PCdoB na Câmara
Informativo semanal da Bancada Edição Nº 26 05/11/2014
AVANÇO DAS REFORMAS DEMOCRÁTICAS NO CONGRESSO É ESTRATÉGICO PARA FUTURO DO BRASIL Eleitos
2015 Aos 25 anos, o vereador de Ponta Grossa (PR) é o mais jovem eleito pela Bancada do PCdoB. Página 03
JOÃO DERLY
Vereador de Porto Alegre conquista primeiro mandato de deputado federal. Página 04
ORLANDO SILVA Ex-ministro do Esporte pretende defender conquistas alcançadas nos últimos 12 anos. Página 05
RUBENS JR.
Candidato do Maranhão foi o terceiro mais votado do estado à Câmara. Página 06 PCdoB na Câmara
crédito: Mídia Ninja
ALIEL MACHADO
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reeleição de Dilma Rousseff à Presidência da República sinalizou o desejo da população pelo avanço das políticas econômicas e sociais conquistadas pelo país nos últimos 12 anos. Após a confirmação do resultado das urnas, Dilma indicou a ampliação do diálogo com a sociedade e a importância do enfrentamento das reformas política e dos meios de comunicação, garantindo a elevação do Brasil a um patamar de democracia mais avançado. As pautas são bandeiras históricas defendidas pelo PCdoB e fizeram parte do plano de governo apresentado pela legenda à época da formalização do apoio à candidatura da petista. Nesse cenário, o papel do Parlamento em 2015 será fundamental para a consolidação dessas mudanças. A nova Bancada do PCdoB na Câmara estará engajada na luta pelo aprofundamento dessas reformas e pela preservação de conquistas, impedindo retrocessos. “Este Congresso precisa enfrentar a manipulação dessa mídia oligopolizada que temos no Brasil. A democratização da comunicação junto com a reforma política começou a ocupar o devido espaço de debate aqui dentro, mas
precisaremos do reforço das ruas, das mobilizações, para avançarmos de fato, pois teremos uma resistência ainda maior, correndo o risco de serem aprovadas propostas que vão de encontro aos interesses da população”, avalia a líder do PCdoB na Câmara, deputada Jandira Feghali. A proposta de reforma política defendida pelos parlamentares do PCdoB dialoga com a apresentada pela Coalizão Democrática pela Reforma Política e Eleições Limpas, que reúne entidades da sociedade civil. Entre os principais pontos estão o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais, a maior participação popular e o aumento da representatividade feminina nas instâncias de poder. Sendo assim, os 513 deputados federais e os 81 senadores eleitos para a próxima legislatura terão um grande desafio: transformar o sistema político brasileiro. Para conseguir esse objetivo, terão de enfrentar a resistência de setores conservadores da sociedade que já se movimentam contra qualquer avanço. A partir de 2015, o apoio dos brasileiros será cada vez mais crucial para mudar mais o país. Novembro de 2014 | Número 26
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PA L AV R A D A L Í D E R Jandira Feghali. Médica, deputada pelo Rio de Janeiro e líder do PCdoB na Câmara dos Deputados
BRASILEIROS DEVEM DIZER “NÃO” AO TERCEIRO TURNO
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pós a vitória de Dilma Rousseff que conquistou legitimamente o segundo mandato em outubro, adversários desesperados deram início a uma campanha antidemocrática para tentar enfraquecer a presidenta reeleita com 54,5 milhões dos votos válidos. Nessa tentativa de disputa sem fim, que interessa apenas a oposição, quem acaba perdendo são os brasileiros, prejudicados por grupos que querem o poder a qualquer preço. Não existe terceiro turno eleitoral no Brasil. Quem perdeu a eleição deve ter a humildade de reconhecer o êxito de um projeto voltado ao combate às desigualdades e ao avanço das políticas sociais. No dia 26 de outubro, já vencemos o ódio, a manipulação dos oligopólios midiáticos e as forças reacionárias. O país ultrapassou as manobras de grandes grupos, que tinham o claro objetivo de colocar no Palácio do Planalto o candidato que representava seus interesses, e, no fim, venceu o Brasil e a vontade soberana de seu povo. Depois de grandes avanços econômicos, sociais e políticos nos últimos 12 anos, é preocupante ocorrer uma manifestação em São Paulo, no último sábado, onde os participantes pregavam não só o impeachment de Dilma, mas também a intervenção militar 2
