PCGuia 329 - Junho 2023

Tudo o que tem de saber para ter mais cobertura e velocidade em toda a casa

20 DICAS 072218

N.º 329 PVP (Cont.) € 3 , 8 O PVP (Cont.) € 4 , 5 O PVP (Cont.) € 4 , 5 O

Ano 28 n

00329 Junho 2O23 n

Mensal n

ÍNDICE

PEDRO TRÓIA /

Director

COMPUTADORES E POLÍTICAS

Há uma vida, fui administrador de dois pequenos centros de cálculo na universidade. Estávamos a meio dos anos noventa do século XX e os computadores ainda eram quase uma ciência oculta para muitos. Apesar disso, a curiosidade abundava e, volta e meia, alguém fazia qualquer coisa que inutilizava o software de um (ou mais) computadores. Para não andarmos sempre a reinstalar as máquinas (era uma altura em que a instalação do Windows e de outro software demorava mais de uma hora), implementámos uma coisa que se chamava ‘Política de Grupo’. Esta funcionalidade está disponível em todas as versões do Windows e serve para aplicar um conjunto de direitos e proibições a um conjunto de utilizadores, numa rede ou em computadores que estejam isolados. A documentação da Microsoft sobre este assunto inclui uma folha de cálculo que lista quase cinco mil parâmetros que podem ser alterados. Estes, incluem coisas como impedir a instalação ou a execução de software não autorizado e impossibilitar a impressão de ficheiros, entre muitas outras coisas. Voltando ao princípio da história, depois implementar uma Política de Grupo nos computadores da universidade, nunca mais foi preciso reinstalar um computador devido ao facto de alguém ter apagado metade dos ficheiros do Windows ou ter enchido um PC de vírus. Isto traz-nos aos dias de hoje, Maio de 2023, em que se discute os ficheiros secretos que estão num computador levado de um ministério, que depois de transforma numa história que não destoava num romance de Tom Clancy ou Ian Fleming. Se houvesse um planeamento de segurança claro, com permissões bem definidas em todos os computadores (talvez uma Política de Grupo, não sei), cópias de segurança de tudo e, na loucura, uma cloud com níveis de acesso (ou mesmo privada) onde estivessem todos os ficheiros, talvez não tivéssemos de assistir a este espectáculo degradante, mais digno de um filme de Austin Powers e menos de um James Bond.

02 ON

04 / Notícias de tecnologia, coluna Made in Portugal, Hashtags e Green.

03 INFOGRAFIA

16 / Conheça o mercado de streaming de vídeo em Portugal e a sua evolução, no primeiro trimestre de 2023.

04 START UP

18 / A startup portuguesa Batch desenvolveu uma solução que torna a logística mais digital, além de rápida, eficiente e ecológica.

05 BOOT

20 / DEFEITOS ESPECIAIS

O Ricardo Durand fala do crescente realismo dos gráficos nos jogos e de como Unrecord parece ter chegado, em definitivo, ao patamar ‘não pode ser mais real que isto’.

GUIAS

22 / Poupar energia com a ajuda do Windows

24 / Criar um servidor gratuito de VPN com o Nord Meshnet

26 / Editar imagens com o programa gratuito IceCream

Photo Editor

06 LINUX

30 / O André Paula apresenta algumas estatísticas globais do sistema operativo do ‘pinguim’ e os motivos que contribuem para o crescente aumento da sua adopção.

07 MACGUIA

32 / Nesta edição, vamos ensinar-lhe a usar a app gratuita Unison para ligar o iPhone ao Windows e enviar, por exemplo, ficheiros de um lado para o outro.

08 DESCOMPLICÓMETRO

34 / Explicamos-lhe o que é o AutoGPT, uma aplicação de inteligência artificial que faz muito mais que a plataforma criada pela OpenAI.

10 APPS

46 / Uma selecção de aplicações para avaliar a “saúde” das redes Wi-Fi, em casa.

11 PLUG

50 / Será que a inteligência artificial também pode ajudar a criar um conceito de um computador pessoal e o respectivo modding?

CLASSIFICAÇÕES

A PCGuia usa um método de avaliação de produtos que tenta conciliar as medições de desempenho com os aspectos mais empíricos como a experiência de utilização. O valor final da nota será obtida através de uma média aritmética que dará um valor de 0 a 5. Os produtos com nota 4,5 ou superior recebem o Prémio de Excelência PCGuia. Mais informação em pcguia.pt/como-testamos.

36

Este

12 LAB

52 / TECNOLOGIA EM MOVIMENTO

O Gustavo Dias revela por que motivo considera que a Asus está a falhar com as suas mais recentes motherboards para a plataforma AMD AM5.

54 / GADGETS

Bose QuietComfort Earbuds II Dyson Pet Grooming Kit Sonos Era 300 Redmi Watch 3 Roomba i8 Combo

56 / TESTES

Asus ZenBook Pro Duo OLED FSP Hydro G Pro 1000W Zotac GeForce RTX 4070 Amp Airo Philips 498P9 Synology Diskstation DS1823 Xs+ QNAP TS-410E Samsung Galaxy A54 5G

13 PLAY

62 / JOGOS Star Wars: Jedi Survivor

64 / HARDWARE

Asus ROG Ally Logitech G Pro X 2 Lightspeed Mountain Makalu Max

14 SLEEP

66 / Em Junho, assinalamos o nascimento do Napster, a integração de processadores Intel nos Mac e a constituição da Microsoft como empresa.

MEDIÇÕES EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO PREÇO QUALIDADE

Distribuidor: PCGuia Site: pcguia.pt Preço: €42

Facto positivo Facto negativo

/ Não se contente com uma ligação Wi-Fi que, além de lenta, é instável e insegura.

mês vamos ensinar-lhe a resolver os problemas mais comuns na criação e configuração de uma rede sem fios.

09 TEMA DE CAPA

O MUNDO DO STREAMING DE VÍDEO

A Netflix deixou de permitir a partilha de contas a partir do final de Fevereiro e muitos utilizadores ameaçaram desistir do serviço. Mas será que houve uma descida assim tão notória de subscritores? Conheça os dados da JustWatch sobre este mercado e também os filmes/séries mais vistos em Abril.

Evolução mensal dos serviços no 1º trimestre de 2023

Top 5 de filmes mais vistos | Abril 2023

Top 5 de séries mais vistas | Abril 2023

POUPE ENERGIA COM A AJUDA DO WINDOWS

Aprenda a configurar o sistema operativo da Microsoft para que este seja mais eficiente em termos energéticos e, assim, poupar na conta da electricidade.

A Microsoft incluiu uma nova secção dedicada à poupança de energia na actualização ‘Moment 2’ do Windows 11, lançada em Março. Esta novidade permite reduzir o consumo de energia e, consequentemente, a factura da electricidade. Neste guia, vamos ensinar-lhe como

utilizar estas novas opções e dizer-lhe como deve fazer para poupar energia, no Windows 10. Além disso, também mostramos como dois dos mais populares browsers podem consumir menos energia e a prolongar o tempo da bateria dos computadores portáteis.

