Filhos da Pauta Jornal-laboratório da Disciplina Jornalismo Impresso I e II - Edição de Novembro / 2012
Horário de Verão
Apesar de tradicional, o ato de adiantar o relógio em uma hora bagunça a vida de muita gente
Pág. 3 - Itu recebe festival de animação Pág. 4 - Porto Feliz celebra monções em seus 215 anos Pág. 5 - Palestra aborda espiritismo e Chico Xavier em Itu
Artigo
Uma atitude que faz a diferença
E
Por Geórgia Bernardo
m 1985, a publicitária Lívia Maria Botar, hoje ambientalista, fundadora e coordenadora de uma ONG, recebeu Mucky, um Sagüi de pelagem preta, desnutrido, rabo pelado, corda amarrada à cintura e entranhada em sua musculatura. O desespero de Lívia ao se deparar com algo tão cruel motivou sua escolha em ajudar esses animais, com a criação do Projeto Mucky(nome do primeiro macaco que Lívia ajudou). Em 1992 o processo de legalização junto ao IBAMA foi conclusivo para o projeto Conservacionista, atualmente a instituição se encontra instalada em uma sede própria no município de Itu/SP. Como um órgão de utilidade pública e único do gênero no Brasil, a ONG beneficia primatas de diversas espécies, socorre, recupera, mantém pesquisas e busca a procriação das espécies em risco e mesmo considerando o sucesso, futuramente, almeja reintegrar primatas á natureza. Vem realizando também um trabalho de combate ao tráfico de animais silvestres, através da educação ambiental. Além de essa iniciativa ser ecologicamente correta, ela dá um sentido diferente a todos os que aderiram ao projeto e prestam serviços voluntários, que podem não só participar dos conhecimentos como também compartilhar novas experiências, das quais possibilitará uma lição de vida. A paulistana Lívia optou por desistir da sua profissão de publicitária para se dedicar exclusivamente e em tempo in-
tegral a cuidar dos “Muckys”, que foram surgindo ao longo desses vinte e poucos anos de serviço, uma causa nobre. Ver o brilho no olhar dessa ambientalista demonstra sem palavras, como ela é apaixonada pela escolha que fez e cuidar desses bichos faz tão bem a ela quanto a eles mesmos. “Meu trabalho não tem horário de entrada e saída, normalmente levo serviço para casa,
As ações humanas são o principal agente do processo de extinção das demais formas de vida no planeta: desmatamento, poluição, expansão geográfica e isso causam a extinção de diversos animais mas ele me completa!” explica sorrindo sobre a sua rotina na ONG. Com um numero cada vez maior desses animais entrando em extinção, no Brasil, por exemplo, possui apenas duas das 25 espécies de primatas mais ameaçados no mundo inteiro. Fica visível como o ser humano pode estabelecer uma condição de vida ruim para ele mesmo, prejudicando todo um ecossistema feito para fornecer tudo que fosse necessário para a sua sobrevivência. Até aonde podemos chegar, e
quando vamos perceber que já passou da hora de parar! Parar de matar, poluir, eliminar e estragar o que ainda nos resta do nosso planeta, os danos que causamos são irreversíveis a partir do momento em que ninguém tomar uma atitude e começar, pois é necessário começar, alguém deve dar o primeiro passo nessa transformação de hábitos e nesta luta contra as indústrias e outras formas da globalização que não se importam em prejudicar nosso meio ambiente e todos os que residem nele. E é essa a diferença que Lívia consegue fazer, sua decisão de dedicar sua vida para salvar a desses primatas, serve de incentivo para que outras pessoas abraçarem essa causa, dando o primeiro passo, prestando um serviço de solidariedade e caridade para o mundo de hoje e para o que vai ser o mundo de amanhã. As ações humanas são o principal agente do processo de extinção das demais formas de vida no planeta: desmatamento, poluição, expansão geográfica e isso causam a extinção de diversos animais, além dos primatas, sendo assim, é necessária a consciência de todos para tentar reverter essa proporção tão avançada de estragos que nós mesmos somos responsáveis. Para os interessados em conhecer mais sobre o projeto Mucky e saber como a sua ajuda pode mudar o futuro desses animais e do nosso planeta, podem obter todas as informações pelo site: www.projetomucky.org.br ou pelo telefone: 4023-0143.