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em nosso país. Quem viveu a Ditadura Militar sabe o quanto é inaceitável esse tipo de mobilização. Ditadura nunca mais! Outra atitude lamentável foi o pedido do PSDB ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para fazer auditoria, verificando a lisura da eleição presidencial. A campanha de baixo nível, que já tinha sido estimulada pelos apoiadores de Aécio Neves no processo eleitoral, deve acabar. O povo já disse não ao projeto tucano. A população não quer o retorno do projeto do PSDB, patrono dos arrochos salariais, do desemprego e da inflação alta da década de 90 e da submissão às grandes potências. A presidenta Dilma já sinaliza para reformas estruturantes em curto prazo, como a reforma política e a da mídia. A democratização dos meios de comunicação é um pilar importante dessa profunda mudança que o Brasil precisa passar a partir de 2015. Queremos liberdade de expressão, hoje profundamente limitada pelo oligopólio dos grandes veículos midiáticos sob propriedade de seis famílias. Quem não ficou horrorizado com o papel das principais TVs e jornais, que funcionaram como diário da oposição durante as eleições de 2014? É preciso urgentemente aprovar a regulação da mídia. Enfatizo que
regular não é censurar e, sim, garantir pluralidade de informação e direitos básicos, como o de resposta. Também faço uma crítica aberta ao sistema financeiro internacional que tentou, desastrosamente, influenciar o cenário interno brasileiro por meio de especulação econômica e de seus tentáculos na mídia estrangeira. O país caminha a passos largos no fortalecimento da consciência democrática após cada eleição. É dessa forma que projetos políticos e desejos populares tentam se comunicar e se abraçar, tornando reais os sonhos do povo brasileiro. Aliás, nosso povo deve manter-se mobilizado para garantir mais avanços no próximo ano. No combate à pobreza, à fome e às seculares desigualdades sociais, felizmente continuamos a rumar num caminho de horizonte ensolarado, liderado por uma mulher de coração valente. A intolerância, o preconceito e o ódio não prevaleceram. É hora de a oposição reconhecer que venceu o diálogo e o amor. É o momento de aceitar que o povo já escolheu qual é o melhor projeto para governar o país pelos próximos quatro anos. Pensar no futuro dos brasileiros deve ser mais importante do que defender interesses de grupos. PCdoB na Câmara
ALIEL MACHADO
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leito com mais de 82 mil votos, o pontagrossense Aliel Machado é o deputado federal eleito mais novo da Bancada do PCdoB. Com 25 anos, construiu sua liderança política no movimento estudantil a partir dos 15. Em 2005, presidiu a União Municipal dos Estudantes de Ponta Grossa (Umesp); entrou para a União da Juventude Socialista (UJS) em 2006; em 2010, atuou como coordenador de juventude nas campanhas de Dilma Rousseff e Gleisi Hoffmann; e em 2012, elegeu-se vereador, assumindo, no mesmo ano, a Presidência da Câmara Municipal. A eleição à Câmara dos Deputados marcou mais um feito em sua trajetória política. É a primeira vez que o município elege um candidato considerado
Parlamentar paranaense começou na política estudantil, ganhou destaque como presidente da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa (PR) e agora chega ao Congresso Nacional.