1 POUPAR ENERGIA NO WINDOWS 11

Para aceder às novas opções de poupança de energia, use a na combinação de teclas ‘Windows+I’ e entre em ‘Sistema’ (na barra lateral) > ‘Energia’ (caso tenha um desktop) ou em ‘Energia e bateria’ 1 (caso use um portátil, como nós). Na parte superior da janela que aparece, verifique se existem mensagens importantes do Windows. No nosso caso, vemos três avisos: ‘O modo de suspensão está definido para ‘Nunca’, o que utiliza mais energia e resulta em emissões de carbono mais elevadas 2 ; ‘O ecrã está definido para nunca se desligar ….’ e ‘O período de tempo após o qual o ecrã se desliga e o dispositivo entra em suspensão são diferentes…’. Podemos corrigir estas situações facilmente através das sugestões que o sistema operativo indica na caixa do aviso 3

Agora, seleccione ‘Recomendações de energia’ 4 para ver as restantes opções. Nesta área, as escolhas apresentadas vão depender do hardware que está a utilizar: algumas das funcionalidades podem apenas estar visíveis, tenha um computador portátil. Aqui, o Windows recomenda três alterações à nossa configuração: definir o modo de energia, definir o tempo para o computador entrar em suspensão e desligar o ecrã após três minutos. Pode clicar em ‘Aplicar tudo’ 5 ou apenas em ‘Aplicar’ 6 , ao lado de cada uma das opções. Depois disto, o botão ‘Aplicar’ desaparece, sendo substituído por setas. Clique em cada uma destas para controlar com maior precisão as definições de energia existentes. Por exemplo, na área para desligar o ecrã ao fim de três minutos, pode especificar quanto tempo o ecrã permanece activo quando está ligado à corrente e à bateria, se aplicável; ou pode definir mais tempo.

Em alguns portáteis, é possível que apareça uma opção que adapte o brilho ao conteúdo, mas caso tenha o PC ligado a um monitor externo é provável que isso não esteja visível. De acordo com a Microsoft, o Windows 11 «ajusta automaticamente o brilho e o contraste do ecrã com base no conteúdo exibido». Por exemplo, «se estiver a ver um vídeo que tenha uma cena escura, seguido de uma cena mais brilhante, o brilho e o contraste podem mudar - isso é normal», explica a marca na sua área de ajuda. É impossível medir exactamente o tipo de poupança que se obtém ao utilizar esta funcionalidade, mas caso possa, aconselhamos que a active, já que, em alguns PC, pode permitir consumos energéticos mais baixos.

Além do Windows, os computadores podem ter um software próprio de gestão de energia que permite ajustar mais parâmetros e escolher um plano ainda mais económico.

CRIAR UM SERVIDOR GRATUITO DE VPN COM O NORD MESHNET

Usar uma VPN é uma garantia de que o “dono” da rede onde estamos ligados não nos vai conseguir “espiar”. Apesar de podermos usar esta tecnologia em casa, será mais útil quando estivermos ligados a uma rede Wi-Fi pública, para aumentar a nossa segurança online. Normalmente, temos de pagar por este tipo de ligação encriptada, mas a NordVPN acaba de tornar o seu serviço Meshnet gratuito. Assim, vamos criar uma ligação ao nosso computador doméstico a partir de qualquer parte do mundo, para que o tráfego Web passe sempre pelo router que temos em casa, mesmo que estejamos na rede Wi-Fi de outra pessoa.

1 Em nordvpn.com/meshnet, clique no símbolo do Windows para fazer o download do NordVPN Meshnet. Depois de instalado, inicie o programa e siga as instruções que vão aparecendo para fazer a configuração. Se já tiver uma conta Nord, clique em ‘Log in’ 1 se não, vai ter de criar uma - clique em ‘Create Nord Account’; nós escolhemos usar a nossa conta Google. De seguida, o browser pergunta-lhe se quer abrir o NordVPN, que já tem instalado. Aceite e clique em ‘Abrir NordVPN’ 2

2 A primeira coisa a fazer, na janela inicial do programa, é activar o Meshnet; clique no slider 1 que está à direita e que indica ‘Off’. Assim que o faz, aparece um ecrã que lhe diz que pode ligar até dez dispositivos seus; clique em ‘Continue’ (duas vezes) 2 e, finalmente, em ‘Turn on Meshnet’.

Uma VPN é um recurso que nos permite configurar uma ligação encriptada. Vamos ensinar-lhe a criar um servidor com uma app deste género, que até vai servir para trocar ficheiros entre o smartphone e o PC.

3

Vamos usar um iPhone para nos ligarmos ao Meshnet, mas os passos para Android são semelhantes. Descarregue a app NordVPN da loja respectiva e inicie a sessão com o login que usou no passo 1. Depois, toque no ícone ‘Meshnet’ 1 na barra de ferramentas na parte inferior do ecrã, seguido de ‘Activar Meshnet’. No iPhone, surge um aviso de que será precisa a nossa permissão para instalar um novo perfil de VPN: toque em ‘Entendi’ 2 . Poucos segundos depois, a app diz-lhe que a Meshnet está activada.

4 A partir de agora, pode redireccionar todos os dados enviados e recebidos pelo seu telemóvel ou tablet através do seu computador, desde que o tenha ligado. Desta forma, se entrar numa rede pública de um café, por exemplo, ninguém vai conseguir ver por onde navega. Toque no cartão ‘Tráfego de rotas’ 1 e vai ver de imediato o seu computador de casa, neste caso ‘ricardodurand-everest.nord’ 2 - toque em cima para ligar a VPN e fazer com que todo o seu tráfego de Internet comece a passar pelo PC. No iPhone, aparece a indicação ‘VPN’ 3 no canto superior direito, o que garante que está tudo activado.

5 Volte ao PC e à janela principal do Nord Meshnet. Agora, vai poder ver que, em baixo, no separador ‘Your devices’ 1 , aparece o smartphone que acabou de ligar - aqui, ‘ricardodurand-himalayas.nord’ 2 . Clique sobre esta indicação para alterar as suas definições, incluindo se o dispositivo pode enviar ficheiros directamente para o seu computador, em ‘File sharing permissions’ 3 . Active ‘Always accept transfers from this device’ 4 para não estar sempre a confirmar no PC, quando estiver a receber ficheiros.

6 Para enviar um ficheiro do smartphone para o PC através de uma ligação encriptada, volte a mudar para o seu dispositivo móvel. Toque em ‘Compartilhar arquivos’ e depois escolha o que quer enviar (podem ser fotos, vídeos ou documentos); agora, basta tocar no nome do seu computador 1 para que o ficheiro seja enviado; no computador, será guardado na pasta ‘Transferências’.

7 Quando quiser desactivar a ligação Meshnet e navegar directamente na Internet (por exemplo, se o computador onde configurou este serviço tiver sido desligado ou perder a ligação à Internet), toque nos três pontos na parte superior da aplicação da Nord no seu dispositivo móvel e escolha ‘Desativar a Rede Mesh?’ 1

SERÁ 2023 O ANO DO LINUX, NO DESKTOP?

