barroca, nas igrejas baianas, pelas novas regras que ocorreram durante parte do século 19. Neste estudo são analisados o cotidiano no momento, a identidade dos artistas entalhadores, a questão estilística e simbólica e sua relação com o discurso religioso. A Talha Neoclássica (prêmios Clarival do Prado Valladares, e Sergio Milliet pela ABCA, 2006) é a obra de Freire em que analisa a influência desta tendência pelo Iluminismo, pelo predomínio da razão em detrimento da emoção, e pelo antropocentrismo, praticados na Europa nos anos 1800 - que deixou de lado a ornamentação profusa, levando aos templos uma arte e arquitetura sóbria, tranquila e racionalista. O primeiro registro da utilização da talha neoclássica foi em 1792, na capela da Irmandade do Santíssimo Sacramento, seguido pelas igrejas do Nosso Senhor do Bonfim e da Ordem Terceira de São Domingos, todas em Salvador, Bahia. BIOGRAFIA Doutor em História da Arte pela Universidade do Porto, Portugal (2001) com a tese intitulada “A Talha Neoclássica na Bahia”, especialista (Lato Sensu) em Cultura e Arte Barroca pela Universidade Federal de Ouro Preto, bacharel em Museologia pela Universidade Federal da Bahia (1990), licenciou-se em Letras Vernáculas com Francês pela Universidade Católica do Salvador (1983). Desenvolve pesquisas sobre a arte da talha, ou seja a ornamentação em madeira esculpida das igrejas baianas, especialmente do século XIX, sobre os estilos: maneirista, barroco, rococó e neoclássico. Leciona na Escola de Belas Artes da UFBA as disciplinas de História da Arte Ocidental e História da Arte Brasileira, lidera o grupo de pesquisa “Cultura e arte tridentina no Brasil”. Coordenou a pós-graduação em Artes Visuais da EBA/UFBA onde atua lecionando a disciplina Artes Visuais na Bahia e orientando projetos de pesquisa na linha de História da Arte Brasileira. É membro do Comitê Brasileiro de História da Arte, ocupando a vice-presidência de setembro de 2007 a outubro de 2010 - CBHA e da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas - ANPAP, ocupando o cargo de 1º tesoureiro no biênio 2009-2010. É vice-diretor da Escola de Belas Artes da UFBA. Em 2005 ganhou o Prêmio Clarival do Prado Valadares da Organização Odebrecht, o que facultou a ampliação da pesquisa da tese e a publicação em 2006 do livro “A Talha Neoclássica na Bahia”. Por essa publicação o autor recebeu o prêmio Sérgio Milliet da Associação Brasileira de Críticos de Arte - ABCA. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/6943378023348996
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Maria Helena Flexor Universidade Católica de Salvador Mobiliário Brasileiro dos séculos XVIII e XIX: metodologia e pesquisa RESUMO O tema é resultado de uma tese, apresentada ao concurso para o ingresso na UFBa, em 1970, e que foi, depois de revista e aumentada, publicada como obra de referência, pelo Programa Monumenta/IPHAN, em 2009. Contrapõe-se uma metodologia, - baseada em informações de documentos do Arquivo Público do Estado da Bahia e do Arquivo Histórico da Prefeitura Municipal do Salvador -, aos estudos clássicos de autores dos anos 1940-1960. Concluiu-se que a nomenclatura, baseada nas figuras de reis e rainhas é extemporânea, bem como àquela que identifica os móveis, como um todo e suas partes. A classificação estilística foi alterada para os movimentos artísticos correntes no período estudado, bem como se apontam as denominações das peças com o vocabulário de época. Verificou-se que não se têm mais, na Bahia, exemplares de alguns móveis, que estiveram em moda no século XVIII. Outros modelos, “a la Luis XIV, Luis XV ou Luis XVI” sofreram um “revival”, nos oitocentos ou tiveram influências inglesas e francesas de móveis feitos em série. Dá-se informações sobre a mão de obra empregada na sua execução, isto é os oficiais mecânicos, e os materiais mais utilizados. Palavras chave: Móveis, mobiliário, Bahia, história.
Estudo da escultura setecentista baiana: questões de autoria Ultrapassando a primeira década do século XXI, é preciso reavaliar conceitos e rever a bibliografia acerca da escultura barroca no Brasil. A partir da Bahia, e alguns exemplos de esculturas sacras, ali existentes, procura-se fazer essa revisão inicial, que poderá servir de parâmetro para outros grandes centros produtores de imagens desse estilo. Citam-se exemplos de autores, que escreveram sobre o tema na Bahia, como Manoel Querino, Carlos Ott e Marieta Alves, entre outros, e os critérios que usaram para definir os estilos, estabelecer a datação e, principalmente, a tentativa de atribuírem autores às imagens mais eminentes nas igrejas, e suas dependências. As atribuições foram feitas, pelos dois primeiros autores, na falta de documentação indicando os autores dessas esculturas, mas usando critérios subjetivos, como as observações visuais, apontando as semelhanças de formas, temáticas, cores, materiais, origens. A partir do estudo da prática de execução dos artistas, - escultores, pintores -, ou artífices, - alfaiate, cabeleireiro, ourives, conclui-se que a escultura era produto de trabalho de vários indivíduos, por isso mesmo, anônimas. Só se pode indicar o nome dos autores, a partir de documentação de época. Palavras chave: Escultura barroca, autoria, atribuições, obra coletiva. BIOGRAFIA Graduada em História pela USP (1961), e doutoramento em História Social pela mesma Universidade (1980). É professora emérita da Universidade Federal da Bahia, onde exerceu várias funções, incluindo ensino de graduação e pós-graduação, de 1965 a 2005, na Faculdade Arquitetura, Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas e Escola de Belas Artes, tendo se aposentado, em 1994, como Adjunto 4. Continuou a colaborar, com bolsa de permanência da CAPES por 4 anos, com os Programas de Pós-Graduação das duas unidades (FA e EBA) e, gratuidamente,
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até 2005. foi assessora do Cadastramento dos Bens Cunturais Móveis e Agregados da Bahia (IPHAN/Fundação Vitae - 1994-2005). Atualmente é Professora adjunta da Universidade Católica do Salvador, no Mestrado em Planejamento Urbano e Desenvolvimento Social (acadêmico) . Na graduação ministra, a disciplina de Paleografia no curso de História. Coordena o grupo de pesquisa Itapagipe: patrimônio industrial e possobilidades de reconversão. Coordena, ainda, o grupo de pesquisa Redes de Cidades na Bahia e no Brasil, dentro do grupo de Pesquisa Salvador: Permanências e Transformações, junto com o professor doutor Pedro de Almeida Vasconcelos (Linha de Pesquisa: Teritorialidade e Planejamento Urbano e Regional). Orienta alunos de pós-graduação, graduação e bolsistas de iniciação científica. Tem experiência na área de Artes, Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em História Urbana. Atua igualmente nas seguintes áreas: história da arte, arte bahiana, história do design, patrimônio cultural e industrial, história social da Bahia e metodologia da pesquisa. É especialista em leitura de documentos históricos. Recebeu, em 2007, o prêmio Clarival do Prado Valladares, da Odebrecht, em 2008 o prêmio Sérgio Milliet, da Associação Brasileira de Críticos de Arte e recebeu o título, em 2008, de Cidadã da Cidade do Salvador. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4600166750512322
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Maria Lucia Fioravanti Grupo de Pesquisa Barroco Memória Viva: da arte colonial à arte contemporânea – IA-UNESP/ CNPq A pintura franciscana dos séculos XVIII e XIX em igrejas da cidade de São Paulo RESUMO Proponho apresentar o estudo das pinturas produzidas em igrejas franciscanas da cidade de São Paulo, durante o período que vai das últimas décadas do século XVIII à metade do século XIX. Esse foi o foco de minha pesquisa de mestrado (A Pintura Franciscana dos Séculos XVIII e XIX na cidade de São Paulo: Fontes e Mentalidade, 2007) que engloba os forros pintados e os quadros de três edificações paulistanas: a igreja Conventual de São Francisco, a Capela da Venerável Ordem Terceira do Seráphico Pai São Francisco e a igreja do Mosteiro da Luz. Nesta última realizamos um estudo inédito da pintura do teto do coro, dada a sua inacessibilidade, por estar localizado dentro da clausura das irmãs Concepcionistas que habitam o convento. A análise das pinturas e dos documentos existentes nos arquivos dessas instituições permitiu estabelecer os motivos que levaram os religiosos da Ordem Franciscana a se tornarem seus comitentes e muitas vezes seus próprios autores. Investiguei as fontes destas pinturas, bem como a mentalidade que transitava no universo em que essas obras extremamente simbólicas foram produzidas. Pude também situar dentro de um período de tempo a datação da pintura do teto do coro da igreja da Luz. Ao retomar a pesquisa (2010), junto ao acervo da Venerável Ordem Terceira de São Francisco, por ocasião do restauro que está em andamento, pude ter acesso a uma matriz litográfica que pode ter dado origem a gravura que foi utilizada como modelo, para a pintura do teto da nave dessa igreja. Nessa ocasião pude também verificar através de recibos de pagamento, a existência de uma pintora que trabalhou para a Ordem Terceira, principalmente em 1846. A questão que envolve a autoria da pintura dos seis painéis que compõem o zimbório da capela dos terceiros foi também uma preocupação desse estudo, e se baseia em pagamentos que constam do Livro de Recepção e Despesas (1798/99), fotos feitas em 2006 e do Relatório de 1949-1952, fotografado em 2013. Palavras- chave: Arte, Sacra, Patrimônio, Pintura, Franciscanos. Franciscan painting from XVIII and XIX centuries in churches of Sao Paulo city ABSTRACT In this work, I present the study on paintings in Franciscan churches in the City of Sao Paulo during the period from the last decades of 18th century and mid-19th century, which was developed as my master research, titled Franciscan Painting from XVIII and XIX centuries in the City of Sao Paulo: Sources and mentality. It analyzed the painted ceilings and paintings of three buildings in São Paulo City: Conventual Church of Saint Francis; the Chapel of the Venerable Third Order of the Seraphic Father Saint Francis; and the Church of the Monastery of Luz. In this last one, we paid special attention to the choir ceiling, which became a pioneering study due to its inaccessibility, once the building is located within the enclosure of Conceptionist sisters who inhabit the convent. The analysis of paintings and documents, we found within these institutions, revealed the reasons that led Franciscans to order such paintings, or to become their authors in some cases. I searched the sources of those paintings, as well as the mentality that was transiting the world in which such symbolic works were produced. It was also possible to me to establish a period for the production of the ceiling painting of the choir in the Church of Luz. In 2010, I had the
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opportunity to resume the research within the collection of the Venerable Third Order of Saint Francis, during its restoration, which is still in progress, and I could observe a lithographic matrix, which has possibly produced the engraving that was used as model for the ceiling painting of that church. The authorship of the painting of six panels that compound the dome of the Chapel of the Third was also a concern in this research, based on payments registered in Expenses Books 1798/99 (photographed in 2006) and reports from period 1949-1952 (photographed in 2013). Keywords: Art. Heritage. Sacrum. Painting. Franciscans. BIOGRAFIA Mestre em Estética e História da Arte pelo Curso de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte MAC/USP, 2007; Curso de Pós Graduação em História da Arte, da Fundação Armando Alvarez Penteado, FAAP, 2002; Educação Artística pela Faculdade Santa Marcelina 1977; Escola Normal, Particular das Cônegas de Santo Agostinho, 1960. Atualmente atuando em pesquisa: Arte Sacra, pesquisa junto ao acervo da Venerável Ordem Terceira de São Francisco de São Paulo (VOT), coordenada por Prof. Dr. Percival Tirapeli. Mediação Cultural integrando o Grupo de Pesquisa em Mediação Cultural: contaminações e provocações estéticas do Programa de Pós-Graduação em Educação, Arte e História da Cultura da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) coordenado pela Profª Dª Miriam Celeste Martins. É participante do Grupo de Pesquisa Barroco Memória Viva. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/4344699936779365