“legitimamente de esquerda”, com votação recorde para o nascimento Aliel M nome civil jovem comunista, oriundo de acha d o 26/02 /1989 Bark uma comunidade pobre e representante de movimentos profissão sociais. Político No Congresso, Aliel terá legislatura o transporte público como 2015/19 uma de suas principais bandeiras. Pretende travar um /AlielMachadoV ereador debate para que haja uma @alielmachad nova política de transporte o coletivo, mobilidade urbana e desenvolvimento. Ele também aposta no ali- veio por ver meu bairro abandonado”, nhamento com o governo federal para comenta Aliel. Na Câmara dos trazer recursos a Ponta Grossa e região. Deputados, quer transparência do uso “Sempre estive envolvido com o do dinheiro público e contribuir para movimento estudantil e de bairros. A assuntos relacionados à educação, vontade de me candidatar também juventude e transporte coletivo.
Alice Portugal: Educação, cultura e causas populares
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firmeza com que defende os interesses populares é uma de suas marcas. No calor dos debates, ela não teme seus adversários e enfrenta o embate de ideias e de propostas que acredita que beneficiarão o povo brasileiro. Assim é Alice Portugal, deputada baiana, que iniciou sua militância no PCdoB em 1979 e vai para o seu quarto mandato na Câmara dos Deputados, após a reeleição em 2014. Farmacêutica de profissão, Alice busca melhorias para a categoria no Parlamento. É uma das principais articuladoras na Câmara da votação do Projeto de Lei (PL) 2295/00, que fixa em 30 horas a carga de trabalho de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Também foi figura importante para a aprovação
do PL 4385/94, que deu origem à Lei 13.021/14, que regulamenta a assistência farmacêutica e obriga a presença de um profissional no estabelecimento durante seu funcionamento. Alice teve importante atuação na aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), que destinou 10% do Produto Interno Bruto (PIB) à educação brasileira; e na aprovação da aposentadoria das mulheres policiais – demanda antiga da categoria, que virou lei em 2014. Alice figura entre os 100 parlamentares mais influentes do Congresso, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Preside a Comissão de Cultura, onde tem defendido a valorização do setor. Novembro de 2014 | Número 26
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JOÃO DERLY
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oão Derly (PCdoB-RS) encerrou sua carreira esportiva oficialmente em 2012, aos 31 anos, como único brasileiro a se tornar bicampeão mundial da modalidade, para encarar o desafio de entrar na política. Foi eleito, no mesmo ano, o segundo vereador mais votado do pleito em Porto Alegre (RS), com 14 mil votos. Em seu primeiro ano de mandato, presidiu a Comissão Especial da Copa do Mundo na Câmara de Vereadores da capital gaúcha. Em 2014, assumiu o comando dos trabalhos na Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece). A partir de fevereiro de 2015, assumirá o cargo de deputado federal pelo Rio Grande do Sul. Ao conquistar o primeiro mandato, João Derly agradeceu o apoio de todos que acreditaram em sua vitória. “Farei valer o teu voto lutando por um país com mais oportunidades para todos”,
Vereador do PCdoB em Porto Alegre conquista primeiro mandato federal, sendo eleito com 106.991 votos.
afirmou o parlamentar. Quem o convenceu a tentar a carreira política foi Manuela no m e c nascimento iv d’Ávila, eleita para a Câmara dos J o ã o Derly il 02 /06/1981 Oliveira de Nunes Deputados em 2006 e 2010. Em Júnior 2015, ocupará cadeira na Asprofissão judoca sembleia Legislativa do RS. Leia mais na página 8. legislatura A luta do jovem parla2015/19 mentar, 33 anos, será por mais educação, esporte como /JoaoDerlyOfi cial inclusão social, cidades mais @ jo ao d er ly humanas e inserção dos jovens no projeto de desenvolvimento que está sendo campeão Mundial Júnior, campeão Pan-Ameconstruído. Entre os títulos conquistados, estão 11 ricano Sênior e ouro nos Jogos Pan-Americavezes o Campeonato Estadual de Judô, três nos do Rio de Janeiro. Por suas conquistas, vezes o Brasileiro Adulto e duas vezes o Sul- em 2006, ocupou o primeiro lugar no ranking -Americano Adulto. O gaúcho também foi mundial de judô.