A adopção do ‘pinguim’ no desktop tem aumentado nos últimos anos e muito já mudou, para melhor. Este mês mostramos algumas estatísticas globais de utilização e os motivos que contribuem para este aumento.

«Mudanças que, a princípio parecem pequenas e sem importância, trarão resultados notáveis se estivermos dispostos a mantê-las durante anos». Esta frase, retirada do livro ‘Hábitos Atómicos’, descreve muito bem os resultados da consistência de um hábito. Um exemplo disto é o kernel Linux, que fará 32 anos em 2023: a sua história assenta como uma luva neste exemplo, porque o que começou com dez mil linhas de código, em 1991, ultrapassa actualmente os trinta milhões. Isto é um feito notável, resultado de um constante desenvolvimento e estabilidade.

O QUE DIZEM OS NÚMEROS?

De acordo com as estatísticas de mercado do W3Techs, o Linux foi, até Maio de 2023, o sistema operativo mais popular a nível mundial em servidores, usado em 94,9% destes equipamentos; segue-se o Windows, com 2,6%; os outros sistemas operativos têm 2,5%. Estes números invertem-se, no mercado desktop. Segundo o site DesktopLinux.com,

O QUE TEM CONTRIBUÍDO PARA O AUMENTO DA UTILIZAÇÃO DE LINUX?

1 ACESSIBILIDADE

Têm sido feitos esforços para tornar este sistema mais acessível e as várias distribuições são uma prova disso. A empresa mais impulsionadora é a Canonical, através do Ubuntu. O objectivo têm-se mantido ao longo dos anos e as várias versões desenvolvidas são uma prova inequívoca do seu trabalho e do apoio que a comunidade tem dado, no geral.

2 SEGURANÇA

O Linux é um sistema operativo que foi e continua a estar associado a um nível elevado de segurança. Num mundo cada vez mais digital, e em que o Windows tem um grande historial de problemas, faz sentido optar um sistema mais estável e seguro, que nos deixe confortável ao usar. Mesmo assim, há vários antivírus para Linux, como o Comodo.

EXPERIMENTAR O RUSTDESK

Como o tema deste mês é relativo ao aumento de utilização de sistemas Linux, sugerimos uma ferramenta de acesso remoto de código aberto para instalar numa distribuição Linux e aceder a outros computadores, com diferentes sistemas. O RustDesk oferece várias vantagens em relação a outras soluções de acesso remoto, como o TeamViewer ou o Anydesk: é uma ferramenta intuitiva e fácil de usar/instalar, não requerendo conhecimento técnico avançado para configurar. É compatível com Windows, macOS e Linux, permitindo que os utilizadores acedam remotamente a computadores em diferentes plataformas. Depois,

3 COMPATIBILIDADE

Muitas distribuições incluem drivers para uma ampla gama de dispositivos e componentes de hardware, o que permite instalar o Linux em qualquer equipamento, desde um computador a um smartphone. Se tiver um PC mais recente, e quiser experimentar este sistema operativo, aconselhamos uma distribuição Linux com um kernel mais actual.

4 LIBERDADE O Linux é um sistema operativo de código livre e muitas das aplicações disponíveis, também. Isto significa que são gratuitas e podem ser personalizadas ou modificadas. Esta consistência em adaptar cada vez mais o sistema, mantendo os mesmos ideais, é uma clara evidência de compromisso e confiança, por parte da comunidade.

utiliza criptografia de ponta a ponta para proteger a ligação entre os computadores, garantindo que os dados transmitidos estão seguros e privados. Este software foi ainda projectado para ser rápido e responsivo, oferecendo uma experiência de acesso remoto mais suave e rápida, em comparação com outras soluções. O RustDesk oferece também várias opções de personalização, como a possibilidade de configurar a resolução e o tamanho do ecrã, bem como o áudio. Finalmente, é um software de código aberto, o que significa que qualquer pessoa pode usar e modificar o código-fonte.

numa pesquisa realizada em 2003, com mais de trinta mil participantes, cerca de 4,5% dos entrevistados usavam o Linux como principal sistema operativo e 75%, o Windows. Infelizmente, esta tendência não mudou muito com o passar dos anos e este continua a ser o sistema mais usado - não o escolhido, porque a verdade é que é um sistema que já vem instalado na maioria dos computadores que compramos. O que tem mudado é a percentagem de adopção do Linux no desktop ao longo dos anos, que, apesar de percentualmente

CONCLUSÃO

Depois de um olhar atento à história do Linux, concluímos que 2023 é mais um ano do Linux no desktop, porque a adopção tem vindo sempre a aumentar. O kernel Linux mantêm-se fiel aos seus princípios e filosofia: código aberto,

menor que o Windows, aumenta todos os anos. Segundo o StatCounter, o Linux estava em 1,85% dos desktop em Março de 2021; em 2022 aumentou para 2,93%.

UBUNTU É A VERSÃO MAIS USADA

Relativamente à escolha do sistema operativo para programadores, o site Statista diz que 61% escolhe Windows; 47%, Linux; e 44%, macOS. Segundo o W3Techs, o Ubuntu (33,9%) é a distribuição Linux mais usada, com um numero aproximado de mais de quarenta milhões de utilizadores, muitos deles

jogadores, porque o número tem aumentado também nesta área. Em 2022, só a plataforma Steam disponibilizou um máximo de 9200 jogos para Linux, com uma percentagem de utilização global de 1,27%, um aumento em relação ao ano anterior. LINUXTECH.PT

consistência, segurança e acessibilidade. Ao longo de mais de trinta anos, tem havido pequenas mudanças, que parecem sem importância, mas que têm resultados notáveis, cada vez mais visíveis e com

aumentos em várias áreas. Estou certo de que o leitor, assim como eu, está satisfeito, não só por fazer parte da comunidade, mas por acompanhar esta mudança histórica a cada ano que passa. Parabéns!

ACELERE A SUA REDE Wi-Fi

Não se contente com uma ligação que, além de lenta, é instável e insegura. Este mês vamos ensinar-lhe a resolver os problemas mais comuns na criação e configuração de uma rede sem fios. GUSTAVO

AIndependentemente da velocidade, grande parte dos problemas com o Wi-Fi devem-se ao facto de a ligação ser instável ou de termos dispositivos que ficam sem acesso à Internet, o que pode ter que ver com a incorrecta configuração da rede.

Não basta ligar o router do operador e aceder à rede pré-definida com a password que vem por defeito: é preciso muito mais para garantir que a rede funciona sem problemas. Usar firmware desactualizado, ataques de malware e a configuração de fábrica do router, que o faz entrar em conflito com redes de outros routers nas vizinhanças, acabando por congestionar os canais de comunicação, são os principais exemplos de uma má experiência com um router.