Capa
Horário de verão começa dividindo opiniões Brasil adotou Horário de Verão em 1º de outubro de 1931 e, hoje, ele é praticado em 11 estados da nação. Por José Carlos dos Santos Começou no dia 21 de outubro, domingo, mais um Horário de Verão. O Horário de Verão no Brasil foi adotado pela primeira vez em 1º de outubro de 1931, durante o governo de Getulio Vargas, através do Decreto 20466 e era válido para todo o território nacional. Depois de alguns anos sem ser implantada, iniciativa retornou em 1985, quando passou a ser adotada anualmente. O período de duração do Horário de Verão, quando as pessoas devem adiantar em uma hora seus relógios, se mantém fixo desde 2003 – durando aproximadamente quatro meses. Atualmente, os estados que adotam essa medida são Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, totalizando 11 estados. Os estados da região Sul/Sudeste do Brasil são os que apresentam maior consumo energético – e, dessa maneira, o Horário de Verão teria como objetivo diminuir o consumo energético e pro-
mover a economia. Opiniões - O Horário de Verão divide opiniões. Alguns, gostam do período, porque o sol brilha até mais tarde. Mas, para outros, o adiantado do relógio causa problemas. Para Raquel Maria Duarte Marquis, 30 anos, auxiliar de limpeza que trabalha das 8h às 18h, a adaptação ao horário é difícil. “Acordo cedo, chego todos
os dias atrasada. Não consigo me adaptar ao horário novo”, explica. Isso causa, segundo Raquel, vários problemas, inclusive de saúde. “Não consigo dormir cedo, durmo mal, acordo mal. Fico nervosa e ansiosa, e isso não é o meu normal.” Outros entrevistados têm a mesma dificuldade com o Horário de Verão que conta Raquel. Entre os problemas, estão acordar e se alimentar. “Não somos máquinas, não conseguimos nos adaptar simplesmente porque quere-
mos. Isso interfere no organismo”, diz Raquel. Erlane Silva, de 23 anos, que trabalha como assistente de qualidade na linha de produção de uma empresa, também reclama do sono. “Eu durmo cedo, mas nesse horário é difícil me adaptar, fico com sonolência”, diz. Ela também tem dificuldade de se alimentar. “Fico com fome, mas não consigo comer. Tomo mais líquido. Será que é mais correto economizar energia e prejudicar a saúde?”, questiona. Hélio Fernandes Prestes tem 34 anos e é ajudante geral. Cumpre o horário das 7h às 17h, e seu principal problema com o novo horário é o sono. “Não consigo dormir cedo. Tenho dificuldade de me alimentar também”, conta, reclamando também de dores de cabeça. “Trabalho de moto, e isso é perigoso. Já passei susto, estava fechando os olhos quando o caminhão buzinou”, conta Hélio. Já Edmilson Silva Santos tem um horário de trabalho complicado. Ele entra na empresa às 22h e sai às 7h. Ele opera máquina e sente dificuldade de se adaptar ao Horário de Verão. “Tenho dores de cabeça, dificuldade para dormir, não consigo almoçar bem. O corpo dói por causa do estresse. A empresa fica com as luzes ligadas, e não creio que haja economia de energia. É nossa energia que fica desgastada”, disse.
