03-2010

Page 1

PCGUIA

APPLE iPAD O QUE TEM E O QUE LHE FALTA

TESTE EM GRUPO A MOTHERBOARDS

MARÇO 2010 172

PCGUIA TECNOLOGIA SEM LIMITES

I

MARÇO DE 2010

I

WWW.PCGUIA.PT

ALTA DEFINIÇÃO NA SALA POR MENOS DE 450 EUROS 5 603823 072213

USE A INSTALAÇÃO ELÉCTRICA DE SUA CASA PARA ACEDER À INTERNET

00172

REDES POWERLINE

Nº 172 | 4,50 (CONT.)

MINICOMPUTADORES MULTIMÉDIA FULL HD DE BAIXO CUSTO

TESTE A CINCO MINICOMPUTADORES MULTIMÉDIA FULL HD DE BAIXO CUSTO

O SEU PC ESTÁ COM PROBLEMAS?

O HWINFO AJUDA A RESOLVÊ-LOS QUATRO PROGRAMAS ESSENCIAIS PARA MANTER O SISTEMA LIMPO E LIVRE DE ERROS

VOLUME II

PASSO A PASSO

RECUPERE FOTOS ANTIGAS COM O PHOTOSHOP ELEMENTS



EDITORIAL

COMPUTADORES DE SALA

MELHOR REVISTA DE TI EM 2008 Director Pedro Tróia

Pedro Troia director troia@pcguia.cofina.pt

Os processadores Atom da Intel serviram para nos dar computadores portáteis baratos, como o EEEPC ou o Magalhães. Mas, graficamente, esta plataforma não era muito potente até ao aparecimento do chipset ION da Nvidia. O ION inclui um chip gráfico GeForce 9400M que suporta gráficos DirectX 10, OpenGL e aplicações CUDA que, entre outras coisas, permitem a aceleração de codificação de vídeo. O ION suporta ainda vídeo de alta definição até 1080p com saída HDMI e áudio 7.1 digital e analógico. Todas estas características, aliadas ao facto de estas máquinas serem bastante silenciosas, fazem com que sejam ideais para serem colocadas na sala e usadas como reprodutores de conteúdos digitais, uma vez que conseguem ultrapassar as limitações dos discos e streamers multimédia, permitindo, por exemplo, navegar na Internet quando não se está a ver um filme ou a ouvir música. E, no final, gasta-se mais ou menos o mesmo dinheiro que se gastaria num qualquer outro dispositivo muito mais limitado. Por isso, este mês, fizemos um teste em grupo às máquinas ION disponíveis em Portugal para lhe mostrar que ter um computador de sala não implica gastar uma fortuna. Neste número também lhe revelamos como continuar a usar o Windows XP mesmo que tenha feito upgrade para o Windows 7. Isto é possível através de uma tecnologia denominada “virtualização”, que está disponível em quase todos os computadores há já alguns anos.

ESTE MÊS... João Trigo editor joaotrigo@pcguia.cofina.pt

Além do teste a Nettops, que me permitiu analisar máquinas de uma natureza que ainda não me tinha passado pelas mãos, pude reinstalar o sistema em casa e renovar o computador que tenho para tarefas de elevadas necessidades de processamento. As minhas tardes a editar vídeo tornaram-se subitamente mais apetecíveis. E jogar Total War com o detalhe no máximo também é uma mais-valia, claro está.

Susana Esteves jornalista susanaesteves@pcguia.cofina.pt

Esgotei a temática iPad. O debate com amigos, familiares, colegas de trabalho e nos fóruns chegou a ser “agressivo”. Percebi que os fãs mais acérrimos da Apple são como alguns adeptos de certos clubes de futebol: têm uma visão muito particular das coisas... Acabei o Uncharted 2. Muito bom!

João Pedro Faria jornalista jfaria@pcguia.cofina.pt

Estive dois dias em Munique a experimentar algumas das novidades de uma sobejamente conhecida família de produtos para edição gráfica, web e vídeo. Por motivos de embargo, apenas na edição de Maio será possível revelar os detalhes. Pior foi a viagem de regresso. No meio de uma tempestade de neve, o avião lá levantou à meia-noite, cinco horas depois do previsto... 4 | PCGUIA

Redacção João Trigo (Editor) Susana Esteves, João Pedro Faria, Carlos Marçalo, Cláudia Sargento, Luísa Dâmaso, Lurdes Marujo [Secretária de Redacção) lurdesmarujo@revistas.cofina.pt, Teresa Resende (Revisão) Arte Hélio Falcão (Director Adjunto) e Teresa Silva Colaboradores – Texto Susana Rodrigues, Patrícia Grilo, José Luís Porfírio, Paulo Barbosa, Artur Martins, Leonel Miranda Imagem Helder Oliveira/Agência Who (ilustração da capa), António Moutinho, Vitor Gordo (fotos) Produção Gráfica Carlos Dias (Coordenador), Jorge Fernandes, José Carlos Freitas, Paulo Glória, Paulo Fernandes, Carlos Campos e Fátima Mesquita (Assistente) Circulação Madalena Carreira (Coordenadora), Jorge Gonçalves e Denise Amorim Publicidade Virgínia Melo virginiamelo@revistas.cofina.pt (Directora Comercial de Divisão); Daniela Correia danielacorreia@pcguia.cofina.pt (Gestor de Conta); Fátima Malaca fmalaca@revistas.cofina.pt (Coordenadora de publicidade), Rute Dias rdias@revistas.cofina.pt e Susana Fernandes susanafernandes@cofina.pt (Assistentes de Publicidade) Marketing Sónia Santos, Miguel Barreto, Susana Ventura (Assistente) Assinaturas Margarida Matos email assine@cofina.pt Linha de Apoio a Assinaturas Sandra Sousa, Ana Pereira e Filipa Cerqueira Telefone directo 213 307 777, Av. João Crisóstomo, 72, Galeria, 1069-043 Lisboa Venda de Edições Anteriores Caso pretenda adquirir números anteriores desta revista contacte o 219 253 248 ou revistasanteriores@revistas.cofina.pt Distribuição de Assinaturas JMToscano, lda. Tel: 214 142 909; Fax: 214 142 951; jmtoscano.com@netcabo.pt Pré-impressão GRAPHEXPERTS, Lda., Av. Infante Santo, 42, 1350-179 Lisboa, e-mail: revistas@graphexperts.pt Impressão Lisgráfica, Impressão e Artes Gráficas, S.A., Rua Consiglieri Pedroso, 90-Casal de Santa Leopoldina-2745-553 Queluz de Baixo Capa Printover fornecido por Sarriópapel Distribuição VASP – Soc. de Transportes e Distribuição, Lda, Complexo CREL – Bela Vista/Rua da Tascoa, 4.º Piso – Massamá – 2745 Queluz

Edirevistas Sociedade Editorial, S.A. grupo Cofina Media – SGPS, SA Conselho de Administração Paulo Fernandes (Presidente), João Borges de Oliveira, Luís Santana, Laurentina Martins e António Simões Silva Directora de Arte Sofia Lucas Directora Comercial Olga Henriques Director de Produção Avelino Soares Directora de Marketing Maria João Costa Macedo Director Comercial Online José Manuel Gomes Director de Informática Rui Taveira Director de Recursos Humanos Nuno Mariz Directora Administrativa e Financeira Alda Delgado Director de Assinaturas João F. Almeida Director de Circulação Mário Rosário Directora de Research Ondina Lourenço Sede: Administração, Redacção, Publicidade: Avenida João Crisóstomo, 72, 1069-043 LISBOA. Telf.: 21 330 77 00; Fax: 21 330 77 99 Propriedade/Editora • EDIREVISTAS - SOCIEDADE EDITORIAL, SA • Capital social: e5.915.669 • CR.C.Lx n.° 500 061 130 • Contribuinte n.° 500 061 130 • Principal accionista: COFINA, SGPS, SA (99,46%) • N.º Registo E.R.C. 119 452 • Depósito legal: 97 116/96 • Tiragem média: 52 500 exemplares



ÍNDICE

50 Tema de capa

NO REINO DOS NETTOPS Regulares 8 16 18 20

Notícias Ciência & Tecnologia Lançamentos Entrevista

ASSISTÊNCIA TÉCNICA 88 Pergunte ao especialista SHOPPING 99 Sugestões

Especial 22 Chegou a primeira animação 3D made in Portugal

Banco de Testes HARDWARE Apple iPad P6TD Deluxe HP Pavilion DV8-1050EP Sitecom WL-326 Antec Two Hundred Devolo dLAN 200 AVsmart+ Caviar Black 2TB Nox Live 2 ATI Radeon HD 5970 HP Photosmart Wireless All-in-One B109N 34 Asus Eee PC 1008P Karim Rashid 24 26 28 28 29 29 30 31 32 34

TECNOMUST 48 MP4 Walkman A845 6 | PCGUIA

48 48 49 49 49

Microsoft Arc Keyboard ViewSonic VPD400 Blackberry Storm2 Memorex Mi2001 Clock Radio LG GD910

Braço-de-ferro 36 E o Óscar para a melhor motherboard vai para...

Entretenimento 92 The Saboteur 94 Tales of Monkey Island 95 James Cameron's Avatar: The Game 96 Especial: Jogos da década 98 Lançamentos

Guias SOFTWARE 56 XP mantém existência virtual 62 Guarde todas as anotações feitas num documento 66 Retoque fotografias danificadas com o Photoshop Elements 70 Encontre controladores perdidos e identifique os componentes do seu PC 72 Faça uma limpeza de Primavera ao Windows 74 Proteja o seu sistema 76 Crie o seu próprio DVD 78 Use o SyncToy para fazer cópias e backups REDES 80 Acelere a navegação no Firefox 83 Amplie a sua rede através de Powerline HARDWARE 86 Instale um disco SSD

PCGuiaPro 100 NOTÍCIAS 104 CASE STUDY Tranquilidade reforça controlo dos sistemas 106 SOFTWARE DE GESTÃO WeMake faz por vencer crise 107 FORMAÇÃO U.A.L. visa internacionalização 108 OPINIÃO Phishing: mordida no anzol 110 HOTSPOT Mobilidade atrai mercado empresarial



SOFTWARE NOTÍCIAS PCGNotícias

CANON LANÇA NOVOS PRODUTOS A colecção de Primavera traz novos sensores, um novo processador e um novo conjunto de funcionalidades que prometem agradar a profissionais e amadores

A nova EOS 550D foi a estrela do evento onde a Canon deu a conhecer os novos modelos de câmaras digitais e de vídeo, que na Primavera vão entrar para as famílias de produtos Ixus, PowerShot e Legria. O corpo da câmara, apesar de pequeno, esconde uma série de upgrades tecnológicos e um conjunto de funcionalidades que visam dar aos utilizadores, mesmo aos amadores, uma experiência de fotografia profissional. A 550D integra o novo processador DIGIC 4, um sensor redesenhado CMOS-APS de 18MP, suporta ISO de 100-6400, expansível a 12800, permite a gravação de vídeo Full HD (1920x1080p) e disparos contínuos a 3,7fps, traz um sistema de medição iFCL com sensor de medição de dupla camada de 63 zonas, e oferece um suporte para microfone exterior estéreo. O que é que isto tudo quer dizer? Que este modelo permite captar momentos rápidos com mais facilidade e precisão, optimiza a gravação de imagens com qualidade, mesmo quando a luz é muito fraca, e apresenta fotos e imagens mais nítidas e cores com aspecto natural. A aposta da marca reside também numa interface simples e intuitiva, capaz de facilitar a vida aos mais amadores, sem comprometer a qualidade das imagens. O utilizador tem à disposição vários modos de disparo predefinidos, que executam todo o trabalho de calibração, assegurando que as configurações são as mais ajustadas para o alvo e ambiente a fotografar. A gravação de filmes em alta definição (em 1080p até 30 fps e em 720p até 60 fps) oferece agora um controlo manual que permite ajustar as definições ao sujeito. O novo ecrã LCD 3:2 Clear View de 3” e a saída de HDMI garantem um aproveitamento

PASSATEMPO PCGUIA/ MEMOREX A PCGuia tem para oferecer nesta edição um MEMOREX MI2001 CLOCK RADIO ao leitor que escrever a melhor frase, como resposta à seguinte pergunta: PORQUE É QUE EU QUERO ACORDAR DE MANHÃ COM O MEU iPOD? A frase deverá ser enviada para o endereço redaccao@pcguia.cofina.pt O vencedor será revelado na PCGuia de Abril. 8 | PCGUIA

máximo das opções de alta definição. Este modelo vai estar à venda por 799 euros. No campo das câmaras digitas compactas, a Canon volta a apostar na facilidade de uso, nas funcionalidades e na estética. A nova IXUS 130, por exemplo, surge como o modelo Ixus mais fino até à data, medindo apenas 1,78 cm no ponto mais largo. Tanto esta última como a 105 vêm também equipadas com o mais recente processador DIGIC 4, o que lhes permite oferecer uma melhor qualidade de imagem e cor, e incluem objectivas grande angulares de 28 mm com zoom de 4x. A Ixus 210 e a 210s, com ecrã táctil, completam a lista de novos membros desta família. Estes modelos combinam várias tecnologias e modos, dos quais podemos destacar o temporizador para auto-retrato, que faz uso da tecnologia de reconhecimento de rosto para activar o obturador, ou seja, este só dispara quando reconhece um novo rosto no enquadramento, e o modo Obturador Inteligente, que permite ao utilizador activar o obturador através de um sorriso ou um piscar de olho. Novos são também os efeitos Olho de Peixe e Miniatura. Este último replica os efeitos possíveis com uma objectiva “Tilt–Shift” – mostrando os edifícios numa paisagem ampla de modo a parecerem à escala, por exemplo. As novas Powershot 490 e 495 trazem, entre outras coisas, o efeito Poster, que reduz o número de cores para se obter uma imagem com aspecto envelhecido. As A3000IS e 3100IS são os primeiros modelos da série PowerShot a usarem baterias de íon-lítio. A Canon apresentou ainda a gama de câmaras de vídeo Legria, com quatro novas séries, e uma nova Pixma para a área de fotografia, a Pixma iP2700. S.E.



NOTÍCIAS

BREVES PT EM INAUGURAÇÕES NA MADEIRA

A PT consolida a sua estratégia de investimento na Madeira ao inaugurar o novo Centro de Relacionamento com o Cliente e o novo Estúdio de Telepresença no Funchal. Ao mesmo tempo, a TMN, operador móvel do grupo Portugal Telecom, assinala 15 anos de presença naquela região autónoma.

AVG ESCOLHE GLOBALCOLLECT

Representada em Portugal pela Microplus, a AVG Technologies anunciou uma parceria com a GlobalCollect que visa facilitar o pagamento electrónico nos 167 países em que o software está actualmente disponível. A fabricante de soluções de segurança conta hoje com com mais de 110 milhões de utilizadores activos em todo o mundo.

VODAFONE CHEGA AOS 43,2 MBPS

A Vodafone Portugal fez oficialmente a primeira demonstração do potencial da tecnologia HSPA Dual Carrier, que oferece uma velocidade de download ate 43,2 Mbps. A sessão teve lugar na sede da Vodafone, trabalhou sobre um ambiente totalmente wireless, e recorreu a uma placa de dados com o chipset Qualcomm MDM8220, ainda em fase de protótipo. Na sessão de demonstração, feita para os jornalistas, este operador conseguiu uma velocidade que rondava os 37/ 39 Mbps. A média registada situava-se nos 37 Mbps. A próxima etapa são os 84 Mbps.

GOOGLE AUMENTA SEGURANÇA DO GMAIL

Depois de ter sido alvo de hackers de origem chinesa, a Google aumentou o grau de encriptação do Gmail, usando para o efeito o protocolo HTTPS. Desde 2008 que os utilizadores do serviço de e-mail Gmail tinham a opção de usar este protocolo, que permite encriptar o correio electrónico à medida que este viaja entre o browser e os servidores da Google, quer se trate de redes tradicionais ou Wi-Fi públicas ou não. Agora, esta passa a ser uma funcionalidade oferecida de série. 10 | PCGUIA

SAMSUNG APRESENTA PORTÁTEIS EM PORTUGAL O fabricante asiático revelou as novas propostas para o mercado nacional O segmento de netbooks mereceu especial atenção na apresentação da Samsung. Foram seis as novas máquinas lançadas pela marca, todas equipadas com a plataforma Atom (N450) e com preços que variam entre os 339,90 euros e os 379,90 euros. Os novos portáteis N150, N210 e NB30 possuem um ecrã 10,1” LED anti-reflexo e integram a função Easy Resolution Manager, com a qual o utilizador pode facilmente adaptar a resolução do ecrã se um programa ou jogo exigir uma visualização de 1024x768. Além disso, integram uma LiveCam digital para videoconferência ou mensagens em tempo real. Enquanto que o N210 se destaca pelo design Crystal da Samsung, o N150 integra as ligações entre o teclado e o ecrã de forma elegante, permitindo um deslizar suave e uma imagem apelativa, mesmo quando o netbook está aberto. O NB30 apresenta uma unidade de disco rígido (HDD com sensor de queda livre) que protege automaticamente os dados, por bloqueio do disco rígido, em caso de queda. Além disso, possui uma protecção na superfície contra derrame de líquidos,

atenuando possíveis danos resultantes do contacto com até 50 cm3 de água derramada. No campo dos portáteis de tamanho normal, as estrelas são os modelos da série R. O R530, R580 e R730 têm revestimento anti-riscos e contam com ecrãs de 15,6 (R530 e R580) e 17,3 polegadas (R730). Estão equipados com uma ferramenta de acesso remoto ao computador de sua casa – AnyPC (versão trial) – e podem ser adquiridos por 649,90 euros, 799,90 euros e 699,90 euros, respectivamente. Contam com 4 GB de memória RAM, discos de 320 GB ou 500 GB (dependendo do modelo) e placa gráfica dedicada. Outra das novidades é o X420, um notebook equipado com um processador Core 2 Duo e com uma autonomia até nove horas. Pesa 1,76 kg e está equipado com um ecrã de 14” 16:9 e com um leitor de cartões de memória 3 em 1. Esta máquina de apenas 23,2 mm de altura custa 799 euros. De acordo com Nuno Cunha, sales manager da área de notebooks, a Samsung quer entrar na lista dos cinco principais players deste mercado até ao fim do ano. J.T.



NOTÍCIAS

NINTENDO DSI XL A CAMINHO Está maior, mais atraente e oferece agora um controlo mais fácil de toda a acção. A pequena consola da Nintendo vai ter uma versão XL Tem dois novos ecrãs, traz uma caneta maior e mais ergonómica e dificilmente vai voltar a caber no bolso das calças ou do casaco. A versão XL da Nintendo DSi é, tal como o nome deixa adivinhar, bastante maior que a sua antecessora. Os dois ecrãs passam a ter 4,2”, mais 1 polegada que a versão DSi e 93% maior que a DSI Lite, e oferecem um ângulo de visualização também ele maior. Na prática, isto significa que se jogar com outras pessoas, estas conseguem acompanhar visualmente o jogo, sem perda de detalhes. Este aumento de dimensão acabou inevitavelmente por penalizar o peso da consola, que passa para os 314 gramas (a anterior pesava 214 g). As alterações da XL resumem-se essencialmente ao tamanho. Segundo o que conseguimos apurar junto da Nintendo Portugal, a resolução do ecrã vai manter-se (256 x 192 pixels), bem como todas as características e funcionalidades

da versão anterior, lançada em Abril do ano passado, como o download de jogos através da Nintendo DSi Shop, a criação, personalização e partilha de fotografias com outras pessoas, a leitura de música, entre outras opções. Inclui de origem o Nintendo DSi Browser, que permite aceder à Internet, a partir de qualquer lugar, através de uma ligação Wi-Fi. A autonomia da bateria situa-se nas 4 a 5 horas, com o brilho no máximo, mas poderá chegar às 17 horas, com as configurações mínimas. Este modelo vai garantidamente suportar todos os jogos das antigas DS, excepto os que têm um periférico que exija a utilização do slot GameBoy, presente na Nintendo DS original e na Nintendo DS Lite. Vale a pena alertarmos para o facto de os conteúdos descarregados via Internet não poderem ser passados para a nova consola.

A Nintendo DSi XL vai ser lançada em Portugal já no dia 5 de Março, estará disponível em duas cores, vermelho-vinho e castanho-escuro, e virá carregada com dois títulos Nintendo DSiWare: A Little Bit of... Dr Kawashima’s Brain Training: Arts Edition e Dictionary 6 in 1 with Camera Function.

ASUS PREPARA LEITORES DE EBOOKS Os novos modelos distinguem-se pelas funcionalidades e terão diferentes disponibilidades Depois de alguns rumores que apontavam o fabricante asiático na rota dos leitores de livros electrónicos, a Asus confirma finalmente estar a preparar a sua entrada no mercado dos leitores de ebooks, contando apresentar ao mercado dois modelos durante 2010. Denominado DR-570, o novo aparelho pretende rivalizar com o Kindle da Amazon e o Reader da Sony. Já são conhecidas algumas das características do DR-570 – vai ter um ecrã OLED a cores com perto de seis polegadas, 4 12 | PCGUIA

GB de memória flash, slot para cartão SD, uma bateria com 122 horas de autonomia para uma só carga em condições de utilização normais e conectividade Wi-Fi e 3G. Também está garantida a compatibilidade com ficheiros de vídeo em Flash e a presença de um browser. Pesa qualquer coisa como 200 gramas e estará disponível mais perto do final do ano. Já em Abril, deverá chegar às lojas o DR-950, que será um equipamento bastante maior do que o DR-570, ostentando um ecrã

monocromático de nove polegadas. Ao contrário dos produtos Kindle e Sony, não contará com a tecnologia E-Ink mas sim com um ecrã SiPix com resolução de 768 x 1024 e 150 ppp. Tudo indica que o DR-950 terá duas versões, uma com 2 GB de memória e outra com 4 GB. Ambas contarão com algum software, nomeadamente motor de reconhecimento de escrita, browser, leitor de RSS e dicionário. O peso será naturalmente maior: 540 gramas. J.P.F.



NOTÍCIAS

NA BERRA OBRAS DIGITAIS

A partir da próxima Primavera, qualquer internauta poderá ter acesso e fazer o download gratuito de mais de 65 mil obras do século XIX. Quem vai permitir este serviço é a Biblioteca Britânica, que tem vindo a digitalizar todas as obras que já não estão ao abrigo de Direitos de Autor. Esperemos que esta posição sirva de exemplo a outras bibliotecas.

GOOGLE LANÇA BUZZ

A Google anunciou o lançamento do Google Buzz, o serviço que vai concorrer directamente com o Facebook e o Twitter. A empresa garante que brevemente todas as contas Gmail terão esta opção e fez saber que estará também nas plataformas móveis Android 2.0 e Apple.

APPLE APRESENTA iPAD Steve Jobs revelou finalmente a nova aposta da multinacional americana

CE QUER MAIS SEGURANÇA

A Comissão Europeia pediu novamente às empresas gestoras de redes sociais para reforçarem a segurança das crianças e jovens. De acordo com a CE, apenas 40% das redes sociais têm a preocupação de fechar o perfil dos utilizadores com menos de 18 anos a terceiros que não façam parte da lista de amigos.

JOVENS PARTILHAM DADOS PESSOAIS

39% dos jovens portugueses consideram seguro partilhar informações pessoais, sendo que 23% permitem o acesso às suas informações, sem fazer uso das ferramentas de privacidade.

ETERNOS PROBLEMAS DE COR

Os problemas de cor do ecrã dos iMac de 27” nunca mais ficam resolvidos. Ninguém se entende quanto à origem das falhas: o firmware, o próprio ecrã... Enquanto isso, os utilizadores esperam.

ERROS DE SOFTWARE ATINGEM AUTOMÓVEIS

Os problemas de software não castigam apenas os PC. Que o diga a Toyota, que por causa de questões relacionadas com a programação do acelerador electrónico do Prius vai ser obrigada a recolher milhares de carros.

A BERRAR 14 | PCGUIA

O iPad é a nova aposta da Apple e foi apresentado por Steve Jobs, CEO da multinacional, como uma plataforma para navegar na Internet, ler e enviar e-mails, visualizar fotos, ver vídeos, ouvir música, jogar, ler e-books e muitas outras coisas. O ecrã táctil permite que os utilizadores interajam fisicamente com aplicações e com outros conteúdos. Tem 1,27 centímetros de largura e pesa 680 gramas — «mais fino e leve do que qualquer outro laptop ou netbook». Inclui 12 aplicações desenhadas especialmente para o iPad e, de acordo com o comunicado da Apple, consegue correr praticamente todas as 140 mil aplicações da App Store, incluindo aplicações já compradas com o seu iPhone ou iPod touch. «O iPad é a nossa mais avançada tecnologia num dispositivo mágico e revolucionário a um preço inacreditável», disse Steve Jobs, que acrescentou ainda que este aparelho «cria e define uma categoria totalmente nova de dispositivos que irá ligar os utilizadores com as suas aplicações e conteúdos de uma forma mais íntima, intuitiva e divertida». A Apple também anunciou a nova aplicação iBooks para iPad, que inclui a nova iBookstore da Apple, uma loja de e-books num dispositivo móvel. A iBookstore irá incluir livros das maiores editoras e de editoras independentes. Além disso, o fabricante divulgou uma nova versão do iWork para iPad, a primeira suite de produtividade de classe desktop desenhada

especificamente para Multi-Touch. Com o Pages, o Keynote e o Numbers pode criar documentos, apresentações com animações e transições e folhas de cálculo com gráficos, funções e fórmulas. Estas três aplicações vão estar à venda em separado através da App Store a um preço unitário de 9,99 dólares cada. O ecrã LED retroiluminado de 24,6 centímetros possui a tecnologia IPS para oferecer imagens com ângulos de visualização alargados de 178 graus. O teclado virtual, apresentado pela primeira vez no iPhone, tira partido do ecrã do iPad para oferecer um teclado com um tamanho praticamente real. O iPad também pode ser ligado à nova iPad Keyboard Dock, que possui um teclado tradicional. Inclui a mais recente tecnologia 802.11n Wi-Fi e as versões 3G suportam velocidades de até 7.2 Mbps em redes HSDPA. O iPad estará disponível em duas versões – uma com Wi-Fi e outra com Wi-Fi e 3G – O aparelho estará disponível em todo o mundo no final de Março a um preço recomendado de 499 dólares para o modelo de 16 GB, de 599 dólares para o modelo de 32 GB, e de 699 dólares para o modelo de 64 GB (os preços para o mercado nacional ainda não são conhecidos). Os modelos Wi-Fi + 3G do iPad estarão disponíveis em Abril nos Estados Unidos e em países seleccionados a um preço recomendado de 629 dólares para o modelo 16 GB, de 729 dólares para o modelo 32GB, e de 829 dólares para o modelo 64 GB.


AVAST! CHEGA À VERSÃO 5.0 A popular ferramenta antivírus está mais leve e mais rápida mas não perde na robustez A Alwil Software, fabricante do avast!, já lançou a nova versão do seu popular software, que chega a cerca de 100 milhões de utilizadores em todo o mundo. Para além da opção gratuita, o avast! 5.0 também é lançando num novo pacote premium Internet Security Suite e na forma de actualização do produto comercial avast! Antivírus Pro. Algumas melhorias implementadas na arquitectura do avast! e a optimização do desempenho, de modo a retirar todo o poder de processadores com vários núcleos, têm em vista facilitar a vida dos utilizadores. Testes baseados em computadores portáteis com processadores Intel Core i5 demonstram que o novo avast! 5.0 é 40 por cento mais rápido face às versões

anteriores. Por outro lado, a maior velocidade de pesquisa não requer mais recursos do computador. Aliás, esta nova versão 5.0 necessita de menos recursos do sistema, eliminando o desperdício no consumo de energia. «Com o avast! 5.0 definimos um novo rumo nos antivírus, uma vez que as nossas versões gratuitas e pagas são idênticas em matéria de nível de protecção contra malware», afirma Vince Steckler, CEO da Alwil Software. O responsável máximo sublinha que a versão Free «foi projectada para o uso diário da Internet», enquanto o avast! Internet Security 5.0, o novo produto topo-de-gama, tem em vista «os internautas que fazem actividades que

necessitam de segurança, tais como compras online e serviços bancários». De sublinhar que o novo Internet Security inclui uma firewall automática silenciosa e um serviço anti-spam com actualizações automáticas. A versão Free é vista pelo fabricante como um espaço rentável para o avast! Para Vince Steckler, «a versão gratuita destina-se às organizações não comerciais, tais como utilizadores domésticos, instituições de caridade e educação». «Ao mostrarmos todo o potencial do nosso software para essas comunidades, estes grupos vão continuar a defender a nossa marca no maior mercado comercial», afirma aquele responsável. J.P.F.

TOSHIBA APRESENTA NOVOS NETBOOKS Dois netbooks e um portátil orientado para o entretenimento foram as propostas apresentadas

Os NB300 e NB305 e o Qosmio F60 são as mais recentes apostas da Toshiba para as gamas de míniportáteis e de equipamentos multimédia. Estes modelos, que foram dados a conhecer na CES (Consumer Electronics Show), em Las Vegas, espelham uma aposta deste fabricante na mobilidade, no design e no desempenho. Os sucessores do NB200 demonstram ter sido alvo de uma atenção redobrada na componente estética, mas é na vertente tecnológica que o passo em frente é mais visível. Com um ecrã de 10,1”, estes modelos trazem uma bateria com uma autonomia até 11 horas (com a bateria de seis células), o mesmo teclado full-size, e um touch pad de maior dimensão com suporte para tecnologia multitoque. O disco rígido, que pode ir até aos 250 GB, vem protegido por um sensor 3D de impacto, que bloqueia a leitura ou a escrita do disco rígido em caso de queda, ou impacto, preservando desta forma os dados guardados na drive. Estes modelos pesam 1,18

kg, com a bateria de três células, e 1,33 kg, com a bateria de seis células. Vão estar disponíveis nas cores Mocha Brown, Snow White e Cosmic Black. O novo membro da família de entretenimento aposta fortemente no desempenho, transportando consigo um processador Intel Core i5-520M, gráficos nVidia GeForce GT 330M, 500 GB de disco e 8 GB de memória de sistema. No exterior, o Qosmio F60 exibe um ecrã TFT de 15.6” HD capaz de responder às necessidades da drive BluRay regravável com tecnologia Resolution+ para upconversion de DVD, e da câmara HD (1.280 x 800), com tecnologia Toshiba Face Recognition. A componente multimédia fica completa com as colunas Harman/Kardon estéreo integradas. À parte da identificação tecnológica, este portátil apresenta também um design distinto, marcado pela superfície vermelha brilhante e pelo interior preto. S.E. PCGUIA

| 15


CIÊNCIA & TECNOLOGIA

BREVES

IMETER FAZ CONTAS AO GASTO ENERGÉTICO

T-SHIRTS 2.0V

A iD Shirt é uma t-shirt normal que contém uma imagem codificada, impressa a preto e branco, no formato de Quick Response Code (QR Code) – código de barras bidimensional – que pode ser interpretada, rapidamente, através de uma câmara digital em formato VGA, como, por exemplo, a de um telemóvel. O projecto, lançado pelo designer João Oliveira Simões, permite que cada pessoa possa criar a sua iD Shirt, com um código único, e nela incluir contactos, mensagens, links (imagem, vídeo, som) e perfis do Facebook e Twitter. Para desvendar o código gravado na iD Shirt basta tirar uma fotografia com um telemóvel que contenha um leitor de QR Code (aplicação gratuita). O pedido pode ser feito em www.idshirt.net.

TECNOLOGIA AUXILIA HAITI

A Google actualizou os mapas do Haiti no Google Earth com o objectivo de ajudar as equipas de socorro às vítimas do terramoto. A imagem mais recente mostra já o grau de devastação das zonas afectadas. A companhia já fez saber que se encontra disponível para ajudar a ONU nas operações. 16 | PCGUIA

Chama-se iMeter, permite avaliar os consumos de água, gás e electricidade em tempo real, e vai estar à venda em Março por 200 euros, valor que inclui dois anos de serviço. Com esta ferramenta, qualquer pessoa pode monitorizar os consumos dos seus equipamentos eléctricos e a gás, bem como os custos associados, percebendo detalhadamente onde é que pode poupar. As leituras, diárias, semanais ou mensais, geram relatórios que podem depois ser estudados com o objectivo de se identificarem fontes de desperdício e de se reduzirem os consumos. O equipamento tem sensores de electricidade, gás e água e um ecrã onde é exibida a informação. Estes dados são recolhidos por um concentrador, que depois os disponibiliza na Internet. Para ligar o iMeter, apenas é necessário colocar um sensor de corrente no quadro eléctrico através de uma operação muito simples, não intrusiva, com o disjuntor geral desligado, ligar o concentrador num ponto de rede e já está. Os dados estão disponíveis para consulta no display do aparelho, ou no portal de energia online, uma

rede social para todos os que querem reduzir consumos em casa. «Qualquer pessoa com conhecimentos mínimos na área é capaz de fazer a instalação em pouco tempo e sem quaisquer dificuldades», garantiu José Basílio Simões, CEO da ISA. A informação pode ser acedida a partir do portal Web, Enerbook. Neste espaço, os consumidores terão acesso ao histórico dos seus consumos, em tempo real, ao cálculo da pegada ecológica e a dicas de optimização. Poderão ainda conhecer o resultado das suas acções de poupança ou ter conhecimento de alterações nos padrões de consumos. O aparelho pode ser configurado para envio de alertas (SMS ou e-mail) em caso de fugas de gás ou água. A empresa que comercializa o iMeter garante que as facturas poderão sofrer uma redução de 15 a 20%. Numa primeira fase o iMeter será apenas comercializado online, no site da ISA e de outros parceiros. A curto prazo, haverá outros canais, nomeadamente, retalhistas especializados. S.E.



LANÇAMENTOS

WINDOWS 7 RC TEM OS DIAS CONTADOS

Os utilizadores que ainda se encontram a trabalhar com a Release Candidate do Windows 7 começaram a receber, desde o dia 15 de Fevereiro, mensagens que indicam que o sistema irá reiniciar-se a cada duas horas. Os trabalhos em curso não ficarão guardados. Este comportamento irá manter-se até ao dia 1 de Julho, data em que a RC será oficialmente retirada. Os PC que a tiverem instalada ficarão com a indicação que possuem uma cópia não genuína deste sistema. As actualizações e downloads que exijam validação do Windows serão bloqueados.

PARAGON BACKUP & RECOVERY 10.1 PARA DOWNLOAD

A mais recente versão da solução gratuita de backup e recuperação de sistema para ambientes Windows já está disponível para download. Com o Paragon Backup & Recovery poderá agendar backups, restaurar ficheiros, gravar CD de arranque, verificar a integridade dos ficheiros e gerir/controlar os discos rígidos que existem na sua máquina. (FAT, NTFS, Linux Ext). Segundo a Paragon Software, esta edição visa satisfazer as necessidades dos utilizadores mais exigentes, que pretendem reforçar a segurança dos seus PC. Entre as novidades, destaque para o Cyclic Backup, que assegura que a cópia de segurança dos dados é efectuada ciclicamente, para o restauro de discos completos, MS Volume Shadow Copy Servisse, Paragon Hot Processing, e possibilidade de restauro parcial. Este programa dispõe de uma interface muito intuitiva, que enfatiza a componente gráfica de forma a simplificar a compreensão dos utilizadores face às várias ferramentas existentes e respectivas funções. O download desta solução pode ser feito em www.paragon-software.com/free/ 18 | PCGUIA

FIREFOX CHEGA AOS TELEMÓVEIS A primeira versão do Firefox para as plataformas móveis já está disponível. Nesta fase, o browser irá apenas suportar o sistema Maemo 5, da Nokia, presente no modelo N900, por exemplo. No entanto, a companhia planeia abranger também o Windows Mobile e o Android. iPhone e Blackberry ficam de fora, alegadamente devido a problemas de ambiente e distribuição. Esta versão inclui o esquema de navegação por separadores e introduz algumas novidades, como é o caso do Weave Sync, uma

funcionalidade que visa assegurar a sincronização do ambiente web entre o telemóvel e o desktop. Esta opção é apenas uma de entre os 40 add-ons disponíveis para o novo Firefox. A lista inclui bloqueador de popups, o YouTube Enabler, que facilita a visualização de vídeos, e uma TwitterBar, que permite a publicação de mensagens através da barra de endereços. O navegador está já disponível em 30 idiomas, incluindo o português, e pode ser descarregado em www.mozilla.com/en-US/mobile. S.E.

iPHONE OS 3.1.3 JÁ DISPONÍVEL A mais recente actualização do sistema operativo do iPhone traz pequenos ajustes e melhoramentos, nomeadamente no que toca à segurança e correcção de alguns bugs. Merece maior destaque a correcção de um bug que travava algumas aplicações de terceiros e um pacote de segurança contra ficheiros perigosos, como o CoreAudio, que surge junto dos ficheiros MP4, e o ImageIO, que faz o mesmo com as imagens TIFF. Esta actualização tem 291 MB.S.E.



ENTREVISTA

«OS CIBERNAUTAS CONTINUAM COM COMPORTAMENTO DE RISCO» Os responsáveis da Symantec advertem para o facto de a principal ameaça à segurança dos PC ser a forma como estes são usados

A

PCGuia falou com os dois homens-fortes da Symantec em Portugal e ficou a conhecer as novas ameaças que os nossos leitores vão enfrentar. Os responsáveis da Symantec dão dicas para manter as máquinas em segurança e abordam uma das áreas emergentes no mercado: a do armazenamento. PCG – Quais considera serem as principais ameaças à segurança dos cibernautas nos tempos actuais? Timóteo Menezes – Actualmente, a principal ameaça serão os próprios cibernautas, pois, por falta de formação ou conhecimento (e consciência) destes utilizadores em relação à vastidão de formas de ataques existentes, continuam com um comportamento de risco no dia-a-dia que os tornam vítimas e o elo mais fraco na cadeia de segurança. No entanto, são estes mesmos cibernautas o elemento fundamental no futuro da segurança da informação, quer esta seja de natureza pessoal ou profissional, tornando-se na tecnologia proactiva humana mais importante e diferenciadora em termos de eficácia.O malware contido no spam, os ataques a redes sociais, as redes de bots e o software fraudulento são ameaças que não devem ser ignoradas, nos dias que correm.