Neste tema de capa vamos mostrar que é fácil resolver a maioria dos problemas associados a redes Wi-Fi instáveis e lentas, desde mudar o router de lugar, a fazer pequenas alterações que podem melhorar significativamente o funcionamento da rede.

REFORÇAR A REDE

Depois de percebermos o que está a fazer com que a rede esteja a funcionar de forma irregular, vamos ainda sugerir alguns equipamentos que podem aumentar o alcance e a qualidade do sinal do Wi-Fi. Iremos ainda demonstrar como usar software e aplicações específicas para ir fazendo medições ao longo da sua casa (ou escritório), para perceber qual é a melhor localização que pode encontrar para instalar o router.

O QUE PODE

FAZER:

l Alterar o seu router para um canal mais rápido e menos congestionado;

l Identificar todos os dispositivos ligados à sua rede Wi-Fi;

l Actualizar o firmware do router, para melhorar o desempenho;

l Confirmar que o router não foi afectado por malware;

l Ampliar a cobertura do Wi-Fi com adaptadores Mesh, powerline e extensores de rede;

ROUTERS A SALVO: 8 SITUAÇÕES

QUE DEVE EVITAR PARA TER BOM Wi-Fi

Existem várias situações que acabam por influenciar negativamente o funcionamento de um router e, consequentemente, afectar a qualidade do sinal Wi-Fi. Estes são os erros mais comuns e que deve corrigir o quanto antes, para tirar o máximo partido da rede sem fios.

1 NÃO PROTEJA O ROUTER

Pode parecer absurdo, mas existem empresas especializadas na comercialização de redes de protecção metálica ao estilo de uma gaiola de Faraday, que prometem reduzir significativamente a propagação de ondas electromagnéticas. Estas redes são, na verdade, bastante eficazes, mas esta protecção acaba igualmente por bloquear a propagação das ondas do sinal da rede Wi-Fi. Se tivermos em conta que ainda não existem provas científicas de que estas frequências são prejudiciais para a saúde humana (e de animais), a sua utilização vai, na verdade, prejudicar o funcionamento do router.

3 EVITE LOCAIS CONGESTIONADOS

Muitas vezes, especialmente em casas com poucas tomadas eléctricas, tendemos a colocar todos os dispositivos num só local. Em termos de gestão dos equipamentos, isto até faz algum sentido, mas a acumulação de muitos, no mesmo local, pode gerar ruído electromagnético que, por sua vez, irá interferir no sinal de Wi-Fi. É preferível colocar o router numa posição mais central da casa.

2 GARANTA QUE O ROUTER ESTÁ SEMPRE “FRESCO”

O router, tal como qualquer outro dispositivo electrónico, usa corrente eléctrica que, em alguns casos, é desperdiçada. Para garantir o seu correcto funcionamento, os fabricantes metem grelhas de ventilação no chassis, para que o calor gerado pelo processador e pelo circuito de alimentação possa ser extraído com sucesso. Assim, além de não bloquear estas grelhas para que o equipamento fique sempre o mais fresco possível, não coloque o router em locais com pouca ventilação, como dentro de um armário, até porque dessa forma também irá reduzir significativamente a propagação do Wi-Fi.

4

POSICIONE BEM AS ANTENAS

Poderá parecer insignificante, mas caso o seu router tenha antenas externas ajustáveis, a direcção das mesmas poderá ter impacto na qualidade do sinal e no alcance da rede Wi-Fi. De acordo com a documentação dos principais fabricantes de dispositivos de rede, as antenas de um router devem ser posicionadas totalmente na vertical, garantindo assim um maior alcance horizontal do Wi-Fi. Caso o seu router tenha três, quatro ou mais antenas, deverá manter as centrais numa posição vertical, e posicionar as das extremidades numa posição perpendicular, ou seja, com um ângulo de 45 graus.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL vs. PC BUILDER

A inteligência artificial veio para ficar. Explorei a sua capacidade para criar um conceito de um computador pessoal e/ou respectivo modding e de como este seria executado, na realidade.

ONDE GERAR IMAGENS?

Existem várias plataformas onde podem criar imagens com recurso a IA, umas mais avançadas e outras mais simples. Para o meu dia-a-dia, o Canva e o NightCafe têm sido suficientes. Se quiserem algo acima da média, a minha sugestão é o Midjourney. Para todos estes sistemas, a qualidade dos prompts ou das keywords faz toda a diferença. Como exemplo, para este artigo usei as instruções «desk computer case» e «inspired by Marvel».

O DESAFIO

Depois de ver as sugestões das várias IA e absorver as suas ideias de computador de secretária (foi engraçado ver que um deles foi mesmo uma secretária), começou a procura por componentes que poderiam transformar tudo em realidade. Sobretudo nas sugestões do Spider-Man, o formato de uma caixa vertical tornou-se evidente e foi essa a minha decisão.

HARDWARE

Em termos de caixas em formato vertical a mais sonante é a NZXT H1. Lembra, sem dúvida, uma XBOX Series X, tem vidro temperado, múltiplos furos para refrigeração, fonte de alimentação e dissipador a água incluído. Isto limita-nos a escolha de uma motherboard a um modelo mini-ITX, mas como o lado gamer bate mais forte, a ASRock Z790M-ITX/WiFi acaba por ser uma boa opção: toda em preto, é compatível com RGB e com os mais recentes processadores Intel. A memória RAM também tinha de ser de

baixo perfil e, dado que o RGB destas não se vê, a minha sugestão passa pelas Corsair Kit 32GB (2 x 16 GB) DDR5 5600MHz Vengeance Black CL36, que têm um padrão muito interessante nas chapas de refrigeração. Já a placa gráfica, como a podemos ver através do vidro temperado, algo na linha da Asus GeForce RTX 4090 ROG Strix Gaming OC 24GD6X DLSS3, que tem as cores necessárias e RGB, é a cereja no topo do bolo.

MODIFICAÇÃO

Para a pintura da caixa, escolhi azul em todo o interior e laterais, vermelho na base, assim como nos pés e no topo. Na frente, onde fica o vidro temperado, fica uma impressão 3D da cara do nosso aracnídeo preferido, pintada com as mesmas tintas da caixa. Tal como na sugestão, a malha vermelha em 3D seria extendida às duas laterais, cobrindo muito levemente as perfurações da refrigeração. Os spray Montana 94 continuam a ser os meus preferidos para estas pinturas, também pela facilidade em encontrar os tons exactos que procuramos. Por menos de quinze euros, incluindo verniz de finalização e fazem toda a diferença.

Os sistemas de inteligência artificial são capazes de nos colocar fora da zona de conforto de formas muito criativas e, com isso, aprender coisas que fogem ao normal.

INTERIOR

As sugestões que me fizeram lembrar o Venom foram muito fortes para dar ênfase aos imensos cabos, tudo um pouco caótico, mas com um certo sentido. Para que ficasse tudo perfeito no interior, e mesmo com muito trabalho manual, a minha escolha recaiu em cabos modulares em vermelho e azul: encontrei no Etsy vários

criadores de versões à medida. Para dar um pouco de luz, juntaria uma fita LED ARGB, perto do painel de vidro, configurada para um modo que iluminasse lentamente, simulando uma cidade durante a noite (alguns programas referem estes modos como ‘City Light’ ou ‘Stars at Night).

