PCGuia 292 - Maio 2020 - Demonstração

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EDIÇÃOL DIGITA

N.º 292

APRENDA A GRAVAR PROGRAMAS, COMECE A NAVEGAR NA INTERNET, FAÇA VIDEOCHAMADAS E MUITO MAIS COM A SUA TELEVISÃO

PVP (Cont.)

€33 ,8 8O

PVP (Cont.)

CONTROLE OS HORÁRIOS E AS APPS QUE OS SEUS FILHOS USAM NO WINDOWS

UM SMARTPHONE SEM APPS DA GOOGLE PODE SER MESMO O MELHOR DO MERCADO?

VEJA E RESPONDA ÀS SUAS MENSAGENS MESMO QUANDO NÃO HÁ INTERNET

Mensal

EMAIL OFFLINE

n

HUAWEI P40

Maio 2O2O

CRIANÇAS ONLINE

n

Ano 24

€33 ,9 9O

PVP (Cont.)

€33 ,9 9O


01

ÍNDICE

PEDRO TRÓIA / Director

A TECNOLOGIA E O VÍRUS Pela primeira vez na história de humanidade, há uma pandemia num mundo dominado pelas tecnologias digitais, em que a informação viaja à velocidade da luz e em que os cientistas podem trabalhar colaborativamente para encontrar um tratamento ou uma cura, independentemente do sítio onde estão. Mas também, nunca como agora a informação falsa, sobre esta doença, foi tão disseminada, principalmente através das redes sociais. Informações que dizem que o vírus foi criado de propósito na China para conquistar o mundo (ou com qualquer outro fim), que a tecnologia 5G ajuda na propagação do vírus (o que já levou a actos de vandalismo contra retransmissores de redes móveis na Grã-Bretanha), que beber lixívia mata o vírus ou que existem medicamentos milagrosos que acabam com a doença, mesmo sem qualquer estudo científico que o prove. E o pior de tudo é que há pessoas (algumas com cargos importantes em governos ou parlamentos) que, rodeadas de informação credível e verificada, optam por acreditar nestas e noutras coisas com o mesmo grau de implausibilidade. Não, porque seja difícil de acreditar que a radiação electromagnética, devido às potências com que funcionam as redes móveis, não causam problemas para a saúde, ou muito menos que são um factor de propagação de vírus, mas sim porque não se dão ao trabalho de ler um bocado. Não é necessário tirar um curso de física ou de medicina, basta procurar um pouco. Este é também um trabalho que tem de ser levado a cabo pelos veículos de informação, nomeadamente pelas redes sociais e pelos repositórios de conteúdos, como o YouTube. Os algoritmos têm de ser afinados para excluir informação falsa e, quando isso não for possível, é necessário reforçar as equipas humanas de moderação para limitar a disseminação de conteúdos que são falsos e, mesmo potencialmente, perigosos para a saúde pública.

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TEMA DE CAPA

36 / Se tem uma televisão relativamente recente, existe a grande probabilidade de ser uma Smart TV. Se é esse o caso, descubra tudo o que pode fazer com ela e que não sabia ser possível, como usar um smartphone a fazer de comando.

02

ON

04 / Notícias de tecnologia, coluna Made in Portugal, Hashtags e Green.

03

HIGH-TECH GIRL

16 / Joana Gonçalves de Sá, professora e coordenadora do grupo de investigação em Data Science & Policy na Nova SBE, faz uma radiografia das fake news.

04

INFOGRAFIA

18 / Os números do mercado das televisões.

05

START UP

20 / A Flow desenvolveu um conjunto de ferramentas para ajudar a mobilidade   nas cidades.

06

BOOT

22 / DEFEITOS ESPECIAIS O Ricardo Durand fala da falta de inspiração e inovação da Apple no novo iPhone SE GUIAS 24 / Aceder ao email sem ter Internet

26 / Controle o que os mais novos fazem no PC

07

14

LINUX

30 / As potencialidades da suite colaborativa open source Nextcloud Hub.

08

MACGUIA

32 / Aprenda a fazer vídeochamadas de grupo no iPhone, iPad e Mac.

09

DESCOMPLICÓMETRO

34 / Explicamos-lhe como funciona a TDT (Televisão Digital Terrestre), a actual tecnologia de difusão digital de televisão.