TEXTO JOÃO TRIGO

PCG – Acha que os cibernautas têm consciência dos perigos que correm? T.M. – Vão tomando consciência dos perigos que correm a cada dia que passa, quer por algo que aconteceu aos próprios ou a alguém conhecido, como pelas notícias que diariamente aparecem nos media. De certo que a PCGuia recebe hoje mais pedidos de informação de leitores preocupados em proteger os seus dados do que há 10 anos. A verdade é que cada vez mais o sucesso da protecção depende do comportamento de risco ou não tomado pelo utilizador. É com essa noção que grande parte do nosso trabalho assenta na disponibilização de meios para que os consumidores finais e as empresas clientes possam educar-se no que respeita à segurança da informação, desenvolvendo, por exemplo, dicas de conduta para consumidores finais e empresas. PCG – Quais são os principais cuidados a respeitar? T.M. – Utilizar uma solução de segurança de Internet que combine antivírus, firewall, detecção de intrusão e gestão de vulnerabilidade para maximizar a protecção contra ameaças combinadas. Assegurar que tem instalado os últimos patches de segurança. Certificar-se de que as passwords incluem uma mistura de símbolos, letras e números. Além disso, os utilizadores devem mudar as passwords frequentemente. Nunca ver, abrir ou exe-

OS UTILIZADORES DEVEM ESTAR ALERTA PARA AS DIFERENÇAS ENTRE SPYWARE E ADWARE E NÃO CLICAR APENAS NOS BOTÕES 20 | PCGUIA

cutar qualquer anexo de e-mail a menos que o assunto seja conhecido. Manter as definições de vírus actualizadas. Ao instalar as últimas definições de vírus, as empresas e os utilizadores estão protegidos contra as últimas ameaças à solta. É preciso saber reconhecer esquemas de phishing e hoaxes. Os utilizadores devem estar alerta para as diferenças entre spyware e adware e não devem clicar apenas nos botões “Sim, aceito” nos EULAS. Algumas aplicações de spyware e de adware podem ser instaladas após ou como um produto anexo. PCG – Pouco tempo depois do sismo no Haiti, apareceram e-mails fraudulentos que propunham aos destinatários ajudar este país. Tem ideia do nível de infecção? T.M. – Esta é uma tendência crescente e que vamos presenciar em 2010 e persistentemente nos próximos anos: os eventos actuais, como o Haiti, vão ser aproveitados mais do que nunca. Durante 2009, foram outros os eventos aproveitados, como o Dia de S. Valentim, a Gripe H1N1, a queda do voo Air France 447, o rapaz do balão, a morte de Michael Jackson e de Patrick Swayze. Cada um destes eventos, entre muitos outros, foi usado por autores de malware e spamers em 2009 para tentar atrair utilizadores de Internet incautos a descarregarem malware, comprarem produtos e deixarem-se atrair por spam. PCG – Depois de vírus, bots e phishing, quais serão os próximos tipos de ataque? T.M. – Vamos assistir a um aumento do fast flux de botnets. Fast flux é uma técnica utilizada por alguns botnets, como o Storm, para esconder o phishing e os sites maliciosos da Web por detrás de uma rede em constante mutação, composta por hospedeiros comprometidos que actuam como proxys. Utilizando a combinação de rede peer-to-peer, distribuição de comando e controlo, load balancing baseado na Web e redireccionamento de proxy, torna-se difícil traçar a localização original dos botnets. Enquanto a indústria procura medidas para continuar a reduzir a eficácia dos botnets tradicionais, espera-se que esta técnica


VÍTOR GORDO

única; os processos de estandardização de tecnologias, em ambientes muito heterogéneos e complexos, como os de hoje em dia, permitirão uma maior gestão e automação de processos; a recuperação instantânea de informação; as tecnologias de virtualização de storage, altamente escaláveis e de menores custos. Em suma, o principal objectivo será a uniformização da tecnologia, com redução das tarefas administrativas e operacionais, e custos associados ao IT.

Timóteo Menezes, director técnico da área de Segurança da Symantec Portugal, e Luis Feitor, responsável pela área de Disponibilidade da Symantec Portugal

seja cada vez mais utilizada para atacar. Os serviços de redução de URL vão também tornar-se no melhor amigo do phishing. Porque os utilizadores não têm ideia de onde é que um URL reduzido os está a levar, os phishers estão prontos a disfarçar links em que a maioria dos utilizadores conscienciosos pensaria duas vezes antes de clicar. PCG – Como vê a postura da Microsoft face à segurança dos utilizadores, expressa na integração de features de segurança nos sistemas operativos? Luís Feitor – Um fabricante cujo core business não seja a protecção e gestão da informação poderá não ser a opção mais interessante para os utilizadores. E a gestão e protecção de dados não passa pela capacidade de proteger a informação; passa também pela capacidade de a armazenar correctamente e de forma segura, e claro de os tornar disponíveis em qualquer momento ou lugar, principalmente para uma recuperação como em caso de desastre. PCG – Por que razão só agora foi introduzido o Quórum nos produtos de consumo? L.F. – De facto o Quórum não é uma tecnologia nova e foi introduzida recentemente na gama Norton 2010. O Quórum é um passo lógico na progressão da tecnologia da Symantec. Esta tecnologia já tem sido utilizada, desde há algum tempo, em soluções empresariais e foi agora introduzida no mercado de consumo porque era uma mais-valia para os utilizadores domésticos

e porque os próprios utilizadores finais são colaboradores em empresas nossas clientes e usufruíam já dessa tecnologia nos seus locais de trabalho. Tornou-se claro para a Symantec que a informação com que o utilizador final interage, seja no local de trabalho, seja em casa, seja no telemóvel num café, ou mesmo recorrendo a um dispositivo móvel, deve ser sempre protegida. PCG – Que novas tecnologias podemos esperar para breve neste segmento? T.M. – Entre outras, tecnologias de segurança baseadas em reputação para aplicações e ficheiros; tecnologias de aconselhamento de segurança (security advisors) baseadas nas potenciais ameaças detectadas; tecnologias de DLP-Data Loss Prevention para protecção de perda de informação; tecnologias de White (and Black) listing de aplicações; tecnologias de protecção específicas contra a exploração de vulnerabilidades em browsers de Internet; tecnologias de protecção em tempo real (Realtime TruScan) contra ataques de dia-zero. LF – Aumentará certamente a utilização da “cloud”, nas tecnologias de protecção de informação, principalmente no mercado das pequenas e médias empresas; a crescente adopção de tecnologias de deduplicação, de informação salvaguardada, trará benefícios relevantes para as organizações; o arquivo de informação e deduplicação da mesma; a integração das tecnologias anteriormente apresentadas numa solução

PCG – A Symantec anunciou a aquisição da Gideon Technologies. Qual é a estratégia por detrás desta compra? T.M. – A Symantec está a adquirir a Gideon Technologies para alargar o seu portfolio de segurança a uma solução líder de mercado em Security Content Automation Protocal (SCAP). A Gideon Technologies possui uma solução que permite a configuração e o apuramento de vulnerabilidades de segurança. Com esta solução vamos poder abordar as necessidades dos nossos clientes no sector público com maior eficiência. PCG – Quanto espera que valha o mercado de storage para a Symantec em 2010? L.F. – Nos resultados financeiros trimestrais anunciados em Outubro de 2009, o mercado de storage representou cerca de 38% da nossa receita. Este ano fiscal, que para a Symantec irá começar apenas em Abril, esperamos crescer 20% neste segmento. Segundo a IDC, o mercado mundial de IT irá crescer 3% em 2010, sendo que, no mercado nacional, o software representará cerca de 784 milhões de euros. Destes, cerca de 249 milhões de euros estarão associados a software de infra-estruturas e 80 milhões ao mercado de software de storage e segurança. PCG – Qual é a estratégia da empresa neste segmento? LF – A estratégia da Symantec passa principalmente por saber aconselhar e adequar a oferta às necessidades específicas dos clientes, nestes tempos de crise económica. Queremos fazer uma real leitura do que os clientes necessitam e adequar a nossa oferta às suas verdadeiras necessidades. E de facto, as empresas não necessitam de comprar mais armazenamento; elas precisam sim de gerir melhor a sua informação. Não só para que ela esteja garantidamente protegida e disponível, mas também para que os custos associados não sejam insustentáveis. Portanto, a nossa estratégia passa também por dizer aos nossos clientes: “Pare de comprar sistemas de armazenamento! Não precisa de mais storage, precisa sim de gerir melhor a sua informação.” PCGUIA

| 21


ESPECIAL

CHEGOU A PRIMEIRA ANIMAÇÃO 3D MADE IN PORTUGAL Uma equipa de 30 pessoas leva cerca de uma semana a fazer um episódio de 11 minutos de desenhos animados em três dimensões. Fomos ver a tecnologia que está por trás da animação digital que passa na RTP TEXTO SUSANA ESTEVES FOTOS ARQUIVO PCGUIA

Chama-se Gombby, é padeiro, vive na Ilha Verde e é o protagonista da primeira animação digital em 3D, criada de raiz em Portugal. Este é um projecto que já anda a ser “cozinhado” pela Big Storm Studios, uma empresa da holding Leading Capital, há 4 anos. Partiu da ideia de apostar no entretenimento infantil e do desejo de ser a primeira empresa a entrar na criação de um ambiente tridimensional. A PCGuia foi falar com os responsáveis pela criação de Gombby para perceber o que é preciso tecnologicamente para criar um desenho animado em três dimensões e dar a conhecer os passos seguidos desde o traço em 2D à animação final. Como fez questão de frisar Pedro Matias Maria, autor e produtor do Gombby, um projecto destes está longe de começar directamente na mesa de desenho ou no computador. Há que criar o argumento, definir o perfil psicológico das personagens, estabelecer a orientação pedagógica da série, entre outros pormenores. Passada esta fase conceptual, começa um outro trabalho, ainda 22 | PCGUIA

muito pouco tecnológico. Todo o universo é desenvolvido em 2D, desde as personagens às casas, veículos e demais elementos, em diferentes ângulos e proporções, que depois serão alvo de um estudo de cor, aqui já com a ajuda do Photoshop. A modelagem em 3D das personagens, veículos e casas está a cargo do Autodesk Maya para Digital Content Creation. É nesta fase que se criam as texturas, e se definem pormenores como a pele, os cabelos e a roupa. Concluída esta fase, o trabalho segue com o Rigging e Skinning de cada boneco. O primeiro assenta na criação do “esqueleto” e respectivos controlos que depois irão permitir à equipa criar o movimento da personagem. Neste caso, quanto mais parecido este for com o esqueleto humano, mais os movimentos dos bonecos parecerão reais. O Skinning vai ligar todos os ossos criados anteriormente, para garantir que o movimento do corpo segue o do esqueleto de uma forma lógica e uniforme. Só a partir deste ponto se pode avançar para a animação propriamente dita. À parte das bibliotecas de movimentos que alojam as típicas acções repetidas, como correr ou andar, a restante animação que obedece ao Storyboard é feita manualmente e exige já um forte conhecimento técnico. Na etapa quase final adicionam-se todos os efeitos de luz, e define-se a cor e o aspecto final

das personagens e ambientes. É a iluminação que cria a noção de espaço e local (noite/dia, interior/exterior). Nesta fase, os ficheiros seguem para o render. O render vai, numa explicação simplificada, calcular tudo o que foi definido nos anteriores processos, e assegurar a respectiva conversão para a imagem final. Para fazer face à elevada capacidade de processamento necessária, a empresa adquiriu 20 máquinas low-cost, com processadores quad-core, que equipam a chamada render-farm. Estas máquinas são apoiadas por sete estações gráficas Dell Precision Dual Quad Core da equipa de animação. A gestão dos processos de renderização estavam inicialmente assegurados pela solução RenderPal, no entanto, quando foi efectuado o upgrade para o Maya 2010, a Big Storm Studios optou pelo Autodesk


FASES DA ANIMAÇÃO

Modelação das paisagens

Animação

Render

Backburner, incluído no licenciamento da solução Maya. A montagem, pós-produção, a colocação de voz e a colocação dos efeitos de som completam o processo. Para já, a capacidade de armazenamento está nos 2 TB, no entanto, a empresa fez saber que o ritmo de crescimento actual está no 1 TB, a

Modelação dos diferentes cenários em cada cena

Modelação das personagens

Iluminação

Pós-produção, que junta todas as partes para obtenção do resultado final

cada seis meses. No sistema de armazenamento estão incluídos dois sistemas NAS redundantes que alojam tanto as sources, como o resultado final dos renders. Finalmente a solução Backup StorageCraft assegura a cópia de segurança de todo o material. PCGUIA

| 23


SOFTWARE de testesPCG Banco

APPLE iPAD

REDE

O iPad vai estar disponível em duas versões. Uma tem rede wi-fi e outra tem wi-fi e 3G.

Um iPhone grande ou um iPod nano médio? Nenhum dos dois Esta página não é um teste ao produto, porque à data de redacção deste artigo, ele ainda não estava disponível. São as impressões com que ficámos depois de ver a apresentação que Steve Jobs fez do iPad – a nova estrela da Apple. Confira connosco quais os pontos fortes e as lacunas desta engenhoca da multinacional americana, que deverá estar disponível em Portugal no fim de Março. J.T.

APLICAÇÕES

A Apple apresentou uma nova versão do iWork para iPad, a primeira suite de produtividade de classe desktop desenhada especificamente para Multi-Touch. Com o Pages, o Keynote e o Numbers pode criar documentos, apresentações com animações e transições e folhas de cálculo com gráficos, funções e fórmulas.

ONDE JÁ VIMOS ISTO?

Se tem um iPhone, esta interface ser-lhe-á certamente familiar. O sistema de controlo do iPad é muito semelhante ao do iPhone – baseia-se na interacção com o ecrã táctil.

FINO E LEVE

Tem apenas 1,27 cm de largura e pens 680 gramas. Steve Jobs sublinhou a portabilidade do iPad na apresentação nos Estados Unidos da América.

BOTÃO ÚNICO

O painel frontal apresenta o mesmo sistema de controlo com botão único de outros dispositivos da marca. Simplicidade e intuitividade são conceitos indissociáveis da Apple.

O QUE TEM

O QUE DEVIA TER

✔ Interface fantástica ✔ 10 Horas de autonomia ✔ Fino e portátil ✔ Ecrã de 24,6 cm ✔ Compatível com aplicações da App Store ✔ Compra de livros na iBook Store ✔ Design Apple

✖ Reconhecimento de escrita ✖ Portas USB ✖ Porta HDMI ✖ Slot de cartões de memória ✖ Suporte para flash ✖ Suporte para multitarefa ✖ Câmara

24 | PCGUIA

PRODUTO

CAPACIDADES E PREÇOS Capacidade

Rede sem fios

Preço (EUA)

16 GB

Wi-fi / Wi-fi + 3G

$ 499 / $ 629

32 GB

Wi-fi / Wi-fi + 3G

$ 599 / $ 729

64 GB

Wi-fi / Wi-fi + 3G

$ 699 / $ 829



HARDWARE

P6TD DELUXE Uma X58 de luxo para os amantes do overclocking OVERCLOCKING

FUNCIONALIDADES

PREÇO

VEREDICTO 8

Temos andado todos tão obcecados com a nova estrela da companhia e a sua chapa de identificação “Lynnfield” personalizada que praticamente não ouvimos falar do seu irmão mais velho, a plataforma Nehalem original. Bom, a Asus está empenhada em mudar isso e dá que falar uma vez mais com as suas placas X58, das quais a nova P6TD Deluxe é um óptimo exemplo. Face ao excelente desempenho oferecido pela mais simples e mais barata plataforma P55, é difícil encontrar um lugar para a configuração Nehalem, ainda muito cara. O monólito de seis núcleos deverá tornar o chipset X58 novamente

popular, mas o anterior favorito, o Core i7 920, vai ser retirado. Cientes disso, achamos que esta motherboard é uma espécie de anátema, se o leitor tenciona montar um computador com um orçamento reduzido. Com efeito, consegue arranjar placas X58 decentes por cerca de 140 euros, como nos mostra a MSI X58 Pro. No entanto, esta não é uma plataforma barata, por isso terá de gastar o dinheiro na compra de uma motherboard mais cara se quiser tirar o máximo partido dos chips de oito threads, ou das monstruosidades de 12 threads que se seguirão. O que recebe então em troca do dinheiro extra?

FABRICANTE ASUS ■ PREÇO 261,80 EUROS ■ CONTACTO 707 500 310 ■ SITE PT.ASUS.COM

26 | PCGUIA

Bom, obtém componentes de topo de gama, o dobro da quantidade de cobre para refrigeração adicional e mais margem de manobra para overclocking do que aquela que uma lata de azoto líquido lhe oferece. Essa é a verdadeira diferença aqui, uma vez que se mantiver a velocidade de série da placa, chip e memória, a placa mais barata da MSI revela-se ligeiramente mais rápida. Contudo, no caso de tencionar fazer afinações na velocidade, isso tem tudo a ver com esta nova placa Asus. A placa MSI apenas nos permitiu chegar aos 3,66 GHz com o i7 920, o que mesmo assim representa um overclock de 1 GHz, mas com a placa Asus conseguimos ir além dos 3,8 GHz sem perda de estabilidade. Também conseguimos utilizar o Windows e pô-lo a correr a 4 GHz, mas tivemos de ajustar a voltagem para que continuasse estável. Se pretende manter o chip a correr à velocidade de série, uma motherboard cara não é o indicado para si. Porém, se tenciona acelerar os transístores a fundo, esta placa compensa todos os cêntimos que nela gastar.



HARDWARE

HP PAVILION DV8-1050EP Pronto para a guerra FULL HD

DESEMPENHO

PREÇO

VEREDICTO 8

Core i7, GeForce com Cuda, colunas Altec Lansing, suporte para Full HD, ecrã de 18,4 polegadas... podemos parar? Se já lê a PCGuia há algum tempo, saberá certamente que estas características indicam que estamos na presença de um “portátil” concebido para tarefas de entretenimento multimédia. Reparou que colocámos “portátil” entre aspas. Não foi por acaso. De portátil, o dv8 tem muito pouco, já que as suas dimensões o tornam pesado (4,1 kg sem o transformador) e reduzem bastante a autonomia – mas o fabricante não apresenta este Pavilion como uma opção neste campo. Os trunfos do dv8 são outros: a invejável qualidade de imagem, os controlos multimédia iluminados em cima do teclado completo (com teclado numérico), onde se incluem controlos de volume, de treble e bass, o suporte para alta definição, a inclusão de uma drive blu-ray, o Core i7 e a capacidade de processamento são alguns dos atributos do qual o HP se pode orgulhar. Nos nossos testes, os valores do PCMark Vantage e 3DMark Vantage revelaram um comportamento fiável, tanto para tarefas multimédia, como para as que estão relacionadas com produtividade. Como máquina multimédia, apresenta argumentos convincentes e consegue sair da nossa sala de testes com uma nota muito positiva. O preço é o principal entrave à aquisição. Se tem um orçamento generoso para dedicar à informática, tenha o dv8 em consideração. J.T.

AO DETALHE

PCMark Vantage: 5600 TV and movies: 3844 Gaming: 5885 Produtivity: 4769 3DMark Vantage: 2490 marks

FABRICANTE HP ■ PREÇO 1699 EUROS ■ CONTACTO 808 201 492 ■ SITE WWW.HP.PT ■ FICHA TÉCNICA PROCESSADOR CORE I7 1,6 GHZ; 6 GB DE MEMÓRIA RAM; 2 DISCOS DE 320 GB CADA; NVIDIA GEFORCE GT 230M; ECRÃ DE 18,4”; LEITOR BIOMÉTRICO; LEITOR DE CARTÕES MULTIMÉDIA; 3 X USB; 1 X FIREWIRE; 1 X HDMI; 1 X ESATA; WEBCAM; SUPORTE PARA LIGHTSCRIBE; WINDOWS 7 HOME PREMIUM 64 BITS

28 | PCGUIA

SITECOM WL-326 Um router pequeno em tamanho, mas com um argumento que poucos têm SUPORTE PARA 3G

INSTALAÇÃO E CONFIGURAÇÃO

APENAS 2 PORTAS LAN

VEREDICTO 8

As dimensões deste router da Sitecom escondem algumas surpresas que poderão agradar a utilizadores com necessidades específicas. Mas já lá vamos. Comecemos antes pelo facto de o pequeno equipamento respeitar o standard 802.11n (até 300 Mbps), embora funcione obviamente com velocidades inferiores (standards b e g). Também tem opções de protecção de redes sem fios, garantidas pelo suporte de WEP e WPA2. Suporta QoS, UPnP, DMZ, tem firewall e suporta WDS. Conta com duas antenas internas para melhor cobertura de rede. O facto de ser pequeno e de não recorrer a antenas externas faz com que o equipamento possa ser instalado em quase qualquer lado (inclusivamente na parede), mas também implica concessões. A maior delas é a limitação de portas LAN. O WL-326 oferece apenas duas portas LAN para ligar equipamentos com endereço IP. Parece ser insuficiente, mesmo que o utilizador use como rede principal a infra-estrutura wireless. Aqui na Redacção, rapidamente ocupámos as duas portas, com um disco NAS e com a PS3... Todos os restantes computadores tiveram de se ligar à rede usando o 802.11n. Mas a novidade não é o seu tamanho, os standards, as portas ou as antenas. Repare que o router tem uma porta USB. Não é, como se poderia pensar, uma porta para ligar periféricos, como impressoras, de forma a pode partilhá-los na rede. Serve para ligar a sua pen drive 3G, para “espalhar” a rede da TMN, Vodafone ou Kanguru pela casa. É verdade, além da porta WAN (para redes fixas em casa), tem à sua disposição uma forma de aproveitar a pen drive que tem, e que só é usada num computador lá em casa. O router encarrega-se de estabelecer a ligação e de usar as capacidades wireless para assegurar que os PC têm ligação à Net. Por este preço, e para quem tem uma pen 3G, é uma excelente aposta. J.T. DISTRIBUIDOR IBERVOICE ■ PREÇO 79,99 EUROS ■ CONTACTO 214 709 210 ■ SITE WWW.SITECOM.COM


ANTEC TWO HUNDRED Quem disse que as caixas boas têm de custar uma fortuna? PREÇO

BAÍAS

SISTEMA DE ABSORÇÃO DE RUÍDO?

VEREDICTO 9

A Two Hundred é uma aposta da Antec para o mercado de mid-towers de baixo custo, isto é, para quem procura uma caixa barata que não comprometa a segurança do hardware instalado na máquina. O painel frontal permite o acesso às três baías de 5 ¼” e à baía de 3 ½”, que é uma baía hot-swappable para discos rígidos e para discos SSD. Além disso, pode encontrar duas portas USB e entradas de áudio no topo deste painel. Em cima, o fabricante colocou uma ventoinha de 140 mm para refrigerar o conteúdo da caixa, e existe ainda outra no painel traseiro, de 120 mm. Há um botão que permite alterar a velocidade de rotação (800 ou 1200 rpm na primeira e 900 e 1500 rpm). A fonte de alimentação deve ser colocada na base da caixa, com a ventoinha para cima, e o painel traseiro oferece buracos para a passagem de tubos caso o utilizador tenha um sistema de refrigeração com líquido. Pode abrir a caixa sem recorrer a ferramentas, e o painel onde coloca a motherboard tem um buraco para que o leitor possa aceder ao cooler, caso seja necessário substituí-lo, sem ter de remover todo o hardware. Além das baías já referidas, a proposta da Antec oferece mais seis baías internas de 3 ½” para discos rígidos. Não há baía para drive de disquetes. Bem feitas as contas, e muito embora tenhamos sentido a falta de uma porta eSata, de um sistema de colocação de discos sem parafusos e de uma forma de absorver o ruído em funcionamento dos mesmos, a Two Hundred apresenta características muito agradáveis para uma caixa que custa menos de 50 euros. O acesso ao sistema de refrigeração, a quantidade de baías, os controladores das ventoinhas e a baía hot swappable para discos são alguns dos argumentos que a Antec esgrimiu para nos convencer. E conseguiu. J.T.

DISTRIBUIDOR TECH COMPUTERS ■ PREÇO 47 EUROS ■ CONTACTO 249 849 178 ■ SITE WWW.ANTEC.COM

DEVOLO DLAN 200 AVSMART+ Beneficie da tecnologia Powerline sem perder a utilidade das tomadas REAPROVEITAMENTO DA TOMADA

ENCRIPTAÇÃO

PREÇO

VEREDICTO 8

A Devolo anuncia o dLAN 200 AVsmart+ como o primeiro adaptador Powerline do mundo com ecrã LCD integrado, mas na verdade não é só isso que o distingue. Os novos adaptadores incluem uma tomada de bypass, que evita a utilização de extensões e permite a ligação de qualquer aparelho eléctrico, tal como se fosse directamente na parede. É claro que o pequeno ecrã LCD também não deixa de ter importância, revelando aliás uma enorme utilidade. Nele é possível monitorizar as condições da rede em tempo real, com a indicação da largura disponível entre os vários adaptadores instalados. Através de ícones, o utilizador pode melhor decidir que tipo de utilização – dados, áudio, TV ou até vídeo de alta definição – é possível fazer de acordo com as condições da rede. Embora o fabricante defenda que este conjunto permite usar a instalação eléctrica existente para criar uma rede de dados com um elevado desempenho até 200 megabits por segundo (o dobro de uma rede Ethernet 10/100), o débito real registado nos nossos testes ficou aquém desta preciosa marca, sem no entanto comprometer, o que é perfeitamente normal. A utilização da tecnologia Dynamic PowerSave, desenvolvida pela Devolo, permite, segundo a mesma, reduzir automaticamente o consumo de energia em cerca de 60 por cento face a adaptadores de rede convencionais – menos de 1 watt em stand-by e um máximo de 4 watts em funcionamento activo. Com uma instalação simples, este kit da Devolo é uma boa solução para quem não quer usar o wireless e pretende criar um ponto de comunicação entre computadores, partilhar o acesso à Internet, aceder a periféricos e a discos em rede ou até ligar set-top-boxes, consolas de jogos e outros dispositivos multimédia, fazendo a transmissão de conteúdos de áudio e vídeo. No entanto, o preço poderá ser um obstáculo na altura da compra. J.P.F. FABRICANTE DEVOLO ■ PREÇO 159,90 EUROS ■ CONTACTO 936 315 255 ■ SITE WWWW.DEVOLO.PT ■ FICHA TÉCNICA DÉBITO MÁXIMO 200 MBPS; DISTÂNCIA MÁXIMA DE 300 METROS; ENCRIPTAÇÃO AES; ATÉ 60% DE POUPANÇA ENERGÉTICA; COMPATÍVEL COM WINDOWS 7; TRÊS ANOS DE GARANTIA PCGUIA

| 29


HARDWARE

ANÁLISE TÉCNICA

Comparada com o Caviar Green que foi lançado no início do ano, a edição Black sobressai de facto e mostra que a Western Digital ainda tem truques na manga suficientes para continuar a fazer a tecnologia avançar. Desempenho segundo norma da indústria HD Tach WD CAVIAR BLACK OCZ APEX SSD WD CAVIAR GREEN

Leitura média em MB/S: mais é melhor

115 167 80 50 100 150 200 250

Desempenho no arranque Windows

Segundos: mais rápido é melhor

80 57 83

WD CAVIAR BLACK OCZ APEX SSD WD CAVIAR GREEN

20 40 60 80 100 Desempenho no mundo real Portal

Segundos: mais rápido é melhor

45 27 51

WD CAVIAR BLACK OCZ APEX SSD

CAVIAR BLACK 2TB

WD CAVIAR GREEN

20 40 60 80 100

Este pode muito bem ser o derradeiro canto do cisne para os discos rígidos baseados em pratos giratórios CAPACIDADE

DESEMPENHO

NÃO É UM SSD...

VEREDICTO 7

De quanto espaço precisa no disco rígido? Não estamos a perguntar-lhe quanto “gostaria” ou mesmo “quereria” ter, pois a preços destes tem de ser uma “necessidade”. Sejamos ainda mais específicos: de quanto espaço precisa numa caixa de 3,5 polegadas? Porque o grande problema deste disco não é tanto o que consegue ou não fazer, mas sim como se integra numa paisagem cheia de discos de 1 TB bem mais baratos. Se precisa de 2 TB de armazenamento, use um par de discos de 1 TB por pouco mais de cem euros... Mas vamos por pontos, já que este disco tem vários argumentos fortes em seu favor. Para sermos honestos, a redução das vantagens reais deste disco a uma mera economia de espaço não lhe faz muita justiça. Para começar, a própria proeza de enfiar 2 TB de espaço no factor de forma padrão de 3,5 polegadas é merecedora de aplausos: quatro pratos de 500 GB com duas cabeças cada é uma quantidade de tecnologia impressionante, apoiada por 64 MB de memória intermédia e muita lógica de controlo. Foi também investida uma quantidade incrível

de tecnologia nestes braços giratórios, nomeadamente algo chamado “Dual Actuator Technology”. É um processo de duas etapas que fornece às cabeças a incrível velocidade necessária para procurar sensivelmente na zona certa do prato, ficando a precisão a cargo da segunda etapa. Além disso, as cabeças nunca tocam nos pratos (graças a algo chamado “NoTouch Ramp Technology”), o que deverá traduzir-se numa vida útil mais longa. Finalmente, apenas para continuar com a sucessão de nomes técnicos, o disco possui o StableTrac, um sistema que fixa o veio do motor em cada extremidade para assegurar a estabilidade. A edição Caviar Black não se resume, pois, a alta capacidade, o que é uma coisa boa se considerarmos que a edição Green que a precedeu há vários meses oferece os mesmos 2 TB. Esta edição concentra-se na velocidade bruta. Enquanto o disco Green gira os seus pratos à velocidade relativamente baixa de 5.400 rpm, a edição Black não se coíbe de atingir as 7.200 rpm. Isto pode ser a norma para discos

normais, mas sendo os pratos individuais tão densos, resulta num desempenho surpreendentemente agradável: 178 MB/s em modo de rajada. O problema deste disco é muito simples: é demasiado caro para o que se obtém efectivamente em troca. Se quiser 2 TB de espaço neste preciso momento, consegue arranjar um par de discos por cerca de 60 euros cada. Quer esses 2 TB em espaço contíguo? Então configure-os em RAID. Quer um pouco mais de segurança para o seu dinheiro? Acrescente outro disco de 1 TB para criar uma configuração RAID 5 e ainda lhe sobra dinheiro do que pagaria por este disco. Em alternativa, sugerimos que pegue num par de discos de 1 TB por cem euros e os junte a um SSD Kingston de 40 GB para conseguir a combinação perfeita preço/desempenho. Por outras palavras, numa perspectiva puramente financeira, este disco não faz sentido para a vasta maioria das pessoas. Há excepções, contudo, e a menos que tencione construir um sistema RAID, ou precise absolutamente de ter 2 TB num único disco, são excepções que deve esforçar-se ao máximo por ignorar. Não é de modo algum um mau disco rígido, mas serve apenas e só um número restrito de utilizadores.

DISTRIBUIDOR PIXMANIA ■ PREÇO 269 EUROS ■ CONTACTO 808 203 311 ■ SITE WWW.WDC.COM/EN ■ FICHA TÉCNICA 2 TB DE ESPAÇO; VELOCIDADE DE ROTAÇÃO 7.200 RPM; MEMÓRIA INTERMÉDIA 64 MB; INTERFACE SATA 3GB/S; 3,5 POLEGADAS

30 | PCGUIA


NOX LIVE 2 A caixa indicada... para ter na sala de estar ASPECTO

PREÇO

SLOT DE CARTÕES?

VEREDICTO 9

Não é uma caixa para qualquer tipo de utilização, como facilmente se percebe pela imagem. A Nox Live 2 é um chassis feito para ser colocado numa sala de estar e para servir uma máquina media centre. Suporta motherboards ATX e mini ATX, conta com uma baía de 5.25 polegadas visível, onde se pode colocar a drive de bluray para ver os filmes preferidos. Além disso, dispõe de duas baías de 3.5” para instalar discos rígidos, duas portas USB frontais, uma entrada para microfone e para áudio. A refrigeração está a cargo de duas ventoinhas de 80 ou 120 mm laterais e duas de 80 mm

no painel traseiro (não incluídas). O painel frontal de alumínio tem um botão para controlo de volume e um ecrã LCD iMon. Como é natural, a caixa é vendida com um comando à distância (iMon) com o qual se podem controlar tarefas como reprodução de filmes e música, gravação e visionamento de programas de TV, entre outras. O design é um dos pontos fortes desta oferta da Nox. Muito embora só esteja disponível em preto (há muita gente que prefere cinzento metalizado), a atenção ao detalhe é óbvia. A inclusão de quatro pés para

DISTRIBUIDOR FJMPC ■ PREÇO 114,95 EUROS ■ CONTACTO 243 306 400 ■ SITE WWW.NOX-XTREME.COM

aumentar a estabilidade é apenas um dos factores que testemunham este nosso argumento. O aspecto quase formal convence qualquer pessoa. As dimensões, nomeadamente a altura (140 mm), poderão ser um impedimento no caso de se desejar colocá-la em prateleiras de armários. De resto, tem 370 mm de largura e 470 mm de profundidade. Não há muito espaço para críticas, verdade seja dita, mas a não inclusão de um slot para cartões de memória parece ser a falha mais óbvia de uma caixa que, regra geral, merece confiança. J.T.


HARDWARE

A MAIS RÁPIDA

OVERCLOCKING

GRANDE E CARA

VEREDICTO 8

ATI RADEON HD 5970 Existirá ainda mercado para uma placa gráfica que custa mais de 500 euros? Aqui está ela, tal como a AMD a vinha anunciando – a placa gráfica mais rápida do momento. É mais rápida do que qualquer modelo que já testámos, é também maior do que qualquer uma das muitas gráficas que nos passaram pelas mãos e é um autêntico compêndio tecnológico. Mas será que vale a pena comprá-la, tendo em conta que custa uma fortuna e que, por cerca de 350 euros, consegue ir buscar uma HD 5870, conhecida por ter o processador gráfico único mais rápido de sempre? As coisas não começaram lá muito bem para a 5970 nos nossos testes. Com o jogo DX 11 DiRT 2 atingiu 40 fps a 2560 x 1600 com 4x AA – nada mau. Mas depois colocámos a 5870 nas mesmas condições e esta obteve apenas menos 0,2 fps. O cenário piorou com o benchmark Resident Evil 5 – não em termos de desempenho, sublinhe-se. Contudo, com a 5970 o sistema crashou sempre antes de o teste terminar. Claro que tudo isto se pode dever ao facto de os drivers terem muito por onde desenvolver, tanto mais neste caso em que se trata de uma arquitectura multi-GPU. Mas mesmo assim é difícil encontrar uma desculpa para o fraco resultado obtido com DiRT 2, um jogo DX 11 concebido dentro do ecossistema gráfico AMD, ao contrário de Resident Evil 5, desenvolvido para plataformas Nvidia. Queremos crer que se trata mesmo de uma

questão de controladores, e por certo que as versões futuras vão dar-nos razão. No entanto, a dura realidade dos factos mostra que, para já, a placa custa cerca de 70 por cento a mais face à 5870 mas apenas consegue um ganho de desempenho na ordem dos 50%. No entanto, a AMD também defende que esta é uma arquitectura com grande margem para overclocking – e isso nós pudemos comprovar, tendo a 5970 mostrado já um pouco da sua real capacidade. Com pouco esforço chega-se facilmente acima de 900 MHz no core e 1,2 GHz na memória, o que lhe permite um crescimento de potência na ordem dos 80% face à 5870 em Far Cry 2 e dos 93% no benchmark DX 11 Heaven. Claro que isto tem um custo muito elevado – para além do consumo energético, tem um ruído ainda mais evidente provocado pela ventoinha, que vai dando conta do recado à medida que se vão acelerando os relógios. Mas a grande pergunta é: valerá a pena comprá-la? A resposta até nem é complicada. Se tiver de gerir um par de ecrãs de 30 polegadas e for um fã de jogos em alta resolução, claro que sim, desde que o dinheiro também não seja um problema. Já para o comum dos “mortais”, nem pensar nisso. Tanto a 5870 como a 5850 são apostas muito mais realistas para jogar em ambientes DX 11. PCG

FABRICANTE AMD ■ PREÇO 550 EUROS (REFERÊNCIA) ■ SITE WWW.AMD.COM ■ FICHA TÉCNICA 2X GPU EVERGREEN A 725 MHZ; 2 GB GDDR5 A 1 GHZ; PROCESSO DE FABRICO DE 40 NM; 3200 SHADER UNITS

32 | PCGUIA

ANÁLISE TÉCNICA

Testámos o desempenho da 5970 nos níveis mais elevados, ou seja, sempre a 2560 x 1600. Os resultados obtidos em DiRT 2 e Resident Evil 5 são claros indicadores dos problemas iniciais relacionados com os controladores para multi-GPU. Os restantes revelam a capacidade de placa. Em overclocking, atira com a 5870 para fora do ringue.Testámos o desempenho da 5970 nos níveis mais elevados, ou seja, sempre a 2560 x 1600. Os resultados obtidos em DiRT 2 e Resident Evil 5 são claros indicadores dos problemas iniciais relacionados com os controladores para multi-GPU. Os restantes revelam a capacidade de placa. Em overclocking, atira com a 5870 para fora do ringue. Desempenho DX 11 DiRT 2

FPS: Quanto maior, melhor

40 40

HD 5970 HD 5870

20 40 60 80 100 Stalker: CoP

FPS: Quanto maior, melhor

34 22

HD 5970 HD 5870

20 40 60 80 100 Unigine Heaven

FPS: Quanto maior, melhor

30 18

HD 5970 HD 5870

20 40 60 80 100 Desempenho DX 10 WiC

FPS: Quanto maior, melhor

58 39

HD 5970 HD 5870

20 40 60 80 100 Far Cry 2

FPS: Quanto maior, melhor

71 46

HD 5970 HD 5870

20 40 60 80 100



HARDWARE

HP PHOTOSMART WIRELESS ALL-IN-ONE B109N Impressão sem fios a um valor acessível, mas a que preço? WIRELESS

4

PREÇO

4

QUALIDADE GERAL

6

VEREDICTO 7

À primeira vista, sabe-se que este equipamento pertence à gama Photosmart, mas é preciso dar algumas voltas à caixa e ao próprio equipamento multifuncional para se perceber que se trata do modelo b109n. Esta estratégia de imagem fez também com que a cor dominante dos plásticos passasse do branco para o preto, apesar de o estilo se manter praticamente inalterado. Tal como o nome indica, inclui de série a possibilidade de se ligar a redes sem fios 802.11g, podendo assim funcionar como impressora em rede, mas poderá também usar-se a porta USB para ligação directa a um PC. Baseada na tecnologia de impressão a jacto de tinta térmico HP, permite imprimir, digitalizar e copiar documentos. Não é, contudo, a solução mais rápida para o fazer. Nos nossos testes em modo normal, demorou 57 segundos para executar uma foto 10 x 15 e três minutos no caso de uma fotografia em formato A4. A média de páginas por minuto foi de seis a preto e quatro a cores. Por outro lado, e mesmo com uma resolução máxima de 4800 x 1200, a qualidade geral das impressões não nos agradou totalmente, evidenciando falta de brilho e dificuldade no tratamento de áreas totalmente em preto, que por diversas vezes saíram impressas em cinzento escuro – o que mostra que o sistema de quatro tinteiros nem sempre é capaz de dar conta do recado em matéria de impressão fotográfica. Já em matéria de consumo, nada a apontar. O digitalizador sofre do mesmo problema, mas, neste caso, é possível aplicar ajustes de software. Outro pormenor que a HP deverá rever é o do pequeno TFT Touchsmart colorido de 3,8 centímetros. Não deixa de ser útil, mas, para as funções que se pretendem executar neste equipamento, não serve para muito. J.P.F.

FABRICANTE HP n PREÇO 129,60 EUROS n CONTACTO 808 201 492 n SITE WWW.HP.PT n FICHA TÉCNICA IMPRESSORA ATÉ 4800 X 1200 PPP, DIGITALIZADOR ATÉ 1200 PPP / 48 BITS E COPIADORA ATÉ 1200 X 1200 COM TECNOLOGIA DE JACTO DE TINTA TÉRMICO HP E MESA DE BASE PLANA; TABULEIRO DE ENTRADA ATÉ 80 FOLHAS E DE SAÍDA ATÉ 15 FOLHAS; 802.11G; LEITOR DE CARTÕES; ECRÃ HP TOUCHSMART 3,8 CM; WINDOWS LIVE PHOTO GALERY; 6 KG.