EM TODA A HORA, EM TODO O LADO

A luta por optimizar a minha produção de conteúdos continuou durante o mês de Abril. Descobri ferramentas super úteis para a disponibilização, organização, conversão e identificação de ficheiros, que são magníficas e relativamente simples de utilizar, agora que já compreendo um bocadinho mais sobre “homelabbing”. A primeira delas, o Syncthing, está disponível para todos os sistemas operativos e permite criar um conjunto de ficheiros sincronizados numa rede local, ou remotamente, entre todos os dispositivos. Esta sincronização acontece por P2P, como os ficheiros torrent, de forma segura e utilizando muito poucos recursos. Desta forma, criam uma pasta de ficheiros a que querem ter sempre acesso: no meu caso, é perfeito para partilhar ficheiros de trabalho entre os vários equipamentos, como templates, guidelines de conteúdos ou até exemplos de e-mails. Se a vossa ideia for a de fazer backups, sugiro o Kopia.

CONCLUSÃO

O exercício de pensar como é que podemos levar uma modificação (ou montagem) do zero ao resultado final é uma forma muito inteligente de treinar as nossas capacidades criativas, neste mercado que se começa a tornar muito repetitivo. A isto, junta-se o quão divertida é a aventura de criar imagens por IA e o quão improváveis são alguns resultados.

Outra ferramenta para quem produz muitos conteúdos, e os quer arquivar de forma mais eficiente, é o Tdarr. Com este software é possível definir rotinas e automatismos do tipo condicional, que avaliam os ficheiros e actuam se necessário. No meu caso, tenho uma zona de arquivo morto (cold storage) com ficheiros já publicados e que, só num caso de catástrofe, posso vir a reutilizar. Para poupar espaço em disco, o Tdarr avalia a resolução e o bitrate e faz transcoding para um formato que ocupa menos, com uma perda de qualidade mínima. Assim, posso utilizar vários computadores como nodes e distribuir trabalho e recursos que estejam parados, executando a tarefa mais rápido.

Até ao próximo mês!

Luís Alves nickname Shuper’ Luu’

Começa a ser complicado testar este tipo de relógios e, até mesmo, encontrar diferenças entre os modelos de várias marcas, num dado intervalo de preços. São todos muito iguais, têm as mesmas funcionalidade, as mesmas formas de usar e características: sensores de batimentos cardíacos, acelerómetros, giroscópios e por aí fora. O Redmi Watch 3 é mais um daqueles modelos que a Xiaomi já só lança por lançar, sem que haja propriamente uma grande novidade.

Durante quase um mês de utilização, fica na retina o facto de ser bastante leve - passou muitas vezes despercebido e fez-nos duvidar se estava mesmo no pulso. Usámo-lo entre sessões de ginásio e surf, mas percebemos que, com a água, o ecrã (AMOLED de 1,75 polegadas) não se dá lá muito bem, pois as gotas assumem-se como dedos e interagem com a interface, sem que queiramos. Depois, mesmo com o modo de ligar o ecrã de forma automática activado, quando levantamos o braço, nem sempre respondeu, o que se tornou uma situação bastante chata, sobretudo quando precisávamos de ver tempos de descanso, no ginásio.

A bracelete em silicone também nos deu problemas: não foi muito prática de fechar, pois não deslizou de forma suave no pulso para ficar bem presa - houve atrito com a entre as duas partes da bracelete.

Em termos de bateria, os doze dias prometidos pela Xiaomi são para esquecer: no máximo, o Redmi Watch 3 esteve uma semana sem ir à carga.

Finalmente, uma funcionalidade curiosa: podemos atender chamadas e falar directamente para o relógio - pode optar por esta alternativa, se quiser passar por parvo no meio da rua, por exemplo.

O Redmi Watch 3 não tem nada de extraordinário, mas cumpre minimamente o que se pede a um modelo deste tipo - o preço é um pouso desajustado: o ideal seria um valor a rondar os oitenta euros.

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BOSE QUIETCOMFORT EARBUDS II 4,5

Os mais recentes earbuds topo de gama da Bose trazem algumas diferenças em relação ao modelo antecessor. As mais imediatas são ao nível do design: são mais pequenos, assim como a caixa de carregamento, e confortáveis. Os QuietComfort Earbuds II trazem várias pontas de silicone, o que permite um encaixe perfeito nas orelhas e fazem com que os auscultadores não caiam facilmente. Quando falamos de som, a qualidade é muito boa, embora tenha sido preciso fazer uma actualização, pois, inicialmente, o áudio não era reproduzido correctamente. Quando utilizamos estes auscultadores para fazer chamadas, videochamadas ou podcasts, a nitidez da voz é excelente. Sempre que ouvimos música ou vimos uma série, os baixos são potentes, sem serem exagerados; já os graves e os médios são bem definidos.

O melhor é que podemos controlar e equalizar o som, ao nosso gosto, através da aplicação Bose Music. Este é um dos pontos fortes da marca, que conseguiu ter uma app que funciona muito bem, o que nem sempre acontece com outros fabricantes de produtos áudio. O cancelamento activo de ruído (ANC) é o grande destaque destes earbuds e consideramos que, neste momento, são talvez os melhores do mercado, a este nível. O único senão é ser impossível desligar totalmente o ANC. Os QuietComfort Earbuds II tem uma bateria que dura seis horas e, se usarmos a caixa totalmente carregada, a autonomia chega às dezoito horas, sem necessidade de a ligar à corrente; só é pena que, pelo valor pedido, não exista carregamento wireless. Apesar de serem um pouco caros, estes Bose são uma boa escolha para quem procura uns earbuds com qualidade e um excelente cancelamento de ruído, até porque é possível encontrar promoções que baixam significativamente o PVP destes auscultadores. MAFALDA FREIRE bose.com €319

REDMI WATCH 3 3

iROBOT ROOMBA i8 COMBO 5

Depois do J7 Combo, o primeiro aspirador robô da iRobot com uma esfregona que rodava para cima, quando estava em modo de aspiração, chegou a hora de o best seller i7 receber a capacidade de lavar o chão - e, com isto, muda de nome para ‘i8 Combo’. Contudo, o sistema de lavagem do chão é diferente do automático, usado no J7; no caso do i8 Combo, o utilizador tem de alternar entre o depósito de aspiração e o de lavagem do chão, consoante o que quiser fazer. O sistema do i8 não é tão cómodo como o do J7 Combo,

mas funciona como pretendido. De resto, o i8 Combo é semelhante ao i7, com uma câmara de mapeamento na parte de cima e um pouco mais alto que o J7. Até ao lançamento do J7, o i7 foi o melhor aspirador robô que a iRobot criou: tem todas as coisas que são, realmente, necessárias num dispositivo deste tipo, como uma boa potência de aspiração e um software bem concebido. Para o i8, a iRobot pegou nessas características e acrescentou a possibilidade de também lavar o chão. irobot.pt €799

4.5

Para dar maior versatilidade aos seus aspiradores, a Dyson lançou o Pet Grooming Kit que, como o nome deixa antever, é um acessório perfeito para escovar os pelos soltos do seu animal de estimação. Este conjunto é composto por uma cabeça em forma de cardadeira, composta por 364 cerdas (pontas) finas, com uma inclinação na extremidade de 35 graus, permitindo assim uma maior eficácia a agarrar os pêlos soltos. Depois de escovar, basta largar o botão para retrair as cerdas, permitindo assim que os pêlos sejam removidos e imediatamente aspirados. Para completar este conjunto, a cabeça está acoplada a uma mangueira extensível e flexível (que pode atingir um metro de comprimento), equipada com um adaptador na extremidade oposta que permite a sua utilização em praticamente todos os principais aspiradores da Dyson, sem esquecer o Outsize e o Digital Slim.