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APPS

46 / Uma selecção de aplicações úteis e de entretenimento para usar em casa e que o vão ajudar em época de isolamento.

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PLUG

48 / Nesta edição, temos modding em tempos de quarentena, com a sugestão de tarefas caseiras para optimizar o PC.

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52 / TECNOLOGIA EM MOVIMENTO O Gustavo Dias explica porque é que a maioria das empresas não fez uma verdadeira transformação digital. 54 / GADGETS Creative Labs Outlier Air Acessório com botões traseiros para DualShock 4 56 / TESTES Asus VivoBook S15 Huawei P40 Pro Samsung Galaxy Z Flip Huawei P30 Lite New Edition Samsung Galaxy A71 Corsair A500 Sony FE 20mm f/1.8 G

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50 / Desmontámos o Samsung Galaxy S20 Ultra, o novo topo de gama da marca coreana.

PLAY

62 / JOGOS Resident Evil 3 Remake 64 / JOGOS MOBILE Sky: Children of the Light Adivinhados Missile Command: Recharged Game of Thrones Beyond the Wall

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TECHPORN

LAB

SLEEP

66 / Em Maio, assinalamos  o lançamento do iMac, o nascimento da Ethernet e a estreia do primeiro filme da saga Star Wars.

CLASSIFICAÇÕES A PCGuia usa um método de avaliação de produtos que tenta conciliar as medições de desempenho com os aspectos mais empíricos como a experiência de utilização. O valor final da nota será obtida através de uma média aritmética que dará um valor de 1 a 10. Os produtos com nota 9 ou superior recebem o Prémio de Excelência PCGuia. Mais informação em pcguia.pt/como-testamos.

MEDIÇÕES

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO

PREÇO QUALIDADE

8

10

6

9 Distribuidor: PCGuia Site: pcguia.pt Preço: €42 Facto positivo Facto negativo

3


04

INFOGRAFIA MAFALDA FREIRE

O MUNDO DAS TELEVISÕES As televisões fazem parte das nossas vidas e têm sofrido grandes evoluções ao longo dos anos, quer ao nível da qualidade da imagem, quer das suas funcionalidades. As Smart TV (um mercado dominado pela Samsung, há vários anos) têm conquistado os consumidores, em virtude de uma Internet cada vez mais rápida e à medida que o streaming de conteúdos online ganha força.

TAXA DE CRESCIMENTO DO MERCADO DE SMART TV*

VENDAS MUNDIAIS POR FABRICANTE 3º TRIMESTRE 2019*

Alta Média

10,41

Samsung

Baixa

7,44

LG

*por região, entre 2019-2024

4,8

TLC

4,62

Hisense

VENDAS MUNDIAIS DE TV (unidades) 2018

218 milhões

2019

217 milhões 205 milhões *

2020

2,75

Xiaomi

24,95

Outros

*valores em milhões de unidades

* estimativa com impacto da COVID-19

22

QUOTA DE MERCADO POR RECEITAS – 2019

%

%

14%

12.2%

45.2%

30

% .9

.6

30

%

32

19 .8

%

QUOTA DE MERCADO POR UNIDADES VENDIDAS – 2019

QUOTA DE MERCADO DAS SMART TV POR SISTEMA OPERATIVO – 2018

%

9. 2 Ilustração: Freepik

Samsung

LG

TLC

Hisense

Xiaomi

Outros

%

Tizen

WebOS

Android TV

Robku TV

Firefox OS

Amazon Fire TV

Outros

%

5.8% 7

8%

10

6.4

6%

18

.8%

8%

6.4

%

16

9.4%

.3

%

Samsung

LG

Sony

Hisense

Xiaomi

Outros

Fontes: IHS Markit, Statista, Mordor Intelligence, TrendForce


06

BOOT

CONTROLE AQUILO QUE OS MAIS NOVOS FAZEM NO PC

Ilustração: ©freepik

MAFALDA FREIRE

Aprenda a definir controlos parentais no Windows 10 para controlar os horários em que os mais pequenos acedem ao computador e que aplicações podem usar. E pode ainda estabelecer limites de uso na Xbox. Muitas pessoas partilham os seus PC com alguns membros da família, como por exemplo os filhos e netos, e nem sempre o que é adequado para os adultos serve para as crianças. Por outro lado, há que ter conta se estas estão a passar demasiado tempo agarrados aos computadores e consolas e perceber se, por isso, estão a descurar os trabalhos da escola. Os controlos parentais da Microsoft estão ainda mais completos com o Windows 10 e com a Conta Microsoft (Microsoft Account) pode controlar, não só o PC, como qualquer dispositivo que esteja ligado à conta, inclusive a Xbox.