Chico Lopes: O federal do povo
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rofessor das redes municipal e estadual de ensino, Chico Lopes (PCdoB-CE) iniciou cedo sua militância em grêmios escolares, associações e sindicatos. Integra o PCdoB desde 1968, quando o partido ainda era considerado clandestino pela ditadura militar. Com o movimento pela redemocratização, foi eleito vereador de Fortaleza (CE) por três mandatos, a partir de 1982, e concluiu, em 2006, seu segundo mandato como deputado estadual. No mesmo ano, foi eleito para a Câmara dos Deputados com 162 mil votos e agora conquistou seu terceiro mandato na Casa. Em toda essa trajetória de luta, Chico Lopes manteve o compromisso com as causas do povo, como o direito à
educação, à saúde e aos demais serviços públicos, além da defesa do consumidor e da moralidade na administração dos bens e recursos do Estado. Na Câmara, destacou-se como integrante da Comissão de Defesa do Consumidor e da Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania. Teve atuação decisiva em importantes conquistas na educação como o piso salarial nacional dos professores e o Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado em 2014. Por sempre levantar a voz em defesa do povo, Chico Lopes conta hoje com o reconhecimento de integrantes das mais diversas classes sociais e atividades profissionais, como uma das maiores lideranças do Ceará. PCdoB na Câmara
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ORLANDO SILVA
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Eleito com mais de 90 mil votos em São Paulo, Orlando reforça bancada do PCdoB no Congresso Nacional.
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tema de sua campanha (+ 1 de nós) chamou a atenção dos paulistas e paulistanos e garantiu a eleição de Orlando Silva (PCdoB-SP) para a Câmara dos Deputados com 90.641 votos. O novo parlamentar comporá a bancada comunista a partir de 2015 para lutar pelos direitos dos trabalhadores e pelas conquistas sociais democráticas garantidas nos últimos 12 anos. Baiano de nascença, Orlando adotou São Paulo, cidade onde mora, há 22 anos. Iniciou sua trajetória política ainda na juventude, na década de 1980, no grêmio estudantil. Desde então, participou de grandes lutas do cenário político brasileiro, como o movimento “Fora Collor!”, que levou ao impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo. Em 1995, foi o primeiro negro a ocupar a presidência da União Nacional dos Estudan-
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tes (UNE). Foi ainda vereador pela capital paulista e ministro do no Esporte durante a segunda gesnascimento Orlando me civil tão do governo Lula. Na Pasta, 27/05/1971 Silva de Jesus J realizou os Jogos Pan-Americaúnior profissão nos e os Jogos Parapan-AmePolítico ricanos de 2007. Entregou seis mil obras de infraestrutura legislatura esportiva em todo o país, de 2015/19 quadras em escolas até gran/orlandosilvas p des complexos esportivos, @OrlandoSilv ampliando a prática em toa_Jr dos os estados. Na Câmara, Orlando – que atualmente que confiaram em mim, nas minhas ideias, na preside o PCdoB no estado de São Paulo – se minha história e no meu Partido. Vou honrar agregará à luta pelo avanço das conquistas a confiança de cada um de vocês. Seguimos implantadas nos governos Lula e Dilma. Nas firmes na luta! Muda a trincheira, mas o soredes sociais, o futuro parlamentar agrade- nho é o mesmo”, escreveu o parlamentar em ceu a votação recebida. “Agradeço a todos sua página no Facebook.
Daniel Almeida: Escudeiro do governo Dilma Rousseff
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onsiderado um dos parlamentares mais atuantes do Congresso pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Daniel Almeida (PCdoBBA) deixou a profissão de técnico em instrumentação industrial para apostar na carreira política. Em Brasília, é reconhecido como um dos deputados mais leais ao governo da presidenta Dilma e vai para o quarto mandato. Iniciou a militância política na Escola Técnica. Foi presidente do Sinditêxtil e da CUT Metropolitana, liderando importantes greves operárias. Foi vereador em Salvador por quatro mandatos entre 1989 e 2003. Em 2002, elegeu-se deputado federal. Em Brasília, Daniel lutou pela regulamentação da profissão dos agentes comu-
nitários de saúde e combate a endemias. Participou das comissões que discutiram a valorização do salário mínimo, a reforma sindical e o Código Brasileiro dos Combustíveis. Propôs a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a privatização das teles e os aumentos abusivos das tarifas. Atualmente, participa das comissões de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias, de Direitos Humanos e a do Trabalho, Administração e Serviço Público. Em outras frentes, o deputado é autor da Lei 11.635/2007 que cria o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, comemorado no dia 21 de janeiro. Defende também proposta de redução da jornada de trabalho, em tramitação na Câmara, além de outros projetos de interesse social. Novembro de 2014 | Número 26
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RUBENS PEREIRA JR.