Relativamente à sua utilização, a parte de escovar foi perfeita, embora preferíssemos que o botão/haste só precisasse de ser premido no momento de aspiração do pêlo recolhido. Quando ligado o aspirador (neste caso, um Dyson V15 Detect), foi essencial utilizá-lo no modo ‘Eco’, mais silencioso, para que os animais mais receosos pelo ruído aceitassem a ideia de o seu pêlo ser “aspirado”. GUSTAVO DIAS dyson.pt | €60

SONOS ERA 300 5

Com o objectivo de criar a melhor experiência de áudio espacial com um só elemento, a Era 300 da Sonos promete revolucionar o mercado das colunas inteligentes, embora já existam soluções de peso. A marca conseguiu reunir, num equipamento relativamente compacto, um total de seis altifalantes, dois woofers direcionados para os lados (de modo a criar um efeito estereofónico convincente) e quatro tweeters (dois laterais, um frontal e um superior), aos quais se juntam painéis difusores que orientam o som para uma experiência mais envolvente. Esta solução obriga a que a coluna tenha um design invulgar, como se tivesse sido inspirada numa ampulheta, com a secção central mais estreita que as extremidades frontal e traseira. Cada altifalante é alimentado por um amplificador (de classe D), o que lhes confere uma maior precisão e uma maior eficiência energética. O facto de um dos tweeters estar virado para cima permite que a Era 300 tenha certificação Dolby Atmos, com o processo de configuração através da aplicação móvel Sonos a determinar qual o melhor posicionamento da coluna, para uma experiência mais eficaz.

A qualidade do som é excelente, demonstrando toda a sua versatilidade, com a perfeita reprodução das vozes e de todos os instrumentos de frequências mais agudas, devidamente acompanhados pelas frequências baixas dos instrumentos de repercussão. Já para uma biblioteca de áudio mais electrónica, talvez seja necessário ajustar as definições na app para evitar uma batida mais efusiva para o gosto dos seus vizinhos, como me aconteceu. Destaque final para a capacidade de reprodução de áudio via Wi-Fi e Bluetooth, esta última uma novidade em dispositivos Sonos, bem como a partir de outros equipamentos (como um gira-discos) através do opcional adaptador jack para USB-C (custa 25 euros). GUSTAVO DIAS sonos.com | €499

ASUS ZENBOOK PRO 14 DUO OLED

Terá a Asus encontrado a fórmula perfeita de um portátil com duplo ecrã?

Foi em 2017, com o Zenbook Pro 15 UX580, que a Asus se tornou pioneira na implementação de soluções de duplo ecrã nos seus computadores portáteis: o ScreenPad ficava no local do habitual touchpad e podia assumir esta função. Porém, só em 2019 assistimos ao lançamento daquele que acabaria por ser o melhor formato, com os primeiros Zenbook Duo e Zenbook Pro Duo. Deste então, a Asus tem estado a aprimorar a tecnologia e, agora, com o Zenbook Pro 14 Duo OLED, tem aquilo que, à primeira vista, nos parece a fórmula perfeita de um portátil de duplo ecrã.

FAZER CONCESSÕES

Face a soluções de outros fabricantes (como o ThinkBook Plus, testado na edição anterior), a solução de duplo ecrã da Asus parece-nos mais prática e produtiva, pois permite que o segundo display esteja praticamente no mesmo campo de visão que o principal, graças à sua localização e inclinação. Ambos partilham a elevada resolução horizontal (2880 px) e são tácteis, com o ScreenPad Plus a destacar-se por incluir cada vez mais funcionalidades, que o tornam verdadeiramente útil. Em contrapartida, a localização deste segundo ecrã obrigou à deslocação do teclado para a extremidade do chassis e à colocação do touchpad num canto do

mesmo, o que complica a sua utilização. Contudo, é possível minimizar o impacto ergonómico desta opção ao recorrer a um teclado e rato externo, mas isto contraria a ideia de tirar partido das capacidades tácteis dos dois ecrãs.

PRONTO A PRODUZIR

Relativamente à parte tecnológica, a Asus continua a apostar em grande: o ecrã principal tem um painel OLED de 14,5 polegadas com uma taxa de actualização de 120 Hz e a capacidade de reproduzir 100% do espectro de cores DCI-P3, sem esquecer a validação Pantone. No que respeita à configuração de hardware, este Zenbook tem um Core i9-12900H, equipado com seis núcleos P e oito E, capazes de atingir os 5 e 3,8 GHz de frequência máxima, respectivamente. Temos ainda 32 GB de memória RAM LPDDR5 integrados na motherboard e um SSD NVMe PCIe 4.0 com 1 TB. A vertente gráfica ficou a cargo da Intel Xe Graphics, auxiliada por uma Nvidia GeForce RTX 3050, pronta para actuar sempre que precisar de desempenhar tarefas mais exigentes, como processamento de vídeo ou, até mesmo, para matar tempo com alguns jogos, mas nunca acima de 1080p. GUSTAVO

DIAS

Distribuidor: Asus

Site: asus.com/pt Preço: €2999

s Qualidade do ecrã OLED

s Desempenho

s Melhor solução de duplo ecrã do mercado

t Preço

FICHA TÉCNICA

n Processador: Intel Core i9-12900H 14 núcleos (até 5,0 GHz)

n Memória: 32 GB LPDDR5 a 4800 MHz

n Armazenamento: 1 TB SSD NVMe PCIe 4.0

n Placa Gráfica: Intel Iris Xe Graphics + Nvidia GeForce RTX 3050 Ti 4GB

n Ecrã: 14,5” OLED táctil 120 Hz (2880 x 1800) + 12,7” ScreenPad Plus táctil (2880 x 864)

n Ligações: 2 x Thunderbolt 4 (USB-C c/DisplayPort e Power Delivery), USB 3.2 Gen2, HDMI 2.1, leitor MicroSD, jack de 3,5 mm

n Dimensões: 323,5 x 224,7 x 19,6 mm

n Peso: 1,75 kg

BENCHMARKS

n PCMark 10: 7310 n PCMark 10 Produtividade: 9904

n PCMark 10 Bateria (Modern Office): 371 minutos

n 3DMark Wild Life: 31 527

PONTO FINAL

O Zenbook Pro 14 Duo OLED é a prova que a aplicação de um duplo ecrã tem impacto na ergonomia, mas isso não o impede de ser uma excelente máquina, em termos de características, desempenho e funcionalidades. Contudo, isto reflecte-se no preço.