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Mário Henrique Simão D’Agostino Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo A cristianização do preceito antigo de decoro e suas primeiras difusões na Península Ibérica. RESUMO Às leituras e exegeses do tratado De Architectura, de Vitrúvio, deve-se a revivescência do preceito de decorum na arte edificatória do Renascimento Italiano e a sua difusão na Península Ibérica já nos alvores do Quinhentos. Único supérstite da Antiguidade, redigido no século I a.C., o preceito nele comparece em lugar insigne, listado entre as seis partes constitutivas da arquitetura. A tal dignidade une-se o seu apreço em variados domínios. Por volta de 1452, Leon Battista Alberti reaviva na letra de seu De Re Aedificatoria as virtudes do decoro a serem observadas na arte edificatória. Emulando a Cícero, mais que a Vitrúvio, o tratadista inscreve o expediente retórico numa reflexão de maior amplitude sobre a beleza, a aclarar sentidos e empregos distintos dos estabelecidos no De Architectura. Intenta-se assinalar prerrogativas artísticas vitruvianas e albertianas basilares aos primeiros tratados de arquitetura redigidos em Portugal nos séculos XVI e XVII, quais sejam: o conúbio entre beleza e ornamento e a adequação entre o aspecto do edifício e sua destinação. O Livro Primeiro da Architectura Naval (c. 1590), escrito pelo cosmógrafo João Baptista Lavanha, e o Tractato de Architectura de Matheus do Couto (c. 1630), ambos lentes da Aula de Arquitectura do Paço da Ribeira, em Lisboa, assinalam importantes momentos de difusão da arte all’antica em terras lusitanas. Palavras-chave: Vitrúvio, Alberti, Renascimento em Portugal, João Baptista Lavanha, Matheus do Couto BIOGRAFIA Mário Henrique Simão D’Agostino é arquiteto graduado pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, doutor e livre-docente pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Desde 1990 leciona Estética e História da Arquitetura em cursos de graduação e pós-graduação da USP, inicialmente em São Carlos e na atualidade em São Paulo. São de sua autoria os livros A Beleza e o Mármore: o tratado De Architectura de Vitrúvio e o Renascimento (Annablume, 2010) e Geometrias Simbólicas da Arquitetura: espaço e or-dem visual do Renascimento às Luzes (Hucitec, 2006), bem como diversos ensaios e artigos sobre Tratados e Teorias da Arquitetura, com destaque para a tradição clássica de matriz vitruviana. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2832525068543528
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Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira Universidade Federal do Rio de Janeiro IPHAN - RJ Programas conventuais e seculares no patrimônio sacro do Brasil. Aspectos genéricos e estudo de caso. RESUMO Ligada ao Estado pelo regime do Padroado, a Igreja Católica foi cliente preponderante da encomenda arquitetônica e artística nos séculos XVI, XVII e XVIII, encomenda esta repartida nos dois segmentos que a condicionam desde a época medieval: a Igreja Secular e as Ordens Religiosas. O primeiro caracteriza os programas ligados à administração oficial da Igreja e à iniciativa privada dos colonos, abrangendo tanto construções de vulto como as Matrizes, Catedrais e Misericórdias quanto as ermidas, capelas primitivas e igrejas de irmandades. O segundo segmento engloba os partidos subordinados às diretrizes espirituais e programas específicos das ordens regulares instaladas no Brasil a partir de meados do século XVI, determinando praticas diferenciadas nas construções jesuítas, beneditinas, franciscanas e carmelitas, que pontuam a topografia urbana das antigas vilas coloniais. O artigo sintetiza em linhas gerais alguns aspectos introdutórios para o estudo desses programas, fundamentais para a determinação do partido arquitetônico das construções religiosas a eles relacionados e soluções formais adotadas. Faz ainda um breve estudo de caso da Catedral de Mariana, a única que mantém nos dias atuais a integridade de sua arquitetura e decoração originais, no conjunto das sete igrejas construídas para sediar Catedrais, nos séculos XVII e XVIII. BIOGRAFIA Historiadora da Arte, com doutorado na Universidade Católica de Louvain (1990) e pós-doutorado no Courtauld Institute – Londres. Organizadora e professora dos Cursos de pós-graduação latu sensu em “História da Arte Sacra” nas Faculdades de São Bento, Rio de Janeiro (desde 2009) e Arquidiocesana de Mariana, Minas Gerais (desde 2013). Foi Professora Titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Escola de Belas Artes). Membro do Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN e sócia honorária do I.H.G.B. Publicações mais recentes: O Aleijadinho e sua oficina. Catálogo das esculturas devocionais. São Paulo: Capivara, 2002. O rococó religioso no Brasil e seus antecedentes europeus. São Paulo: Cosac & Naify, 2003, 352p O Aleijadinho e o Santuário de Congonhas. Brasília: Monumenta/ IPHAN, 2006. Barroco e Rococó nas Igrejas do Rio de Janeiro. Brasília: Monumenta/ IPHAN, 2008. Barroco e Rococó nas Igrejas de Ouro Preto e Mariana. Brasília: Monumenta/ IPHAN, 2011. Barroco e Rococó nas Igrejas do São João del Rei e Tiradentes. Brasília: Monumenta/ IPHAN, 2011 Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9654678858468105
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Myriam Salomão Centro de Artes-UFES e Faculdade de Arquitetura e Urbanismo-USP Aspectos pictóricos da Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte em São Paulo RESUMO A apresentação descreve o processo de restauro da pintura do forro da capela mor da Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte em São Paulo. Durante o trabalho de restauro arquitetônico da igreja iniciado em 2006, após permanecer fechada por mais de vinte anos devido a deterioração interna, foi descoberta uma pintura com a cena da Coroação da Virgem, escondida debaixo de grossas camadas de tinta, com partes perdidas e que devido à suas medidas, pertenceriam ao forro da capela mor. Retiradas na década de 1970, as pranchas que compunham o forro estavam desmontadas e depositadas no coro, algumas apodrecidas e outras rachadas no meio. À medida que se removeram as camadas de tinta, surgiram traços da representação que despertou o interesse por seus aspectos pictóricos e formais, acentuados pela boa qualidade técnica e integridade das cores. Palavras-chave: Pintura colonial paulista, Restauro de pinturas, Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, São Paulo. Pictorial aspects of the Church of Our Lady of the Good Death in São Paulo ABSTRACT The presentation describes the process of restore of the painting of the lining in the chapel mor of the Church of Our Lady of the Good Death in São Paulo. During the work of restore architectural of the church begun in 2006, after staying closed for more than twenty years due to deterioration interns, a painting was discovered with the scene of the Coronation of the Virgin, hidden under thick paint layers, with lost parts and that due to their measures, they would belong to the lining of the chapel mor. Retreats in the decade of 1970, the boards that composed the lining were dismounted and deposited in the choir, some rotted and another split in the middle. As the paint layers were removed, they appeared lines of the representation that woke up the interest for their pictorial and formal aspects, accentuated by the good technical quality and integrity of the colors. Keywords: Colonial painting of São Paulo, Restoration of paintings, Church of Our Lady Of the Good Death, São Paulo BIOGRAFIA Doutoranda com bolsa CAPES na área de concentração História e Fundamentos da Arquitetura e Urbanismo, linha de pesquisa Teoria e História das Artes na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - USP. É formada em Educação Artística com Habilitação em Música (1986) e Artes Plásticas (1988) pelo Instituto de Artes da UNESP e Mestrado em Artes (2002) pela mesma instituição. É professora do curso de Desenho Industrial do Centro de Artes da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES. Integrante do grupo de pesquisa Barroco Memória Viva certificado pelo IA-UNESP/CNPq, tem experiência de pesquisa e docência na área de Artes, com ênfase em História da Arte Brasileira, atuando principalmente nos seguintes temas: patrimônio cultural e artístico brasileiro, Barroco e Rococó no Brasil e pintura paulista dos séculos XVII e XVIII. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2085456064290850
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Nancy Moran Proaño Equador Prataria Colonial em Quito RESUMEN La platería colonial quiteña alcanza su máximo esplendor a lo largo de la segunda mitad del siglo XVIII, período en el que las custodias eucarísticas trabajadas por Sebastián Vinueza, hacen alarde por el mensaje teológico que encierran, así como por su tamaño y exuberante decoración mediante el uso de resplandecientes joyas e infinidad de piedras preciosas; pero sobre todo, porque aquellas plantean nuevos cambios formales que fueron determinantes para que este modelo se convierta en uno propio de la platería quiteña. BIOGRAFIA Especialista em Formulação, avaliação e gestão de projetos, BID-Politécnica Nacional-ICAM, 2000, Licenciada em Ciências da Educação, Universidade Técnica Particular de Loja, Equador, 1999. Membro da Sección Académica de Historia y Geografía de la Casa de la Cultura Ecuatoriana, da Asociación de Historiadores del Ecuador (ADHIEC), e da Corporación Cultural Arte Ecuatoriano, CCAE. Pesquisadora do Centro Cultural Benjamín Carrión, del Municipio de Quito, 2005-2010. Membro do Comité Científico de la Exposición “Ecuador Tradición y Modernidad”, Agencia Española de Cooperación-SEASEC, Madrid, España, 2006-2007. Coautora da pesquisa “Historia y Cotidianidad del Antiguo Hospital San Juan de Dios de Quito, 15641830”, Museo de la Ciudad, Quito, 2005–2009. Pesquisadora do Museo de la Ciudad, Quito. 2001– 2005.Consultora de arte, Museo de la Ciudad, Quito, 1999–2000. Diretora responsável do Projeto de Pesquisa Histórica e Estilística de “La Platería Quiteña”. Municipio del Distrito Metropolitano de Quito, 1996–2000. Algumas publicações: “La espiritualidad franciscana através de la imagen”, en El aporte franciscano a Quito: la construcción de memorias e identidades coloniales, Pontificia Universidad Católica del Ecuador, 2010. “Arte Virreinal Ecuatoriano”, coautora, catálogo de la Exposición Ecuador Tradición y Modernidad, SEACEX, Madrid, 2007. “Una aproximación a la orfebrería de la ciudad de Loja – La custodia del convento franciscano”, Boletín de la Academia de Historia Eclesiástica, 2006. “El Maestro Platero Sebastián Vinueza”, Casa de la Cultura Ecuatoriana, 2004. “El lucimiento de la fe. Platería religiosa en Quito”, en Arte de la Real Audiencia de Quito, siglos XVII-XIX, Editorial Nerea S.A, España, 2002. “La platería en los monumentos del Jueves Santo en Quito. Período Colonial”. Universidad Católica, 2013. “Arte Colonial Ecuatoriano”. Ministerio de Cultura, 2009. “Las beatas en el nártex de la iglesia de san Francisco de Quito”. Primer Simposio de Arte Colonial, Universidad de San Francisco de Quito, 2007. “Iconografía del dolor en el Hospital San Juan de Dios de Quito”, Congreso Latinoamericano de Ciencia Sociales, Quito, 2006. “Una custodia quiteña en Loja”, Congreso de Historia, Casa de la Cultura Ecuatoriana, sede Loja, 2005. “El arte de la platería y sus artífices”, Pontificia Universidad Católica del Ecuador, Quito, 2003. “La Iglesia del Hospital y estudio iconológico del Altar Mayor”, en Simposio de Retablos. Organizado por Embajada de España, UNESCO, Museo de la Ciudad. Quito. 2002. “Los trabajos de platería en Quito”, en Curso de Arte Colonial. Patrimonio Cultural de Quito y Banco Central del Ecuador, 1999.