34 | PCGUIA

ASUS EEE PC 1008P KARIM RASHID Não deixa de ser um netbook, mas com muito estilo ESTILO

4

SOFTWARE

4

DESEMPENHO

6

VEREDICTO 9

É um facto que existem cada vez mais portáteis cor-de-rosa, que visam chamar a atenção do público feminino. Apesar de este Eee PC 1008P assinado por Karim Rashid também existir em cor-de-rosa, seja qual for a cor exterior é este o tom que marca o seu conceito – um netbook que pretende agradar a todos aqueles que se consideram fashion victims ou que não se importam de pagar um pouco mais para ter um netbook diferente de tudo o resto. A construção é, pois, um dos seus pontos fortes. Desde o chassis até ao design apurado e exclusivo, marcado pela cobertura plástica em relevo que cobre toda a superfície – ecrã, tampas laterais e base –, tudo tem bom aspecto. O teclado espaçado também agrada. De resto, partilha as características da maior parte dos modelos da família Eee PC. Gostámos também do facto de estar cheio de truques. Por exemplo, à partida poderá parecer que a Asus foi atrás da Apple na ideia de colocar a bateria inacessível. No entanto, e após uma observação mais atenta, é possível reparar numa pequena tampa que, depois de removida, dá acesso ao respectivo compartimento, que se encontra numa posição muito mais avançada do que é habitual. O processo de remoção e de colocação da bateria é igualmente engenhoso – é como se estivéssemos a colocar ou retirar uma espada numa caixa de magia. Voltando ao que interessa, a autonomia é apenas razoável para um netbook, devido à capacidade média da bateria. Aliás, e tendo em conta o método de encaixe e do espaço disponível, esta apresenta uma forma pouco “convencional”. No entanto, ela dispõe de mais um detalhe precioso – a face superior é coberta por metal fosco, que não só contribui para uma melhor dissipação do calor gerado como também lhe dá um toque de classe. O Eee PC assinado por Karim Rashid é uma boa aposta para um público que deseje ter um netbook de desejo (passe a redundância). Todavia, e mesmo numa cor mais isenta como é o castanho, na Redacção da PCGuia (e arredores) criou muito mais fulgor entre o público feminino. J.P.F. FABRICANTE ASUS n PREÇO 399 EUROS n CONTACTO 707 500 310 n SITE HTTP://PT.ASUS.COM n FICHA TÉCNICA INTEL ATOM N450; ECRÃ LED COM 10,1" WSVGA (1024X600); 1GB DE RAM; DISCO DE 320GB; WLAN 802.11B/G/N; BLUETOOTH V2.1 + EDR; WEBCAM 1,3 MP; WINDOWS 7; 1,15 KG



TESTE EM GRUPO

E O ÓSCAR PARA A MELHOR MOTHERBOARD VAI PARA... A luta está ao rubro. A PCGuia revela qual é a arquitectura que servirá de base para o seu próximo sistema topo de gama Nunca ser dos primeiros a comprar novidades. É assim que reza a máxima, certo? Por muito entusiasmante que a nova tecnologia possa ser, quando a errata do Core i7-9xx da Intel ultrapassar em muito a centena de publicações, poderá dar por si a interrogar-se por que razão gastou praticamente mil euros nesse pedaço de silício. Isso é antes de sermos mauzinhos e lhe lembrarmos de que o seu Core i7 965 ou 920 foi suplantado uns meros seis meses mais tarde por um modelo mais atraente e rápido. No entanto, este é um risco que o leitor aceita inteiramente quando decide atirar-se de cabeça. Tem o sistema mais rápido – embora mais infestado de erros – que o dinheiro pode comprar, mesmo que seja apenas por pouco tempo. A errata é corrigida com actualizações do BIOS e dos controladores, após o que surge uma nova onda de modelos económicos livres de erros, sendo então que podemos começar a divertir-nos. A nova arquitectura AMD AM3 e as mais recentes motherboards com o socket 1156 da Intel para os processadores Lynnfield Core i5 e i7 estão na máxima força e é nelas que o dinheiro dos consumidores perspicazes vai ser sensatamente aplicado. Um exército inteiro de 36 | PCGUIA

novos computadores para jogos está a ser construído em torno de uma ou outra destas plataformas. O que o leitor quer saber, e nós vamos dizer-lhe, é qual delas é melhor e para onde deverá ir o seu dinheiro ganho com o suor do rosto e que a recessão deixou de pernas para o ar. Evidentemente, e sabemos isto mesmo antes de começarmos, as motherboards X58 com o socket 1366 para o Intel Core i7 vão mandar na capoeira, mas não fazem mais do que a sua obrigação, pois custam os olhos da cara. Em parte devido à memória de canal triplo que tem de ser passada à sua volta. Mais interessante é a forma como irão portar-se as novas placas Intel P55 baseadas no socket 1156. Com a sua memória DDR3 de canal duplo, os custos são menores não só para fabricar as placas, como também pelo facto de apenas ter de comprar memória aos pares em vez dos irritantes trios. Finalmente, temos as placas AMD AM3. Estas baseiam-se no adaptável chipset AMD 785G, embora só consigam suportar uma única ranhura PCI Express x16. Por conseguinte, ainda que menos excitante, são certamente mais acessíveis. Mas qual irá escolher só os benchmarks podem revelar...


ASUS P7P55–M (LGA 1156) Para quem quer que tenha vivido debaixo de uma rocha durante o último ano, ou opte por ignorar quaisquer novidades sobre hardware que possam tentá-lo a gastar dinheiro, o novo chipset Intel P55 Express pode representar uma mudança de atitude. Não só é uma nova abordagem aos chipsets dos computadores de secretária, como é a forma encontrada pela Intel para proporcionar à maioria dos utilizadores o acesso à tecnologia Core i7. Ao longo dos anos habituámo-nos à dupla northbridge/southbridge, um Memory Hub Controller apoiado por um Southbrige ICH ligeiramente mais burro, porém, igualmente essencial. Uma vez que o processador Lynnfield contém toda a lógica necessária para o controlador da memória DDR3 de canal duplo, mais um controlador PCIe de 16 vias, a P55 foi despromovida para a condição de um chipset southbridge glorificado. É responsável por lidar com o essencial do mundo I/O, com um máximo de 14 portas USB 2.0, seis portas SATA 3.0 GB/s, funcionamento em rede e até outras oito vias PCIe para repartir. Isto significa que o que pode diferenciar uma placa da outra é apenas como e quais as funcionalidades que cada fabricante decide implementar. Para esta placa, a Asus optou por uma ranhura simples x16, pelo que qualquer placa gráfica de reserva vai ter de procurar

outra casa. Há outras opções para a repartição PCIe, tais como ranhuras duplas x16 de oito vias ou mesmo a inclusão de uma terceira ranhura x16 de quatro vias.

ANTIGAMENTE... A falta de portas legacy oferecidas pela P55 pode ser vista como uma coisa boa, mas a inexistência de canais PATA significa que a Asus teve de acrescentar um controlador VIA para podermos continuar a utilizar as nossas unidades ópticas PATA. Optou por oito portas USB fixas no painel posterior com uma única FireWire e LAN Gigabit, mas nenhuma eSATA. É possível adicionar mais seis portas USB por meio de suportes integrados, além de haver seis portas SATA 3.0 GB integradas. O suporte da memória oferece DDR3 de canal duplo a partir de quatro ranhuras DIMM, que podem ser preenchidas com um máximo de 16 GB de memória. Esta placa Asus apresenta um bom suporte para overclocking em velocidades que podem ir até aos 2.200 MHz. Estranhamente, as suas ranhuras DIMM utilizam apenas uma patilha de fixação, o que contudo parece funcionar plenamente.

HORA DOS TESTES Embora apresente um bom débito da

MEMÓRIA

CONSUMO

DESEMPENHO GERAL

VEREDICTO 7

memória de 16,42 GB/s, o desempenho nos jogos, por alguma razão, foi inferior ao da placa MSI e dos outros sistemas em teste, tendo alcançado 15.387 pontos no 3DMark06. Este resultado repetiu-se em menor grau nos outros benchmarks do teste. A pontuação de 65,05 fps na codificação x264 ficou apenas duas frames atrás da MSI, enquanto os 13.419 pontos no Cinebench atiraram-na para o último lugar do grupo neste teste, a uma distância de aproximadamente 600 pontos. Uma vantagem crucial que não é visível de imediato tem que ver com o consumo de energia da arquitectura Core i5. Inactiva, corre a 111 W em comparação com os 154 W da AMD; enquanto sujeita à carga máxima consome 179 W contra o consumo muito mais alto de 226 W da AMD. Depois de utilizarmos a ferramenta de overclocking Turbo V fornecida, ficámos um pouco desapontados com a falta de overclocking que a placa demonstrou. Conseguiu elevar o FSB dos 133 MHz para uns estáveis 149 MHz. Apesar disto, a placa está equipada com uma selecção completa de ferramentas de overclocking no BIOS. No entanto, considerando as suas funcionalidades básicas e o desempenho apagado, é difícil recomendá-la no lugar de outra placa deste superteste.

FABRICANTE ASUS ■ PREÇO 103,10 EUROS ■ CONTACTO 707 500 310 ■ SITE HTTP://PT.ASUS.COM PCGUIA

| 37


TESTE EM GRUPO

MSI P55M–GD45 (LGA 1156) A segunda placa que testámos baseada na Intel P55 Express chega-nos da MSI e é vendida por um preço muito semelhante. O que a MSI conseguiu fazer, no entanto, foi realçar as pequenas diferenças. A falta de determinadas funcionalidades legacy oferecidas pela P55 é irritante, destacando-se a inexistência pura e absoluta de qualquer suporte para PATA. Tal como sucede com a placa Asus, a MSI inclui sensatamente um controlador JMicron para um único canal PATA a fim de compensar essa falta. Há também uma ligação para uma unidade de disquetes e, mais importante ainda, duas ranhuras PCIe x16. A segunda é uma ranhura de quatro vias de segunda geração, o que equivale a uma ranhura de oito vias de primeira geração. A somar a este arsenal temos um painel posterior que inclui nada menos do que 10 portas USB fixas e duas portas eSATA.

CONCENTRADOR À PINHA Trata-se de uma quantidade desconcertante de funcionalidades para enfiar numa motherboard de tamanho microATX. Isto é possível graças em grande medida ao desenho de chip simples do concentrador que esta motherboard Intel P55 tem, logo, há simplesmente mais espaço para brincar. No passado, talvez o leitor

esperasse apenas duas ranhuras DIMM, mas a placa MSI ainda conserva o conjunto completo de quatro ranhuras DDR3 de canal duplo, se bem que as patilhas de desengate dos DIMM estão incomodamente perto de uma eventual placa gráfica instalada. A instalação decorreu mais ou menos bem, embora houvesse a contrariedade, tal como aconteceu com a placa Asus P55, da nossa unidade óptica PATA. A MSI oferece uma boa ferramenta de actualização, mas o Windows 7 à saída da caixa correu na perfeição. Algo surpreendente foi o avanço desta placa MSI sobre a ASUS, praticamente sob todos os aspectos, tendo alcançado 1.000 pontos a mais no 3DMark06. Não há uma razão óbvia para tal avanço, além de as suas predefinições correrem cerca de 6 MHz mais rapidamente do que a velocidade de série do relógio da Asus, ao mesmo tempo que conseguiu igualar sem problemas as duas motherboards AMD. Também nas codificações Cinebench e x264 esta placa MSI conseguiu passar à frente da Asus, embora por uma margem algo reduzida. Um facto interessante é que o Core i7 920 utilizado nas duas placas X58, e com um relógio idêntico de 2,66 GHz, obteve apenas um desempenho ligeiramente melhor na codificação.

JOGOS

OVERCLOCKING

INSTALAÇÃO DA MEMÓRIA

VEREDICTO 9

MEMÓRIA INFALÍVEL Onde estas placas aceleram a fundo é no desempenho da memória, o que revela a maior diferença entre comparação com as placas AMD. Sem sombra de dúvida, o controlador de memória da Intel é de longe muito superior, a 16,17 GB/s, ou seja, corre uns bons 25 por cento mais depressa do que a motherboard DDR3 AMD e é 67% mais rápido do que o modelo equipado com DDR2. O desempenho com overclocking foi melhor com esta MSI; o que apreciámos verdadeiramente foi a funcionalidade GenieOC. Esta oferece um overclocking automático decente, ou pelo menos uma plataforma de base estável como ponto de partida. Utilizando esta funcionalidade e o utilitário Windows fornecido, aumentámos o FSB de 133 MHz para 155 MHz, o qual correu o benchmark x264 de forma estável. Com definições detalhadas do BIOS e um desempenho e funcionalidades globalmente melhores, se o leitor anda no mercado à procura de uma nova motherboard Intel LGA1156, não hesitamos por um momento que seja em dar a esta MSI a nossa distinção máxima.

DISTRIBUIDOR JP SÁ COUTO ■ PREÇO 102,90 EUROS ■ CONTACTO 229 993 999 ■ SITE HTTP://PT.MSI.COM

38 | PCGUIA



TESTE EM GRUPO

ASUS M4A785D–M PRO (AM3) Hoje em dia andamos todos atentos ao saldo bancário, por isso, e se o que lhe interessa mesmo é o “desempenho económico”, não precisa de procurar mais. Baseada no mais recente socket AM3 que foi introduzido no início de 2009, é fundamental para o esforço contínuo da AMD para se manter em contacto com produtos de alto desempenho da Intel. Ambas as placas AM3 testadas empregam a mesma combinação northbridge/southbridge, que são respectivamente os chips AMD 785G e SB710. Gostamos do chipset 785G. Está manietado, pois apenas consegue suportar uma única ranhura PCIe x16, mas em contrapartida tem gráficos integrados Radeon HD 4200. Isto não chega para correr Modern Warfare 2 nos próximos tempos, mas ponha-o no coração de um centro multimédia, com a sua interface HDMI v1.3 e saída DVI, e tem tudo o que precisa para despejar gráficos de alta definição directamente para os seus olhos. O único ponto fraco, do ponto de vista de um audiófilo, é o facto de o chipset 785G não conseguir passar áudio LCPM não comprimido de oito canais do Blu-ray via HDMI, mas suporta áudio Dolby e DTS normal, o que deverá contentar a maioria de nós. O compromisso é conseguido nas

LIGAÇÕES USB

RANHURA PCIE X16 ÚNICA

VEREDICTO 8

motherboards Asus e MSI com a inclusão de uma saída S/PDIF através de um chipset de áudio de terceiros, que permite então activar áudio LCPM não comprimido, mas não é uma solução elegante.

MHz. Isto afecta gravemente a largura de banda da memória, com a Asus a apresentar o débito mais baixo – 9,65 GB/s – porém, como veremos, tal não se reflecte nas outras pontuações.

SUPORTE PARA DDR2

O CANTINHO VERDE

O processador AM3 é ligado através de uma ligação HyperTransport a 2 GHz, enquanto uma ligação PCIe de 2 GB/s liga o SB710. Isto fornece até 12 portas USB, seis portas SATA 3.0 GB/s, suporte para PATA e áudio de alta definição. Regra geral, estas motherboards possuem menos um par de portas do que o número total oferecido pelas que suportam a P55 da Intel, ao passo que as opções RAID são 0, 1 e 10, não sendo o JBOD com RAID uma opção para os sistemas AMD. Essencial para a plataforma AM3 é o controlador de memória integrado do processador, com suporte para DDR2 e DDR3. Curiosamente, a Asus seguiu o caminho da DDR2. Está muito bem, achamos nós, para quem tem módulos de reserva às moscas, mas agora que o preço da DDR2 e DDR3 é semelhante, chegou a altura de começar a investir na nova tecnologia. Quatro ranhuras DIMM DDR2 suportam até 16 GB de memória à velocidade máxima de 1200

Equipada com cinco portas SATA integradas, uma porta eSATA simples, um canal PATA essencial e seis portas USB no painel posterior, esta placa ainda tem espaço para as três portas VGA, DVI e HDMI, mais uma S/PDIF para áudio digital. A instalação no Windows 7 decorreu sem problemas, enquanto nos benchmarks ficámos surpreendidos com o sólido desempenho desta placa quase económica. O desempenho nos jogos mostrou-se forte apesar da memória DDR2, tendo alcançado o segundo melhor resultado, atrás da placa AMD equipada com DDR3, com 16.486 pontos no 3DMark06. O mesmo não se pode dizer do teste de codificação x264, no qual a Asus fica ainda mais para trás, mas o Phenom Il 965 continua a apresentar um sólido resultado de 73,4 fps graças à sua velocidade de 3,4 GHz. Acaba por ser menos aberta ao overclocking do que a placa MSI, possivelmente devido à refrigeração básica do chipset e dos transístores MOSFET.

FABRICANTE ASUS ■ PREÇO 68,80 EUROS ■ CONTACTO 707 500 310 ■ SITE HTTP://PT.ASUS.COM

40 | PCGUIA

PREÇO/ QUALIDADE



TESTE EM GRUPO

MSI 785GM-E65 (AM3) Se já alguma vez perguntou a si mesmo que aspecto teria a motherboard Asus com socket AM3 se estivesse baseada na memória DDR3, então a resposta seria algo parecido com esta placa da MSI. Baseada na mesma combinação northbridge AMD 785G e southbridge SB710, a julgar pelas aparências oferece funcionalidades quase idênticas às da placa Asus mais barata. Temos a ranhura PCIe x16 simples, seis portas USB, cinco portas SATA, a porta eSATA simples, mais o canal PATA e um conjunto completo de saídas de vídeo VGA/DVI e HDMI v1.3 da Radeon HD 4200 integrada. No entanto, uma análise um pouco mais atenta revela de facto que a MSI oferece-lhe uma motherboard com alguns refinamentos. Por exemplo, o cooler com heatpipes do MOSFET que liga ao cooler do 785G é um bom pormenor. As portas SATA empilhadas facilitam a instalação de discos numa caixa de espaço apertado. Há uma ligação para unidade de disquetes, mais suportes para portas FireWire, uma porta paralela e portas série se precisar delas. Dispõe também de 128 MB dedicados para os gráficos integrados, a par de controlos integrados para overclocking.

MUITOS EXTRAS Muitos dos extras legacy podem perder-se pelo caminho sem serem utilizados, porém, a

refrigeração adicional continua a ser bem-vinda, pois aumenta a estabilidade e a longevidade da placa. Os 128 MB adicionais de memória intermédia de frames DDR3 são um extra agradável, não só em termos de desempenho, mas para impedir os gráficos integrados de roubarem memória do sistema principal. Ambas as placas-mãe AMD deste grupo suportam o sistema ATI Hybrid Graphics, pelo que pode colocar uma HD 2400 ou 3400 para conseguir um aumento de "velocidade". Uma vez mais, isto pode ser útil se tem uma placa gráfica antiga às moscas, mas não é algo que tencione utilizar num sistema novo. Em termos de desempenho integrado, a MSI obteve 1.568 pontos no 3DMark06 e a Asus 1.414. A sua utilidade, portanto, não vai além de gerar uma imagem de alta definição para um sistema de cinema em casa, o que, visto suportarem a protecção encriptada HDCP, lhe permite adicionar um leitor de Blu-ray para desfrutar por inteiro das capacidades do cinema em casa com esses gráficos integrados.

CONSUMO A MAIS Com um sistema carregado a correr uma Radeon HD 4890, o Phenom II 965 consome uns colossais 226 W, ao nível do Bloomfield. Para um centro multimédia, é muito. Utilizando apenas os gráficos integrados com a tecnologia

FABRICANTE MSI n PREÇO 103 EUROS n CONTACTO 229 993 999 n SITE HTTP://PT.MSI.COM

42 | PCGUIA

DESEMPENHO

4

FUNCIONALIDADES

4

PORTA PCIE X16 ÚNIC

6

VEREDICTO 8

Cool'n'Quiet, os resultados ainda chegaram aos 170 W, enquanto em modo inactivo são uns muito mais respeitáveis 56 W. Em termos de desempenho, a memória DDR3 aumenta certamente o débito da AMD em relação à DDR2, alcançando 12,78 GB/s, o que representa uns bons 32% acima da quase idêntica placa AMD DDR2. No entanto, não parece que isto tenha servido de muito na maioria dos resultados. No 3DMark06, a MSI ficou à frente por muito pouco, com 16.531 pontos, enquanto no Cinebench perdeu pela mesma diferença, com 14.024. Mais importante foi o teste de codificação, com um máximo de 77,29 fps, de longe o mais alto deste superteste, chegando mesmo a bater o Core i7 920 por uma certa margem. Contudo, podemos atribuir isso ao Phenom II a correr à estonteante velocidade de 3,4 GHz. Isto permite que os pipelines de codificação SSE possam percorrer livremente os dados de streaming. Até o overclocking foi bom, com o FSB a alcançar 226 MHz recorrendo ao utilitário Windows Overclocking Center incluído e o grande número de definições detalhadas do processador e do BIOS da memória. Se uma única ranhura PCIe x16 é suficiente para si, então esta motherboard com o processador AMD dará um sólido sistema para jogos.


GIGABYTE EX58-UD5 (LGA 1366) Ao longo dos tempos, uma questão confundiu filósofos, intelectuais e o público em geral como um todo: o que é arte? Só para confundir mais as coisas, gostaríamos de erguer a EX58-UD5 e proclamar ao mundo a sua arte inegável. Tecnologicamente falando, é uma bela placa. Baseia-se no chipset northbridge Intel X58 Express, o qual, lançado há mais de um ano, continua a ser a solução de chipset topo de gama da Intel para computadores de secretária, e a avaliar pelo calendário, assim permanecerá até ao aparecimento do Sandy Bridge, no início de 2011. A longevidade não é problema para o LGA 1366, mas antes a escolha do processador. Além de um substituto de gama baixa do 920 na forma do Core i7 930, o único outro lançamento agendado é o do processador topo de gama Gulftown de seis núcleos (será, portanto, um "hexanúcleo") em meados deste ano. Trata-se possivelmente do primeiro chip Core i9, mas não há qualquer garantia de que as motherboards X58 existentes serão compatíveis. O chipset Xenon 7300 existente suporta processadores de dois e quatro núcleos e os irresistíveis “hexanúcleos”, mas quem pode dizer se isso tem algum significado? Bom, a Intel acha que tem, mas não diz.

MAIS CARA É de longe a motherboard mais cara deste superteste, suplantando de longe a MSI X58 Pro. Portanto, o que oferece a Gigabyte em troca desse dinheiro? Para começar, três ranhuras PCIe x16, das quais duas são de 16 vias completas e a terceira é de oito vias, para que possa divertir-se a triplicar com três placas gráficas. Saiba apenas que, nesta configuração, a segunda e a terceira ranhura são ambas de oito vias. Há nada menos do que dez portas SATA 3.0 GB/s, ou seja, mais quatro do que na X58, e todas dotadas de portas com um ângulo de 90 graus para facilidade de acesso aquando da utilização de placas extralongas. Oito portas USB fixas no painel posterior mais quatro integradas compõem as habituais 12 da X58. Foram adicionadas duas portas LAN Gigabit, uma ligação para uma unidade de disquetes legacy, um canal PATA e três portas Firewire para oferecer um suporte de I/O completo. A coroar o desenho da motherboard está o cooler com tubos de calor do MOSFET, northbridge e southbridge.

DESEMPENHO BRUTO O suporte de memória da placa é precisamente o que se esperaria, com seis ranhuras DIMM DDR3 a postos para receber até 24 GB de RAM a correr à velocidade máxima com

FUNCIONALIDADES

DESEMPENHO

PREÇO

VEREDICTO 9

overclocking de 2.100 MHz em modo de canal triplo. Tal como seria de esperar, isto resulta num débito da memória de 19 GB/s, líder na sua classe, e é altamente impressionante. Igualmente impressionante é o resultado de 16.539 pontos no Cinebench, que mostra como o núcleo Bloomfield consegue ser muito mais rápido quando o HyperThreading entra realmente em acção; uma vez que este teste utiliza essa tecnologia a 100%, permite-lhe tirar total partido de quaisquer recursos de pipeline não utilizados. Apesar de todos os recursos disponíveis, nada pode ajudar a Radeon HD 4890 a correr mais depressa do que as outras placas que ocupam os primeiros lugares neste teste, tendo alcançado 16.316 pontos no 3DMark06. De igual modo, embora o teste de codificação x264 force todos os núcleos até ao limite, os pipelines AMD a 3,4 GHz conseguiram ficar à frente do Core i7 920 a 2,66 GHz. Impressionante, contudo, foi quando utilizámos a ferramenta de overclocking da Gigabyte. Todo aquele metal extra preso aos MOSFET parece valer a pena, com a ferramenta de overclocking baseada no Windows a aumentar o FSB do processador Bloomfield para uns incríveis 172 MHz. Um remate excelente para uma placa absolutamente impressionante de uma ponta à outra.

DISTRIBUIDOR NIPOSOM ■ PREÇO 239 EUROS ■ CONTACTO 218 440 200 ■ SITE WWW.GIGABYTE.PT PCGUIA

| 43


TESTE EM GRUPO

MSI X58 PRO (LGA1366) Por se tratar de uma das primeiras motherboards Intel X58 a serem lançadas, a X58 Pro da MSI quase pode ser considerada uma opção económica no mundo do Bloomfield. Está disponível por bastante menos dinheiro do que a proposta da Gigabyte, o que compensaria de certa forma a diferença de preço entre um processador Core i5 e Core i7. Isto irá permitir ao leitor actualizar o seu equipamento e desfrutar do controlador de memória DDR3 de canal triplo de que os processadores Bloomfield se gabam. Conta também com a ligação QPI de 25,6 GB/s ao chipset X58, a qual é perfeita para garantir que as 36 vias de PCIe 2.0 disponíveis na placa sejam continuamente alimentadas com dados. Em comparação, o Lynnfield utiliza a ligação DMI de 2 GB/s, mas por outro lado as vias PCIe x16 principais estão integradas no processador. Isso significa que não há a mínima necessidade de níveis elevados de largura de banda. Ao que parece, as motherboards X58 conservam o desenho northbridge/southbridge, com o ICH10 pendurado na X58 enquanto elemento southbridge. O southbridge ICH10 que todas as motherboards X58 utilizam mantém a habitual tarefa de alimentar as portas USB e

SATA, bem como vias PCIe suplementares. Na verdade, no mundo Intel foi a X58 que viu a sua tarefa mudar, pois anteriormente teria sido o Memory Hub Controller. Agora é apenas o aborrecido e antigo controlador de I/O. Se tenciona correr várias placas gráficas, esta placa MSI, com três ranhuras x16, dá-lhe o que precisa, sendo duas das ranhuras de 16 vias completas e a terceira uma ranhura de quatro vias de segunda geração. Do mesmo modo, possui sete portas SATA com um ângulo de 90° para fácil acesso, juntamente com uma porta eSATA simples. Existe uma porta LAN Gigabit simples ao lado das seis portas USB posteriores e uma saída S/PDIF.

ACÇÃO! Já sabemos que o processador Bloomfield é um monstro particularmente ávido de energia. Sob carga, todo o sistema com uma placa Radeon HD 4890 e um processador Core i7 920 consome à volta de 231 W – um consumo apenas ligeiramente superior ao do das placas AMD. Em modo inactivo, aquele valor desce para 150 W, menos do que os sistemas AMD, mas nenhum tinha sido optimizado para poupar energia. A placa MSI traz coolers com heatpipes que ligam o northbridge e o southbridge; o cooler

PREÇO (PARA X58)

DDR3 TRIPLO

PERDE PARA A GIGABYTE

VEREDICTO 8

do MOSFET é menos impressionante do que a proposta da Gigabyte EX58-UD5 ou mesmo da Asus AM3. Esta falta de refrigeração possivelmente reflecte-se no resultado mais baixo com overclocking de 162 MHz que obtivemos no nosso teste. À semelhança de todas as motherboards deste grupo, as novas definições do BIOS são absolutamente detalhadas, pelo que lhe permitem afinar todas as temporizações da memória, velocidades do processador e voltagens, além de contarem com o apoio de interruptores mecânicos para overclocking na própria motherboard. Tal como sucede com a placa Gigabyte X58, a memória DDR3 de canal triplo simplesmente deixa as restantes concorrentes pregadas ao chão, parando nos 18,66 GB/s de largura de banda. O desempenho no 3DMark06 foi tão bom como no resto das placas em teste, com uma pontuação de 16.232 pontos. Por seu lado, as pontuações na codificação x264 e no Cinebench ficaram logo atrás da placa Gigabyte Bloomfield, com 69,71 fps e 16.163 pontos, respectivamente. Considerando que se trata de uma das motherboards X58 de preço mais baixo do mercado, porta-se notavelmente bem e torna a construção de um computador para jogos Bloomfield LGA1366 uma possibilidade mais concreta.

DISTRIBUIDOR JP SÁ COUTO ■ PREÇO 194,90 EUROS ■ CONTACTO 229 993 999 ■ SITE HTTP://PT.MSI.COM

44 | PCGUIA



TESTE EM GRUPO

GRÁFICOS RESULTADOS DOS BENCHMARKS World in Conflict 3DMark06

15.387

MSI P55M-GD45

16.324

ASUS M4A785D-M PRO

16.486

MSI 785GM-E65

16.531

GIGABYTE EX58-UD5

16.316

MSI X58 PRO

16.232

COMO TESTÁMOS Tudo bem, gostamos de jogos. Mas isso não significa que vamos descurar todas as outras áreas da potência de computação. Preparámos uma apetitosa bateria de testes para as nossas seis motherboards se entreterem a mastigar. Estes incluem o teste da largura de banda da memória do SiSoft Sandra, que mostra a capacidade bruta da memória DDR3 de canal triplo e duplo ou DDR2 para trocar dados. A fim de garantir que os potentes pipelines SSE são postos à prova de forma minuciosa, temos o nosso teste de codificação multimédia, o qual codifica vídeo de 720p utilizando o codec x264 para descobrir quantas frames por segundo cada plataforma consegue atingir. De igual modo, as capacidades de computação gerais de cada processador são cruciais. O benchmark Cinebench R10 certifica-se de que todos os núcleos, incluindo com HyperThreading, são utilizados ao máximo. Quanto mais alta a pontuação, mais rápido é efectivamente o processador. Finalmente, o 3DMark06 oferece-nos uma perspectiva equilibrada do desempenho nos jogos 3D e indica antecipadamente se existe algum congestionamento em qualquer uma das plataformas. As duas motherboards P55 beneficiam do processador Core i5 750 a 2,66 GHz e 4 GB de memória DDR de canal duplo. A isto decidimos opor, uma vez mais, o AMD Phenom II 965 a 3,4 GHz, de preço semelhante, com 4 GB de memória de canal duplo. As motherboards Bloomfield irão correr algo ligeiramente diferente, o mais barato Core i7 920 a 2,66 GHz com 6 GB de memória de canal triplo. Tudo isto numa instalação nova do Windows 7. 46 | PCGUIA

Pontuação; quanto maior, melhor

ASUS P7P55-M

2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 16.000 18.000 20.000

Desempenho na codificação de vídeo Codificação x264

Fps; quanto maior, melhor

ASUS P7P55-M

65

MSI P55M-GD45

67

ASUS M4A785D-M PRO

73

MSI 785GM-E65

77

GIGABYTE EX58-UD5

71

MSI X58 PRO

70

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

Desempenho do débito da memória Memória

GB/s; quanto maior, melhor

ASUS P7P55-M

16,42

MSI P55M-GD45

16,17

ASUS M4A785D-M PRO

9,65

MSI 785GM-E65

12,78

GIGABYTE EX58-UD5

19

MSI X58 PRO

18,66

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Desempenho em jogos de gama média Resident Evil 5

Fps; quanto maior, melhor

ASUS P7P55-M

75

MSI P55M-GD45

74

ASUS M4A785D-M PRO

76

MSI 785GM-E65

76

GIGABYTE EX58-UD5

75

MSI X58 PRO

74

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100


ESPECIFICAÇÕES E CARACTERÍSTICAS ASUS P7P55-M

MSI P55M-GD45

ASUS M4A785D-M Pro

MSI 785GM-E65

GIGABYTE EX58-UD5

MSI X58 Pro

PREÇO

103,10

102,90

68,80

103

239

194,90

SOCKET

LGA 1156

LGA 1156

AM3

AM3

LGA 1366

LGA 1366

CHIPSET

Intel P55 Express

Intel P55 Express

AMD 785G/SB710

AMD 785G/SB710

Intel X58 Express/ ICH10R

Intel X58 Express/ ICH10R

4 x DDR3, máx. 16 GB (até 2.200 MHz o.c.)

4 x DDR3, máx. 16 GB (até 2.133 MHz o.c.)

4 x DDR2, máx. 16 GB (até 1.200 MHz o.c.)

4 x DDR3, máx. 16 GB (até 1.600 MHz o.c.)

6 x DDR3, máx. 24 GB (até 2.100 MHz o.c.)

6 x DDR3, máx. 24 GB (até 1.600 MHz o.c.)

1x x16, 2x x1, 1x PCI

2x x16, 1x x1, 1x PCI

1x x16, 1x x1, 2x PCI

1x x16, 1x x1, 2x PCI

3x x16, 1x x4, 1x x1, 2x PCI

3x x16, 2x x1, 2x PCI

6x SATA 3.0, 1x PATA

6x SATA 3.0, 2x eSATA, 1x PATA, 1x disquete

5x SATA 3.0, 1x eSATA, 1x PATA

5x SATA 3.0, 1x eSATA, 1x PATA, 1x disquete

10x SATA 3.0, 1x PATA, 1x disquete

7x SATA 3.0, 1x eSATA, 1x PATA

0, 1, 5, 10

0, 1, 5, 10

0, 1, 10, JBOD

0, 1, 10, JBOD

0, 1, 5, 10

0, 1, 5, 10

MEMÓRIA RANHURAS PCI ARMAZENAMENTO RAID LAN

1x Gigabit

1x Gigabit

1x Gigabit

1x Gigabit

2x Gigabit

1x Gigabit

VIA VTI708S de 8 canais, S/PDIF

Realtek ALC889 de 8 canais

VIA VTI708S de 8 canais, S/PDIF

Realtek ALC889 de 8 canais

Realtek ALC889 de 8 canais, S/PDIF, Coaxial

Realtek ALC889 de 8 canais, S/PDIF

1x

1x

N/A

1x integrada

3x

2x

8 fixas (6 internas)

10 fixas (4 internas)

6 fixas (6 internas)

6 fixas (6 internas)

8 fixas (4 internas)

6 fixas (6 internas)

FORMATO

microATX

microATX

microATX

microATX

ATX

ATX

GRÁFICOS

N/A

N/A

ATI Radeon HD 4200 VGA/DVI/HDMI

ATI Radeon HD 4200 VGA/DVI/HDMI

N/A

N/A

7

9

8

8

9

8

ÁUDIO FIREWIRE USB

PONTUAÇÃO

MSI, GIGABYTE E INTEL! Ficámos surpreendidos pela forma excelente como as placas AMD se portaram. Se tivermos em conta que é possível obter o Phenom II 965 por um pouco menos do que o equivalente Core i5 750, faz um trabalho notável no que toca às velocidade de codificação multimédia e processamento geral. Mostra inclusive que consegue competir perfeitamente em matéria de desempenho nos jogos, não só contra os sistemas Lynnfield, mas também os muito mais caros Bloomfield. A sua maior desvantagem reside no facto de o consumo de energia bruto igualar o dos sistemas de topo de gama Bloomfield, e mesmo podendo ser reduzido com a utilização da tecnologia Cool'n'Quiet da AMD, o consumo básico é simplesmente assombroso. Apesar disto, qualquer uma das duas placas AMD deste teste teria sido uma excelente escolha para o coração de um centro multimédia, fazendo uso dos excelentes gráficos integrados, enquanto o socket AM3 continuará 2011 adentro com novos processadores. A Intel está a apostar muito na nova plataforma de gama média Intel Lynnfield e P55 Express. As motherboards deste lançamento inicial são ligeiramente mais caras do que as suas

antecessoras; se a isso somarmos o custo dos novos processadores, parecem de facto um pouco mais caras do que as suas rivais da AMD. No entanto, com as suas velocidades baixas do relógio, o Lynnfield oferece uma grande versatilidade, deixando um caminho de actualização claro até 2011 e muita margem de manobra para overclocking, ao passo que os jogos que favorecem a arquitectura Intel poderão beneficiar de um forte impulso. A maior surpresa é a forma como a plataforma Bloomfield, de um ano de idade, se portou.

Combinada com o processador de gama baixa Core i7 920, estas vorazes plataformas de gama média estão a fincar o dente direitinho nos calcanhares da Intel. O sistema Bloomfield continua claramente a esmagar tudo com a sua largura de banda bruta da memória de canal triplo, além de que a tecnologia HyperThreading não tem comparação para certas cargas. Mas conseguimos perceber por que razão a Intel quer lançar um novo Core i7 930 de gama baixa já neste primeiro trimestre de 2010. PCGUIA

| 47


TECNOMUST

MP4 WALKMAN A845 Apesar de ser facilmente aprovado como um leitor bonito e bem conseguido esteticamente, só quando ligamos o aparelho e conseguimos constatar a qualidade do ecrã é que surge aquele “uau!” que faz a diferença. O ecrã OLED de 2.8” destaca-se pela nitidez e contraste de cores que exibe. À parte deste ponto, o leitor da Sony faz jus à qualidade de som e de materiais a que esta marca já nos habituou. Os próprios auscultadores são bastante confortáveis e oferecem uma qualidade muito agradável. O leitor é simples de manusear, a interface está bem conseguida e é bastante intuitiva. Faculta imagens das capas dos álbuns e facilita a visualizações dos ficheiros de vídeo. Um dos pontos que nos agradaram particularmente foi o cancelamento de ruído. Apesar de o utilizador poder ajustar o nível que pretende, existem três perfis que pode escolher e que ajustam automaticamente estas definições. Existe ainda a oportunidade de limitar o volume máximo. O aparelho é reconhecido como um disco externo pelo que a passagem dos ficheiros é do mais simples possível. O cabo para transferência de ficheiros é proprietário. Muito leve e fino, este aparelho peca apenas pelo preço. S.E. FABRICANTE SONY ■ PREÇO 199 EUROS ■ CONTACTO 808 200 185 ■ SITE WWW.SONY.PT

ECRÃR

CANCELAMENTO DE SOM

PREÇO

VEREDICTO 9

MICROSOFT ARC KEYBOARD

ESTÉTICA

LEVE

DESCONFORTÁVEL

VEREDICTO 7

Esta análise está a ser escrita no novo teclado da Microsoft, o Arc Keyboard. Este equipamento destaca-se mais pelo design, do que pela facilidade de uso. O que queremos dizer com isto? Requer alguma habituação. As teclas direccionais estão muito bem conseguidas, e toda a experiência de trabalho é semelhante à oferecida pelos teclados dos computadores portáteis, no entanto, o formato arredondado do teclado torna a escrita complicada nos primeiros tempos. Incluí teclas de atalho para o som, mas não um indicador de CapsLock ligado. É leve, fino e portátil (pesa menos de 500 gramas), que pode ser colocado na sala ou em outra qualquer divisão da casa sem parecer que acabámos de roubar o velho periférico do computador. O facto de ser preto brilhante pode agradar à vista de muitos, mas vai chatear os mais preocupados com as dedadas. O receptor wireless armazena-se por baixo do próprio teclado e está seguro por uma zona magnetizada. S.E.