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Em defesa da transparência nos gastos públicos, parlamentar maranhense conquistou primeiro mandato após receber 118.115 votos.
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eputado estadual maranhense aos 22 anos, Rubens Pereira Jr. foi eleito em 2006 com 35 mil votos como um dos mais jovens do Brasil. Na Câmara dos Deputados, conquistou o primeiro mandato nas eleições de 2014, como o terceiro mais votado do estado. Em Brasília, a meta é a transparência dos gastos públicos. A campanha vitoriosa teve o apoio do governador eleito do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Advogado, formado pela Universidade Federal do Maranhão, Rubens iniciou sua carreira política na Assembleia Legislativa, onde permaneceu por dois mandatos consecutivos (2007-2014). À época dos governos de Roseana Sarney, processou gestores públicos estaduais em mais de 100 ações pela má condução de verbas. Segundo ele,
essa é a origem do descaso dos governos com a população carenn te e da falta de desenvolvimento. nascimento Rubens ome civil Pereira 16/03/1984 O deputado tem tanta conJr vicção de que é possível mudar profissão a realidade, que, em 2012, pediu A dvogado exoneração do cargo de Analista Judiciário do Tribunal de Juslegislatura tiça para dar prosseguimento 2015/19 como advogado a um processo /deprubensper eirajr contra o abuso de poder eco@ rubenspereira nômico de Roseana Sarney nas jr eleições de 2010. Rubens Jr. quer “honrar o voto do povo do Maranhão”, trabalhando tado com as classes trabalhadoras e com a com “responsabilidade e determinação de defesa dos seus direitos. Sua principal motivação será “o respeito ao povo brasileiro fazer uma transformação em nosso país”. A conquista do primeiro mandato fe- para avançar nas conquistas realizadas nos deral é resultado da aproximação do depu- governos Lula e Dilma”.
Flávio Dino: O governador da esperança
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s maranhenses ansiavam por mudança. Os quase 50 anos de domínio da família Sarney e de seus aliados no comando do estado desestruturaram e deslegitimaram as instituições públicas, enfraqueceram a segurança e frearam o desenvolvimento local. Com esse cenário, a candidatura de Flávio Dino ao governo do estado ganhou força e levou à eleição do advogado comunista com 1.877.064 votos pela coligação
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“Todos pelo Maranhão”, (PCdoB, PDT, PP, PPS, PROS, PSB, PSDB, PTC e Solidariedade). É a primeira vez que o PCdoB elege um governador no país. Dino promete fazer do seu mandato uma nova experiência para os maranhenses. “Os políticos se esquecem que estamos trabalhando para o povo. Que somos servidores do povo”, declarou Flávio Dino a uma jornalista local, dando o tom do seu governo. PCdoB na Câmara
Jandira Feghali: Em defesa das reformas democráticas reeleit
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autas prioritárias do PCdoB, o debate sobre essas reformas permeia a agenda de Jandira semanalmente no Congresso. É defensora ferrenha da democratização da comunicação – mesmo entendendo a dificuldade da correlação de forças no Parlamento para o avanço dos projetos sobre o tema. É autora do mais antigo projeto de regulamentação da Constituição Federal referente à regionalização da programação cultural, artística e jornalística e à produção independente nas emissoras de rádio e TV. No campo da reforma política, Jandira acredita numa mudança profunda do sistema eleitoral brasileiro, com financiamento público de campanha, maior participação popular, pluralidade e equidade de gênero. A Bancada do PCdoB tem
Jandira Feghali (PCdoB-RJ) é uma mulher que se impõe não só pela presença, mas pela energia com que argumenta e defende ideias e propostas. A sagacidade com que se dedica aos temas pelos quais luta talvez seja sua principal marca – uma das razões que já a colocou por 13 vezes entre os 100 políticos mais influentes
do Congresso, num ranking anual divulgado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap). Ao conquistar o seu sexto mandato na Câmara dos Deputados, a parlamentar quer aprofundar a luta pelas reformas que considera estruturais para o país: a dos meios de comunicação e a política.