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Percival Tirapeli Líder do Grupo de Pesquisa Barroco Memória Viva: da arte colonial à arte contemporânea – IAUNESP/CNPq Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Arte sacra no contexto latino americano: as ordens religiosas RESUMO As primeiras ordens religiosas aportadas nas Américas para a evangelização dos povos descobertos foram a dos franciscanos (1500), dominicanos (1510), agostinianos (1533), mercedários (1535) e os jesuítas em (1566). Os franciscanos se instalarem no Vice reinado de Nova Espanha (1523), México, a pedido do conquistador Hernán Cortés. Ganharam espaços privilegiados como todos os outros pioneiros. Na sequencia se espalharam pela América Central, Vice Reinado do Peru (1532) e Cone Sul, no vice reinado de La Plata. Os dominicanos e mercedários, seguiram os mesmos caminhos que os franciscanos e indo para o Peru em 1535 e os agostinianos em 1536 já estavam na América do Sul. Os carmelitas foram os últimos (1585) porém mais intensamente no Brasil. No Brasil a evangelização inicia com a chegada dos jesuítas (1549) que acompanharam o primeiro governador geral Tomé de Sousa para a fundação da capital colonial Salvador, na Bahia. Foram seguidos pelos franciscanos (1583 ), beneditinos (1599) e carmelitas. Exceto os jesuítas, todas as outras ordens entraram no Brasil sob o reinado dos espanhóis durante a união das coroas (1580 1640). A evangelização iniciou-se pelos imensos territórios do México seguida no vice reinado do Peru, na Guatemala, América Central continuando na zona da mineração da prata, Bolívia que pertencia ao vice reinado do Peru e Cone Sul, Argentina, Paraguai e Chile, vice reinado de La Plata com as conhecidas misiones jesuíticas até serem expulsos em 1763. BIOGRAFIA Professor titular em História da Arte Brasileira pelo Instituto de Artes da UNESP (IA-UNESP), onde atua nos cursos de graduação, mestrado e doutorado. Formou-se mestre e doutor pela ECAUSP em Artes Visuais (1984 e 1988, respectivamente). É autor de 16 livros sobre arte brasileira, em especial sobre arte sacra do período colonial, destacando-se Igrejas Paulistas: Barroco e Rococó pela Editora Unesp e Imprensa Oficial do Estado (prêmio Sérgio Milliet da ABCA de melhor pesquisa em 2003) e Igrejas Barrocas do Brasil (Metalivros, 2008). Desde 1987 realiza o curso de extensão universitária Barroco Memória Viva do IA-UNESP, também é líder juntamente com prof. dr. José Spaniol do Grupo de Pesquisa Barroco Memória Viva: da arte colonial à arte contemporânea – IA-UNESP/CNPq, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Artes do IA-UNESP e do Projeto Pictura/BMV junto à Biblioteca do IA-UNESP para a divulgação da História da Arte Brasileira pelo Núcleo de Ensino à Distância - NEAD-UNESP. Colaborador para pareceres sobre arte sacra junto ao Condephaat. Curador de exposições de arte sacra como Vestes Sagradas e Oratórios Barrocos - Arte e Devoção, Museu de Arte Sacra de SP, 2011. É artista plástico expondo desde 1975 destacando-se duas participações nas bienais de São Paulo, em 1977 e 1981, e mostra individual em Roma em 1997. No prelo estão os livros Arquitetura e Urbanismo no Vale do Paraíba (Ed.UNESP/SESC) e Barroco na América Latina - arquitetura sacra e urbanismo (Metalivros). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1423636463797795
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Rafael Schunk Grupo de Pesquisa Barroco Memória Viva: da arte colonial à arte contemporânea – IA-UNESP/ CNPq Frei Agostinho de Jesus e o Mosteiro Beneditino de Santana de Parnaíba RESUMO Na história da colonização brasileira, a produção de imagens sagradas representou um importante papel didático no processo de ensino e conversão religiosa do território conquistado, sobretudo incentivado nas oficinas conventuais jesuíticas, beneditinas, franciscanas e carmelitas. No planalto de Piratininga, as pioneiras relações sociais estabelecidas por meio de laços matrimoniais entre tupis e portugueses foram de encontro à secular sociedade paraguaia formada por espanhóis e guaranis, gerando uma mescla de culturas que resultaram na idéia de sertão: local onde a miscigenação e liberdade fugiram de tratados ibéricos e controles metropolitanos. Pelos velhos caminhos indígenas Peabirus, os bandeirantes paulistas avançaram no interior do continente em busca de riquezas, levando consigo suas experiências e retornando com a prata de Potosí e mão de obra missioneira. No meio deste caminho estava Santana de Parnaíba e a arte do primeiro grande artista brasileiro: Frei Agostinho de Jesus. Residindo no Mosteiro dos Beneditinos desta localidade a partir de 1643 transforma o panorama cultural do Brasil, um significativo momento das artes plásticas nacionais. Em Parnaíba, o mestre encontrou uma sociedade original, miscigenada, criando obras-primas, testemunhos da arte sacra paulista, berço da identidade nacional. A série de imagens em terracota desenvolvidas nesta região integra umas das primeiras tradições brasileiras de escultura religiosa somando contribuições de artistas como Frei Agostinho da Piedade, Mestre de Angra dos Reis e entalhadores missioneiros. A partir desse evento forma-se um conjunto de santeiros que seguirão estéticas eruditas e populares formando a Escola Cultural do Vale do Rio Tietê e Paraíba do Sul. Toda essa agitação social irá acompanhar os pioneiros no processo de expansão do país rumo a Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. O retorno desse fluxo humano à Parnaíba produz uma relíquia: a Capela de Nossa Senhora da Conceição do Voturuna, primeiro altar nacional e que reuniu referências platerescas, maneiristas, beneditinas e ornamentos tropicais. Por meio da síntese de influências americanas, européias e orientais nasce à cultura brasileira. Palavras-chave: Frei Agostinho de Jesus; Berço da arte brasileira; barroco; escultura. Frei Agostinho de Jesus and the Benedictine Monastery of Santana de Parnaíba ABSTRACT The production of sacred images played important role for the teaching process and religious conversion for the history of the Brazilian colonization. Jesuits, Benedictines, Franciscans and Carmelites, had encouraged the production of sacred images in their handcrafts spaces. At the Piratininga plateau, the first social relationships have been born through marriages between Tupis and Portugueses. The opposite of the secular Paraguayan society, made up of Spanish and Guaranis. These relationships, turned into a mix of cultures resulting in an idea of backwoods: miscegenation and freedom, ran away from Iberic control. The pioneers from São Paulo “paulistas” used the old indigenas ways, looking for wealth. They returned to the silver of Potosi, bringing their experience and missionary labor. Through the middle of the way, in Santana de Parnaíba, was Frar Agostinho de Jesus, the first, and most important Brazilian artist. From 1643, Frar Agostinho living with the Benedictines transformed the culture of Brazil, into a significant mo
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ment of national art. In Parnaíba, the master found an original and mixed society, creating master pieces, standarts of sacred art in São Paulo, birth of national identity. The series of images in terracotta developed in this region includes one of the first Brazilian traditions of religious sculpture by adding contributions from artists such as Frar Agostinho da Piedade, Master of Angra dos Reis and carvers missionaries. This event result in the foundation of the important “The School Culture of the Tietê and Paraíba do Sul River Valley”. All this unrest will follow the pioneers in the expansion of the country towards Minas Gerais, Mato Grosso and Goiás. The return on this human flow to Parnaíba produces a relic: the Chapel of Our Lady Immaculate Concepcion of the Voturuna, the first altar that brought together “platerescas” and benedictines national references. Through the synthesis of American, European and Oriental influences born the Brazilian culture. Keywords: Frar Agostinho de Jesus; Birth of Brazilian Art; Barocco; Sculpture. BIOGRAFIA Mestre em Artes Visuais, formado em Arquitetura e Urbanismo, Pesquisador, Historiador, Perito em Seguro de Obras de Arte, Crítico, Expógrafo, Curador e Artista Plástico. Projetos culturais e exposições: Revitalização do Museu Casa do Anhanguera e implantação do Museu de Rua em Santana de Parnaíba - IPHAN e Secretaria da Cultura de Santana de Parnaíba-SP, 2013; Aparecida, A Virgem Mãe do Brasil. In Museu Afro Brasil, 2012/13; Ecce Homo, Meu Nome é Jesus. In Museu Afro Brasil, 2012; A Arte Sacra na Terra dos Bandeirantes. In Museu Municipal de Barueri-SP, 2012; Benedito das Flores e Antonio do Catigeró. In Museu de Arte Sacra de São Paulo-SP, 2011/12; Arte e Cultura no Vale do Paraíba. In Palácio Boa Vista, Campos do Jordão-SP, 2011/12; Oratórios Barrocos – Arte e Devoção na Coleção Casagrande. In Museu de Arte Sacra de São Paulo-SP, 2011; Fragmentos do Barroco Paulista. In Galeria do Instituto de Artes da UNESP, 2010; Olhares Sobre Parnaíba, Suas Memórias e Seus Artistas. In Centro de Memória e Integração Cultural. Santana de Parnaíba-SP 2004: Quatro Séculos de Arte Sacra Paulista. In Prefeitura Municipal de Santana de Parnaíba, 2008. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2120891495413386
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Rodrigo de Almeida Bastos Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC Decoro e engenho na arquitetura religiosa do século XVIII RESUMO A história das artes coloniais poderia se renovar com a reconstituição histórica das regras, preceitos e doutrinas que sustentavam as práticas de representação artística. Dentre esses preceitos, o decoro e o engenho se destacam, seja pela autoridade longeva que remonta à antiguidade, seja pela atualidade com que foram sempre acomodados a costumes, hábitos e padrões de gosto. Constituem dois dos preceitos mais importantes daqueles tempos, sob a consideração dos quais o historiador poderia repensar vários mitos consagrados romântica e modernamente às artes antigas, como a genialidade e a originalidade de fábricas e artistas, a desordem e a espontaneidade de vilas e cidades. Palavras-chave: decoro, engenho, arquitetura religiosa, historiografia. Decorum and wit on the 18th religious architecture ABSTRACT The colonial art history could renew itself with the historical reconstruction of rules, precepts and doctrines which sustained the practice of artistic representation. Among these precepts, the decorum and wit contrast, either by the remote authority that remounts the antiquity, or the manner of were always adapted to consuetudes, habits and standard of taste. Decorum and wit constitute two of the most important precepts of those times, under consideration the historian could rethink many romantic and modern consecrated myths to the old arts, such as geniality and originality of fabrics and artists, the disorder and the spontaneity of villages and cities. Keywords: decorum, wit, religious architecture, historiography. BIOGRAFIA Arquiteto Urbanista, Engenheiro civil, Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela UFMG e Doutor em Arquitetura e Urbanismo pela USP, com Doutorado sanduiche no Departamento de História da Arte da Universidade Nova de Lisboa. É professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina. Em 2010, recebeu o Prêmio Marta Rossetti Batista, de História da Arte e da Arquitetura, pela tese, publicada pela Edusp: A maravilhosa fábrica de virtudes: o decoro na arquitetura religiosa de Vila Rica, Minas Gerais (1711-1822).
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Frei Róger Brunorio, OFM Província Franciscana da Imac. Conceição do Brasil Rafael Azevedo Fontenelle Gomes INEPAC Catalogação de bens Sacros RESUMO A inventariação e catalogação dos bens sacros são orientações dos órgãos de proteção e tombamento dos bens culturais e da Igreja Católica. No Brasil, os inventários de arte sacra começaram isoladamente e foram praticamente realizados por instituições civis de proteção ao patrimônio cultural. Predominantemente foram pioneiros os estados da Bahia, pelo IPAC e de Minas Gerais pelo IEPHA. Em nível de política nacional, será a partir do ano de 1986, que o IPHAN irá realizar através do projeto de Inventário Nacional de Bens Móveis e Integrados - INBMI. No contexto da religião católica, a maior detentora do patrimônio sacro, os inventários de arte sacra têm sido realizados em algumas dioceses como a de Belo Horizonte, Juiz de Fora, Nova Iguaçu e instituições religiosas como os Franciscanos, Carmelitas, entre outras. O projeto de inventário da Arte Sacra Fluminense, do INEPAC tem sido considerado um trabalho inédito por sua metodologia e também por suas ações. A inventariação contempla os bens sacros móveis e integrados, bem como sendo ou não tombados por qualquer instancia. A catalogação dos bens sacros permite o controle adequado do acervo, desde os procedimentos de acondicionamento, conservação, circulação e documentação, evitando o desperdício de recursos com intervenções provocadas por danos. Também garante a segurança dos objetos, permitindo acionar as instâncias de proteção ao patrimônio em caso de sinistros ou outras perturbações. Ao mesmo tempo, auxilia no engajamento das comunidades na salvaguarda e fruição do seu patrimônio cultural. Sendo assim, a catalogação dos bens sacros tem como principais objetivos a identificação, o conhecimento, a preservação, a conservação, a proteção e a difusão do patrimônio religioso, histórico e cultural. Palavras-chave: arte sacra, catalogação, inventário, bens culturais, patrimônio. Cataloging the goods sacre ABSTRACT The inventory and tabulation the goods sacred are guidelines of the protection agencies and overtuning of cultural property and Catholic Church. In Brazil, the inventories of sacred art started alone and were almost done by civilian institutions of cultural heritage protection. Predominantly pioneered the states of Bahia, by IPAC, and Minas Gerais, by IEPHA. At the national policy level, will be from the year 1986, IPHAN that will hold through the project of National Inventory of Mobile and Embedded - INBMI. In the context of the Catholic religion, the largest holder of the sacred patrimony, inventories of sacred art have been conducted in some dioceses such as Belo Horizonte, Juiz de Fora, Nova Iguaçu and religious institutions such as the Franciscans, Carmelites, among others. The inventory project of Sacred Art Fluminense, the INEPAC has been considered a new work by its methodology and also for their actions. The inventory includes goods sacred mobile and embedded, overturned or not by any instance. The tabulation of goods sacred allows adequate control of the acquis, since the procedures packaging, conservation, circulation and documentation, avoiding the waste of resources caused by damage to interventions. It also ensures the safety of objects, allowing trigger the instances of heritage protection
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in case of accidents or other perturbations. At the same time, assists in engagement by communities in the safeguarding and fruition of their cultural heritage. Therefore, the tabulation of goods sacred has as main objectives the identification the knowledge, preservation, conservation, protection and diffusion of religious heritage, historical and cultural. Keywords: sacred art, tabulation, inventory, goods culture, heritage. BIOGRAFIAS Frei Róger Brunorio, frade franciscano, museólogo, coordenador do Departamento dos Bens Culturais da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, pesquisador em arte sacra, coautor e consultor do Projeto de Inventário da Arte Sacra Fluminense do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro. Rafael Azevedo Fontenelle diretor de Bens Móveis tural (Inepac), coautor e cra Fluminense - Inepac,
Gomes, museólogo e mestre em História da Arte - UFRJ, e Integrados do Instituto Estadual do Patrimônio Culcoordenador geral do Projeto de Inventário da Arte Sada Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro.