FABRICANTE MICROSOFT ■ PREÇO 53,99 EUROS ■ CONTACTO 808 223 242 ■ SITE WWW.MICROSOFT.PT

VIEWSONIC VPD400 Este leitor da ViewSonic é o perfeito exemplo de um equipamento que faz o que lhe compete, mas sem grandes extras para não castigar o preço. Isto transforma este ViewSonic numa má aposta? Não. É do melhor que existe no mercado? Também não. Não tem ecrã táctil, e isso, por muito que possa parecer secundário, neste caso, não é. Os botões estão mal posicionados, o que torna o controlo deste leitor mais difícil. Um pequeno joystick tinha facilitado imenso este ponto. O ecrã de 4,3” não é mau, bem como a qualidade de som oferecida (de preferência com os auscultadores). Relativamente a tudo o resto, cumpre a função. Suporta uma lista muito completa de formatos áudio e vídeo, e inclusive pode ter acesso a alguns extras engraçados como as letras das músicas. No global, este é um leitor que apresenta um compromisso simpático em termos de qualidade/preço. Lembro que estamos a falar de 8 GB com saída para TV. A bateria suporta a visualização de um filme durante cerca de 5 horas. S.E. SUPORTE DE FORMATOS

FABRICANTE VIEWSONIC ■ PREÇO 149 EUROS ■ CONTACTO 913 337 738 ■ SITE WWW.VIEWSONIC.COM

48 | PCGUIA

PREÇO

FALTAM ALGUMAS OPÇÕES

VEREDICTO 7


BLACKBERRY STORM2 Esta segunda versão conseguiu subir uns pontos na nossa consideração. É um telefone bem equipado em termos de tecnologia de acesso, com GPS, Wi-fi e HSDPA, e um pacote de aplicações útil. Mas o que funciona extremamente bem é o ecrã táctil. Estamos a falar de um nível diferente do iPhone, se quisermos comparar este ponto. Aqui reina a tecnologia SurePress. Isto significa que não basta um toque leve no ecrã para aceder a uma função; tem de haver uma pequena pressão, muito à semelhança do que fazemos quando carregamos num botão, mas sem este existir fisicamente. Pode parecer estranho no início, mas este esquema táctil permite ao utilizador usar, por exemplo, atalhos, carregando em duas teclas em simultâneo, ou simplesmente ter as mãos assentes sobre o ecrã sem carregar em pontos indesejados. O ecrã de 3,5 polegadas não tem uma qualidade fantástica, mas serve os propósitos, a câmara de 3.2 MP, com gravação de vídeo, também está ao nível médio do que a BlackBerry nos habituou. A navegação na Web também podia ser mais fácil. S.E.

ECRÃ TÁCTIL

SUREPRESS

NAVEGAÇÃO WEB

VEREDICTO 8

FABRICANTE BLACKBERRY ■ PREÇO 389,89 EUROS ■ CONTACTO 16912 ■ SITE WWW.VODAFONE.PT

MEMOREX MI2001 CLOCK RADIO Longe vão os tempos em que os despertadores eram alvos a abater. Se pudermos escolher a música com que queremos acordar e o respectivo volume, estes pequenos aparelhos tornam-se, no mínimo, mais toleráveis. O Mi2001 da Memorex permite fazer isto mesmo. Este equipamento inclui uma doca para iPod no topo que, para além de permitir a reprodução da música, funciona como carregador. Na prática, este despertador permite ao utilizador acordar com uma determinada música do seu iPod. Funciona também como rádio, permitindo predefinir as estações preferidas, e inclui o tradicional buzzer. O esquema de comandos é bastante simples e a qualidade áudio não é má (4 colunas de neodímio). A luz azul que ilumina a zona que exibe o relógio é bastante forte, mas pode ser diminuída. Existe ainda um pequeno comando à distância. Tanto o rádio como o comando (particularmente este último) são equipamentos algo frágeis. Ainda assim, este não é produto que seja transportado de um lado para o outro. Uma boa opção a um preço acessível. S.E. FACILIDADE DE USO

QUALIDADE ÁUDIO

MATERIAIS

VEREDICTO 8

DISTRIBUIDOR INTYME ■ PREÇO 39,90 EUROS ■ CONTACTO 808 203 124 ■ SITE WWW.MEMOREX.COM

LG GD910 Este equipamento tem literalmente DNA de gadget. O Watchphone da LG parece um relógio comum. Não é enorme, nem feio, nem sequer parece algo desajustado no pulso. Não tem botões, o ecrã é totalmente táctil e, se ninguém souber, irá certamente pensar que se trata de um relógio com um estilo mais futurista/digital. Apesar de pequeno, o ecrã é funcional q.b, tem leitor MP3, marcação por voz e videochamada (daí o 3G). Se não quiser falar para o pulso poderá simplesmente usar o auricular facultado (aconselhamos). Funciona ainda como agenda, lê as mensagens e integra um sistema de reconhecimento de voz, o que significa que poderá simplesmente dizer o nome de alguém da sua lista de contactos para ele fazer a chamada. Os comandos de voz funcionam bastante bem em português, mas existe sempre a opção de treinar o sistema com a sua voz. O preço deste aparelho é elevado, mas trata-se de um gadget por excelência. S.E. RESPOSTA DO ECRÃ TÁCTIL

FABRICANTE LG ■ PREÇO 999,90 EUROS ■ CONTACTO 211 202 200 ■ SITE WWW.LGE.COM

SIMPLES DE USAR

PREÇO

VEREDICTO 7 PCGUIA

| 49


TEMA DE CAPA

NO REINO DOS

São computadores “completos”, mas em ponto pequeno. Descubra aqui a melhor minimáquina para a sua sala

TEXTO JOÃO TRIGO E PEDRO TRÓIA FOTOS VITOR GORDO

A convergência entre a informática de consumo e a electrónica já se faz sentir há alguns anos. A ideia de ter um computador na sala ou um comando que controle todos os aparelhos em casa não é pioneira. Acima de tudo, parece ainda não se ter encontrado a forma perfeita de aliar a informática às necessidades de quem está sentado em frente à televisão. As consolas são óptimas para jogar na TV e para reproduzir (em alguns casos) conteúdo em alta definição, mas não são bons gravadores de programas. Os media players suprimem esta lacuna, mas não permitem jogar nem navegar na Net... A ideia de ter um computador na sala pode não agradar a toda a gente, mas nós queremos convencer os mais cépticos que há máquinas no mercado que são capazes de lidar com as

necessidades do utilizador mais exigente. Neste teste, a PCGuia procura mostrar-lhe que há no mercado máquinas equipadas com a plataforma ION, capaz de melhorar significativamente a experiência de utilização do que seriam, à partida, computadores de baixo rendimento. Nas próximas páginas o leitor vai poder encontrar computadores preparados para todo o tipo de utilização e, sobretudo, computadores que apresentam um consumo energético bastante mais reduzido que os PC de secretária. Sim, pode jogar os seus títulos preferidos com gráficos razoáveis. Sim, pode ver conteúdo multimédia. Sim, pode navegar na Net. Sim, pode trabalhar no escritório com a sua ajuda. E não, não precisa de ganhar o Euromilhões para comprar um.

AO DETALHE O QUE É O ION?

A Nvidia apresentou o chipset ION há alguns meses. A ideia é garantir uma plataforma gráfica que, em conjunto com processadores de entrada de gama como o Atom (Intel), permita melhorar a experiência de utilização do que seria, à partida, uma máquina de baixo rendimento. Entre outras vantagens, o utilizador tem acesso a gráficos com DirectX 10, conteúdo de alta definição 1080p e som 7.1, melhorias significativas em tarefas como a codificação de vídeo (cortesia da tecnologia CUDA) e uma experiência de utilização sem problemas nos sistemas operativos Windows Vista e Windows 7. 50 | PCGUIA


NETTOPS

PCGUIA

| 51


TEMA DE CAPA NO REINO DOS NETTOPS

AO DETALHE PCMark Memória TV/Movies Gaming Music

ASROCK ION 330HT DESEMPENHO

DRIVE BLU-RAY

SEM SISTEMA OP.

PCMark Memória TV/Movies Gaming Music

1607 1431 1381 1548 2071

EEE BOX 1012 ✖

VEREDICTO 9

Foi o produto do mês na revista de Fevereiro e recebeu uma nota invejável. No entanto, nesse teste foi analisado separadamente, e não comparado com propostas de outros fabricantes, pelo que a sua presença neste teste foi pensada assim que decidimos fazê-lo. Pela aparência, facilmente se percebe que este computador é diferente dos restantes. A seu favor, tem argumentos de peso e capazes de convencer os nossos leitores. Antes de tudo, a drive blu-ray marca presença como caso único, pelo que se já tiver uma boa colecção de filmes neste formato, pode contar com o 330HT para companheiro de sala de estar. Além disso, funciona como gravador de DVD. O comando à distância ajuda a controlar o sistema, e nos nossos testes este revelou-se muito silencioso, pelo que pode colocá-lo ao pé da televisão sem receio de ruído de fundo. Conta com rede 802.11n, porta e-Sata, rede gigabit, uma drive generosa de 320 GB e 2 GB de memória RAM. Nos testes de desempenho, esteve sempre entre o primeiro e o segundo lugares, portanto, não há críticas nesse campo. Mas nem tudo são rosas neste ION. É quase 100 euros mais caro do que os sistemas mais acessíveis neste teste em grupo, e por este preço adquire a máquina sem sistema operativo Windows. Quer isto dizer que, caso não tenha uma licença em casa, terá de arranjar forma de aumentar o orçamento disponível. Além disso, não tem rato nem teclado e é o único computador analisado sem leitor de cartões de memória. O facto de ter portas como as USB e e-Sata no painel traseiro também não abona em seu favor. Se colocar o ION encostado a um móvel, das duas, uma: ou o tira do sítio de cada vez que quiser ligar uma pen drive (por exemplo) ou terá de recorrer a cabos extensores... Se procura capacidade de processamento e um leitor de HD fiável, encontrou-o. A máquina está disponível também em branco. DISTRIBUIDOR INFORLÂNDIA ■ PREÇO 389 EUROS (SEM SO) ■ CONTACTO 808 201 640 ■ SITE WWW.ASROCK.COM ■ FICHA TÉCNICA INTEL ATOM 330 A 1,6 GHZ; 2GB DDR2 800 MHZ; NVIDIA ION COM SUPORTE PARA DX10 E FULL HD 1080P; DISCO 2,5” SATA 320 GB; DRIVE BLU-RAY; 1X HDMI; 1X D-SUB VGA; 6X USB 2.0; 1X S/PDIF (OPTICAL); 1X ESATA/USB ALIMENTADO; 1,7 KG; 195 MM X 70 MM X 186 MM

52 | PCGUIA

AO DETALHE

1866 1431 1512 1504 2038

BONITO

TECLADO E RATO COM FIOS

PREÇO

VEREDICTO 8

A fama da gama de EeePC precede esta proposta da Asus, um nome sonante nas lides de computadores portáteis e de sistemas com form factor reduzido. O primeiro dos dois sistemas que a marca asiática sujeitou ao olho crítico da nossa Redacção apresenta, no nosso entender, um conceito que alia muito bem a funcionalidade à aparência. A luz azul no painel frontal é bonita, a base metálica que a Asus oferece permite colocar o Eee Box 1012 na vertical e confere-lhe um aspecto distinto sem porém colocar em causa a funcionalidade e o acesso às portas que oferece. Neste campo, destaque para o fácil acesso à porta e-Sata, colocada em cima da caixa, e ao leitor de cartões, instalado no painel frontal, onde também podem ser encontradas três portas USB. Reparou na antena do 1012? Ela está lá para garantir o acesso à rede 802.11n e permitir que registe a máquina na sua rede doméstica. Em funcionamento, o EeePC Box é quase inaudível, mesmo em tarefas de elevado processamento. Notámos algum sobreaquecimento, mas nada que tenha colocado em causa o normal funcionamento da máquina. A performance correspondeu às nossas expectativas. O 1012 convence, nomeadamente no respeita aos benchmarks de jogos, memória e reprodução de conteúdos multimédia (TV). A reprodução de conteúdo de alta definição em 1080p através da porta HDMI não revelou quaisquer problemas e decorreu sem problemas. A Asus inclui no pacote um rato e um teclado com fios, para poder controlar as aplicações no Windows 7 Home Premium que vem instalado no computador.

FABRICANTE ASUS ■ PREÇO 349 EUROS ■ CONTACTO 707 500 310 ■ SITE PT.ASUS.COM ■ FICHA TÉCNICA INTEL ATOM 330; 2 GB DDR2 800 MHZ; NVIDIA ION COM SUPORTE PARA DX10 E FULL HD 1080P; DISCO 2,5” SATA 250 GB; PORTA DE REDE 10/100/1000; 1X HDMI; 1X D-SUB VGA; 6 X USB 2.0; 1X S/PDIF (OPTICAL); 1X ESATA; TECLADO E RATO COM FIOS; 1,7 KG; 222 MM X 178 MM X 26,9 MM; WINDOWS 7 HOME PREMIUM


AO DETALHE PCMark Memória TV/Movies Gaming Music

1305 1156 863 1112 1807

AO DETALHE PCMark Memória TV/Movies Gaming Music

EEE BOX 1502 DESIGN

4

DRIVE

1904 1465 1315 1765 2192

ASPIRE REVO 4

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS

6

VEREDICTO 7

PREÇO

4

PERFORMANCE

4

CONSTRUÇÃO

6

VEREDICTO 9

É a máquina mais barata do teste, juntamente com a proposta da Acer. Quando comparada com esta, algumas coisas “saltam à vista”. Desde logo, o Eee Box 1502 conta com uma drive de regravação de DVD – é o único computador com uma drive óptica, à excepção da fantástica drive Blu-ray do AsRock – um extra muito bem-vindo. Além disso, a Asus oferece um rato e um teclado com fios, para que o leitor possa usar a Eee Box sem gastar mais dinheiro. No entanto, é também o único concorrente com menos de 2 GB de memória RAM (tem 1 GB) e apresenta o menor espaço de armazenamento, já que é vendido com um disco com apenas 160 GB de capacidade. Além disso, é também a única proposta de todo o comparativo que está equipada com o Windows XP. Estes são argumentos dissuasores da aquisição do 1502. Pelo mesmo preço, tem o Acer Revo com características mais auspiciosas. Além disso, como poderá comprovar pela caixa de resultados, o Eee Box 1502 peca por escassez no que respeita ao desempenho. Nos nossos testes, revelou transversalmente a performance mais fraca – um dado ao qual não será alheia a configuração base da máquina. A seu favor tem o design apelativo, o leitor de cartões no painel frontal, onde pode ainda encontrar uma porta USB, o suporte para rede sem fios (802.11n). É uma proposta bonita, mas existem alguns entraves para que possa ter uma nota superior.

A proposta da Acer apresenta linhas arrojadas e um design vanguardista. Poderá não agradar a toda a gente, mas a verdade é que se diferencia da concorrência pelo seu aspecto. O Aspire Revo pode ser instalado na horizontal e na vertical, e pode ser colocado no painel traseiro do seu monitor, para poupar ainda mais espaço. O pequeno computador ION apresenta um disco generoso, uma saída e-Sata e uma saída HDMI, responsável pela reprodução do nosso filme HD sem qualquer tipo de problema. Pode encontrar um slot para cartões de memória no painel frontal do Revo, onde se situa também o botão de energia. Este é caracterizado pela fragilidade e não está, para sermos honestos, ao nível da qualidade de construção geral que o fabricante dedicou ao resto do hardware. No que concerne ao desempenho, é rei e senhor. Especial destaque para os resultados no PCMark, e nas suites de jogos, música e memória. De resto, o PCMark vantage colocou o Revo sempre na linha da frente. A destoar apenas os valores nos testes da suite de TV (reprodução multimédia). Conta com rede sem fios 802.11n, com um disco de 320 GB e com opções de montagem aliciantes. Além disso, reproduz sem qualquer problema conteúdo em 1080p e o preço é o mais baixo do teste. Infelizmente, não tem rato, teclado ou comando à distância, pelo que o leitor terá de despender um valor adicional para poder controlar o Aspire Revo. No entanto, não deixa de ter um preço apetecível e uma performance convincente. Uma boa aposta.

FABRICANTE ASUS n PREÇO 299 EUROS n CONTACTO 707 500 310 n SITE PT.ASUS.COM n FICHA TÉCNICA ATOM N270 A 1,6 GHZ; 1 GB DDR2; DISCO RÍGIDO SATA 160 GB; DRIVE SUPERMULTI DVD-RW; 6X USB; 1X HDMI; 1X D-SUB; 1X ESATA; 1X GIGABIT; 1X MIC; WI-FI; LEITOR DE CARTÕES DE MEMÓRIA; RATO E TECLADO COM FIOS; 193 MM X 193 MM X 93 MM); WINDOWS XP HOME

FABRICANTE ACER n PREÇO 299 EUROS n CONTACTO 210 001 600 n SITE WWW.ACER.PT n FICHA TÉCNICA ATOM 330 A 1,6 GHZ; 2 GB DDR2 800 MHZ; DISCO RÍGIDO SATA 320 GB; 6X USB; 1X HDMI; 1X DSUB VGA; 1X ESATA; WI-FI; GIGABIT; WINDOWS 7 HOME PREMIUM; NERO 9 ESSENTIALS; MCAFEE INTERNET SECURITY 2009 (TRIAL); 190 MM X 135 MM X 24 MM PCGUIA

| 53


TEMA DE CAPA NO REINO DOS NETTOPS

AO DETALHE PCMark Memória TV/Movies Gaming Music

1810 1378 1400 1504 2166

VIEWSONIC PCMINI VOT 132 DISCO DE 320 GB

4

DESIGN

4

PREÇO

6

VEREDICTO 7

É o ION mais caro do teste comparativo, mas é também o mais fino. A pequena caixa branca cabe em qualquer lado e pode ser utilizada tanto na vertical como na horizontal. Existe um suporte para proteger e garantir a segurança do VOT 132 e todo o design parece ser bem conseguido. Inclui um suporte VESA para que o utilizador o possa colocar na parte de trás do monitor, se assim o desejar. Destaque para o leitor de cartões de memória no painel frontal e para o botão de sleep mode que o fabricante colocou no mesmo local. Nesse painel pode ainda encontrar duas portas USB, que se juntam a outras quatro colocadas no painel traseiro, onde pode ainda ver a porta HDMI. Uma vez que o hardware tem uma antena e suporta wireless n, pode registar o equipamento na sua rede doméstica e partilhar conteúdo multimédia. Repare ainda que tem o disco com maior capacidade do teste – juntamente com o ASRock. Em funcionamento – especialmente em tarefas de elevadas necessidades de processamento – o 132 revelou ser um pouco barulhento. As necessidades de refrigeração implicam que o nível de ruído seja um pouco superior ao que seria desejável. A ventoinha responsável pelo arrefecimento mostra o que vale, aumentando as rotações por minuto, mas isso tem as suas consequências no que respeita ao ruído. A reprodução de conteúdo em full HD decorreu sem problemas, depois de uns soluços iniciais, e neste aspecto a aposta da Viewsonic não deixa margem para dúvidas: os seus filmes em alta definição estarão bem entregues. O desempenho foi consistente e registou um valor a salientar no PCMark. O pacote não inclui comando à distância, rato ou teclado, o que é uma pena. No geral, é uma boa aposta, mas não conseguimos esquecer o facto de que é também a mais cara. DISTRIBUIDOR VIEWSONIC n PREÇO 429 EUROS n CONTACTO 913 337 738 n SITE WWW.VIEWSONIC.COM n FICHA TÉCNICA ATOM 330 A 1,6 GHZ; 2 GB DDR2 800 MHZ; DISCO SATA 320 GB; LEITOR DE CARTÕES DE MEMÓRIA; 6X USB; 1X HDMI; 1X D-SUB VGA; WI-FI; GIGABIT; SPDIF; WINDOWS 7 HOME PREMIUM

54 | PCGUIA

OPÇÃO COM MONITOR

Embora não tenha sido possível testar a opção da Packard-Bell, já que o fabricante não conseguiu facultar-nos o computador a tempo de ser analisado, ela deve ser mencionada. O iMax mini C3007 custa 349 euros e tem uma configuração semelhante às que aqui são analisadas (Atom 230 1,6 GHz; 2 GB DDR2 800 MHz; Nvidia ION; disco 2,5” SATA 160 GB; porta de rede 10/100/1000; 1x HDMI; 1x D-Sub VGA; 6 x USB 2.0; 1x eSata; 1x micro in e line out). Apesar de ainda estar equipada com o Windows Vista, esta máquina é vendida com um monitor de 19” – Viseo 190 AIO – e com o Photoshop Elements 6.

OS VENCEDORES Se olhássemos apenas para as fichas técnicas dos produtos, teríamos alguma dificuldade em escolher um vencedor. Se reparar bem, os computadores partilham muitas das características técnicas e de form factors. Mas nem tudo o que parece é. Argumentos como a drive Blu-ray e a capacidade de processamento fazem com que o prato penda para o lado do AsRock ION 330HT. O desempenho e a relação qualidade/preço do Acer Revo são também argumentos a que a nossa fórmula de atribuição de resultados não foi insensível (Preço: 20%; Extras: 20%; Desempenho: 60% fraccionados em vários testes). Estas são as melhores apostas do teste e as que melhor parecem tirar proveito da plataforma ION. No entanto, atribuímos ao Eee Box 1012 da Asus o prémio de Escolha da Redacção. Esta oferta pauta-se pelo equilíbrio e apresenta um design que, no nosso entender, é uma mais-valia se o colocar como companheiro do seu LCD. O desempenho é convincente, mas oferece um rato e um teclado, bem como suporte VESA e portas espalhadas convenientemente por todo o chassis.


AO DETALHE

AsRock ION 330HT

Eee Box 1012

Eee Box 1502

Aspire Revo

Viewsonic PCmini VOT 132

389 euros

349 euros

299 euros

299 euros

429 euros

Atom 330 a 1,6 GHz

Atom 330 a 1,6 GHz

Atom N270 a 1,6 GHz

Atom 330 a 1,6 GHz

Atom 330 a 1,6 GHz

RAM

2 GB DDR2

2GB DDR2

1 GB DDR2

2 GB DDR2

2 GB DDR2

DISCO

SATA 320 GB

SATA 250 GB

SATA 160 GB

SATA 320 GB

SATA 320 GB

Blu-ray/gravadora

n/d

Supermulti DVD-RW

n/d

n/d

1x HDMI; 1x D-Sub VGA; 6x USB 2.0; 1x S/PDIF (Optical); 1x eSATA; wi-fi

1x HDMI; 1x D-Sub VGA; 6 x USB 2.0; 1x S/PDIF (Optical); 1x eSATA; wi-fi

6x USB; 1x HDMI; 1x D-SUB; 1x eSATA; 1x Giagbit; 1x Mic; wi-fi

6x USB; 1x HDMI; 1x D-Sub VGA; 1x eSata; wi-fi; gigabit

6x USB; 1x HDMI; 1x D-Sub VGA; wi-fi; gigabit; SPDIF

Comando à distância; preço sem sistema op.

Teclado e rato com fios; suporte VESA

Teclado e rato com fios

n/d

Suporte VESA

9

8

7

9

7

PREÇO PROCESSADOR

DRIVE ÓPTICA PORTAS

NOTAS VEREDICTO


SOFTWARE PCGGuias

XP MANTÉM EXISTÊNCIA VIRTUAL A PCGuia explica como o sistema operativo continuará vivo no Windows 7 utilizando a virtualização

56 | PCGUIA


O Windows 7 inclui um modo XP. À partida, pode pensar-se que este modo de compatibilidade continua a existir para os clientes empresariais que se recusam a actualizar o respectivo software de base de dados, mas, na verdade, há muito mais na base da sua presença no 7. O modo XP é uma virtualização do XP utilizado numa cópia do Virtual PC, podendo ser executado como um sistema operativo completamente distinto. Ou seja, o XP pode ser instalado dentro do Windows 7 sem que isso implique ter todos os problemas que advêm de um sistema de

arranque múltiplo. Para além do XP, pode também instalar-se qualquer outro SO que se goste e seja compatível com o PC, o que torna as coisas bem mais interessantes. No entanto, do ponto de vista do marketing, a grande novidade, e a razão principal para a inclusão no Windows 7, é a capacidade de executar software para XP que, de outro modo, não funcionaria. Os cínicos podem dizer que é uma maneira inteligente de contornar o problema de o software que dantes era compatível com o Windows já não o ser, e que isso é admitir que

há um problema real. O Vista nunca conseguiu impressionar o mercado empresarial – ter aplicações incompatíveis faz qualquer pessoa pensar duas vezes. Assim, o XP continuou em frente e representa até um potencial muito bom em matéria de upgrades. Desta forma, o Windows 7 vence mais um obstáculo. Não é, porém, uma solução ideal; o ideal teria sido um suporte a compatibilidade total com o XP, mas tal como está funciona e ainda por cima dá-nos a alegria de poder correr vários sistemas operativos ao mesmo tempo. PCGUIA

| 57


SOFTWARE

No entanto, o modo XP não é parte integrante do Windows 7. Só será incluído nas edições Windows 7 Professional, Enterprise e Ultimate. Se a quiser, precisa de comprar algo superior a uma edição Home Premium. E o que é que faz exactamente? Valerá a pena? Em resumo, um sistema virtual corre dentro de outro sistema operativo num espaço próprio, do qual não pode sair e afectar os outros. O SO primário fica a salvo das interferências e o virtual funciona como se fosse o primário – ou, pelo menos, pensa que é. Tal como Keanu Reeves em Matrix, que vive uma vida virtual sem se aperceber da realidade, o SO virtual não faz ideia que está num sistema virtualmente hospedado pelo Windows 7. A virtualização funciona divorciando completamente o software do hardware, encapsulando o SO hospedado numa camada de software (o hipervisor) que trata de todas as chamadas de e para o hardware. Cria drives e redes virtuais e tudo o resto. Quando o SO virtualizado acede ao hardware, os pedidos são interceptados e, ou são reenviados invisivelmente para o hardware real, ou completamente emulados no software. Todo o sistema virtual está num grande ficheiro no disco rígido, cujo SO hóspede pensa que é de facto o disco rígido físico. Executar um SO dentro de um SO é muito interessante. Mas o mais significativo é que, uma vez que está completamente “embalado”, pode controlar o local onde ele pensa que está. Mais especificamente, pode apresentar-lhe qualquer hardware que ele requeira, quer o hardware exista ou não. Assim, são possíveis combinações completamente incompatíveis de

Duas versões do Windows, dois gestores de dispositivos, indicando hardware diferente; o XP nem sequer se apercebe que está a correr num portátil

hardware, tais como Mac em PC, ou pior. Claro que isto não é nada de novo. Este conceito começou a ser trabalhado há muito tempo. A palavra “virtualização” foi cunhada pela IBM nos anos 1960, numa altura em que dois computadores precisavam de salas distintas para funcionarem. A tecnologia começou a sua vida no mundo dos servidores. Estas máquinas são frequentemente subutilizadas, havendo processadores poderosos que passam muito tempo ociosos. Se se arrancar com umas quantas máquinas virtuais faz-se uma utilização muito melhor do hardware. Um conjunto de hardware pode executar eficazmente meia dúzia de servidores distintos. Uma vez criada uma máquina virtual, torna-se também muito mais fácil

Aqui temos a versão do modo XP a correr ao lado de uma cópia do XP Pro acabada de instalar, ambos no Win7 – impressionante, é certo, mas praticamente inútil 58 | PCGUIA

mover um servidor inteiro para outra máquina. É só pegar no disco rígido virtual e pô-lo noutro lado, e já está; fica mais fácil equilibrar a carga de processamento por todo o equipamento.

MÚLTIPLOS SO Contudo, interessa-nos mais a capacidade de hospedar diversos sistemas operativos no mesmo hardware, ficando com dois ou mais sistemas num só. Executar consolas de jogos no PC costumava ser uma utilização popular da virtualização, mas parece ter ficado fora de moda. Os criadores de software também a adoram. Podem assim testar SO e aplicações até à destruição sem com isso terem quaisquer problemas.

Gestor de máquinas virtuais com três sistemas criados. Ainda não temos SO, daí a mensagem de erro de DOS


Uma pen drive USB aberta, que também está aberta no Win7 Parece-se com o XP e é o XP para todos os efeitos, só que está dentro do Win7

O número de máquinas virtuais que se pode executar está apenas limitado pela capacidade do processador, da drive e pouco mais. Pode-se criar lá uma máquina com todas as versões do Windows ou algo igualmente perturbador. Claro que precisa de um SO para cada máquina virtual, o que faz com que as várias versões de Windows fiquem muito menos atraentes. E também há sempre o Linux, que é de graça. Se o executarmos numa máquina virtual, poupa-nos o horror de termos o Master Boot Record destruído à medida que particionamos a drive após uns procedimentos de backup inadequados.

PC tem estado nos servidores da Microsoft como download gratuito há séculos. Agora inclui o modo XP no Windows 7, mas é na maneira como as duas aplicações foram integradas que está a novidade. O modo XP tem duas partes. Juntamente com o Virtual PC, temos o lado mais substancial, o do XP. Este é essencialmente uma cópia do Windows XP ajustada para o Virtual PC e com o licenciamento apropriado, dando assim dois Windows pelo preço de um. No entanto, o XP virtual não está

completamente estanque em relação ao Windows 7. Fizeram-se alguns esforços para combinar ambos. O modo XP tem acesso directo à série de Pastas conhecidas (Os meus documentos, As minhas imagens, etc.), e pode-se copiar e colar entre o XP e o Win7, bem como partilhar dados. Pode-se até lançar as aplicações do modo XP directamente de um atalho no ambiente de trabalho do Win7. O Acesso directo ao hardware também inclui suporte a USB e redireccionamento da impressora – pelo menos, são essas as

O MODO XP O modo XP funciona utilizando o Microsoft Virtual PC. Este baseia-se no Virtual PC da Connectix, que se utiliza principalmente para pôr os Mac e PC a funcionar juntos. A Microsoft comprou a empresa em 2006 e lançou o software de graça. Depois, a gigante norte-americana aperfeiçoou o código e lançou-o como Virtual PC 2007, que funciona no Vista e no XP com o hardware e os patches adequados. Fizeram-se mais uns aperfeiçoamentos e chegamos ao Microsoft Virtual PC, que acompanha o Windows, juntamente com uma cópia adequada do XP para funcionar lá dentro. A virtualização chega assim ao mercado de consumo. O que é que é tão importante desta vez? A virtualização não é nada de novo e o Virtual

O QUÊ, NÃO HÁ 3D?

As máquinas virtuais estão, por definição, divorciadas do hardware. Tudo tem de ser filtrado e reenviado ou emulado por software. Executar uma aplicação de produtividade normal não é grande problema, pois faz poucas exigências ao hardware. Mas quando se fazem chamadas mais especializadas a equipamentos complicados, como placas 3D cheias de processadores gráficos e imensa memória, fica tudo mais difícil. Tecnicamente, poderia ser muito bem possível interceptar chamadas para a placa e redireccioná-las de e para o hardware, mas, com a enorme variedade de equipamentos que há, seria uma programação complicadíssima e que depressa ficaria desactualizada. Emular as funções de 3D no software é remar contra a maré: o hardware foi desenvolvido exactamente para evitar esse engarrafamento do desempenho. Mesmo um CPU do melhor que há teria de se esforçar, embora conseguisse lá chegar. O modo XP simplifica as coisas emulando uma S3 Trio 32/64 em software. Independentemente do adaptador que de facto tenhamos instalado, é isto que lá está. É uma placa antiga mas experiente, perfeitamente adequada para trabalho de secretária. É, aliás, a mesma placa gráfica emulada utilizada nas versões anteriores do Virtual PC, não sendo compatível com Direct3D. É por isso que os jogos não funcionam. O Virtual PC não é um ambiente para executar jogo algum que não seja de cartas ou de mover pecinhas de um lado para o outro, o que já foi motivo de críticas. No entanto, não esperamos nada do último modelo. O que seria simpático era algo menos pré-histórico–suporte a mais versões de DirectX? Talvez… PCGUIA

| 59


SOFTWARE

O XP indica ter uma drive de 126 GB, quando de facto o ficheiro tem apenas 8 GB

Combat Flight Simulator, um bom jogo escrito muito antes do Direct3D

O XP numa janela de Win7 juntamente com uma instalação nova do Word 97

funcionalidades descritas no papel. Porém, nem todas as funcionalidades funcionaram tão bem como as instruções da Microsoft prometiam quando as experimentámos. Pô-lo a funcionar é fácil, e quando ligamos o XP em ecrã completo, apenas a pequena barra de ferramentas no topo nos lembra que não é uma máquina com XP. É impressionante ver o Office a instalar-se no que pensa ser a raiz da drive C e funcionar perfeitamente. No menu

Iniciar do Windows 7 lá temos as aplicações do modo XP, prontas a serem executadas directamente do exterior do sistema virtual. No entanto, não há lugar para drag-and-drop de documentos – seria talvez pedir demais, embora seja uma excelente funcionalidade a acrescentar na próxima actualização. Iniciar uma máquina virtual para outro sistema operativo é igualmente fácil. Clique em Criar máquina virtual, defina a quantidade

de RAM que lhe deseja atribuir e crie um disco rígido virtual. Os de tipo dinâmico extensível são os melhores. Uma vez criado, tem um ficheiro de disco rígido virtual que pode copiar para outro sistema e abri-lo lá. O SO virtual é também extremamente portátil. Pode transferir uma instalação completa de um PC com SO, juntamente com as aplicações, as definições e os documentos, de um sistema para outro, que irá funcionar. Experimente fazer isto sem virtualização e veja o que acontece...

PARA ALÉM DA TEORIA VEJA O SEU CHIP

Não se pode executar um PC virtual em qualquer equipamento com o Windows 7. Os seus CPU e BIOS têm de suportar ou Intel VT ou AMD-V (o hardware necessário para a virtualização, cuja especificação – acredite se quiser – data de 1974). Exactamente que chips têm suporte é uma grande confusão, e é preciso verificar com cuidado. Através das listas de funcionalidades da Intel, encontra-se o suporte a Intel-V espalhado pela sua gama. A maioria dos chips Atom tem-no, assim como uns quantos Pentiuns 4, mas alguns chips pujantes não têm, incluindo alguns chips Core 2 Duo e Quad. Até algumas versões do mesmo chip (por exemplo, E7500) podem não incluir suporte. A Intel tem um utilitário de identificação, que deverá conseguir dizer-lhe alguma coisa relativamente ao seu caso, em www.intel.com/support/processors/tools/piu. Devemos também seleccionar as “known issues” (bugs). À primeira vista, a situação com a AMD é um pouco mais simples. Disseram-nos que «toda a gama actual de chips AMD, excepto os Semprons, suporta o AMD-V». Quanto aos chips mais antigos, parece que os FAthlons anteriores à revisão e o Turion K8 Rev E não têm suporte, mas todos os chips de 64 bits deverão ter. A AMD tem um utilitário CPUInfo (que não é fácil de encontrar no site, mas vá à secção Support and Drivers e seleccione descarregar os drivers do processador). A situação relativamente ao suporte no BIOS também é complicada. Pode não se encontrar o suporte indicado, o que não quer dizer que este não exista. É melhor testar antes de se fazer a actualização do BIOS. Com um BIOS relativamente recente – digamos de 2006 para a frente – provavelmente estará tudo bem. Para além do suporte ao chip é preciso 2 GB de memória (funciona com menos, mas com algum atraso) e um mínimo absoluto de 15 GB de disco rígido por SO virtual, tirando o espaço para o modo XP. Esta confusão toda não é nada satisfatória, mas também não é muito importante. Só as versões mais elaboradas do Win7 terão o modo XP, e estas virão em computadores com especificações igualmente elevadas. Só o “desgraçado” do utilizador doméstico é que terá de calcular se a sua máquina aguenta. 60 | PCGUIA

Experimentámos instalar uma versão completa do XP Professional a partir de um disco como nova máquina virtual. Correu tudo tal e qual diz a Microsoft, com apenas um pequeno momento de pânico quando se deu início à formatação do disco rígido – até nos lembrarmos que, no mundo virtual, não existe acesso directo à drive física. Infelizmente, executar o utilitário de integração para juntar ambos os sistemas operativos para trocarem dados revelou-se um processo mais complicado, que acabou por bloquear a nossa instalação do XP em gráficos de 4 bit. Não conseguimos apurar o que é que aconteceu. Se for um bug, esperamos que seja corrigido. Ficámos muito bem impressionados com o modo XP durante os testes, pelo que tentámos executar alguns jogos. Podemos dizer que as Copas e o Pinball funcionaram; praticamente tudo o resto falhou, “crashou” ou recusou-se sequer a ser instalado. Quanto a jogos em 3D, nem pensar (ver texto “O quê, não há 3D?”).


OUTROS LEITORES VIRTUAIS

Fomos à caixa dos jogos antigos e experimentámos Civilization III, que se instalou muito bem mas depois recusou-se a reconhecer o CD como original, tendo o código do jogo, de algum modo, derrotado o redireccionamento da virtualização. Fizemos uma viagem atrás no tempo para o Microsoft Combat Flight Simulator, que funcionou – e, no nosso sistema, a uma velocidade respeitável. Para sermos justos, os jogos nunca foram da alçada do Virtual XP. Os únicos jogos que aguenta são os mais velhinhos, e mesmo esses nem sempre correm.

O outro grande nome da virtualização é a VMWare. Começou com servidores e agora tem uma grande variedade de programas, incluindo uma versão freeware chamada VMWare Player. Executa mais de 60 sistemas operativos de 32 e 64 bits, incluindo Windows, BeOS e muitas variedades de Linux, tudo num PC ou numa máquina de Linux. Pode partilhar os dados entre o hóspede e o hospedeiro e inclui suporte a USB. Pode até abrir ficheiros das máquinas virtuais da Microsoft. As versões comerciais custam algumas dezenas de euros. O que falta à versão freeware é a capacidade de criar as máquinas hóspedes iniciais, mas há imensas maneiras de contornar esse problema. Já dissemos que pode abrir máquinas virtuais da Microsoft? A VMWare tem também o VMWare Server, uma versão freeware “reformada” da sua gama GSX Server, que também as pode criar. Para os apreciadores de jogos que desejam reviver momentos da juventude, existe o DOSBOX, que transforma a sua elegante e moderna máquina na antiga máquina de linha de comandos que conhecemos e adorávamos. É um emulador completo de x86 no qual os programas de DOS pensam que estão num PC 386. Tem todos os modos gráficos já arcaicos: Hercules, CGA, EGA e outros, e ainda compatibilidade com a placa de som – lembra-se destes terríveis anos, em que conseguir ter som no PC era uma valente maçada? Existe suporte para AdLib e todas as variedades do SoundBlaster.Também vale a pena dar uma vista de olhos ao VirtualBox, que diz ser o único virtualizador profissional de código de fonte aberta. E há uns quantos mais, especialmente se deseja utilizar o Linux como SO hospedeiro. Também é divertidíssimo procurar versões virtuais de máquinas antigas, como Amiga, Atari ST e mesmo jogos de arcada como o “autêntico” Gauntlet. Hospedar um SO moderno e exigente requer fazer concessões. Nunca obterá a velocidade com que correria no seu ambiente normal, com acesso irrestrito ao hardware. No entanto, é muito mais eficaz executar programas e aplicações de outros tempos. Aliás, qualquer PC decente consegue executar em emulação código arcaico a uma velocidade que os originais nunca conseguiriam atingir.