1

ENCONTRAR A FAMÍLIA

Aceda à sua Conta Microsoft no site account.microsoft.com e clique no menu ‘Família’. De seguida, escolha a opção ‘Criar um grupo de família’ para configurar as contas para os seus familiares, caso ainda não o tenha feito. Para adicionar novos membros basta escolher ‘Adicionar um membro à família’. Se estiver a criar uma conta de email para um menor, a Microsoft vai perguntar o endereço de correio electrónico do encarregado de educação para que este faça a gestão da conta e autorize o acesso. 26


Os controlos parentais do Windows 10 permitem, através da Conta Microsoft, definir horários de utilização nas consolas Xbox. 1

2

1 2

VER OS FAMILIARES

Na secção ‘A sua família’ está um painel com a informação de todos os membros que incluiu. Há vários links debaixo de cada familiar, entre os quais o ‘Tempo de ecrã’ , o ‘Ver dispositivos’ (onde pode ver a que hardware pode aceder esse familiar) e o ‘Adicionar dinheiro’ (para disponibilizar dinheiro para comprar apps). Escolha o ‘Tempo de ecrã’ para impor limites ao acesso que o seu filho tem a um determinado dispositivo.

3

ESCOLHER O DISPOSITIVO

Na área ‘Tempo de ecrã’ pode optar entre limitar equipamentos que usem o Windows 10 e as consolas Xbox, ou fazer um horário de utilização para todos os dispositivos deslizando a opção de ‘Desligado’ para ‘Ligado’ em ‘Utilizar uma agenda para todos os dispositivos’ 1 . Para já, vamos ensinar-lhe a limitar o uso de um computador com Windows 10.

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DEFINIR O TEMPO DE UTILIZAÇÃO

Em primeiro lugar, deslize o slider 1 na área do Windows 10 para que este fique azul e mostre o horário, tal como na imagem. A cinzento aparecem as horas em que o seu filho não poderá aceder aos dispositivos com Windows 10; a azul, estão as horas em que o acesso é possível. Pode ajustar o horário conforme entender, e por dia da semana, ou optar por limitar um número de horas em que o equipamento pode ser usado através da opção da coluna ‘Limite de tempo’ 2 .

5

ESCOLHER OS TEMPOS

Se quiser escolher um horário específico de acesso para o computador ou Xbox (por exemplo, quando sabe que há trabalhos da escola) escolha a área a azul para cada dia e defina o horário de disponibilidade. Repita a operação para cada dia, caso pretenda horários diferentes para dias da semana distintos.

1

2 3

6

ACTIVAR AS ACTIVIDADES

Vamos estabelecer limites no uso de aplicações, mas antes é preciso ligar o ‘Relatório de atividade’. Clique no link ‘Atividade recente’ 1 e depois deslize o slider para ligar a opção do relatório 3 . Ao dizer que quer o ‘Relatório de atividade’ ligado, vai também ter relatórios semanais com a actividade da conta, mas pode desactivá-los, se assim o entender 3 .

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10

TEMA DE CAPA

Se tem uma TV relativamente recente, existe a grande probabilidade de ser uma ‘televisão inteligente’. Se esse é o caso, fique a saber tudo o que pode fazer nestas televisões e que desconhecia ser possível. G U S TAVO DI A S

A televisão é mais que um mero ecrã para reproduzir o sinal proveniente das estações. À semelhança do que acontece com os dispositivos móveis, as capacidades de comunicação com outros dispositivos, e com a Internet, permitiram transformar a velha e antiquada televisão num verdadeiro dispositivo inteligente. Foi com isto que nasceu a designação ‘Smart TV’, um termo tão apreciado por fabricantes, lojas e que serve para mais que um simples argumento de venda de um equipamento, em detrimento de outro. Mas, afinal, o que se pode fazer com um televisor inteligente, além da reprodução de vídeos do YouTube ou de séries da Netflix?