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Ronaldo Ritti Dias Divisão de Restauro de Patrimônio Histórico da Concrejato Obras Especiais Restauros arquitetônicos de bens sacros RESUMO Um dos desafios dos profissionais da área técnica que trabalham com a restauração de bens arquitetônicos, é restaurar monumentos históricos adaptando-os à atualidade. Até alguns anos atrás, a ideia era muito conservadora: era feita a restauração de certa edificação, mas não havia uma proposta de utilização e ela se deteriorava novamente em cinco anos. Hoje, a concepção é de que um prédio histórico tem que ser funcional e ter autogestão. Portanto, é necessário dar condição de uso, o que significa instalar equipamentos como elevadores e ar condicionado e obedecer às atuais normas de segurança e de acesso a portadores de necessidades especiais. É justamente isso, associado à manutenção periódica da obra, que aumentará a sua vida útil. A concepção de restaurar levando em consideração a necessidade de adequar uma obra aos tempos modernos, em que o cenário urbano é totalmente distinto é a linha de pensamento da Divisão de Restauro de Patrimônio Histórico da Concrejato. A empresa já efetuou, entre outros, a recuperação da Catedral da Sé, Casa do Grito, da Igreja da Nossa Senhora da Boa Morte e atualmente é responsável pelo restauro da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, todos em São Paulo, além das catedrais de Brasília, DF e Florianópolis, SC e do Mosteiro de São Bento no RJ. Palavras-chave: Restauro arquitetônico, obras especiais, restauro de patrimônio histórico. BIOGRAFIA Engenheiro civil é diretor da Divisão de Restauro de Patrimônio Histórico da Concrejato Obras Especiais, empresa do Grupo Concremat Serviços Técnicos de Engenharia S/A, especializada em restauro de patrimônio histórico e arquitetônico, obras especiais de recuperação e reforço estrutural, com toda a estrutura necessária para grandes obras de restauração, incluindo assessoria para a elaboração de projetos beneficiados por leis de incentivos fiscais.
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Rosana Delellis Sócia-Diretora da Formarte Preservação do patrimônio sacro e leis de incentivo fiscal RESUMO Através das Leis de Incentivo à Cultura, instituições têm preservado seus acervos e seu patrimônio, concebendo e executando projetos culturais como ferramenta de marketing. A viabilidade dos projetos culturais depende do estudo e de estratégias de atuação no mercado transformando o projeto cultural num bom negócio para os envolvidos. Portanto, serão mostradas as possibilidades de utilização dessas leis de incentivo fiscal nas esferas federal, estadual e municipal, para a captação de recursos para ações que envolvam a preservação do patrimônio cultural, no âmbito do planejamento urbano e do projeto do edifício. Palavras-chave: Leis de incentivo fiscal, execução de projetos culturais, captação de recursos. BIOGRAFIA Arquiteta, é presidente da Asseer (Associação de Empresas e Entidades de Gestão, Execução de Projetos e Serviços de Conservação e Restauro) e Diretora da Formarte – Projeto, Produção e Assessoria, empresa especializada em projetos culturais de preservação do Patrimônio Histórico.
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Rosângela Aparecida da Conceição Grupo de Pesquisa cAt - ciência/Arte/tecnologia - IA-UNESP/CNPq Grupo de Pesquisa GIIP - Grupo Internacional e Interinstitucional de Pesquisa em Convergências entre Arte, Ciência e Tecnologia/IA-UNESP-CNPq Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho Indumentária e têxteis litúrgicos no Acervo Histórico-Artístico da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência da Cidade de São Paulo e da exposição ‘Vestes Sagradas’ RESUMO Neste artigo abordaremos as questões relacionadas à indumentária e têxteis litúrgicos, tendo o Acervo Histórico-Artístico da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência da Cidade de São Paulo e a exposição ‘Vestes Sagradas’ como focos de estudos. No primeiro caso, trata-se do levantamento do acervo de indumentária e têxteis litúrgicos existentes, observando as características físicas e de conservação para futuro museu. No segundo caso, a descrição das peças oriundas de coleção particular que foram selecionadas, tratadas e expostas em exposições itinerantes por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, por exemplo, a partir do ano de 2011. Palavras-chave: Indumentária litúrgica, têxteis litúrgicos, acervos de têxteis, conservação, exibição. Liturgical vestments and textiles in the Historical-Artistic Collection of Venerable Third Order of St. Francis of Penance of the City of São Paulo and of the exhibition ‘Holy Robe’ ABSTRACT In this paper we address issues related to liturgical vestments and textiles having the Historical-Artistic Collection of Venerable Third Order of St. Francis of Penance of the City of São Paulo and of the exhibition ‘Holy Robe’ as a focus of study. In the first case, it is the survey of the collection of costume and textiles liturgical existing observing the physical characteristics and conservation for future museum. In the second case, the description of the pieces from the private collection that were selected, processed and displayed in exhibitions in São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, for example, from the year 2011. Keywords: Liturgical vestments, liturgical textiles, textile collections, conservation, exhibition. BIOGRAFIA Mestre em Artes, concentração Artes Visuais (2013), Bacharel (2009) e licenciada em Artes Visuais (2010) pelo Instituto de Artes da UNESP. Suas pesquisas têm ênfase nos temas: arte digital, arte e tecnologia, educação e inclusão digital, novas mídias e museologia. Desde 1996, participa regularmente de mostras como artista, com obras em acervos nacionais e internacionais. Membro da ANPAP, no Comitê Poéticas Artísticas (2011-). Foi bolsista CAPES entre 2011 e 2013. É pesquisadora membro dos grupos de pesquisa CAT - ciência/ARTE/tecnologia e do GIIP, ambos certificados pelo IA-Unesp/CNPq. Desde 2011 é professora de Educação Básica II - Arte, na rede estadual paulista. Colaborou com pesquisa sobre têxteis eclesiásticos para mostra ‘Vestes Sagradas’, e legendagem da mostra ‘Oratórios Barrocos - Arte e devoção na Coleção
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Casagrande’, exibidas em 2011, no Museu de Arte Sacra de São Paulo, sob curadoria de Percival Tirapeli. Executou o levantamento do acervo de indumentária e têxtil da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência da Cidade de São Paulo (2010). Tem artigos e resumos publicados nas temáticas pesquisadas em revistas e anais de eventos nacionais e internacionais.. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9882618757051498
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Suzanna Sampaio ICOMOS Espanha São Paulo: a história, a lei e a realidade RESUMO São Paulo é a mais importante cidade da América do Sul, e não é prestigiada como outras na Europa e nos Estados Unidos da América do Norte. Entretanto é nesta cidade que se encontram os marcos de Patrimônio Cultural mais significativos do mundo contemporâneo que exigem estudo, discussão e publicação adequadas. Começando pelos primórdios quinhentistas, e percorrendo nos arquivos eclesiásticos, particulares e oficiais logo vem à luz os comoventes testemunhos da epopeia da conquista do território brasileiro da feita com a participação de jesuítas e dos indígenas (tupinambás) que lideravam as difíceis trilhas do sertão desconhecido. A legislação brasileira que protege o Patrimônio Cultural (Histórico e Artístico) nasceu em São Paulo da idéias lúcidas de Mário de Andrade e seus companheiros da divisão de Cultura. A Lei Magna de Proteção o Decreto Lei, 25 criou o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) inspirou em São Paulo a criação do CONDEPHAAT (Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico, Arqueológico e Turístico) que completou em nível Estadual o já existente DPH (Departamento do Patrimônio Histórico da Prefeitura da cidade de São Paulo). O sucesso da lavoura cafeeira trouxe a partir do século XIX riqueza financeira e consequente desenvolvimento econômico. Desenvolveu-se a indústria que atualmente coloca o Brasil fora do nível de subdesenvolvimento. Presentemente as companhias imobiliárias, que destruíram o que consideravam velho e ultrapassado e podem ser responsabilizadas por danos fatais à nossa memória, tem sido contidas por legislação adequada. Tem havido mudança positiva, e assim a melancólica afirmação de que “A LEI NÃO SALVA A HISTÓRIA” já não é mais um axioma. Garantia constitucional e crimes tipificados no Direito Positivo Brasileiro asseguram que o futuro não mais permitirá a destruição sistemática dos testemunhos seculares do povo paulista, paulistano e acima de tudo brasileiro. BIOGRAFIA Suzanna do Amaral Cruz Sampaio é licenciada em História pela PUC-SP (1953), pós-graduada em História Moderna pela Universidade de Edimburgo, Escócia (1970-74). Foi professora de História Geral e do Brasil no Colégio de Aplicação, USP. Graduada em Direito pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, USP, 1986. Foi ainda superintendente da SUTACO – autarquia do artesanato paulista (Governo Estadual), 1987-90, consultora cultural da Estação da Lapa (1990-92), vice-presidente do Museu Brasileiro da Escultura (MUBE) e conselheira do Conselho de Incentivo à Cultura (CNIC) do Governo Federal. Titular do conselho executivo do IPHAN (1996-2009). Membro honorário do Comitê Internacional de Cidades Históricas (Madri, Espanha) e presidente de honra do ICOMOS – International Council for Monuments and Sites, Brasil (2002-2009). É membro do ICOMOS Espanha.