QUAL É A VANTAGEM? As empresas podem ficar satisfeitas, pois vão poder manter em acção o software incompatível com o Win7 mesmo se decidirem mudar para o novo SO. Se tiver um software especial ao qual não pode fazer o upgrade e não consegue viver sem ele, esta solução é tão boa como qualquer outra. As utilizações que tem para o desenvolvimento de software são evidentes. As outras pessoas podem perguntar-se o que hão-de fazer com este software, indubitavelmente notável. Bom, pode-se correr uma sessão virtual e instalar todo o tipo de software esquisito e maravilhoso na versão virtual do XP que estragaria completamente uma instalação limpa do Windows. A instalação principal fica assim arrumada e a funcionar como deve ser. Pode criar uma versão do XP com todos os codecs e leitores multimédia, algo que pode facilmente ficar tudo estragado, e usá-la como leitor de multimédia. Ou pode ainda usar o XP virtual como banco de ensaios para software suspeito. É só executá-lo no sistema

virtual para ver como é que funciona. Não há problema se houver algo a correr mal e meter as unhas na directoria do Windows – teoricamente, é tudo virtual, e, se for preciso, é só apagar tudo e começar de novo, sem perigo. Se vale ou não a pena comprar as edições Professional ou Ultimate do Windows 7 só pelo modo XP, é discutível. O Virtual PC é um download gratuito, e há imensas alternativas; na verdade, só se paga pela cópia licenciada do XP e a integração pré-feita. Se já tiver uma cópia antiga do XP, tem tudo o que precisa.

Uma versão virtual do XP acede directamente à drive de CD para ler conteúdo do disco dentro de uma janela do Win7

O que pode muito bem fazer é pôr mais pessoas a mexer com os sistemas virtuais. Correr o Linux, o BeOS e afins deixa de ser um projecto medonho se se puder fazer a experiência num local seguro e controlado. A Microsoft tornou simples e rápida uma coisa potencialmente muito complicada, e deu-a a muita gente – é algo que a Microsoft sabe fazer muito bem. Arranjar o modo XP completo permanece uma escolha questionável para o utilizador doméstico médio. No entanto, e numa palavra, o Microsoft Virtual PC é espectacular.

O Office 97 a ser enganado; aqui, está a ser instalado no que pensa ser a directoria Programas de uma instalação nova do XP, só que não está PCGUIA

| 61


SOFTWARE

GUARDE TODAS AS ANOTAÇÕES FEITAS NUM DOCUMENTO O Microsoft Word permite-lhe acompanhar e registar as diferentes edições realizadas num mesmo texto

IMPRIMIR AS ALTERAÇÕES

Para imprimir um ficheiro que mostre o registo de alterações, escolha Mostrar marcações finais. Clique em Office, Imprimir, Imprimir. De seguida seleccione a opção Documento que mostra as marcações.

Os documentos que podemos classificar como importantes raramente são criados por apenas uma pessoa. O que geralmente acontece, é que assim que o rascunho do documento é feito, existe um conjunto de pessoas que faz a sua verificação, ou que o lê para poder acrescentar conteúdos ou ajudar a organizar as ideias expressas no mesmo. Neste contexto específico, a probabilidade de um documento ser editado ou alterado por mais do que uma pessoa é muito alta. O que também acontece, numa versão bastante menos tecnológica, é que o rascunho do documento é impresso, e depois passado às várias pessoas envolvidas, para que estas possam colocar anotações com uma caneta de outra cor ou um lápis. De seguida, as alterações são feitas e o documento já corrigido é enviado novamente para impressão. O que queremos mostrar-lhe com este artigo é que o já conhecido Word consegue ajudá-lo a fazer tudo isto electronicamente, de uma forma fácil e bastante mais amiga do

ambiente. O Word 2007 traz uma série de ferramentas bastante úteis que permite controlar alterações e gerir anotações e comentários. As versões mais antigas do Word também permitiam a qualquer utilizar acompanhar alterações feitas a um documento, mas não incluíam tantas funções. Se abrir um documento criado numa versão mais antiga do programa através do modo de compatibilidade, ficará limitado às antigas funcionalidades, a menos que o converta num ficheiro Microsoft Open XML. Pode fazer isto facilmente. Basta clicar no botão do Office e escolher Guardar como, Outros formatos. Quando cria um documento decerto não está interessado em que tudo o que está a escrever ou tudo o que apagar fique registado, por isso, não vai necessitar de activar a opção Registar Alterações. No entanto, se estiver a corrigir ou a rever um documento de outra pessoa, é sempre uma boa opção recorrer a esta funcionalidade do Word, mais não seja porque ela vai registar todas as alterações que

ACTIVE E DESACTIVE O REGISTO DE ALTERAÇÕES

01

Em primeiro lugar, vai precisar de activar o Registo de Alterações. Siga até ao separador Rever, no Friso, e fixe-se no grupo Registo de Alterações. Clique em Registar Alterações. O Word vai, a partir deste momento, Guardar todas a alterações que forem feitas ao documento. 62 | PCGUIA

02

Para verificar se o Registo de Alterações está, ou não, activado, examine a barra de estado, junto ao idioma usado. Poderá carregar neste indicador para alternar entre os dois estados.

03

Se quiser alterar o documento sem que as suas edições fiquem gravadas, terá de desactivar o registo de alterações. Siga até ao separador Rever e clique em Registar Alterações para desligar esta funcionalidade.


ACEITAR E REJEITAR ALTERAÇÕES

01

Comece por se certificar de que as marcações aparecem visíveis no texto. Siga até ao grupo Registo de Alterações, que aparece no separador Rever e clique na seta junto à opção Mostrar Marcação. Agora, verifique se todos os itens aparecem seleccionados.

02

Coloque-se no início do documento. Siga até ao grupo Alterações, que está integrado no separador Rever e clique em Seguinte para verificar a primeira alteração. Examine o que foi feito e decida se quer aceitá-la, ou ignorá-la.

03

efectuar ao documento, simplificando qualquer correcção futura. Siga o nosso passo a passo para ficar a saber como activar e desactivar a opção Registar Alterações, e saber como pode usar a barra de estado para ver se as suas alterações estão a ser gravadas. Se não conseguir visualizar o registo de alterações na barra de estado, clique numa zona livre da barra, com o botão direito, e escolha Registar Alterações, no menu Personalizar Barra de Estado. Assim que esta opção estiver activada, tudo o que apagar, inserir ou movimentar vai aparecer destacado. Por predefinição, os destaques vão ser coloridos e aparecem sublinhados, portanto, não deverão passar despercebidos. Saberá exactamente quais são as partes alteradas e aquelas que se mantêm fiéis ao texto original. Poderá ainda adicionar comentários explicativos acerca das alterações feitas. Veja a caixa Use a opção comentários, para saber como adicionar comentários a um documento.

alterações feitas e aceitá-las ou rejeitá-las. Se estiver satisfeito com as alterações feitas, pode acelerar o processo indicando que pretende aceitar todas a alterações propostas. No

separador Rever, no grupo Alterações, clique na seta que aparece por baixo da opção Aceitar e seleccione Aceitar todas as Alterações no Documento.

Se quiser aceitar a alteração proposta, clique em Aceitar, de contrário, escolha Rejeitar. De seguida, seleccione Eliminar Comentário, no grupo Comentários. Repita este passo para cada uma das alterações propostas ao documento.

ACEITAR OU REJEITAR Todas a alterações são registadas e guardadas até serem formalmente aceites ou rejeitadas. Se o seu documento estiver configurado para mostrar todas as marcações, então as alterações aparecerão visíveis. O autor original ou o dono do documento tem a última palavra a dizer relativamente às alterações aceites e incorporadas no documento final, e aquelas que são rejeitadas/ignoradas. O texto passo a passo mostra-lhe como examinar

USE A OPÇÃO COMENTÁRIOS

Se estiver a rever um documento de outra pessoa, pode usar o registo de alterações para identificar melhor quais as alterações que está a propor. No entanto, também é boa opção explicar ao criador ou dono do documento o porquê de determinadas modificações sugeridas. Não só vai expor o seu ponto de vista de uma forma mais eficaz, como vai ajudá-lo a decidir se deve ou não aceitar as alterações por si propostas. Como é que pode fazer isto? Com o recurso à opção Comentários. Esta permite colocar anotações ou debater determinados tópicos expostos num documento. Para adicionar um comentário clique em Novo Comentário, que se encontra no grupo Comentários, no separador Rever. Pode usar os botões Comentário Anterior e Comentário Seguinte para se mover melhor entre os comentários, ou para simplesmente seleccionar aquele que pretende apagar. PCGUIA

| 63


SOFTWARE

Se não estiver plenamente satisfeito com as alterações ou sugestões efectuadas, pode rejeitá-las clicando na seta que se encontra ao lado da Opção Rejeitar, no mesmo grupo Alterações. Escolha Rejeitar Todas as Alterações ao Documento. Quando existe mais do que uma pessoa a rever e a efectuar alterações num mesmo documento, torna-se útil saber quem fez o quê. O Word consegue dizer-lhe exactamente quem procedeu a que alterações desde que o documento seja aberto numa conta diferente do Windows, ou numa outra copiado Word. No entanto, pode gerir isto com terceiros através de um código de cores ou de um esquema de formatação bem definido (ver passo a passo). Mantenha sempre presente que é possível alterar o nome associado às alterações que tenham sido registadas. Clique na seta que se encontra por baixo da opção Registar Alterações, no grupo Registo de Alterações, no separador Rever. Escolha Alterar Nome de Utilizador. Introduza o nome que pretende usar e clique em OK. Esta alteração irá modificar o nome associado ao Word, por isso, lembre-se de repor a identificação

Pode alterar rapidamente o nome do utilizador que efectuou as alterações e adicionou os comentários a partir do grupo Registo de Alterações

original, se assim o desejar. Lembre-se também que as alterações permanecem armazenadas num ficheiro até serem devidamente aceites ou rejeitadas.

LEMBRE-SE DE QUE AS ALTERAÇÕES PERMANECEM NUM FICHEIRO ATÉ SEREM ACEITES OU REJEITADAS

Poderá esconder algumas alterações, seleccionando um modo de visualização do documento que não exiba marcações, mas tenha em conta que, se guardar assim o documento e o passar a uma outra pessoa, as marcações podem voltar a estar visíveis com alguns cliques. Ou seja, se quiser manter as alterações e comentários, mas não pretender que estes sejam visíveis por outras pessoas, precisa de guardar uma versão do documento com as alterações aceites e rejeitadas para uso público e uma outra versão privada com todas as alterações. Se decidir fazer isto, certifique-se de que a sua cópia privada não aparece associada ao nome do ficheiro, isto para não se habilitar a momentos de embaraço depois de partilhar publicamente com quem não quer os seus pensamentos e argumentos. Mantenha sempre presente que os acidentes acontecem.

ENCONTRE ALTERAÇÕES E COMENTÁRIOS ESCONDIDOS Dependendo do formato de visualização seleccionado, poderá estar a trabalhar num documento que contém uma série de anotações e alterações escondidas, ou seja, que não estão visíveis. O Word permite a um utilizador esconder as alterações propostas e os comentários simplesmente para facilitar a leitura do documento. Ao escondê-las, está a colocar as alterações fora do campo de visão de terceiros, mas está a metê-las no documento para o caso de necessitar delas um dia mais tarde. Pode esconder as alterações através da opção Mostrar marcações finais, que está no grupo Registar Alterações, do separador Rever. Escolha Mostrar marcações originais ou finais para ter acesso às alterações feitas. Assegure-se de que tem todas as opções seleccionadas em Mostrar Marcação. 64 | PCGUIA


MUDE A FORMA COMO AS ALTERAÇÕES SÃO VISUALIZADAS

01

Poderá tornar uma alteração mais visível se recorrer às anotações em balões. Estas são mostradas nas laterais dos documentos. Siga até ao separador Rever e clique em Balões, no grupo Registo de Alterações. Escolha Mostrar apenas Comentários e Formatação em Balões.

02

03

Para definir a cor e a formatação das inserções, clique na seta que está por baixo da opção Registar Alterações e escolha Alterar opções de controlo. Aqui poderá escolher a formatação que quiser, a partir da lista que se encontra ao lado de Inserções.

04

05

06

Poderá determinar também qual a formatação que pretende atribuir a parcelas de texto que tenham sido movimentadas de um local para outro. Escolha o formato para a posição original da qual o texto foi removido em Movido de, e seleccione a formatação de destino em Movido para.

Como alternativa, poderá recorrer ao Painel de Revisão. Este vai apresentar-lhe todas as alterações feitas neste documento num painel à esquerda do ecrã. Também poderá posicioná-lo por baixo do texto. A opção Painel de Revisão encontra-se no separador Rever, no grupo Registo de Alterações.

No campo Eliminações terá à disposição uma série de opções de formatação que pode aplicar, sempre que apagar algum conteúdo. À direita poderá inclusive escolher se pretende atribuir uma cor a esta acção. Por predefinição, a opção que aparece é Por Autor, ou seja, em vez de uma cor aparece o nome da pessoa que fez uma determinada acção.

Por predefinição, as alterações de formatação são registadas, mas não marcadas. No entanto, poderá optar por marcá-las seleccionando um formato a partir da lista. Para parar de marcar este tipo de alterações, desactive a opção Registar Formatação.

PCGUIA

| 65


SOFTWARE

RETOQUE FOTOGRAFIAS DANIFICADAS COM O PHOTOSHOP ELEMENTS Os efeitos do tempo nas fotos antigas podem parecer irremediáveis, mas a verdade é que há formas de recuperar as imagens. Siga os nossos passos O objectivo deste artigo é ajudá-lo a manter as suas memórias e assegurá-lo de que fica com uma cópia digital das suas fotografias, não sujeita aos efeitos da passagem do tempo e disponível sempre que a quiser ver. Com os anos, as fotos a preto e branco acabam por ficar amareladas e, quando a cores, os tons originais deterioram-se. Para além destas inevitabilidades, ainda há que contar com

COM OS ANOS, AS FOTOS A PRETO E BRANCO ACABAM POR FICAR AMARELADAS E, OS TONS ORIGINAIS DETERIORAM-SE

azares como pingas de água ou de café e dobras acidentais. Mas, para tudo isto, há soluções.

DIGITALIZAÇÃO O primeiro passo é, como sabe, digitalizar a fotografia. Pode recorrer ao software de digitalização incluído no Adobe Photoshop Elements. Depois de instalar o seu scanner, reinicie a aplicação da Adobe, vá a File, Import e seleccione o plug-in para o seu scanner. Desligue os settings de remoção de poeiras, uma vez que estes tendem a suavizar o nível de detalhe. Agora faça a digitalização em RGB e não em escala de cinzentos (greyscale) – mesmo para fotografias a preto e branco – e defina as definições de gravação de acordo com as dimensões pretendidas. Depois de visualizar o resultado da digitalização inicial, use as opções do scanner para encontrar os níveis certos de contraste, exposição e cores. Se não estiver visível a opção de cor, escolha Adobe RGB, em vez de sRGB, a não ser que a digitalização se destine à publicação na Net ou ao envio através de e-mail.

DÊ UMA NOVA VIDA A FOTOS “DESMAIADAS”

01

A função Auto Level pode ser usada para melhorar o contraste e remover manchas de cor. Crie um duplicado do seu layer de background clicando em Ctrl e J. Vá até Enhance, Auto Levels e veja os resultados. 66 | PCGUIA

02

Uma fotografia “desmaiada” pode enganar a ferramenta de correcção automática, por isso acrescente um layer de ajustamento e use a barra com o histograma para melhorar o contraste.

03

Agora pegue no pincel preto (B) e, com um nível de opacidade de 100%, use-a nas áreas que não precisam de melhorias – a área negra em cima e a área branca no canto inferior esquerdo.


NEUTRALIZE AS CORES NAS SUAS FOTOGRAFIAS

01

Para remover o excesso de contraste das suas fotos, crie um duplicado do layer de background (ctrl e J) e vá a Enhance, Color Correction. Se tudo correr bem, esta ferramenta consegue fornecer-lhe bons resultados no que concerne à neutralização de cores.

02

EDIÇÃO NÃO DESTRUTIVA

que, depois da digitalização, continuam a apresentar problemas neste campo. É muito simples: basta mover a barra deslizante do meio em Levels com RGB seleccionado. Este truque pode ser usado para fotos a preto e branco e a cores. Remover sujidade, arranhões e dobras envolve um pouco mais de trabalho. A técnica baseia-se principalmente na utilização de boas áreas da foto para substituir aquelas que estão danificadas. O pincel Spot Healing e a ferramenta Clone Stamp são, neste caso, os seus companheiros mais fiéis. É muito fácil usar a primeira, mas a eficácia da segunda depende sempre da zona onde vai “buscar” a correcção. Esta área precisa de ser, como é

Vamos usar métodos não destrutivos em todas as técnicas de reparação mencionadas. Ou seja, o leitor não vai trabalhar directamente no layer de fundo (pense nos layers como finas folhas de acetato colocadas umas em cima das outras e onde pode desenhar). Em vez disso, vai aplicar as alterações em layers de ajustamento ou em duplicados do layer de fundo. Quer isto dizer que pode sempre, e em qualquer altura, recusar todas as alterações e retornar à foto original ou a outro estado intermédio. Confiar apenas e só na opção Desfazer (undo) é arriscado, já que existe um número limite de utilizações da mesma. Pode encontrar os layers de ajustamento clicando no círculo meio preto, meio branco que está colocado no fundo da paleta Layers. O ajuste que é normalmente aplicado ao layer de fundo é na verdade aplicado a um layer separado de edição que muda o aspecto de todos os layers inferiores. Pode ser editado, movido ou retirado em qualquer altura. Os layers Blank são criados usando o botão Create New Layer no fundo da paleta de layers e os layers duplicados criam-se arrastando um layer para esse mesmo botão ou clicando em Ctrl e J.

TAREFAS DE REPARAÇÃO Restaurar os níveis de contraste correctos em fotografias “desmaiadas” ou remover manchas de cor de fotografias coloridas não é propriamente ciência de foguetões. Veja o último ponto da caixa passo a passo para saber como pode escurecer ou aclarar fotografias

Se mesmo assim não ficar satisfeito, adicione um layer de ajustamento de níveis (Levels) e clique no menu expansível RGB. Escolha o vermelho e mova a barra central.

03

Escolha verde e repita o processo. Faça o mesmo para o azul. Seleccione RGB e use a barra central para tornar a imagem mais clara ou mais escura sem afectar a cor.

INVISTA NA GESTÃO DE COR Se nunca ouviu falar de algo chamado Gestão de Cor, ou Color Management, terá de acreditar no que lhe dizemos. E o que lhe dizemos é que precisa de ler esta caixa até ao fim. Os monitores reproduzem cores de diferentes formas, por isso a melhor forma de garantir que a cor que vê no ecrã é a cor correcta é através de tarefas de medição das cores do monitor e da alteração das mesmas. Parece complicado, mas existe um pequeno aparelho que faz todo o trabalho. Este Pantone Huey é apenas um exemplo do que falamos. PCGUIA

| 67


SOFTWARE

SPOT HEALING VS. CLONE STAMP O pincel Spot Healing e a ferramenta Clone Stamp são as ferramentas que mais vezes irá utilizar nas tarefas de reparação de fotografias – seja em correcções relacionadas com sujidade, fungos, dobragens ou rasgões. O Spot Healing remove as imperfeições usando informação de áreas contíguas. A Clone Stamp copia informação directamente de um local para outro. Regra geral, deve usar o pincel Spot Healing por cima da Clone Stamp, a não ser que esteja a trabalhar em locais com muito detalhe e muito diferentes. Nesse caso, poderá verificar que essas áreas acabam por parecer desfocadas.

natural, muito semelhante àquela que vai corrigir, para que a mistura seja suave e não se note.

FERRAMENTAS CERTAS

PUREZA A PRETO E BRANCO Se a sua imagem monocromática tem o que parece ser um filtro amarelo, ou algum tipo de marcas de cor, remova a cor na totalidade, acrescentando um layer de ajustamento Hue/Saturation e descendo a saturação até -100. 68 | PCGUIA

Pode usar o pincel Spot Healing e a ferramenta Clone Stamp em blank layers em vez de em duplicados (um duplicado do layer de background aumenta significativamente o tamanho da imagem). Certifique-se de que assinala a caixa Sample All Layers na barra Tool Options. Se não o fizer, não vai funcionar. O melhor meio é adicionar o blank layer e colocá-lo em cima do layer de fundo ou do duplicado deste, mas debaixo de todos os layers de ajustamento, garantindo ainda que os desliga temporariamente, enquanto efectua as tarefas, usando o ícone com o olho. Desta forma, as “reparações” serão aplicadas em cima do layer de fundo apenas, pelo que poderá fazer alterações nos outros layers sem alterar as reparações efectuadas previamente. Veja a caixa para aprender a utilizar as ferramentas Clone Stamp e Spot Healing.

Por que razão quer guardar uma foto nestas condições? Digitalize-a, use o Photoshop Elements e comece a trabalhá-la


ELIMINE SUJIDADE, ÁGUA, ARRANHÕES E RASGÕES

01

Clique no ícone com o olho e em todos os layers de ajustamento que tenha criado para os remover temporariamente. Agora acrescente um novo layer em cima do layer de fundo ou do seu duplicado.

02

03

Agora clique e elimine as impurezas em áreas com a mesma tonalidade. Clique e arraste enquanto mantém a barra de espaços premida para se mover dentro da imagem.

04

05

06

Escolha Sample All Layers, use a tecla Alt para escolher informação que poderá ser usada como substituta perto da área. Altere o tamanho do pincel. Use uma dimensão ligeiramente superior à da área que vai arranjar.

Prima J para aceder à ferramenta Spot Healing e escolha Sample ALl Layers; faça zoom in (Ctrl e +) e ajuste o tamanho do pincel com as teclas de parêntesis rectos.

Para eliminar impurezas maiores como dobras ou falhas, trabalhe passo a passo clicando consecutivamente. Em áreas perto de mudanças de imagem ou com muito detalhe, mude para a ferramenta Clone Stamp (S).

Trabalhe na área problemática e clique para fazer a clonagem. Escolha uma nova fonte para evitar a repetição de padrões na substituição da área danificada. “Ligue” novamente os layers de ajustamento para finalizar. PCGUIA

| 69


SOFTWARE

ENCONTRE CONTROLADORES PERDIDOS E IDENTIFIQUE OS COMPONENTES DO SEU PC Descubra como um programa especializado reconhece, sem erros, todo o hardware que tem no seu computador Perceber o que tem exactamente dentro do seu PC é uma tarefa muito útil caso queira fazer um upgrade ou resolver um problema aborrecido. Se não tiver o manual dos componentes e não souber de cor qual a marca e o modelo dos componentes, é muito difícil descobrir os drivers correctos no site do fabricante. Mas não se preocupe: estamos aqui para ajudá-lo. Não caia no erro de pensar que se pode fiar no Gestor de Dispositivos. Além de não indicar qual o fabricante e o modelo de muitos dos componentes, refere apenas e só a versão do controlador que está a ser utilizado. Desta forma, não faculta uma forma simples e correcta de saber que componentes está o leitor a usar. Abrir a caixa do seu computador também não é a melhor solução. Nem todas as motherboards têm o nome e o modelo escritos na placa, e se precisar, por exemplo,

de saber qual o modelo da placa de som embutida, tem sempre de saber que motherboard está a utilizar. E o mesmo se passa com os slots de expansão. Encontrar o controlador correcto da sua placa gráfica faz toda a diferença quando quiser jogar os mais recentes videojogos com gráficos convincentes e fluidos. A única forma acertada de identificar o seu hardware e os drivers é recorrendo a uma aplicação especialmente concebida para o caso. Se quiser somente aceder a uma lista do hardware que tem dentro da caixa, o HwiNFO (www.hwinfo.com) é uma escolha acertada. Este programa gera uma lista de componentes, na qual se inclui o seu processador, o fabricante e o modelo da motherboard, a RAM (quanta memória tem e quais os slots que a estão a usar). Para mais informações (hardware e software), use o Belarc Advisor (www.belarc.com).

ONDE ESTÁ O PROBLEMA?

01

Verifique o Gestor de Dispositivos. Se encontrar um ponto de exclamação junto a um componente, significa que não existe um controlador instalado. Geralmente, diz respeito ao chipset ou a algum componente da motherboard, como a placa de som ou a placa de rede. 70 | PCGUIA

02

Nesta situação, o modelo da motherboard não será visível na listagem, pelo que precisamos de usar o Belarc Advisor para a identificar. Execute o programa e espere que a análise ao sistema termine.


O HWINFO

1 PLACA GRÁFICA

Mostra qual a placa gráfica instalada no seu computador. O nome do fabricante e o modelo ajudá-lo-ão a encontrar os controladores de que necessita.

4 MEMÓRIA/RAM

Se quiser fazer um upgrade à sua memória RAM, pode descobrir como os slots estão a usar os DIMM. Utilize estes dados para se certificar de que a forma como coloca os DIMM é a mais adequada.

2 MOTHERBOARD

Identificar o nome e o chipset da motherboard é o primeiro passo para descobrir qual a placa de som e a placa de rede instaladas no seu PC.

3 DISCOS RÍGIDOS

Aqui estão listados os seus discos rígidos. Tem acesso a informações como a capacidade, o modelo e a interface.

03

Procure Main Circuit Board e depois anote o nome do fabricante e o modelo da placa. Use esta informação para fazer uma busca no Google e encontre o site do fabricante.

04

Agora visite a área de suporte ou downloads do mesmo site e procure a sua motherboard. Descarregue todos os drivers da sua motherboard e instale-os.

PCGUIA

| 71


SOFTWARE

FAÇA UMA LIMPEZA DE PRIMAVERA AO WINDOWS Com apenas alguns passos simples poderá manter o sistema operativo de boa saúde e livre de erros

Ao longo dos anos, foram várias as ferramentas gratuitas que passaram pelas nossas mãos, muitas das quais acabaram por ir parar aos discos da PCGuia. Algumas dessas ferramentas tornaram-se mais populares do que outras, e é dessas que este artigo fala. Os três programas gratuitos que se seguem foram concebidos para ajudar a limpar e manter o bom funcionamento do sistema operativo, tendo sido escolhidos pela facilidade de utilização e pelos benefícios para o utilizador. Provavelmente já ouviu falar deles, e pode inclusive ter um ou dois instalados, mas talvez não esteja a aproveitar todo o seu potencial, tanto mais que a combinação dos três numa rotina regular proporciona um sistema operativo mais limpo e optimizado que não o deixará ficar mal. O spyware é uma ameaça constante para os utilizadores online, mas poucos têm realmente a protecção suficiente. Para mudar isto, convém

instalar várias aplicações anti-spyware, uma vez que uma única solução não basta. Recomendamos as versões gratuitas do AdAware (www.lavasoft.com) e do SUPERAntiSpyware (www.superantispyware.com) para usufruir de um manto de protecção completo. Também é aconselhável criar um ponto de Restauro do sistema no Windows antes de instalar os programas, só para o caso de algo correr terrivelmente mal. É altamente improvável que isso aconteça, mas vale a pena perder um par de minutos de esforço para garantir que o computador regressa ao estado anterior. Se o activou (Acessórios, Ferramentas do sistema, Restauro do sistema), o Windows 7 encarrega-se de criar automaticamente uma cópia de segurança do estado do computador sempre que o leitor faz uma alteração. Está agora pronto para utilizar o nosso pacote de software e deixar o seu PC como novo. Divirta-se.

COMO LIMPAR O SISTEMA OPERATIVO

01

O Revo Uninstaller (www.revouninstaller.com) é um substituto da aplicação Adicionar ou remover programas no Painel de Controlo do próprio Windows e inclui funções adicionais para remover quaisquer ficheiros/pastas restantes e entradas não autorizadas no registo. Na lista de programas que o Revo Uninstaller apresenta, faça duplo clique no item que pretende desinstalar para iniciar o processo. Mantenha assinalada a opção Moderado e clique em Seguinte. O programa é analisado e em seguida removido através do seu próprio instalador. Uma vez concluído o processo, o Revo verifica se restou algo e dá-lhe a possibilidade de analisar o que descobriu, bem como os controlos necessários para eliminar em segurança o lixo que sobrou do programa. 72 | PCGUIA

02

O CCleaner (www ccleaner.com) é um mestre no que toca a descobrir e destruir as centenas de megabytes de inúteis ficheiros temporários que se acumulam despercebidos em segundo plano. Muitos destes ficheiros inúteis provêm da cache do browser, porém, várias outras aplicações (e o próprio Windows) também utilizam pastas temporárias para guardar dados, só que depois esquecemse de limpá-las. Utilizar o CCleaner é muito simples: assinale as caixas, clique no botão Analisar e depois Correr Cleaner para concluir o processo. Com isto resgatou várias centenas de megabytes de espaço no disco rígido, por isso chegou o momento de optimizar os ficheiros restantes para tirar o máximo partido das alterações.

03

Todas as versões do Windows têm um desfragmentador de disco integrado, mas só o Vista e o 7 o correm automaticamente todas as semanas. Se utiliza uma versão mais antiga do Windows, dê uma vista de olhos ao Smart Defrag (www.iobit.com). A primeira desfragmentação demora algum tempo a realizar, mas depois disso o Smart Defrag pode ficar em execução em segundo plano para manter os discos optimizados.



SOFTWARE

PROTEJA O SEU SISTEMA O MS Security Essentials é gratuito e poderá resolver-lhe uma série de problemas Os utilizadores de um PC, quer queiram quer não, estão constantemente expostos aos mais variados tipos de ataques, razão pela qual, qualquer descuido relativo à segurança das suas máquinas poderá revelar-se fatal. A Internet é uma fonte inesgotável de vírus complicados e spyware, que podem danificar fortemente os seus sistemas, ou pior ainda, roubar-lhes os dados pessoais, como números de cartões de crédito ou informações relativas às contas bancárias. As ameaças que vêm da Internet já não são novidade e, por regra, também já todos sabem que a salvação costuma vir dentro de um CD/DVD, ou mesmo por download, sob a forma de um pacote de segurança de uma das empresas de antivírus que trabalham este sector, como a McAfee ou a Norton. O problema destas soluções reside apenas no esquema de licenciamento a ela associado, que tem de ser renovado anualmente para que o nível de protecção seja realmente bom. A Microsoft disponibiliza agora um pacote gratuito que oferece aos utilizadores segurança contra vírus, spyware e rootkits sem qualquer

tipo de subscrição associada. O programa, chamado Microsoft Security Essentials, deu muito que falar quando foi lançado, mas não leva para casa o título de primeiro antivírus gratuito. O AVG é um antivírus gratuito que já está disponível no mercado há alguns anos, no entanto, não é todos os dias que ouvimos dizer que a grande Microsoft oferece alguma coisa.

PROTECÇÃO ADEQUADA? Muitas pessoas não confiam nos pacotes de segurança gratuitos. Isto pode dever-se a vários factores: à reputação de empresas como a McAfee, e ao facto de por regra as soluções de segurança gratuitas terem menos funcionalidades. O Security Essentials não contém uma firewall, nem protecção contra spam ou phishing. Também não dispõe de um leque extenso de ferramentas, como acontece com alguns pacotes de segurança da actualidade. Mas se for um utilizador capaz de ter um comportamento online seguro e calcular alguns riscos, porque não adoptar um pacote de segurança gratuito?

CONFIGURE O MICROSOFT SECURITY ESSENTIALS

01

DESCARREGUE O PROGRAMA Para fazer o download do Microsoft Security Essentials vá a www.microsoft.com/security_essentials e descarregue o instalador. O ficheiro não tem mais de 5 MB, um dos seus pontos fortes.

74 | PCGUIA

02

INSTALE O SECURITY ESSENTIALS Assim que tiver feito o download do ficheiro, pode instalá-lo. Mantenha sempre presente que poderá causar problemas graves no seu PC se executar mais do que um programa de segurança em simultâneo, por isso, certifique-se de que desinstala os programas antigos antes de seguir com esta instalação.


CONHEÇA O PROGRAMA

1. VERIFICAÇÃO INSTANTÂNEA

Poderá efectuar uma verificação dos seus sistemas em busca de vírus, spyware ou rootkits em qualquer altura. Basta clicar no botão de scan no ecrã principal do Microsoft Security Essentials.

4. AGENDAMENTO

2. DESCUBRA AMEAÇAS

Se o Microsoft Security Essentials descobrir uma ameaça irá listá-la no separador History. A partir daqui poderá alternar entre os diferentes itens que foram classificados como seguros, os que foram colocados de quarentena e aqueles que foram removidos pelo MSE.

É sempre uma boa ideia agendar verificações totais. Uma vez por semana é uma boa opção. Esta verificação é intensiva pelo que aconselhamos a agendá-la para a noite.

03

VERIFIQUE O SEU SISTEMA Assim que o Microsoft Security Essentials estiver instalado, faça a actualização do programa e deixe-o trabalhar. Ele vai fazer uma verificação ao seu sistema. Precisa de apurar se o seu computador não possui qualquer tipo de malware antes de instalar software; mais vale prevenir do que remediar.

3. TIPO DE SCAN

Poderá escolher fazer uma verificação rápida, que apenas irá examinar as pastas mais críticas onde o malware geralmente se vai alojar, ou um scan profundo que verifica cada ficheiro que possui na sua máquina. Poderá criar verificações personalizadas que analisam pastas específicas.

04

AGENDE AS VERIFICAÇÕES Quando acabar a verificação, calendarize scans regulares. Aceda ao separador Settings e escolha Scheduled scan. Existe uma configuração que desliga a verificação se estiver a usar o computador na altura, para que o seu trabalho não seja interrompido.

PCGUIA

| 75


SOFTWARE

CRIE O SEU PRÓPRIO DVD Use o DVD Flick para passar vídeos de vários formatos para DVD Embora seja verdade que uma série de formatos de vídeo comuns poderão ser reproduzidos no Windows sem que isso requeira qualquer software adicional, é apenas uma questão de tempo até encontrar um ficheiro que não obedeça a esta regra. De facto, alguns formatos são reconhecidos pelo

Windows mas não são executáveis pelo seu leitor de media portátil. Outros há ainda que conseguirá reproduzir no Windows mas não no leitor de DVD que tem junto à televisão na sala. Para corrigir este problema, é preciso converter os ficheiros para um formato

JUNTE AS PARTES DO SEU FILME

01

Clique em Add para compilar os clips que deseja usar. Repare na barra de progresso à esquerda, a indicar o espaço restante. Poderá depois alterar a ordem em que eles aprecem, seleccionando os clips e clicando em Move up e Move down.

02

03

04

Na secção Audio Track poderá adicionar um ficheiro de som que irá tocar sobre o áudio e o vídeo. Basta clicar em Add e navegar para o ficheiro pretendido – um MP3, por exemplo. Precisa de clicar na caixa de marcação que aparece junto do ficheiro para ele ser adicionado. 76 | PCGUIA

Clique em Edit. O nome do ficheiro do clip aparecerá no menu do DVD e se for demasiado comprido poderá querer alterá-lo. A imagem de pré-visualização também aparecerá – pode alterá-la aqui especificando um time code alternativo.

Clique em Project Settings para fazer alterações a todo o disco. O título aparece no menu – coloque aqui qualquer coisa que o justifique. Também pode usar o DVD Flick com CD e DVD dual-layer, mas assegure-se de que as definições estão de acordo com o tipo de disco que usar.


suportado, instalar codecs extra e encontrar um leitor capaz de o reproduzir. Para este tutorial, optámos por considerar o DVD Flick. Trata-se de um programa gratuito que o poderá ajudar a criar um DVD que possa ser executado no leitor de sala. O DVD Flick suporta uma grande variedade de formatos de vídeo, o que quer dizer que os seus clips podem vir praticamente de qualquer tipo de filme. No entanto, se encontrar algum problema poderá usar o MediaCoder de modo a converter os clips para um formato suportado.

MANIPULE OS CLIPS Terá de usar um programa em separado para editar os clips caso eles precisem de ser retocados, mas existe ainda assim alguma margem para o fazer com o DVD Flick. Por exemplo, poderá alterar a relação de aspecto, a qualidade e até adicionar faixas de som e legendas. A divisão em capítulos é igualmente simples, bem como a criação do menu para o seu disco que mostra os diferentes filmes em pequenos quadrados de pré-visualização, chamados thumbnails.

05

O Target para os leitores em Portugal é PAL (se desejar o americano, mude para NTSC). Poderá alterar o Encoding para produzir um DVD com maior qualidade, mas isso fará com que o disco demore mais tempo a ser produzido. Se ficar com menor qualidade, será mais rápido a codificar.

06

07

08

Clique em Menu Settings para obter estilos de menu que poderá aplicar no seu disco. Clique em cada um para ver uma breve apresentação do respectivo aspecto. Quanto tiver escolhido clique em Preview para ver como é que ele se aplica ao seu projecto em concreto.

Na secção Burning escolha gravar o projecto para o disco directamente ou criar um ficheiro ISO. Um ISO é uma imagem do disco DVD que pode ser gravada mais tarde. Poderá desejar fazê-lo se, por exemplo, quiser criar diversas cópias do seu projecto.

O ecrã de pré-visualização permite ao menu operar tal como se o disco já estivesse criado, gravado e reproduzido no leitor de DVD. Verifique se todos os nomes dos ficheiros de vídeo encaixam no layout. Se não, volte atrás ao ecrã Edit para os encurtar, caso seja necessário. PCGUIA

| 77


SOFTWARE

USE O SYNCTOY PARA FAZER CÓPIAS E BACKUPS As cópias de segurança são um mal necessário, mas se usar este pequeno grande utilitário poderá fazê-las sem complicações Se por acaso tem em sua casa um dispositivo que trabalhe com conteúdos digitais, como uma câmara digital ou um leitor de MP3, saberá certamente o quão difícil é manter o rasto dos ficheiros. Por outro lado, fazer o backup de todos os ficheiros é uma tarefa que consome tempo e paciência, para além de, muitas vezes, implicar ter diversas cópias do mesmo ficheiro. O Windows Explorer é bom para gerir este tipo de conteúdos mas também não deixa de ter as suas limitações. Felizmente existe o SyncToy para dar uma ajuda face a este problema. Este software gratuito foi inicialmente desenvolvido por uma empresa independente mas foi comprado pela Microsoft, assim que a gigante norte-americana reparou no seu

O SYNCTOY PROCURA AUTOMATICAMENTE NAS PASTAS POR NOVOS FICHEIROS OU POR VERSÕES ACTUALIZADAS

AUTOMATIZE A SINCRONIZAÇÃO ENTRE PASTAS O SyncToy também pode ser usado para fazer cópias de segurança de ficheiros importantes para um disco rígido secundário, apesar de ser necessário usar o Programador de tarefas do Windows. No Vista, clique em Iniciar e vá a Acessórios, Ferramentas de sistema, Programador de tarefas. Clique em Criar Tarefa Básica, adicione um nome e clique em Seguinte. Especifique a data e a hora para fazer o backup, escolha Iniciar um programa como Acção, clique em Seguinte, procure na pasta Programas pela subpasta SyncToy, abra-a e seleccione o ficheiro executável SyncToy.exe. Adicione o argumento –R para que o programa faça automaticamente o backup dos ficheiros. No XP, vá a Acessórios, Ferramentas de sistema, procure pelo agendamento de tarefas e introduza a mesma informação acima indicada. Clique em Abrir propriedades avançadas no final e escreva –R no final da caixa de texto Executar. 78 | PCGUIA

poder e versatilidade. Na linha da nova geração 2.0, a versão mais recente, a SyncToy 2.1, é ainda mais fácil de usar do que a sua predecessora, a 1.4. Poderá obter mais informações sobre este programa e fazer o respectivo download seguindo o link http://tinyurl.com/347zqh. A beleza do SyncToy reside na sua simplicidade. Depois de instalado, inicie o programa, especifique as Left Folder (fonte) e Right Folder (destino) e deixe que o software faça o resto por si. O SyncToy funciona melhor com pares de pastas que sejam actualizadas regularmente, tais como a pasta das fotos na sua máquina fotográfica digital e a pasta Imagens nos Meus Documentos, ou o directório de podcast e o leitor de MP3. É igualmente útil para fazer cópias de segurança daquelas folhas de cálculo essenciais e de documentos que actualiza regularmente com nova informação. O SyncToy procura automaticamente nas pastas por novos ficheiros ou por versões actualizadas, ou seja, não copiará quaisquer conteúdos que não tenham sido modificados. Isto faz com que não seja necessário deparar-se com o angustiante aviso do Windows de que o ficheiro já existe e torna todo o processo de cópia de conteúdos muito mais fácil e simples. E também é à prova de erro – caso o utilizador se engane a apagar determinado ficheiro, ele é enviado para a Reciclagem.