CONCEITO SMART TV Conforme foi dito, o que define um televisor como sendo ‘inteligente’ está relacionado com as suas capacidades de conectividade e de como tirar partido das mesmas. Ou seja, uma TV inteligente deve poder ligar-se à Internet, bem como a outros dispositivos em sua casa (ou remotamente), através de uma ligação de rede, seja ela por cabo ethernet, ou através 36

de uma ligação Wi-Fi. Igualmente importante será a necessidade de utilização de uma plataforma, neste caso sistema operativo, que lhe permita tirar partido dessa conectividade. Actualmente, existem no mercado vários sistemas operativos: Android TV, WebOS (LG), Tizen (Samsung), Roku TV (TCL, Haier, Sharp e HiSense), VIDAA (HiSense), MyHomeScreen (Panasonic) e Amazon Fire TV (em certos modelos Toshiba). Todos estes sistemas permitem aceder a, praticamente, o mesmo tipo de funcionalidades, à semelhança do que acontece com os seus dispositivos móveis: ver televisão através de canais digitais e IP TV, instalar aplicações, reproduzir conteúdos por streaming, ligar a outros dispositivos em sua casa (não só para reproduzir conteúdos nos mesmos, como para os controlar), regular a temperatura do ar condicionado, ou ligar o aspirador, algo que anteriormente seria impensável. Mas existem outras funcionalidades que, muito provavelmente,desconhecia serem possíveis de usar: é sobre essas mesmas que iremos falar neste tema de capa, para que possa, verdadeiramente, dominar a sua Smart TV.


GRAVAÇÃO DE TV Actualmente, as melhores boxes de TV permitem a gravação do que estiver a dar na televisão, bem como agendar gravações, e voltar atrás; mas, sabia que a sua Smart TV já conseguia fazer isso? Uma das funcionalidades que, praticamente, todos os Smart TV têm, mas que raramente é referenciada, é a possibilidade de gravação de TV. A forma mais fácil de verificar isto, será através do próprio comando: caso não tenha um botão de gravação (REC), o mais certo é que a sua televisão não o faça. Outra forma de determinar isto será verificar se, nas portas USB disponíveis, existe a indicação ‘HDD’. Ligando uma pen USB, o sistema detecta automaticamente a mesma, o que em alguns sistemas operativos permitirá activar as funções de gravação, agendamento e reprodução de conteúdos gravados. Tenha em conta que esta solução só permitirá gravar aquilo que estiver a ver, ou seja, se pretende gravar algo em concreto e ver ao mesmo tempo outro canal ou conteúdo, tal só será possível se o seu televisor tiver um duplo sintonizador de TV.

Para a gravação, escolha as portas USB mais rápidas (USB 3.0), evitando as de baixa corrente (500 mA). ESCOLHER A UNIDADE CORRECTA Antes de experimentar esta funcionalidade, tenha em conta que pens USB mais antigas (1.0 ou 1.1) podem não conseguir gravar em alta definição (HD), devido à baixa velocidade de escrita das mesmas - alguns televisores chegarão mesmo a impedir o acesso, por não garantirem os requisitos mínimos. Existe ainda a agravante de as pens USB antigas, tal como qualquer outro dispositivo que utilize memória flash NAND, terem um número de ciclos de escrita limitado, número esse que poderá ser rapidamente atingido se decidir usar essa pen

para gravações constantes. Ainda assim, desde que a pen seja, pelo menos, USB 2.0, poderá utilizá-la para esta solução. Se quiser, poderá igualmente usar um disco portátil ou externo, mas tenha em atenção que as ligações USB dos televisores tendem a ter uma alimentação bastante baixa, em torno dos 500 mA, corrente essa que poderá ser insuficiente para usar este tipo de dispositivos. Se deseja usar esta opção, deverá escolher cabos de alimentação de dupla ligação USB, ou que utilizem uma alimentação externa, via transformador de corrente. Quanto a capacidade, não existe um limite: quanto maior for a capacidade de armazenamento da pen, mais tempo poderá manter a gravação e vice-versa. Dependendo do tipo de codecs usados pela sua TV, uma hora de gravação em HD poderá ocupar até 2,5 GB.