apoiado o projeto de lei encabeçado pela Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, composta por 95 entidades da sociedade civil e, aproximadamente, 170 deputados. Na garantia dos direitos femininos, destaca-se sua relatoria da conhecida Lei Maria da Penha (11.340/06). Médica de formação, tem atuação importante na área da saúde. Garantiu a aprovação de relatório na subcomissão que analisou o complexo industrial da área, na Comissão de Seguridade Social e Família, onde defende o desenvolvimento do setor por considerá-lo estratégico para o país. Articulou, ao lado de outros parlamentares, a aprovação do piso salarial dos agentes comunitários de saúde e de endemias e, atualmente, encabeça a disputa
para colocar em pauta o projeto de lei que fixa em 30 horas semanais a carga horária da enfermagem (PL 2295/00). É autora da emenda à Constituição que garante o duplo vínculo aos profissionais de saúde e das leis que obrigam os planos de saúde a realizar cirurgia reparadora de mama em caso de câncer e a que prevê o fornecimento de bolsas de colostomia. Outra pauta importante para a parlamentar é a consolidação de políticas culturais. Presidiu por dois anos a Frente Parlamentar em Defesa da Cultura. Em 2013, foi a primeira presidente da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados – colegiado pelo qual se empenhou para garantir existência independente por acreditar na necessidade do país passar a priorizar sua diversidade cultural.
Jô Moraes: De presa política à coordenadora da Bancada Feminina na Câmara dos Deputados M aria do Socorro precisou mudar de nome diversas vezes para viver na clandestinidade no período da ditadura militar. Já foi Maria do Socorro, Ana, Socorro Fragoso, Luiza e Josydeméia. Jô Moraes é a síntese desses nomes que teve de usar durante 10 anos em que foi vítima da repressão. Hoje Jô Moraes (PCdoB-MG), nome que se transformou em nome político, é a atual coordenadora da Bancada Feminina da Câmara dos Deputados e a única deputada por Minas Gerais num total de 53 parlamentares. Eleita em 2006 e em 2010, Jô Moraes exerce seu segundo mandato na Câmara dos Deputados, onde se destaca pela luta em defesa dos trabalhadores, dos direitos da mulher e pelo compromisso com os interesses nacionais. Em 2014, conquistou o terceiro mandato. Já foi líder da Bancada do PCdoB na Câmara
PCdoB em 2008 e presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Violência Contra a Mulher do Congresso Nacional em 2013. A deputada é atualmente membro da Comissão de Seguridade Social e já presidiu a Frente Parlamentar em Defesa dos Trabalhadores em Transporte Terrestre, além de ter sido vice-presidente da Frente Pró-Antártica e de integrar outras 35 frentes parlamentares. Iniciou a militância política na década de 1960, no movimento estudantil, quando era estudante secundarista na Paraíba. Mais tarde, foi diretora da União Estadual dos Estudantes e presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade de Serviço Social. Foi presa duas vezes no regime militar. Com a Anistia, passou a atuar no movimento de mulheres. Jô Moraes é autora de dois livros sobre discriminação de gênero.