MANTENHA OS FICHEIROS ACTUALIZADOS

01

Vá a http://tinyurl.com/347zqh, descarregue, instale e execute o SyncToy. Complete o processo Create New Folder Pair – se estiver a copiar de ou para um dispositivo amovível como uma pen USB ou um leitor de MP3, ligue-o ao PC.

02

03

A Right Folder representa a pasta de destino para os seus ficheiros. Clique em Browse e navegue novamente até à pasta para a qual deseja copiar os seus ficheiros, como por exemplo a pasta de Imagens nos Meus Documentos, e clique em OK. Depois, prima Next.

04

05

06

A opção Contribute é aquela que recomendamos. Permite copiar apenas os novos ficheiros da pasta de origem para a pasta de destino. Clique em Next e depois atribua um nome apropriado ao par de pastas, como por exemplo Backup de imagens ou Podcasts.

A Left Folder diz respeito ao local de onde está a copiar os ficheiros. Clique em Browse e indique a pasta no PC ou no dispositivo amovível que pretende utilizar. Pode ser a pasta de imagens na sua máquina digital ou até mesmo a de Música no seu PC.

O SyncToys dá-lhe três opções. A opção Syncronize permite que os novos ficheiros sejam copiados em ambos os sentidos, fazendo-se assim a sincronização perfeita. A opção Echo copia os novos ficheiros da pasta de origem para a de destino e elimina os ficheiros que já tenham sido copiados para a Right Folder.

Clique em Finish. Poderá (e deverá) verificar se os ficheiros que acabou de designar estão a ser copiados, clicando para isso em Preview. Depois, clique em Run para copiar todos os ficheiros relevantes. Poderá criar um novo par de pastas, bastando clicar novamente em Create New Folder Pair. PCGUIA

| 79


REDES

ACELERE A NAVEGAÇÃO NO FIREFOX Instale a extensão Ubiquity e ganhe acesso a uma série de atalhos de grande utilidade Todos nós despendemos muito tempo na Internet. As razões são as mais variadas, e envolvem desde as pesquisas no Google à busca de informações sobre o estado do tempo, passando como é evidente pela consulta do correio electrónico. Cada vez que fazemos um destes processos, o problema é sempre o mesmo: temos de ir até um site na Internet e esperar que ele carregue para que possamos executar as tarefas pretendidas. É aqui que o Ubiquity, da Mozilla, entra em cena. Trata-se de uma extensão para o Firefox que permite ao utilizador introduzir comandos directamente no browser. Imagine que está interessado em saber as condições meteorológicas previstas para o local onde reside. Basta activar o Ubiquity premindo

ADICIONE OUTROS COMANDOS

Apesar de encorajar os utilizadores do Ubiquity a obterem novos comandos na sua página de ajuda (https://wiki.mozilla.org/Labs/Ubiquity/Commands_In_The_Wild), a Mozilla avisa que pode ser arriscado descarregar comandos criados por entidades desconhecidas, especialmente porque o código pode ser alterado facilmente. O Ubiquity irá marcar um determinado site se constatar que nele existem comandos novos para descarregar. O processo é simples – basta clicar em Allow para fazer o respectivo download, mas não se esqueça nunca dos perigos envolvidos, especialmente porque a Mozilla não oferece quaisquer garantias, protecções ou verificações. Tendo isto em conta, recomendamos-lhe que adicione comandos apenas de sites nos quais confia.

juntamente as teclas Crtl e Espaço e depois escrever “weather”. O Ubiquity é suficientemente inteligente para analisar o seu endereço de IP, determinar o local onde vive e depois mostrar a informação pretendida para essa área específica.

COMO INSTALAR O UBIQUITY Existem atalhos disponíveis para muitas outras tarefas diárias, pelo que se torna obrigatório instalar o Ubiquity no seu browser. Para o fazer, basta ir a http://labs.mozilla.com/ubiquity e clicar em Get it now. As definições de raiz do Firefox evitam que as extensões se instalem por sua própria iniciativa, pelo que tem de autorizar a instalação clicando em Allow (permitir) e depois reiniciar o Firefox quando tal for pedido. O pop-up permitirá confirmar que a extensão Ubiquity foi bem instalada. Prima Ctrl e Espaço ao mesmo tempo para ter acesso à interface, na forma de uma linha de comandos preta. Verifique se está a funcionar – escreva “weather” para obter a previsão do estado do tempo com direito à temperatura, à humidade e a um esquema de evolução. Poderá esperar alguma programação mais complexa, mas esta não sai do coração do Ubiquity. Para o utilizador, os comandos de atalho são todos escritos em JavaScript, o que poderá encorajar até os programadores mais amadores.

COMANDOS ÚTEIS Uma das funcionalidades mais úteis no Ubiquity é a capacidade de destacar uma palavra numa página da Web e depois poder aplicar-lhe um comando, como “translate”. Neste caso, basta seleccionar numa página um parágrafo escrito numa língua indecifrável, como russo ou chinês, premir Ctrl e Espaço e escrever “translate” para obter a tradução em inglês. Também é possível introduzir frases e convertê-las para outra língua, por exemplo, de francês para alemão, usando a sintaxe “translate (texto) from (língua) to (língua)” ou “translate bon matin to German” para obter a versão em alemão. 80 | PCGUIA


Mas existem outros comandos de grande utilidade que convém destacar. Por exemplo, “define”, para procurar palavras no dicionário do Ubiquity, e “count words”, para instantaneamente adicionar o número de palavras contidas na selecção de uma página ou parágrafo. Também se pode enviar e-mails através do Ubiquity, apesar de, actualmente, esta funcionalidade estar limitada ao Google Mail. Escreva “email” no Ubiquity para começar a compor uma mensagem para alguém da sua lista de contactos no Google Mail ou para um endereço de correio electrónico específico. Quando premir Enter, será direccionado para a página principal do Google Mail, na qual se

poderá registar para enviar a mensagem. Outro comando importante é “map”, que usa o Google Maps para destacar um mapa da área onde se encontra o utilizador, o qual poderá ser aproximado, pesquisado ou até enviado por e-mail, em vez de fazer chegar apenas o link de acesso a esse mapa. Para mapear uma determinada área, basta escrever “map” e de seguida o código postal, a cidade ou o endereço.

PESQUISAS MAIS RÁPIDAS Fazer pesquisas também nunca foi mais rápido e mais simples. Poderá pesquisar por palavras usando os serviços Google, Yahoo, MSN (Bing), Ask, YouTube, Flickr ou

CRIE UM NOVO ATALHO DE PESQUISA NO UBIQUITY

01

02

03

04

Vá até ao site que visita regularmente para fazer pesquisas e prima Ctrl e Espaço para aceder à interface do Ubiquity. Escreva “create search command”. Clique fora da linha do Ubiquity e depois seleccione a caixa de pesquisa do website usando o rato.

Abra o Ubiquity, introduza o seu novo comando de pesquisa e de seguida as palavras-chave (as palavras com as quais deseja fazer a pesquisa); depois prima Enter. O Ubiquity deverá demorar muito pouco tempo a levá-lo até à página de resultados do website.

Regresse ao Ubiquity e introduza um nome para o seu novo comando de pesquisa escrevendo “create search command (nome)” e prima Enter. Surgirá um alerta no canto inferior direito do seu browser a confirmar que o novo comando foi criado.

Para editar o nome do atalho do comando, basta abrir o Ubiquity e escrever “edit ubiquity”. Clique no link de acesso ao Command Editor para editar o comando de pesquisa. Todas as alterações são gravadas de forma imediata, pelo que poderá voltar atrás. PCGUIA

| 81


REDES

Wikipedia. Ao escrever as duas primeiras letras do Google, por exemplo, fará com que o Ubiquity sugira automaticamente uma pesquisa no Google, que pode depois ser seleccionada através do rato. Introduza as suas palavras de pesquisa e o Ubiquity até lhe indica os três resultados mais procurados, sem que isso implique visitar a página do Google. Isto faz com que este plug-in seja ainda melhor do que a Google Toolbar para pesquisas “remotas”, uma vez que não obriga o utilizador a ter de deixar uma página para abrir um novo separador. Clique no link da pré-visualização apropriada para ver os correspondentes resultados ou prima Enter para ver todos os resultados mostrados na página principal do Google. Usar outros motores de busca suportados pelo Ubiquity é igualmente fácil – basta escrever o nome do motor de busca seguido dos termos da pesquisa pretendida, como “Yahoo PCGuia”. As pesquisas relativas ao YouTube e ao Flickr permitem até ver prévisualizações dos vídeos e das imagens, tudo isto, mais uma vez, sem ter de visitar qualquer um dos sites. Para ver a lista completa dos comandos gerais e de pesquisa disponíveis com o Ubiquity, escreva “help” e prima Enter; depois seleccione a ligação “Your Commands”. Esta página também contém um útil tutorial interactivo. Nas várias imagens e guias que acompanham este artigo explicamos como criar os seus próprios atalhos de comando para pesquisar os sites favoritos sem ter de entrar neles. Também falamos dos perigos de descarregar comandos potencialmente perigosos criados

EXPERIMENTE O UBIQUITY BETA

A página do Ubiquity (http://labs.mozilla.com/ubiquity) também contém um link para uma versão beta experimental, a qual oferece maior velocidade e uma resposta mais pronta. Tal como acontece em qualquer versão beta, não está totalmente testada mas o programa adiciona três novos comandos de pesquisa (ping.fm, videosurf e procura por Creative Commons), um add-on rápido para o Google Calendar e suporte para algumas línguas, como checo. Se prefere esperar pela versão completa, o Ubiquity 0.6 não deverá demorar muito tempo a aparecer, tendo já suporte para skins mais atraentes, gráficos melhorados e novas funcionalidades de colecção de dados. A Mozilla espera lançar uma versão completa 1.0 com modelo de segurança já este ano.

por terceiras entidades. Finalmente, mostramos-lhe como transformar os seus Favoritos em comandos do Ubiquity e libertar espaço na barra de ferramentas do seu browser. Seja qual for a utilização que vai

dar ao Ubiquity, continue a ler e veja como tirar o máximo partido desta extensão e transformar a navegação na Internet com o Firefox numa experiência muito próxima da perfeição.

CRIE UM COMANDO DE BOOKMARKLET

01

Localize o bookmarklet, abra o Ubiquity e escreva “create bookmarklet”, seguido de Enter. Surgirá um alerta. Escreva “edit ubiquity” e vá para o Command Editor. 82 | PCGUIA

02

Siga para o separador Browser com o bookmarklet, destaque-o e copie a localização da ligação. Cole-a na parte URL do código para substituir a palavra null.

03

Assegure-se de que o URL está dentro de aspas, e já está. Basta introduzir o nome do bookmarklet no Ubiquity e premir Enter para o executar.


REDES

AMPLIE A SUA REDE ATRAVÉS DE POWERLINE Transforme a instalação eléctrica de sua casa numa extensão da rede doméstica para chegar aos locais onde o wireless não é capaz de ir As redes sem fios revolucionaram a forma como usamos os computadores pessoais. No entanto, nem sempre funcionam como prometido. Os routers wireless e respectivos adaptadores mais modernos podem prometer velocidades estonteantes mesmo a distâncias consideráveis, mas a dura realidade é que, na

prática, essas promessas raramente conseguem ser cumpridas, tornando-se a publicidade em pura ficção. Na verdade, os fabricantes conseguem atingir os débitos expostos nas caixas dos seus produtos, porém, fazem-no com linha de vista entre o router e o adaptador de rede sem fios e

LUZ DE DADOS

Tal como uma placa de rede no PC, esta luz pisca sempre que houver informação a ser transportada de um lado para o outro com sucesso.

BOTÃO DE SINCRONIZAÇÃO Assim que os adaptadores estiverem ligados, prima este botão para os sincronizar. Atenção, pois o tempo para o fazer é curto.

LUZ DE ENERGIA

Quando acende indica que o adaptador está ligado à corrente e a extrair energia da tomada.

FICHA

Os adaptadores Powerline ligam-se normalmente a uma tomada. No entanto, é preciso verificar se não ficam muito perto do rodapé ou até do chão.

LUZES DE DIAGNÓSTICO

Algumas unidades incluem luzes LED que permitem indicar a força do sinal da rede sem fios. Verde é bom; laranja,razoável; vermelho, mau - ou o sinal está fraco ou não está a ser detectado.

PASSAGEM PRINCIPAL

Mantém possível o acesso à tomada que está a ser usada pelo adaptador, o que é útil em locais onde não existam muitas tomadas na parede.

BOTÃO DE ENCRIPTAÇÃO

PORTA ETHERNET

Coloque um cabo Ethernet no adaptador e ligue-o ao PC, ao portátil, à consola de jogos ou até ao centro de multimédia.

Para proteger os dados, deverá usar encriptação. Os adaptadores podem ser emparelhados entre si de modo a usarem a mesma chave de encriptação.

PCGUIA

| 83


REDES

CENÁRIO DE UMA REDE COM POWERLINE

HOMEPLUG E ROUTER

Se quiser adoptar o Powerline na sua rede, vai precisar de dois adaptadores. O primeiro terá de ligar-se directamente ao router e depois deverá sincronizar-se com o segundo adaptador HomePlug, colocado algures na mesma instalação eléctrica. Se ficar muito longe, poderá ter de andar a correr pela casa entre o primeiro e o segundo adaptador para conseguir premir correcta e atempadamente os botões de sincronização.

PC

Depois de os dois adaptadores HomePlug se terem descoberto um ao outro, estarão prontos para transmitir o sinal de Internet pela casa. Ligue o cabo Ethernet ao PC e ligue-se à Internet como faz habitualmente. Talvez seja preciso actualizar a ligação caso tenha saído de um ambiente de acesso sem fios para um com fios.

PORTÁTIL

Poderá depois adicionar outros adaptadores na rede – geralmente, basta ligá-los nas respectivas tomadas e premir o botão de sincronização. Não é preciso reiniciar o router, pois o processo deverá ser totalmente automático...

num ambiente controlado, sem interferências nem obstáculos. Ora, todos sabemos que em Portugal é rara a casa que não tem uma parede maciça de tijolo ou até cimento, o que é muito diferente de uma parede de contraplacado ou madeira. Este tipo de paredes constitui um sério obstáculo à disseminação do sinal wireless, podendo fazer com que os 300 metros de distância máxima anunciados pelos fabricantes possam não ter afinal a cobertura desejada.

AS ALTERNATIVAS Se este é o seu caso, o que é que pode fazer para contornar o problema? Embora seja tecnicamente possível usar um segundo router sem fios como repetidor de sinal, muitos routers domésticos não são fabricados com esta tarefa. Por exemplo, muitos não podem ser colocados em modo Wireless Access Point (ponto de acesso sem fios), e os que o 84 | PCGUIA

permitem muitas vezes revelam uma configuração difícil e um funcionamento pouco fiável. Passar cabo de rede Ethernet pela casa é outra opção, apesar de não ser nem a mais prática, nem a mais bonita. Existe ainda uma terceira opção muitas vezes esquecida – usar os cabos eléctricos já instalados por toda a casa. A tecnologia de rede Powerline é um sistema que usa adaptadores especiais, adaptadores esses que se ligam nas tomadas de electricidade e que usam frequências de rádio para enviarem e receberem informação ao longo dos fios de electricidade. Em teoria, tudo o que é preciso fazer é comprar um par de adaptadores, ligar um numa tomada junto do router e conectá-lo através de um cabo Ethernet, e ligar o outro noutra tomada junto do dispositivo que deseja ligar em rede e usar outro cabo Ethernet para ligar esse dispositivo ao segundo adaptador. No entanto, as coisas não são assim tão

simples, pois existem dois padrões diferentes em matéria de redes Powerline: HomePlug e UPA (Universal Powerline Alliance). Por outro lado, não só existem dois standards em competição, como também existem versões diferentes dentro do mesmo padrão. Por exemplo, o HomePlug surge em duas versões: HomePlug 1.0 e HomePlug AV. Enquanto que os dispositivos baseados em HomePlug AV devem interoperar com os equipamentos HomePlug 1.0, não existe motivo para que o contrário também aconteça. A especificação HomePlug 1.0 permite uma velocidade máxima na ordem dos 14 Mbps, apesar de ser apenas half duplex, o que faz com que seja muito mais lenta. O padrão HomePlug AV foi introduzido para permitir que o vídeo HD pudesse ser enviado através da rede e apresenta uma velocidade teórica máxima de 189 Mbps. É estranho e confuso observar que existem adaptadores


Devolo, Linksys ou Zyxel, são grandes as probabilidades de ele ser HomePlug.

Na medida em que a rede Powerline usa a frequência RF e transmite através do sistema principal, a segurança poderá ser uma questão importante para si. Apesar de não ser possível implementar uma palavra-passe, como se pode fazer normalmente numa rede sem fios, todos os adaptadores Powerline incluem de série encriptação, mas terá primeiro de emparelhar os dois adaptadores. E atenção – não os ligue a extensões ou tomadas triplas, pois o sinal correrá o risco de se degradar seriamente. Também deverá evitar colocá-los perto de equipamentos susceptíveis de provocar interferências, como é o caso da máquina de lavar roupa e do aspirador, cujos motores de elevada rotação podem levar a um abrandamento da velocidade de transmissão de dados na rede. Para além de alargar o alcance da rede com fios, poderá também alargar o alcance da rede sem

fios usando os adaptadores Powerline. Por exemplo, a Devolo produz um starter kit denominado HomePlug Wireless-G. Liga-se um primeiro adaptador à entrada Ethernet principal do router e um segundo adaptador na tomada eléctrica junto da área onde não existe cobertura wireless – na garagem ou na arrecadação, por exemplo. A unidade de Devolo está limitada a 85 Mbps, mas os equipamentos wireless N com débitos máximos de 200 Mbps começam já a chegar ao mercado. Em grande parte, usar um adaptador sem fios é muito mais simples do que recorrer a um router e usá-lo como bridge, e poderá ser até mais barato. Por outro lado, também disponibilizam uma porta Ethernet, o que permite a ligação por fio a um dispositivo. Se nunca avançou para o wireless por pensar que se trata de um pesadelo em termos de configuração técnica para pôr tudo a funcionar, então saiba que usar a sua rede eléctrica doméstica é uma solução muito mais simples e, neste caso em particular de extensão da rede a locais onde o wireless não chega, muito mais fiável.

NETGEAR XETB1001-ISS

D-LINK DHP-303

DEVOLO DLAN 200 AVSMART+

■ CATEGORIA GAMA BAIXA ■ PREÇO 49,90 EUROS ■ SITE WWW.NETGEAR.COM

■ CATEGORIA GAMA MÉDIA ■ PREÇO 83 EUROS ■ SITE WWW.DLINK.PT

■ CATEGORIA GAMA ALTA ■ PREÇO 159 EUROS ■ SITE WWW.DLINK.PT

Sensivelmente do mesmo tamanho que um vulgar cartão de crédito, este kit compatível com a norma HomePlug 1.0 é ideal para quem procura um kit de iniciação na tecnologia Powerline. Os dois adaptadores Netgear XETB1001-ISS ligam-se às portas de rede Ethernet dos computadores que é preciso ligar em rede e oferecem uma velocidade máxima de 85 Mbps.

O novo e mais rápido padrão permite até 200 Mbps de largura de banda, sendo ideal para o transporte de conteúdos como áudio e vídeo HD. O alcance máximo de 200 metros e a encriptação de dados 3DES asseguram que todas as partes de sua casa com um ponto de energia vão estar ligadas em rede de uma forma segura, e o mecanismo de QoS minimiza as interferências e atribui prioridade aos seus dados.

Este kit da Devolo consiste em dois adaptadores Powerline que permitem o estabelecimento de uma ligação em rede rápida, segura e sincronizada graças à utilização de um botão de ligação ponto a ponto. Mas o que merece realmente destaque é o reaproveitamento da tomada – assim, caso exista apenas uma tomada disponível no local onde pretende colocar o adaptador, não a vai perder.

também identificados como HomePlug capazes de atingir apenas 85 Mbps, mas na verdade trata-se de um padrão proprietário compatível com a versão HomePlug 1.0. Depois desta explicação, como é que é possível distinguir os equipamentos e saber identificar as diferenças para não se correr o risco de comprar produtos incompatíveis entre si? No caso de se manter fiel a uma só marca, não deverá haver problemas de maior, mas isso não garante por si só que tudo vá funcionar bem – apesar de os fabricantes terem o hábito de aderir a uma ou a outra versão, há marcas como a Netgear que optam por usar ambos os standards. Os dispositivos HomePlug devem ter a expressão HomePlug ou HomePlug AV no nome de identificação ou na embalagem. Os dispositivos UPA são muitas vezes identificados por Powerline, Powerline HD ou Powerline AV. Os fabricantes mainstream que usam UPA são a Buffalo Technology, a D-Link, a Logitec e a Netgear. Ou seja, se adquirir um modelo das marcas Belkin,

MANTENHA-SE SEGURO

AS NOSSAS OPÇÕES

PCGUIA

| 85


HARDWARE

INSTALE UM DISCO SSD Substitua o seu velho disco rígido por uma unidade mais moderna e rápida

A introdução de discos SSD na informática doméstica tem sido feita de forma muito lenta, e a razão é simples – os preços até agora apresentados têm sido muito elevados, as capacidades muito reduzidas e a tecnologia em si não conseguiu dar grandes provas de que valeria cada euro investido. No entanto, trata-se de um mercado que começa a estabilizar e a ganhar maturidade, e não só a tecnologia começa a ser mais fiável como os preços se vão tornando mais acessíveis. Estas drives tornaram-se ainda mais apetecíveis se tivermos em conta a capacidade que têm em manter rápidas taxas de transferência de dados e baixos tempos de acesso. Por outro lado, o facto de não terem partes em movimento deverá garantir um bom funcionamento por mais alguns anos face aos discos rígidos, para além de funcionarem num modo muito mais silencioso e fresco face a estes. Hoje em dia, é possível comprar um disco SSD com 30 GB por menos de cem euros. É certo que a quantidade máxima de armazenamento permitida é quase ridícula face à monstruosidade dos terabytes que é possível obter num disco rígido mecânico, mas estes discos são ideais para ter como drive de arranque do PC. Instalar o Windows num disco SSD faz com que o processo de arranque fique completo numa questão de segundos. As primeiras unidades SSD eram pouco fiáveis

e, caso tenha adoptado uma dessas unidades, deverá experimentar fazer uma actualização do respectivo firmware. Com isto poderá conseguir resolver problemas já conhecidos, nomeadamente de desempenho. Quanto às unidades modernas, estes problemas já desapareceram, o que equivale a dizer que pode ter toda a confiança e comprar hoje um disco SSD a fabricantes respeitados como a Kingston, a Corsair, a OCZ ou a Intel.

VELOCIDADES DO DISCO Que tipos de velocidade se podem esperar destes dispositivos de memória? Os fabricantes anunciam algo em torno dos 200 MBps para leitura e um pouco menos para escrita. Em comparação com o disco rígido tradicional, estamos a falar de qualquer coisa como o dobro. No entanto, vale a pena verificar sempre as velocidades de leitura e de gravação específicas para cada modelo SSD, pois estas variam muito e nem sempre são aquelas que os fabricantes anunciam. De qualquer forma, os discos Solid-State Drive são uma excelente opção para os novos PC, especialmente para aqueles que já vierem com o Windows 7, que poderá arrancar em menos de nada numa drive SSD. No guia passo a passo poderá ver como é possível montar uma destas fantásticas drives no PC e instalar o Windows.

DESFRAGMENTAR OU NÃO? A única falha da memória flash diz respeito ao facto de poder tornar-se inutilizável devido aos constantes processos de gravação e de regravação dos dados. Um disco SSD normal terá uma esperança de vida útil que rondará os 10 mil ciclos. Para evitar ao máximo este efeito, o controlador do disco distribui o desgaste de uma forma equilibrada, mantendo um registo de cada bloco na célula, fazendo com que o disco SSD se mantenha saudável durante muitos anos. No entanto, aplicar regularmente sessões de desfragmentação – como aquelas que é possível obter no Windows 7 – fará com que a drive se desgaste prematuramente. Ou seja, se optar por comprar um SSD assegure-se de que desliga a opção de desfragmentação automática e faça-a apenas quando for mesmo necessário. 86 | PCGUIA

Os entusiastas da desfragmentação devem controlar-se, caso contrário, o seu disco SSD poderá durar menos tempo do que o previsto


COLOQUE UM DISCO SSD NO PC E INSTALE O WINDOWS

01

Os discos SSD são dispositivos de 2,5 polegadas, a mesma dimensão dos discos rígidos dos portáteis. Não existem modelos de 3,5”, pelo que vai ter de arranjar um bracket de adaptação para uma baía de 3,5” – basicamente, trata-se de uma peça em metal com os parafusos apropriados.

02

03

Está agora pronto para instalar o Windows no disco SSD e ficar assim com uma drive de arranque rápida e silenciosa. No BIOS, defina a drive óptica como primeiro dispositivo de boot e insira o CD do Windows nessa mesma drive para dar início ao processo de instalação.

04

05

06

Criar partições num disco SSD é um processo perfeitamente idêntico face aos discos tradicionais. No entanto, e uma vez que as capacidades são mais pequenas, provavelmente nem sequer será necessário particionar a unidade, mas sim criar uma drive de dados separada através do comando TRIM.

Com o adaptador já colocado e aparafusado ao disco SSD, poderá agora colocá-lo numa das baías de 3,5” destinadas aos discos rígidos tradicionais. Para que funcione eficazmente, terá de remover o disco de arranque. Caso seja preciso fixar melhor o adaptador ao chassis, use parafusos adequados.

Alguns discos SSD incluem software de clonagem – como é o caso do Kingston V Series 40 GB Desktop Starter Kit, que permite transferir todos os programas e definições sem quaisquer preocupações ou limitações. É uma excelente opção, caso queira evitar a reinstalação do Windows.

Este é um comando novo nos discos SSD que mantém o sistema de ficheiros actualizado e envia uma mensagem à drive para eliminar os blocos danificados sempre que seja necessário fazê-lo. Até agora, a Samsung e a Indilinx adoptaram o TRIM, que é também suportado no Windows 7. PCGUIA

| 87


ASSISTÊNCIA TÉCNICA

João Trigo, editor

PERGUNTE AO ESPECIALISTA Uma vez que não tivemos problemas informáticos graves aqui na Redacção no último mês, seguimos a estratégia do Sporting: fomos à procura deles...

P R

Preciso de uma aplicação que automatize tarefas repetitivas no Windows. Podes ajudar-me?

Se percebo bem, o meu amigo procura uma ferramenta que permita a criação do que no Photoshop se chama Actions. Isto é, uma forma de guardar e memorizar uma série de tarefas que possa depois ser reproduzida através de um só clique no rato. Se estivermos a falar de tarefas como alterar as dimensões de dezenas de fotos de forma automática, então o FastStone Image Viewer é uma boa opção. No entanto, as aplicações do Microsoft Office têm macros, que lhe permitem cumprir estes objectivos. Visite www.support-pcs.co.uk/quickfix/macro.html para ver um guia. Os utilizadores do OpenOffice também têm acesso a estas ferramentas. Veja em www.ooomacros.org. É possível ajustar este tipo de automação a quase todas as tarefas no Windows com o AutoHotKey (www.autohotkey.com). Não é a aplicação mais intuitiva de se usar, uma vez que grava os movimentos do rato, e não as opções onde o usa. Assim, o melhor mesmo é gravar as tarefas usando atalhos de teclado. Pode encontrar um guia de utilização na página da software house responsável pelo seu desenvolvimento.

O AutoHotKey inclui a função AutoScriptWriter, que automatiza as tarefas em todos os programas

UPGRADE AO CPU

P

Posso fazer um upgrade ao processador da minha motherboard Asus P5S800-VM para um modelo dual core? 88 | PCGUIA

R

Infelizmente, não. Se der um salto à área de apoio do site da Asus (http://support.asus.com) e vir a lista de suporte para processadores, verá que essa motherboard

suporta somente Pentium 4 e Celeron D. Se quiser usar um processador com mais de um core, terá mesmo de mudar de motherboard. Prepare-se para reinstalar o sistema...


CONVERTA IMAGENS RAPIDAMENTE

01

02

03

04

05

06

Execute o Faststone (www.faststone.org) e escolha Tools, Open Batch Convert/Rename. Escolha as fotos que quer converter do painel do lado esquerdo.

Clique em browse para escolher uma pasta e guardar as imagens convertidas. Não seleccione a Output Folder se quiser guardar as imagens nas pastas de origem.

Carregue em Use Advanced Options e clique em Advanced Options para redimensionar as suas imagens, para alterar a profundidade de cor, a DPI, para rodar ou colocar marcas de água, e muitas coisas mais.

Para converter as fotos para outro formato, escolha-o no menu Output Format. Clique em Settings para ajustar as definições, como sejam os níveis de qualidade do JPEG.

Escolha Rename para alterar os nomes dos ficheiros usando uma série de caracteres, como # para numeração sequencial, ou * para manter o nome original do ficheiro. Clique em ? para aceder à ajuda.

Clique na lente de zoom que se encontra perto da opção Convert para ver uma pré-visualização de cada imagem. Acerte os últimos detalhes e clique em Convert.

PCGUIA

| 89


ASSISTÊNCIA TÉCNICA

UPGRADE PARA O WINDOWS 7 Resolva todos os problemas de hardware e software antes de instalar o mais recente sistema operativo da Microsoft

P R

Como posso ter a certeza de que o meu hardware e software (uso o XP) é compatível com o Windows 7?

Tudo o que funciona com o Vista deverá, em teoria, funcionar com o Windows 7. Além disso, muitos programas concebidos para o XP também não deverão evidenciar problemas. No que respeita ao hardware, as coisas são um pouco diferentes...

VERIFIQUE A COMPATIBILIDADE Instale a última versão do Windows 7 Upgrade Advisor (http://snipurl.com/win7upgadv), que deverá adverti-lo para quaisquer possíveis problemas com o seu hardware e software. Indicar-lhe-á também possíveis soluções.

VISITE O SITE Procure no site do fabricante do hardware ou do software uma solução ou mais informação acerca da compatibilidade com o Windows 7. Poderá encontrar actualizações de controladores ou um programa gratuito de actualização.

PROCURE RESPOSTAS Escreva o nome do programa (incluindo a versão) ou do componente de hardware seguido de “Windows 7” no Google para ver se mais alguém se deparou com o seu problema.

INSTALE O PROGRAMA NORMALMENTE A não ser que a aplicação seja um utilitário de sistema com importância

90 | PCGUIA

crítica (software de segurança, por exemplo), experimente instalá-lo noWindows 7. Se a instalação falhar, o Windows deverá “oferecer-se” para reinstalar o programa recorrendo ao modo de compatibilidade.

DEFINA AS OPÇÕES DE COMPATIBILIDADE Se o programa for instalado mas não conseguir usá-lo, clique com o botão direito do rato no atalho e escolha Propriedades, Opções de Compatibilidade. Escolha a versão que antes usava do Windows (XP, neste caso). Se falhar, seleccione a opção “Executar este programa como administrador”.

ACTUALIZE PARA A VERSÃO MAIS ACTUAL Se tudo o resto falhar, é provável que tenha que fazer um upgrade para a versão mais recente do programa. Esta opção é particularmente importante caso se trate de aplicações de segurança.

ALTERNATIVAS DE CÓDIGO ABERTO Muitos programas mais antigos foram descontinuados, por isso procure uma alternativa online.

Escreva o nome da aplicação seguida de “freeware” no Google.

PROBLEMAS DE HARDWARE Se não existir qualquer controlador do Windows 7 no disco de instalação do sistema operativo ou no disco do fabricante do hardware, experimente a versão para o Vista. Se não funcionar, experimente a versão para o XP. Certifique-se de que cria um ponto de restauro primeiro. Ignore os avisos sobre o facto de os drivers não serem assinados.

MODO WINDOWS XP Se comprou o Windows 7 Profissional, poderá fazer o download do Virtual PC, que inclui uma versão do Windows XP que é executado virtualmente. Poderá usar as suas aplicações antigas desta forma.

PREPARE O SEU MODO XP Tem uma cópia do Windows XP? Poupe dinheiro e use a sua máquina virtual recorrendo a software como o VirtualBox (www.virtualbox.org). Pode ser usado para drives USB.


DESINSTALAÇÃO DIFÍCIL

P R

O Quicktime está a mostrar-me um erro, avisando-me de que está desactualizado... o que posso fazer?

Depois de conversar ao telefone com este nosso amigo, chegámos à conclusão de que o erro dizia respeito ao Painel de Controlo do QuickTime. Mesmo tentando fazer a actualização, a mensagem de erro não desaparecia. Além disso, não havia forma de desinstalar o programa... Depois de usarmos a ferramenta Revo Uninstaller (para remover aplicações “teimosas”), conseguimos desinstalar o QuickTime. Mas mesmo depois de o fazer e de apagar todas as entradas referentes a este programa do Registo, os nossos esforços para reinstalar o QuickTime revelaram-se infrutíferos. Uma vez que o nosso leitor apenas queria usar o QuickTime para ver conteúdo na Net, sugerimos uma alternativa (www.freecodecs.com/download/quicktime_alternative.htm), que lhe permite ver o conteúdo sem ter que instalar a versão final do QuickTime. Problema resolvido.

Remova programas impertinentes com a ajuda do Revo Uninstaller (www.revouninstaller.com)


PCGJogos

THE SABOTEUR Há sempre tempo para destruir o nacional-socialismo MATAR NAZIS!

CENÁRIO GIGANTE

GRÁFICOS

VEREDICTO 8

EDITOR ELECTRONIC ARTS ■ PREÇO 49,99 EUROS ■ CONTACTO 707 200 712 ■ SITE WWW.PANDEMICSTUDIOS.COM/ /THESABOTEUR ■ REQUISITOS MÍNIMOS PROCESSADOR DUAL-CORE, 2 GB DE RAM, PLACA 3D SM3 DE 256 RAM

92 | PCGUIA

The Saboteur tem definitivamente algo que se lhe diga. Hesitamos em usar a palavra “charme”, mas tem mesmo qualquer coisa. Representando o último título saído do estúdio da Pandemic enquanto este entrava em declínio, tem obviamente um parentesco com a popular franchise Mercenaries do mesmo criador. É grosseiro, não muito bonito e nem sequer assim tão inteligente, mas é definitivamente divertido. Iniciar com o clássico ecrã de configuração que parece ter sido copiado de uma versão de consola não é um bom começo. O tom é dado desde logo com a personagem que jogamos. Somos um irlandês bêbado de nome Sean Devlin, que vive num dos principais clubes de strip-tease de Paris. Depois somos metidos na Paris ocupada, cheia de nazis, e damos início ao nosso reinado de terror entre esses fanáticos do Mein Kampf. E eis o verdadeiro segredo do sucesso de The Saboteur – os nazis. Em termos de jogo, é uma mistura de mundo aberto (à GTA) com a paixão de Red Faction: Guerilla pela destruição maciça e o amor pelo parkour de Assassin’s Creed. Mas com nazis.

BOOM! NAZI, C’EST FINI! O que mais gostamos deste estilo de jogo é a forma como ele nos permite ir a qualquer lado

e fazer o que nos apetece enquanto jogarmos a história principal – é algo surpreendentemente envolvente. Para nos mantermos entretidos, há uma série de locais com nazis em Paris e nos seus arredores rurais. Podemos encontrar os militares alemães em simples depósitos de combustível e torres de observação ou em grandes instalações de baterias antiaéreas. Destruir a máquina de guerra nazi dá-nos a moeda do jogo: o contrabando. Essencialmente, usa-se como dinheiro para comprar armas ou aperfeiçoar os veículos. O que estas acções também fazem é dar esperança aos habitantes da Paris ocupada; e quanto mais destruição semearmos numa dada área, maior apoio da Resistência teremos por lá. Esta situação é representada graficamente pela ausência de cor. Quando estamos sob o pesado jugo da ocupação nazi, tudo está em tons de cinzento. Mas se os combatermos, as áreas começam a ficar “pintadas”. Nas áreas coloridas, verificamos que escapar aos nazis (é como a mecânica de perseguição automóvel de GTA) é coisa simples e tem extras, como, por exemplo, as áreas de resistência. Podemos atrair os perseguidores para estas áreas e fazer-lhes uma emboscada. Aí, com a ajuda dos nossos amigos da Resistência, liquidamos um certo número de


1

ZIEG... 1 As estruturas nazis como este posto de 2

3

observação, agora em desmoronamento, dão oportunidades perfeitas para brincar com o explosivo plástico.

2 O familiar radar ao estilo de GTA mostra o

4

nosso objectivo, os soldados alemães e os pontos de interesse. Também mostra a área de onde precisamos fugir quando os hunos nos perseguem e, como aqui, a área de suspeita de onde precisamos de sair antes que nos detectem. Há também um indicador útil que nos mostra quando estamos a ser observados pelo inimigo.

3 Disfarçarmo-nos de oficial nazi é uma das

muitas coisas divertidas que podemos fazer no jogo. Permite-nos entrar nas zonas restritas.

4 O contrabando é a moeda da guerra em Paris.

hunos e afugentamos outros tantos. As corridas pelos telhados e os disfarces furtivos dão ainda mais profundidade ao título, proporcionando maneiras diferentes de cumprir as missões. Também achámos agradável a maneira como The Saboteur nos permite libertar a nossa agressão contra seguidores da suástica. Caminhando pelas ruas encontramos uns soldados a incomodar civis. Está logo a pedir um belo tiroteio catártico, não está?

SOU INVENCÍVEL! Há uma série de histórias secundárias que partem das diversas personagens que encontramos à medida que vamos fazendo a missão principal, como o padre católico e o legionário francês com um gancho em vez de

Para não sermos capturados é preciso sair da “zona nazi”…

mão. E nunca precisamos de ter medo de enfrentar seja o que for neste jogo, uma vez que a personagem é extraordinariamente difícil de matar. É claro que, se ficarmos na frente de um pelotão de fuzilamento por cinco minutos ou cairmos de um edifício de cinco andares, estamos mortos. Mas, na grande maioria das vezes, o sistema de saúde regenerativa e a falta de uma barra de saúde à GTA quer dizer que, se as coisas ficarem difíceis, é preciso apenas abrigarmo-nos por uns momentos. Saboteur tem pouca coisa de novo, e as vozes e interpretação são toscas, mas é muitíssimo divertido. Se procura um jogo de acção que o ponha a assobiar a música de Indiana Jones, não vá mais longe.