FORMATAR, LIGAR E CONFIGURAR Quando liga uma pen USB, ou disco externo, à sua televisão para gravação, estas tendem a apagar tudo o que está armazenado confirme se tem dados importantes e faça uma cópia dos conteúdos antes de a usar. Depois, tal como indicámos, confirme que liga a pen à porta USB correcta, visto que alguns televisores só permitem a gravação numa das portas USB, estando habitualmente a designação ‘HDD a indicar a porta certa. Se a unidade não for reconhecida pelo televisor, ligue-a ao computador e confirme que a mesma é devidamente identificada. Em alguns casos, o problema poderá estar relacionado com o tipo de formato utilizado, sendo habitualmente necessário 37


14

LAB

ASUS VIVOBOOK S15 Conheça o renovado VivoBook S15, equipado com a tecnologia ScreenPad, uma espécie de duplo ecrã no touchpad. A Asus tem sido pioneira no desenvolvimento de soluções de duplo ecrã para os seus computadores portáteis, tendo começado originalmente com a gama ZenBook e a tecnologia ScreenPad, que consiste na transformação do seu touchpad num segundo ecrã. Mais tarde seriam lançados os ZenBook Duo e ZenBook Duo Pro, com um segundo ecrã distinto, colocado junto ao ecrã principal, como solução para melhorar a produtividade. Mas isso não significa que a tecnologia ScreenPad cairia em desuso, tendo a mesma sido adoptada pela gama VivoBook S15, para democratizar esta tecnologia em equipamentos mais acessíveis.

SCREENPAD 2.0 A tecnologia ScreenPad 2.0 não é, na realidade, um duplo ecrã como acontece com as gamas ZenBook Duo, já que não se trata de um ecrã que pode ser simplesmente utilizado como extensão do principal, até porque isso nem faria sentido, tendo em conta a sua localização. Trata-se de uma tecnologia que tenta transformar o touchpad num ecrã de atalhos para as suas aplicações mais usadas, para navegar entre aplicações ou, simplesmente, para reproduzir aplicações em segundo plano, como o Spotify, enquanto usa o ecrã principal do VivoBook para trabalhar. Pode ainda dar uso às 5,65 polegadas de ecrã táctil para escrever com os dedos, utilizá-lo como teclado numérico (embora exista um no teclado do computador), criar 56

MEDIÇÕES

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO

PREÇO QUALIDADE

8 7

8

8

Distribuidor: Asus Site: asus.com/pt Preço: €1299 s Desempenho s Versatilidade do ScreenPad t Reprodução das cores no ecrã

FICHA TÉCNICA n Processador: Intel Core i7-10510U 1,8 GHz n Memória: 16 GB DDR4 n Armazenamento: 1 TB SSD NVMe n Placa Gráfica: Nvidia GeForce MX 250 2GB n Ecrã: 15,6” TN (1920 x 1080) n Ligações: USB-C 3.1 Gen1, USB 3.1 Gen1, 2x USB 2.0, HDMI, leitor de cartão MicroSD, jack 3,5 mm n Dimensões: 357,2 x 230,3 x 18 mm n Peso: 1,8 kg BENCHMARKS n PCMark 10: 4253 n PCMark 10 Productivity: 7727 n PCMark 10 Battery Modern Office: 342 minutos n 3D Mark Cloudgate: 15 028 PONTO FINAL O facto de ser 500 euros mais barato que o ZenBook Duo poderá ser um importante argumento para escolher este VivoBook S15. Mas, se quiser um computador para trabalhar com produção de conteúdos e imagem, o investimento adicional no ZenBook Duo poderá justifica-se.

Embora prático e versátil, em viagem recomendamos que o ScreenPad seja desligado, para poupar a bateria deste VivoBook S15.

macros e atalhos das suas aplicações. As funcionalidades são inúmeras, mas se preferir utilizar o touchpad de forma tradicional, poder simplesmente desligar/ ligar o ScreenPad utilizando a tecla ‘F6’.