Diversão
Itu recebe evento sobre animação
Itu celebrou sua 9ª Edição de curtas-metragens de animação no Brasil e apresentou um programa para ser feito em família. Por Geórgia Bernardo Entre as mais de 200 cidades do Brasil que participaram do Dia Internacional da Animação, Itu apresentou suas mostras nacionais e internacionais na Biblioteca comunitária Professor Waldir de Souza, localizada na Rua Floriano Peixoto 238, as sessões se iniciaram às 19h. Celebrado no Brasil em sua 9ª edição de curtas-metragens de animação, sendo o maior evento do gênero simultâneo e gratuito do país, o evento tem
como objetivo “difundir o cinema de animação, atrair novos públicos e proporcionar a todos uma arte cinematográfica!”, destacou o Coordenador local, Paulo Ernesto. E acrescenta: “Gostaria de ter essa data como referencia histórica em nosso calendário cultural”. Foram escritos 80 curtas-metragens de vários estados brasileiros, entre os quais foram selecionados 12 para o programa oficial, o qual intercala temas adultos e infantis. A iniciativa foi da Associação Brasileira de Cinema de Animação e conta com a parceria da Petrobras para realizar o evento que teve inicio em 2004. História - A primeira projeção de teatro óptico foi em Paris no ano de 1892 por Émile Reynaud, sendo esta a
primeira exibição pública de imagens animadas no mundo. E, para comemorar esta data a Associação Internacional do Filme de Animação, lançou o evento e está em sua 11ª edição em 30 países. Sendo um programa indicado para toda a família. Muitos pais levaram seus filhos para assistir às mostras e ficaram surpresos como eles demonstraram interesse pelas histórias e se divertiram com o bom-humor e a irreverência dos curtas. “É um divertimento para a família inteira,” desabafou Luciana e Marcos, que se entusiasmaram com a reação do filho. A biblioteca comunitária abre espaço para exposições, palestras e outros eventos culturais, com o propósito de educar e incentivar a cidadania. “Esse é um evento que nos prestigia com esses propósitos e nos possibilita conviver um tempo agradável em família e amigos”, diz Fabiana organizadora local do evento.
Porto Feliz
Evento homenageia monções e comemora 215 de Porto Feliz Por Elaine Oliveira Dos dias 17 a 21 de outubro aconteceu a 57ª edição da Semana das Monções, que comemorou 215 anos da cidade de Porto Feliz. A Semana das Monções acontece anualmente desde 1953. Nesse evento, os moradores da cidade revivem a história colonial da região, realizando cerimônias oficiais, atividades culturais, de esportes e lazer, que atraem grande número de turistas. A principal atração são as representações da história de Porto Feliz, recontada através do conto fictício que narra a história criada pela imaginação de uma criança a respeito de uma embarcação fantasma. Na história, uma embarcação (batelão, canoa feita com uma árvore cortada ao meio) repleta de monçoneiros naugrafa devido ao ataque de uma tribo indígena. Todos morreram e criou-se a lenda de que a embarcação fantasma vagava em meio ao nevoeiro. A apresentação rendeu elogios do público. A peça deste ano foi escrita pelo atual prefeito e professor de História Cláudio Maffei, e adaptada pelo diretor de Cultura e Esporte Claudemir Causin, e pela coordenadora Rosana Moraes. Novamente, a prefeitura de Porto
Feliz preparou uma estrutura especial para realização do teatro típico a céu aberto, com arquibancada, som e iluminação. Foram distribuídos 1500 ingressos para acesso à arquibancada. O elenco
contou com a participação de 98 atores. História - Em 1763, nas terras de
Antonio Cardoso Pimentel, um povoado começou a se formar à margem esquerda do Rio Anhembi, atual Tietê a pouco mais de 100 quilômetros de São Paulo. O local era conhecido como Arararitaquaba (que significa lugar onde as araras comem areia), nome dado pelos índios guaianazes que habitavam a região. O povoado teve início quando o dono das terras resolveu habitá-las, juntamente com seus familiares e empregados, em uma época em que vários sertanistas trocaram o bandeirismo pela agricultura. Era uma comunidade simples, que cultivava o solo apenas para sua subsistência. No entanto, quando a notícia da descoberta do ouro em Mato Grosso e Goiás (1719 e 1725, respectivamente) se espalhou, a movimentação no vilarejo, localizado em um ponto estratégico, e seu progresso, foram inevitáveis. Ponto de partida para bandeirantes e aventureiros, Arararitaquaba passou a ser chamada também de Porto Feliz, nome que passou a adotar. Monção é uma palavra árabe que significa a ‘estação do ano em que ocorre um determinado fato’. No caso, as monções eram expedições que deixavam Porto Feliz e navegavam, via rio, para o interior do país à procura de ouro e riquezas.