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Victor Hugo Mori IPHAN - SP Registros do Patrimônio Sacro: desenhos fotográficos RESUMO Antes de me tornar arquiteto em 1975, comecei a minha a vida profissional fazendo desenhos e perspectivas arquitetônicas para os futuros colegas de profissão. O desenho possibilita mostrar uma edificação ou uma paisagem urbana em infinitos pontos de vista, na visão do pedestre, em composição aérea, eliminar distorções óticas ou forçar uma visão ortogonal (elevações ou cortes) e captar o objeto muito além do campo visual do olho humano. Os arquitetos sempre se utilizaram do croqui para fazer registros rápidos de edificações e lugares que as lentes das câmeras fotográficas não conseguiam captar. Enquanto o desenho tem o potencial de mostrar muito além do quadro ótico visual de uma lente tem a deficiência de não conseguir registrar as texturas e cores do ambiente a ser registrado. No final da década de 1990 com a chegada das primeiras câmeras digitais comecei a trabalhar com o photoshop. Descobri que era possível aplicar tudo o que tinha aprendido do desenho, a geometria, as regras de proporção, os pontos de fuga, as distorções e ilusões óticas, com as ferramentas que o photoshop e as imagens digitais propiciam, para documentar o nosso patrimônio cultural. Registrar monumentos arquitetônicos que nem o desenho nem as câmeras fotográficas podiam captar passou a ser um hobby e uma mania: a fachada integral do Duomo de Orvieto, quilômetros de Gats sagrados (escadarias) no Rio Ganges em Varanasi, o monte do templo em Jerusalém, a paisagem de Stonehenge, a Igreja de Gesu em Roma e San Marco em Veneza, o Templo Todai-ji em Nara, o Mosteiro de São Bento em Sorocaba, as pinturas de Jesuíno do Monte Carmelo em São Paulo e Itu, a restauração do Bom Jesus de Iguape, as pinturas ocultas de São Miguel Paulista, o deambulatório de Saint-Denis, a igreja da Graça em Olinda, os templos de Khajuraho na Índia e de Chichen-Itza em Yucatan, entre outros. Hoje cada montagem desses “desenhos fotográficos” são executados em menos de 15 minutos, rápidos como um croqui à lápis. O Museu da Casa Brasileira fez uma exposição desses trabalhos em 2008 intitulado “Patrimônio e Paisagem”, onde os curadores denominaram essa técnica de victorfotogravura, que tentarei explicitar nessa apresentação. BIOGRAFIA É arquiteto pela FAU-USP, com vida profissional dedicada aos órgãos governamentais responsáveis pela conservação e tombamento dos bens patrimoniais paulistas. É arquiteto do IPHAN e tem atuado intensamente nas obras, dentre outras, dos restauros das fortalezas da Barra Grande (Guarujá), São João (Bertioga) e Itaipu (Praia Grande). Foi arquiteto, diretor e conselheiro do CONDEPHAAT e coordenador do Instituto de Arquitetos do Brasil. Conselheiro do CONPRESP – Patrimônio Histórico do Município de São Paulo e do CONDEPASA – Patrimônio Histórico do Município de Santos. É membro do ICOMOS – International Council for Monuments and Sites. Fotógrafo de monumentos aclamados pela UNESCO no mundo e em especial dos bens tombados pela IPHAN em São Paulo, para a publicação IPHAN Patrimônio : 70 anos em São Paulo (2008).
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Moderadores Danielle Manoel dos Santos Pereira
Doutoranda em Artes pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (IA/UNESP), na linha de pesquisa: Abordagens históricas, teóricas e culturais da arte, com bolsa FAPESP (2013-2016). Mestre em Artes IA/UNESP (2012), com Bolsa FAPESP (2010-2012). Especialista em História da Arte pela UNICSUL (2010). Graduada em História pelo Centro Universitário Assunção - UNIFAI (2007). Membro do grupo de pesquisa Barroco Memória Viva: da arte colonial à arte contemporânea, IA-Unesp/ CNPq. Desenvolve pesquisas sobre as Igrejas coloniais Barrocas no Brasil, sobretudo da região de Diamantina (MG) e Mogi das Cruzes (SP), com ênfase nas pinturas ilusionistas no forro das Igrejas. Curadoria de Arte Sacra para o Museu das Igrejas do Carmo de Mogi das Cruzes (SP) - (2011-2013). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/0266521537761317
Eduardo Murayama
É pesquisador de arte brasileira com ênfase na pintura sacra paulista do período colonial. Possui formação em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo (2003), especialização em História da Arte pela Universidade São Judas Tadeu (2005) e mestrado em Artes Visuais / História da Arte pelo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista / UNESP (2010). Atualmente é doutorando do Instituto de Artes da UNESP, onde desenvolve pesquisa sobre a obra pictórica paulistana e ituana do padre Jesuíno do Monte Carmelo, sob orientação do Prof. Dr. Percival Tirapeli. Contato: eduardomurayama@yahoo.com Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/3521222614547682
Gabriel dos Santos Frade
Graduado em filosofia pela Pontificia Universitas Gregoriana(1992), graduação em teologia pela Pontificia Universitas Gregoriana(1998), mestrado em Teologia pelo Centro Universitário Assunção(2005) e mestrado em TEOLOGIA pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo(2012). Atualmente é TRADUTOR PÚBLICO da junta comercial do estado de são paulo, Professor do Instituto de Filosofia e Teologia Santa Teresinha - São José dos Campos, Professor da Faculdade de Filosofia e Teologia Paulo VI - Mogi das Cruzes, Professor do Centro Universitário Salesiano São Paulo e Professor do Mosteiro de São Bento de São Paulo. Tem experiência na área de Teologia, com ênfase em Teologia Sistemática. Atuando principalmente nos seguintes temas:arquitetura religiosa, São Carlos Borromeu, Concílio de Trento, Contrarreforma, Maneirismo e Barroco. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7845330040698658
Maria José Spiteri Tavolaro Passos
Doutoranda em Artes Visuais no Instituto de Artes da UNESP, onde também obteve o título de Mestre em Artes e realizou as graduações em Educação Artística e Artes Plásticas. É professora dos Cursos de Desenho Industrial e Artes Visuais da Universidade São Judas Tadeu e dos Curso de Artes Visuais e Arquitetura e Urbanismo da Universidade Cruzeiro do Sul. Pesquisadora das Artes Visuais vem atuando principalmente nas áreas de História da Arte, História da Arte Brasileira, Arte-educação. É autora de textos a respeito de arte brasileira e processos de criação. Entre as suas principais publicações estão: Antonio Lizárraga (EDUSP, 2004), Barroco Memória Viva: a extensão da universidade (In: Arte Sacra Colonial. Edunesp, 2001/2006) e Imaginária Religiosa Brasileira: em busca de uma arqueologia da beleza (In: Teologia e Arte. Paulus, 2011). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/5580651739002023
Myriam Salomão Doutoranda com bolsa CAPES na área de concentração História e Fundamentos da Arquitetura e Urbanismo, linha de pesquisa Teoria e História das Artes na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - USP. É formada em Educação Artística com Habilitação em Música (1986) e Artes Plásticas (1988) pelo Instituto de Artes da UNESP e Mestrado em Artes (2002) pela mesma instituição. É professora do curso de Desenho Industrial do Centro de Artes da Universidade Federal
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do Espírito Santo - UFES. Integrante do grupo de pesquisa Barroco Memória Viva certificado pelo IA-UNESP/CNPq, tem experiência de pesquisa e docência na área de Artes, com ênfase em História da Arte Brasileira, atuando principalmente nos seguintes temas: patrimônio cultural e artístico brasileiro, Barroco e Rococó no Brasil e pintura paulista dos séculos XVII e XVIII. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2085456064290850 Mozart da Costa Bonazzi
Doutorando em Arquitetura e Urbanismo pela FAUUSP; Mestre em Artes pela UNESP; Graduado em Artes Plásticas pela FAAP, é professor e vice-coordenador do Curso Superior de Conservação e Restauro da PUCSP e colaborador do Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade - CEPESE/Universidade do Porto. Pesquisador de processos escultóricos dedica-se ao estudo da conceituação e da técnica dirigidas à realização da talha barroca e rococó no Brasil. É autor de publicações como A Talha Ornamental Barroca na Igreja Conventual Franciscana de Salvador (São Paulo: EDUSP, 2010). Tem escrito diversos artigos divulgados em importantes veículos especializados, no Brasil e no Exterior, como A reconstituição dos retábulos da Capela da Venerável Ordem Terceira Franciscana em São Paulo (Porto: CEPESE, 2012).
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2098499791907824
Percival Tirapeli
Professor titular em História da Arte Brasileira pelo Instituto de Artes da UNESP (IA-UNESP), onde atua nos cursos de graduação, mestrado e doutorado. Formou-se mestre e doutor pela ECA-USP em Artes Visuais (1984 e 1988, respectivamente). É autor de 16 livros sobre arte brasileira, em especial sobre arte sacra do período colonial, destacando-se Igrejas Paulistas: Barroco e Rococó pela Editora Unesp e Imprensa Oficial do Estado (prêmio Sérgio Milliet da ABCA de melhor pesquisa em 2003) e Igrejas Barrocas do Brasil (Metalivros, 2008). Desde 1987 realiza o curso de extensão universitária Barroco Memória Viva do IA-UNESP, também é líder juntamente com prof. dr. José Spaniol do Grupo de Pesquisa Barroco Memória Viva: da arte colonial à arte contemporânea – IA-UNESP/CNPq, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Artes do IA-UNESP e do Projeto Pictura/BMV junto à Biblioteca do IA-UNESP para a divulgação da História da Arte Brasileira pelo Núcleo de Ensino à Distância - NEAD-UNESP. Colaborador para pareceres sobre arte sacra junto ao Condephaat. Curador de exposições de arte sacra como Vestes Sagradas e Oratórios Barrocos - Arte e Devoção, Museu de Arte Sacra de SP, 2011. É artista plástico expondo desde 1975 destacando-se duas participações nas bienais de São Paulo, em 1977 e 1981, e mostra individual em Roma em 1997. No prelo estão os livros Arquitetura e Urbanismo no Vale do Paraíba (Ed.UNESP/SESC) e Barroco na América Latina - arquitetura sacra e urbanismo (Metalivros). Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/1423636463797795
Rosângela Aparecida da Conceição Mestre em Artes, concentração Artes Visuais (2013), Bacharel (2009) e licenciada em Artes Visuais (2010) pelo Instituto de Artes da UNESP. Suas pesquisas têm ênfase nos temas: arte digital, arte e tecnologia, educação e inclusão digital, novas mídias e museologia. Desde 1996, participa regularmente de mostras como artista, com obras em acervos nacionais e internacionais. Membro da ANPAP, no Comitê Poéticas Artísticas (2011-). Foi bolsista CAPES entre 2011 e 2013. É pesquisadora membro dos grupos de pesquisa CAT - ciência/ARTE/tecnologia e do GIIP, ambos certificados pelo IA-Unesp/CNPq. Desde 2011 é professora de Educação Básica II - Arte, na rede estadual paulista. Colaborou com pesquisa sobre têxteis eclesiásticos para mostra ‘Vestes Sagradas’, e legendagem da mostra ‘Oratórios Barrocos - Arte e devoção na Coleção Casagrande’, exibidas em 2011, no Museu de Arte Sacra de São Paulo, sob curadoria de Percival Tirapeli. Executou o levantamento do acervo de indumentária e têxtil da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência da Cidade de São Paulo (2010). Tem artigos e resumos publicados nas temáticas pesquisadas em revistas e anais de eventos nacionais e internacionais.. Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9882618757051498
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Victor Hugo Mori
É arquiteto pela FAU-USP, com vida profissional dedicada aos órgãos governamentais responsáveis pela conservação e tombamento dos bens patrimoniais paulistas. É arquiteto do IPHAN e tem atuado intensamente nas obras, dentre outras, dos restauros das fortalezas da Barra Grande (Guarujá), São João (Bertioga) e Itaipu (Praia Grande). Foi arquiteto, diretor e conselheiro do CONDEPHAAT e coordenador do Instituto de Arquitetos do Brasil. Conselheiro do CONPRESP – Patrimônio Histórico do Município de São Paulo e do CONDEPASA – Patrimônio Histórico do Município de Santos. É membro do ICOMOS – International Council for Monuments and Sites. Fotógrafo de monumentos aclamados pela UNESCO no mundo e em especial dos bens tombados pela IPHAN em São Paulo, para a publicação IPHAN Patrimônio : 70 anos em São Paulo (2008).