Através dele, pode comprar armas, veículos e aperfeiçoamentos. Ainda assim, não substitui uma metralhadora nazi tirada das mãos de um soldado morto …

…ou encontrar uma emboscada da Resistência V PCGUIA

| 93


ENTRETENIMENTO

Aviso: usar um chapéu grande pode afectar o centro de gravidade

TALES OF MONKEY ISLAND Será esta a expansão da série que os fãs esperam? EXTREMAMENTE DIVERTIDO

AVENTURA DA VELHA GUARDA

É MELHOR JOGAR-SE POR EPISÓDIOS

VEREDICTO 8

Dar seguimento a uma série tão importante nunca é trabalho fácil, mas a revisitação que a Telltale faz a Monkey Island e aos jogos por episódios é um sucesso. Ao contrário de muitos títulos por episódios, Tales faz jus ao nome: uma tale por mês (ou seja, uma história), todas contando uma única história grande em vez de vários episódios sem relação uns com os outros e utilizando cliffhangers nos intervalos dos episódios, permitindo que a narrativa respire. A intriga envolve o poderoso pirata Guybrush Threepwood ainda a combater o seu arqui-inimigo, o pirata fantasma LeChuck, e tentando matá-lo de uma vez por todas. Por acidente, não só mata LeChuck mas também espalha o seu poder de vudu maléfico por todas as Caraíbas, dando começo a uma busca por uma esponja marinha mágica capaz de “absorver” o problema. Parece absurdo? E é, mas é uma história contada de forma divertida.

CONTAR HISTÓRIAS

EDITORA LUCASARTS ■ PREÇO 25 EUROS ■ SITE WWW.TELLTALEGAMES.COM ■ REQUISITOS MÍNIMOS PROCESSADOR 2 GHZ CPU, 512 MB RAM, PLACA 3D DX9C DE 64 MB

94 | PCGUIA

Cada episódio passa-se num local diferente, com puzzles e personagens que partem do princípio que já sabe o que se passou anteriormente – não se trata de um jogo para entrar a meio. Não se apreendem muitas coisas a partir da resolução de puzzles anteriores, o que não só estraga muito da história, mas torna as coisas mais uma questão de tentativa e erro.

O que é mais interessante para os fãs de Monkey Island da velha guarda é o ênfase dado pela Telltale às relações entre as personagens. A caçadora de piratas (e admiradora de Guybrush) Morgan LeFlay é sem dúvida a melhor adição (a pior é o extremamente irritante Marquês de Singe, caçando Guybrush pelos seus maléficos motivos). Se há em Tales algo de memorável é um LeChuck ameaçador. O último par de jogos transformaram-no num vilão de pacotilha, mas finalmente vemos o flagelo dos Sete Mares voltar à sua forma antiga. Se contarmos as outras alterações à fórmula, estragamos a história. Adiantamos apenas que foram bem feitas. Os puzzles não são difíceis; há alguns momentos realmente inteligentes, embora nalguns casos repetidos. Cada episódio oferece uma tarde de jogo, e é a melhor maneira de se jogar. Se acabar jogando todos os episódios de seguida em “modo maratona”, a grande duração de cada intriga pode maçar um bocado. Tales os Monkey Island pode não ser um jogo que redefiniu a indústria, como os primeiros dois títulos, mas é um seguidor actual muito digno.


JAMES CAMERON'S AVATAR: THE GAME A Ubisoft lança-se no espaço

Na altura em que escrevemos este artigo, Avatar, de James Cameron, está nas salas de cinema, em três dimensões. E é um grande filme. Afinal de contas, James Cameron nunca fez um filme mau (à excepção de Piranha II) e sabe associar os efeitos à história. Mesmo Titanic convenceu-nos. A si não? A regra que caracteriza as adaptações de filmes para jogos é simples: na maioria dos casos, não funciona. Há, todavia, algumas excepções – The Chronicles of Riddick e Star Wars: Knights of the Old Republic são dignos de menção. Embora Avatar não chegue aos calcanhares destes dois títulos, também não se pode comparar a ET ou a Iron Man (2008).

DE VOLTA À BATALHA Passando-se claramente antes do filme (tendo assim os criadores rédea solta quando à história), Avatar permite-lhe começar como um fuzileiro chamado Ryder. Um fuzileiro num ambiente hostil. Depois ganha um fato de avatar e tem de fazer uma escolha: quer prosseguir como fuzileiro ou como Thundercat? É aqui que o jogo se espalha, pois não nos mostra as capacidades de ambas as facções. Para combater isto, escolhemos jogar como marine e depois como boneco cibernético. As missões dos fuzileiros são muito más, consistindo em correr de um lado para o outro aos tiros a tudo, incluindo criaturas inocentes, para ganhar pontos. As armas não são más,

mas como faltam armas corpo a corpo, acabamos sempre por levar uma lançada de um adversário. Sim, há veículos e armaduras espectaculares, mas ficamos a questionar-nos qual a razão de termos de destruir aquele mundo tão bonito. Os avatares deslocam-se muito mais depressa e com uma certa graciosidade, e têm armas únicas. É um mundo muito mais interessante e completo do que o dos fuzileiros. Claro, o jogo toma a forma de uma série interminável de missões que obrigam o jogador a um lado e salvar ou matar alguém. Comparado com Far Cry 2 – que partilha o motor Dunia com o Avatar – parece restrito e fica demasiado preso à mesma fórmula. É um mundo com um belo aspecto visual, especialmente quando se entra nos locais mais "mágicos" da floresta. Mas ao mesmo tempo parece muito cheio, como o papel de parede psicadélico. Avatar não é o jogo de que estávamos à espera. Se decidir jogá-lo, escolha ser um dos grandalhões azuis – é assim que se vai divertir. .

AMBIENTES BELÍSSIMOS

DIVERTIDO...

...MAS REPETITIVO

VEREDICTO 6

EDITOR UBISOFT ■ PREÇO 59,90 EUROS ■ SITE HTTP://AVATARGAME.US.UBI.COM/ ■ REQUISITOS MÍNIMOS PROCESSADOR DUAL CORE, 2 GB DE RAM, PLACA 3D DE 512 RAM PCGUIA

| 95


ESPECIAL

JOGOS DA DÉCADA SHOGUN: TOTAL WAR ■ LANÇADO EM: JUNHO DE 2000

Foi o título responsável pelo início da saga Total War e uniu no mesmo jogo elementos de estratégia em tempo real e tácticas de jogos baseados em turnos. O mapa de campanha permitia ao jogador criar estratégias de conquista ao estilo do jogo de tabuleiro Risco, mas depois podia comandar os seus generais nas inúmeras batalhas que tinham lugar – e em 3D. Foi uma mistura bem-sucedida de actos históricos, intriga e acção brutal nos campos de batalha do século XV. O cenário japonês convenceu-nos inteiramente.

A década que agora termina ficará para sempre conhecida como um período de ouro dos videojogos. Um exemplo? Doom 3 vendeu mais de 3,5 milhões de cópias entre 2003 e 2007. Outro? Call of Duty: Modern Warfare 2 vendeu 4,7 milhões de cópias nas primeiras 24 horas em que esteve à venda – e apenas

no Reino Unido e nos Estados Unidos da América. Trememos só ao pensar o que nos trarão os próximos 10 anos. Enquanto esperamos pelo futuro, reunimos os jogos que consideramos serem marcantes na história dos videojogos nos últimos 10 anos. Para ver e recordar.

MAX PAYNE

EVE ONLINE

CALL OF DUTY

■ LANÇADO EM: JULHO DE 2001

■ LANÇADO EM: MAIO DE 2003

■ LANÇADO EM: NOVEMBRO DE 2003

O filme pode não agradar a todos, mas foi difícil encontrar alguém que não tenha gostado do jogo. Max Payne foi um marco em 2001. Um excelente argumento, batalhas viciantes e a hipótese de usar o bullet-time foram apenas alguns dos argumentos com que este jogo convenceu os utilizadores de PC.

Concebido como uma versão de Elite para multijogador, tornou-se em algo muito melhor que apenas isso. Aliás, o seu universo continua a ser mais atraente que muitos criados em jogos mais recentes. Batalhas com imensos jogadores e a sua história fantástica mantêm EVE na linha da frente do seu estilo.

A Segunda Guerra Mundial não era propriamente um cenário novo… Já existia Medal of Honor e Return to Castel Wolfenstein, mas Call of Duty foi um jogo viciante, que dava várias perspectivas do conflito e que ajudava a perceber a história deste acontecimento tão marcante do século XX.

STAR WARS: KNIGHTS OF THE OLD REPUBLIC ■ LANÇADO EM: DEZEMBRO DE 2003

DEUS EX ■ LANÇADO EM: JUNHO DE 2000

GTA: VICE CITY ■ LANÇADO EM: MAIO DE 2003

É difícil pensar no que seriam hoje os jogos de computador se não tivesse existido o Deus Ex. O título híbrido (RPG/FPS) foi único, mas o que mais nos marcou foi a dimensão gigantesca dos níveis. Existiam múltiplas soluções para cada problema. Mesmo assim, conseguimos encontrar quem não o tenha jogado, mas se lembre de um «jogo qualquer chamado “Day of Sex”…» Como é possível?

96 | PCGUIA

George Lucas apostou forte ao contratar a Bioware (responsável por Baldur’s Gate) para desenvolver este jogo da Guerra das Estrelas, mas valeu a pena. Deixou de lado os componentes de arcada de títulos anteriores e apostou em argumentos de RPG, rodeados pela necessidade de tomar decisões morais que alteravam o rumo dos acontecimentos. O seu legado vive em The Old Republic, que sairá brevemente.

FAR CRY ■ LANÇADO EM: MARÇO DE 2004

Muito embora tenha sido GTA III o responsável por provar que a adaptação para 3D de um jogo de violência pura podia ser bem-sucedido, foi Vice City que lhe conferiu maior visibilidade. Foi um jogo que captou o ambiente dos anos 80 até ao mais pequeno pormenor. Ainda hoje o jogamos.

Muito embora tenha sido criticado dada a fraca inteligência artificial das personagens do jogo, a verdade é que Far Cry marcou o ano de 2004, e não foi só pela paisagem tropical fabulosa. Crysis pode ser visualmente mais atraente, e Far Cry 2 um jogo melhor, mas foi Far Cry que reforçou a posição do computador como “rei” dos FPS.

THE SIMS 2 ■ LANÇADO EM: SETEMBRO DE 2004

Já foi alvo de muita atenção e especialmente de muitas expansões, mas há razão para tal. The Sims marcou a história dos videojogos. O jogo demonstrou que gerir uma casa com pessoas virtuais pode ser divertido e viciante. Além disso, tornou-se particularmente apelativo a um público nem sempre interessado em jogos: as mulheres. O primeiro título foi lançado em 1999, mas o The Sims 2 foi realmente o passo à frente da série.


S.T.A.L.K.E.R: SHADOW OF CHERNOBYL HALF-LIFE 2 ■ LANÇADO EM: NOVEMBRO DE 2004

O primeiro Half-Life revelou um casamento perfeito entre a narrativa e a jogabilidade. A sequela acrescentou um argumento apaixonante e personagens muito bem construídas, além de um sistema de física revolucionário. Já pensou o que seria dos jogos deste género sem Half-Life 2?

THE ELDER SCROLLS IV: OBLIVION ■ LANÇADO EM: MARÇO DE 2006

O jogo que precedeu Oblivion – Morrowind – pode ter sido a base que tornou possível desenvolver este título. Numa altura em que os MMO lançavam uma sombra escura sobre os RPG de jogador único, Oblivion provou que este género ainda tinha muito para dar. Tinha falhas, como o número limite de vozes para um número gigantesco de personagens, mas a simples dimensão do cenário e a quantidade de quests foram elementos realmente dignos de registo.

■ LANÇADO EM: MARÇO DE 2007

A provar que as software houses da Europa de Leste também conseguem produzir bons videojogos, Stalker chegou vários anos depois do que tinha sido anunciado. Mas conseguiu servir de plataforma para o FPS/RPG Fallout. O ambiente e o cenário eram elementos de que nos recordamos com saudade. Volta e meia, jogamos o título novamente.

TRIALS 2: SECOND ED ■ LANÇADO EM: MARÇO DE 2008

Trials 2 é um jogo da velha escola que prova que, mesmo nos dias que correm, uma boa jogabilidade ganha a efeitos visuais fabulosos. Misturou o jogo de arcada com desenhos de níveis apaixonante. Não é apenas um jogo de corridas… Com o passar do tempo, torna-se mais num jogo de puzzles, já que o leitor tem de descobrir como ultrapassar as pistas mais complicadas.

WORLD OF GOO ■ LANÇADO EM: DEZEMBRO DE 2008

É um jogo de puzzles que apaixonou toda a gente aqui na Redacção. Provou que dois homens sozinhos em casa podem fazer mais do que ver futebol e dizer palavrões. Além disso, o ambiente Tim Burton e a jogabilidade inventiva foram argumentos de peso para convencer toda a gente.

COMPANY OF HEROES MIRROR’S EDGE

■ LANÇADO EM: SETEMBRO DE 2006

■ LANÇADO EM: JANEIRO DE 2009

COLIN MCRAE DIRT ■ LANÇADO EM: JUNHO DE 2007

WORLD OF WARCRAFT ■ LANÇADO EM: FEVEREIRO DE 2005

É talvez o jogo que mais consenso reuniu na Redacção para ser colocado nesta lista. Com WoW, a Blizzard provou que é possível manter um vasto e fiel público, mesmo pagando. De resto, WoW continua a ser o standard dos jogos do género.

Jogos RTS na Segunda Guerra Mundial… Não são todos iguais? Bom, não. Company of Heroes foi uma lufada de ar fresco no estilo. A acção focava-se nas unidades sob o seu comando e a estrutura da campanha tornava cada missão numa batalha pessoal. O modo multiplayer era convincente e é, até hoje, o melhor RTS da Segunda Guerra.

Antes de DiRT aparecer, dificilmente se conseguia encontrar uma análise a jogos que juntasse as palavras “carros” e “bonito” na mesma frase. Mas este título mudou tudo. Aspecto visual fantástico e uma jogabilidade de fazer inveja fizeram dele um sucesso imediato. E DiRT 2 corrigiu os problemas de multiplayer evidenciados no primeiro DiRT.

Recebe os louros por ter pegado no género FPS e revolucionado a forma como este é encarado. A banda sonora é fabulosa e os efeitos visuais de deixar o queixo no peito. Se não jogou, experimente.

PCGUIA

| 97


LANÇAMENTOS

HEAVY RAIN

Heavy Rain está numa categoria de jogos diferente da que estamos habituados. Trata-se de um título com um argumento sofisticado, uma história complexa e uma narrativa que sobrevive associada a questões morais. O jogador veste a pele de diferentes personagens, que vivem inseridas em ambientes, histórias e enquadramentos distintos. São as suas decisões que ditam o desenrolar de todas as cenas. Ou seja, este é um jogo que vive das acções e decisões que fizer. Gráficos realistas, animações e uma interface fora do comum são alguns dos pontos fortes deste título. PLATAFORMA PS3 n EDITORA SCEE

RED STEEL 2 A consola Wii promete dar outra dimensão ao jogo Red Steel 2. Basta pensar que com o Wii MotionPlus, o jogador vai ter de largar os botões e empunhar ele próprio a espada que dita as vitórias ou as derrotas nas batalhas que terá de travar. Este acessório vai permitir sincronizar o movimento do braço do jogador com o movimento que a personagem assume no ecrã, ou seja, a perícia é vital. Um dos pontos positivos é o modo de visualização de corpo inteiro, que torna

todo o esquema de combate ainda mais intenso. Além do manejo da espada, terá de afinar a pontaria, uma vez que tem também disponível uma arma de fogo. O cenário de todo o jogo é a cidade de Aldera, que mistura os ambientes citadino e desértico. Existem três modos de dificuldade e muitas opções de personalização, mas há que ter em conta que as capacidades da personagem vão evoluindo ao longo do jogo. S.E.

PLATAFORMA WII n EDITORA UBISOFT

YAKUZA 3

CLASH OF THE TITANS

O jogador é Perseus, um deus que vai liderar uma batalha contra o poderoso Hades, deus do submundo, que ambiciona o trono de Zeus e ameaça trazer o inferno para a terra. Ao seu lado tem um grupo de guerreiros que o vão ajudar a derrotar todo o tipo de demónios, bestas e monstros da mitologia grega. Ao todo são mais de 100 inimigos diferentes que terão de ser derrotados para que Perseus consiga conquistar os 15 cenários mitológicos ao longo das 80 missões. Clash of the Titans traz literalmente o mundo do fantástico para as consolas de última geração da Sony e da Microsoft. Este universo também vai estar disponível nas salas de cinema. PLATAFORMA PS3 E XBOX n EDITORA NAMCO BANDAI

98 | PCGUIA

DEAD TO RIGHTS: RETRIBUTION

Jack Slate e o seu cão Shadow estão de volta e prometem não dar tréguas às forças do mal que ameaçam Grant City. Este novo título conseguiu optimizar toda a experiência de jogo e de combate, seja ele armado ou corpo a corpo. O sistema de combate apresenta-se agora mais fluído. A personagem principal poderá combater usando combinações, contra-ataques e outras armas. Slate poderá, inclusive, derrotar vários inimigos ao mesmo tempo através do combate 360 hand-to-hand. O enredo está mais bem trabalhado e orientado para as personagens. S.E. PLATAFORMA XBOX 360, PLAYSTATION 3 n EDITORA NAMCO BANDAI

Combates carregados de adrenalina, uma história envolvente e um passeio pelo que de melhor Okinawa tem para mostrar são alguns dos atractivos da mais recente versão do jogo Yakuza. O cenário vive dos detalhes e a qualidade gráfica é uma constante, pelo que o ambiente em que o jogador se move parece real. Kiryu Kazuma continua a dar luta, desta vez com uma qualidade superior devido ao motor de combate melhorado que este quarto jogo da série traz. Em Yakuza 3, o alvo a abater continua a ser a máfia japonesa, mas, desta vez, tudo se passa no submundo japonês de há 400 anos, durante o período conhecido por Sengoku. S.E. PLATAFORMA PS3 n EDITORA SEGA


SHOPPING

BARREIRA AO FRIO Gel Condicionador e Creme Hidratante é o que a Gillette Series propõe para combater o frio deste Inverno. Mais sensível às condições atmosféricas, a pele masculina ressente-se com o contraste entre os ambientes aquecidos e frios, que agridem a barreira de protecção natural da pele, desequilibram os seus níveis de hidratação e podem constituir verdadeiras ameaças para a pele masculina. O Gel Condicionador abre os poros e suaviza a pele, preparando-a para um barbear suave, o Creme Hidratante mantém a pele protegida e hidratada, para uma sensação de frescura e conforto que dura todo o dia.

TRANSPORTE DE LUXO Porque não fugir à tendência de oferecer um perfume, uma gravata ou um relógio e surpreende-lo com este mais recente modelo da Furla. A mala de viagem foi pensada para os homens de espírito livre e jovem, que gostam de aliar a qualidade à elegância. Quem disse que as roupas não podiam viajar em primeira classe?

IRREVERÊNCIA DESPORTIVA A nova colecção ambition da Adidas Eyewear exibe um estilo irreverente, desportivo e cheio de atitude. O novo modelo ambition é feito em SPX, um material leve e confortável, que exibe hastes totalmente flexíveis, que se adaptam ao rosto. A gama de cores fortes e atractivas, adaptam-se a cada estilo.

DOIS ESTILOS A marca Michael Kors sugere quatro novos modelos para esta Primavera Verão de 2010 que o poderão acompanhar tanto num dia mais descontraído, como num evento mais formal. As correias de cauchu e as novas cores asseguram o look desportivo, enquanto as braceletes que combinam o dourado com o acetato imitação de tartaruga e marfim garantem o toque de distinção.

CONFORTO INTERIOR Em nome do conforto, mas também da moda, a Benetton desafia-o a seguir as tendências e marcar a diferença com a linha UNDERCOLORS OF BENETTON. O conforto e a qualidade dos tecidos estão no topo das prioridades da marca. PCGUIA

| 99


SOFTWARE ProfissionalPCG

AVANÇA A FUSÃO ENTRE A ORACLE E A SUN GETTY IMAGES

Depois do “sim” da CE, esperam-se agora novidades em termos de roadmap dos produtos. Larry Ellison garantiu, entretanto, que vai contratar dois mil novos quadros

Larry Ellison, CEO da Oracle

Mais de nove meses depois de a Oracle ter anunciado a sua intenção de adquirir a Sun Microsystems por 7,4 mil milhões de dólares (5,32 mil milhões de euros), o negócio está finalmente concluído. A aquisição torna-se efectiva depois de a Oracle ter recebido luz verde das entidades regulatórias norte-americana e, mais recentemente, europeia. A grande questão passa agora por saber qual o roadmap que a multinacional norteamericana pretende definir no âmbito dos produtos das duas companhias. Outra situação em aberto diz respeito à integração da actual equipa da Sun no quadro de funcionários da Oracle. De acordo com alguns analistas de mercado, são de esperar despedimentos. São vários os analistas que temem ainda a possibilidade de a Oracle acabar por “fechar” algumas das áreas de negócio da Sun menos rentáveis levando com isso a um alargado número de despedimentos, uma ideia desde logo contrariada por Larry Ellison, CEO da Oracle, segundo o qual a sua empresa está a planear contratar cerca de 2000 quadros entre responsáveis de venda e engenheiros, número que deverá sobrepor-se aos eventuais cortes que advêm da compra da Sun. «A grande novidade é que nós estamos a contratar e não a despedir», disse Ellison 100 | PCGUIA

durante a recente conferência de imprensa que deu sobre o negócio com a Sun. O porquê deste negócio está também entre as dúvidas que pairam no ar, tendo em conta que, nos últimos anos, a Sun tem lutado com várias dificuldades para se manter à tona de água, segundo os analistas. No entanto, Larry Ellison deixou uma certeza para o futuro: «A nossa visão para 2010 é fazer o mesmo que a IBM fez em 1960: conseguir disponibilizar um completo e abrangente portfolio de soluções». O CEO disse ainda: «Aquela estratégia fez a IBM e a nós agrada-nos esse tipo de abordagem ao negócio.» Nos próximos meses, a Oracle deverá apresentar um vasto conjunto de produtos que vão garantir que a sua tecnologia passe a trabalhar de forma totalmente integrada com a da Sun. A Oracle espera vir a registar lucros com o negócio da Sun na casa dos 1,5 mil milhões de dólares (1,07 mil milhões de euros) já no próximo ano. Mas, de acordo com alguns analistas, um valor tão elevado em termos de receita deverá obrigar a uma simplificação do negócio da empresa. Outra pergunta que ficou ainda sem resposta diz respeito às funções que o CEO da Sun, Jonathan Schwartz, terá no futuro, depois da fusão das duas empresas. Ele que, recorde-se,

aproveitou o último OpenWorld em São Francisco para agradecer à sua equipa e se despedir, sem nunca dizer o que pretende fazer no futuro. A fusão Oracle/Sun estava dependente do “sim” da União Europeia, que concluiu que «o negócio não vai afectar de forma significativa a competitividade na zona económica europeia». A investigação da Comissão, que demorou cerca de cinco meses, teve em conta a eventualidade de a integração da MySQL na Oracle poder vir a colocar constrangimentos em termos de mercado concorrencial. No entanto, os especialistas europeus chegaram à conclusão que «embora a base de dados open-source, MySQL e a própria Oracle possam vir a competir em certas áreas do mercado de bases de dados, isso não significa que sejam concorrenciais em outros mercados, como o do high-end». A investigação mostrou ainda que uma outra base de dados open-source, a PostgreeSQL, pode vir a ser considerada uma alternativa credível ao MySQL por muitos utilizadores e poderá vir a ocupar o lugar concorrencial que agora está atribuído àquela. O facto de a Oracle ter feito uma série de promessas aos clientes, utilizadores e responsáveis de desenvolvimento da Sun na


MERCADO MUNDIAL DE TI DEVE CRESCER 4,6% EM 2010

área do MySQL, em Dezembro passado, foi também visto com bons olhos pela Comissão Europeia.

A OPINIÃO DOS PARCEIROS Em Portugal, A PCGuia quis saber junto de alguns parceiros como é que estes viam o negócio que agora se concluiu. Do lado da Actis, o seu director manager, Carlos Cardoso, acredita que este negócio «vem robustecer um caminho iniciado há anos e que leva a uma transformação essencial que a Oracle está a introduzir na indústria, de um fornecedor completo de sistemas, das aplicações até ao disco, com um aumento significativo da sua presença no mercado». Por seu turno, Joaquim Ricardo, sales director da Normática, refere que «a consolidação expectável da indústria de TI só confirma a validade da estratégia que a Normática tem desenvolvido nestes últimos anos, onde acompanhou a grande transformação do seu maior parceiro – a Oracle». Na realidade, «esta nova área de competência da Oracle será replicada na estrutura da Normática, e consolidará a grande aposta nesta parceria». Em termos de mais-valias para a própria Actis, Carlos Cardoso refere que «esta estratégia vem alavancar a parceria, aumentando as oportunidades de negócio e os potenciais clientes». Do lado da Normática, Joaquim Ricardo assegura que a sua empresa «vai continuar a trabalhar conjuntamente com a Oracle para ajudar os clientes a reavaliarem as suas estratégias de TI e a tirar proveito das novas oportunidades e sinergias criadas pela nova oferta, reduzindo custos, aumentando o desempenho e proporcionando maior segurança aos sistemas e aplicações». A Normática irá transpor para os seus clientes, através da sua oferta e competências, «todas as potencialidades da nova oferta da Oracle». Joaquim Ricardo aproveita para lembrar que a Normática tem um Oracle Solution Center dedicado a soluções baseadas em tecnologia Oracle e «liderado por uma equipa sénior com recursos especializados, que assegura o máximo desempenho a nível de entrega e disponibilização de serviços de excelência». Este Solution Center «é particularmente forte ao longo de todo o ciclo de implementação» e tem investido na oferta Oracle de database, middleware e BI. Essa aposta deverá agora estender-se «aos novos produtos Server and Storage Systems». C.S.

Uma recuperação lenta mas com melhorias notórias na macroeconomia em 2010 é mais do que o suporte necessário para que o investimento mundial em tecnologias de informação registe um crescimento modesto de 4,6%, de acordo com os dados avançados pela Gartner. As previsões desta analista de mercado apontam um investimento em TI de 3,4 triliões de dólares (2,45 triliões de euros) no corrente ano. Este crescimento, considerado moderado pela Gartner, significa uma melhoria significativa face ao comportamento do mercado no ano transacto, quando, pela primeira vez em décadas, o mercado registou um crescimento negativo de -4,6%. Os maiores segmentos de mercado que constituem a indústria de TI (hardware, software, serviços de TI, telecomunicações e serviços de telecomunicações) vão registar

crescimento em 2010. «No último trimestre de 2009 não era expectável assistir a uma recuperação do nível de investimento realizado em TI em 2008 até 2011, no entanto, após realizar as previsões para 2010, estamos a projectar que o investimento global em TI será semelhante àquele que foi realizado em 2008», diz Richard Gordon, research vice president at Gartner. «As nossas previsões de investimento no sector de TI apontam para um valor de 3,4 triliões de dólares em 2010, o que representa que o mercado vai alcançar este valor um ano antes do que eram as previsões iniciais da Gartner 2009», esclarece Richard Gordon, salientando que estas previsões foram realizadas tendo em consideração uma desvalorização do dólar face ao valor que alcançou em 2009.

PREVISÕES DO INVESTIMENTO MUNDIAL DE TI (EM BILIÕES DE DÓLARES) 2009 INVESTIMENTO

2009 CRESCIMENTO (%)

2010 INVESTIMENTO

2010 CRESCIMENTO (%)

Hardware

326.4

-13.9

331.7

1.6

Software

220.7

- 2.1

231.5

4.9

Serviços

780.9

- 3.5

842.2

5.6

Telecomunicações

1,887.7

- 3.6

1,976.6

4.7

Serviços de telecomunicações

1,524.1

-2.9

1,588.5

4.2

Total

3,215.7

-4.6

3,364.1

4.6

(FONTE GARTNER, JANEIRO 2010)

PCGUIA

| 101


NOTÍCIAS

BREVES O reembolso do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) suportado em operações tributáveis efectuadas num outro Estado-membro da União Europeia (UE) já pode ser pedido através do Portal das Finanças. O Decreto-Lei recentemente aprovado transpõe para a ordem jurídica interna directivas do Parlamento Europeu e do Conselho relativas ao sistema comum do IVA, introduzindo alterações na sua legislação.

SAPO FOI O SITE MAIS VISITADO

Em Dezembro passado, a homepage do Sapo manteve a liderança do ranking Netscope, com 29 milhões de visitas e 105 milhões de pageviews. Por seu lado, o site A Bola garantiu a segunda posição, com 15,8 milhões de visitas e 84,4 milhões de pageviews, logo seguido pelo do Record, com 13 milhões de visitas e 63,9 milhões de pageviews. O Correio da Manhã garantiu 33,7 milhões de pageviews, tendo tido cinco milhões de visitas. O ranking registou nesse mês 97 presenças, que, no seu conjunto, foram responsáveis por um tráfego de cerca de 825,5 milhões de pageviews, uma média de 26,6 milhões de pageviews por dia.

PORTUGUESES CONTRA PUBLICIDADE NO TELEMÓVEL

Mais de 11 mil portugueses já se inscreveram na lista da Direcção-geral do Consumidor que rejeita a recepção de mensagens publicitárias através do telemóvel. Os valores foram avançados pela Secretaria de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor. A lista, criada em Março de 2008, começou a funcionar em Maio do mesmo ano, tendo acolhido desde então um elevado número de subscrições. A Internet e os serviços de mensagens curtas e mensagens multimédia tornaram-se veículos publicitários atractivos, permitindo aos anunciantes chegar a um grande número de consumidores a um custo reduzido. 102 | PCGUIA

ARQUIVO PCGUIA

PEDIDO DE REEMBOLSO ONLINE

REGUS EQUIPA REDE DE ESCRITÓRIOS COM VIDEOCONFERÊNCIA A empresa implementou 2500 suites de videoconferência, as quais cobrem 115 países e 1110 cidades e áreas suburbanas. O passo seguinte é adoptar salas de telepresença A Regus é uma empresa com presença global especializada no aluguer de espaços de trabalho que oferece produtos e serviços, desde escritórios totalmente equipados a salas de reunião profissionais e business lounges. Cerca de 500 mil clientes usufruem todos os dias dos escritórios da Regus em mais de mil locais situados em 450 cidades e 78 países. Para melhorar os serviços prestados aos seus clientes, a empresa decidiu investir numa rede de videoconferência (VC). As 2500 suites VC, disponíveis através do site da Regus, com processos realizados a partir dos seus próprios centros e dos centros dos seus parceiros, já cobrem 115 países e 1110 cidades e áreas suburbanas. O crescimento das instalações VC da Regus é uma resposta à maior procura deste tipo de soluções. Em 2009, a Regus registou um aumento de 22% na contratação de serviços VC. As empresas procuram este género de serviços de forma a reduzir os custos com viagens e os impactos ambientais associados,

sem comprometer as operações empresariais; a utilização de videocomunicações em vez de viagens pode ser até 75% mais barata sem ter o impacto das emissões de carbono. As instalações de VC da Regus podem ser contratadas com um aviso prévio de três a sete dias e praticamente metade das contratações possui vários fusos horários. Para responder a esta necessidade de reserva em cima da hora, a Regus oferece salas de reunião online e em tempo real com equipamento VC a nível mundial, o que significa que as unidades podem ser reservadas a partir de qualquer lugar. Tudo o que os convidados precisam fazer é introduzir os detalhes da sua localização e reservar a suite VC mais próxima. Além das tradicionais instalações VC, a Regus também está a desenvolver estúdios de telepresença de acesso público com equipamentos Polycom RPX. Depois do seu lançamento na Berkeley Square, em Londres, vão ser instalados mais 12 sites globais em Fevereiro. C.M.


GETTY IMAGES

PRIVACIDADE DOS EUROPEUS É UM DESAFIO A Comissão Europeia chamou a atenção para a necessidade de se actualizarem as regras de protecção dos dados de modo a acompanhar a evolução tecnológica A privacidade dos cidadãos europeus tem pela frente novos desafios: a publicidade comportamental pode utilizar o historial dos nossos passos na Internet para vender produtos de forma mais eficaz. Por outro lado, os sítios de redes sociais, utilizados por 41,7 milhões de europeus, permitem que informação pessoal, como fotos, seja vista por terceiros e os diferentes dispositivos electrónicos inteligentes actualmente em uso permitem seguir os nossos movimentos. Face a esta realidade, a Comissão Europeia chamou a atenção para a necessidade de se actualizarem as regras de protecção dos dados de modo a acompanhar a evolução tecnológica «para garantir o direito à privacidade, a segurança jurídica para as empresas e a implantação de novas tecnologias». As regras da UE determinam que as informações relativas a uma pessoa só podem ser utilizadas por razões legítimas, com o consentimento prévio do interessado. Agora, a Comissão afirmou que pretende criar um quadro regulamentar claro e moderno para toda a UE «que garanta um elevado nível de protecção dos dados pessoais e da privacidade», começando pela reforma da Directiva de 1995 relativa à protecção dos dados. De acordo com a comissária europeia para a Sociedade da Informação e dos Media, Viviane

Reding, «as regras da UE destinam-se a proteger os dados pessoais dos cidadãos». Reding acredita que «a inovação é importante na sociedade de hoje, mas não deve sobrepor-se ao direito fundamental dos cidadãos à privacidade». Assim sendo, é importante que «as regras gerais de protecção dos dados se mantenham actuais face à evolução tecnológica e que sejam tão abrangentes quanto o exigido pelo Tratado de Lisboa». Reding lembrou ainda que «as regras da UE devem consagrar o direito dos cidadãos de saberem em que casos é legítimo o tratamento dos seus dados pessoais nas diversas vertentes da sua vida, nomeadamente quando viajam de avião, abrem uma conta bancária ou navegam na Internet, e de recusarem esse tratamento sempre que o desejem». A Comissária Reding anunciou que vai propor a modernização das regras da UE respeitantes à protecção da privacidade, tomando como base as regras gerais em vigor desde 1995 e as regras específicas para as telecomunicações e a Internet. As regras aperfeiçoadas serão rigorosamente aplicadas em todos os domínios políticos e acordos internacionais, quer se trate de novas tecnologias, dos direitos dos consumidores ou da segurança pública. Recorde-se que, em 2009, a Comissão lançou uma série de iniciativas para que a protecção da

privacidade acompanhe a tecnologia, estando entre elas a recomendação relativa às etiquetas inteligentes RFID em produtos como os passes para os transportes colectivos e na qual afirma que as etiquetas utilizadas no comércio retalhista devem ser automaticamente desactivadas, a menos que os compradores decidam mantê-las activadas. Por outro lado, as regras das telecomunicações da UE obrigam os fornecedores de serviços de comunicações, nomeadamente serviços Internet, a informarem as autoridades dos casos em que as violações da segurança originaram a perda ou utilização abusiva de dados pessoais. Estas regras reforçam o direito dos consumidores a serem informados sempre que informações como as registadas nos cookies são armazenadas ou consultadas nos seus equipamentos. Em Portugal, também a Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) se pronunciou relativamente a estas temáticas, considerando que há uma crescente intromissão na vida privada das pessoas, sintoma de uma sociedade vigiada. «É com extrema apreensão que verificamos acentuarem-se as tendências para recolher cada vez mais informação pessoal sobre os cidadãos, para controlar os seus movimentos, para conhecer os seus hábitos e as suas preferências, para vigiar as suas opções individuais», alertou a mesma entidade. C.S.

AUMENTAM PEDIDOS AO INPI VIA WEB Em 2009, praticamente todos os pedidos feitos ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) foram efectuados através da Internet, representando os pedidos presenciais apenas 2%. Em algumas categorias os pedidos foram feitos exclusivamente por via electrónica. Em comunicado, o Ministério da Justiça (MJ) informou que «cerca de 98% dos pedidos entrados no INPI, em 2009, foram feitos por via electrónica, o que representa um acréscimo de 7,4% em relação ao ano anterior».

O MJ especifica que «dos 16 419 pedidos de ‘Marca Nacional’ feitos, apenas 307 foram presenciais, o que significa uma percentagem de utilização dos meios electrónicos de 98,1%, superior em 6,9% à de 2008». Os pedidos de “Denominação de Origem”, “Certificado Complementar de Protecção” ou ‘Marca Colectiva de Associação” registaram, em 2009, total adesão online. Em termos de actividade global na área da propriedade industrial, «o saldo de 2009 é francamente positivo, em

particular no que respeita aos pedidos de incidência tecnológica, com um aumento de mais de 20% na área do design e de mais de 40% na área das invenções». Para o secretário de Estado da Justiça e da Modernização Judiciária, José Magalhães, «estes indicadores de e-government são muito positivos e resultam não só da crescente sensibilização dos cidadãos e das empresas para a utilização destas ferramentas, como do empenho do MJ na implementação de serviços online». C.S. PCGUIA

| 103


CASE STUDY

TRANQUILIDADE REFORÇA CONTROLO DOS SISTEMAS A solução vai permitir à seguradora monitorizar e gerir a sua infra-estrutura em tempo real, antecipando possíveis situações críticas e optimizando o tempo de reacção às mesmas TEXTO SUSANA ESTEVES

A Tranquilidade Seguros reforçou o sistema de gestão das suas infra-estruturas com uma nova solução que, por facultar a monitorização de todo o parque, vai não só permitir antecipar e gerir potenciais problemas, como também optimizar a resolução atempada dos mesmos, com o mínimo impacto para a estrutura e para o esquema de trabalho da companhia. A WebMethods Optimize for Infrastructure, da Software AG, foi a solução escolhida para ser implementada. Vai oferecer indicadores de desempenho (KPI) da infra-estrutura, alertas proactivos e dar à direcção de sistema de informação uma visão e controlo global, a partir de vários pontos, de forma a conseguir assegurar a continuidade de toda a estrutura. As duas empresas já possuem um “historial tecnológico” com alguns anos, pelo que este projecto veio apenas reforçar a parceria. A nova “contratação” surge no seguimento do total refresh tecnológico que a Tranquilidade começou por fazer aos seus sistemas de informação há algum tempo e que partiu do abandono da tecnologia mainframe. Como José Vera, director de sistemas de informação da Tranquilidade Seguros, indicou, esta foi uma alteração tecnológica de fundo, que não só envolvia uma redução de custos associados à

plataforma e ao seu desenvolvimento, como implicava também a entrada de um sistema mais flexível e permeável à implementação de ferramentas e soluções de terceiros criadas à medida, algo que contrastava com a rigidez imposta pelo mainframe. A escolha da Software AG acabou por ter que ver com a boa reputação da WebMethods no mercado nacional. Os operadores de telecomunicações serviram de benchmark à Tranquilidade, pela partilha da necessidade de assegurar a continuidade do negócio. Como explicou José Vera, a modularidade oferecida pela WebMethods e o facto de esta trabalhar indistintamente em vários ambientes foram dois dos argumentos de peso, pelo facto de «ter permitido arrancar com a solução e com a integração antes de todo o landscape da nova plataforma estar definido e perfeitamente finalizado». O responsável pela divisão de sistemas reconheceu que a área dos seguros não chegou a passar por aquela grande fase de ebulição tecnológica que a banca passou. «Trata-se de uma área mais tradicional e mais avessa a grandes mudanças e alterações», justificou, confirmando que houve um pormenorizado cálculo de risco e um programa de segurança

A TRANQUILIDADE DISPUNHA DE VÁRIOS SISTEMAS DE MONITORIZAÇÃO, ORIENTADOS A CADA TIPO DE TECNOLOGIA 104 | PCGUIA

definido. José Vera realçou que a solução da Software AG nem era a mais barata, era sim aquela que apresentava um risco associado menor. «O peso associado a um ambiente misto é grande, razão pela qual mantivemos o sistema antigo activo, para que se houvesse um problema pudéssemos reverter tudo para o que existia», explicou. Do lado da Software AG começou por existir uma proposta técnica e outra de valor. Como explicou à PCGuia Bruno Morais, director-geral desta empresa, a Software AG defende que, do ponto de vista tecnológico, não deve haver rip and replace, ou seja, «deve ser sempre criada uma camada que permite fazer uma abstracção tecnológica do que existe por baixo, para depois permitir ao cliente escolher de que forma quer sustentar o negócio». Neste caso, a plataforma de integração permitiu retirar parte do mainframe e oferecer ao cliente a flexibilidade de, no futuro, com alguma facilidade, poder fazer mudanças e trabalhar com outro fornecedor. Antes desta implementação, a Tranquilidade dispunha de vários sistemas de monitorização, orientados a cada tipo de tecnologia. Existia um para o mundo Windows, outro para Unix e outro para a base de dados. José Vera admitiu que era muito complicado estabelecer uma correlação entre os problemas que surgiam nos vários sistemas, e que agora, o facto de tudo estar assente numa única plataforma, a equipa tem mais facilidade de relacionar os eventos, algo que permite ganhos de tempo de reacção. «O processo iniciou-se na lógica do abandono do mainframe, mas isto não pára. Estamos a integrar sempre novas plataformas pelo que o bus de comunicação é essencial para a integração constante de soluções», acrescentou. De acordo com Bruno Morais, no caso da monitorização das infra-estruturas, a proposta de valor é logo medida a curto prazo, uma vez que esta permite, em tempo real, que a


VÍTOR GORDO

José Vera, director de sistemas de informação da Tranquilidade Seguros, e Bruno Morais, director-geral da Software AG

Tranquilidade identifique um problema, e consiga reagir atempadamente ao mesmo. Este executivo nega, porém, que esta seja uma solução meramente reactiva. «Esta solução permite, com base na experiência passada, enviar alertas quando existem comportamentos que fogem aos padrões estabelecidos», uma vez que «é uma ferramenta proactiva». José Vera garante que apesar de a Tranquilidade estar a trabalhar com a Software AG na actualização de todo o seu sistema de informação, desde 2003, a companhia não se sente “presa” a este fornecedor. «Por usarem protocolos standard, no limite, no espaço de meses, podíamos trocar por outra qualquer se fosse necessário», comentou. Exactamente por isto, e de acordo com Bruno Morais, do ponto de vista tecnológico, as exigências das soluções instaladas pela Software AG foram baixas, tendo em conta que a empresa trabalha com standards. «Cobrimos perfeitamente sistemas mainframe, Unix, Windows, e trabalhamos com as principais bases de dados que existem no mercado, por isso a exigência era quase nula», afirmou.