O ScreenPad Plus continua a ser a melhor solução no mercado de um ecrã secundário integrado num computador portátil. Está bem localizado e contribuiu para o sistema de arrefecimento.

Com a chegada da RTX 4070 AMP Airo ao nosso “laboratório”, damos as boas-vindas oficiais à Zotac, em Portugal. Esta placa tem, como base, a GeForce RTX 40 mais acessível do mercado: conta com a GPU AD104 limitada a 5888 núcleos CUDA, o que representa uma diminuição de 23% de unidades de processamento face aos 7680 núcleos CUDA da RTX 4070 Ti. Tirando este detalhe, a placa é praticamente idêntica a este modelo, com os mesmos 12 GB de memória GDDR6X a 21 Gbps e um barramento de 192-bit.

Por se tratar de uma versão AMP Airo, distingue-se pela aplicação de um vistoso sistema de arrefecimento curvo, complementado por um discreto sistema de iluminação RGB. Graças a este sistema mais eficaz, a Zotac foi capaz de elevar a frequência Boost desta GPU até 2535 MHz, mas isto obrigou a fazer subir o TDP para os 215 W, face aos 200 W do modelo de referência. Só é pena que a marca tenha optado pela nova ficha de alimentação adicional 12VHPWR de dezasseis contactos.

Em termos de desempenho, foi impressionante verificar como uma placa gráfica com um TDP tão baixo conseguiu equiparar-se a uma GeForce RTX 3080 (TDP de 320 W), o que revela bem a evolução desta GPU, tanto em termos de desempenho, como de eficiência energética. Nos jogos que experimentámos, percebemos que alguns já permitem uma experiência fluída em resolução 4K com as definições no máximo, mas outros nem tanto. Foi este o caso de FarCry 6, que embora tenha atingido uma média de 64 fps, não nos garantiu uma experiência de jogo fluída, devido à instável taxa de fotogramas. Porém, a 1440p, não encontrámos qualquer jogo que fizesse “envergonhar” esta RTX 4070. GUSTAVO DIAS

FSP Hydro G Pro ATX 3.0

Tendencialmente, assumimos que marcas como a Corsair e a EVGA criam fontes de alimentação, mas, na realidade, quem as faz são outras empresas. Um dos maiores fabricantes OEM do mercado é o FSP Group, que embora forneça marcas como BeQuiet!, Cooler Master, EVGA e NZXT, também comercializa estes equipamentos com marca própria. A nova Hydro G Pro ATX 3.0 é um desses exemplos, sendo esta a primeira aposta da marca no campo dos modelos compatíveis com as novas normas ATX 3.0. Na realidade, este modelo é uma evolução da Hydro G Pro, ou seja, parte do princípio com um desenho de todos os circuitos, pensado para um trabalho robusto, mas igualmente eficiente. Como tal, não é de estranhar a atribuição da certificação 80Plus Gold, o que corresponde a uma eficiência energética superior a 90%.

Ligeiramente maior que o habitual (150 mm), esta fonte aloja uma ventoinha de 120 mm que pode ser desligada através do botão ‘ECO’, existente no painel traseiro da mesma (até uma carga máxima de 300 W). No lado oposto, encontram-se as ligações para os cabos modulares: 4+4 contactos EPS, seis fichas PCIe de 6+2 contactos e a nova 12VHPWR, que permite alimentar as placas gráficas de nova geração da Nvidia até uma potência máxima de 600 W.

Embora não tenhamos tido possibilidade de explorar esta fonte ao limite, foi possível criar um sistema com uma carga máxima de 850 W. Recorrendo tanto ao software HWiNFO, como a um multímetro, monitorizámos as oscilações na alimentação de energia proveniente da fonte de alimentação, tendo essas oscilações sido praticamente inexistentes. Curiosamente, mesmo utilizando uma carga bastante elevada no sistema, a ventoinha revelou ser bastante silenciosa, o que só vem confirmar a elevada eficiência desta fonte da FSP, uma vez que o desperdício de energia em forma de calor é praticamente inexistente. GUSTAVO DIAS

Distribuidor: ALSO Portugal Site: zotac.com/pt Preço: €749

s Eficiência energética s Design da placa

s Desempenho t Ligação 12VHPWR

FICHA TÉCNICA

n Núcleos CUDA: 5888 n Velocidade (Base / Boost): 1920 / 2535 MHz

n Interface: PCI-Express 4.0 x16 n Memória: 12 GB GDDR6X

n Velocidade da Memória: 21 Gbps (10 500 MHz)

n Interface de memória: 192-bit

n Ligações: HDMI 2.1a, 3 x DisplayPort 1.4a n TDP: 215W

BENCHMARKS

n 3D Mark Fire Strike: 36 173 n 3D Mark TimeSpy: 16 302

n FarCry 6 1080p Ultra: 131 fps

n Shadow of Tomb Raider 1080p Highest DX12: 241 fps55 g855

PONTO FINAL

A Zotac entra em grande no mercado nacional, com um modelo que promete democratizar as mais avançadas tecnologias da Nvidia, numa gama que revela um domínio absoluto em jogos a 1440p. A GeForce RTX 4070 AMP Airo conseguiu, inclusive, surpreender em 4K, mas só em certos casos.

Distribuidor: FSP Site: fsplifestyle.com/ Preço: €199,90

s Potência suportada s Eficiência energética

s Inclui ligação 12VHPWR nativa s Preço

FICHA TÉCNICA

n Potência máxima: 1000W

n Ligações: 24 pins ATX, 2 x 4+4 pins 12v EPS, 16 pins 12VHPWR, 6 x 6+2 pins PCIe, 14 x SATA, 5 x Molex, FDD

n Arrefecimento: ventoinha de 120 mm

n Dimensões: 150 x 150 x 86 mm

PONTO FINAL

4,6 PREÇO QUALIDADE 5 4,9 FUNCIONALIDADES EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO PREÇO QUALIDADE 5 5 4,8 57

ROG ALLY

A Asus entrou no mercado das consolas portáteis com a Ally, que na verdade é um computador com Windows para jogar em qualquer lado.

A Asus acaba de lançar a ROG Ally, um PC/consola portátil que, claramente, é uma evolução da Steam Deck da Valve, mas com algumas diferenças dignas de nota.

A primeira está no hardware: a Ally usa uma APU da AMD, denominada Ryzen Z1 Extreme, com oito núcleos Zen 4 e uma gráfica Radeon RDNA3 com 4 GB de memória dedicada; a memória RAM LPDDR5 é de 16 GB e o armazenamento está a cargo de um SSD M.2 NVMe com 512 GB, havendo ainda uma ranhura para cartões microSD.