Evento
Seminário espírita aborda Chico Xavier Evento volta a acontecer em dezembro novamente em Itu e também em Sorocaba. Por Larice Luiz Adriana Moreira No dia 27 de outubro, sábado, às 14h, aconteceu o Seminário Espírita sobre a vida de Chico Xavier. O evento aconteceu no Sincomércio de Itu. Os palestrantes que ali vieram puderam mostrar aos participantes o quanto podemos mudar nossas vidas e nosso relacionamento com o próximo. Os temas abordados foram caridade, perdão e fé. As apresentações foram realizadas por Tadeu Arthur Caveden, Edgard Gonçalves e André Ariovaldo. Os três são oradores há mais de 15 anos e realizam seminários pelo Brasil, durante os quais levam cada vez mais seus conhecimentos sobre doutrina espírita para os participantes. Caveden explicou que devemos ser alimento para quem precisa. “A caridade é uma ação ou sentimento altruísta de ajuda sem esperar algo em troca”, disse. Ele ressaltou que a caridade e o amor andam juntos e que, também, temos que cultivar o amor incondicional (ágape). “A caridade é fazer doação compartilhando alguns minutos de sua vida
“A nossa visão de fé é muito errada. Pedimos e queremos tudo imediatamente” com o próximo. Por exemplo, fazer visitas aos asilos, aos orfanatos, e nos hospitais, visitando os enfermos”, explica. “Deus deu o livre-arbítrio para escolher o que querem ser ou fazer.” Gonçalves teve como tema de sua palestra o perdão. Citou que o perdão não é aprovar comportamentos negativos e impróprios, nem fingir que está tudo bem. E que a raiva é um sentimento de explosão momentânea. “O perdão na versão espírita, quando perdoamos alguém, não faz bem para a pessoa perdoada, mas nos alivia da culpa. Precisamos nos corrigir para ganharmos o perdão e sermos perdoados”, explica.
Para finalizar, Ariovaldo trabalhou com o tema fé. Ele trouxe como dilema que a fé é a confiança que se deposita em terminada coisa, com a certeza de atingir um objetivo. Afirma que “a nossa visão de fé é muito errada. Pedimos e queremos tudo imediatamente”, disse. Ariovaldo também realizou atividades para elevar a autoestima do público. No final da apresentação, fez um momento de reflexão e finalizou com uma música de autoria de Tim Maia. Dia 2 de dezembro acontece mais uma edição da palestra em Sorocaba e, no dia, no dia 10, no albergue do Centro Espírita de Itu.
Esporte
Comunidades de Jovens Católicas se unem em torneio de futsal
Evento reúne jovens através da prática esportiva e tem como objetivo a integração e fraternidade da competição sadia. Por Caio Vinícius No último dia 2 de novembro teve início a 1ª Copa Jovem de Futsal organizada pelas Igrejas Católicas das regiões. A competição aconteceu às 22h no Ginásio do Centro Esportivo do Pirapitingui na região de Itu. Com o intuito de atrair mais jovens da comunidade á praticar esportes, se exercitar, melhorar a saúde e também trazer mais pessoas para a Igreja, o coordenador do campeonato José Nilton acrescenta, “ Eu espero que durante os jogos, as pessoas criem vínculos, se tor-
nem bem mais do que amigos, se tornem Irmãos!” , entusiasmado com o inicio dos jogos, e com a animação dos jovens mobilizando vizinhos e amigos da escola para participarem, diz “Que é essencial possuir amigos, faz muito bem a alma e ao coração”. A copa terá a participação de oito equipes com sete jogadores cada uma, e a competição terá duração de 1 mês, sendo no formato de pontos corridos, os 4 melhores colocados serão classificados diretamente para as Semi Finais.
O primeiro dia já foi marcado com muitos gols e a empolgação dos jovens para os próximos jogos já é evidente. As Igrejas Católicas, juntamente com os grupos de jovens, têm como objetivos fazer parcerias entre os grupos de outras regiões, interagirem com esses jovens para auxiliar em suas duvidas e necessidades espirituais e permitir novas experiências e amizades, além de apresentar o grupo e todas as suas atividades à comunidade católica.