POUPANÇA COMPROVADA Feitas as contas a já alguns anos a trabalhar com estas soluções da Software AG, José Vera avalia

os ganhos a médio prazo, mas reconhece que estes são, em primeiro lugar, financeiros. Os gastos relativos aos sistemas de informação com a companhia desceram 50% em sete anos, segundo este executivo, que destaca também a componente menos visível no relatório e contas da empresa: a optimização dos processos de trabalho. Houve um aumento muito significativo na velocidade de desenvolvimento e disponibilização de novas funcionalidades no sistema de informação da companhia, garante. «Em 2003, tínhamos um backlog de mais de um ano, entre o pedido e a instalação em si. Hoje em dia, não temos nenhum, e o que pode existir é mais funcional do que tecnológico, isto com uma redução de 35% do número de efectivos da companhia», exemplificou José Vera. Para este responsável, os grandes desafios colocaram-se na reorganização da casa e não na tecnologia. Segundo ele, «a alteração dos processos internos de trabalho e das ferramentas que as pessoas usam tem mais impacto do que a implementação de tecnologia». Questionado sobre problemas de compatibilidade ou integração com soluções que já existiam durante o projecto, o responsável pelos sistemas de informação da Tranquilidade indicou apenas que existiram

alguns contratempos, mas «nenhum que fosse insuperável». Segundo José Vera, «houve um trabalho significativo de adequação das plataformas para que existisse um funcionamento pleno com o que já existia na casa», mas «as coisas foram bem feitas e os problemas foram fáceis de ultrapassar». A trabalhar sobre uma solução escalável, a Tranquilidade termina agora a migração da plataforma de suporte, que estava montada sobre um ambiente Windows, com uma base de dados de suporte SQL Server, para uma plataforma baseada em Linux com Oracle. «Em 2010, queremos manter a situação estável; estamos convencidos de que com esta alteração ganhamos uma estabilidade acrescida e uma simplicidade na gestão», acrescentou o responsável pelos sistemas de informação da Tranquilidade. Relativamente à passagem dos sistemas Microsoft para ambientes Open Source, tanto a nível de infra-estrutura como de postos de trabalho, José Vera afasta qualquer tipo de problemas com os produtos da multinacional e sublinha que tudo passa por uma estratégia de optimização de custos da companhia. Os anos de 2008 e 2009 foram «particularmente danosos», nas palavras deste responsável, e acabaram por provocar um impacto brutal na companhia. Com uma estratégia que contempla o acompanhamento do Grupo Espírito Santo na sua política de internacionalização e um plano de contenção de custos activo, a área de sistemas da informação da companhia foi chamada “a contribuir” para este último ponto. «Começámos por simplificar processos e sistemas, até porque tínhamos muitos produtos e formas de estar no mercado que não davam um contributo positivo. Por outro lado, iniciámos uma redução de custos de exploração daquilo que era o próprio sistema de informação, e nesse sentido a companhia tomou um conjunto de decisões, que passa por aligeirar custos nos sítios onde era possível», começou por explicar José Vera. A transformação dos desktops com Windows e Office em máquinas com Linux (Ubuntu) e OpenOffice foi apenas uma das decisões tomadas. A Tranquilidade optou ainda pela migração de todo o sistema de e-mail da companhia para o Google Apps, ou seja, foi introduzindo massivamente sistemas operativos Linux nas actividades core, e não core, do Datacenter. «Não há aqui uma guerra contra um fornecedor; há uma escolha feita em nome dos custos finais», sublinhou o responsável pelos sistemas de informação da Tranquilidade. PCGUIA

| 105


SOFTWARE DE GESTÃO

WEMAKE FAZ POR VENCER CRISE Inovar, crescer a dois dígitos e criar postos de trabalho são alguns dos elementos da fórmula para o sucesso O ano de 2010 «será um ano de transformação para a WeMake». A garantia é dada por Luís Óscar Barreiros, chief operations officer (COO) da empresa de consultoria em sistemas de informação. Refere o responsável que «o próprio processo de negócio, que se encontra certificado pela ISO 9001:2008, irá sofrer melhorias significativas, sobretudo no pós-venda», estando a empresa «a lançar o Portal do Cliente para um melhor acompanhamento dos seus projectos». A oferta da WeMake pode definir-se em três âmbitos: WeMake SGI, Business Operational Solutions (BOS) e Business Process Management (BPM). «O WeMake SGI é o sistema que permite a gestão dos sistemas da qualidade, ambiente, segurança, responsabilidade social e segurança alimentar», salienta Luís Barreiros. A área de BOS é constituída por «soluções verticais de negócio, como a gestão de laboratórios, a gestão operacional de resíduos para entidades gestoras de resíduos e a gestão documental, que incorpora componentes de digitalização com captura OCR e ICR, workflows e arquivo documental». No que concerne à área de BPM, o COO destaca «o ERP e o Business Intelligence – ambos com parcerias nacionais – e o sistema de Business Process Management Software». Ainda de acordo com o responsável operacional da WeMake, «Fevereiro e Março serão os meses do BPM, estando previstos diversos eventos de apresentação da suite BPM em Lisboa e no Porto». Sedeada em Vila Nova de Gaia e criada em 2002, a WeMake tem desde 2006 uma delegação em Lisboa e deu início ao processo de internacionalização em 2008. Conta já com oito clientes directos na Andaluzia, que se juntam a mais de uma centena de projectos em Portugal. Para além de Espanha, a empresa «está a enveredar esforços em Angola através de uma consultora local e em Cabo Verde num projecto no sector da banca». O facto de a WeMake ter a framework no formato multilingue e de alguns dos seus projectos já se encontrarem a funcionar no estrangeiro também tem permitido trazer «algumas oportunidades» – o COO destaca os contactos estabelecidos com empresas «na Roménia, Espanha e Reino Unido». Neste 106 | PCGUIA

ARQUIVO PCGUIA

TEXTO JOÃO PEDRO FARIA

Luís Óscar Barreiros, chief operations officer da WeMake

momento, a WeMake tem vários projectos a decorrer, «destacando-se o de gestão documental numa instituição pública de referência internacional no seu sector, envolvendo mais de cinco mil colaboradores». Existem vários projectos em curso como o WeMake SGI, «com implementações integradas e de grande complexidade, quer no sector público, quer no privado» e «vários projectos de BMP, dos quais temos obtido uma grande aceitação por parte dos clientes», reforça Luís Barreiros. Desde 2006 que a WeMake tem registado crescimentos anuais de dois dígitos. Perante um cenário favorável, a empresa quer continuar a crescer. «Queremos manter os dois dígitos para 2010», adianta o COO. A empresa também tem vindo a aumentar em termos orgânicos. «A estrutura da WeMake tem crescido muito e temos feito um trabalho de preparação muito importante; fruto desse trabalho, a WeMake está a obter agora os seus resultados», considera Luís Barreiros. Para este ano, os objectivos passam por «solidificar o WeMake SGI como solução integradora e líder de mercado, fazer crescer a

ferramenta de gestão documental e também a área de negócio de BPM». O responsável destaca ainda que «a WeMake tem na suite de BPM a solução com a melhor relação qualidade/custo – desde 40 euros por utilizador –, o que garante o retorno do investimento na aplicação, em muitos casos, logo no primeiro mês de utilização da ferramenta, sendo uma solução essencial no acompanhamento dos mercados e numa gestão time-to-market». Por outro lado, a We Make acaba de lançar nova versão do WeMake SGI e está a migrar os clientes actuais. «Todos os novos projectos iniciados em Dezembro e em Janeiro possuem já a nova framework», esclarece o responsável, salientando ainda que «nos últimos anos tem-se repetido o lançamento de versões dos produtos anualmente». A WeMake conta nos seus quadros com cerca de trinta colaboradores. Em 2009, ano marcado pela crise, criou cinco postos de trabalho e prevê que o número se repita este ano. «Em relação aos clientes, contamos já com dois por cento das 500 maiores empresas e cerca de 5% das mil maiores PME, de acordo com estudos publicados», remata Luís Óscar Barreiros.


OPINIÃO

Leonor Sottomayor, account manager da AnubisNetworks,

PHISHING: MORDIDA NO ANZOL

T

odos os dias, milhares de e-mails são enviados pela Internet com o único intuito de roubar informações valiosas, tais como números de cartões de crédito, passwords, dados de contas bancárias, entre outras, para posterior roubo ou fraude. A probabilidade de aparecer na nossa conta de correio electrónico um e-mail com estas características é enorme. Este tipo de esquema, ou engenharia social, foi denominado pelos entendidos como phishing. Isto porque, simplesmente, o pescador falsifica a sua identidade fazendo-se passar por entidades de confiança – bancos, empresas de cartão de crédito, lojas de comércio electrónico, entidades governamentais, etc. –, tendo como objectivo que o utilizador menos sensibilizado para esta realidade ‘morda o anzol’, fornecendo assim, inadvertidamente, este tipo de informação pessoal. Actualmente, a forma mais frequente para a execução desta prática é o envio de e-mails com links para páginas com programas prontos a instalar-se no computador (spyware ou outro software malicioso) sem que o utilizador se aperceba. Estes programas, sem a devida autorização, acederão ao sistema para apropriar-se de informações sobre o uso da Internet, que posteriormente serão enviadas para a utilização indevida por outros. Estes programas também podem conduzir a páginas fictícias – por exemplo, a página do seu banco –, induzindo-o a fornecer dados confidenciais. Este tipo de actuação é designado pharming. Esta variante do phishing assenta na exploração de vulnerabilidades dos browsers, dos sistemas operativos e dos servidores de DNS (domain name servers). O phishing é um tipo de spam que progressivamente ocupa um lugar mais expressivo quando comparado com outros tipos de malwares, como, por exemplo, os vírus. A tendência que se tem observado nos últimos meses é a de um aumento substancial da prática

de phishing. Segundo a organização Anti-Phishing Work Group, os países que mais enviaram este tipo de spam ultimamente foram Estados Unidos (52,51 por cento), China (cerca de 8%) e Canadá (7%). Perdas financeiras substanciais, roubo de identidade e perda de reputação da marca são alguns dos principais efeitos causados pelo phishing a nível empresarial. Tende-se a julgar que as perdas financeiras directas são as que têm maior impacto para o negócio. Mas, na realidade, o phishing representa também um impacto negativo sob outras formas, como: possíveis implicações legais, se os computadores dos colaboradores forem atacados; reduções significativas na produtividade dos colaboradores apanhados nestes esquemas; impacto nos recursos de IT; e um forte sentimento de desconfiança relativamente à marca. Boas práticas para protecção do phishing? Bom, proteja a sua conta de correio electrónico com software anti-spam; verifique se o remetente do e-mail é de confiança; não faça download e execução de ficheiros irreflectidamente, mesmo que sejam provenientes de contactos seus conhecidos; uma vez redireccionado para um site, verifique se o URL apresenta as características normais. Facilmente poderá ter

sido reencaminhado para um site clonado; antes de seleccionar um link, tente sempre identificá-lo, quer seja através de pesquisa ou mesmo digitando-o no browser para verificar a sua veracidade. Muitas vezes os links encontram-se camuflados para facilmente recolher os dados pretendidos. Além disso, deve evitar o envio de informações pessoais confidenciais por e-mail, tais como, o número de cartão de crédito, usernames e passwords, etc. Tenha cuidado e não preencha formulários online com pedidos de informação, provenientes de e-mails suspeitos. Quando consultar a Internet em pontos públicos tenha em atenção a autenticidade dos sites por onde navega, assim como os dados que nelas regista. Uma vez que os e-mails de phishing poderão ser enviados a partir de contactos de empresas conhecidas, no caso de se levantar alguma dúvida, ligue ou reencaminhe a mensagem para o remetente a confirmar o envio da mesma. Por fim, informe-se com regularidade sobre as últimas notícias sobre os observadores de phishing. Seguindo estas boas práticas, reduz-se muito a probabilidade de sofrer os efeitos perniciosos do phishing, num mundo cada vez mais globalizado e em que estes casos não acontecem só aos outros.

O PHISHING É UM TIPO DE SPAM QUE PROGRESSIVAMENTE OCUPA UM LUGAR MAIS EXPRESSIVO PCGUIA

| 107


FORMAÇÃO

U.A.L. VISA INTERNACIONALIZAÇÃO A Universidade Autónoma de Lisboa (U.A.L.) foi criada em 1985, numa altura em que o ensino privado tinha em mãos a responsabilidade de colmatar «as fragilidades do ensino estatal». É Reginaldo Rodrigues de Almeida, director da Administração Escolar da U.A.L. que o diz. Em conversa com a PCGuia, este responsável explica que a instituição ministra vários cursos «com forte componente nos sistemas e tecnologias de informação». Nesta área, faz questão de destacar as licenciaturas e os mestrados em Informática, Informática de Gestão, Engenharia Informática, Arquitectura e Ciências da Comunicação. Qualquer uma delas assume uma «importância capital» para a escola, já que são alvo de elevada procura e «permitem aprofundar as áreas de investigação e desenvolvimento aplicado ao contexto laboral das TIC. Os objectivos para o ano de 2010 são claros. Internacionalização é a pedra basilar e a palavra de ordem na estratégia na instituição. Reginaldo Rodrigues de Almeida quer ver “o I&D consolidar-se na universidade” e procura explorar “as perspectivas de internacionalização nos diferentes mercados da denominada Nova Economia”. Na área de TI, «existem equipas de investigação e docência que trabalham em novos projectos», nomeadamente «na consolidação de várias “academias” a mestrados internacionais». Para já, há negociações em curso com universidades e associações empresariais e comerciais em Angola e no Brasil «para através de ciclos de formação avançada (seminários de alta direcção) poderem ser estabelecidos itinerários científico-pedagógicos relevantes». Essa formação «permitirá a dinamização local de estruturas associativas para a promoção das competências técnicas adquiridas e a ligação aos centros de investigação existentes e consequente mobilidade de docentes e alunos entre as

SABIA QUE...

Existem na área de TI na Universidade Autónoma de Lisboa centenas de alunos a frequentar diferentes níveis de qualificações, desde os cursos de especialização tecnológica, passando pelas licenciaturas, até aos cursos de pós-graduação conferentes e não conferentes de grau. 108 | PCGUIA

Vítor Gordo

A Universidade Autónoma de Lisboa quer exportar o modelo de ensino usado em Portugal TEXTO JOÃO TRIGO

Reginaldo Rodrigues de Almeida, director da Administração Escolar da U.A.L.

estruturas criadas e as protocoladas, de forte vocação empresarial». Além disso, sob a égide do Processo de Bolonha, está a ser incrementada a relação com universidades e centros de investigação espanhóis que por sua vez estão ligados a redes europeias de investigação. Neste ano, poderemos ainda assistir ao lançamento de «algumas formações “taylor made” plasmadas em seminários de alta direcção executiva, por exemplo». Contudo, as formações existentes são produtos de longa duração que «asseguram o conhecimento estrutural que depois pode ser aplicado às competências práticas». A ideia é internacionalizar e «solidificar o que já existe». Reginaldo Rodrigues de Almeida sublinha o facto de as TIC serem parte integrante do processo formativo de todos. Na Universidade Autónoma de Lisboa, conclui, «são parte integrante do ADN dos cursos existentes». De resto, o mesmo responsável assume que «a formação em TI é fundamental» e uma maisvalia no currículo de cada um. O director da Administração Escolar da instituição afirma não ter dúvidas de que «em 2015 as dez profissões mais bem pagas do mundo vão estar indexadas a esse conceito», mas adverte para o facto de ser necessário ter atenção para que não se entre

num estado escravizado das novas tecnologias. Por isso mesmo, «cumpre não esquecer os valores formativos de base, tais como ler e escrever com altas capacidades, enfim, saber pensar».

FORMAÇÃO PARA TODOS OS PERFIS O director da Administração Escolar considera que o papel das parcerias entre as empresas e a Universidade Autónoma de Lisboa é «de importância nuclear». Esta relação estabelecida entre a instituição e o tecido empresarial permite materializar o princípio «saber fazer, fazendo» e garante, além dos conhecimentos formais, a possibilidade de «proporcionar factores de sucesso na empregabilidade». Questionado acerca da natureza do perfil do aluno da U.A.L., Reginaldo Rodrigues de Almeida explica que não existe um perfil típico que possa ser traçado. Para este responsável, toda a gente necessita de formação, já que esta «é a única forma de combater as inúmeras formas de exclusão social», seja no que concerne ao que este responsável considera «formação de banda larga» ou no que respeita a formação especializada. A U.A.L. garante oferta para ambas as necessidades e serve a procura «de todos os que pretendem manter ou melhorar as suas condições de empregabilidade».



HOTSPOT

MOBILIDADE ATRAI MERCADO EMPRESARIAL O tecido empresarial português mostra-se cada vez mais permeável à adopção de soluções móveis. A optimização dos processos de trabalho e comunicação são os principais motivadores

TEXTO SUSANA ESTEVES FOTOS ARQUIVO PCGUIA

Portugal parece ter acordado para os ambientes móveis. Não estamos aqui a falar de terminais, mas sim de aplicações. Aos poucos, a compra de soluções móveis capazes de optimizar um negócio, seja ele pequeno ou de grandes dimensões, ou simplesmente de pequenas aplicações que funcionem como ferramentas produtivas de trabalho, é cada vez mais vista como uma boa opção. No espaço reservado ao consumidor final estamos a assistir a um “boom” das lojas de aplicações, sejam elas “privadas”, como a da Apple, ou mais personalizadas, como aquelas que possuem os operadores de telecomunicações. No mercado empresarial, o recurso a ferramentas móveis não é uma novidade, mas esta é uma área que tem conquistado a atenção e o reconhecimento por parte de quem tem uma palavra a dizer no que aos investimentos diz respeito, e é vista agora como portadora de um potencial de crescimento muito grande. A PCGuia foi espreitar algumas das soluções disponíveis em Portugal.

MOVING 2U

Moving 2U

110 | PCGUIA

A M2uSales, uma solução de sales force automation para processos de pré e auto-venda, e a M2uFieldServices, uma aplicação móvel para assistência técnica, foram as ofertas que mereceram destaque por parte da Moving 2U. Orientadas paras sectores distintos, como o da

distribuição (alimentar, equipamentos, tintas, acessórios, decoração), agroquímica, da assistência técnica a equipamentos, e a área de materiais de construção, estas soluções apresentam como argumento, segundo o director executivo da empresa, Marco Rangel, uma flexibilidade de parametrizações possíveis. Justificando, este responsável explicou que está garantida a integração com os principais ERP do mercado (SAP B1, Primavera, PHC, BaaN, Eticadata, Gexor, Gia, entre outros), sendo que é a solução móvel que se adapta à estrutura de dados do ERP. «A integração de dados é feita recorrendo às API de cada ERP, seguindo as boas práticas de integração de dados», reforçou. Garantida está também a capacidade de trabalhar com grandes volumes de dados. O modelo de sincronização de dados tem por base o SQL Merge Replication e a plataforma tecnológica está criada sobre VisualStudio2008 e Compact Framework 3.5. Marco Rangel quis ainda destacar o facto de a solução ser compatível com os mais recentes PDA, (WindowsMobile 6.x), portadores de distintas resoluções e orientações de ecrã. O preço destas ofertas depende das configurações e o licenciamento baseia-se no número de utilizadores PDA. Em termos estratégicos, a Moving2U pretende continuar a sua aproximação aos principais players do mercado, de que é exemplo a parceria


ISV (Independent Software Vendor) com a Motorola EMB. Aumentar e consolidar a sua rede de parceiros implementadores consta ainda dos planos desta companhia, que estabeleceu um acordo com a Primavera BSS, o qual prevê a disponibilização de algumas destas soluções aos seus clientes com a marca e customização Primavera, através de acordo OEM. «Enquadrado nesta estratégia está naturalmente o processo de internacionalização da Moving2U. Algumas das soluções já foram desenvolvidas de forma a suportar localização estando já em curso as primeiras implementações», avançou. Sem querer desvendar lançamentos futuros, Marco Rangel, o director executivom, avançou apenas que ao portfolio actual serão adicionadas mais soluções com diversas aplicações na área da logística interna.

YDREAMS Sempre intimamente ligada às mais recentes tecnologias, a YDreams possui uma série de soluções móveis no mercado nacional, no entanto, à PCGuia esta empresa sublinhou a importância de duas: James, um serviço de Concierge Digital para iPhone e iPod Touch, e o Guia Turístico Multimédia (GTM), que tem por base um leque soluções para percursos exteriores. Criado em parceria com a Green Vision Media (GVM), uma empresa canadiana de soluções multimédia para publicidade, marketing e turismo, o James é uma aplicação móvel que fornece informação dinâmica sobre todos os serviços de um hotel, funciona como um guia prático para explorar uma cidade ou região, permite tirar fotografias e enviar postais digitais, entre outras opções. O serviço está actualmente disponível no mercado norte-americano, e é vendido pela GVM directamente a hotéis e cadeias hoteleiras, que oferecem o serviço e um iPhone ou iPod Touch aos seus hóspedes (caso não tenham um) para usarem gratuitamente durante a sua estadia. O GTM é, na sua essência, um guia turístico multimédia que apresenta de forma interactiva e intuitiva informação relativa a rotas turísticas e percursos pedestres em locais como parques naturais, aldeias ou centros históricos de cidades. Uma das mais-valias apontadas pela YDreams incide sobre o facto de esta aplicação permitir directamente ao turista aprofundar o conhecimento acerca de um determinado local, consoante o interesse pelo que está a explorar. Apesar de muito recente, este produto já originou um feedback muito positivo. Existem para já dois locais “cobertos” pelo GTM: a Aldeia de Monsanto e o Parque das Portas do Sol, em Santarém. No primeiro caso, o sistema

NO MERCADO EMPRESARIAL, O RECURSO A FERRAMENTAS MÓ-VEIS NÃO É UMA NOVIDADE, MAS TEM CONQUISTADO A ATENÇÃO

apresenta 24 pontos de interesse aos visitantes da aldeia, que em vez de interpretarem os mapas, apenas têm de circular pelas ruas e deixar que o Guia Turístico Multimédia faça o resto. No caso do segundo ponto turístico, o visitante terá acesso à exploração georreferenciada de elementos que podem ser encontrados no jardim e no seu entorno mais próximo. A YDreams prepara-se agora para levar o GTM para os mercados português e espanhol. Quanto ao James, a YDreams e a GVM acordaram unir esforços e recursos para acelerar o desenvolvimento de novas versões e funcionalidades da aplicação móvel, numa primeira fase no mercado norte-americano, e depois a nível global.

reconhece que os poucos conhecimentos informáticos dos clientes deste tipo de negócio, e o facto de o trabalho implicar o uso de dispositivos móveis ao ar livre, num ambiente sujeito às variações climáticas são dois entraves à adopção deste tipo de tecnologias por parte deste sector. No entanto, a companhia está a preparar este ano o acesso móvel a algumas das aplicações que disponibiliza actualmente, como a Gestão de Livros Genealógicos, a Gestão de Explorações Pecuárias, e a Gestão de laboratórios. «Queremos que os aparelhos móveis acedam às aplicações através do browser, para que não exista a necessidade de instalação de uma aplicação no aparelho, aumentando a compatibilidade entre as nossas aplicações e os diferentes sistemas operativos actualmente existentes no mercado móvel», explicou Manuel Silveira. A solução móvel e a solução desktop estão disponíveis por 1020 euros.

WIT

Ruralbit

RURALBIT A trabalhar para um sector tido como bastante tradicional, a Ruralbit desenvolveu uma aplicação móvel para o sector agrícola, nomeadamente para a exploração bovina, que permite a recolha de dados no campo junto aos animais, assegurando posteriormente a sincronização de todos os dados com a solução existente no PC, e a consulta de informação da base de dados, substituindo desta forma as folhas de campo tradicionais. O responsável da empresa, Manuel Silveira,

A trabalhar no desenvolvimento de aplicações móveis desde 2002, a Wit Software apresenta actualmente ofertas para diferentes plataformas, como Symbian, Java (J2ME), Windows Mobile, Apple iPhone e Google Android. A pedido da PCGuia a companhia destacou duas ofertas: o LiveTV e o TeleMultibanco, ambas lançadas em Portugal pela Vodafone. A primeira aplicação permite ver televisão em

Wit Software PCGUIA

| 111


HOTSPOT

O TELEMULTIBANCO PERMITE EFECTUAR OPERAÇÕES BANCÁRIAS (MULTIBANCO) ATRAVÉS DO TELEFONE

tempo real no telemóvel. Suporta a listagem dos canais de televisão disponíveis, a sua visualização, a programação de cada canal e a gestão das subscrições do mesmo. Está disponível nas versões J2ME e iPhone, mas o acesso pode também ser feito por WAP, ou através de telefones que suportem mobile widgets. Para além do lançamento em Portugal, a companhia está a avançar com a versão para iPhone no mercado dos Estados Unidos da América. O TeleMultibanco permite efectuar operações bancárias (Multibanco) através do telefone, como consultar o saldo e movimentos de diversas contas bancárias, executar transferências, pagar serviços, carregar o telemóvel, entre outros. Está disponível para as plataformas J2ME, Symbian, Windows Mobile, BlackBerry e iPhone. Segundo indicou Pedro Pereira, CTO & director of Telco Unit Wit Software, a empresa está actualmente a desenvolver uma aplicação no âmbito dos produtos WIT Communication Suite com o objectivo de enriquecer as comunicações móveis e potenciar a sua integração com as redes sociais existentes na Internet. «Tendo sempre em mente a usabilidade e utilidade das aplicações que desenvolvemos, esta aplicação irá permitir fazer chat com diversas comunidades, gerir a lista de contactos, transferir ficheiros, transmitir vídeo e iniciar chamadas ou mensagens», avançou o CTO. Estrategicamente, a WIT Software aposta em manter cerca de 25% dos seus recursos humanos em actividades de I&D.

TRUEWIND A True Mobile, da TrueWind, visa potenciar a mobilidade das equipas de trabalho para que possam actuar no exterior a partir de um PDA ou netbook, tal como se estivessem no escritório: consultando, registando, actualizando e sincronizando a informação dos clientes de forma fácil, rápida e fiável. O software desta solução encontra-se pré112 | PCGUIA

instalado no servidor virtual True Mobile, que centraliza e distribui todas as configurações e pacotes de instalação para os terminais, descarrega automaticamente versões actualizadas pela Internet e permite a consulta das rotas seguidas pelos terminais no Google Maps com indicação visual dos clientes visitados. Existem cinco módulos disponíveis: autovenda, que permite aos comerciais a venda dos produtos que transportam na viatura, pré-venda, que possibilita aos comerciais o registo de encomendas junto dos seus clientes, e CRM, que facilita aos comercias a gestão da carteira de contactos e da agenda de visitas a contactos e clientes. O módulo de recebimentos possibilita aos comercias consultar e receber a contacorrente em aberto junto do cliente, depositar os valores recebidos e imprimir o resumo do dia. Já o módulo de dossiers internos permite às equipas no exterior aceder e usar dossiers internos. O True Mobile pode ser adquirido através da rede da Truewind, que está neste momento a ser alargada, com procura de novos parceiros em Portugal e noutros mercados, como o angolano. Para este ano, a companhia está a desenvolver um novo produto de mobilidade direccionado ao sector da logística que será lançado no primeiro semestre. Os clientes actuais da Truewind estão essencialmente nos sectores da distribuição, transportes, logística, serviços e ambiente.

I2 MOBILE A i2Rent e a i2Construction foram as duas soluções móveis apontadas pela I2Mobile como estratégicas. Orientadas para targets bastante distintos – empresas de aluguer de equipamentos, e empresas de construção civil e obras públicas, respectivamente –, Pedro Carvalho, CEO da empresa, apresenta como clientes de referência a Volvo Rents, a GAM e a Oliveiras SA. O i2Rent é um software de gestão da actividade

comercial e de contacto com clientes desenhado especificamente para o sector do aluguer de equipamentos. Permite consultar e reservar equipamentos em tempo real pelos vendedores, emitir notificações automáticas por e-mail e SMS para tarefas como reservas, pedido de crédito, actividades e tarefas, sempre em integração com outros sistemas, como o de facturação e CRM. Em termos de BackOffice, permite processar pedidos de reserva e propostas comerciais de forma mais rápida. O i2Construction é um software de registo diário para a construção civil e obras públicas, acessível pelo telemóvel e pela Internet. Permite gerir recursos humanos, equipamento, máquinas e gastos tidos em cada obra, facilitando o processamento de salários, controlo de presenças, assiduidade, controlo de ritmos de trabalho, de produção, de gastos com combustíveis, quilómetros feitos pelos veículos e horas trabalhadas pelas máquinas. Ambas as soluções possuem custos calculados consoante o processo de implementação, no entanto, os preços podem ir desde os 35 euros por mês, no caso da primeira aplicação, e desde os 40 euros mensais, no caso da segunda. Este ano, vão também ser lançados o Terminal Operating System (TOS) e o Mobile Web Engine. A primeira solução assenta sobre um sistema de gestão operacional para terminais de contentores e permite optimizar a operação de um terminal, aumentando a capacidade de resposta e reduzindo custos. O Mobile Web Engine é uma plataforma de desenvolvimento de mobile websites, direccionada para o sector de marketing e publicidade, que vai apostar na simplificação de todo o processo de criação de sites para dispositivos móveis. Pedro Carvalho fez saber que, para além do objectivo de consolidação dos produtos no mercado português, está nos planos da empresa uma aposta no mercado internacional, nomeadamente, com as soluções i2Rent e TOS.

B-SIMPLE Para as indústrias que necessitem de manter um processo de rastreabilidade das suas mercadorias, e para as empresas que actuam na área da logística, nomeadamente na entrega e recepção de encomendas a clientes finais, a B-Simple apresenta duas soluções móveis. A B-Simple Logistics facilita a movimentação de unidades logísticas (caixas, paletes, entre outras), efectuando simultaneamente a rastreabilidade das mercadorias. Também permite criar e manipular unidades logísticas com emissão automática de etiquetas, assim como, através da ligação ao ERP, criar guias, fazer transferências e


mercado que não está posto de parte, visto tratar-se de um canal de comunicação com cada vez maior peso para as empresas na relação de proximidade com o seu público.

CARDMOBILI

B-Simple

outras operações. O B-Simple Deliver é um produto desenvolvido para a área da logística, que permite controlar as entregas e recolhas de mercadoria no cliente, apoiando o processo de movimentação no armazém. Funciona através de um dispositivo móvel que possibilita a recolha de toda a informação logística, com o máximo de exactidão. Consegue localizar os produtos no armazém, verificar o estado da entrega e suporta o recurso a assinatura em formato digital e foto comprovativa do estado da mercadoria no momento da entrega. O valor para uma instalação standard, em ambos os casos, é de 5 mil euros, sendo que o valor final da solução depende da configuração, das funcionalidades e do número de terminais. Para 2010, esta companhia promete apenas uma «solução inovadora para hotelaria». Segundo Ana Santos, do departamento de vendas da B-Simple, este é um mercado em crescimento e com inúmeras oportunidades. «É uma aposta segura em termos estratégicos prevendo-se que seja uma área com forte crescimento em 2010.»

PSE A Excellentia Mobile é uma aplicação que permite realizar inquéritos de opinião através de equipamentos móveis, que a PSE oferece a todas as instituições que pretendam recolher informação sob a forma de questionário. Segundo comentou João Pequito, director-geral da PSE, o feedback dos clientes sobre o serviço é extremamente promissora. «Resolvemos uma das questões que afectam directamente a taxa de participação em projectos de inquéritos de opinião, ou seja, damos aos participantes a possibilidade de participar num projecto na forma que lhe é mais conveniente, na Internet, em papel ou num equipamento móvel», explicou. A empresa não planeia avançar com mais aplicações móveis este ano, porém, o responsável da PSE garantiu que este é um

E se pudesse colocar todos os seus cartões de fidelização no telemóvel, e deixar de ter de os transportar na carteira? Esta é exactamente a proposta que a Cardmobili coloca agora em cima da mesa. Esta tecnológica, 100 por cento nacional, oferece um serviço que permite aos clientes virtualizarem os seus cartões, passando a usar o telemóvel como plataforma de transportes para todos eles, sem perda de vantagens oferecidas pelas lojas. Na prática, isto significa que qualquer pessoa poderá transportar no telemóvel a imagem e informação que possui nos cartões de fidelização do hipermercado, do cinema, dos clubes, das livrarias, da companhia aérea, da loja de roupa, ou de qualquer outra empresa. Todo o processo de adesão a este serviço está isento de custos. Os interessados terão apenas de entrar no site www.cardmobili.com, de se registar, indicar quais os cartões de fidelização que possuem, incluírem os dados relativos a estes últimos e descarregarem uma pequena aplicação para o telemóvel, também ela gratuita, que irá funcionar como a interface de todo o serviço. A aplicação está já disponível para diversos modelos de telemóvel. A Cardmobili está a trabalhar na versão para iPhone, que irá ser disponibilizada em Fevereiro, e para Windows Mobile. Blackberry (RIM) e Android são plataformas que estão também contempladas. A instalação pode ser feita através de uma ligação directa à Internet, SMS ou por transferência directa (cabo). Os cartões são apresentados em detalhe no ecrã do telemóvel e poderão ser apresentados nas lojas, como se de um cartão de plástico se tratasse. No caso dos cartões com um esquema

de funcionamento mais complexo, como acontece com o cartão do Continente, por exemplo, a empresa está a trabalhar na disponibilização do código de barras que aparece neste tipo de cartões, para que a versão virtual possa funcionar da mesma forma que a de plástico. Com este serviço o consumidor poderá também passar a receber informações no telemóvel, como vales de desconto, indicações do número de pontos, de milhas ou saldo disponível nos cartões, ou receber avisos relativamente às datas de vencimento de vales. Os cartões podem ainda ser partilhados com outro utilizador, o que facilita o uso de um cartão por um casal, por exemplo. A CEO, Helena Leite, lembrou que este é um negócio que vai viver da massificação, razão pela qual a companhia está a lançar este serviço em Portugal e nos Estados Unidos, em simultâneo.

Cardmobili

OS CARTÕES APARECEM NO ECRÃ DO TELEMÓVEL, E PODEM SER APRESENTADOS NAS LOJAS COMO UM CARTÃO DE PLÁSTICO PCGUIA

| 113


BLOGUE DO GATO

GUERRAS DE SECRETARIA Os livros electrónicos estão na mira da Apple que, como sempre, não deixa nada ao acaso. Após o lançamento do iPad da Apple, os principais editores de ebooks começaram a franzir o sobrolho à Amazon por causa dos preços dos seus produtos na loja online. Até agora, os livros disponibilizados na loja Kindle, da Amazon, rondavam os 9,99 dólares; agora os editores querem que a Amazon suba os preços. Claramente as editoras lançaram-se à oportunidade de venderem os seus títulos na loja Apple, negociando contratos de fornecimento mais vantajosos para si, e não podem permitir que haja discrepâncias nos preços entre as duas plataformas. Os novos preços que as editoras propõem rondam os 14 dólares por cada título, mas será que um ebook vale este dinheiro? Os livros electrónicos são apenas bits, não usam papel, nem manuseamento, nem impressão e nem tão pouco distribuição. Por isso, supostamente, deviam ser mais baratos do que um livro tradicional. As editoras estão no seu direito de cobrarem o que quiserem pelos seus produtos, mas, por favor não, tratem os consumidores como uma cambada de imbecis que têm que pagar quase o mesmo valor por um ebook que pagariam por um livro em papel, só porque a Apple quer ter um catálogo de livros grande para que fazer com que as pessoas vejam a utilidade do iPad como dispositivo de leitura prejudicando no processo os consumidores tanto do iPad, que vão comprar livros caros, como os dos outros dispositivos que vão ver os preços dos livros subir em flecha. Isto faz lembrar um pouco a última guerra de formatos de vídeo, em que para bater o HDDVD a Sony usou toda a sua influência, e músculo financeiro, junto dos estúdios de cinema para que estes escolhessem o seu formato Blu-ray. Não importava se o HDDVD era melhor ou mais barato para o 114 | PCGUIA

consumidor, simplesmente a Sony não se podia dar ao luxo de mais uma derrota depois das que sofreu com a guerra Betamax/VHS e com a fraca aceitação do formato Minidisc. Se tens medo de não conseguir vencer a concorrência no "campo de batalha" do mercado, tenta antes vencê-los na secretaria. É mais caro, mas resulta quase sempre.

Veja mais em

bloguedogato.blogspot.com


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.