O ecrã, sensível ao toque, é LCD IPS, tem sete polegadas, resolução máxima 1080p e uma taxa de actualização de 120 Hz. Tudo isto está envolvido numa caixa feita em plástico branco, com um acabamento imaculado (curiosamente, a Ally é bem mais leve que parece). A segunda diferença está no software: enquanto a Valve desenvolveu uma distribuição própria de Linux para usar na Steam Deck, a Asus foi mais conservadora e usou o Windows 11 Home. Isto tem vantagens e (claro) desvantagens. A vantagem é que os jogos podem ser usados sem qualquer tipo de emulação; a desvantagem está no facto de o Windows, bom, ser o Windows…

CONTROLOS E LIGAÇÕES

A ROG Ally tem dois joysticks analógicos com iluminação RGB à direita e, à esquerda,

um D-Pad. Do lado direito estão ainda quatro botões semelhantes aos comandos da Xbox. Na parte de cima, temos dois gatilhos e dois ‘shoulder buttons’; na traseira, há mais dois botões. Os analógicos, os shoulder buttons e os gatilhos são confortáveis de usar, mas estes botões que estão atrás são duros demais. Na parte superior está uma entrada USB Type-C para o carregador e uma PCI Express com oito vias para a ligação de acessórios, incluindo uma placa gráfica externa, vendida à parte. Se quiser usar a Ally

ligada a uma TV ou a um monitor, terá de comprar um carregador opcional com saída HDMI.

AJUSTAR AS DEFINIÇÕES GRÁFICAS

A ROG Ally pode ser usada em três modos distintos: ‘Desempenho’, ‘Silencioso’ e ‘Turbo’ (este último deve ser usado quando a consola está ligada à corrente para conseguir tirar o máximo partido). Estes, são uma forma conveniente de adaptar automaticamente o desempenho dos vários componentes

UMA CONSOLA OU UM PC?

Houve a tentação de testar a Ally como se fosse um PC de jogos, mas não há qualquer termo de comparação adequado, visto ser um hardware que está numa classe completamente à parte. Por isso, foi preciso arranjar um método diferente de avaliação, um pouco mais empírico e menos científico, em que se tentou perceber os FPS

médios (aqui, arredondados) a que chegariam vários títulos. Foram usados os modos ‘Turbo’ a 1080p e a 720p; os jogos foram testados sem mexer nas definições dos gráficos. No que respeita à autonomia, ao jogar no modo Turbo, conseguimos jogar durante uma hora e meia; já em ‘Desempenho’, a média foi de duas horas e quinze minutos.

MEDIÇÕES EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO PREÇO QUALIDADE

(bateria, processador, gráfica e sistema de refrigeração) às exigências. Por exemplo, o ‘Silencioso’ não é para ligar em jogos de PC actuais, mas pode ser usado em títulos 2D, emuladores ou como se a Ally como se fosse um computador. Embora a Ally seja, formalmente, uma consola, tem sempre de configurar as definições gráficas dos jogos para as adaptar às capacidades da máquina,

tal como em qualquer PC. Isto pode ser um problema, principalmente para quem comprar a Ally e não souber o que está a fazer. Teria sido interessante a Asus ter incluído um software semelhante ao GeForce Experience da Nvidia, que optimiza todos os jogos instalados para se conseguir obter a melhor experiência de utilização possível com o hardware disponível.

PEDRO TRÓIA

Distribuidor: Asus Site: asus.pt Preço: €799

s Consegue-se mesmo usar jogos AAA em qualquer lado s Qualidade da construção

 Preço

FICHA TÉCNICA

n Processador: AMD Ryzen Z1 Extreme Zen 4, com 8 núcleos a 5,10 GHz

n Placa gráfica: AMD Radeon RDNA3, com 4 GB RAM e 2,7 GHz

n Memória RAM: 16 GB (LPDDR5 6400 Mhz)

n Armazenamento: M.2 NVMe 2230 com 512 GB

n Ecrã: LCD IPS 7” (1920 x 1080), 120 Hz

n Conectividade: WiFi 6E (802.11ax), Bluetooth 5.2, ROG XG Mobile interface (oito vias PCI Express), USB- C, jack de 3,5 mm, leitor de cartões microSD

n Dimensões: 280,44 x 111,18 x 21,22 mm

n Peso: 608 gr

PONTO FINAL

A ROG Ally é, ainda, um trabalho em progresso. Há que fazer algumas mudanças, mais em termos de software, que de hardware. Depois, é necessário dar mais “qualidade de vida” aos utilizadores menos “techie”, para que esta plataforma se consiga massificar. Ainda assim, para primeiro passo neste mercado, não está nada mau.

1 DE JUNHO DE 1999

REDACÇÃO

l Director: Pedro Tróia ptroia@pcguia.fidemo.pt

MUDA O MUNDO DA MÚSICA

NAPSTER

Foi neste dia que Shawn Fanning e Sean Parker lançaram o serviço que permitia que os utilizadores partilhassem, de forma simples, ficheiros de música MP3. O Napster mudou a indústria da música para sempre.

9

2 3

6 DE JUNHO 2005

MAC PASSA PARA A TER INTEL

Na Worldwide Developers Conference deste ano, Steve Jobs anunciava que os computadores Macintosh iriam passar a usar processadores Intel, em vez dos PowerPC. Como demonstração, o CEO da Apple mostrou o Mac OS X a funcionar num computador com um processador Intel Pentium 4.

15

13 DE JUNHO DE 1983

O PRIMEIRO OBJECTO A SAIR DO SISTEMA SOLAR

Lançada em Março de 1972, a sonda Pioneer 10 tornou-se o primeiro objecto criado pelo Homem a deixar o Sistema Solar.

17 DE JUNHO DE 1997

HACKERS “QUEBRAM”

O DATA ENCRYPTION STANDARD

O Data Encryption Standard (DES), considerado o software de encriptação mais seguro dos EUA e um dos mais fortes do mundo, era decifrado por hackers após cinco meses de trabalho. Os Estados Unidos baniram de imediato a utilização do DES, com receio de que os sistemas que usavam este software fossem comprometidos.

25 DE JUNHO DE 1981

MICROSOFT TORNA-SE UMA EMPRESA

Fundada seis anos antes por Bill Gates e Paul Allen, a Microsoft era, finalmente, constituída como empresa. Ao fim de mais de mais de quarenta anos, a tecnológica continua a ser uma das maiores do mundo e o seu sistema operativo Windows mantém o domínio do mercado, nos computadores pessoais.

l Chefe de Redacção: Gustavo Dias gdias@pcguia.fidemo.pt

l Editor: Ricardo Durand rdurand@pcguia.fidemo.pt

l Redacção: Mafalda Freire

l Cronistas: Alexandre Gamela, André Gonçalves, Pedro Aniceto, André Rosa, António Simplício

DEPARTAMENTO DE ARTE

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