CONFIGURAÇÃO EQUILIBRADA Com este novo VivoBook S15, a Asus quis melhorar a percepção de qualidade, ao dotar o mesmo de um chassis com elementos em alumínio, conferindo assim uma maior robustez, e um toque mais premium. Isto combina na perfeição com a configuração escolhida, idêntica à utilizada no ZenBook Duo, onde encontrámos um processador Intel Core i7-10510U de 10.ª geração, 16 GB de memória RAM, uma unidade SSD NVMe com 1 TB e uma controladora gráfica Nvidia GeForce MX250. Em contrapartida, para compensar os ganhos em termos de qualidade de construção e de configuração usada, a Asus optou por usar um ecrã com a designação ‘IPS Level’, ou seja, não é um ecrã do tipo IPS, embora ofereça bons ângulos de visualização, à semelhança dos mesmos. Infelizmente, o mesmo não pode ser dito da reprodução das cores: se trabalha com imagem, deverá optar por outro equipamento. Ainda assim, o resultado global é bastante positivo, especialmente no campo do desempenho, onde apenas a bateria teve resultados inferiores ao esperado: o grande culpado é o ScreenPad. Se o desactivar, verá um aumento de duas horas na autonomia. G U S T A V O D I A S


HUAWEI P40 PRO O P40 Pro está cheio de novas funcionalidades e uma câmara de fazer inveja a muitas máquinas fotográficas dedicadas. Mas será suficiente? Não há como fugir a isto, por isso vou escrevê-lo logo no início: se este smartphone tivesse acesso aos serviços da Google (de série) era um dos melhores smartphones Android do mercado. Pronto, já o disse. A Huawei tem feito um esforço enorme para conseguir “libertar” as aplicações mais importantes para Android do jugo da Google que, através das suas API, controla a disponibilidade de apps que todos usamos no dia-a-dia. Isto está a ser levado a cabo através do desenvolvimento de serviços e API próprios: os Huawei Global Services. Mas já lá vamos, primeiro vamos falar do P40 Pro. Este smartphone tem um ecrã OLED de 6,58 polegadas (1200 x 2640) com uma taxa de actualização de 90 Hz. Este ecrã é arredondado dos lados e, em vez do notch da geração anterior, tem um orifício rectangular no canto superior esquerdo, onde estão a câmara de selfies com 32 MP e uma TOF, que também serve para o reconhecimento facial 3D (o anterior apenas tinha uma câmara normal). Por baixo do ecrã estão o sensor de impressões digitais e o altifalante para quando se fazem chamadas.

CÂMARA DE PRIMEIRA CATEGORIA Atrás está uma das melhores coisas que este smartphone oferece: o sistema principal de câmaras. Está lá uma grande angular com 50 MP, uma teleobjectiva com tecnologia de periscópio (como na geração anterior) de 12 MP e uma capacidade de ampliação óptica de 5X e uma de 40 MP ultra grande angular. Existe ainda uma segunda câmara TOF que serve para medir a distância para o que se está a fotografar e ajudar a fazer aqueles efeitos em que se desfoca o fundo. Todas as

câmaras usam sistemas ópticos da Leica. A ligação ao carregador ou ao computador é feita através de uma entrada USB Type-C. O processador é um Kirin 990 5G, que tem oito núcleos a 2,86, 2,36 e 1,95 GHz. Neste SoC está ainda um processador para tarefas de inteligência artificial com dois núcleos. A memória RAM tem 8 GB de capacidade e a memória de armazenamento pode ter 128, 256 ou 512 GB de espaço, que pode ser ampliado através de cartões NM que quando são usados, ocupam um dos espaços para cartões SIM. Por falar em SIM, o P40 Pro pode utilizar cartões eSIM (SIM virtuais), o que pode resolver o problema. A bateria tem 4200 mAh e consegue ser carregada do 0 aos 80% em trinta minutos através do sistema de carregamento de 40 W da Huawei. Este smartphone também pode ser carregado (ou carregar outros dispositivos) por indução.

UMA QUESTÃO DE BLOQUEIO Devido ao bloqueio dos EUA, o software é o Android versão open source, que não inclui qualquer das aplicações da Google, incluindo a loja onde estão as apps. Como já disse no início, a Huawei está a desenvolver um conjunto de serviços próprios que incluem tudo o que a Google oferece. O problema disto é levar as entidades que desenvolvem as aplicações mais usadas a colocarem as suas apps na loja da Huawei. A falta de apps pode ser minimizada se fizer um phone clone de um telefone mais antigo para o P40, mas terá alguns problemas com as que usem muito as API da Google. Em alternativa pode sempre usar um dos métodos que andam pela Internet para instalar os serviços da Google no P40. A qualidade deste smartphone é inquestionável a todos os níveis.