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Luciana Santos: Defensora dos espaços plurais
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uciana Santos (PCdoB-PE) tem a fala suave. O sotaque, característico de Olinda, e a cadência de suas frases pode enganar um desavisado, mas são aliados nas lutas que encabeça. No Congresso, é uma das defensoras da democratização da comunicação, dos direitos das mulheres, crianças e demais minorias, e da ampliação da representação feminina no poder. Em seu primeiro mandato, já foi líder da Bancada do PCdoB, relatora de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), presidente de Frente Parlamentar e garantiu em 2014 a reeleição para continuar os embates iniciados em 2011. Em 2015, será a primeira mulher a presidir o PCdoB nacional. A luta por espaços plurais, onde as pessoas tenham voz é uma de suas marcas. Entre as pautas defendidas pela parlamentar nessa seara estão a democratização da comunicação, a regulamentação do direito de resposta e as formas de financiamento da mídia alternativa. Luciana tem articulado, ao lado de outros deputados, esse árduo debate no Parlamento. Hoje, os meios de comunicação do país estão concentrados nas mãos de menos de 10 famílias e muitos políticos possuem concessões em seus estados, o que torna a abordagem do assunto ainda
mais difícil no Congresso. A defesa das minorias também é uma constante na agenda de Luciana Santos. Ela é relatora da CPI do Trabalho Infantil, que tem como principal objetivo fazer um diagnóstico da situação brasileira e apontar mecanismos para erradicar o trabalho infantil. Além disso, a deputada se engajou na campanha pelo aumento da representatividade feminina no poder. Única mulher da bancada de Pernambuco no Congresso, tornou-se a porta-voz de suas conterrâneas na Câmara dos Deputados. Foi relatora do Estatuto do Artesão, atividade exercida principalmente por mulheres no país inteiro; defendeu aprovação do PL 6653/2009, da correligionária Alice Portugal (BA), que cria mecanismos para garantir a igualdade salarial de homens e mulheres e esteve ao lado da enfermagem na luta pelo PL 2295/2000, que fixa em 30 horas semanais a carga horária da categoria. Também foi uma das articuladoras da aprovação da PEC das Domésticas e participou da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Violência Contra a Mulher. Sua vida política, no entanto, não começa na Câmara dos Deputados. Luciana Santos, engenheira eletricista por formação, come-
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2015ita çou sua militância no movimento estudantil. Foi vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Pernambuco, deputada estadual (1997-2000), prefeita de Olinda por dois mandatos consecutivos (2000-2008) e agora quer voltar ao Congresso para seu segundo mandato.
Manuela d´Ávila: a estadual mais votada no RS
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om mais de 222 mil votos, Manuela d’Ávila foi eleita a deputada estadual mais votada do Rio Grande do Sul. Ele deixa a Câmara dos Deputados em 2015 após duas legislatura (2007-2015). Esta foi a primeira vez que concorreu ao cargo, depois de dois mandatos como federal. A ideia da parlamentar é conviver mais de perto com os movimentos sociais e renovar a política. “Temos no Brasil um grupo de políticos que se perpetua no poder e que pouco contribuem para as mudanças de que tanto precisamos. Esse é um dos motivos pelos quais quis voltar. Com mais experiência, sei que posso contribuir muito mais com o estado”, afirma. Desde que iniciou sua trajetória política, 15 anos atrás, Manuela lutou pelo que acredita ser possível: construir uma sociedade mais justa fazendo uma política diferente.
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Liderança do PCdoB na Câmara dos Deputados
Chefe de Gabinete: Augusto Madeira
Praça dos Três Poderes, Câmara dos Deputados, Anexo II, Sala T-12, Brasília-DF, 70160-900 - Tel: 55 (61) 3215-9732
Assessoria de Comunicação: Marciele Brum (coordenadora), Christiane Peres (jornalista), Tatiana Alves (jornalista), Richard Silva (foto), Iberê Lopes (estagiário), Wellington Pereira (publicitário). Com a colaboração das assessorias de comunicação dos gabinetes.
Líder: Deputada Jandira Feghali (RJ) Vice-líderes: Manuela D’Ávila (RS), João Ananias(CE), Perpétua Almeida (AC) e Evandro Milhomen (AP)
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