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Mostra de Arte Sacra Wandecok Cavalcanti: Um verdadeiro artista do barroco em cerâmica! ssa afirmação não foi minha: eu a li um dia entre diversas postagens de amigos no Facebook e de curiosidade fui ver de quem se tratava. E surpresa: já conhecia o trabalho desse artista pernambucano, mas nem imaginava que uma imagem de Nossa Senhora da Conceição perdida em meio a tantas lembranças fosse ressurgir na minha memória com tanta intensidade. E de curiosidade também fui atrás de conhecer um pouco mais desse “verdadeiro artista barroco”. Wandecok começou a trabalhar com arte no ano de 1980 e desde então não parou mais. Autodidata, tem um talento nato, uma facilidade de absorver fotograficamente as figuras por ele estudadas nas igrejas e museus dos estados de Pernambuco e Bahia. Começou a trabalhar com argila, na cidade de Tracunhaém/PE, onde desenvolveu um jeito simplificado de produzir, com muita beleza e desenvoltura, as suas esculturas sacras e barrocas, não só pela temática, mas também pela abordagem formal. A tradição brasileira das imagens de barro, mantida por Wandecok aliada a essa abordagem própria na execução das peças, fez seu trabalho chegar aos museus no exterior além de instituições em diversos estados brasileiros, como o Memorial da América Latina em São Paulo. Ministra cursos em todo território nacional, faz workshops em diversos atelieres e faculdades neste Brasil, afora. Para aqueles que ficaram curiosos em conhecer o trabalho de Wandecok, suas peças sacras - São Francisco, Nossa Senhora e outros santos – estarão expostos e à venda durante o I Seminário Internacional Patrimônio Sacro no Auditório do Mosteiro de São Bento. Myriam Salomão, outubro de 2013. Contatos: (11) 98817-7700- Claro | (61) 8132-4544 - Tim wandecok@gmail.com
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Feira de Livros A Feira de Livros estará aberta a partir de 1 de outubro de 2013, às 17h30, até o encerramento do evento, que será no dia 4 de outubro. Nesta edição, contamos com a presença das editoras Loyola, Editora Paulinas, Cosac Naify, Editora Paulus, Editora da UNESP, que trarão publicações referentes aos temas abordados durante o I Seminário Internacional de Patrimônio Sacro. Foi pensada como momento importante para aquisição de livros, anais, revistas, entre outras publicações relevantes, incluindo autores presentes nas conferências e mesas-redondas. Feira de Livros - I Seminário Internacional Patrimônio Sacro De 1 a 4 de outubro de 2013. Abertura: 1 de outubro, às 17h30. Encerramento: 4 de outubro, às 17h30. Editoras participantes
Distribuidora de Livros Loyola | Cosac Naify | Editora Paulinas Editora Paulus | Editora da UNESP | EDUSP
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Lançamentos A arquitetura do engano Dedicamos sistematicamente nos últimos anos pesquisas, congressos e publicações sobre as questões da representação do espaço figurativo em paredes e em tetos de igrejas entre os séculos do tempo colonial. Não existe um estudo sistematizado sobre estas pinturas. Inevitavelmente, trata-se de um estudo interdisciplinar conjugando a história da arte, o restauro arquitetônico (pois as pinturas estão aplicadas em suportes matéricos em igrejas e/ou em palácios) e a componente técnica/científica na identificação dos elementos geométricos da produção artística. Uma espécie de construção mental do trabalho do pintor em transferir o desenho ao suporte pictórico. Tudo está por fazer e é o que este livro tenciona iniciar (ou mesmo dar continuidade, já que em 2009 iniciamos a publicação das primeiras pesquisas sobre este assunto apresentadas no congresso em 2007), isto é, apresentar o universo quadraturista existente no Brasil entre os séculos XVIII e XIX: uma legítima possibilidade de investigação contando com os maiores especialistas neste campo. O trabalho não está completo, apenas inicia mais uma fase. É a oportunidade de poder concentrar todas as discussões sobre um tema amplamente difundido em centros universitários europeus de grande importância e que, agora no Brasil, inicia os primeiros passos. Magno Mello (Org.). A arquitetura do engano. Fino Traço Editora, 1ª edição, 2013. 274 páginas. ************ A Maravilhosa Fábrica de Virtudes reescreve a história de alguns dos edifícios mais emblemáticos da arquitetura luso-brasileira, como a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar e a Capela da Ordem terceira de São Francisco de Assis, Ouro Preto, antiga Vila Rica. É dedicada a compreender a fábrica artística na capitania de Minas Gerais a partir da reconstituição histórica de conceitos e preceitos do seu tempo, como o decoro, a decência, a maravilha, a sutileza, o engenho, a graça, a conveniência, o asseio, a elegância, a perfeição, a formosura, entre outros, transformados, esquecidos ou alijados dos discursos artísticos nos últimos duzentos anos. A pesquisa recebeu o importante Prêmio Marta Rossetti Batista de História da arte e da arquitetura, em 2010, e menção honrosa no Prêmio para melhor tese de doutorado, no I Encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, também em 2010. Rodrigo Bastos é arquiteto e urbanista, engenheiro e professor do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina. Rodrigo Bastos. A Maravilhosa Fábrica de Virtudes: o decoro na arquitetura religiosa de Vila Rica, Minas Gerais (1711-1822). Edusp, 1ª edição, 2013. 360 páginas. ************
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Esplendor do Barroco Luso Brasileiro Benedito Lima de Toledo O que é o Barroco? Um universo onde todos componentes se interagem atingindo variedade e unidade indivisível. Nele as diferentes disciplinas artísticas atuam de forma integrada capazes de suscitar profundas emoções no observador, mo bilizando recursos cenográficos, com vistas a atingir clima triunfante ou dramático. Na arquitetura, onde indiscriminadamente são acolhidas as demais artes, as formas adquirem linguagem própria, movimentando-se e assimilando variadas formas de expressão: colunas torsas, ornatos, formas tomadas à natureza ou a pintura ilusionística capaz de romper a limitação da cobertura e induzir o observador a ingressar nas alturas celestes.Objetiva o presente livro,produto de circunstanciado trabalho de pesquisa, oferecer ao leitor a oportunidade de ingressar e usufruir da riqueza desse universo com suas emoções e sua capacidade de surpreender e despertar inquietações. Estudo do ambiente humano construído e seus equipamentos enquanto produção histórico-social em que se conjugam trabalho, arte e técnica. Sem o passado, não haveria o presente e sem este, não haveria o futuro. Nós vivemos o presente em permanente mutação. Somos testemunhas da história. Ter sido é uma condição para ser. Benedito Lima de Toledo. Esplendor do Barroco Luso-brasileiro. Ateliê Editorial, 1ª edição, 2012. 368p. Frei Galvão: Arquiteto Benedito Lima de Toledo Poucos conhecem a atividade de frei Galvão – o primeiro santo brasileiro – como exímio arquiteto, taipeiro e mestre de obras. A Igreja do Mosteiro da Luz e a capela do largo de São Francisco, em São Paulo, são dois de seus projetos mais relevantes. Este livro trata do Mosteiro da Luz e sua importância para o urbanismo paulistano. Com rica iconografia e ampla documentação fotográfica, Frei Galvão: Arquiteto mostra episódios importantes da história da arquitetura paulista. Benedito Lima de Toledo. Frei Galvão: Arquiteto. Ateliê Editorial, 1ª edição, 2007. 72p. ************ A talha ornamental barroca na igreja conventual franciscana de Salvador A cidade de Salvador contém diversos monumentos que representam o estilo barroco no Brasil, e entre eles destaca-se a imponente igreja do convento de São Francisco de Assis. Neste livro, bilíngue e ricamente ilustrado, Mozart Alberto Bonazzi da Costa apresenta um dos mais importantes exemplares do barroco em nosso país, revelando os segredos e analisando os aspectos históricos, estéticos e simbólicos. O autor analisa primeiramente as características técnicas da talha, seus materiais, as técnicas e instrumental utilizados, e os diferentes estilos. A seguir estuda a Igreja detalhadamente – a nave central, os púlpitos, a capela-mor etc. – e o repertório ornamental. A maior parte dos termos destinados a nomear os ornamentos estão em desuso, e o autor procurou resgatar inúmeros dos vocábulos a eles relativos que são apresentadas no glossário ao final do livro. Mozart Alberto Bonazzi da Costa. A talha ornamental barroca na igreja conventual franciscana de Salvador. Edusp, 1ª edição, 2010. 234 páginas.
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Da taipa ao concreto Carlos A. C. Lemos Um dos principais historiadores brasileiros da arquitetura e professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU USP), Carlos A. C. Lemos é também um combativo defensor do patrimônio urbanístico do país. Quando o Metrô de São Paulo ameaçava botar abaixo o prédio da Escola Caetano de Campos, obra de Ramos de Azevedo inaugurada em 1894,foi ele quem levantou a voz contra tal decisão, com sucesso. Também graças a sua intervenção, a Paróquia de São Cristóvão, relevante construção histórica em São Paulo, salvou-se da É nas páginas da imprensa, em particular da Folha de S.Paulo, que ele tem empreendido sua incansável campanha de esclarecimento público sobre o passado das cidades e o significado dos bens arquitetônicos. Organizado pelo professor de arquitetura José T. Correia de Lira e com mais de 50 textos, alguns inéditos, o livro é um testemunho da luta de Lemos nos últimos 40 anos. A orelha é assinada pelo arquiteto Fernando Serapião, segundo o qual “Lemos atrai o leitor para seu campo de batalha expondo seu perfil didático lapidado em mais de cinquenta anos de ensino”. Carlos Alberto Cerqueira Lemos Arquiteto,artista plástico e professor no Departamento de História da Arquitetura e Estética do Projeto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Carlos A. C. Lemos. Da Taipa ao Concreto: crônicas a ensaios sobre a memória da Arquitetura e do Urbanismo. Editora Três Estrelas. 1ª edição, 2013. 304 páginas. ************ Arquitetura Sagrada no Brasil O livro de Gabriel Frade apresenta ao longo de suas páginas aquilo que seu título promete - um excelente e amplo tratado sobre a história da arquitetura sagrada no Brasil, e particularmente em São Paulo, até o Concílio Vaticano II. Uma obra que merece o interesse não apenas dos historiadores de arquitetura sagrada, mas também de todos os que hoje lidam com a construção e a reforma de igrejas. Gabriel Frade. Arquitetura Sagrada no Brasil. Editora Loyola, 2007. 190 páginas. ************
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Beleza e o Mármore ‘De architectura libri decem’, de Vitrúvio, é o único tratado de arquitetura que sobreviveu, em sua íntegra, da Antiguidade. Redigido no momento em que Roma magnifica-se com obras marmóreas, seu propósito, informa-nos o autor, é instruir o imperador César Augusto e o público culto sobre a importância da arquitetura, reservando à beleza lugar proeminente. Pela consulta de numerosos escritos, gregos em maioria, Vitrúvio consuma na arte da edificação um ajuizamento ético do belo cuja origem remonta à Grécia Clássica. ‘A Beleza e o Mármore’ convida os leitores a pensarem nessa elevada definição da arquitetura, em suas acolhidas ou condenações, do Renascimento aos nossos dias. É uma reflexão sobre as relações entre filosofia e vida ou entre ética e construção. Ciência arquitetônica, a estética das edificações reúne-se ao êthos do habitar, a maneira de Mário Henrique D’Agostino tratar da cidade como memória histórica. Mário Henrique S D’Agostino. A Beleza e o Mármore: o Tratado De Architectura de Vitruvio e o Renascimento. Annablume, 2010. 256 páginas. ************ Arte Sacra Colonial: Barroco Memória Viva O Barroco, que tem como características a exuberância de suas formas e os jogos entre claro e escuro, evocadores de imagens impressionantes em sua grandiosidade, predominou no Brasil do século XVIII ao século seguinte. Este estilo fabuloso também encontra sua expressão artística na região paulista. É o que revela o estudo feito pelo professor de Estética e História da Arte do Instituto de Artes da UNESP, em São Paulo, e artista plástico, Percival Tirapeli. O livro abrange as várias manifestações do Barroco, como música, ornamentação, literatura e arte sacra, encontradas em um importante levantamento e análise de obras coloniais e barrocas desenvolvidas no Estado de São Paulo, além daquelas verificadas em outras regiões do país. Apresentando como tema central as igrejas como centros irradiadores de cultura, o livro traz textos produzidos por vários especialistas na arte barroca, vinculados ao Projeto e Grupo de Pesquisa Barroco Memória Viva. Percival Tirapeli. Arte Sacra Colonial: Barroco Memória Viva. Editora da UNESP, Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. 2ª edição, 2005. 288 páginas. ************