A falta de aplicações pode ser minimizada se fizer um phone clone de um telefone mais antigo para o P40.

O ecrã tem cores saturadas e a zona à volta do orifício da câmara não apresenta praticamente distorção de cor; a câmara é uma das melhores que já tive o prazer de usar. A qualidade das fotografias com pouca luz é algo fora de série e o zoom, que era difícil de controlar no P30, está mais fácil de usar. Mas não é só na fotografia que este smartphone brilha, o desempenho também foi bastante melhorado. O sensor de impressões digitais está bastante mais rápido e o 3D em jogos é fluído e sem quebras de velocidade. P E D R O T R Ó I A

MEDIÇÕES

EXPERIÊNCIA DE UTILIZAÇÃO

PREÇO QUALIDADE

7

9

9

8 Distribuidor: Huawei Site: consumer.huawei.com Preço: €1049,99 s Construção s Câmara t Falta a Play Store FICHA TÉCNICA n Ecrã: OLED 6,58 polegadas (2640 x 1200), 90 Hz n Processador: Octa-core 2 x Cortex-A76 2,86 GHz + 2 x Cortex-A76 2,36 GHz + 4 x Cortex-A55 1,95 GHz. GPU Mali-G76. NPU com dois núcleos n Memória: 8 GB RAM + 256 GB ROM

 n Câmara traseira: 50 MP (Grande Angular, abertura f / 1.9, OIS) + câmara de 40 MP (Grande Angular, abertura f / 1.8) + câmara Telefoto de 12 MP (abertura f / 3.4, OIS) + Sensor de Profundidade 3D 
 n Câmara frontal: 32 MP + câmara Depth n Bateria: 4200 mAh n Ligações: Wi-fi 802.11a/b/g/n/ac/ax, Bluetooth5.1, suporte BLE, SBC, AAC, LDAC, USB Tipo C, USB 3.1 GEN1 * BENCHMARKS n PCMark Work 2: 11 479 n 3D Mark IceStorm Unlimited: 70 227 n Antutu: 489 526 n PCMark Work Vida da bateria: 16 horas PONTO FINAL Este é um bom smartphone, com muitas funcionalidades onde interessa. O único problema que consigo ver nele é a falta da Play Store, mas também não é nada que não se resolva com tempo e paciência.

57


15

PLAY JOGOS

REMAKE

Resident Evil 3 está de volta 21 anos depois, com gráficos revistos e aumentados. Mas continua a ser um bom jogo? Quando tenho de avaliar um remake de um qualquer jogo, mais ou menos icónico, fico sempre de pé atrás, porque há tanto por onde a coisa pode correr mal, que tenho algum receio de que, devido às inevitáveis alterações que têm de ser feitas, se perca a mística do original. Temos de admitir que mexer em Resident Evil, e trazer esta série para a década em que vivemos, requer coragem e muito cuidado para não estragar. O original foi lançado em 1999 e pode dizer-se que, se não soubesse isso, este remake passaria perfeitamente por um jogo pensado e lançado há um par de meses. A qualidade gráfica é excelente, as texturas são excelentes, a iluminação é excelente e o ambiente está a anos-luz daquilo que o original para a primeira PlayStation alguma vez conseguiria transmitir.

VÍRUS MORTAL Resident Evil 3 segue as aventuras de Jill Valentine e dos seus aliados que querem sair de Racoon City, uma cidade tomada por um vírus que transforma tudo o que lá vive em zombies: pessoas e animais. Para piorar as coisas, Jill tem de defrontar Nemesis, um “super zombie” que está programado apenas para a apanhar e que não olha a meios para o conseguir. Pelo caminho, Jill ainda tem de defrontar Nikolai, um membro da Umbrella Corporation, a empresa que inventou o vírus, que quer

Mexer em Resident Evil e trazê-lo para os dias de hoje requer coragem e muito cuidado. 62

manter secreta uma possível cura. Em termos de jogabilidade, Resident Evil 3 apanha muito a mecânica do original e inclui muitas coisas que nos levam para 1999, como o inventário limitadíssimo, que nos obriga a fazer escolhas difíceis. Também mistura elementos de shooter, com puzzles simples e sobrevivência. Não notei grandes problemas de maior com esta mecânica, tirando o facto de, por vezes, quando se tem de disparar à queima-roupa contra um inimigo, o tiro não regista. E isso, às vezes, é a diferença entre viver ou morrer. Nemesis é um dos inimigos mais bem feitos e animados que tenho visto nos últimos tempos. Ao longo do jogo vai mudando, ganhando armas e truques que o tornam progressivamente mais complicado de parar. Já tinha saudades de vilões que o são só porque sim e não porque tiveram uma infância triste, ou qualquer outro aspecto do passado, que justifique o facto de serem maus. P E D R O T R Ó I A JOGABILIDADE

LONGEVIDADE GRÁFICOS

SOM

9 9

8

10

9

Editora: Capcom Distribuidora: Ecoplay Plataforma: PS4, XBox One, PC Windows Site: residentevil.com Preço: €69,99 (PS4, XBox One), €59,99 (PC Windows)

s Gráficos s Ambiente t Alguns tiros à queima-roupa não acertam PONTO FINAL Tenho lido muito sobre este remake. Pessoas que não gostaram, por isto ou por aquilo. Na minha opinião, este jogo faz justiça ao original e fala uma linguagem mais de acordo com aquilo que se espera hoje em dia. Podia ser melhorado? Claro que sim. Não há jogos perfeitos, mas este está muitíssimo bem feito! Recomendo, se for apreciador do género.


15

PLAY MOBILE Paulo Miranda

Edi to r do si te fo n ep lay.n et paulo.miranda@foneplay.net

SKY: CHILDREN OF THE LIGHT

10

Agora também disponível para Android, este é um dos mais premiados jogos de 2019. Assumindo o papel dos Filhos da Luz, os jogadores têm de espalhar a esperança num reino desolado e levar as estrelas caídas de volta para as suas constelações. Sky: Children of the Light tem uma jogabilidade acessível e uma impressionante banda sonora, que dão vida a uma história emocionante e que agradará a todos. Até oito jogadores podem unir-se para explorar o vasto reino, criar amizades, coalborar em missões e entrar em minijogos.

EDITORA THATGAME COMPANY PARA ANDROID E iOS PREÇO GRÁTIS

ADIVINHADOS

8 EDITORA ETERMAX PARA ANDROID E iOS PREÇO GRÁTIS

Este é um jogo criado pela Etermax, a mesma da popular série Perguntados. O divertido Gallerino precisa da ajuda dos jogadores mais sábios para descobrir as palavras escondidas nos degraus, em direcção à meta. Temos de chegar ao topo de um tabuleiro ascendente de cem quadrados, enquanto enfrentamos amigos, familiares ou oponentes aleatórios, respondendo correctamente aos quebra-cabeças apresentados durante a escalada. As moedas que apanhamos permitem obter benefícios durante o jogo. Quem for o mais rápido, ganha.

MISSILE COMMAND: RECHARGED

7

No ano em que este clássico comemora quarenta anos, a Atari traz uma versão melhorada e mais actual, com uma estética retro, novos elementos de jogabilidade e controlos intuitivos para ecrãs tácteis. A acção é acelerada e coloca o jogador a defender as suas cidades contra uma onda interminável de mísseis vindos do céu. É preciso disparar rapidamente para abater o ataque e evitar que destrua a cidade, sendo também necessário apanhar os power-ups que dão, desde munições mais poderosas, a uma maior rapidez a recarregar o canhão.

EDITORA ATARI PARA ANDROID E iOS PREÇO GRÁTIS

GAME OF THRONES BEYOND THE WALL

7 EDITORA BEHAVIOUR INTERACTIVE PARA ANDROID E iOS PREÇO GRÁTIS

O enredo do jogo acontece 48 anos antes dos eventos da popular série de TV, quando lorde Brynden Rivers, também conhecido pelo ‘Corvo dos Três Olhos’, desaparece enquanto ultrapassava a Muralha. A missão, agora, é recrutar soldados dos Sete Reinos para a Patrulha da Noite, criar o melhor grupo possível e defender a Muralha. Será possível usar os poderes misteriosos das árvores Weirwood para percorrer a história e visitar momentos importantes no tempo. Este recurso permite que se coleccionem diferentes versões das personagens, como Jon Snow e Daenerys Targaryen, entre outras.



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