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Igrejas Barrocas do Brasil A obra Igrejas Barrocas do Brasil, de Percival Tirapeli, que retrata a história, a arquitetura e ornamentação de mais de 80 igrejas preservadas nas regiões Nordeste, Norte e Sudeste. O livro, com 334 páginas, incluindo o texto com versão para o inglês, é certamente o mais completo registro deste nosso patrimônio, com 350 anos de história da arte barroca no país. A abordagem é descritiva e analítica, com muitas informações arespeito da história e da visualidade destas edificações: o autor é artista plástico, pesquisador e professor titular de História da Arte na UNESP da capital paulista. Para Tirapeli, o livro é “um grande elogio à arte sacra e barroca e à identidade cultural colonial brasileira”. Igrejas Barrocas do Brasil traz, além das mais conhecidas, algumas igrejas que antes estavam fora do circuito regular de estudos e pesquisas ou mesmo careciam de interesse turístico, devido à falta de apuração e esclarecimento tanto de valores estilísticos quanto históricos. Um exemplo é a Igreja de Santo Antônio, em Itaverava, Minas Gerais, que possui lindas pinturas do Mestre Ataíde, um dos maiores expoentes do barroco brasileiro, e é praticamente desconhecida. O livro também apresenta uma relação atualizada de museus de arte sacra no país, que raramente constam em pesquisas e que registram pouca visitação em função do desconhecimento do grande público. O autor se preocupou em registrar os nomes de cada artista, pintor ou entalhador dos altares das igrejas e mostra o primeiro altar feito por Aleijadinho, obra que está em Santa Rita Durão, distrito de Mariana, Minas Gerais. Grande parte destas jóias barrocas ficam em igrejas cuidadas por pessoas das comunidades locais, a de Sta. Rita de Durão, por exemplo, tem as chaves guardadas por uma moradora. “Se você chegar ao distrito e quiser conhecer o templo tem que achar a ‘guardadora de chaves’ e torcer para que ela esteja em casa”, brinca Percival. Para a realização desta obra, Tirapeli visitou e pesquisou todas as igrejas entre 2007 e 2008, sempre acompanhando e orientando o olhar dos fotógrafos. Indicado para o Prêmio Jabuti 2009 na área de Arquitetura e Urbanismo, Fotografia, Comunicação e Artes. Percival Tirapeli. Igrejas Barrocas do Brasil. Editora METALIVROS. 1ª Edição, 2008. Edição bilíngue – português/inglês. 334 páginas. ************
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Mostra de livros Exposição de livros no I Simpósio Internacional Patrimônio Sacro – de 1 a 4 de outubro, no Auditório do Mosteiro de São Bento. Selecionamos para este Seminário algumas publicações bastante relevantes, de autoria de palestrantes e moderadores do evento, focadas no tema da arte, arquitetura e patrimônio sacros conforme suas apresentações. Da mesma maneira que as palestras, a exposição foi organizada por aproximações de pesquisas; assim, são agrupados os livros em geral apenas alguns de cada pesquisador - pois a maioria deles possui inúmeras obras importantes no mundo editorial. São os casos dos professores pesquisadores da FAU-USP, Aracy Amaral, Carlos Lemos e Benedito Lima de Toledo, atuantes desde a década de 60, incluindo as memórias dos dois últimos eméritos acadêmicos que colaboraram com os livros de História da Arte no Brasil (Ed. Abril, 1980 e Walter Zanini, 1983). Do Instituto de Artes da Unesp, o pesquisador Percival Tirapeli, organizador do livro Arte Sacra Colonial Barroco Memória Viva (2000) com artigos dos membros do Grupo de Pesquisa Barroco Memória Viva e as dissertações apresentadas naquele curso de pós graduação, além do livro sobre os espaços religiosos de Gabriel Frade. Ainda de Tirapeli, Igrejas Paulistas Barroco e Rococo (2003), prêmio Sergio Milliet pela ABCA. Dos palestrantes das diversas instituições como o Iphan (2008) e Condephaat (2010), obras de Victor Humo Mori, Ana Luiza Martins e As Memórias do Patrimônio (Suzanna Sampaio; e os catálogos recentes das instituições mencionadas, com a relação dos bens tombados no Estado de São Paulo. Das empresas particulares, o restaurador Júlio de Moraes; da Formarte, Rosana Delellis e da Concrejato, Ronaldo Ritti, com publicações sobre os restauros Altares Paulistas (2005), Catedral da Sé (2002), Capela de São Miguel (2010) e Igreja da Boa Morte. Representando os diversos estados brasileiros, seus mais renomados pesquisadores: sobre o mobiliário brasileiro, Maria Helena O. Flexor, e sobre a talha neoclássica baiana, Luiz Alberto R. Freire, ambos da Bahia; Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira com publicações sobre o barroco mineiro e o rococó em todo o Brasil. Os representantes internacionais são: da Argentina, Graciela María Viñuales que juntamente com Ramón Gutiérrez tem publicado Barroco Latino Americano de los Andes a las Pampas (1997); do México, Alma Montero Alarcón, chefe do departamento de pesquisa do Museu Nacional do Vice-reinado de Tepotzotlán, com catálogos sobre exposições internacionais como Monjas Coronadas (2003) e os restauradores e professores universitários de Quito, Equador, Nancy Morán e Edgar Zunárraga com publicações sobre temas como ourivesaria e restauros da igreja conventual de São Francisco em Quito. Mesmo ausentes, nossos convidados da Espanha, Carlos Javier Castro Brunetto, brasilianista fervoroso e coordenador de diversos simpósios sobre arte brasileira na Universidade de La Laguna, e de Portugal, Carlos Moura, autor de verbetes do Dicionário Barroco de Portugal – expomos sua essencial tese sobre o mosteiro de Alcobaça em Portugal, e outras publicações. Por fim, e não menos importantes e queridas, as beneditinas e aquelas do Mosteiro de São Bento em São Paulo, que generosamente acolhe o presente Seminário. Percival Tirapeli
Professor titular em Artes Visuais, presidente da Comissão da Biblioteca do IA-UNESP, Coordenador Científico do I SISP 2013.
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Concerto Barroco
Concertos Delphim Rezende Porto, órgão
D. Buxtehude (1637 - 1707) FUGA EM GIGA.
J. S. Bach (1685-1750) SUITE INGLESA EM LÁ MENOR: PRELUDIO. ALEMANDA. GIGA.
J. Pachelbel (1653–1706) FUGA EM RÉ.
G. F. Haendel (1685-1759) SUITE EM FÁ: ALEMANDA. CORRENTE. GIGA. 1 de outubro de 2013, às 19h Basílica Abacial de Nossa Senhora da Assunção Mosteiro de São Bento Somente para participantes inscritos. Delphim Rezende Porto São Paulo, SP
Mestre em Música pela USP em 2013 é organista, regente e compositor. Iniciou seus estudos de piano aos sete anos, sob a orientação da polonesa Donata Lange, na Universidade Livre de Música, atual EMESP, em São Paulo. Licenciado pleno em Pedagogia pela PUC-SP é maestro - compositor e regente - pelo Instituto de Artes da UNESP, onde também atua como tecladista da Orquestra Acadêmica dirigida por Lutero Rodrigues. Desenvolve repertório fundamentado historicamente e, desde os quatorze anos integra o quadro de organistas da Catedral da Sé. É organista titular da Paróquia São Luís Gonzaga da Avenida Paulista. Já se apresentou com sucesso nas principais salas de concerto do país, incluindo tournées em 2005, 2006 e 2008, pelas cidades históricas de MG. Sua intensa atividade artística se complementa junto a uma incessante preocupação pedagógica, forjada no tradicional colégio salesiano Liceu Coração de Jesus, onde foi cantor do coro Canarinhos (1994 - 2000) e mais tarde seu regente (2003 - 2005). Em 2010, solou com sucesso o ‘Vôo do Colibri’, peça para cravo e orquestra do baiano Lindemberg Cardoso - com a orquestra acadêmica, sob a direção do maestro Lutero Rodrigues. Em seguida, dirigiu também o conceituado grupo paulista ‘Voz Ativa Madrigal’ e a Orquestra Acadêmica da Unesp na execução do ‘Te Deum Laudamus’ de W. A. Mozart em concerto que marcou a sua estreia acadêmica como maestro. Desde 2011 é regente assistente do Conjunto de Música Antiga da ECA-USP.
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Recital de Órgão e Canto Gregoriano
Schola Cantorum do Mosteiro de São Bento I Cantor, D. Rodolfo Soares OSB Mestre de Coro, D. Alexandre Andrade OSB Ir. Ezequiel Vinícius, órgão
José Blasco de Nebra (1702- 1768) BATALLA DE CLARINES
Antonio de Cabezón (1510- 1566) VERSOS PARA O MAGNIFICAT ‘OITAVO MODO’
Juan Cabanilles (1644-1712) TENTO SOBRE AVE MARIS STELLA
Manuel Rodrigues Coelho (1555- 1635) AVE MARIS STELLA e versos sobre o canto chão
Correia Braga (séc. XVII) BATALHA DO 6º TOM
4 de outubro de 2013, às 18h Basílica Abacial de Nossa Senhora da Assunção Mosteiro de São Bento Aberto ao público com entrada franca Repertório para ‘órgão ibérico’ com composições dos séculos XVI, XVII e XVIII, e temas gregorianos, entoados pela Schola Cantorum do Mosteiro de São Bento de São Paulo, seguidos de variações para órgão e nas pontas duas Batalhas. Supõe-se pelas pesquisas históricas realizadas sobre a arte beneditina no Brasil, por D. Clemente da Silva-Nigra, monge beneditino da Bahia, que a imagem milagrosa de Nossa Senhora Aparecida, tenha sido obra de Frei Agostinho de Jesus, monge beneditino carioca. Frei Agostinho viveu no século XVII e residiu nos mosteiros de São Paulo e Santana do Parnaíba onde ornou templos e mosteiros com imagens religiosas de sua autoria, moldadas em barro cozido. Essa era uma técnica de arte bandeirante existente naquele tempo, e usada para favorecer o espírito religioso do povo que iniciava o Brasil. A imagem de Nossa Senhora Aparecida, pelas suas características seria uma obra desse escultor beneditino. Contribui também para isso a região onde a imagem de Nossa Senhora foi encontrada num Aparecimento Milagroso. A imagem da Senhora Aparecida seria, pois, uma autentica expressão de fé criada pela arte beneditina no Brasil do século XVII. Essa imagem teve seu Aparecimento Milagroso durante uma pesca no rio Paraíba, em 1717. As obras que serão executadas neste recital possuem uma singularidade religiosa ímpar. São composições dos séculos XVI, XVII e XVIII que exprimem a arte musical do momento histórico e estético em que a imagem da Virgem da Conceição Aparecida foi criada. Ouviremos o Magnificat e o hino Ave Maris Stella em canto gregoriano intercalados em peças de compositores portugueses e espanhóis idealizadas para órgãos com caracte-
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rísticas muito particulares, próprias da península ibérica e colônias. Essas características influenciam intrinsecamente nas articulações, na sonoridade do instrumento, e sua música. Neste repertório, através da arte de registração organística, ouviremos uma sonoridade diferente da que estamos habituados a ouvir, em nosso órgão alemão Walcker. É uma tentativa de reproduzir como soariam essas composições em um órgão ibérico daquele período histórico.
BATALLA DE CLARINES José Blasco de Nebra (1702- 1768). Espanhol.
Nesta obra como seu próprio nome indica, se trata de uma autêntica Batalha para órgão, forma composicional típica ibérica, do período da renascença ao barroco. Compostas para liturgias solenes, essas peças exprimem necessariamente um caráter militar, e liturgicamente, a atitude de militância da comunidade cristã. Procuram exprimir sonoramente o triunfo da ressurreição e exploram as diversas sonoridades do órgão, de modo especial as “trombetas”, e os efeitos sonoros dos registros graves que induzem o rufar dos tambores. VERSOS PARA O MAGNIFICAT ‘OITAVO MODO’ Antonio de Cabezón (1510- 1566). Espanhol. O cântico da Virgem Maria, encontrado no evangelho de Lucas, serviu de inspiração para diversos compositores, desde os primórdios da história da música cristã. Ouviremos o canto gregoriano, executado pela Schola Cantorum de nosso mosteiro, seguido pelos versos para órgão de Antonio Cabezón. Os versos são pequenas variações da melodia modal, entoada pelo coro dos monges, em alternância com o órgão a cada grupo de versículos. Essa prática litúrgico-musical da renascença espanhola visava solenizar o Ofício Divino nas grandes celebrações. Exprime instrumentalmente a singeleza e a sobriedade do Magnificat. No crescendo sonoro e na movimentação melódica, a composição remete a “exaltação do humilde” e a glorificação de Deus por seus “grandes feitos em favor dos humildes”.
AVE MARIS STELLA e versos sobre o canto chão Manuel Rodrigues Coelho (1555- 1635). Português.
“Stella Maris”, Salve Estrela do Mar! Uma das mais antigas invocações à Virgem Maria, cantada pelas comunidades cristãs, desde os primórdios da Igreja. Maria é a estrela que conduz o navegante, ao porto destinado, Jesus Cristo nosso Redentor, “caminho, a verdade e vida”. Esta obra é ilustrativa de uma prática típica da utilização do órgão na penísula ibérica, que consiste na substituição das diversas partes cantadas dos hinos por outras tocadas.Teremos uma alternância entre os versos cantados em gregoriano pela schola e as variações de órgão sobre o hinoAve Maris Stella. O compositor português, Manuel Rodrigues Coelho, foi músico nas Catedrais de Elvas e Badajoz indo depois a instalar-se em Lisboa como organista da Sé e membro da Capela Real. Em sua obra destacam-se as composições para instrumentos de tecla para as quais ele gozava a fama de ser um virtuoso instrumentista.
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TENTO SOBRE AVE MARIS STELLA Juan Cabanilles (1644-1712). Espanhol. O Tento foi um dos gêneros mais cultivados na música para teclado em Portugal e Espanha nos séculos. XVI e XVII. Trata-se de uma forma polifônica imitativa, apresentando uma estrutura que remete a polifonia vocal, exigindo do órgão uma registração, que possa garantir o equilíbrio sonoro das vozes. O intervalo melódico de 5ª justa, característico do tema em Canto-chão, perpassa toda a composição em cada uma de suas secções, em função de seu estilo composicional. O compositor Juan Cabanilles foi monge da ordem de São Jerônimo na Espanha, e atuou como organista e mestre de coro na catedral de Valencia. Foi um dos últimos e mais elevados expoentes da tradição organística ibérica, com uma linguagem musical que já tendênciava para a estética barroca. BATALHA DO 6º TOM Correia Braga (séc. XVII). Português. Encerraremos este recital com um dos gêneros musicais mais característicos da tradição organística ibérica, a Batalha. Provavelmente o compositor António Correia Braga exerceu sua atividade musical na segunda metade do século XVII e foi um legítimo continuador da arte ibérica ao revelar o interesse pela composição deste gênero. A Batalha é uma forma composicional emblemática, baseada na representação de efeitos sonoros típicos de um combate, como o “rufar dos tambores”, o “galope dos cavalos” e o “ruído da artilharia”. A obra pretende expressar musicalmente uma luta. Uma constante tensão de acordes maiores e menores dá a idéia de uma batalha entre o Bem e o Mal. Misticamente quer representar, através destes efeitos, os conflitos de um cristão para a vivência de sua fé, em busca da santidade e da paz. A vitória certeira tem como sua fonte o próprio Mistério de Cristo. Esta obra foi descoberta em um manuscrito de 1607 na Biblioteca da cidade do Porto. Texto: Ir. Ezequiel Vinícius Obra consultada: Temas Marianos Coro de Santa Maria de Belém, Lisboa - Portugal
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Ficha técnica I Seminário Internacional Patrimônio Sacro de 1 a 4 de outubro de 2013, Mosteiro de São Bento de São Paulo Comissão Científica Prof. Dr. Benedito Lima de Toledo, FAU-USP | Prof. Dr. Percival Tirapeli, IA-UNESP Dom Abade Matthias, OSB | Prof. Ms. Gabriel Frade, FAU-USP Comissão Organizadora Beatriz Vicente de Azevedo | Laura Carneiro Myriam Salomão | Rosângela Aparecida da Conceição Redação Laura Carneiro, MTb 19.050 Gerenciamento de conteúdo web & Divulgação Rosângela Aparecida da Conceição Design gráfico Guen Yokoyama Produção Gráfica Guen Yokoyama José Tadeu de Azevedo Maia Rosângela Aparecida da Conceição Realização Mosteiro de São Bento – São Paulo Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de São Bento de São Paulo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo Apoio Avianca | Distribuidora de Livros Loyola | Sulamerica Tour Operator Programa de Pós-graduação em Artes do Instituto de Artes da UNESP | Cosac Naify Editora Paulinas | Editora Paulus | Editora da UNESP | EDUSP | Revista Brasileiros!| Restaurante Casa Imperial
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Caderno de Resumos I Seminário Internacional Patrimônio Sacro (versão impressa) Organização & Diagramação Rosângela Aparecida da Conceição Supervisão & Revisão Myriam Salomão | Laura Carneiro | Percival Tirapeli Impressão Seção Técnica de Publicação e Produção Gráfica da FAUUSP
Caderno de Resumos I Seminário Internacional Patrimônio Sacro: programação geral (versão digital) Organização & Diagramação Rosângela Aparecida da Conceição Supervisão & Revisão Myriam Salomão | Laura Carneiro | Percival Tirapeli Ficha catalográfica Serviço de Biblioteca e Documentação do Instituto de Artes da UNESP Endereço eletrônico: http://issuu.com/patrimoniosacro/docs/cadernoderesumos_programacaogeral
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PROGRAMAÇÃO GERAL De 1 a 4 de outubro de 2013 Auditório do Mosteiro de São Bento, São Paulo 1 de outubro, terça-feira 17h30
Recepção e Credenciamento
17h30
Abertura da Feira de Livros, Mostra de Livros e Lançamentos Cerimônia de Abertura: Dom Abade Matthias Tolentino Braga, Mosteiro de São Bento Dom Odilo, Cardeal Scherer, Arcebispo de São Paulo Pe. Carlos Alberto Contieri, SJ, diretor do Pátio do Colégio, São
18h
Paulo e do Museu de Arte Sacra dos Jesuítas, Embu das Artes Sergio Tiezzi, Secretário Adjunto de Cultura do Estado de São Paulo Ana Cristina Carvalho, Diretora do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo Percival Tirapeli, IA-UNESP Benedito Lima de Toledo, FAU-USP Concerto Barroco
19h Delphim Rezende Porto, cravista e organista
19h30
Apresentação: Arte sacra no contexto latino americano: as ordens religiosas
Percival Tirapeli, IA-UNESP Conferência Magna: Arte sacra no contexto latino americano: las monjas coronadas en Mexico
20h30
Alma Montero, Universidade Autônoma do México, Museo Nacional Del Virreinato, Tepotzotlán, México 2 de outubro, quarta-feira Mesa-redonda: Patrimônio Sacro I Moderador: Mozart Bonazzi da Costa, PUC-SP e FAU-USP
Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira, UFRJ e IPHAN Programas conventuais e seculares no patrimônio sacro e brasileiro 9h
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Aspectos genéricos e estudo de caso
Luiz Alberto Freire, UFBA A talha neoclássica na Bahia
Alma Montero. Universidade Autônoma do México, Museo Nacional del Virreinato, Tepotzotlán, México Investigaciones en museos sagrados: la caja del Museo Nacional del Virreinato, Tepotzotlán, México
12h30
Almoço Mesa redonda: Patrimônio Sacro II Moderadora: Maria José S. T. Passos, IA-UNESP
Carlos Lemos, FAU-USP 14h
A imaginária de barro paulista – sacra e devocional
Maria Helena Flexor, Universidade Católica de Salvador, BA Estudo da escultura setecentista baiana: questões de autoria
Rafael Schunk, IA-UNESP Frei Agostinho de Jesus e o antigo mosteiro beneditino de Santana de Parnaíba 16h
Coffee Break Mesa redonda: Patrimônio Sacro na América Latina Moderador: Percival Tirapeli, IA-UNESP
16h30
Nancy Morán, Quito, Equador Nuevas propuestas de custodias quiteñas en el siglo XVIII. Obras del maestro Sebastián Vinueza
João Bernardo Filho, Universidade de Valencia, Espanha
Pontes entre Oriente e Ocidente: testemunhos da presença jesuítica e aconsolidação do patrimônio sacro universal do mundo moderno 3 de outubro, quinta-feira Conferência: A hispanidade em São Paulo
9h
Aracy Amaral, FAU-USP Conferência: Las Vias Sacras en el Cusco colonial
10h
Graciela María Viñuales, CEDODAL, Buenos Aires, Argentina Conferência: O legado sacro dos jesuítas em São Paulo
11h
Percival Tirapeli, IA-UNESP 12h
Almoço Mesa-redonda: Legislação, incentivo fiscal Moderador: Eduardo Murayama, IA-UNESP
14h Ana Luiza Martins, CONDEPHAAT Lugares do sagrado no patrimônio paulista Homenagem ao Padre Jamil, OSB, por sua atuação como um dos mais destacados membros do Conselho Consultivo do
CONDEPHAAT, por longo período, durante o qual emitiu importantes pareceres sobre o legado artístico religioso paulista. Suzanna Sampaio, ICOMOS Espanha São Paulo: a história, a lei e a realidade
Rosana Dellelis, Formarte Cultural Preservação do patrimônio sacro e leis de incentivo fiscal
Ronaldo Ritti, Concrejato Restauros arquitetônicos de bens sacros 16h
Coffee break Conferência magna:
16h30
La protección de la ciudad española de Quito y sus santos patronos Edgar R. Guerra Zumarraga, Quito, Equador Mesa-redonda: Conservação e restauro de bens sacros
17h30
Moderadora: Rosângela Aparecida da Conceição, IA-UNESP
Victor Hugo Mori, arquiteto IPHAN, SP Registros do Patrimônio Sacro: desenhos fotográficos
Júlio Moraes, restaurador, SP O restauro nos monumentos sacros paulistas 4 de outubro, sexta-feira Mesa-redonda: Arquitetura, Urbanismo e Mobiliário Moderador: Gabriel Frade, FAU-USP e FSB.
Benedito Lima de Toledo, FAU-USP 9h
Retábulos: tipologia e história
Mário Henrique D’Agostino, FAU-USP A cristianização do preceito antigo de decoro e suas primeiras difusões na Península Ibérica
Rodrigo Bastos, UFSC Decoro e engenho na arquitetura religiosa do século XVIII 12h30
Almoço Conferência:
14h
Mobiliário Brasileiro dos Séculos XVIII e XIX: metodologia de pesquisa Maria Helena Flexor, Universidade Católica de Salvador, BA
15h
Mesa-redonda:
Pesquisas sobre a Pintura Sacra Colonial Paulista Moderadora: Myriam Salomão, CAR-UFES e FAU-USP Aspectos pictóricos da Igreja da Boa Morte
Maria Lucia Fioravanti, P.P.G. Interunidades-USP Pintura nas igrejas franciscanas paulistas
Eduardo Murayama, IA-UNESP A pintura de Padre Jesuíno nas igrejas do Carmo – São Paulo e Itu
Danielle dos Santos Pereira, IA-UNESP Identificação de pintores paulistas: Igrejas do Carmo de Mogi das Cruzes 16h
Coffee Break Mesa-redonda: Patrimônio sacro brasileiro – estudos de caso Moderadora: Danielle Pereira, IA-UNESP
16h30
Frei Róger Brunório, OFM Rafael Azevedo Fontenelle Gomes, INEPAC, RJ Catalogação de bens sacros
D. Mauro Maia Fragoso, OSB, Rio de Janeiro, RJ O acervo artístico do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro
Rosângela Aparecida da Conceição, IA-UNESP Indumentária e têxteis litúrgicos no Acervo Histórico-Artístico da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência da Cidade de São Paulo e exposição 'Vestes Sagradas'
Antonio Carlos dos Santos, IA-UNESP e Colégio Santo Américo. Manuscritos do arquivo histórico da VOT de São Paulo e o Mestre da Capela André da Silva Gomes. 17h30
18h
Encerramento do I Seminário Internacional Patrimônio Sacro, 2013 Concerto de Encerramento: Recital de órgão e canto gregoriano entoados pelo Schola Cantorum do Mosteiro de São Bento 5 de outubro, sábado Arte Sacra Paulistana. Visitação às igrejas e museus do centro paulistano.
9h –
Coordenação: Percival Tirapeli e Myriam Salomão.
12h Locais: Sé/São Francisco/Ordem Terceira do Carmo/ Boa Morte/Santo Antônio (Patriarca)/Museu de Arte Sacra.